PT1400479E - Máquina para accionamento para uma instalação de ascensor e método para a montagem de uma máquina de accionamento - Google Patents

Description

DESCRIÇÃO "MÁQUINA DE ACCIONAMENTO PARA UMA INSTALAÇÃO DE ASCENSOR E MÉTODO PARA A MONTAGEM DE UMA MÁQUINA DE ACCIONAMENTO" A presente invenção refere-se a uma máquina de accionamento para uma instalação de ascensor e a um método para a montagem de uma máquina de accionamento, de acordo com a definição contida nas reivindicações da patente. 0 documento W099/43593 mostra uma máquina de accionamento com duas polias motrizes para correias. As polias motrizes estão dispostas nas secções da parte de fora da largura da cabina, porém pelo menos em cada terço do lado de fora da dimensão da cabina que corresponde à orientação do eixo de accionamento, ou então as polias estão dispostas do lado de fora da cabina. As polias motrizes estão fixadas de ambos os lados na extremidade da máquina de accionamento. A forma de realização que se mostra apresenta diversos inconvenientes: espaço ocupado: a máquina de accionamento ocupa um espaço importante. introdução de forças: torna-se necessário introduzir as forças de apoio na estrutura portante do ascensor mediante estruturas de base de configuração maciça. 1 manuseamento da montagem: são complexos a montagem e em particular o alinhamento do eixo das polias motrizes em relação à direcção de marcha dos órgãos de suporte e de propulsão. 0 objectivo primeiro da presente invenção é o de disponibilizar uma máquina de accionamento e um método para a montagem da mesma que permita optimizar o trajecto de transmissão da força, mantendo reduzidos os requisitos em relação à construção de suporte, bem como minimizando o espaço ocupado pela máquina de accionamento. A máquina de accionamento deve além disso permitir uma grande flexibilidade de montagem dentro da caixa do ascensor. Pretende-se repartir a cadeia de órgãos de suporte e de propulsão por duas linhas de accionamento.

Este objectivo atinge-se pela implementação da invenção de acordo com as definições contidas nas diversas reivindicações da patente, que são independentes umas das outras. A invenção refere-se a uma máquina de accionamento para uma instalação de ascensor, compreendendo uma cabina, um contrapeso e uma caixa de ascensor. Órgãos de suporte e de propulsão ligam a cabina com o contrapeso. Os órgãos de suporte e de propulsão são a seguir designados por órgãos de propulsão. Os órgãos de propulsão são conduzidos em torno da máquina de accionamento. Os órgãos de accionamento são movidos no interior da máquina de accionamento por um veio de accionamento. As zonas do veio de accionamento que transmitem a força aos órgãos de propulsão são a seguir designadas por zonas de propulsão. A cabina e o contrapeso são guiados por meio de calhas de guia da cabina e por calhas de guia do contrapeso. 2 0 veio de accionamento apresenta duas zonas de propulsão afastadas uma da outra. As zonas de propulsão estão adaptadas à forma do órgão de propulsão. 0 número de órgãos de propulsão está distribuído simetricamente pelas duas zonas de propulsão, oferecendo cada zona de propulsão espaço para pelo menos um órgão de propulsão.

De acordo com a invenção pelo menos um componente da máquina de accionamento, como por exemplo o motor ou o freio, está disposto à esquerda ou à direita das duas zonas de propulsão. A vantagem desta disposição reside no facto de se tornar possível diminuir as dimensões da máquina de accionamento. Em virtude disso o afastamento entre as duas zonas de propulsão pode de maneira conveniente ser diminuído para poder por exemplo posicionar os meios de propulsão a uma distância tão pequena quanto possível do lado esquerdo ou do lado direito das calhas de guia. Em virtude disso consegue-se minimizar o espaço ocupado pela máquina de accionamento e por todo o grupo de accionamento. As dimensões reduzidas da máquina de accionamento permitem uma forma de construção compacta. A forma de construção compacta permite além disso a melhor introdução possível das forças de apoio na estrutura portante, o que por sua vez permite conseguir formas de realização mais simples das estruturas de bases. Consegue-se melhorar sensivelmente o manuseamento durante a montagem e o alinhamento da máquina de accionamento em virtude da forma de construção compacta, que por esse motivo possibilita uma pré-montagem de cada um dos grupos construtivos num ambiente propício a essa montagem. 3 A invenção é de seguida explicada em pormenor mediante as formas de realização de acordo com as fig. 1 a 8, que se apresentam a titulo de exemplo. Nestas figuras mostra-se na:

Fig. la um esboço de principio de uma máquina de accionamento de acordo com a invenção, com apoios e consolas dispostos do lado esquerdo e do lado direito das zonas de propulsão.

Fig. lb um esboço de principio de uma máquina de accionamento de acordo com a invenção, com consola central, ajuste de nivel e apoios dispostos do lado esquerdo e do lado direito das zonas de propulsão.

Fig. lc um esboço de principio de uma máquina de accionamento de acordo com a invenção, com consola central e com consolas dispostas do lado esquerdo e do lado direito das zonas de propulsão.

Fig. ld um esboço de principio de uma máquina de accionamento de acordo com a invenção, com apoio central, consola central e um ajuste de nivel, bem como uma variante do mesmo.

Fig. le um esboço de principio de uma máquina de accionamento de acordo com a invenção, com apoio central, consola central e uma variante de ajuste de nivel.

Fig. 2 uma vista em perspectiva de uma parte de um primeiro exemplo de realização do arranjo de uma máquina de accionamento isenta de engrenagem desmultiplicadora, com uma relação de suspensão de 2:1 e montada na 4 projecção vertical acima do contrapeso, na variante de acordo com a fig. ld.

Fig. 3 uma vista de pormenor de um primeiro exemplo de realização da máquina de accionamento da fig. ld.

Fig. 4 uma vista esquemática e em planta de uma parte do primeiro exemplo de realização do arranjo da máquina de accionamento.

Fig. 5 uma vista esquemática de uma parte de um primeiro exemplo de realização do arranjo da máquina de accionamento, com uma suspensão na relação de 2:1.

Fig. 6 uma vista esquemática de um exemplo de realização equivalente ao da fig. 4, estando a máquina de accionamento disposta do lado de cima do tecto da caixa do ascensor, com uma suspensão na relação de 2:1.

Fig. 7 uma vista esquemática de mais outro exemplo de realização do arranjo da máquina de accionamento, com uma suspensão na relação de 2:1.

Fig. 8 uma vista esquemática de mais outro exemplo de realização do arranjo da máquina de accionamento, com uma suspensão na relação de 1:1.

Uma máquina 20 de accionamento apresenta, tal como se encontra representado nas fig. la a le e nas fig. 2 a fig. 4, um veio 4 de accionamento que está provido de duas zonas 3, 3' de propulsão distanciadas entre si de um afastamento D. Um motor 1 e um freio 2 actuam sobre o veio 4 de accionamento. As zonas 3, 5 3' de propulsão accionam órgãos de propulsão 19, 19', que por sua vez movem uma cabina 11 e um contrapeso 12 da maneira representada a titulo de exemplo nas fig. 5 a 8. De maneira vantajosa escolhe-se para o afastamento D um valor tão pequeno quanto possível. Este valor resulta por exemplo da disposição pretendida para as zonas de propulsão ou para os órgãos 19, 19' de propulsão, que é de ambos os lados da calha 5 de guia da cabina. 0 motor 1 e/ou o freio 2 e/ou outros componentes, tais como sensores de velocidade de rotação, meios auxiliares de evacuação ou indicadores ópticos, encontram-se de acordo com a invenção dispostos à esquerda e/ou à direita das duas zonas 3, 3' de propulsão. Aproveitando as possibilidades de posicionamento dos componentes da máquina 20 de accionamento, consegue-se encontrar a melhor combinação possível. A vantagem desta disposição resulta do facto de o espaço ocupado pela máquina 20 de accionamento poder ser minimizado de acordo com os requisitos de montagem da instalação. Consegue-se realizar a máquina 20 de accionamento com um reduzido comprimento total. Isto permite em larga medida uma pré-montagem da máquina de accionamento num ambiente de trabalho apropriado. Em consequência disso a montagem é simplificada, sendo também eliminadas fontes de erro. A fig. la mostra a disposição do motor 1 e de um primeiro apoio 28 de um dos lados das zonas 3, 3' de propulsão e a localização do freio 2 e de um segundo apoio 28' do outro lado das zonas 3, 3' de propulsão. As consolas 29, 29' estão fixadas na estrutura portante da instalação de ascensor de uma maneira correspondente à dos apoios 28, 28' . Esta variante é utilizada de maneira vantajosa quando se pretende escolher um afastamento D reduzido entre as zonas 3, 3' de propulsão, o que faz por 6 exemplo sentido quando as dimensões das calhas de guia forem muito pequenas. A fig. lb mostra, divergindo da fig. la, a utilização de uma consola central 22 que introduz de uma forma centralizada as forças de apoio da máquina 20 de accionamento na estrutura portante da instalação de ascensor, isto é, no essencial num só ponto. A consola central 22 está disposta perpendicularmente ao eixo da máquina 20 de accionamento de modo a actuar num plano de simetria S das duas zonas 3, 3' de propulsão. Isto permite obter uma forma de realização especialmente económica da construção de apoio. Além disso esta disposição permite a utilização de um ajuste 27 de nível. Nestas condições o ajuste 27 de nível só terá de assumir forças diferenciais reduzidas, que no essencial resultam dos pesos do próprio accionamento e das imprecisões de posicionamento dos órgãos de propulsão. O ajuste 27 de nível permite sem grandes recursos técnicos o alinhamento do eixo do veio 4 de accionamento em relação à direcção de marcha dos órgãos 19, 19' de propulsão. Este alinhamento é vantajoso nomeadamente quando forem utilizadas correias para servirem de órgão de propulsão, uma vez que em virtude disso se consegue influenciar de maneira decisiva o comportamento em termos de desgaste e em termos de emissão de ruídos. Quando o alinhamento da máquina de accionamento for impreciso, o desgaste dos órgãos de propulsão aumenta fortemente, o que provoca a substituição prematura dos órgãos de propulsão, bem como os correspondentes custos, que são elevados. A título de exemplo nesta fig. lb o freio 2 e o motor 1 encontram-se posicionados de um dos lados das zonas 3, 3' de propulsão. Esta disposição será vantajosa sempre que o espaço 7 existente do lado contrário ao das zonas de propulsão estiver ocupado por outros órgãos. A fig. lc mostra a disposição de um apoio central 21 que absorve num ponto central a força radial do veio 4 de accionamento criada pelas forças de tracção que actuam nos órgãos 19, 19' de propulsão. 0 apoio central 21 está disposto perpendicularmente ao eixo da máquina de accionamento e actua num plano de simetria S das duas zonas 3, 3' de propulsão. Na extremidade do lado do motor do veio 4 de accionamento está disposta uma chumaceira 24 de apoio. Essa chumaceira assume as forças diferenciais criadas no sistema de accionamento. As forças diferenciais resultam no essencial do peso do próprio accionamento e das imprecisões de montagem dos órgãos de propulsão. A chumaceira 24 de apoio assegura além disso que o entreferro entre o estator e o rotor do motor 1 seja mantido de maneira precisa. A máquina 20 de accionamento está fixada por meio de duas consolas 29, 29' na estrutura portante da instalação de ascensor. Esta disposição será especialmente vantajosa quando o afastamento D entre as zonas 3, 3' de propulsão permitir obter espaço suficiente para a instalação de um apoio central 21 e quando as exigências em relação à precisão de alinhamento do veio de accionamento forem reduzidas. A fig. ld mostra a disposição de um apoio central 21 e de uma consola central 22 que introduz as forças de apoio da máquina 20 de accionamento na estrutura de apoio da instalação de ascensor numa posição central, isto é, no essencial num ponto. A consola central 22 e o apoio central 12 estão dispostos perpendicularmente ao eixo da máquina 20 de accionamento de modo a actuarem num plano S de simetria das duas zonas 3, 3' de propulsão. Um ajuste 27 de nivel está de um modo preferido disposto na extremidade do lado do motor da máquina de accionamento. Uma chumaceira 24 de apoio está posicionada da maneira que se mostra na fig. lc. A disposição da máquina 20 de accionamento de acordo com a fig. ld é especialmente vantajosa porque dela resultam dimensões reduzidas para a máquina 20 de accionamento, podendo as forças ser introduzidas da melhor maneira possível na estrutura de apoio da instalação de ascensor e permitindo a utilização de só dois pontos de apoio na máquina 20 de accionamento um dimensionamento seguro do veio 4 de accionamento e uma realização simples do alinhamento do eixo do veio 4 de accionamento em relação à direcção de marcha dos órgãos 19, 19' de propulsão. A fig. le mostra uma outra possibilidade de disposição de um ajuste 27 de nível. Nesta forma de realização o ajuste 27 de nível está directamente ligado ao corpo do apoio. No que se refere ao seu efeito, o mesmo é idêntico ao das formas de realização que se mostram nas fig. lb e ld. O técnico da especialidade poderá definir da maneira mais apropriada outras formas de realização para casos de aplicação específicos que ocorram.

As disposições que as fig. la a le mostram podem ser combinadas pelo técnico da especialidade da maneira mais apropriada. O freio 2 pode por exemplo estar disposto entre as zonas 3, 3' de propulsão.

As fig. 2 e fig. 3 mostram a título de exemplo uma realização de pormenor da disposição representada na fig. ld. A máquina 20 de accionamento que se mostra apresenta um veio 4 de accionamento provido de duas zonas 3, 3' de propulsão espaçadas entre si. No presente exemplo o afastamento D entre as duas 9 zonas de propulsão é de 100 a 250 mm. Isto permite instalar os perfis de calha de guia hoje em dia vulgarizados, que apresentam uma largura de pé de calha de 50 a 140 mm. O veio 4 de accionamento está apoiado numa carcaça 7 de apoio. Nesta configuração está integrada na carcaça 7 de apoio uma consola central 22. A consola central 22 está disposta entre as duas zonas 3, 3' de propulsão, numa posição perpendicular ao eixo de accionamento e num plano S de simetria definido pelas duas zonas de propulsão. O veio 4 de accionamento está apoiado na carcaça 7 de apoio por meio de uma chumaceira central 21 disposta entre as zonas 3, 3' de propulsão. O apoio central 21 está igualmente disposto de modo a actuar no plano S de simetria. O apoio central 21 suporta as forças de tracção originadas pelos órgãos 19, 19' de propulsão e transmite-os através da carcaça 7 de apoio, da consola central 22 e por acção da peça intermédia à estrutura portante da instalação de ascensor. As zonas 3, 3' de propulsão estão maquinadas directamente no veio 4 de accionamento. Alternativamente as zonas 3, 3' de propulsão podem também ser aplicadas no veio 4 de accionamento sob a forma de elementos separados, que terão por exemplo a forma de polias. O veio 4 de accionamento ou então as zonas 3, 3' de propulsão estão ligadas ao motor 1 e a um freio 2 de maneira dinâmica e de um modo preferido de maneira integral e sem caixa de desmultiplicação integrada, permitindo assim o accionamento dos órgãos 19, 19' de propulsão por acção das zonas 3, 3' de propulsão. Na forma de realização apresentada as zonas 3, 3' de propulsão estão igualmente integradas no veio 4 de accionamento. Isto oferece vantagens quando forem utilizadas correias para servirem de órgãos de propulsão, dado que estes órgãos de propulsão permitem raios de curvatura ou de transmissão reduzidos. Pela disposição do apoio central 21 entre as zonas 3, 3' de propulsão o espaço de construção ai disponível é 10 aproveitado de maneira eficiente, tornando-se menores as dimensões exteriores do conjunto. A redução do número de pontos de apoio permite reduzir os custos. A qualidade da máquina 20 de accionamento é consideravelmente incrementada pela escolha desta disposição, uma vez que a redução do número de pontos de apoio faz com que deixe de existir uma redundância no que se refere ao número de pontos de apoio do veio.

De maneira vantajosa o freio 2 e o motor 1 estão dispostos, tal como se mostra nos exemplos, à esquerda e à direita das zonas 3, 3' de propulsão. O motor 1 e o freio 2 estão interligados de maneira dinâmica por intermédio da carcaça 7 de apoio. Os binários de accionamento criados pelo motor 1 e/ou os binários de frenagem criados pelo freio 2 são introduzidos na carcaça 7 de apoio e depois através da consola central 22 na estrutura portante da instalação de ascensor. A disposição que se mostra das zonas 3, 3' de propulsão, que estão situadas entre o freio 2 e o motor 1, permite, em conjugação com a ligação dinâmica entre o freio 2, o motor 1 e a carcaça 7 de apoio, uma forma de realização que poupa muito espaço. Além disso encontra-se assegurada da melhor maneira possível a acessibilidade ao freio 2 e ao motor 1.

Na extremidade do lado do motor do veio 4 de accionamento está disposto um suporte 24 de apoio. O suporte 24 de apoio absorve as forças diferenciais originadas no sistema de accionamento. As forças diferenciais resultam no essencial do peso do próprio accionamento e das imprecisões dos conjuntos de órgãos de propulsão. O suporte 24 de apoio assegura além disso a manutenção exacta do entreferro entre o estator e o rotor do motor 1. O suporte 24 de apoio introduz as forças diferenciais na carcaça do motor e na carcaça 7 de apoio. As forças de apoio 11 resultantes são suportadas por um ajuste 27 de nível e introduzidas na estrutura portante da instalação de ascensor. 0 ajuste 27 de nível serve simultaneamente para proceder a um nivelamento preciso e simples do eixo do veio 4 de accionamento em relação aos órgãos 19, 19' de propulsão. Este alinhamento será especialmente vantajoso quando forem utilizadas correias para servirem de órgãos de propulsão, uma vez que se consegue assim influenciar de maneira decisiva o comportamento das correias em termos de desgaste e de emissão de ruídos.

Em alternativa o ajuste 27 de nível pode, tal como se mostra na fig. le, estar por exemplo disposto numa posição horizontal. A carcaça 7 de apoio representada nas fig. 2 e 3 abraça parcialmente o veio 4 de accionamento provido das zonas 3, 3' de propulsão. É deste modo criada uma protecção directa das zonas 3, 3' de propulsão, que as protege contra toque acidental ou contra o perigo de entalamento para o pessoal de montagem e de assistência, impedindo no entanto também a danificação da zona de propulsão ou dos órgãos de propulsão por acção da queda de objectos. Simultaneamente a carcaça de apoio é assim dotada da resistência necessária para poder absorver os esforços e os binários inerentes ao motor 1 e ao freio 2. A máquina 20 de accionamento está fixada por meio de amortecedores de vibrações 23, 26. Isto permite obter em larga medida um desacoplamento em termos de vibrações da máquina 20 de accionamento em relação à estrutura portante da instalação de ascensor. Em virtude disso tornam-se menores os ruídos emitidos pela instalação de ascensor e/ou transmitidos à edificação. 12

Para obter uma configuração simples do apoio central na forma de realização que se mostra o diâmetro interior do apoio central 21 é maior do que o diâmetro da zona 3, 3' de propulsão. A forma de construção apresentada faz com que se consiga oferecer um tipo de accionamento optimizado em termos de custos e de espaço ocupado. A montagem e o alinhamento da máquina de accionamento podem em particular ser efectuados de maneira simples e rápida. 0 dimensionamento dos componentes de accionamento resulta simplificado, dado que a carga a que o veio 4 de accionamento e a carcaça 7 de apoio estão sujeitos se encontra definida de maneira ideal pelo facto de se ter conseguido um apoio em dois pontos. A fig. 2 mostra uma vista em perspectiva de um exemplo de realização do conjunto de uma máquina 20 de accionamento isenta de engrenagem desmultiplicadora. A máquina 20 de accionamento está montada numa travessa 8 disposta na caixa 10 do ascensor, numa posição tanto quanto possível horizontal. A travessa 8 é por exemplo uma barra quadrangular alongada feita de materiais bem comprovados, como o aço. Neste primeiro exemplo de realização a travessa 8 está fixada nas guias 9, 9' do contrapeso e numa guia 5 de cabina junto da primeira parede. De maneira vantajosa a travessa está fixada mediante duas zonas terminais nas guias 9, 9' do contrapeso e através de uma zona média numa das guias da cabina. A fixação da travessa 8 nestas três guias efectua-se em cada uma das três zonas de fixação por intermédio de ligações roscadas, por exemplo. A forma de realização que se mostra permite obter o melhor aproveitamento possível do espaço de construção disponível e permite ainda preparar em larga medida em fábrica ou num ambiente equivalente a unidade de montagem, o que reduz sensivelmente os custos. 13

Um comando e/ou um conversor 6 da instalação de ascensor está fixado, tal como se mostra na fig. 2, na proximidade da máquina de accionamento e de maneira vantajosa igualmente sobre a travessa 8. Esta fixação far-se-á, caso necessário, por intermédio de apoios de vibrações. Deste modo a máquina de accionamento pode ser fornecida e montada em conjunto com o respectivo conversor, utilizando cablagens prefabricadas. Eventuais alterações de posição que porventura possam resultar da contracção da estrutura não têm quaisquer efeitos e toda a unidade pode ser posta à disposição com custos especialmente reduzidos. Caso tal faça sentido, o comando e/ou o conversor podem adicionalmente ser apoiados na parede.

De maneira vantajosa encontra-se fixada na máquina 20 de accionamento, tal como se mostra na fig. 3, uma balança niveladora 25. A balança niveladora 25 encontra-se realizada por exemplo sob a forma de um nível de água que indica a posição horizontal da máquina 20 de accionamento. A balança niveladora 25 permite um controlo simples do nivelamento correcto e em consequência disso uma correcção rápida do alinhamento da máquina 20 de accionamento. A utilização da máquina 20 de accionamento que se mostra a titulo de exemplo é universal e serve para muitos tipos de instalação. A disposição que a fig. 2 mostra refere-se a um ascensor sem casa de máquinas separada. A utilização não se limita no entanto a instalações de ascensor sem casa de máquinas. Caso exista uma casa de máquinas, o accionamento pode por exemplo, como se mostra na fig. 6, ser igualmente fixado do lado de cima da laje de cobertura da caixa do ascensor. 14

As possibilidades apontadas permitem adaptar de maneira flexível a máquina de accionamento, quando se trata por exemplo de modernizar a instalação, às condições existentes na caixa do ascensor, flexibilidade essa que permite portanto a utilização de componentes Standard, evitando soluções especiais muito onerosas. A seguir as diferentes possibilidades de disposição são expostas a título de exemplo.

As fig. 4 e 5 mostram uma utilização preferida da máquina de accionamento de acordo com a invenção, do género por exemplo aplicado em instalações novas. As figuras mostram a disposição em triângulo de guias 5, 5', 9, 9' de uma instalação de ascensor. A instalação de ascensor está por exemplo montada numa caixa 10 de ascensor, que na medida do possível é vertical. A caixa 10 apresenta por exemplo uma secção rectangular, estando provida de quatro paredes. No interior da caixa estão fixadas guias 5, 5' de cabina e guias 9, 9' de contrapeso dispostas numa posição tanto quanto possível vertical. Duas guias de cabina guiam a cabina 11 e duas guias de contrapeso guiam o contrapeso 12. As guias estão fixadas nas paredes que lhes ficam mais próximas. As duas guias 9, 9' de contrapeso e uma primeira guia 5 de cabina estão fixadas numa primeira parede. A segunda guia 5' de cabina está fixada numa segunda parede. A segunda parede está situada frente à primeira parede. A primeira guia 5 de cabina está tanto quanto possível disposta a meio entre as duas guias 9, 9' de contrapeso. As guias são feitas de materiais largamente comprovados, como por exemplo o aço. A fixação das guias na parede efectua-se por exemplo mediante ligações roscadas. Tendo conhecimento da presente invenção, é também 15 possível realizar outras geometrias de caixa de ascensor com uma secção transversal quadrada, oval ou circular.

As duas guias 9, 9' de contrapeso e uma das duas guias 5, 5' de cabina formam de cada vez na caixa 10 um triângulo horizontal T, com uma posição tanto quanto possível horizontal. A linha de união horizontal entre as duas guias de contrapeso forma um primeiro lado do triângulo T. As linhas de união entre uma guia de contrapeso e uma guia de cabina formam um segundo e um terceiro lados do triângulo T. De maneira vantajosa a linha de união horizontal das guias H de cabina intersecta a linha de união horizontal das guias de contrapeso em larga medida a meio das mesmas, de modo que o triângulo T é em larga medida isósceles.

De maneira vantajosa as duas zonas 3, 3' de propulsão da máquina 20 de accionamento estão dispostas simetricamente à esquerda e à direita da linha de união horizontal H das guias 5, 5' de cabina. A máquina 20 de accionamento disposta na caixa de ascensor numa posição tanto quanto possível horizontal faz deslocar a cabina e o contrapeso ligados entre si através de pelo menos dois órgãos 19, 19' de propulsão. Os órgãos de propulsão estão providos de duas extremidades 18, 18'. O órgão de propulsão é um cabo e/ou uma correia de uma qualquer espécie. As partes portadoras de carga do órgão de propulsão são regra geral constituídas por metal e/ou por uma matéria sintética, como por exemplo a aramida. O cabo pode ser um cabo unifilar ou multifilar, podendo esse cabo também apresentar do lado de fora uma bainha de protecção feita de matéria sintética. A correia pode ser achatada e ter do lado de fora uma estrutura lisa e sem 16 relevo ou então ter uma estrutura com nervuras em cunha ou a estrutura de uma correia dentada. A transmissão de forças efectua-se, consoante o modo de realização do órgão de propulsão, mediante encaixe perfeito ou com transmissão por atrito. As zonas 3, 3' de propulsão do veio 4 de accionamento são maquinadas em concordância com os órgãos de propulsão. De acordo com a invenção utilizam-se pelo menos dois órgãos de propulsão. Cada uma das zonas de propulsão pode, caso necessário, ser também provida de vários órgãos de propulsão.

Cada uma das extremidades do órgão de propulsão está fixada numa parede da caixa/tecto da caixa e/ou numa guia de cabina e/ou então numa guia de contrapeso e/ou numa travessa 8 e/ou ainda na cabina e/ou no contrapeso . De maneira vantajosa as extremidades do órgão de propulsão são fixadas por meio de elementos intermédios elásticos, para amortecer o ruído de estrutura. Os elementos intermédios são por exemplo elementos de mola que impedem a transmissão de vibrações sentidas como sendo incómodas do órgão de propulsão para a parede da caixa/tecto da caixa e/ou para uma guia de cabina e/ou então para uma guia de contrapeso e/ou para uma travessa e/ou ainda para a cabina e/ou para o contrapeso. São possíveis várias formas de realização da fixação das extremidades do órgão de propulsão, que se apresentam a título de exemplo:

Nas formas de realização de acordo com as fig. 5, 6 e 7 uma ou ambas as extremidades 18, 18' do órgão de propulsão estão fixadas na parede da caixa/tecto da caixa e/ou na guia da cabina e/ou na travessa.

Na forma de realização de acordo com a fig. 8 uma primeira extremidade 18 do órgão de propulsão está fixada na cabina 11 17 e uma segunda extremidade 18 do órgão de propulsão está fixada no contrapeso 12.

De acordo com os exemplos de realização apresentados duas zonas de propulsão movem pelo menos dois órgãos de propulsão mediante aderência por fricção. Tendo conhecimento da presente invenção, o técnico da especialidade pode utilizar também métodos de accionamento diferentes dos representados nos exemplos. Assim, o técnico da especialidade pode utilizar uma máquina de accionamento com mais do que duas zonas de propulsão. 0 técnico da especialidade pode também utilizar um pinhão motor, pinhão motor esse que se encontra engrenado com encaixe perfeito numa correia dentada que serve de órgão de propulsão. 0 método de montagem é deveras simplificado ao utilizar a máquina de accionamento representada e nomeadamente devido à disposição que caracteriza a invenção, que é a de uma consola central 22 disposta entre as zonas de propulsão e situada no eixo de simetria da força de tracção resultante dos órgãos 19, 19' de propulsão e pela disposição de um ajuste 27 de nivel na extremidade do lado do motor da máquina 20 de accionamento. O alinhamento do eixo de accionamento em relação ao eixo de tracção dos órgãos de propulsão pode ser efectuado de maneira simples, rápida e exacta mediante o ajuste 27 de nivel previsto. É possível prescindir dos habituais métodos complexos que consistem em intercalar calços, cunhas, etc.

Tendo conhecimento da presente invenção, o técnico especializado em ascensores pode variar da maneira pretendida as configurações e as disposições preconizadas. Assim, por exemplo, 18 poderá realizar de apoio. consola central 22 separadamente da carcaça 7

Lisboa, 22 de Junho de 2007 19

Claims (19)

1. REIVINDICAÇÕES 1. Instalação de ascensor com uma cabina (11) e um contrapeso (12) que se movem dentro de uma caixa (10) de ascensor e com uma máquina (20) de accionamento que por meio de pelo menos dois órgãos (19, 19') de propulsão acciona a cabina (11) e o contrapeso (12), comportando a máquina (20) de accionamento um veio (4) de accionamento, pelo menos duas zonas (3, 3') de propulsão espaçadas entre si e componentes tais como um motor (1) e um freio (2), estando os órgãos (19, 19') de suporte e de propulsão dispostos em concordância com o afastamento entre as zonas (3, 3') de propulsão, caracterizada por o motor (1) estar disposto do lado esquerdo ou do lado direito das zonas (3, 3') de propulsão e o freio (2) estar disposto do lado das zonas de propulsão, que é contrário ao do motor (1), ou por tanto o motor (1) como também o freio (2) estarem dispostos do lado esquerdo ou do lado direito das zonas de propulsão, e por o afastamento (D) entre duas zonas (3, 3') de propulsão ou entre os órgãos (19, 19') de suporte e de propulsão corresponder pelo menos à largura do pé de uma calha (5 ou 9) de guia da cabina ou do contrapeso ou então permitir a disposição da calha (5 ou 9) de guia da cabina ou do contrapeso entre as zonas (3, 3') de propulsão e 1 por o veio (4) de accionamento estar apoiado por intermédio de um apoio central (21) disposto perpendicularmente ao eixo da máquina de accionamento, que actua num plano (S) de simetria das duas zonas (3, 3') de propulsão.
2. 2. Instalação de ascensor de acordo com a reivindicação 1, caracterizada por o veio de accionamento comportar exactamente duas zonas (3, 3') de propulsão espaçadas entre si, estando o número de órgãos (19, 19') de propulsão distribuído pelas duas zonas (3, 3' ) de propulsão espaçadas entre si.
3. 3. Instalação de ascensor de acordo com qualquer das reivindicações anteriores, caracterizada por o afastamento (D) das duas zonas (3, 3') de propulsão entre si ou dos órgãos (19, 19') de suporte e de propulsão entre si corresponder no máximo ao triplo da largura do pé de uma calha (5) de guia da cabina, ou por o afastamento (D) das duas zonas (3, 3') de propulsão entre si ou dos órgãos (19, 19') de suporte e de propulsão entre si ser de 100 a 250 milímetros.
4. 4. Instalação de ascensor de acordo com qualquer das reivindicações anteriores, caracterizada por as zonas (3, 3') de propulsão estarem integradas no veio (4) de accionamento de modo a formarem um conjunto inteiriço.
5. 5. Instalação de ascensor de acordo com qualquer das reivindicações anteriores, caracterizada por a máquina (20) de accionamento comportar uma consola central (22) disposta 2 perpendicularmente ao eixo da máquina de accionamento e que actua num plano (S) de simetria das duas zonas (3, 3') de propulsão.
6. 6. Instalação de ascensor de acordo com a reivindicação 4, caracterizada por se encontrar fixado na máquina (20) de accionamento um ajuste (27) de nivel.
7. 7. Instalação de ascensor de acordo com qualquer das reivindicações 1 a 4, caracterizada por a máquina (20) de accionamento comportar pelo menos duas consolas (29, 29') dispostas do lado esquerdo e do lado direito das zonas (3, 3') de propulsão.
8. 8. Instalação de ascensor de acordo com qualquer das reivindicações anteriores, caracterizada por na extremidade do lado do motor do veio (4) de accionamento estar disposta uma chumaceira (24) de apoio.
9. 9. Instalação de ascensor de acordo com qualquer das reivindicações anteriores, caracterizada por o veio (4) de accionamento ter uma ligação funcional com o motor (1) e com o freio (2) e por a máquina (20) de accionamento estar isenta de engrenagem desmultiplicadora.
10. 10. Instalação de ascensor de acordo com qualquer das reivindicações 8 ou 9, caracterizada por as consolas (29, 29') ou a consola central (22), bem como o apoio central (21) estarem integrados numa carcaça (7) de apoio,
11. 11. Instalação de ascensor de acordo com qualquer das reivindicações anteriores, caracterizada por o motor (1), o 3 freio (2) e uma carcaça (7) de apoio terem uma ligação funcional entre si e por a carcaça (7) de apoio envolver a maior parte do veio (4) de accionamento provido das zonas (3, 3') de propulsão.
12. 12. Instalação de ascensor de acordo com qualquer das reivindicações anteriores, caracterizada por a transmissão de força do veio de accionamento para o órgão de propulsão se efectuar com encaixe perfeito ou com transmissão por atrito e/ou por os órgãos de propulsão serem correias.
13. 13. Instalação de ascensor de acordo com qualquer das reivindicações anteriores, caracterizada por a fixação da máquina (20) de accionamento se efectuar directamente ou por intermédio de amortecedores (23, 26) de vibrações na estrutura portante da instalação de ascensor, que é formada por uma travessa (8) ou por um tecto (10a) da caixa do ascensor.
14. 14. Instalação de ascensor de acordo com a reivindicação 13, caracterizada por estarem fixados na travessa (8) um comando e/ou um conversor (6) .
15. 15. Instalação de ascensor de acordo com as reivindicações 13 ou 14, caracterizada por a travessa (8) estar fixada em cada uma das guias (9, 9') de contrapeso e numa guia (5, 5') de cabina, ou por a travessa (8) estar fixada em cada uma das guias (5, 5') de cabina e numa guia (9, 9') de contrapeso.
16. 16. Instalação de ascensor de acordo com qualquer das reivindicações anteriores, caracterizada por as zonas (3, 3') de propulsão estarem dispostas do lado esquerdo e do lado 4 direito de uma linha (H) de união horizontal das guias (5, 5') da cabina.
17. 17. Instalação de ascensor de acordo com qualquer das reivindicações anteriores, caracterizada por a cabina (11) e o contrapeso (12) serem movidos por pelo menos dois órgãos (19, 19') de propulsão, por cada órgão de propulsão ter duas extremidades, e por cada uma das extremidades dos órgãos de propulsão estar fixada numa parede da caixa/tecto da caixa do ascensor ou numa guia de contrapeso ou numa guia de cabina ou numa travessa ou no contrapeso ou na cabina.
18. 18. Instalação de ascensor de acordo com qualquer das reivindicações anteriores, caracterizada por a máquina (20) de accionamento estar provida de uma balança (25) de nivelamento.
19. 19. Método para a montagem de uma máquina (20) de accionamento de uma instalação de ascensor, com uma cabina (11) e um contrapeso (12) que se movem dentro de uma caixa (10) de ascensor, estando a máquina (20) de accionamento provida de um veio (4) de accionamento, com pelo menos duas zonas (3, 3') de propulsão espaçadas entre si e estando os órgãos (19, 19') de suporte e de propulsão posicionados em concordância com o afastamento entre as zonas (3, 3' ) de propulsão, caracterizado por um motor (1) estar disposto do lado esquerdo ou do lado direito das duas zonas (3, 3') de propulsão e um freio (2) estar disposto do lado das zonas de propulsão que é contrário ao do motor (1), ou 5 por tanto o motor (1) como também o freio (2) estarem dispostos do lado esquerdo ou do lado direito das duas zonas de propulsão, e por o afastamento (D) entre duas zonas (3, 3' ) de propulsão ou entre os órgãos (19, 19') de suporte e de propulsão corresponder pelo menos à largura do pé de uma calha (5 ou 9) de guia da cabina ou do contrapeso ou então por o afastamento (D) de duas zonas (3, 3') de propulsão entre si permitir a disposição da calha (5 ou 9) de guia da cabina ou do contrapeso e por o veio (4) de accionamento estar apoiado por intermédio de um apoio central (21) disposto perpendicularmente ao eixo da máquina de accionamento e actuar num plano (S) de simetria de duas zonas (3, 3') de propulsão. Lisboa, 22 de Junho de 2007 6