BR112016024631B1 - Dispositivo de cápsula antimicrobiana - Google Patents

Abstract

CÁPSULAS ANTIMICROBIANAS PARA CONECTORES MÉDICOS. A presente invenção se refere a uma cápsula para um conector médico. Mais especificamente, a presente invenção está relacionada com uma cápsula antimicrobiana para a colocação sobre um conector, em que várias características da cápsula antimicrobiana mantém o conector no estado antisséptico.

Description

ANTECEDENTES DA INVENÇÃO

[001] A terapia de infusão geralmente envolve a administração de um medi-camento por via intravenosa. Ao realizar uma terapia de infusão típica, um ou mais dispositivo de terapia de infusão (por exemplo, conjuntos de tubos) são usados. Mui-tas vezes, durante a terapia de infusão, a extremidade do conjunto de tubos é deixa-da exposta a superfícies não estéreis, tais como quando uma seringa é removida a partir de uma extremidade Luer macho do conjunto de tubos. Por exemplo, quando a extremidade do conjunto de tubos é exposta, o paciente ou a enfermeira pode tocar na extremidade, ou a extremidade pode entrar em contato com as superfícies da cama, da mesa, ou do chão não estéreis.

[002] Embora seja necessário limpar a extremidade do conector hub ou sem agulha do conjunto de tubos, não é necessário limpar a outra extremidade, que é tipicamente um Luer macho. As cápsulas de desinfecção estão cada vez mais sendo usadas para desinfectar as extremidades dos dispositivos de terapia de infusão, tais como conectores sem agulha, conjuntos tipo IV, ou tubos de curta extensão. Esses limites geralmente incluem espuma de embebida com álcool que entra em contato com as superfícies da porta quando a cápsula é conectada à porta. Existem vários problemas ao usar essas cápsulas. Por exemplo, a espuma embebida no álcool apenas entra em contato com as superfícies externas da porta de acesso. Além disso, uma vez que uma cápsula é colocada sobre uma porta, o álcool na cápsula evapora-se rapidamente. Além disso, o uso de álcool, muitas vezes, resulta no álcool sendo forçado para no interior da linha IV.

[003] Além disso, alguns tipos de conectores Luer fêmea aprisionam líquidos que são incapazes de serem eficazmente tratados por cápsulas de desinfecção con-vencionais. Por exemplo, portas laterais em um adaptador de cateter são comumen- te usadas como um acesso rápido para medicamentos IV ou injeção de fluido em uma linha de IV, ou na corrente sanguínea do paciente, para efeitos rápidos, especi-almente em situações de emergência. A porta pode ser acessada várias vezes du-rante todo o uso de um cateter; por vezes por mais de sete dias. Os dispositivos de acesso Luer contaminados, tal como uma seringa, quando conectados à porta pode transferir micro-organismos à parede lateral e à parte inferior da porta lateral. Isto pode resultar em crescimento do micro-organismo e colonização no interior da porta, o que coloca um risco de infecção para o paciente. As cápsulas para desinfecção atualmente disponíveis não são capazes de desinfectar eficazmente estas superfí-cies.

[004] Assim, embora existam métodos e sistemas atualmente para a desin-fecção de conectores sem agulha, os desafios ainda existem. Como consequência, seria uma melhoria na técnica, aumentar ou substituir as técnicas atuais com os sis-temas e métodos aqui discutidos.

BREVE SUMÁRIO DA INVENÇÃO

[005] A presente invenção se refere a uma cápsula para um conector médico. Mais especificamente, a presente invenção está relacionada com uma cápsula antimicrobiana para a colocação sobre um conector, em que várias características da cápsula antimicrobiana mantém o conector no estado antisséptico.

[006] Algumas implementações da presente invenção fornecem uma cápsula antimicrobiana tendo uma superfície interna em que se encontra disposto um mate-rial antimicrobiano seco e não aderente. Após a exposição a um fluido residual, o material antimicrobiano seco e não aderente é rapidamente dissolvido formando, assim, uma solução antimicrobiana no interior do volume fechado da cápsula. A so-lução antimicrobiana entra em contato com a superfície interna da cápsula e com as superfícies externas de um conector inserido no interior da cápsula.

[007] Outras implementações da presente invenção fornecem várias caracte-rísticas de grampo sobre a superfície externa de uma cápsula antimicrobiana, em que a característica de grampo permite que a cápsula seja fixa a uma seção dos tu-bos de IV, ou de um suporte de IV para evitar que a cápsula entre em contato com uma superfície indesejada, tal como o solo. Várias estruturas são ainda fornecidas para armazenar e distribuir as cápsulas antimicrobianas para um clínico.

[008] Algumas implementações da presente invenção compreendem adicio-nalmente uma cápsula antimicrobiana tendo um plugue antimicrobiano. O plugue antimicrobiano se estende para fora a partir da superfície da base interna da cápsula e se estende até um volume interior de um conector que tem um espaço interno no qual a cápsula pode estender. O plugue antimicrobiano pode compreender várias formas e configurações para maximizar a área de superfície, sem comprometer a função da cápsula e/ou do conector.

[009] Em alguns casos, uma cápsula antimicrobiana é fornecida tendo um plugue antimicrobiano removível /descartável. O plugue removível é inserido no inte-rior da cápsula através de um orifício fornecido na base da cápsula, oposto à abertu-ra da cápsula. O plugue pode ser inserido, usado, e, em seguida, removido para manter o efeito antimicrobiano adequado.

[010] Algumas implementações da presente invenção compreendem um ma-terial de crescimento antimicrobiano que está fixo à superfície interna da base da cápsula. O material de crescimento compreende um agente antimicrobiano ou reves-timento que é eluído do material quando entra em contato com um fluido residual. O material de crescimento é desidratado e incha ou cresce quando exposto a um líqui-do.

[011] Além disso, algumas implementações da presente invenção compre-endem uma cápsula que tem uma superfície interna em que se encontra disposto um lubrificante antimicrobiano. O lubrificante antimicrobiano é transferido para as superfícies externa e interna de um conector quando a cápsula é colocada sobre o mesmo. Após a remoção da cápsula, o lubrificante antimicrobiano permanece na cápsula e nas superfícies do conector conferindo, assim, um efeito antimicrobiano.

[012] Este sumário é fornecido para introduzir uma variedade de conceitos de uma forma simplificada, que são ainda descritos abaixo na descrição detalhada. Este sumário não pretende identificar as características principais ou características essenciais da matéria reivindicada, nem se destina a ser usado como uma ajuda na determinação do escopo da matéria em questão reivindicada.

[013] Características e vantagens adicionais da invenção serão apresenta-dos na descrição que segue, e, em parte, serão óbvias a partir da descrição, ou po-derão ser aprendidas pela prática da invenção. As características e vantagens da invenção podem ser realizadas e obtidas por meio dos instrumentos e combinações particularmente apontadas nas reivindicações anexas. Estas e outras características da presente invenção se tornarão mais evidentes a partir da descrição seguinte e das reivindicações anexas, ou poderão ser aprendidas pela prática da invenção tal como definido a seguir.

BREVE DESCRIÇÃO DOS DESENHOS

[014] A fim de descrever a maneira pela qual as vantagens acima recitadas e outras vantagens as características da invenção podem ser obtidas, uma descrição mais particular da invenção brevemente descrita acima irá ser fornecida por referên-cia a modalidades específicas da mesma, que são ilustradas nos desenhos anexos. Tendo em mente que estes desenhos descrevem apenas modalidades típicas da invenção e não são, portanto, considerados limitantes do seu escopo, a invenção será descrita e explicada com especificidade adicional e detalhe através do uso dos desenhos anexos em que:

[015] A Figura 1 mostra uma vista em seção transversal de uma cápsula an- timicrobiana de acordo com uma modalidade representativa da presente invenção;

[016] A Figura 2 mostra uma vista em seção transversal de uma cápsula an- timicrobiana e uma vista em perspectiva de um conector inserido na mesma, de acordo com uma modalidade representativa da presente invenção.

[017] A Figura 3, mostrado nas partes A-C, mostra vistas em perspectiva de várias características de grampo de acordo com várias modalidades representativas da presente invenção.

[018] A Figura 4, mostrada nas partes A-C, mostra vistas em perspectiva de vários métodos de armazenamento e distribuição e dos dispositivos de acordo com várias modalidades representativas da presente invenção.

[019] A Figura 5, mostrada nas partes A e B, mostra vistas em seção trans-versal de uma cápsula antimicrobiana tendo um plugue antimicrobiano de acordo com uma modalidade representativa da presente invenção.

[020] A Figura 6, mostrada nas partes A e B, mostra uma vista em seção transversal de um plugue antimicrobiano curvo de acordo com uma modalidade re-presentativa da presente invenção.

[021] A Figura 7, mostrada nas partes A e B, mostra uma vista em seção transversal de um plugue antimicrobiano tendo um disco de extremidade terminal, de acordo com uma modalidade representativa da presente invenção.

[022] A Figura 8 mostra uma vista em seção transversal de um plugue anti- microbiano que tem uma forma de extremidade terminal tridimensional que é a mesma que a geometria interna da porta lateral de acordo com uma modalidade re-presentativa da presente invenção.

[023] A Figura 9, mostrada nas partes A-D, mostra várias vistas de um plu- gue antimicrobiano removível de acordo com diversas modalidades representativas da presente invenção.

[024] A Figura 10, mostrada nas partes A e B, mostra vistas em seção trans-versal de um material de crescimento antimicrobiano de acordo com uma modalidade representativa da presente invenção.

[025] A Figura 11, mostrada nas partes A-C, mostra vistas em seção trans versal de uma cápsula que tem um lubrificante antimicrobiano aplicado à superfície interna da cápsula de acordo com uma modalidade representativa da presente invenção,

DESCRIÇÃO DETALHADA DA INVENÇÃO

[026] A presente invenção se refere a uma cápsula para um conector médico. Mais especificamente, a presente invenção está relacionada com uma cápsula antimicrobiana para a colocação sobre um conector, em que várias características da cápsula antimicrobiana mantém o conector no estado antisséptico.

[027] Como usado na presente invenção, o termo "conector" é entendido pa-ra incluir qualquer estrutura que é parte de um dispositivo de administração intrave-nosa que é capaz de realizar uma conexão com um dispositivo intravenoso secundá-rio. Exemplos não limitativos de conectores, de acordo com a presente invenção, incluem conectores sem agulha, conectores Luer macho, conectores Luer fêmea, válvulas de porta lateral, válvulas de porta-y, válvulas de portas e outras estruturas semelhantes.

[028] Com referência agora à Figura 1, um plugue antimicrobiano 10 é mos-trado. O plugue antimicrobiano 10 compreende, geralmente, um material de polímero que é seguro para uso com o fluido e os produtos químicos comuns em procedimen-tos de infusão. Por exemplo, em alguns casos, a cápsula 10 compreende um material de policloreto de vinila. A cápsula 10 compreende uma abertura 12 que tem um diâmetro suficiente para receber um conector 30. Em alguns casos, o conector 30 compreende uma superfície positiva que pode ser inserida através da abertura 12 da cápsula 10. Por exemplo, em alguns casos, o conector 30 compreende um conector Luer macho. Em outros casos, o conector 30 compreende uma ponta da seringa. Além disso, em alguns casos, o conector 30 compreende uma porta lateral ou porta- y de um adaptador de cateter. Em outros casos o conector 30 compreende um adap-tador de cateter, uma seção de tubos de IV, ou de um cateter.

[029] Em algumas modalidades, a cápsula 10 recebe o conector 30 através de uma conexão rosqueada. Por exemplo, em alguns casos, a cápsula 10 compre-ende um conjunto de roscas internas ou externas que são engatadas por rosquea- mento por um conjunto complementar de roscas localizadas no conector. Em outros casos, a cápsula 10 recebe o conector 30 através de um ajuste de interferência ou fricção.

[030] A cápsula antimicrobiana 10 compreende, ainda, uma superfície inter-na 14 que define um volume suficiente para receber o conector 30. A superfície in-terna 14 é geralmente tubular, no entanto, em alguns casos, a superfície interna 14 se afunila para no interior da abertura 12 para a base da cápsula 16. A superfície interna 14 pode incluir qualquer geometria ou forma como pode ser desejado.

[031] O volume da cápsula 10 compreende o espaço interno da cápsula 10 que se estende desde a abertura 12 para a base 16. O volume é geralmente seleci-onado para admitir a colocação do conector 30 no interior da cápsula 10 com a fina-lidade de manter a cápsula 10 em uma condição antisséptica. Como consequência, a cápsula antimicrobiana 10 compreende, ainda, uma quantidade de material antimi- crobiano 20 aplicado à superfície interna 14. O material antimicrobiano 20 pode compreender qualquer tipo ou forma de material antimicrobiano que seja seguro pa-ra uso em conformidade com os ensinamentos da presente invenção. Por exemplo, em alguns casos, o material antimicrobiano 20 é selecionado de um grupo que con-siste em diacetato de cloro-hexidina, gluconato de cloro-hexidina, alexidina, sulfadiazina de prata, acetato de prata, hidrato de citrato de prata, cetrimida, cloreto de cetil piridínio, cloreto de benzalcônio, o-ftalaldeído e elemento de prata.

[032] Em algumas modalidades, o material antimicrobiano 20 compreende um revestimento seco e não aderente que é aplicado à superfície interna 14 através de um método conhecido. Por exemplo, em algumas modalidades, o material antimi- crobiano 20 é aplicado à superfície interna 14 através de pulverização, imersão ou pincelagem. Em outros casos, o material antimicrobiano 20 compreende uma matriz de polímero de cura por UV, em que um agente antimicrobiano é uniformemente disperso. O agente antimicrobiano não é quimicamente ligado à matriz do polímero e, portanto, é capaz de ser eluído para fora da matriz quando a matriz é exposta a, ou molhada por um fluido residual.

[033] Quando a cápsula 10 é colocada no conector 30, o conector 30 reduz o volume da cápsula 10. Uma vez presos juntos, o conector 30 e a cápsula antimicro- biana 10 formam um volume fechado entre os dispositivos interconectados. Após a exposição a um fluido residual 32 do conector 30, o material antimicrobiano seco e não aderente 20 é rapidamente dissolvido pelo fluido residual 32, formando, assim, uma solução antimicrobiana com o fluido residual 32 no interior do volume fechado, como mostrado na Figura 2. A solução antimicrobiana é contida no interior do volu-me fechado que é exposto a todas as superfícies do adaptador sem agulha 30 e da superfície interna 14 posicionada no interior do volume fechado.

[034] Como discutido acima, em alguns casos, o material antimicrobiano 20 compreende um material de polímero hidrofílico curado por UV, que forma uma ma-triz que compreende uma pluralidade de interstícios microscópicos, em que um agente antimicrobiano é uniformemente disperso (não mostrado). Após a exposição ao fluido residual 32, a matriz de polímero é amolecida e penetrada pelo fluido resi-dual. O agente antimicrobiano no interior da matriz de polímero é eluído para fora da matriz e para o fluido residual para formar uma solução antimicrobiana tendo uma concentração final desejada no interior do volume fechado. Exemplos de materiais poliméricos adequados são fornecidos no pedido de patente dos Estados Unidos n°s. 12/397.760, 11/829.010, 12/476.997, 12/490.235, e 12/831.880, cada um das quais estando aqui incorporados na sua totalidade.

[035] De um modo geral, uma quantidade ou montante de material antimi- crobiano 20 é aplicada à superfície interna, de modo que ao ser dissolvida em fluido residual 32 no interior do volume fechado, uma solução antimicrobiana é fornecida com uma concentração mínima necessária para ter eficácia antimicrobiana suficiente no interior do volume fechado. Em alguns casos, uma quantidade predeterminada ou quantidade de material antimicrobiano 20 é aplicada à superfície interna 14 para fornecer uma concentração final de cerca de 0,005% em peso de cerca de 25% em peso. Assim, a quantidade ou montante de material antimicrobiano 20 é determinada com base no volume fechado calculado da cápsula antimicrobiana 10 e do conector 30.

[036] Por exemplo, se o volume de cápsula antimicrobiana 10 é 1 cm3, e o volume da porção do conector 30 que é inserido na cápsula 10 é de 0,75 cm3, então, o volume fechado calculado da cápsula antimicrobiana 10 é de 0,25 cm3. Assim, o volume máximo possível de fluido residual 32 no interior do volume fechado é de 0,25 cm3. Como consequência, para conseguir uma concentração final desejada de material antimicrobiano no interior da solução antimicrobiana a partir de aproxima-damente 0,005% em peso a aproximadamente 25% em peso (no interior do volume fechado), aproximadamente 12,6 μg a aproximadamente 83,3 mg de material antimi- crobiano 20 vai precisar ser aplicado sobre a superfície interna 14.

[037] O fluido residual 32 pode compreender qualquer fluido ou combinação de fluidos comuns para procedimentos de terapia de infusão. Por exemplo, em al-gumas modalidades o fluido residual 32 compreende sangue, um medicamento, água, solução salina, urina, ou combinações dos mesmos. Em alguns casos, um resíduo de fluido 32 vaza para a cápsula antimicrobiana 10 após o conector 30 ter sido inserido na cápsula 10. Em outro caso, um fluido residual 32 está presente no conector 30 antes de ser inserido na cápsula 10. Além disso, em alguns casos, um fluido residual 32 está presente na cápsula antimicrobiana 10 antes do conector 30 ser inserido na mesma.

[038] Após uso da cápsula antimicrobiana 10, a cápsula 10 é removida do conector 30 e é descartada. Em alguns casos, a cápsula antimicrobiana 10 é reutilizada várias vezes antes de ser descartada. Por exemplo, em alguns casos, a cápsula 10 é aplicada ao conector 30 após o conector 30 ser removido de um conector separado (não mostrado). Antes de reconectar o conector 30 ao conector separado, a cápsula antimicrobiana 10 é novamente removida do conector 30, e reaplicada após a remoção do conector 30 do conector separado.

[039] Em alguns casos, o exterior 18 da cápsula antimicrobiana 10 compre-ende, ainda, um grampo 40 tendo uma superfície 42 para receber, pelo menos, um dentre uma linha de IV e um suporte de IV para manter a posição desejada da cáp-sula antimicrobiana 10, como mostrado nas Figuras 3A-3C. Em alguns casos, o grampo 40 compreende um par de braços opostos que formam uma abertura 44 tendo um diâmetro suficiente para receber o diâmetro externo de uma seção dos tubos de IV 50, como mostrado na Figura 3B. Em outros casos, o grampo 40 com-preende um gancho único 60 tendo uma superfície de gancho para receber de modo compatível um suporte de IV 52, como mostrado na Figura 3C. Assim, em algumas modalidades, a cápsula antimicrobiana 10 está acoplada a um conector 30 e, em seguida, é acoplada a uma seção de tubos IV 50 ou um suporte de IV 52 através do grampo 40 para evitar o contato indesejado com um chão ou outra superfície indese-jável.

[040] Com referência agora à Figura 4, a presente invenção compreende, ainda, vários dispositivos para armazenamento e dispensação da cápsula antimicro- biana 10. Por exemplo, em alguns casos, uma tira descartável 70 é fornecida com uma superfície alongada 72 na qual a base 16 das superfícies de várias cápsulas 10 é temporariamente aderida com um adesivo fraco, como mostrado na Figura 4A. Uma vez que o material antimicrobiano 20 é fornecido em uma forma seca, as aberturas 12 podem ser orientadas para fora a partir da superfície 72 sem a necessidade de uma cobertura de folha metálica ou de polímero. A tira 70 compreende, ainda, um orifício 74 destinado a receber uma porção de gancho de um suporte de IV, segundo o qual a tira de suspensão 70 em uma localização conveniente para um clínico.

[041] Em outros casos, as superfícies externas 18 das cápsulas antimicrobi- anas 10 são afuniladas para dentro a partir abertura 12 para a base 16, em que o diâmetro da base 16 é menor do que o diâmetro da abertura 12, como mostrado na Figura 4B. Assim, a base 16 pode ser encaixada na abertura 12 de uma cápsula ad-jacente 10 por ajuste de interferência, para formar uma configuração empilhada. Mais uma vez, a forma seca do material antimicrobiano 20 não requer uma cobertura de folha metálica ou de polímero para as aberturas 12, permitindo, desse modo, a configuração empilhada para fins de dispensação e armazenamento.

[042] Além disso, em alguns casos, uma caixa 80 é fornecida com superfícies opostas 82 em que as superfícies de base 16 de várias cápsulas 10 são tempo-rariamente aderidas com um adesivo fraco, como mostrado na Figura 4C. Uma vez que o material antimicrobiano 20 é fornecido em uma forma seca, aberturas 12 po-dem ser orientadas para fora das superfícies 82 sem a necessidade de revestimentos para a abertura 12. A caixa 80 compreende, ainda, um orifício 84 concebido para receber uma porção de gancho 54 de um suporte de IV, em que se suspende a caixa 80 em uma localização conveniente para um clínico. A caixa 80 compreende, ainda, um grampo 40 tendo uma superfície 42 e uma abertura 44 para receber uma seção de tubos de IV.

[043] Com referência agora em geral às Figuras 5-11C, em alguns casos, a cápsula antimicrobiana 100 é articuladamente acoplada a um adaptador de cateter 120 e configurada para fornecer uma barreira física para um conector que compre-ende uma abertura lateral 130. Embora mostrada como sendo integradas de forma articulada em um adaptador de cateter, as características da cápsula antimicrobiana 100 discutidas em conexão com estas modalidades podem ser implementadas em qualquer estilo ou forma de cápsula antimicrobiana configurada para receber qual- quer tipo ou estilo de conector.

[044] Com referência específica às Figuras 5A e 5B, em alguns casos, a cápsula antimicrobiana 100 compreende uma abertura 102 que tem um diâmetro suficiente para receber a porta lateral 130. A cápsula 100 compreende, ainda, uma superfície interna 104 que define um volume suficiente para receber a porta lateral 130.

[045] A porta lateral 130 compreende uma abertura ou passagem 132, um volume interno 134, e uma parte inferior 136. Em alguns casos, o volume interno 134 pode compreender, ainda, uma geometria interna exclusiva, como discutido abaixo. A porta lateral 130 compreende, ainda, uma válvula de porta 138 que forma uma vedação que pode ser vencida entre a porta lateral 130 e um lúmen interno do adap-tador de cateter 120. Após a injeção de um fluido para o interior da porta lateral 130, a válvula de porta 138 é temporariamente vencida para quebrar o selo e permitir que o fluido injetado contorne a válvula de porta 138 e entra no lúmen interior do adaptador de cateter 120. Após à injeção, uma pequena alíquota do fluido residual é tipi-camente deixada no volume interno 134, e pode ser suscetível a contaminação mi-crobiana. Este fluido residual normalmente se agrupa e se reúne na parte inferior 136 da abertura lateral 130 e entra em contato com a superfície externa da válvula de porta 138. Contudo, maiores volumes do fluido residual podem entrar em contato com superfícies adicionais do volume interno 134, e podem até encher ou substan-cialmente encher o volume interno 134.

[046] A cápsula antimicrobiana 100 compreende, ainda, um plugue antimi- crobiano 110. O plugue antimicrobiano 110 compreende geralmente um material an- timicrobiano ou de revestimento que é facilmente dissolvido ou quando eluído quan-do o plugue 110 entra em contato com um fluido residual no volume interno 134. Em alguns casos, o plugue 110 antimicrobiano compreende um material hidrofílico cura-do por UV, em que é eventualmente disperso um agente antimicrobiano, tal como descrito acima. Em outros casos, o plugue 110 é composto de um material antimi- crobiano sólido. Em outros casos, o plugue 110 compreende um tubo de polímero tendo um revestimento antimicrobiano.

[047] O plugue antimicrobiano 110 pode compreender qualquer forma ou configuração que seja compatível com os ensinamentos da presente invenção. Por exemplo, em alguns casos, o plugue 110 compreende uma forma tubular. Em outros casos, o plugue 110 compreende uma haste. Além disso, em alguns casos, o plugue antimicrobiano 110 compreende uma forma ou modelo não linear, como mostrado e explicado em conexão com as Figuras 8B-9, abaixo.

[048] O plugue antimicrobiano 110 compreende uma extremidade proximal 112 que é fixo à base 106 da cápsula 100, e compreende, ainda, uma extremidade distal 114 que se prolonga para fora a partir da base 106. O plugue 110 compreende um comprimento e um diâmetro suficiente para ser inserido através da abertura 132 e posicionado no interior do volume interno 134 de modo que extremidade distal 114 esteja posicionada na proximidade com a parte inferior 136 quando a cápsula 100 é acoplada à porta lateral 130, como mostrado na Figura 5B.

[049] O comprimento e o diâmetro do plugue 110 é selecionado para maxi-mizar a área da superfície do plugue 110 sem comprometer a capacidade da cápsula 100 para ser fechada de modo articulado ao longo da porta lateral 130. Em alguns casos, o plugue 110 compreende um diâmetro externo de aproximadamente 0,076 polegadas e uma altura funcional de aproximadamente 0,338 polegadas.

[050] Em alguns casos, pode ser desejável aumentar a área da superfície do plugue antimicrobiano 110, enquanto ainda mantendo a funcionalidade da conexão articulada. Como consequência, em algumas modalidades, o plugue antimicrobiano 110 é curvo, como mostrado nas Figuras 6A e 6B. A configuração curva do plugue 110 aumenta o comprimento total do plugue 110 e ainda impede o contato entre a extremidade distal 114 e a abertura 132 mediante o fechamento da cápsula 100 de modo articulado sobre a porta lateral 130. Deste modo, a área de superfície total do plugue 110 é aumentada, sem perturbar a função normal da cápsula articulada.

[051] Em outros casos, a extremidade distal 114 compreende, ainda, um dis-co 116 que tem um diâmetro maior que é ligeiramente menor do que o diâmetro da parte inferior 136, conforme mostrado nas Figuras 7A e 7B. O disco 116 aumenta a área de superfície total do plugue 110, sem perturbar a função normal da cápsula articulada. Em alguns exemplos, o disco 116 é posicionado dentro da parte inferior 136 quando a cápsula 100 é encaixada na porta lateral 130. Deste modo, a área de superfície aumentada do disco 116 é posicionada no interior do local do volume in-terno 134, que é mais provável de conter o líquido residual. Em alguns casos, o pro-cesso de avanço do disco 116 na parte inferior 136 desloca o fluido residual da parte inferior 136, pelo que a maior parte do espaço na parte inferior 136 é ocupada pelo disco antimicrobiano 116.

[052] Em algumas modalidades, o volume interno 134 compreende uma ge-ometria interna exclusiva 140 que tem várias superfícies, como mostrado na Figura 8. Os efeitos antimicrobianos máximos podem, assim, ser obtidos por conformação da extremidade distal 114 para ter a mesma geometria que a geometria interna 140. Assim, extremidade distal 114 atinge o máximo contato de superfície com a geometria interna 140, desse modo, conferindo efeito antimicrobiano máximo ao volume interno 134.

[053] Algumas implementações da presente invenção compreendem, ainda, uma cápsula 200 que tem um orifício 220 na base da capsula 216, como mostrado nas Figuras 9A e 9B. O orifício 220 compreende um diâmetro configurado para rece-ber um plugue antimicrobiano removível e/ou descartável 210. O plugue 210 com-preende materiais e características semelhantes às dos outros componentes e dis-positivos antimicrobianos anteriormente descritos neste documento.

[054] A cápsula 200 é montada através da inserção da extremidade distal 214 para dentro e através do orifício 220 até que a extremidade proximal 212 esteja totalmente encaixada no recesso 217 da base 216, como mostrado na Figura 9B. Em alguns casos, a porção de eixo do plugue antimicrobiano 210 compreende um diâmetro que é ligeiramente maior do que o diâmetro do orifício 220 facilitando, desse modo, um ajuste de interferência à prova de fluido, entre os dois componentes. O plugue antimicrobiano 210 pode subsequentemente ser removido da cápsula 200 e substituído por um novo plugue uma vez que as propriedades antimicrobianas no plugue inicial 210 estão esgotadas. Em outros casos, o plugue antimicrobiano 210 é substituído com uma frequência controlada para manter os efeitos antimicrobianos.

[055] Em algumas modalidades, vários plugues antimicrobianos são forneci-dos a partir do qual um usuário pode selecionar e inserir no orifício 220. Por exemplo, em alguns casos, um certo número de plugues é fornecido, em que cada plugue compreende um agente antimicrobiano único ou diferente. O plugue antimicrobiano 210 pode também compreender várias formas não lineares, como uma forma em espiral ou forma ondulada, como demonstrado nas Figuras 9C e 9D. Essas formas aumentam a área de superfície total do plugue 210, sem perturbar a função normal da cápsula 200, como discutido anteriormente.

[056] Algumas implementações da presente invenção compreendem, ainda, uma cápsula 300 que compreende uma superfície de base 316 na qual é fornecido um material antimicrobiano desidratado 380, como mostrado na Figura 10A. O mate-rial antimicrobiano desidratado 380 compreende um material que incha e cresce quando exposto a fluidos residuais localizados no interior do volume interno da porta lateral 130. Por exemplo, em alguns casos, o material antimicrobiano desidratado 380 compreende um material de esponja de não tecido de célula aberta. Em outros casos, o material antimicrobiano desidratado 380 compreende um hidrogel.

[057] O material 380 compreende, ainda, um agente antimicrobiano 320, ou um revestimento antimicrobiano que compreende um agente antimicrobiano que é dissolvido ou eluído quando o material 380 é exposto ao líquido residual 32, desse modo, inchando ou sofrendo um crescimento expansivo, como mostrado na Figura 10B. Em alguns casos, o material 380 retoma a sua conformação original após a remoção do líquido residual 32. Em outros casos, uma mudança no tamanho do ma-terial 380 indica a presença de fluido residual 32, alertando, assim, um clínico para substituir a cápsula 300 com uma nova cápsula.

[058] Além disso, em alguns casos, a superfície interna 404 da cápsula 400 compreende um lubrificante antimicrobiano 450, como mostrado nas Figuras 11A- 11C. O lubrificante antimicrobiano 450 compreende um gel ou lubrificante viscoso ou semiviscoso tendo um agente antimicrobiano que mata micro-organismos que en-tram em contato com o lubrificante 450. Em alguns casos, o lubrificante antimicrobi- ano 450 compreende uma mistura de acetato de clorexidina ou gluconato de clorexi- dina e silicone.

[059] Uma porção do lubrificante antimicrobiano 450 é transferida para as superfícies externa e interna da porta lateral 130 à medida que a cápsula 400 é co-locada na porta lateral 130, como mostrado na Figura 11B. Após a remoção da cáp-sula 400 da porta lateral 130, o lubrificante antimicrobiano residual 450 permanece nas superfícies internas da cápsula 400, e nas superfícies internas e externas da porta lateral 130, conforme mostrado na Figura 11C.

[060] Um versado na técnica irá apreciar que as várias outras modalidades da presente invenção podem igualmente ser revestidas com um lubrificante antimi- crobiano, assim, adicionando ainda mais um efeito de desinfecção mediante o conta-to com o dispositivo. Assim, as características das várias modalidades da presente invenção podem ser indiferentemente aplicadas para fornecer uma ampla variedade de cápsulas antimicrobianas e outros dispositivos.

[061] Várias modalidades da presente invenção podem ser fabricadas de acordo com métodos e procedimentos conhecidos. Em alguns casos, um componen- te antimicrobiano compreende um material antimicrobiano. Em outros casos, um componente antimicrobiano é extrudido ou moldado de materiais de polímero de ba-se que possuem boa força de ligação a um material ou agente antimicrobiano, tal como policarbonato, copoliéster, ABS, PVC e poliuretano. A estrutura do polímero de base pode ser revestida com um material antimicrobiano à base de adesivo, que po-de ter características de eluição. Em alguns casos, a topologia e as dimensões da estrutura de polímero de base são otimizadas para a eficácia de microbiologia, perfis de eluição duradouros e limitações da geometria de montagem.

[062] Vários componentes antimicrobianos da presente invenção podem ser fundidos ou moldados diretamente do material antimicrobiano. Em alguns casos, o componente antimicrobiano é fundido em plástico e subsequentemente revestido com um material antimicrobiano. Em algumas modalidades, um componente antimi- crobiano é cultivado diretamente sobre um outro componente do dispositivo. Por exemplo, em alguns casos, um plugue antimicrobiano é produzido diretamente a par-tir da superfície interna ou da base da cápsula. Isto é realizado primeiramente colo-cando uma luva descascadora na superfície da base da cápsula. O material antimi- crobiano é depositado no interior do lúmen formado pela luva. Depois de cura com-pleta, a luva é descascada, revelando, deste modo, o plugue sobre a superfície da base da cápsula.

[063] Em outros casos, os vários componentes do dispositivo são reunidos por meio de um adesivo ou epóxi. Por exemplo, em alguns casos, um plugue antimi- crobiano é inicialmente fundido ou moldado, e, em seguida, revestido com um reves-timento ou material antimicrobiano. O plugue revestido é então aderido à superfície da base da cápsula por um epóxi. Para os plugues antimicrobianos de extremidade de disco, o disco e a haste ou tubo podem ser moldados como uma peça inteira, ou podem ser revestidos ou moldados separadamente e posteriormente aderidos entre si.

[064] Os componentes e os revestimentos antimicrobianos da presente in-venção podem ser constituídos por um ou vários agentes antimicrobianos em uma matriz de polímero. A matriz de polímero pode ser à base de adesivo, com uma pre-ferência para adesivos à base de acrilato ou cianoacrilato para uma boa força de ligação e rápidas taxas de eluição. Os solventes podem ser adicionados para au-mentar a adesão. Exemplos não limitativos de composições de materiais antimicro- bianos adequados são fornecidos nos Pedidos de Patente Publicados dos Estados Unidos n°s 2010/0137472 e 2010/0135949, cada um dos quais sendo aqui incorpo-rados por referência na sua totalidade.

[065] A presente invenção pode ser concretizada em outras formas específi-cas sem se distanciar do seu espírito ou características essenciais. As modalidades descritas devem ser consideradas em todos os aspectos apenas como ilustrativas e não restritivas. O escopo da invenção é, portanto, indicado pelas reivindicações anexas e não pela descrição anterior. Todas as mudanças que vêm com o significa-do e faixa de equivalência das reivindicações devem ser abrangidas pelo seu esco-po.

Claims (8)

1. Dispositivo de cápsula antimicrobiana (100), compreendendo: uma abertura tendo um diâmetro suficiente para receber um conector (30) tendo uma abertura, uma geometria interna, e uma parte inferior; uma superfície interna que define um volume suficiente para receber o conector (30); e um plugue antimicrobiano (110) tendo uma extremidade proximal (112) fixa a uma base (106) da cápsula antimicrobiana (100), e uma extremidade distal (114) que se estende para fora da mesma, o plugue antimicrobiano (110) tendo um comprimento e um diâmetro configurados para ser inserido através da abertura (132) do conector, de modo que a extremidade distal (114) é posicionada na proximidade da parte inferior do conector (30) quando o conector (30) é inserido na cápsula antimicrobiana (100), CARACT ERIZADO pelo fato de que o plugue antimicrobiano (110) ser curvado de tal maneira que a configuração curva aumenta o comprimento total do plugue (110) e ainda evita o contato entre a extremidade distal (114) e a abertura (132) ao fechar a cápsula.

2. Dispositivo (100), de acordo com a reivindicação 1, CARACT ERIZADO pelo fato de que compreende, ainda, um orifício (220) na base (216) da cápsula antimicrobiana (100), em que a extremidade distal (114) da cápsula antimicrobiana (110) é inserida através do orifício (220) e a extremidade proximal (112) do plugue antimicrobiano (110) veda o orifício.

3. Dispositivo (100), de acordo com a reivindicação 1, CARACT ERIZADO pelo fato de que a extremidade proximal do plugue antimicrobiano (110) é acoplado à superfície interna.

4. Dispositivo (100), de acordo com a reivindicação 1, CARACT ERIZADO pelo fato de que o plugue antimicrobiano (110) compreende, pelo menos, um dentre uma haste e um tubo.

5. Dispositivo (100), de acordo com a reivindicação 1, CARACT ERIZADO pelo fato de que o plugue antimicrobiano (110) compreende um material antimicrobiano (380).

6. Dispositivo (100), de acordo com a reivindicação 1, CARACT ERIZADO pelo fato de que o plugue antimicrobiano (110) compreende uma matriz de polímero em que é uniformemente disperso um agente antimicrobiano (320).

7. Dispositivo (100), de acordo com a reivindicação 6, CARACT ERIZADO pelo fato de que o agente antimicrobiano (320) é eluído a partir da matriz de polímero quando o plugue antimicrobiano (110) entra em contato com um fluido.

8. Dispositivo (100), de acordo com a reivindicação 1, CARACT ERIZADO pelo fato de que o plugue antimicrobiano (110) é revestido com um revestimento antimicrobiano que contém um agente antimicrobiano (320) selecionado a partir do grupo que consiste em diacetato de cloro-hexidina, gluconato de cloro-hexidina, alexidina, sulfadiazina de prata, acetato de prata, hidrato de citrato de prata, cetrimida, cloreto de cetil piridínio, cloreto de benzalcônio, o-ftalaldeído e elemento de prata.

Images