BR112021000623A2 - Fucanos altamente purificados para o tratamento de aderências fibrosas - Google Patents

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Abstract

"fucanos altamente purificados para o tratamento de aderênias fibrosas". composições, métodos, sistemas, etc, são fornecidos fucanos modificados e/ou purificadas e composições contendo fucano correspondentes que inibem as aderências fibrosas entre outras vantagens. as composições de fucanos e fucanos purificados/modificados têm um nível reduzido de componentes não funcionais ou impurezas tais como aquelas encontradas em uma composição de fucano de partida. tais componentes ou impurezas indesejáveis reduzidos incluem, por exemplo, componentes indesejados ligados ao fucano e compostos na composição que não são parte ou ligados ao fucano.

Description

Relatório Descritivo da Patente de Invenção para "FUCA-
NOS ALTAMENTE PURIFICADOS PARA O TRATAMENTO DE ADERÊNCIAS FIBROSAS". PEDIDO DE PRIORIDADE
[001] O presente pedido reivindica o benefício do pedido de pa- tente provisória dos Estados Unidos copendente no. 62.711.364, de- positado em 27 de julho de 2018; O pedido provisório de patente dos Estados Unidos nº 62.711.372, depositado em 27 de julho de 2018; O pedido provisório de patente dos Estados Unidos nº 62/711.335, depo- sitado em 27 de julho de 2018; Pedido de Patente Provisório dos Es- tados Unidos No. de série 62/713.399, depositado em 1 de agosto de 2018; Pedido de patente provisório dos Estados Unidos nº 62/722.135, depositado em 23 de agosto de 2018; Pedido de patente provisório dos Estados Unidos No. 62/755.311, depositado em 2 de novembro de 2018; Pedido de patente provisório dos Estados Unidos nº 62/793.514, depositado em 17 de janeiro de 2019; Pedido de patente provisório dos Estados Unidos nº 62/861.223, depositado em 13 de junho de 2019; Pedido de Patente Provisório dos Estados Unidos copendente No. de série 62/713.392, depositado em 1 de agosto de 2018; Pedido de patente provisório dos Estados Unidos No. 62/713.413, depositado em 1 de agosto de 2018; Pedido de patente provisório dos Estados Unidos nº 62/722.137, depositado em 23 de agosto de 2018; Pedido de patente provisório dos Estados Unidos No. 62/755.318, depositado em 2 de novembro de 2018; Pedido de patente provisório dos Estados Unidos nº 62/861.228, depositado em 13 de junho de 2019; Pedido de Patente Provisório dos Estados Unidos copendente No. de série 62/755.328, depositado em 2 de novembro de 2018; Pedido de paten- te provisório dos Estados Unidos No. 62/793.654, depositado em 17 de janeiro de 2019; e, pedido de patente provisório dos Estados Uni- dos No. 62/861.235, depositado em 13 de junho de 2019, todos os pe-
didos são incorporados neste documento por referência em sua totali- dade.
ANTECEDENTE
[002] Fucanos (incluindo fucoidano) são polissacarídeos sulfata- dos. Em termos gerais, isso significa que eles são moléculas compos- tas por vários grupos de açúcar e também têm átomos de enxofre |li- gados aos grupos de açúcar. O principal grupo de açúcares é denomi- nado "fucose", que é um açúcar com 6 átomos de carbono e fórmula química CsH1205. "Fucoidano" (ou fucoidina) indica fucanos derivados de algas marrons (algas marinhas). Os fucanos podem existir sozinhos ou em uma mistura de outros açúcares, por exemplo, em uma mistura de açúcares como xilose, galactose, glicose, ácido glicurônico e/ou manose. Esses outros açúcares podem ser extraídos das algas mari- nhas ou de outra fonte com o fucano. Embora os fucanos sejam atu- almente derivados de fontes naturais, como algas marrons (algas ma- rinhas), pepinos do mar, etc., mencionados aqui, "fucanos" inclui molé- culas de polímero com os motivos químicos e estruturais dos fucanos, conforme discutido neste documento, independentemente da fonte (s) final (is) dos fucanos.
[003] O fucoidano pode ser obtido a partir de uma variedade de espécies de algas marrons, incluindo, mas não se limitando a: Ade- nocystis utricularis, Ascophyllum nodosum, Chorda filum, Cystoseira- bies marina, Durvillaea antarctica, Ecklonia kurome, Ecklonia maxima, Eisenia bicyclis, Fucus evanescens, Fucus vesiculosis, Hizikia fusifor- me, Himanthalia Elongata, Kjellmaniella crassifolia, Laminaria brasili- ensis, Laminaria cichorioides, Laminaria hyperborea, Laminaria japoni- ca, Laminaria saccharina, Lessonia trabeculata, Macrocystis pyrifera, Pelvetia fastigiata, Pelvetia Canaliculata, Saccharina japonica, Saccha- rina latissima, Sargassum stenophylum, Sargassum thunbergii, Sar- gassum confusum, Sargassum fusiforme e Undaria pinnatifida. Essas espécies exemplares são todas da classe taxonômica Phaeophyceae e a maioria dessas espécies cai nas famílias de Fucales e Laminaria- ceae.
[004] Foi demonstrado que os fucanos, incluindo o fucoidano, são eficazes em servir como um dispositivo de barreira para prevenir, inibir e tratar a formação de aderências fibrosas. Eles também encontraram uso no tratamento de outras doenças e condições relacionadas.
[005] Assim, não foi atendida a necessidade de preparação de fucanos purificados, incluindo esses fucanos sendo modificados para ter distribuições de peso molecular desejadas e/ou níveis de sulfato. As presentes composições, sistemas e métodos, etc., fornecem estas e/ou outras vantagens.
SUMÁRIO
[006] Composições, métodos, sistemas, etc., são fornecidos fu- canos e composições contendo fucanos que inibem aderências fibro- sas entre outras vantagens. Os fucanos e as composições de fucanos aqui compreendem fucanos, incluindo fucanos purificados/modifi- cados, tendo níveis particulares de componentes de fucano especifi- cados desejados. O corpo deste pedido frequentemente se refere a fucanos purificados/modificados e composições de fucanos purifica- dos/modificados; tais referências incluem todas as composições de fucanos/fucanos aqui, exceto nas reivindicações ou a menos que cla- ramente limitado a fucanos purificados/modificados/composições de fucanos purificados/modificados do contexto. Em algumas modalida- des, os fucanos e as composições que os contêm são adequados para aplicações médicas e cirúrgicas. Os fucanos e as composições de fu- canos têm um nível reduzido de componentes não fucanos ou impure- zas, tais como aqueles encontrados em uma composição de fucano matéria-prima. Tais componentes indesejáveis ou impurezas incluem, por exemplo, componentes indesejáveis que estão ligados ao fucano
(por exemplo, iônico, covalente, ligação de hidrogênio, etc.) e compos- tos na composição que não fazem parte ou quimicamente e/ou ioni- camente ligados ao fucano. Os componentes de fucano indesejados podem ser quantificados em comparação (por exemplo, p/p) com o fucano. Os compostos não fucanos e componentes indesejados de fucanos podem daqui em diante coletivamente ser referidos como im- purezas do fucano e/ou das composições que compreendem o fucano aqui. Esses fucanos purificados/modificados podem, por exemplo, re- duzir complicações perigosas durante o uso médico e cirúrgico de fu- canos devido a impurezas.
[007] Em alguns aspectos, as composições, sistemas, métodos, etc., aqui podem compreender fucanos compreendendo uma estrutura polimérica de fucano e contraíons, em que a estrutura polimérica de fucano consiste essencialmente em fucose, galactose e sulfato, e em que os fucanos podem compreender não mais do que cerca de 17 % de contraíons, e em que um teor total de fucose, galactose, sulfato e contraíons dos fucanos pode ser maior do que 90 % em p/p, 94 % em p/p, 95 % em p/p, 97 % em p/p, 99 % em p/p ou 99,9 % em p/p. Em algumas modalidades, o teor de fucose pode ser superior a 25 % em p/p, 30 % em p/p, 35 % em p/p. O teor de galactose pode ser menor do que 10 % em p/p ou 5 % em p/p. O teor total de contraíons pode ser menor do que 17 % em p/p, 14 % em p/p, 10 % em p/p ou 7 % em p/p.
[008] O contraíon pode ser um contraíon farmaceuticamente aceitável, como pelo menos um de alumínio, arginina, benzatina, clo- roprocaína, colina, sódio, potássio, lítio, amônio, etilenodiamina, dieti- lamina, dietanolamina, etanolamina, histidina, lisina, N-metil glicamina, meglumina, procaína, trietilamina, zinco, cálcio e magnésio. O contraí- on farmaceuticamente aceitável pode compreender, consistir em, ou consistir essencialmente em, pelo menos, um dentre sódio e potássio.
[009] Os fucanos podem ter uma distribuição de peso molecular em que pelo menos 60 % em p/p da distribuição pode ser maior do que 100 kDa quando medido usando uma cromatografia de permea- ção em gel aquoso configurada consistindo essencialmente em:
uma coluna de cromatografia de permeação em gel analíti- ca de 300 mm com um diâmetro interno de 7,8 mm acondicionado com gel à base de polimetacrilato hidroxilado, tendo uma faixa de peso mo- lecular efetivo entre cerca de 50 kDa e cerca de 5.000 kDa, uma colu- na de cromatografia de permeação em gel analítica de 300 mm com um diâmetro interno de 7,8 mm acondicionado com gel à base de po- limetacrilato hidroxilado, tendo uma faixa de peso molecular efetivo de entre cerca de 1 kDa e cerca de 6.000 kDa e uma coluna de guarda de 40 mm com um diâmetro interno de 6 mm acondicionado com gel à base de polimetacrilato hidroxilado, as duas colunas de cromatografia de permeação em gel analítica e uma coluna de guarda contida em um compartimento de coluna a cerca de 30 ºC;
um detector de índice refrativo em cerca de 30 ºC;
fase móvel de nitrato de sódio 0,1 M conduzida a 0,6 mL/min; e quantificação contra uma curva padrão de peso molecular máximo consistindo essencialmente em um primeiro padrão de dex- trano com um peso molecular máximo de cerca de 2.200 kDa, um se- gundo padrão de dextrano com um peso molecular máximo entre cer- ca de 720 kDa e cerca de 760 kDa, um terceiro padrão de dextrano com um peso molecular máximo entre cerca de 470 kDa e cerca de 510 kDa, um quarto padrão de dextrano com um peso molecular má- ximo entre cerca de 370 kDa e cerca de 410 kDa, um quinto padrão de dextrano com um peso molecular máximo entre cerca de 180 kDa e cerca de 220 kDa, e um sexto padrão de dextrano com um peso mole- cular máximo entre cerca de 40 kDa e 55 kDa.
[0010] Os fucanos podem ter uma distribuição de peso molecular em que pelo menos 92 % ou 97 % em p/p da distribuição pode ser maior que 100 kDa. Os fucanos podem ter um peso molecular médio ponderado superior a 100 kDa e podem ter um nível de sulfatação en- tre cerca de 20 % em p/p e 60 % em p/p, entre cerca de 30 % em p/p e 55 % em p/p, ou entre cerca de 35 % em p/p e 52 % em p/p. O teor total de carboidratos pode estar entre 27 % em p/p e 80 % em p/p. O teor total de ácido glicurônico, glicose, manose, ramnose e xilose co- mo uma porcentagem do teor total de carboidratos pode ser menor do que cerca de 12 % em p/p. Os fucanos quando dissolvidos em água a uma concentração de 50 mg/mL podem ter uma viscosidade entre cer- ca de 4 cP e 50 cP, cerca de 10 cP e 40 cP, ou cerca de 15 cP e 30 cP. Os fucanos podem ser um sólido branco e, quando dissolvidos em água em uma concentração de 1 mg/mL a 100 mg/mL, formam uma solução que pode ser límpida e incolor. Os fucanos podem conter me- nos de 5 % em p/p ou 2 % em p/p de teor de acetila. Os fucanos po- dem compreender um teor de acetila de substancialmente O % em p/p quando medido por coerência quântica múltipla heteronuclear 1H-13C 2D a 70 “C com supressão de sinal de solvente em um espectrômetro de 600 MHz equipado com sonda fria de 5 mm, na faixa de 10-30 ppm na dimensão do carbono, em 8 incrementos de 256-512 varreduras cada.
[0011] Também estão incluídos neste documento métodos que compreendem a fabricação ou utilização dos fucanos aqui. Os méto- dos incluem o uso de fucanos para tratar aderências fibrosas.
[0012] Também são fornecidas aqui composições medicamente aceitáveis compreendendo uma quantidade terapeuticamente eficaz dos fucanos aqui em um tampão ou diluente medicamente aceitável, bem como métodos de tratamento de uma condição ou doença em um animal compreendendo a seleção de composições medicamente acei-
táveis especificamente para tratar a condição ou doença e administrar uma quantidade terapeuticamente eficaz dos fucanos ao animal. Tal administração pode compreender administrar entre cerca de 0,5 mg/kg e 50 mg/kg ou cerca de 0,04 mg/kg e 25 mg/kg dos fucanos ao animal. A quantidade terapeuticamente eficaz também pode estar entre cerca de 0,2 mg/kg e 10 mg/kg, 1 mg/kg e 5 mg/kg, 1,5 mg/kg e 3 mg/kg, ou mg/kg e 10 mg/kg.
[0013] A condição ou doença pode ser uma aderência fibrosa em um sítio alvo no animal, e a administração pode compreender a admi- nistração da quantidade terapeuticamente eficaz ao sítio alvo. Tam- bém incluídas estão composições médicas compreendendo entre cer- ca de 0,02 mg/mL e 100 mg/mL dos fucanos aqui, em que as compo- sições médicas são configuradas e compostas para tratar uma doença ou condição em um animal. Essas composições médicas podem com- preender entre cerca de 0,5 mg/mL e 5 mg/mL dos fucanos, ou cerca de 2,5 mg/mL dos fucanos. As composições médicas podem ser um dispositivo médico, que pode ser um dispositivo médico líquido. As composições médicas podem ser composições farmacêuticas, que podem ser composições farmacêuticas líquidas. A doença ou condição pode ser uma aderência fibrosa.
[0014] Também é fornecido o uso de uma faixa de dosagem com- preendendo entre cerca de 0,01 mL/kg e 15 mL/kg, 0,03 mL/kg e 4 mL/Kkg, 0,06 mL/kg e 2 mL/kg, ou cerca de 2 mL/kg e 4 mL/kg das composições médicas de qualquer uma das reivindicações 49 a 56 para tratar uma doença ou condição em um animal. Os métodos tam- bém incluem o tratamento de aderências fibrosas em um paciente, compreendendo a administração das composições médicas a um sítio alvo no paciente. O sítio alvo pode ser um sítio cirúrgico e a adminis- tração pode ser realizada pelo menos a) após a abertura de uma ferida cirúrgica no sítio cirúrgico, b) durante a cirurgia e c) após o fechamento da ferida cirúrgica. A administração pode ser realizada após a cirurgia e antes do fechamento da ferida operatória, e pode levar menos de 3 minutos, 2 minutos ou 1 minuto. O sítio alvo pode ser pelo menos um dentre um sítio de lesão, abrasão e ferimento. O sítio alvo pode estar localizado em ou pelo menos um dentre uma cavidade pélvica, uma cavidade abdominal, uma cavidade dorsal, uma cavidade craniana, uma cavidade espinhal, uma cavidade ventral, uma cavidade torácica, uma cavidade pleural e uma cavidade pericárdica, uma articulação, um músculo, um tendão e um ligamento.
[0015] Também estão incluídos aqui métodos para a remoção de impurezas das composições de fucano de partida para obter fucanos purificados/modificados compreendendo: fornecer composições de fucano de partida compreendendo impurezas; adicionar um auxiliar de floculação às composições de fu- cano de partida para produzir uma mistura de reação; flocular as impurezas por aquecimento da mistura de rea- ção para produzir impurezas floculadas; e remover as impurezas floculadas.
[0016] O fornecer as composições de fucano de partida pode compreender o fornecimento das composições de fucano de partida como uma solução, e os métodos ainda podem compreender a coleta dos fucanos purificados/modificados em uma solução de impurezas reduzidas. A floculação das impurezas pode compreender o aqueci- mento da mistura de reação em excesso da pressão atmosférica e o auxiliar de floculação pode compreender um sal, tal como cloreto, brometo, iodeto, fluoreto, sulfato, sulfito, carbonato, bicarbonato, fosfa- to, nitrato, nitrito, acetato, citrato, silicato e/ou cianeto de um metal al- calino, metal alcalinoterroso, alumínio e/ou amônio. O auxiliar de flocu- lação pode compreender uma base, que pode compreender um hidró-
xido e/ou óxido de um metal alcalino, metal alcalinoterroso, alumínio e/ou amônio. As impurezas removidas podem compreender pelo me- nos um dentre particulados, lipídeos, ácidos graxos, florotaninos, lami- narinas, alginatos, proteínas, produtos de reação de Maillard, fucoxan- tina, clorofila, bactérias, componentes celulares e DNA.
[0017] Métodos adicionais para a remoção de impurezas das composições de fucano de partida para obter fucanos purificados/mo- dificados podem compreender: fornecer composições de fucano de partida como um sólido e um meio de extração incapaz de dissolver fucanos, configurado para dissolver impurezas; misturar as composições de fucano de partida com o meio de extração para produzir uma mistura dos fucanos purificados/modi- ficados e o meio de extração; e separar os fucanos purificados/modificados do meio de ex- tração.
[0018] Os métodos podem compreender ainda coletar os fucanos purificados/modificados como um sólido. O meio de extração pode compreender pelo menos um solvente orgânico com uma polaridade relativa menor do que 0,765. Os valores de polaridade relativa podem ser normalizados a partir de medições de desvios de solvente de es- pectros de absorção. Veja, por exemplo, Christian Reichardt, Solvents and Solvent Effects in Organic Chemistry, Wiley-VCH Publishers, 3º ed., 2003. O solvente orgânico pode compreender pelo menos um dentre etanol, isopropanol, metanol, benzeno, éter dietílico, decametil- ciclopentassiloxano, acetato de etila, butanol, hexano, heptano, hepta- nol, octanol e decanol. O meio de extração pode ainda compreender pelo menos um dentre uma base, um detergente e um agente oxidan- te. Fornecer as composições de fucano de partida em uma forma sóli- da pode compreender a precipitação das composições de fucano de partida de uma solução. As impurezas removidas podem compreender pelo menos um dentre particulados, lipídeos, ácidos graxos, florotani- nos, laminarinas, alginatos, proteínas, produtos de reação de Maillard, fucoxantina, clorofila, bactérias, componentes celulares e DNA.
[0019] Outros métodos para a remoção de impurezas das compo- sições de fucano de partida para obter fucanos purificados/modificados podem compreender: fornecer composições de fucano de partida compreendendo impurezas, incluindo impurezas suspensas em uma solução; precipitar as impurezas da solução usando um precipitante de impurezas multivalente iônico, produzindo assim uma mistura de impurezas suspensas, impurezas precipitadas e uma solução de so- brenadante; e separar as impurezas suspensas e as impurezas precipita- das da solução de sobrenadante.
[0020] Os métodos podem compreender ainda a coleta da solução de sobrenadante que compreende os fucanos purificados/modificados. O precipitante de impureza multivalente iônico pode compreender um sal de um cátion divalente ou trivalente. O sal pode ser um cloreto, brometo, iodeto, fluoreto, sulfato, sulfito, carbonato, bicarbonato, fosfa- to, nitrato, nitrito, acetato, citrato, silicato e/ou cianeto. O cátion pode ser um metal alcalinoterroso, zinco, alumínio, cobre e/ou ferro. O pre- cipitante de impureza multivalente iônico pode compreender uma base de um cátion divalente ou trivalente. A base pode ser um hidróxido e/ou óxido de um metal alcalinoterroso, zinco, alumínio, cobre e/ou fer- ro. Separar as impurezas suspensas e as impurezas precipitadas da solução de sobrenadante pode compreender a floculação das impure- zas suspensas e das impurezas precipitadas adicionando um floculan- te à mistura de impurezas suspensas, impurezas precipitadas e solu- ção de sobrenadante. O floculante pode compreender pelo menos um dentre sulfato de alumínio e potássio; sulfato de sódio e alumínio; sul- fato de amônio e alumínio; cloreto de cálcio; fosfato de sódio; hidróxido de alumínio; cloreto de alumínio; cloreto férrico; sulfato férrico; sulfato ferroso; silicato de sódio; silicato de cálcio; fosfato de cálcio; cloreto de zinco; carbonato de cálcio; bicarbonato de cálcio; sulfato de potássio; fosfato de magnésio; acrilamidas; ácido acrílico; cloridrato de alumínio; cloreto de polialumínio; taninos; formaldeído; melamina; cloreto de me- tila de N,N-dimetilaminoetil acrilato; quaternário de cloreto de metila de N,N-dimetilaminoetil metacrilato; e cloreto de polidialildimetil-amônio. Os métodos também podem compreender a manutenção de um pH entre cerca de 7 e 14. A manutenção do pH pode compreender a adi- ção de base. As impurezas removidas podem compreender pelo me- nos um dentre particulados, lipídeos, ácidos graxos, florotaninos, lami- narinas, alginatos, proteínas, produtos de reação de Maillard, fucoxan- tina, clorofila, bactérias, componentes celulares e DNA.
[0021] Os métodos para a remoção de impurezas das composi- ções de fucano de partida para obter fucanos purificados/modificados podem compreender: fornecer composições de fucano de partida compreendendo impurezas; ajustar o pH das composições de fucano de partida entre cerca de 8 e 14; adicionar às composições de fucano de partida um agente de ruptura celular configurado para lisar componentes celulares para produzir uma mistura de reação compreendendo o agente de ruptura celular, lisados biomoleculares e as composições de fucano de partida; e remover o agente de ruptura celular e lisados biomolecula- res da mistura de reação.
[0022] O fornecer as composições de fucano de partida pode compreender o fornecimento das composições de fucano de partida como uma solução, e os métodos ainda podem compreender a coleta dos fucanos purificados/modificados em uma solução de impurezas reduzidas.
O agente de ruptura celular pode compreender um deter- gente, que pode ser um detergente aniônico, um detergente catiônico ou um detergente não iônico.
O detergente pode compreender pelo menos um dentre dodecil sulfato de sódio (SDS), cloreto de benzalcô- nio, Triton X 1006, Triton X 1140, detergentes Brijá, detergentes TweenO, desoxicolato de sódio e alquilbenzenossulfonatos.
A remo- ção do agente de ruptura celular e dos lisados biomoleculares pode compreender adicionar à mistura de reação um floculante configurado para flocular o agente de ruptura celular e os lisados biomoleculares.
À remoção do agente de ruptura celular pode compreender adicionar à mistura de reação um precipitante configurado para tornar o agente de ruptura celular insolúvel na mistura de reação, produzindo precipita- dos.
A remoção dos lisados biomoleculares pode compreender adicio- nar à mistura de reação um precipitante configurado para tornar os |i- sados biomoleculares insolúveis na mistura de reação, produzindo precipitados.
Os métodos podem compreender ainda adicionar à mis- tura de reação um floculante configurado para flocular os precipitados.
O floculante pode compreender pelo menos um dentre sulfato de alu- mínio e potássio; sulfato de sódio e alumínio; sulfato de amônio e alu- mínio; cloreto de cálcio; fosfato de sódio; hidróxido de alumínio; cloreto de alumínio; cloreto férrico; sulfato férrico; sulfato ferroso; silicato de sódio; silicato de cálcio; fosfato de cálcio; cloreto de zinco; carbonato de cálcio; bicarbonato de cálcio; sulfato de potássio; fosfato de mag- nésio; acrilamidas; ácido acrílico; cloridrato de alumínio; cloreto de po- lialumínio; taninos; formaldeído; melamina; cloreto de metila de NN- dimetilaminoetil acrilato; quaternário de cloreto de metila de N,N- dimetilaminoetil metacrilato; e cloreto de polidialildimetil-amônio.
[0023] A remoção do detergente aniônico pode compreender ad- sorção aniônica; a remoção do detergente catiônico pode compreen- der adsorção catiônica; a remoção do detergente não iônico pode compreender a separação da fase micelar; e, a remoção do detergente pode compreender adsorção hidrofóbica. A remoção do detergente pode compreender: diluir a mistura de reação até que a concentração do deter- gente possa estar abaixo de uma concentração predeterminada; e submeter a mistura de reação compreendendo o detergente à diafiltração sobre um filtro de filtração de fluxo tangencial com uma redução de peso molecular acima do maior peso molecular do deter- gente.
[0024] Os métodos também podem compreender a adição de um agente quelante à mistura de reação após fornecer as composições de fucano de partida e antes de remover o agente de ruptura celular. O agente quelante pode compreender ácido etilenodiaminatetraacético (EDTA), 2,3-dimercapto-1-propanol, etilenodiamina, porfina e/ou ácido cítrico, e os métodos ainda podem compreender a adição de um agen- te de extinção de oxidante à mistura de reação antes de remover o agente de ruptura celular para extinguir oxidantes na mistura de rea- ção, ou adicionar um agente bacteriostático à mistura de reação após fornecer as composições de fucano de partida e antes de remover o agente de ruptura celular. O agente bacteriostático pode compreender sulfito de sódio, ácido etilenodiaminatetraacético (EDTA), cloreto de benzalcônio, etanol e/ou tioureia. As impurezas removidas podem compreender pelo menos um dentre particulados, lipídeos, ácidos gra- xos, florotaninos, laminarinas, alginatos, proteínas, produtos de reação de Maillard, fucoxantina, clorofila, bactérias, componentes celulares e DNA.
[0025] Métodos para remover impurezas das composições de fu-
cano de partida para obter fucanos purificados/modificados também podem compreender: fornecer composições de fucano de partida compreendendo impurezas em uma solução de partida aquosa; misturar a solução de partida aquosa com um solvente or- gânico para produzir uma mistura de fase orgânica aquosa; e separar a mistura de fase aquosa-orgânica para obter uma porção aquosa e uma porção orgânica.
[0026] Os métodos podem ainda compreender a coleta da porção aquosa que compreende os fucanos purificados/modificados. O sol- vente orgânico pode compreender pelo menos um solvente orgânico com uma polaridade relativa menor que 0,765, que pode ser pelo me- nos um dentre etanol, isopropanol, metanol, benzeno, decametilciclo- pentassiloxano, acetato de etila, hexano, heptanol, octanol, decanol, heptano, acetato de isobutila, anisol, acetato de isopropila, 1-butanol, acetato de butila, metilisobutilcetona, pentano, 1-pentanol, éter etílico e acetato de propila. As impurezas removidas podem compreender pelo menos um dentre particulados, lipídeos, ácidos graxos, florotaninos, laminarinas, alginatos, proteínas, produtos de reação de Maillard, fu- coxantina, clorofila, bactérias, componentes celulares e DNA.
[0027] Métodos para modificar o teor catiônico das composições de fucano de partida podem compreender: fornecer composições de fucano de partida em uma solu- ção de partida; e diafiltrar a solução de partida através de um filtro de filtra- ção de fluxo tangencial com uma solução de um agente quelante atra- vés de um filtro de filtração de fluxo tangencial para produzir composi- ções de fucano retentado.
[0028] O agente quelante pode compreender pelo menos um den- tre ácido etilenodiamina-tetraacético (EDTA), 2,3-dimercapto-1-
propanol, etilenodiamina, porfina ou ácido cítrico. As composições de fucano retentado podem compreender um teor catiônico que consiste essencialmente em sódio e/ou potássio.
[0029] Métodos para remover impurezas das composições de fu- cano de partida para obter fucanos purificados/modificados podem compreender ainda: fornecer composições de fucano de partida compreendendo impurezas; submeter as composições de fucano de partida a uma pressão adequada acima de 70 bar e uma temperatura adequada aci- ma de 30 ºC em um extrator supercrítico; e encher o extrator supercrítico com um fluido supercrítico para remover as impurezas do fluido supercrítico; e remover o fluido supercrítico contendo as impurezas extraí- das após um período de tempo predeterminado.
[0030] Os métodos podem compreender ainda coletar os fucanos purificados/modificados que permanecem no extrator supercrítico; a pressão pode estar entre cerca de 70 bar e cerca de 2.000 bar e a temperatura pode estar entre cerca de 30 “C e cerca de 300 ºC. As composições de fucano de partida podem ser um líquido ou um sólido. O fluido supercrítico pode compreender pelo menos um dentre dióxido de carbono, etanol, etano, ácido clorídrico, ácido fluorídrico, ácido sul- fúrico e ácido nítrico. A quantidade de tempo predeterminada pode ser entre cerca de 5 minutos e 50 horas. As impurezas removidas podem compreender pelo menos um dentre particulados, lipídeos, ácidos gra- xos, florotaninos, laminarinas, alginatos, proteínas, produtos de reação de Maillard, fucoxantina, clorofila, bactérias, componentes celulares e DNA.
[0031] Estes e outros aspectos, características e modalidades são apresentados neste pedido, incluindo a seguinte Descrição Detalhada e desenhos anexos. A menos que expressamente indicado de outra forma, todas as modalidades, aspectos, recursos, etc., podem ser mis- turados e pareados, combinados e permutados de qualquer maneira desejada.
BREVE DESCRIÇÃO DOS DESENHOS
[0032] A FIG. 1 representa esquematicamente um sistema exem- plar para modificar o teor catiônico de uma composição de fucano de partida e remover componentes não fucanos de baixo peso molecular usando um agente quelante em filtração de fluxo tangencial.
[0033] A FIG. 2A representa resultados de RMN demonstrando que certos fucanos tratados de acordo com métodos aqui sofrem mu- danças estruturais nos fucanos.
[0034] A FIG. 2B representa resultados de RMN 2-D demonstran- do que certos fucanos tratados de acordo com métodos aqui sofrem mudanças estruturais nos fucanos.
[0035] Os desenhos apresentam modalidades exemplares de al- guns aspectos das presentes composições, métodos, etc. As modali- dades dos sistemas, métodos, etc., neste documento, podem incluir outras características ou etapas não mostradas nos desenhos. Além disso, as exemplificações apresentadas neste documento ilustram modalidades dos sistemas, métodos, etc., em uma ou mais formas, e tais exemplificações não devem ser interpretadas como limitando o escopo da descrição de qualquer maneira. As modalidades neste do- cumento não são exaustivas e não limitam a descrição à forma precisa descrita, por exemplo, na seguinte descrição detalhada.
DESCRIÇÃO DETALHADA
[0036] As composições, sistemas, métodos atuais, etc., aqui apre- sentados compreendem fucanos purificados/modificados. As presen- tes composições podem ser eficazes para tratamentos médicos, tra- tamentos pós-cirúrgicos, inibição de doenças, etc. Em algumas moda-
lidades, o fucano é fucoidano. Os presentes fucanos purifica- dos/modificados podem ser eles próprios, ou podem ser incluídos em ou em dispositivos médicos, materiais médicos, produtos de combina- ção ou em composições farmaceuticamente aceitáveis, terapeutica- mente e/ou medicamente eficazes.
[0037] Os parágrafos a seguir se voltam para uma breve discus- são geral de algumas das composições aqui compreendendo fucanos purificados/modificados, incluindo aqueles que podem ser criados usando as metodologias aqui discutidas a partir de composições de fucano de partida por meio de vários métodos que podem ser realiza- dos usando qualquer mistura de reação adequada, tal como soluções, suspensões, sólidos, géis ou outras modalidades dependendo do (s) método (s) escolhido (s). Composições
[0038] As atuais composições, sistemas, etc., aqui apresentados fornecem, em certas modalidades, fucanos e fucanos purifica- dos/modificados medicamente aceitáveis e composições que compre- endem quantidades terapeuticamente eficazes de fucanos purifica- dos/modificados para o tratamento de aderências fibrosas, tais como aderências cirúrgicas, artrite, psoríase ou outras doenças conforme desejado. Os fucanos purificados/modificados podem compreender mais do que cerca de 75 % em p/p de fucose total, galactose e sulfato, por exemplo, mais do que cerca de 80 % em p/p e mais de 84 % em p/p de fucose total, galactose e sulfato. Em algumas modalidades, os fucanos purificados/modificados podem compreender ainda até pelo menos cerca de 5 %, 7 %, 9 %, 10 % ou 11 % em p/p de pelo menos um contraíon. Em algumas modalidades, o contraíon é um contraíon farmaceuticamente aceitável. Em algumas modalidades, está ionica- mente ligado ao grupo sulfato presente no fucano. Contraíons farma- ceuticamente aceitáveis podem incluir pelo menos um dentre alumínio,
arginina, benzatina, cloroprocaína, colina, sódio, potássio, lítio, amô- nio, etilenodiamina, dietilamina, dietanolamina, etanolamina, histidina, lisina, N-metil glicamina, meglumina, procaína, trietilamina, zinco, cál- cio e magnésio. O componente contendo enxofre do fucano é ligado por meio de uma ligação C-O-S. O oxigênio em tal ligação pode ser considerado principalmente ligado ao carbono ou ao enxofre, depen- dendo de vários fatores. O termo "sulfato", quando aqui usado, refere- se a ambas as modalidades.
[0039] Em certas modalidades, os fucanos purificados/modificados aqui compreendem pelo menos cerca de 85 % em p/p, 90 % em p/p, 94 % em p/p, 97 % em p/p ou 98 % em p/p de fucose, galactose, sulfa- to e contraíons. Contraíons exemplares incluem até cerca de 7 %, 8 %, 9 %, 10 %, 11 %, 12 %, 13 %, 14 % ou 15 % em p/p de cálcio, magné- sio, potássio e/ou sódio. Em algumas modalidades, o fucano purifica- do/modificado compreende pelo menos cerca de 25 %, 30 % ou 35 % em p/p de fucose. Em algumas modalidades, o fucano purifica- do/modificado compreende menos do que cerca de 10 %, 5 % ou 4 % em p/p de galactose. Em algumas modalidades, o fucano purifica- do/modificado consiste essencialmente em, ou consiste em, tal total de componentes de fucose, galactose, sulfato e contraíons. Em algumas modalidades, os fucanos neste documento carecem substancialmente ou completamente de todos os componentes de açúcar, exceto fucose e galactose. Em algumas modalidades, os fucanos aqui substancial- mente ou completamente carecem de um ou mais de ácido glicurôni- co, manose, ramnose, xilose, galactose ou glicose; como usado nesta frase, "substancialmente falta" indica que a presença, se houver, de tais componentes de açúcar é baixa o suficiente para que a presença seja farmaceuticamente e medicamente imaterial.
[0040] Em algumas modalidades adicionais, os fucanos purifica- dos/modificados aqui podem ser usados para uma pluralidade de apli-
cações, incluindo a inibição, prevenção, remoção, redução ou outro tratamento de aderências fibrosas e outros alvos e outras doenças e/ou condições. O tratamento inclui que os fucanos reduzem ou previ- nem o desenvolvimento de uma doença alvo ou outra condição, como a redução ou prevenção da formação de aderências fibrosas em um sítio alvo, que é tipicamente um sítio alvo selecionado identificado por um cirurgião ou outro médico como compreendendo ou razoavelmente suscetível a ter aderências fibrosas (ou outras doenças ou condições), e também inclui a eliminação de doenças existentes ou outras condi- ções, incluindo, por exemplo, a eliminação de aderências fibrosas já existentes. Para tal inibição, prevenção, remoção, redução ou outro tratamento, o fucano é tipicamente fornecido em um dispositivo médico medicamente aceitável, produto de combinação ou composição farma- ceuticamente eficaz que contém componentes adicionais, tais como ligantes, adjuvantes, excipientes, etc., também como, se desejado, substâncias medicamente ativas adicionais, como fármacos secundá- rios que estão contidos na composição, mas não ligados ao fucano e/ou que podem ser ligados ao fucano.
[0041] Em ainda outras modalidades, as composições que com- preendem os fucanos purificados/modificados aqui podem ser sólidos, por exemplo, composições sólidas que compreendem um teor de água menor do que cerca de 7 % em p/p, por exemplo, menos do que cerca de 6 %, 5 % em p/p, 4 % em p/p, 3 % em p/p ou 2 % em p/p de teor de água.
[0042] A distribuição de peso molecular dos fucanos purifica- dos/modificados pode ser medida usando qualquer sistema de medi- ção apropriado desejado. Diferentes sistemas podem produzir diferen- tes leituras ou resultados de diferentes composições tendo essencial- mente a mesma composição, ou mesmo da mesma batelada quando medido de forma diferente. Um sistema de medição adequado é um conjunto de cromatografia de permeação em gel aquoso que consiste essencialmente em uma coluna de cromatografia de permeação em gel analítica de 300 mm com um diâmetro interno de 7,8 mm acondici- onado com gel à base de polimetacrilato hidroxilado, tendo uma faixa de peso molecular efetivo entre cerca de 50 kDa e cerca de 5.000 kDa, uma coluna de cromatografia de permeação em gel analítica de 300 mm com um diâmetro interno de 7,8 mm acondicionado com gel à ba- se de polimetacrilato hidroxilado, tendo uma faixa de peso molecular efetivo entre cerca de 1 kDa e cerca de 6.000 kDa e uma coluna de guarda de 40 mm com um diâmetro interno de 6 mm acondicionada com gel à base de polimetacrilato hidroxilado, as duas colunas analíti- cas de cromatografia de permeação em gel e uma coluna de guarda contida em um compartimento de coluna a cerca de 30 ºC, um detector de índice refrativo a cerca de 30 ºC, fase móvel de nitrato de sódio 0,1 M conduzida a 0,6 mL/min, e quantificação contra uma curva padrão de peso molecular máximo consistindo essencialmente em um primei- ro dextrano padrão com um peso molecular máximo de cerca de 2.200 kDa, um segundo dextrano padrão com peso molecular máximo entre cerca de 720 kDa e cerca de 760 kDa, um terceiro dextrano padrão com um peso molecular máximo entre cerca de 470 kDa e cerca de 510 kDa, quarto padrão de dextrano com um peso molecular máximo entre cerca de 370 kDa e cerca de 410 kDa, um quinto padrão de dex- trano com um peso molecular máximo entre cerca de 180 kDa e cerca de 220 kDa e um sexto dextrano padrão com um peso molecular má- ximo entre cerca de 40 kDa e 55 kDa. A curva padrão de peso molecu- lar máximo pode compreender ainda um padrão de dextrano com um peso molecular máximo entre 3 kDa e 5 kDa.
[0043] Os fucanos purificados/modificados aqui podem ter uma distribuição de peso molecular em que pelo menos cerca de 25 %, 30 %, 40 %, 50 %, 60 %, 70 %, 75 %, 90 %, 92 %, 97 % ou 98 % em p/p da distribuição é maior que 100 kDa. Os fucanos purificados/modifi- cados aqui podem compreender fucanos com uma distribuição de pe- so molecular em que pelo menos cerca de 50 %, 60 %, 70 %, 80 % ou 90 % em p/p da distribuição é superior a 200 kDa. Os fucanos purifica- dos/modificados aqui podem ter uma distribuição de peso molecular em que pelo menos cerca de 25 %, 30 %, 40 %, 50 %, 60 %, 70 % ou 75 % em p/p da distribuição é maior que 500 kDa. Os fucanos purifica- dos/modificados aqui podem ter uma distribuição de peso molecular em que pelo menos cerca de 5 %, 10 %, 20 %, 30 % ou 40 % em p/p da distribuição é maior que 1600 kDa.
[0044] Os fucanos purificados/modificados aqui podem ter um pe- so molecular médio ponderado superior a cerca de 100 kDa, por exemplo, entre cerca de 100 kDa e cerca de 10.000 kDa, entre cerca de 200 kDa e cerca de 8.000 kDa, entre cerca de 350 kDa e cerca de
8.000 kDa, entre cerca de 450 kDa e cerca de 8.000 kDa, entre cerca de 580 kDa e cerca de 8.000 kDa, ou entre cerca de 800 kDa e cerca de 2.000 kDa. Os fucanos purificados/modificados aqui podem ter um peso molecular máximo maior que cerca de 70 kDa, por exemplo, en- tre cerca de 70 kDa e cerca de 1200 kDa, entre cerca de 100 kDa e cerca de 1200 kDa, entre cerca de 200 kDa e cerca de 1200 kDa, en- tre cerca de 400 kDa e cerca de 1200 kDa, ou entre cerca de 400 kDa e cerca de 900 kDa.
[0045] Os fucanos purificados/modificados aqui podem ter um pe- so molecular médio em número superior a cerca de 50 kDa, entre cer- ca de 50 kDa e cerca de 1.000 kDa, entre cerca de 70 kDa e cerca de 1000 kDa, entre cerca de 150 kDa e cerca de 1000 kDa, entre cerca de 250 kDa e cerca de 1000 kDa, ou entre cerca de 250 kDa e cerca de 700 kDa.
[0046] Os fucanos purificados/modificados aqui podem ter um ní- vel de sulfatação entre cerca de 10 % em p/p e 70 % em p/p, entre cerca de 20 % em p/p e 65 % em p/p, entre cerca de 30 % em p/p e 60 % em p/p, ou entre cerca de 40 % em p/p e 60 % em p/p.
[0047] Os fucanos purificados/modificados aqui podem ter uma relação molar de fucose total: sulfato total entre cerca de 1:0,5 e 1:4, entre cerca de 1:0,8 e 1:3,5, entre cerca de 1:1 e 1:2,5, entre cerca de 1:1,2 e 1:2,0, ou entre cerca de 1:1,5 e 1:3. Os fucanos purifica- dos/modificados aqui podem ter uma relação molar de fucose total mais galactose: sulfato total entre cerca de 1:0,5 e 1:4, entre cerca de 1:0,8 e 1:3,5, entre cerca de 1:1 e 1:2,5, entre cerca de 1:1,2 e 1:2,0, ou entre cerca de 1:1,5 e 1:3.
[0048] Os fucanos purificados/modificados aqui podem ter um teor total de carboidratos entre cerca de 27 % em p/p e 70 % em p/p, entre cerca de 30 % em p/p e 80 % em p/p, entre cerca de 40 % em p/p e 90 % em p/p, ou entre cerca de 50 % em p/p e 100 % em p/p. Os fucanos purificados/modificados aqui podem ter um teor de fucose como uma porcentagem do carboidrato total de cerca de 30 % em p/p e 100 % em p/p, entre cerca de 40 % em p/p e 95 % em p/p, ou entre cerca de 50 % em p/p e 90 % em p/p. Os fucanos aqui podem ter um teor de galactose como uma porcentagem do carboidrato total de O % em p/p e 60 % em p/p, entre cerca de 5 % em p/p e 30 % em p/p, ou entre cerca de 8 % em p/p e 10 % em p/p. Os fucanos aqui podem ter um teor de ácido glicurônico como uma porcentagem do teor total de car- boidratos entre cerca de O % em p/p e 10 % em p/p, um teor de mano- se como uma porcentagem do teor total de carboidratos entre cerca de 0 % em p/p e 7 % em p/p, um teor de ramnose como uma porcenta- gem do teor total de carboidratos entre O % em p/p e 4 % em p/p, e um teor de xilose como uma porcentagem do teor total de carboidratos entre O % em p/p e 20 % em p/p . Os fucanos aqui podem ter um teor total de ácido glicurônico, manose, ramnose, glicose e xilose de menos do que cerca de 30 % em p/p, ou menos do que cerca de 12 % em p/p.
[0049] Em algumas modalidades, os fucanos purificados/modifi- cados aqui, quando dissolvidos a uma concentração de 50 mg/mL em água, têm uma viscosidade entre cerca de 4 cP e cerca de 50 cP, en- tre cerca de 5 cP e cerca de 40 cP, entre cerca de 10 cP e cerca de 30 CP, cerca de 15 cP, cerca de 20 cP e cerca de 25 cP. Em certas moda- lidades, os fucanos purificados/modificados aqui, quando dissolvidos em água de 1 mg/mL a 100 mg/mL, formam uma solução que é um de claro e incolor, claro e amarelo claro ou claro e marrom claro.
[0050] Os fucanos purificados/modificados aqui podem ser forne- cidos em uma pasta, gel, adesivo, filme, spray, líquido, loção, creme, solução, suspensão, sólido, implante, microesfera ou outra forma de- sejada.
[0051] As composições aqui apresentadas podem ser um sólido consistindo essencialmente em fucanos purificados/modificados. O fucano purificado/modificado pode consistir essencialmente em fucose, galactose, sulfato e contraíons.
[0052] Os fucanos purificados/modificados aqui podem estar em uma solução compreendendo entre cerca de1 mg/mL e cerca de 300 mg/mL de fucano, por exemplo, entre cerca de 0,1 mg/mL e cerca de 100 mg/mL, entre cerca de 1 mg/mL e cerca de 50 mg/mL e entre cer- ca de 20 mg/mL e cerca de 80 mg/mL. O fucano pode consistir essen- cialmente em fucose, galactose, sulfato e contraíons.
[0053] Os fucanos purificados/modificados podem estar em um gel compreendendo entre cerca de 100 mg/mL e cerca de 1000 mg/mL de fucano, por exemplo, entre cerca de 100 mg/mL e cerca de 500 mg/mL e entre cerca de 300 mg/mL e cerca de 800 mg/mL. O fucano pode consistir essencialmente em fucose, galactose, sulfato e contraíons.
[0054] Os fucanos purificados/modificados podem estar em um filme compreendendo entre cerca de 100 mg/mL e cerca de 1000 mg/mL de fucano, por exemplo, entre cerca de 100 mg/mL e cerca de 500 mg/mL e entre cerca de 300 mg/mL e cerca de 800 mg/mL. O fucano pode consistir essencialmente em fucose, galactose, sulfato e contraí- Ons.
[0055] Os fucanos purificados/modificados aqui podem ser admi- nistrados como um componente de um dispositivo médico, produto de combinação e/ou composição farmacêutica compreendendo qualquer número de excipientes farmaceuticamente aceitáveis, por exemplo, gelatina, hipromelose, lactose, água para injeção USP, cloreto de só- dio, sódio fosfato, citrato de sódio, ascorbato de sódio, tampões de fosfato, tampões de citrato, tampões de fosfato-citrato, plurônico, celu- lose, alginato, acrilato, ácido hialurônico, polietileno glicol, quitosana, excipiente injetável e injeção de Ringer com lactato USP.
[0056] Os fucanos purificados/modificados aqui podem ser admi- nistrados como uma pasta, gel, adesivo, filme, spray, líquido, loção, creme, solução, suspensão, sólido, implante, microesfera ou outra forma desejada.
[0057] Os fucanos purificados/modificados podem ser administra- dos por via intravenosa, intra-articular, intralesional, intravaginal, retal, intramuscular, intraperitoneal, subcutânea, tópica, intranasal, intraocu- lar ou vias de administração oral. Os fucanos purificados/modificados podem ser entregues diretamente no sítio da doença. Os fucanos puri- ficados/modificados podem ser continuamente liberados no sítio da doença por meio da liberação controlada de uma forma de dosagem polimérica.
[0058] Os fucanos purificados/modificados aqui podem ser admi- nistrados como um componente de uma composição farmacêutica compreendendo os fucanos purificados/modificados e pelo menos um outro fármaco. O fármaco pode ser pelo menos um dentre paclitaxel, doxorrubicina, camptotecina, etoposídeo, mitoxantrona, metotrexato,
menadiona, plumbagina, juglone, beta-lapercona, ciclosporina, sulfasa- lazina, esteroide, rapamicina, retinoide, docetaxel, colchicina, oligonu- cleotídeo antissenso e ribozima.
[0059] Em certas modalidades, os fucanos purificados/modificados aqui podem ter um teor de acetila menor do que cerca de 5 % em p/p, menos do que cerca de 2 % em p/p e cerca de 0 % em p/p. Em algu- mas modalidades, os fucanos purificados/modificados aqui compreen- dem substancialmente O % em p/p de teor de acetila quando medido por coerência quântica múltipla heteronuclear 1H-13C 2D a 70 ºC com supressão de sinal de solvente em um espectrômetro de 600 MHz equipado com sonda fria de 5 mm, em a faixa de 10-30 ppm na di- mensão de carbono, em 8 incrementos de 256-512 varreduras cada. Métodos
[0060] Métodos, sistemas, etc., são fornecidos para purificar e/ou modificar um fucano, por exemplo, a partir de uma composição de fu- cano de partida compreendendo fucanos, por exemplo, uma composi- ção de matéria-prima de fucano ou outras composições contendo fu- cano. "Impurezas", quando aqui usado, referem-se a qualquer compo- nente do fucano que não seja fucose, galactose, sulfato ou um contra- íon, e a qualquer componente não fucano ou composto ou substância presente em uma composição compreendendo um fucano. Impurezas podem ser ligadas ao fucano, por exemplo, proteínas ionicamente e/ou quimicamente ligadas ao fucano, resíduos de açúcar que não sejam fucose e galactose que fazem parte da estrutura polimérica do fucano, outros sacarídeos quimicamente ligados ao fucano e não fucano impu- rezas que não estão ligadas ao fucano, mas estão presentes em uma composição de fucano de partida, como uma composição de fucano matéria-prima. Exemplos de tais impurezas incluem, mas não estão limitados a particulados, lipídeos, ácidos graxos, florotaninos, laminari- nas, alginatos, proteínas, produtos de reação de Maillard, fucoxantina,
clorofila, bactérias, componentes celulares e DNA, vários dos quais contêm cromóforos e resultam na presença de cores marrom, amarelo e verde nas composições de fucano de partida e várias das quais po- dem ser ionicamente e/ou quimicamente ligadas a ou parte do fucano na composição de fucano de partida. Em certas modalidades, os mé- todos, etc., aqui podem ser usados para preparar fucanos purifica- dos/modificados compreendendo pelo menos cerca de 88 % em p/p, 89 % em p/p, 90 % em p/p, 91 % em p/p, 92 % em p/p, 93 % em p/p, 94 % em p/p, 95 % em p/p, 96 % em p/p, 97 % em p/p, 97,1 % em p/p, 98 % em p/p, 98,8 % em p/p, 99 % em p/p, 99,5 % em p/p, ou 99,9 % em p/p de fucose, galactose, sulfato e contraíons. Em algumas moda- lidades, o fucano purificado/modificado compreende pelo menos cerca de 75 %, 78 %, 80 %, 82 % ou 84 % em p/p de fucose, galactose e sulfato. Em algumas modalidades, o fucano purificado/modificado compreende menos que cerca de 0,1 %, 0,5 %, 1 %, 2,9 %, 3 %, 4 %, %, 6 %, 7 %, 8 %, 9%, 10 %, 11 % ou 12 % em p/p de impurezas. Algumas dessas impurezas podem causar complicações perigosas no uso médico e/ou cirúrgico de fucanos.
[0061] Em algumas modalidades, a descrição atual apresenta fu- canos purificados/modificados com baixos níveis de impurezas que são adequados para aplicações médicas e cirúrgicas, por exemplo, a prevenção de aderências fibrosas.
[0062] Os parágrafos a seguir se voltam para uma breve discus- são geral de algumas das metodologias que podem ser usadas para criar os fucanos purificados/modificados aqui. Floculação fisicamente induzida
[0063] Uma composição de fucano de partida, tal como uma com- posição de fucano matéria-prima, compreendendo altos níveis de im- purezas sofre uma floculação de impurezas, que pode ser uma flocu- lação fisicamente induzida. O método pode compreender: fornecer uma composição de fucano de partida; adicionar um auxiliar de flocu- lação à composição de fucano de partida para produzir uma mistura de reação; flocular as impurezas na composição de fucano de partida por aquecimento da mistura de reação; separar as impurezas floculadas da mistura de reação; e coletar o fucano purificado/modificado deseja- do após a separação.
[0064] A floculação das impurezas por aquecimento da mistura de reação pode compreender o aquecimento da mistura de reação en- quanto a mistura de reação é submetida a uma pressão superior à pressão atmosférica. Auxiliares de floculação adequados incluem, sem limitação, sais e/ou bases, por exemplo, cloretos, brometos, iodetos, fluoretos, sulfatos, sulfitos, carbonatos, bicarbonatos, fosfatos, nitratos, nitritos, acetatos, citratos, silicatos, óxidos, hidróxidos e/ou cianetos de um metal alcalino, metal alcalinoterroso, alumínio e/ou amônio, por exemplo, cloreto de sódio, sulfato de sódio, cloreto de potássio, sulfato de cálcio, fosfato de sódio, nitrato de sódio, cloreto de lítio, nitrato de lítio, cloreto de amônio, carbonato de sódio, hidróxido de sódio. A se- paração das impurezas floculadas da mistura de reação pode compre- ender um ou mais dentre centrifugação, filtragem, sedimentação ou separação por fluxo hidrodinâmico da mistura de reação.
[0065] Os métodos, etc., aqui podem compreender ainda a dessa- linização da composição de fucano de partida antes de adicionar um auxiliar de floculação. A dessalinização pode compreender a diafiltra- ção da composição de fucano de partida como uma solução em água através de um filtro de filtração de fluxo tangencial de redução de peso molecular (MWCO) (TFF). A diafiltração pode compreender a diafiltra- ção da composição de fucano de partida com água destilada. O filtro de TFF de redução de peso molecular pode ter uma redução de peso molecular menor do que um ponto ou alvo de separação de peso mo- lecular desejado em ou para o fucano purificado/modificado, por exemplo, uma redução de peso molecular de 50 kDa, 70 kDa, 100 kDa, 200 kDa, 300 kDa, 500 kDa ou 1000 kDa.
[0066] O método pode ser executado em ambientes básicos e neutros. A adição de um auxiliar de floculação à composição de fucano de partida pode, portanto, compreender tornar a composição de fuca- no de partida básica para prevenir ou inibir a degradação do fucano na composição de fucano de partida, porque os fucanos são propensos à degradação em ambientes ácidos. Em outras modalidades, o método pode ser realizado mantendo a mistura de reação em ou próximo a um pH de 7 ou mais.
[0067] Em algumas modalidades, a composição de fucano de par- tida pode ser fornecida como uma solução. Exemplos de fucanos ade- quados para tratamento pelo método acima incluem, sem limitação, fucoidano, e a concentração do fucano em solução pode estar entre 0,01 % em p/v e 50 % em p/v. As impurezas que podem ser removidas pelo método acima incluem, sem limitação, particulados, lipídeos, áci- dos graxos, florotaninos, laminarinas, alginatos, proteínas, produtos de reação de Maillard, fucoxantina, clorofila, bactérias, componentes celu- lares e DNA. Extração de fase sólida
[0068] Os fucanos em uma composição de fucano de partida, co- mo uma composição de fucano matéria-prima contendo níveis indese- jáveis de impurezas, incluindo níveis muito elevados de impurezas, como em uma composição de matéria-prima bruta, são submetidos a uma extração em fase sólida. Os métodos podem compreender: forne- cer na forma sólida uma composição de fucano de partida compreen- dendo impurezas e um meio de extração incapaz de dissolver fucanos, configurado para dissolver as impurezas; misturar a composição de fucano de partida com o meio de extração para formar uma mistura de uma composição de fucano sólido não dissolvido e um meio de extra-
ção, o meio de extração contendo impurezas dissolvidas; separar o fucano de estado sólido não dissolvido purificado do meio de extração contendo impurezas dissolvidas; e coleta do fucano purificado/modifi- cado como um sólido após a remoção do fucano purificado/modificado do meio de extração. A separação pode compreender um ou mais de, por exemplo, centrifugação, filtração, sedimentação e separação de fluido hidrodinâmico.
[0069] Os meios de extração pode compreender, por exemplo, um ou mais dentre uma base, um detergente e um agente oxidante. Os meios de extração adequados que não dissolvem o fucano incluem solventes orgânicos com uma polaridade relativa menor do que 0,765, por exemplo, etanol, isopropanol, metanol, benzeno, éter dietílico, de- cametilciclopentassiloxano, acetato de etila, butanol, hexano, heptano, heptanol, octanol e decanol. As bases adequadas incluem, sem limita- ção, hidróxido de sódio, hidróxido de potássio, hidróxido de lítio e hi- dróxido de cálcio. Os agentes oxidantes adequados incluem, sem limi- tação, um ou mais dentre peróxido de hidrogênio, peróxido de ureia e alvejantes oxidantes, incluindo hipoclorito de sódio. Os detergentes adequados incluem, sem limitação, tensoativos não iônicos, por exem- plo, as gamas de detergentes TweenGO, Brijê e Triton&; tensoativos aniônicos, por exemplo, dodecilsulfato de sódio (SDS), desoxicolato de sódio; e tensoativos catiônicos, por exemplo, cloreto de benzalcônio (BAC). Fucanos particulares que se prestam aos métodos aqui inclu- em, mas não estão limitados a fucoidano. A mistura da composição de fucano original, por exemplo, de partida, com o meio de extração pode se estender de um minuto a 120 horas.
[0070] Os métodos podem compreender ainda a dessalinização da composição de fucano de partida antes de fornecer na forma sólida a composição de fucano de partida. A dessalinização pode compreender a diafiltração da composição de fucano de partida como uma solução em água através de um filtro de filtração de fluxo tangencial de redu- ção de peso molecular (MWCO) (TFF). A diafiltração pode compreen- der a diafiltração da composição de fucano de partida com água desti- lada. O filtro de TFF de redução de peso molecular pode ter uma redu- ção de peso molecular menor do que um ponto ou alvo de separação de peso molecular desejado em ou para o fucano purificado/modifi- cado, por exemplo, uma redução de peso molecular de 50 kDa, 70 kDa, 100 kDa, 200 kDa, 300 kDa, 500 kDa ou 1000 kDa. A diafiltração pode compreender ainda a pré-filtração da composição de fucano de partida através de um pré-filtro adequado para remover o material par- ticulado. O método pode ainda compreender a liofiização de uma composição de fucano de partida adequada em solução antes de for- necer na forma sólida a composição de fucano de partida. O método pode compreender ainda a precipitação de uma solução de uma com- posição de fucano de partida adequada antes de fornecer na forma sólida a composição de fucano de partida. Os precipitantes adequados incluem, sem limitação, etanol, isopropanol, propanol, acetona, meta- nol, dimetilsulfóxido, dimetilformamida, etileno glicol, tetra-hidrofurano, acetonitrila, glima, diglima, dioxano, a solubilidade do fucano diminuin- do conforme a polaridade do fluido precipitante diminui. As impurezas que podem ser removidas pelo método acima incluem, sem limitação, particulados, lipídeos, ácidos graxos, florotaninos, laminarinas, algina- tos, proteínas, produtos de reação de Maillard, fucoxantina, clorofila, bactérias, componentes celulares e DNA.
Precipitação quimicamente induzida
[0071] Uma composição de fucano de partida, tal como uma com- posição de fucano matéria-prima, contendo altos níveis de impurezas incluindo, por exemplo, partículas suspensas, sofre uma precipitação de impurezas quimicamente induzida. Em certas modalidades, os mé- todos podem compreender: fornecer uma composição de fucano de partida em uma solução de partida; precipitar as impurezas da solução de partida por meio de um precipitante de impureza multivalente iônico para fornecer uma mistura de impurezas suspensas, impurezas preci- pitadas e sobrenadante; separar as impurezas suspensas e as impu- rezas precipitadas da solução de sobrenadante; e coletar a solução de sobrenadante compreendendo o fucano purificado/modificado deseja- do após separação das impurezas suspensas e impurezas precipita- das do sobrenadante.
[0072] Os precipitantes de impurezas adequados incluem sais multivalentes iônicos e/ou bases de cátions divalentes e trivalentes. Exemplos de tais sais adequados incluem, sem limitação, cloretos, brometos, iodetos, fluoretos, sulfatos, sulfitos, carbonatos, bicarbona- tos, fosfatos, nitratos, nitritos, acetatos, citratos, silicatos e/ou cianetos de metais alcalinoterrosos, zinco, alumínio, cobre e ferro. Exemplos de tais bases adequadas incluem, sem limitação, hidróxidos e/ou óxidos de metais alcalinoterrosos, zinco, alumínio, cobre e/ou ferro. Separar as impurezas suspensas e as impurezas precipitadas da solução do sobrenadante pode compreender a floculação das impurezas na mistu- ra. Os floculantes adequados incluem, sem limitação, sulfato de alumí- nio e potássio; sulfato de sódio e alumínio; sulfato de amônio e alumí- nio; cloreto de cálcio; fosfato de sódio; hidróxido de alumínio; cloreto de alumínio; cloreto férrico; sulfato férrico; sulfato ferroso; silicato de sódio; silicato de cálcio; fosfato de cálcio; cloreto de zinco; carbonato de cálcio; bicarbonato de cálcio; sulfato de potássio; fosfato de mag- nésio; acrilamidas; ácido acrílico; cloridrato de alumínio; cloreto de po- lialumínio; taninos; formaldeído; melamina; cloreto de metila de N N-di- metilaminoetil acrilato; quaternário de cloreto de metila de N,N-dime- tilaminoetil metacrilato; e cloreto de polidialildimetil-amônio. Como po- de ser visto na lista anterior de floculantes, em algumas modalidades, o floculante pode ser o precipitante de impureza. Separando as impu-
rezas precipitadas, suspensas e/ou floculadas do sobrenadante, a so- lução pode compreender pelo menos um dentre centrifugação, filtra- gem, sedimentação e separação por fluxo hidrodinâmico da mistura de impurezas e a solução de sobrenadante.
[0073] Os métodos podem compreender ainda a dessalinização da composição de fucano de partida antes de fornecer a composição de fucano de partida. A dessalinização pode compreender a diafiltração da composição de fucano de partida como uma solução aquosa atra- vés de um filtro de TFF. A diafiltração pode compreender a diafiltração da composição de fucano de partida com água destilada. A diafiltração pode compreender a diafiltração da composição de fucano de partida através de um filtro de TFF com uma MWCO de 5 kDa, 10 kDa, 30 kDa, 50 kDa, 70 kDa ou 100 kDa. A diafiltração pode compreender ainda a pré-filtração da composição de fucano de partida através de um pré-filtro adequado para remover o material particulado.
[0074] Os métodos podem compreender ainda manter um pH en- tre cerca de 7 e 14 para inibir ou prevenir a degradação de fucanos em ambientes ácidos. A manutenção do pH entre cerca de 7 e 14 pode compreender a adição de uma base adequada, por exemplo, hidróxido de sódio. Uma base adequada pode ser adicionada à composição de fucano de partida antes de precipitar as impurezas da solução por meio de um precipitante de impureza multivalente iônico. Em outras modalidades, uma base adequada pode ser adicionada à mistura de impurezas precipitadas e solução de sobrenadante após a precipitação de impurezas da solução por meio de um precipitante de impureza multivalente iônico. Em ainda outras modalidades, uma base adequa- da pode ser adicionada à solução de sobrenadante após a separação das impurezas suspensas e impurezas precipitadas da solução de so- brenadante.
[0075] Exemplos de fucanos adequados para tratamento pelo mé-
todo acima incluem, sem limitação, fucoidano, e a concentração do fucano em solução pode estar entre 0,01 % em p/v e 50 % em p/v. As impurezas que podem ser removidas pelo método acima incluem, sem limitação, particulados, lipídeos, ácidos graxos, florotaninos, laminari- nas, alginatos, proteínas, produtos de reação de Maillard, fucoxantina, clorofila, bactérias, componentes celulares e DNA. Lise e floculação
[0076] Uma composição de fucano de partida, como uma compo- sição de fucano matéria-prima, contendo altos níveis de impurezas so- fre lise e floculação. Os métodos neste exemplo podem compreender: fornecer uma composição de fucano de partida; tornar a composição de fucano de partida alcalina; adicionar à composição de fucano de partida um agente de ruptura celular para produzir uma mistura de re- ação, o agente de ruptura celular lisando componentes celulares na composição de fucano de partida e liberando na mistura de reação al- calina lisados compreendendo componentes biomoleculares; remover da mistura de reação o agente de ruptura celular e pelo menos uma porção das impurezas para deixar não degradado o fucano purificado desejado.
[0077] A remoção do agente de ruptura celular pode compreender qualquer um ou mais dentre precipitação, floculação, filtração de fluxo tangencial, separação de fase micelar, adsorção iônica e adsorção hi- drofóbica. A remoção de impurezas pode compreender qualquer um ou mais de precipitação, floculação, filtração de fluxo tangencial, sepa- ração de fase micelar, adsorção iônica e adsorção hidrofóbica. Qual- quer um desses métodos de remoção ou combinações de métodos de remoção pode compreender centrifugação, filtragem, sedimentação ou separação de fluxo hidrodinâmico de qualquer mistura de fases sólidas e líquidas.
[0078] Os agentes desreguladores celulares adequados incluem,
sem limitação, detergentes aniônicos, não iônicos e catiônicos, por exemplo, dodecil sulfato de sódio (SDS), cloreto de benzalcônio, Triton X 1000, Triton X 1140, detergentes BrijO), detergentes TweenGO, deso- xicolato de sódio e alquilbenzenossulfonatos.
[0079] Em uma modalidade dos métodos, o agente de ruptura ce- lular é dodecilsulfato de sódio (SDS) e a remoção do agente de ruptura celular compreende a adição de um precipitante para tornar o agente de ruptura celular insolúvel na mistura de reação alcalina e, desse mo- do, precipitar o agente de ruptura celular. Nesta modalidade, a remo- ção do agente de ruptura celular pode ainda compreender adicionar um floculante à mistura de reação para flocular o agente de ruptura celular precipitado e junto com ele pelo menos uma porção das impu- rezas. A remoção do agente de ruptura celular pode ainda compreen- der a centrifugação após a floculação.
[0080] Os precipitantes adequados para dodecilsulfato de sódio e alquilbenzenossulfonatos incluem, sem limitação, hidróxido de potás- sio, cloreto de potássio, cloreto de cálcio, carbonato de cálcio e cloreto de bário. Os floculantes adequados incluem, sem limitação, sulfato de alumínio e potássio; sulfato de sódio e alumínio; sulfato de amônio e alumínio; cloreto de cálcio; fosfato de sódio; hidróxido de alumínio; clo- reto de alumínio; cloreto férrico; sulfato férrico; sulfato ferroso; silicato de sódio; silicato de cálcio; fosfato de cálcio; cloreto de zinco; carbona- to de cálcio; bicarbonato de cálcio; sulfato de potássio; fosfato de magnésio; acrilamidas; ácido acrílico; cloridrato de alumínio; cloreto de polialumínio; taninos; formaldeído; melamina; cloreto de metila de N,N- dimetilaminoetil acrilato; quaternário de cloreto de metila de N,N-di- metilaminoetil metacrilato; e cloreto de polidialildimetil-amônio.
[0081] Deve ser entendido aqui que o agente de ruptura celular pode sofrer uma mudança no processo de precipitação. Por exemplo, sem limitação, se o agente de ruptura celular for dodecil sulfato de só-
dio (SDS), o precipitante pode ser hidróxido de potássio (KOH) e o cá- tion de sódio pode ser substituído como parte do processo de precipi- tação por potássio, o dodecil sulfato de potássio resultante sendo inso- lúvel na mistura de reação e, assim, precipitando. O dodecil sulfato de cátion, que funcionalmente é a porção de ruptura celular do SDS, per- manece intacto neste processo.
[0082] Em ainda outras modalidades dos métodos, o agente de ruptura celular pode ser um ou mais dentre dodecil sulfato de sódio (SDS) e desoxicolato de sódio e a remoção do agente de ruptura celu- lar compreende adsorção aniônica. A adsorção aniônica pode com- preender a adição de um adsorvente carregado positivamente ade- quado por um período de tempo adequado, seguido pela remoção do adsorvente. A adsorção aniônica pode compreender ainda o fluxo da mistura de reação sobre uma coluna ou filtro acondicionado com um adsorvente carregado positivamente adequado a uma taxa de fluxo adequada.
[0083] Em ainda outras modalidades dos métodos, o agente de ruptura celular pode ser cloreto de benzalcônio e a remoção do agente de ruptura celular compreende a adsorção catiônica. A adsorção ca- tiônica pode compreender a adição de um adsorvente carregado nega- tivamente adequado por um período de tempo adequado, seguido pela remoção do adsorvente. A adsorção catiônica pode compreender ain- da o fluxo da mistura de reação sobre uma coluna ou filtro acondicio- nado com um adsorvente carregado negativamente adequado a uma taxa de fluxo adequada.
[0084] Em ainda outras modalidades dos métodos, o agente de ruptura celular pode ser um ou mais dentre os detergentes Triton X 1006, Triton X 1146, Brijô e TweenO e a remoção do agente de ruptu- ra celular compreende a separação da fase micelar. A separação de fase micelar pode compreender a alteração da temperatura da mistura de reação de modo que a temperatura da mistura de reação exceda o ponto de turvação do agente de ruptura celular. A separação de fase micelar pode compreender a centrifugação da mistura de reação para obter a separação de fase desejada.
[0085] Em outras modalidades de métodos, o agente de ruptura celular pode ser qualquer um ou mais de dodecil sulfato de sódio (SDS), cloreto de benzalcônio, Triton X 1000, Triton X 1146, detergen- tes BrijO), detergentes TweenGO, desoxicolato de sódio e alquilbenze- nossulfonatos , e a remoção do agente de ruptura celular compreen- dem um ou mais dentre adsorção hidrofóbica e uma combinação de diluição e filtração de fluxo tangencial (TFF). A adsorção hidrofóbica pode compreender a adição de um adsorvente hidrofóbico adequado por um período de tempo adequado, seguido pela remoção do adsor- vente. A adsorção hidrofóbica pode compreender fluir a mistura de re- ação sobre uma coluna ou filtro acondicionado com um adsorvente hidrofóbico adequado a uma taxa de fluxo adequada. A remoção por diluição e TFF pode compreender diluir a mistura de reação de modo que o agente de ruptura celular caia abaixo de sua concentração mice- lar crítica e, assim, possa ser removido por meio de filtração de fluxo tangencial sobre um filtro de TFF de redução de peso molecular ade- quada (MWCO) que permite para a permeação do agente de ruptura celular a partir de um retentado contendo fucano. A remoção por dilui- ção e TFF pode envolver a diafiltração da mistura de reação sobre o filtro de TFF com um número adequado de diavolumes.
[0086] Os métodos podem compreender ainda a adição de um agente quelante à mistura de reação para quelar cátions multivalentes livres na mistura de reação. O agente quelante pode ser adicionado após fornecer a composição de fucano de partida e antes da remoção do agente de ruptura celular. Os métodos podem compreender ainda a extinção de oxidantes na mistura de reação. A extinção de oxidantes pode compreender a adição de um agente de extinção de oxidante à mistura de reação antes ou após a remoção do agente de ruptura celu- lar.
[0087] Os métodos podem compreender a adição de um agente bacteriostático à mistura de reação. O agente bacteriostático pode ser adicionado após fornecer a composição de fucano de partida e antes da remoção do agente de ruptura celular. Os agentes bacteriostáticos adequados incluem, sem limitação, sulfito de sódio, ácido etilenodia- minatetraacético (EDTA), cloreto de benzalcônio, etanol e tioureia.
[0088] Os agentes quelantes adequados incluem, sem limitação, ácido etilenodiaminatetracético (EDTA), 2,3-dimercapto-1-propanol, etilenodiamina, porfina e ácido cítrico. Os agentes de extinção de oxi- dantes adequados incluem, sem limitação, sais de sulfito, nitrito e fosfi- to. Como é evidente a partir do acima, vários dos compostos listados podem ter mais de uma função nos métodos. Os adsorventes hidrofó- bicos utilizáveis incluem, sem limitação, carvão ativado, terra de dia- tomácea, resinas não iônicas de éster acrílico, resinas não iônicas de poliestireno, resinas não iônicas de estireno-divinilbenzeno (DVB). Os adsorventes aniônicos adequados incluem, sem limitação: resinas de estireno-DVB funcionalizadas com amina, resinas de metacrilato funci- onalizadas com amina, resinas de metacrilato de metila funcionaliza- das com amina, resinas de metacrilato de butil funcionalizadas com amina, resinas de agarose funcionalizadas com amina, resinas de dex- trano funcionalizadas com amina, resinas de cerâmica funcionalizadas com silicato de amina funcionalizadas e agente de remoção de lipí- deos (LRA).
[0089] Em algumas modalidades, a composição de fucano de par- tida pode ser fornecida como uma solução. Exemplos de fucanos ade- quados para tratamento pelo método acima incluem, sem limitação, fucoidano. A composição de fucano de partida pode ter uma concen-
tração de fucano em solução superior a 0,1 % em p/v e menor do que % em p/v. O agente de ruptura celular pode ter uma concentração em solução superior a 0,1 % em p/v e menor do que 60 % em p/v. As impurezas que podem ser removidas pelo método acima incluem, sem limitação, particulados, lipídeos, ácidos graxos, florotaninos, laminari- nas, alginatos, proteínas, produtos de reação de Maillard, fucoxantina, clorofila, bactérias, componentes celulares e DNA. Extração líquido-líquido
[0090] Os fucanos em uma composição de fucano de partida, co- mo uma composição de fucano matéria-prima contendo níveis indese- jáveis de impurezas, são submetidos à extração líquido-líquido. Os métodos podem compreender: fornecer a composição de fucano de partida em uma solução de partida aquosa; misturar a solução de par- tida com um solvente orgânico para obter uma mistura de fase orgâni- ca aquosa tendo uma porção aquosa compreendendo um fucano puri- ficado/modificado e uma porção orgânica compreendendo impurezas hidrofóbicas; separar a porção aquosa da porção orgânica; e coletar a porção aquosa compreendendo o fucano purificado/modificado.
[0091] Os métodos podem compreender ainda a dessalinização da composição de fucano de partida antes de misturar com a solução aquosa de partida um solvente orgânico. A dessalinização pode com- preender a diafiltração da composição de fucano de partida como uma solução em água através de um filtro de filtração de fluxo tangencial de redução de peso molecular (MWCO) (TFF). A diafiltração pode com- preender a diafiltração da composição de fucano de partida com água destilada. O filtro de TFF de redução de peso molecular pode ter uma redução de peso molecular menor do que um ponto ou alvo de sepa- ração de peso molecular desejado em ou para o fucano purifica- do/modificado, por exemplo, uma redução de peso molecular de 5 kDa, 10 kDa, 30 kDa, 50 kDa, 70 kDa, 100 kDa, 200 kDa, 300 kDa,
500 kDa ou 1000 kDa. A diafiltração pode compreender ainda a pré- filtração da composição de fucano de partida através de um pré-filtro adequado para remover o material particulado.
[0092] A mistura da solução aquosa de partida com um solvente orgânico pode compreender agitar a mistura de solvente orgânico- aquoso, agitar a mistura de solvente orgânico-aquoso, expor a mistura de solvente orgânico-aquoso a cisalhamento elevado, recircular a fase aquosa na fase orgânica e recircular o fase orgânica na fase aquosa.
[0093] A separação da porção aquosa da porção orgânica pode compreender pelo menos um dentre pelo menos um dentre centrifuga- ção, decantação, separação por funil de separação e separação por fluxo hidrodinâmico.
[0094] Os solventes orgânicos adequados para uso com este mé- todo incluem solventes orgânicos com uma polaridade relativa menor do que 0,765, por exemplo, heptano, acetato de isobutila, anisol, ace- tato de isopropila, 1-butanol, acetato de butila, metilisobutilcetona, pen- tano, 1-pentanol, acetato de etila, éter etílico e acetato de propila. À fase orgânica pode conter impurezas, por exemplo, sem limitação, lipí- deos, ácidos graxos, florotanino, proteínas, fucoxantina e/ou clorofila. Diafiltração
[0095] Fucanos em uma composição de fucano de partida, como uma composição de fucano matéria-prima contendo níveis indesejá- veis de impurezas, sofre diafiltração. Os métodos podem compreen- der: submeter a composição de fucano de partida em uma solução de partida à diafiltração com uma solução de agente quelante através de um primeiro filtro de filtração de fluxo tangencial para produzir uma primeira composição de fucano retentado e uma solução permeada de componentes catiônicos quelados; e submeter a primeira composição de fucano retentado à diafiltração com uma solução de diafiltração se- cundária através de um segundo filtro de filtração de fluxo tangencial para separar o agente quelante residual da primeira composição de fucano retentado, produzindo uma segunda composição de fucano re- tentado compreendendo o fucano purificado/modificado desejado. Submeter a primeira composição de fucano retentado à diafiltração através de um segundo filtro de filtração de fluxo tangencial pode compreender submeter a primeira composição de fucano retentado à diafiltração através do primeiro filtro de filtração de fluxo. Ou seja, o mesmo filtro pode ser empregado em ambos os processos de diafiltra- ção.
[0096] Submeter a composição de fucano de partida à diafiltração pode compreender a pré-filtração da composição de fucano de partida através de um pré-filtro para remover matéria particulada indesejada. Submeter a composição de fucano de partida à diafiltrtação com um agente quelante pode compreender submeter a composição de fucano de partida à diafiltração com um de ácido etilenodiamina-tetraacético (EDTA), 2,3-dimercapto-1-propanol, etilenodiamina, porfina ou ácido cítrico.
[0097] A composição de fucano de partida pode ter uma concen- tração de fucano em solução superior a 0,1 % em p/v e menor do que % em p/v. O agente quelante pode ter uma concentração em solu- ção superior a 0,1 % em p/v e menor do que 60 % em p/v. As compo- sições de primeiro e/ou segundo retentado resultantes podem com- preender um teor catiônico que consiste essencialmente em sódio e/ou potássio.
[0098] A FIG.1 mostra um diagrama esquemático de um sistema de modificação de teor catiônico 1200 para obter uma modificação do teor catiônico e/ou nível de uma composição de fucano de partida. Uma composição de fucano de partida em solução é fornecida através da linha de alimentação de entrada 1202 para o vaso de fucano 1216. O fucoidano de partida em um solvente adequado pode ser pré-filtrado através do pré-filtro 1204 para remover qualquer matéria particulada indesejada. O calibre do pré-filtro será tipicamente maior do que as maiores moléculas de polímero a serem separadas por meio do siste- ma de modificação de teor catiônico 1200.
[0099] A bomba de entrada de TFF 1214 bombeia a composição de fucano para o filtro de TFF 1210 através da linha de alimentação TFF 1212. O filtto de TFF 1210 é normalmente fornecido como um cassete projetado para permitir que um fluido de entrada fornecido a ele passe sobre seu filtro em seu lado retentado, enquanto permite um permeado para sair por meio de uma linha de saída e o fluido de en- trada tratado para sair como retentado por meio de outra linha de saí- da. A bomba de entrada de TFF 1214 fornece um nível de pressão so- bre o filtro de TFF 1210 entre seus lados de retentado e permeado. Na FIG.1, o retentado do filtro de TFF 1210 é retornado ao vaso de fucano 1216 via linha de retorno de retentado TFF 1218 e válvula de retenta- do TFF 1217, enquanto o permeado é produzido através da linha de saída de permeado de TFF 1219 para uso fora do sistema de modifi- cação de teor catiônico 1200 ou para ser descartado.
[00100] Enquanto a bomba de entrada de TFF 1214 recircula o fu- coidano pré-filtrado e o retentado sobre o filtro de TFF 1210, um agen- te quelante, por exemplo, sem limitação, um dentre ácido etilenodiami- na-tetraacético (EDTA), 2,3-dimercapto-1-propanol, etileno diamina, porfina ou ácido cítrico, pode ser adicionado à composição de fucano de partida no vaso de fucano 1216 do primeiro recipiente de solução de diafiltração 1220 através da primeira linha de fornecimento de solu- ção de diafiltração 1225. O agente quelante é usado para repor o sol- vente perdido através do permeado na linha de saída de permeado de TFF 1219 e/ou para garantir que um número predeterminado de diavo- lumes de fucano de entrada e agente quelante circulem sobre o filtro de TFF 1210. O agente quelante sequestra os cátions na composição de fucano de partida, em particular cátions multivalentes, como quela- tos que então passam através do filtro de TFF 1210 para o permeado. Ao controlar a primeira válvula de solução de diafiltração 1224, o agen- te quelante pode ser adicionado em um processo de pulso. Em outras modalidades, o agente quelante pode ser adicionado em um modo contínuo. O número de diavolumes de agente quelante para processar através do filtro de TFF 1210 pode ser predeterminado. O processo pode ser continuado por um período de tempo predeterminado, por exemplo, entre cerca de 1 e cerca de 6 horas, entre cerca de 3 e cerca de 12 horas e entre cerca de 10 e cerca de 24 horas. O processo pode ser continuado para um número predeterminado de diavolumes do agente quelante, por exemplo, entre cerca de 1 e cerca de 4 diavolu- mes, entre cerca de 3 e cerca de 6 diavolumes, entre cerca de 5 e cer- ca de 10 diavolumes e entre cerca de 7 e cerca de 20 diavolumes. O processo pode ser continuado e o teor catiônico no vaso de fucano 1216 pode ser medido e o processo de TFF terminado quando um teor catiônico desejado foi atingido, por exemplo, um teor catiônico com- preendendo abaixo de 10 partes por milhão (ppm), abaixo de 1 ppm , abaixo de 0,1 ppm e abaixo de 0,01 ppm de cátions multivalentes. À diafiltração da composição de fucano de partida em solução através do filtro de TFF 1210 com a primeira solução de diafiltração proporciona uma primeira composição de fucano retentado com um teor catiônico modificado.
[00101] A próxima etapa no processo é remover o agente quelante restante da primeira composição de fucano retentado no vaso de fuca- no 1216. Isso pode ser feito fechando a primeira válvula de solução de diafiltração 1224, válvula de saída do sistema de modificação de teor catiônico 1206 e permitindo uma solução de diafiltração secundária de segundo recipiente de solução de diafiltração 1230 para entrar no vaso de fucano 1216 através da segunda linha de fornecimento de solução de diafiltração 1235 e segunda válvula de solução de diafiltração 1234. A mistura no vaso de fucano 1216 é então submetida a TFF através do filtro de TFF 1210 como antes via linha de fornecimento de TFF 1212, bomba de entrada de TFF 1214, linha de retorno de retentado TFF 1218 e válvula de retentado TFF 1217. A solução de diafiltração se- cundária pode compreender, por exemplo, sem limitação, qualquer um ou mais dentre água desionizada, uma solução de um agente bacteri- ostático e um sal. O agente bacteriostático pode ser, por exemplo, sem limitação, sulfito de sódio, EDTA, cloreto de benzalcônio, etanol, tiou- reia. Os sais adequados incluem, sem limitação, cloreto de sódio, clo- reto de potássio, fosfato de sódio, bicarbonato de amônio, solução sa- lina tamponada com fosfato.
[00102] A solução de diafiltração secundária é usada para repor o solvente perdido através do permeado na linha de saída de permeado de TFF 1219 e/ou para garantir que um número predeterminado de diavolumes da primeira composição de fucano retentado e solução de diafiltração secundária circulem sobre o filtro de TFF 1210. Controlan- do a segunda válvula de solução de diafiltração 1234, a solução de diafiltração secundária pode ser adicionada em um processo de pulso. Em outras modalidades, a solução de diafiltração secundária pode ser adicionada em um modo contínuo. O número de diavolumes de solu- ção de diafiltração secundária para processar sobre o filtro de TFF 1210 pode ser predeterminado. O processo pode ser continuado por um período de tempo predeterminado, por exemplo, entre cerca de 1 e cerca de 6 horas, entre cerca de 3 e cerca de 12 horas e entre cerca de 10 e cerca de 24 horas. O processo pode ser continuado para um número predeterminado de diavolumes do agente quelante, por exem- plo, entre cerca de 1 e cerca de 4 diavolumes, entre cerca de 3 e cerca de 6 diavolumes, entre cerca de 5 e cerca de 10 diavolumes e entre cerca de 7 e cerca de 20 diavolumes, por exemplo, um teor catiônico abaixo de 10 partes por milhão (ppm), abaixo de 1 ppm, abaixo de 0,1 ppm e abaixo de 0,01 ppm de cátions multivalentes. O processo pode ser continuado e a concentração de agente quelante residual no vaso de fucano 1216 pode ser medida e o processo de TFF terminado quando uma concentração de agente quelante residual adequadamen- te baixa for atingida, por exemplo, um nível de agente quelante residu- al abaixo de 10 ppm, abaixo de 1 ppm, abaixo de 0,1 ppm e abaixo de 0,01 ppm. A segunda composição de fucano de retentado resultante no vaso de fucano 1216 compreende o produto de fucano purifica- do/modificado do processo do sistema de modificação de teor catiôni- co 1200. Como desejado, a segunda composição de fucano de reten- tado resultante no vaso de fucano 1216 pode ser removida do vaso de fucano 1216 via linha de saída do sistema de modificação de teor ca- tiônico 1208. Extração de fluido supercrítica
[00103] Os fucanos em uma composição de fucano, como uma composição de fucano de partida contendo níveis indesejáveis de im- purezas, são submetidos a uma extração de fluido supercrítica. Os métodos podem compreender: fornecer a composição de fucano de partida como um sólido; colocar a composição de fucano de partida em um extrator supercrítico; submeter a composição de fucano de par- tida no extrator supercrítico a uma pressão adequada acima de 70 bar; aquecer a composição de fucano de partida no extrator supercrítico a uma temperatura adequada acima de 30 ºC; encher o extrator super- crítico com um fluido supercrítico para produzir um fucano purifica- do/modificado e um fluido supercrítico contendo impurezas extraídas; remover o fluido supercrítico contendo impurezas extraídas do extrator supercrítico após um período de tempo predeterminado; e recuperar o fucano purificado/modificado.
[00104] Preencher o extrator supercrítico com um fluido supercrítico pode compreender o preencher o extrator supercrítico com dióxido de carbono. O dióxido de carbono supercrítico pode ser suplementado com etanol entre 2 % em v/v e 10 % em v/v. Em algumas modalida- des, o dióxido de carbono supercrítico pode ser suplementado com aproximadamente 5 % em v/v de etanol como um cossolvente. Fluidos supercríticos alternativos ao dióxido de carbono para uso com este método incluem, mas não estão limitados a etanol, etano, ácido clorí- drico, ácido fluorídrico, ácido sulfúrico e ácido nítrico.
[00105] Submeter o fucano de partida a uma pressão adequada pode compreender submeter a composição de fucano de partida a uma pressão entre cerca de 70 bar e cerca de 2000 bar. Submeter a composição de fucano de partida a uma temperatura adequada pode compreender submeter a composição de fucano de partida a uma temperatura entre cerca de 30 ºC e cerca de 300 ºC.
[00106] A remoção do fluido supercrítico contendo as impurezas extraídas após um período de tempo predeterminado pode compreen- der a remoção do fluido supercrítico após cerca de 5 minutos a cerca de 50 horas, por exemplo, entre cerca de 10 minutos a cerca de 1 ho- ra, entre cerca de 30 minutos a cerca de 5 horas, entre cerca de 1 ho- ra a cerca de 24 horas e entre cerca de 5 horas a cerca de 48 horas.
[00107] O método pode compreender ainda a dessalinização da composição de fucano de partida antes de colocar a composição de fucano de partida em um extrator supercrítico. A dessalinização pode compreender a diafiltração da composição de fucano de partida como uma solução em água através de um filtro de filtração de fluxo tangen- cial de redução de peso molecular (MWCO) (TFF). A diafiltração pode compreender a diafiltração da composição de fucano de partida com água destilada. O filtro de TFF de redução de peso molecular pode ter uma redução de peso molecular menor do que um ponto ou alvo de separação de peso molecular desejado em ou para o fucano purifica-
do/modificado, por exemplo, uma redução de peso molecular de 50 kDa, 70 kDa, 100 kDa, 200 kDa, 300 kDa, 500 kDa ou 1000 kDa. A diafiltração pode compreender ainda a pré-filtração da composição de fucano de partida através de um pré-filtro adequado para remover o material particulado. Modificação Estrutural Química
[00108] Os métodos, sistemas etc. discutidos neste documento po- dem compreender a modificação estrutural química dos fucanos, inclu- indo os fucanos em uma composição de fucanos. A modificação estru- tural química pode envolver a remoção de grupos funcionais do fuca- no, por exemplo, grupos funcionais O-acetila, N-acetila, metóxi, hidro- xila, carboxílico e/ou sulfato da estrutura do fucano. A modificação es- trutural química pode envolver o uso de uma ampla variedade de rea- gentes químicos, por exemplo, ácidos, bases, detergentes e/ou agen- tes oxidantes. Filtração de fluxo tangencial
[00109] — Alguns dos métodos aqui discutidos utilizam filtração de flu- xo tangencial (TFF). Consistente com a identificação típica de filtros de filtração de fluxo tangencial (TFF), o valor de redução de peso molecu- lar nominal (MWCO) para um determinado filtro de TFF irá reter seleti- vamente em seu lado retentado uma solução contendo moléculas que não cruzaram a barreira do filtro e, portanto, geralmente têm pesos moleculares e/ou tamanhos maiores do que o peso molecular das mo- léculas que fazem cruzar/permear a barreira para o lado do permeado. Assim, os valores de redução de peso molecular para filtros de TFF são tipicamente não absolutos para qualquer polímero ou valor de re- dução nominal: um determinado filtro de TFF irá passar ou reter algu- mas moléculas acima e abaixo da redução de peso molecular nominal. A redução real/valores seletivos e os efeitos de um filtro de TFF nomi- nal para um polímero particular podem ser determinados rotineiramen-
te para o polímero particular.
[00110] Vários fatores podem afetar o comportamento de permea- ção dos filtros de TFF. Esses fatores podem ser dependentes dos pró- prios filtros de TFF ou dependentes de um atributo dos polímeros alvo, por exemplo, o comportamento de dobramento e a estrutura dobrada do polímero alvo podem afetar o comportamento do polímero alvo ao cruzar/não cruzar a MWCO do filtro de TFF barreira. Em relação aos próprios filtros de TFF, como é conhecido, uma série de fatores pode afetar o comportamento de permeação dos filtros de TFF. Por exem- plo, métodos de fabricação podem causar uma variedade de tamanhos de orifícios dentro do filtro de TFF específico, variedade essa que pode incluir orifícios maiores e menores do que a MWCO nominal. Assim, um filtro de TFF com um valor de redução de peso molecular nominal irá substancialmente passar/reter moléculas no valor de redução de peso molecular nominal, mas também pode passar/reter algumas mo- léculas abaixo e/ou acima de tal valor. Cromatografia de permeação em gel
[00111] A cromatografia de permeação em gel foi empregada para avaliar as distribuições de peso molecular obtidas para os exemplos experimentais. Há um grande número de diferentes parâmetros, colu- nas e padrões disponíveis para uso em cromatografia de permeação em gel, resultando em uma variedade de configurações de instrumen- tação disponíveis para a análise de peso molecular. Para as determi- nações de peso molecular aqui, a GPC foi conduzida usando os se- guintes parâmetros: A fase móvel era de nitrato de sódio 0,1 M condu- zida a 0,6 mL/min. O compartimento da coluna e o detector estavam a ºC. Um detector de índice refrativo Waters 2414 foi usado para de- tecção.
[00112] Colunas de GPC adequadas incluem colunas de GPC compatíveis com solventes aquosos, por exemplo, colunas acondicio-
nadas com pelo menos um dentre estireno-divinilbenzeno sulfonado, rede de copolímero de acrilato funcionalizado com NH, sílica modifica- da e gel à base de polimetacrilato hidroxilado. Para as análises aqui, três colunas foram usadas em série, compreendendo uma coluna de guarda de 40 mm de comprimento com um diâmetro interno (ID) de 6 mm acondicionada com gel à base de polimetacrilato hidroxilado de tamanho de partícula de 6 um, seguido por uma primeira coluna analí- tica de GPC de 300 mm com uma ID de 7,8 mm acondicionada com gel à base de polimetacrilato hidroxilado de tamanho de partícula de 12 um que tem um limite de exclusão de cerca de 7.000 kDa e uma faixa de peso molecular efetivo entre cerca de 50 kDa e cerca de
5.000 kDa, seguido por uma segunda coluna analítica de GPC de 300 mm com uma ID de 7,8 mm acondicionado com gel à base de polime- tacrilato hidroxilado de tamanho de partícula de 10 um que tem um |i- mite de exclusão de cerca de 7.000 kDa e uma faixa de peso molecu- lar eficaz entre cerca de 1 kDa e cerca de 6.000 kDa. A faixa de peso molecular total efetivo da coluna configurada estava entre cerca de 1 kDa e cerca de 6.000 kDa. Um exemplo dessa configuração de coluna pode ser as colunas Ultrahydrogel&O guard-UltrahydrogelO 2000- UltrahydrogelO Linear conectadas em série.
[00113] As amostras executadas foram quantificadas contra uma curva padrão que compreende padrões rastreáveis da American Polymer Standards Corporation: DXT3755K (peso molecular máximo = 2164 kDa), DXT820K (peso molecular máximo = 745 kDa), DXT760K (peso molecular máximo = 621 kDa), DXT670K (peso molecular máxi- mo = 401 kDa), DXT530K (peso molecular máximo = 490 kDa), DXT500K (peso molecular máximo = 390 kDa), DXT270K (peso mole- cular máximo = 196 kDa), DXT225K (peso molecular máximo = 213 kDa), DXT150K (peso molecular máximo = 124 kDa), DXT55K (peso molecular máximo = 50 kDa), DXT50K (peso molecular máximo = 44 kDa) and DXT5K (peso molecular máximo = 4 kDa), os picos de peso molecular destes padrões estão entre cerca de 4 kDa e cerca de 2.200 kDa. A curva padrão usada pode, por exemplo, incluir Dextrano 3755 kDa, pelo menos um dentre Dextrano 50 kDa e Dextrano 55 kDa, e entre 3 a 6 padrões rastreáveis adicionais aqui discutidos, os pontos de calibração sendo os pesos moleculares máximos dos calibrantes usados. Um exemplo de curva de calibração pode consistir em DXT3755K, DXT 820K, DXT530K, DXT500K, DXT225K e DXT55K. As colunas usadas neste documento tinham uma faixa de peso molecular total efetivo que abrangia e se estendia além da faixa de peso molecu- lar máximo dos padrões usados para quantificação dos fucanos.
[00114] Um peso molecular declarado para um polímero de fuca- no/fucoidano aqui é um valor de peso molecular sobre o qual sempre haverá uma distribuição de moléculas de pesos moleculares maiores e menores, aumentando ou diminuindo em quantidade ou porcentagem conforme o peso molecular aumenta ou diminui longe de o peso mole- cular especificado. A distribuição pode, mas não é obrigada a, ter uma forma geralmente gaussiana ou gaussiana distorcida.
[00115] Os resultados nas tabelas aqui contidas abreviaturas usa- das para certas características de uma distribuição de peso molecular. A cromatografia de permeação em gel é denotada por GPC, o tempo de retenção de pico é denotado por PRT, o peso molecular máximo é denotado por PMW, o peso molecular médio é denotado por WAMW, o peso molecular médio numérico é denotado por NAMW, a distribuição percentual é denotada por % dist. , o peso molecular é denotado por MW, o índice de polidispersidade é denotado por PDI e a redução de peso molecular é denotada por MWCO. Doenças e condições Aderências fibrosas
[00116] A aderência fibrosa é um tipo de cicatriz que se forma entre duas partes do corpo, geralmente após a cirurgia (aderência cirúrgica). As aderências fibrosas podem causar problemas graves. Por exemplo, aderências fibrosas envolvendo os órgãos reprodutivos femininos (ovários, trompas de Falópio) podem causar infertilidade, dispareunia e fortes dores pélvicas. As aderências fibrosas que ocorrem no intestino podem causar obstrução ou bloqueio intestinal, e aderências fibrosas também podem se formar em outros lugares, como ao redor do cora- ção, coluna e na mão. Além da cirurgia, as aderências fibrosas podem ser causadas, por exemplo, por endometriose, infecção, quimioterapia, radiação, trauma e câncer.
[00117] Uma variedade de aderências fibrosas é discutida neste documento. Termos como aderências cirúrgicas, aderências pós- cirúrgicas, aderências pós-operatórias, aderências devido à doença inflamatória pélvica, aderências devido a lesão mecânica, aderências devido à radiação, aderências devido ao tratamento de radiação, ade- rências devido a trauma e aderências devido à presença de material estranho todos os materiais referem-se à aderência de tecidos uns aos outros devido a um mecanismo semelhante e estão incluídos no termo aderências fibrosas.
[00118] A formação de aderências fibrosas é um processo comple- xo no qual os tecidos normalmente separados no corpo se transfor- mam uns nos outros. As aderências cirúrgicas (também conhecidas como aderências pós-cirúrgicas) se desenvolvem a partir da resposta normal de cicatrização de feridas dos tecidos ao trauma e foram rela- tadas como ocorrendo em mais de dois terços de todos os pacientes cirúrgicos abdominais (Ellis, H., Surg. Gynecol. Obstet. 133: 497 (1971)). As consequências dessas aderências fibrosas são variadas e dependem do sítio da cirurgia ou de outro sítio, como o sítio da doen- ça, envolvido. Os problemas podem incluir dor crônica, obstrução dos intestinos e até mesmo um risco aumentado de morte após cirurgia cardíaca (dizerega, GS, Prog. Clin. Biol. Res. 381:1-18 (1993); diz- erega, GS, Fertil. Steril. 61:219-235 (1994); Dobell, AR, Jain, AK, Ann. Thorac. Surg. 37: 273-278 (1984)). Em mulheres em idade reprodutiva, as aderências fibrosas envolvendo o útero, as trompas de falópio ou os ovários são estimados em cerca de 20 % de todos os casos de in- fertilidade (Holtz, G., Fertil. Steril. 41:497-507 (1984); Weibel, MA e Majno, G. Am. J. Surg. 126: 345-353 (1973)).
[00119] O processo de formação de aderência fibrosa envolve inici- almente o estabelecimento de uma estrutura de fibrina e o reparo do tecido normal. O processo normal de reparo permite a fibrinólise ao lado do reparo mesotelial. No entanto, na formação de aderência fibro- sa, a matriz de fibrina amadurece à medida que os fibroblastos prolife- ram na rede e a angiogênese ocorre resultando no estabelecimento de uma aderência fibrosa organizada em cerca de 3 a 5 dias (Buckman, RF, et al., J. Surg. Res. 21 : 67-76 (1976); Raferty, AT, J. Anat. 129: 659-664 (1979)). Os processos inflamatórios incluem ativação de neu- trófilos nos tecidos traumatizados, deposição de fibrina e ligação de tecidos adjacentes, invasão de macrófagos, proliferação de fibroblas- tos na área, deposição de colágeno, angiogênese e o estabelecimento de tecidos de aderência fibrosa permanente.
[00120] Várias tentativas foram feitas para prevenir aderências ci- rúrgicas. Estes envolvem abordagens farmacológicas destinadas a in- fluenciar os eventos bioquímicos e celulares que acompanham trau- mas cirúrgicos, bem como métodos de barreira para a separação dos tecidos afetados. Por exemplo, o uso de lavagem peritoneal, soluções heparinizadas, pró-coagulantes, modificação de técnicas cirúrgicas como o uso de técnicas cirúrgicas microscópicas ou laparoscópicas, a eliminação de talco de luvas cirúrgicas, o uso de suturas menores e o uso de barreiras físicas (filmes, géis ou soluções) com o objetivo de minimizar a aposição de superfícies serosas, todos foram tentados.
Atualmente, as terapias preventivas também incluem a prevenção da deposição de fibrina, redução da inflamação (anti-inflamatórios este- roidais e não esteroidais) e remoção dos depósitos de fibrina.
[00121] As tentativas de intervenção para prevenir a formação de aderências pós-cirúrgicas incluem o uso de técnicas de hidroflotação ou dispositivos de barreira. A hidroflotação envolve a instilação de grandes volumes de soluções de polímero, como dextrano (Adhesion Study Group, Fertil. Steril. 40:612-619 (1983)), ou carboximetilcelulose (Elkins, TE, et al., Fertil. Steril. 41:926-928 (1984)), no espaço cirúrgico na tentativa de manter os órgãos separados. Membranas de barreira sintéticas feitas de celulose regenerada oxidada (por exemplo, Inter- ceedTY), politetrafluoroetileno (membrana cirúrgica Gore-tex) e mem- branas totalmente reabsorvíveis feitas de uma combinação de ácido hialurônico modificado/carboximetilcelulose (HA/CMC) (SeprafilmTY) também foram usadas para reduzir a formação de aderência pós- cirúrgica em animais e humanos (Burns, JW, et a/l., Eur. J. Surg. Suppl. 577: 40-48 (1997); Burns, JW, et al., Fertil. Steril. 66 : 814-821 (1996); Becker, JM, et al., J. Am. Coll. Surg. 183: 297-306 (1996)). O sucesso dessas membranas HA/CMC pode derivar de sua capacidade de for- necer separação de tecidos durante o processo de reparo de feridas peritoneal quando aderências fibrosas se formam. Observou-se que as membranas formavam um revestimento claro e viscoso no tecido lesi- onado por 3-5 dias após a aplicação, um período de tempo que é compatível com o curso de tempo de formação de aderência pós- cirúrgica (Ellis, H., Br. J. Surg. 50:10-16 (1963)). Infelizmente, o suces- so limitado foi visto com esses métodos.
[00122] A peritonite envolve inflamação do peritônio. A peritonite pode causar problemas graves. Por exemplo, dor abdominal, sensibili- dade abdominal e proteção abdominal. A peritonite pode envolver in- flamação espontânea, anatômica e/ou relacionada à diálise peritoneal.
A peritonite pode envolver uma infecção, por exemplo, perfuração de uma víscera oca, ruptura do peritônio, peritonite bacteriana espontâ- nea e infecções sistêmicas podem resultar em infecção e peritonite. À peritonite também pode não envolver uma infecção, por exemplo, va- zamento de fluidos corporais estéreis para o peritônio, e cirurgia ab- dominal estéril pode resultar em peritonite. Várias tentativas têm sido feitas para prevenir e/ou tratar a peritonite. Por exemplo, medidas ge- rais de suporte, como reidratação intravenosa, antibióticos e cirurgia. Existe uma necessidade não atendida de compostos, composições, métodos e semelhantes (incluindo abordagens de entrega) para inibir, ou de outra forma tratar e/ou prevenir a peritonite, de preferência de forma mais eficaz com poucos efeitos colaterais.
[00123] Os fucanos purificados/modificados aqui discutidos podem ser usados para tratar aderências fibrosas em um paciente e podem ser incluídos como um componente de, ou ser, uma composição médi- ca de fucano purificada/modificada, dispositivo médico, combinação ou produto farmacêutico configurado e pode ser composto por tratar ade- rências fibrosas. Por exemplo, uma composição médica ou dispositivo médico de fucano purificado/modificado compreendendo entre cerca de 0,02 mg/mL a cerca de 100 mg/mL, por exemplo, 0,1 mg/mL, 0,2 mg/mL, 0,3 mg/mL, 0,5 mg/mL, 0,9 mg/mL, 1 mg/mL, 2,5 mg/mL, 5 mg/mL 7,5 mg/mL, de um fucano purificado/modificado aqui dissolvido em uma solução de sal fisiológico. A solução salina fisiológica pode ser, por exemplo, Lactated Ringer's Injection USP (LRS), soro fisioló- gico e solução fisiológica de Dextran.
[00124] As composições médicas de fucano purificado/modificado e dispositivos médicos, que podem ser composições e dispositivos mé- dicos líquidos, neste documento podem conter excipientes farmaceuti- camente aceitáveis, tais como tampões, estabilizadores, conservantes, adjuvantes, etc. Tais composições médicas de fucano purificado/mo-
dificado e dispositivos médicos podem ser usado para tratar aderên- cias fibrosas pré-, durante ou pós-cirurgia, administrando entre cerca de 0,01 mL/kg (por quilograma de peso corporal do paciente ou alvo) a cerca de 10 mL/kg ou 15 mL/kg das composições médicas ou disposi- tivos de fucano no parágrafo anterior.
Doses e quantidades do disposi- tivo incluem, por exemplo, cerca de 0,03 mL/Kkg, 0,1 mL/kg, 0,2 mL/kg, 0,4 mL/kg, 0,5 mL/kg, 0,6 mL/kg, 1 mL/kg, 1,2 mL/kg, 2 mL/kg, 3 mL/Kkg, 4 mL/kg, 5 mL/kg, 8 mL/kg, 10 mL/kg e 15 mL/kg do dispositivo médico de fucano purificado/modificado para o sítio cirúrgico de o pa- ciente.
Em outras modalidades, tais composições médicas de fucano purificado/modificado e dispositivos médicos podem ser usados para tratar aderências fibrosas em qualquer sítio alvo selecionado, por exemplo, lesões, abrasões, sítios de lesão, sítios cirúrgicos e sítios pós-cirúrgicos por administração entre cerca de 0,04 mg/kg ou 0,1 mg/kg a cerca de 25 mg/kg ou 50 mg/kg.
Alguns exemplos de tais do- ses incluem, por exemplo, cerca de 0,04 mg/kg, 0,075 mg/kg, 0,1 mg/kg, 0,2 mg/kg, 0,5 mg/kg, 1 mg/kg, 1,3 mg/kg, 2 mg/kg , 3 mg/kg, 4 mg/kg, 5 mg/kg, 7,5 mg/kg, 8 mg/kg, 10 mg/kg, 15 mg/kg, 20 mg/kg, 25 mg/kg e 50 mg/kg dos fucanos aqui, incluindo, por exemplo, os fuca- nos purificados/modificados aqui, para o sítio cirúrgico do paciente.
À administração pode ser realizada, por exemplo, instilando uma compo- sição médica líquida ou dispositivo médico geralmente em toda a área alvo; direcionar a composição médica líquida ou dispositivo médico em um sítio específico dentro da área alvo; pulverizar a composição médi- ca líquida ou dispositivo médico em geral ou em um sítio específico dentro da área alvo; ou pulverizar ou de outra forma distribuir a com- posição médica líquida ou dispositivo médico por meio de um aplica- dor, que pode ser um aplicador de spray através de um trocarte, cate- ter, endoscópio ou outro dispositivo minimamente invasivo, em um sí- tio específico (s) que um cirurgião ou outro médico tenha identificados como particularmente suscetíveis ou preocupantes para o desenvolvi- mento de aderências fibrosas. Em outro aspecto, a administração po- de ser feita após a abertura da ferida cirúrgica, mas antes do procedi- mento cirúrgico; durante o procedimento cirúrgico ou após o procedi- mento cirúrgico, mas antes do fechamento da ferida cirúrgica. Se de- sejado, a composição médica líquida ou o dispositivo médico também podem ser administrados após a cirurgia ser concluída (por exemplo, através de uma seringa e agulha) e também podem ser administrados em sítios alvo não cirúrgicos. O sítio cirúrgico do paciente pode ser, por exemplo, pelo menos um dentre a cavidade pélvica, cavidade ab- dominal, cavidade dorsal, cavidade craniana, cavidade espinhal, cavi- dade ventral, cavidade torácica, cavidade pleural, cavidade pericárdi- ca, pele, articulações, músculos, tendões e ligamentos. A administra- ção do dispositivo médico de fucano purificado/modificado no sítio ci- rúrgico do paciente pode ser realizada em menos de cerca de 15 mi- nutos, 10 minutos, 8 minutos, 6 minutos, 5 minutos, 4 minutos, 3 minu- tos, 2 minutos , 1 minuto, 45 segundos, 30 segundos, 20 segundos, 15 segundos, 10 segundos e 5 segundos.
[00125] “Exemplos de administração do dispositivo médico de fuca- no purificado/modificado a um sítio cirúrgico incluem, sem limitação, a administração do dispositivo médico de fucano purificado/modificado no sítio cirúrgico de um procedimento cirúrgico de seção de Cesariana; um procedimento cirúrgico de reconstrução com retalho livre micro- vascular, um procedimento cirúrgico de enxerto de pele de espessura total, um procedimento cirúrgico de retalho de avanço V-Y, um proce- dimento cirúrgico de retalho de rotação fasciocutâneo, um procedimen- to cirúrgico de artroplastia, um procedimento cirúrgico de mastectomia, um procedimento cirúrgico de sequestrectomia, um procedimento ci- rúrgico de saucerização, um procedimento cirúrgico de osteotomia, um procedimento cirúrgico de osteoplastia, um procedimento cirúrgico de patelectomia, um procedimento cirúrgico de sinovectomia, um proce- dimento cirúrgico de capsulectomia, um procedimento cirúrgico de re- paro de tendão ou ligamento, um procedimento cirúrgico de tenólise, uma cirurgia de tenotomia, um procedimento cirúrgico de fasciotomia, um procedimento cirúrgico de reparo meniscal, procedimento cirúrgico de vertebrectomia, procedimento cirúrgico de etmoidectomia, procedi- mento cirúrgico de operação de Caldwell Luc, procedimento cirúrgico de dacriocistorrinostomia, procedimento cirúrgico de sinéquia por lise nasal, procedimento cirúrgico de timectomia, procedimento cirúrgico de pneumonólise, procedimento cirúrgico de pneumonectomia, proce- dimento cirúrgico de toracoplastia, procedimento cirúrgico de bilobec- tomia, procedimento cirúrgico de cirurgia de hipertensão portal, proce- dimento cirúrgico de esplenectomia, procedimento cirúrgico de esofa- gectomia, procedimento cirúrgico de cirurgia de peritonite, procedimen- to cirúrgico de cirurgia de gastrectomia, procedimento cirúrgico de ci- rurgia de jejunojejunostomia, procedimento cirúrgico de colecistecto- mia laparoscópica, um procedimento cirúrgico de exploração laparos- cópica do ducto biliar comum, um procedimento cirúrgico de gastroen- terostomia, um procedimento cirúrgico de cirurgia bariátrica, um pro- cedimento cirúrgico de ressecção e anastomose intestinal, um proce- dimento cirúrgico de hepatectomia segmentar, um procedimento cirúr- gico de lobectomia, um procedimento cirúrgico de pancreatomia, um procedimento cirúrgico de pancreaticoduodenectomia, um procedimen- to cirúrgico de ressecção de tumor, um procedimento cirúrgico de ne- frectomia laparoscópica, um procedimento cirúrgico de cistectomia, um procedimento cirúrgico de lise de aderência abdominal ou pélvica, um procedimento cirúrgico de histerossalpingostomia, um procedimento cirúrgico de salpingoplastia, um procedimento cirúrgico de cirurgia la- paroscópica de gravidez ectópica, um procedimento cirúrgico de cirur- gia de substituição de articulação, um procedimento cirúrgico de repa-
ro de osso quebrado, um procedimento cirúrgico de histerectomia, um procedimento cirúrgico de remoção da vesícula biliar, um procedimen- to cirúrgico de ponte de safena, um procedimento cirúrgico de angio- plastia, um procedimento cirúrgico de aterectomia, um procedimento cirúrgico de biópsia de mama, procedimento cirúrgico de endarterec- tomia carotídea, procedimento cirúrgico de cirurgia de catarata, um procedimento cirúrgico de desvio da artéria coronária, procedimento cirúrgico de dilatação e curetagem, procedimento cirúrgico para corre- ção de hérnia, procedimento cirúrgico de cirurgia para dor lombar, pro- cedimento cirúrgico de colectomia parcial, procedimento cirúrgico de prostatectomia e procedimento cirúrgico de tonsilectomia, após a aber- tura da ferida cirúrgica, durante a cirurgia, antes de fechar a ferida ci- rúrgica e/ou após o fechamento da ferida cirúrgica. Cânceres em Geral
[00126] Câncer tem sido a segunda causa de morte nos EUA e é responsável por mais de 20 % de todas as mortalidades. O câncer é uma doença proliferativa caracterizada pela divisão descontrolada de certas células, que pode levar à formação de um ou mais tumores. Uma série de métodos é usada para tratar o câncer, incluindo cirurgia, radiação, quimioterapia e suas combinações. Embora a cirurgia seja um método relativamente comum usado para alguns tumores localiza- dos, ainda há uma chance significativa de recorrência do tumor após a excisão do tumor.
[00127] O tratamento de cânceres e outras doenças proliferativas tem sido limitado pelo potencial de dano ou toxicidade a tecidos sau- dáveis não cancerosos. Em tratamentos de radiação e cirúrgicos, o procedimento tem sido geralmente confinado e proximal aos sítios do tumor. No entanto, pode haver risco significativo para os pacientes submetidos à remoção cirúrgica de tecidos cancerígenos (por exem- plo, na remoção de tumores da próstata ou do cérebro, pode haver um risco significativo de danos não reparáveis aos tecidos vitais circun- dantes, por exemplo, através da redução potencial da necessidade de ressecção de tecidos não tumorais. Além disso, no tratamento de radi- ação focalizado, que tem sido administrado como tratamento de pri- meira linha para o câncer de próstata, existem riscos semelhantes. No tratamento quimioterapêutico do câncer, a fármaco foi administrada sistemicamente, de modo que todo o corpo é expostos ao fármaco. Esses fármacos são projetados para serem tóxicos para as células cancerosas, mas também são (geralmente) tóxicos para as células não cancerosas, de modo que os pacientes ficam bastante doentes durante o tratamento com fármacos para o câncer. Por meio da expe- riência, os oncologistas podem dar doses desses fármacos que podem ser toleradas por alguns pacientes. No entanto, essas doses geral- mente não têm sucesso no tratamento do câncer.
[00128] Um problema com qualquer método de tratamento do cân- cer é a recorrência do local da doença. Por exemplo, aproximadamen- te 700.000 americanos são diagnosticados com câncer localizado anualmente (aproximadamente 64 % de todos os pacientes com cân- cer) e quase meio milhão são tratados com métodos cirúrgicos. Infe- lizmente, 32 % dos pacientes tratados com cirurgia apresentam recidi- va após o tratamento inicial (aproximadamente 21 % recidiva no sítio cirúrgico inicial e 11 % em sítios metastáticos distantes). Quase
100.000 pacientes morrem anualmente devido à recorrência localizada do câncer. Isso tem sido especialmente verdadeiro no câncer de ma- ma, em que 39 % das pacientes submetidas à mastectomia terão re- corrência do local da doença.
[00129] O estadiamento é um método de avaliação do progresso do câncer (tumor sólido) em um paciente. Uma abordagem simplificada coloca os pacientes em três grupos ou estágios com base em quão longe o câncer avançou:
Estágio 1: O câncer pode ser tratado removendo cirurgica- mente parte do órgão. Isso também é conhecido como estágio resse- cável.
Estágio 2: O câncer já ultrapassou o ponto de ser ressecá- vel, mas ainda está confinado ao próprio órgão.
Estágio 3: O tumor se espalhou para outros órgãos.
[00130] Muitos cânceres são tratados com agentes antiproliferativos incluindo, por exemplo, 5-fluorouracila (EfudexO), vinca alcaloides (por exemplo, vincristina (OncovinO)), antraciclinas (por exemplo, doxorru- bicina (AdriamycinO)), cisplatina (Platinol-AQO), cloridrato de gencita- bina (GemzarO), metotrexato e paclitaxel. Alguns exemplos das toxici- dades associadas aos agentes antiproliferativos, metotrexato e pacli- taxel, são discutidos em outro lugar neste documento. O metotrexato tem sido usado para tratar vários cânceres, incluindo, por exemplo, câncer de bexiga, mama, cervical, cabeça e pescoço, hepático, pul- mão e testicular. O paclitaxel tem sido usado para tratar vários cânce- res, incluindo, por exemplo, câncer de ovário, mama e de células não pequenas de pulmão (Compendium of Pharmaceutical and Specialties Trigésima Quinta Edição, 2000).
[00131] As toxicidades devido ao 5-fluorouracila podem incluir toxi- cidade cardiovascular, como isquemia miocárdica; toxicidades do sis- tema nervoso central, como euforia, síndrome cerebelar aguda e ata- xia; toxicidades dermatológicas, como alopecia e dermatite; toxicida- des gastrointestinais, tais como náuseas, vômitos e ulceração oral ou gastrointestinal; toxicidades hematológicas como leucopenia, tromboci- topenia e anemia; toxicidades de hipersensibilidade, como anafilaxia e hipersensibilidade de contato; toxicidades oculares como lacrimeja- mento aumentado, fotofobia e conjuntivite; e outras toxicidades, como febre. 5-Fluorouracila tem sido usada para tratar muitos cânceres, in- cluindo, por exemplo, câncer de mama, colorretal, gástrico, hepático,
bexiga, cabeça e pescoço, pulmão de células não pequenas, ovário, pancreático e câncer de próstata (Compendium of Pharmaceutical and Specialties Trigésima Quinta Edição, 2000).
[00132] As toxicidades devido à vincristina incluem toxicidades do sistema nervoso central, como convulsões em crianças e alucinações; toxicidade dermatológica, como alopecia; toxicidade por extravasa- mento, como vesicante; toxicidades gastrointestinais, como náuseas, vômitos, constipação e estomatite; toxicidade hematológica, como mie- lossupressão; toxicidades neurológicas, como neuropatia periférica e neuropatia autonômica; toxicidades oculares, como visão dupla, ce- gueira transitória e atrofia óptica; toxicidades renais/metabólicas como retenção urinária, hiperuricemia e atonia da bexiga; toxicidade respira- tória, como falta de ar; e, outra toxicidade, como febre em crianças. Este agente antiproliferativo tem sido usado para tratar vários cânce- res, incluindo, por exemplo, doença de Hodgkin, de pulmão de células pequenas, tumor de Wilm e câncer testicular (Compendium of Phar- maceutical and Specialties Trigésima Quinta Edição, 2000).
[00133] As toxicidades devidas à doxorrubicina incluem toxicidades cardiovasculares, como anormalidades eletrocardiográficas e cardio- miopatia; toxicidades dermatológicas, como alopecia e alterações nas unhas; toxicidade de perigo de extravasamento, como vesicante; toxi- cidades gastrointestinais, tals como náuseas, vômitos e estomatite; toxicidade geniturinária, como coloração vermelha da urina; toxicidade hematológica, como mielossupressão; toxicidades de hipersensibilida- de, como anafilaxia e erupção cutânea; toxicidade ocular, como con- juntivite; toxicidade reprodutiva, como infertilidade; e, outra toxicidade, como hiperuricemia. Este agente antiproliferativo tem sido usado para tratar vários cânceres incluindo, por exemplo, câncer de mama, de pulmão de pequenas células e câncer de ovário (Compendium of Pharmaceutical and Specialties Trigésima Quinta Edição, 2000).
[00134] As toxicidades devidas à cisplatina incluem toxicidade car- diovascular, como alterações eletrocardiográficas; toxicidade dermato- lógica, como hiperpigmentação; toxicidade de perigo de extravasa- mento, como irritante; toxicidades gastrointestinais, como náuseas e vômitos; toxicidades hematológicas, como mielossupressão e anemia hemolítica; toxicidade de hipersensibilidade, como anafilática; toxicida- de neuromuscular, como neuropatia periférica e encefalopatia aguda; toxicidade ocular, como neurite retrobulbar; toxicidades otológicas, como perda auditiva e zumbido; toxicidades renais/metabólicas, como nefropatia tóxica e hipocalemia; e, outra toxicidade, como infertilidade. Este agente antiproliferativo tem sido usado para tratar vários tipos de câncer, incluindo, por exemplo, câncer de bexiga, de pulmão de pe- quenas células, de ovário, testicular, de cérebro, de mama, cervical, de cabeça e pescoço, hepatoblastoma e da tireoide (Compendium of Pharmaceutical and Specialties Trigésima Quinta Edição, 2000). As toxicidades devidas ao cloridrato de gencitabina incluem, por exemplo, toxicidades hematológicas, tais como mielossupressão; toxicidades gastrointestinais, como náuseas, vômitos e estomatite; toxicidades he- páticas, como elevações transitórias das transaminases séricas; toxi- cidades renais tais como proteinúria, hematúria, síndrome hemolítico- urêmica e insuficiência renal; toxicidade dermatológica, como erupção cutânea e alopecia; toxicidades de edema, como edema e edema peri- férico; e, outra toxicidade, como febre. Este agente antiproliferativo tem sido usado para tratar câncer de pulmão de células não pequenas e pancreático (Compendium of Pharmaceutical and Specialties Trigé- sima Quinta Edição, 2000).
[00135] A presente discussão compreende a prevenção ou trata- mento de cânceres localizados ou tumores sólidos que podem ser tra- tados incluem os da próstata, mama, pâncreas, fígado, rim, sistema geniturinário, cérebro, sistema gastrointestinal, sistema respiratório e cabeça e pescoço. As composições, etc., aqui podem prevenir ou tra- tar cânceres, incluindo metástases, permitindo a liberação controlada de fucano purificado/modificado em um sítio um tanto distante dos tu- mores alvo, permitindo que concentrações eficazes do fucano purifica- do/modificado atinjam os tumores e/ou metástases por difusão ou mesmo transporte sistêmico. Alguns desses cânceres são discutidos mais detalhadamente nos parágrafos seguintes. Câncer de Próstata
[00136] Câncer de Próstata é um tumor maligno que surge nas células que revestem a glândula da próstata. Nos EUA, estima-se que
200.000 pacientes desenvolverão câncer de próstata este ano, e mais de 30.000 morrerão da doença. O câncer de próstata tem uma propor- ção de morte para novos casos de — 15 %. O câncer pode permanecer na próstata, ou pode se espalhar para os tecidos circundantes ou para sítios distantes (na maioria das vezes nódulos linfáticos e ossos). Normalmente, o câncer de próstata se espalha silenciosamente, pro- duzindo sintomas apenas quando progrediu para além da próstata. Se o câncer de próstata foi diagnosticado e tratado durante os estágios iniciais, em alguns estudos os pacientes tiveram uma taxa de sobrevi- da de 5 anos de 94 %.
[00137] O câncer de próstata é frequentemente discutido como uma doença em homens com mais de 50 anos. Na verdade, 80 % dos ho- mens com câncer de próstata têm 60 anos ou mais. As chances de um homem ser diagnosticado com câncer de próstata durante sua vida são como as chances de uma mulher ter câncer de mama. O número de novos casos relatados aumentou dramaticamente nos últimos anos como resultado de testes melhorados que podem detectar a doença no início de seu desenvolvimento, muitas vezes muito antes do apare- cimento dos sintomas. A probabilidade de desenvolver câncer de prós- tata em qualquer ano aumenta com a idade, mas aumenta drastica-
mente após os 50 anos.
[00138] As opções atuais de tratamento para o câncer de próstata dependem da extensão da progressão da doença, da idade do pacien- te e da saúde geral. Pacientes idosos, que têm apenas câncer em es- tágio inicial ou que sofrem de outras doenças mais graves, podem ser tratados de forma conservadora, enquanto aqueles cujo câncer está avançado podem ser submetidos a um tratamento mais agressivo. O câncer de próstata foi tratado por vários métodos, incluindo radioterapia (radiação de feixe externo ou braquiterapia), retirada de hormônio ou cas- tração (cirúrgica ou química), agentes antiproliferativos, cirurgia e terapia expectante (isto é, "espera vigilante"). Nenhum tratamento garante uma cura absoluta e alguns têm efeitos colaterais consideráveis.
[00139] O câncer de próstata em estágio inicial (isto é, o tumor está localizado na próstata) pode ser tratado com "espera vigilante". A ci- rurgia para câncer de próstata tem sido recomendada para pacientes cujo estado geral de saúde tem sido bom e o tumor está confinado à próstata. Um tratamento comum para o câncer localizado da próstata em homens com menos de 70 anos é a prostatectomia radical (isto é, a remoção cirúrgica da próstata).
[00140] Pacientes cujo câncer está localizado na área da próstata são comumente tratados com radiação externa (EBR). A radiação ma- ta as células cancerosas e reduz os tumores. EBR é responsável por menos de 20 % do tratamento do câncer de próstata localizado, com aproximadamente 50 % desses pacientes experimentando recorrên- cias pós-radiação da doença. Combinado com a detecção do câncer de próstata em estágio inicial e o aumento da demanda dos pacientes, espera-se que o uso de braquiterapia (ou seja, radioterapia local) cresça. Em 1995, apenas 2,5 % dos pacientes recém-diagnosticados eram tratados com braquiterapia. A braquiterapia envolve a implanta- ção de "sementes" de metal radioativo no tumor da próstata.
[00141] O tratamento do câncer de próstata que se espalhou envol- ve a remoção dos testículos ou terapia hormonal. Ambos são usados para inibir ou interromper a produção da testosterona que tem impulsi- onado o crescimento do câncer. Aproximadamente 20 % de todos os pacientes com câncer de próstata são submetidos à terapia de absti- nência hormonal. As terapias hormonais incluem acetato de gosserre- lina (ZoladexO) ou acetato de leuprolida (Lupron&O). Os agentes anti- proliferativos usados para tratar o câncer de próstata incluem 5- fluorouracila.
Câncer de Mama
[00142] Nos EUA, o câncer de mama tem sido o câncer mais co- mum entre as mulheres, com cerca de 180.000 novos casos diagnosti- cados a cada ano (o câncer de mama masculino é responsável por cerca de 5 % de todos os cânceres de mama diagnosticados). Foi su- perado apenas pelo câncer de pulmão como causa de morte em mu- lheres, sendo responsável por aproximadamente 50.000 mortes anu- almente. Uma mulher americana tem uma chance em oito (ou cerca de 13 %) de desenvolver câncer de mama durante sua vida. Durante a últi- ma década, a maioria dos cânceres de mama relatados eram tumores pequenos, primários (surgindo independentemente; não causados por metástases). Aproximadamente 70 % a 80 % dos pacientes recém- diagnosticados exibiam doença em estágio inicial (Estágio 1 ou 2) e a maioria não tinha envolvimento dos gânglios linfáticos axilares (axilas).
[00143] A maioria dos cânceres de mama são carcinomas (ou seja, tumores malignos que crescem em tecidos epiteliais). Menos de 1 % dos cânceres de mama são sarcomas ou tumores decorrentes do teci- do conjuntivo, osso, músculo ou gordura. Além disso, a maioria dos cânceres de mama (cerca de 75 %) são carcinomas ductais, surgindo nos tecidos que revestem os dutos de leite. Um número muito menor de cânceres (cerca de 7 %) é encontrado dentro dos lóbulos da mama e são chamados de carcinomas lobulares. A doença de Paget (câncer de aréola e mamilo) e o carcinoma inflamatório são responsáveis por quase todas as outras formas de câncer de mama.
[00144] O tratamento do câncer de mama tem sido complicado e depende de muitos fatores. Dois fatores importantes são o tipo de tu- mor e o estágio de progressão. As características do tumor, em parti- cular, ajudam a separar os indivíduos em dois grupos: (1) aqueles que apresentam baixo risco de recorrência do câncer e (2) aqueles que apresentam alto risco de recorrência do câncer. Fatores prognósticos específicos colocam os pacientes em qualquer um desses grupos. Es- ses fatores incluem o tamanho do tumor; presença de receptores de hormônio sexual feminino estrogênio e progesterona (ER/PR); fase do ciclo de crescimento celular (se as células tumorais estão se dividindo ativamente ou estão em "fase S"); presença de uma proteína conheci- da como "proteína her-2-neu"; grau do tumor, um indicador de diferen- ciação ou alteração de células tumorais; e ploidia tumoral, o número de conjuntos de material genético dentro das células tumorais.
[00145] O tratamento da doença primária sem envolvimento significa- tivo dos linfonodos tem sido por mastectomia e radioterapia. O envolvi- mento mais significativo dos linfonodos pode justificar a mastectomia e a remoção de linfonodos auxiliares. Nesse estágio, a chance de metásta- ses e recorrência local é alta. O tratamento da doença metastática tem sido paliativo, envolvendo radioterapia e quimioterapia, que são imunos- supressoras, citotóxicas e leucopênicas. Agentes antiproliferativos in- cluindo, por exemplo, 5-fluorouracila, doxorrubicina, metotrexato e pa- clitaxel, foram aprovados para uso contra câncer de mama. Câncer de Pâncreas
[00146] O pâncreas é um órgão do sistema digestivo localizado próximo ao estômago e ao intestino delgado. Possui duas funções principais: a produção de enzimas e hormônios. Os cânceres do pân-
creas podem ocorrer no pâncreas exócrino (isto é, enzimas) (por exemplo, adenocarcinomas pancreáticos clássicos) ou podem ocorrer no pâncreas endócrino (ou seja, hormônios).
[00147] O câncer do pâncreas exócrino é um problema de saúde muito sério. Nos EUA, aproximadamente 28.000 pacientes são diag- nosticados com câncer pancreático, enquanto cerca do mesmo núme- ro morre anualmente desta doença. O câncer de pâncreas ocorre igualmente em homens e mulheres. Devido às dificuldades no diag- nóstico, a natureza agressiva intrínseca dos cânceres pancreáticos e as opções de tratamento sistêmico esparsas disponíveis, apenas aproximadamente 4 % dos pacientes com diagnóstico de adenocarci- noma pancreático vivem 5 anos após o diagnóstico. O câncer de pân- creas tem sido a 5º causa de morte por câncer, após o câncer de ma- ma, pulmão, cólon e próstata.
[00148] A escolha do tratamento para o câncer de pâncreas depen- de muito do estágio do tumor. Os possíveis tratamentos incluem cirur- gia, agentes antiproliferativos, radiação e terapia biológica. A cirurgia geralmente é reservada para pacientes no Estágio 1 cujo câncer é considerado ressecável. Às vezes, uma combinação de terapias, como radiação e agente antiproliferativo administrados antes ou depois da cirurgia, pode aumentar as chances de sobrevivência do paciente. O câncer de pâncreas considerado irressecável (geralmente estágio || ou posterior) pode ser tratado com agentes antiproliferativos em ensaios clínicos. Os agentes antiproliferativos, tais como, por exemplo, genci- tabina ou 5-fluorouracila têm algum efeito contra o câncer pancreático e a gencitabina tem sido usada como agente paliativo. As toxicidades devido a esses agentes antiproliferativos são discutidas em outro lugar neste documento. A radioterapia tem algum efeito contra o câncer pancreático quando usada em combinação com a quimioterapia. A ra- dioterapia por si só pode controlar os sintomas. Essa forma de trata-
mento também tem sido usada no estágio |l ou nos cânceres pancreá- ticos posteriores. Câncer de Bexiga
[00149] Em 1998, estimou-se que mais de 54.000 novos casos de câncer de bexiga seriam diagnosticados nos EUA e cerca de 15.000 mortes seriam atribuídas à doença. O câncer de bexiga foi o quarto tipo de câncer mais comum entre os homens americanos e o nono câncer mais comum entre as mulheres americanas. Ocorre três vezes mais frequentemente em homens do que em mulheres. Principalmente uma doença de homens mais velhos, o câncer de bexiga tem sido uma causa significativa de doenças e morte. O risco de câncer de bexiga aumenta acentuadamente com a idade (80 % dos casos ocorrem em pessoas com mais de 50 anos), com mais da metade de todas as mor- tes por câncer de bexiga ocorrendo após os 70 anos. Em homens brancos com mais de 65 anos, a taxa anual de doenças do câncer de bexiga tem ocorreram aproximadamente 2 casos por 1.000 pessoas; isso contrasta com uma taxa de 0,1 caso por 1.000 pessoas com me- nos de 65 anos. Durante a vida, a probabilidade de desenvolver cân- cer de bexiga tem sido superior a 3 %; no entanto, a probabilidade de morrer de câncer de bexiga é pequena (<1 %). O câncer de bexiga ra- ramente ocorre em pessoas com menos de 40 anos de idade.
[00150] Estudos recentes sugerem que certos genes e habilidades metabólicas hereditárias podem desempenhar um papel no câncer de bexiga. O carcinoma de células transicionais (TCC) tem sido a forma mais comum de câncer de bexiga. O TCC geralmente ocorre como uma massa superficial (superfície), papilar (semelhante a uma verru- ga), exofítica (crescendo para fora) sobre uma base semelhante a um pedúnculo. Em alguns casos, porém, o TCC pode ser fixado em uma base ampla ou pode parecer ulcerado (dentro de uma lesão dentada). Os TCCs papilares geralmente começam como áreas de hiperplasia que mais tarde se desdiferenciam ou perdem as características indivi- duais das células. Apenas cerca de 10 % a 30 % dos TCCs papilares evoluem para cânceres invasivos. Em contraste, as formas não papila- res de TCC têm maior probabilidade de se tornarem invasivas. Como observado, esses TCCs podem parecer ulcerados ou planos. O TCC plano, não papilar, constituído por epitélio anaplásico foi classificado como carcinoma in situ (CIS ou TIS). O tecido do CIS contém células grandes, com nucléolos perceptíveis (corpo redondo dentro de uma célula; envolvido na síntese de proteínas) e sem polaridade normal.
[00151] O tratamento do câncer de bexiga depende de muitos fato- res. Os mais importantes desses fatores são o tipo de tumor que está presente e seu estágio. Os tratamentos comuns incluem ressecção transuretral (RTU), eletrocirurgia, cirurgia a laser, terapia intravesical, agentes antiproliferativos, terapia cirúrgica, cistectomia e radioterapia. Exemplos de agentes antiproliferativos usados para tratar câncer de bexiga incluem, por exemplo, 5-fluorouracila, cisplatina e metotrexato. Toxicidades devido aos agentes antiproliferativos, 5-fluorouracila, cis- platina e metotrexato, são discutidas em outro lugar neste documento. Câncer Cerebral
[00152] Os tumores cerebrais costumam ser inoperáveis e mais de 80 % dos pacientes morrem em até 12 meses após o diagnóstico. Aproximadamente 18.000 novos casos de câncer primário intracrania- no (cérebro) são diagnosticados a cada ano nos EUA. Isso representa cerca de 2 por cento de todos os cânceres em adultos. Mais de 50 por cento destes são gliomas de alto grau (ou seja, glioblastoma multifor- me e tumores de astrocitoma anaplásico). Pacientes com esses tumo- res geralmente sofrem de deficiências graves, como disfunção motora, convulsões e anormalidades da visão.
[00153] Os tumores que começam no tecido cerebral são conheci- dos como tumores cerebrais primários. Os tumores cerebrais primários são classificados pelo tipo de tecido em que começam. Os tumores cerebrais mais comuns são os gliomas, que começam no tecido glial (de suporte). Outros incluem astrocitomas, gliomas do tronco cerebral, ependimomas e oligodendrogliomas.
[00154] A remoção cirúrgica de tumores cerebrais tem sido reco- mendada para a maioria dos tipos e sítios e deve ser a mais completa possível dentro das restrições de preservação da função neurológica. Uma exceção a essa regra são os tumores profundos, como os glio- mas pontinos, que são diagnosticados com base em evidências clíni- cas e tratados sem cirurgia inicial em aproximadamente 50 % das ve- zes. Em muitos casos, entretanto, o diagnóstico por biópsia é realiza- do. A biópsia estereotáxica pode ser usada para lesões de difícil aces- So e ressecção. Pacientes com tumores cerebrais que são raramente curáveis ou irressecáveis devem ser considerados candidatos para ensaios clínicos que avaliem radiossensibilizadores, hipertermia ou braquiterapia intersticial usada em conjunto com a radioterapia externa para melhorar o controle local do tumor ou para estudos que avaliem novos fármacos e modificadores da resposta biológica.
[00155] A radioterapia tem um papel importante no tratamento da maioria dos tipos de tumor e pode aumentar a taxa de cura ou prolon- gar a sobrevida livre de doença. A radioterapia também pode ser útil no tratamento de recorrências em pacientes tratados inicialmente ape- nas com cirurgia. A quimioterapia pode ser usada antes, durante ou após a cirurgia e a radioterapia. Os tumores recorrentes também são tratados com quimioterapia. Os agentes antiproliferativos usados no tratamento de cânceres cerebrais incluem cisplatina. Exemplos das toxicidades associadas a este agente antiproliferativo são discutidos em outro lugar neste documento. Reestenose
[00156] A reestenose é uma forma de lesão vascular crônica que leva ao espessamento da parede do vaso e perda de fluxo sanguíneo para o tecido fornecido pelo vaso sanguíneo. Esta doença inflamatória pode ocorrer em resposta a procedimentos de reconstrução vascular, incluindo qualquer manipulação que alivie a obstrução dos vasos. As- sim, a reestenose tem sido um importante fator restritivo que limita a eficácia desses procedimentos.
[00157] A presente discussão compreende a prevenção ou trata- mento da reestenose, por exemplo, pela administração a um vaso sanguíneo de uma quantidade terapeuticamente eficaz da combinação de um oligonucleotídeo terapêutico e um agente anti-inflamatório. As composições adequadas incluem um veículo polimérico que pode ser implantado cirurgicamente em um sítio de reestenose, ou local de re- estenose potencial, ou pode ser injetado por meio de um cateter como uma pasta ou gel polimérico. As composições adequadas podem compreender fucanos purificados/modificados aqui discutidos. Artrite
[00158] A artrite reumatoide (AR) é uma doença inflamatória crônica debilitante caracterizada por dor, edema, proliferação de células sino- viais (formação de pannus) e destruição do tecido articular. No estágio avançado, a doença costuma causar danos a órgãos críticos e pode ser fatal. A doença envolve múltiplos membros do sistema imunológico (ma- crófagos/monócitos, neutrófilos, células B e células T), interações com- plexas de citocinas e mau funcionamento e proliferação das células sinoviais. O tratamento agressivo precoce tem sido recomendado com fármacos antirreumáticos modificadores da doença (DMARDs), como o metotrexato, fármaco que é discutido em outro lugar neste documento.
[00159] A artrite induzida por cristais foi caracterizada pela ativação induzida por cristais de macrófagos e neutrófilos nas articulações e é seguida por uma dor terrível por muitos dias. A doença progride de forma que os intervalos entre os episódios sejam menores e a morbi-
dade para o paciente aumente. Esta doença geralmente tem sido tra- tada sintomaticamente com anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs), como diclofenaco de sódio (VoltarenO). Este agente anti-inflamatório tem toxicidades que incluem toxicidades do sistema nervoso central, como tonturas e dor de cabeça; toxicidades dermatológicas, como erupção cutânea e prurido; toxicidades gastrointestinais, como colite ulcerativa exacerbada e doença de Crohn; toxicidades geniturinárias, como insuficiência renal aguda e necrose papilar renal; toxicidades hematológicas, como agranulocitose, leucopenia e trombocitopenia; toxicidades hepáticas, como transaminases hepáticas elevadas e he- patite; e outras toxicidades, como asma e anafilaxia.
[00160] A presente discussão compreende a prevenção ou trata- mento da artrite reumatoide, por exemplo, através da administração a um paciente de uma quantidade terapeuticamente eficaz de um oligo- nucleotídeo terapêutico e, opcionalmente, um agente anti-inflamatório. As composições adequadas incluem um veículo polimérico que pode ser injetado em uma articulação como um veículo de liberação contro- lada do agente anti-inflamatório e microparticulados como veículos de liberação controlada do oligonucleotídeo terapêutico (que por sua vez foi incorporado no veículo polimérico). As composições adequadas podem compreender fucanos purificados/modificados aqui discutidos. Esses veículos poliméricos podem assumir a forma de microesferas poliméricas, pastas ou géis. Condições Inflamatórias
[00161] As composições, etc., aqui podem opcionalmente inibir ou tratar condições inflamatórias envolvendo neutrófilos, por exemplo, compreendendo a administração a um paciente de composições con- tendo um oligonucleotídeo terapêutico e um agente anti-inflamatório. Exemplos de tais condições incluem artrite induzida por cristal; osteo- artrite; artrite inflamatória não reumatoide; doença mista do tecido con-
juntivo; Síndrome de Sjogren; espondilite anquilosante; Síndrome de Behçet; sarcoidose; psoríase; eczema; doença inflamatória intestinal; doença pulmonar inflamatória crônica; problemas neurológicos; e es- clerose múltipla. Algumas dessas doenças são discutidas mais deta- lhadamente nos parágrafos seguintes. Doenças inflamatórias crônicas da pele (incluindo psoríase e ec- zema)
[00162] A psoríase é uma doença inflamatória crônica da pele co- mum, caracterizada por lesões elevadas, espessas e escamosas que coçam, queimam, picam e sangram facilmente. Embora essas doen- ças tenham proliferação celular e componentes angiogênicos em está- gios posteriores da doença, os pacientes frequentemente apresentam condições artríticas associadas. Os sintomas podem ser tratados com agentes anti-inflamatórios esteroides, como prednisona, ou agentes anti- proliferativos, como metotrexato, agentes esses que são discutidos em outro lugar neste documento. As composições aqui também podem ser usadas para inibir ou de outra forma tratar e/ou prevenir doenças inflama- tórias crônicas da pele, por exemplo, psoríase e/ou eczema.
[00163] O que se segue fornece alguns exemplos representativos adicionais de doenças inflamatórias que podem ser tratadas com com- posições aqui discutidas, incluem, por exemplo, embolização arterial em malformações arteriovenosas (malformações vasculares); menorragia; sangramento agudo; distúrbios do sistema nervoso central; e, hiperes- plenismo; doenças inflamatórias da pele, como psoríase; doença ecze- matosa (dermatite atópica, dermatite de contato, eczema); doença imu- nobolhosa; e, artrite inflamatória que inclui uma variedade de condições, incluindo artrite reumatoide, doença mista do tecido conjuntivo, síndrome de Sjôgren, espondilite anquilosante, síndrome de Behçet, sarcoidose, artrite induzida por cristal e osteoartrite (todas as quais apresentam articulações inflamadas e doloridas como um sintoma proeminente).
Isquemia
[00164] A isquemia ou isquemia envolve uma restrição no forneci- mento de sangue, que pode incluir uma falta de fornecimento de oxigê- nio, glicose e outros componentes necessários para o funcionamento adequado do tecido, resultando em danos e/ou disfunção do tecido. À isquemia pode causar problemas graves. Por exemplo, os tecidos podem se tornar anóxicos, necróticos e podem se formar coágulos. Várias tenta- tivas têm sido feitas para prevenir e/ou tratar a isquemia. Por exemplo, restauração do fluxo sanguíneo ou reperfusão. A restauração do sangue, entretanto, envolve a reintrodução de oxigênio, que pode causar danos adicionais devido à produção de radicais livres, resultando em lesão de reperfusão. Lesões por reperfusão podem causar problemas graves. As composições aqui podem ser usadas para inibir ou de outra forma tra- tar e/ou prevenir isquemia e/ou lesão de reperfusão. Endotoxemia
[00165] Endotoxemia é a presença de endotoxinas no sangue. À endotoxemia pode causar problemas graves. Por exemplo, a endoto- xemia pode levar ao choque séptico. As composições deste documen- to podem ser usadas para inibir, ou de outra forma tratar e/ou prevenir a endotoxemia. Cicatriz Queloide
[00166] O traço queloide faz com que as feridas cicatrizem com ci- catrizes elevadas. As cicatrizes elevadas dos traços queloides envol- vem cicatrizes fibrosas anormais. O traço queloide causa problemas graves, por exemplo, dor e desfiguração. As composições aqui podem ser usadas para inibir, ou de outra forma tratar e/ou prevenir, o traço queloide e suas cicatrizes elevadas resultantes.
[00167] —Queloide (cicatriz queloide) é um tipo de cicatriz que se ex- pande em crescimentos sobre a pele normal. Queloides envolvem cres- cimento anormal de colágeno, incluindo crescimento anormal de colagem tipo | e tipo III. Os queloides causam problemas graves, por exemplo, dor, coceira e, se infectados, podem ulcerar. Têm sido feitas tentativas para tratar ou prevenir queloides, incluindo o uso de cirurgia, curativos, inje- ções de esteroides e terapia a laser. As composições aqui podem ser usadas para inibir, ou de outra forma tratar e/ou prevenir queloides. Dermatite
[00168] Dermatite é inflamação da pele, incluindo dermatite atópica e dermatite de contato. Por exemplo, a dermatite de contato envolve erupção cutânea localizada e/ou irritação da pele após o contato da pele com uma substância estranha. Por exemplo, a dermatite atópica é uma doença cutânea pruriginosa com recidiva crônica. A dermatite atópica é às vezes chamada de prurigo de Besnier, neurodermite, ec- zema endógeno, eczema flexural, eczema infantil, eczema infantil e prurigo diathsique. O eczema é uma doença em forma de dermatite. Outros tipos de dermatite incluem dermatite espongiótica, dermatite seborreica (caspa), dermatite disidrótica (ponfólige), urticária, dermati- te vesicular (dermatite bolhosa) e urticária popular. A dermatite pode causar problemas graves. Por exemplo, pele seca, erupções cutâneas, edema da pele, vermelhidão da pele, coceira na pele, crostas na pele, fissuras, bolhas, secreção e sangramento. Têm sido feitas tentativas para tratar ou prevenir a dermatite, incluindo o uso de corticosteroides e alcatrões de carvão. As composições deste documento podem ser usadas para inibir, ou de outra forma tratar e/ou prevenir, dermatite incluindo dermatite atópica, eczema, dermatite de contato, dermatite espongiótica, dermatite seborreica, dermatite disidrótica, urticária, dermatite vesicular e urticária popular. Rosácea
[00169] Rosácea é uma doença ou condição crônica tipicamente caracterizada por eritema facial. A rosácea pode causar problemas graves. Por exemplo, a rosácea normalmente começa como vermelhi-
dão na testa, nariz ou bochechas e também pode causar vermelhidão no pescoço, orelhas, couro cabeludo e peito. Por exemplo, a rosácea pode causar sintomas adicionais, incluindo telangiectasia, pápulas, pústulas, sensações dolorosas e, em casos avançados, rinofima (nariz lobulado vermelho). Os subtipos de rosácea incluem rosácea eritema- totelangiectásica, rosácea papulopustular, rosácea fimatosa e rosácea ocular. Têm sido feitas tentativas para tratar ou prevenir a rosácea, incluindo o uso de anti-inflamatórios e antibióticos. As composições aqui podem ser usadas para inibir, ou de outra forma tratar e/ou pre- venir, rosácea incluindo seus subtipos eritematotelangiectásico, papu- lopustular, rosácea e ocular. Dispositivo Médico, Materiais Médicos, Combinação e Produtos Farmacêuticos
[00170] A discussão neste documento também fornece dispositivos médicos, combinação e produtos farmacêuticos, compreendendo composições conforme discutido neste documento em um dispositivo médico, produto de combinação ou recipiente farmaceuticamente acei- tável. Os produtos também podem incluir um aviso associado ao con- têiner, normalmente em uma forma prescrita por uma agência regula- dora que regula a fabricação, uso ou venda de dispositivos médicos, combinações e produtos farmacêuticos ou biofarmacêuticos, em que o aviso reflete a aprovação da agência das composições, como um avi- so de que um fucano purificado/modificado foi aprovado como um agente antiproliferativo ou anti-inflamatório, por exemplo, para adminis- tração humana ou veterinária para tratar doenças proliferativas ou do- enças inflamatórias (como, por exemplo, artrite inflamatória, reesteno- se, aderências cirúrgicas, psoríase e peritonite). As instruções para o uso do fucano purificado/modificado aqui também podem ser incluídas. Essas instruções podem incluir informações relacionadas com a dosa- gem de um paciente e o modo de administração.
[00171] O presente pedido é ainda direcionado a métodos de pro- dução de vários elementos do fucano purificado/modificado, sistemas etc., discutidos neste documento, incluindo a produção das próprias composições, bem como métodos de uso das mesmas, incluindo, por exemplo, o tratamento das condições, doenças, etc., aqui.
[00172] O presente pedido compreende ainda dispositivos médicos, materiais médicos, produtos de combinação médica e produtos farma- cêuticos para o tratamento de aderências fibrosas, artrite, psoríase ou outras doenças, conforme desejado, compreendendo as composições de fucano e fucano purificado/modificado aqui apresentadas. Os mate- riais, etc., podem ser usados em um medicamento para o tratamento de aderências fibrosas, tais como aderências cirúrgicas, artrite, psoría- se ou outras doenças conforme desejado. Também são fornecidos métodos de fabricação e uso de tais medicamentos capazes de reduzir os sintomas associados a pelo menos uma dentre aderências fibrosas, artrite e psoríase em um paciente, incluindo um paciente humano, compreendendo a combinação de uma quantidade farmaceuticamente eficaz de um fucano, tal como fucoidano, como aqui discutido com um excipiente ou tampão farmaceuticamente aceitável.
[00173] Os exemplos a seguir fornecem discussões exemplares de certas modalidades neste documento, mas a descrição e as reivindi- cações não se limitam aos mesmos. Exemplo 1: Modificação Estrutural Química
[00174] Um extrato de exsudato foi obtido da Laminaria Hyperbo- rea. O extrato de exsudado foi filtrado e pequenas moléculas foram removidas por filtração de fluxo tangencial (TFF) em um filtro de 100 kDa. Uma amostra do retentado resultante foi liofiizada para se obter a amostra A de outra forma não modificada. O retentado resultante foi levado a NaOH 0,25 M por adição de solução de NaOH 10 M tempera- tura ambiente por 16 horas. A amostra resultante foi então filtrada cen-
trifugamente em um filtro de 50 kDa e o retentado resultante coletado e liofilizado para obter a amostra B tratada com base. Tanto a amostra A não modificada quanto a amostra B tratada com base foram analisa- das por espectroscopia de ressonância magnética nuclear de próton (1H-RMN) e o espectro de 1H-RMN resultante é mostrado na FIG 2A.
[00175] A FIG 2A demonstra a modificação estrutural química do fucano: o amplo pico com um desvio químico de cerca de 2,0 ppm que está presente na amostra A não modificada não está presente na amostra B tratada com base.
[00176] A amostra A não modificada e a amostra B tratada/mo- dificada com base foram ainda analisadas por coerência quântica múl- tipla heteronuclear 2D *H-"ºC (HMQC). Os espectros de HMQC, mos- trados na FIG. 2B, foram adquiridos a 70 ºC com supressão de sinal de solvente em um espectrômetro de 600 MHz equipado com sonda fria de 5 mm. Um grande número de varreduras dos espectros de HMOQC foi adquirido na faixa de 10-30 ppm na dimensão do carbono em 8 incrementos de 256-512 varreduras cada; tais varreduras foram combinadas para criar os espectros na FIG. 2B.
[00177] Os espectros de HMQC para a amostra A não modificada A tem um pico cruzado correspondente a grupos O-acetila, indicado pelo sinal circulado na FIG. 2B. Este pico cruzado não está presente no es- pectro da amostra B tratada com base. Isso demonstra a remoção de grupos acetila do fucano e, portanto, a modificação estrutural química do fucano na amostra B tratada com base pelo tratamento com NaOH. Exemplo 2: Floculação fisicamente induzida
[00178] Um fucoidano de matéria-prima em pó marrom foi dissolvi- do a cerca de 10 % em p/v em água destilada para obter uma solução de partida. O cloreto de sódio foi adicionado à solução de partida, para produzir uma mistura com uma concentração final de cloreto de sódio de cerca de 0,1 M. A mistura foi aquecida até quase à ebulição duran-
te entre 10-15 minutos. O tratamento da mistura a esta temperatura induziu a floculação de impurezas suspensas e matéria não fucoidana particulada. A mistura foi centrifugada em 2300 gravidades durante 40 minutos para separar a solução contendo fucoidano dos componentes não fucoidanos floculados. A solução contendo fucoidano foi inspecio- nada visualmente e uma diminuição visual na matéria particulada e na cor foi observada. Uma porção liofilizada da solução contendo fucoi- dano compreendia um pó esbranquiçado com significativamente me- nos cor do que a matéria-prima de fucoidano usada. A perda de cor pode ser quantificada e comparada, por exemplo, obtendo um ultravio- leta/visível (espectro de UV/Vis) do fucoidano matéria-prima a 10 mg/mL em água e um espectro de UV/Vis do fucano purificado/modi- ficado a 10 mg/mL em água, determinando a absorvência total na re- gião visível do espectro, que está entre cerca de 400nm e cerca de 700nm, e observando uma diminuição de cerca de pelo menos 5 %, 10 % ou 20 % na absorvência total no fucano purificado/modificado em relação à matéria-prima fucoidano. Exemplo 3: Extração de fase sólida
[00179] Um fucoidano matéria-prima em pó marrom foi adicionado a uma mistura de 40 graus Celsius de NaOH 0,5 M em etanol/água a 70 % em v/v. A mistura de reação resultante foi agitada e mantida a 40 graus Celsius durante 2 horas. A mistura de reação foi, então, centri- fugada para separar o fucoidano purificado/modificado sólido do NaOH 0,5 M em sobrenadante de etanol/água a 70 % em v/v contendo as impurezas extraídas.
[00180] Verificou-se que o fucoidano purificado/modificado sólido contém visivelmente menos cor para o olho humano do que o fucoida- no matéria-prima quando visualizado. Essa perda de cor indicava a remoção de impurezas, tais como as florotaninas, pois os fucanos não contêm cromóforo e, portanto, ficarão incolores quando totalmente pu-
ros. A perda da cor pode ser quantificada e comparada, por exemplo, obtendo um espectro ultravioleta/visível (espectro de UV/Vis) do fucoi- dano matéria-prima a 10 mg/mL em água e um espectro de UV/Vis do fucano purificado/modificado a 10 mg/ml em água, determinando a absorvência total na região visível do espectro, que está entre cerca de 400nm e cerca de 700nm, e observando uma diminuição de cerca de pelo menos 5 %, 10 % ou 20 % na absorvência total no fucano puri- ficado/modificado em relação à matéria-prima fucoidano.
Exemplo 4: Precipitação quimicamente induzida
[00181] “Uma composição do fucoidano matéria-prima foi dissolvida a 15 % em p/v em água destilada para formar uma solução de partida. Verificou-se que a solução de partida continha particulados suspensos por observação. O cloreto de cálcio foi adicionado à solução de partida a um nível de 0,5 M para produzir uma mistura de reação. Para simu- lar impurezas conhecidas em fucoidano natural, alginato de sódio foi adicionado a uma concentração de 5 % em p/p de alginato/fucoidano e amido foi adicionado a uma concentração de 5 % em p/p de amido/ fucoidano. O amido foi usado como mimético para a laminarina neste caso. NaOH 10 M foi adicionado gota a gota à mistura de reação para trazer o pH para entre 7 e 8. Isso foi feito para evitar a degradação do fucoidano na mistura de reação. Uma quantidade mínima de NaOH 10 M foi novamente adicionada à mistura de reação para evitar a acidificação da mistura de reação da adição subsequente de ácido fosfórico. A mistu- ra de reação foi ajustada para fosfato 0,5 M através da adição de ácido fosfórico. Isto iniciou a floculação das partículas suspensas e impure- zas precipitadas por meio da ação do fosfato de cálcio formado pela reação do cloreto de cálcio com o ácido fosfórico. A mistura de reação foi deixada repousar à temperatura ambiente durante 10 minutos para permitir que a floculação continuasse. A mistura de reação foi centrifuga- da em 17568 gravidades durante 17 minutos para separar o fucoidano purificado desejado em uma solução de sobrenadante das impurezas floculadas. A solução de sobrenadante foi inspecionada visualmente para avaliar qualitativamente a remoção de cor e particulado. Uma alíquota da solução de sobrenadante também foi analisada por absorção de UV/Vis na região de 300-800 nm para avaliar a remoção de componentes não fucoidanos que espalham luz e/ou absorvem luz na região espectral de UV/Vis. Uma alíquota da solução de sobrenadante também foi liofilizada para se obter o teor de fucano. Uma alíquota da solução de sobrena- dante também foi hidrolisada em HCl 3M a 90 graus Celsius e analisa- da por Permuta de Ânion de Alto Desempenho - Detecção de Ampe- rometria Pulsada (HPAE-PAD) para a detecção de carboidratos totais e avaliação da remoção de laminarina e alginato. A quantificação das impurezas foi contra os padrões de glicose monomérica para avaliar a remoção de laminarina e ácido manurônico monomérico e ácido glicu- rônico monomérico para avaliar a remoção de alginatos.
[00182] Os resultados da análise do fucoidano de partida e dos fu- canos purificados/modificados resultantes são apresentados na tabela 1 abaixo. Floculação HPAE-PAD HPAE-PAD — | 300-800 nm Fucoidano de | Sólido marrom, marrom | Nenhum de-| Nenhum de- x Fucoidano Solução clara amarelo | Nenhum * de-| Nenhum de- *: Valores determinados por meio de um fucoidano de partida repre- sentativo Tabela 1: Resultados analíticos de fucoidano de partida e soluções tratadas Exemplo 5: Precipitação quimicamente induzida
[00183] “Uma composição do fucoidano matéria-prima foi dissolvida a 15 % em p/v em água destilada para formar uma solução de partida. Verificou-se que a solução de partida continha particulados suspensos por observação.
Para simular impurezas conhecidas em fucoidano na- tural, alginato de sódio foi adicionado a uma concentração de 5 % em p/p de alginato/fucoidano e amido foi adicionado a uma concentração de 5 % em p/p de amido/fucoidano.
O amido foi usado como mimético para a laminarina neste caso.
NaOH 10 M foi adicionado gota a gota à solução de partida para trazer o pH para entre 7 e 8. Isto foi feito para evitar a degradação do fucoidano na solução no caso da adição sub- sequente de sulfato de alumínio tornar a solução de partida ácida.
À solução de partida foi trazida para sulfato de alumínio 0,1 M para pro- duzir uma mistura de reação.
Isto iniciou a precipitação das impurezas, bem como a floculação de impurezas e particulados suspensos pelo hidróxido de alumínio formado simultaneamente.
A mistura de reação foi deixada repousar à temperatura ambiente durante 10 minutos para permitir que a floculação continuasse.
A mistura de reação foi centrifu- gada em 17568 gravidades durante 17 minutos para separar o fucoi- dano purificado desejado em uma solução de sobrenadante das impu- rezas floculadas.
A solução de sobrenadante foi inspecionada visual- mente para avaliar qualitativamente a remoção de cor e particulado.
Uma alíquota da solução de sobrenadante também foi analisada por absorção de UV/Vis na região de 300-800 nm para avaliar a remoção de componentes não fucoidanos que espalham luz e/ou absorvem luz na região espectral de UV/Vis.
Uma alíquota da solução de sobrena- dante também foi liofiizada para se obter o teor de fucano.
Uma alí- quota da solução de sobrenadante também foi hidrolisada em HCl 3M a 90 graus Celsius e analisada por Permuta de Ânion de Alto Desem- penho - Detecção de Amperometria Pulsada (HPAE-PAD) para a de- tecção de carboidratos totais e avaliação da remoção de laminarina e alginato.
A quantificação das impurezas foi contra os padrões de glico- se monomérica para avaliar a remoção de laminarina e ácido manurô- nico monomérico e ácido glicurônico monomérico para avaliar a remo-
ção de alginatos.
[00184] Os resultados da análise do fucoidano de partida e dos fu- canos purificados/modificados resultantes são apresentados na tabela 2 abaixo.
Tratamento de | Aparência visual Alginato por | Amido por | Sinal UV/Vis Cinto O arena raErÕO jnosmiom partida rom opaco na solução | tado detectado tratado claro tado detectado *: Valores determinados por meio de um fucoidano de partida repre- sentativo Tabela 2: Resultados analíticos de fucoidano de partida e soluções tratadas Exemplo 6: Precipitação quimicamente induzida
[00185] Uma composição de fucoidano de partida foi dissolvida a 15 % em p/v em água destilada para formar uma solução de partida. Veri- ficou-se que a solução de partida continha particulados suspensos por observação. Para simular impurezas conhecidas em fucoidano natural, alginato de sódio foi adicionado a uma concentração de 5 % em p/p de alginato/fucoidano e amido foi adicionado a uma concentração de 5 % em p/p de amido/fucoidano. O amido foi usado como mimético para a laminarina neste caso. O cloreto de cálcio foi adicionado à solução de partida a um nível de 0,5 M para produzir uma mistura de reação. Isto iniciou a precipitação do alginato. NAOH 10 M foi adicionado gota a gota à mistura de reação para trazer o pH para entre 7 e 8. Isso foi fei- to para evitar a degradação do fucoidano na mistura de reação. A mis- tura de reação foi ajustada a 0,5 M de sulfato de alumínio. Isto iniciou a floculação das partículas suspensas, precipitado de alginato de cál- cio e outras impurezas por meio da ação do sulfato de cálcio formado pela reação do cloreto de cálcio com sulfato de alumínio e pela ação do hidróxido de alumínio formado a partir do sulfato de alumínio na mistura de reação. A mistura de reação foi deixada repousar à tempe- ratura ambiente durante 10 minutos para permitir que a floculação con- tinuasse. A mistura de reação foi centrifugada em 17568 g durante 17 minutos para separar o fucoidano purificado desejado em uma solução de sobrenadante das impurezas floculadas. A solução de sobrenadan- te foi inspecionada visualmente para avaliar qualitativamente a remo- ção de cor e particulado. Uma alíquota da solução de sobrenadante também foi analisada por absorção de UV/Vis na região de 300-800 nm para avaliar a remoção de componentes não fucoidanos que espa- lham luz e/ou absorvem luz na região espectral de UV/Vis. Uma alí- quota da solução de sobrenadante também foi liofilizada para se obter o teor de fucano. Uma alíquota da solução de sobrenadante também foi hidrolisada em HCI 3M a 90 graus Celsius e analisada por Permuta de Ânion de Alto Desempenho - Detecção de Amperometria Pulsada (HPAE-PAD) para a detecção de carboidratos totais e avaliação da remoção de laminarina e alginato. A quantificação das impurezas foi contra os padrões de glicose monomérica para avaliar a remoção de laminarina e ácido manurônico monomérico e ácido glicurônico mono- mérico para avaliar a remoção de alginatos.
[00186] Os resultados da análise do fucoidano de partida e dos fu- canos purificados/modificados resultantes são apresentados na tabela 3 abaixo. lação HPAE-PAD | HPAE-PAD |300-800 nm solução *: Valores determinados por meio de um fucoidano de partida repre- sentativo
Tabela 3: Resultados analíticos de fucoidano de partida e soluções tratadas Exemplo 7: Extração líquido-líquido
[00187] “Uma composição de fucano de partida contendo impurezas é dissolvida a 10 mg/mL em água destilada para produzir uma solução de partida aquosa. 20 % em v/v de heptano é adicionado à solução de partida aquosa contendo a composição de fucoidano de partida e a mistura orgânica-aquosa é, então, misturada em alto cisalhamento du- rante 30 minutos. A mistura é terminada, e a mistura orgânica-aquosa é colocada em um funil de separação para a separação da fase orgâà- nica da fase aquosa. A fase aquosa mais densa contendo o compo- nente de fucano desejado deposita-se no fundo do funil de separação, enquanto a fase orgânica menos densa contendo impurezas está pre- sente na extremidade superior do funil de separação. A mistura orgâ- nico-aquosa é deixada repousar no funil de separação durante 10 mi- nutos. A fase aquosa é, então, decantada e recolhida como o fucano purificado/modificado desejado em solução. O fucano purifica- do/modificado em solução pode ser encontrado para conter entre cer- ca de 30 %, 50 %, 70 % a cerca de 100 % menos lipídeos, ácidos gra- xos, florotanino, proteínas, fucoxantina e/ou clorofila do que a compo- sição de fucano de partida. Exemplo 8: Extração líquido-líquido
[00188] “Uma composição de fucano de partida contendo impurezas é dissolvida a 10 mg/mL em água destilada para produzir uma solução de partida aquosa. 20 % em v/v de 1-butanol são adicionados à solu- ção de partida aquosa contendo a composição de fucoidano de partida e a mistura orgânica-aquosa é, então, misturada em alto cisalhamento por 30 minutos. A mistura é terminada, e a mistura orgânica-aquosa é colocada em um funil de separação para a separação da fase orgânica da fase aquosa. A fase aquosa mais densa contendo o componente de fucano desejado deposita-se no fundo do funil de separação, enquanto a fase orgânica menos densa contendo impurezas está presente na extremidade superior do funil de separação. A mistura orgânico- aquosa é deixada repousar no funil de separação durante 10 minutos. A fase aquosa é, então, decantada e recolhida como o fucano purifica- do/modificado desejado em solução. O fucano purificado/modificado em solução pode ser encontrado para conter entre cerca de 30 %, 50 %, TO % a cerca de 100 % menos lipídeos, ácidos graxos, florotanino, proteínas, fucoxantina e/ou clorofila do que a composição de fucano de partida. Exemplo 9: Extração líquido-líquido
[00189] Uma composição de fucano de partida contendo impurezas é dissolvida a 10 mg/mL em água destilada para produzir uma solução de partida aquosa. 20 % em v/v de acetato de etila são adicionados à solução de partida aquosa contendo a composição de fucoidano de partida e a mistura orgânico-aquosa é, então, misturada em alto cisa- lhamento durante 30 minutos. A mistura é terminada, e a mistura or- gânica-aquosa é colocada em um funil de separação para a separação da fase orgânica da fase aquosa. A fase aquosa mais densa contendo o componente de fucano desejado deposita-se no fundo do funil de separação, enquanto a fase orgânica menos densa contendo impure- zas está presente na extremidade superior do funil de separação. À mistura orgânico-aquosa é deixada repousar no funil de separação du- rante 10 minutos. A fase aquosa é, então, decantada e recolhida como o fucano purificado/modificado desejado em solução. O fucano purifi- cado/modificado em solução pode ser encontrado para conter entre cerca de 30 %, 50 %, 70 % a cerca de 100 % menos lipídeos, ácidos graxos, florotanino, proteínas, fucoxantina e/ou clorofila do que a com- posição de fucano de partida.
Exemplo 10: Diafiltração
[00190] Uma solução de partida compreendendo cerca de 8 % em p/v ou uma composição de fucoidano de partida foi fornecida. A solu- ção de partida foi filtrada através de um filtro de 0,22 micron. O teor catiônico em uma alíquota da solução de partida filtrada foi determina- do por espectrometria de massa de plasma acoplado indutivamente (ICP-MS) e constatado conter acima de 0,01 % em p/p de alumí- nio/fucano, acima de 10º % em p/p de arsênio/fucano e acima de 0,01 % em p/p de cálcio/fucano, todos sendo níveis indesejáveis de cada respectivo cátion. A solução de partida foi diafiltrada para 4 diavolumes com EDTA 0,1 M, solução de NaOH 0,01 M. A solução de fucoidano do retentado resultante foi, então, diafiltrada com cerca de 2,5 diavo- lumes de Na2SO;3 5 mM, solução de NaCl 5 mM. A solução de fucoi- dano do retentado secundário resultante foi testada quanto ao teor ca- tiônico por ICP-MS. Os resultados para a composição de fucoidano de partida e o fucano purificado/modificado resultante são mostrados na Tabela 4 abaixo. Al/ fucoidano | fucoidano fucoidano fucoidano e e fee eme uns Tabela 4: Resultados analíticos de fucoidano de partida e soluções tratadas Exemplo 11: Extração de fluido supercrítico
[00191] Uma composição de fucoidano de partida sólida de cerca de 100 g é fornecida. O sólido é colocado em um extrator supercrítico. O extrator é pressurizado a 407,78 Kg/cm? (5800 psi) e aquecido a 50 graus Celsius e, em seguida, purgado com dióxido de carbono super- crítico a 100 mL/minuto durante 3 horas. O dióxido de carbono super- crítico é purgado do extrator e o fucoidano modificado/purificado sólido coletado e analisado quanto a impurezas. O fucoidano modifica- do/purificado sólido coletado pode ser encontrado para conter entre cerca de 30 % a cerca de 100 % menos lipídeos, ácidos graxos, floro- taninas, laminarinas, alginatos, proteínas, produtos da reação de Mail- lard, fucoxantina, clorofila, íons livres, bactérias e/ou DNA do que a composição de fucoidano de partida. Exemplo 12: Precipitação quimicamente induzida, lise e floculação
[00192] Uma composição de fucoidano de partida, que continha cerca de 0,70 % em p/p de nitrogênio total, foi dissolvida a 15 % em p/v em água destilada para formar uma solução de partida. A presença de nitrogênio total indica a presença de impurezas indesejáveis, por exemplo, componentes celulares, DNA, proteínas e bactérias. Uma redução no nitrogênio total indica que essas impurezas contendo ni- trogênio foram removidas da composição de fucoidano de partida ou dos polímeros de fucoidano, conforme o caso, porque as impurezas contendo nitrogênio podem ser quimicamente ou ionicamente ligadas a tais moléculas de fucoidano.
[00193] Verificou-se que a solução de partida continha particulados suspensos por observação. O cloreto de cálcio foi adicionado à solu- ção de partida a um nível de 0,5 M para produzir uma mistura de rea- ção. Isto iniciou a precipitação de uma porção sólida suspeita de con- ter impurezas. Cerca de 15 mL de NaOH 10 M foram adicionados gota a gota à mistura de reação para trazer o pH para entre 7 e 8. Isso foi feito para evitar a degradação do fucoidano na mistura de reação. À mistura de reação foi ajustada para fosfato 0,5 M através da adição de ácido fosfórico. Isto iniciou a floculação das partículas suspensas e impurezas precipitadas por meio da ação do fosfato de cálcio formado pela reação do cloreto de cálcio com o ácido fosfórico. A mistura de reação foi centrifugada em 33.746 gravidades durante 5 minutos para separar um primeiro fucoidano purificado/modificado em uma solução de sobrenadante das impurezas floculadas. Verificou-se que o primeiro fucoidano purificado/modificado continha cerca de 0,10 % em p/p de nitrogênio total. Uma porção do primeiro fucoidano purificado/modi- ficado na solução de sobrenadante foi ainda purificada por diafiltração em um filtro centrífugo de MWCO de 100 kDa contra 6 diavolumes de NaCl 5 mM. Verificou-se que o primeiro fucoidano purificado/modifi- cado do retentado resultante, continha cerca de 0,08 % em p/p de ni- trogênio total.
[00194] Uma segunda porção do primeiro fucoidano purificado/mo- dificado foi ainda processado pela adição de solução de dodecil sulfato de sódio 1 M como agente de ruptura celular a uma concentração de 0,010 M. Solução de NaOH 10 M foi adicionada a uma concentração de 0,26 M para tornar a mistura básica. A mistura de reação resultante foi agitada durante cerca de 30 minutos à temperatura ambiente para obter uma mistura marrom claro turva.
[00195] Após cerca de 30 minutos, foi adicionada solução de KOH a 45 % em p/v a uma concentração de cerca de 0,04 M. A adição de po- tássio resultou na precipitação de SDS e impurezas indesejadas jun- tamente com o SDS. Solução de sulfato de alumínio a 48 % em p/v foi adicionada a uma concentração de cerca de 0,06 M. A formação de hidróxido de alumínio floculou impurezas indesejadas na mistura de reação. Sulfito de sódio sólido foi adicionado e dissolvido a uma con- centração de 0,02 M para extinguir os oxidantes potenciais na mistura de reação.
[00196] A mistura de reação resultante foi armazenada em um refri- gerador por cerca de 16 horas, seguida por centrifugação a 33.746 gravidades por 5 minutos para separar um segundo fucoidano purifi- cado/modificado em uma solução de sobrenadante das impurezas flo- culadas. Verificou-se que o segundo fucoidano purificado/modificado continha cerca de 0,06 % em p/p de nitrogênio total. Uma porção do segundo fucoidano purificado/modificado foi ainda processado por dia- filtração sobre um filtro centrífugo de MWCO de 100 kDa contra 6 dia- volumes de NaCl 5 mM para fornecer um segundo fucoidano purifica- do/ modificado do retentado. Verificou-se que o segundo fucoidano purificado/modificado do retentado resultante, continha cerca de 0,03 % em p/p de nitrogênio total.
Exemplo 13: Preparação de cinco fucanos purificados/modifi- cados
[00197] Os métodos aqui discutidos podem ser usados, combina- dos, modificados e permutados de qualquer maneira para obter fuca- nos purificados/modificados. Cinco fucanos purificados/modificados foram preparados usando uma combinação de precipitação e diafiltra- ção quimicamente induzida discutida nos exemplos 4, 5, 6 e 10 para avaliar a eficácia de fucanos purificados/modificados em aplicações médicas e cirúrgicas. Estes 5 fucanos são referidos como fucano 1 a fucano 5 aqui. Fucano 1 e fucano 2 foram produzidos em uma escala de cerca de 2 kg usando os métodos discutidos no exemplo 4 e exem- plo 10. Fucano 3 e fucano 5 foram produzidos em uma escala de cerca de 30 g usando os métodos discutidos no exemplo 4 e no exemplo 10. Fucano 4 foi produzido em uma escala de cerca de 1 kg usando os métodos discutidos no exemplo 5 e no exemplo 10. Os fucanos 1a 5 foram convertidos em fucanos purificados/modificados sólidos por dia- filtração contra uma solução de sal de baixa condutividade seguida por liofiização para obter sólidos brancos. Dois fucanos adicionais foram extraídos de algas marinhas marrons, aqui referidas como fucano 6 e fucano 7. Fucano 6 foi fornecido como uma composição sólida por FMC BioPolymerO. Nenhum dos processos discutidos acima foi usado na produção do fucano 6. Fucano 7 foi extraído de algas marinhas marrons por HCI quase fervente. Algumas impurezas foram removidas por precipitação seletiva usando etanol como precipitante. Após a pre-
cipitação seletiva, o fucano foi coletado como uma composição sólida por precipitação adicional do fucano com etanol, centrifugação e liofili- zação. Fucano 7 foi posteriormente tratado com o método discutido no exemplo 3, então dissolvido em água e diafiltrado contra água desioni- zada antes de ser liofilizado para obter o fucano 7 como uma composi- ção sólida. Os níveis de fucose, galactose, sulfato e contraíon total de fucano 1 ao fucano 7 são determinados conforme discutido nos exem- plos 14 e exemplo 15 abaixo. Estes fucanos 1-7 são discutidos mais abaixo, por exemplo, no exemplo 16 e na Tabela 6. Exemplo 14: Medição do teor de fucose corrigido e teor de galac- tose corrigido do fucano 1 ao fucano 7
[00198] As composições de fucano sólidas foram dissolvidas em 72 % em p/p de ácido sulfúrico a 40 mg/mL e incubadas a 45ºC em ba- nho-maria por 30 minutos. O hidrolisado ácido foi, então, diluído a 4 % em p/p de ácido sulfúrico em um tubo de alta pressão e incubado a 120ºC por 60 minutos. O segundo hidrolisado ácido resultante foi diluí- do em uma concentração de 1/333 com água destilada e executado em cromatografia de coluna de permuta aniônica de alto desempenho configurada com detecção de amperometria pulsada (HPAE-PAD). À separação dos analisados foi realizada executando o eluente de NaOH mM a 1,0 mL/minuto usando uma bomba isocrática.
[00199] O teor de fucose não corrigido dos fucanos foi determinado por interpolação em uma curva padrão para fucose. O teor de galacto- se não corrigido dos fucanos foi determinado pelo método de adição padrão. O teor de fucose corrigido foi determinado respondendo pela adição de uma molécula de água na hidrólise de uma ligação glicosídi- ca, e respondendo pela adição de dois grupos hidroxila na hidrólise de duas ligações sulfato-éster pet fucose. O teor de galactose corrigido foi determinado respondendo pela adição de uma molécula de água na hidrólise de uma ligação glicosídica.
[00200] Os resultados desta análise são mostrados na tabela 5 abaixo. Exemplo 15: Medição do teor de sulfato total, teor de contraíon total e teor de água total do fucano 1 ao fucano 7
[00201] As composições de fucano sólidas foram dissolvidas em água desionizada, hidrolisadas sob condições ácidas e analisadas por ICP-MS para % em p/p do teor de enxofre e contraíon total. O teor de enxofre foi convertido em teor de sulfato multiplicando o teor de enxo- fre pela relação molar de sulfato para enxofre para obter o % em p/p do teor de sulfato do fucano purificado/modificado. Os contraíons ob- servados no fucano purificado/modificado aqui discutido incluem con- traíons de potássio e sódio. Os resultados desta análise são mostra- dos na tabela 5 abaixo.
[00202] Os resultados do % em p/p para fucose corrigida total, ga- lactose corrigida e sulfato também são mostrados na Tabela 5 abaixo. Os resultados para fucose, galactose e sulfato totais são determinados pela adição dos valores de fucose corrigidos, de galactose corrigidos e sulfato, um cálculo mais detalhado e completo, incluindo aspectos dis- cutidos acima mostrados na equação 1 abaixo. O teor de contraíon total é determinado pela adição do teor de sódio e potássio total. Equação 1: Total fucose, galactose and sulfate (94w/w offucan) = Tatal fucase hydrolysate (%w/w) * Do + Total galactose hydrolysate (%w/w)* Dae + Total sulfur (9%w/w)* 26.06
32.06
- o o Ex E "o vs co -) o = oo O 8 FF seo So rã o To o 8 Sã Pés x 8 o É 2T5o o sa 5 o BT 2 - E 2) v se à 8 Ss go v SS ol lm e ale e o|= 3 ES - x 2 e 3 8 SS 8 | 0/Z IS 6 . o E e E Es 86 o Ss sa 2 o = 2 os So o aos? 9 E? o Er 56 o o o 6 q 2 / e j o a | o|m O GERE ke! e O El Tr o So / Ss NINO Oo + RF es e el e ele loõoj|s 8 ore 5 2 8 E 2 s 2 GE E E o 5 8 o 5 o < E So e o Do e alails a à 8 E E Ss = sl le e o 8685 Bv No 2 o SS 2 = 8 BS o & 2 oo EG AE E 5 E Ss O So o z « o o fo Ss , >. vv 238 8 e o = T/ 2 / Z/2/o Wo Ee 2 o = SINTO! O Lc E qgmE ; É $ 383 3º 3 49 6Eetê " s 2 ES QoS o 8 E EG EZX TT o = O O só vs DB TE v o SS 8 O OE E a so BB 2300 ?a 8 o QE E JE = O q õ& E ce EElajoja o nm nm e /o E NON 3 e O 3 No | S| | FT / ST /Z/ S|/9S 53 2 E ow o? sonjo MN Nia| NM o | T|/% a 38%, o 2 O 3 Oo > o
E CEEE ã 8 Sp 38 88 = o O O 3 | 3 O E o 38 57 TgES o a rima le | ziz [| S 2 oçs Oo css o sv = = == = 2 o FT | sF F| 5 | S | = = gd 8 ap RO o o TETFZ TWT: 2 SS o ç o 2 o TE Rs E SE sa o o 2 2 O LCÇ 2 É SE à É pp É Fo 9 53 0 KR or os 8 E 3 EerN E? e 8 a o | T/ o | T/O o o RN oO * oO Sis lan o Ss ss 8 OR TO 2º EV Ç&ÇIo o>;o 8 a T O gs O WO; 8 Ss o SS oO O TS o Oo = o ES 8 23] OQ2çÇçQos Ez alt la l= rola S & os ê8 Nm dael= ml eila) E 5 Õ eo FT EF 6 = anjo ras Pr qr ão si o é m | o | Tr | NS gg SS << E <<? o º & 2 ns = E E els o T go 3 88 çÇSESS o 2 E eso r ox Fen 2D2Led2o
[00206] O teor de água total de fucano 1, fucano 3, fucano 4 e fuca- no 5 foi determinado por perda na secagem (LOD) a 104 ºC. O teor de água total foi determinado como sendo 3,8 %, 2,4 %, 3,2 % e 4,7 % em p/p dos respectivos fucanos purificados/modificados. Exemplo 16: Medição de distribuições de peso molecular do fucano 3 e fucano 4
[00207] A cromatografia de permeação em gel (GPC) foi usada pa- ra avaliar as distribuições de peso molecular obtidas para os fucanos purificados/modificados, fucano 3 e fucano 4. Há um grande número de diferentes parâmetros, colunas e padrões disponíveis para uso em cromatografia de permeação em gel, resultando em uma variedade de configurações de instrumentação disponíveis para a análise de peso molecular. Para as determinações de peso molecular aqui, a GPC foi conduzida usando os seguintes parâmetros: A fase móvel era de nitra- to de sódio 0,1 M executado a 0,6 mL/min. O compartimento da coluna e o detector estavam a 30 ºC. Um detector de índice de refração Wa- ters 2414 foi usado para detecção.
[00208] Colunas de GPC adequadas incluem colunas de GPC compatíveis com solventes aquosos, por exemplo, colunas acondicio- nadas com pelo menos um dentre estireno-divinilbenzeno sulfonado, rede de copolímero de acrilato funcionalizado com NH, sílica modifica- da e gel à base de polimetacrilato hidroxilado. Para as análises aqui, três colunas foram usadas em série, compreendendo uma coluna de guarda de 40 mm de comprimento com um diâmetro interno (ID) de 6 mm acondicionada com gel à base de polimetacrilato hidroxilado de tamanho de partícula de 6 um, seguido por uma primeira coluna de GPC analítica de 3200 mm com um ID de 7,8 mm acondicionada com gel à base de polimetacrilato hidroxilado de tamanho de partícula de 12 um que tem um limite de exclusão de cerca de 7.000 kDa e uma faixa de peso molecular eficaz entre cerca de 50 kDa e cerca de 5.000 kDa, seguido por uma segunda coluna de GPC analítica de 300 mm com um ID de 7,8 mm acondicionada com gel à base de polimetacrila- to hidroxilado de tamanho de partícula de 10 um que tem um limite de exclusão de cerca de 7.000 kDa e uma faixa de peso molecular eficaz dentre cerca de 1 kDa e cerca de 6.000 kDa. A faixa de peso molecular eficaz total da coluna configurada estava entre cerca de 1 kDa e cerca de
6.000 kDa. Um exemplo dessa configuração de coluna pode ser as colu- nas Ultrahydrogel& guard-Ultrahydrogel&O 2000-UltrahydrogelO Linear conectadas em série.
[00209] As amostras executadas foram quantificadas contra uma curva padrão que compreende padrões rastreáveis de American Polymer Standards Corporation: DXT3755K (peso molecular máximo = 2164 kDa), DXT820K (peso molecular máximo = 745 kDa), DXT760K (peso molecular máximo = 621 kDa), DXT670K (peso molecular máxi- mo = 401 kDa), DXT530K (peso molecular máximo = 490 kDa), DXT500K (peso molecular máximo = 390 kDa), DXT270K (peso mole- cular máximo = 196 kDa), DXT225K (peso molecular máximo = 213 kDa), DXT150K (peso molecular máximo = 124 kDa), DXT55K (peso molecular máximo = 50 kDa), DXT50K (peso molecular máximo = 44 kDa) e DXT5K (peso molecular máximo = 4 kDa), os picos de peso molecular destes padrões estão entre cerca de 4 kDa e cerca de 2.200 kDa. A curva padrão usada pode, por exemplo, incluir Dextran 3755 kDa, pelo menos um dentre Dextran 50 kDa e Dextran 55 kDa, e entre 3 a 6 padrões rastreáveis adicionais aqui discutidos, os pontos de cali- bração sendo os pesos moleculares máximos dos calibrantes usados. Um exemplo de curva de calibração pode consistir em DXT3755K, DXT 820K, DXT530K, DXT500K, DXT225K e DXT55K. As colunas usadas neste documento tinham uma faixa de peso molecular eficaz total que abrangia e se estendia além da faixa de peso molecular má- ximo dos padrões usados para quantificação dos fucanos.
[00210] Os resultados na tabela 6 abaixo contêm abreviaturas usa- das para certas características de uma distribuição de peso molecular. A cromatografia de permeação em gel é denotada por GPC, o peso molecular máximo é denotado por PMW, o peso molecular médio pon- derado é denotado por WAMW, o peso molecular médio numérico é denotado por NAMW, a distribuição percentual é denotada por % de dist. e o peso molecular é denotado por MW. o es eos nes jnianias [annios Cantos >100kDa |>200kDa |>500kDa [Fuso 3 Tonmas [ rm5o Tanssr forr ans esa [Femme a Toma [Ter [se for fer fes Tabela 6 — Características de distribuição de peso molecular de dois fucanos modificados Exemplo 17: Preparação de Composição de Fucano Altamente Purificada por Secagem
[00211] Cerca de 100 mg de Fucano 1 foram colocados em um ca- dinho. O cadinho contendo Fucano 1 foi colocado em um forno a 105 ºC por 30 minutos para produzir uma composição de fucano purificada posteriormente, a seguir denominada Fucano 1'. O cadinho contendo a composição de Fucano 1º purificada posteriormente foi removido do forno e colocado em um dessecador. A composição de Fucano 1º puri- ficada posteriormente é analisada sob uma atmosfera livre de umidade para fucose e galactose totais por HPAE-PAD e para o teor de enxofre e contraíon total por ICP-MS, e é constatado conter um teor de fucose, galactose, sulfato e contraíon total de mais de 99,9 % em p/p, em ou- tras palavras, menos de 0,1 % de impurezas. Exemplo 18: Preparação de Composição de Fucano Altamente Purificada por Secagem
[00212] Cerca de 600 mg de Fucano 1 foram colocados em uma panela de alumínio em um instrumento analisador de umidade Ohaus MB 90. O instrumento foi programado para aquecer Fucano 1 a 105 ºC durante 30 minutos para produzir uma composição de Fucano 1” puri- ficada posteriormente. A composição de Fucano 1” purificada posteri- ormente foi removida do instrumento e colocada em um dessecador. À amostra é analisada sob uma atmosfera livre de umidade para fucose e galactose totais por HPAE-PAD e para o teor de enxofre e contraíon total por ICP-MS, e é constatada conter um teor de fucose, galactose, sulfato e contraíon total de mais de 99,9 % em p/p, menos de 0,1 % de impurezas. Exemplo 19: Aderência fibrosa do corno uterino tratada com fu- cano 1
[00213] Para determinar a eficácia do fucano 1 purificado/modi- ficado na inibição de aderências cirúrgicas, as seguintes cirurgias do corno uterino duplo (DUH) foram realizadas em ambos os cornos de um total de dois coelhos Brancos da Nova Zelândia. Antes da cirurgia, os coelhos foram pesados e, em seguida, preparados para cirurgia por pré-medicação com cetamina e xilazina.
[00214] A solução de fucoidano foi preparada a 0,33 mg/mL em In- jeção de Ringer Lactada USP (LRS), esterilizando por filtração. Todos os instrumentos eram estéreis, e um campo estéril foi mantido durante as cirurgias. O abdômen foi limpo e introduzido por meio de uma inci- são abdominal na linha média. Os cornos uterinos foram localizados, exteriorizados e raspados para induzir danos. A parede abdominal próxima aos cornos uterinos raspados também foi raspada. Uma quan- tidade mínima de solução de fucoidano foi aplicada diretamente nos cornos uterinos lesados e nas áreas das paredes laterais. Os cornos uterinos danificados e a parede abdominal foram colocados um ao la- do do outro e estabilizados com suturas. 15 mL/kg de solução de fu- coidano por peso do coelho foram aplicados na cavidade abdominal antes do fechamento da incisão. A aderência foi avaliada duas sema- nas após a cirurgia. O comprimento da aderência do corno uterino foi medido com uma régua. A porcentagem de cobertura de aderência do corno uterino, sendo o comprimento da aderência como uma porcen- tagem do comprimento total do corno uterino danificado foi calculado como: Equação 2: Cobertura da aderência (%) = 100 x comprimento da aderência do corno uterino + comprimento total do corno uterino danificado
[00215] O mesmo método cirúrgico foi aplicado a coelhos Brancos da Nova Zelândia, recebendo 15 mL/kg de Injeção de Ringer Lactada USP (LRS) em vez da solução de fucoidano como grupo controle. O grupo controle que recebeu LRS foi determinado como tendo uma co- bertura de aderência de 63 % usando a equação 2. A Tabela 7 mostra os resultados obtidos usando o método descrito acima para o fucano 2, sendo um exemplo representativo de um fucano purifica- do/modificado. Os resultados na tabela abaixo são mostrados como a redução na cobertura de aderência em relação ao grupo controle.
[00216] A Tabela 7 fornece os resultados do tratamento de seis cornos uterinos com fucano 1. | eta nations ndidocmotatno canos (mg/kg) | nos Uterinos rência do corno uterino vs. controle eserls e em Tabela 7: Redução da aderência do corno uterino de coelho usando fucano 1
[00217] Como pode ser visto a partir dos resultados da Tabela 7, os fucanos purificados/modificados aqui discutidos podem ser usados para tratar com sucesso aderências do corno uterino pós-cirúrgicas. Exemplo 20: Aderência fibrosa do corno uterino tratada com fu- cano 4
[00218] Para determinar a eficácia do fucano 4 purificado/modi- ficado na inibição de aderências cirúrgicas, as seguintes cirurgias do corno uterino duplo (DUH) foram realizadas em ambos os cornos de um total de quatro coelhos Brancos da Nova Zelândia. Antes da cirur- gia, os coelhos foram pesados e, em seguida, preparados para cirurgia por pré-medicação com cetamina e xilazina.
[00219] A solução de fucoidano foi preparada a 3,75 mg/mL em In- jeção de Ringer Lactada USP (LRS), esterilizando por filtração. Todos os instrumentos eram estéreis e um campo estéril foi mantido durante as cirurgias. O abdômen foi limpo e introduzido por meio de uma inci- são abdominal na linha média. Os cornos uterinos foram localizados, exteriorizados e raspados para induzir danos. A parede abdominal próxima aos cornos uterinos raspados também foi raspada. 4 mL de solução de fucoidano foram aplicados diretamente ao corno uterino lesionado esquerdo e na área da parede lateral e 4 mL de solução de fucoidano foram aplicados diretamente ao corno uterino lesionado di- reito e na área da parede lateral. Os cornos uterinos danificados e a parede abdominal foram colocados um ao lado do outro e estabiliza- dos com suturas. Um tubo de drenagem foi posicionado na cavidade peritoneal antes do fechamento da incisão. O tubo de drenagem é re- movido 48 horas pós-cirurgia. A aderência foi avaliada duas semanas após a cirurgia. O comprimento da aderência do corno uterino foi me- dido com uma régua. A cobertura de aderência do corno uterino foi calculada usando a equação 2.
[00220] O mesmo método cirúrgico foi aplicado a 3 coelhos Brancos da Nova Zelândia, recebendo 4 mL de cada lado de Solução de Ringer Lactada USP (LRS) em vez de solução de fucoidano como um grupo controle. O grupo controle recebendo LRS foi determinado como tendo uma cobertura de aderência de 73 % usando a equação 2. A Tabela 8 mostra os resultados obtidos usando o método descrito acima para fucano 4, sendo um exemplo representativo de um fucano purifica- do/modificado. Os resultados na tabela abaixo são mostrados como a redução na cobertura de aderência em relação ao grupo controle.
[00221] ATabela8 fornece o resultado do tratamento de oito cornos uterinos com fucano 4.
Dose Número de Cornos | % de Redução na cobertura de (mg/kg) | Uterinos aderência do corno uterino vs. o ee ae 92,9 % (isto é, 92,9 % de redução em aderências fibrosas em com- —. o Ens Tabela 8: Redução na aderência do corno uterino de coelho usando fucano 4
[00222] Como pode ser visto a partir dos resultados da Tabela 8, os fucanos purificados/modificados podem ser usados para tratar com sucesso aderências do corno uterino pós-cirúrgicas. Exemplo 21: Aderência fibrosa do corno uterino tratada com fu- cano 6
[00223] Para determinar a eficácia do fucano 6 purificado/modi- ficado na inibição de aderências cirúrgicas, as seguintes cirurgias do corno uterino duplo (DUH) foram realizadas em ambos os cornos de um total de quatro coelhos Brancos da Nova Zelândia. Antes da cirur- gia, os coelhos foram pesados e, em seguida, preparados para cirurgia por pré-medicação com cetamina e xilazina.
[00224] A solução de fucoidano foi preparada a 0,33 mg/mL em In- jeção de Ringer Lactada USP (LRS), esterilizando por filtração. Todos os instrumentos eram estéreis e um campo estéril foi mantido durante as cirurgias. O abdômen foi limpo e introduzido por meio de uma inci- são abdominal na linha média. Os cornos uterinos foram localizados, exteriorizados e raspados para induzir danos. A parede abdominal próxima aos cornos uterinos raspados também foi raspada. Os cornos uterinos danificados e a parede abdominal foram colocados um ao la- do do outro e estabilizados com suturas. Cerca de 15 mL/kg de solu-
ção de fucoidano por peso do coelho foram aplicados na cavidade ab- dominal antes do fechamento da incisão. A aderência foi avaliada duas semanas após a cirurgia. Três coelhos foram avaliados para cada concentração de fucoidano preparada. O comprimento da aderência do corno uterino foi medido com uma régua. O comprimento da ade- rência do corno uterino foi calculado usando a equação 2.
[00225] O mesmo método cirúrgico foi aplicado a 4 coelhos Brancos da Nova Zelândia, recebendo cerca de 15 mL/kg de Injeção de Ringer Lactada USP (LRS) controle em vez de solução de fucoidano. O grupo controle que recebeu LRS foi determinado ter uma cobertura de ade- rência de 71 % usando a equação 2. A Tabela 9 mostra os resultados obtidos usando o método discutido acima para fucano 6. Os resultados na tabela abaixo são mostrados como a redução na cobertura de ade- rência em relação ao grupo controle.
[00226] ATabela9 fornece o resultado do tratamento de oito cornos uterinos com fucano 6.
Dose Número de Cornos | % de Redução na cobertura (mg/kg) | Uterinos de aderência do corno uterino o efe aten -18 % (isto é, 18 % de aumento em aderências fibrosas em esto Ez Tabela 9: Aumento na aderência do corno uterino de coelho usando fucano 9 em relação à LRS controle
[00227] Como pode ser visto a partir dos resultados da Tabela 9, o fucano 6 preparado usando métodos conhecidos e tendo um teor não fucano total superior a 50 % em p/p do fucano não foi eficaz no trata- mento de aderências fibrosas. Exemplo 22: Aderência fibrosa do corno uterino tratada com fu- cano 7
[00228] Para determinar a eficácia do fucano 7 purificado/modifi-
cado na inibição de aderências cirúrgicas, as seguintes cirurgias do corno uterino duplo (DUH) foram realizadas em ambos os cornos de um total de quatro coelhos Brancos da Nova Zelândia. Antes da cirur- gia, os coelhos foram pesados e, em seguida, preparados para cirurgia por pré-medicação com cetamina e xilazina.
[00229] A solução de fucoidano foi preparada a 0,33 mg/mL em In- jeção de Ringer Lactada USP (LRS), esterilizando por filtração. Todos os instrumentos eram estéreis e um campo estéril foi mantido durante as cirurgias. O abdômen foi limpo e introduzido por meio de uma inci- são abdominal na linha média. Os cornos uterinos foram localizados, exteriorizados e raspados para induzir danos. A parede abdominal próxima aos cornos uterinos raspados também foi raspada. Os cornos uterinos danificados e a parede abdominal foram colocados um ao la- do do outro e estabilizados com suturas. Cerca de 15 mL/kg de solu- ção de fucoidano por peso do coelho foram aplicados na cavidade ab- dominal antes do fechamento da incisão. A aderência foi avaliada duas semanas após a cirurgia. Três coelhos foram avaliados para cada concentração de fucoidano preparada. O comprimento da aderência do corno uterino foi medido com uma régua. O comprimento da ade- rência do corno uterino foi calculado usando a equação 2.
[00230] O mesmo método cirúrgico foi aplicado a 4 coelhos Brancos da Nova Zelândia, recebendo cerca de 15 mL/kg de Injeção de Ringer Lactada USP (LRS) controle em vez de solução de fucoidano. O grupo controle que recebeu LRS foi determinado como tendo uma cobertura de aderência de 76 % usando a equação 2. A Tabela 10 mostra os re- sultados obtidos usando o método discutido acima para fucano 7. Os resultados na tabela abaixo são mostrados como a redução na cober- tura de aderência em relação ao grupo controle.
[00231] A Tabela 10 fornece o resultado do tratamento de oito cor- nos uterinos com fucano 7.
Dose Número de Cor- | % de Redução na cobertura de (mg/kg) | nos Uterinos aderência do corno uterino vs. o eee fame 3,7 % (isto é, 3,7 % de redução em Fucano 7 5 aderências fibrosas em compara- pen po een Tabela 10: Diminuição da aderência do corno uterino de coelho usan- do fucano 7 em relação à LRS controle
[00232] Como pode ser visto a partir dos resultados da Tabela 10, o fucano 7 preparado usando métodos conhecidos e tendo um teor não fucano total superior a 50 % em p/p do fucano não é eficaz no trata- mento de aderências fibrosas. Exemplo 23: Aderência fibrosa do corno uterino tratada com fu- cano 4
[00233] Para determinar a eficácia do fucano 4 purificado/modifi- cado na inibição de aderências cirúrgicas, as seguintes cirurgias do corno uterino duplo (DUH) foram realizadas em ambos os cornos de um total de três coelhos Brancos da Nova Zelândia. Antes da cirurgia, os coelhos foram pesados e, em seguida, preparados para cirurgia por pré-medicação com cetamina e xilazina.
[00234] A solução de fucoidano foi preparada a 5 mg/mL em Inje- ção de Ringer Lactada USP (LRS), esterilizando por filtração. Todos os instrumentos eram estéreis e um campo estéril foi mantido durante as cirurgias. O abdômen foi limpo e introduzido por meio de uma inci- são abdominal na linha média. Os cornos uterinos foram localizados, exteriorizados e raspados para induzir danos. A parede abdominal próxima aos cornos uterinos raspados também foi raspada. Os cornos uterinos danificados e a parede abdominal foram colocados um ao la- do do outro e estabilizados com suturas. O terço superior e o terço in- ferior da incisão muscular foram fechados e 5 mL/kg de solução de fucoidano por peso do coelho foram aplicados na cavidade abdominal.
A incisão muscular foi fechada temporariamente e a solução de fucoi- dano deixada na cavidade abdominal por 30 minutos. A incisão mus- cular foi reaberta e a cavidade abdominal foi estimulada com 10 mL/kg de LRS. A maior parte do líquido da cavidade abdominal foi aspirada antes do fechamento da incisão. A formação da adesão foi avaliada duas semanas após a cirurgia. O comprimento da aderência do corno uterino foi medido com uma régua. A porcentagem de cobertura de aderência do corno uterino, sendo o comprimento da aderência como uma porcentagem do comprimento total do corno uterino danificado, foi calculada usando a equação 2.
[00235] A Tabela 11 mostra os resultados obtidos usando o método discutido acima para fucano 4, sendo um exemplo representativo de um fucano purificado/modificado. Os resultados na tabela abaixo são mostrados como o comprimento médio de aderência ao longo dos 6 cornos uterinos avaliados.
[00236] A Tabela 11 fornece os resultados do tratamento de seis cornos uterinos com fucano 4.
Dose (mg/kg) | Número de Cornos | % do comprimento da TT fama O cvencameão e o seda aderência foi encontrada) Tabela 11: Comprimento de aderência usando fucano 4
[00237] “Como pode ser visto a partir dos resultados da Tabela 11, os fucanos purificados/modificados podem ser usados para inibir, pre- venir, remover, reduzir ou tratar de outra forma aderências do corno uterino pós-cirúrgicas.
Exemplo 24: Aderência fibrosa do corno uterino tratada com uma composição de fucano purificada/modificada
[00238] Para determinar a eficácia de uma composição de fucano purificado/modificado compreendendo uma fucose, galactose, sulfato e contraíons totais de 92 % em p/p na inibição de aderências cirúrgicas,
as seguintes cirurgias do corno uterino duplo (DUH) foram realizadas em ambos os cornos de um total de vinte coelhos Brancos da Nova Zelândia. Antes da cirurgia, os coelhos foram pesados e, em seguida, preparados para a cirurgia por pré-medicação com midazolam e dex- meditomidina.
[00239] A solução de fucoidano foi preparada em cada concentra- ção de 0,02 mg/mL, 0,1 mg/mL, 0,5 mg/mL ou 2,5 mg/mL em Injeção de Ringer Lactata USP (LRS), esterilizando por filtração. Todos os ins- trumentos eram estéreis e um campo estéril foi mantido durante as ci- rurgias. O abdômen foi limpo e introduzido por meio de uma incisão abdominal na linha média. Os cornos uterinos foram localizados, exte- riorizados e raspados para induzir danos. A parede abdominal próxima aos cornos uterinos raspados também foi raspada. Os cornos uterinos danificados e a parede abdominal foram colocados um ao lado do ou- tro e estabilizados com suturas. Cerca de 2 mL/kg de solução de fu- coidano por peso do coelho foram aplicados na cavidade abdominal antes do fechamento da incisão. A aderência foi avaliada duas sema- nas após a cirurgia. Cinco coelhos foram tratados e avaliados para ca- da concentração de fucoidano preparada. O comprimento da aderên- cia do corno uterino foi medido com uma régua. O comprimento da aderência do corno uterino foi calculado usando a equação 2.
[00240] O mesmo método cirúrgico foi aplicado a 5 coelhos Brancos da Nova Zelândia adicionais para controle, cada um recebendo cerca de 2 mL/kg de Injeção de Ringer Lactada USP (LRS) controle em vez de solução de fucoidano. O grupo controle que recebeu LRS foi de- terminado como tendo uma cobertura de aderência de 100 % usando a equação 2. A Tabela 12 mostra os resultados obtidos usando o mé- todo discutido acima para a composição de fucano purificado/modi- ficado em diferentes concentrações e dosagens (no total, quarenta cornos uterinos foram tratados, 10 cada para cada concentração da composição de fucano purificado/modificado); os resultados são mos- trados como a redução da cobertura de aderência em relação ao gru- po controle.
Concentração | Dose Número de Cor- | % de Redução na cobertura de (mg/mL) (mg/kg) | nos Uterinos aderência do corno uterino vs. fora Ja Jota fogem 0,02 0,04 10 10 % (isto é, 10 % de diminuição em aderências fibrosas em com- o EEE 0,1 0,2 10 30 % (isto é, 30 % de diminuição em aderências fibrosas em com- o Em 0,5 1 10 71 % (isto é, 71 % de diminuição em aderências fibrosas em com- o Emo 2,5 5 10 95 % (isto é, 95 % de diminuição em aderências fibrosas em com- CI gs Tabela 12: Diminuição da aderência do corno uterino de coelho usan- do uma composição de fucano purificada/modificada em relação à LRS controle
[00241] “Como pode ser visto a partir dos resultados da Tabela 12, as composições de fucano purificadas/modificadas podem ser usadas para inibir, prevenir, remover, reduzir ou tratar de outra forma aderên- cias do corno uterino pós-cirúrgicas. Lista de numerais de referência 1200 Sistema de modificação do teor catiônico 1202 Linha de fornecimento de entrada 1204 Pré-filtro 1206 Válvula de saída do sistema de modificação do teor catiônico 1206 Linha de saída do sistema de modificação do teor catiônico 1210 Filtro para filtração de fluxo tangencial (TFF)
1212 Linha de fornecimento da TFF 1214 Bomba de entrada da TFF 1216 Recipiente de fucano 1217 Válvula do retentado da TFF 1218 Linha de retorno do retentado da TFF 1219 Linha de saída do permeado da TFF 1220 Primeiro recipiente de solução de diafiltração 1224 Primeira válvula de solução de diafiltração 1225 Primeira linha de fornecimento de solução de diafiltração 1230 Segundo recipiente de solução de diafiltração 1234 Segunda válvula de solução de diafiltração 1235 Segunda linha de fornecimento de solução de diafiltração
[00242] “Todos os termos usados neste documento são usados de acordo com seus significados comuns, a menos que o contexto ou de- finição indique claramente o contrário. Além disso, a menos que ex- pressamente indicado de outra forma, nesta descrição o uso de "ou" inclui "e" e vice-versa. Os termos não limitativos não devem ser inter- pretados como limitantes, a menos que expressamente declarado, ou o contexto indique claramente, de outra forma (por exemplo, "incluin- do", "tendo" e "compreendendo" normalmente indicam "incluindo, sem limitação"). Formas singulares, incluindo nas reivindicações, tais como "um," "uma" e "o/a" incluem a referência no plural, a menos que ex- pressamente declarado, ou o contexto indique claramente o contrário.
[00243] A menos que indicado de outra forma, os adjetivos aqui tais como "substancialmente" e "cerca de" que modificam uma condição ou característica de relação de um recurso ou recursos de uma modalida- de, indicam que a condição ou característica é definida dentro de tole- râncias que são aceitáveis para a operação da modalidade para uma aplicação a que se destina.
[00244] O escopo dos presentes métodos, composições, sistemas,
etc., inclui igualmente os conceitos de meio mais função e etapa mais função. No entanto, as reivindicações não devem ser interpretadas como indicando uma relação "meio mais função", a menos que a pala- vra "meio" seja especificamente recitada em uma reivindicação, e de- vem ser interpretadas como indicando uma relação "meio mais função" onde a palavra "meio" é especificamente recitada em uma reivindica- ção. Da mesma forma, as reivindicações não devem ser interpretadas como indicando uma relação "etapa mais função", a menos que a pa- lavra "etapa" seja especificamente recitada em uma reivindicação, e devem ser interpretadas como indicando uma relação "etapa mais fun- ção" em que a palavra "etapa" é especificamente recitada em uma rei- vindicação.
[00245] “Do exposto, será apreciado que, embora modalidades es- pecíficas tenham sido discutidas neste documento para fins de ilustra- ção, várias modificações podem ser feitas sem se desviar do espírito e do escopo da discussão neste documento. Por conseguinte, os siste- mas e métodos, etc., incluem tais modificações, bem como todas as permutações e combinações do assunto aqui estabelecido e não são limitados, exceto pelas reivindicações anexas ou outra reivindicação tendo suporte adequado na discussão e nas figuras aqui.

Claims (138)

REIVINDICAÇÕES
1. Fucano compreendendo uma estrutura polimérica funci- onal e contraíons, caracterizado pelo fato de que a estrutura polimérica funcional consiste essencialmente em fucose, galactose e sulfato, e em que o fucano compreende não mais do que cerca de 17 % de con- traíons, e em que um teor total de fucose, galactose, sulfato e contraí- ons do fucano é maior do que 90% em p/p.
2. Fucano, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que o fucano é um fucano purificado/modificado compre- endendo um teor total de fucose, galactose, sulfato e contraíons maio- res do que 94% em p/p.
3. Fucano, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que o fucano compreende um teor total de fucose, galac- tose, sulfato e contraíons maiores do que 94% em p/p.
4. Fucano, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 3, caracterizado pelo fato de que o teor total de fucose, galactose, sulfato e contraíons é maior do que 95% em p/p.
5. Fucano, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 3, caracterizado pelo fato de que o teor total de fucose, galactose, sulfato e contraíons é maior do que 97% em p/p.
6. Fucano, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 3, caracterizado pelo fato de que o teor total de fucose, galactose, sulfato e contraíons é maior do que 99 % em p/p
7. Fucano, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 3, caracterizado pelo fato de que o teor total de fucose, galactose, sulfato e contraíons é maior do que 99,9 % em p/p.
8. Fucano, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 7, caracterizado pelo fato de que o teor de fucose é maior do que % em p/p.
9. Fucano, de acordo com qualquer uma das reivindicações
1 a 7, caracterizado pelo fato de que o teor de fucose é maior do que % em p/p.
10. Fucano, de acordo com qualquer uma das reivindica- ções 1 a 7, caracterizado pelo fato de que o teor de fucose é maior do que 35 % em p/p.
11. Fucano, de acordo com qualquer uma das reivindica- ções 1 a 7, caracterizado pelo fato de que o teor de galactose é menor do que 10 % em p/p.
12. Fucano, de acordo com qualquer uma das reivindica- ções 1 a 7, caracterizado pelo fato de que o teor de galactose é menor do que 5 % em p/p.
13. Fucano, de acordo com qualquer uma das reivindica- ções 1 a 7, caracterizado pelo fato de que o teor de contraíon total é menor do que 17 % em p/p.
14. Fucano, de acordo com qualquer uma das reivindica- ções 1 a 7, caracterizado pelo fato de que o teor de contraíon total é menor do que 14 % em p/p
15. Fucano, de acordo com qualquer uma das reivindica- ções 1 a 7, caracterizado pelo fato de que o teor de contraíon total é menor que 10% em p/p.
16. Fucano, de acordo com qualquer uma das reivindica- ções 1 a 7, caracterizado pelo fato de que o teor de contraíon total é menor do que 7 % em p/p
17. Fucano, de acordo com qualquer uma das reivindica- ções 1 a 16, caracterizado pelo fato de que o contraíon é um contraíon farmaceuticamente aceitável.
18. Fucano, de acordo com a reivindicação 17, caracteriza- do pelo fato de que o contraíon farmaceuticamente aceitável compre- ende pelo menos um dentre alumínio, arginina, benzatina, cloroprocaí- na, colina, sódio, potássio, lítio, amônio, etileno diamina, dietilamina,
dietanolamina, etanolamina, histidina, lisina, N-metil glicamina, me- glumina, procaína, trietilamina, zinco, cálcio e magnésio.
19. Fucano, de acordo com a reivindicação 17, caracteriza- do pelo fato de que o contraíon farmaceuticamente aceitável compre- ende pelo menos um dentre sódio e potássio.
20. Fucano, de acordo com a reivindicação 17, caracteriza- do pelo fato de que o contraíon farmaceuticamente aceitável consiste essencialmente em pelo menos um dentre sódio e potássio.
21. Fucano, de acordo com qualquer uma das reivindica- ções 1 a 20, caracterizado pelo fato de que a mistura tem uma distri- buição de peso molecular em que pelo menos 60 % em p/p da distri- buição é maior do que 100 kDa quando medido utilizando-se uma cromatografia de permeação em gel aquosa apresentada consistindo essencialmente em: uma coluna de cromatografia de permeação em gel analíti- ca de 300 mm com um diâmetro interno de 7,8 mm acondicionado com gel à base de polimetacrilato hidroxilado, tendo uma faixa de peso mo- lecular eficaz entre cerca de 50 kDa e cerca de 5.000 kDa, uma coluna de cromatografia de permeação em gel analítica de 300 mm com um diâmetro interno de 7,8 mm acondicionado com gel à base de polime- tacrilato hidroxilado, tendo uma faixa de peso molecular eficaz entre cerca de 1 kDa e cerca de 6.000 kDa e uma coluna de guarda de 40 mm com um diâmetro interno de 6 mm acondicionado com gel à base de polimetacrilato hidroxilado, as duas colunas de cromatografia de permeação em gel analítica e a coluna de guarda contida em um com- partimento de coluna a cerca de 30ºC; um detector de índice refrativo a cerca de 30 ºC; fase móvel de nitrato de sódio 1 M conduzida a 0,6 mL/min; e a quantificação contra uma curva padrão de peso molecular máximo consistindo essencialmente em um primeiro padrão de dex-
trano com um peso molecular máximo de cerca de 2.200 kDa, um se- gundo padrão de dextrano com um peso molecular máximo entre cer- ca de 720 kDa e cerca de 760 kDa, um terceiro padrão de dextrano com um peso molecular máximo entre cerca de 470 kDa e cerca de 510 kDa, um quarto padrão de dextrano com um peso molecular má- ximo entre cerca de 370 kDa e cerca de 410 kDa, um quinto padrão de dextrano com um peso molecular máximo entre cerca de 180 kDa e cerca de 220 kDa, e um sexto padrão de dextrano com um peso mole- cular máximo entre cerca de 40 kDa e 55 kDa.
22. Fucano, de acordo com a reivindicação 21, caracteriza- do pelo fato de que o fucano tem uma distribuição de peso molecular em que pelo menos 92 % em p/p da distribuição é maior do que 100 kDa.
23. Fucano, de acordo com a reivindicação 21, caracteriza- do pelo fato de que o fucano tem uma distribuição de peso molecular em que pelo menos 97 % em p/p da distribuição é maior do que 100 kDa.
24. Fucano, de acordo com a reivindicação 21, caracteriza- do pelo fato de que o fucano tem um peso molecular médio ponderado maior do que 100 kDa.
25. Fucano, de acordo com qualquer uma das reivindica- ções 1| a 24, caracterizado pelo fato de que o fucano tem um nível de sulfatação entre cerca de 20 % em p/p e 60 % em p/p.
26. Fucano, de acordo com qualquer uma das reivindica- ções 1| a 24, caracterizado pelo fato de que o fucano tem um nível de sulfatação entre cerca de 30 % em p/p e 55 % em p/p.
27. Fucano, de acordo com qualquer uma das reivindica- ções 1| a 24, caracterizado pelo fato de que o fucano tem um nível de sulfatação entre cerca de 35 % em p/p e 52 % em p/p.
28. Fucano, de acordo com qualquer uma das reivindica-
ções 1 a 24, caracterizado pelo fato de que o teor total de carboidrato está entre 27 % em p/p e 80 % em p/p.
29. Fucano, de acordo com a reivindicação 28, caracteriza- do pelo fato de que o teor total de ácido glicurônico, glicose, manose, ramnose e xilose como uma percentagem do teor total de carboidrato é abaixo de cerca de 12 % em p/p.
30. Fucano, de acordo com qualquer uma das reivindica- ções 1 a 29, caracterizado pelo fato de que a mistura quando dissolvi- da em água a uma concentração de 50 mg/mL, tem uma viscosidade entre cerca de 4 cP e 50 cP.
31. Fucano, de acordo com qualquer uma das reivindica- ções 1 a 29, caracterizado pelo fato de que a mistura quando dissolvi- da em água a uma concentração de 50 mg/mL tem uma viscosidade entre cerca de 10 cP e 40 cP.
32. Fucano, de acordo com qualquer uma das reivindica- ções 1 a 29, caracterizado pelo fato de que a mistura quando dissolvi- da em água a uma concentração de 50 mg/mL tem uma viscosidade entre cerca de 15 cP e 30 cP.
33. Fucano, de acordo com qualquer uma das reivindica- ções 1 a 32, caracterizado pelo fato de que a mistura é um sólido branco.
34. Fucano, de acordo com qualquer uma das reivindica- ções 1 a 33, caracterizado pelo fato de que a mistura quando dissolvi- da em água a uma concentração de 1 mg/mL a 100 mg/mL forma uma solução transparente e incolor.
35. Fucano, de acordo com qualquer uma das reivindica- ções 1 a 34, caracterizado pelo fato de que o fucano compreende me- nos do que 5 % em peso de teor de acetila.
36. Fucano, de acordo com qualquer uma das reivindica- ções 1 a 34, caracterizado pelo fato de que o fucano compreende me-
nos de 2 % em p/p de teor de acetila.
37. Fucano, de acordo com qualquer uma das reivindica- ções 1 a 34, caracterizado pelo fato de que o fucano compreende um teor de acetila de substancialmente O % em p/p, quando medida por coerência quântica múltipla heteronuclear 1H-13C 2D a 70ºC com su- pressão de sinal de solvente em um espectrômetro de 600 MHz equi- pado com sonda fria de 5 mm, na faixa de 10-30 ppm na dimensão de carbono, em 8 incrementos de 256-512 varreduras cada um.
38. Método, caracterizado pelo fato de que compreende a preparação de fucano como definido em qualquer uma das reivindica- ções 1 a 37.
39. Método, caracterizado pelo fato de que compreende a utilização do fucano como definido em qualquer uma das reivindica- ções 1 a 37.
40. Método, de acordo com a reivindicação 39, caracteriza- do pelo fato de que o uso compreende o tratamento de aderências fi- brosas.
41. Composição medicamente aceitável, caracterizada pelo fato de que compreende uma quantidade terapeuticamente eficaz do fucano como definido em qualquer uma das reivindicações 1 a 37 em um tampão ou diluente medicamente aceitável.
42. Método de tratamento de uma condição ou doença em um animal, caracterizado pelo fato de que compreende a seleção da composição farmaceuticamente aceitável, como definida na reivindica- ção 41, para o tratamento da condição ou doença e administração de uma quantidade terapeuticamente eficaz que compreende entre cerca de 0,5 mg/kg e 50 mg/kg do fucano para o animal.
43. Método de tratamento de uma condição ou doença em um animal, caracterizado pelo fato de que compreende a seleção da composição medicamente aceitável, de acordo com a reivindicação
41, para o tratamento da condição ou doença e administração de uma quantidade terapeuticamente eficaz entre cerca de 0,04 mg/kg e 25 mg/kg do fucano para o animal.
44. Método, de acordo com a reivindicação 43, caracteriza- do pelo fato de que a quantidade terapeuticamente eficaz está entre cerca de 0,2 mg/kg e 10 mg/kg.
45. Método, de acordo com a reivindicação 43, caracteriza- do pelo fato de que a quantidade terapeuticamente eficaz está entre cerca de 1 mg/kg e 5 mg/kg.
46. Método, de acordo com a reivindicação 43, caracteriza- do pelo fato de que a quantidade terapeuticamente eficaz está entre cerca de 1,5 mg/kg e 3 mg/kg.
47. Método, de acordo com a reivindicação 43, caracteriza- do pelo fato de que a quantidade terapeuticamente eficaz está entre cerca de 5 g/kg e 10 mg/kg.
48. Método de acordo com qualquer uma das reivindica- ções 42 a 47, caracterizado pelo fato de que a condição ou doença é uma aderência fibrosa em um sítio alvo no animal, e em que a admi- nistração compreende a administração da quantidade terapeuticamen- te eficaz ao sítio alvo.
49. Composição médica, que compreende entre cerca de 0,02 mg/mL e 100 mg/mL de fucano como definido em qualquer uma das reivindicações 1 a 37, caracterizada pelo fato de que é configura- da e composta para tratar uma doença ou condição em um animal.
50. Composição médica, de acordo com a reivindicação 49, caracterizada pelo fato de que compreende cerca de 0,5 mg/mL e 5 mg/mL do fucano.
51. Composição médica, de acordo com a reivindicação 49, caracterizada pelo fato de que compreende cerca de 2,5 mg/mL do fucano.
52. Composição médica, de acordo com qualquer uma das reivindicações 49 a 51, caracterizada pelo fato de que a composição médica é um dispositivo médico.
53. Composição médica, de acordo com qualquer uma das reivindicações 49 a 51, caracterizada pelo fato de que a composição médica é um dispositivo médico líquido.
54. Composição médica, de acordo com qualquer uma das reivindicações 49 a 51, caracterizada pelo fato de que a composição médica é uma composição farmacêutica.
55. Composição médica, de acordo com qualquer uma das reivindicações 49 a 51, caracterizada pelo fato de que a composição médica é uma composição farmacêutica líquida.
56. Composição médica, de acordo com qualquer uma das reivindicações 49 a 55, caracterizada pelo fato de que a doença ou condição é uma aderência fibrosa.
57. Uso de uma faixa de dosagem, caracterizado pelo fato de que compreende entre cerca de 0,01 mL/kg e 15 mL/kg da compo- sição médica de acordo com qualquer uma das reivindicações 49 a 56 para tratar uma doença ou condição em um animal.
58. Uso de uma faixa de dosagem, caracterizado pelo fato de que compreende entre cerca de 0,03 mL/kg e 4 mL/kg da composi- ção médica de acordo com qualquer uma das reivindicações 49 a 56 para tratar uma doença ou condição em um animal.
59. Uso de uma faixa de dosagem, caracterizado pelo fato de que compreende entre cerca de 0,06 mL/kg e 2 mL/kg da composi- ção médica como definida em qualquer uma das reivindicações 49 a 56 para tratar uma doença ou condição em um animal.
60. Uso de uma faixa de dosagem, caracterizado pelo fato de que compreende entre cerca de 2 mL/kg e 4 mL/kg da composição médica como definida em qualquer uma das reivindicações 49 a 56 para tratar uma doença ou condição em um animal.
61. Método para o tratamento de uma doença ou condição selecionada em um paciente, caracterizado pelo fato de que compre- ende a identificação de um sítio alvo selecionado em um paciente, compreendendo ou razoavelmente suscetível a ter a doença ou condi- ção selecionada e, então, a administração da composição médica co- mo definida em qualquer uma das reivindicações 49 a 56 a um sítio alvo no paciente.
62. Método, de acordo com a reivindicação 61, caracteriza- do pelo fato de que a doença ou condição é aderência fibrosa.
63. Método, de acordo com a reivindicação 61 ou 62, carac- terizado pelo fato de que o sítio alvo é um sítio cirúrgico, e a adminis- tração é realizada pelo menos a) após a abertura de uma ferida cirúr- gica no sítio cirúrgico, b) durante a cirurgia, e c) após o fechamento da ferida cirúrgica.
64. Método, de acordo com a reivindicação 61 ou 62, carac- terizado pelo fato da administração ser realizada após a cirurgia e an- tes do fechamento da ferida cirúrgica.
65. Método, de acordo com a reivindicação 61 ou 62, carac- terizado pelo fato da administração levar menos de 3 minutos.
66. Método, de acordo com a reivindicação 61 ou 62, carac- terizado pelo fato de que a administração leva menos de 2 minutos.
67. Método, de acordo com a reivindicação 61 ou 62, carac- terizado pelo fato de que a administração leva menos de 1 minuto.
68. Método, de acordo com qualquer uma das reivindica- ções 61 a 67, caracterizado pelo fato de que o sítio alvo é pelo menos um de um sítio de lesão, abrasão e ferimento.
69. Método, de acordo com qualquer uma das reivindica- ções 61 a 68, caracterizado pelo fato de que o sítio alvo é pelo menos um dentre uma cavidade pélvica, uma cavidade abdominal, uma cavi-
dade dorsal, uma cavidade craniana, uma cavidade espinhal, uma ca- vidade ventral, uma cavidade torácica, uma cavidade pleural e uma cavidade pericárdica, uma articulação, um músculo, um tendão e um ligamento.
70. Método para remover impurezas de uma composição de fucano de partida para obter um fucano purificado/modificado, ca- racterizado pelo fato de que compreende: fornecer uma composição de fucano de partida compreen- dendo impurezas; adicionar um auxiliar de floculação à composição de fucano de partida para produzir uma mistura de reação; flocular as impurezas por aquecimento da mistura de rea- ção para produzir impurezas floculadas; e remover as impurezas flocu- ladas.
71. Método, de acordo com a reivindicação 70, caracteriza- do pelo fato de que o fornecimento da composição de fucano de parti- da compreende fornecer a composição de fucano de partida como uma solução.
72. Método, de acordo com a reivindicação 70, caracteriza- do pelo fato de que o método compreende ainda coletar o fucano puri- ficado/modificado em uma solução de impurezas reduzidas.
73. Método, de acordo com a reivindicação 70, caracteriza- do pelo fato de que a floculação das impurezas compreende o aque- cimento da mistura de reação em excesso da pressão atmosférica.
74. Método, de acordo com a reivindicação 70, caracteriza- do pelo fato de que o auxiliar de floculação compreende um sal.
75. Método, de acordo com a reivindicação 74, caracteriza- do pelo fato de que o sal compreende um cloreto, brometo, iodeto, flu- oreto, sulfato, sulfito, carbonato, bicarbonato, fosfato, nitrato, nitrito, acetato, citrato, silicato e/ou cianeto de um metal alcalino, metal alcali-
noterroso, alumínio e/ou amônio.
76. Método, de acordo com a reivindicação 70, caracteriza- do pelo fato de que o auxiliar de floculação compreende uma base.
77. Método, de acordo com a reivindicação 76, caracteriza- do pelo fato de que a base compreende um hidróxido e/ou óxido de um metal alcalino, metal alcalinoterroso, alumínio e/ou amônio.
78. Método, de acordo com qualquer uma das reivindica- ções 70 a 77, caracterizado pelo fato de que as impurezas removidas compreendem pelo menos um dentre particulados, lipídeos, ácidos graxos, florotaninos, laminarinas, alginatos, proteínas, produtos de re- ação de Maillard, fucoxantina, clorofila, bactérias, componentes celula- res e DNA.
79. Método para remover impurezas de uma composição de fucano de partida para obter um fucano purificado/modificado, ca- racterizado pelo fato de que compreende: fornecer uma composição de fucano de partida como um sólido e um meio de extração incapaz de dissolver fucanos, configura- do para dissolver impurezas; misturar a composição de fucano de partida com o meio de extração para produzir uma mistura do fucano purificado/modificado e o meio de extração; e separar o fucano purificado/modificado do meio de extra- ção.
80. Método, de acordo com a reivindicação 79, caracteriza- do pelo fato de que o método compreende ainda a coleta do fucano purificado/modificado como um sólido.
81. Método, de acordo com a reivindicação 79, caracteriza- do pelo fato de que o meio de extração compreende pelo menos um solvente orgânico com uma polaridade relativa menor que 0,765.
82. Método, de acordo com a reivindicação 81, caracteriza-
do pelo fato de que o solvente orgânico compreende pelo menos um dentre etanol, isopropanol, metanol, benzeno, éter dietílico, decametil- ciclopentassiloxano, acetato de etila, butanol, hexano, heptano, hepta- nol, octanol e decanol.
83. Método, de acordo com a reivindicação 81, caracteriza- do pelo fato de que o meio de extração compreende ainda pelo menos um dentre uma base, um detergente e um agente oxidante.
84. Método, de acordo com a reivindicação 79, caracteriza- do pelo fato de que compreende fornecer a composição de fucano de partida em uma forma sólida compreende precipitar a composição de fucano de partida de uma solução.
85. Método, de acordo com qualquer uma das reivindica- ções 79 a 84, caracterizado pelo fato de que as impurezas removidas compreendem pelo menos um dentre particulados, lipídeos, ácidos graxos, florotaninos, laminarinas, alginatos, proteínas, produtos de re- ação de Maillard, fucoxantina, clorofila, bactérias, componentes celula- res e DNA.
86. Método para remover impurezas de uma composição de fucano de partida para obter um fucano purificado/modificado, ca- racterizado pelo fato de que compreende: fornecer uma composição de fucano de partida compreen- dendo impurezas, incluindo impurezas suspensas em uma solução; precipitar as impurezas da solução usando um precipitante de impurezas multivalente iônico, produzindo assim uma mistura de impurezas suspensas, impurezas precipitadas e uma solução de so- brenadante; e separar as impurezas suspensas e as impurezas precipita- das da solução de sobrenadante.
87. Método, de acordo com a reivindicação 86, caracteriza- do pelo fato de que o método compreende ainda coletar a solução de sobrenadante que compreende o fucano purificado/modificado.
88. Método, de acordo com a reivindicação 86, caracteriza- do pelo fato de que o precipitante de impureza multivalente iônico compreende um sal de um cátion divalente ou trivalente.
89. Método, de acordo com a reivindicação 88, caracteriza- do pelo fato de que o sal é um cloreto, brometo, iodeto, fluoreto, sulfa- to, sulfito, carbonato, bicarbonato, fosfato, nitrato, nitrito, acetato, citra- to, silicato e/ou cianeto.
90. Método, de acordo com a reivindicação 88, caracteriza- do pelo fato de que o cátion é um metal alcalinoterroso, zinco, alumí- nio, cobre e/ou ferro.
91. Método, de acordo com a reivindicação 86, caracteriza- do pelo fato de que o precipitante de impureza multivalente iônico compreende uma base de um cátion divalente ou trivalente.
92. Método, de acordo com a reivindicação 91, caracteriza- do pelo fato de que a base é um hidróxido e/ou óxido de um metal al- calinoterroso, zinco, alumínio, cobre e/ou ferro.
93. Método, de acordo com as reivindicações 86 a 92, ca- racterizado pelo fato de que a separação das impurezas suspensas e impurezas precipitadas da solução de sobrenadante compreende a floculação das impurezas suspensas e impurezas precipitadas pela adição de um floculante à mistura de impurezas suspensas, impurezas precipitadas e solução de sobrenadante.
94. Método, de acordo com a reivindicação 93, caracteriza- do pelo fato de que o floculante compreende pelo menos um de sulfato de alumínio e potássio; sulfato de sódio e alumínio; sulfato de amônio e alumínio; cloreto de cálcio; fosfato de sódio; hidróxido de alumínio; cloreto de alumínio; cloreto férrico; sulfato férrico; sulfato ferroso; sili- cato de sódio; silicato de cálcio; fosfato de cálcio; cloreto de zinco; carbonato de cálcio; bicarbonato de cálcio; sulfato de potássio; fosfato de magnésio; acrilamidas; ácido acrílico; cloridrato de alumínio; cloreto de polialumínio; taninos; formaldeído; melamina; cloreto de metila de N ,N-dimetilaminoetil acrilato; quaternário de cloreto de metila de N,N- dimetilaminoetil metacrilato; e cloreto de polidialildimetil-amônio.
95. Método, de acordo com qualquer uma das reivindica- ções 86 a 94, caracterizado pelo fato de que o método compreende ainda manter um pH entre cerca de 7 e 14.
96. Método, de acordo com a reivindicação 95, caracteriza- do pelo fato de que a manutenção do pH compreende a adição de ba- se.
97. Método, de acordo com qualquer uma das reivindica- ções 86 a 96, caracterizado pelo fato de que as impurezas removidas compreendem pelo menos um dentre partículas, lipídeos, ácidos gra- xos, florotaninos, laminarinas, alginatos, proteínas, produtos de reação de Maillard, fucoxantina, clorofila, bactérias, componentes celulares e DNA.
98. Método para remover impurezas de uma composição de fucano de partida para obter um fucano purificado/modificado, ca- racterizado pelo fato de que compreende: fornecer uma composição de fucano de partida compreen- dendo impurezas; ajustar o pH da composição de fucano de partida entre cer- cade8e14;, adicionar à composição de fucano de partida um agente de ruptura celular configurado para lisar componentes celulares para pro- duzir uma mistura de reação compreendendo o agente de ruptura ce- lular, lisados biomoleculares e a composição de fucano de partida; e remoção do agente de ruptura celular e lisados biomolecu- lares da mistura de reação.
99. Método, de acordo com a reivindicação 98, caracteriza-
do pelo fato de que o fornecimento da composição funcional de partida compreende o fornecimento da composição funcional de partida como uma solução.
100. Método, de acordo com a reivindicação 98, caracteri- zado pelo fato de que o método compreende ainda a coleta do fucano purificado/modificado em uma solução de impurezas reduzidas.
101. Método, de acordo com a reivindicação 98, caracteri- zado pelo fato de que o agente de ruptura celular compreende um de- tergente.
102. Método, de acordo com a reivindicação 101, caracteri- zado pelo fato de que o detergente é um detergente aniônico.
103. Método, de acordo com a reivindicação 101, caracteri- zado pelo fato de que o detergente é um detergente catiônico.
104. Método, de acordo com a reivindicação 101, caracteri- zado pelo fato de que o detergente é um detergente não iônico.
105. Método, de acordo com a reivindicação 101, caracteri- zado pelo fato de que o detergente compreende pelo menos um dentre dodecil sulfato de sódio (SDS), cloreto de benzalcônio, Triton X 1000, Triton X 1140, detergentes BrijO, detergentes TweenGO, desoxicolato de sódio e alquilbenzenossulfonatos.
106. Método, de acordo com a reivindicação 98 a 105, ca- racterizado pelo fato de que a remoção do agente de ruptura celular e dos lisados biomoleculares compreende a adição à mistura de reação um floculante configurado para flocular o agente de ruptura celular e os lisados biomoleculares.
107. Método, de acordo com a reivindicação 98, caracteri- zado pelo fato de que a remoção do agente de ruptura celular compre- ende adicionar à mistura de reação um precipitante configurado para tornar o agente de ruptura celular insolúvel na mistura de reação, pro- duzindo precipitados.
108. Método, de acordo com a reivindicação 98, caracteri- zado pelo fato de que a remoção dos lisados biomoleculares compre- ende adicionar à mistura de reação um precipitante configurado para tornar os lisados biomoleculares insolúveis na mistura de reação, pro- duzindo precipitados.
109. Método, de acordo com qualquer uma das reivindica- ções 107 e 108, caracterizado pelo fato de que ainda compreende adi- cionar à mistura de reação um floculante configurado para flocular os precipitados.
110. Método, de acordo com qualquer uma das reivindica- ções 106 e 109, caracterizado pelo fato de que o floculante compreen- de pelo menos um dentre sulfato de potássio e alumínio; sulfato de sódio e alumínio; sulfato de amônio e alumínio; cloreto de cálcio; fosfa- to de sódio; hidróxido de alumínio; cloreto de alumínio; cloreto férrico; sulfato férrico; sulfato ferroso; silicato de sódio; silicato de cálcio; fosfa- to de cálcio; cloreto de zinco; carbonato de cálcio; bicarbonato de cál- cio; sulfato de potássio; fosfato de magnésio; acrilamidas; ácido acríli- co; cloridrato de alumínio; cloreto de polialumínio; taninas; formaldeí- do; melamina; cloreto de metila de N,N-dimetilaminoetil acrilato; qua- ternário de cloreto de metila de N,N-dimetilaminoetil metacrilato; e clo- reto de polidialildimetil-amônio.
111. Método, de acordo com a reivindicação 102, caracteri- zado pelo fato de que a remoção do detergente aniônico compreende adsorção aniônica.
112. Método, de acordo com a reivindicação 103, caracteri- zado pelo fato de que a remoção do detergente catiônico compreende adsorção catiônica.
113. Método, de acordo com a reivindicação 104, caracteri- zado pelo fato de que a remoção do detergente não iônico compreen- de a separação de fase micelar.
114. Método, de acordo com a reivindicação 101, caracteri- zado pelo fato de que a remoção do detergente compreende a adsor- ção hidrofóbica.
115. Método, de acordo com a reivindicação 101, caracteri- zado pelo fato de que a remoção do detergente compreende: diluir a mistura de reação até que a concentração do deter- gente esteja abaixo de uma concentração predeterminada; e submeter a mistura de reação compreendendo o detergente à diafiltração sobre um filtro de filtração de fluxo tangencial com uma redução de peso molecular acima do maior peso molecular do deter- gente.
116. Método, de acordo com a reivindicação 98, caracteri- zado pelo fato de que compreende ainda a adição de um agente que- lante à mistura de reação após o fornecimento da composição de fu- cano de partida e antes da remoção do agente de ruptura celular.
117. Método, de acordo com a reivindicação 116, caracteri- zado pelo fato de que o agente quelante compreende ácido etilenodi- aminatetraacético (EDTA), 2,3-dimercapto-1-propanol, etileno diamina, porfina e/ou ácido cítrico.
118. Método, de acordo com a reivindicação 98, caracteri- zado pelo fato de que compreende ainda a adição de um agente de extinção de oxidante à mistura de reação antes de remover o agente de ruptura celular para resfriar os oxidantes na mistura de reação.
119. Método, de acordo com a reivindicação 98, caracteri- zado pelo fato de que compreende ainda a adição de um agente bac- teriostático à mistura de reação após o fornecimento da composição de fucano de partida e antes da remoção do agente de ruptura celular.
120. Método, de acordo com a reivindicação 119, caracteri- zado pelo fato de que o agente bacteriostático compreende sulfito de sódio, ácido etilenodiaminatetraacético (EDTA), cloreto de benzalcô-
nio, etanol, e/ou tioureia.
121. Método, de acordo com qualquer uma das reivindica- ções de 98 a 120, caracterizado pelo fato de que as impurezas remo- vidas compreendem pelo menos um dos particulados, lipídeos, ácidos graxos, fonotaninas, laminarinas, alginatos, proteínas, produtos de re- ação de Maillard, fuoxanfina, clorofila, bactérias, componentes celula- res e DNA.
122. Método, para a remoção de impurezas de uma com- posição de fucano de partida para a obtenção de uma mistura purifica- da/modificada compreendendo: fornecer uma composição de fucano de partida compreen- dendo impurezas em uma solução aquosa de partida; mistura da solu- ção aquosa de partida com um solvente orgânico para produzir uma mistura de fase aquosa-orgânica; e separar a mistura de fase aquosa-orgânica para obter uma porção aquosa e uma porção orgânica.
123. Método, de acordo com a reivindicação 122, caracteri- zado pelo fato de que o método compreende ainda a coleta da porção aquosa que compreende o fucano purificado/modificado.
124. Método, de acordo com a reivindicação 122, caracteri- zado pelo fato de que o solvente orgânico compreende pelo menos um solvente orgânico com polaridade relativa menor do que 0,765.
125. Método, de acordo com qualquer uma das reivindica- ções 122 a 124, caracterizado pelo fato de que o solvente orgânico compreende pelo menos um dentre etanol, isopropanol, metanol, ben- zeno, decametilciclo-pentassiloxano, acetato de etila, hexano, hepta- nol, octanol, decanol, heptano, acetato de isobutila, anisol, acetato de isopropila, 1-butanol, acetato de butila, metilisobutilcetona, pentano, 1- pentanol, éter etílico e acetato de propila.
126. Método, de acordo com qualquer uma das reivindica-
ções de 122 a 125, caracterizado pelo fato de que as impurezas remo- vidas compreendem pelo menos um dentre particulados, lipídeos, áci- dos graxos, florotaninos, laminarinas, alginatos, proteínas, produtos de reação de Maillard, fucoxantina, clorofila, bactérias, componentes celu- lares e DNA.
127. Método para modificar o teor catiônico de uma compo- sição de fucano de partida, caracterizado pelo fato de que compreen- de: fornecer uma composição de fucano de partida em uma solução de partida; e diafiltrar a solução inicial através de um filtro de filtração de fluxo tangencial com uma solução de um agente quelante através de um filtro de filtração de fluxo tangencial para produzir uma composição de fucano retentado.
128. Método, de acordo com a reivindicação 127, caracteri- zado pelo fato de que o agente quelante compreende pelo menos um de ácido etilenodiamina-tetraacético (EDTA), 2,3-dimercapto-1-propa- nol, etilenodiamina, porfina ou ácido cítrico.
129. Método, de acordo com a reivindicação 127 ou 128, caracterizado pelo fato de que o retentado contém uma composição que consiste essencialmente em sódio e/ou potássio.
130. Método para a remoção de impurezas de uma compo- sição de fucano de partida para a obtenção de uma mistura purifica- da/modificada, caracterizado pelo fato de que compreende: fornecer uma composição de fucano de partida compreen- dendo impurezas; submeter a composição de fucano de partida a uma pres- são adequada acima de 70 bar e uma temperatura adequada acima de 30ºC em um extrator supercrítico; e preencher o extrator supercrítico com um fluido supercrítico para remover impurezas no fluido supercrítico; e remover o fluido supercrítico contendo as impurezas extraí- das após um período de tempo predeterminado.
131. Método, de acordo com a reivindicação 130, caracteri- zado pelo fato de que o método compreende ainda a coleta da mistura purificada/modificada remanescente no extrator supercrítico.
132. Método, de acordo com a reivindicação 130, caracteri- zado pelo fato de que a pressão está entre cerca de 70 bar e cerca de
2.000 bar.
133. Método, de acordo com a reivindicação 130, caracteri- zado pelo fato de que a temperatura é entre cerca de 30ºC e cerca de 300ºC
134. Método, de acordo com a reivindicação 130, caracteri- zado pelo fato de que a composição de fucano de partida é um líquido.
135. Método, de acordo com a reivindicação 130, caracteri- zado pelo fato de que a composição de fucano de partida é um sólido.
136. Método, de acordo com a reivindicação 130, caracteri- zado pelo fato de que o fluido supercrítico compreende pelo menos um dentre dióxido de carbono, etanol, etano, ácido clorídrico, ácido fluorí- drico, ácido sulfúrico e ácido nítrico.
137. Método, de acordo com a reivindicação 130, caracteri- zado pelo fato de que a quantidade predeterminada de tempo está en- tre cerca de 5 minutos e 50 horas.
138. Método, de acordo com qualquer uma das reivindica- ções 130 a 137, caracterizado pelo fato de que as impurezas removi- das compreendem pelo menos um dos particulados, lipídeos, ácidos graxos, fonotaninas, laminarinas, alginatos, proteínas, produtos de re- ação de Maillard, fuoxanfina, clorofila, bactérias, componentes celula- res e DNA.
f 1216 1218 1217/72 1204 1202 1219 1206 1214 1225 1212
PA 1208 1224 1234 135 1220 1230
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