PT1305329E - Éster s-fluorometílico do ácido 6.alfa.,9.alfa.-difluoro- 17.alfa.-(2-furanilcarboxil)oxi-11.beta.-hidroxi-16.alfa.-metil- 3-oxo-androsta-1,4-dieno-17-carbotióico como um agente antiinflamatório - Google Patents
Éster s-fluorometílico do ácido 6.alfa.,9.alfa.-difluoro- 17.alfa.-(2-furanilcarboxil)oxi-11.beta.-hidroxi-16.alfa.-metil- 3-oxo-androsta-1,4-dieno-17-carbotióico como um agente antiinflamatório Download PDFInfo
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Description
DESCRIÇÃO "ÉSTER S-FLUOROMETÍLICO DO ÁCIDO 6.ALFA.,9.ALFA.-DIFLUORO-17.ALFA.-(2-FURANILCARBOXIL)OXI-11.BETA.-HIDROXI-16.ALFA.-METIL-3-OXO-ANDROSTA-l,4-DIENO-17-CARBOTIÓICO COMO DM AGENTE ANTI- INFLAMATORIO" A presente invenção refere-se a um novo composto anti-inflamatório e antialérgico da série androstano e a processos para a sua preparação. A presente invenção refere-se também a formulações farmacêuticas contendo o composto e às suas utilizações terapêuticas, particularmente para o tratamento de estados inflamatórios e alérgicos. São conhecidos e utilizados extensamente glucocorticóides que tem propriedades anti-inflamatórias, para o tratamento de distúrbios inflamatórios ou doenças, tais como asma e rinite. Por exemplo, a Patente US 4335121 divulga o Éster S-fluorometilico do ácido 6a,9a-difluoro-17a-(1-oxopropoxi)-11β-hidroxi-16a-metil-3-oxo-androsta-l, 4-dieno-17p-carbotióico (conhecido pelo nome genérico de propionato de fluticasona) e os seus derivados. De forma geral, a utilização de glucocorticóides e, especialmente em crianças, tem sido limitada em alguns locais devido a preocupações relativamente a potenciais efeitos colaterais. Os efeitos colaterais que são temidos com os glucocorticóides incluem a supressão do eixo Hipotalâmico-Pituitário-Supra-renal (HPA), efeitos no crescimento ósseo em crianças e na densidade óssea em idosos, complicações oculares (formação de cataratas e glaucoma) e atrofia da pele. Determinados compostos glucocorticóides têm também vias complexas de metabolismo em que a produção de metabolitos 1 activos pode tornar a farmacodinâmica e farmacocinética desses compostos difíceis de compreender. Embora os esteróides modernos sejam muito mais seguros do que aqueles introduzidos originalmente, estes permanecem um objecto de investigação para produzir novas moléculas que têm excelentes propriedades anti-inflamatórias, com propriedades farmacocinéticas e farmacodinâmicas previsíveis, com um perfil interessante de efeitos colaterais e com um regime de tratamento conveniente. A requerente identificou agora um novo composto glucocorticóide que satisfaz substancialmente estes objectivos.
Assim, de acordo com um aspecto da invenção, é proporcionado um composto de fórmula (I)
0 nome químico do composto de fórmula (I) é Éster S-fluorometílico do ácido 6a,9a-difluoro-17a-[(2- furanilcarbonil)oxi]-llp-hidroxi-16a-metil-3-oxo-androsta-l,4-dieno-17p-carbotióico. 2
As referências ao composto daqui adiante de acordo com a invenção incluem tanto o composto de fórmula (I) como os seus solvatos, particularmente solvatos farmaceuticamente aceitáveis. 0 composto de fórmula (I) tem efeitos anti-inflamatórios ou antialérgicos potencialmente benéficos, particularmente após administração tópica, demonstrados através, por exemplo, da sua capacidade para se ligar ao receptor de glucocorticóide e induzir uma resposta através desse receptor. Assim, o composto de fórmula (I) é útil no tratamento de distúrbios inflamatórios e/ou alérgicos. 0 composto (I) é submetido a metabolismo hepático altamente eficiente para produzir o ácido 17-β carboxílico (X) como o principal e único metabolito em sistemas in vitro em ratos e humanos. Este metabolito foi sintetizado e demonstrado ser > 1000 vezes menos activo do que o composto percursor em ensaios in vitro de glucocorticóides funcionais.
Este metabolismo hepático eficiente é reflectido através de dados in vivo em ratos que demonstraram eliminação plasmática a uma velocidade que se aproxima do fluxo sanguíneo hepático e uma biodisponibilidade oral < 1%, consistente com extenso metabolismo de primeira passagem. 3
Os estudos de metabolismo in vitro em hepatócitos humanos demonstraram que o composto (I) é metabolisado de forma idêntica ao propionato de fluticasona mas que essa conversão do composto (I) no metabolito ácido inactivo ocorre, aproximadamente, 5 vezes mais rapidamente do que com propionato de fluticasona. Seria esperado que esta inactivação hepática muito eficiente minimizasse a exposição sistémica no homem, conduzindo a um perfil de segurança melhorado.
Os esteróides inalados são também absorvidos através dos pulmões e esta via de absorção faz uma contribuição significativa para a exposição sistémica. A absorção reduzida nos pulmões poderia deste modo proporcionar um perfil de segurança melhorado. Os estudos com o composto de fórmula (I) mostraram uma exposição, significativamente, mais baixa ao composto de fórmula (I) do que com propionato de fluticasona após distribuição com pó seco nos pulmões de porcos anestesiados.
Acredita-se que um perfil de segurança melhorado permite que o composto de fórmula (I) demonstre os efeitos anti-inflamatórios desejados quando administrado uma vez por dia. A dosagem de uma vez por dia é considerada ser significativamente mais conveniente para os doentes do que o regime de dosagem de duas vezes por dia que é, normalmente, utilizado para o propionato de fluticasona.
Os exemplos de estados de doença em que o composto da invenção tem utilidade incluem doenças da pele, tais como eczema, psoriase, dermatite alérgica, neurodermatite, reacções de prurido e hipersensibilidade; estados inflamatórios do nariz, garganta ou pulmões, tais como asma (incluindo reacções 4 asmáticas induzidas por alergénios), rinite (incluindo febre dos fenos), pólipos nasais, doença pulmonar obstrutiva crónica, doença pulmonar intersticial, e fibrose; estados inflamatórios dos intestinos, tais como colite ulcerosa e doença de Crohn; e doenças auto-imunes, tal como artrite reumatóide.
Os compostos da invenção também podem ter utilidade no tratamento da conjuntiva e da conjuntivite.
Deve ser entendido pelos especialistas na técnica que referência aqui a tratamento se estende à profilaxia, assim como ao tratamento de estados estabelecidos.
Como acima mencionado, os compostos de fórmula (I) são úteis em medicina humana ou veterinária, em particular como agentes anti-inflamatórios e antialérgicos. É assim proporcionado como um aspecto adicional da invenção, o composto de fórmula (I) ou um seu solvato fisiologicamente aceitável para utilização em medicina humana ou veterinária, particularmente no tratamento de doentes com estados inflamatórios e/ou alérgicos, especialmente para tratamento uma vez por dia.
De acordo com outro aspecto da invenção, é proporcionada a utilização do composto de fórmula (I) ou um seu solvato fisiologicamente aceitável para a preparação de um medicamento para o tratamento de doentes com estados inflamatórios e/ou alérgicos, especialmente para tratamento uma vez por dia.
Num aspecto alternativo ou adicional, é proporcionado um método para o tratamento de um indivíduo humano ou animal com um 5 estado inflamatório e/ou alérgico, cujo método compreende a administração ao referido indivíduo humano ou animal de uma quantidade eficaz do composto de fórmula (I) ou um seu solvato fisiologicamente aceitável, especialmente para administração uma vez por dia. 0 composto de acordo com a invenção pode ser formulado para administração em qualquer forma conveniente e a invenção também inclui, assim, dentro do seu âmbito composições farmacêuticas compreendendo o composto de fórmula (I) ou um seu solvato fisiologicamente aceitável conjuntamente, se desejável, em mistura com um ou mais diluentes ou veículos fisiologicamente aceitáveis. São de particular interesse as composições farmacêuticas para administração uma vez por dia.
Além disso, é proporcionado um processo para a preparação dessas composições farmacêuticas que compreende misturar os ingredientes. 0 composto de acordo com a invenção pode, por exemplo, ser formulado para administração oral, bucal, sublingual, parentérica, local ou rectal, especialmente administração local.
Como aqui utilizado, administração local inclui administração por insuflação e inalação. Os exemplos de vários tipos de preparação para administração local incluem unguentos, loções, cremes, géis, espumas, preparações para distribuição através de pensos transdérmicos, pós, pulverizadores, aerossóis, cápsulas ou cartuchos para utilização num inalador ou insuflador ou gotas (e. g., gotas para nariz ou olhos), soluções/suspensões para nebulização, supositórios, pessários, enemas de retenção e comprimidos ou pastilhas (e. g., para o tratamento de úlceras 6 aftosas) para mastigar ou chupar ou preparações de lipossomas ou microencapsulação.
Vantajosamente, as composições para administração tópica ao pulmão incluem composições de pó seco e composições de pulverização.
As composições de pó seco para distribuição tópica ao pulmão podem ser apresentadas, por exemplo, em cápsulas e cartuchos para utilização num inalador ou insuflador de, por exemplo, gelatina. As formulações contêm, geralmente, uma mistura em pó para inalação do composto da invenção e uma base em pó adequada, tal como lactose ou amido. Cada cápsula ou cartucho pode geralmente conter entre 20 pg - 10 mg do composto de fórmula (I). Alternativamente, o composto da invenção pode ser apresentado sem excipientes. O empacotamento da formulação pode ser adequado para distribuição em dose unitária ou multi-dose. No caso de distribuição multi-dose, a formulação pode ser pré-doseada (e. g., como em Diskus, ver documento GB 2242134 ou Diskhaler, ver documentos GB 2178965, 2129691 e 2169265) ou doseada na utilização (e. g., como em Turbuhaler, ver documento EP 69715). Um exemplo de um dispositivo de dose unitária é Rotahaler (ver documento GB 2064336). O dispositivo de inalação Diskus compreende uma tira alongada formada a partir de uma folha de base que têm uma pluralidade de rebaixos espaçados ao longo do seu comprimento e uma folha de cobertura hermética mas selada de forma a ser daí retirada para definir uma pluralidade de recipientes, cada recipiente tendo aí uma formulação inalável contendo um composto de fórmula (I), de um modo preferido, combinada com lactose. De um modo preferido, a tira é suficientemente flexível para ser enrolada num rolo. A folha de cobertura e a folha de base terão, de um modo preferido, porções 7 das extremidades terminais que não estão seladas entre si e, pelo menos, uma das referidas porções das extremidades terminais é construída de forma a estar ligada a meios de enrolamento. Também, de um modo preferido, o selo hermético entre as folhas de base e cobertura prolongam-se ao longo de toda a sua largura. A folha de cobertura pode ser, de um modo preferido, removida da folha de base numa direcção a partir de uma primeira extremidade da referida folha de base. São particularmente interessantes as formulações farmacêuticas que são não pressurizadas e adaptadas para serem administradas como um pó seco, topicamente aos pulmões, através da cavidade bucal (especialmente aquelas que não têm excipiente ou são formuladas com um diluente ou veículo, tais como lactose ou amido, muito especialmente lactose). consiste de) composto de fórmula (I)
As composições de pulverização podem ser, por exemplo, formuladas como soluções aquosas ou suspensões ou como aerossóis distribuídos a partir de embalagens pressurizadas, tal como um inalador doseador, com a utilização de um propulsor liquefeito adequado. As composições de aerossol adequadas para inalação podem ser uma suspensão ou uma solução e contêm geralmente o composto de fórmula (I) e um propulsor adequado, tais como um fluorocarboneto ou um clorofluorocarboneto contendo hidrogénio ou suas misturas, particularmente hidrofluoroalcanos, especialmente 1,1,1,2-tetrafluoroetano, 1,1,1,2,3,3,3-heptafluoro-n-propano ou uma sua mistura. A composição de aerossol pode conter opcionalmente excipientes de formulação adicionais bem conhecidos na técnica, tais como tensioactivos, e. g., ácido oleico ou lecitina e co-solventes, e. g., etanol. Uma formulação de exemplo é sem excipiente e consiste essencialmente em (e. g., (de um modo preferido em forma não solvatada, e. g., como Forma 1) (opcionalmente em combinação com outro ingrediente terapeuticamente activo) e um propulsor seleccionado de 1.1.1.2- tetrafluoroetano, 1,1,1,2,3,3,3-heptafluoro-n-propano e uma sua mistura. Outra formulação de exemplo compreende o composto particulado de fórmula (I), um propulsor seleccionado de 1,1,1,2-tetrafluoroetano, 1,1,1,2,3,3,3-heptafluoro-n-propano e uma sua mistura, e um agente de suspensão que é solúvel no propulsor, e. g., um ácido oligoláctico ou um seu derivado, como descrito no documento W094/21229. 0 propulsor preferido é 1.1.1.2- tetrafluoroetano. Como assinalado noutra parte desta descrição, o composto de fómula (I) não parece formar um solvato com 1,1,1,2-tetrafluoroetano. As formulações pressurizadas estarão serão geralmente contidas numa botija (e. g., uma botija de alumínio) fechada com uma válvula (e. g., uma válvula doseadora) e acoplada num actuador proporcionado com um bucal.
As formulações de aerossol pressurizadas não compreendem, de um modo preferido, medicamento particulado, um propulsor e um estabilizador, compreendendo uma adição de água (í. e., água adicionada, para além de água de formulação nascente). As formulações de aerossol pressurizadas não compreendem também, de um modo preferido, medicamento particulado, um propulsor e um estabilizador compreendendo aminoácido, um seu derivado ou uma sua mistura.
Os medicamentos para administração por inalação têm desejavelmente um tamanho de partícula controlado. 0 tamanho de partícula óptimo para inalação no sistema brônquico é habitualmente 1-10 pm, de um modo preferido 2-5 pm. As partículas que têm um tamanho acima de 20 pm são, geralmente, demasiado grandes quando inaladas para alcançar as vias aéreas 9 pequenas. Para conseguir estes tamanhos de partícula, as partículas do composto de fórmula (I) como produzidas, podem ser reduzidas em tamanho por meios convencionais, e. g., por micronização. A fracção desejada pode ser separada por elutriação ou peneiração. De um modo preferido, as partículas serão cristalinas, preparadas, por exemplo, através de um processo compreendendo mistura numa célula de fluxo contínuo na presença da radiação ultra-sónica, uma solução fluida de composto de fórmula (I) como medicamento, num solvente líquido com um anti-solvente líquido fluido para o referido medicamento (e. g.r como descrito no Pedido de Patente Internacional PCT/GB99/04368) ou, então, por um processo que compreende a admissão de um fluxo de solução da substância num solvente líquido e um fluxo de anti-solvente líquido para a referida substância tangencialmente numa câmara de mistura cilíndrica que tem uma saída axial de modo que os referidos fluxos sejam, desse modo, intimamente misturados através da formação de um vórtice e é assim provocada a precipitação de partículas cristalinas da substância (e. g., como descrito no Pedido de Patente Internacional PCT/GB00/04327). Quando é utilizado um excipiente, tal como lactose, geralmente o tamanho de partícula do excipiente será muito maior do que o medicamento inalado no âmbito da presente invenção. Quando o excipiente é lactose, este estará tipicamente presente como lactose moída, em que não mais do que 85% das partículas de lactose terão um MMD de 60-90 pm e não menos do que 15% terão um MMD de menos de 15 pm.
As formulações para a administração tópica ao nariz (e. g., para o tratamento da rinite) incluem formulações de aerossol pressurizadas e formulações aquosas administradas ao nariz por bomba pressurizada. São particularmente interessantes as formulações que são não pressurizadas e adaptadas para serem 10 administradas topicamente à cavidade nasal. A formulação contém, de um modo preferido, água como o diluente ou veiculo para este objectivo. As formulações aquosas para administração aos pulmões ou nariz podem ser proporcionadas com excipientes convencionais, tais como agentes de tamponamento, agentes modificadores de tonicidade e semelhantes. As formulações aquosas podem também ser administradas ao nariz por nebulização.
Outras apresentações possíveis incluem o seguinte:
Os unguentos, cremes e géis, por exemplo, podem ser formulados com uma base aquosa ou oleosa com a adição de agente gelificante e/ou espessante adequado e/ou solventes. Tais bases podem assim incluir, por exemplo, água e/ou um óleo, tais como parafina liquida ou um óleo vegetal, tais como óleo de amendoim ou óleo de ricino ou um solvente, tal como polietilenoglicol. Os agentes espessantes e os agentes gelificantes que podem ser utilizados de acordo com a natureza da base, incluem parafina mole, estearato de alumínio, álcool cetoestearílico, polietilenoglicóis, gordura de lã, cera de abelha, derivados de carboxipolimetileno e celulose, e/ou monoestearato de glicerilo e/ou agentes emulsionantes não iónicos.
As loções podem ser formuladas com uma base aquosa ou oleosa e também irão, geralmente, conter um ou mais agentes emulsionantes, agentes estabilizantes, agentes de dispersão, agentes de suspensão ou agentes espessantes.
Os pós para aplicação externa podem ser formados com a ajuda de qualquer base de pó adequada, por exemplo, talco, lactose ou amido. As gotas podem ser formuladas com uma base aquosa ou não aquosa também compreendendo um ou mais agentes de 11 dispersão, agentes de solubilização, agentes de suspensão ou conservantes.
Se apropriado, as formulações da invenção podem ser tamponadas por adição de agentes de tamponamento adequados. A proporção do composto activo de fórmula (I) nas composições locais, de acordo com a invenção, depende do tipo preciso de formulação a ser preparada, mas estará geralmente dentro da gama desde 0,001 a 10% em peso. Geralmente, contudo, para a maioria dos tipos de preparações, a proporção vantajosamente utilizada estará dentro da gama desde 0,005 a 1% e, de um modo preferido, 0,01 a 0,5%. Contudo, nos pós para inalação ou insuflação a proporção utilizada estará geralmente dentro da gama desde 0,1 a 5%.
As formulações de aerossol são organizadas, de um modo preferido, de forma que cada dose calibrada ou "bombada" de aerossol contenha 1 pg-2000 pg, e. g., 20 pg-2000 pg, de um modo preferido, cerca de 20 pg-500 pg de um composto de fórmula (I) . A administração pode ser uma vez por dia ou diversas vezes por dia, por exemplo, 2, 3, 4 ou 8 vezes, fornecendo, por exemplo, 1, 2 ou 3 doses cada vez. De um modo preferido, o composto de fórmula (I) é distribuído uma ou duas vezes por dia, de um modo mais preferido, uma vez por dia. A dose diária global com um aerossol estará tipicamente dentro da gama de 10 pg-10 mg, e. g., 100 pg-10 mg, de um modo preferido, 200 pg-2000 pg.
As preparações tópicas podem ser administradas através de uma ou mais aplicações por dia na área afectada; podem ser vantajosamente utilizadas sobre as áreas da pele, pensos 12 oclusivos. A distribuição contínua ou prolongada pode ser conseguida através de um sistema de reservatório adesivo.
Para a administração interna, os compostos de acordo com a invenção podem ser formulados, por exemplo, de modo convencional para administração oral, parentérica ou rectal. As formulações para administração oral incluem xaropes, elixires, pós, granulados, comprimidos e cápsulas que contêm tipicamente excipientes convencionais, tais como agentes de ligação, enchimento, lubrificantes, agentes de desintegração, agentes humidificadores, agentes de suspensão, agentes emulsionantes, conservantes, sais de tamponamento, agentes aromatizantes, corantes e/ou edulcorantes, como apropriado. As formas de dosagem unitária são, contudo, preferidas como descrito abaixo.
As formas preferidas de preparação para administração interna são formas de dosagem unitária, i. e., comprimidos e cápsulas. Tais formas de dosagem unitária contêm desde 0,1 mg a 20 mg, de um modo preferido, desde 2,5 a 10 mg do composto da invenção. O composto de acordo com a invenção, em geral, pode ser dado por administração interna nos casos em que é indicada terapia adreno-corticóide sistémica.
Em termos gerais, as preparações para administração interna podem conter desde 0,05 a 10% do ingrediente activo, dependendo do tipo de preparação envolvida. A dose diária pode variar desde 0,1 mg a 60 mg, e. g., 5-30 mg, dependendo do estado a ser tratado e da duração desejada do tratamento. 13
As formulações revestidas entericamente ou de libertação lenta podem ser vantajosas, particularmente, para o tratamento de distúrbios intestinais inflamatórios.
As composições farmacêuticas de acordo com a invenção também podem ser utilizadas em combinação com outro agente terapeuticamente activo, por exemplo, um agonista do receptor adrenérgico β2, um anti-histamínico ou um antialérgico. A invenção proporciona assim, num aspecto adicional, uma combinação compreendendo um composto de fórmula (I) ou um seu solvato fisiologicamente aceitável conjuntamente com outro agente terapeuticamente activo, por exemplo, um agonista do receptor adrenérgico β2, um anti-histaminico ou um antialérgico.
Exemplos de agonistas do receptor adrenérgico β2 incluem salmeterol (e. g., como racemato ou um único enantiómero, tal como o R-enantiómero), salbutamol, formoterol, salmefamol, fenoterol ou terbutalina e os seus sais, por exemplo, sal de xinafoato de salmeterol, sal de sulfato ou a base livre de salbutamol ou sal de fumarato de formoterol. Os exemplos de anti-histaminicos incluem metapirileno ou loratadina.
Outras combinações adequadas incluem, por exemplo, outros agentes anti-inflamatórios, e. g., NSAID (e. g., cromoglicato de sódio, nedocromil sódico, inibidores de PDE4, antagonistas do leucotrieno, inibidores de iNOS, inibidores da elastase e triptase, antagonistas da integrina beta-2 e agonistas da adenosina 2a)) ou agentes anti-infecciosos (e. g., antibióticos, antivirais) . É de particular interesse a utilização do composto de fórmula (I) em combinação com um inibidor da fosfodiesterase 4 14 (PDE4). 0 inibidor específico de PDE4 útil neste aspecto da invenção pode ser qualquer composto que seja conhecido por inibir a enzima PDE4 ou que seja descoberto para actuar como um inibidor de PDE4, e que são apenas inibidores de PDE4, não compostos que inibem outros membros da família de PDE assim como de PDE4. Geralmente é preferido utilizar um inibidor de PDE4 que tenha uma proporção de IC50 de cerca de 0,1 ou maior relativamente a IC50 para a forma catalítica de PDE4 que se liga a rolipram com uma afinidade elevada dividido pelo IC50 para a forma que se liga a rolipram com uma afinidade baixa. Para os objectivos desta divulgação, o sítio catalítico do AMPc que se liga a rolipram R e S com uma afinidade baixa é denominado o local de ligação de "afinidade baixa" (LPDE 4) e a outra forma deste sítio catalítico que se liga a rolipram com uma afinidade elevada é denominado o sítio de ligação de "afinidade elevada" (HPDE 4). Este termo "HPDE4" não deve ser confundido com o termo "hPDE4" que é utilizado para denotar a PDE4 humana. As experiências iniciais foram conduzidas para estabelecer e validar um ensaio de ligação a [3H]-rolipram. Os detalhes deste trabalho são apresentados nos Ensaios de Ligação descritos em detalhe abaixo.
Os inibidores de PDE4 preferidos de utilização nesta invenção serão aqueles compostos que têm uma proporção terapêutica salutar, í. e., compostos que inibem de um modo preferido a actividade catalitica de AMPc em que a enzima está na forma que se liga a rolipram com uma afinidade baixa, reduzindo desse modo, os efeitos colaterais que aparentemente estão associados à inibição da forma que se liga a rolipram com uma afinidade elevada. Um outro modo de referir isto, é que os compostos preferidos terão um proporção de IC50 de cerca de 0,1 ou maior relativamente ao IC50 para a forma catalitica de PDE4 15 que se liga a rolipram com uma afinidade elevada dividido pelo IC50 para a forma que se liga a rolipram com uma afinidade baixa.
Um refinamento adicional deste padrão é aquele em que o inibidor de PDE4 tem uma proporção de IC50 de cerca de 0,1 ou maior; a referida proporção é a proporção do valor de IC50 para competir com a ligação de lnM de [3H]R-rolipram para uma forma de PDE4 que se liga a rolipram com uma afinidade elevada relativamente ao valor de IC50 para inibir a actividade catalítica de PDE4 de uma forma que se liga a rolipram com uma afinidade baixa utilizando 1 μΜ de [3H]-AMPc como o substrato.
Os exemplos de inibidores de PDE4 úteis são (R)-(+)-1-(4-bromobenzil)-4-[(3-ciclopentiloxi)-4-metoxi-fenil]-2-pirrolidona; (R)-(+)-1-(4-bromobenzil)-4-[(3-ciclopentiloxi)-4-metoxi-fenil]-2-pirrolidona; 3- (ciclopentiloxi-4-metoxifenil) -1- (4-1ΝΓ- [N2-ciano-S-metil-isotioureido]benzil)-2-pirrolidona; ácido cis 4-ciano-4-(3-ciclopentiloxi-4-metoxifenil)ciclo-hexano-l-carboxílico; cis-[4-ciano-4-(3-ciclopropilmetoxi-4-difluorometoxifenil) ciclo-hexan-l-ol]; [4-(3-ciclopentiloxi-4-metoxifenil)pirrolidino-2-ilideno]-acetato de (R)-(+)-etilo; e 16 [4-(3-ciclopentiloxi-4-metoxifenil)pirrolidino-2-ilideno]-acetato de (S)-(+)-etilo. São mais preferidos aqueles inibidores de PDE4 que têm uma proporção de IC50 maior do que 0,5 e, particularmente, aqueles compostos que têm uma proporção maior do que 1,0. Os compostos preferidos são o ácido cis 4-ciano-4-(3-ciclopentiloxi-4-metoxifenil)ciclo-hexano-l-carboxílico, 2-carbometoxi-4-ciano-4-(3-ciclopropilmetoxi-4-difluorometoxifenil)ciclo-hexan-l-ona e cis-[4-ciano-4-(3-ciclopropilmetoxi-4-difluorometoxifenil)ciclo-hexan-l-ol]; estes são exemplos de compostos que se ligam, de um modo preferido, ao sitio de ligação de afinidade baixa e que têm uma proporção de IC50 de 0,1 ou maior.
Outros compostos de interesse incluem:
Compostos apresentados na patente U.S. 5552438 concedida a 3 de Setembro de 1996; esta patente e os compostos que divulga são aqui incorporados na totalidade por referência. O composto de interesse particular que é divulgado na patente U.S. 5552438, é o ácido cis-4-ciano-4-[3-(ciclopentiloxi)-4-metoxifenil]ciclo-hexano-l-carboxilico (também conhecido como cilomalast) e os seus sais, ésteres, pro-fármacos ou forma fisicas; AWD-12-281 da Astra (Hofgen, N. et al. 15th EFMC Int Symp Med Chem (6-10 Set., Edimburgo) 1998, Resumo P. 98); um derivado de 9-benziladenina denominado NCS-613 (INSERM); D-4418 da Chiroscience e Schering-Plough; uma benzodiazepina inibidora de PDE4 identificada como CI-1018 (PD-168787; Parke-Davis/Warner-
Lambert); um derivado benzodioxole de Kyowa Hakko divulgado no documento WO 9916766; V-11294A da Napp (Landels, L. J. et al., Eur Resp J [Annu Cong Eur Resp Soc (19-23 Set., Genebra) 1998] 17 1998, 12 (Supl. 28): Resumo P2393); roflumilast (referência CAS N° 162401-32-3) e uma ptalazinona (documento WO 9947505) da Byk-Gulden; ou um composto identificado como T-440 (Tanabe Seiyaku; Fuji, K. et al. J Pharmacol Exp Ther, 1998, 284(1): 162).
Ensaios de Ligação de fosfodiesterase e Rolipram Método de ensaio IA
Foi determinado que PDE4 isolada de monócito humano e hrPDE (PDE4 recombinante humana) existem, principalmente, na forma de afinidade baixa. Assim, a actividade de compostos de teste contra a forma de afinidade baixa de PDE4 pode ser avaliada utilizando ensaios convencionais para a actividade catalítica de PDE4 utilizando 1 μΜ de [3H]AMPc como substrato (Torfi et al., J. of Biol. Chem., Vol. 267, N° 3 ppl798-1804, 1992).
Foram utilizados sobrenadantes de alta velocidade do cérebro de rato como uma fonte de proteína e foram preparados ambos os enantiómeros de [3H] -rolipram a uma actividade específica de 25,6 Ci/mmol. As condições padrão de ensaio foram modificadas a partir do processo publicado de modo a serem idênticas às condições do ensaio de PDE, à excepção das últimas para AMPc: 50 mM de Tris HC1 (pH 7,5), 5 mM de MgCl2, 50 μΜ de 5'-AMP e 1 nM de [3H]-rolipram (Torphy et al., J. of Biol. Chem., Vol. 267, N° 3 ppl798-1804, 1992). O ensaio foi realizado durante 1 hora a 30 °C. A reacção foi terminada e o ligando ligado foi separado do ligando livre utilizando um colector de células Brandel. A competição para o sítio de ligação de afinidade elevada foi avaliada sob condições que eram idênticas 18 àquelas utilizadas para medir a actividade de PDE de afinidade baixa, esperando que [3H]-AMP não estava presente.
Método de ensaio 1B
Medição da Actividade de Fosfodiesterase A actividade da PDE foi ensaiada utilizando um ensaio enzimático SPA de [3H]AMPc ou SPA de [3H]GMPc como descrito pelo fornecedor (Amersham Life Sciences). As reacções foram conduzidas em placas de 96 poços à temperatura ambiente, em 0,1 mL de tampão de reacção contendo (concentrações finais): 50 mM de Tris-HCl, pH 7,5, 8,3 mM de MgCl2, 1,7 mM de EGTA, [3H]AMPc ou [3H]GMPc (aproximadamente, 2000 dpm/pmol), enzima e várias concentrações dos inibidores. O ensaio foi deixado prosseguir durante 1 hora e foi terminado por adição de 50 pL de esferas SPA de silicato de ítrio na presença de sulfato de zinco. As placas foram agitadas e deixadas em repouso à temperatura ambiente durante 20 min. A formação de produto marcado radioactivamente foi avaliada por espectrometria de cintilação.
Ensaio de ligação de [3H]R-rolipram O ensaio de ligação de [3H]R-rolipram foi realizado por modificação do método de Schneider e colaboradores, ver Nicholson, et al., Trends Pharmacol. Sei., Vol. 12, pp. 19-27 (1991) e McHale et al., Mol. Pharmacol., Vol. 39,109-113 (1991). O R-Rolipram liga-se ao sítio catalítico de PDE4, ver Torphy et al., Mol. Pharmacol., Vol. 39, pp. 376-384 (1991). 19
Consequentemente, a competição para ligação a [3H]R-rolipram proporciona uma confirmação independente das potências dos inibidores de PDE4 de competidores não marcados. 0 ensaio foi realizado a 30 °C durante 1 hora em 0,5 pL de tampão contendo (concentrações finais): 50 mM de Tris-HCl, pH 7,5, 5 mM de MgCl2, 0,05% de albumina de soro bovino, 2 nM de [3H]R-rolipram (5,7 x 104 dpm/pmol) e várias concentrações de inibidores não marcados radioactivamente. A reacção foi parada por adição de 2,5 mL de tampão de reacção gelado (sem [3H]-R-rolipram) e filtração rápida por vácuo (Colector de Células Brandel) através de filtros GF/B da Whatman que tinham sido embebidos em 0,3% de polietilenimina. Os filtros foram lavados com mais 7,5 mL de tampão frio, secos e contados por espectrometria de cintilação liquida. A invenção proporciona assim, num aspecto adicional, uma combinação compreendendo o composto de fórmula (I) ou um seu solvato fisiologicamente aceitável conjuntamente com um inibidor de PDE4. A combinação referida acima pode ser convenientemente apresentada para utilização na forma de uma formulação farmacêutica e, deste modo, as formulações farmacêuticas compreendendo uma combinação como definida acima conjuntamente com um diluente ou veiculo fisiologicamente aceitável representam um aspecto adicional da invenção.
Os compostos individuais dessas combinações podem ser administrados sequencialmente ou simultaneamente em formulações farmacêuticas separadas ou combinadas. 20
As doses apropriadas de agentes terapêuticos conhecidos serão prontamente entendidas pelos especialistas na técnica.
Surpreendentemente, o composto da fórmula (I) demonstrou um propensão significativa para formar solvatos com solventes orgânicos habitualmente utilizados. Esses solvatos são essencialmente estequiométricos, e. g., a proporção do composto de fórmula (I) para solvente é perto de 1:1, e. g., de acordo com a análise da Requerente foi determinada ser na gama de 0,95-1,05:1. Por exemplo, a requerente preparou solvatos com solventes, tais como acetona, dimetilformamida (DMF), dimetilacetamida (DMAc), tetra-hidrofurano (THF), N-metil-2-pirrolidona, isopropanol e metiletilcetona. A solvatação do composto de fórmula (I) não é previsível, contudo uma vez que a requerente verificou que apesar deste formar um solvato com isopropanol não parece formar um solvato com etanol ou metanol. Além disso, não parece formar um solvato com 1,1,1,2-tetrafluoroetano, etilacetato, metilacetato, tolueno, metilisobutilcetona (MIBK) ou mesmo com água. Contudo, devido à toxicidade de muitos solventes orgânicos foi necessário desenvolver condições especiais de processamento de fase final (discutidas mais à frente) de modo a permitir que o composto de fórmula (I) seja produzido em forma não solvatada. Assim, de acordo com outro aspecto da invenção é proporcionado um composto de fórmula (I) em forma não solvatada.
Surpreendentemente, a requerente descobriu também que o composto de fórmula (I) em forma não solvatada pode existir numa variedade de formas polimórficas. Especificamente, a requerente identificou formas polimórficas que podem ser distinguidas através de Difracção de Raio-X de Pó (XRPD) que a requerente denominou como Forma 1, Forma 2 e Forma 3. A forma 3 parece ser 21 uma pequena modificação polimórfica instável da Forma 2. De um modo geral, as Formas são caracterizadas pelos seus perfis de XRPD como se segue:
Forma 1: Pico em torno de 18,9 graus 2Teta
Forma 2: Picos em torno de 18,4 e 21,5 graus 2Teta.
Forma 3: Picos em torno de 18,6 e 19,2 graus 2Teta.
Dentro da gama de 21-23 graus 2Teta, a Forma 3 apresenta um único pico enquanto que a Forma 2 apresenta um par de picos. Está presente um pico a 7 graus 2Teta em todos os casos, contudo está presente numa intensidade muito mais elevada no caso das
Formas 2 e 3 do que no caso da Forma 1.
Os perfis de XRPD dos polimorfos são mostrados sobrepostos na Figura 1. A conversão da Forma 2 na Forma 1 ao longo do tempo numa pasta aquosa à temperatura ambiente é mostrada na Figura 2. Na conversão da Forma 2 em Forma 1 são, particularmente, visíveis a perda de um pico característico da Forma 2 (marcado B) em torno de 18,4 graus 2Teta, uma redução acentuada na intensidade do pico em torno de 7 graus 2Teta (marcado A) e o aparecimento de um pico característico da Forma 1 (marcado C) em torno de 18,9 graus 2Teta. A dependência da temperatura da Forma 3 é mostrada na
Figura 4. A temperatura foi variada de acordo com o perfil mostrado na Figura 5. Da Figura 4 pode ser visto que a Forma 3 converte-se primeiro na Forma 2 dentro da gama de temperatura de 30-170 °C e depois converte-se na Forma 1 dentro da gama de temperatura de 170-230 °C. Na conversão da Forma 3 em Forma 2, são, particularmente, visíveis a divisão de um pico na gama de 21-23 graus 2Teta em dois picos dentro da mesma gama e do desvio 22 para a esquerda do pico em torno de 18,6 graus 2Teta para em torno de 18,4 graus 2Teta. Na conversão da Forma 2 em Forma 1 podem ser observadas alterações semelhantes àquelas assinaladas no parágrafo anterior.
Os perfis de calorimetria diferencial de varrimento (DSC) e análise gravimétrica térmica (TGA) da Forma 1 são mostrados na Figura 3. Os perfis são caracterizados por uma transição em torno de 280-300 °C (tipicamente perto de 298 °C) que corresponde a um evento endotérmico na DSC e degradação química em TGA. Os perfis de DSC das Formas 2 e 3 não foram materialmente diferentes sob as condições das experiências realizadas e, deste modo, a DSC não é uma técnica adequada para distinguir entre as 3 Formas. Na Figura 3 a ausência de actividade nos perfis de TGA e DSC abaixo de cerca de 298 °C implica que a substância mostra boa estabilidade física e química a temperaturas operativas normais.
Como mostrado nos Exemplos, foi determinada a entalpia de dissolução das Formas 1 e 3 em determinados solventes orgânicos e, desta forma, foi estimada uma entalpia de transição da Forma 3 para a Forma 1 de 5,1-6,7 kJ/mol.
Assim, a requerente prefere o composto de fórmula (I) na Forma 1 não solvatada uma vez que esta forma parece ser termodinamicamente mais estável à temperatura ambiente e parece ser também menos susceptível a sorção indesejável de humidade (ver resultados na secção de Exemplos) . Não obstante, a Forma 2 (ou Forma 3) pode ser preferida sob outras condições.
Embora a utilização de um composto de fórmula (I) em forma solvatada não seja preferida, não obstante a requerente ter 23 verificado surpreendentemente que determinadas formas de solvato têm propriedades físico-químicas, particularmente atractivas que as torna úteis como intermediários na preparação de um composto de fórmula (I) em forma não solvatada (e. g., por remoção de solvente como um passo final). Por exemplo, a requerente descobriu que determinados solvatos estequiométricos podem ser isolados como sólidos em forma altamente cristalina. Assim, a requerente também proporciona como um aspecto da invenção:
Composto de fórmula (I) como o solvato de metiletilcetona
Composto de fórmula (I) como o solvato de isopropanol
Composto de fórmula (I) como o solvato de tetra-hidrofurano
Composto de fórmula (I) como o solvato de acetona.
Em particular, a requerente proporciona os solvatos acima mencionados como sólidos em forma cristalina. Uma vantagem particular adicional destes solvatos é o facto de que a dessolvatação do solvato (e. g., por aquecimento) resultar na formação da forma não solvatada como a Forma 1 preferida. Os solvatos acima mencionados têm toxicidade relativamente baixa e são adequados para utilização no fabrico à escala industrial. 0 composto de fórmula (I) como o solvato de DMF que pode também ser isolado como um sólido em forma cristalina é, também de interesse para utilização em processamento posterior para a Forma 1 não solvatada. 0 composto de fórmula (I) e os seus solvatos podem ser preparados através da metodologia aqui descrita adiante, constituindo um aspecto adicional desta invenção. 24
Um processo de acordo com a invenção para preparar um composto de fórmula (I) ou um seu solvato compreende a alquilação de um tioácido de fórmula (II)
ou um seu sal.
Neste processo o composto de fórmula (II) pode ser feito reagir com um composto de fórmula FCH2L, em que L representa um grupo abandonante (e. g., um átomo de halogéneo, um grupo mesilo ou tosilo ou semelhantes) por exemplo, um halogeneto de fluorometilo apropriado sob condições padrão De um modo preferido, o reagente bromofluorometano. de halogeneto de fluorometilo é
Como assinalado mais tarde, de um modo preferido, o composto de fórmula (II) é utilizado como um sal, particularmente o sal com diisopropiletilamina.
Num processo preferido para preparar o composto de fórmula (I), o composto de fórmula (II) ou um seu sal é tratado com bromofluorometano, opcionalmente na presença de um catalisador de transferência de fase. Um solvente preferido é metilacetato, ou de um modo mais preferido, etilacetato, opcionalmente na presença de água. A presença de água melhora a solubilidade tanto do material inicial como do produto e a utilização de um 25 catalisador de transferência de fase resulta numa velocidade de reacção aumentada. Os exemplos de catalisadores de transferência de fase que podem ser utilizados incluem (mas não estão restritos a) brometo de tetrabutilamónio, cloreto de
tetrabutilamónio, brometo de benziltributilamónio, cloreto de benziltributilamónio, brometo de benziltrietilamónio, cloreto de metiltributilamónio e cloreto de metiltrioctilamónio. 0 THF também foi utilizado com sucesso como solvente para a reacção em que a presença de um catalisador de transferência de fase proporciona novamente uma velocidade de reacção significativamente mais rápida. De um modo preferido, o produto presente numa fase orgânica é lavado primeiro com ácido aquoso e. g., HC1 diluído de modo a remover compostos de amina, tais como trietilamina e diisopropiletilamina e depois com base aquosa, e. g., bicarbonato de sódio de modo a remover todo o composto precursor que não reagiu de fórmula (II) . Como assinalado mais tarde, se o composto de fórmula (I) assim produzido em solução em etilacetato for destilado e adicionado tolueno, então cristaliza a forma 1 não solvatada.
Os compostos da fórmula (II) podem ser preparados a partir do derivado de 17a-hidroxilo correspondente de fórmula (III) :
26 utilizando por exemplo, a metodologia descrita por G. H. Philipps et al., (1994) Journal of Medicinal Chemistry, 37, 3717-3729. Por exemplo, o passo compreende tipicamente a adição de um reagente adequado para realizar a esterificação, e. g., um derivado activado de ácido 2-furóico, tal como um éster activado ou, de um modo preferido, um halogeneto de 2-furoílo e. g., cloreto de 2-furoílo (utilizado numa quantidade molar de, pelo menos, 2 vezes relativamente ao composto de fórmula (III)) na presença de uma base orgânica, e. g., trietilamina. A segunda mole de cloreto de 2-furoílo reage com a unidade tioácido no composto de fórmula (III) e necessita ser removido, e. g., por reacção com uma amina, tal como dietilamina.
Este método sofre desvantagens, contudo, uma vez que o composto resultante de fórmula (II) não está prontamente purificado de contaminação com o subproduto 2-furoildietilamida. Deste modo, a requerente inventou diversos processos melhorados para realizar esta conversão.
Num primeiro desses processos melhorados, a requerente descobriu que por utilização de uma amina mais polar, tal como dietanolamina, é obtido um subproduto mais solúvel em água (neste caso 2-furoildietanolamida) que permite ser produzido o composto de fórmula (II) ou um seu sal em elevada pureza, um vez que o subproduto pode ser removido eficientemente por lavagem com água.
Assim, de acordo com este aspecto da invenção a requerente proporciona um processo para preparar um composto de fórmula (II) que compreende: 27 (a) fazer reagir um composto de fórmula (III) com um derivado activado do ácido 2-furóico numa quantidade de, pelo menos, 2 moles do derivado activado por mole de composto de fórmula (III) para produzir um composto de fórmula (IIA)
; e (b) remoção da unidade 2-furoilo ligada a enxofre do composto de fórmula (IIA) por reacção do produto do passo (a) com uma base de amina primária ou secundária orgânica capaz de formar uma amida de 2-furoilo solúvel em água.
Em duas formas de realização, particularmente convenientes, deste processo a requerente também proporciona métodos para a purificação eficiente do produto final que compreende (cl) quando o produto do passo (b) for dissolvido num solvente orgânico substancialmente imiscível em água, purificar o composto de fórmula (II) através de remoção por lavagem do subproduto de amida do passo (b) com uma lavagem aquosa, ou 28 (c2) quando o produto do passo (b) for dissolvido num solvente miscivel em água, purificar o composto de fórmula (II) através de tratamento do produto do passo (b) com um meio aquoso de modo a precipitar o composto puro de fórmula (II) ou um seu sal.
No passo (a), de um modo preferido, o derivado activado do ácido 2-furóico pode ser um éster activado do ácido 2-furóico, mas é, de um modo mais preferido, um halogeneto de 2-furoílo, especialmente cloreto de 2-furoílo. Um solvente adequado para esta reacção é etilacetato ou metilacetato (de um modo preferido metilacetato) (quando pode ser seguido o passo (cl)) ou acetona (quando pode ser seguido o passo (c2)). Normalmente estará presente uma base orgânica, e. g., trietilamina. No passo (b), de um modo preferido, a base orgânica é dietanolamina. A base pode ser apropriadamente dissolvida num solvente, e. g., metanol. Geralmente os passos (a) e (b) serão realizados a temperatura reduzida, e. g., entre 0 e 5 °C. No passo (cl), a lavagem aquosa pode ser água, contudo a utilização de solução salina resulta em rendimentos mais elevados e é, deste modo, preferida. No passo (c), o meio aquoso é, por exemplo, um ácido aquoso diluído, tal como HC1 diluído.
De acordo com um aspecto relacionado da invenção a requerente proporciona um processo alternativo para preparar um composto de fórmula (II) que compreende: (a) fazer reagir um composto de fórmula (III) com um derivado activado do ácido 2-furóico numa quantidade de, pelo menos, 2 moles de derivado activado por mole de composto de fórmula (III) para produzir um composto de fórmula (IIA) ; e 29 (b) remoção da unidade 2-furoílo ligada a enxofre do composto de fórmula (IIA) por reacção do produto do passo (a) com uma mole adicional de composto de fórmula (III) para produzir duas moles de composto de fórmula (II) .
No passo (a), de um modo preferido, o derivado activado do ácido 2-furóico pode ser um éster activado do ácido 2-furóico, mas é, de um modo mais preferido, um halogeneto de 2-furoílo, especialmente cloreto de 2-furoílo. Um solvente adequado para este passo é acetona. Normalmente estará presente uma base orgânica, e. g., trietilamina. No passo (b), um solvente adequado é dmf ou dimetilacetamida. Normalmente estará presente uma base orgânica, e. g., trietilamina. Geralmente os passos (a) e (b) serão realizados a temperatura reduzida, e. g., entre 0 e 5 °C. 0 produto pode ser isolado por tratamento com ácido e lavagem com água.
Este processo acima mencionado é muito eficiente, uma vez que não produz nenhum subproduto de furoilamida (tendo assim, inter alia, vantagens ambientais) uma vez que a mole em excesso da unidade de furoílo é incorporada por reacção com uma mole adicional de composto de fórmula (II) para formar uma mole adicional de composto de fórmula (II) .
As condições gerais para a conversão do composto de fórmula (III) no composto de fórmula (II) nos dois processos acabados de descrever serão bem conhecidos do especialista na técnica.
De acordo com um conjunto preferido de condições, contudo, a requerente verificou que o composto de fórmula (II) pode ser 30 vantajosamente isolado na forma de um sal cristalino sólido. 0 sal preferido é um sal formado com uma base, tais como trietilamina, 2,4,6-trimetilpiridina, diisopropiletilamina ou N-etilpiperidina. Essas formas de sal de composto de fórmula (II) são mais estáveis, mais prontamente filtradas e secas e podem ser isoladas numa pureza mais elevada do que o tioácido livre. 0 sal muito preferido é o sal formado com diisopropiletilamina. 0 sal de trietilamina é também de interesse.
Os compostos de fórmula (III) podem ser preparados de acordo com processos descritos no documento GB 2088877B.
Os compostos de fórmula (III) podem também ser preparados por um processo compreendendo os seguintes passos:
0 passo (a) compreende a oxidação de uma solução contendo o composto de fórmula (V) . De um modo preferido, o passo (a) será realizado na presença de um solvente compreendendo metanol, água, tetra-hidrofurano, dimetiléter de dioxano ou dietilenogligol. De modo a aumentar o rendimento e a produtividade, os solventes preferidos são metanol, água ou tetra-hidrofurano e, de um modo mais preferido, água ou tetra-hidrofurano, especialmente água e tetra-hidrofurano como solvente. 0 dimetiléter de dioxano ou de dietilenogligol são 31 também solventes preferidos que podem opcionalmente (e de um modo preferido) ser utilizados conjuntamente com água. De um modo preferido, o solvente estará presente numa quantidade entre 3 e 10 vol, relativamente, à quantidade do material inicial (1 peso), de um modo mais preferido entre 4 e 6 vol, especialmente 5 vol. De um modo preferido, o agente oxidante está presente numa quantidade de 1-9 equivalentes molares relativamente à quantidade de material inicial. Por exemplo, quando é utilizada uma solução aquosa a 50% p/p de ácido periódico, o agente oxidante pode estar presente numa quantidade entre 1,1 e 10 pesos, relativamente, à quantidade de material inicial (1 peso), de um modo mais preferido entre 1,1 e 3 pesos, especialmente 1,3 pesos. De um modo preferido, o passo de oxidação irá compreender a utilização de um agente oxidante quimico. De um modo mais preferido, o agente oxidante será ácido periódico ou ácido iódico ou um seu sal. De um modo muito preferido, o agente oxidante será ácido periódico ou periodato de sódio, especialmente ácido periódico. Alternativamente (ou adicionalmente), será também entendido que o passo de oxidação pode compreender qualquer reacção de oxidação adequada, e. g., uma que utiliza ar e/ou oxigénio. Quando a reacção de oxidação utiliza ar e/ou oxigénio, o solvente utilizado na referida reacção será, de um modo preferido, metanol. De um modo preferido, o passo (a) envolverá a incubação dos reagentes à temperatura ambiente ou um pouco mais quente, isto é, em torno de 25 °C, e. g., durante 2 horas. O composto de fórmula (IV) pode ser isolado por recristalização a partir da mistura de reacção por adição de um anti-solvente. Um anti-solvente adequado para o composto de fórmula (IV) é água. Surpreendentemente, a requerente descobriu que é altamente desejável controlar as condições sob as quais o composto de fórmula (IV) é precipitado por adição de anti-solvente, e. g., 32 água. Quando a recristalização for realizada utilizando água gelada (e. g., mistura de água/gelo a uma temperatura de 0-5 °C) embora se possam esperar melhores propriedades anti-solvente, a requerente verificou que o produto cristalino produzido é muito volumoso, assemelhando-se a um gel mole e é muito difícil de filtrar. Sem se pretender estar limitado pela teoria, a requerente acredita que este produto de densidade baixa contém uma quantidade grande de solvente solvatado dentro da rede cristalina. Em contraste, quando são utilizadas condições em torno de 10 °C ou superiores (e. g., em torno da temperatura ambiente) é produzido um produto granular de uma consistência de tipo areia que é filtrado muito facilmente. Sob estas condições, a cristalização começa tipicamente após cerca de 1 hora e é tipicamente terminada dentro de algumas horas (e. g., 2 horas). Sem se pretender estar limitado pela teoria, a requerente acredita que este produto granular contém pouco ou nenhum solvente solvatado dentro da rede cristalina. O passo (b) compreenderá tipicamente a adição de um reagente adequado para converter um ácido carboxílico num ácido carbotióico, e. g., utilizando sulfureto de hidrogénio gasoso conjuntamente com um agente de acoplamento adequado, e. g., carbonildiimidazole (CDI) na presença de um solvente adequado, e. g., dimetilformamida.
Um processo alternativo para preparar um composto de fórmula (II) compreende o tratamento de um composto de fórmula (X) com um reagente adequado para converter um ácido carboxílico num ácido carbotióico, e. g., utilizando sulfureto de hidrogénio gasoso conjuntamente com um agente de acoplamento adequado, tal como CDI na presença de um solvente adequado, e. g., DMF. Os 33 compostos de fórmula (X) podem ser preparados por metodologia análoga a esta aqui descrita.
Um processo alternativo para preparar um composto de fórmula (I) ou um seu solvato compreende fazer reagir um composto de fórmula (VI)
com uma fonte de flúor.
Os exemplos de fontes adequadas de flúor incluem fluoreto (e. g., fluoreto de sódio) ou, de um modo mais preferido, HF. 0 reagente preferido é HF aquoso. Pode ser utilizado um solvente, tais como THF ou DMF.
Um composto de fórmula (VI) pode ser preparado por um processo compreendendo (a) alquilação de um composto de fórmula (VII) 34
ou um seu sal; (b) fazer reagir um composto de fórmula (VIII)
com um reagente formador de epóxido; ou (c) esterificação de um composto de fórmula (IX)
35
No processo (a), podem ser utilizadas condições análogas àquelas acima descritas para a conversão de um composto de fórmula (II) num composto de fórmula (I). Tipicamente, o composto de fórmula (VII) será feito reagir com um composto de fórmula FCH2L, em que L representa um grupo abandonante (e. g., um átomo de halogéneo, um grupo mesilo ou tosilo ou semelhantes) por exemplo, um halogeneto de fluorometilo apropriado sob condições padrão. De um modo preferido, o reagente de halogeneto de fluorometilo é bromofluorometano. 0 processo (b) é realizado, de um modo preferido, em dois passos: (i) formação de uma halo-hidrina especialmente uma bromo-hidrina (e. g., por reacção com bromodano ou reagente equivalente), (ii) tratamento com base, tal como hidróxido de sódio de modo a efectuar o fecho do anel. 0 produto do passo (i) é um composto de fórmula (IXA) que é um novo intermediário que pode ser isolado, se desejado:
em que X representa halogéneo, especialmente Br.
No processo (c), um reagente adequado seria um derivado activado do ácido 2-furóico, tal como um éster activado ou, de um modo preferido, um halogeneto de 2-furoílo, e. g., cloreto de 36 2-furoílona na presença de uma base orgânica, e. g., trietilamina. Esta reacção pode ser realizada a temperatura elevada, e. g., em torno de 60 °C ou, então, à temperatura ambiente na presença de um catalisador de acilação, e. g., dimetilaminopiridina (DMAP).
Os compostos de fórmula (VII) podem ser preparados por um processo compreendendo esterificação de um composto de fórmula (XI)
O
F (XI)
Podem ser utilizadas condições análogas àquelas acima descritas para a conversão de um composto de fórmula (ui) num composto de fórmula (II). Por exemplo, um reagente adequado seria um derivado activado do ácido 2-furóico, tais como um éster activado ou, de um modo preferido, um halogeneto de 2-furoílo, e. g., cloreto de 2-furoílo na presença de uma base orgânica, e. g., trietilamina. O composto de fórmula (XI) é conhecido (J Labelled Compd Radiopharm (1997) 39(7) 567-584).
Um composto de fórmula (VIII) pode ser preparado por um processo compreendendo 37 (a) alquilação de um composto de fórmula (XII)
ou um seu sal; ou (b) esterificação de um composto de fórmula (XIII)
No processo (a), podem ser utilizadas condições análogas àquelas acima descritas para a conversão de um composto de fórmula (II) num composto de fórmula (I). Tipicamente, o composto de fórmula (XII) será feito reagir com um composto de fórmula FCH2L, em que L representa um grupo abandonante (e. g., um átomo de halogéneo, um grupo mesilo ou tosilo ou semelhantes) por exemplo, um halogeneto de fluorometilo apropriado sob condições padrão. De um modo preferido, o reagente de halogeneto de fluorometilo é bromofluorometano. 38
No processo (b), podem ser utilizadas condições análogas àquelas acima utilizadas para a conversão de um composto de fórmula (IX) num composto de fórmula (VI). Por exemplo, um reagente adequado seria um derivado activado do ácido 2-furóico, tal como um éster activado ou, de um modo preferido, um halogeneto de 2-furoilo, e. g., cloreto de 2-furoilo na presença de uma base orgânica, e. g., trietilamina.
Os compostos de fórmula (IX) e (xm) podem ser preparados por alquilação dos tioácidos (XI) e (XIV) correspondentes (definidos abaixo) utilizando metodologia análoga àquela já descrita (e. g., por reacção com um composto fórmula FCH2L, em que L representa um grupo abandonante (e. g., um átomo de halogéneo, um grupo mesilo ou tosilo ou semelhantes) por exemplo, um halogeneto de fluorometilo apropriado sob condições padrão. De um modo preferido, o reagente de halogeneto de fluorometilo é bromofluorometano. O tioácido (XI) é um composto conhecido (J Labelled Compd Radiopharm (1997) 39(7) 567-584). 0 composto de fórmula (XII) pode ser preparado por um processo compreendendo esterificação de um composto de fórmula (XIV):
39 ou um seu sal.
Este processo pode ser realizado utilizando metodologia análoga àquela já descrita. Por exemplo, um reagente adequado seria um derivado activado do ácido 2-furóico, tal como um éster activado ou, de um modo preferido, um halogeneto de 2-furoílo, e. g., cloreto de 2-furoílo na presença de uma base orgânica, e. g., trietilamina.
Os compostos de fórmula (XIV) podem ser preparados a partir do ácido carboxílico correspondente, e. g., por um processo análogo àquele acima descrito para a conversão de um composto de fórmula (IV) num composto de fórmula (III) . 0 ácido carboxílico correspondente acima referido é conhecido (Upjohn, documento WO 90/15816) .
Um processo alternativo adicional para preparar um composto de fórmula (I) ou um seu solvato compreende a desprotecção ou exposição de um composto de fórmula (I), em que o grupo ΙΙ-β-hidroxilo está protegido ou ocultado. Um primeiro desses processos compreende a desprotecção de um composto de fórmula (XV)
em que P representa um grupo protector de hidroxilo. 40
Os exemplos de grupos P protectores de hidroxilo são descritos em Protective Groups in Organic Chemistry Ed JFW McOmie (Plenum Press 1973) ou Protective Groups in Organic Synthesis por Theodora W Green (John Wiley and Sons, 1991) .
Os exemplos de grupos P protectores de hidroxilo adequados incluem grupos seleccionados de carbonato, alquilo (e. g., t-butilo ou metoximetilo), aralquilo (e. g., benzilo, p-nitrobenzilo, difenilmetilo ou trifenilmetilo), grupos heterocíclicos, tais como tetra-hidropiranilo, acilo (e. g., acetilo ou benzilo) e grupos sililo, tal como trialquilsililo (e. g., t-butildimetilsililo). Os grupos protectores de hidroxilo podem ser removidos através de técnicas convencionais. Assim, por exemplo, o carbonato pode ser removido por tratamento com base e os grupos alquilo, sililo, acilo e heterociclico podem ser removidos por solvólise, e. g., por hidrólise sob condições ácidas ou básicas. Os grupos aralquilo, tal como trifenilmetilo, podem ser removidos de modo semelhante por solvólise, e. g., por hidrólise sob condições acidicas. Os grupos aralquilo, tais como benzilo ou p-nitrobenzilo podem ser clivados por hidrogenólise na presença de um catalisador de metal Nobre, tal como paládio sobre carvão. 0 p-nitrobenzilo também pode ser clivado por fotodecomposição. 0 grupo ΙΙ-β-hidroxilo pode ser ocultado como um grupo carbonilo. Assim, um segundo desses processos compreende a redução de um composto de fórmula (XVI) 41
A redução no composto de fórmula (I) pode ser realizada, e. g., por tratamento com um agente redutor de hidreto, tal como boro-hidreto, e. g., boro-hidreto de sódio. A 11-cetona (XVI) pode também ser ocultada. Os exemplos de derivados ocultados do composto de fórmula (XVI) incluem (i) derivados de cetal, e. g., cetais formados por tratamento do composto de fórmula (XVI) com um álcool, e. g., metanol, etanol ou etano-1,2-diol, (ii) derivados de ditiocetal, e. g., ditiocetais formados por tratamento do composto de fórmula (XVI) com um tiol, e. g., metanotiol, etanotiol ou etano-1,2-ditiol (iii) derivados de monotiocetal, e. g., monotiocetais formados por tratamento do composto de fórmula (XVI) com, e. g., l-hidroxi-etano-2-tiol, (iv) derivados formados por tratamento do composto de fórmula (XVI) com uma álcoolamina, e. g., efedrina (v) iminas formadas por tratamento do composto de fórmula (XVI) com aminas, (vi) oximas formada por tratamento de compostos de fórmula (XVI) com hidroxilamina. A requerente reivindica esses derivados do composto de fórmula (XVI) como um aspecto da invenção.
Estes derivados ocultados podem ser convertidos de volta à cetona por meios convencionais, e. g., os cetais, iminas e 42 oximas são convertidos em carbonilo por tratamento com ácido diluído e os ditiocetais são convertidos na cetona através de uma variedade de métodos como descrito por P. C. Bulman Page et al. (1989), Tetrahedron, 45, 7643-7677 e sua referências.
Os compostos de fórmula (XV) podem ser preparados por um processo compreendendo (a) alquilação de um composto de fórmula (XVII)
F (XVII) 0 ou um seu sal, em que P representa um grupo protector de hidroxilo; ou (b) esterificação de um composto de fórmula (XVIII)
CH,F
F 43 (XVIII)
No passo (a), podem ser utilizadas condições análogas àquelas acima descritas para a conversão de um composto de fórmula (II) num composto de fórmula (I) . Tipicamente, o composto de fórmula (XVII) será feito reagir com um composto de fórmula FCH2L, em que L representa um grupo abandonante (e. g., um átomo de halogéneo, um grupo mesilo ou tosilo ou semelhantes), por exemplo, um halogeneto de fluorometilo apropriado sob condições padrão. De um modo preferido, o reagente de halogeneto de fluorometilo é bromofluorometano.
No passo (b), podem ser utilizadas condições análogas àquelas acima utilizadas para a conversão de um composto de fórmula (IX) num composto de fórmula (VI). Por exemplo, um reagente adequado seria um derivado activado do ácido 2-furóico, tal como um éster activado ou, de um modo preferido, um halogeneto de 2-furoílo, e. g., cloreto de 2-furoílo na presença de uma base orgânica, e. g., trietilamina. 0 composto de fórmula (XVIII) pode ser preparado por alquilação do tioácido correspondente utilizando metodologia análoga àquela já descrita (e. g., por reacção com um composto de fórmula FCH2L, em que L representa um grupo abandonante (e. g., um átomo de halogéneo, um grupo mesilo ou tosilo ou semelhantes), por exemplo, um halogeneto de fluorometilo apropriado sob condições padrão. De um modo preferido, o reagente de halogeneto de fluorometilo é bromofluorometano. Os tioácidos correspondentes são compostos conhecidos ou podem ser preparados por metodologia padrão. 0 composto de fórmula (XVIII) pode ser preparado alternativamente por protecção do derivado de hidroxilo correspondente. 44 0 composto de fórmula (XVII) pode ser preparado por um processo compreendendo esterificação de um composto de fórmula (XIX)
ou um seu sal, em que P representa um grupo protector de hidroxilo.
Este processo pode ser realizado utilizando metodologia análoga àquela já descrita para conversão de compostos de fórmula (III) em (II). Por exemplo, um reagente adequado, seria um derivado activado do ácido 2-furóico, tal como um éster activado ou, de um modo preferido, um halogeneto de 2-furoílo, e. g., cloreto de 2-furoilo na presença de uma base orgânica, e. g., trietilamina.
Os compostos de fórmula (XIX) podem ser preparados por protecção do derivado de hidroxilo correspondente (III), tendo primeiro protegido o tioácido que seria depois desprotegido.
Os compostos de fórmula (XVI) podem ser preparados por um processo compreendendo 45 (a) alquilação de um composto de fórmula (XX)
ou um seu sal ou um derivado, em que o grupo 11-carbonilo é ocultado; ou (b) esterificação de um composto de fórmula (XXI)
ou um derivado em que o grupo 11-carbonilo é ocultado.
No passo (a), podem ser utilizadas condições análogas àquelas acima descritas para a conversão de um composto de fórmula (II) num composto de fórmula (II). Tipicamente, o composto de fórmula (XX) será feito reagir com um composto de fórmula FCH2L, em que L representa um grupo abandonante (e. g., um átomo de halogéneo, um grupo mesilo ou tosilo ou semelhantes) 46 por exemplo, um halogeneto de fluorometilo apropriado sob condições padrão. De um modo preferido, o reagente de halogeneto de fluorometilo é bromofluorometano.
No passo (b), podem ser utilizadas condições análogas àquelas utilizadas acima para a conversão de um composto de fórmula (IX) num composto de fórmula (VI). Por exemplo, um reagente adequado seria um derivado activado do ácido 2-furóico, tal como um éster activado ou, de um modo preferido, um halogeneto de 2-furoilo, e. g., cloreto de 2-furoílo na presença de uma base orgânica, e. g., trietilamina. 0 composto de fórmula (XXI) ou um seu derivado em que o grupo 11-cetona é ocultado, pode ser preparado por alquilação do tioácido correspondente utilizando metodologia análoga àquela já descrita (e. g., por reacção com um composto fórmula FCH2L, em que L representa um grupo abandonante (e. g., um átomo de halogéneo, um grupo mesilo ou tosilo ou semelhantes) por exemplo, um halogeneto de fluorometilo apropriado sob condições padrão. De um modo preferido, o reagente de halogeneto de fluorometilo é bromofluorometano. Os tioácidos correspondentes são compostos conhecidos ou podem ser preparados a partir de ácidos carboxílicos correspondentes por métodos análogos àqueles previamente descritos. 0 composto de fórmula (XX) pode ser preparado por um processo compreendendo esterificação de um composto de fórmula (XXII) 47
ou um seu derivado em que o grupo 11-cetona é ocultado.
Este processo pode ser realizado utilizando metodologia análoga àquela já descrita. Por exemplo, um reagente adequado seria um derivado activado do ácido 2 furóico, tal como um éster activado ou, de um modo preferido, um halogeneto de 2-furoílo, e. g., cloreto de 2-furoílona na presença de uma base orgânica, e. g., trietilamina.
Os compostos de fórmula (XXII) e os seus derivados, em que 11-cetona é ocultado, podem ser preparados por oxidação do derivado (IV) de hidroxilo correspondente seguido por ocultação da cetona e subsequente conversão do grupo do ácido carboxilico no tioácido (ver, e. g., a conversão de um composto de fórmula (IV) a (III) .
Um processo alternativo adicional para a preparação de compostos de fórmula (I) ou um seu solvato compreende a reacção de um composto de fórmula (XXIII) 48
em que L representa um grupo abandonante (e. g., halogeneto diferente de fluoreto, tais como cloreto, iodeto ou um éster de sulfonato, tais como mesilato, tosilato, triflato) com uma fonte de flúor.
De um modo preferido, a fonte de flúor é o ião fluoreto, e. g., KF. Mais detalhes para esta conversão podem ser obtidos por referência a G. H. Philipps et al., (1994) Journal of Medicinal Chemistry, 37, 3717-3729 ou J Labelled Compd
Radiopharm (1997) 39 (7) 567-584).
Os compostos de fórmula (XXIII) podem ser preparados por métodos análogos àqueles aqui descritos. São reivindicados como um aspecto da invenção novos intermediários correspondentes de fórmula (VI), (VIII), (IX), (IXA), (XV) e (XVI), em que unidade -ch2f é substituída com a unidade -ch2l (em que representa um grupo abandonante diferente de flúor).
Um processo alternativo adicional para a preparação de compostos de fórmula (I) ou um seu solvato compreende a desprotecção ou exposição de um derivado de um composto de fórmula (I) em que o grupo 3-carbonilo está protegido ou ocultado. 49 0 grupo 3-carbonilo pode ser ocultado de um modo análogo àquele acima descrito com relação à ocultação da posição 11-carbonilo. Assim, o 3-carbonilo pode ser ocultado, e. g., como um cetal, monotiocetal, ditiocetal, derivado com uma álcoolamina, oxima ou imina. 0 grupo carbonilo pode ser recuperado por meios convencionais, e. g., os cetais são convertidos em carbonilo por tratamento com ácido diluído e os ditiocetais são convertidos na cetona através de uma variedade de métodos como descritos por P. C. Bulman Page et al. (1989), Tetrahedron, 45, 7643-7677 e suas referências.
Determinados compostos intermediários são novos e a requerente proporciona os mesmos, conjuntamente, sempre que apropriado, com os seus sais e solvatos, como um aspecto da invenção.
Como assinalado acima, a requerente proporciona como um aspecto particular da invenção, um processo para preparar um composto de fórmula (I) em forma não solvatada que compreende: (a) Cristalizar o composto de fórmula (I) na presença de um solvente que não solvata, tais como etanol, metanol, água, acetato de etilo, tolueno, metilisobutilcetona ou as suas misturas; ou (b) Dessolvatar um composto de fórmula (I) em forma solvatada (e. g., na forma de um solvato com acetona, isopropanol, metiletilcetona, DMF ou tetra-hidrofurano), e. g., por aquecimento.
No passo (b), a dessolvatação será geralmente realizada a uma temperatura que excede 50 °C, de um modo preferido, a uma 50 temperatura que excede 100 °C. Geralmente o aquecimento será realizado sob vácuo. É também proporcionado um composto de fórmula (I) em forma não solvatada obtenível pelo processo acima mencionado. É também proporcionado, como um aspecto particular da invenção, um processo para preparar um composto de fórmula (I) como polimorfo de Forma 1 não solvatada que compreende a dissolução do composto de fórmula (I) em metilisobutilcetona, acetato etilo ou acetato de metilo e produzir o composto de fórmula (I) como Forma 1 não solvatada por adição de um anti-solvente que não solvata, tais como iso-octano ou tolueno.
De acordo com uma primeira forma de realização preferida deste processo, o composto de fórmula (I) pode ser dissolvido em acetato de etilo e pode ser obtido o composto de fórmula (I) como polimorfo de Forma 1 não solvatada, por adição de tolueno como anti-solvente. De modo a melhorar o rendimento, de um modo preferido, a solução de acetato de etilo está quente e uma vez adicionado o tolueno, a mistura é destilada para reduzir o conteúdo de acetato de etilo.
De acordo com uma segunda forma de realização preferida deste processo, o composto de fórmula (I) pode ser dissolvido em metilisobutilcetona e pode ser obtido o composto de fórmula (I) como polimorfo de Forma 1 não solvatada por adição de isooctano como anti-solvente. É também proporcionado um composto de fórmula (I) como polimorfo de Forma 1 não solvatada obtenível pelos processos acima mencionados. 51
Um processo para preparar um composto de fórmula (I) como polimorfo de Forma 2 não solvatada compreende a dissolução do composto de fórmula (I) em forma não solvatada em metanol ou diclorometano seco e recristalização do composto de fórmula (I) como polimorfo de Forma 2 não solvatada. Tipicamente, o composto de fórmula (I) será dissolvido a quente, em metanol ou diclorometano seco e deixado a arrefecer. É também proporcionado um composto de fórmula (I) como polimorfo de Forma 2 não solvatada obtenível pelo processo acima mencionado.
Um processo para preparar um composto de fórmula (I) como polimorfo de Forma 3 não solvatada compreende a dissolução do composto de fórmula (I) ou um seu solvato (em particular como o solvato de acetona) em diclorometano na presença de água (tipicamente 1-3% em volume de água) e recristalização do composto de fórmula (I) como polimorfo de Forma 3 não solvatada. É também proporcionado um composto de fórmula (I) como polimorfo de Forma 3 não solvatada obtenível pelo processo acima mencionado.
As vantagens do composto de fórmula (I) e/ou seus solvatos ou polimorfos podem incluir o facto de que a substância parecer demonstrar propriedades anti-inflamatórios excelentes, com comportamento farmacocinético e farmacodinâmico previsível, com um perfil atractivo de efeitos colaterais e é compatível com um regime conveniente de tratamento em doentes humanos. Outras vantagens podem incluir o facto da substância ter propriedades físicas e químicas desejáveis que permitem o pronto fabrico e armazenamento. 52
Breve Descrição das Figuras:
Figura 1: Sobreposição dos perfis de XRPD dos polimorfos de Forma 1, Forma 2 e Forma 3 de Composto não solvatado de fórmula (I) ·
Figura 2: Sobreposição dos perfis de XRPD da Forma 1, Forma 2 e uma mistura 50:50 de polimorfos da Forma 1 e Forma 2 de Composto não solvatado de fórmula (I) conjuntamente com a dependência do tempo do perfil da mistura 50:50 da Forma 1 e Forma 2.
Figura 3: Perfis de DSC e de TGA do polimorfo de Forma 1 de Composto não solvatado de fórmula (I).
Figura 4: Dependência da temperatura do perfil de XRPD da Forma 3 não solvatada do Composto de fórmula (I) obtida em 5 pontos do tempo.
Figura 5: O perfil de temperatura e tempo para as experiências de XRPD da Figura 4
Os seguintes Exemplos não limitantes ilustram a invenção:
EXEMPLOS
Geral
Os espectros de RMN de foram registados a 400 MHz e os desvios quimicos são expressos em ppm, relativamente, a tetrametilsilano. As seguintes abreviaturas são utilizadas para descrever as multiplicidades dos sinais: s (singuleto), 53 d (dupleto), t (tripleto), q (quarteto), m (multipleto), dd (dupleto de dupletos), ddd (dupleto de dupleto de dupletos), dt (dupleto de tripletos) e b (largo). Biotage refere-se a cartuchos de sílica gel pré-empacotados contendo KP-Sil utilizados num módulo de cromatografia flash 12i. A LCMS foi conduzida numa coluna Supelcosil LCABZ+PLUS (id 3,3 cm x 4,6 mm) eluindo com 0,1% de HCO2H e 0,01 M de acetato de amónio em água (solvente A), e 0,05% de HC02H em 5% de água em acetonitrilo (solvente B), utilizando o seguinte gradiente de eluição 0-0,7 min 0% de B, 0,7-4,2 min 100% de B, 4,2-5,3 min 0% de B, 5,3-5,5 min 0% de B a um caudal de 3 mL/min. Os espectros de massa foram registados num espectrómetro Fisons VG Platform utilizando o modo positivo e negativo de electrospray (ES+ve e ES-ve).
Os perfis de DSC e TGA foram obtidos utilizando um analisador térmico simultâneo Netzsch STA449C utilizando um cadinho não selado com fluxo de azoto gasoso e um gradiente térmico de 10 °C/min.
As características de sorção de humidade foram obtidas utilizando uma microbalança de sorção de água Hiden Igasorb. O programa proporciona um aumento progressivo na humidade relativa (HR) de 0 a 90% de HR e depois desce de volta a 0% de HR em passos de 10% de HR. A análise de XRPD apresentada na Figura 1 e 2 foi realizada num difractómetro de pó Philips X'pert MPD, número de série DY667. O método funciona de 2 a 45 graus 2Teta com tamanho de passo de 0,02 graus 2Teta e 1 segundo de tempo de recolha em cada passo. A análise de XRPD apresentada na Figura 4 utilizou o mesmo instrumento com um acessório térmico Anton Parr TTK utilizando um método que funciona de 2 a 35 graus 2Teta com 54 tamanho de passo de 0,04 graus 2Teta e 1 segundo de tempo de recolha.
Intermediários
Intermediário 1: Ácido 6a,9a-difluoro-17a-[(2-furanil- carbonil)oxi]-113-hidroxi-16a-metil-3-oxo-androsta-l, 4-dieno-17p-carbotióico
Uma solução de ácido 6a, 9a-difluoro-ΙΙβ,17a-di-hidroxi-16a-metil-3-oxo-androsta-l,4-dieno-17p-carbotióico (preparado de acordo com o processo descrito no documento GB 2088877B) (18 g, 43,64 mmol) em diclorometano anidro (200 mL) e trietilamina (15,94 mL, 114 mmol) foi tratada a <5 °C com uma solução de cloreto de 2-furoílo (11,24 mL, 114 mmol) em diclorometano anidro (100 mL) durante, aproximadamente, 40 min. A solução foi agitada a <5 °C durante 30 min. O sólido resultante foi recolhido por filtração, lavado sucessivamente com solução aquosa de hidrogenocarbonato de sódio a 3,5%, água, 1 M de ácido clorídrico e água e seco in vacuo a 60 °C para produzir um sólido de cor creme. O filtrado de diclorometano foi lavado sucessivamente com solução de hidrogenocarbonato de sódio a 3,5%, água, ácido clorídrico a 1 M, água, seco (Na2SC>4) e evaporado para produzir um sólido de cor creme que foi combinado com aquele isolado acima. Os sólidos combinados (26,9 g) foram suspensos em acetona (450 mol) e agitados. Foi adicionada dietilamina (16,8 mol, 162 mol) e a mistura agitada à temperatura ambiente durante 4,5 h. A mistura foi concentrada e o precipitado recolhido por filtração e lavado com um pouco de acetona. As lavagens e o filtrado foram combinados, concentrados e carregados numa coluna Biotage de silica gel que foi eluida 55 com 24:1 de clorofórmiormetanol. As fracções que continham o componente mais polar foram combinadas e evaporadas para produzir um sólido de cor creme. Isto foi combinado com o sólido isolado acima e seco in vacuo para produzir um sólido de cor bege pálido (19,7 g) . Isto foi dissolvido em água morna, o pH ajustado a 2 com ácido clorídrico concentrado e a mistura extraída com acetato de etilo. 0 extracto orgânico foi seco (Na2S04) e evaporado para produzir, após secar a 50 °C, o composto do título como um sólido de cor creme (18,081 g, 82%) : Tempo de retenção de lcms 3,88 min, m/z 507 MH+, RMN δ (CDC13) inclui 7,61 (1H, m), 7,18-7,12 (2H, m), 6,52 (1H, dd, J 4,2 Hz), 6.46 (1H, s), 6,41 (1H, dd, J 10,2 Hz), 5,47 e 5,35 (1H, 2m), 4.47 (1H, bd, J 9 Hz), 3,37 (1H, m), 1,55 (3H, s), 1,21 (3H, s), 1,06 (3H, d, J 7 Hz) .
Intermediário 1: Ácido 6a,9a-difluoro-17a-[(2-furanil- carbonil)oxi]-113-hidroxi-16a-metil-3-oxo-androsta-l, 4-dieno-17β-οη^οίίόίοο (primeiro método alternativo)
Uma suspensão agitada de ácido 6a,9a-difluoro-ΙΙβ,17a-di-hidroxi-16a-metil-3-oxo-androsta-l, 4-dieno-17p-carbotióico (preparado de acordo com o processo descrito no documento GB 2088877B) (1 peso, 49,5 g) em acetona (10 vol) é arrefecida a 0-5 °C e tratada com trietilamina (0,51 peso, 2,1 eq), mantendo a temperatura abaixo de 5 °C, e agitada durante 5 min a 0-5 °C. É depois adicionado cloreto de 2-furoílo (0,65 peso, 2,05 eq) durante um mínimo de 20 min, mantendo uma temperatura de reacção a 0-5 °C. A reacção é agitada durante 30 min a 0-5 °C, depois retirada uma amostra para análise por HPLC. Uma solução de dietanolamina (1,02 peso, 4 eq) em metanol (0,8 vol) é adicionada durante cerca de 15 min, seguida por uma lavagem de 56 linha de metanol (0,2 vol) e a reacção agitada a 0-5 °C durante 1 h. É novamente retirada da reacção uma amostra para análise por HPLC, depois aquecida a, aproximadamente, 20 °C e tratada com água (1,1 peso). A mistura de reacção é depois tratada com uma solução de HC1 (SG1,18 (11,5 Μ), 1 vol) em água (10 vol) durante cerca de 20 min mantendo uma temperatura de reacção abaixo de 25 °C. A suspensão é agitada a 20-23 °C durante, pelo menos, 30 min, depois filtrada. O bolo de filtração é lavado com água (3x2 vol) . O produto é seco in vacuo a, aproximadamente, 60 °C de um dia para o outro para produzir o composto do título como um sólido branco (58,7 g, 96,5%).
Intermediário 1: ácido 6a,9a-difluoro-17a-[(2-furanil- carbonil) oxi] -l^-hidroxi-16a-metil-3-oxo-androsta-l, 4-dieno-173-carbotióico (segundo método alternativo)
Uma suspensão agitada de ácido 6a,9a-difluoro-ΙΙβ, 17a-di-hidroxi-16a-metil-3-oxo-androsta-l,4-dieno-17p-carbotióico (preparado de acordo com o processo descrito no documento GB 2088877B) (1 peso, 49,5 g) em acetona (10 vol) é arrefecida a 0-5 °C e tratada com trietilamina (0,51 peso, 2,1 eq), mantendo a temperatura abaixo de 5 °C e agitada durante 5 min a 0-5°. É depois adicionado cloreto de 2-furoílo (0,65 peso, 2,05 eq) durante um mínimo de 20 min, mantendo uma temperatura de reacção a 0-5 °C. A mistura de reacção é agitada durante, pelo menos, 30 minutos e diluída com água (10 vol) mantendo uma temperatura de reacção na gama de 0-5 °C. O precipitado resultante foi recolhido por filtração e lavado sequencialmente com acetona/água (50/50, 2 vol) e água (2x2 vol). O produto é seco sob vácuo a, aproximadamente, 55 °C de um dia para o outro, para produzir S-(2-furanilcarbonil)tioanidrido de 6a,9a-difluoro-17a- 57 [(2-furanilcarbonil)oxi]-lip-hidroxi-16a-metil-3-oxo-androsta-1,4-dieno-17p-ilo como um sólido branco (70,8 g, 98,2%) (rmn δ (CD3CN) 0,99 (3H, d) (J = 7,3 Hz), 1,24 (3H, s), 1,38 (1 H, m) (J = 3,9 Hz), 1,54 (3H, s), 1,67 (1H, m) , 1,89 (1H, d largo) (J = 15,2 Hz), 1,9-2,0 (1H, m), 2,29-2,45 (3H, m), 3,39 (1H, m), 4,33 (1H, m) , 4,93 (1H, s largo), 5,53 (1H, ddd) (J = 6,9, 1,9 Hz; JHf = 50,9 Hz), 6,24 (1H, m) , 6,29 (1H , dd) (J = 10,3, 2, 0 Hz), 6, 63 (2 H, m), 7,24-7,31 (3 H, m) , 7, 79 ( 1H, dd) (J = < 1 Hz), 7,86 (1H, dd) (J = < 1 Hz) ) . Uma porção do produto (0,56 g) é misturada com ácido 6a,9a-difluoro-ΙΙβ,17a-di-hidroxi-16a-metil-3-oxo-androsta-l,4-dieno-170-carbotióico (0,41 g) numa proporção molar de 1:1 em DMF (10 volumes relativamente à entrada total de esteróide). A mistura de reacção é tratada com trietilamina (aproximadamente, 2,1 equivalentes) e a mistura é agitada a, aproximadamente, 20 °C durante aproximadamente 6 horas. É adicionada água (50 vol) contendo excesso de HC1 conc (0,5 vol) à mistura de reacção e o precipitado resultante recolhido por filtração. O leito é lavado com água (2x5 vol) e seco in vacuo a, aproximadamente, 55 °C durante de um dia para o outro para produzir o composto do título como um sólido branco (0,99 g, 102%).
Intermediário IA: Sal de diisopropiletilamina do ácido 6a, 9a-difluoro-17a- [ (2-furanil-carbonil) oxi] -l^-hidroxi-16a-metil-3-oxo-androsta-l,4-dieno-17p-carbotióico
Uma suspensão agitada de ácido 6a,9a-difluoro-ΙΙβ,17a-di-hidroxi-16a-metil-3-oxo-androsta-l,4-dieno-17p-carbotióico (preparado de acordo com o processo descrito no documento GB 2088877B) (49,5 g) em metilacetato (500 mL) é tratada com 58 trietilamina (35 mL) mantendo uma temperatura de reacção na gama de 0-5 °C. É adicionado cloreto de 2-furoílo (25 mL) e a mistura agitada a 0-5 °C durante 1 hora. Uma solução de dietanolamina (52,8 g) em metanol (50 mol) é adicionada e a mistura agitada a 0-5 °C durante, pelo menos, 2 horas. É adicionado ácido clorídrico diluído (aprox. 1 M, 550 mL) mantendo uma temperatura de reacção abaixo de 15 °C e a mistura agitada a 15 °C. A fase orgânica é separada e a fase aquosa é novamente extraída com acetato de metilo (2x250 mL) . Todas as fases orgânicas são combinadas, lavadas sequencialmente com solução salina (5 x 250 mL) e tratadas com di-isopropiletilamina (30 mL) . A mistura de reacção é concentrada por destilação a pressão atmosférica num volume aproximado de 250 mL e arrefecida a 25-30 °C (a cristalização do produto desejado ocorre normalmente durante a destilação/subsequente arrefecimento). É adicionado éter butilmetílico terciário (TBME) (500 mL), a pasta adicionalmente arrefecida e envelhecida a 0-5 °C durante, pelo menos, 10 min. O produto é removido por filtração, lavado com TBME arrefecido (2x200 mL) e seco sob vácuo a, aproximadamente, O o O LO 1 o (75,3 qr 98,7%). RMN (CDCla) δ: 7 / ,54- -7, 46 (1H, m) , 7,20- -7,12 (1H, dd) , 7,07-6 ,99 (1H, dd), 6, 48- -6,41 (2 H, m), 6,41- -6,32 (1H, dd), 5,51-5,28 ( 1H, dddd2 J H-F 50 Hz) , 4, 45- 4,33 (1H, bd), 3,92- -3, 73 (3H, bm) , 3, 27-3,14 (2 H , q), 2, 64- 2,12 (5H, m) , 1, 88-: 1, 71 (2H, m), 1,58 -1,15 (3 H, s), i, 50- -1, 38 (15H, m) , 1,32- -1,23 (1H, m), 1 ,23-1,15 (3 H s), 1,09-0, 99 (3H [, d) 59
Intermediário 1B: Sal de trietilamina do ácido 6a,9a-difluoro-17a-[(2-furanilcarbonil)oxi]-llp-hidroxi-16a-metil-3-oxo-androsta-l,4-dieno-17β-carbotióico
Uma suspensão agitada de Intermediário 1 (30 g) em etilacetato (900 mL) é tratada com trietilamina (1,05 equivalente molar, 8,6 mL) e a mistura é agitada a, aproximadamente, 20 °C durante 1,5 horas. O precipitado é removido por filtração, lavado com etilacetato (2x2 vol) e seco in vacuo a 45 °C durante 18 horas para produzir de composto do titulo como um sólido branco (28, 8 g, 80%). RMN (CDC13 7,59-7,47 (1H, m), 7,23-7,13 (1H, dd), 7,08-6,99 (1H,
6,54-6,42 (2H, m), 6,42-6,32 (1H, dd), 5,55-5,26 (1H, dddd2 JH-F 50 Hz), 4,47-4, 33 (1H, bd), 3,88-3,70 (1H, bm), 3,31-3,09 (6H, q), 2,66-2,14 (5 H, m), 1,93-1,69 (2H, m), 1,61-1,48 (3H, s) , 1,43-1,33 (9H, t) , 1,33-1,26 (1H, m), 1,26-1,15 (3H s), 1,11-0,97 (3H, d) .
Exemplos
Exemplo 1: Forma não solvatada de éster S-fluorometílico do ácido 6a,9a-difluoro-17a-[(2-furanilcarbonil)oxi]-Ιΐβ-hidroxi-16a-metil-3-oxo-androsta-l, 4-άί6ηο-17β-θ3^οίίόίοο
Uma suspensão de Intermediário 1 (2,5 g, 4,94 mmol) foi dissolvida em Ν,Ν-dimetilformamida anidra (25 mL) e foi adicionado hidrogenocarbonato de sódio (465 mg, 5,53 mmol). A mistura foi agitada a -20 °C e foi adicionado bromofluorometano (0,77 mL, 6,37 mmol) e a mistura foi agitada a -20 °C durante 2 h. Foi adicionada dietilamina (2,57 mol, 24,7 mmole) e a mistura agitada a -20 °C durante 30 min. A mistura foi 60 adicionada a ácido clorídrico a 2 M (93 mL) e agitada durante 30 min. Foi adicionada água (300 mL) e o precipitado foi recolhido por filtração, lavado com água e seco in vacuo a 50 °C para produzir um sólido branco que foi recristalizado a partir de acetona/água (para produzir o solvato de acetona de éster S-fluorometílico do ácido 6a,9a-difluoro-17a-[(2-furanil-
carbonil)oxi]-llp-hidroxi-16a-metil-3-oxo-androsta-l,4-dieno-17p-carbotióico) e seco in vacuo a 50 °C para produzir o composto do título (2,351 g, 88%) : Tempo de retenção de LCMS 3, 6 6 min, m/z 539 MH+, RMN δ (CDC13) inclui 7, 60 (1H, 7, 18- 7,11 (2 H, m), 6,52 l ;ih, dd, J 4,2 Hz), 6,46 ( 1H, S), d H, dd, J 10 ,2 Hz), 5, 95 e 5, 82 (dd 2H, J 51,9 Hz) , 5j 5, 35 d H, 2m), 4,48 (1H, - m), 3, 48 (1H, m), 1,55 1 ; 3h, s), (3H, s) , 1,06 (3H, d, J 7 Hz) .
Actividade Farmacológica
Actividade Farmacológica in Vitro A actividade farmacologia foi avaliada num ensaio funcional in vitro de actividade agonista de glucocorticóide que geralmente permite prever a actividade anti-inflamatória ou antialérgica in vivo.
Para as experiências nesta secção, o composto de fórmula (I) foi utilizado como Forma 1 não solvatada. O ensaio funcional foi baseado naquele descrito por K. P. Ray et al., Biochem J. (1997), 328, 707-715. Células A549 transfectadas estavelmente com um gene repórter contendo os elementos responsivos NF-kb do promotor do gene ELAM acoplado a 61 sPAP (fosfatase alcalina segregada) foram tratadas com compostos de teste em doses apropriadas durante 1 hora a 37 °C. As células foram depois estimuladas com factor de necrose tumoral (TNF, 10 ng/mL) durante 16 horas, momento esse, em que a quantidade de fosfatase alcalina produzida é medida através de um ensaio colorimétrico convencional. Foram construídas curvas de resposta à dose a partir das quais foram estimados os valores de EC50.
Neste teste, 0 composto do Exemplo 1 apresentou um valor de EC50 < 1 nM. O receptor glucocorticóide (GR) pode funcionar em, pelo menos, dois mecanismos distintos, por regulação positiva da expressão genica através da ligação directa do GR a sequências específicas em promotores génicos e por regulação negativa da expressão génica que está a ser dirigida por outros factores de transcrição (tais como NFKB ou AP-1) através da sua interacção directa com GR.
Numa variante do método acima, para monitorizar estas funções, foram produzidos dois plasmídeos repórter e introduzidos separadamente em células epiteliais pulmonares humanas A549 por transfecção. A primeira linha celular contém o gene repórter da luciferase de pirilampo sob o controlo de um promotor sintético que responde especificamente à activação do factor de transcrição NFkB quando estimulado com TNFa. A segunda linha celular contém o gene repórter da luciferase de renila sob o controlo de um promotor sintético que compreende 3 cópias do elemento de resposta glucocorticóide de consenso, e que responde a estimulação directa por glucocorticóides. A medição simultânea da transactivação e transrepressão foi conduzida por mistura das 62 duas linhas celulares numa proporção de 1:1 em placa de 96 poços (40000 células por poço) e cultivando de um dia para o outro a 37 °C. Os compostos de teste foram dissolvidos em DMSO, e adicionados às células numa concentração final de DMSO de 0,7%. Após incubação durante 1 h foi adicionado 0,5 ng/mL de TNFa (R&D Systems) e após mais 15 horas a 37 °C, foram medidos os níveis da luciferase de pirilampo e renila utilizando o kit Packard Firelite seguindo as instruções do fabricante. Foram construídas curvas de resposta à dose a partir das quais foram estimados os valores de EC50.
Transactivação (GR) Transrepressão (NFKB) ECso (nM) ECso (nM)
Composto de Formula (I) Metabolito (X) Propionato de fluticasona 0,06 0,20 > 250 > 1000 0, 07 0, 16
Actividade Farmacológica in Vivo A actividade farmacológica in vivo foi avaliada num modelo de eosinofilia em rato Brown Norway sensibilizado com ovalbumina. Este modelo é concebido para mimetizar a eosinofilia pulmonar induzida por alergénio, um importante componente da inflamação pulmonar na asma.
Para as experiências nesta secção, o composto de fórmula (I) foi utilizado como Forma 1 não solvatada. 63 0 composto (I) produziu inibição dependente da dose da eosinofilia pulmonar neste modelo, após dosagem como uma suspensão intra-traqueal (IT) em soro fisiológico 30 min antes da estimulação com ovalbumina. É conseguida inibição significativa após uma única dose de 30 pg de composto (I) e a resposta foi significativamente maior (p= 0,016) do que aquela observada com uma dose equivalente de propionato de fluticasona no mesmo estudo (69% de inibição com composto (I) contra 41% de inibição com propionato de fluticasona).
Num modelo de rato de involução do timo, 3 doses diárias IT de 100 pg de composto (I) induziram reduções significativamente menores no peso do timo (p= 0, 004) do que uma dose equivalente de propionato de fluticasona no mesmo estudo (67% de redução do peso do timo com composto (I) contra 78% de redução com propionato de fluticasona).
Analisados em conjunto, estes resultados indicam um índice terapêutico superior para o composto (I) comparativamente ao propionato de fluticasona.
Metabolismo in vitro em hepatócitos humanos e de rato A incubação do composto (I) com hepatócitos humanos e de rato mostra o composto a ser metabolizado de um modo idêntico ao propionato de fluticasona, sendo o ácido 17—β carboxílico (X) o único metabolito significativamente produzido. A investigação da velocidade de aparecimento deste metabolito após incubação do composto (I) com hepatócitos humanos (37 °C, concentração do fármaco de 10 μΜ, hepatócitos de 3 indivíduos, 0,2 e 0,7 milhões 64 de células) mostra o composto (I) a ser metabolizado cerca de 5 vezes mais rapidamente do que propionato de fluticasona:- Número do indivíduo Densidade celular (milhões de células/mL) Produção do metabolito ácido 17-β (pmol/h) Composto (I) Propionato de fluticasona 1 0,2 48,9 18,8 1 0,7 73,3 35,4 2 0,2 118 9,7 2 0,7 903 23, 7 3 0,2 102 6,6 3 0,7 580 23,9
Mediana da produção de metabolito de 102-118 pmol/h para o composto (I) e de 18,8-23,0 pmol/h para o propionato de fluticasona. Fármacocinética após dosagem intravenosa (IV) e oral em ratos O composto (I) foi dosado oralmente (0,1 mg/kg) e IV (0,1 mg/kg) em ratos machos Wistar Han e determinados parâmetros farmacocinéticos. O composto (I) apresentou biodisponibilidade oral insignificante (0,9%) e eliminação plasmática de 47,3 mL/min/kg, aproximando-se do fluxo sanguíneo hepático (eliminação plasmática do propionato de fluticasona = 45,2 mL/min/kg). 65
Farmacocinética após dosagem intra-traqueal de pó seco em porco.
Porcos anestesiados (2) foram dosados intra-traquealmente com uma mistura homogénea de composto (I) (1 mg) e propionato de fluticasona (1 mg) como uma mistura de pó seco em lactose (10% p/p) . Foram retiradas em série amostras de sangue até 8 h após a dosagem. Foram determinados os níveis plasmáticos de composto (I) e propionato de fluticasona após extracção e análise utilizando metodologia de LC-MS/MS, sendo os limites inferiores de quantificação dos métodos de 10 e 20 pg/mL para o composto (I) e propionato de fluticasona, respectivamente.
Utilizando estes métodos, o composto (I) foi quantificável até 2 horas após a dosagem e o propionato de fluticasona foi quantificável até 8 horas após a dosagem. As concentrações plasmáticas máximas foram observadas para ambos os compostos no intervalo de 15 min após a dosagem. Os dados de semi-vida plasmática obtidos da dosagem IV (0,1 mg/kg) foram utilizados para calcular os valores de AUC (0-inf) para o composto (I) .
Isto compensa o facto do perfil plasmático do Composto (I) ser apenas definido até 2 horas após uma dose IT e remove qualquer parcialidade devido a dados limitados entre o composto (I) e propionato de fluticasona.
Os valores de Cmáx e AUC (0-inf) mostram uma exposição sistémica acentuadamente reduzida para o composto (I) comparativamente ao propionato de fluticasona:- 66
Cmáx (pg/mL) AUC (0-inf) (h.pg/mL) Porco 1 Porco 2 Porco 1 Porco 2 Composto de Fórmula (I) 117 81 254 221 Propionato de 277 218 455 495 fluticasona
Os parâmetros farmacocinéticos tanto para o composto (I) como para o propionato de fluticasona foram os mesmos no porco anestesiado, após administração intravenosa de uma mistura dos dois compostos a 0,1 mg/kg. A eliminação destes dois glucocorticóides é semelhante neste modelo experimental de porco.
Exemplo 1: Forma 1 Não Solvatada de éster S-fluorometílico do_ácido_6a, 9a-dif luoro-17a- [ (2-furanilcarbonil) oxi] -11β- hidroxi-16a-metil-3-oxo-androsta-l,4-dieno-17Q-carbotióico (primeiro método alternativo)
Uma suspensão móvel de Intermediário IA (12,61 g, 19,8 mmol; equivalente a 10 g de Intermediário 1) em acetato de etilo (230 mL) e água (50 mL) é tratada com um catalisador de transferência de fase (cloreto de benziltributilamónio, 10% mol), arrefecida a 3 °C e tratada com bromofluorometano (1,10 mL, 19,5 mmol, 0,98 equivalentes), lavando com acetato de etilo (EtOAc) (20 mL) pré-arrefecido (0 °C). A suspensão é agitada de um dia para o outro, deixando aquecer até 17 °C. A camada aquosa é separada e a fase orgânica é lavada sequencialmente com 1 M de HC1 (50 mL), 1% p/v de solução de NaHC03 (3x50 mL) e água (2x50 mL) . A solução de etilacetato é destilada à pressão atmosférica até o distilado atingir uma 67 temperatura de, aproximadamente, 73 °C, ponto este em que é adicionado tolueno (150 mol). A destilação é mantida à pressão atmosférica até ser removido todo o EtOAc restante (temperatura aproximada do distilado de 103 °C) . A suspensão resultante é arrefecida e envelhecida a <10 °C e removida por filtração. O leito é lavado com tolueno (2x30 mL) e o produto seco em estufa sob vácuo a 60 °C até peso constante, para produzir o composto do título (8,77 g, 82%)
Exemplo 1: Forma 1 Não Solvatada de éster S-fluorometílico do_ácido_6a, 9a-difluoro-17a- [ (2-furanilcarbonil) oxi] -11β- hidroxi-16a-metil-3-oxo-androsta-l, 4-dieno-17ft-carbotióico (segundo método alternativo)
Uma suspensão de solvato de acetona de éster S-fluorometílico do ácido 6a,9a-difluoro-17a-[(2- furanilcarbonil)oxi]-llp-hidroxi-16a-metil-3-oxo-androsta-l,4-dieno-17p-carbotióico (preparado, e. g., de acordo com o Exemplo 11) (50,0 g) em acetona (1500 mL) e água (75 mol) foi aquecida ao refluxo. A mistura resultante foi clarificada por filtração a quente (papel de filtro Whatman 54), durante a qual algum sólido cristalizou no filtrado. Foi adicionada mais acetona (200 mL) ao filtrado produzindo uma solução clara em refluxo. A solução foi destilada à pressão atmosférica até ser assinalada turbidez enquanto em refluxo (aprox. 750 mL de solvente recolhido). Foi adicionado tolueno (1000 mL) à solução quente e foi mantida a destilação à pressão atmosférica produzindo cristalização a uma temperatura de, aproximadamente, 98 °C. A destilação do solvente foi mantida até ser atingida uma temperatura de reacção de 105 °C (aproximadamente, 945 mL de solvente recolhido). A mistura foi arrefecida até à temperatura 68 ambiente, adicionalmente arrefecida e envelhecida a <10 °C durante 10 min. O produto foi removido por filtração, lavado com tolueno (150 mL) e seco por sucção. O produto foi seco a, aproximadamente, 60 °C sob vácuo durante 16 h para produzir o composto do título como um sólido branco denso (37,8 g, 83,7%). O perfil de XRPD do produto do Exemplo 1 é apresentado na Figura 1. Os perfis de DSC e TGA são apresentados na Figura 3.
Exemplo 2: Forma 2 Não Solvatada de éster S-fluorometílico do_ácido_6a, 9a-difluoro-17a- [ (2-furanilcarbonil) oxi] —11 β — hidroxi-16a-metil-3-oxo-androsta-l,4-dieno-17p-carbotióico
Uma suspensão de ácido do éster S-fluorometílico de 6a, 9a-difluoro-17a-[(2-furanilcarbonil)oxi]-lip-hidroxi-16a-metil-3-oxo-androsta-l,4-dieno-17^-carbotióico (preparado, por exemplo, de acordo com o Exemplo 1, primeiro método) (6,0 g) em diclorometano (180 mL) foi aquecida ao refluxo para produzir uma solução clara. A solução foi clarificada por filtração a quente (papel de filtro Whatman 54) e a solução foi destilada à pressão atmosférica (aprox. 100 mL de solvente recolhido) produzindo cristalização em refluxo. A mistura foi mantida em refluxo durante, aproximadamente, 30 min e arrefecida lentamente até à temperatura ambiente. A mistura foi adicionalmente arrefecida e envelhecida a 10-20 °C durante 2 horas. A pasta foi arrefecida abaixo de 10 °C e o produto foi removido por filtração, seco por sucção e seco a, aproximadamente, 60 °C sob vácuo de um dia para o outro para produzir um sólido branco (4,34 g, 71%).
Uma amostra mais pura da Forma 2 Não Solvatada de éster S-fluorometílico do ácido 6a,9a-difluoro-17a-[(2-furanil- 69 carbonil) oxi] -l^-hidroxi-16a-metil-3-oxo-androsta-l, 4-dieno-17β-carbotióico foi obtida através de cristalização por arrefecimento de éster S-fluorometílico do ácido 6a,9a-difluoro-17a-[(2-furanil-carbonil)oxi]-llp-hidroxi-16a-metil-3-oxo-androsta-1,4-άίθηο-17β-θ3^ο^όίσο (preparado, e. g., de acordo com o Exemplo 1, primeiro método) em metanol (60 volumes, destilados à pressão atmosférica até aprox. 37,5 volumes). O produto foi isolado por filtração e seco em estufa a 60 °C sob vácuo durante 16 horas para produzir de um sólido branco electrostático (4,34 g, 71%). O perfil de XRPD do produto do Exemplo 2 é apresentado na Figura 1.
Exemplo 3: Forma 3 Não Solvatada de éster S-fluorometílico do_ácido_6a, 9a-difluoro-17a- [ (2-furanilcarbonil) oxi] -11β- hidroxi-16a-metil-3-oxo-androsta-l,4-dieno-17β-carbotióico (segundo método alternativo)
Uma suspensão de solvato de acetona de éster S-fluorometílico do ácido 6a,9a-difluoro-17a-[(2-furanil carbonil) oxi] -l^-hidroxi-16a-metil-3-oxo-androsta-l, 4-dieno-17β-θ3^ο^όίοο (preparado, e. g., de acordo com o Exemplo 11) (20,0 g) em diclorometano (800 mL, 40 volumes) e água (10 mL, 0,5 volumes) foi aquecida ao refluxo produzindo uma solução clara. A solução foi clarificada por filtração a quente (papel de filtro Whatman 54), durante a qual algum sólido cristalizou no filtrado que foi totalmente dissolvido após aquecimento ao refluxo. A solução foi destilada à pressão atmosférica (aprox. 400 mL de solvente recolhido) e deixada a arrefecer até à temperatura ambiente. A mistura foi adicionalmente arrefecida e 70 envelhecida a <10 °C durante 10 min. O produto foi removido por filtração, seco por sucção e seco a, aproximadamente, 60 °C sob vácuo de um dia para o outro para produzir um sólido branco (12,7 g, 70%). O perfil de xrpd do produto do Exemplo 3 é apresentado na Figura 1 e Figura 4.
Exemplo 4: interconversão das Formas 1, 2 e 3 não solvatadas de éster S-fluorometilico do ácido 6a, 9a-difluoro-17a- [ (2-furanilcarbonil)oxi]-113-hidroxi-16a-metil-3-oxo-androsta-1,4-άί6ηο-17β-θ3^οίίόίοο A suspensão de uma mistura de Forma 1 e Forma 2 em água à temperatura ambiente revelou que os componentes são totalmente transformados na Forma 1, ao longo do tempo. Os resultados de XRPD são apresentados na Figura 2. Foram obtidos resultados semelhantes por suspensão de uma mistura de Forma 1 e Forma 2 em etanol à temperatura ambiente. A partir destes resultados pode ser concluído que a Forma 1 é a forma polimórfica termodinamicamente mais estável das duas formas.
Os estudos térmicos de XRPD na Forma 3 foram realizados como apresentado na Figura 4. O perfil de temperatura e de tempo são apresentados na Figura 5 e os 5 traçados apresentados na Figura 4 foram obtidos nos pontos de equilíbrio apresentados na Figura 5. Os resultados indicam que à medida que a temperatura é aumentada, a Forma 3 é convertida primeiro na Forma 2 e depois na Forma 1. 71
Exemplo 5: Sorção de humidade das Formas 1, 2 e 3 não solvatadas de éster S-fluorometílico do ácido 6a, 9a-difluoro-17a-[(2-furanilcarbonil)oxi]-llp-hidroxi-16a-metil-3-oxo-androsta-1,4-dieno-17p-carbotióico
As características de sorção de humidade das três formas foram determinadas por monitorização da variação de peso do sólido quando exposto a humidade progressivamente crescente e depois decrescente. Os resultados obtidos foram como se segue:
Forma 1: incorporação de 0,18% p/p de humidade ao longo da gama de 0-90% de humidade a 25 °C.
Forma 2: incorporação de 1,1-2,4% p/p de humidade ao longo da gama de 0-90% de humidade a 25 °C.
Forma 3: incorporação de 1,2-2,5% p/p de humidade ao longo da gama de 0-90% de humidade a 25 °C.
Exemplo 6: Entalpias de dissolução das Formas 1 e 3 não solvatadas de éster S-fluorometílico do ácido 6a,9a-difluoro-17a- [ (2-furanilcarbonil) oxi] -l^-hidroxi-16a-metil-3-oxo-androsta-1,4-άί6ηο-17β-θ3^οίίόίοο
As entalpias de dissolução em DMSO e acetonitrilo foram determinadas a 25 °C. Os resultados foram como se segue: 72
Forma I
Forma 3
Acetonitrilo +13,74 +8,62 DMSO +1,46 -5,21 (resultados em kJ/mol) A partir destes resultados pode ser determinado que a entalpia de transição da Forma 3 para a Forma 1 é aproximadamente 5,1-6,7 kj/mol. Assumindo que a entropia de transição é pequena, uma vez que ambas as Formas são não solvatadas, a entalpia de transição pode ser igualada à energia livre de transição. Assim, estes dados sugerem que a Forma 1 é a forma termodinamicamente mais estável a 25 °C.
Exemplo 7: Solvato de metiletilcetona de éster S-fluorometílico do ácido 6a,9a-difluoro-17a-[(2-furanil-carbonil) oxi] -l^-hidroxi-16a-metil-3-oxo-androsta-l, 4-dieno-17p-carbotióico
Uma suspensão de éster S-fluorometílico do ácido 6a,9a-difluoro-17a-[(2-furanil-carbonil)oxi]-llp-hidroxi-16a-metil-3-oxo-androsta-l,4-dieno-17p-carbotióico (preparado, e. g., de acordo com o Exemplo 1) (400 mg) em metiletilcetona (3,2 mL) é aquecida ao refluxo para produzir uma solução límpida. Uma porção do solvente é removida por destilação à pressão atmosférica (aprox. 1 mL) e a mistura arrefecida até aproximadamente 20 °C. O produto cristalizado é removido por filtração, seco a, aproximadamente, 20 °C sob vácuo para produzir o composto do título como um sólido branco (310 mg, 68%). A RMN δ (CDC13) inclui os picos descritos no Exemplo 1 para 73 o composto percursor e os seguintes picos de solvente adicionais: 2,45 (2H, q), 2,14 (3H, s), 1,06 (3H, t).
Exemplo 8: Solvato de isopropanol de éster S-fluorometilico do_ácido_6a, 9a-dif luoro-17a- [ (2-furanil-carbonil) oxi] —11 β — hidroxi-16a-metil-3-oxo-androsta-l, 4-dieno-178-carbotióico
Uma solução de éster S-fluorometilico do ácido 6a, 9a-difluoro-17a-[(2-furanil-carbonil)oxi]-llp-hidroxi-16a-metil-3-oxo-androsta-l,4-dieno-17p-carbotióico (preparado, e. g., de acordo com o Exemplo 1) (150 mg) em isopropanol (15 mL) é deixada a cristalizar lentamente durante um período de aproximadamente 8 semanas. Os cristais volumosos resultantes são isolados por filtração para produzir o composto do título como um sólido branco. A RMN δ (CDC13) inclui os picos descritos no Exemplo 1 para o composto percursor e os seguintes picos de solvente adicionais: 4,03 (1 H, m), 1,20 (6H, d).
Exemplo 9: Solvato de tetra-hidrofurano de éster S-fluorometilico do ácido 6a,9a-difluoro-17a-[(2-furanil-carbonil) oxi] -l^-hidroxi-16a-metil-3-oxo-androsta-l, 4-dieno- 17p-carbotióico
Uma suspensão de éster S-fluorometilico do ácido 6a,9a-difluoro-17a-[(2-furanil-carbonil)oxi]-lip-hidroxi-16a-metil-3-oxo-androsta-l,4-dieno-17p-carbotióico (preparado, e. g., de acordo com o Exemplo 1) (150 mg) em THF (20 vol) é aquecida para produzir uma solução límpida. O solvente é deixado a evaporar lentamente durante um período de 6 dias para produzir o composto do título como um sólido branco. Alternativamente, a 74 solução de THF é adicionada, gota a gota, a uma solução de bicarbonato de potássio (2% p/p) em água (50 vol) e o produto precipitado recolhido por filtração para produzir o composto do título como um sólido branco. A RMN δ (CDCI3) inclui os picos descritos no Exemplo 1 para o composto percursor e os seguintes picos de solvente adicionais: 3,74 (4H, m), 1,85 (4H, m).
Exemplo 9: Solvato de tetra-hidrofurano de éster S-fluorometílico do ácido 6a,9a-difluoro-17g-[(2-furanil- carbonil)oxi]-llp-hidroxi-16a-metil-3-oxo-androsta-l, 4-dieno-173-carbotióico (método alternativo)
Uma suspensão móvel de sal de trietilamina do ácido 6a,9a-difluoro-17a-[(2-furanil-carbonil)oxi]-llp-hidroxi-16a-metil-3-oxo-androsta-l,4-dieno-17p-carbotióico (preparada, e. g., de acordo com Intermediário 1B) (1,2 g) em THF (10 mL) é tratada com um catalisador de transferência de fase (brometo de tetrabutilamónio, tipicamente entre 8 e 14% mol), arrefecida até aproximadamente 3 °C e tratada com bromofluorometano (0,98 equivalentes). Uma suspensão é agitada durante 2 a 5 horas, deixada a aquecer até 17 °C. A mistura de reacção é vertida em água (30 vol), agitada a, aproximadamente, 10 °C durante 30 min e removida por filtração. O sólido recolhido é lavado com água (4x3 vol) e o produto seco em estufa sob vácuo a 60 °C de um dia para 0 outro para produzir 0 composto do título como um sólido branco (0,85 g, 87%). 75
Exemplo 10: Solvato de DMF de éster S-fluorometílico do ácido 6a, 9a-difluoro-17a-[(2-furanil-carbonil)oxi]-Ιΐβ-hidroxi-16oí-metil-3-oxo-androsta-l, 4-dieno-17p-carbotióico
Uma mistura de Intermediário 1 (4,5 g, 8,88 mmol) em DMF (31 mL) é tratada com bicarbonato de potássio (0,89 g, 8,88 mmol) e a mistura é arrefecida até -20 °C. É adicionada uma solução de bromofluorometano (0,95 g, 8,50 mmol, 0,98 eqv.) em DMF (4,8 mL) a 0 °C e a mistura é agitada a -20 °C durante 4 horas. A mistura é depois agitada a -20 °C durante mais 30 min, adicionada a ácido clorídrico a 2 M (100 mol) e agitada durante mais 30 min a 0-5 °C. O precipitado recolhido por filtração em vácuo, lavado com água e seco a 50 °C para produzir o composto do título (4,47 g, 82%). A RMN δ (CD3OD) inclui os picos descritos no Exemplo 1 para o composto percursor e os seguintes picos de solvente adicionais: 7,98 (1 H, bs), 2,99 (3 H, s), 2,86 (3H, s).
Exemplo 11: Solvato de acetona de éster S-fluorometílico do ácido 6a,9a-difluoro-17a-[(2-furanil-carbonil)oxi]-Ιΐβ-hidroxi-16oí-metil-3-oxo-androsta-l,4-dieno-17p-carbotióico
Uma solução de Intermediário 1 (530,1 g, 1 peso) em dimetilformamida (DMF) (8 vol) é tratada com hidrogenocarbonato de potássio (0,202 peso, 1,02 eq) e a mistura arrefecida até -17±3 °C com agitação. É depois adicionado bromofluorometano (BFM) (0,22 peso, 0,99 eq) e a reacção agitada a -17±3 °C durante, pelo menos, 2 h. A mistura de reacção é depois adicionada a água (17 vol) a 53 °C durante cerca de 10 min, seguida por uma lavagem de linha com água (1 vol). A suspensão é agitada a 5-10 °C durante, pelo menos, 30 min e depois filtrada. 76 0 bolo de filtração (o solvato de DMF de éster S-fluorometílico do ácido 6a,9a-difluoro-17a-[(2-furanil-carbonil)oxi]-11β-hidroxi-16a-metil-3-oxo-androsta-l,4-dieno-17p-carbotióico) é lavado com água (4x4 vol) e o produto é seco no filtro por sucção. 0 bolo húmido é retornado ao recipiente, adicionada acetona (5,75 vol) e aquecido ao refluxo durante 2 h. A mistura é arrefecida a 52±3 °C e adicionada água (5,75 vol), mantendo a temperatura a 52±3 °C. A mistura é depois arrefecida a 20±3 °C, filtrada e seca in vacuo a 60±5 °C de um dia para o outro para produzir o composto do título como um sólido branco (556,5 g, 89%). A RMN δ (CDC13) inclui os picos descritos no Exemplo 1 para o composto percursor e os seguintes picos de solvente adicionais: 2,17 (6H, s) .
Exemplo 12: Composição de pó seco contendo éster S-fluorometílico do ácido 6a,9a-difluoro-17a-[(2-furanil- carbonil) oxi] -l^-hidroxi-16a-metil-3-oxo-androsta-l, 4-dieno-17p-carbotióico, Forma 1 Não Solvatada
Uma formulação de pó seco foi preparada como se segue: Éster S-fluorometílico do ácido 6a,9a-difluoro-17a-[(2-furanil-carbonil )oxi]-lip-hidroxi-16a-metil-3-oxo-androsta-l, 4-dieno-17p-carbotióico, Forma 1 Não Solvatada (preparado de acordo com o Exemplo 1, primeiro método alternativo e micronizado a um MMD de 3 pm): 0,20 mg lactose moída (em que não mais do que 85% das partículas têm um MMD de 60-90 pm, e não menos de 15% das partículas têm um MMD menor que 15 pm): 12 mg 77
Foi preparada uma placa blister descartável contendo 60 alvéolos, cada um cheio com uma formulação como agora descrita.
Exemplo 13: Formulação de aerossol contendo éster S-fluorometílico do ácido 6a,9a-difluoro-17a-[(2-furanil- carbonil) oxi] -lip-hidroxi-16a-metil-3-oxo-androsta-l, 4-dieno-173-carbotióico, Forma 1 Não Solvatada
Uma botija de alumínio foi cheia com uma formulação como se segue: Éster S-fluorometílico do ácido 6a,9a-difluoro-17a-[(2-furanil-carbonil)oxi]-lip-hidroxi-16a-metil-3-oxo-androsta-l,4-dieno-17p-carbotióico, Forma 1 Não Solvatada (preparado de acordo com o Exemplo 1, primeiro método alternativo e micronizado a um MMD de 3 pm): 250 pg
1,1,1,2-tetrafluoroetano: para 50 pL (quantidades por actuação) numa quantidade total adequada para 120 actuações e a botija foi acoplada com uma válvula doseadora adaptada para dispensar 50 pL por actuação. 78
Exemplo_14 :_Formulação_nasal_contendo_éster S-fluorometílico do ácido 6a,9a-difluoro-17a-[(2-furanil- carbonil)oxi]-llp-hidroxi-16a-metil-3-oxo-androsta-l,4-dieno-17p-carbotióico, Forma 1 Não Solvatada
Uma formulação para distribuição intranasal foi preparada como se segue: Éster S-fluorometílico do ácido 6a,9a-difluoro-17a-[(2-furanil-carbonil)oxi]-llp-hidroxi-16a-metil-3-oxo-androsta-l,4-dieno-17p-carbotióico, Forma 1 Não Solvatada (preparado de acordo com o Exemplo 1, primeiro método alternativo, micronizado): 10 mg
Polissorbato 20 0,8 mg
Monolaurato de sorbitano 0,09 mg
Di-hidrogenofosfato de sódio di-hidratado 94 mg Fosfato de sódio dibásico anidro 17,5 mg
Cloreto de sódio 48 mg
Água desmineralizada para 10 mL A formulação foi colocada numa bomba de pulverização capaz de distribuir uma pluralidade de doses calibradas (Valois).
Lisboa, 6 de Dezembro de 2007 79
Claims (73)
- REIVINDICAÇÕES 1. Composto de fórmula (I)e os seus solvatos.
- 2. Composto de fórmula (I) como definido na reivindicação 1 em forma não solvatada.
- 3. Composto de fórmula (I) em forma não solvatada como definido na reivindicação 2 na forma de polimorfo de Forma 1. 4 . Composto de fórmula (I) em forma não solvatada como definido na reivindicação 2 na forma de polimorfo de Forma 2. 5. Composto de fórmula (I) em forma não solvatada como definido na reivindicação 2 na forma de polimorfo de Forma 3. 6 . Composto de fórmula (I) como definido na reivindicação 1 como um sólido cristalino na forma de um solvato essencialmente estequiométrico com acetona. 1
- 7. Composto de fórmula (I) como definido na reivindicação 1 como um sólido cristalino na forma de um solvato essencialmente estequiométrico com tetra-hidrofurano.
- 8. Composto de fórmula (I) como definido na reivindicação 1 como um sólido cristalino na forma de um solvato essencialmente estequiométrico com isopropanol.
- 9. Composto de fórmula (I) como definido na reivindicação 1 como um sólido cristalino na forma de um solvato essencialmente estequiométrico com metiletilcetona.
- 10. Composto de fórmula (I) como definido na reivindicação 1 como um sólido cristalino na forma de um solvato essencialmente estequiométrico com dimetilformamida.
- 11. Composto de fórmula (I) ou um seu solvato fisiologicamente aceitável como definido em qualquer uma das reivindicações 1 a 5 para utilização em medicina veterinária ou humana.
- 12. Utilização de um composto de fórmula (I) ou um seu solvato fisiologicamente aceitável como definido em qualquer uma das reivindicações 1 a 5 para a preparação de um medicamento para o tratamento de estados inflamatórios e/ou alérgicos.
- 13. Utilização de um composto de fórmula (I) ou um seu solvato fisiologicamente aceitável de acordo com a reivindicação 12 para o tratamento de um estado inflamatório do nariz. 2
- 14. Utilização como reivindicada na reivindicação 13, em que o estado inflamatório do nariz é a rinite.
- 15. Utilização de um composto de fórmula (I) ou um seu solvato fisiologicamente aceitável de acordo com a reivindicação 12 para o tratamento da conjuntivite.
- 16. Utilização como reivindicada em qualquer uma das reivindicações 13 a 15, em que o composto de fórmula (I) ou um seu solvato fisiologicamente aceitável é para administração por inalação.
- 17. Utilização como reivindicada em qualquer uma das reivindicações 13 a 16, em que o composto de fórmula (I) ou um seu solvato fisiologicamente aceitável é para administração local.
- 18. Utilização como reivindicada em qualquer uma das reivindicações 13 a 16, em que o composto de fórmula (I) ou um seu solvato fisiologicamente aceitável é para administração tópica.
- 19. Composição farmacêutica compreendendo um composto de fórmula (I) ou um seu solvato fisiologicamente aceitável como definido em qualquer uma das reivindicações 1 a 5 em mistura com um ou mais diluentes ou veículos fisiologicamente aceitáveis.
- 20. Composição farmacêutica como reivindicada na reivindicação 19 compreendendo um composto de fórmula (I) como definido na reivindicação 2. 3
- 21. Composição farmacêutica como reivindicada na reivindicação 19 compreendendo um composto de fórmula i (I) como definido na reivindicação 3. 22. Composição farmacêutica como reivindicada na reivindicação 19 compreendendo um composto de fórmula i (I) como definido na reivindicação 4. 23. Composição farmacêutica como reivindicada na reivindicação 19 compreendendo um composto de fórmula i (I) como definido na reivindicação 5.
- 24. Composição farmacêutica de acordo com qualquer uma das reivindicações 19 a 23, em que a composição é uma preparação para pulverização.
- 25. Composição farmacêutica de acordo com qualquer uma das reivindicações 19 a 23, em que o referido composto de fórmula (I) ou um seu solvato fisiologicamente aceitável está presente numa quantidade de 0,001 a 10% em peso da referida composição.
- 26. Formulação farmacêutica de aerossol compreendendo um composto de fórmula (I) ou um seu solvato fisiologicamente aceitável como definido em qualquer uma das reivindicações 1 a 5 que é não pressurizada e adaptada para ser administrada topicamente à cavidade nasal.
- 27. Formulação farmacêutica de acordo com a reivindicação 26 que contém água como diluente ou veículo. 4
- 28. Formulação farmacêutica de aerossol compreendendo um composto de fórmula (I) ou um seu solvato fisiologicamente aceitável, como definido em qualquer uma das reivindicações 1 a 5, e um fluorocarboneto ou clorofluorocarboneto contendo hidrogénio como propulsor, opcionalmente em combinação com um tensioactivo ou um co-solvente.
- 29. Formulação farmacêutica de aerossol de acordo com a reivindicação 28, caracterizada por o medicamento não compreender medicamento particulado.
- 30. Formulação farmacêutica de aerossol de acordo com a reivindicação 28 ou reivindicação 29 que compreende um composto de fórmula (I) ou um seu solvato fisiologicamente aceitável como definido em qualquer uma das reivindicações 1 a 3, e um fluorocarboneto ou clorofluorocarboneto contendo hidrogénio como propulsor e um agente de suspensão que é solúvel no propulsor.
- 31. Formulação farmacêutica de aerossol de acordo com a reivindicação 30, em que o agente de suspensão é um ácido oligoláctico ou um seu derivado.
- 32. Formulação farmacêutica de aerossol de acordo com qualquer uma das reivindicações 28 a 31, em que o propulsor é seleccionado de 1,1,1,2-tetrafluoroetano, 1,1,1,2,3,3,3- heptafluoro-n-propano e as suas misturas.
- 33. Formulação farmacêutica de aerossol de acordo com a reivindicação 32 que consiste essencialmente de um composto de fórmula (I) ou um seu solvato fisiologicamente aceitável como definido em qualquer uma das reivindicações 1 a 3, 5 opcionalmente em combinação com outro agente terapeuticamente activo e um propulsor seleccionado de 1,1,1,2-tetrafluoroetano, 1,1,1,2,3,3,3-heptafluoro-n- propano e as suas misturas.
- 34. Composição farmacêutica de acordo com qualquer uma das reivindicações 19 a 33 que compreende ainda outro agente terapeuticamente activo.
- 35. Composição farmacêutica de acordo com a reivindicação 34, em que o referido outro agente terapeuticamente activo é um anti-histamínico, agente anti-inflamatório ou agente anti-infeccioso.
- 36. Composição farmacêutica de acordo com a reivindicação 35, em que o referido anti-histamínico é metapirileno ou loratadina, o referido agente anti-inflamatório é um NSAID e o referido agente anti-infeccioso é um antibiótico ou antiviral.
- 37. Composição farmacêutica de acordo com a reivindicação 34, em que o referido outro agente terapeuticamente activo é um inibidor de PDE4.
- 38. Composição farmacêutica de acordo com a reivindicação 37, em que o inibidor de PDE4 é, pelo menos, um seleccionado do grupo consistindo em (R)-( + )-1-(4-bromobenzil)-4-[ (3-ciclopentiloxi)-4-metoxifenil]-2-pirrolidona; 3-(ciclo- pentiloxi-4-metoxifenil) -1- (4-Ν'- [N2-ciano-S-metil-isotioureido]benzil)-2-pirrolidona; ácido cis 4-ciano-4-(3-ciclopentiloxi-4-metoxifenil)ciclo-hexano-l-carboxílico; cis-[4-ciano-4-(3-ciclopropilmetoxi-4-difluorometoxi- 6 fenil)ciclo-hexan-l-ol]; [4-(3-ciclopentiloxi-4- metoxifenil)pirrolidino-2-ilideno]acetato de (R)-(+)-etilo; [4-(3-ciclopentiloxi-4-metoxifenil)pirrolidino-2-ilideno]-acetato de (S)-(-)-etilo; e 2-carbometoxi-4-ciano-4-(3-ciclopropilmetoxi-4-difluorometoxifenil)ciclo-hexan-l-ona.
- 39. Composto de fórmula (I) ou um seu solvato fisiologicamente aceitável como definido em qualquer uma das reivindicações 1 a 5 para utilização no tratamento de um estado inflamatório e/ou alérgico.
- 40. Processo para preparar um composto de fórmula (I) de acordo com a reivindicação 1 ou um seu solvato que compreende a alquilação do grupo 17p-carbotióico de um composto de fórmula (II)ou um seu sal com um composto de fórmula FCH2L, em que L representa um grupo abandonante.
- 41. Processo de acordo com a reivindicação 40, em que a alquilação é realizada por reacção do composto de fórmula (II) ou um seu sal com um halogeneto de fluorometilo. 7
- 42. Processo para preparar um composto de fórmula (I) como polimorfo de Forma 1 não solvatada de acordo com a reivindicação 3 que compreende: (a) Cristalizar o composto de fórmula (I) na presença de um solvente que não solvata; ou (b) Dessolvatar um composto de fórmula (I) em forma solvatada.
- 43. Processo para preparar um composto de fórmula (I) como polimorfo de Forma 1 não solvatada de acordo com a reivindicação 3 que compreende a dissolução do composto de fórmula (I) em metilisobutilcetona, acetato de etilo ou acetato de metilo e a produção do composto de fórmula (I) como Forma 1 não solvatada por adição de um anti-solvente que não solvata.
- 44. Composto de fórmula (II)ou um seu sal.
- 45. Composto de fórmula (II) como definido na reivindicação 44 na forma de um sal cristalino sólido. 8
- 46. Composto de fórmula (II) de acordo com a reivindicação 45 na forma do sal de diisopropiletilamina.
- 47. Processo para preparar um composto de fórmula (II) como definido na reivindicação 44 que compreende: (a) fazer reagir um composto de fórmula (III)F com um derivado activado do ácido 2-furóico numa quantidade de, pelo menos, 2 moles do derivado activado por mole de composto de fórmula (III) para produzir um composto de fórmula (IIA) e(IIA) F 9 0 (b) remoção da unidade 2-furoílo ligada a enxofre do composto de fórmula (IIA) por reacção do produto do passo (a) com uma base de amina primária ou secundária orgânica capaz de formar uma amida de 2-furoilo solúvel em água.
- 48. Processo para preparar um composto de fórmula (II) como reivindicado na reivindicação 47 que compreende ainda os passos de (cl) quando o produto do passo (b) for dissolvido num solvente orgânico substancialmente imiscivel em água, purificar o composto de fórmula (II) através de remoção por lavagem do subproduto de amida do passo (b) com uma lavagem aquosa ou (c2) quando o produto do passo (b) for dissolvido num solvente miscivel em água, purificar o composto de fórmula (II) através de tratamento do produto do passo (b) com um meio aquoso de modo a precipitar o composto puro de fórmula (II) ou um seu sal.
- 49. Processo para preparar um composto de fórmula (II) como definido na reivindicação 44 que compreende: (a) fazer reagir um composto de fórmula (III) como definido na reivindicação 47 com um derivado activado do ácido 2-furóico numa quantidade de, pelo menos, 2 moles de derivado activado por mole de composto de fórmula (III) para produzir um composto de fórmula (IIA) como definido na reivindicação 47; e 10 (b) remoção da unidade 2-furoílo ligada a enxofre do composto de fórmula (IIA) por reacção do produto do passo (a) com uma mole adicional de composto de fórmula (III) para produzir duas moles de composto de fórmula (II).
- 50. Composto de fórmula (IIA)
- 51. Composto de fórmula (VI)11 0
- 52. Composto de fórmula (VII)II '0 ^CH,
- 53. Composto de fórmula (VIII)
- 54. Composto de fórmula (IXA)12 em que X representa halogéneo. na
- 55. Composto de fórmula (IXA) como reivindicado reivindicação 54,em que X representa Br.
- 56. Composto de fórmula (XII)ou um seu sal. 13
- 57. Composto de fórmula (XV)em que P representa um grupo protector de hidroxilo.
- 58. Composto de fórmula (XVI)
- 59. Composto de fórmula (XVII)14 ou um seu sal, em que P representa um grupo protector de hidroxilo.
- 60. Composto de fórmula (XX)ou um seu sal ou um derivado, em que o grupo 11-carbonilo é ocultado.
- 61. Composto de fórmula (XXIII)F em que L representa um grupo abandonante diferente de flúor.
- 62. Processo para preparar composto de fórmula (I) em polimorfo de Forma 2 não solvatada como reivindicado na reivindicação 15 4 que compreende dissolver o composto de fórmula (I) em forma não solvatada em metanol ou diclorometano seco e recristalizar o composto de fórmula (I) como polimorfo de Forma 2 não solvatada.
- 63. Processo para preparar composto de fórmula (I) em polimorfo de Forma 3 não solvatada como reivindicado na reivindicação 5 que compreende dissolver o composto de fórmula (I) ou um seu solvato em diclorometano na presença de água e recristalizar o composto de fórmula (I) como polimorfo de Forma 3 não solvatada.
- 64. Processo para preparar um composto de fórmula (I) como definido na reivindicação 1 ou um seu solvato que compreende a reacção de um composto de fórmula (VI)com uma fonte de flúor.
- 65. Processo para preparar um composto de fórmula (I) ou um seu solvato como definido na reivindicação 1 ou um seu solvato que compreende proporcionar um composto de fórmula (I) no qual o grupo ΙΙ-β-hidroxilo está protegido ou ocultado, desprotegendo ou expondo o composto para produzir um composto de fórmula (I) ou um seu solvato. 16 Processo de acordo com a reivindicação 65, em que o grupo ΙΙ-β-Mdroxilo está protegido, o qual compreende a desprotecção de um composto de fórmula (XV)em que P representa um grupo protector de hidroxilo. Processo de acordo com a reivindicação 65, em que o grupo ΙΙ-β-hidroxilo está ocultado, o qual compreende a redução de um composto de fórmula (XVI)ou um derivado, em que o grupo 11-carbonilo está ocultado.
- 68. Processo para a preparação de um composto de fórmula (I) como definido na reivindicação 1 ou um seu solvato que compreende a reacção de um composto de fórmula (XXIII)F em que L representa um grupo abandonante com uma fonte de flúor.
- 69. Processo para a preparação de um composto de fórmula (I) como definido na reivindicação 1 ou um seu solvato que compreende a desprotecção ou exposição de um derivado de um composto de fórmula (I) em que o grupo 3-carbonilo está protegido ou ocultado.
- 70. Composto de fórmula (X)18
- 71. Processo para preparar um composto de fórmula (II) como definido na reivindicação 44 que compreende o tratamento de um composto de fórmula (X) como definido na reivindicação 70 com um reagente adequado para converter um ácido carboxilico num ácido carbotióico.
- 72. Processo para preparar um composto de fórmula (VI) como definido na reivindicação 51 que compreende e esterificação de um composto de fórmula (IX)(IX) F ch2f com um derivado activado do ácido 2-furóico.
- 73. Processo para preparar um composto de fórmula (VII) como definido na reivindicação 53 que compreende e esterificação de um composto de fórmula (XIII) CH,F(XIII) F 19 com um derivado activado do ácido 2-furóico.
- 74. Processo para preparar um composto de fórmula (XII) como definido na reivindicação 56 que compreende e esterificação de um composto de fórmula (XIV)ou um seu sal, com um derivado activado do ácido 2-furóico.
- 75. Processo para preparar um composto de fórmula (XVI) como definido na reivindicação 58 que compreende e esterificação de um composto de fórmula (XXI)ou um derivado, em que o grupo 11-carbonilo está ocultado, com um derivado activado do ácido 2-furóico. 20
- 76. Processo para preparar um composto de fórmula (XX) como definido na reivindicação 60 que compreende e esterificação de um composto de fórmula (XXII)ou um derivado em que o grupo 11-cetona está ocultado, com um derivado activado do ácido 2-furóico. 77. inalador doseador compreendendo um composto de fórmula (I) como definido em qualquer uma das reivindicações 1 a 5 ou um seu solvato fisiologicamente aceitável.
- 78. Inalador doseador como reivindicado na reivindicação 77 compreendendo ainda propulsor.
- 79. Inalador doseador da reivindicação 77 ou 78, compreendendo ainda, pelo menos, um excipiente seleccionado do grupo consistindo em tensioactivo e co-solvente.
- 80. Inalador doseador de qualquer uma das reivindicações 77 a 79, em que o referido composto de fórmula (I) é contido numa botija pressurizada fechada com uma válvula. 21
- 81. Inalador doseador de qualquer uma das reivindicações 77 a 80, em tamanho que o referido composto de fórmula (I) tem um de partícula na gama de 1-10 pm. Lisboa, 6 de Dezembro de 2007 22
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