PT2391783T - Bloqueios mecânicos de painéis de chão e uma peça em bruto de lingueta - Google Patents

Description

documento WO 2008/017301 (Schulte). Mostram-se os princípios fundamentais nas figuras la-ld. A figura la mostra que duas bordas curtas adjacentes numa primeira fila podem bloquear-se com uma lingueta deslocável (30) que se desloca, tal como se mostra na figura lb, mediante um empurrão lateral numa seção de borda (32) quando as bordas curtas adjacentes lb, lc se dobraram para baixo e se situam no mesmo plano. Esta dobragem vertical por "empurrão lateral", que geralmente se ativa mediante uma pressão P procedente de um lado longo de um terceiro painel ld numa segunda fila, desloca a lingueta deslocável 30 e independente ao longo da junta de borda curta lb, mas também em perpendicular à direção de junta D2 de tal maneira que uma parte da lingueta se desloca ao interior de uma ranhura para lingueta 20 da borda curta adjacente lc. A figura lc mostra que a lingueta deslocável 30 está localizada numa ranhura de deslocamento 40, que tem uma cavidade 41. Esta cavidade atua conjuntamente com uma saliência 31 na lingueta deslocável de tal maneira que a lingueta deslocável 30, quando se empurra ao longo da borda e a ranhura de deslocamento, também se desloca em perpendicular à borda em D2 e ao interior de uma ranhura para lingueta 20 de um painel adjacente. As figuras 2a-2d mostram um método conhecido para formar uma cavidade 41. Uma ferramenta rotatória 71, similar a uma lâmina de serra fina, rota num plano horizontal HP em paralelo à superfície do painel e forma uma cavidade 41. A principal desvantagem é que a ferramenta formará uma cavidade 41 com uma profundidade considerável tal como se mostra na figura 2d.

Um sistema de bloqueio por empurrão lateral de acordo com tecnologia conhecida que requer que se forme uma ranhura de deslocamento que não é paralela à borda é muito difícil de produzir e as ranhuras profundas terão um efeito negativo sobre a estabilidade e a resistência mecânica da borda de painel. Como alternativa, podem utilizar-se linguetas na forma de cunha que consistem geralmente em duas partes, que não são paralelas à borda. Tais linguetas são caras e complicadas de produzir e inserir numa borda. A principal desvantagem dos sistemas de empurrão lateral desta classe em comparação com outros sistemas de bloqueio mecânico é que é difícil formar cavidades que atuem conjuntamente com saliências numa lingueta deslocável de modo preciso e rentável e evitar os efeitos negativos sobre a estabilidade e a resistência mecânica da borda de painel.

Definição de alguns termos

No seguinte texto, a superfície visível do painel de chão instalado denomina-se "face frontal", enquanto que o lado oposto do painel de chão, orientado para o subsolo, denomina-se "face posterior". A borda entre as caras frontal e posterior se denomina "borda de junta". Se não se define de outro modo, superior e inferior significam para a face frontal e para a face posterior. Interior e exterior significam para ou afastando-se do centro do painel. Por "plano horizontal" quer dizer-se um plano, que se estende em paralelo à parte exterior da camada de superfície. As partes superiores imediatamente justapostas de duas bordas de junta adjacentes de dois painéis de chão unidos entre si definem um "plano vertical" perpendicular ao plano horizontal. Por "em horizontal" quer dizer-se em paralelo ao plano horizontal e por "em vertical" em paralelo ao plano vertical.

Por "junta" ou "sistema de bloqueio" quer dizer-se meios de conexão que atuam conjuntamente, que conectam os painéis de chão em vertical e/ou em horizontal. Por "painel de tira" quer dizer-se uma borda de painel que compreende uma tira e um elemento de bloqueio e por "painel de ranhura" quer dizer-se uma borda de painel que compreende uma ranhura de bloqueio, que atua conjuntamente com o elemento de bloqueio no bloqueio horizontal.

Por "dobragem por empurrão vertical" quer dizer-se um método de instalação em que as bordas curtas de dois painéis se bloqueiam quando se dispõem planos sobre um subsolo depois da angulação. 0 bloqueio vertical obtém-se mediante um empurrão lateral que desloca uma lingueta independente na direção longitudinal das bordas curtas. 0 bloqueio horizontal obtém-se, em sistemas de dobragem para baixo convencionais, do mesmo modo que para os sistemas de angulação com um elemento de bloqueio numa borda de um painel de tira que atua conjuntamente com uma ranhura de bloqueio em outra borda de um painel de ranhura. Por "sistema de bloqueio por empurrão lateral" quer dizer-se um sistema de bloqueio, que se pode bloquear com o método de dobragem por empurrão vertical.

Por "largura de lingueta" quer dizer-se a distância máxima entre duas linhas paralelas ao longo do comprimento de uma lingueta que estão em contato com a parte mais exterior e a parte interior da lingueta.

Sumário da invenção 0 objetivo geral da presente invenção é melhorar a função e a resistência mecânica de um sistema de bloqueio por empurrão lateral e particularmente daquelas partes que provocam que uma lingueta deslocável se mova em perpendicular a uma borda desde uma ranhura e ao interior de uma ranhura adjacente quando a lingueta deslocável se desloca ao longo da borda.

De acordo com um primeiro aspecto um painel de chão está dotado de um sistema de bloqueio que compreende uma lingueta deslocável numa ranhura de deslocamento numa primeira borda e uma ranhura para lingueta numa segunda borda adjacente para o bloqueio vertical. Uma tira de bloqueio com um elemento de bloqueio na primeira borda atua conjuntamente com uma ranhura de bloqueio na segunda borda para o bloqueio horizontal. A lingueta deslocável compreende uma saliência e a ranhura de deslocamento uma cavidade de tal maneira que a saliência se desliza contra uma parede da cavidade e numa primeira direção perpendicular à borda quando a lingueta deslocável se desloca numa segunda direção ao longo da borda. 0 deslocamento na primeira direção faz com que a lingueta deslocável entre na ranhura para lingueta mediante o qual as bordas se bloqueiam em vertical. A cavidade estende-se em vertical para baixo até o lado posterior do painel. A vantagem é que se pode utilizar uma simples maquinagem para formar as cavidades e tal formação não terá um efeito adverso sobre a resistência mecânica e estabilidade da borda.

De acordo com uma forma de realização preferida, a cavidade é um orifício cego rodeado por uma parede essencialmente vertical.

Tal cavidade proporciona uma borda extremamente estável e deve retirar-se um mínimo de material.

De acordo com um segundo aspecto, um painel de chão está dotado de um sistema de bloqueio que compreende uma lingueta deslocável numa ranhura de deslocamento numa primeira borda e uma ranhura para lingueta numa segunda borda adjacente para o bloqueio vertical. Uma tira de bloqueio com um elemento de bloqueio na primeira borda atua conjuntamente com uma ranhura de bloqueio na segunda borda para o bloqueio horizontal. A lingueta deslocável compreende uma saliência e a ranhura de deslocamento uma cavidade de tal maneira que a saliência se desliza contra uma parede da cavidade e numa primeira direção perpendicular à borda quando a lingueta deslocável se desloca numa segunda direção ao longo da borda. 0 deslocamento na primeira direção faz com que a lingueta deslocável entre na ranhura para lingueta mediante o qual as bordas se bloqueiam em vertical. A saliência é flexível e está configurada para exercer uma tensão prévia horizontal contra a ranhura para lingueta.

Este segundo aspecto oferece as vantagens de que se podem reduzir os efeitos negativos das tolerâncias de produção e pode alcançar-se uma qualidade de bloqueio melhorada.

De acordo com um terceiro aspecto um painel de chão está dotado de um sistema de bloqueio que compreende uma lingueta deslocável numa ranhura de deslocamento numa primeira borda e uma ranhura para lingueta numa segunda borda adjacente para o bloqueio vertical. Uma tira de bloqueio com um elemento de bloqueio na primeira borda atua conjuntamente com uma ranhura de bloqueio na segunda borda para o bloqueio horizontal. A lingueta deslocável compreende uma saliência e a ranhura de deslocamento uma cavidade de tal maneira que a saliência se desliza contra uma parede da cavidade e numa primeira direção perpendicular à borda quando a lingueta deslocável se desloca numa segunda direção ao longo da borda. 0 deslocamento na primeira direção faz com que a lingueta deslocável entre na ranhura para lingueta mediante o qual as bordas se bloqueiam em vertical. A saliência está localizada na parte inferior e/ou superior da lingueta deslocável. 0 terceiro aspecto oferece a vantagem de que é possível formar uma ranhura de deslocamento com pequena profundidade e pode alcançar-se uma estabilidade e resistência mecânica melhoradas.

De acordo com um quarto aspecto e de acordo com a invenção, um conjunto de painéis de chão está dotado de um sistema de bloqueio que compreende uma lingueta deslocável que tem um corpo de lingueta principal e pelo menos duas partes de cunha localizadas numa ranhura de deslocamento numa primeira borda de um primeiro painel de chão, que atuam conjuntamente para o bloqueio vertical das bordas com uma ranhura para lingueta numa segunda borda adjacente de um segundo painel de chão. 0 sistema de bloqueio compreende ainda uma tira de bloqueio com um elemento de bloqueio numa borda, que atua conjuntamente, para o bloqueio horizontal das bordas, com uma ranhura de bloqueio numa borda adjacente. 0 corpo de lingueta principal compreende pelo menos duas saliências flexíveis e dois rebaixos. As partes de cunha estão localizas pelo menos parcialmente nos rebaixos. As saliências flexíveis podem deslizar contra as partes de cunha para obter um deslocamento do corpo de lingueta principal em perpendicular às bordas e provocando desse modo o bloqueio vertical das bordas. As saliências flexíveis estão na posição não bloqueada essencialmente deslocadas ao longo da lingueta deslocável em relação com as cunhas e estão configuradas para exercer uma tensão prévia contra as partes de cunha e a ranhura para lingueta. 0 corpo de lingueta principal compreende uma conexão por fricção que permite o deslocamento ao longo da ranhura de deslocamento e impede que o corpo de lingueta principal se saia da ranhura de deslocamento. As partes de cunha compreendem uma conexão por fricção que impede que se desloquem as partes de cunha na ranhura de deslocamento quando o corpo de lingueta principal se desloca ao longo da borda. As partes de cunha e o corpo de lingueta principal compreendem conexões de parte de cunha liberáveis adaptadas para libertar-se durante a inserção da lingueta deslocável na ranhura de deslocamento. 0 quarto aspecto oferece as vantagens de que a borda pode formar-se com só uma simples maquinagem em paralelo às bordas do mesmo modo que os sistemas de bloqueio mecânico convencionais. A lingueta deslocável forma-se de modo rentável como um componente de uma só peça e converte-se num componente de duas peças durante uma inserção controlada da lingueta numa ranhura.

De acordo com um quinto aspecto e também de acordo com a invenção, proporciona-se uma peça em bruto de lingueta que compreende pelo menos duas linguetas que têm um comprimento de lingueta e que se conectam entre si. As linguetas estão adaptadas para separar-se entre si e inserir-se numa ranhura de borda de um painel de chão. Cada lingueta compreende um corpo de lingueta principal que compreende pelo menos duas saliências que se estendem essencialmente na direção longitudinal de lingueta e dois rebaixos. A lingueta compreende duas partes de cunha localizadas pelo menos parcialmente em ou adjacentes aos rebaixos. 0 corpo de lingueta principal e as partes de cunha compreendem conexões de parte de cunha liberáveis adaptadas para libertar-se do corpo de lingueta principal durante a inserção da lingueta na ranhura. 0 quinto aspecto oferece as vantagens de que as linguetas podem produzir-se, manipular-se e inserir-se numa ranhura de modo simples e rentável.

Todas as formas de realização dos aspectos primeiro, segundo, terceiro, quarto e quinto podem combinar-se e a saliência flexível pode utilizar-se, por exemplo, junto com uma cavidade que se estende até o lado posterior e que se localiza num lado superior e/ou inferior da lingueta deslocável. A invenção proporciona novas formas de realização de sistemas de bloqueio preferivelmente nas bordas curtas, mas também nas bordas longas ou em painéis quadrados. Áreas úteis para a invenção são painéis de parede, tetos, aplicações de exterior e painéis de chão de qualquer forma e material, por exemplo, material laminado; especialmente os painéis com materiais de superfície que contêm resinas termoendurecíveis, madeira, HDF, contrachapa ou pedra.

Quase todas as formas de realização do sistema de bloqueio descrevem-se com uma ranhura de deslocamento e uma lingueta deslocável no painel de tira, principalmente para simplificar a descrição. Resulta óbvio que o princípio fundamental ou a invenção pode utilizar-se no lado de ranhura de bloqueio. Insere-se uma lingueta numa ranhura de deslocamento numa borda, que está localizada adjacente, e preferivelmente por cima da ranhura de bloqueio e uma ranhura para lingueta está formada em outra borda adjacente à tira de bloqueio e preferivelmente essencialmente por cima da tira.

Breve descrição dos desenhos

As figuras la-d ilustram sistemas de bloqueio da técnica anterior.

As figuras 2a-c mostram um método de produção da técnica anterior para formar uma cavidade numa borda de um painel.

As figuras 3a-f mostram um método de produção para formar cavidades numa borda de um painel.

As figuras 4a-d mostram um método de produção alternativo para formar cavidades numa borda de um painel.

As figuras 5a-d mostram um método de produção que utiliza um elemento de corte de rosca para formar cavidades numa borda de um painel.

As figuras 6a-b mostram como podem formar-se cavidades num núcleo de um painel antes de aplicar uma camada de superfície sobre o núcleo.

As figuras 7a-d mostram um sistema de bloqueio com cavidades formadas mediante lâminas de serra.

As figuras 8a-e mostram um sistema de bloqueio com uma cavidade formada mediante elementos de corte como orifício cego perfurado.

As figuras 9a-c mostram sistemas de bloqueio com cavidades abertas em horizontal formadas mediante elementos de corte.

As figuras lOa-e mostram um sistema de bloqueio com uma lingueta deslocável que compreende saliências flexíveis.

As figuras lla-d mostram um sistema de bloqueio com uma lingueta deslocável que compreende saliências na parte inferior da lingueta.

As figuras 12e-f mostram um sistema de bloqueio com uma lingueta deslocável que compreende saliências nas partes superior e/ou inferior da lingueta.

As figuras 13a-d mostram saliências flexíveis na parte inferior de uma lingueta deslocável e métodos de produção para formar uma borda estável e resistente.

As figuras 14a-d mostram um sistema de bloqueio com cavidades formadas mediante uma lâmina de serra rotatória em vertical.

As figuras 15a-b mostram um sistema de bloqueio com cavidades formadas mediante uma lâmina de serra rotatória em horizontal.

As figuras 16a-b mostram um sistema de bloqueio que utiliza cavidades, que estão formadas em conexão com a formação do sistema de bloqueio de bordas longas.

As figuras 17a-b mostram um sistema de bloqueio com cravos que atua conjuntamente com saliências.

As figuras 18a-e mostram um sistema de bloqueio com cravos que atua conjuntamente com rebaixos e uma forma de realização que compreende uma lingueta deslocável no painel de ranhura.

As figuras 19a-e mostram um sistema de bloqueio com uma lingueta deslocável de uma só peça que depois da inserção se separa em varias partes não conectadas.

As figuras 20a-d mostram a inserção de uma lingueta numa ranhura e o bloqueio de um sistema de bloqueio de acordo com a invenção.

As figuras 21a-c mostram um método para situar uma lingueta numa ranhura.

As figuras 22a-d mostram uma peça em bruto de lingueta e uma borda de um painel de chão durante o bloqueio.

As figuras 23a-f mostram peças em bruto de lingueta e um sistema de bloqueio numa borda de um painel de chão durante o bloqueio.

As figuras 24a-f mostram formas de realização de acordo com os princípios fundamentais da invenção.

Descrição de formas de realização da invenção

As figuras 3a-3e mostram um método de produção para formar cavidades 41a-d de acordo com um principio de elemento de corte. Podem utilizar-se vários elementos de corte 70a-d, um para cada cavidade. A formação pode ter lugar antes ou depois de formar o perfil. A figura 3a mostra que o princípio de elemento de corte pode formar uma cavidade, que é menor que o diâmetro do elemento de corte. A figura 3e mostra uma cavidade, que é maior que o diâmetro, se o painel e a ferramenta se deslocam um em relação com a outra. A figura 3f mostra uma cavidade, que se forma como orifício cego, que compreende uma parte superior maciça e uma abertura.

As figuras 4a-d mostram que a formação mencionada anteriormente também pode realizar-se com um princípio de lâmina de serra em que preferivelmente várias lâminas de serra 71a-d, preferivelmente nos mesmos eixos, formam cavidades 41a-d. Nesta forma de realização, as cavidades são menores que o diâmetro das lâminas de serra. Claro, podem ser iguais ou maiores.

As figuras 5a-d mostram um método para formar as cavidades 41a-f mencionadas anteriormente com um princípio de elemento de corte de rosca. Tal formação pode produzir-se de modo muito rentável numa linha de produção contínua e com alta precisão especialmente se a posição e velocidade do painel se sincronizam com precisão com a posição da ferramenta e a velocidade de rotação da ferramenta. 0 elemento de corte de rosca 72 pode utilizar-se como equipamento independente ou mais preferivelmente como posição de ferramenta integrada numa tupia dupla. A borda de painel desloca-se essencialmente em paralelo ao eixo de rotação AR da ferramenta de elemento de corte de rosca 72. É possível produzir qualquer forma, com cavidades redondas ou afiladas. 0 corte pode ter lugar antes, depois ou em conexão com o corte do perfil. A posição na direção longitudinal de uma cavidade formada numa borda de painel depende da posição do dente da primeira ferramenta de entrada 56a que entra em contato com a borda de painel tal como se mostra na figura 5c. Isto significa que se deve ajustar a rotação da ferramenta à borda de painel que se move para a ferramenta. A posição entre cavidades pode ser muito precisa se se ajusta a rotação da ferramenta e se sincroniza com a velocidade à que se desloca o painel em relação com o elemento de corte de rosca. Tal ajuste da posição da primeira ferramenta de entrada e a rotação da ferramenta pode realizar-se medindo a posição de uma borda de painel e a velocidade de uma cadeia ou uma correia transportadora ou o dispositivo de acionamento que move a cadeia ou a cinta. É possível obter uma maquinagem muito precisa das cavidades e situar a primeira cavidade numa posição predeterminada com respeito à borda com uma tolerância de aproximadamente +- 0,2 mm ou inclusive menor. O diâmetro da ferramenta 53 de elemento de corte de rosca 72 mostrada deve ser preferivelmente menor no lado de entrada ES que no lado de saída oposto. Sem embargo, a ferramenta de elemento de corte de rosca poderia ter o mesmo diâmetro 53 por todo o comprimento 54. Numa configuração de ferramenta deste tipo, pode alcançar-se a profundidade de corte aumentada com um eixo de rotação que está formando um leve ângulo no sentido de avance da borda de painel. A passagem da configuração de ferramenta 55 define a distância intermediária das cavidades. Portanto é muito fácil formar uma grande quantidade de cavidades e saliências com distâncias intermediárias muito precisas ao longo de um comprimento considerável de uma junta. Os dentes de um elemento de corte de rosca 56 estão compostos preferivelmente por diamantes industriais.

Também podem formar-se cavidades com uma grande ferramenta rotatória similar a uma lâmina de serra, que compreende dentes de corte só numa parte do corpo de ferramenta. Isto é uma variante simples do princípio de elemento de corte de rosca e cada rotação forma uma cavidade. A vantagem é que a distância intermediária entre as cavidades pode mudar-se mediante um ajuste da velocidade de rotação da ferramenta ou a velocidade de avance do painel.

Uma detenção planificada ou não planificada da produção em que se detém o deslocamento de um painel é um problema se o elemento de corte de rosca está integrado com os equipamentos de perfilado posto que o elemento de corte de rosca destruirá todas as cavidades de um painel que estejam em contato com os dentes da ferramenta. Este problema pode resolver-se com métodos de produção que compreendem as seguintes etapas em que se podem utilizar algumas ou todas as etapas independentemente ou em combinações. a) 0 painel sempre se detém quando passou pela ferramenta de elemento de corte de rosca e depois de uma produção completa de todas as cavidades localizadas numa borda de painel. Este método utiliza-se para todas as detenções planificadas. 0 elemento de corte de rosca desloca-se se afastando da borda de painel quando se detém um painel numa posição que não permite uma produção completa de todas as cavidades num borda. Tais painéis com cavidades produzidas parcialmente detectam-se e rejeitam-se da produção normal. b) 0 elemento de corte de rosca desloca-se se afastando da borda de painel quando se detém o painel. Então se inverte o dispositivo de transporte. 0 elemento de corte de rosca move-se de volta à sua posição original e o painel produz-se no modo normal. c) 0 elemento de corte de rosca compreende um dispositivo móvel que permite que se possa deslocar em paralelo à borda de painel e em contra do sentido de avance dos painéis quando se detém um painel. 0 elemento de corte de rosca desloca-se de tal maneira que os seus dentes passam pela borda de painel de um painel detido. Todas as cavidades mecanizar-se-ão sempre totalmente inclusive quando se produz uma pausa por uma emergência. 0 elemento de corte de rosca volta à sua posição original quando se põe em marcha o dispositivo de transporte e se produz um novo painel no modo normal. 0 método de elemento de corte de rosca deslocável tal como se descreveu em c) anteriormente oferece as vantagens de que se podem utilizar equipamentos de perfilado convencionais sem nenhuma modificação do dispositivo de transporte ou os sistemas de controlo.

Os métodos de produção descritos anteriormente para formar cavidades com um elemento de corte de rosca podem utilizar-se em qualquer tipo de maquinagem de painel e especialmente em tal maquinagem em que se formam cavidades que compreendem partes de um sistema de bloqueio mecânico para painéis de chão.

As figuras 6a-b mostram que se pode realizar a formação de cavidades antes do corte do perfil. Um material independente 62 ou um núcleo de painel com cavidades 41a com saliências pode conectar-se a uma borda da tábua para assoalho e preferivelmente colar-se entre uma camada de superfície 60 e uma camada de equilíbrio 61 num chão de madeira ou laminado.

As figuras 7a-d mostram que os métodos descritos para formar cavidades numa borda podem utilizar-se para deslocar uma lingueta deslocável 30 desde uma ranhura de deslocamento 40 ao interior de uma ranhura para lingueta 20 adjacente tal como se descreve nas figuras la-ld. Uma ou várias cavidades 41a-c com paredes paralelas ou inclinadas que se estendem em horizontal podem formar-se mediante corte através da tira 6 e tal forma de realização e método de produção são mais rentáveis que os métodos conhecidos em que se utilizam lâminas de serra de corte em horizontal finas para produzir uma cavidade. As cavidades podem formar-se preferivelmente com cabeçotes de ferramentas de vibração 71a-71c, montados na mesma árvore de ferramenta, e que se deslocam para o lado posterior quando se desloca o painel em relação com os cabeçotes de ferramentas de vibração. Claro, o painel também pode deslocar-se para as lâminas de serra em vertical ou em horizontal. Os cabeçotes de vibração podem montar-se na mesma máquina que forma as bordas longas e a formação das cavidades pode realizar-se de modo rentável em linha com a formação do sistema de bloqueio. Os cabeçotes de vibração também podem deslocar-se ao longo do sentido de avance e a velocidade relativa entre o deslocamento dos cabeçotes de vibração e o deslocamento de uma borda de painel também pode utilizar-se para obter cavidades com uma abertura, que é maior que a largura das ferramentas rotatórias. Também podem utilizar-se ferramentas de raspagem não rotatórias de vibração para formar cavidades ou saliências. A figura 7c mostra uma lingueta deslocável numa posição não bloqueada com as suas saliências 31a-c localizadas nas cavidades 41a-c. A figura 7d mostra a posição bloqueada quando a lingueta 30 foi deslocada ao longo da borda com uma pressão lateral P aplicada numa seção de borda 32 da lingueta deslocável 30. A saliência deslizar-se-á durante este deslocamento ao longo das paredes das cavidades e forçará à lingueta a mover-se em perpendicular PD à borda e bloquear-se na ranhura para lingueta 20 adjacente.

As figuras 8a-8e mostram uma forma de realização com uma cavidade 41a formada como um orifício cego. Pode utilizar-se um elemento de corte com um diâmetro de, por exemplo, 5-15 mm e podem formar-se uma ou várias cavidades 41a-41c conformadas como orifícios cegos desde o lado posterior tal como se mostra nas figuras 8a-8c. O painel e/ou o elemento de corte deslocam-se em vertical um para outro durante a maquinagem. As cavidades podem situar-se de tal maneira que atuam conjuntamente durante o bloqueio com as saliências 31a-31d localizadas na parte interior da lingueta 30 tal como se mostra nas figuras 8d-8e. Tal forma de realização fará com que seja possível formar uma borda muito resistente e estável posto que os elementos de corte retirarão quantidades muito pequenas de material.

As figuras 9a-9c mostram uma forma de realização com cavidades 41a-d formadas com um elemento de corte e em que o elemento de corte e/ou o painel se desloquem em horizontal durante a maquinagem. Pode ser uma vantagem utilizar um método de produção deste tipo em alguma aplicação. Os elementos de corte podem ser, por exemplo, estacionários ou fixar-se a um cabeçote de ferramenta de vibração que também pode deslocar-se ao longo do sentido de avance do painel.

As figuras 10a-10e mostram que se pode realizar saliências flexíveis 31a-c e isto pode utilizar-se para compensar tolerâncias de produção e criar uma tensão prévia horizontal entre a lingueta 30 e a ranhura para lingueta 20 de tal maneira que se pode criar uma força de pressão vertical VF entre a parte superior da tira 6 e o painel adjacente tal como se mostra na figura lOd. A força de pressão vertical VF está produzida preferivelmente pela superfície de contato entre a lingueta 30 e a ranhura para lingueta 20 que estão levemente inclinadas em relação com o plano horizontal HP.

As figuras lla-d mostram que se podem formar saliências 31a-c que durante o bloqueio atuam conjuntamente com cavidades 41a-c, por exemplo, na parte inferior da lingueta deslocável 30. A profundidade da ranhura de deslocamento 40 pode diminuir-se consideravelmente e isto aumentará a estabilidade frente à humidade e a resistência mecânica da junta.

As figuras 12a-12f mostram que se podem formar saliências 31a-c, 31a'-c' na parte superior e/ou inferior da lingueta deslocável 30. Tais saliências podem atuar conjuntamente durante o bloqueio com cavidades 41a localizadas por cima e/ou por baixo do corpo principal da lingueta deslocável 30 .

As figuras 13a, 13b mostram que se podem formar saliências flexíveis 31a que sobressaem para baixo e/ou para cima do corpo principal da lingueta deslocável 30. Tais saliências podem criar uma tensão prévia do mesmo modo tal como se descreveu anteriormente em conexão com as figuras lOa-d. As figuras 13c e 13d mostram que um saliência 31a na parte inferior da lingueta deslocável 30 proporciona as vantagens de que a cavidade 41a se pode realizar consideravelmente menor, tal como se mostra na figura 13d e isto pode utilizar-se para melhorar a resistência mecânica da borda. As cavidades formadas mediante uma ferramenta rotatória 71 em vertical compreendem preferivelmente uma parte inferior 81, que se situa em vertical para dentro em relação com uma parte superior 82 da cavidade. Isto proporciona suficiente resistência mecânica e estabilidade à borda e permite uma produção rentável.

As figuras 14a e 14b mostram uma lingueta deslocável 30 com saliências 31a, b na parte inferior e com cavidades 41a, b formadas mediante a rotação das lâminas de serra. As figuras 14c, d mostram que todas as formas de realização das cavidades e saliências podem utilizar-se para criar uma contrapressão P' e para curvar uma lingueta flexível 30'. A saliência 31a atua conjuntamente com a cavidade 41a e impede que a lingueta se desloque quando se aplica uma pressão lateral P. A lingueta 30 curva-se e bloqueia-se numa ranhura para lingueta. Isto pode utilizar-se para bloquear painéis numa primeira fila em que não é possível obter uma contrapressão desde um lado longo numa fila adjacente para curvar uma lingueta.

As figuras 15a,b mostram que se podem utilizar lâminas de serra rotatórias 71a-c em horizontal para formar cavidades 41a-c que se estendem por cima e/ou por baixo do corpo principal da lingueta deslocável 30 e que atuam conjuntamente com saliências 31a,b localizadas por cima e/ou por baixo do corpo principal da lingueta. Uma lâmina de serra 71a pode estar desviada em vertical em relação com a outra lâmina de serra 71c. Tais métodos de produção e formas de realização podem utilizar-se para formar ranhuras de deslocamento 40 com profundidade limitada ou para aumentar o ângulo do deslocamento AI em perpendicular.

As figuras 16a, b mostram que é possível deslocar a lingueta deslocável 30 em perpendicular à junta sem nenhuma maquinagem adicional que o que se requer para formar o sistema de bloqueio em bordas curtas e longas. Podem formar-se saliências 31a, 31b em cada seção de borda da lingueta 30 que atua conjuntamente com a ranhura para lingueta de borda longa 9 e a ranhura de bloqueio 14. Nesta forma de realização, a saliência 31b, que atua conjuntamente com a ranhura de bloqueio 14, é flexível e está localizado no lado inferior do corpo de lingueta principal. Também pode utilizar-se este princípio para curvar a lingueta flexível descrita na figura 14c. A saliência pode ser rígida e pode formar-se, por exemplo, como uma simples parte de cunha que sobressai para baixo. A extensão vertical da saliência 31b deve ser tal que permita que um elemento de bloqueio 8 de uma borda longa adjacente esteja localizada na ranhura de bloqueio 14 e sob a saliência 31b tal como se mostra na figura 16a.

As figuras 17a, b mostram que se podem utilizar cravos 42a, 42b para formar uma parede vertical numa ranhura de deslocamento 40 e para deslocar a lingueta deslocável 30 em perpendicular PD à junta. Na forma de realização mostrada, o deslocamento está provocado por um ou vários pares de cravos 42a, b e saliências 31a, b que atuam conjuntamente. Os cravos 42a, b podem realizar-se de metal, por exemplo, aço mole ou alumínio, ou plástico ou inclusive madeira dura. Tais formas de realização também podem utilizar-se para curvar uma lingueta flexível. Claro, os cravos também podem conectar-se em horizontal ou formando um ângulo na ranhura de deslocamento 40.

As figuras 18a, b mostram que também se pode lograr um deslocamento mediante a utilização de um ou vários cravos 42a, b que atuam conjuntamente com um ou vários rebaixos 42a, b formados preferivelmente na parte interior da lingueta deslocável 30. Nesta forma de realização, a lingueta deslocável compreende uma de várias conexões por fricção 44a, b que são preferivelmente flexíveis na direção vertical e que impedem que se saia a lingueta da ranhura de deslocamento 40. Podem utilizar-se outros tipos de conexões por fricção.

As figuras 18c-e mostram uma forma de realização que compreende uma lingueta deslocável 30 localizada no painel de ranhura lc, que está destinado a dobrar-se sobre o painel de tira lb. As figuras 18c e 18d mostram a lingueta deslocável 30 numa posição não bloqueada e a figura 18e mostra a posição bloqueada quando a lingueta deslocável 30 entrou na ranhura para lingueta 40. Nesta forma de realização, o deslocamento em perpendicular está provocado pela atuação conjunta entre um ou várias saliências 31a-c localizadas no lado inferior da lingueta deslocável e uma ou várias cavidades 41a-c que estão localizadas nesta forma de realização sob o corpo de lingueta principal. As cavidades (41a-c) podem formar-se preferivelmente mediante um elemento de corte de rosca. Tal forma de realização oferece várias vantagens. Tem que se retirar uma quantidade limitada de material da borda de painel para formar a cavidade. As cavidades também são fáceis de formar posto que não haja nenhuma tira que sobressaia da borda. A lingueta deslocável 30 também é fácil de inserir na ranhura de deslocamento que se pode formar com uma profundidade limitada devido ao facto de que a saliência 31a e a cavidade 41a se estendem para baixo desde a parte inferior do corpo de lingueta principal.

As figuras 19a-e mostram uma lingueta deslocável 30 de acordo com uma forma de realização da invenção. A lingueta deslocável 30 realiza-se de uma só peça, preferivelmente mediante moldagem por injeção de um material preferivelmente termoplástico. A figura 19a mostra uma lingueta deslocável 30 que compreende um corpo de lingueta principal 30a e uma ou várias partes de cunha 45a-e, que se fixam ao corpo de lingueta principal com conexões de parte de cunha 46a-e, preferivelmente localizadas parcialmente em ou adjacentes a rebaixos de lingueta 43a-e formados no corpo de lingueta principal (30a) . As partes de cunha compreendem conexões por fricção de cunha 47a, b. O corpo de lingueta principal 30a compreende uma ou várias conexões por fricção de lingueta 44 e um ou várias saliências flexíveis 31a-e que se estendem preferível e essencialmente na direção longitudinal do corpo de lingueta deslocável 30a.

As figuras 19b-19e são ampliações de uma seção de lingueta de acordo com a figura 19a. A conexão por fricção de lingueta 44 é preferivelmente flexível. Tais conexões por fricção de lingueta, que se podem utilizar para criar uma tensão prévia controlada contra uma parede superior e/ou inferior da ranhura de deslocamento 40, mantêm a lingueta na ranhura de deslocamento de modo controlado e impedem que a lingueta se saia da ranhura de deslocamento. A conexão por fricção de lingueta flexível 44 permite um deslocamento suave e fácil ao longo da junta e elimina a necessidade de tolerâncias de produção ajustadas quando se forma a ranhura de deslocamento. As partes de cunha 45 compreendem uma ou várias conexões por fricção de cunha 47 que se podem formar como pequenas saliências que se estendem em vertical. Tais saliências também podem ser flexíveis.

As conexões por fricção de cunha 47 devem desenhar-se preferivelmente para criar uma fricção que é maior que a fricção criada mediante as conexões por fricção de lingueta 44. As conexões por fricção de cunha 47 devem criar uma conexão firme entre as partes de cunha 45 e a ranhura de deslocamento 40 e impedir que a parte de cunha 45 se desloque quando o corpo de lingueta principal 30a se desloca ao longo de e em perpendicular à junta durante o bloqueio. Tal conexão firme por fricção pode lograr-se, por exemplo, com uma ranhura de deslocamento que se forma com uma abertura que se estende em vertical menor numa parte interior que numa parte exterior da ranhura. A parte interior de uma conexão por fricção de cunha pode pressionar-se contra as partes superiores e inferiores da ranhura de deslocamento durante o bloqueio quando o corpo de lingueta principal 30a cria uma pressão dirigida para dentro contra a parte de cunha 45. A figura 19b mostra que a parte de cunha 45 forma a parte exterior da lingueta deslocável quando se produz a lingueta deslocável e não está conectada a uma borda de um painel. A parte exterior da parte de cunha 45 sobressai parcialmente além do corpo de lingueta principal 30a. A largura da lingueta deslocável TW 1 é maior que a largura do corpo de lingueta principal TW 2. A parte de cunha compreende uma superfície em rampa de cunha redondeada ou inclinada 48a e uma superfície de conexão 49, que nesta forma de realização preferivelmente é essencialmente vertical. A saliência de lingueta flexível 31 compreende uma superfície em rampa de cunha redondeada ou inclinada 48b, que está desenhada para atuar conjuntamente com a superfície em rampa de cunha 48a e para deslocar a lingueta deslocável em perpendicular à borda de painel quando se aplica uma pressão lateral P numa seção de borda da lingueta deslocável. Prefere-se que a saliência de lingueta flexível 31 e a parte de cunha 45 se formem com partes solapantes na direção da largura tal como se indica mediante a linha Ll. Na forma de realização mostrada, a superfície em rampa de cunha está inclinada 45 graus contra a direção longitudinal da lingueta deslocável 30. Podem utilizar-se outros ângulos. Os ângulos preferidos são de aproximadamente 25 - 60 graus. A figura 19c mostra que a parte de cunha 45 separa-se preferivelmente do corpo de lingueta principal 30a quando a lingueta deslocável 30 insere-se na ranhura de deslocamento 40 e pressiona-se para a parte interior 40' da ranhura de deslocamento 40. A conexão de parte de cunha 46 deve estar desenhada preferivelmente de tal maneira que se rompa quando a parte de cunha 45 se pressiona ao interior do rebaixo 43 formado no corpo de lingueta principal. A parte de cunha 45 alternativamente pode separar-se parcialmente antes da inserção da lingueta 31 deslocável ou quando se aplica uma pressão lateral P durante o bloqueio. Prefere-se que as superfícies em rampa 48a, 48b estejam em contato ou pelo menos se solapem na direção da largura da lingueta deslocável quando a lingueta deslocável está na sua posição não bloqueada interior. Tal forma de realização limitará a distância de deslocamento DD que se requer para lograr uma distância de bloqueio LD predeterminada. A figura 19d mostra a posição do corpo de lingueta principal 30a e a parte de cunha 45 quando se aplica uma pressão lateral P numa borda do corpo de lingueta principal 30a e quando o corpo de lingueta principal foi deslocado ao longo da ranhura de deslocamento 40 e até a sua distância de bloqueio final LD em que foi obtido a sua maior largura de lingueta TW 3 e quando se bloqueia numa parte interior de uma ranhura para lingueta 2 0 de uma borda de painel adjacente. Prefere-se que a lingueta deslocável esteja desenhada de tal maneira que o corpo de lingueta principal possa deslocar-se adicionalmente para permitir a angulação e o bloqueio finais de outro painel ld em outra fila tal como se mostra na figura lb. A figura 19e mostra que tal deslocamento adicional ao longo da borda fará com que a saliência flexível 31 se curve para fora para as partes exteriores do corpo de lingueta principal e a lingueta deslocável pode bloquear-se com tensão prévia. A saliência flexível é uma parte essencial desta forma de realização e pode utilizar-se para eliminar efeitos negativos das tolerâncias de produção relacionadas com a formação das ranhuras e a inserção da lingueta numa ranhura. Tal forma de realização, que permite que se possa aumentar a distância de deslocamento DD enquanto que a distância de bloqueio LD permanece essencialmente inalterada, aumentará a qualidade de bloqueio e reduzirá os custos de produção. A saliência 31 pode formar-se de tal maneira que a tensão prévia aumenta quando o corpo de lingueta principal se desloca durante o bloqueio final tal como se mostra na figura 19e. A tensão previa também pode ser constante tal como se mostra na figura 24a.

De acordo com uma forma de realização mostrada na figura 19e, a saliência 31 pode formar-se de tal maneira que se pode flexionar em horizontal para dentro e para fora durante o bloqueio, mas também em vertical contra uma parte superior ou inferior da ranhura de deslocamento. Tal flexibilidade vertical pode utilizar-se para criar uma conexão por fricção 44' que impede que o corpo de lingueta principal se saia da ranhura de deslocamento 40. A vantagem é que se pode formar um corpo de lingueta mais rígido sem nenhuma conexão por fricção flexível adicional no corpo de lingueta principal aparte das saliências (31).

Nesta forma de realização, a lingueta deslocável compreende três larguras de lingueta. Uma largura máxima TW 3 quando está numa posição bloqueada, uma largura mínima TW 2 quando está numa posição não bloqueada e uma largura intermediária TW 1 entre as larguras máxima e mínima quando se produz e não se conecta a uma borda de um painel. A largura de lingueta minima TW 2 é preferivelmente de aproximadamente 4-6 mm, a largura de lingueta máxima TW 3 é preferivelmente de 5 - 8 mm e a largura de lingueta intermediária TW 1 é preferivelmente de 5-7 mm. A distância de bloqueio é preferivelmente de 1-3 mm e a distância de deslocamento DD preferivelmente de aproximadamente 2-5 mm.

As figuras 20a-b mostram como se pode inserir uma lingueta deslocável 30 numa ranhura de deslocamento 40 com um elemento de empurrão 67. A ranhura de deslocamento 40 compreende um par interior 40a, 40a' e um par exterior 40b, 40b' de superfícies de ranhura opostas e essencialmente paralelas. A distância vertical entre as superfícies de ranhura interiores 40a, 40a' é menor que entre as superfícies de ranhura exteriores 40b, 40b'. Pode utilizar-se uma ranhura deste tipo para separar a parte de cunha 45 de modo controlado durante a inserção posto que a parte de cunha se libertará quando o corpo de lingueta principal 30a entrou na ranhura e impedirá que a parte de cunha experimente giro ou torção durante a inserção. A figura 20c mostra uma seção transversal de um sistema de bloqueio na posição não bloqueada e a figura 20d na posição bloqueada. É essencial que a lingueta se fixe à ranhura de deslocamento de maneira bastante precisa. Isto pode lograr-se com um equipamento de inserção que insere uma lingueta numa ranhura e um dispositivo de colocação 90 que coloca uma lingueta a uma distância predeterminada e precisa de uma esquina de painel depois da inserção tal como se mostra nas figuras 21a-21c. O dispositivo de colocação 90 compreende uma superfície de contato 91 com o painel e uma superfície de contato 92 com a borda de lingueta. Estas superfícies podem alinhar-se ou desviar-se no sentido de avance com uma distância de lingueta TD predeterminada. A lingueta deslocável sempre conecta-se preferivelmente numa posição que requer um deslocamento num sentido, preferivelmente em contra do sentido de avance, FD tal como se mostra na figura 21a. A lingueta deslocável 30 obtém automaticamente a sua distância de lingueta TD predeterminada (que pode ser zero) quando a superfície de contato 91 com o painel está em contato com uma borda de painel que se estende preferivelmente em perpendicular ao sentido de avance FD tal como se mostra na figura 21b. A figura 21c mostra que se pode utilizar uma roda de pressão 93 para fixar finalmente a lingueta na posição correta. Umas superficies de conexão de cunha 49 essencialmente verticais, tal como se mostra na figura 19c, facilitam um retrocesso controlado da lingueta deslocável.

Podem obter-se um deslocamento e uma colocação em ambos os sentidos mediante, por exemplo, uma cadeia ou correia que compreende vários elementos de empurrão com superficies 91 em contato com o painel e superfícies 92 em contato com a borda de lingueta. A velocidade da cadeia/correia pode aumentar-se e diminuir-se de modo controlado em relação com a velocidade de deslocamento do painel de tal maneira que se estabelece um contato entre os elementos de empurrão e duas partes de borda opostas que se estendem perpendicular ao sentido de avance e se empurra a lingueta ao longo de ou em contra do sentido de avance até a sua posição predeterminada.

Os métodos de produção descritos anteriormente podem utilizar-se para colocar qualquer tipo de lingueta em qualquer sistema de bloqueio.

Os métodos de produção que compreendem inserção e colocação, tal como se descreveu anteriormente, requerem sem embargo que o corpo de lingueta e as partes de cunha se desloquem numa ranhura e isto pode criar problemas de bloqueio devido a, por exemplo, partes de cunha soltas que podem deslizar durante o bloqueio. Portanto, o mais preferivelmente a lingueta conecta-se e coloca-se numa posição predeterminada durante a conexão e não se requererão ajustes adicionais. Pode obter-se tal inserção precisa de uma lingueta numa ranhura se se sincroniza a velocidade de um elemento de empurrão ou martelo 67 que insere a lingueta com a velocidade da cadeia ou correia que desloca a borda de painel em relação com o equipamento de inserção. Pode utilizar-se tal inserção precisa e controlada para inserir qualquer tipo de lingueta ou partes independentes numa ranhura.

Uma cavidade para lingueta e uma parte de cunha podem ser suficientes para lograr um bloqueio especialmente se se utiliza uma saliência flexível numa seção de borda que atua conjuntamente com uma seção de esquina de um painel. Sem embargo, prefere-se utilizar pelo menos duas cavidades para lingueta e partes de cunha. Tal forma de realização proporciona um deslocamento mais fácil e mais controlado e um bloqueio vertical mais resistente. A figura 22a mostra uma peça em bruto de lingueta 80 que compreende várias linguetas deslocáveis 30 de acordo com as formas de realização da invenção. A figura 22b mostra uma lingueta deslocável 30 que foi separada da peça em bruto de lingueta 80. A figura 22c mostra a lingueta deslocável num estado conectado quando as partes de cunha 45 foram separadas do corpo de lingueta principal 30a. A figura 22d mostra a lingueta deslocável 30 numa posição exterior e bloqueada quando se aplica uma pressão lateral P numa borda de lingueta. A figura 23a mostra que se podem formar rebaixos 43' no corpo de lingueta principal para economizar material. A figura 23b mostra que as partes de cunha 45 podem conectar-se a uma conexão de cunha fixa 63. As figuras 23c-f mostram que se podem colocar as cunhas automaticamente e que não são necessárias conexões por fricção. A conexão de cunha fixa 63 desloca-se mediante o corpo de lingueta principal 30a até que uma borda da conexão de cunha fixa 63 está em contato com uma borda perpendicular 64, geralmente a borda longa, de um painel adjacente numa fila adjacente tal como se mostra na figura 23d. Impede-se que as cunhas se movam adicionalmente e o corpo de lingueta principal 30a deslocar-se-á em perpendicular à borda tal como se mostra na figura 23e. A figura 23g mostra que a conexão de cunha fixa pode ter um gancho de cunha 69 que se conecta a uma ranhura formada numa borda que se estende em perpendicular ao corpo de lingueta principal 30a. Nesta forma de realização, a ranhura que se utiliza geralmente para receber uma lingueta de uma borda longa tem uma profundidade aumentada 66 que se forma preferivelmente mediante uma ferramenta com um cabeçote de vibração. A vantagem é que a conexão de cunha não tem que se adaptar à largura do painel. A figura 24a mostra que a saliência 31 e/ou a parte de cunha 45 podem ser flexíveis e criar uma tensão prévia contra a ranhura para lingueta.

As figuras 24b - 24d mostram que se podem formar saliências 31a, 31b a ambos os lados de uma cunha e que o deslocamento de um corpo de lingueta principal 30a pode realizar-se em ambos os sentidos ao longo da borda. Nesta forma de realização, a conexão da parte de cunha 46 forma-se na parte exterior da parte de cunha 45.

As figuras 24e e 24f mostram um modo simples para obter uma conexão por fricção que impede que uma lingueta deslocável de qualquer classe se saia da ranhura de deslocamento 40. Forma-se uma lingueta deslocável 30 de tal maneira que se curva levemente em vertical ao longo do seu comprimento. Tal curvatura pode estender-se por toda a lingueta ou por seções limitadas e pode utilizar-se para criar uma tensão prévia contra as partes superior e inferior da ranhura de deslocamento 40. Preferivelmente, pressiona-se a lingueta depois da separação de uma peça em bruto de lingueta mediante o equipamento de inserção, de tal maneira que se elimina a curvatura, e insere-se numa ranhura. A curvatura pode obter-se de muitos modos. Por exemplo, pode lograr-se uma simples curvatura de uma lingueta formada de material de HDF mediante uma compressão local 68 no lado superior e/ou inferior do corpo principal. Também podem utilizar-se diferentes densidades e isto pode lograr-se, por exemplo, mediante maquinagem de um aglomerado de HDF essencialmente num lado só. Também pode reforçar-se e curvar-se HDF de modo controlado se se aplica, por exemplo, uma camada, preferivelmente um papel impregnado com uma resina termoendurecivel, num lado só. Tal camada pode laminar-se e formar-se com uma estrutura de superfície, que facilita o deslizamento e cria uma fricção predeterminada contra a ranhura. A conexão por fricção descrita anteriormente pode utilizar-se independentemente para conectar qualquer tipo de lingueta, preferivelmente uma lingueta deslocável, no interior de uma ranhura ou em combinações com outras conexões por fricção ou linguetas de acordo com as formas de realização descritas.

Todas as formas de realização das linguetas podem formar-se de um material que compreende fibras de madeira. Tais materiais podem ser, por exemplo, fibras de madeira misturadas com material termoplástico ou madeira que compreende resinas termoendurecíveis. Podem utilizar-se materiais extrudidos, moldados por injeção ou na forma de lâmina. Um material preferido é HDF e preferivelmente HDF com uma densidade que supera os 700 kg/cm2. Podem utilizar-se combinações de maquinagem e/ou punçoamento e/ou compressão de materiais para formar linguetas ou peças em bruto de lingueta com umas formas tridimensionais complexas e que se podem utilizar em qualquer aplicação em que se utiliza uma lingueta independente e/ou deslocável para bloquear bordas de painéis adjacentes, preferivelmente painéis de chão. Este método de produção é muito rentável e respeitoso com o meio ambiente.

REIVINDICAÇÕES 1. Conjunto de painéis de chão (1) dotados de um sistema de bloqueio que compreende uma lingueta deslocável (30) que tem um corpo de lingueta principal (30a) e pelo menos duas partes de cunha (45a, b) localizadas numa ranhura de deslocamento (40) numa primeira borda de um primeiro painel de chão, que atuam conjuntamente para o bloqueio vertical das bordas com uma ranhura para lingueta (20) numa segunda borda adjacente de um segundo painel de chão, o sistema de bloqueio compreende ainda uma tira de bloqueio (6) com um elemento de bloqueio (8) numa borda que atua conjuntamente, para o bloqueio horizontal das bordas, com uma ranhura de bloqueio (14) numa borda adjacente, o corpo de lingueta principal (30a) compreende pelo menos duas saliências flexíveis (31a, b) e dois rebaixos (43a, b) , as partes de cunha (45a, b) estão localizadas pelo menos parcialmente nos rebaixos (43a, b) , as saliências podem deslizar contra as partes de cunha para obter um deslocamento do corpo de lingueta principal (30a) numa primeira direção (PD) perpendicular às bordas e provocando desse modo o bloqueio vertical das bordas, caraterizado por as saliências flexíveis (31a, b) na posição não bloqueada deslocarem-se essencialmente ao longo da lingueta deslocável (30) em relação com as partes de cunha (45a, b) e estarem configuradas para exercer uma tensão prévia contra as partes de cunha (45a, b) e a ranhura para lingueta (20), por o corpo de lingueta principal (30a) compreender uma conexão por fricção (44) que permite o deslocamento ao longo da ranhura de deslocamento e impedir que o corpo de lingueta principal (30a) se saia da ranhura de deslocamento (44), por as partes de cunha (45a, b) compreenderem uma conexão por fricção (47) que impede que as partes de cunha se desloquem na ranhura de deslocamento (40) quando o corpo de lingueta principal se desloca ao longo da

Claims (11)

1. borda e por as partes de cunha (45a, b) e o corpo de lingueta principal (30a) compreenderem conexões de parte de cunha libertáveis (46a, b) adaptadas para libertar-se durante a inserção da lingueta deslocável (30) na ranhura de deslocamento (40), de tal maneira que a lingueta deslocável está formada como um componente de uma só peça e se converte num componente de duas peças durante uma inserção controlada da lingueta na ranhura de deslocamento.
2. 2. Conjunto de painéis de chão, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por o corpo de lingueta principal (30a) compreender uma conexão por fricção flexível (44) que exerce uma tensão prévia contra as partes superior e inferior da ranhura de deslocamento.
3. 3. Conjunto de painéis de chão, de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, caracterizado por o corpo de lingueta principal compreender uma conexão de parte de cunha (46) localizada no rebaixo (43)
4. 4. Conjunto de painéis de chão, de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, caracterizado por a parte de cunha (45) estar localizada no rebaixo (43) entre a saliência flexível (31) e a conexão de parte de cunha (46).
5. 5. Conjunto de painéis de chão, de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, caracterizado por a ranhura de deslocamento (40) compreender um par interior (40a, 40a') e um par exterior (40b, 40b') de superfícies de ranhura opostas e essencialmente paralelas e em que a distância vertical entre as superfícies de ranhura interiores (40a, 40a') é menor que entre as superfícies de ranhura exteriores (40b, 40b') .
6. 6. Conjunto de painéis de chão, de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, caracterizado por um primeiro deslocamento da lingueta deslocável (30) numa segunda direção ao longo das bordas provoca o deslocamento da lingueta na primeira direção de tal maneira que entra na ranhura (20) para lingueta.
7. 7. Conjunto de painéis de chão, de acordo com a reivindicação 6, caracterizado por um deslocamento final da lingueta deslocável (30) na segunda direção provoca um deslocamento da lingueta deslocável essencialmente só na segunda direção.
8. 8. Conjunto de painéis de chão, de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, caracterizado por os painéis de chão compreendem uma camada de superfície.
9. 9. Peça em bruto de lingueta (80) que compreende pelo menos duas linguetas (30) que têm um comprimento de lingueta (TL) e que se conectam entre si e estão adaptadas para separar-se entre si e inserir-se numa ranhura (40) de borda de um painel de chão, caraterizada por cada lingueta (30) compreender um corpo de lingueta principal (30a) que compreende pelo menos duas saliências (31a, b) que se estendem essencialmente na direção longitudinal de lingueta (TL) e dois rebaixos (43a, b) , por a lingueta compreender pelo menos duas partes de cunha (45a, b) localizadas pelo menos parcialmente em ou adjacentes aos rebaixos (43a, b) , por o corpo de lingueta principal (30a) e as partes de cunha (45a, b) compreenderem conexões de parte de cunha (46a, b) libertáveis adaptadas para libertar-se do corpo de lingueta principal (30a) durante a inserção da lingueta (30) na ranhura (40), de tal maneira que a lingueta está formada como um componente de uma só peça e se converte num componente de duas peças durante uma inserção controlada da lingueta na ranhura de borda.
10. 10. Peça em bruto de lingueta (80), de acordo com a reivindicação 9, caraterizada por uma parte de cunha estar localizada entre uma saliência e uma conexão de parte de cunha.
11. 11. Peça em bruto de lingueta (80), de acordo com a reivindicação 9 ou 10, caraterizada por as saliências serem flexíveis.