PT1392377E

PT1392377E - Aparelho injector de medicação com unidade de accionamento que facilita o reposicionamento

Info

Publication number: PT1392377E
Application number: PT02746307T
Authority: PT
Inventors: William Godwin Atterbury; Mark Gerard Diller; Peter Andrew Gaydos; Shannon Marie-Lynn Hoste; Steven Michael Madland; Donna Marie Taylor; Bobby Lee Walters; Douglas Edward Boyd
Original assignee: Lilly Co Eli
Priority date: 2001-05-16
Filing date: 2002-05-08
Publication date: 2007-05-31
Also published as: ATE513570T1; JP2012030107A; CA2445511C; JP2005508205A; JP4283545B2; US8672899B2; US20100106098A1; AU2007201751A1; US7704238B2; EP2258425A2; EP2275158A2; US20140142544A1; ES2400055T3; US20070123829A1; DK1392377T3; ES2400057T3; EP1776975A3; US20190167909A1; PT2258424E; EP2258424B1

Description

PE 1392377 1 DESCRIÇÃO "APARELHO INJECTOR DE MEDICAÇAO COM UNIDADE DE ACCIONAMENTO QUE FACILITA O REPOSICIONAMENTO"

ANTECEDENTES DO INVENTO O presente invento refere-se a dispositivos de administração de medicação e, em particular, a dispositivos de administração de medicação tais como canetas de injecção.

Os doentes que sofrem de múltiplas doenças, tais como diabetes, devem, frequentemente, injectar-se com medicação, tal como soluções de insulina. Para permitir que uma pessoa auto-administre, de um modo conveniente e preciso, doses de medicamento correctas, criaram-se múltiplos dispositivos conhecidos, de um modo geral, como canetas injectoras ou canetas de injecção.

De modo a permitir que uma pessoa administre uma dose correcta, as canetas de injecção foram equipadas com uma vasta variedade de mecanismos de dosagem e injecção que permitem a conveniente selecção e, subsequente, distribuição de uma dosagem em particular. De um modo geral, estas canetas estão equipadas com um cartucho incluindo um êmbolo e contendo uma quantidade multidose de medicação liquida. 2 PE 1392377

Um elemento de accionamento pode ser deslocado para diante para fazer avançar o êmbolo no cartucho de modo a distribuir a medicação contida pela extremidade oposta do cartucho, tipicamente através de uma agulha que penetra num obturador nessa extremidade oposta. Em canetas reutilizáveis, depois da caneta ter sido utilizada para descarregar a quantidade de medicação no interior do cartucho, um utilizador pode remover e eliminar o cartucho gasto. Subsequentemente, para preparar a introdução do novo cartucho, o elemento de accionamento de engate do êmbolo da caneta é reposicionado na sua posição inicial, ou manual ou automaticamente, durante a fixação de um cartucho de substituição, e a caneta de injecção pode, então, ser utilizada para descarregar esse novo cartucho.

De modo a permitir o reposicionamento do elemento de accionamento de engate do êmbolo de canetas de injecção reutilizáveis, têm sido utilizadas diversas unidades. Uma unidade conhecida utiliza uma porca fixada no interior do invólucro, tal como por soldadura por ultra-sons, porca essa que se engata por enroscamento num parafuso auto-roscante que, quando rodado, pode estender-se desde a base da caneta de injecção para fazer avançar o êmbolo de um cartucho no interior de um retentor montado na base da caneta. A rotação do parafuso auto-roscante, para o enroscar na porca fixada de modo a fazer avançar o êmbolo, é efectuada por uma embraiagem de transmissão dentada, fixada por chavetas de modo a rodar com o parafuso, que se engata num elemento de accionamento dentado que roda 3 PE 1392377 durante o funcionamento do mecanismo de injecção. A embraiagem de transmissão, que é forçada a ter uma relação de transmissão de binário com o elemento de accionamento quando o retentor de cartucho está montado na base da caneta, é impulsionada por uma mola afastando-se do elemento de accionamento dentado quando o retentor de cartucho é removido. Embora seja eficaz no que se refere a fazer avançar o parafuso auto-roscante, e a permitir que esse parafuso seja reposicionado ou forçado a regressar para a base da caneta durante o processo de montagem do retentor de cartucho, esta unidade não deixa de ter inconvenientes. Por exemplo, devido ao tamanho relativamente grande da embraiagem de transmissão, um efeito de inércia da embraiagem rotativa durante o reposicionamento do parafuso pode fazer com que o parafuso se retraia demasiado pelo que a preparação inicial da caneta pode ser difícil de executar.

As canetas de injecção têm sido equipadas com uma variedade de mecanismos que geram um estalido audível durante o processo de injecção. Este estalido destina-se a informar o utilizador que a caneta está a ser accionada para administrar medicação. Uma caneta conhecida utiliza um mecanismo de injecção com indicação acústica que emprega uma série de molas de lâmina que se estendem radialmente, dispostas em torno da periferia de uma parte em forma de disco que se projecta radialmente de uma manga impulsora do mecanismo de injecção. Quando o mecanismo de injecção da caneta é accionado, a manga impulsora roda, provocando a 4 PE 1392377 rotação de uma embraiagem que foi deslocada axialmente durante a montagem da caneta de modo a ser engatada por dentes que se estendem axialmente na direcção distai a partir da parte que se projecta radialmente da manga impulsora. À medida que a embraiagem roda, um parafuso auto-roscante, que se estende através da manga impulsora e no qual a embraiagem está fixada por chavetas, é obrigado a rodar, e o parafuso auto-roscante avança de modo axial, à medida que é enroscado numa porca no interior do invólucro de caneta, para movimentar um êmbolo de cartucho e expelir medicamento da caneta. Durante a rotação da manga impulsora, as molas de lâmina que se estendem radialmente, dispostas em torno da parte que se projecta radialmente da manga impulsora, deslizam para dentro e para fora de recessos no invólucro de caneta situados, radialmente, no exterior deste, produzindo, desse modo, estalidos audíveis associados com a injecção. As molas de lâmina, quando inseridas nos recessos do invólucro, quando se interrompe a rotação da manga impulsora, estão projectadas para impedir a contra-rotação da manga impulsora, o que levaria a um recuo indesejável do parafuso auto-roscante. Embora útil, esta estrutura de injecção com indicação acústica não deixa de ter inconvenientes. Por exemplo, a modificação do toque e som dos estalidos de injecção durante a concepção da caneta pode implicar modificações nas cavidades de molde do invólucro. Para além disso, as molas de lâmina que se estendem radialmente podem aumentar, indesejavelmente, o perímetro global da caneta de injecção. 5 PE 1392377

Noutra caneta de injecção revelada na Patente dos Estados Unidos N° 5688251, proporciona-se um dispositivo de injecção com indicação acústica por intermédio de uma embraiagem distai impulsionada por mola com dentes virados segundo a direcção axial que é disposta coaxialmente e estriada numa porca que se engata num parafuso de avanço passível de ser movimentado para a frente. A mola que impulsiona os dentes da embraiagem distai de encontro à divisória do invólucro de modo a criar estalidos audíveis durante a injecção, também impulsiona uma embraiagem proximal de encontro a um elemento de accionamento para criar uma informação de retorno audível durante a marcação de uma dose. Embora seja, talvez, funcional, esta estrutura não deixa de ter inconvenientes. Por exemplo, dado que a mola utilizada no interior da estrutura de informação de retorno audível da injecção também é utilizada como parte da estrutura de informação de retorno audível da marcação, a informação de retorno audível da injecção não pode ser sintonizada ou regulada modificando essa mola sem também afectar a informação de retorno audível da marcação e, potencialmente, outras características, tais como o binário utilizado para a marcação.

Outra limitação das canetas de injecção reutilizáveis reside no facto de se poderem utilizar, possivelmente, diferentes tipos de medicamentos, proporcionados em cartuchos individuais, com o mesmo corpo de caneta reutilizável, o que leva a que o utilizador da caneta de injecção e desses diversos cartuchos tenha que estar 6 PE 1392377 vigilante para assegurar que a caneta é utilizada para administrar a dosagem de medicamento correcta. De modo a auxiliar um utilizador a identificar o medicamento contido num cartucho, um sistema de reconhecimento de cartucho foi, anteriormente, revelado na Patente dos Estados Unidos N° 5954700. Nesse sistema, um cartucho cheio de medicamento inclui uma fonte fornecedora de informação concebida para fornecer informação acerca do cartucho ao dispositivo de distribuição electrónico, tal como uma caneta de injecção para o qual está adaptado. Embora útil, a informação fornecida não significa, necessariamente, que o dispositivo de distribuição indica a um utilizador qual a dose actual de medicamento a administrar pelo dispositivo de distribuição, e é possivel a existência de erros de cálculo pela parte do utilizador, o que dá origem a doses incorrectas.

Outra limitação de algumas canetas de injecção refere-se ao mecanismo de preparação de doses. Um mecanismo revelado na Patente dos Estados Unidos N° 5509905 inclui interruptores que são utilizados para gerarem sinais quando os interruptores são accionados durante a rotação por um utilizador de uma cabeça de accionamento que se estende desde a base da caneta. Os sinais são utilizados para estabelecer, matematicamente, o número de unidades de volume preparadas pelo utilizador. No entanto, a utilização de excêntricos para activar os interruptores leva a que haja uma variação visível de resistência na rotação da cabeça de accionamento durante a revolução dessa cabeça de accionamento. 7 PE 1392377

Outro problema com algumas canetas de injecção existentes reside no facto das operações de dosagem e injecção da caneta não serem intuitivas para todos os utilizadores. Em particular, com algumas canetas, o utilizador deve, em primeiro lugar, rodar um manipulo da caneta para preparar a dose de medicamento a distribuir, como indicado por números num marcador ligado firmemente ao manipulo e, em seguida, deve aplicar uma força axial ou de impulsão que desloca o manipulo axialmente para injectar a dose de medicamento. Dado que, para algumas estruturas de canetas, o manipulo e o marcador alteraram axialmente a sua posição, afastando-se da base de caneta, quando foram rodados durante a preparação da dose e, além disso, esse manipulo e marcador, quando impulsionados durante a injecção, também rodam de volta à base de caneta de modo a proporcionar, através das suas marcações, uma indicação continua da quantidade de medicamento a distribuir que ai permanece, um utilizador pode ser levado a pensar que rodando para baixo o manipulo estendido na direcção proximal irá injectar o medicamento. No entanto, esse pensamento é erróneo para, pelo menos, uma estrutura de caneta e, por conseguinte, um utilizador que funcione com esse pensamento erróneo pode não auto-administrar correctamente o medicamento desejado.

Numa estrutura de caneta de injecção descartável bem conhecida, tal como no documento EP0937471, uma dose é, do mesmo modo, preparada pela rotação de um manipulo, ligado a um marcador com números, para que o marcador altere a sua 8 PE 1392377 posição enquanto roda. Enquanto o marcador é rodado, uma sequência de números dispostos de modo helicoidal no marcador é visivel através de uma janela de visualização para mostrar a dose que a caneta está, então, preparada para distribuir. Nesta estrutura, a aplicação de uma força de impulsão desloca axialmente o manipulo e o marcador, e sem rotação, para injectar a dose de medicamento. No entanto, embora útil, esta estrutura não deixa de ter inconvenientes. Por um lado, durante a impulsão, poucos, se é que alguns, dos números indicadores de dose pelos quais se passou na preparação da caneta são apresentados, o que pode ser uma fonte de confusão para alguns utilizadores. Para além disso, depois da caneta ter sido utilizada numa injecção, o marcador tem que ser reposicionado antes de poder ser enroscado para fora para preparar a dose de distribuição seguinte. 0 reposicionamento exige uma rotação do marcador para uma posição zero, excepto para um número limitado de quantidades de dosagem injectadas anterior-mente, seguida de um deslocamento axial do marcador.

Deste modo, seria desejável proporcionar um dispositivo ou método que resolvessem um ou mais destes e de outros inconvenientes da técnica anterior.

SUMÁRIO RESUMIDO DO INVENTO 0 presente invento abrange uma unidade de accionamento que é accionável de modo a fazer avançar um 9 PE 1392377 êmbolo de um aparelho de injecção portátil, tal como uma caneta de injecção, e que é passível de ser reposicionada com um esforço minimo durante a substituição do cartucho gasto. 0 presente invento, como definido na reivindicação 1, proporciona uma unidade de accionamento de êmbolo de cartucho passível de ser reposicionada de um mecanismo de injecção de dose de um aparelho injector de medicamento que possui uma base reutilizável e uma unidade de cartucho passível de ser aí montada. A base possui um elemento de accionamento passível de ser rodado, do mecanismo de injecção de dose, no interior do seu invólucro, e a unidade de cartucho possui um cartucho cheio de medicamento com um êmbolo amovível, numa extremidade, e uma saída na outra extremidade. A unidade de accionamento inclui uma porca, um parafuso, uma embraiagem de transmissão e um elemento de impulsão. A porca está fixada por intermédio de chavetas ao invólucro de base para ser amovível relativamente ao mesmo, entre uma primeira e segunda posições axiais, e está fixada, em termos de rotação, relativamente ao mesmo na primeira e segunda posições axiais. 0 parafuso inclui uma extremidade distai de engate no êmbolo e uma rosca externa que se engata por enroscamento numa abertura roscada internamente da porca. A embraiagem de transmissão está ligada à porca de modo a ser axialmente retida e rotativamente amovível relativamente a esta. A embraiagem de transmissão é fixada por intermédio de chavetas ao parafuso para ser rotativamente fixa e - 10 - PE 1392377 axialmente amovível relativamente a este. A porca é posicionada no interior do invólucro da base de modo a ser axialmente amovível desde a primeira posição axial até à segunda posição axial por engate na unidade de cartucho durante a montagem da unidade de cartucho na base reutilizável. A embraiagem de transmissão é engatada por transmissão de binário no elemento de accionamento passível de rotação quando a porca é colocada na segunda posição axial, pelo que a rotação do elemento de accionamento durante o funcionamento do mecanismo de injecção de dose roda a embraiagem de transmissão e, desse modo, o parafuso para dar origem a um movimento axial do parafuso numa direcção distai através da porca para, desse modo, fazer avançar a extremidade distai de engate no êmbolo, do parafuso, para forçar a medicação a sair pela saída do cartucho. O elemento de impulsão impele a porca desde a segunda posição axial na direcção da primeira posição axial quando a unidade de cartucho não está montada na base reutilizável. A embraiagem de transmissão é libertada do engate de transmissão de binário no elemento de accionamento passível de rotação quando a porca é colocada na primeira posição axial, pelo que a aplicação de uma força numa direcção proximal da extremidade distai de engate no êmbolo, do parafuso, desloca axialmente o parafuso numa direcção proximal à medida que se enrosca na porca para, desse modo, reposicionar o parafuso.

Noutra forma respectiva, como definido na reivindicação 3, o presente invento proporciona uma unidade - 11 - PE 1392377 de accionamento de êmbolo de cartucho passível de ser reposicionada de um mecanismo de injecção de dose de um aparelho injector de medicamento que possui uma base reutilizável e uma unidade de cartucho passível de ser montada na base. A base do aparelho possui um elemento de accionamento passível de rotação, do mecanismo de injecção de dose, no interior do seu invólucro, e a unidade de cartucho possui um cartucho cheio de medicamento com um êmbolo amovível, numa extremidade, e uma saída na outra extremidade. A unidade de accionamento inclui uma porca, um parafuso, uma embraiagem de transmissão e um elemento de impulsão. A porca está fixada por intermédio de chavetas ao invólucro de base para ser amovível relativamente ao mesmo, entre uma primeira e segunda posições axiais, e está fixada, em termos de rotação, relativamente ao mesmo na primeira e segunda posições axiais. 0 parafuso inclui uma extremidade distai de engate no êmbolo e uma rosca externa que se engata por enroscamento numa abertura roscada internamente da porca. A embraiagem de transmissão está ligada à porca de modo a ser axialmente retida e rotativamente amovível relativamente a esta. A embraiagem de transmissão é fixada por intermédio de chavetas ao parafuso para ser rotativamente fixa e axialmente amovível relativamente a este. A porca é posicionada no interior do invólucro da base de modo a ser axialmente amovível desde a primeira posição axial até à segunda posição axial por engate na unidade de cartucho durante a montagem da unidade de cartucho na base reutilizável. A embraiagem de transmissão está estruturada e configurada de modo a ser - 12 - PE 1392377 deslocada, desde um local em que não há engate de transmissão de binário no elemento de accionamento passivel de rotação, para um local em que há engate de transmissão de binário no elemento de accionamento passivel de rotação, quando a porca é deslocada desde a primeira posição axial para a segunda posição axial, em que, quando a embraiagem de transmissão efectua um engate de transmissão de binário no elemento de accionamento passivel de rotação, a rotação do elemento de accionamento durante o funcionamento do mecanismo de injecção de dose roda a embraiagem de transmissão e, desse modo, o parafuso para dar origem a um movimento axial do parafuso numa direcção distai através da porca para, desse modo, fazer avançar a extremidade distai de engate no êmbolo, do parafuso, para forçar a medicação a sair pela saida do cartucho. 0 elemento de impulsão está estruturado e configurado para impelir a embraiagem de transmissão desde o local em que há engate de transmissão de binário no elemento de accionamento passivel de rotação para o local em que não há engate de transmissão de binário no elemento de accionamento passivel de rotação e, desse modo, deslocar a porca desde a segunda posição axial na direcção da primeira posição axial, quando o cartucho não está montado na base do aparelho reutilizável, em que, quando a embraiagem de transmissão não efectua um engate de transmissão de binário no elemento de accionamento passivel de rotação, a aplicação de uma força numa direcção proximal sobre a extremidade distai de engate no êmbolo, do parafuso, desloca axialmente o parafuso numa direcção - 13 - PE 1392377 proximal à medida que se enrosca na porca para, desse modo, reposicionar o parafuso.

Uma vantagem do presente invento reside no facto de se poder proporcionar uma unidade de accionamento que facilite o reposicionamento de uma caneta de injecção durante a instalação de um cartucho de medicação de substituição.

Outra vantagem do presente invento reside no facto de se poder proporcionar uma unidade de accionamento que, sem aumentar a força de injecção da caneta de injecção na qual é utilizada, permite a existência de um elemento de impulsão suficientemente forte para forçar a embraiagem de transmissão a desengatar-se do elemento de accionamento, evitando, desse modo, um problema encontrado na técnica anterior no qual uma embraiagem de transmissão impulsionada de um modo mais fraco podia prender-se ao elemento de accionamento de modo a bloquear o parafuso auto-roscante e impedir o reposicionamento.

Outra vantagem do presente invento reside no facto de se poder proporcionar uma unidade de accionamento que tenha uma embraiagem de transmissão relativamente pequena para limitar efeitos de inércia durante o reposicionamento do parafuso auto-roscante, o que, por sua vez, pode reduzir os volumes de preparação. - 14 - PE 1392377

Outra vantagem do presente invento reside no facto de se poder proporcionar uma unidade de accionamento que se engate numa unidade de cartucho durante a sua montagem na base da caneta de modo a reduzir o jogo entre a unidade de cartucho e a base de caneta, proporcionando, desse modo, um encaixe melhorado entre estas e uma sensação de qualidade melhorada da caneta de injecção.

Outra vantagem do presente invento reside no facto de se poder proporcionar uma unidade de accionamento com uma estrutura relativamente simples de modo a reduzir custos de montagem e fabrico.

Outra vantagem do presente invento reside no facto de se poder proporcionar uma unidade de accionamento que, numa forma de realização, impulsione para diante, por intermédio de uma mola, um cartucho carregado para o manter no lugar de encontro a um batente dianteiro do suporte ou retentor da unidade de cartucho para assegurar uma plataforma estável de distribuição de doses.

Outra vantagem do presente invento reside no facto de se poder proporcionar uma unidade de accionamento que, numa forma de realização, é impulsionada em conjunto com um cartucho carregado de modo a limitar o movimento relativo do cartucho e do parafuso auto-roscante que, caso contrário, poderia dar origem ao babar da caneta. - 15 - PE 1392377

DESCRIÇÃO RESUMIDA DOS DESENHOS

As supracitadas e outras vantagens e objectivos deste invento, e o modo de os atingir, ir-se-á tornar mais evidente, e o próprio invento irá ser melhor compreendido, fazendo referência à descrição que se segue de formas de realização do invento feita em associação com os desenhos em anexo, em que: A Fig. 1 é uma vista diagramática em planta de uma caneta de injecção equipada com uma forma de um mecanismo de injecção de dose incluindo uma unidade de accionamento de êmbolo de cartucho passível de reposicionamento do presente invento; A Fig. 2 é uma vista em planta em corte parcial que mostra, de um modo diagramático, a caneta de injecção da Fig. 1 antes da montagem da unidade de cartucho na base de caneta reutilizável, e em que o parafuso auto-roscante da unidade de accionamento sobressai da extremidade distai da base de caneta; A Fig. 3 é uma vista em planta fragmentada e em corte que mostra a base de caneta reutilizável da Fig. 2; A Fig. 4 é uma vista em planta fragmentada e em corte que mostra, de modo diagramático, a caneta de injecção da Fig. 1 com a unidade de cartucho completamente montada na base de caneta reutilizável; - 16 - PE 1392377 A Fig. 5 é uma vista em perspectiva da unidade de accionamento, e de um elemento de accionamento passível de rotação que comanda o funcionamento da unidade de accionamento, removido da caneta de injecção da Fig. 1; A Fig. 6 é uma vista em corte, em forma explodida, de uma porca e embraiagem de transmissão de injecção de uma unidade de accionamento do presente invento; A Fig. 7 é uma vista em planta fragmentada e em corte que mostra, de um modo diagramático, outra caneta de injecção na qual uma unidade de accionamento inventiva impulsiona para diante um cartucho no interior de um retentor passível de ser montado na base de caneta; A Fig. 8 é uma vista em corte fragmentada que mostra, de um modo diagramático, partes de uma caneta de injecção equipada com uma forma de uma unidade de injecção com indicação acústica; A Fig. 9 é uma vista em corte fragmentada que mostra, de um modo diagramático, outra forma de uma unidade de injecção com indicação acústica no interior de partes de outra caneta de injecção; A Fig. 10 é uma vista em perspectiva explodida da unidade de injecção com indicação acústica da Fig. 9 e de partes do mecanismo de injecção com o qual interage; - 17 - PE 1392377 A Fig. 11 é uma vista em perspectiva oposta da Fig. 10; A Fig. 12 é um uma representação em diagrama de blocos de uma forma de um aparelho indicador de dose terapêutica; A Fig. 13 é uma vista em planta diagramática de uma caneta de injecção na forma do dispositivo de distribuição equipado com uma forma do aparelho indicador de dose terapêutica mostrado na Fig. 12; A Fig. 14 é uma vista em corte de uma unidade de cartucho removida da caneta de injecção da Fig. 13; A Fig. 15 é uma vista em planta de uma primeira forma de realização de um núcleo de cilindro da unidade de cartucho da Fig. 14; A Fig. 16 é uma vista em planta de uma segunda forma de realização de um núcleo de cilindro da unidade de cartucho da Fig. 14; A Fig. 17 é uma vista em planta de uma terceira forma de realização de um núcleo de cilindro da unidade de cartucho da Fig. 14; A Fig. 18 é uma representação esquemática de como é que uma forma do aparelho indicador de dose terapêutica funciona; - 18 - PE 1392377 A Fig. 19 é uma vista em planta diagramática e em corte parcial de um conjunto de sensores e de uma matriz rotacional montada no marcador de uma forma de um identificador de quantidade passível de dosear; A Fig. 20 é uma vista em planta da matriz rotacional da Fig. 19 mostrada desenrolada e removida do marcador de preparação de dose; A Fig. 21 é uma vista em planta do conjunto de sensores removido da matriz montada no marcador da Fig. 19, em que os contactos dos sensores são mostrados por linhas tracejadas; A Fig. 22 é uma vista em planta de outra forma de realização de um identificador de quantidade passível de dosear; A Fig. 23 é uma vista de cima de uma forma de uma caneta de injecção equipada com uma unidade destinada a rodar, de modo selectivo, uma manga impulsora para injectar uma dose preparada; A Fig. 24 é uma vista frontal em corte da caneta de injecção da Fig. 23 antes do manipulo de preparação de dose ser rodado manualmente para fora para preparar a dose a administrar pelo accionamento posterior da caneta de injecção; - 19 - PE 1392377 A Fig. 25 é uma vista em corte conceptualmente idêntica à vista da Fig. 24 depois da tampa ter sido removida, a caneta está num estado activado, e o manipulo de preparação de dose foi rodado para fora para preparar a dose a administrar; A Fig. 26 é uma vista em corte conceptualmente idêntica à vista da Fig. 25 depois do manipulo de preparação de dose ter sido ligeiramente premido de modo a que a caneta efectue uma transição mecânica para um estado de injecção de dose; A Fig. 27 é uma vista em perspectiva posterior explodida da caneta de injecção da Fig. 23; A Fig. 28 é uma vista em perspectiva frontal da unidade deslizante da Fig. 27; A Fig. 29 é outra vista em perspectiva posterior das unidades de contacto da Fig. 27; e A Fig. 30 é uma vista em planta da matriz rotacional da Fig. 27 mostrada desenrolada e removida do resto da caneta de injecção.

Caracteres de referência correspondentes indicam peças correspondentes ao longo de todas as diversas vistas. Embora os desenhos representem formas de realização do presente invento, os desenhos não estão, necessariamente, à - 20 - PE 1392377 escala e determinadas características podem ser exageradas ou omitidas em alguns dos desenhos de modo a melhor ilustrar e explicar o presente invento.

DESCRIÇÃO PORMENORIZADA DO INVENTO A Fig. 1 ilustra, genericamente, um tipo de dispositivo de distribuição de medicação no qual uma unidade de accionamento do presente invento é aplicada de forma benéfica. O dispositivo de distribuição mostrado é uma caneta de injecção de medicação, reutilizável, designada, genericamente, por 20. Como é, de um modo geral, conhecido, em dispositivos reutilizáveis do seu tipo, a caneta 20 de injecção inclui um cartucho 22 cheio de medicação como parte de uma unidade de cartucho, genericamente designada por 24, que está ligada a uma base de caneta reutilizável designada, genericamente, por 26. A base 26 de caneta inclui, de preferência, mecanismos de preparação e injecção de dose que funcionam de modo a que uma quantidade de medicamento seja seleccionada e, subsequentemente, expelida da unidade 24 de cartucho através da unidade 27 de agulha de injecção mostrada fixada à mesma. Na forma de realização mostrada, um manipulo 28 exposto com um botão 30 passível de rotação nele colocado, na extremidade da retaguarda ou proximal da base 26 de caneta, é uma parte manualmente accionável dos mecanismos de preparação e injecção de dose instalados, de outro modo, no interior da base 26 de caneta. Durante o processo de preparação da dose, o manipulo 28 está concebido para poder - 21 - PE 1392377 rodar para preparar a dose, e quando o manipulo 28 é rodado para, desse modo, aumentar a dose seleccionada, o manipulo 28 e o botão 30 efectuam um movimento de translação para fora da base 26 de caneta desde a posição axial mostrada na Fig. 1, ou para a direita do ponto de vista de um observador da Fig. 1. Durante o processo de injecção de dose, que ocorre depois do processo de preparação de dose, quando se aplica uma força de impulsão ao botão 30, que roda livremente em relação ao manipulo 28, o botão 30 e o manipulo 28 estão concebidos para serem deslocados para a esquerda e, novamente, de regresso à posição axial mostrada na Fig. 1, para fazer com que os componentes do mecanismo de injecção alojados no interior da base de caneta ajam de modo a fazer com que o medicamento no cartucho seja injectado. O que foi dito anteriormente é considerado como técnica antecedente e destina-se a ser ilustrativo e, de modo nenhum, limitativo, dado que uma variedade de injectores tendo variados mecanismos de preparação e injecção de dose manual e tendo formas e dimensões externas variadas são conhecidos na técnica das canetas de injecção. A unidade de accionamento inventiva pode ser facilmente adaptada para muitos desses mecanismos considerando a explicação aqui dada, dado que a unidade de accionamento inventiva descrita mais abaixo pode, em teoria, ser incorporada em qualquer tipo de mecanismo de injecção que, durante a injecção, faz rodar um elemento de - 22 - PE 1392377 accionamento passível de rotação que confere uma força rotacional à unidade de accionamento. Além disso, a unidade de accionamento inventiva pode ser aplicada a autoinjectores tendo elementos de accionamento passíveis de rotação não requerendo, além disso, a presença de um mecanismo de preparação de dose que permita variabilidade na quantidade a distribuir.

No que se refere, ainda, à Fig. 2, na qual não se mostra a unidade de agulha a ela fixada, a unidade 24 de cartucho é montada por intermédio de peças componentes durante a sua produção de modo a formar uma unidade manipulada por um utilizador como se fosse uma única peça, e é descartada como uma unidade quando o medicamento ai contido é esgotado. 0 cartucho 22 da unidade 24 de cartucho inclui um invólucro 32 em vidro e aberto nas extremidades que define um volume interno cheio de medicamento, tal como hormona de crescimento humano ou insulina. Um êmbolo 34 deslizante engata-se na superfície 33 interna do invólucro do cartucho de um modo estanque. Uma ponta 35 de haste utilizada para distribuir forças de avanço aplicadas ao êmbolo 34, e que é livremente amovível no interior do volume interno do cartucho, posicionada de um modo proximal em relação ao êmbolo 34, possui um disco 37 de base formado solidariamente com um colar 38 cilíndrico no qual se encaixa a extremidade 121 distai do parafuso 120 auto-roscante da unidade de accionamento inventiva. Se a ponta 35 de haste for eliminada, a extremidade 121 distai do parafuso 120 auto-roscante pode, directamente, ao contrário - 23 - PE 1392377 de indirectamente, engatar-se no êmbolo 34. Em alternativa, quando a caneta se destina a ser utilizada com cartuchos sem uma ponta de haste, uma base com um diâmetro superior ao do parafuso auto-roscante e que está concebida para rodar relativamente ao parafuso auto-roscante pode ser montada, de modo a poder rodar, na extremidade 121 distai de modo a engatar-se directamente no êmbolo do cartucho. 0 cartucho 22 está ainda protegido por um invólucro 42 externo, que se mostra como sendo transparente mas que pode ser construído de outro modo. Na sua extremidade situada na retaguarda, o invólucro 42 externo inclui uma parte 44 de gargalo com rosca externa e com um diâmetro mais reduzido, e um núcleo 46 posterior com um diâmetro ainda mais reduzido na qual penetra a extremidade situada na retaguarda da ponta 35 de haste. A parte 44 de gargalo roscada permite que haja um engate por enroscamento ou aparafusamento da unidade 24 de cartucho na base 26 de caneta. A unidade 24 de cartucho inclui a tampa 50 que é presa durante a produção, tal como por soldadura por ultra-sons, ao invólucro 42 externo de modo a manter o cartucho 22 no interior do invólucro externo. Uma membrana 54 de borracha passível de perfuração é pressionada pela tampa 50 de encontro ao invólucro 32 de cartucho para vedar a extremidade dianteira aberta do invólucro. As roscas externas na tampa 50 permitem a montagem da unidade 27 de agulha de injecção. Quando a unidade 27 está montada desse modo, a extremidade posterior da sua agulha perfura a membrana 54, e o medicamento é expulso do cartucho 22 - 24 - PE 1392377 através da agulha quando o êmbolo 34 é impelido para a esquerda na Fig. 1 durante a utilização de injecção da caneta 20. A unidade de cartucho sobre a qual a unidade de accionamento do presente invento age pode ser configurada de modo diferente tal como é conhecido na técnica. Por exemplo, e como se mostra ainda na Fig. 7, a unidade de cartucho pode ser proporcionada na forma de um retentor reutilizável que pode ser ligado de um modo adequado, tal como por intermédio de roscas, a uma base de caneta reutilizável, definindo esse retentor uma câmara na qual se introduz um cartucho descartável para ser utilizado. Depois do conteúdo do cartucho existente ser esgotado por utilizações múltiplas da caneta de injecção, um utilizador desmonta o retentor da base de caneta, remove o cartucho gasto da extremidade proximal aberta do retentor e elimina esse cartucho e, depois, insere um cartucho descartável de substituição no retentor que, subsequentemente, se torna a ligar à base de caneta para ser utilizado, podendo esse processo de substituição de cartucho ser repetido sempre que necessário. Para além disso, podem utilizar-se outras unidades de cartucho, tais como uma unidade de cartucho que inclua um cartucho descartável feito em plástico e sem uma cobertura protectora externa, e que se fixa directamente à base de caneta, bem como uma unidade de cartucho que inclui um cartucho substituível, que se monta ou se insere no interior de uma câmara do dispositivo, e um elemento de cobertura para a câmara do dispositivo receptora de - 25 - PE 1392377 cartucho, tal como uma peça tampão individual ou uma porta de acesso que está ligada ao dispositivo de modo deslizante ou articulado.

No que se refere, ainda, às Figs. 3-6, a unidade de accionamento inclui uma porca 60 flutuante posicionada no interior oco da base 26 de caneta definido pelo invólucro exterior da base de caneta. Na forma de realização mostrada, de modo diagramático, na Fig. 3, a extremidade distai do invólucro exterior da base de caneta inclui um elemento 62 de interface de cartucho preso firmemente, tal como por colagem, encaixe plástico à pressão ou soldadura por ultra-sons, a uma parte 64 de corpo de invólucro que se estende no sentido da retaguarda. O elemento 62 de interface é enroscado internamente em 66 para se ligar à parte 44 de gargalo com rosca externa e com um diâmetro mais reduzido para montar a unidade 24 de cartucho na base 26 de caneta. A rosca 63 externa do elemento 62 de interface permite a montagem de uma tampa principal, não mostrada, da caneta 20 de injecção. A unidade de accionamento inventiva também pode ser utilizada com outras configurações de invólucro. A porca 60 flutuante é moldada em plástico de modo a formar uma peça e inclui uma secção 70 de corpo tubular, geralmente cilíndrica, que é, de preferência, fixada por chavetas ao invólucro da base de caneta para permitir que a porca se desloque, na mesma, numa direcção axial, ao mesmo tempo que impede o movimento rotacional da - 26 - PE 1392377 porca no interior do invólucro numa qualquer posição axial dada. Uma fixação por chavetas adequada inclui chavetas 74, que se projectam radialmente e estão situadas de modo adjacente à extremidade posterior da secção 70 de corpo da porca, que se encaixam no interior de entalhes ou ranhuras 65 de chavetas formadas na parte 64 do corpo do invólucro. Na forma de realização mostrada, existem três chavetas 74 espaçadas igualmente de modo anqular, mas podem empregar-se chavetas adicionais, ou menos chavetas incluindo uma única chaveta. Além disso, a porca 60 pode ser fixada por chavetas ao invólucro da base de caneta por intermédio de chavetas existentes no invólucro que se encaixam no interior de ranhuras de chavetas formadas no exterior da porca. O interior 71 oco da secção 70 de corpo tubular é atravessado pela parte 80 de disco da porca 60. A parte do interior 71 oco posicionada à frente da parte 80 de disco está dimensionada para receber o núcleo 46 de modo a que este rode livremente. Uma abertura 81 central definida pela parte 80 de disco é formada com roscas 82 internas concebidas para coincidirem com a rosca 124 externa do parafuso 120 da unidade de accionamento. Dois retentores 85 da embraiagem de transmissão são proporcionados em lados opostos da abertura 81 central. Cada retentor 85 de embraiagem de transmissão é um aro ou parte 87 de trinco formada solidariamente com a secção 70 de corpo e projectando-se radialmente para dentro desta. - 27 - PE 1392377 A porca 60 flutuante é forçada na direcção da extremidade dianteira da base 26 de caneta por um elemento de impulsão que age entre a porca 60 e, por exemplo, o invólucro da base de caneta. Um elemento de impulsão adequado é uma mola 90 metálica de compressão helicoidal tendo uma extremidade 91 dianteira que se encosta directamente à face 72 de extremidade anelar da secção 70 de corpo, e uma extremidade 92 posterior que se encosta directamente a uma divisória 93 saliente da parte 64 de corpo do invólucro. A superfície 67 de extremidade posterior do elemento 62 de interface proporciona um batente axial de encontro ao qual a face 75 dianteira de cada chaveta 74 de porca se encosta para limitar o movimento axial para diante da porca 6 0 pela mola 90. Elementos de impulsão alternativos, tais como tipos diferentes de molas, e diferentes materiais de construção, podem ser substituídos noutras formas de realização. A extremidade posterior do elemento de impulsão pode, em alternativa, encostar-se a um componente de caneta que esteja ligado ao invólucro em vez de ser solidário com este.

Na forma de realização da Fig. 3, a embraiagem 100 de transmissão da unidade de accionamento inventiva está ligada à porca 60 flutuante de modo a poder rodar livremente e a ser fixada axialmente. A embraiagem 100 de transmissão possui um corpo 102 em forma de disco completamente circundado por um anel 104 de retenção que se projecta radialmente para o exterior. Quando configurado - 28 - PE 1392377 como se mostra na Fig. 6, durante o processo de montagem do dispositivo, o movimento da embraiagem 100 de transmissão na direcção da porca 60 faz com que o anel 104 de retenção obrigue os retentores 85 de embraiagem resilientes a inclinarem-se no sentido ascendente, e a porca e embraiagem deformam-se ligeiramente até que o anel 104 de retenção passe, axialmente, pelas partes 87 de aro, altura em que as peças regressam à sua forma original de modo elástico para, axialmente, capturar o anel 104 de retenção entre as partes 87 de aro e uma parte 89 de superfície saliente da face proximal da parte 80 de disco que circunda a abertura 81 central. A parte 89 de superfície saliente tem um diâmetro mais pequeno do que a superfície 106 distai da embraiagem 100 de transmissão para proporcionar uma área de contacto mais pequena de modo a limitar a resistência de atrito à rotação entre estas. Outros tipos de mecanismo de trinco para reter axialmente a embraiagem de transmissão no interior da porca flutuante, ao mesmo tempo que permitem uma rotação relativa entre estas, incluindo diferentes números de partes de aro ou partes de lingueta axialmente alinhadas e estendendo-se para a retaguarda a partir das quais uma parte de trinco se projecta radialmente para dentro, também podem ser substituídos em formas de realização alternativas. O corpo 102 da embraiagem 100 de transmissão define uma abertura 110 central e possui, pelo menos, uma parte ou chaveta 112 em forma de V estendendo-se para dentro que se projecta no interior da abertura. A chaveta - 29 - PE 1392377 112 encaixa-se no interior de um canal 122 de ranhura de chaveta que se estende longitudinalmente ao longo do comprimento do parafuso 120 auto-roscante ou de avanço, que inclui uma rosca 124 externa que se engata na rosca 82 da porca 60 flutuante. Como mostrado na Fig. 5, duas chavetas 112 dispostas diametralmente encaixam-se no interior de ranhuras 122 de chavetas longitudinais situadas em lados opostos do parafuso auto-roscante. A interligação das chavetas 112 com as ranhuras 122 de chavetas obriga a uma rotação forçada da embraiagem 100 de transmissão durante a injecção para rodar o parafuso 120 auto-roscante e, do mesmo modo, obriga a uma rotação forçada do parafuso 120 auto-roscante durante o reposicionamento para rodar a embraiagem 100 de transmissão. A embraiagem 100 de transmissão está adaptada para se engatar num elemento de accionamento passível de rotação do mecanismo de injecção para que haja uma transmissão de binário. A região radial externa da superfície 113 proximal inclui uma série de dentes 114 de forma geralmente triangular que se projectam axialmente, dispostos de modo anelar, os quais estão estruturados e configurados para coincidirem com dentes 130 configurados do mesmo modo existentes no elemento 135 de accionamento. Cada dente 114 inclui um lado 116 em rampa e um lado 118 alinhado axialmente ao qual se aplica directamente uma força por intermédio de um dente 130 durante a rotação de accionamento da embraiagem 100 de transmissão por intermédio do elemento 135 de accionamento. Em formas de - 30 - PE 1392377 realização alternativas, diferentes configurações de transmissão de binário, incluindo placas planas que se baseiam exclusivamente no atrito para que haja uma transmissão de binário antiderrapante , podem ser substituídas pela configuração dentada particular mostrada. O elemento 135 de accionamento passível de rotação roda quando a caneta 120 de injecção é accionada de modo a que fluido seja ejectado através da unidade 27 de agulha. O elemento 135 de accionamento é mostrado, de modo diagramático, como um disco 140 anelar fixado, em termos de rotação, numa manga 142 apoiada radialmente no interior da caneta de injecção e através da qual se estende o parafuso 120 auto-roscante. A coroa 140 circular inclui os dentes 130 que se estendem para diante. A unidade de accionamento inventiva pode ser accionada por elementos de accionamento passíveis de rotação diferentemente concebidos abrangidos no âmbito do invento. A unidade de accionamento inventiva irá ser melhor compreendida considerando a explicação que se segue de aspectos do funcionamento da caneta 20 de injecção, a começar pela caneta de injecção configurada como mostrado na Fig. 2 que ocorre quando uma nova unidade 24 de cartucho substitui uma unidade de cartucho esgotada que não é mostrada. O utilizador irá, em primeiro lugar, montar a unidade 24 de cartucho na base 26 de caneta. - 31 - PE 1392377

Tipicamente, um utilizador irá segurar a base 26 de caneta reutilizável numa mão, e a unidade 24 de cartucho na outra mão e, em primeiro lugar, manipular os componentes de modo a que a extremidade 121 distai do parafuso 120 auto-roscante seja inserida no interior do núcleo 46 e colar 38 da ponta de haste e entre em contacto com o disco 37 da base da ponta de haste. A base 26 de caneta e a unidade 24 de cartucho são, em seguida, deslocadas manualmente em conjunto numa direcção axial até que o núcleo 46 seja axialmente introduzido no interior oco da base de caneta e as roscas externas da parte 44 de gargalo com diâmetro reduzido se encostem, inicialmente, às roscas 66 internas da parte 62 de interface do cartucho. No decurso deste movimento, a ponta 35 de haste é, em primeiro lugar, deslocada mais para dentro do cartucho 22 para fechar qualquer espaçamento que possa existir entre si e o êmbolo 34 e, em seguida, o parafuso 120 auto-roscante é forçado, axialmente, e enrosca-se através da porca 60 flutuante enquanto a embraiagem 100 de transmissão gira livremente com o parafuso 120 auto-roscante e no interior da porca 60 flutuante. O parafuso 120 auto-roscante é, assim, impelido para trás ou reposicionado, em vez de o êmbolo 34 ser forçado a deslizar no interior do cartucho 22, devido à resistência ao atrito relativamente pequena para reposicionar a unidade de accionamento.

Para continuar com a montagem, a unidade 24 de cartucho é, em seguida, rodada relativamente à base 26 de caneta para aparafusar os componentes uns aos outros. - 32 - PE 1392377

Durante uma fase anterior desta rotação, no interior do volume interior do invólucro, o ressalto 45 anelar entra em contacto com a superfície 76 de extremidade da porca 60 flutuante que se encontra numa posição axial adiantada devido à impulsão efectuada pela mola 90. Em formas de realização alternativas, outras partes da unidade de cartucho, tais como a extremidade posterior do núcleo 46, podem ser o ponto de contacto com a porca 60. Além disso, em vez de um contacto directo ou engate na porca, a unidade de cartucho pode engatar-se, indirectamente, na porca, tal como através de um elemento interposto fabricado num material com pouco atrito. A continuação do enroscamento da unidade 24 de cartucho pelo utilizador desloca a porca 60 flutuante para trás em oposição a uma força de resistência gerada pela compressão da mola 90. Em particular, o ressalto 45 desliza ao longo da superfície 76 de extremidade da porca flutuante à medida que a unidade de cartucho roda e move-se axialmente, enquanto a porca 60 se move axialmente sem, simultaneamente, rodar. A força de resistência gerada pela mola 90, que aumenta à medida que a inserção progride, reduz o jogo entre a unidade 24 de cartucho e a base 26 de caneta para que a caneta 20 de injecção faça com que um utilizador tenha uma sensação de que a caneta é mais sólida ou está melhor construída, e para limitar a formação de baba na caneta que pode ocorrer durante o movimento relativo do cartucho e do parafuso auto-roscante. - 33 - PE 1392377 A unidade 24 de cartucho fica totalmente montada depois de ter sido enroscada até que a face 43 de extremidade do cilindro 42 se encoste à face distai do elemento 62 de interface do cartucho, sendo esta configuração mostrada na Fig. 4. Quando a unidade 24 de cartucho está montada deste modo, a porca 60 e a embraiagem 100 retida encontram-se numa posição axial à retaguarda na qual os dentes 114 da embraiagem 100 de transmissão estão positivamente engatados nos dentes 130 do elemento 135 de accionamento de um modo não derrapante para que a embraiagem 100 possa ser rodada por rotação do elemento 135 de accionamento.

Subsequentemente, e relativamente à caneta 20 de injecção mostrada na Fig. 1, depois do manipulo 28 ter sido manipulado para preparar uma dose, o premir do botão 30, que está interligado mecanicamente com a manga 142 do elemento 135 de accionamento, faz rodar o elemento 135 de accionamento que roda a embraiagem 100 de transmissão e, desse modo, o parafuso 120 auto-roscante, que se enrosca através da porca 60 para fazer avançar o êmbolo 34 de modo a forçar o medicamento na unidade 24 de cartucho equipada com agulha.

No que se refere, agora, à Fig. 7, mostram-se, de modo diagramático, partes de outra caneta de injecção equipada com uma unidade de accionamento do presente invento. Nesta forma de realização, a base 226 de caneta reutilizável é construída de modo idêntico ao mostrado na - 34 - PE 1392377

Fig. 3, e, além disso, a unidade de accionamento é a mesma que a mostrada na Fig. 3 para além da extremidade 121 do parafuso 120 auto-roscante estar configurada para suportar, de modo a poder rodar, uma base 123 adicional. A base 123 está fixada, em termos de rotação, livremente em torno do eixo do parafuso 120 durante a utilização, e serve para distribuir pressão sobre o êmbolo 34. A unidade de cartucho na Fig. 7 tem a forma de um retentor 230 reutilizável com um cartucho descartável ai introduzido, sendo o referido cartucho idêntico ai cartucho 22 mas sem uma ponta 35 de haste. O retentor 230 pode ser ligado ao invólucro da base de caneta, tal como através de roscas mostradas em 232. O cartucho 22 pode ser inserido no retentor, e pode ser removido para ser substituído, através da extremidade posterior aberta do retentor quando o retentor não está ligado à base 226 de caneta. Quando um retentor 232 com um cartucho 22 introduzido é montado na base 226 de caneta, a porca 60 flutuante entra directamente em contacto com o invólucro 32 do cartucho, e a impulsão, por acção da mola, da porca força o cartucho 22 a avançar no interior do retentor de encontro à superfície interior de uma extremidade dianteira não mostrada do retentor. O cartucho 22 fica, desse modo, impedido de se movimentar relativamente à porca 60.

Ainda noutra forma de realização alternativa que não é mostrada, a embraiagem de transmissão não precisa de ser presa pela porca flutuante, mas, em vez disso, é simplesmente deslocada de modo a engatar-se no elemento de - 35 - PE 1392377 accionamento, por exemplo, entrando em contacto de encosto com a porca flutuante. Numa configuração deste tipo, a mola engata-se de modo operacional na embraiagem de transmissão para a impelir de modo a desengatá-la do elemento de accionamento passível de rotação quando não houver uma unidade de cartucho correctamente montada na base de caneta. Por exemplo, a extremidade dianteira de uma mola pode encostar-se a um elemento de anilha que mantém a embraiagem de transmissão situada na parte dianteira, tal como em contacto com a porca flutuante.

As Figs. 8-11 mostram unidades de indicação acústica de injecção, as quais podem ser aplicadas, beneficamente, em canetas de injecção, tal como a caneta 20 de injecção da Fig. 1. No entanto, e apesar de descrições mais abaixo destas unidades poderem fazer referência a uma caneta 20 deste tipo em geral, estas unidades não estão limitadas a serem incorporadas em canetas idênticas à caneta 20. A unidade de indicação acústica de injecção pode ser facilmente adaptada a muitos injectores configurados de modo alternativo considerando a explicação aqui dada, dado que a unidade de indicação acústica de injecção descrita em seguida, mais pormenorizadamente, pode, em teoria, ser montada em mangas impulsoras passíveis de rotação de mecanismos de injecção, que são rodadas pela operação de componentes diferentemente configurados desses mecanismos de injecção. Além disso, a unidade de indicação acústica de injecção não requer a presença de um mecanismo de - 36 - PE 1392377 preparação de dose que permita variabilidade na quantidade a distribuir.

Como mostrado na Fig. 8, uma forma de unidade de indicação acústica de injecção inclui um colar em forma de anel ou elemento de indicação acústica, designado, genericamente, por 240. Na descrição que se segue do funcionamento da parte de caneta mostrada na Fig. 8, essa parte de caneta é descrita como fazendo parte de uma caneta 20 mostrada na Fig. 1 para facilitar a explicação, mas deve compreender-se que a caneta mostrada na Fig. 8 inclui, por exemplo, uma unidade de accionamento que é ligeiramente diferente da que foi descrita anteriormente relativamente à caneta 20, bem como uma unidade de cartucho que compreende um retentor 238 reutilizável, que está ligado por enroscamento ao invólucro da base de caneta, e um cartucho 22 descartável ai introduzido. O colar 240 anelar define um furo central através do qual a manga 242 impulsora se estende para que o colar 240 seja montado de modo coaxial na manga 242 impulsora. Pelo menos uma nervura ou chaveta, tal como um par de chavetas 244 diametralmente opostas, projectam-se para dentro do furo central do colar 240 e encaixam-se de modo deslizante no interior de fendas ou ranhuras 246 de chavetas que se estendem longitudinalmente em lados opostos da manga 242 impulsora. A fixação por intermédio de chavetas do colar 240 na manga 242 impulsora faz com que o colar 240 seja fixado, em termos de rotação, mas axialmente - 37 - PE 1392377 amovível em relação à manga 242 impulsora. Numa forma de realização alternativa, o colar 240 pode ser fixado por chavetas à manga 242 impulsora com chavetas e ranhuras de chavetas correspondentes, existentes, respectivamente, na manga impulsora e no colar. A face proximal do colar 240 é formada com um anel de dentes 248 que se estendem axialmente. Os dentes 248 engrenam-se em dentes 250 complementares que estão moldados na divisória 252. O número de dentes 248 do colar e de dentes 250 nos quais se engatam não precisam de ter um rácio de 1 para 1, dado que o dispositivo de indicação acústica pode ter, por exemplo, um dente sim um dente não. A divisória 252 é um componente adicional estriado na parte 254 de invólucro externo da caneta, sendo o invólucro externo mostrado na forma de um conjunto de múltiplas peças componentes, para que a divisória 252 seja fixada, em termos de rotação, em relação ao invólucro da caneta durante a utilização da caneta na injecção. A divisória 252 é fixada, axialmente, na forma de realização da Fig. 8, ao ser pressionada por uma mola 256 de encontro a uma parte de rebordo do invólucro externo da caneta. Em formas de realização alternativas, os dentes 250 correspondentes podem ser parte de uma divisória formada solidariamente com o invólucro externo da caneta.

Os dentes 248 e 250 estão configurados para que, quando estão engrenados uns nos outros, se permita apenas uma rotação unidireccional do colar 240 em relação à - 38 - PE 1392377 divisória 252 e, desse modo, ao invólucro da caneta. Durante esta rotação relativa, os dentes 248 do colar, quando se deslocam através dos dentes 250, geram estalidos audíveis. A capacidade de rotação unidireccional do colar 240 permite que este funcione como um mecanismo anti-recuo para a manga impulsora e parafuso de injecção, como se descreve mais pormenorizadamente em seguida. Em formas de realização alternativas, nas quais não é necessária a existência de mecanismo anti-recuo criado pelo colar 240, os dentes 248 e 250 podem ser diferentemente configurados de modo a não impedir a rotação inversa e, desse modo, permitir uma rotação bidireccional do colar. O dispositivo 240 de indicação acústica de injecção é impulsionado na direcção axial proximal ao longo da manga 242 impulsora por um elemento de impulsão, designado, genericamente, por 258. Na forma de realização mostrada, o elemento de impulsão é uma mola de compressão helicoidal fabricada em metal que é montada de modo coaxial na manga 242 impulsora, podendo empregar-se, em alternativa, outros tipos de molas ou materiais de construção. Durante a utilização da caneta para injecção, a mola 258 faz recuar o colar 240 para proporcionar estalidos de injecção e posicionamento rotacional. Durante o fabrico, podem testar-se molas com várias resistências de modo a seleccionar uma mola que proporcione um estalido audível adequado sem modificar quer a divisória quer a concepção do colar. - 39 - PE 1392377 A extremidade distai da mola 258 encosta-se a uma superfície virada para a zona proximal de uma parte 260 de disco que sobressai radialmente da manga 242 impulsora. A superfície virada para a zona distai da parte 260 de disco inclui um anel com dentes 262 que se estendem axialmente e que são utilizados para transmitir um movimento rotacional da manga impulsora a uma unidade de accionamento que faz avançar o parafuso de injecção. Na forma de realização mostrada, a unidade de accionamento inclui uma embraiagem 266 com dentes 264 proximais que correspondem aos dentes 262 da parte de disco quando a caneta está totalmente montada, como mostrado na Fig. 8. A embraiagem 266 está fixada por chavetas ao parafuso 270 de injecção roscado através de chavetas 268 que se encaixam no interior de ranhuras 272 de chavetas dispostas diametralmente, alinhadas longitudinalmente ao longo do parafuso que se estende através da manga 242 impulsora. A embraiagem 266 fica axialmente retida no interior de uma porca flutuante, designada genericamente por 275, podendo rodar relativamente a esta, por intermédio de espigões 277 que se encaixam à pressão sobre a embraiagem durante a montagem. A porca 275 flutuante é fixada por chavetas ao invólucro da caneta de modo a ser axialmente amovível, mas é fixada em termos de rotação. A porca 275 flutuante é impulsionada na direcção distai pela mola 256 quando o retentor 238 de cartucho e o cartucho 22 são desmontados da base de caneta de modo a desengatar os dentes 262 da manga impulsora dos dentes 264 da embraiagem para permitir o reposicionamento do parafuso de injecção. Quando a porca 275 flutuante se - 40 - PE 1392377 desloca na direcção distai durante a desmontagem da caneta, no que se refere a um mecanismo de injecção mostrado no qual a manga impulsora não está axialmente fixada, a manga 242 impulsora é deslocada axialmente pela acção da mola 258 de encontro à parte 260 de disco, mas é impedida de se engatar na embraiagem 266 pelo facto da parte 260 de disco estar encostada às chavetas não mostradas da parte 255 do invólucro da caneta à qual a porca 275 flutuante está fixada por chavetas. A unidade do dispositivo de indicação acústica de injecção da Fig. 8 será compreendida com mais pormenor considerando a explicação que se segue do seu funcionamento no interior de uma caneta, tal como a caneta 20. Quando a caneta 20 tem a configuração mostrada na Fig. 1, que é um estado de disponibilidade antes da marcação da dose para injecção, os dentes da parte 260 de disco da manga impulsora e da embraiagem 266 estão engatados. E os dentes do colar 240 e da divisória 252 estão engatados, como mostrado na Fig. 8. Durante a marcação ou selecção da dose, a mola 258 mantém os dentes 248 do colar engrenados nos dentes 252 da divisória. Devido à capacidade de rotação unidireccional do colar 240 e à sua fixação por chavetas na manga 242 impulsora, esta engrenagem dos dentes bloqueia, em termos rotacionais, a manga 242 impulsora. Estando a unidade da manga impulsora bloqueada, em termos de rotação, a embraiagem 266 e, por conseguinte, o parafuso 270 auto-roscante fixado por chavetas à mesma, não consegue rodar, dotando, desse modo, o parafuso de injecção com uma - 41 - PE 1392377 característica anti-recuo. Quando se prime o botão 30 no processo de injecção de dose descrito anteriormente, a manga 242 impulsora e, desse modo, o colar 240 fixado por chavetas à mesma, é obrigada a rodar na direcção permitida pela configuração dos dentes do colar 240. A rotação da parte 260 de disco da manga 242 impulsora roda a embraiagem 266 e, desse modo, o parafuso 270 auto-roscante, que se enrosca através de uma rosca 279 interna da porca 75 para avançar na direcção distai de modo a fazer deslocar o êmbolo amovível do cartucho 22 para forçar a medicação a sair por uma saída do cartucho. Quando o colar 240 roda, oscila axialmente, em oposição a uma força dirigida para a zona proximal aplicada por uma mola 258, à medida que os seus dentes se sobrepõem aos dentes 250 da divisória e criam estalidos audíveis que indicam a execução da injecção.

No que se refere, agora, às Figs. 9-11, mostra-se outra forma de uma unidade de indicação acústica de injecção numa caneta de injecção diferente mostrada parcialmente. Esta unidade de indicação acústica de

injecção está, particularmente, adaptada para um mecanismo de injecção tendo uma parte de manga impulsora que se desloca axialmente durante a execução da injecção. A unidade de indicação acústica de injecção inclui um colar em forma de anel ou elemento de indicação acústica, designado, genericamente, por 290. O colar 290 anelar define um furo 292 central através do qual a base 335 tubular da manga impulsora se estende. Pelo menos uma - 42 - PE 1392377 nervura ou chaveta, tal como um par de chavetas 294 diametralmente opostas, projecta-se para dentro do furo 292. As chavetas 294 encaixam-se no interior de ranhuras 340 de chavetas que se estendem longitudinalmente em lados opostos da base 335 da manga impulsora para que o colar 290 seja fixado, em termos de rotação, mas axialmente amovivel em relação à manga impulsora. A face proximal do colar 290 é formada com um anel de dentes 296 que se estendem axialmente. Os dentes 296 engrenam-se em dentes 347 complementares moldados numa divisória 348 formada solidariamente com o invólucro externo da caneta mostrado de modo diagramático.

Cada um dos dentes 296 inclui uma superfície 297 alinhada axialmente e uma superfície 298 inclinada axialmente que se estende até à superfície alinhada axialmente do dente sucessivo, permitindo esta configuração de dentes a rotação unidireccional do colar 290 relativamente ao invólucro da caneta que permite que o colar funcione como um mecanismo anti-recuo. Durante esta rotação relativa, os dentes 296 do colar, quando se deslocam através dos dentes 347 do invólucro da caneta, geram estalidos audíveis. O dispositivo 290 de indicação acústica de injecção inclui uma superfície 300 distai que, por vezes, durante o funcionamento da caneta, se encosta a uma região 307 externa e radialmente alinhada de um anel retentor, - 43 - PE 1392377 designado, genericamente, por 305. O anel 305 inclui uma parte 309 central inclinada para diante que se encaixa firmemente, durante a montagem da caneta, numa ranhura 343 circunferencial formada na base 335 da manga impulsora. Esta ligação faz com que o anel 305 retentor siga o movimento axial da base 335 da manga impulsora durante a execução da injecção, sendo este movimento axial uma função do mecanismo de injecção particular da caneta. O anel 305 retentor serve para restringir o movimento axial do colar 90 quando a manga impulsora é posicionada axialmente como mostrado na Fig. 9, tal como durante a marcação de uma dose, pelo facto da sua região 307 externa se engatar na superfície 300, impedindo, desse modo, o desengate dos dentes 296 do colar dos dentes 347 do invólucro. O colar 290 é impulsionado na direcção axial proximal por intermédio de uma mola 320 de compressão metálica e helicoidal orientada coaxialmente em torno do corpo 335 da manga impulsora. A extremidade 321 proximal da mola 320 encaixa-se em torno de uma parte 302 de gargalo com diâmetro reduzido do colar 290. A extremidade 321 da mola é pressionada sobre, e retida por, seis nervuras 303 espaçadas a intervalos regulares em torno da circunferência da parte do gargalo. A extremidade 322 distai da mola 320 encaixa-se em torno de uma parte 332 de gargalo com diâmetro reduzido de um elemento 330 de transmissão de binário, que sobressai radialmente, da manga impulsora, designada genericamente - 44 - PE 1392377 por 325. O elemento 330 de accionamento é a parte da manga impulsora que transmite o movimento rotacional da manga impulsora a uma embraiagem 350 fixada por chavetas ao parafuso 354 auto-roscante. Seis nervuras 331 espaçadas regularmente em torno da parte 332 de gargalo são pressionadas de modo a penetrarem na extremidade 322 distai da mola 320 durante a montagem da caneta para reter a mola 320 no elemento 330 de accionamento. A superfície virada para a zona distai do elemento 330 de accionamento inclui dentes 333 que se estendem, axialmente e na direcção distai, e que correspondem aos dentes na embraiagem 350 quando a caneta é montada para ser utilizada.

Na forma de realização mostrada nas Figs. 9-11, a manga impulsora é uma unidade constituída por duas peças, dado que o elemento 330 de accionamento que sobressai radialmente está configurado para permitir um movimento axial limitado relativamente à base 335 tubular da manga impulsora, sendo a base obrigada a rodar quando o mecanismo de injecção da caneta é accionado. Esta capacidade de efectuar um movimento relativo ajuda a impedir a colagem da embraiagem quando uma unidade de cartucho é montada na base de caneta. Em particular, durante a montagem da unidade de cartucho, desde que o mecanismo de embraiagem corresponda dente a dente, o elemento 330 de accionamento pode recuar permitindo que a unidade de cartucho seja totalmente instalada sem bloquear ou danificar os dentes da embraiagem, e qualquer relação dente a dente que permaneça depois da instalação é automaticamente resolvida após a - 45 - PE 1392377 activação da caneta. Esta capacidade de efectuar um movimento relativo também permite o movimento axial da base tubular da manga impulsora durante a execução da injecção, sendo esse movimento função do mecanismo de injecção global da caneta.

No interior de um furo 334 central do elemento 330 de accionamento através do qual se encaixa a base 335 tubular, um par de chavetas 337 diametralmente opostas projecta-se radialmente para dentro. As chavetas 337 encaixam-se no interior de ranhuras 340 de chavetas que se estendem longitudinalmente, para que o elemento 330 seja fixado, em termos de rotação, mas axialmente amovível relativamente à base 335 da manga impulsora. Um par de encaixes ou nervuras 338 diametralmente opostas também se projectam para o interior do furo 334 em locais desfasados noventa graus das chavetas 337. Durante a montagem de fabrico do elemento 330 de accionamento à base 335, as nervuras 338 encaixam-se à pressão em recessos 341 formados na periferia da base 335 da manga impulsora e em relacionamento com a extremidade 342 distai. Os recessos 341 estendem-se na direcção axial ao longo de uma distância que ultrapassa a espessura das nervuras 338 de modo a permitir o movimento axial limitado do elemento 330 de accionamento relativamente à base 335. A ligação por encaixe à pressão impede que a unidade da manga impulsora se separe axialmente quando um cartucho de medicação é desmontado da base de caneta, e assegura, além disso, que o deslocamento para diante do elemento 330 de accionamento é - 46 - PE 1392377 limitado pela base 335 da manga impulsora para ajudar a desengatar o elemento 330 de accionamento da embraiagem 350 quando se remove uma unidade de cartucho.

Os dentes 333 do elemento 330 de accionamento correspondem a uma embraiagem de uma unidade de accionamento utilizada para deslocar na direcção distai o parafuso de injecção. A unidade de accionamento mostrada na Fig. 9 possui uma embraiagem 350 fixada internamente por chavetas a um parafuso 354 auto-roscante roscado que se estende através da base 335 da manga impulsora. A embraiagem 350 está ligada a uma porca 360 flutuante fixada, em termos de rotação, que se engata por enroscamento no parafuso 354 auto-roscante. A rotação da embraiagem 350 através da manga 325 impulsora roda o parafuso 354 auto-roscante, que se enrosca através da porca 360 para avançar na direcção distai para além da extremidade da base de caneta reutilizável, para deslocar o êmbolo 365 amovível do cartucho 36 7 de modo a forçar a medicação a sair por uma saida do cartucho. A porca 360 flutuante é impulsionada na direcção distai pela mola 369 quando a unidade de cartucho é removida de modo a desengatar a unidade de accionamento dos dentes 333 da manga impulsora para permitir o reposicionamento do parafuso de injecção. Esta unidade de accionamento foi descrita anteriormente de um modo mais pormenorizado. Outras unidades de accionamento, com uma embraiagem que se engata de modo operacional no elemento 330 da manga impulsora quando a caneta é montada para ser utilizada, - 47 - PE 1392377 podem ser utilizadas em dispositivos com a unidade de indicação acústica de injecção. A unidade de indicação acústica de injecção das Figs. 9-11 irá ser melhor compreendida considerando a explicação que se segue do seu funcionamento no interior da caneta. Quando a caneta é montada como mostrado na Fig. 9, os dentes 333 do elemento 330 da manga impulsora e da embraiagem 350 são engatados e os dentes do dispositivo 290 de indicação acústica de injecção e do invólucro da caneta são engatados. Durante a marcação da dose, a base 335 da manga impulsora é retida de um modo proximal, tal como por uma mola não mostrada, fazendo com que o anel 305 retentor se encoste à superfície 300 do colar para manter os dentes 296 do dispositivo de indicação acústica engrenados nos dentes 347 do invólucro. Devido ao facto do colar 90 estar fixado por chavetas à base 335 da manga impulsora, esta engrenagem dos dentes bloqueia, em termos de rotação, a base 335 da manga impulsora e, por conseguinte, o elemento 330 de accionamento pelo facto de estar fixado por chavetas à base 335. Estando a unidade da manga impulsora bloqueada em termos de rotação, a embraiagem 350 e, por conseguinte, o parafuso 354 de injecção fixado por chavetas à mesma, não pode rodar, dotando, desse modo, o parafuso de injecção com uma característica anti-recuo.

Quando o mecanismo de injecção é manualmente accionado durante a utilização da caneta com dose marcada para injecção, a base 335 da manga impulsora, em primeiro - 48 - PE 1392377 lugar, move-se na direcção distai para deslocar o anel 305 retentor na direcção distai, para que o colar 290, sujeito a ultrapassar a força de impulsão da mola 320, seja amovível na direcção distai. O corpo 335 da manga impulsora, em seguida, começa a rodar, e os dentes 296 do colar 290 engatam-se e desengatam-se nos dentes do invólucro dando origem a estalidos de injecção. A rotação da manga impulsora também faz com que a embraiagem 350 de transmissão rode o que faz enroscar o parafuso 354 de injecção através da porca 360 flutuante. Durante este processo de injecção, se a porca flutuante flutuar ligeiramente numa direcção proximal, a mola 369 comprimida força-a a recuar na direcção da extremidade distai da caneta para completar a injecção.

Numa forma mostrada em diagrama de blocos na Fig. 12, um aparelho indicador de dose terapêutica é alojado num dispositivo 420 de distribuição e utiliza um dispositivo 422 de reconhecimento automático de recipiente, um identificador 424 de quantidade passível de dosear, um controlador 426 e um visor 428. Um tipo de dispositivo de distribuição para o qual o sistema está particularmente bem adequado consiste numa caneta de injecção, mas outros tipos de dispositivos portáteis, tais como um dispositivo pulmonar ou inalador, podem estar, do mesmo modo, equipados. O dispositivo 422 de reconhecimento automático de recipiente serve, em primeiro lugar, para reconhecer uma - 49 - PE 1392377 característica de um recipiente inserido no dispositivo 420 de distribuição, característica essa que, numa forma de realização, se refere a uma concentração do medicamento no interior do recipiente e, subsequentemente, a introduzir essa informação no controlador 426, como mostrado em 430. O identificador 424 de quantidade passível de dosear serve, em primeiro lugar, para detectar a configuração para a qual o mecanismo de preparação de dose do dispositivo 420 de distribuição foi manipulado por um utilizador para preparar o dispositivo de modo a distribuir um volume finito de medicamento e, em seguida, a introduzir essa informação no controlador 426, como mostrado em 432. Em resposta à informação introduzida, o controlador 426 calcula a dose terapêutica a distribuir e instrui o visor 428, através da linha 43, a apresentar visualmente essa dosagem a um utilizador do dispositivo 420 de distribuição. O dispositivo de distribuição com capacidades de indicação da dose terapêutica da Fig. 12 é mostrado na Fig. 13 na forma de uma caneta de injecção reutilizável, designada genericamente por 440. Tal como é convencional em dispositivos reutilizáveis deste tipo, a caneta 440 de injecção inclui uma unidade de cartucho, designada genericamente por 442, que está ligada a uma base de caneta, designada genericamente por 444, que aloja os mecanismos de preparação e injecção de dose que, quando accionados fazem com que uma quantidade de medicamento seja seleccionada e, em seguida, expelida da unidade 442 de cartucho através da unidade 467 de agulha de injecção. - 50 - PE 1392377

Uma forma de unidade 442 de cartucho é ainda mostrada numa vista em corte na Fig. 14 e é, excepto no caso do identificador descrito em seguida, a mesma que a unidade 24 de cartucho da Fig. 2. Deste modo, a unidade 442 de cartucho inclui um cartucho 446 com um invólucro 448 em vidro que define um volume interno cheio de medicação. O cartucho inclui um êmbolo 449 passível de deslizamento, ponta 452 de haste, tampa 464 e membrana 466. O cartucho 446 é ainda protegido por um invólucro ou cilindro 458 externo que inclui uma parte 460 de gargalo com diâmetro reduzido e roscada externamente, e um núcleo 462 posterior com diâmetro ainda mais reduzido. As roscas 468 externas na tampa 46 4 permitem a montagem da unidade 46 7 de agulha de injecção que perfura a membrana 466. O dispositivo 422 de reconhecimento automático de recipiente ou cartucho da caneta 440 de injecção inclui um identificador associado com a unidade 442 de cartucho que é concebido para trabalhar com um sensor que envia sinais para o controlador 426 no interior da base 444 de caneta com base no identificador detectado. Como descrito nas Patentes U.S. N°s 5954700 e 6110152, o identificador pode adoptar muitas formas e ser utilizado para indicar uma variedade de factos ao utilizador.

Numa forma, o identificador é utilizado para representar a concentração do conteúdo terapêutico da unidade de cartucho, estando esse identificador de concentração colocado no núcleo 462 do invólucro externo da - 51 - PE 1392377 unidade 442 de cartucho. O identificador de concentração possui caracteristicas especificas, tais como caracteristicas dimensionais e espaciais, reconhecíveis pelo sensor do dispositivo 422 de reconhecimento automático de cartucho. Em formas de realização alternativas, e com correspondentes modificações do sensor do dispositivo 422 de reconhecimento automático de cartucho, o identificador pode ser colocado noutras partes da unidade de cartucho, incluindo, sem estar a isso limitado, o invólucro 448 de cartucho, e ponta 452 de haste e pode ser ainda utilizado para representar, por exemplo, qual dos diferentes tipos possíveis de insulina está contido na unidade de cartucho. 0 identificador de concentração fica, permanentemente, afixado na superfície exterior cilíndrica do núcleo 462. Para sistemas de reconhecimento de cartucho que detectam ou, de outro modo, lêem o identificador com outros elementos para além dos contactos eléctricos posicionados no exterior, como descrito em seguida, por exemplo quando o identificador de concentração está adaptado para ser utilizado com sensores ópticos ou magnéticos, o identificador não precisa de estar exposto na periferia do núcleo 462, e pode ser diferentemente posicionado, tal como afixado na superfície interior do núcleo 462.

Como ilustrado, além disso, nas várias formas de realização mostradas e descritas relativamente às Figs. 15-17, o identificador de concentração de cartucho é mostrado na forma de uma única tira de material electricamente - 52 - PE 1392377 condutor associada, firmemente, ao núcleo 462. A tira mostrada estende-se ao longo de toda a circunferência do núcleo, mas pode abranger apenas uma parte da circunferência se os contactos do sensor associado do dispositivo 422 de reconhecimento de cartucho descrito em seguida estiverem configurados para obter uma conexão satisfatória apesar de um ou mais intervalos circunferenciais na tira. A tira condutora pode ter a forma de uma tinta condutora impressa num bloco aplicada ao núcleo, no entanto, podem empregar-se outros meios de formação da tira identificadora. Por exemplo, a tira pode ser uma faixa metálica engastada, ou uma deposição electrolitica condutora de um material moldado por inserção no núcleo, ou uma tinta condutora, ou uma tinta impressa num bloco, ou um rótulo metálico auto-adesivo, ou um rótulo adesivo não condutor no qual se aplicou um padrão electricamente condutor apropriado.

No que se refere, agora, às Figs. 15-17, mostram-se os núcleos 462a, 462b e 462c de três unidades 442a, 442b e 442c de cartucho, em que cada uma é compatível com a base 444 de caneta. 0 tipo de identificador de conteúdo mostrado a utilizar nos núcleos 462a, 462b e 462c utiliza o aspecto dimensional da largura da tira condutora, em conjunto com o aspecto espacial da colocação dessa tira num núcleo, para representar o conteúdo do cartucho. Este tipo de identificador de conteúdo tem uma aplicabilidade particular na identificação da concentração de hGH, que possui um número limitado de concentrações comuns e, por conseguinte, - 53 - PE 1392377 cada uma das três unidades de cartucho mostradas nas Figs. 15-17 contém uma concentração diferente de hGH. Noutros tipos de identificadores de conteúdo, o aspecto dimensional da tira condutora pode ser uma característica diferente da largura, tal como a espessura ou textura da tira.

Na Fig. 15, representando uma primeira concentração, uma tira 472 condutora tendo uma largura relativamente pequena, tal como, aproximadamente, 4,8 mm, circunda o núcleo 462a da unidade 442a de cartucho junto da extremidade distai do núcleo que está adjacente ao gargalo 460a roscado do cilindro. Na Fig. 16, representando uma segunda concentração, uma tira 472 condutora tendo uma largura relativamente pequena, tal como, aproximadamente, 4,8 mm, circunda o núcleo 462b de uma segunda unidade 442b de cartucho junto da extremidade proximal do núcleo. Embora as larguras das tiras 472 e 474 sejam idênticas para reduzir o número de peças de construção diferente necessárias para o fabrico das diversas unidades de cartucho, tal como se irá compreender a partir da explicação do funcionamento do dispositivo que se segue, podem ser utilizadas larguras diferentes das tiras 472 e 474 desde que circuitos eléctricos apropriados entre os sensores resultem. Por fim, na Fig. 17, representando uma terceira concentração, uma tira 476 condutora tendo uma largura relativamente grande, tal como, aproximadamente, 7,1 mm, circunda o núcleo 462c de uma terceira unidade 442c de cartucho e cobre praticamente todo o comprimento axial do núcleo. A região axial do núcleo 462c coberta pela tira - 54 - PE 1392377 476 é a mesma que seria coberta pelas tiras 472 e 474 se posicionadas no núcleo 462c nos mesmos locais de posicionamento que as tiras ocupam, respectivamente, nos núcleos 462a e 462b.

Depois de qualquer uma das unidades de cartucho mostradas nas Figs. 15-17 terem sido correctamente montadas na caneta 440 de injecção, tal como por enroscamento dessa unidade de cartucho no corpo 444 de caneta da Fig. 13, o identificador de conteúdo dessa unidade de cartucho montada proporciona um trajecto condutor entre uma série de contactos de sensor no interior do dispositivo que estão espaçados ao longo do comprimento axial do núcleo inserido. As larguras e locais variáveis dos identificadores de conteúdo das diversas unidades de cartucho proporcionam diferentes trajectos condutores entre os contactos de sensor.

Por exemplo, como mostrado esquematicamente durante o funcionamento na Fig. 18, o sensor inclui contactos 480, 481 e 482 eléctricos. Embora estes contactos de sensor sejam mostrados na Fig. 18 como estando com um exacto alinhamento axial, cada um dos contactos 480-482 de sensor pode estar espaçado, de modo angular, dos outros contactos de sensor, tal como afastados por um arco de circunferência de 60° ou 120°, ou com outro espaçamento angular conforme for possivel no interior do interior oco da base de caneta. Para além disso, cada contacto de sensor pode, naturalmente, compreender múltiplos contactos em - 55 - PE 1392377 paralelo e posicionados no mesmo local axial do núcleo. Os contactos de sensor podem ser varetas metálicas resilientes que se estendem desde uma base secundária montada de modo articulado, por exemplo, no invólucro, estando o conjunto de circuitos na base conectados electricamente a uma placa de circuito do controlador 426. A base secundária é impulsionada, em termos de rotação, para que as partes de contacto do núcleo das varetas metálicas fiquem numa posição radialmente retraida quando não há qualquer unidade de cartucho montada na base 444 de caneta. Quando o núcleo é inserido durante a ligação da unidade 442 de cartucho à base 444 de caneta, através do movimento do núcleo, ou de uma peça amovível da base de caneta passível de ser engatada no núcleo, tal como uma porca flutuante anteriormente descrita, um braço de articulação da base secundária é contactado, fazendo com que a base secundária rode para que as partes de contacto das varetas sejam movidas de modo a entrar em comunicação com o identificador de conteúdo. Numa forma de realização alternativa, em vez de se utilizarem contactos de sensor articuláveis, as varetas podem ser resilientes ou varetas metálicas tipo molas de lâmina que são impulsionadas radialmente para o interior entrando em contacto com o núcleo e que são montadas, por exemplo, no invólucro da base de caneta ou numa peça amovível no interior do invólucro da própria base 444 de caneta, deslizando essas varetas ao longo do núcleo à medida que o núcleo é inserido durante a ligação da unidade 442 de cartucho à base 444 de caneta. - 56 - PE 1392377 0 controlador 426 processa os dados relacionados com qual dos contactos de sensor no interior da caneta 440 de injecção está em comunicação com a tira condutora do identificador de conteúdo e obtém informação a partir de uma tabela de consulta para ler, essencialmente, o que está representado como estando no interior da unidade de cartucho. Por exemplo, os contactos 480 e 482 de sensor estão ligados directamente por intermédio de linhas 484 e 486 de circuito ao controlador 426, podendo essas linhas serem padrões impressos numa placa de circuito do controlador 426. O contacto 481 de sensor está, do mesmo modo, ligado ao controlador 426 pela linha 488 de circuito que está ligada à terra em 490. Quando a unidade 442b de cartucho com o identificador 474 de conteúdo está carregada, como mostrado na Fig. 18, o contacto 481 de sensor ligado à terra está em comunicação com o identificador 474, e a condutividade do identificador 474 é utilizada para ligar à terra o contacto 482 de sensor e, desse modo, a linha 486 ao controlador 426. Dado que o contacto 480 de sensor não está em comunicação com o identificador 474, a linha 484 não está ligada à terra. Em resultado disso, o controlador 426 recebe, efectivamente, o sinal que a linha 484 permanece aberta enquanto a linha 486 foi fechada, e o controlador 426 compara esta entrada com o facto de uma determinada concentração de hGH, tal como 12 mg, estar presente no interior da unidade 442b de cartucho carregada. (Esta concentração, bem como outras concentrações de hGH que foram aqui referidas, é indicada em unidades de mg, em oposição a unidades de massa por - 57 - PE 1392377 volume como se poderia, caso contrário, supor, dado que é este o modo de referenciar normalmente estas concentrações de hGH, tal como os médicos indicam aos seus doentes. Uma indicação deste tipo é um resultado do valor numérico que relaciona a massa em mg do medicamento liofilizado antes da sua reconstituição, o que dá origem a que o conteúdo do cartucho esteja na forma liquida. A concentração em mg/ml pode ser facilmente obtida pela divisão da massa em miligramas referenciada pelo volume de 2,88 mililitros do conteúdo do cartucho quando reconstituído.) De um modo idêntico, quando a unidade 442a de cartucho com o identificador 472 de conteúdo é carregada, o contacto 481 de sensor ligado à terra fica em comunicação com o identificador 472, e o identificador 472 é utilizado para ligar à terra o contacto 480 de sensor e a linha 484 ao controlador 426, mas o contacto 482 de sensor e a linha 486 não são ligadas à terra o que resulta, desse modo, no facto do controlador 426 ser avisado que a linha 486 permanece aberta enquanto a linha 484 foi fechada para que o controlador 426 compare esta entrada com o facto de uma concentração de hGH diferente, tal como 6 mg, estar presente no interior da unidade 442a de cartucho carregada. Do mesmo modo, quando a unidade 442c de cartucho com o identificador 476 de conteúdo é carregada, o contacto 481 de sensor ligado à terra fica em comunicação com o identificador 476, e o identificador 476 é utilizado para ligar à terra os contactos 480 e 482 de sensor e as linhas 484 e 486 ao controlador 426, o que resulta, desse modo, no facto do controlador 426 ser avisado que cada uma das - 58 - PE 1392377 linhas 484 e 486 foi fechada para que o controlador 426 compare esta entrada com o facto de uma concentração de hGH diferente, tal como 24 mg, estar presente no interior da unidade 442c de cartucho carregada. Por fim, quando não há qualquer unidade de cartucho carregada, ou uma unidade de cartucho sem um identificador ou com um identificador defeituoso é carregada, o controlador 426 é avisado que cada uma das linhas 484 e 486 permanece aberta para que não se encontre disponível como entrada qualquer informação de concentração.

Deve compreender-se que o sistema de reconhecimento de cartucho poderia ter mais ou menos do que três pontos de contacto mostrados na Fig. 18, e poderia utilizar sinais eléctricos reconhecíveis para além da ligação à terra, tal como uma pequena tensão, para activar os identificadores de conteúdo. Além disso, a unidade de cartucho pode ser configurada de modo diferente, tal como é conhecido na técnica, e tal como descrito anteriormente. Numa forma de realização em que se utilizam um cartucho descartável e um retentor reutilizável, o identificador de conteúdo irá ser proporcionado no cartucho descartável, e a base 444 de caneta irá ser, correspondentemente, modificada para permitir o reconhecimento desse cartucho, tal como incorporando parte do sistema de reconhecimento, por exemplo contactos eléctricos e cablagem, no retentor, ou configurando os componentes da base de caneta, tais como os contactos, para se estenderem pelo interior da câmara do retentor. - 59 - PE 1392377

No que se refere, agora, à Fig. 19, mostra-se, de modo diagramático, uma forma de um identificador de quantidade passível de dosear da caneta 440 de injecção. O identificador 424 de quantidade passível de dosear inclui uma matriz rotacional, designada genericamente por 500, e um conjunto de sensores, designado, genericamente, por 502, que, em conjunto, estão configurados para identificar ajustes do mecanismo de caneta utilizados, pelo menos, na preparação de dose, bem como, de preferência, na injecção de dose depois da sua preparação de dose. Na técnica das canetas de injecção conhecem-se vários mecanismos para preparar e injectar uma dose e, por conseguinte, não serão aqui explicados de um modo pormenorizado. Para além disso, dado que o identificador de quantidade passível de dosear pode ser facilmente adaptado para esses e para mecanismos desenvolvidos de novo considerando a explicação que aqui for dada, as características específicas desses mecanismos aqui explicadas pormenorizadamente destinam-se a ser ilustrativas. Além disso, em formas de realização alternativas, os identificadores de quantidade passível de dosear de concepção conhecida que comunicam com um controlador podem ser substituídos pela matriz rotacional/conjunto de sensores no interior do aparelho indicador de dose terapêutica. A matriz rotacional 500 e o conjunto 502 de sensores estão conectados, de modo operacional, a um primeiro e segundo componentes da caneta 440 de injecção que são sujeitos a um movimento rotacional relativo durante - 60 - PE 1392377 a operação do mecanismo de preparação de dose por um utilizador para seleccionar um volume desejado a injectar.

Na forma de realização da Fig. 19, o mecanismo de preparação de dose inclui um marcador 506 passível de rotação no qual a matriz rotacional 500 está incorporada. O marcador 506 está fixado, em termos de rotação, a um manipulo 508 exposto que pode ser rodado por um utilizador para seleccionar a dose a distribuir utilizando a caneta de injecção. Na forma de realização descrita, o marcador 506, quando rodado através do manipulo 508, efectua um movimento de translação para fora da base 444 da caneta, ou para a direita do ponto de vista de um observador da Fig. 13, durante a marcação de uma dose em preparação para ser injectada. No entanto, a matriz não precisa de estar num marcador que efectua esse movimento de translação, mas pode estar noutro componente passível de rotação, tal como uma manga impulsora. Além disso, apesar de apenas um de entre o primeiro e segundo componentes de caneta relativamente passíveis de rotação serem parte do mecanismo de preparação de dose na forma de realização da Fig. 19, dado que o outro destes componentes ao qual o conjunto 502 de sensores está conectado pode ser o invólucro externo da base 444 de caneta, o primeiro e segundo componentes podem, cada um, ser parte do mecanismo de preparação de dose noutras formas de realização. A matriz 500, mostrada removida do marcador 506 e de modo bidimensional na Fig. 20, consiste em dados - 61 - PE 1392377 dispostos numa matriz rectangular formada por múltiplas filas e colunas que se interceptam ortogonalmente. 0 número de colunas é uma função do funcionamento interno da caneta de injecção, e corresponde ao número de posições rotacionais que o marcador 506, numa das suas revoluções, pode definir de modo a que a caneta de injecção distribua diferentes volumes de medicamento. O movimento do marcador 506 entre posições rotacionais adjacentes corresponde a uma alteração, por uma unidade de volume de dose, da quantidade a injectar por operação da caneta, e essa alteração é conhecida por "estalido" devido ao mecanismo de preparação, em resultado da sua configuração, gerar um ruído audível tipo estalido durante esse movimento. A quantidade actual duma unidade de volume de dose deste tipo, por exemplo, 0,024 ml, é uma função da concepção do mecanismo de preparação de dose tal como é conhecido na técnica. A matriz 500 de população de dados assume uma forma que consiste na presença ou ausência de um material electricamente condutor nas intercepções das filas e colunas, sendo os pontos de dados electricamente condutores mostrados contíguos ou todos ligados de modo a formar um padrão 501 estruturado e disposto em associação com os contactos de sensor do conjunto 502 para transmitir informação ao controlador 426 da caneta 440. O conjunto de ligações permite que um sinal eléctrico distribuído a um único ponto de dados no padrão 501, tal como uma ligação desse ponto à terra, se desloque por todo o padrão como descrito mais pormenorizadamente em seguida. - 62 - PE 1392377

Cada uma das seis filas 509, 510, 511, 512, 513 e 514 da matriz 500 estende-se em torno de toda a circunferência do marcador 506. As vinte e quatro colunas 516, 517, 518, 519, 520, 521, 522, 523, 524, 525, 526, 527, 528, 529, 530, 531, 532, 533, 534, 535, 536, 537, 538 e 539 da matriz têm uma largura igual, de modo a que cada uma abranja 15° da circunferência do marcador, e estão alinhadas em paralelo com o comprimento axial do marcador 506. Na forma de realização mostrada, a coluna 516 não tem qualquer população de pontos de dados electricamente condutores e é formada por um intervalo circunferencial entre as extremidades da parte de padrão condutor que, caso contrário, enche a fila 509 (i. e. colunas 517-539) quando a matriz 500 circunda o marcador 506. A concepção da matriz de vinte e quatro colunas permite o reconhecimento de vinte e quatro posições rotacionais distintas do marcador 506. No entanto, podem proporcionar-se menos ou mais colunas para além das vinte e quatro mostradas. Além disso, também se pode utilizar um número de filas de matriz diferente das seis mostradas, desde que resulte um padrão adequado e reconhecível pelo controlador 526. O padrão 501 electricamente condutor da matriz 500 pode ser fabricado por moldagem em duas camadas de um material que pode ser revestido, tal como um plástico de estireno cheio, de modo a transformá-lo numa manga não condutora ou isolante, em que esse material moldado é, em seguida, metalizado com um material condutor, tal como com camadas sucessivas de cobre, niquel e, depois, ouro, de - 63 - PE 1392377 modo a ser electricamente condutor. Depois da metalização, a manga é firmemente fixada ao marcador 506. Para facilitar o fabrico, de modo a proporcionar um ponto de fixação necessário para posicionar o padrão requerido, o padrão 501 condutor da matriz 500 pode incluir uma extensão, não mostrada, para além das filas ou colunas da matriz, não sendo essa extensão utilizada pelo conjunto 502 de sensores. Em formas de realização alternativas, o padrão de matriz pode ser fabricado de outra forma, tal como uma matriz metálica de chapa moldada por inserção sobre uma manga, ou tal como em formas idênticas às anteriormente descritas relativamente aos identificadores de conteúdo de cartucho, por exemplo através de um padrão metálico num rótulo auto-adesivo não condutor ou placa de circuito flexivel fixada ao marcador, ou por tinta condutora ou tinta condutora impressa em bloco aplicadas directamente no marcador. O conjunto 502 de sensores engata-se, de modo operacional, na matriz 500 para detectar os dados de matriz. No que se refere ao padrão 501 de matriz electricamente condutor mostrado nas Figs. 19 e 21, o conjunto 502 de sensores inclui contactos 546, 547, 548, 549, 550 e 551 metálicos resilientes ou tipo mola de lâmina que se estendem radialmente para o interior desde uma manga 544 de base cilíndrica disposta coaxialmente no condutor 506. Cada um dos contactos 546-551 de sensor entra em contacto com a matriz 500 no interior de uma fila diferente e, na forma de realização mostrada, os contactos 546, 547, - 64 - PE 1392377 548, 549, 550 e 551 de sensor estão, respectivamente, alinhados com as filas 509, 510, 511, 512, 513 e 514. Os contactos 546 e 549 de sensor estão instalados numa primeira posição circunferencial da manga 544 de base, os contactos 547 e 550 de sensor estão instalados numa segunda posição circunf erencial da manga 544 de base que está espaçada 120° da posição dos contactos 546 e 549, e os contactos 548 e 551 de sensor estão instalados numa terceira posição circunferencial da manga 544 de base que está espaçada 120° das posições dos contactos 546 e 549 e dos contactos 547 e 550. Este espaçamento angular regular dos contactos de sensor em torno da matriz serve para centrar a matriz e limitar a resistência ao atrito. No que se refere a este espaçamento de 120°, o marcador 506 está orientado, em termos de rotação, em relação ao conjunto 502 de sensores para que cada um dos contactos 546 e 549 entre em contacto com a matriz 500 no interior, por exemplo, da coluna 516, cada um dos contactos 547 e 550 entre em contacto com a matriz 500 no interior da coluna 524, e cada um dos contactos 548 e 551 entre em contacto com a matriz 500 no interior da coluna 532.

Quando o contacto 546 de sensor, que serve como o contacto de ligação à terra, como descrito em seguida, está alinhado com a coluna 516, na forma de realização mostrada esta é a posição "inicial" ou "zero" do marcador. Quando a caneta é manipulada para que não se distribua qualquer volume de medicamento se o mecanismo de injecção da caneta for accionado, o marcador irá estar nesta posição inicial. - 65 - PE 1392377

Na posição inicial, a terra não está electricamente conectada com qualquer dos outros contactos 547-551. 0 padrão da matriz pode ser adaptado para indicar esta posição inicial mesmo que, por exemplo, o padrão condutor encha toda a fila 519 incluindo a coluna 516. Para um padrão de matriz deste tipo, o padrão também seria configurado para não estar em contacto com qualquer um dos outros contactos 547-551 de sensor quando o contacto 546 de sensor estivesse alinhado com a coluna 516. 0 padrão 501 de matriz mostrado na Fig. 20 é concebido complementarmente a esta configuração de contacto. O padrão 501 de matriz utiliza um esquema de codificação de código Gray para reduzir o risco de um erro passar sem ser detectado na detecção de posição do marcador. No esquema de codificação de código Gray, o padrão é configurado considerando o posicionamento do sensor para que o movimento rotacional do marcador, em qualquer direcção e com um valor igual a uma coluna, faça com que apenas um único dos contactos 547-551 de sensor active o seu relacionamento de circuitos eléctricos com o padrão, podendo essa activação única ser monitorizada pelo controlador (i. e. apenas um contacto de sensor altera o estado sem contacto com o padrão para o estado de contacto com o padrão, ou vice-versa, quando a rotação do marcador faz com que cada contacto de sensor, na sua respectiva coluna dada, seja deslocado para uma coluna em qualquer dos lados dessa dada coluna). Na forma de realização mostrada, cada uma das vinte e quatro posições rotacionais definidas - 66 - PE 1392377 do marcador 506 relativamente à manga 544 de sensor dá origem ao reconhecimento de um único conjunto de informações pela operação dos contactos 546-551 de sensor.

Deve compreender-se que se podem utilizar posicionamentos dos contactos de sensor nas colunas diferentes do posicionamento dos três conjuntos espaçados por 120° anteriormente descrito, por exemplo, todos os contactos 546-551 de sensor estarem alinhados com uma das colunas da matriz, desde que se façam modificações apropriadas ao padrão condutor da matriz.

Para manter o alinhamento correcto dos contactos de sensor no padrão 501 de matriz, o conjunto 502 de sensores e a matriz 500 rotacional podem rodar livremente e serem fixados axialmente em relação um ao outro. No que se refere ao conjunto de sensores/matriz rotacional mostrado na Fig. 19, o conjunto 502 de sensores pode ser fixado por chavetas, por exemplo, ao invólucro da base 444 de caneta de modo a poder efectuar um movimento de translação com o marcador 506, mas sem rodar com o mesmo, quando o marcador é rodado e, desse modo, é levado a efectuar um movimento de translação durante a preparação de dose. Podem utilizar-se conexões entre o marcador 506 e o conjunto 502 de sensores para fazer com que o conjunto de sensores efectue o movimento de translação com o marcador.

Cada um dos contactos 546-551 de sensor do conjunto 502 estão ligados por circuito ao controlador 426, - 67 - PE 1392377 como representado resumidamente pela linha 432, para que a entrada de sensor possa ser utilizada pelo controlador 426 para obter o posicionamento de matriz utilizando uma tabela de consulta de um modo idêntico, como descrito anteriormente em relação ao dispositivo de reconhecimento automático de recipiente. Por exemplo, durante a utilização, um sinal de terra é enviado para o contacto 546 de sensor, que está em contacto com o padrão 501 de matriz e o liga à terra em todas as posições rotacionais do marcador, excepto quando o contacto 546 de sensor está alinhado com a coluna 516 da matriz. Quando o padrão 501 electricamente condutor da matriz é, assim, ligado à terra, cada um dos contactos 547-551 de sensor que está em contacto com o padrão 501 condutor da matriz também é ligado à terra. O conjunto de sinais ligados/não ligados à terra recebidos pelo controlador 426 através da linha 432 para todos os contactos de sensor é utilizado para obter a posição rotacional da matriz 500 e, desse modo, do marcador 506, relativamente ao conjunto 502 de sensores. Quando o contacto 546 de sensor está alinhado com a coluna 516 da matriz, nenhum dos contactos é ligado à terra, sendo essa informação também reconhecida pelo controlador 426 como indicação de uma posição particular de entre as vinte e quatro posições rotacionais do marcador 506.

Os dados da matriz 500 incluindo áreas de material electricamente condutor devem-se ao facto desses dados servirem para completar circuitos eléctricos com contactos eléctricos do sensor. Em formas de realização - 68 - PE 1392377 alternativas, podem utilizar-se diferentes formas de dados de matriz com correspondentes modificações no conjunto de sensores. Por exemplo, se se empregarem elementos de detecção ópticos ou magnéticos no conjunto 502 de sensores, os dados de matriz podem ser marcas ou imanes, conforme apropriado. A matriz/conjunto de sensores mostrados na Fig. 19 é apenas uma forma adequada e pode ser configurada de forma diferente. Por exemplo, os locais do conjunto de sensores e matriz podem ser invertidos, para que um conjunto 502 de sensores ligado por circuito ao controlador 426 seja montado no marcador 506 e configurado para se engatar numa matriz rotacional disposta na circunferência interna da manga 544 coaxial.

Além disso, e como descrito mais pormenorizadamente relativamente à forma de realização das Figs. 23-30, quer a matriz quer o conjunto de sensores podem ser colocados em componentes da base de caneta reutilizável que rodam em instantes diferentes durante a preparação de doses e utilização da caneta 440 de injecção para injecção. Para facilitar a comunicação de sinais entre o controlador 426 e um conjunto de sensores rotativo deste tipo, coloca-se uma unidade deslizante entre estes. Como mostrado de modo diagramático na Fig. 22, um conjunto de contactos 546'-551' de sensor está instalado num primeiro componente 558 de caneta mostrado parcialmente, montado coaxialmente num segundo componente 559 de caneta mostrado parcialmente. O - 69 - PE 1392377 componente 558 de caneta está completamente envolvido por seis faixas 560-565 metálicas, electricamente condutoras, que se encaixam no interior de canais na sua periferia radial externa. As faixas 560-565 estão em contacto com as extremidades exteriores dos contactos 546'-551' de sensor, respectivamente, que se estendem através da espessura radial do componente 558. Os contactos 546'-551' de sensor estão estruturados e configurados de modo idêntico aos contactos de sensor da forma de realização das Figs. 19-21, e entram em contacto com uma matriz rotacional não mostrada, idêntica à matriz 500, que circunda o componente 559 de caneta. A unidade 570 deslizante inclui seis contactos 571-576 eléctricos resilientes tendo extremidades livres que deslizam ao longo de faixas 560-565 quando o componente 558 de caneta roda, e esse contacto deslizante dá origem a uma conexão eléctrica entre sensores 546'-551' e contactos 571-576 deslizantes em qualquer posição rotacional do componente 558 de caneta relativamente à unidade 570 deslizante.

Se o funcionamento interno da caneta de injecção estiver configurado de modo a que os componentes 558 e 559 não efectuem um movimento de translação ou se desloquem axialmente durante o accionamento, a unidade 570 deslizante pode ser montada num componente de base de caneta estacionário, tal como um microprocessador contendo uma placa de circuito flexível fixada ao invólucro da caneta de injecção e que funciona como controlador 426. Os contactos 571-576 deslizantes estão conectados a circuitos nesta - 70 - PE 1392377 placa de circuito encaminhados para o microprocessador controlador. No que se refere a este tipo de montagem de unidade deslizante, além do jogo axial limitado, como pode ser requerido para as peças de trabalho da caneta de injecção, a unidade 570 deslizante está fixada, de modo axial e rotacional, no interior da base 444 de caneta. Se os componentes 558 e 559 de caneta efectuarem um movimento de translação em conjunto durante o accionamento da caneta, os contactos 571-576 deslizantes estão conectados, por intermédio de fios, ao controlador 426 e a unidade 570 deslizante está fixada por chavetas, por exemplo, ao invólucro externo da caneta e conectada ao componente 558 da caneta de modo a efectuar um movimento de translação com o conjunto de contactos 546'-551' de sensor, sem rodar com este. 0 controlador 426 da caneta de injecção que processa sinais provenientes dos contactos de sensor do dispositivo 422 de reconhecimento automático de recipiente e do identificador 424 de quantidade passível de dosear para determinar a informação a apresentar, pode ser construído e instalado no interior da base 444 de caneta de um qualquer modo conhecido na técnica. Numa forma de realização, o controlador 426 inclui um microcontrolador programável, alimentado por bateria, montado numa placa de circuito impresso flexível principal que tem, de um modo geral, uma forma em u e é flexível de modo a conformar-se ao interior do invólucro da base de caneta e a proporcionar uma zona vazia através da qual se estendem as peças de - 71 - PE 1392377 trabalho da base 444 de caneta. A placa de circuito flexível é conectada ao invólucro com pinos de posicionamento e adesivo. Numa forma de realização alternativa, um circuito integrado de aplicação especifica ou ASIC pode ser substituído para o microprocessador. 0 visor 428 da caneta de injecção está acoplado, de modo operacional, ao microcontrolador 426 e é visível através de uma janela de invólucro transparente da base 444 de caneta. 0 visor 428, tal como um visor de cristal líquido, apresenta, visivelmente, a um utilizador, informação útil para o accionamento da caneta de injecção. Por exemplo, como a Fig. 13 mostra mais pormenorizadamente, o visor 428 é levado a apresentar em 580, por acção do microcontrolador 426, informação relativa ao medicamento existente no interior do cartucho retido, tal como reconhecido pelo dispositivo 422 de reconhecimento automático de cartucho, em 582 a quantidade de dose terapêutica que a caneta de injecção está pronta a administrar após o accionamento do mecanismo de injecção da caneta 440, como descrito em seguida mais em pormenor, e em 584 a carga restante da bateria que alimenta os componentes electrónicos da caneta 440 de injecção. A informação mostrada em 580 refere-se à concentração do medicamento, como explicado em seguida com mais pormenor, mas podem apresentar-se outros tipos de informação. As unidades da dose a administrar são mostradas na Fig. 13 como estando impressas no lado inferior da janela do invólucro em 586, - 72 - PE 1392377 mas podem fazer parte do visor controlado pelo microcontrolador 426. A concepção do aparelho indicador de dose terapêutica na caneta 440 de injecção irá ser melhor compreendida considerando a explicação que se segue do seu funcionamento. Enquanto a unidade 442 de cartucho é montada na base 444 de caneta, o controlador 426 permanece num estado de disponibilidade com todos os elementos do visor desligados de modo a não apresentar qualquer informação a um utilizador. Neste estado de prontidão, o controlador 426 também processa sinais recebidos dos contactos de sensor do identificador 424 de quantidade passível de dosear para identificar a posição da matriz 500 relativamente ao conjunto 502 de sensores. O controlador 426 passa do estado de disponibilidade para o estado operacional, e o visor 428 é, desse modo, activado, quando o controlador 426 detecta outra acção por parte do utilizador na caneta 440. Por exemplo, essa detecção de acção irá ser, tipicamente, um reconhecimento de que a matriz 500 está a ser deslocada relativamente ao conjunto 502 de sensores durante a manipulação pelo utilizador do mecanismo de preparação de dose. Outra acção que pode ser detectada é o accionamento de um botão de ligar/desligar não mostrado que pode estar situado na base 444 de caneta, ou fazer parte do manipulo 508 do mecanismo de injecção. - 73 - PE 1392377

Quando passa para o estado operacional, o controlador 426 faz com que a concentração identificada pelo dispositivo 422 de reconhecimento automático de cartucho seja apresentada em 580. Se o controlador 426 não conseguir reconhecer qualquer informação de concentração, uma mensagem de erro, tal como " —", é apresentada em 580 em vez de um qualquer valor numérico de concentração, ou não é apresentada qualquer mensagem. O facto de não se conseguir fazer um reconhecimento pode ser consequência de não haver qualquer unidade de cartucho na base 444 de caneta, ou não estar correctamente montado nesta, ou de um identificador de cartucho estar danificado ou ausente da unidade, ou devido a uma anomalia interna no circuito do dispositivo de reconhecimento automático de cartucho. Quando a informação de concentração não é automaticamente reconhecida, a concentração utilizada pelo controlador 426 pode ser configurada pelo utilizador. Por exemplo, o botão 588 selector mostrado na Fig. 13 está ligado por intermédio de um circuito ao controlador 426 e pode ser premido de modo a seleccionar, e apresentar em 580, qualquer um dos valores de concentração padrão, tais como 6, 12 e 24 mg, no caso de hGH, pré-programado no controlador 426.

Enquanto o controlador 426 está no estado operacional, quando o manipulo 508 é rodado por um utilizador para preparar a dose a distribuir, o controlador 426 recebe, continuamente, dados em tempo real a partir dos contactos de sensor do identificador 424 de quantidade passível de dosear para identificar a posição da matriz 500 - 74 - PE 1392377 relativamente ao conjunto 502 de sensores. O controlador 426 processa a entrada de dados para determinar para que posição o marcador 506 e, por exemplo, a matriz 500 na forma de realização mostrada, foi rodada desde a posição "zero" do marcador, na qual não se irá distribuir qualquer volume de medicamento se o mecanismo de injecção da caneta for accionado. Por exemplo, se a posição rotacional "zero" do marcador consistir naquela em que o sensor 546 se engata na coluna 516, o controlador 426 reconhece quando é que o sensor 546 está engatado em cada uma das colunas 517-539 para determinar que percentagem de revolução do marcador foi efectuada. Tipicamente, automaticamente durante, ou manualmente depois da injecção da dose preparada, o marcador é levado a assumir a sua posição "zero" original para uma utilização subsequente. No entanto, o controlador 426 pode ser concebido para determinar uma preparação de dose com base num qualquer ponto inicial do marcador. O controlador 426 detecta a posição rotacional do marcador de preparação de dose através da interface matriz/conjunto de sensores seja o marcador rodado, ou incrementado, de modo a aumentar a dose preparada, ou decrementado para diminuir a dose preparada. Além disso, o controlador 426 é programado para considerar uma ou mais revoluções de marcador completas durante a preparação da dose. Durante a preparação da dose, ao reconhecer a posição da matriz relativamente ao conjunto de sensores em termos da orientação a partir da qual o marcador foi rodado, o controlador 426 reconhece em que direcção se está a rodar o - 75 - PE 1392377 marcador durante o movimento da posição rotacional "zero" do marcador. Especificamente, se a posição rotacional "zero" do marcador é aquela em que o sensor 546 está engatado na coluna 516, o controlador 426 reconhece que a dose preparada está a ser aumentada se o sensor 546 atingir a coluna 516 imediatamente após ter estado na coluna 539, e que a dose preparada está ser diminuída se o sensor 546 atingir a coluna 516 imediatamente após ter estado na coluna 517.

Por exemplo, com o marcador colocado inicialmente na posição rotacional "zero" do marcador, durante o incremento do marcador, quando essa posição rotacional "zero" é atingida pela primeira vez e o incremento do marcador continua e, em seguida, a posição rotacional "zero" é atingida pela segunda vez e o incremento do marcador continua, quando o controlador 426 detecta, através da matriz/conjunto de sensores que, por exemplo, a rotação do marcador foi interrompida por um utilizador quando o marcador atinge a sexta posição rotacional desde a posição "zero", o controlador 426 reconhece que uma dose com um volume de cinquenta e quatro unidades foi preparada para ser injectada (i. e. duas revoluções completas, em que cada uma tem vinte e quatro posições ou volumes de unidades na forma de realização mostrada mais as seis posições adicionais). Se uma dose for inicialmente preparada por um utilizador com um valor muito elevado que, depois, reduz essa preparação de dose antes da injecção, o decremento através da posição rotacional "zero" atingido por uma ou - 76 - PE 1392377 mais revoluções completas do marcador irá ser tido em conta pelo controlador 426. 0 volume da dose que o controlador 426 identifica com o identificador 424 de quantidade passível de dosear é utilizado para apresentar a quantidade terapêutica actual a injectar. Especificamente, o controlador 426, essencialmente, multiplica a concentração apresentada em 580 pelo volume preparado pela rotação do marcador 506 e faz com que a quantidade injectável de dose terapêutica seja apresentada em 582. A etapa de multiplicação descrita anteriormente é efectuada, normalmente, pelo controlador 426 referenciando uma tabela de consulta cuja população consiste em dados baseados na concentração terapêutica e no número de "estalidos" de marcação seleccionados. O visor em 582 apresenta sempre a quantidade injectável ao longo de todo o processo de preparação de dose. Por exemplo, quando cada "estalido" corresponde a um volume de dose unitária de 0,024 mililitros, quando a concentração do cartucho é de 6 mg, como explicado anteriormente, cada incremento do marcador 506 em 15 graus, ou um estalido, faz com que a apresentação 582 seja aumentada em 0,05 para a rotulagem mostrada em miligramas e, do mesmo modo, quando a concentração do cartucho é de 24 mg, cada incremento de estalido do marcador 506 faz com que a apresentação 582 seja aumentada em 0,20 para a rotulagem mostrada em miligramas. Deste modo e sempre, a quantidade de injectável pelo terapêutica apresentada em 582 é a quantidade medicamente significativa que é, presentemente, - 77 - PE 1392377 accionamento da caneta 440 de injecção. O utilizador não precisa de fazer quaisquer cálculos com base na concentração de hGH introduzido na unidade 442 de cartucho para descobrir qual a quantidade de hGH a injectar.

Além disso, a quantidade apresentada em 582 continua a ser apresentada ao longo da injecção (í. e. apresenta a quantidade que falta injectar) se os componentes da caneta nos quais a matriz e o conjunto de sensores estão colocados estiverem concebidos para rodarem, apropriadamente, em relação uns aos outros durante a injecção.

Depois da caneta 440 de injecção ser utilizada para injectar a dose preparada, tal como pressionando axialmente o manipulo 508 e movendo o marcador 506 de regresso para a base 444 de caneta, o controlador 426, automaticamente, regressa para um estado desactivado, e os elementos de visualização do visor 420 desligam-se, a seguir a um determinado período de tempo de inactividade. No caso em que, depois da preparação de dose, não se efectua imediatamente uma injecção, o visor permanece ligado até que a injecção seja concretizada, após o que a caneta se desliga depois da inactividade descrita anteriormente.

Como descrito em seguida mais pormenorizadamente, o identificador de quantidade passível de dosear pode ser utilizado em dispositivos de distribuição que não tenham o - 78 - PE 1392377 sistema de reconhecimento automático de cartucho aqui descrito, tal como em dispositivos nos quais cada um dos diferentes medicamentos tem apenas uma única concentração a distribuir. Nos dispositivos deste tipo, a apresentação em 582 pode ser um valor numérico ou outra peça de informação representativa do actual volume passivel de dosear.

No que se refere, agora, à Fig. 23, mostra-se uma forma de realização exemplificativa de um aparelho injector de medicação com uma unidade destinada a rodar, de um modo selectivo, uma manga impulsora. 0 aparelho, designado, genericamente, por 620, é mostrado na forma de uma caneta de injecção reutilizável. A caneta 620 de injecção inclui uma base de caneta reutilizável, designada genericamente por 622, na qual está fixada uma unidade de cartucho, designada genericamente por 624 e referenciada ainda na Fig. 25. Na Fig. 23 a unidade de cartucho é mostrada numa forma encapsulada no interior de uma unidade 626 de cobertura amovível. Como se mostra ainda na Fig. 27, a unidade 626 de cobertura compreende um fecho 627 de ponta metálico encaixado no invólucro 629 de cobertura metálico, e uma inserção 633 de cobertura tubular plástica que é presa no interior do invólucro 629 e inclui módulos destinados a fixar o suporte do cartucho. A inserção 633 não é mostrada na Fig. 24 para facilitar a ilustração. A base 622 de caneta aloja uma unidade de preparação e injecção de dose que, quando accionada, faz com que se seleccione uma - 79 - PE 1392377 quantidade de medicamento e, em seguida, seja expelida da unidade 624 de cartucho através da unidade 628 de agulha da caneta referenciada ainda na Fig. 24.

No que se refere, ainda, às Figs. 24-27, a unidade 624 de cartucho é um tipo de cartucho genérico conhecido na técnica e inclui um suporte de cartucho ou retentor 630 reutilizável. A extremidade 631 proximal do suporte 630 é passivel de ser ligada, de uma forma adequada, tal como através de uma rosca interna, à extremidade distai da base 622 de caneta. O suporte 630 define uma câmara na qual se introduz um cartucho 632 descartável para ser utilizado. O cartucho 632 tem uma concepção padrão, descrita anteriormente de um modo geral, e inclui um invólucro 634 de vidro cheio de medicação, pistão 638, membrana 644 e tampa 646. Uma base 640 que está presa, em termos de rotação e através de um encaixe à pressão, na extremidade distai de um parafuso 780 auto-roscante extensível desde a base 622 de caneta, distribui uma força de movimentação ao pistão 638. Aberturas ou janelas 642 em lados opostos do suporte 630 de cartucho permitem uma observação visual da quantidade de medicamento remanescente no interior do cartucho suportado. Roscas 650 externas na extremidade distai do suporte 630 de cartucho permitem a montagem da parte 652 de núcleo da unidade 628 de agulha da caneta. Quando a unidade 628 é montada como mostrado na Fig. 24, a extremidade 654 proximal da cânula 656 da agulha suportada - 80 - PE 1392377 pela parte 652 de núcleo perfura a membrana 644, e o medicamento é expelido do cartucho 632 através da cânula 656 da agulha durante a utilização da caneta 620 durante uma injecção. Embora se mostre que a unidade de agulha tem uma única agulha de injecção, as unidades de agulha que podem ser utilizadas com a caneta 620 podem ser de vários tipos de canetas conhecidos na técnica, incluindo, sem estar a isso limitado, unidades com uma ou mais agulhas de injecção encurtadas, incluindo conjuntos de microagulhas.

Na forma de realização mostrada, a unidade 628 de agulha da caneta inclui ainda uma cobertura 658 de agulha que se encaixa à força na parte 652 de núcleo. A unidade 626 de cobertura encaixa-se sobre a extremidade distai da unidade 624 de cartucho quando a caneta 620 não está a ser utilizada, e é encaixada, de modo amovível, à pressão no suporte 630 de cartucho utilizando batentes e entalhes coincidentes. Uma zona excêntrica no suporte 630 do cartucho serve para alinhar, correctamente e de modo rotacional, a unidade 626 de cobertura com o suporte 630 do cartucho quando são ligados um ao outro, e impulsiona ainda a unidade 626 de cobertura, axialmente, afastando-a do suporte 630 de cartucho de modo a libertá-la de um qualquer encaixe à pressão entre os mesmos quando a unidade de cobertura é rodada relativamente ao suporte de cartucho durante a sua desmontagem do mesmo. Um anel 662 de friso decorativo é ligado, firmemente, tal como por adesivos, em torno da extremidade 631 proximal do suporte 630 de cartucho com uma finalidade estética. - 81 - PE 1392377

Na caneta 620, depois de se ter esgotado o conteúdo de um dado cartucho 632 por utilização do dispositivo de injecção, um utilizador desmonta o suporte 630 da base 622 de caneta, retira e elimina o cartucho 632 gasto e, em seguida, insere um cartucho descartável de substituição no suporte reutilizável que se torna, depois, a montar na base 622 de caneta para ser utilizado. As janelas 642 ajudam a agarrar o cartucho durante a desmontagem do cartucho do suporte 630.

Numa forma de realização alternativa não mostrada, e em vez do cartucho e suporte separáveis não mostrados, a unidade de cartucho pode ser configurada de modo diferente tal como é conhecido na técnica, e tal como descrito anteriormente. Por exemplo, a unidade 624 de cartucho pode ser montada a partir de peças componentes durante a produção de modo a constituir uma unidade descartável manipulada por um utilizador na forma de uma única peça. O suporte 630 de cartucho é montado de modo amovível na base 622 de caneta enroscando a sua extremidade proximal com rosca interna sobre a rosca 664 externa de um invólucro 666 dianteiro tubular. O invólucro 666 dianteiro é encaixado à pressão, através de batentes 667 espaçados de modo angular, numa extremidade distai de um corpo principal de invólucro, designado, genericamente, por 670. Chavetas 668 espaçadas de modo angular do invólucro 666 dianteiro encaixam-se no interior de ranhuras 671 para chavetas do - 82 - PE 1392377 corpo 670 principal de invólucro para impedir uma rotação relativa entre os mesmos. O corpo 670 principal de invólucro é moldado em monobloco, mas pode empregar-se uma unidade de peças múltiplas. A tampa 676 de extremidade do invólucro é encaixada à pressão, através do seu colar 677 saliente, na extremidade proximal do corpo 670 principal de modo a ficarem axialmente fixadas uma à outra.

Existe um marcador 680 em forma de manga cilíndrica que se estende numa direcção proximal para além da abertura central da tampa 676 de extremidade e que é passível de se deslocar axialmente na mesma. Um conjunto de três entalhes, ou ranhuras 681 para chavetas, espaçados de modo angular e posicionados ao longo da borda proximal do marcador 680, e um conjunto de três recessos 682 de fenda para encaixe no marcador, respectivamente, acomodam chavetas 692 e nervuras 693 de trinco de uma base 690 de uma unidade de marcador para proporcionar um conjunto rígido e permanente de base 690 de manipulo de marcação com o marcador 680 através de um encaixe à pressão de uma só vez. A unidade de manipulo de dosagem inclui uma cobertura 695 que está fixada à base 690 com adesivo, e possui chavetas 696 da cobertura 695 se encaixam em entalhes 694 da base 690. Numa forma de realização, a base 690 do manipulo de dosagem é em plástico e a cobertura 695 é um componente fundido. Zonas 697 de preensão formadas na periferia exterior da cobertura 695 aumentam a capacidade - 83 - PE 1392377 de preensão da unidade de manipulo de marcação durante a sua rotação ou marcação de preparação da dose. No seu interior, a cobertura 695 do manipulo de marcação inclui uma saliência de centragem, ou, em alternativa, uma sede em forma de anel, que centra a extremidade distai da mola 699 de activação. 0 marcador 680, adjacente à sua extremidade distai, inclui um par de chavetas 683 radialmente salientes que se inserem no interior de ranhuras para chavetas que se estendem longitudinalmente (não mostradas) formadas na superfície interior do cilindro 700. Esta fixação por chavetas proporciona um movimento rotacional consistente entre o marcador 680 e o cilindro 700, permitindo, ao mesmo tempo, que o marcador 680 se desloque axialmente em relação ao cilindro 700. Uma rosca 685 helicoidal de duas entradas que sobressai radialmente para o interior desde a superfície interior cilíndrica do marcador 680 adapta-se ou enrosca-se em ranhuras 712 helicoidais formadas na superfície exterior de uma manga 710 impulsora de uma unidade de manga impulsora, designada genericamente por 708. Fazendo com que uma das roscas 685 de duas entradas e a sua ranhura 712 correspondente sejam mais finas do que a outra rosca e ranhura, obtém-se uma unidade de sentido único do marcador para a manga impulsora. Podem utilizar-se, em formas de realização alternativas, diferentes configurações de rosca, incluindo uma única ligação rosca e ranhura. Uma cabeça 686 de seta formada no marcador 680 mostra a direcção de inserção do marcador 680 na manga 710 - 84 - PE 1392377 impulsora para facilitar a montagem. O batente 713 zero consiste na extremidade distai das ranhuras 712 às quais a rosca 685 do marcador se encosta para impedir que o marcador 680 seleccione um valor de definição da caneta abaixo de zero. Um batente de dose máxima, formado por um colar 720 com um par de linguetas 721 de trinco que se estendem axialmente e se encaixam à pressão em recessos 714 na manga 710 impulsora, encaixa-se em torno da extremidade proximal da manga 710 impulsora para engatar a rosca 685 do marcador na extremidade proximal das ranhuras 712, para impedir que o marcador 680 seleccione um valor acima de uma definição máxima. O cilindro 700 é formado com uma nervura 702 anelar na sua extremidade proximal que se estende, continuamente, em torno da circunferência exterior do cilindro. A face distai da nervura 702 do cilindro inclui uma série de dentes 703 unidireccionais que se estendem axialmente de modo a se engatarem num dispositivo 725 de indicação acústica anelar do marcador. A face proximal do dispositivo 725 de indicação acústica do marcador inclui um anel de dentes 726 unidireccionais que se estendem axialmente e que se adaptam aos dentes 703 do cilindro. A face distai do dispositivo 725 de indicação acústica anelar do marcador inclui um anel de dentes 728 unidireccionais que se estendem axialmente e que se adaptam a dentes 732 unidireccionais que se estendem axialmente existentes na face proximal de uma embraiagem 730 anelar do marcador. - 85 - PE 1392377

Um conjunto de quatro chavetas 733 sobressaem radialmente para o exterior desde a periferia externa da embraiagem 730 e encaixam-se de modo deslizante no interior de ranhuras 673 para chavetas que se estendem axialmente no corpo 670 principal do invólucro para impedir a rotação da embraiagem 730 relativamente ao invólucro. Uma mola 735 de compressão helicoidal, em que uma extremidade se encosta a uma divisória 672 formada no corpo 670 principal de invólucro e a outra extremidade está assente na face distai da embraiagem 730 do marcador, impulsiona a embraiagem 730 para dentro do dispositivo 725 de indicação acústica e para dentro da nervura 702 do cilindro para proporcionar estalidos audíveis durante a marcação da dose e para proporcionar um posicionamento rotacional durante a marcação. Em particular, quando o marcador 680 é movimentado no sentido ascendente para se deslocar axialmente na direcção proximal, os dentes 728 do dispositivo de indicação acústica deslizam pelos dentes 732 da embraiagem à medida que a engrenagem dos dentes 726 do dispositivo de indicação acústica com os dentes 703 do cilindro 700 rotativo dá origem a uma rotação do dispositivo 725 de indicação acústica. Quando o marcador 680 é movimentado no sentido descendente, os dentes 703 do cilindro deslizam pelos dentes 726 do dispositivo de indicação acústica quando o dispositivo 725 de indicação acústica é fixado, em termos de rotação, pela engrenagem dos dentes 728 do dispositivo de indicação acústica aos dentes 732 da embraiagem 30 fixada em termos de rotação. - 86 - PE 1392377

Como é conhecido na técnica, este movimento deslizante dos dentes gera os estalidos do marcador. A mola 735 do cilindro impulsiona o cilindro 700 na direcção proximal para que, excepto durante a operação de injecção da caneta 620 como descrito em seguida, as estrias 704 externas que se estendem axialmente na extremidade distai do cilindro não se engrenem em estrias internas complementares da divisória 718 formada no corpo 670 principal de invólucro. Existem vinte e quatro estrias na divisória 718 que estão igualmente espaçadas, de modo angular e circunferencial, em torno da manga impulsora. A retracção proximal do cilindro 700 é interrompida quando a face proximal do rebordo 705 do cilindro se encosta à flange 716 da manga impulsora, e a manga impulsora é retraída na direcção proximal até que o anel 760 tenha pressionado o dispositivo 754 de indicação acústica de modo a que haja um engate total com as estrias da divisória 718 do invólucro. As estrias 704 são solidariamente formadas no rebordo 705 interior do cilindro em quatro segmentos curvos, proporcionando o espaçamento entre os segmentos uma folga para engates 655. A face proximal do rebordo 705 também funciona como uma face de contacto para a força de injecção que é aplicada na manga 710 impulsora, bem como uma superfície de apoio para o movimento rotacional relativo da manga 710 impulsora e cilindro 700.

Quando o cilindro 700 é deslocado na direcção distai de modo a comprimir a mola 735 do cilindro durante a - 87 - PE 1392377 injecção, as estrias 704 do cilindro engrenam-se nas estrias internas da divisória 718 para impedir a rotação do cilindro 700 relativamente ao invólucro 670. Numa forma de realização alternativa, o impedimento da rotação do cilindro 700 relativamente ao invólucro 670 pode ser conseguido por meio de dentes unidireccionais de interface. A região distai da manga 710 impulsora é, de um modo geral, cilíndrica, embora seja mostrada com ligeiras facetas destinadas a aumentar a capacidade de fabrico, e inclui uma ranhura 740 circunferencial, recessos 750 diametralmente opostos, e fendas 746 longitudinais diametralmente opostas. O dispositivo 754 de indicação acústica da injecção é fixado, em termos de rotação, à manga 710 impulsora por meio de quatro engates 655 separados por um ângulo de 90° e formados solidariamente com a manga impulsora que se encaixam em quatro recessos 647 correspondentes na face proximal do dispositivo 754 de indicação acústica. O dispositivo 754 de indicação acústica é impulsionado na direcção proximal pela mola 758 da embraiagem. A anilha 760 de retenção encaixa-se na ranhura 748 e impede a desmontagem do dispositivo de indicação acústica da manga impulsora. Quando a manga 710 impulsora é impulsionada na direcção proximal pelo accionamento da mola 735 do cilindro, os engates 655 engatam-se nas estrias da divisória 718 e impedem a rotação da manga 710 impulsora. Quando a impulsão da mola 735 do cilindro é vencida e a manga impulsora é deslocada na direcção distai durante a injecção, os engates 655 são deslocados de modo a se - 88 - PE 1392377 afastarem da divisória 718 para permitir o desengate dos engates 655 das estrias da divisória 718, permitindo, desse modo, que a manga 710 impulsora rode. Permite-se que o dispositivo 654 de indicação acústica se desloque axialmente em relação à manga impulsora deixando que os dentes 655 do dispositivo de indicação acústica deslizem sobre as faces inclinadas de extremidade das estrias da divisória 718 quando a manga 710 impulsora é rodada para criar uma indicação audivel em forma de estalido do funcionamento e para proporcionar um posicionamento rotacional durante a injecção. A extremidade distai da mola 758 de embraiagem encosta-se à face proximal de uma embraiagem 762 de injecção que está fixada, em termos de rotação, à manga 700 impulsora por meio de chavetas 764 que deslizam no interior de fendas 746. A embraiagem 762 é ainda encaixada à pressão no interior de recessos 750 de modo a ter um jogo axial limitado na manga 710 impulsora para acomodar o movimento axial da manga impulsora durante a injecção, e o curso axial da porca 776 flutuante durante a instalação da unidade 624 de cartucho. A face distai da embraiagem 72 inclui um anel de dentes 766 transmissores de binário.

Os dentes 766 de embraiagem adaptam-se, selecti-vamente, aos dentes 772 de uma embraiagem 770 de transmissão retida axialmente no interior da porca 776 de injecção. Chavetas 774 internas da embraiagem 770 deslizam no interior de duas ranhuras ou fendas para chavetas longitudinais no parafuso 780 auto-roscante roscado e fazem - 89 - PE 1392377 com que o parafuso auto-roscante rode com a embraiagem. As ranhuras ou fendas para chavetas do parafuso auto-roscante são formadas por cortes em forma de bisel ou de triângulos rectângulos no parafuso ao longo do seu comprimento, estando esses cortes, de um modo geral, em lados opostos do parafuso. A borda dianteira do primeiro corte em bisel está radialmente alinhada com o parafuso, bem como diametralmente alinhada com a borda dianteira do segundo corte em bisel, resultando no facto das bordas não alinhadas ou posteriores do primeiro e segundo cortes em bisel serem paralelas. 0 parafuso 780 auto-roscante, que se estende no interior de um furo axial através da manga 710 impulsora, engata-se por enroscamento num furo roscado internamente no interior da porca 776 de injecção. A porca 776 é fixada, em termos de rotação, mas axialmente amovível no interior do invólucro 670 por intermédio de chavetas 777 espaçadas de modo angular que deslizam no interior de recessos 674 alinhados axialmente no corpo 770 principal do invólucro. Quando se faz rodar o parafuso 780 auto-roscante pela rotação forçada da embraiagem 770 de transmissão, o parafuso auto-roscante avança na direcção distai à medida que se enrosca na porca 776. A mola 699 de activação encaixa-se à pressão na extremidade proximal do parafuso 780 auto-roscante. Durante a substituição do cartucho, quando o parafuso 780 é accionado no sentido inverso quando está a ser reposicionado durante a montagem de uma unidade 624 de cartucho cheia com um cartucho de substituição na base 622 de caneta, a mola 699 é comprimida após entrar em contacto com a cobertura 695 do manipulo de marcação para - 90 - PE 1392377 impulsionar o parafuso auto-roscante para diante na direcção do pistão 638 do cartucho. A porca 776 de injecção é impulsionada na direcção distai por uma mola 784 de injecção que age entre uma divisória do invólucro e a face proximal da porca 776, sendo essa impulsão vencida pelo engate com a extremidade distai do cartucho 632 durante a montagem da unidade 624 de cartucho.

Na forma de realização mostrada, utilizam-se circuitos electrónicos para determinar e apresentar a dose que é preparada e permanece de modo a ser injectada durante a utilização subsequente da caneta 620. Por conseguinte, na forma de realização mostrada, o marcador 680 não precisa de estar dotado com quaisquer números ou outras marcas que proporcionem ao utilizador uma indicação visual referente à quantidade de medicamento que a caneta manipulou para injectar durante a utilização, e o marcador funciona, desse modo, como uma extensão do manipulo passível de ser agarrado. Os circuitos electrónicos incluem um padrão 800 de matriz electricamente condutora em torno de uma manga 802 plástica que está fixada, através de um método, tal como uma colagem por adesivo, encaixe à pressão ou de aperto, à manga 710 impulsora. Uma chaveta , não mostrada, que se estende axialmente da manga 802 encaixa-se no interior de uma abertura na flange 716 anelar da manga 710 impulsora para impedir uma rotação relativa, e permite uma orientação correcta da matriz 800 em relação à manga 710 impulsora. A flange 716 também proporciona uma superfície de apoio para o movimento relativo entre a manga 710 - 91 - PE 1392377 impulsora e o cilindro 700, aceita a carga axial distai de injecção, bem como aceita a carga axial proximal de retracção pela mola 735. A manga 802 que inclui a matriz em conjunto com a manga 710 impulsora formam a unidade 708 de manga impulsora que roda e efectua um movimento de translação como se fosse uma única unidade durante 0 funcionamento. A manga 802 de matriz entra em contacto eléctrico com extremidades de contacto de um par de unidades de molas de lâmina de contacto moldadas por inserção, designadas genericamente por 805 e 806, mostradas ainda na Fig. 29. A unidade 805 de contacto inclui uma base 807 de plástico que se insere no interior de uma parte transversal de uma abertura 808 em forma de T no cilindro 700. Uma periferia em forma de cunha da base 807 impede uma inserção em excesso. Quatro molas 810, 811, 812 e 813 de lâmina metálicas estão presas na base 807. As extremidades 810a, 811a, 812a e 813a de contacto com a matriz de molas 810-813 de lâmina estendem-se através da base da abertura 808 e esfregam-se de encontro à manga de matriz de modo a entrar em contacto eléctrico com o padrão 800 condutor. As extremidades 810b, 811b, 812b e 813b de contacto com fios das molas 810-813 de lâmina estendem-se de modo externo ao cilindro 700 e encaixam-se no interior das quatro ranhuras 706 circunferenciais situadas mais perto da extremidade proximal de entre um conjunto de seis dessas ranhuras no exterior do cilindro 700 que acomodam anéis de contacto. - 92 - PE 1392377 A unidade 806 de contacto está construída de modo idêntico à unidade 805 de contacto com uma base 814 de plástico suportando três molas 816, 817 e 818 de lâmina metálicas incluindo extremidades 816a, 817a e 818a de contacto com a matriz e extremidades 816b, 817b e 818b de contacto com fios. A base 814 de plástico insere-se no interior de uma abertura de cilindro não mostrada que está desalinhada, em termos longitudinais e angulares, da abertura 808 do cilindro. As extremidades 816b, 817b e 818b de contacto com fios estendem-se de modo externo ao cilindro 700 e encaixam-se no interior das três ranhuras 706 situadas mais perto da extremidade distai de entre o conjunto de seis dessas ranhuras. Ao colocar os contactos 813 e 816 na mesma posição longitudinal e na mesma ranhura 706, proporciona-se um contacto redundante para ligar à terra o padrão de matriz. Na forma de realização mostrada, as extremidades 816a, 817a e 818a de contacto com a matriz estão desalinhadas, de modo angular, em 180 graus relativamente às extremidades 810a, 811a e 812a de contacto com a matriz, podendo empregar-se outros espaçamentos.

No que se refere, de novo, à Fig. 27, o cilindro 700 envolvente consiste em seis anéis de contacto constituídos por enrolamentos metálicos ou molas 820-825 helicoidais. Os anéis 820-825 assentam no interior de seis ranhuras 706 circunferenciais espaçadas axialmente no exterior do cilindro 700, bem como em ranhuras 809 formadas na base 807 e ranhuras 815 da base 814, e estão em contacto eléctrico, respectivamente, com as extremidades 810b, 811b, - 93 - PE 1392377 812b, 813b e 816b, 817b e 818b de contacto com fios. Os anéis 820-825 permitem que os contactos de uma unidade 838 deslizante rotativamente estacionária permaneçam em contacto com os anéis independentemente das posições rotacionais relativas dos anéis. A matriz 800 é concebida e construída de um modo conceptualmente idêntico à matriz 500, mas está adaptada para trabalhar com os posicionamentos angulares das extremidades 810a, 811a, 812a, 813a, 816a, 817a e 818a de contacto com a matriz para que se possam reconhecer vinte e quatro orientações angulares diferentes do cilindro 700 relativamente à unidade 710 de accionamento. Uma matriz 800 adequada é mostrada, de modo bidimensional, na Fig. 30. As saliências arredondadas mostradas na matriz na Fig. 30 não fazem parte do padrão efectivo, mas são, antes, utilizadas para ajudar a prender o padrão na parte na qual é moldado por inserção. Para além disso, o padrão da matriz 800 está concebido para que erros de pontos isolados, em contactos relacionados com dados de matriz associados com as extremidades 810a, 811a, 812a, 817a e 818a de contacto, e não com as extremidades 813a e 816a de contacto de terra, que são diferentes da alteração esperada quando se efectua um movimento desde uma posição de matriz para uma posição de matriz adjacente, em qualquer direcção, sejam facilmente detectados pelo controlador 867 com a finalidade de detectar erros no funcionamento da caneta sempre que a caneta esteja activada. Especificamente, a matriz 800 é concebida para que, durante o movimento rotacional relativo - 94 - PE 1392377 dos componentes da caneta, que movimenta a matriz por uma posição desde a sua posição actual (e. g., um movimento de 15° para a matriz de vinte e quatro colunas mostrada), a alteração de um dos sinais associados com as extremidades de contacto com a matriz, para além dos contactos 813a e 816a, resulta apenas numa das seguintes situações: (a) um deslocamento para o código correspondente a uma posição adjacente, (b) um deslocamento para um código correspondente a nenhuma das vinte e quatro posições, ou (c) um deslocamento para um código correspondente a uma posição não abrangida por um dado intervalo, tal como um intervalo que varia de duas a seis posições, inclusivamente afastadas da posição actual. Podem empregar-se, em alternativa, outros intervalos, de duas a três ou quatro ou cinco posições, ou de duas a oito ou mais posições. Por outras palavras, para uma posição qualquer de entre vinte e quatro posições rotacionais, o código dos dados de matriz abrangidos pelo intervalo de duas a seis posições afastadas de uma dada posição em qualquer direcção difere, pelo menos, em dois pontos de dados da posição dada. Deste modo, durante a utilização da caneta, ou durante a marcação manual no sentido ascendente de uma dose, ou durante a marcação manual no sentido descendente de uma dose, ou durante a injecção de medicamento, se o controlador receber informação sugerindo um movimento superior a seis posições rotacionais desde a posição anteriormente reconhecida, sendo esse movimento considerado pela caneta um movimento demasiado amplo e, por conseguinte, um erro, a não ser que seja efectuado durante um curto período de tempo definido - 95 - PE 1392377 pelo fabricante, tal como o tempo entre actualizações do visor, sendo que, durante esse tempo, o controlador continua a verificar os dados de matriz, a informação recebida torna a ser abrangida pelo intervalo de posições aceite pela posição anteriormente reconhecida e o controlador faz com que uma mensagem de erro seja apresentada. Se a informação recebida voltar para o intervalo aceite abrangido pelo periodo definido, o controlador da caneta reconhece que a leitura errónea é uma aberração e ignora-a como tal, e não apresenta uma mensagem de erro ou requer um reposicionamento da caneta.

Deve compreender-se que um especialista com experiência na técnica, considerando as explicações aqui proporcionadas, pode prever outros meios para o controlador 867 determinar a validade de um código de posição detectado, com base num código de posição anteriormente reconhecido. Por exemplo, não é necessário que a matriz 800 proporcione padrões exclusivos para todas as vinte e quatro posições de uma revolução, mas apenas para as posições abrangidas por um intervalo válido, tal como de uma a seis posições, em ambos os lados de uma dada posição. O controlador iria comparar um código de posição detectado com os códigos de posição abrangidos pelo intervalo adjacente ao código anterior para determinar qual dos códigos em torno dos códigos de posição não exclusiva foi detectado. A abordagem anterior iria permitir captar as vinte e quatro posições através de uma matriz de cinco filas, que é um sinal de quatro bits, em vez da matriz 800 - 96 - PE 1392377 de seis filas mostrada, que é um sinal de cinco bits. A redução para uma matriz de cinco filas não é exigida, mas podia ser utilizada para reduzir o número de peças ou diminuir o comprimento do dispositivo. Se se utilizasse ainda um sinal de cinco bits, isso poderia melhorar a fiabilidade global do dispositivo sem aumentar o comprimento do dispositivo porque se poderia adicionar redundância.

Para além disso, uma matriz 800 podia ser criada quando dados de matriz associados com duas extremidades de contacto com a matriz, para além das extremidades 813a e 816a de contacto, se alteram quando se desloca uma coluna da matriz 800, em vez de apenas um ponto de dados, como descrito directamente acima. Uma abordagem deste tipo iria permitir que o controlador 867 rejeitasse todos os erros de pontos isolados desses contactos de sensor, em vez de apenas os que iriam resultar numa alteração de mais do que um ponto de dados, melhorando, desse modo, a fiabilidade do dispositivo. Para um deslocamento de dois bits desse tipo, se se desejarem vinte e quatro posições rotacionais exclusivas, irá exigir-se um padrão de matriz de sete filas, ao contrário do padrão de seis filas mostrado.

Cada um dos anéis 820-825 de contacto está, directamente, engatado num dos seis contactos 840-845 deslizantes de uma unidade deslizante, designada genericamente por 838, mostrada ainda na Fig. 28. Os contactos 840-845 deslizantes são fabricados em metal com a - 97 - PE 1392377 forma de uma mola de lâmina e estão montados num chassis 847 de plástico entre um par de chavetas 849 que sobressaem radialmente do chassis. As chavetas 849 inserem-se no interior de um par de ranhuras ou ranhuras 707 para chavetas circunferenciais no cilindro 700 que flanqueiam ambos os lados axiais do conjunto de seis ranhuras 706. O encaixe das chavetas 849 no interior de ranhuras 707 faz com que a unidade 838 deslizante se desloque axialmente com o cilindro 700, mas permite que o cilindro 700 seja rodado relativamente à unidade 738 deslizante, ao mesmo tempo que os contactos 840-845 deslizantes estão em comunicação eléctrica com os anéis 820-825 de contacto. A unidade 838 deslizante está conectada, firmemente, a uma placa 865 de circuito flexível para que os contactos possam transmitir o padrão de matriz detectado para o microcontrolador através da placa 865 de circuito. A unidade 838 deslizante está posicionada na placa durante o fabrico através de um par de protuberâncias que sobressaem da parte posterior do chassis 847 e se encaixam em entalhes 851 na placa. O chassis 847 da unidade deslizante encaixa-se no interior da abertura 678 do corpo 670 principal do invólucro, funcionando essa abertura como uma ranhura para chaveta na qual a unidade 838 deslizante é axialmente amovível mas está fixada, em termos de rotação, relativamente ao invólucro.

Para conseguir detectar o movimento relativo do cilindro 700 e da unidade 708 da manga impulsora, a matriz - 98 - PE 1392377 800 na manga 802 proporciona um trajecto condutor selectivo entre os seis anéis 820-825 de contacto. O anel 823 de contacto está sempre ligado à terra, e esse anel ligado à terra, através das extremidades 813a e 816a de contacto com a matriz, está continuamente em contacto com a matriz 800 condutora ligando-a, desse modo, à terra, excepto na posição rotacional inicial quando nenhum dos outros anéis 820, 821, 822, 824 e 825, através das suas extremidades de contacto com a matriz, está em contacto com o padrão 800 da matriz. O padrão 800 da matriz efectua, selectivamente, um curto-circuito da corrente através dos anéis apropriados de modo a formar um código que é, então, captado por contactos 840-845 do dispositivo deslizante e enviado para o microcontrolador para ser reconhecido.

Embora se descreva anteriormente que se liga a matriz à terra, noutras formas de realização, a matriz poderia ser activada não por um sinal de terra, mas, antes, por uma qualquer tensão distintamente reconhecível pelo controlador. Por exemplo, para um controlador em que as únicas opções são o nivel 1 lógico e nível 0 lógico, em vez de se utilizar o sinal de terra descrito anteriormente como sendo o sinal de activação, pode utilizar-se um sinal de nível 1 lógico com, aproximadamente, três volts para activar a matriz. A unidade 838 deslizante também inclui um interruptor de injecção, designado, genericamente, por 853. O interruptor 853 possui um contacto 855 resiliente - 99 - PE 1392377 fabricado em metal com a forma de uma mola de lâmina e com uma região 857 inclinada. Quando o cilindro 700 e, desse modo, a unidade 838 deslizante, são deslocados axialmente por uma curta distância durante uma primeira fase da operação de injecção, a região 857 inclinada é pressionada radialmente para fora por contacto com a superfície 679 do invólucro para que o contacto 855 resiliente complete um circuito com o contacto 861 fixo do interruptor de injecção. O contacto 855 resiliente inclui uma extremidade 859 de contacto, e o contacto 861 fixo inclui uma extremidade 863 de contacto, em que cada uma das extremidades está conectada electricamente à placa 865 de circuito para transmitir sinais eléctricos para o microcontrolador. Durante este movimento axial da unidade deslizante, a parte da placa 865 de circuito flexivel na qual a unidade deslizantes está montada também se movimenta axialmente em relação ao resto da placa. O fecho do interruptor 853 de injecção é reconhecido pelo microcontrolador 867 como sendo o inicio da operação de injecção da caneta, em vez da acção de marcação para cima ou para baixo da caneta em preparação para a injecção. A placa 865 de circuito flexivel é uma placa de circuito flexível de duas camadas que se envolve em torno do corpo 670 principal do invólucro, e está conectada ao corpo 670 principal com pinos de posicionamento e adesivo. A placa 865 de circuito flexível serve como a base na qual o microcontrolador 867, que é programado para controlar as operações electrónicas da caneta 620, baterias 689 para -100 - PE 1392377 alimentar os circuitos electrónicos, e um visor 871 LCD estão montados.

Os circuitos electrónicos da caneta 620 estão aptos a detectar o movimento rotacional relativo da unidade 708 da manga impulsora no interior do cilindro 700, sendo o cilindro e a unidade da manga impulsora mantidos numa posição axial consistente relativamente um ao outro. Durante a preparação da dose, o cilindro 700 roda enquanto a unidade 708 da manga impulsora está fixada, em termos rotacionais, no interior do invólucro, e durante a injecção da dose o cilindro está fixado, em termos rotacionais, e a unidade da manga impulsora roda no interior do invólucro.

Adere-se uma lente 873 de plástico transparente ao corpo 6 70 principal do invólucro que cobre, de modo protector, o visor 871 e proporciona uma ampliação da leitura do visor. O botão 875 de pressão utilizado para controlar os circuitos electrónicos da caneta está montado, de modo articulado, na lente 873 e funciona como interface com um actuador 874 de interruptor que activa um interruptor de tecla por encaixe à pressão que está conectado, electricamente, à placa 865 de circuito . 0 microcontrolador 867 está programado para ligar o visor quando o botão 875 é premido manualmente. Numa forma de realização, o botão 875 pode ser utilizado para alterar os dados armazenados em memória, ou a regulação de um relógio associado com o microprocessador. Por exemplo, os dados armazenados em memória associados com o microprocessador, -101 - PE 1392377 tais como a data, são reguláveis da seguinte forma; em primeiro lugar, pressionando e mantendo pressionado o botão 875 durante um período predeterminado, tal como três segundos, para efectuar uma transição da caneta para o modo de regulação, e, depois, pressionando axialmente a unidade do manipulo de marcação para deslocar a unidade 838 deslizante e activar o interruptor 853 de injecção para incrementar os dados a alterar. Uma moldura 877 aderente ao corpo 6 70 principal do invólucro serve como uma peça de friso decorativo e, em conjunto com a lente 873 e botão 875 de pressão, é exposta através de uma janela 879 de um revestimento 880 exterior fabricado em metal e que se faz aderir ao corpo 670 principal do invólucro.

Um vedante 882 em espuma é capturado entre o lado inferior da lente 873 e uma superfície superior da placa 865 de circuito flexivel. O vedante 882 resiste a qualquer fluido que possa estar, exteriormente, presente na caneta ao longo da interligação do botão 875 de pressão e lente 873, e impede-o de atingir os circuitos electrónicos internos da caneta 620. Uma peça 885 de enchimento da armação, que é proporcionada de modo a facilitar a montagem da caneta e se encaixa no interior de entalhes no corpo 670 principal do invólucro, serve de base adicional na qual se faz aderir o visor 871, e é uma superfície de colagem adicional para o revestimento 880.

Faz-se aderir uma parte 887 de cobertura ao lado inferior do corpo 670 principal do invólucro, e esta possui -102- PE 1392377 um relevo interno que permite o alojamento dos circuitos electrónicos. Um revestimento 880 externo metálico é montado, de modo adesivo, quer no corpo 670 principal do invólucro, quer na parte 887 de cobertura, para dar à caneta 620 uma aparência atraente. A estrutura da caneta 620 de injecção irá ser melhor compreendida considerando a explicação que se segue do seu funcionamento. Quando o utilizador necessita de se injectar a si próprio com uma dose de medicação, a caneta 620 é, em primeiro lugar, ligada pelo premir do botão 875, o que faz com que o visor 871 apresente a data e hora actuais de acordo com o relógio interno da caneta, e um "0" como a quantidade de medicamento que a caneta está preparada para distribuir. A caneta 620 também pode ser ligada iniciando a rotação da unidade do manipulo de marcação, ou, em alternativa, pressionando a unidade do manipulo de marcação para disparar o interruptor de injecção. Se, depois da caneta estar ligada por meio do botão 875, ou do pressionamento da unidade do manipulo de marcação, a unidade do manipulo de marcação for impelida axialmente, na direcção distai, para que o interruptor 853 de injecção seja activado, a data, hora e quantidade da última injecção são apresentadas. Se a memória da caneta 620 estiver adaptada para ser uma memória de doses múltiplas, cada penetração distai adicional da unidade do manipulo de marcação irá fazer com que a, então, data, hora e quantidade da injecção anterior sejam apresentadas, para que o utilizador possa verificar as doses anteriores -103 - PE 1392377 armazenadas, que podem ser dez ou mais doses. Para sair do modo de memória de doses, o utilizador pode esperar que um período de tempo predeterminado decorra, tal como oito segundos, sem manipular o manipulo de dose ou pressionar quaisquer botões, ou manipulando o manipulo de dose desde a posição "0", ou pressionando e libertando o manipulo de dose um número suficiente de vezes para verificar toda a memória de doses múltiplas. A caneta 620 é, em seguida, manipulada para que o utilizador seleccione a dose a administrar. A explicação que se segue irá assumir que a caneta 620 já foi activada, tal como sugerido, implicando a etapa de activação, simplesmente, a operação da caneta do modo descrito em seguida para descarregar uma pequena dose de modo a expelir o ar presente no cartucho. Numa caneta tendo memória de doses múltiplas, uma indicação de que essa dose era uma dose de activação pode ser rotulada em memória, tal como pressionando e libertando o botão 875 de modo imediatamente a seguir à distribuição de activação, desde que o microprocessador 867 que detecta o interruptor 853 de injecção já não esteja activado, tal como antes da finalização de um temporizador de pós-injecção de cinco segundos. Quando um utilizador analisa as doses em memória, uma dose de activação pode ser indicada pelo facto dessa dose alternar, ao longo do tempo, com um "P" no visor. O rótulo de activação pode, em alternativa, implicar um pressionamento e libertação do botão 875 de modo pelo -104- PE 1392377 utilizador após chegar a uma dose de activação quando analisa as doses armazenadas na memória de doses.

Para seleccionar a dose, o utilizador agarra na cobertura 685 da unidade de manipulo de marcação entre, tipicamente, um polegar e o dedo indicador, e começa a rodá-lo relativamente ao resto da base 622 de caneta. Esta rotação faz com que o marcador 680 também rode e, além disso, o cilindro 700 roda simultaneamente devido a estar fixado por chavetas ao marcador. À medida que o marcador 680 e a unidade de manipulo de marcação rodam, também efectuam, axialmente, um movimento de translação na direcção proximal à medida que o marcador 680 se enrosca na manga 710 impulsora devido ao seu engate roscado nesta. À medida que o marcador se desenrosca, estende-se na direcção proximal para lá do invólucro da base de caneta, e a unidade de manipulo de marcação é deslocada na direcção proximal afastando-se do invólucro. A manga 710 impulsora é presa de um modo fixo, em termos de rotação, pelo engate dos engates 655 no interior das estrias do invólucro. Se o utilizador rodar para além de uma dose desejada, a unidade de manipulo de marcação e o marcador 680 e, por conseguinte, o cilindro 700, podem ser rodados na direcção oposta, girando essa operação o marcador 680 de volta para a manga 710 impulsora. Durante esta marcação no sentido descendente, a manga impulsora é presa de um modo fixo, em termos de rotação, devido à sua resistência à rotação atribuível aos engates 655. Durante a rotação do cilindro 700, que está axialmente estacionário em relação à manga -105 - PE 1392377 impulsora, o visor 871 apresenta um valor continuamente em mudança da quantidade de medicação que a caneta 620 iria injectar se fosse accionada por deslocamento do êmbolo num qualquer dado ponto durante essa rotação. Em particular, o visor 871 é controlado pelo microprocessador 867, que reconhece a posição rotacional do cilindro 700 relativamente à manga 710 impulsora com base na entrada proveniente da actuação do padrão 802 da matriz, anéis 820-825, unidade 838 deslizante e placa 865 de circuito. O utilizador interrompe a rotação do marcador quando observa que o visor 871 indica a quantidade de medicação que se deseja injectar. Nesta altura, a caneta 620 de injecção está configurada como mostrado na vista em corte da Fig. 25, dado que a unidade de cobertura e a cobertura 658 foram previamente retiradas durante a etapa de activação como é convencional. O utilizador está, agora, preparado para injectar a dose preparada, executando-se essa operação de injecção em duas fases. Inicialmente, e na primeira fase, a caneta é, mecanicamente, transferida de um modo de dosagem para um modo de injecção deslocando, na direcção proximal e por uma curta distância, o manipulo de dosagem e marcador, tal como por um curso de 0,080 polegadas, de regresso ao invólucro da caneta. Em particular, o utilizador, tipicamente com o seu polegar, aplica uma força de penetração sobre a face proximal da cobertura 695 do manipulo de marcação. Esta penetração aplica uma carga axial às roscas 685 do marcador, carga essa que, através da rosca 712 da manga -106 - PE 1392377 impulsora, faz avançar a unidade 708 da manga impulsora na direcção distai no interior da caneta 620 e sem rotação do marcador 680 relativamente à unidade da manga impulsora devido a forças de atrito. Este movimento da manga impulsora movimenta o cilindro 700 na direcção distai ou para diante devido ao contacto directo da face distai da flange 716 com o rebordo 705 do cilindro. O curso distai do marcador 680, manga 710 impulsora e cilindro 700 é interrompido quando o cilindro 700 atinge um local no qual as estrias 704 coincidem com as estrias da divisória do invólucro, sendo o cilindro, nessa altura, fixado, em termos de rotação, e sendo o marcador, que está fixado, em termos de rotação, por chavetas ao cilindro, também fixado em termos de rotação.

Quando a caneta 620 atinge este estado, que é mostrado na Fig. 26, a segunda fase da operação de injecção começa, dado que qualquer força de penetração aplicada ao manipulo de marcação obriga a unidade do manipulo de marcação e o marcador 680 a efectuar um movimento de translação na direcção distai e sem rotação, produzindo esse movimento de translação a rotação da manga 710 impulsora. À medida que a manga 710 impulsora é rodada, a embraiagem 762 de injecção também é obrigada a rodar, o que força a rotação do parafuso 780 de injecção que, devido a estar engatado na porca de injecção, faz avançar o parafuso no interior do cartucho para forçar o medicamento a sair pela agulha. À medida que a manga 710 impulsora roda, o dispositivo 754 de indicação acústica da injecção salta -107 - PE 1392377 para fora e para dentro das estrias do invólucro de modo a gerar estalidos de injecção. O marcador 680 é impelido de modo a atingir uma posição axial de penetração correspondente à posição mostrada na Fig. 24, posição essa em que a rosca 685 do marcador se encosta ao batente 713 de zero e a rotação da manga 708 impulsora é interrompida. Durante esta segunda fase, se a porca 776 de injecção flutuou para trás, a mola 784 da porca de injecção finaliza a injecção movimentando a porca 776 na direcção distai quando a penetração do marcador está completa.

Durante ambas as fases da operação de injecção, o microcontrolador 867 recebe, continuamente, entrada de dados provenientes dos sensores electrónicos que captam o movimento rotacional relativo do cilindro 700 e da unidade 708 da manga impulsora. O visor 781, ao longo de todo processo de injecção, apresenta a quantidade que falta injectar em tempo real, sujeita a limitações dos circuitos electrónicos, que só deixam actualizar o visor, por exemplo, oito vezes por segundo. Dado que o interruptor 853 de injecção é activado quando o cilindro é deslocado na direcção distai, o microprocessador utiliza a entrada resultante do interruptor 853 para distinguir entre a marcação de uma dose e a injecção. O sinal do interruptor também pode ser utilizado pelo microprocessador para fazer com que a hora, data e quantidade a injectar sejam armazenadas em memória para consulta posterior. -108 - PE 1392377

Depois da caneta 620 de injecção ter sido utilizada para injectar a dose preparada, o controlador 867 regressa, automaticamente, para um estado desligado, e os elementos de visualização do visor 871 são todos desligados, a seguir a um determinado período de tempo de inactividade. No caso em que, depois da preparação da dose, não se efectua, imediatamente, a injecção, o visor permanece ligado até que a injecção seja efectuada, depois do que a caneta se desliga a seguir à inactividade descrita anteriormente. Dado que o processo de impelir completamente a unidade do manipulo de preparação de dose e o marcador 680 durante a utilização da caneta, reposiciona-os automaticamente, a preparação da dose, da próxima vez que a caneta 620 for utilizada, requer, simplesmente, a rotação da unidade do manipulo de marcação e do marcador 680 desde a sua posição impelida e sem qualquer manipulação posterior. O microcontrolador 867 pode utilizar uma entrada de dados provenientes do interruptor 853 de injecção e dos sensores electrónicos que captam o movimento rotacional relativo do cilindro e da unidade da manga impulsora para diagnosticar se o funcionamento da caneta de injecção é correcto. Por exemplo, a caneta pode ser programada para apresentar um erro se o microcontrolador detectar que o interruptor 853 de injecção está activado enquanto os sensores electrónicos estão a indicar que a dose está a ser marcada. Além disso, uma mensagem de erro também pode ser comunicada ao utilizador através do visor se o -109- PE 1392377 microcontrolador detectar que o interruptor 853 de injecção não foi activado, mas a entrada de dados provenientes dos sensores electrónicos sugerir que a detecção da marcação tem uma precisão dúbia, tal como causada pelo facto do marcador ser rodado manualmente de uma forma muito rápida pelo utilizador.

Embora se revele nas Figs. 23-27 um mecanismo particular para converter rotação da manga impulsora num movimento axial do pistão do cartucho, outros mecanismos menos complicados conhecidos na técnica podem servir como substitutos, tal como o mecanismo no qual a manga impulsora é directamente enroscada num parafuso auto-roscante.

Apesar deste invento ter sido mostrado e descrito como tendo múltiplas concepções, o presente invento pode ser modificado de acordo com o abrangido pelo âmbito do invento tal como definido nas reivindicações.

Lisboa, 18 de Abril de 2007

Claims

1 PE 1392377 REIVINDICAÇÕES 1. Unidade de accionamento de êmbolo de cartucho passível de ser reposicionada de um mecanismo de injecção de dose de um aparelho (20) injector de medicamento, incluindo o aparelho uma base (26) reutilizável e uma unidade (24) de cartucho passível de ser montada na base (26), possuindo a base um elemento (135) de accionamento passível de ser rodado, do mecanismo de injecção de dose, no interior de um invólucro da base, possuindo a unidade (24) de cartucho um cartucho (22) cheio de medicamento com um êmbolo (34) amovível, numa extremidade, e uma saída na outra extremidade, compreendendo a unidade de accionamento: uma porca (60) fixada por intermédio de chavetas ao invólucro de base para ser amovível relativamente ao mesmo, entre uma primeira e segunda posições axiais, e fixada, em termos de rotação, relativamente ao mesmo nas referidas primeira e segunda posições axiais, incluindo a referida porca (60) uma abertura (81, 82) com rosca interna; um parafuso (120) incluindo uma extremidade (121) distai de engate no êmbolo e uma rosca (124) externa que se engata por enroscamento na referida abertura roscada internamente da referida porca; uma embraiagem (100) de transmissão ligada à referida porca (60) de modo a ser axialmente retida e rotativamente amovível relativamente a esta, sendo a referida embraiagem (100) de transmissão fixada por intermédio de chavetas ao 2 PE 1392377 referido parafuso (120) para ser rotativamente fixada e axialmente amovível relativamente a este; sendo a referida porca (60) posicionada no interior do invólucro da base de modo a ser axialmente amovível desde a referida primeira posição axial até à referida segunda posição axial por engate na unidade (24) de cartucho durante a montagem da unidade (24) de cartucho na base (26) reutilizável, em que: a referida embraiagem (100) de transmissão é engatada por transmissão de binário no elemento (135) de accionamento passível de rotação quando a referida porca é colocada na referida segunda posição axial, pelo que a rotação do elemento (135) de accionamento durante o funcionamento do mecanismo de injecção de dose roda a referida embraiagem (100) de transmissão e, desse modo, o referido parafuso (120) para dar origem a um movimento axial do referido parafuso (120) numa direcção distai através da referida porca (60) para, desse modo, fazer avançar a extremidade (121) distai de engate no êmbolo, do referido parafuso (120), para forçar a medicação a sair pela saída do cartucho; e um elemento (90) de impulsão que impele a referida porca (60) desde a referida segunda posição axial na direcção da referida primeira posição axial quando a unidade (24) de cartucho não está montada na base (26) reutilizável, em que a referida embraiagem (100) de transmissão é libertada do engate de transmissão de binário no elemento (135) de accionamento passível de rotação quando a referida porca (60) é colocada na referida primeira posição axial, pelo que a aplicação de uma força 3 PE 1392377 numa direcção proximal da referida extremidade (121) distai de engate no referido êmbolo, do referido parafuso (120), desloca axialmente o referido parafuso (120) numa direcção proximal à medida que se enrosca na referida porca (60) para, desse modo, reposicionar o referido parafuso (120) .

2. Unidade de accionamento de êmbolo de cartucho passivel de ser reposicionada da reivindicação 1, em que a referida embraiagem (100) de transmissão está ligada à referida porca (60) por meio, pelo menos, de um aro (87) que se projecta radialmente para dentro da referida porca (60) que trava uma parte (104) de anel saliente da referida embraiagem (100) de transmissão.

3. Unidade de accionamento de êmbolo de cartucho passivel de ser reposicionada de um mecanismo de injecção de dose de um aparelho (20) injector de medicamento, incluindo o aparelho uma base (26) reutilizável e uma unidade (24) de cartucho passivel de ser montada na base (26), possuindo a base um elemento (135) de accionamento passivel de rotação, do mecanismo de injecção de dose, no interior de um invólucro da base, possuindo a unidade (24) de cartucho um cartucho (22) cheio de medicamento com um êmbolo (34) amovível, numa extremidade, e uma saída na outra extremidade, compreendendo a unidade de accionamento: uma porca (60) fixada por intermédio de chavetas ao invólucro de base para ser amovível relativamente ao 4 PE 1392377 mesmo, entre uma primeira e segunda posições axiais, e fixada, em termos de rotação, relativamente ao mesmo nas referidas primeira e segunda posições axiais, incluindo a referida porca (60) uma abertura (81, 82) com rosca interna; um parafuso (120) incluindo uma extremidade (121) distai de engate no êmbolo e uma rosca (124) externa que se engata por enroscamento na referida abertura roscada internamente da referida porca (60); uma embraiagem (100) de transmissão fixada por intermédio de chavetas ao referido parafuso (120) para ser rotativamente fixa e axialmente amovivel relativamente a este; sendo a referida porca (60) posicionada no interior do invólucro da base de modo a ser axialmente amovível desde a referida primeira posição axial até à referida segunda posição axial por engate na unidade (24) de cartucho durante a montagem da unidade (24) de cartucho na base (26) reutilizável; estando a referida embraiagem (100) de transmissão estruturada e configurada de modo a ser deslocada, desde um local em que não há engate de transmissão de binário no elemento (135) de accionamento passível de rotação, para um local em que há engate de transmissão de binário no elemento (135) de accionamento passível de rotação, quando a referida porca é deslocada desde a referida primeira posição axial para a referida segunda posição axial, em que, quando a referida embraiagem (100) de transmissão efectua um engate de transmissão de binário no elemento 5 PE 1392377 (135) de accionamento passível de rotação, a rotação do elemento (135) de accionamento durante o funcionamento do mecanismo de injecção de dose roda a referida embraiagem (100) de transmissão e, desse modo, o referido parafuso (120) para dar origem a um movimento axial do referido parafuso (120) numa direcção distai através da referida porca (60) para, desse modo, fazer avançar a extremidade (121) distai de engate no êmbolo, do referido parafuso (120), para forçar a medicação a sair pela saída do cartucho; e um elemento (90) de impulsão estruturado e configurado para impelir a referida embraiagem (100) de transmissão desde o referido local em que há engate de transmissão de binário no elemento (135) de accionamento passível de rotação para o referido local em que não há engate de transmissão de binário no elemento (135) de accionamento passível de rotação e, desse modo, deslocar a referida porca (60) desde a referida segunda posição axial na direcção da referida primeira posição axial, quando o cartucho (24) não está montado na base (26) reutilizável, em que, quando a referida embraiagem (100) de transmissão não efectua um engate de transmissão de binário no elemento (135) de accionamento passível de rotação, a aplicação de uma força numa direcção proximal sobre a extremidade (121) distai de engate no êmbolo, do referido parafuso (120), desloca axialmente o referido parafuso (120) numa direcção proximal à medida que se enrosca na referido porca (60) para, desse modo, reposicionar o referido parafuso (120) . 6 PE 1392377

4. Unidade de accionamento de êmbolo de cartucho passível de ser reposicionada de qualquer uma das reivindicações anteriores, em que a referida porca (60) está fixada por intermédio de chavetas ao invólucro da base por meio de várias chavetas (74) que se estendem radialmente para fora e estão espaçadas de modo angular em torno da periferia da porca (60) e que se inserem no interior de ranhuras (60) que se estendem axialmente definidas pelo invólucro (64) da base.

5. Unidade de accionamento de êmbolo de cartucho passível de ser reposicionada de qualquer uma das reivindicações anteriores, em que o referido parafuso (120) se estende através de uma abertura (110) central da referida embraiagem (100) de transmissão tendo, pelo menos, uma chaveta (112) que se estende para dentro, e em que a referida embraiagem (100) de transmissão está fixada por chavetas ao referido parafuso (120) pelo facto da referida, pelo menos uma, chaveta (112) da referida embraiagem (100) se inserir no interior de, pelo menos, um canal (122) para passagem de chavetas que se estende axialmente formado numa periferia radial externa do referido parafuso (120).

6. Unidade de accionamento de êmbolo de cartucho passível de ser reposicionada da reivindicação 5, em que a referida, pelo menos uma, chaveta (112) que se estende para dentro inclui uma primeira e segunda chavetas (112) colocadas diametralmente no interior da abertura (110) central da embraiagem de transmissão, e em que o, 7 PE 1392377 pelo menos um, canal (122) para passagem de chavetas inclui um primeiro e segundo canais (122) situados em lados opostos do referido parafuso (120) .

7. Unidade de accionamento de êmbolo de cartucho passivel de ser reposicionada de qualquer uma das reivindicações anteriores, em que o referido elemento (90) de impulsão compreende uma mola (90) de compressão tendo uma primeira extremidade (91) que se encosta à referida porca (60) e uma segunda extremidade (92) que se encosta a um ressalto (93) do invólucro.

8. Unidade de accionamento de êmbolo de cartucho passível de ser reposicionada de qualquer uma das reivindicações anteriores, em que a referida porca (60) tem uma superfície (76) distai que se encosta directamente à unidade (24) de cartucho durante a montagem da unidade (24) de cartucho na base (26) reutilizável, reentrando axialmente a referida superfície (76) distai no interior do invólucro de base quando a referida porca (60) está posicionada nas referidas primeira e segunda posições axiais.

9. Unidade de accionamento de êmbolo de cartucho passível de ser reposicionada de qualquer uma das reivindicações anteriores, em que a referida embraiagem (100) de transmissão inclui dentes (114) que se projectam axialmente e que correspondem a dentes (130) complementares 8 PE 1392377 existentes no elemento (135) de accionamento passível de rotação.

10. Unidade de accionamento de êmbolo de cartucho passível de ser reposicionada de qualquer uma das reivindicações anteriores, em que uma parte da unidade (24) de cartucho que se engata na referida porca (60) para movimentar axialmente a referida porca (60) durante a montagem da unidade (24) de cartucho na base (26) reutilizável compreende uma extremidade posterior de um elemento (32) de invólucro de cartucho que é engatada de modo estanque pelo êmbolo (34) amovível. Lisboa, 18 de Abril de 2007