BR112012020166B1

BR112012020166B1 - instrumento cirúrgico

Info

Publication number: BR112012020166B1
Application number: BR112012020166-2A
Authority: BR
Inventors: Galen C. Robertson; Matthew C. Miller; Prasanna Malaviya
Original assignee: Ethicon Endo-Surgery, Inc
Priority date: 2010-02-11
Filing date: 2011-02-09
Publication date: 2021-05-04
Also published as: CA2789478A1; AU2011215926A1; JP5875991B2; CN102781352B; WO2011100338A3; US9510850B2; US8579928B2; BR112012020166A2; US20110196403A1; EP3597127A1; CN102781352A; EP2533707A2; WO2011100338A2; US20140066962A1; JP2013519441A; EP2533707B1

Abstract

BAINHA EXTERNA E DISPOSIÇÕES DE LÂMINA PARA INSTRUMENTOS CIRÚRGICOS ULTRASSÔNICOS. Em várias modalidades, é fornecido um instrumento cirúrgico para operação em um ambiente aquoso. Em ao menos uma modalidade, o instrumento cirúrgico (100) pode incluir uma bainha oca (230), uma lâmina (200) disposta ao menos parcialmente na bainha oca e estendendo-se através de uma abertura (231) na bainha, e ao menos um transdutor ultrassônico (115) acoplado operacionalmente à lâmina. A lâmina pode incluir um formato poligonal em seção transversal e a ponta (202) pode se projetar na direção contrária ao eixo longitudinal (A-A) da bainha. Em outra modalidade, o instrumento cirúrgico (1100) pode incluir uma lâmina (1200) com sucção (240) disposta através da mesma e pelo menos um transdutor ultrassônico (115) operacionalmente acoplado à lâmina. A lâmina pode incluir um gume cortante (1205) que é posicionado sobre a abertura da lâmina (1204). Além disso, o gume cortante pode se projetar na direção contrária ao eixo longitudinal da lâmina.

Description

Antecedentes

[0001] A presente invenção refere-se, de modo geral, a sistemas cirúrgicos ultrassônicos e, mais particularmente, a sistemas ultrassônicos que permitem a cirurgiões a realização de corte e coagulação de tecido.

[0002] Com o passar dos anos, uma variedade de diferentes tipos de bisturis não equipados com motor ultrassônico e dispositivos de barbeamento ou depilação para a realização de procedimentos cirúrgicos foi desenvolvida. Alguns destes dispositivos empregam um instrumento de corte giratório e outros dispositivos empregam um elemento de corte reciprocante. Por exemplo, barbeadores são amplamente utilizados em cirurgia artroscópica A cirurgia artroscópica envolve a realização de cirurgia no espaço da junta. Para realizar a cirurgia, as juntas são comumente preenchidas com solução salina pressurizada para distensão e visualização.

[0003] Estes dispositivos supracitados em geral consistem de uma fonte de alimentação, uma peça manual e um atuador de extremidade. O atuador de extremidade comumente tem um tubo interno e externo. O tubo interno gira em relação ao tubo externo e cortará tecido com suas extremidades afiadas. O tubo interno pode girar continuamente ou oscilar. Além disso, tal dispositivo pode empregar um canal de sucção que percorre através do interior do tubo interno. Por exemplo a patente US n° 4.970.354 para McGurk-Burleson, et al., apresenta um instrumento de corte cirúrgico não equipado com motor ultrassônico que compreende um cortador giratório para corte de material por ação de cisalhamento. Ele emprega um elemento de corte interno que é giratório, contido em um tubo externo.

[0004] A patente U.S. n° 3.776.238 para Peyman et al. apresenta um instrumento oftálmico em que o tecido é cortado por uma ação de corte definida pela extremidade aguda de um tubo interno em movimento contra a superfície interna da extremidade de um tubo externo. A patente US n° 5.226.910 para Kajiyama et al. apresenta outro instrumento de corte cirúrgico que tem um elemento interno, o qual se move em relação a um elemento externo para cortar tecido entrando através de uma abertura no elemento externo.

[0005] A patente U.S. n° 4.922.902 para Wuchinich et al. apresenta um método e aparelho para remoção endoscópica de tecido utilizando um aspirador ultrassônico. O dispositivo usa uma ponta de prova ultrassônica que desintegra tecido maleável e o aspira através de um orifício estreito. A patente US n° 4.634.420 para Spinosa et al. apresenta um aparelho e um método para remover tecido de um animal e inclui um instrumento alongado que tem uma agulha ou ponta de prova, que é vibrado em uma frequência ultrassônica na direção lateral. O movimento ultrassônico da agulha rompe o tecido em fragmentos. Partes de tecido podem ser removidas da área de tratamento por aspiração através de um conduto na agulha. A patente US n° 3.805.787 para Banko apresenta ainda outro instrumento ultrassônico que tem uma ponta de prova que é blindada para estreitar o feixe de energia ultrassônica irradiada da ponta da ponta de prova. Em uma modalidade a blindagem estende-se além da extremidade livre da ponta de prova para evitar que a ponta de prova entre em contato com o tecido. A patente US n° 5.213.569 para Davis apresenta uma agulha de facoemulsificação que focaliza a energia ultrassônica. As superfícies de focalização podem ser chanfradas, curvas ou facetadas. A patente US n° 6.984.220 para Wuchinich e publicação de patente US n° 2005/0177184 para Easley apresentam sistemas de dissecção ultrassônica de tecido que fornecem movimento longitudinal e torcional combinado através do uso de ressonadores longitudinais- torcionais. A publicação de patente US n° 2006/0030797 A1 para Zhou et al. apresenta um dispositivo cirúrgico ortopédico que possui um motor de acionamento para acionar um transdutor de ultrassom e corneta. Um adaptador é fornecido entre o motor de acionamento e transdutor para fornecer sinais de energia ultrassônica para o transdutor.

[0006] Enquanto o uso de instrumentos cirúrgicos equipados com motores ultrassônicos fornecem diversas vantagens sobre serras, furadeiras e outros instrumentos equipados com motores mecânicos tradicionais, o aumento da temperatura no osso e tecidos adjacentes devido ao aquecimento por fricção na interface do osso/tecido pode ainda ser um problema significativo. As ferramentas cirúrgicas para artroscopia atuais incluem perfuradores, barbeadores reciprocantes e dispositivos de radiofrequência (RF). Dispositivos mecânicos como perfuradores e barbeadores criam mínimos danos ao tecido, mas podem algumas vezes deixar linhas cortadas rasgadas, que são indesejáveis. Dispositivos RF podem criar linhas de corte mais suaves e também extirpar grandes volumes de tecido macio; entretanto, eles tendem a criar mais danos no tecido do que meios mecânicos. Dessa forma, dispositivos que podem fornecer precisão de corte aprimorada enquanto formam superfícies de corte suavizadas sem criar danos excessivos em tecido são desejáveis.

[0007] A discussão precedente tem apenas a intenção de ilustrar o presente campo e não deve ser tomada como uma desaprovação do escopo da reivindicação.

Sumário

[0008] Em várias modalidades, um instrumento cirúrgico é fornecido. Em pelo menos uma modalidade, o instrumento cirúrgico pode compreender uma bainha oca incluindo uma abertura, uma lâmina disposta pelo menos parcialmente dentro da bainha oca e estendendo-se através da abertura, e pelo menos um transdutor ultrassônico acoplado de modo operacional à lâmina. Nestas modalidades, a bainha oca pode definir um eixo longitudinal, e a lâmina pode compreender uma ponta e um formato em seção transversal adjacente à ponta que é um polígono. Além do mais, nestas modalidades, a ponta pode se projetar distante do eixo longitudinal.

[0009] Em pelo menos uma modalidade, um instrumento cirúrgico é fornecido que pode compreender uma lâmina definindo um eixo longitudinal, uma porta de sucção e pelo menos um transdutor ultrassônico acoplados de modo operacional à lâmina. Nestas modalidades, a lâmina pode compreender uma extremidade distal, um lúmen, uma primeira abertura adjacente à extremidade distal e um primeiro gume cortante posicionado sobre a primeira abertura. Adicionalmente, nestas modalidades, a primeira abertura pode comunicar com o lúmen. Adicionalmente, o primeiro gume cortante pode se projetar distante do eixo longitudinal. Além do mais, nestas modalidades, a lâmina está configurada para permitir a aplicação de sucção da porta de sucção para a primeira abertura.

[00010] Em pelo menos uma modalidade, um instrumento cirúrgico é fornecido que pode compreender uma lâmina definindo um eixo longitudinal, uma porta de sucção e pelo menos um transdutor ultrassônico acoplados de modo operacional à lâmina. Nestas modalidades, a lâmina pode compreender uma extremidade distal, um lúmen, uma primeira abertura, um primeiro gume cortante posicionado sobre a primeira abertura, uma segunda abertura e um segundo gume cortante posicionado sobre a segunda abertura. Adicionalmente, nestas modalidades, a primeira abertura e a segunda abertura podem comunicar com o lúmen. Adicionalmente, o primeiro gume cortante e o segundo gume cortante podem se projetar distantes do eixo longitudinal e o segundo gume cortante pode ser proximal ao primeiro gume cortante. Além do mais, nestas modalidades, a lâmina está configurada para permitir a aplicação de sucção da porta de sucção para a primeira abertura.

Breve Descrição das Figuras

[00011] As características inovadoras das modalidades aqui descritas são demonstradas com particularidade nas reivindicações em anexo. As modalidades, entretanto, tanto quanto a organização como aos métodos de operação podem ser mais bem compreendidas por referência à descrição seguinte, tomada em conjunto com os desenhos em anexo da seguinte forma.

[00012] A figura 1 é uma vista esquemática de uma modalidade não limitadora de uma modalidade de sistema de controle cirúrgico.

[00013] A figura 2 é uma vista parcial em seção transversal de uma modalidade não limitadora de um instrumento cirúrgico portátil que emprega uma lâmina e uma bainha oca.

[00014] A figura 3 é uma vista em perspectiva de uma porção distal do instrumento cirúrgico da figura 2.

[00015] A figura 3A é uma vista em seção transversal da porção distal do instrumento cirúrgico da figura 2, tomada ao longo da linha 3A-3A na figura 3.

[00016] A figura 4 é uma vista em perspectiva de uma modalidade alternativa da porção distal do instrumento cirúrgico da figura 2.

[00017] A figura 5 é uma vista em perspectiva de outra modalidade alternativa da porção distal do instrumento cirúrgico da figura 2.

[00018] A figura 6 é uma vista lateral de uma porção distal da lâmina do instrumento cirúrgico da figura 2.

[00019] A figura 6A é uma vista em seção transversal da lâmina da figura 6, tomada ao longo da linha 6A-6A; o tracejado foi omitido para maior clareza.

[00020] A figura 7 é uma vista em seção transversal parcial de uma modalidade não limitadora de um instrumento cirúrgico portátil que emprega uma lâmina com sucção aplicada a esta.

[00021] A figura 8 é uma vista em perspectiva de uma porção distal do instrumento cirúrgico da figura 7.

[00022] A figura 9 é vista frontal de uma porção distal do instrumento cirúrgico da figura 7.

[00023] A figura 10 é uma vista em seção transversal lateral da lâmina do instrumento cirúrgico da figura 7; a lâmina é mostrada cortando tecido para criar fragmentos de tecido que são subsequentemente evacuados por sucção em uma direção proximal.

[00024] A figura 11 é uma vista em perspectiva de uma porção distal da lâmina do instrumento cirúrgico da figura 7; a lâmina é mostrada vibrando com movimentos ultrassônicos.

[00025] A figura 12 ilustra o uso do instrumento cirúrgico da figura 7 em conjunto com a realização de uma discectomia.

[00026] A figura 13 ilustra uso adicional do instrumento cirúrgico da figura 7 em conjunto com a realização de uma discectomia.

[00027] A figura 14 é uma vista em perspectiva de uma modalidade alternativa de uma porção distal da lâmina do instrumento cirúrgico da figura 7.

[00028] A figura 15 é uma vista frontal da porção distal da lâmina da figura 12.

[00029] A figura 16 é uma vista em perspectiva de outra modalidade alternativa da porção distal da lâmina do instrumento cirúrgico da figura 7.

[00030] A figura 17 é uma vista frontal da porção distal da lâmina da figura 14.

[00031] A figura 18 é uma vista em seção transversal lateral de uma porção distal da lâmina da figura 14; a lâmina é mostrada cortando tecido para criar fragmentos de tecido que são subsequentemente evacuados por sucção em uma direção proximal.

Descrição Detalhada

[00032] O proprietário do presente pedido também é proprietário dos seguintes pedidos de patente US que foram depositados na mesma data do presente pedido e que estão aqui incorporados, a título de referência em suas respectivas totalidades:

[00033] Pedido de patente U.S. n° de série , intitulado ULTRASONICALLY POWERED SURGICAL INSTRUMENTS WITH ROTATING CUTTING IMPLEMENT, N° da Súmula do Advogado END6688USNP/090341;

[00034] Pedido de patente U.S. n° de série , intitulado METHODS OF USING ULTRASONICALLY POWERED SURGICAL INSTRUMENTS WITH ROTATABLE CUTTING IMPLEMENTS, N° da Súmula do Advogado END6689USNP/090342;

[00035] Pedido de patente U.S. n° de série , intitulado SEAL ARRANGEMENTS FOR ULTRASONICALLY POWERED SURGICAL INSTRUMENTS, N° da Súmula do Advogado END6690USNP/090343;

[00036] Pedido de patente U.S. n° de série , intitulado ULTRASONIC SURGICAL INSTRUMENTS WITH ROTATABLE BLADE AND HOLLOW SHEATH ARRANGEMENTS, N° da Súmula do Advogado END6691USNP/090344;

[00037] Pedido de número serial de patente US n ° , intitulado ROTATABLE CUTTING IMPLEMENT ARRANGEMENTS FOR ULTRASONIC SURGICAL INSTRUMENTS, N° da Súmula do Advogado END6692USNP/090345;

[00038] O pedido de patente U.S. n° de série , intitulado ULTRASONIC SURGICAL INSTRUMENTS WITH PARTIALLY ROTATING BLADE AND FIXED PAD ARRANGEMENT, N° da Súmula do Advogado END6693USNP/090346;

[00039] Pedido de patente U.S. n° de série , intitulado DUAL PURPOSE SURGICAL INSTRUMENT FOR CUTTING AND COAGULATING TISSUE, N° da Súmula do Advogado END6694USNP/090347;

[00040] Pedido de número serial de patente US n ° , intitulado ULTRASONIC SURGICAL INSTRUMENTS WITH MOVING CUTTING IMPLEMENT, N° da Súmula do Advogado END6687USNP/090349; e

[00041] Pedido de número serial de patente US n ° , intitulado ULTRASONIC SURGICAL INSTRUMENT WITH COMB-LIKE TISSUE TRIMMING DEVICE, N° da Súmula do Advogado END6686USNP/090367.

[00042] Certas modalidades serão agora descritas para fornecer entendimento como um todo dos princípios da estrutura, função, fabricação e uso dos dispositivos e métodos apresentados na presente invenção. Um ou mais exemplos de três modalidades são ilustrados nos desenhos anexos. Os elementos de habilidade comum na técnica entenderão que os dispositivos e os métodos especificamente aqui descritos e ilustrados nos desenhos anexos são modalidades exemplares não limitadoras, e que o escopo das várias modalidades é definido somente pelas reivindicações. As características ilustradas ou descritas em relação a uma modalidade podem ser combinadas com as características de outras modalidades. Além disso, onde é indicado uma ordenação de etapas em um processo, essas ordenações podem ser rearranjadas ou as etapas podem ser executadas contemporaneamente conforme desejado a menos que ilógico ou se a ordem mencionada é explicitamente necessária. Essas modificações e variações são destinadas a estarem incluídas no escopo das reivindicações anexas.

[00043] Na seguinte descrição, os caracteres de referência iguais designam partes correspondentes ou iguais ao longo de várias vistas. Além disso, na seguinte descrição, deve-se entender que termos como "adiante", "posterior", "frontal", "anterior", "direito", "esquerdo", "sobre", "sob", "topo", "fundo", "para cima", "para baixo", "de modo proximal", "de modo distal", e similares são palavras de conveniência e não devem ser considerados como termos limitadores. A descrição abaixo tem o propósito de descrever várias modalidades e não se destina a limitar as reivindicações em anexo.

[00044] Várias modalidades são direcionadas para sistemas cirúrgicos ultrassônicos aprimorados e instrumentos configurados para realização de dissecção, corte e/ou coagulação durante procedimentos cirúrgicos como também os implementos de corte assim empregados. Em uma modalidade, uma aparelhagem de instrumento cirúrgico ultrassônico é configurada para uso em procedimentos cirúrgicos abertos, mas tem aplicações em outros tipos de cirurgia, como laparoscopia, endoscopia e procedimentos auxiliados por robôs. O uso versátil é facilitado por uso seletivo de energia ultrassônica e/ou sucção aplicada próxima e/ou através do implemento de corte/coagulação.

[00045] Deve-se reconhecer que os termos "proximal" e "distal" são usados na presente invenção com referência a um conjunto de peça manual segurado por um clínico. Desta forma, um atuador de extremidade, incluindo por exemplo, o implemento de corte/coagulação, está distal em respeito ao conjunto de peça manual mais proximal. Deve-se reconhecer adicionalmente que, por uma questão de conveniência e clareza, termos espaciais como "topo" e "fundo" também são utilizados na presente invenção em relação ao clínico segurando o conjunto de peça manual. Entretanto, instrumentos cirúrgicos podem ser usados em muitas orientações e posições, e esses termos não se destinam a limitar e serem absolutos.

[00046] A figura 1 ilustra de forma esquemática uma modalidade de um sistema cirúrgico 10 da presente invenção. O sistema cirúrgico 10 pode incluir um gerador ultrassônico 12 e um conjunto de instrumento cirúrgico ultrassônico 100 que pode incluir componentes produtores de ultrassom. Como será falado em maiores detalhes a seguir, o gerador ultrassônico 12 pode ser conectado por um cabo 14 a um conjunto de transdutor ultrassônico 114 a uma porção de compartimento 102 do conjunto de instrumento cirúrgico 100. O conjunto de transdutor 114 pode incluir um ou mais transdutores ultrassônicos capazes de produzirem vibrações ultrassônicas. Adicionalmente, fixado ao conjunto de transdutor ultrassônico 114 pode ter uma corneta 124 para amplificação e/ou foco de movimentos ultrassônicos criados pelo conjunto de transdutor 114. Uma lâmina 200 pode estar acoplada à corneta 124 disposta pelo menos parcialmente com uma bainha oca, externa 230 estendendo-se a partir da porção de compartimento 102. Em pelo menos uma modalidade, a corneta 124 e a lâmina 200 podem ser unitárias e integralmente formadas do mesmo pedaço de material. Em outra modalidade, a corneta 124 e lâmina 200 podem ser componentes separados que são fixados juntos.

[00047] Em várias modalidades, o gerador ultrassônico 12 pode incluir um módulo gerador ultrassônico 13 e um módulo gerador de sinal 15. Vide a Figura 1. O módulo gerador ultrassônico 13 e/ou o módulo gerador de sinal 15 podem ser integrados com o gerador ultrassônico 12 ou podem ser fornecidos como módulos de circuito separados acoplados eletricamente ao gerador ultrassônico 12 (mostrado em linha tracejada para ilustrar esta opção). Em uma modalidade, o módulo gerador de sinal 15 pode ser formado integralmente com o módulo gerador ultrassônico 13. O gerador ultrassônico 12 pode compreender um dispositivo de entrada 17 localizado em um painel frontal do console do gerador 12. O dispositivo de entrada 17 pode compreender qualquer dispositivo adequado que gere sinais adequados para programação da operação do gerador 12 de uma maneira conhecida. Ainda com referência à figura 1, o cabo 14 pode compreender múltiplos condutores elétricos, como fios de cobre, para a aplicação de energia elétrica aos eletrodos positivos (+) e negativos (-) de um conjunto de transdutor ultrassônico 114 como será discutido em maiores detalhes a abaixo.

[00048] Várias formas de geradores ultrassônicos, módulos geradores ultrassônicos e módulos geradores de sinais são conhecidos. Por exemplo, tais dispositivos são apresentados em um pedido de patente US n° de série 12/503.770, intitulado Rotating Transducer Mount For Ultrasonic Surgical Instruments, depositado em 15 de julho de 2007, o qual é aqui incorporado a título de referência, em sua totalidade. Outros tais dispositivos são apresentados em uma ou mais das seguintes patentes US, estando todas aqui incorporadas por referência: patente US n° 6.480.796 (Method for Improving the Start Up of an Ultrasonic System Under Zero Load Conditions); patente US n° 6.537.291 (Method for Detecting a Loose Blade in a Handle Connected to an Ultrasonic Surgical System); patente US n° 6.626.926 (Method for Driving an Ultrasonic System to Improve Acquisition of Blade Resonance Frequency at Startup); patente US n° 6.633.234 (Method for Detecting Blade Breakage Using Rate and/or Impedance Information); patente US n° 6.662.127 (Method for Detecting Presence of a Blade in an Ultrasonic System); patente US n° 6.678.621 (Output Displacement Control Using Phase Margin in an Ultrasonic Surgical Handle); patente US n° 6.679.899 (Method for Detecting Transverse Vibrations in an Ultrasonic Handle); patente US n° 6.908.472 (Apparatus and Method for Altering Generator Functions in an Ultrasonic Surgical System); patente US n° 6.977.495 (Detection Circuitry for Surgical Handpiece System); patente US n° 7.077.853 (Method for Calculating Transducer Capacitance to Determine Transducer Temperature); patente US n° 7.179.271 (Method for Driving an Ultrasonic System to Improve Acquisition of Blade Resonance Frequency at Startup); e patente US n° 7.273.483 (Apparatus and Method for Alerting Generator Function in an Ultrasonic Surgical System).

[00049] Como pode ser visto na figura 2, um instrumento cirúrgico ultrassônico 100 pode compreender um compartimento 102 que aloja o conjunto de transdutor ultrassônico 114 e a corneta 124. O conjunto de transdutor 114 pode ser suportado fixo dentro do compartimento 102 por montagens 104. Estendendo-se a partir da corneta 124 pode estar a lâmina 200, que passa através da bainha oca 230 para uma janela ou abertura 231 definida nisso. Conforme mostrado na figura 2, uma ponta distal 202 da lâmina 200 pode ser vista através da abertura 231 em uma porção distal 250 do instrumento cirúrgico 100. A ponta de lâmina 202 e/ou a porção distal 250 do instrumento cirúrgico 100 pode ser considerado o "atuador de extremi-dade" do instrumento 100. Como será explicado em maiores detalhes abaixo, a lâmina 200 pode cortar tecido quando o instrumento for movido, relativo ao tecido, em uma direção proximal "PD" ou uma direção distal "DD" paralela ao, ou coaxial com o eixo longitudinal A-A da bainha oca, em uma direção transversal a este, ou em qualquer direção entre si. O compartimento 102 pode ser fornecido em duas ou mais partes que são fixadas juntas por fechos como parafusos, características de pressão, etc. e/ou por um ou mais adesivos e podem ser produzidas de, por exemplo, policarbonato, aço inoxidável ou outro material.

[00050] Ainda com referência à figura 2, o conjunto de transdutor ultrassônico 114 pode incluir um compartimento 118 que suporta transdutores ultrassônicos piezoelétricos 115 para conversão de energia elétrica a energia mecânica que resulta em um movimento vibracional longitudinal das extremidades dos transdutores 115. Os transdutores ultrassônicos 115 pode compreender uma pilha de elementos piezoelétricos em cerâmica com um ponto nulo de movimento localizado em algum ponto ao longo da pilha. Os transdutores ultrassônicos 115 podem ser montados entre uma peça de extremidade proximal 116 e uma peça de extremidade distal 117. Adicionalmente, a corneta 124 pode estar montada na peça de extremidade distal 117 no ponto nulo em um lado e à lâmina 200 no outro lado. Como resultado, a lâmina 200 irá vibrar na direção longitudinal em uma taxa de frequência ultrassônica com o conjunto de transdutor ultrassônico 114. As extremidades do conjunto de transdutor ultrassônico 114 alcançam movimento máximo com uma porção da pilha constituindo de um nó sem movimento, quando o conjunto de transdutor ultrassônico 114 é acionado na corrente máxima na frequência de ressonância do transdutor. Entretanto, a corrente fornecendo o movimento máximo irá variar com cada instrumento e é um valor armazenado na memória não volátil do instrumento para que o sistema possa utilizá-la.

[00051] As partes do instrumento cirúrgico 100 podem ser produzidas de forma que a combinação oscile na mesma frequência de ressonância. Em particular, os elementos podem ser ajustados de forma que o comprimento resultante de cada dado elemento seja metade do comprimento de onda, ou um múltiplo deste. O movimento para trás e para frente é amplificado conforme o diâmetro próximo da lâmina 200 da corneta de montagem acústica 124 diminui. Desta forma, a corneta 124 como também a lâmina 200 podem ser formatadas e dimensionadas de forma que amplifiquem o movimento da lâmina e forneçam vibração ultrassônica em ressonância com o restante do sistema acústico, que produz o movimento máximo para trás e para frente de uma extremidade da corneta de montagem acústica 124 próxima à lâmina 200. Um movimento de 20 a 25 mícrons nos transdutores ultrassônicos 115 pode ser amplificado pela corneta 124 a um movimento de lâmina de cerca de 40 a 100 mícrons.

[00052] Se referindo brevemente de volta à figura 1, quando a energia é aplicada ao instrumento ultrassônico 110 por uma disposição de chave, o gerador ultrassônico 12 pode, por exemplo, causar a lâmina 200 a vibrar longitudinalmente em aproximadamente 55,5 kHz, e a quantidade de movimento longitudinal irá variar proporcionalmente com a quantidade de energia de acionamento (corrente) aplicada, como selecionada por ajuste pelo usuário. Quando uma energia relativamente alta de corte é aplicada, a lâmina 200 pode ser desenvolvida de forma a se mover longitudinalmente na faixa de cerca de 40 a 100 mícrons na taxa vibratória ultrassônica. Tal vibração ultrassônica da lâmina 200 irá gerar calor conforme a lâmina entra em contato com o tecido, isto é, a aceleração da lâmina 200 através do tecido converte a energia mecânica da lâmina em movimento 200 em energia térmica em uma área muito estreita e localizada. Este calor localizado cria uma zona estreita de coagulação, que irá reduzir ou eliminar o sangramento em pequenos vasos, como estes menores que um milímetro de diâmetro. A eficiência de corte da lâmina 200, assim como também o grau de homeostase, irá variar com o nível de energia de acionamento aplicada, a taxa de corte ou força aplicada pelo cirurgião à lâmina, a natureza do tipo de tecido, e a vascularização do tecido.

[00053] Novamente com referência à figura 2, o instrumento cirúrgico 100, e assim, a lâmina 200, podem ser movida de forma bruta por um usuário, em relação ao tecido a ser cortado. Para uso na presente invenção, o termo "movimento bruto" e similares, deve ser diferenciado de "movimento ultrassônico," e similares, que possam ser alcançados por meio do conjunto de transdutor ultrassônico. O termo "movimento bruto" no entanto abrange movimento rotacional que não é gerado unicamente pela operação do conjunto de transdutor ultrassônico 114.

[00054] Para fornecer energia ao instrumento ultrassônico 110 do gerador ultrassônico 12 (veja a figura 1), uma bandeja de fios flexível ou um protetor conjunto de múltiplos segmentos 110 pode ser empregado. Como pode ser visto na figura 2, os condutores 151 e 152 estão acoplados ao conjunto de transdutor ultrassônico 114 e se estendem para fora do instrumento através do compartimento 102. Adicionalmente, o protetor 110 pode ser fixado ao compartimento do instrumento 102 em uma extremidade e ao compartimento do conjunto de transdutor 118 na outra extremidade. Os condutores 151 e 152 podem passar através de um ou mais orifícios no compartimento do conjunto de transdutor. Consequentemente, sinais ultrassônicos do gerador ultrassônico 12 são transferidos aos transdutores ultrassônicos 115 através dos conectores 151 e 152. O protetor 110 pode evitar que os condutores 151 e 152 sejam danificados ou pinçados dentro do compartimento 102 quando o instrumento 100 é fabricado, por exemplo.

[00055] Ainda se referindo à figura 2, várias modalidades também incluem um bico prendedor 160 que pode ser fixado de forma removível à extremidade distal do compartimento 102 por fechos e/ou adesivos (não mostrado). O bico prendedor 160 pode ser fabricado de, por exemplo, aço inoxidável, alumínio ou plástico. Em várias modalidades, a extremidade distal 202 da lâmina 200 se estende através de uma porção oca 210 do bico prendedor 160. A bainha oca 230 pode de modo semelhante se estender através da porção oca 210. A porção oca 210 pode incluir um sulco anular no qual uma vedação proximal 212 pode ser mantida contra a extremidade da bainha oca 230 e contra a lâmina 200. A vedação 212 pode compreender, por exemplo, um anel de vedação de silicone e/ou uma vedação por brasagem ou prensa, e serve para estabelecer uma vedação substancialmente à prova de fluidos e/ou à prova de ar entre o bico prendedor 160, lâmina 200, e bainha oca 230.

[00056] Também em várias modalidades, a bainha oca 230 pode ser coaxialmente alinhada com a lâmina 200 e ser fixada à porção oca 210 do bico prendedor 160 por, por exemplo, soldagem, encaixe por pressão, rosqueamento, aderência com cola ou outros adesivos, etc. Como pode ser visto na figura 2, uma porta de sucção 240 pode ser fixada ao bico prendedor 160 para se comunicar com um orifício proximal 232 na bainha oca 230. Um tubo flexível 242 pode ser fixado à porta de sucção 240 e se comunicar com um receptáculo de coleta 243 que é acoplado a uma fonte de vácuo, em geral mostrada como 244. Deste modo, a bainha oca 230 forma uma trajetória de sucção que se estende ao redor da lâmina 200 que começa na porção distal 250 da bainha externa 230, como na abertura 231, e passa através do buraco 232 da porta de sucção 240. Aqueles de habilidade comum na técnica entenderão que trajetórias de sucção alternativas também são possíveis. Adicionalmente, uma vedação distal 213, similar à vedação proximal 212, pode ser mantida no bico prendedor 160 e pode adicionalmente ajudar na vedação da bainha oca 230 nisso de forma que a trajetória de sucção da abertura 231, através da bainha 230, para fora do orifício 232 e através da porta 240 seja mantida com mínima ou nenhuma entrada de ar do lado de fora da trajetória supracitada. Alternativamente, uma porta de sucção pode ser omitida do bico prendedor e o instrumento cirúrgico pode operar sem sucção sendo aplicada à abertura 231.

[00057] Várias modalidades do sistema cirúrgico 10 (vide figura 1) fornecem a habilidade de aplicar seletivamente movimento axial ultrassônico à lâmina 200. Se desejado, o clínico pode ativar o conjunto transdutor ultrassônico 114 antes ou enquanto corta o tecido com a lâmina 200. As taxas de frequência para o movimento ultrassônico longitudinal podem ser na ordem de, por exemplo, 30 a 80 kHz. De modo similar, o clínico pode desejar mover o instrumento 100, e assim a lâmina 200, sem ativar o conjunto de transdutor ultrassônico 114. Desta forma, o movimento bruto pode ser aplicado à lâmina 200, sem a aplicação de movimento ultrassônico longitudinal a esta. Em outras aplicações, o clínico pode desejar usar o instrumento 100 pela ativação de ambos o conjunto de transdutor ultrassônico 114 e por movimento bruto da lâmina 200 com respeito ao tecido a ser cortado. Em tais modalidades, a lâmina 200 irá experimentar movimento ultrassônico longitudinal do conjunto transdutor 114 e movimento bruto dos movimentos do clínico. Além disso, aqueles versados na técnica compreenderão que as várias modalidades do sistema cirúrgico 10 podem ser empregadas efetivamente em conjunto com outras aplicações artroscópicas e outras aplicações cirúrgicas.

[00058] O instrumento cirúrgico 100 pode ter várias porções distais. As figuras 3 e 3A ilustram um exemplo de uma porção distal 250 de uma modalidade não limitadora de um instrumento cirúrgico em que números iguais anteriormente usados para descrever as várias modalidades descritas acima são usados para designar componentes iguais. A figura 3 é uma vista em perspectiva de uma porção distal do instrumento cirúrgico 250 e a figura 3A é uma vista em seção transversal da porção distal 250, tomada ao longo da linha 3A-3A na figura 3. Nestas modalidades, o instrumento cirúrgico inclui uma bainha fina e oca 230 incluindo uma abertura 231, uma lâmina 200 disposta pelo menos parcialmente dentro da bainha oca 230 e se estendendo através da abertura 231, e pelo menos um transdutor ultrassônico (não mostrado, veja transdutores 115 na figura 2) acoplados de modo operacional à lâmina 200.

[00059] Como pode ser visto nas figuras 3 e 3A, em várias modalidades, a lâmina 200 pode compreender uma ponta distal 202 que se projeta para fora do eixo longitudinal A-A da bainha para facilitar o corte de tecido. Em maiores detalhes, a ponta distal 202 pode projetar uma distância L1 do eixo longitudinal A-A da bainha oca. A distância L1 pode ser de uma amplitude suficiente para aumentar a eficácia de corte da lâmina. Em pelo menos uma modalidade, L1 pode ser pelo menos 0,635 cm (0,25 polegadas). Em outra modalidade, L1 pode ser menor que ou igual a 1,905 cm (0,75 polegadas). Em ainda outra modalidade, L1 pode estar entre, incluindo, 0,635 cm (0,25 polegadas) e 1,905 cm (0,75 polegadas), em outras palavras, 0,635 cm < Li < 1,905 cm (%" < Li < %").

[00060] Adicionalmente, a bainha oca pode estar configurada para expor várias porções da lâmina 200 para adicionalmente facilitar o corte de tecido em situações diferentes. Por exemplo, com referência ainda à figura 3, em pelo menos uma modalidade, a abertura da bainha 23i pode definir um plano que cruza o eixo longitudinal A-A e que não é transversal ao eixo longitudinal. Para uso na presente invenção, o termo "transversal" significa um ângulo reto ao eixo longitudinal. Em outras palavras, a abertura 23i está a um ângulo ao eixo longitudinal, assim expondo a lâmina somente em um lado 2i5 da bainha oca 230. Em tais modalidades, a parte posterior 2i5 da lâmina, que é o lado 2i5 oposto à direção da ponta da lâmina 202 se projeta, pode ser blindado pela bainha 230 de forma que o tecido não seja cortado de forma não intencional no determinado lado 2i5. Adicionalmente, conforme observado acima, a bainha 230 pode ser fina e configurada de forma que seja moldada sobre a lâmina 230. Em tais modalidades, a folga entre a lâmina 200 e a bainha 230 (veja a figura 3A) pode ser minimizada.

[00061] Alternativamente, com referência agora à figura 4, em pelo menos uma modalidade, uma bainha oca 330 de uma porção distal 350 do instrumento cirúrgico pode incluir uma abertura 331 que permite à lâmina 200 a projetar através da mesma enquanto expondo a parte posterior 215 da lâmina 200 para aumentar a superfície de corte e/ou bordas disponíveis para cortar tecido. Em tais modalidades, a abertura 331 pode definir um primeiro plano P1 e um segundo plano P2, que cruza o primeiro plano, e a lâmina pode se estender através do primeiro plano P1. O primeiro plano P1 pode ser perpendicular ao eixo longitudinal A-A e, conforme o segundo plano P2 cruza o primeiro plano P1, o segundo plano PP2 pode estar em um ângulo ao primeiro plano.

[00062] Em outra modalidade alternativa, uma bainha oca 450 de uma porção distal 450 do instrumento cirúrgico pode incluir um rebordo protetivo 433 que permite à lâmina 200 ser adicionalmente protegida de corte não intencional de tecido. Em maiores detalhes, enquanto a lâmina pode se estender através da abertura 431, pode ainda ser desejável evitar que o tecido seja cortado na parte posterior da lâmina 215. Consequentemente, o rebordo protetivo 433 pode se estender em direção à ponta 202 e distante do eixo longitudinal A-A, assim blindando uma porção maior da lâmina 200 do que a mostrada na figura 3, por exemplo.

[00063] Em várias modalidades, agora com referência às figuras 6 e 6A, a lâmina 200 pode incluir várias características para melhorar sua habilidade de corte e/ou coagulação. Em maiores detalhes, a figura 6 é uma vista lateral de uma porção distal da lâmina 200 e a figura 6A é uma vista em seção transversal da lâmina 200, tomada ao longo da linha 6A-6A. Observe que a linha tracejada é omitida para maior clareza na figura 6A. Em pelo menos uma modalidade, como pode ser visto na figura 6, a lâmina 200 pode ser curvada e adjacente à ponta 202. Com referência brevemente anterior à figura 3, a lâmina 200 pode ser vista curvada através da abertura 231. O formato curvado da lâmina 200 pode permitir que um corte liso seja criado ao longo da lâmina 200, próximo da ponta 202. Mais especificamente, a lâmina pode ser curvada em uma quantidade fixa de forma que a ponta se projete em um certo ângulo com respeito ao eixo A-A da haste oca (veja a figura 3). Com foco na figura 6, a lâmina 200 pode definir um primeiro eixo A'-A'. Como pode ser visto na figura 3A, dentro da haste oca, o primeiro eixo A'-A' pode ser colinear ou paralelo ao eixo A-A da haste oca. Em qualquer ocasião, com referência à figura 6, a lâmina 200 pode também definir um segundo eixo B-B através da ponta 202. O segundo eixo A-A pode ser tangente à curva da lâmina em, ou próximo à ponta. O primeiro e segundo eixos podem definir um ângulo θ que é igual a ou maior que 60 graus mas igual ou menor que 90 graus. Em outras palavras, 60° < θ < 90°. Tal ângulo de ponta pode fornecer uma funçã o de corte aprimorada da lâmina 200.

[00064] O formato da ponta 202 e/ou a seção transversal da lâmina pode aumentar, ainda, a habilidade de corte da lâmina 200. Por exemplo, em várias modalidades, agora com referência à figura 6A, a lâmina 200 pode aumentar o número de superfícies de corte que apresenta ao empregar um formato em seção transversal adjacente à ponta 202 que é um polígono. Mais especificamente, em pelo menos uma modalidade, o formato em seção transversal poligonal pode ser um quadrilátero, e, mais especificamente ainda, um losango ou paralelogramo equilátero. Coloquialmente, o formato em losango pode ser pensado como um formato em diamante. Tais formatos podem permitir que a lâmina apresente vértices agudos, como os vértices 207, 208, 209 e 210 definidos entre os lados 203, 204, 205 e 206, vistos na figura 6A, que formam parte dos gumes cortantes da lâmina. O grau de afiamento de um vértice, tal como o vértice 207, pode ser definido da seguinte forma. Em um ângulo α, definido entre um lado do losango, como o lado 203, e uma linha central do losango, como a linha central "CL," pode ser igual ou maior do que 10 graus mas igual o menor do que 25 graus. Em outras palavras, 10° < α < 25°. Ao empregar tais bordas agudas, como definido pelos vértices de um formato losango, a lâmina 200 pode reduzir a necessidade de ser polida.

[00065] Adicionalmente, o formato em seção transversal da lâmina pode permitir que a lâmina reduza o arrasto através de um fluido aquoso ou outro fluido para operar melhor em tal ambiente. Por exemplo, em pelo menos uma modalidade, o formato losango em seção transversal pode ser mais longo em uma direção e mais curto em outra. Em maiores detalhes, o formato de losango pode ser mais longo geralmente nas direções proximais e distais, PD e DD, respectivamente. Especificamente, dois dos vértices do losango, vértices 207 e 209, podem também definir um eixo C-C, veja a figura 6A, que é coplanar em relação ao eixo longitudinal da lâmina, veja a figura 3A. Consequentemente, conforme a lâmina se move nas direções proximais e distais, PD e DD, respectivamente, o arrasto experimentado pela lâmina em um ambiente fluido é reduzido. Adicionalmente, a lâmina pode ser fina de forma que a lâmina 200 tenha uma largura L2, do vértice 208 ao vértice 210, de 0,051 cm (0,020 polegada) a 0,10 2 cm (0,040 polegada). Em outras palavras, 0,0508 cm < L2 < 0,102 cm (0,020" < L2 < 0,040"). Em pelo menos uma modalidade, L2 pode ser 0,076 cm (0,030 polegada).

[00066] Em várias modalidades, a ponta 202 pode também incluir um formato em seção transversal poligonal que se afunila em um ponto. Por exemplo, em pelo menos uma modalidade, com referência à figura 6, a ponta pode ser em formato piramidal. Consequentemente, ambas as extremidades e bordas pontiagudas das pontas do formato piramidal pode contribuir para pontos e/ou bordas de corte aprimoradas.

[00067] Adicionalmente, em pelo menos uma modalidade, a lâmina 200 pode ser poligonal ao longo de todo seu comprimento, ou, pelo menos ao longo de uma porção da lâmina 200 que também reside dentro da bainha oca 230, veja a figura 3A, por exemplo. Ao usar uma seção transversal uniforme ao longo de pelo menos uma porção do comprimento da lâmina, os custos de fabricação e recursos podem ser reduzidos.

[00068] Outras configurações de lâmina/e ou bainha podem ser empregadas por um instrumento cirúrgico para alcançar um corte e/ou coagulação aprimorados em um ambiente fluido. Por exemplo, em várias modalidades, um instrumento cirúrgico pode utilizar sucção para aprimorar o corte e remoção de tecido seccionado de um alvo cirúrgico. Em maiores detalhes, as figuras 7 a 11 ilustram um exemplo de uma modalidade não limitadora de um instrumento cirúrgico 1100 em que números iguais anteriormente usados para descrever as várias modalidades descritas acima são usados para designar componentes iguais. A figura 7 é uma vista em seção transversal parcial de um instrumento cirúrgico portátil 1100 que emprega uma lâmina 1200 com sucção aplicada a esta. O compartimento 102, conjunto de transdutor 114, corneta 124 e componentes relacionados podem ser similares aos descritos acima com respeito ao instrumento cirúrgico 100. Pelo menos um transdutor ultrassônico, como os transdutores 115 no conjunto de transdutor 114, pode ser acoplado de modo operacional à lâmina 1200 pela corneta 124. A lâmina 1200 pode definir um eixo longitudinal A-A, também similar ao eixo longitudinal A-A descrito acima. Adicionalmente, a lâmina 1200 pode compreender um corpo 1201 que define um lúmen 1220 nisso e inclui uma extremidade distal 1202. Adjacente à extremidade distal 1202 pode estar uma abertura 1204 que comunica com o lúmen 1202. Além disso, um primeiro gume cortante 1205 pode ser posicionado sobre a abertura 1204. O primeiro gume cortante 1205 pode também se projetar distante do eixo longitudinal A-A, para adicionalmente aprimorar o corte de tecido, como explicado em maiores detalhes abaixo.

[00069] O instrumento cirúrgico 1100 pode incluir também uma porta de sucção 240 fixada a, ou formada com o bico prendedor 1160. A porta de sucção 240 pode comunicar com o lúmen 1220 via um orifício de sucção 1221 formado na lâmina 1200, posicionado dentro do bico prendedor 1160, e alinhado com a porta 240. Um tubo flexível 242 pode ser fixado à porta de sucção 240 e comunicar com um receptáculo de coleta 243 que é acoplado a uma fonte de vácuo 244. Assim, a lâmina 1200 pode formar uma trajetória de sucção que se estende através da lâmina 1200 que começa em uma porção distal 1250 do instrumento cirúrgico 1100, como o orifício 1204, percorre ao longo de pelo menos uma porção do lúmen 1220, e passa através do orifício de sucção 1221 para a porta de sucção 240. Aqueles de habilidade comum na técnica entenderão que trajetórias de sucção alternativas também são possíveis. Adicionalmente, uma vedação proximal 1212 e uma vedação distal 1213 pode ser mantida em sulcos anulares no bico prendedor 1160 ao redor da porta 240, e pode adicionalmente ajudar na vedação da lâmina 1200 nisso de forma que a trajetória de sucção da abertura 1204, através da lâmina 1200, para fora do orifício 1221 e através da porta 240 seja mantida com mínima ou nenhuma entrada de ar do lado de fora da trajetória supracitada. Consequentemente, a lâmina 1200 é assim configurada para permitir que a sucção seja aplicada da porta de sucção 240 para a abertura 1204.

[00070] Adicionalmente, em pelo menos uma modalidade, uma bainha oca, externa, 1230 pode ser empregada que pode funcionar como um protetor de segurança para cobrir pelo menos o gume cortante 1205 e/ou abertura 1204 da lâmina 1200 quando introduzindo e/ou removendo o instrumento cirúrgico 1100 de um local cirúrgico. A bainha oca retrátil 1230 pode ser montada de maneira móvel na lâmina 1200 e pode ser móvel de modo seletivo a partir de uma posição fechada substancialmente cobrindo a abertura 1204 e/ou gume cortante 1205 para uma posição aberta expondo a abertura 1204 (veja a figura 8). Tal disposição pode cobrir o gume cortante 1205 e/ou abertura 1204 na lâmina 1200 durante a inserção e remoção da lâmina 1200 adjacente a nervos vitais e outros tecidos críticos. Para facilitar o movimento da bainha oca 1230 da lâmina 1200, uma aba de controle de polegar 1232 (figura 7) pode ser formada na extremidade proximal da bainha oca 1230 para permitir ao clínico a aplicação de forças de atuação deslizante a este.

[00071] Em várias modalidades, diferentes configurações de lâmina podem ser empregadas para aprimorar o corte e evacuação de tecido de um alvo cirúrgico. Focando agora na porção distal do instrumento cirúrgico 1250, melhor visto na figura 8, a lâmina pode ter um formato tubular. Adicionalmente, o gume cortante 1205 pode ser visto posicionado sobre a abertura 1204 e projetando distante do eixo longitudinal A-A da lâmina. Em pelo menos uma tal modalidade, focando agora na vista anterior da porção distal 1250 fornecida pela figura 9, o gume cortante pode ser visto definindo um arco. Consequentemente, tecido, como tecido do disco vertebral, pode ser cortado de forma lisa e formatado ao longo do gume cortante arqueado 1205.

[00072] Detalhes adicionais com relação à lâmina 1200 podem ser encontrados ao visualizar as figuras 10 a 11. A figura 10 mostra uma vista em seção transversal lateral de uma porção distal da lâmina 1200 e a figura 11 mostra uma vista em perspectiva de uma porção distal da lâmina 1200 O gume cortante 1205 pode ser definido por uma coberta de corte 1210 que é integralmente formada com o corpo da lâmina 1201 ou de outro modo fixada a este. Como pode ser visto na figura 10, o invólucro 1210 e gume cortante 1205 pode se projetar distante do eixo longitudinal A-A da estrutura 1201. Adicionalmente o formato em seção transversal do invólucro, novamente visto na figura 10, pode projetar a um ângulo da estrutura 1201 para melhor apresentar o gume cortante 1205 ao tecido T. Também, como pode ser visto na figura 10, o gume cortante 1205 da lâmina é mostrado cortando o tecido "T" para criar fragmentos de tecido "TF" que são subsequentemente puxados para dentro através da abertura 1204 e evacuados por sucção em uma direção proximal PD, como discutido acima. O tecido pode ser cortado quando a lâmina 1200 é avançada na direção distal DD de forma que o gume cortante 1205 se encaixe contra o tecido T ou de outro modo raspe a superfície do tecido. Alternativamente, o tecido pode ser sugado para dentro do gume cortante 1205 por sucção aplicada à abertura 1204. Adicionalmente, com a sucção presente, os fragmentos de tecido TF podem ser retirados da área alvo de cirurgia, assim eliminando ou reduzindo a necessidade de inserção e remoção repetida do instrumento cirúrgico de um paciente. Adicionalmente, como ilustrado na figura 11, a lâmina 1200 pode vibrar com movimentos ultrassônicos criados por um ou mais transdutores ultrassônicos 115 (veja a figura 7) para acentuar ainda mais a habilidade do gume cortante para partir e/ou extirpar tecido.

[00073] Focando novamente na figura 7, em uso, o clínico pode ativar a fonte de vácuo 244 para cortar e evacuar tecido. Quando um sangramento é encontrado, o clínico pode ativar o conjunto de transdutor ultrassônico 114 para enviar movimentos ultrassônicos à lâmina 1200 para propósitos de coagulação. Por exemplo, cirurgias de fusão espinhal exigem a remoção de material do disco devido a uma variedade de estados doentios. Muitas vezes este material é endurecido e exige uma certa força com instrumentação convencional para quebrar o disco e remover seus fragmentos. Uma vez que o material do disco é removido, as placas de extremidade devem ser removidas para revelar superfícies frescas para promover a fusão das placas à gaiola. As placas devem também ser formatadas para fornecer um bom encaixe com o tipo de gaiola sendo usada. Instrumentação convencional geralmente exige grande força do cirurgião muito próximo a estruturas críticas.

[00074] O uso do instrumento cirúrgico descrito acima 1100 pode ser particularmente vantajoso quando realizando, por exemplo, uma discectomia como mostrada nas figuras 12 e 13. Como pode ser visto nestes desenhos, a lâmina 1200 pode ser inserida no disco "D". A lâmina 1200 pode ser usada para raspar pedaços pequenos do disco e sugá-los para fora. Tal disposição elimina a necessidade de inserção/remoção repetida de ferramentas cirúrgicas. O dispositivo pode também ser empregado para preparar as placas terminais vertebrais. Ao incorporar a sucção através da lâmina 1200, o movimento ultrassônico para a lâmina 1200, e/ou configurações exclusivas da lâmina, a quantidade de força de entrada que um clínico precisa exercer para preparar as placas terminais pode ser reduzida. De modo similar, a quantidade de força externa necessária para quebrar e remover o material do disco pode ser diminuída. Adicionalmente, o número de trocas de instrumentação durante um procedimento cirúrgico pode ser reduzida.

[00075] O instrumento cirúrgico 1100 pode ter várias lâminas dentre as fornecidas acima. Por exemplo, a figura 14 mostra uma vista em perspectiva de uma modalidade alternativa de uma porção distal de uma lâmina 1300 para o instrumento cirúrgico 1100 (veja a figura 7) e a figura 15 mostra uma vista anterior da porção distal da lâmina 1300. Em pelo menos uma modalidade, a lâmina 1300 pode ser similar à lâmina 1200 descrita acima exceto que ela pode incluir mais de uma abertura e/ou gume cortante, que pode ser vantajosamente posicionado na lâmina. Em maiores detalhes, a lâmina pode definir um eixo longitudinal A-A e pode compreender uma extremidade distal 1302, um lúmen (não mostrado, veja lúmen 1220 na figura 7) e uma primeira abertura 1304 adjacente à extremidade distal 1302 e comunicando com o lúmen. A lâmina 1300 pode incluir um primeiro gume cortante 1305 posicionado sobre a primeira abertura 1304 e projetando distante do eixo longitudinal A-A, similar ao gume cortante 1204, descrito acima. Adicionalmente, a lâmina 1300 pode também incluir uma segunda abertura 1309 que também se comunica com o lúmen e um segundo gume cortante 1306 posicionado sobre a segunda abertura 1309 e projetando distante do eixo longitudinal A-A. A primeira abertura 1304 e a segunda abertura 1309 podem ambas estarem na mesma posição longitudinal relativa ao longo da lâmina 1200. Em outras palavras, ambas aberturas 1304, 1309 podem ser a mesma distância da extremidade distal 1302, ao longo do eixo longitudinal A-A, entretanto ambas aberturas 1304 e 1309 podem estar em posições angulares diferentes ao longo do corpo da lâmina 1301.

[00076] Adicionar mais de uma abertura pode aumentar as posições nas quais a lâmina 1300 pode cortar tecido. Consequentemente, em pelo menos uma modalidade, a lâmina 1300 pode compreender, ainda, uma terceira abertura 1307 para aprimorar ainda mais as posições de corte da lâmina. Em maiores detalhes, a terceira abertura pode também comunicar com o lúmen e ser posicionada na mesma posição longitudinal como as outras aberturas 1304 e 1309. Um terceiro gume cortante 1307 pode estar posicionado sobre a terceira abertura 1314 e pode também se projetar distante do eixo longitudinal A-A. Cada gume cortante 1305, 1306 e 1307 pode ser definido por um invólucro cortante 1310, 1311 e 1312 respectivamente, que pode ser similar ao invólucro 1210 descrito acima. Adicionalmente, cada das aberturas 1304, 1309 e 1314, os gumes cortantes 1305, 1306 e 1307 e/ou os invólucros 1310, 1311 e 1312 podem ser simétricos em torno do eixo longitudinal e posicionados equidistantes entre si. Veja, por exemplo, a figura 15.

[00077] Enquanto algumas das modalidades acima mostraram um ou mais gumes cortantes voltados para a posição distal, o instrumento cirúrgico 1100 pode incluir uma lâmina que tem um ou mais gumes cortantes voltados para a posição proximal. Por exemplo, a figura 16 mostra uma vista em perspectiva de outra modalidade alternativa de uma porção distal 1400 de uma lâmina 1400 para o instrumento cirúrgico 1100 (veja a figura 7), a figura 17 mostra uma vista anterior da porção distal da lâmina 1400, e a figura 18 mostra uma vista em seção transversal lateral de uma porção distal da lâmina 1400 enquanto a lâmina 1400 está cortando tecido T para criar fragmentos de tecido TF que são subsequentemente evacuados por sucção em uma direção proximal, similar à descrita acima. Em pelo menos uma modalidade, a lâmina 1400 pode ser similar à lâmina 1200 descrita acima exceto que ela pode incluir mais de uma abertura e/ou gume cortante, que pode ser justaposta uma a outra.

[00078] Em maiores detalhes, a lâmina pode definir um eixo longitudinal A-A e pode compreender uma extremidade distal 1402, um lúmen 1420, e uma primeira abertura 1404 adjacentes à extremidade distal 1402 e comunicando com o lúmen 1420. A lâmina 1400 pode incluir um primeiro gume cortante 1405 posicionado sobre a primeira abertura 1404 e projetando distante do eixo longitudinal A-A, similar ao gume cortante 1204, descrito acima. Adicionalmente, a lâmina 1400 pode também incluir uma segunda abertura 1409 que é proximal à primeira abertura e/ou ao primeiro gume cortante 1405. A segunda abertura 1409 pode também comunicar com o lúmen 1420. Adicionalmente, um segundo gume cortante 1406 pode ser posicionado sobre a segunda abertura 1409 e projetar-se distante do eixo longitudinal A-A. A primeira abertura 1404 e a segunda abertura 1409 podem estar em posições longitudinais relativas diferentes ao longo da lâmina 1400 mas ambas estarem na mesma posição angular ao longo da estrutura da lâmina 1401. Em outras palavras, as aberturas 1404 e 1409 podem estar no mesmo lado da lâmina 1400. Em pelo menos uma modalidade, os gumes cortantes 1405 e 1406 podem ser definidos pelo mesmo invólucro cortante 1410. Em tais modalidades, o invólucro 1410 pode estar posicionado sobre ambas aberturas 1404 e 1409.

[00079] Com referência à figura 18, o tecido pode ser cortado quando a lâmina 1400 é avançada na direção distal DD de modo que o primeiro gume cortante distal 1405 se encaixe contra o tecido T ou de outro modo raspe a superfície do tecido. Adicionalmente, o tecido pode ser cortado quando a lâmina 1400 é levantada na direção proximal de modo que o segundo gume cortante proximal 1406 se encaixe contra o tecido T ou de outro modo raspe a superfície do tecido. Alternativamente, o tecido pode ser sugado para dentro de um ou mais dos gumes cortantes 1405 e 1406 por sucção aplicada às aberturas 1404 e 1409, conforme descrito acima. Adicionalmente, com a sucção presente, fragmentos de tecido TF podem ser retirados da área alvo de cirurgia, assim eliminando ou reduzindo a necessidade de inserção e remoção repetida do instrumento cirúrgico de um paciente. Adicionalmente, a lâmina 1400 pode vibrar com movimentos ultrassônicos criados por um ou mais transdutores ultrassônicos 115 (veja a figura 7) para acentuar ainda mais a habilidade do gume cortante para partir e/ou extirpar tecido.

[00080] Os dispositivos aqui descritos podem ser projetados para serem descartados após único uso, ou os mesmos podem ser projetados para uso múltiplas vezes. Em qualquer um dos casos, entretanto, o dispositivo pode ser recondicionado para reuso após pelo menos um uso. O recondicionamento pode incluir qualquer combinação das etapas de desmontagem do dispositivo, seguido de limpeza ou substituição de peças particulares, e remontagem subsequente. Em particular, o dispositivo pode ser desmontado, em qualquer número de peças particulares ou partes do dispositivo podem ser seletivamente substituídas ou removidas, em qualquer combinação. Na limpeza e/ou substituição de partes particulares, o dispositivo pode ser remontado para uso subsequente em uma instalação de recondicionamento ou por uma equipe cirúrgica imediatamente antes de um procedimento cirúrgico. Aqueles versados na técnica apreciarão que o recondicionamento de um dispositivo pode utilizar uma variedade de técnicas para desmontagem, limpeza/substituição, e remontagem. O uso de tais técnicas, e o dispositivo recondicionado resultante, estão todos no escopo do presente pedido de patente.

[00081] De preferência, as várias modalidades descritas aqui serão processadas antes da cirurgia. Primeiro, um instrumento novo ou usado é obtido e, se necessário, limpo. O instrumento pode ser então esterilizado. Em uma técnica de esterilização, o instrumento é disposto em um recipiente fechado e selado, tal como um saco plástico ou de TYVEK®. O recipiente e o instrumento são então colocados em um campo de radiação que pode penetrar no recipiente, tal como radiação gama, raios X ou elétrons de alta energia. A radiação extermina bactérias no instrumento e no recipiente. O instrumento esterilizado pode então ser armazenado em um recipiente estéril. O recipiente estéril mantém o instrumento estéril até que seja aberto na instalação médica. A esterilização pode também ser feita por inúmeras formas conhecidas pelos versados na técnica incluindo radiação beta ou gama, óxido de etileno, e/ou vapor.

[00082] Em várias modalidades, um instrumento cirúrgico ultrassônico pode ser fornecido a um cirurgião com um guia de onda e/ou atuador de extremidade já acoplado de modo operacional com um transdutor do instrumento cirúrgico. Em pelo menos uma tal modalidade, o cirurgião, ou outro clínico, pode remover o instrumento cirúrgico de uma embalagem esterilizada, plugar o instrumento ultrassônico em um gerador, como descrito acima, e usar o instrumento ultrassônico durante um procedimento cirúrgico. Tal sistema pode obviar a necessidade de que um cirurgião, ou outro clínico, monte um guia de onda e/ou atuador de extremidade ao instrumento cirúrgico ultrassônico. Depois de o instrumento cirúrgico ultrassônico ter sido utilizado, o cirurgião, ou outro clínico, pode colocar o instrumento cirúrgico em uma embalagem selada, sendo que a embalagem pode ser transportada para uma instalação de esterilização. Na instalação de esterilização, o instrumento ultrassônico pode ser desinfectado, sendo que qualquer parte utilizada pode ser descartada e substituída enquanto qualquer parte reutilizável pode ser esterilizada e usada novamente. Consequentemente, o instrumento ultrassônico pode ser remontado, testado, colocado em uma embalagem estéril e/ou esterilizado após ser colocado em uma embalagem. Uma vez esterilizado, o instrumento cirúrgico ultrassônico reprocessado pode ser usado novamente.

[00083] Embora várias modalidades tenham sido descritas aqui, muitas modificações e variações daquelas modalidades podem ser implantadas. Por exemplo, tipos diferentes de atuadores de extremidade podem ser empregados. Também, onde os materiais são revelados para determinados componentes, outros materiais podem ser usados. A descrição mencionada anteriormente e as reivindicações seguintes são destinadas a abranger todas essas modificações e variações.

[00084] Qualquer patente, pedido, ou outro material descritivo, no todo ou em parte, que seja citado como aqui incorporado por referência, é incorporado apenas até o ponto em que o material incorporado não entre em conflito com as definições e declarações existentes, ou com qualquer outro material descritivo apresentado nesta descrição. Desse modo, e até onde for necessária, a descrição como explicitamente aqui determinada substitui qualquer material conflitante incorporado aqui a título de referência. Qualquer material, ou porção do mesmo, que são tidos como incorporados a título de referência na presente invenção, mas que entra em conflito com definições, declarações, ou outros materiais de descrição existentes aqui determinados serão aqui incorporados apenas até o ponto em que nenhum conflito surgirá entre o material incorporado e o material de descrição existente.

Claims

1. Instrumento cirúrgico (100), caracterizado pelo fato de que compreende: uma bainha oca (230) que inclui uma abertura (231), em que a bainha oca (230) define um eixo longitudinal e a abertura define um plano que não é transversal ao eixo longitudinal; uma lâmina (200) disposta pelo menos parcialmente dentro da bainha oca (230) e estendendo-se através da abertura, em que a lâmina (200) compreende uma ponta (202) e um formato em seção transversal adjacente à ponta (202) que é um polígono, e afunila-se para a ponta pontiaguda, e em que a ponta (202) se projeta em direção contrária ao eixo longitudinal; e pelo menos um transdutor ultrassônico (114) acoplado de modo operacional à lâmina (200).

2. Instrumento cirúrgico (100), de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que a abertura define um plano que cruza o eixo longitudinal e que não é transversal ao eixo longitudinal.

3. Instrumento cirúrgico (100), de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que a abertura define um primeiro plano e um segundo plano que cruza o primeiro plano, em que a lâmina (200) se estende através do primeiro plano.

4. Instrumento cirúrgico (100), de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que a bainha oca (230) ainda compreende um rebordo protetor (433) que se estende na direção da ponta (202).

5. Instrumento cirúrgico (100), de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que a ponta (202) que fica pelo menos 0,635 cm (0,25 polegada) distante do eixo longitudinal, mas não mais que 1,905 cm (0,75 polegada) distante do eixo longitudinal.

6. Instrumento cirúrgico, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que a lâmina (200) é curvada adjacente à ponta (202), em que a lâmina (200) define um primeiro eixo dentro da bainha oca (230) e um segundo eixo através da ponta (202), em que o primeiro e o segundo eixos definem um ângulo, e em que o ângulo é igual a ou maior que 60 graus mas igual a ou menor que 90 graus.

7. Instrumento cirúrgico (100), de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que a ponta (202) compreende um formato piramidal.

8. Instrumento cirúrgico (100), de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que o polígono é um quadrilátero.

9. Instrumento cirúrgico (100), de acordo com a reivindicação 8, caracterizado pelo fato de que o quadrilátero é um losango.

10. Instrumento cirúrgico (100), de acordo com a reivindicação 9, caracterizado pelo fato de que o losango define um ângulo entre um lado do losango e uma linha central do losango, em que o ângulo é igual a ou maior que 10 graus, mas igual a ou menor que 25 graus.

11. Instrumento cirúrgico (100), de acordo com a reivindicação 9, caracterizado pelo fato de que o losango compreende quatro vértices (207, 208, 209, 210), em que dois dos vértices definem um eixo que é coplanar em relação ao eixo longitudinal da lâmina.

12. Instrumento cirúrgico (100), de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que ainda compreende: uma porta de sucção (240) que se comunica com a bainha oca (230), em que a bainha oca (230) é configurada para permitir que a sucção seja aplicada a partir da porta de sucção (240) para a abertura (231).