BR112013009059B1

BR112013009059B1 - dispositivo de acesso cirúrgico

Info

Publication number: BR112013009059B1
Application number: BR112013009059-6A
Authority: BR
Inventors: Patrick J. Minnelli; Kevin M. Montgomery
Original assignee: Ethicon Endo-Surgery, Inc.
Priority date: 2010-10-12
Filing date: 2011-10-12
Publication date: 2020-11-17
Also published as: USD878606S1; CN103249367B; PL2627269T3; EP2627269B1; USD735852S1; CA2814501A1; US20140121465A1; US20110046449A1; CA2814501C; AU2011316659A1; RU2013119987A; AU2011316659B2; RU2582869C2; EP2627269A1; US9827383B2; CN103249367A; US8636686B2; JP2013544555A; WO2012051253A1; BR112013009059A2

Abstract

DISPOSITIVO DE ACESSO CIRÚRGICO. A presente invenção refere-se, de modo geral, a métodos e dispositivos para remover fluido de um instrumento cirúrgico. Os dispositivos de acesso cirúrgico e os sistemas de vedação para criar um sistema fechado entre o ambiente exterior e o ambiente no qual o dispositivo de acesso cirúrgico está sendo inserido. Os dispositivos de sistemas podem também incluir um removedor de fluido na forma de um elemento sorvente, um elemento raspador, um elemento de absorção de efeito capital, ou qualquer combinação dos mesmos que é configurado para remover fluido de um canal operacional do dispositivo ou sistema e/ou de um instrumento cirúrgico inserido através do mesmo.

Description

REFERÊNCIA CRUZADA A PEDIDOS RELACIONADOS

[0001] Este pedido é uma continuação-em-parte do pedido de patente US n° 12/533.590, depositado em 31 de julho de 2009 e intitulado "Surgical Access Devices with Sorbents", que é uma continuação-em-parte de: pedido de patente US n° 12/110.724, depositado em 28 de abril de 2008 e intitulado "Absorbing Fluids in a Surgical Access Device"; pedido de patente US n° 12/110.727, depositado em 28 de abril de 2008 e intitulado "Scraping Fluid Removal in a Surgical Access Device"; pedido de patente US n° 12/110.742, depositado em 28 de abril de 2008 e intitulado "Wicking Fluid Management in a Surgical Access Device" e pedido de patente US n° 12/110.755, depositado em 28 de abril de 2008 e intitulado "Fluid Removal in a Surgical Access Device", todos os quais estão aqui incorporados, a título de referência, em sua totalidade.

CAMPO DA INVENÇÃO

[0002] A presente invenção refere-se a métodos e dispositivos para realizar procedimentos cirúrgicos e, em particular, a métodos e dispositivos para manter a visibilidade durante procedimentos cirúrgicos.

ANTECEDENTES DA INVENÇÃO

[0003] Durante a cirurgia laparoscópica, uma ou mais pequenas incisões são formadas no abdômen e um trocarte é inserido através da incisão para formar uma rota que fornece acesso à cavidade abdominal. O trocarte é usado para introduzir vários instrumentos e ferramentas na cavidade abdominal, assim como para proporcionar insuflação a fim de elevar a parede abdominal acima dos órgãos. Durante tais procedimentos, um dispositivo de visualização, como um endoscópio ou laparoscópio, é inserido através de um dos trocartespara permitir que um cirurgião veja o campo de operação em um monitor externo acoplado ao dispositivo de visualização.

[0004] Os dispositivos de visualização são comumente inseridos e removidos através de um trocarte várias vezes durante um único procedimento cirúrgico, e durante cada inserção e cada remoção eles podem encontrar fluido que pode aderir à lente dos dispositivos e total ou parcialmente impedir a visibilidade através da lente. Além disso, um dispositivo pode puxar fluido de dentro para fora do corpo dos pacientes e para dentro do trocarte, onde o fluido pode ser depositado até o dispositivo ou outro instrumento ser reinserido através do trocarte. Na reinserção, o fluido pode aderir à lente dos dispositivos. A lente dos dispositivos precisa, portanto, ser limpa para restaurar a visibilidade, comumente várias vezes durante um único procedimento cirúrgico. Com acesso limitado a apenas um dispositivo no corpo, cada limpeza de lente pode exigir a remoção do dispositivo do corpo, limpeza do fluido da lente do dispositivo, e reintrodução do dispositivo no corpo. Tal limpeza da lente é um procedimento demorado que também aumenta as chances de complicações e contaminação através da repetida inserção e remoção do dispositivo.

[0005] Consequentemente, existe uma necessidade por métodos e dispositivos para manter uma visibilidade límpida através de uma lente de um dispositivo de visualização durante um procedimento cirúrgico.

SUMÁRIO DA INVENÇÃO

[0006] A presente invenção em geral fornece métodos e dispositivos para evitar o depósito de fluido em e/ou para remover fluido de um instrumento cirúrgico. Em uma modalidade, um dispositivo de acesso cirúrgico é fornecido e pode incluir um compartimento que define um canal operacional dimensionado e configurado para receber um instrumento cirúrgico. Uma porta de insuflação pode ser formada no compartimento e pode ser configuradapara distribuir um gás de insuflação para o canal operacional. Adicionalmente, uma vedação pode ser disposta no interior do compartimento e pode ser posicionada proximal à porta de insuflação. Em algumas modalidades, a vedação pode ser configurada para receber um instrumento cirúrgico que atravessou o canal operacional.

[0007] Um removedor de fluido pode ser disposto no interior do compartimento e pode ser posicionado distai à porta de insuflação. O removedor de fluido pode ter muitas configurações, por exemplo, o removedor de fluido pode ter um perímetro externo montado no interior do compartimento e uma abertura central configurada para receber instrumentos cirúrgicos através da mesma. Em algumas modalidades, o perímetro externo pode estar em encaixe vedante com o compartimento. O removedor de fluido pode ser configurado para permitir que o gás de insuflação atravesse o mesmo quando um instrumento obstrui a abertura central. O removedor de fluido pode ser, por exemplo, um raspador configurado para raspar fluido dos instrumentos cirúrgicos inseridos através da abertura central.

[0008] Em algumas modalidades, o raspador pode incluir um elemento de absorção por capilaridade formado nisso e configurado para absorver por capilaridade fluido para longe da abertura central no raspador. O elemento de absorção por capilaridade pode ter muitas configurações diferentes, por exemplo, o elemento de absorção por capilaridade pode estar sob a forma de uma pluralidade de canaletas formadas em uma superfície distal do raspador e estendendo-se radialmente para fora da abertura central de tal modo que o fluido raspado de um instrumento cirúrgico possa fluir para os canais. O removedor de fluido também pode incluir um sorvente disposto distai ao raspador e configurado para receber fluido raspado pelo raspador. Em uma modalidade, o removedor de fluido pode incluir um orifício formado nisso e posicionado a uma distância da abertura central e doperímetro externo. O orifício pode ser configurado para permitir que o gás de insuflação atravesse o mesmo.

[0009] Conforme será compreendido pelo indivíduo de habilidade comum na técnica, o compartimento pode ter muitas configurações. Em uma modalidade, o compartimento pode incluir uma porção de compartimento proximal e uma porção de compartimento distai que tem uma cânula estendendo-se de modo distai disso. As porções de compartimento proximal e distai podem ser dispostas ao redor de um retentor interno, e o canal operacional pode se estender através do retentor interno e da cânula. O perímetro externo do removedor de fluido pode estar em encaixe vedante com o retentor interno e a porção de compartimento distai. Em algumas modalidades, a vedação pode ser capturada entre o retentor interno e a porção de compartimento proximal.

[00010] A cânula distai pode incluir uma superfície distai angulada que tem um ponto mais distal e um ponto mais proximal. Em algumas modalidades, o ponto mais distal pode estar alinhado à porta de insuflação, embora possa ter qualquer orientação angular conforme for desejado. O dispositivo de acesso cirúrgico também pode incluir pelo menos uma abertura formada em uma parede externa do compartimento que pode estar configurada para receber uma sutura.

[00011] Em outros aspectos, um dispositivo de acesso cirúrgico é fornecido e pode incluir um compartimento e uma cânula estendendo- se de modo distal do compartimento. O compartimento e a cânula podem ter um canal operacional estendendo-se através disso entre uma abertura proximal formada em uma extremidade proximal do compartimento e uma extremidade distai da cânula. O canal operacional pode ser dimensionado e configurado para receber um instrumento cirúrgico. Uma porta de insuflação pode ser acoplada ao compartimento e configurada para receber e distribuir um gás deinsuflação para o canal operacional. Adicionalmente, uma vedação pode ser disposta no interior do compartimento e configurada para evitar substancialmente a passagem de um gás de insuflação da porta de insuflação para a abertura proximal quando nenhum instrumento cirúrgico é disposto através disso.

[00012] Em algumas modalidades, um removedor de fluido pode ser disposto no interior do compartimento e pode ser posicionado distai à vedação. O removedor de fluido pode ter um perímetro externo em encaixe vedante com o compartimento. O removedor de fluido também pode ter uma abertura central formada através do mesmo posicionada para receber um instrumento cirúrgico que atravessou o canal operacional. Adicionalmente, o removedor de fluido pode incluir um orifício formado nisso entre a abertura central e o perímetro externo que está configurado para permitir que o gás de insuflação passe da porta de insuflação para a cânula quando um instrumento está disposto através e obstrui a abertura central no removedor de fluido.

[00013] Embora o removedor de fluido possa ter muitas configurações, em uma modalidade, o removedor de fluido pode ser um raspador configurado para raspar fluido de um instrumento cirúrgico que atravessou a abertura. O dispositivo de acesso cirúrgico também pode incluir um sorvente disposto no interior do compartimento em um local distai ao raspador. O sorvente pode ser configurado sorver fluido removido pelo raspador. Em algumas modalidades, o dispositivo de acesso cirúrgico pode incluir, adicionalmente, um elemento de absorção por capilaridade formado no raspador e configurado para absorver por capilaridade fluido da abertura central no raspador. O sorvente pode ter, por exemplo, uma abertura central formada através do mesmo e pode estar axialmente alinhado à abertura central no raspador. Em uma modalidade, aabertura central no sorvente pode ter um diâmetro superior a um diâmetro da abertura central no raspador. A porta de insuflação pode ser posicionada em qualquer local no interior do compartimento, por exemplo, a porta de insuflação pode ser posicionada proximal ao removedor de fluido.

[00014] Embora o compartimento possa ter muitas configurações, em uma modalidade, o compartimento pode incluir uma porção de compartimento proximal e uma porção de compartimento distai disposta ao redor de um retentor interno. O canal operacional pode se estender através do retentor interno, e o perímetro externo do removedor de fluido pode estar em encaixe vedante com o retentor interno. A abertura proximal pode ser formada no compartimento proximal. Em algumas modalidades, o retentor interno pode ser capturado entre as porções de compartimento proximal e distai.

[00015] Em aspectos adicionais, são apresentados, também, métodos. Por exemplo, um método para remover fluido de um dispositivo de acesso cirúrgico é fornecido e pode incluir inserir um dispositivo de acesso cirúrgico através do tecido de tal modo que o dispositivo de acesso cirúrgico forneça um canal operacional estendendo-se através do tecido e para uma cavidade corpórea. Adicionalmente, um instrumento cirúrgico pode ser inserido através do canal operacional do dispositivo de acesso cirúrgico de tal modo que uma abertura central formada em um raspador disposto no interior do canal operacional engate a uma circunferência do instrumento cirúrgico. O método pode, adicionalmente, incluir distribuir um gás de insuflação através de uma porta de insuflação no dispositivo de acesso cirúrgico para insuflar a cavidade corpórea. O gás de insuflação pode atravessar um orifício formado no raspador.

[00016] Em algumas modalidades, inserir um instrumento cirúrgico através do canal operacional de um dispositivo de acesso cirúrgicopode incluir inserir um instrumento cirúrgico através de uma vedação em um canal operacional de um dispositivo de acesso cirúrgico que se estende para uma cavidade corpórea. A vedação pode mover-se de uma posição fechada na qual o canal operacional está vedado para uma posição aberta enquanto o instrumento cirúrgico atravessa o mesmo. Adicionalmente, um removedor de fluido disposto distai à vedação pode raspar fluido do instrumento cirúrgico e inverter de maneira proximal para transferir o fluido para longe do instrumento cirúrgico. O fluido raspado pelo raspador pode ser transferido para um sorve nte.

[00017] Em outros aspectos, um método para processar novamente um dispositivo de acesso cirúrgico é fornecido e inclui remover um raspador de um dispositivo de acesso cirúrgico, limpar o raspador, tratar uma superfície do raspador com um tensoativo, e substituir o raspador no dispositivo de acesso cirúrgico. Em algumas modalidades, o tensoativo pode ser dodecil benzeno sulfonato de sódio ou dodecil sulfato de sódio. Em outras modalidades, o raspador pode ser formado de um material hidrofóbico como um poliisopreno.

[00018] Ainda em aspectos adicionais, um método para processar novamente um dispositivo de acesso cirúrgico é fornecido e inclui remover um primeiro sorvente de um dispositivo de acesso cirúrgico, tratar um segundo sorvente com um tensoativo, e substituir o primeiro sorvente pelo segundo sorvente no dispositivo de acesso cirúrgico. Em algumas modalidades, o tensoativo pode ser dodecil benzeno sulfonato de sódio ou dodecil sulfato de sódio.

[00019] Em um outro aspecto, um removedor de fluido para uso em um dispositivo de acesso cirúrgico é fornecido e pode incluir um compartimento que define um canal operacional dimensionado para receber um instrumento cirúrgico, uma porta de insuflação disposta no compartimento, e uma vedação disposta proximal à porta deinsuflação. Em algumas modalidades, o removedor de fluido pode incluir um membro de remoção de fluido que tem um perímetro externo e uma abertura central formada nisso para receber e vedar ao redor de um dispositivo de acesso cirúrgico. O membro de remoção de fluido também pode ter um orifício disposto radialmente para fora da abertura central e radialmente para dentro do perímetro externo e pode ser configurado para permitir que o gás de insuflação passe através do mesmo.

BREVE DESCRIÇÃO DOS DESENHOS

[00020] A invenção será compreendida mais completamente a partir da descrição detalhada a seguir, tomada em conjunto com os desenhos anexos, em que:

[00021] A figura 1A é uma vista em perspectiva de uma modalidade de um trocarte;

[00022] A figura 1B é uma vista explodida do trocarte da figura 1 A;

[00023] A figura 1C é uma vista em seção transversal de uma porção do trocarte da figura 1A;

[00024] A figura 1D é uma vista em perspectiva inferior de um conjunto de vedação de instrumento para uso com o trocarte da figura 1A;

[00025] A figura 1E é uma vista explodida do conjunto de vedação do instrumento da figura 1D;

[00026] A figura 1F é uma vista em perspectiva de uma vedação de canaleta do trocarte da figura 1A;

[00027] A figura 1G é uma vista em perspectiva inferior de uma modalidade de um raspador de um conjunto removedor de fluido para uso com o trocarte da figura 1 A;

[00028] A figura 1H é uma vista em perspectiva de uma modalidade de uma mecha sorvente de um conjunto removedor de fluido para usar com o trocarte da figura 1A;

[00029] A figura 11 é uma vista em perspectiva de um elemento sorvente de um conjunto removedor de fluido para uso com o trocarte da figura 1 A;

[00030] A figura Ué uma vista em perspectiva de uma estrutura para alojamento do elemento sorvente da figura 11;

[00031] A figura 1K é uma vista em perspectiva de uma porção de tampa de um conjunto removedor de fluido para uso com o trocarte da figura 1A;

[00032] A figura 2A é uma vista em seção transversal de uma porção proximal de uma outra modalidade de um trocarte;

[00033] A figura 2B é uma vista explodida do trocarte da figura 2A;

[00034] A figura 3A é uma vista explodida de uma porção de um trocarte que tem um conjunto removedor de fluido de entrada (drop in);

[00035] A figura 3B é uma vista explodida do conjunto removedor de fluido drop-in da figura 3A;

[00036] A figura 3C é uma vista em seção transversal de um trocarte da figura 3A;

[00037] A figura 4A é uma vista explodida de uma modalidade de um conjunto raspador para raspagem de fluido;

[00038] A figura 4B é uma vista em perspectiva inferior do conjunto raspador da figura 4A;

[00039] A figura 4C é uma vista em perspectiva superior do conjunto raspador da figura 4A;

[00040] A figura 5A é uma vista em perspectiva de uma outra modalidade de conjunto removedor de fluido que tem um raspador aninhado dentro de um elemento sorvente;

[00041] A figura 5B é uma vista superior do conjunto removedor de fluido da figura 5A;

[00042] A figura 5C é uma vista em seção transversal do conjunto removedor de fluido da figura 5A disposto dentro de um compartimentode trocarte;

[00043] A figura 6A é uma vista em seção transversal de um trocarte que tem uma modalidade de um raspador para raspar fluido de um instrumento cirúrgico que passa através do mesmo;

[00044] A figura 6B é uma vista em seção transversal de um trocarte que tem uma outra modalidade de um raspador para raspar fluido de um instrumento cirúrgico que passa através do mesmo;

[00045] A figura 6C é uma vista em seção transversal de um trocarte que tem ainda uma outra modalidade de um raspador para raspar fluido de um instrumento cirúrgico que passa através do mesmo;

[00046] A figura 7 é uma vista em seção transversal de uma outra modalidade de um compartimento de trocarte que tem portas de membrana sorventes posicionadas adjacentemente a uma vedação de fechamento zero;

[00047] A figura 8 é uma vista em seção transversal de ainda uma outra modalidade de um compartimento de trocarte que tem dedos de absorção por efeito capilar acoplados a um reservatório sorvente;

[00048] A figura 9 é uma vista em seção transversal de uma modalidade de um compartimento de trocarte que tem um elemento sorvente disposto nele;

[00049] A figura 10A é uma vista em seção transversal de uma modalidade de uma vedação de fechamento zero que tem membros de extensão para a absorção por efeito capilar de fluido;

[00050] A figura 10B é uma vista em perspectiva transparente da vedação da figura 10A;

[00051] A figura 11 é uma vista explodida de uma outra modalidade de conjunto removedor de fluido que tem um elemento sorvente aninhado entre a primeira e a segunda vedação de fechamento zero;

[00052] A figura 12A é uma vista em seção transversal de aindauma outra modalidade de um elemento sorvente que tem duas barras sorventes dispostas dentro de uma vedação de fechamento zero;

[00053] A figura 12B é uma vista em perspectiva transparente do elemento sorvente e da vedação da figura 12A;

[00054] A figura 13 é uma vista explodida de uma modalidade de um compartimento de trocarte que tem um raspador para raspar fluido de um instrumento cirúrgico que passa através do mesmo;

[00055] A figura 14 é uma vista em seção transversal de uma modalidade de uma tampa de trocarte que tem um raspador para raspar fluido de um instrumento cirúrgico que passa através do mesmo;

[00056] A figura 15A é uma vista superior de uma tampa de trocarte que tem uma outra modalidade de um raspador para raspar fluido de um instrumento cirúrgico que passa através do mesmo;

[00057] A figura 15B é uma vista em perspectiva lateral da tampa do trocarte da figura 15A;

[00058] A figura 16 é uma vista explodida de uma modalidade de uma vedação multicamada que tem um elemento sorvente disposto entre as camadas;

[00059] A figura 17 é uma vista em perspectiva inferior de uma modalidade de uma tampa de trocarte que tem um elemento sorvente disposto no mesmo;

[00060] A figura 18A é uma vista em perspectiva inferior de uma modalidade de um elemento de absorção por efeito capilar formado em uma porção de um protetor de vedação para criar entre o protetor de vedação e uma vedação;

[00061] A figura 18B é uma vista em perspectiva superior da porção do protetor de vedação da figura 18A;

[00062] A figura 19A é uma vista superior de um membro protetor multicamada que tem nervuras de carne;

[00063] A figura 19B é uma vista superior de uma camada do membro protetor da figura 19A;

[00064] A figura 20A é uma vista em perspectiva lateral de uma vedação de instrumento de cone profundo que tem abas de absorção por efeito capilar formadas em uma superfície externa;

[00065] A figura 20B é uma vista em perspectiva superior de uma outra modalidade de uma vedação de instrumento de cone profundo que tem abas de absorção por efeito capilar formadas em uma superfície interna;

[00066] A figura 21 é uma vista em perspectiva de um elemento protetor multicamada que tem orifícios formados nele para receber fluido;

[00067] A figura 22A é uma vista explodida de um elemento protetor multicamada;

[00068] A figura 22B é uma vista em seção transversal tomada através da linha B-B de um dos elementos protetores da figura 22A;

[00069] A figura 23A é uma vista lateral de uma modalidade de uma vedação que tem uma configuração de ampulheta para raspagem de fluido de um instrumento cirúrgico;

[00070] A figura 23B é uma vista lateral da vedação da figura 23A mostrando um instrumento passado através do mesmo;

[00071] A figura 24A é a vista em seção transversal de uma modalidade de uma cânula de trocarte que tem raspadores sobrepostos e um sorvente disposto na mesma;

[00072] A figura 24B é uma vista ampliada de um dos raspadores e sorventes da figura 24A;

[00073] A figura 25 é uma vista em perspectiva de uma outra modalidade de um raspador para raspagem de fluido de um instrumento cirúrgico mostrado passado através do mesmo;

[00074] A figura 26 é uma vista em perspectiva de uma outramodalidade de um dispositivo para raspagem de fluido de um instrumento cirúrgico;

[00075] A figura 27A é uma vista explodida de um trocarte e tampa removível para raspagem de fluido de um instrumento cirúrgico;

[00076] A figura 27B é uma vista lateral montada de umaextremidade distal do trocarte e da ponta removível da figura 27A;

[00077] A figura 27C é uma vista em perspectiva da pontaremovível e da extremidade distal do trocarte da figura 26B;

[00078] A figura 28 é uma vista lateral parcialmente transparente de uma modalidade do elemento de absorção por efeito capilar que tem um formato de ampulheta;

[00079] A figura 29 é uma vista em perspectiva de um trocarte que tem uma cânula com ranhuras formadas na mesma para absorção por efeito capilar de fluido da cânula;

[00080] A figura 30A é uma vista em perspectiva de uma outra modalidade de um trocarte que tem um compartimento proximal e uma cânula distai;

[00081] A figura 30B é uma vista lateral em seção transversal do trocarte da figura 30A;

[00082] A figura 30C é uma vista em perspectiva de um conjunto de vedação de instrumento, uma vedação de canaleta, um conjunto removedor de fluido e uma porta de insuflação do trocarte da figura 30A;

[00083] A figura 30D é uma vista lateral em seção transversal do removedor de fluido e da porta de insuflação da figura 30C;

[00084] A figura 30E é uma vista em perspectiva de um removedor de fluido da figura 30C;

[00085] A figura 30F é uma vista explodida do removedor de fluido da figura 30E mostrando uma tampa, raspador, coroa e sorvente;

[00086] A figura 30G é uma vista em perspectiva inferior de umraspador da figura 30F mostrando canaletas formadas no mesmo;

[00087] A figura 30H é uma vista em seção transversal de uma das canaletas do raspador da figura 30G;

[00088] A figura 301 é uma vista superior de uma tampa da figura 30F;

[00089] A figura 30J é uma vista inferior da tampa da figura 33I; e

[00090] A figura 31 é uma vista inferior de uma outra modalidade de uma tampa para uso com um conjunto removedor de fluido;

[00091] A figura 32A é uma vista em perspectiva de uma outra modalidade de um trocarte;

[00092] A figura 32B é uma vista em perspectiva lateral de uma vedação de instrumento, uma vedação de canaleta, um removedor de fluido e uma porta de insuflação do trocarte da figura 32A;

[00093] A figura 32C é uma vista lateral do removedor de fluido e da porta de insuflação da figura 32B;

[00094] A figura 32D é uma vista em perspectiva lateral do removedor de fluido da figura 32C;

[00095] A figura 33A é uma vista em perspectiva de uma outra modalidade de um trocarte que tem um sistema de remoção de fluido disposto nisso;

[00096] A figura 33B uma vista em seção transversal do trocarte da figura 33A que mostra um sistema de vedação e um sistema de remoção de fluido exemplificadores;

[00097] A figura 34A é uma vista em perspectiva de uma modalidade de um compartimento proximal do trocarte da figura 33A;

[00098] A figura 34B é uma outra vista em perspectiva docompartimento proximal da figura 34A;

[00099] A figura 35A é uma vista em perspectiva de umamodalidade de um compartimento distal do trocarte da figura 33A;

[000100] A figura 35B é uma vista em seção transversal emperspectiva do compartimento distal da figura 35A;

[000101] A figura 36 é uma vista explodida do sistema de vedação e do sistema de remoção de fluido do trocarte da figura 33A;

[000102] A figura 37A é uma vista em perspectiva de um retentor de vedação exemplificador do trocarte da figura 33A;

[000103] A figura 37B uma vista em seção transversal do retentor de vedação da figura 37A;

[000104] A figura 37C é uma vista em perspectiva de um outro retentor de vedação exemplificador para uso no trocarte da figura 33A;

[000105] A figura 38A é uma vista inferior de um raspador e elemento de absorção por capilaridade exemplificadores para uso no trocarte da figura 33A;

[000106] A figura 38B é uma vista superior do raspador da figura 38A;

[000107] A figura 38C é uma vista superior do raspador da figura 38A assentado no interior de um compartimento distai exemplificador; e

[000108] A figura 39 é uma vista em perspectiva de um sorvente exemplificador para uso no trocarte da figura 33A.

DESCRIÇÃO DETALHADA DA INVENÇÃO

[000109] Determinadas modalidades exemplificadoras serão agora descritas para proporcionar o entendimento geral dos princípios da estrutura, função, fabricação e uso dos dispositivos e métodos descritos aqui. Um ou mais exemplos das referidas modalidades são ilustrados nos desenhos em anexo. Os versados na técnica entenderão que os dispositivos e os métodos especificamente aqui descritos e ilustrados nos desenhos anexos são modalidades exemplares não limitadoras, e que o âmbito da presente invenção é definido somente pelas reivindicações. As características ilustradas ou descritas em conexão com uma modalidade exemplificadora podem ser combinadas com as características de outras modalidades. Énossa intenção que tais modificações e variações estejam no escopo da presente invenção.

[000110] A presente invenção em geral fornece métodos e dispositivos para manter a visibilidade límpida através de um dispositivo de visualização durante procedimentos cirúrgicos, e, em particular, métodos e dispositivos são fornecidos para remover fluido de um dispositivo de acesso e/ou instrumento cirúrgico passado, por exemplo, inserido e/ou retirado, através de um dispositivo de acesso, e/ou para evitar que fluido seja transferido em um dispositivo de visualização que passa através de um dispositivo de acesso. Em certas modalidades exemplificadoras, os métodos e dispositivos são eficazes para remover fluido de um dispositivo de acesso e/ou instrumento cirúrgico conforme o instrumento está sendo retirado do dispositivo de acesso, evitando deste modo que fluido seja depositado em um instrumento sendo inserido através do dispositivo de acesso. Entretanto, os métodos e dispositivos podem ser configurados para remover fluido antes de e/ou durante a inserção e/ou remoção.

[000111] Uma pessoa versada na técnica vai perceber que o termo fluido, para uso na presente invenção, tem por objetivo incluir qualquer substância que, quando em um instrumento cirúrgico, pode afetar negativamente o funcionamento do instrumento ou a capacidade de um cirurgião de utilizá-lo. Fluidos incluem qualquer tipo de fluido corporal, como sangue, e qualquer tipo de fluido introduzido durante um procedimento cirúrgico, como solução salina. Fluidos também incluem misturas fluido/sólido ou fluidos com partículas (como pedaços de tecido) suspensos ou localizados nisso, bem como materiais viscosos e gases. Uma pessoa versada na técnica também vai perceber que os vários conceitos apresentados na presente invenção podem ser usados com vários instrumentos cirúrgicos durante vários procedimentos, porém em certas modalidades exemplificadoras apresente invenção é particularmente útil durante procedimentos laparoscópicos, e mais particularmente durante procedimentos em que um dispositivo de visualização, como um laparoscópio ou endoscópio, passa através de um dispositivo de acesso cirúrgico, como um trocarte, que fornece uma rota de uma incisão na pele para uma cavidade corporal. Conforme anteriormente explicado, durante tais procedimentos a repetida inserção e retirada do dispositivo de visualização pode depositar fluido dentro do dispositivo de acesso, fazendo com que, deste modo, o fluido seja transferido de volta para extremidade de visualização distal do dispositivo de visualização na reinserção através do mesmo. Vários métodos e dispositivos exemplificadores são aqui fornecidos para evitar tal ocorrência.

[000112] Em certas modalidades exemplificadoras, os métodos e dispositivos apresentados aqui utilizam um removedor de fluido que é eficaz para remover fluido de um dispositivo de acesso e/ou instrumento cirúrgico passado através do mesmo. Enquanto o removedor de fluido pode ter várias configurações e pode funcionar de várias maneiras para remover fluido, removedores de fluido exemplificadores incluem raspadores para raspagem de fluidos, sorventes para absorver fluido e elementos de absorção por efeito capilar para redirecionamento ou absorção por efeito capilar de fluidos, por exemplo, por ação capilar. Qualquer combinação de removedores de fluido pode ser fornecida, e os removedores de fluido podem ser dispostos em vários locais em um dispositivo de acesso para remover fluido de porções do dispositivo de acesso e/ou de instrumentos cirúrgicos, como dispositivos de visualização, passados através do dispositivo de acesso. O local particular dos removedores de fluido pode depender da configuração particular do dispositivo de acesso e/ou instrumento cirúrgico.

[000113] Em certas modalidades exemplificadoras, o removedor defluido pode incluir um ou mais sorventes. O sorvente pode ser qualquer material insolúvel (ou pelo menos parcialmente insolúvel) ou mistura de materiais que são capazes de sorver fluidos ou captar fluidos através de um processo de um ou ambos de absorção e adsorção. Um material ou elemento sorvente pode, deste modo, incluir qualquer um ou uma combinação de materiais absorventes e/ou elementos e materiais e/ou elementos adsorventes. Em certas modalidades exemplificadoras, o sorvente é formado a partir de um material hidrofílico e/ou inclui um material hidrofílico para facilitar a recepção de fluido. Por exemplo, o sorvente pode ser revestido com o uso de técnicas de revestimento conhecidas durante a fabricação para tornar uma ou mais porções do sorvente hidrofílicas. Em uma modalidade, o sorvente pode ser formado por qualquer processo de extrusão em que, por exemplo, as fibras podem todas se estender longitudinalmente em uma direção genericamente paralela a um eixo longitudinal do tubo cilíndrico, conforme mostrado na figura 30F. As fibras irão, deste modo, formar um membro tubular oco em geral cilíndrico, que pode ser subsequentemente cortado para formar uma pluralidade de sorventes. Um vão ou recorte na parede lateral pode também ser feito para formar um sorvente em formato de C, ou o sorvente pode ser formado para ter uma configuração em formato de C sem a necessidade de fazer quaisquer cortes adicionais. Formatos e configurações exemplificadoras para o sorvente serão discutidas em mais detalhes abaixo. Um tensoativo hidrofílico pode ser aplicado ao sorvente, seja antes ou após o sorvente ser cortado. Uma pessoa versada na técnica vai perceber que uma variedade de técnicas pode ser usada para revestir o sorvente ou porções do mesmo com um material hidrofílico e/ou para formar o sorvente ou porções do mesmo a partir de um material hidrofílico. O material hidrofílico particular usado pode também variar, e materiais exemplificadores serãodiscutidos em mais detalhes abaixo em relação ao raspador. Os mesmos materiais hidrofílicos usados com o raspador também ou alternativamente podem ser usados com o sorvente.

[000114] Em geral, sorventes que são absorventes removem fluido através de um processo de absorção, semelhante a uma esponja, em que um líquido se difunde para dentro do volume e/ou estrutura do absorvente e se torna uma parte daquele volume e/ou estrutura. Por exemplo, o sorvente pode captar e reter um líquido distribuído através de sua estrutura molecular, fazendo com que o absorvente inche. O líquido pode fazer com que a estrutura sólida inche em 50% ou mais. Absorventes típicos são pelo menos 70% insolúveis em excesso de fluido. Os absorventes podem ter qualquer formato, tamanho e forma conhecido na técnica conforme necessário para ficar sozinho e/ou se ajustar dentro, ao redor ou através de qualquer componente de um removedor de fluido e/ou trocarte. Certas modalidades exemplificadoras de absorventes incluem, mas não se limitam a, cotão de polpa de madeira triturada, fibras de celulose, agentes gelificantes poliméricos, não tecido hidrofílico, celulose, policrilato de sódio, algodão, tereftalato de polietileno, polietileno, polipropileno, cloreto de polivinila, ABS, poliamida, poliestireno, álcool polivinílico, policarbonato, copolímero de etileno-metacrilato e poliacetal.

[000115] Sorventes que são adsorventes, por outro lado, removem fluido através de um processo de adsorção pela retenção de um líquido em suas superfícies, incluindo poros e capilares. O líquido se acumula sobre a superfície de um adsorvente pela formação de um filme de moléculas ou átomos que são retidos na mesma como uma consequência de energia de superfície. Em algumas modalidades, um material adsorvente pode incluir um ou mais materiais insolúveis (ou pelo menos parcialmente insolúveis) que podem ser revestidos por um líquido em suas superfícies. Por exemplo, o adsorvente pode ser umaestrutura formada de fibras insolúveis. A estrutura pode ser porosa, uma vez que espaços vazios ou espaços podem estar situados entre as fibras individuais. Deste modo, o líquido pode se acumular na superfície das fibras, deste modo preenchendo os espaços vazios entre as fibras. Adsorventes típicos irão absorver fluido sem inchar mais do que 50% em excesso de líquido. Os adsorventes podem ter qualquer formato, tamanho e forma conhecido na técnica conforme necessário para agir independentemente e/ou se ajustar dentro, ao redor ou através de qualquer componente de um removedor de fluido e/ou trocarte. Em uma modalidade exemplificadora, o adsorvente é moldado para ter um formato e tamanho predeterminado. Certos materiais adsorventes exemplificadores incluem, mas não se limitam a, compostos contendo compostos à base de carbono e/ou compostos à base de polímeros, dentre outros. Por exemplo, materiais adsorventes podem incluir sílica gel, alumina, zeólitos, carvão ativado, grafite, celulose, matrizes de polímero poroso, perlita, hidróxidos metálicos, butirato e nitrato e acetato de oxidesselulose metálico, poliamida, polissulfona, polímeros de vinila, poliésteres, poliolefinas e PTFE, assim como vidro poroso ou cerâmicas de vidro, óxido de grafite, complexos de polieletrólito, gel de alginato, etc.

[000116] Embora os removedores de fluido apresentados na presente invenção possam ser usados com vários dispositivos de acesso cirúrgico conhecidos na técnica, em certas modalidades exemplificadoras é fornecido um trocarte que tem um ou mais removedores de fluido dispostos no mesmo para remover fluido de porções do trocarte e/ou de um instrumento, como um dispositivo de visualização, passado através do mesmo. Uma pessoa versada na técnica irá perceber que um trocarte é mostrado apenas para fins de ilustração, e que virtualmente qualquer tipos de dispositivo de acesso, incluindo cânulas, portas, etc., podem ser usados. As figuras 1A a 1Cilustram uma modalidade exemplificadora de um trocarte 2. Conforme demonstrado, o trocarte 2 está em geral na forma de um compartimento 6 que tem uma porção proximal (também chamada na presente invenção de um compartimento proximal) que pode alojar um ou mais elementos vedantes e uma cânula distai 8 que se estende distalmente do compartimento proximal 6. O trocarte 2 define um canal operacional 4 que se estende através do mesmo para introduzir vários instrumentos dentro de uma cavidade corporal. Inúmeras configurações estão disponíveis para o compartimento proximal 6. Na modalidade ilustrada, o compartimento proximal 6 tem um formato genericamente cilíndrico com uma porção de tampa removível 5 e uma parede lateral interna 3. Uma abertura 7 pode ser formada dentro da extremidade proximal do compartimento 6, de modo que a abertura 7 se estende através da tampa removível 5 e através do restante do compartimento 6 e é coaxial com o canal operacional 4 que se estende através da cânula 8. A cânula 8 pode também ter várias configurações, e pode incluir várias características conhecida na técnica. Na modalidade ilustrada, a cânula 8 tem um formato cilíndrico em geral alongado e inclui uma série de cristas anulares 9 formadas em uma superfície externa 10 do mesmo. A abertura 7 que se estende através do compartimento proximal 6 e a cânula 8 define o canal operacional 4 que é dimensionado e configurado para receber um instrumento cirúrgico. O versado na técnica irá perceber que o compartimento 6 e a cânula 8 podem ser formados como uma estrutura unitária ou como dois componentes separados que são emparelhados entre si. O compartimento 6 pode também incluir outras características, como uma válvula reguladora tipo stop-cock 13 para permitir e evitar a passagem de um fluido de insuflação, por exemplo, dióxido de carbono, através do trocarte 2 e para dentro de uma cavidade corporal.

[000117] Em uso, a cânula distal 8 pode ser inserida através de uma incisão na pele e através do tecido para posicionar uma extremidade mais distal dentro de uma cavidade corporal. O compartimento proximal 6 pode permanecer externo à cavidade corporal, e vários instrumentos podem ser inseridos através do canal operacional 4 e para dentro da cavidade corporal. Tipicamente, durante os procedimentos cirúrgicos em uma cavidade corporal, como o abdômen, a insuflação é proporcionada através do trocarte 2 para expandir a cavidade corporal para facilitar o procedimento cirúrgico. Deste modo, a fim de manter a insuflação dentro da cavidade corporal, a maior parte dos trocartes inclui pelo menos uma vedação disposta no mesmo para evitar o escape de ar. Várias configurações de vedação são conhecidas na técnica, mas, tipicamente, o trocarte 2 inclui uma vedação de instrumento que forma uma vedação ao redor de um instrumento disposto através do mesmo, mas, de outro modo, não forma uma vedação quando nenhum instrumento é disposto através do mesmo; uma vedação de canal (também denominada no presente documento uma vedação de fechamento zero) que veda o canal operacional 4 quando nenhum instrumento é disposto através do mesmo; ou uma combinação de vedação de instrumento e vedação de canal que é eficaz tanto para formar uma vedação ao redor de um instrumento disposto através do mesmo como para formar uma vedação no canal operacional 4 quando nenhum instrumento é disposto através do mesmo. Na modalidade mostrada nas figuras 1A a 1C, o trocarte 2 inclui uma vedação de instrumento 14 e um canal separado ou vedação de fechamento zero 24. No entanto, uma pessoa versada na técnica irá perceber que várias outras vedações conhecidas na técnica podem ser usadas incluindo, por exemplo, válvulas de membrana, vedações de gel, vedações de diafragma, etc.

[000118] Em uma modalidade exemplificadora, confonrme mostrado nas figuras 1C a 1E, a vedação do instrumento 14 é em geral na forma de uma vedação cônica multicamada 16 e um membro de proteção multicamada 18 disposto em uma superfície proximal 15 da vedação 16. Conforme é melhor mostrado na figura 1E, a vedação cônica multicamada 16 pode incluir uma série de segmentos de vedação sobrepostos 20 que são montados em uma disposição entrelaçada para fornecer um corpo de vedação completo. Os segmentos de vedação 20 podem ser empilhados no topo um do outro ou entrelaçados juntos de modo sobreposto para formar a vedação multicamada 16 que tem uma abertura central 17 na mesma. Os segmentos de vedação 20 podem ser produzidos a partir de qualquer número de materiais conhecidos pelos versados na técnica, porém em uma modalidade exemplificadora, os segmentos de vedação 20 são formados a partir de um material elastomérico. Os segmentos de vedação 20 também podem ser moldados de modo que eles tenham uma espessura variável ao longo do perfil da vedação 16. Variar a espessura ao longo do perfil da vedação 16 pode ser eficaz para minimizar o vazamento e reduzir as forças de arrasto no instrumento. O membro de proteção multicamada 18 pode semelhantemente ser formado de uma série de segmentos sobrepostos 22 que são colocados próximos dos segmentos de vedação sobrepostos 20 e que são configurados para proteger os segmentos de vedação 20 de danos causados por instrumentos cirúrgicos que passam através da abertura 17 na vedação 16. O membro protetor 18 pode também ser formado a partir de vários materiais, porém em certas modalidades exemplificadoras o membro protetor 18 é formado de um elastômero de poliuretano termoplástico moldado, como Pellethane™. Os segmentos 20 e 22 que formam a vedação 16 e o membro protetor 18 podem ser unidos usando várias técnicas conhecidas na arte. Conforme mostrado nas figuras 1D e 1E, os segmentos 20 e 22 sãomantidos juntos por vários membros de anel que se emparelham para engatar os segmentos 20 e 22 entre os mesmos. Em particular, o membro protetor 18 é engrenado entre uma coroa 26 e um anel de guarnição 28, e a vedação 16 é engrenada entre o anel de guarnição 28 e um anel retentor 30. Pinos 32 são usados para emparelhar os membros do anel 26 e 28 e para se estender através e engatar os segmentos da vedação 16 e o membro protetor 18.

[000119] Quando totalmente montado, a vedação do instrumento 14 pode ser disposta em vários locais dentro do trocarte 2. Na modalidade ilustrada, a vedação do instrumento 14 é disposta na tampa 5 do trocarte 2 em um local exatamente distai da abertura proximal 7 e proximal de uma vedação de canaleta, conforme discutido em mais detalhes abaixo. Em uso, um instrumento pode passar através do centro do conjunto de vedação e os segmentos de vedação 20, 22 podem se engatar e formar uma vedação ao redor de uma superfície externa do instrumento para assim evitar a passagem de fluidos através da vedação 14. Quando nenhum instrumento é disposto através da mesma, a abertura não vai formar uma vedação no canal operacional 4, entretanto, outras configurações em que uma vedação é formada quando nenhum instrumento é colocado através disso são também concebíveis. Configurações de vedação de instrumento exemplificadoras são descritas em mais detalhes na publicação US n° 2004/0230161 intitulada "Trocar Seal Assembly", depositada em 31 de março de 2004, e no pedido US n° de série 10/687.502, intitulado "Conical Trocar Seal", depositado em 15 de outubro de 2003, que estão aqui incorporados, por referência, em suas totalidades.

[000120] A vedação de fechamento zero na modalidade ilustrada é mostrada em mais detalhes na figura 1F, e conforme mostrado a vedação de fechamento zero ilustrada está sob a forma de umavedação bico de pato 24. A vedação 24 é configurada para formar uma vedação no canal operacional 4 quando nenhum instrumento é colocado através do mesmo para, deste modo, evitar o vazamento de gases de insuflação distribuídos através do trocarte 2 para a cavidade corporal. Conforme mostrado, a vedação bico de pato 24 tem um flange genericamente circular 34 com uma parede lateral 36 se estendendo em posição distai disso. O formato da parede lateral 36 pode variar, porém na modalidade ilustrada, a parede lateral 36 inclui abas opostas 35 que se estendem a um ângulo em direção uma à outra em uma direção distai e que se une em uma extremidade distai para formar uma face de vedação 38. As abas opostas 35 são móveis uma em relação à outra para permitir que a face de vedação 38 se mova entre uma posição fechada, em que nenhum instrumento é disposto através do mesmo, e a face de vedação 38 veda o canal operacional 4 do trocarte 2, e uma posição aberta em que um instrumento é disposto através disso. A vedação pode incluir várias outras características, conforme descrito em detalhes no pedido US n° 11/771.263, intitulado "Duckbill Seal with Fluid Drainage Feature", depositado em 29 de junho de 2007, que é aqui incorporado em sua totalidade a título de referência.

[000121] De acordo com a presente revelação a estrutura geral das vedações, assim como do trocarte geralmente não forma parte da presente invenção. Como tal, uma pessoa versada na técnica irá certamente perceber que várias configurações de vedação, assim como vários trocartes, podem ser usados sem se afastar do espírito da invenção apresentado na presente invenção.

[000122] Conforme indicado acima, um removedor de fluido pode ser colocado dentro do trocarte 2 para remover fluido de uma vedação e/ou de um instrumento cirúrgico que se estende através da vedação. Conforme é melhor mostrado nas figuras 1B e 1C, o trocarte ilustrado2 inclui um conjunto removedor de fluido 40 que é disposto dentro do compartimento proximal 6 do trocarte 2 em um local distai da vedação bico de pato 24. O conjunto removedor de fluido 40 inclui um raspador para raspagem de fluido de um instrumento cirúrgico que passa através do canal operacional 4 no trocarte 2, e um sorvente para sorver o fluido removido. O raspador pode também incluir uma característica de absorção por efeito capilar para absorver fluido por efeito capilar da abertura no raspador, e/ou o sorvente pode incluir uma característica de absorção por efeito capilar para absorver fluido por efeito capilar do raspador.

[000123] Os componentes do conjunto removedor de fluido 40 são mostrados com mais detalhes nas figuras 1G a 1K, e conforme mostrado, o conjunto inclui genericamente uma tampa 42 (figura 1K), um raspador 44 (figura 1G), uma mecha sorvente 46 (figura 1H), cartuchos de sorvente 48 (figura 11), e um alojamento ou estrutura 50 (figura 1J). Quando totalmente montado, o conjunto removedor de fluido 40 é configurado para raspar fluido de instrumentos cirúrgicos que passam através do canal operacional 4 do trocarte 2, para remover por capilaridade os fluidos raspados e para sorver os mesmos, assim evitando que os fluidos sejam redepositados no instrumento mediante a reinserção através do canal operacional.

[000124] Se referindo primeiro à figura 1G, o raspador 44 pode ter uma variedade de configurações, porém em uma modalidade exemplificadora, conforme mostrado, o raspador tem uma configuração genericamente plana com um formato circular. Uma abertura central 52 é formada através de uma porção central da mesma e é dimensionada e configurada para receber um instrumento cirúrgico através da mesma. Em uso, a abertura central 52 pode ser coaxial com as aberturas no instrumento e nas vedações do canal. O raspador 44 pode ser formado a partir de vários materiais, porém emuma modalidade exemplificadora, o raspador é formado a partir de poliisopreno para permitir que o raspador 44 se engate e raspe fluido de qualquer instrumento passado através do mesmo. Conforme ainda demonstrado na figura 1G, uma superfície de face distai 54 do raspador 44 pode incluir uma pluralidade de canaletas 56 formadas na mesma e se estendendo radialmente para fora da abertura central 52, ou de um local exatamente radialmente para fora, porém adjacente à abertura central 52. As canaletas 56 podem ser configuradas de modo que o fluido raspado de um instrumento pela abertura central 52 irá fluir para dentro das canaletas 56 e, assim, ser removido por capilaridade da abertura 52.

[000125] Conforme indicado acima, o conjunto removedor de fluido 40 pode também incluir uma mecha sorvente 46. Conforme mostrado na figura 1H, em uma modalidade exemplificadora a mecha sorvente 46 tem uma porção circular genericamente plana 62 com uma abertura central 58 formada através disso. A abertura central 58 pode ter um diâmetro levemente maior do que um diâmetro da abertura central 52 no raspador 44, e ela pode ser configurada para ser posicionada coaxialmente com a abertura 52 no raspador 44. Conforme adicionalmente mostrado na figura 1H, a mecha sorvente 46 pode também incluir uma ou mais paredes laterais 60 estendendo-se a partir da porção circular planar 62. As paredes laterais ilustradas 60 se estendem proximalmente, entretanto elas podem se estender em posição distai dependendo da configuração particular da mecha 46. As paredes laterais 60 podem ser configuradas para se acomodar dentro da parede lateral interna 3 do compartimento 6 de trocarte. Em uso, a mecha sorvente 46 pode absorver por capilaridade e sorver fluido da abertura central 52 dentro do raspador 44, e ela pode distribuir o fluido para os cartuchos sorventes 48, conforme discutido em mais detalhes abaixo. A mecha sorvente 46, assim como vários outro membrossorventes apresentados na presente invenção, podem ser formados de uma variedade de materiais sorventes conforme descrito acima.

[000126] Os cartuchos sorventes 48 são mostrados com mais detalhes na figura 11, e conforme mostrado cada um dos cartuchos 48 tem um formato em geral semicircular com uma largura, conforme medido a partir de uma superfície interna 64 até uma superfície externa 66, que diminui em uma direção proximal para distai para formar membros em formato de cunha 68. Juntos, os cartuchos 48 podem ter uma configuração anular. Em uso, os cartuchos 48 podem sorver fluido da mecha sorvente 46, assim armazenando o fluido em um local distante de qualquer instrumento que passe através do canal operacional 4. Os cartuchos 48 podem estar contidos dentro do trocarte 2 por um alojamento ou estrutura 50, conforme mostrado na figura 1J. A estrutura 50 pode ter uma configuração em geral cilíndrica com uma abertura 68 se estendendo através da mesma, e uma pluralidade de cristas 70 se projetando radialmente para fora e se estendendo axialmente ao longo de uma superfície externa 72 da mesma. Cada cartucho sorvente 48 pode ser montado entre duas cristas. Em uso, a estrutura 50 pode ser particularmente vantajosa, uma vez que ela pode proteger o sorvente de entrar em contato por instrumentos que passam através do canal operacional.

[000127] Quando totalmente em conjunto, o raspador 44 pode ser assentado dentro da mecha sorvente 46, que pode descansar no topo da estrutura 50 que retém os cartuchos sorventes 48. A tampa 42, mostrada na figura 1K, pode ser assentada no topo do raspador 44 e dentro da mecha sorvente 46, e a tampa 42 pode travar na estrutura 50, assim mantendo o conjunto removedor de fluido 40 unido. Com referência à figura 1C, o conjunto como um todo 40 pode repousar dentro do compartimento proximal 6 do trocarte 2 exatamente distai da vedação de bico de pato 24. Como resultado, quando um instrumento,como um dispositivo de visualização, passa através do canal operacional 4 do trocarte 2, qualquer fluido no instrumento será removido das paredes laterais do instrumento pelo raspador 44. O fluido irá fluir através das canaletas 56 e/ou ser removido por capilaridade da abertura 52 pela mecha sorvente 46, que distribui o fluido para os cartuchos sorventes 48. Como resultado, quando o instrumento é retirado, por exemplo, o fluido será evitado de ser depositado na vedação do instrumento 14, assim evitando que o fluido seja transferido da vedação do instrumento 14 de volta no instrumento mediante a reinserção.

[000128] As figuras 2A e 2B ilustram ainda uma outra modalidade de um conjunto removedor de fluido 80 que é semelhante à modalidade mostrada na figura 1A. Nesta modalidade, o compartimento proximal 79 do trocarte tem uma estrutura 82 que é moldada dentro da parede lateral interna 81 do compartimento 79 para o assentamento direto de um sorvente, um raspador e uma tampa, assim eliminando a necessidade de uma estrutura 50 da figura 1J. Um único elemento sorvente 86 também é fornecido, ao invés de uma mecha sorvente e cartuchos sorventes separados. Em particular, o elemento sorvente 86 nesta modalidade tem uma configuração em geral cilíndrica com uma porção distai 88 que se afunila para dentro em uma superfície externa 87 do mesmo para se adaptar com a superfície interna 81 do compartimento proximal 79 do trocarte. Uma reentrância 90 pode ser formada ao redor de uma superfície interna 92 de uma extremidade proximal 93 do elemento sorvente 86 para assentar um raspador 94, que pode ter uma configuração que é igual ou semelhante ao raspador 44 descrito acima em relação à figura 1G. A reentrância 90 pode engatar um perímetro externo 96 do raspador 94 de modo que as canaletas 56 no raspador 94 possam distribuir fluido para longe da abertura 52 dentro do raspador 94 para o elemento sorvente 86circundante ao raspador 94. Uma tampa 98 pode se assentar no topo do raspador 94 e pode incluir um flange 99 que se estende ao redor da extremidade proximal 93 do elemento sorvente 86. A tampa 98 pode engatar a parede lateral interna 81 do compartimento proximal 79 do trocarte para reter o raspador 94 e o elemento sorvente 86 na mesma em um local exatamente distai da vedação de bico de pato 24. Em uso, os instrumentos que passam através do canal operacional 4 do trocarte serão engatados pelo raspador 94, que raspa fluido da superfície externa do instrumento. O fluido é removido por capilaridade da abertura 52 dentro do raspador 94 pelas canaletas 56, que distribuem o fluido para o elemento sorvente 86 circundante ao raspador 94. Deste modo, semelhantemente à modalidade da figura 1A, quando o instrumento é retirado, por exemplo, será evitado que o fluido seja depositado nas vedações e, em particular, a vedação do instrumento 14, assim evitando que fluido seja transferido da vedação do instrumento 14 de volta no instrumento mediante a reinserção.

[000129] Uma pessoa versada na técnica irá perceber que os conjuntos removedores de fluido 40 e 80 podem ter uma variedade de outras configurações. As figuras 3A e 10B ilustram modalidades exemplares adicionais de removedores de fluido, por exemplo, raspadores, sorventes e elementos de absorção por efeito capilar, ou combinações dos mesmos. Nessas modalidades, os removedores de fluido estão todos alocados distalmente da vedação da canaleta, por exemplo, vedação de bico de pato ou outra vedação de fechamento zero, e distais da vedação do instrumento 14. Entretanto, uma pessoa versada na técnica irá perceber que o local particular do removedor de fluido pode variar e os removedores de fluido podem ser posicionados em qualquer lugar dentro do trocarte.

[000130] As figuras 3A a 3C ilustram uma modalidade de um conjunto removedor de fluido 100 que tem um raspador e um sorvente.Em particular, conforme é melhor mostrado na figura 3B, o conjunto removedor de fluido 100 pode incluir um copo de estabilização 106 acoplado a um flange 108. O copo de estabilização 106 pode ser formado de um material absorvente e o flange 108 pode assentar o copo 106 dentro do compartimento proximal 6 do trocarte 2, conforme mostrado na figura 3C. Um elemento raspador sob a forma de um disco raspador 102 pode ser posicionado entre o flange 108 e o copo de estabilização 106, e um anel sorvente 104 pode ser acoplado a uma superfície distai 103 do disco raspador 102. O disco raspador 102 pode ter uma abertura central 105 que se estende através do mesmo e configurada para raspar fluido de instrumentos cirúrgicos que passam através do canal operacional 4 do trocarte 2. Conforme um instrumento passa através do canal operacional 4, fluido pode ser raspado pelo disco raspador 102 e sorvido pelo anel sorvente, assim como pelo copo de estabilização. Como pode ser visto na figura 3B, cada um dentre o flange 108, disco raspador 102 e o anel sorvente 104 pode opcionalmente incluir cortes 110 para se ajustar ao redor do regulador stop-cock 13 associado com o trocarte 2. Em uso, o conjunto removedor de fluido 100 pode ser formado como uma unidade de entrada (drop-in) que se ajusta dentro do compartimento proximal 6 do trocarte 2. Conforme mostrado na figura 3C, o conjunto 100 pode ser acomodado em uma porção distal do compartimento proximal 6 em um locais exatamente distai da vedação de bico de pato 24. O conjunto removedor de fluido 100 irá, deste modo, remover fluido dos instrumentos que passaram através do canal operacional 4 do trocarte, assim evitando que fluido seja depositado nas vedações, e, em particular, na vedação do instrumento 14, e/ou redepositado em instrumentos passados através do canal operacional 4.

[000131] As figuras 4A a 4C ilustram uma outra modalidade de um conjunto removedor de fluido 114 que é semelhante ao conjuntomostrado nas figuras 3A a 3C, entretanto nesta modalidade o conjunto 114 não inclui um copo de estabilização. Conforme mostrado, o conjunto removedor de fluido inclui um disco raspador circular substancialmente planar 116 que tem uma abertura central 115 para receber um instrumento cirúrgico. O disco raspador 116 pode ser acomodado dentro de um flange ou anel retentor 118 configurado para ser posicionado dentro do compartimento proximal de um trocarte. Um anel sorvente 120 pode ser posicionado adjacente mente a uma superfície distai 117 do disco raspador 116 e ele pode atuar para sorver qualquer fluido que seja raspado dos instrumentos que passam através do disco raspador 116. Quando disposto dentro de um trocarte, o flange 118 pode atuar como uma estrutura de suporte para firmar o disco raspador 116 e o anel sorvente 120 em uma posição fixa dentro do compartimento proximal. Embora a posição possa ser distai à vedação de bico de pato, conforme indicado acima, o conjunto pode estar situado em várias outras porções dentro do trocarte, incluindo entre a vedação de bico de pato e a vedação do instrumento, proximal à vedação do instrumento ou dentro de qualquer porção da cânula.

[000132] Em uma outra modalidade, mostrada nas figuras 5A a 5C, um conjunto removedor de fluido 122 é fornecido e pode ter uma configuração genericamente cônica com um raspador 124 que tem um flange planar genericamente proximal 125 e um corpo cônico 126 se estendendo distalmente disso e definindo uma abertura central 128. O corpo cônico 126 pode ter uma pluralidade de fendas 127 que se estendem proximalmente de uma extremidade distal do mesmo e projetadas para reduzir as forças de inserção e retirada em um instrumento cirúrgico que passa através do mesmo. O corpo cônico 126 pode ser circundado por um elemento sorvente cônico 130 de modo que o corpo cônico 126 esteja aninhado dentro do elemento sorvente cônico 130. Quando montado e disposto dentro de umtrocarte, conforme mostrado na figura 5C, o flange 125 pode ser colocado dentro do compartimento proximal 6 logo abaixo da vedação de bico de pato 24 e ele pode se emparelhar com ou engatar a parede lateral interna do compartimento 6 para reter o conjunto removedor de fluido no mesmo. Em uso, conforme um instrumento passa através do canal operacional, o raspador 124 pode engatar e remover fluido do instrumento e o elemento sorvente 130 pode sorver o fluido. Uma pessoa versada na técnica irá perceber que qualquer número de geometrias pode ser usado de modo semelhante. Também, um tamanho ou diâmetro de um flange pode ser ajustado conforme necessário, ou o flange pode ser removido, para assentar o conjunto removedor de fluido em outros locais dentro do trocarte.

[000133] As figuras 6A a 6C ilustram modalidades adicionais de raspadores cônicos 132a, 132b e 132c que são semelhantes ao raspador 124 descrito acima e mostrado nas figuras 5A a 5C. Como com a modalidade anterior, os raspadores 132a, 132b e 132c nas figuras 6A a 6C são posicionados distalmente à vedação de bico de pato 24. Tal configuração pode evitar que fluido nos instrumentos seja inserido e/ou retirado de ser depositado na vedação de bico de pato, assim como da vedação de instrumento localizada em posição mais proximal 14. Em uma modalidade exemplificadora, cada raspador 132a, 132b e 132c pode ser feito de um material flexível e pode incluir pelo menos uma fenda formada no mesmo e configurada para permitir que os raspadores 132a, 132b e 132c se expandam radialmente. As fendas estão disponíveis em uma variedade de configurações. Na modalidade mostrada na figura 6A, uma fenda única 134 se estende diagonalmente ao redor do raspador 132a de modo que a fenda 134 acompanha o formato do cone. Em uma outra modalidade mostrada na figura 6B, as fendas múltiplas 137 se estendem proximalmente a partir da extremidade distal do cone e terminam em um local 139 logodistal à extremidade proximal. Tal configuração pode fornecer um raspador que tem múltiplos segmentos de raspagem 138. Conforme adicionalmente mostrado na figura 6B, cada segmento de raspagem 138 pode também incluir um entalhe ou recorte 140 formado em uma superfície externa na extremidade distal do mesmo para permitir que o segmento 138 se expanda e entre em contato conforme os instrumentos são passados através do mesmo. A figura 6C ilustra uma outra modalidade exemplificadora de um raspador em formato de cone 132c. Semelhantemente ao raspador 132b mostrado na figura 6B, o raspador 132c inclui várias fendas 142 que se estendem de maneira proximal a partir da sua extremidade distai. Nesta modalidade, entretanto, as fendas 142 aumentam em largura em uma direção distai para proximal de modo que cada elemento de raspagem 143 tenha uma extremidade distai 144 com uma largura que é maior que uma largura de uma extremidade proximal 145 do mesmo. Conforme indicado acima, em uso as fendas 134, 137 e 142 formadas nos raspadores 132a, 132b e 132c permitem que os raspadores se expandam radialmente conforme um instrumento cirúrgico é passado através do mesmo, deste modo acomodando instrumentos de vários tamanhos, enquanto ainda é eficaz para raspar fluido dos instrumentos.

[000134] A figura 7 ilustra uma outra modalidade de um removedor de fluido posicionado logo distai de uma vedação de canaleta, por exemplo, vedação de bico de pato 150, em um compartimento proximal de um trocarte. Nesta modalidade, o removedor de fluido está sob a forma de portas de membrana serventes 152. As portas de membrana 152 podem ter vários formatos e tamanhos, e elas podem ser formadas a partir de qualquer número de componentes. Por exemplo, as portas de membrana 152 podem estar sob a forma de duas paredes laterais 153 que são móveis entre si. As paredes laterais153 podem ter um perfil que é semelhante ao perfil da vedação de bico de pato 150. Em outras modalidades, as portas de membrana 152 podem ter um formato que corresponde ao formato da vedação de bico de pato 150. Uma pessoa versada na técnica irá perceber que várias configurações são possíveis. As portas de membrana 152 podem ser colocadas dentro do compartimento proximal 6 e fixadas ao compartimento 6 por quaisquer meios de fixação conhecidos na técnica, incluindo por meios mecânicos, adesivos, etc. As portas de membrana 152 podem definir uma abertura 154 entre as mesmas para receber um instrumento cirúrgico, e a abertura 154 pode ser posicionada logo distal da face de vedação 151. Em uso, as portas de membrana 152 podem se mover de uma posição fechada ou substancialmente fechada até uma posição aberta conforme um instrumento é passado através da vedação de bico de pato 150 e a porta de membrana 152. As portas 152 podem entrar em contato e engatar o instrumento cirúrgico conforme ele é passado através das mesmas para sorver fluidos do instrumento. As portas de membrana 152 também podem sorver qualquer excesso de fluido que seja raspado do instrumento pela vedação de bico de pato 150 e que fique distalmente da vedação de bico de pato 150.

[000135] Em uma modalidade similar, mostrada na figura 8, o removedor de fluido pode estar sob a forma de um elemento de absorção por efeito capilar ao invés de um sorvente. Na modalidade ilustrada, o elemento de absorção por efeito capilar está sob a forma de primeiro e segundo dedos de absorção por efeito capilar 160a e 160b que são acoplados às bordas externas opostas 162 da face de vedação 161 na vedação de bico de pato 163. Os dedos de absorção por efeito capilar 160a e 160b podem estar sob a forma de elementos alongados que acompanham o formato natural da parede lateral interna 165 do compartimento proximal 6 do trocarte 2 de modo quefluido irá escoar naturalmente através dos dedos 160a e 160b. Os dedos de absorção por efeito capilar 160a e 160b podem também incluir um reservatório sorvente 164 disposto sobre uma extremidade distai dos mesmos. Na modalidade ilustrada, o reservatório sorvente 164 em cada dedo 160a e 160b está no formato de anel colocado dentro do compartimento proximal 6 e eficaz para sorver os fluidos absorvidos por efeito capilar da vedação de bico de pato 163 pelos dedos de absorção por efeito capilar 160a e 160b. O reservatório sorvente 164 pode, entretanto, ter várias outras configurações, como segmentos de anel. Em uso, conforme os fluidos são depositados na vedação de bico de pato 163 por instrumentos que passam através do mesmo, o fluido irá natural mente fluir até cantos ou bordas externas da face de vedação 161. A diferença de superfície entre os dedos de absorção por efeito capilar 160a e 160b e a vedação de bico de pato 24 irá fazer com que o fluido flua a partir da vedação 163 para os dedos 160a e 160b e dos dedos 160a e 160b para dentro do reservatório sorvente 164. Conforme será percebido pelos versados na técnica, os dedos de absorção por efeito capilar 160a e 160b podem ser formados integralmente com a vedação de bico de pato 163 ou podem simplesmente estar em íntimo contato com a face vedante 161 da vedação de bico de pato 163.

[000136] A figura 9 ilustra uma outra modalidade de um removedor de fluido que é posicionado distai de uma vedação de fechamento zero. Semelhantemente à modalidade mostrada na figura 7, o removedor de fluido está sob a forma de um sorvente. Entretanto, nesta modalidade o sorvente é um anel isolante sorvente 172. O anel isolante 172 pode ter uma configuração genericamente circular ou cônica com uma abertura 173 formada através do mesmo, conforme mostrado, nas ele pode ter qualquer número de outras geometrias para facilitar a passagem de um instrumento através do mesmo. Oanel isolante 172 também pode incluir múltiplas fendas 174 formadas no mesmo e se estendendo radialmente para fora a partir da abertura 173 para reduzir as forças de inserção e retirada em um instrumento sendo passado através do mesmo. Em uso, o anel isolante 172 pode ser colocado dentro de uma porção distal do compartimento proximal 6 do trocarte, logo distai da vedação de bico de pato 166, e a abertura 173 pode ser posicionada coaxialmente com o canal operacional 4. Conforme um instrumento cirúrgico passa através do mesmo, o anel isolante 172 irá entrar em contato com o instrumento e sorver qualquer fluido no instrumento. O anel isolante 172 também pode sorver qualquer fluido que goteje da vedação de bico de pato 166 conforme a vedação 166 raspa o instrumento.

[000137] Em outras modalidades, a vedação de fechamento zero em si pode ser modificada para incluir um removedor de fluido. Por exemplo, as figuras 10A e 10B ilustram uma outra modalidade de uma vedação de bico de pato 176 em que a face de vedação 168 se estende distalmente e é expandida na largura para fazer com que as extremidades externas da face de vedação 168 entrem em contato com a parede lateral interna 169 do compartimento proximal 6 do trocarte, formando assim um elemento de absorção por efeito capilar. Em uso, quando um instrumento passa através da vedação de bico de pato 176, a face de vedação 168 irá remover o fluido do instrumento por raspagem. O fluido irá naturalmente se deslocar para fora em direção às bordas mais externas da face de vedação 168. Uma vez que as bordas externas estão em contato com a parede lateral interna 169 do compartimento proximal 6, o fluido será removido por absorção por efeito capilar da face de vedação 168 e na parede lateral interna 169 do compartimento 6. Embora não seja mostrado, o compartimento 6 pode opcionalmente incluir um sorvente disposto no mesmo para sorver o fluido removido por absorção por efeito capilar da vedação.

[000138] A figura 11 ilustra uma outra modalidade de uma vedação de fechamento zero modificada 186. Nesta modalidade, um elemento sorvente 180 é aninhado dentro da vedação de bico de pato 177, e uma segunda vedação de bico de pato 178 é aninhada dentro do elemento sorvente 180. O sorvente aninhado 180 e a vedação de bico de pato aninhada 178 podem ter duas paredes vedantes, 182 e 184 semelhante à vedação de bico de pato 177, que se encontram em uma face de vedação que é configurada para formar uma vedação quando nenhum instrumento é disposto nisso e que são configurados para abrir quando um instrumento cirúrgico passa através disso. O corpo do sorvente aninhado 180 e o bico de pato aninhado 178 podem, cada um, ter um perfil semelhante ou idêntico à vedação de bico de pato 177, exceto menor em tamanho para todos se ajustarem a uma configuração aninhada. Os componentes 177, 178 e 180 podem ser meramente vedados um dentro do outro, ou eles podem ser fixados um ao outro com o uso de vários mecanismos de fixação conhecidos na técnica, incluindo um ajuste da prensa, cola, etc. Em uso, a face de vedação de todos os três componentes irá entrar em contato com um instrumento cirúrgico conforme ele passa através do conjunto de vedação. O sorvente 180 irá, deste modo, sorver qualquer fluido no instrumento, assim como fluido raspado do instrumento pela vedação de bico de pato 177 e a vedação de bico de pato aninhada 178.

[000139] As figuras 12A e 12B ilustram uma outra modalidade de uma vedação de fechamento zero modificada 190. Nesta modalidade, a vedação de bico de pato 191 inclui duas barras sorventes 192 dispostas na mesma e se estendendo através disso. As barras sorventes 192 podem ser posicionadas para se estender substancialmente paralelo à face de vedação 193, ou para estender substancialmente perpendicular conforme mostrado. A vedação 190 pode também incluir um anel sorvente 194 posicionado ao redor deuma parede lateral interna 193 da vedação de bico de pato 191 e em contato com as barras sorventes 192. O anel sorvente 194 pode proporcionar um reservatório para o fluido coletado pelas barras sorventes 192. Em uso, as barras sorventes 192 entrarão em contato e se engatarão a um instrumento cirúrgico conforme ele passa através da vedação de bico de pato 191, e irão, deste modo, remover fluido por sorção do instrumento cirúrgico.

[000140] Conforme indicado acima, as várias modalidades removedoras de fluido apresentadas na presente invenção podem estar localizadas em qualquer lugar dentro de um trocarte ou outro dispositivo de acesso, incluindo distai de uma vedação de canaleta, entre uma vedação de canaleta e uma vedação de instrumento, ou proximal de uma vedação de instrumento. Uma posição do removedor de fluido também pode variar em relação a uma porta de insuflação, conforme será discutido em maiores detalhes abaixo. Os removedores de fluido também podem ser formados integralmente com a(s) vedação/vedações e/ou porções do compartimento, e qualquer combinação de removedores de fluido pode ser usada. As figuras 13 a 22B ilustram várias modalidades exemplificadoras de removedores de fluido que são formados integralmente ou incorporados em uma vedação de instrumento, ou localizados adjacentemente a uma vedação de instrumento e, deste modo, proximal a uma vedação de canaleta.

[000141] Voltando-se primeiro para a figura 13, nesta modalidade o removedor de fluido 200 está sob a forma de uma combinação de raspador e sorvente. Em particular, o removedor de fluido 200 inclui um disco raspador circular genericamente plano 202 que tem uma abertura 204 formada através do mesmo e configuração a ser posicionada coaxialmente com o canal operacional 4 no trocarte 2. A abertura 204 pode ser dimensionada e configurada para formar umavedação ao redor de um instrumento passado através do mesmo. O removedor de fluido 200 pode também incluir um disco sorvente 206 disposto concentricamente ao redor da abertura 204 no raspador 202. Em uso, o raspador 202 irá raspar fluido dos instrumentos que passam através do mesmo, e o disco sorvente 206 irá sorver o fluido raspado. O removedor de fluido 200 pode ser disposto dentro do compartimento proximal 6 do trocarte 2 com o uso de várias técnicas, porém conforme mostrado na figura 13, o removedor de fluido 200 é configurado para ser engatado entre a tampa removível 5 e a porção distal do compartimento proximal 6 do trocarte 2. Como resultado, o raspador 202 e o sorvente 206 serão posicionados em alinhamento com o canal operacional 4 se estendendo através do compartimento 6, e também será posicionado entre a vedação do instrumento proximal e a vedação da canaleta distai.

[000142] A figura 14 ilustra uma outra modalidade de um removedor de fluido 210 que tem uma combinação de raspador e sorvente, entretanto, nesta modalidade o removedor de fluido 210 é totalmente disposto dentro da tampa removível 5 contendo a vedação do instrumento. Conforme mostrado, um raspador 212 pode ser em formato de cone e pode ser posicionado perfeitamente distai da vedação do instrumento. Em outras modalidades, o raspador 212 pode ser plano. O raspador 212 pode também substituir ou funcionar como a vedação do instrumento. Um anel sorvente 214 pode ser posicionado concentricamente ao redor e em contato com uma abertura 216 na extremidade distal do raspador cônico 212. Como resultado, o anel sorvente 214 irá sorver qualquer fluido por raspagem de um instrumento cirúrgico se estendendo através do raspador 212.

[000143] Em ainda uma outra modalidade, mostrada nas figuras 15A e 15B, o removedor de fluido pode estar sob a forma de um raspador que é parte da vedação do instrumento 218. Conforme mostrado, avedação do instrumento 218 é uma vedação multicamada que tem o protetor disposto sobre uma superfície proximal do mesmo, conforme anteriormente descrito em relação à figura 1E. O raspador pode estar sob a forma de um segundo protetor 222 que é disposto distai aos segmentos da vedação multicamada. O segundo protetor 222 pode ter a mesma configuração que o protetor da figura 1E, entretanto, o segundo protetor 222 pode definir uma abertura 224 que é configurada para entrar em contato com e engatar um instrumento cirúrgico que passa através da vedação 218. Consequentemente, em uso, o segundo protetor 222 pode engatar e raspar fluido dos instrumentos que passam através da vedação 218.

[000144] Em uma outra modalidade, mostrada na figura 16, o removedor de fluido pode estar sob a forma de um sorvente multicamada que é posicionado entre as múltiplas camadas 20 da vedação 16, conforme mostrado, ou que é posicionado entre as múltiplas camadas 22 do protetor de vedação 18. O sorvente pode estar sob a forma de múltiplas folhas sorventes 232 que são colocadas em camadas entre as camadas da vedação 16 (ou protetor de vedação 18). Deste modo, em uso, quando um instrumento passa através da vedação do instrumento, as folhas 232 irão sorver quaisquer fluidos removidos por raspagem do instrumento pela vedação 14, assim evitando que fluido se acumule ao redor da abertura da vedação 14 e sendo reaplicado a um instrumento cirúrgico conforme ele é reinserido através do mesmo. As folhas sorventes 232 podem ser eficazes para sorver fluido, assim como para interromper a tensão superficial e/ou ação capilar entre a vedação e o protetor. Deste modo, não deve haver fluido em ou próximo da abertura de vedação e/ou abertura do protetor que será capaz de tocar ou coletar em um instrumento sendo passado através do mesmo.

[000145] A figura 17 ilustra uma outra modalidade de um removedorde fluido sorvente. Nessa modalidade, o sorvente está sob a forma de um anel isolante 242 que tem uma configuração similar ao anel isolante 172 anteriormente descrito em relação à figura 9. No entanto, nessa modalidade, o anel isolante 242 é posicionado adjacente a uma superfície distai 244 da vedação de instrumento 14, ao invés da vedação de fechamento zero 24. Em particular, conforme mostrado na figura 17, o anel isolante 242 pode ser colocado concentricamente ao redor de uma abertura distai 246 formada na tampa removível 5, de modo que instrumento que passam através da vedação do instrumento 14 entrarão em contato com o anel isolante 242, que irá remover por sorção fluidos do instrumento. O anel isolante 242 pode também sorver qualquer fluido que seja raspado de ou goteje da vedação do instrumento 14.

[000146] Em uma outra modalidade mostrada nas figuras 18A e 18B, um elemento de absorção por efeito capilar é formado integralmente com o protetor de vedação multicamada 18 anteriormente descrito com relação à figura 1E. Conforme anteriormente explicado, a vedação multicamada 16 pode ter um formato natural que é levemente cônico e ela pode incluir uma abertura dimensionada para receber um instrumento através da mesma. O protetor 18, de modo semelhante, tem uma abertura, entretanto, na modalidade mostrada nas figuras 18A e 18B, o comprimento de um protetor 240 diminui para, assim, aumentar o diâmetro da abertura definida pelo protetor 18. Como resultado, o protetor 240 terá uma abertura que é maior do que a abertura na vedação 16 para criar um perfil aplanado contra o formato cônico da vedação 16, assim criando um vão entre o protetor 240 e a vedação 16. Conforme instrumentos cirúrgicos são removidos do trocarte, o vão irá evitar que fluidos sejam coletados entre as camadas 20 da vedação 16 e irá permitir que o protetor 240 absorva fluidos por efeito capilar da abertura da vedação 16. Deste modo, se fluido fordepositado na vedação 16, não haverá ação capilar para reter o fluido entre a vedação 16 e o protetor 240, assim permitindo que os fluidos sejam drenados. Além disso, quando um instrumento é passado através do protetor 240 e vedação 16, o vão criado entre a vedação 16 e o protetor 18 irá evitar que fluido seja esguichado de oriundo de entre a vedação 16 e o protetor 240 e em um instrumento.

[000147] Em uma outra modalidade mostrada nas figuras 19A e 19B, o protetor de vedação multicamada 248 tem um elemento de absorção por efeito capilar sob a forma de nervuras de carne 250 dispostos sobre uma superfície de cada camada protetora individual 249 de modo que as nervuras 250 criam bolsos entre as camadas para remover por absorção por efeito capilar e reter fluido removido por raspagem dos instrumentos pela vedação do instrumento. Na modalidade ilustrada, as nervuras 250 são desviadas por 90 graus, embora outras geometrias são possíveis conforme será entendido pelos versados na técnica. Em uma modalidade, as nervuras 250 podem ser dispostas sobre um topo ou superfície proximal do protetor. Deste modo, conforme um instrumento cirúrgico é passado através da vedação do instrumento 14, o instrumento irá entrar em contato com as nervuras 250 para assim abrir com carne o protetor 248 e a vedação, evitando que o instrumento cirúrgico entre em contato com a superfície do protetor 248 e/ou a vedação. Em uma outra modalidade, as nervuras 250 podem ser dispostas sobre um fundo ou superfície distal do protetor, assim criando um vão entre o protetor 248 e a vedação para evitar ação capilar e a captura de fluido entre a vedação e o protetor 248.

[000148] As figuras 20A e 20B ilustram uma outra modalidade de uma vedação de instrumento 254 que tem nervuras para absorver fluido por efeito capilar para longe de uma abertura na vedação 254. Nesta modalidade, a vedação do instrumento 254 está sob a forma deuma vedação de cone profundo que tem um flange 260 com uma parede lateral cônica 262 se estendendo em posição distai disso. Uma porção distai 264 da parede lateral cônica 262 se afunila para dentro para definir uma abertura 258 na extremidade distai 264 da vedação 254. Na modalidade mostrada na figura 20A, a parede lateral 262 pode incluir uma ou mais nervuras 266 formadas em uma superfície externa 261 da mesma e estendendo-se entre as extremidades proximal e distai da parede lateral 262, terminando na abertura 258. As nervuras externas 266 podem ser eficazes para absorver por capilaridade fluido para longe da abertura 258 na vedação 254. Na modalidade mostrada na figura 20B, as nervuras 266 são formadas na superfície interna 268 da parede lateral 262 e se estendem entre as extremidades proximal e distai da parede lateral 262, terminando na abertura 258. As nervuras 266 irão, deste modo, ter um efeito de carne, fazendo com que qualquer instrumento inserido através da vedação 254 entre em contato com as nervuras 266 para abrir com came a vedação 254, ao invés de entrar em contato com uma superfície interna 268 da vedação 254.

[000149] Em uma outra modalidade, mostrada na figura 21, o protetor de vedação multicamada 269 pode incluir uma pluralidade de orifícios 270 formados nas camadas individuais 271 do protetor 269 para formar um elemento de absorção por efeito capilar para absorver fluido por efeito capilar da vedação. Conforme o fluido é aprisionado entre o protetor 269 e a vedação quando um instrumento é passado através da vedação do instrumento, os orifícios 270 atuam para remover por absorção por efeito capilar o fluido da vedação e da abertura na vedação. O fluido pode ser retido dentro dos orifícios 270 por tensão superficial de modo que um instrumento passado através da vedação não irá entrar em contato com o fluido retido nos orifícios 270.

[000150] Várias outras modificações também podem ser feitas ao protetor de vedação multicamada anteriormente descrito na figura 1E para remover fluido da vedação ou dos instrumentos passados através da vedação. Em uma outra modalidade, mostrada nas figuras 22A e 22B, os segmentos protetores 272 podem incluir características de superfície, como uma superfície encrespada 276, formada na superfície distai dos mesmos. Conforme mostrado na figura 22B, quando os segmentos protetores 272 são posicionados contra os segmentos de vedação 20, a superfície encrespada 276 irá criar um vão que separa o protetor 273 da vedação, deste modo fornecendo uma trajetória para o fluido ser removido por absorção por capilaridade da abertura na vedação e entre o protetor 273 e a vedação.

[000151] As figuras 23A e 23B ilustram uma outra modalidade de uma vedação 280 que é configurada para remover fluido. Nesta modalidade, a vedação 280 tem uma configuração de ampulheta de modo que a vedação 280 é uma combinação de trocarte e vedação de instrumento. Em outras palavras, a vedação 280 é eficaz tanto para formar uma vedação dentro do canal operacional do trocarte quando nenhum instrumento está disposto através do mesmo e para formar uma vedação ao redor de um instrumento disposto através do mesmo. O formato de ampulheta da vedação 280 permite que uma porção central 282 da vedação 280, que em um estado natural está em uma configuração fechada conforme mostrado na figura 23A, se abra e engate um instrumento passado através da mesma, conforme mostrado na figura 23B, e assim remova por raspagem qualquer fluido do instrumento. Devido à curvatura nas paredes laterais internas 284 da vedação 280, o fluido removido irá fluir para longe da porção central, evitando deste modo que o fluido seja redepositado em um instrumento reinserido através da mesma. A configuração de ampulheta da vedação 280 também é vantajosa pelo fato de que elairá acomodar instrumentos de vários tamanhos. A porção central 282 também pode se mover ou flutuar em relação ao eixo central do canal operacional no trocarte, deste modo acomodando instrumentos fora do eixo.

[000152] As figuras 24A a 29 ilustram várias outras modalidades exemplificadoras de removedores de fluido. Embora certas modalidades são descritas como sendo dispostas ou formadas na cânula, uma pessoa versada na técnica irá perceber que, como com as modalidades anteriores, as modalidades das figuras 24A a 29 podem, de modo semelhante, ser dispostas em vários locais dentro de um trocarte e que várias combinações de removedores de fluido podem ser usadas.

[000153] Na modalidade mostrada nas figuras 24A e 24B, o removedor de fluido está sob a forma de uma pluralidade de elementos raspadores que se estendem pelo menos parcialmente através do canal operacional 4 da cânula 8. Os elementos raspadores podem ser relativamente finos e podem assumir o formato e forma de panos 292, conforme é melhor mostrado na figura 24B, que irá raspar ou secar o fluido de um instrumento cirúrgico passado através da cânula 8. Os panos 292 podem ser fixamente ou articuladamente acoplados a uma parede lateral interna 294 da cânula 8, e eles podem ser flexíveis para acomodar instrumentos de vários tamanhos, e para permitir tanto a inserção quanto a retirada dos instrumentos. A cânula 8 pode também incluir qualquer número de panos 292, e os panos 292 podem ser espaçados uns em relação aos outros, ou eles podem estar em uma configuração empilhada. Os panos 292 podem ter uma configuração cônica de modo que cada pano 292 se estenda ao redor de todo o diâmetro interno da cânula 8. Alternativamente, os panos 292 podem ser formados em segmentos individuais que são posicionados a uma distância uns dos outros, por exemplo,aproximadamente 90 graus de distância dentro da superfície interior 294 da cânula 8. Os segmentos podem estar em camadas dentro da cânula 8 de modo que diferentes partes do instrumento cirúrgico entrem em contato com os panos 292 em diferentes alturas conforme o instrumento está sendo passado através disso. Os panos 292 podem também estar em contato com um elemento sorvente 296, ou incluem uma porção sorvente, de modo que o fluido coletado goteja em ou é absorvido por capilaridade dentro do material sorvente e para longe do contato possível com um instrumento reinserido. Conforme mostrado nas figuras 24A e 24B, o elemento sorvente 296 está situado adjacente à parede lateral interna 294, e deste modo radialmente para fora do corpo limpador 292. Os elementos sorventes 296 podem ser formados dentro de uma parede da cânula 8, de modo que a cânula 8 é parcialmente formada a partir dos elementos sorventes 296. Os elementos sorventes 296 também podem ser formados no interior dos sulcos na parede da cânula e/ou podem ser aderidos diretamente à parede da cânula por qualquer mecanismo de fixação conhecido na técnica, por exemplo, um anel de fixação 297. Em uso, conforme um instrumento é passado através da cânula 8, o instrumento será raspado em todos os lados simultaneamente pela pluralidade de panos 292. O fluido irá escoar para fora onde ele será sorvido pelo elemento sorvente 296.

[000154] A figura 25 ilustra uma outra modalidade exemplificadora de um raspador 300. Nesta modalidade, o raspador 300 é substancialmente de formato cônico aumentando de diâmetro em uma direção distai. Uma extremidade proximal 302 do raspador 300 inclui uma abertura 304 formada através do mesmo, e um membro coletor de fluido é formado em uma extremidade distai 306 do mesmo e se estende para dentro. O membro coletor de fluido pode ter uma variedade de configurações e pode ser em geral configurado paracoletar fluido raspado pelo raspador 300. Em uma modalidade exemplificadora, conforme mostrado, o membro coletor de fluido pode estar sob a forma de um rebordo substancialmente em formato de C 308 se estendendo para dentro a partir da extremidade distai 306 do raspador 300. Pelo menos uma porção do membro coletor de fluido pode também opcionalmente ser sorvente, assim permitindo que o membro coletor de fluido tanto colete quando sorva fluido raspado pelo raspador. O raspador 300 pode ser formado a partir de um material flexível, de modo que ele possa radialmente se expandir para engatar um instrumento cirúrgico se estendendo através do mesmo. Em uso, a extremidade proximal estreita do raspador 300 pode engatar um instrumento cirúrgico passado através do mesmo para assim remover por raspagem o fluido do instrumento. O fluido removido por raspagem do instrumento irá se deslocar até uma superfície interna 310 do raspador 300 e ser coletado e/ou sorvido pelo membro coletor de fluido disposto na extremidade distai 306 do raspador 300. Embora o raspador 300 seja em geral indicado como sendo disposto na cânula 8, o raspador 300 pode, de modo semelhante, ser disposto em qualquer lugar dentro do trocarte 2, incluindo no compartimento proximal 6.

[000155] A figura 26 ilustra uma outra modalidade exemplificadora de um raspador 312. Nesta modalidade, o raspador 312 inclui o primeiro e segundo membros giratórios 314a e 314b que são configurados para girar e engatar um instrumento cirúrgico conforme o instrumento é passado através do mesmo. O primeiro e o segundo membros giratórios 314a e 314b podem ter uma variedade de formatos e tamanhos. Na modalidade ilustrada, o primeiro e o segundo membros giratórios 314a e 314b estão em formato de carretel. Os carretéis podem ser configurados de modo que a geometria do segundo elemento 314b complemente aquela do primeiro membro 314a.Conforme mostrado, o primeiro membro 314a inclui uma porção central de formato substancialmente esférico 316 que corresponde com um corte côncavo 318 no segundo elemento 314b. A geometria dos carretéis pode ter vários formatos incluindo, mas não se limitando, a cilíndrico de lado reto, em formato de C e cilíndrico denteado. O primeiro e o segundo membros giratórios 314a e 314b podem ser posicionados em uma variedade de locais na cânula, ou dentro do compartimento proximal de um trocarte, e eles podem ser formados a partir de uma variedade de materiais incluindo, mas não se limitando, aos materiais rígidos, flexíveis e sorventes. Em uso, os membros giratórios 314a e 314b podem girar e engatar um instrumento cirúrgico que passa através do mesmo para assim raspar e opcionalmente remover por sorção fluido do instrumento.

[000156] As figuras 27A a 27C ilustram uma outra modalidade de um removedor de fluido sob a forma de uma ponta ou luva removível 322 que pode ser removível acoplada a uma extremidade distai 324 da cânula 8. Conforme mostrado, a luva 322 está sob a forma de um compartimento em geral cilíndrico com uma extremidade distai cônica 326, semelhante à extremidade distai 324 da cânula 8. Uma extremidade proximal 328 da luva 322 pode ser dimensionada para se ajustar sobre e engatar a extremidade distai da cânula 8, por exemplo, por encaixe por interferência, e a extremidade distal do compartimento pode incluir uma abertura 330 formada na mesma e dimensionada para receber um instrumento cirúrgico através do mesmo. A luva 322, ou pelo menos uma porção da luva 322 circundante à abertura 330 na extremidade distai 326, pode ser formada a partir de um material maleável ou expansível para permitir que a abertura na luva 322 radialmente se expanda conforme um instrumento é passado através da mesma. Materiais maleáveis exemplificadores incluem, mas não se limitam a, poliisopreno, pelatano e silicone. Em uso, conforme uminstrumento cirúrgico é passado através da abertura 330 na luva 322, a abertura 330 irá raspar fluido do instrumento, assim evitando que o fluido seja puxado para dentro do trocarte e depositado nas vedações.

[000157] Em uma outra modalidade mostrada na figura 28, é fornecida uma vedação em formato de ampulheta 340, semelhante à vedação 280 descrita com relação às figuras 23A e 23B, entretanto, a vedação 340 inclui um elemento de absorção por efeito capilar sob a forma de um ou mais cortes ou fendas 342 formadas na porção de diâmetro reduzido central 344. Semelhante à vedação 280 anteriormente descrita com relação às figuras 23A e 23B, o formato de ampulheta irá permitir que a porção central 344 raspe ou enxugue fluido de um instrumento cirúrgico passado através do mesmo. Os cortes ou fendas 342 irão permitir que o fluido raspado seja absorvido por capilaridade através das fendas 342 até uma superfície exterior 346 da vedação 340.

[000158] Em uma outra modalidade mostrada na figura 29, o elemento de absorção por efeito capilar pode assumir a forma de uma pluralidade de fendas 350 formadas no canal operacional 4 de uma cânula 352. As fendas 350 podem ter qualquer tamanho e formato suficiente para a transferência de fluido disposto sobre uma superfície interna da cânula 352 até uma superfície externa 354 da cânula 352. Deste modo, conforme um instrumento é passado através da cânula 352, qualquer fluido que goteja até a superfície interna da cânula 352 será transferido para a superfície 354 da cânula 352 através das fendas 350.

[000159] As figuras 30A a 30J ilustram uma outra modalidade de um trocarte 400 que tem um removedor de fluido 430 disposto ali. Conforme mostrado, o trocarte 400 tem um compartimento proximal 402 e uma cânula distai 404 com um canal operacional 408 formado através e estendendo-se entre as extremidades proximal e distai 400a,400b do mesmo. O compartimento 402 pode incluir uma ou mais vedações que são eficazes para vedar o canal operacional 408, isto é, para evitar o escape de insuflação, quando nenhum instrumento está disposto através do mesmo e/ou quando um instrumento está disposto através do mesmo. Conforme mostrado nas figuras 30B e 30C, o compartimento 402 inclui uma vedação de instrumento proximal sob a forma de uma vedação multicamada 412, que é eficaz para formar uma vedação ao redor de um instrumento inserido através do mesmo, e uma vedação de canal distai, como uma vedação de bico de pato 410, que é eficaz para vedar o canal operacional quando nenhum instrumento é inserido através do mesmo. Uma modalidade exemplificadora de uma vedação de bico de pato 410 que pode ser usada com a presente invenção é apresentada no pedido de patente US n° de série 11/771.263 depositado em 29 de junho de 2007 e intitulado "Duckbill Seal With Fluid Drainage Feature", por Paul T. Franer e Thomas A. Gilker. Tal bico de pato é particularmente útil uma vez que ele tem um perfil baixo e tem características de drenagem de fluido que podem ajudar na prevenção adicional de redeposição de fluido em instrumentos inseridos através das vedações. Uma pessoa versada na técnica vai perceber que qualquer número, tipo e configuração de canal e/ou vedações de instrumento pode ser posicionado dentro do compartimento 402 em vários locais. O compartimento pode também incluir uma porta de insuflação 406 que é formada no compartimento 402 para fornecer um gás de insuflação ao canal operacional 408.

[000160] Conforme indicado acima, o compartimento 402 pode incluir um removedor de fluido 430 posicionado no mesmo e configurado para remover fluido de um instrumento cirúrgico inserido através do mesmo. O removedor de fluido 430 pode ter uma abertura 470 formada através de uma poção central do mesmo, em alinhamentoaxial com o canal operacional 408, para receber um instrumento cirúrgico. A abertura 470 pode ser eficaz para remover fluido de um instrumento cirúrgico na inserção e/ou retirada através do mesmo. Em uma modalidade exemplificadora, o removedor de fluido 430 está, de preferência, posicionado distai às vedações 412 e 410 de modo que o fluido coletado no instrumento quando disposto em uma cavidade corporal pode ser removido do instrumento cirúrgico antes de ser retirado através das vedações 412 e 410, evitando deste modo que o fluido seja depositado nas vedações e, consequentemente, depositado em um instrumento inserido no trocarte. A fim de posicionar o removedor de fluido 430 distalmente em relação às vedações 412 e 410, o removedor de fluido 430 será posicionado próximo a, distai a ou na trajetória da porta de insuflação. Quando o removedor de fluido 430 é posicionado na trajetória de ou distai à porta de insuflação, ele é preferivelmente configurado de modo que não bloqueie a trajetória de um gás de insuflação da porta através da cânula distai 404. Durante muitos procedimentos cirúrgicos com o uso de um trocarte, a insuflação é usada para expandir a cavidade corporal dentro da qual o trocarte se estende. Os trocartes podem, deste modo, ter uma porta de insuflação, como a porta 406 mostrada nas figuras 30A a 30C, que é posicionada distai em relação às vedações 412 e 410, de modo que as vedações sejam eficazes para evitar que gás flua para fora do compartimento proximal 402. Desta forma, um fluxo constante de gás e mantido através da cânula distai 404 e para dentro da cavidade corporal. Uma vez que a porta 406 é posicionada distalmente em relação às vedações 412 e 410, em uma modalidade exemplificadora, a fim de manter um compartimento de baixo perfil e a posição o removedor de fluido 430 distai das vedações, o removedor de fluido 430 pode ser posicionado adjacentemente a ou distai à porta 406. Como tal, o removedor de fluido 430 é, de preferência, configuradopara permitir que ar passe através do mesmo e/ou ao redor do mesmo de modo que ele não bloqueie o fluxo do gás de insuflação da porta 406 para a cânula 404 quando um instrumento é inserido através da abertura 470 no removedor de fluido 430. Em outras palavras, o removedor de fluido 430 pode ter uma configuração que permita a passagem de gás de insuflação da porta 406 para a cânula distai 404 mesmo quando um instrumento está disposto através do removedor de fluido 430. As figuras 30A a 30J ilustram tal modalidade do removedor de fluido 430 que está na rota do fluxo de gás da porta 406 para a cânula 404. Nesta modalidade, um corte ou rota é fornecido em uma porção do removedor de fluido 430 para permitir a passagem de gás através do mesmo da porta 406 para a cânula 404, conforme será discutido em mais detalhes abaixo. O removedor de fluido 430 pode também incluir outras características para facilitar a passagem de gás através do mesmo, conforme será discutido em mais detalhes abaixo.

[000161] O removedor de fluido 430 pode ter várias configurações e ele pode incluir qualquer um ou mais de um elemento de absorção por efeito capilar, um sorvente e um raspador. As figuras 30C a 30F ilustram uma modalidade do removedor de fluido 430 que está posicionado distai em relação às vedações 412 e 410 e próximo da porta de insuflação 406. O removedor de fluido 430 em geral inclui um sorvente 414 disposto dentro do compartimento e disposto ao redor de uma coroa 420, um raspador 422 posicionado em uma superfície proximal da coroa 420 e uma tampa 418 posicionada contra uma superfície proximal do raspador 422.

[000162] Conforme mostrado em mais detalhes nas figuras 30F e 30G, o raspador 422 do removedor de fluido 430 pode ter muitos formatos e configurações, porém na modalidade ilustrada o raspador 422 está em formato de disco e tem uma abertura 424 formada através de uma porção central do mesmo. O raspador 422 pode serconfigurado para remover fluido de um instrumento cirúrgico passando através da abertura 424 pelo contato do instrumento cirúrgico e raspagem e/ou enxugamento de sua circunferência. Em uma modalidade exemplificadora, o raspador 422 é formado a partir de um material flexível e resiliente para permitir a abertura 424 do raspador 422 para expandir ao redor e engatar uma parede externa de um instrumento passado através do mesmo.

[000163] O raspador 422 pode também incluir características para direcionar o fluxo de fluidos. Por exemplo, conforme mostrado na figura 30G, o raspador pode incluir uma ou mais canaletas 422c formadas em uma superfície distal da mesma e se estendendo radialmente para fora da abertura 424, de modo que o fluido removido por raspagem de um instrumento sendo retirado através da abertura 424 irá fluir através das canaletas e radialmente para longe da abertura 424. Conforme adicionalmente mostrado nas figuras 30F e 30G, o raspador 422 pode também incluir um ou mais orifícios 422h formados através do mesmo para receber pinos formados na coroa 420, conforme será discutido em mais detalhes abaixo. Os orifícios 422h permitem que o raspador 422 repouse em uma superfície proximal da coroa 420 e seja capturado entre a coroa 420 e a tampa 418. Os orifícios 422h podem também ter um tamanho que permita que ar passe através do mesmo quando os pinos da coroa 420 são dispostos no mesmo. Tal configuração pode ajudar a prevenir o removedor de fluido 430 de funcionar como uma vedação, conforme será discutido em mais detalhes abaixo. Em algumas modalidades, entretanto, o raspador 422 pode ser também formado como uma vedação de instrumento e/ou como um raspador para instrumentos cirúrgico de diâmetro menor e uma vedação para instrumentos cirúrgico de diâmetro maior.

[000164] Em certas modalidades exemplificadoras, a fim de que oraspador 422 efetivamente absorva fluido por capilaridade radialmente para fora da abertura e em direção ao sorvente, todo ou porções do raspador podem ser formadas de ou podem incluir um material hidrofílico. Por exemplo, o raspador pode ser formado de um material hidrofílico, como um náilon, e/ou o raspador pode ser revestido por aspersão, revestido por imersão, gravado por plasma ou, de outro modo, revestido com o uso de várias técnicas de revestimento conhecidas, com um revestimento de tensoativo que torna o raspador ou porções do mesmo hidrofílicas. Em uma modalidade exemplificadora, onde o raspador é formado a partir de um material hidrofóbico, como um poliisopreno, um revestimento hidrofílico é aplicado ao raspador para tornar o raspador hidrofílico. O revestimento pode ser aplicado a qualquer uma ou mais das superfícies do raspador, e ele pode ser aplicado em qualquer estágio durante a fabricação. Em uma modalidade, o raspador pode ser encharcado em um banho de tensoativo durante a fabricação para tornar todo o raspador hidrofílico. Materiais de revestimento exemplificadores incluem, a título de exemplo não limitador, dodecil benzeno sulfonato de sódio (SDBS) e dodecil sulfato de sódio (SDS). O revestimento é, de preferência, um que permanece estável durante a esterilização, como esterilização por radiação gama e térmica.

[000165] Uma pessoa versada na técnica vai perceber que vários fatores podem ser alterados para facilitar a ação de absorção por efeito capilar do raspador. Por exemplo, o ângulo de contato de uma gota de fluido em uma superfície hidrofílica do raspador pode ser otimizado, de modo que fluido irá se espalhar no contato com a superfície. Em certas modalidades exemplificadoras, o material hidrofílico pode ter um ângulo de contato baixo, como de 90 graus ou menos. Outros fatores que podem afetar a capacidade do raspador de absorver fluido por capilaridade pra longe da abertura incluem a lisurada superfície, a geometria dos canais de absorção por efeito capilar e a tensão superficial do fluido sendo aplicado. Por exemplo, a geometria da canaleta pode ser projetada de modo a proporcionar as forças capilares necessárias para direcionar fluido até uma altura capilar mínima de modo que o fluido irá se expandir logo após a parede externa da coroa 420 para atingir o sorvente 414. A geometria da canaleta pode ser alterada para obter a altura de capilaridade desejada. A figura 30H ilustra uma modalidade exemplificadora de uma geometria de canaleta que é otimizada para facilitar a ação capilar da canaleta. Conforme mostrado, a canaleta tem um formato em seção transversal em geral em formato de U, com os cantos internos localizados na base da canaleta, sendo arredondada e tendo um raio de curvatura r1, e os cantos externos, localizados na abertura da canaleta, sendo arredondados e tendo um raio de curvatura r2. A canaleta pode também ter uma largura w na base, conforme medido entre as paredes laterais opostas da canaleta, que diferem da largura w1 na abertura, conforme medido entre os cantos arredondados externos e que também difere de uma largura máxima w2 conforme medido a partir das extremidades mais externas da canaleta na abertura. A diferença entre a largura w e a largura w1 é indicada pela referência x. A canaleta pode adicionalmente ter uma altura máxima h, conforme medido a partir da base até as extremidades mais externas da canaleta na abertura, que difere de uma altura h1, conforme medido a partir da base até os cantos arredondados externos. As dimensões particulares da canaleta podem variar. Por exemplo, o raio de curvatura r1 na base da canaleta pode ser menor que o raio de curvatura r2 na abertura do canaleta, e a largura w na base da canaleta é menor que a largura w1 na abertura, que, por sua vez, é menor que a largura máxima w2 de modo que a largura da canaleta gradualmente aumenta a partir da base em direção à abertura. Emuma modalidade exemplificadora, entretanto, a largura w na base da canaleta é, de preferência, igual a ou maior que a largura w1 na abertura. As dimensões e o formato em seção transversal da canaleta também podem variar ao longo de todo o comprimento da canaleta. Por exemplo, a canaleta pode ter uma altura e/ou largura que aumenta ou diminui radialmente para fora, de modo que a altura e/ou largura da canaleta próximo da abertura central no raspador é ou menor que ou maior que a altura e largura da canaleta próxima do perímetro externo do raspador. Cada canaleta pode também atingir uma altura e/ou largura máxima em uma certa distância da abertura central, e a altura e/ou largura pode, então, permanecer constante ao longo do restante da canaleta se estendendo radialmente para fora daquele local. Uma pessoa versada na técnica vai perceber que a canaleta pode ser modificada para obter uma altura de capilar desejada de modo a fazer com que o fluido seja direcionado da abertura do raspador, passe pela coroa e para o sorvente.

[000166] Conforme indicado acima, outras modificações podem ser feitas para obter um efeito de absorção por efeito capilar ótimo. Em uma outra modalidade, o raspador e o sorvente podem ser ambos configurados de modo a ter um gradiente de energia de superfície, de modo que a energia de superfície aumenta conforme o fluido se desloca da abertura dentro do raspador, ao longo das canaletas e para dentro do sorvente.

[000167] O removedor de fluido 430 pode também incluir uma coroa raspadora 420, mostrada mais claramente na figura 30F, que pode se estender em posição distai de uma superfície distai do raspador 422 e que pode ajudar a montar o raspador 422 e o sorvente 414 dentro do compartimento. A coroa raspadora 420 pode ter várias configurações, porém na modalidade ilustrada ela tem um corpo com formato de anel 434 com múltiplos pinos 436 se estendendo de maneira próxima disso.Os pinos 436 podem se estender através dos orifícios correspondentes 422h formados no raspador 422 e dentro dos orifícios 418h formados na tampa 418, conforme mostrado na figura 30J. A coroa 420 e a tampa 418 podem ser emparelhados entre si com o uso de várias técnicas, como um encaixe por aperto ou encaixe por interferência, adesivo ou soldagem, etc. Ao interconectar o raspador 422 entre a tampa 418 e a coroa 420, o raspador 422 pode ter um diâmetro externo que é menor que um diâmetro interno do compartimento 402, de modo que um vão G é fornecido entre o raspador 422 e o compartimento 402, conforme mostrado na figura 30D. O vão G irá permitir que ar flua proximalmente após o raspador 422.

[000168] Conforme adicionalmente mostrado na figura 30F, a coroa do raspador 420 também pode incluir um recorte 426 formado em uma parede lateral da mesma. Um ou mais membros de flange 440 podem se estender radialmente para fora de uma parede lateral da coroa raspadora 420 em cada lado do corte 426 formado através da coroa 420 para definir uma rota. Os membros de flange 440 podem ser posicionados para se alinhar axialmente com o corte formado no sorvente 414 e um corte formado na tampa 418, conforme será discutido em maiores detalhes abaixo, para formar uma rota completa que permite o fluxo de gás de insuflação da porta de insuflação 406 através dos cortes, e para o canal operacional 408 para dentro da cânula distal 404. Isso permite que a insuflação seja distribuída através da cânula, enquanto um instrumento é passado através do removedor de fluido 430 e oclui o canal operacional. As porções de flange 440 podem ser posicionadas em qualquer lado de uma abertura 442 da porta de insuflação 406, através da qual o gás de insuflação flui. Como resultado, uma pressão em cada lado do removedor de fluido será equalizada.

[000169] A tampa raspadora moldada 418 é mostrada em mais detalhes nas figuras 30I e 30J, e ela pode ter uma configuração genericamente circular ou em formato de anel que fica proximal ao raspador. Em uso, a tampa 418 pode servir para proteger a superfície proximal 432 do raspador 422 da inserção de instrumentos cirúrgicos agudos pela atuação como um guia ou funil para o instrumento cirúrgico dentro da abertura 424 do raspador 422. Conforme indicado acima, a tampa do raspador 418 pode incluir um ou mais orifícios 418h formados em uma superfície distal da mesma para receber os pinos 436 formados na coroa 420. A tampa do raspador 418 pode também incluir uma abertura 418o através da qual um instrumento cirúrgico pode se estender que está em alinhamento axial com a abertura 424 formada no raspador 422, e um corte 448 formado em uma parede lateral ou perímetro da tampa do raspador 418 que se alinha com o corte 446 formado na coroa raspadora 420 e o sorvente 414.

[000170] Conforme mostrado na figura 30J, em uma modalidade a tampa do raspador 418 pode incluir, ainda, uma microesfera circular ou crista de compactação 450 se projetando em posição distai além de uma superfície mais distal da mesma, de modo que a crista se estende em direção e pressiona contra a superfície proximal do raspador 422 para firmar o raspador 422 na compressão controlada entre a crista de compactação 450 na tampa 20 e a superfície proximal da coroa 420. A crista de compactação 450 pode também funcionar para remover por vedação e evitar que fluido escoe de volta em direção à abertura do raspador 422.

[000171] Embora possa haver muitas configurações para o removedor de fluido 430, na modalidade mostrada nas figuras 30B a 30E, o removedor de fluido 430 inclui, também, um sorvente 414 posicionado circunferencialmente ao redor da coroa raspadora 420 e configurado para sorver fluido raspado pelo raspador 422. Conformemostrado na figura 30F, o sorvente 414 pode ser configurado para ser posicionado ao redor da coroa raspadora 420, e deste modo pode ter um corte 444 formado no mesmo que se alinha com o corte 426 formado na coroa 420. As extremidades terminais do sorvente 414 irão, deste modo, estar em posição limítrofe com o flange 440 na coroa 420. Como resultado, o sorvente 414 será substancialmente em formato de C. O corte 444 no sorvente 414 também irá permitir que ar flua por toda a parte ao redor do exterior do raspador 422, devido ao vão G entre o perímetro externo do raspador 422 e o compartimento. O corte no sorvente 414 irá, deste modo, continuar a permitir que ar passe por e ao redor do raspador 422 no evento de o sorvente 414 ficar obstruído. Isto é particularmente vantajoso, uma vez que ar forçado a fluir através do sorvente 414 poderia potencialmente empurrar fluido para fora do sorvente 414. O sorvente 414 pode ser fixado ao redor da coroa raspadora 420 com o uso de qualquer método conhecido na técnica incluindo, por exemplo, um adesivo ou simplesmente por um encaixe por interferência entre uma parede interna do compartimento 402 e a coroa raspadora 420. Conforme será entendido pelos versados na técnica, o sorvente 414 pode ter um formato de anel sólido, ou qualquer outro formato, e ele pode ser composto de múltiplas porções individuais, conforme necessário.

[000172] Embora o sorvente 414 tenha, de preferência, um formato que corresponde ao formato da coroa 420, o sorvente 414 pode ser configurado para ser comprimido entre a coroa 420, o raspador 422 e o compartimento 402. Deste modo, o sorvente 414 pode ter um formato em seção transversal inicial que é mais quadrado e ele pode se deformar em um formato que é mais triangular. O sorvente 414 pode ser formado a partir de vários materiais que permitem que ele seja comprimido, enquanto ainda permite que o sorvente 414 sorva fluido. O sorvente 414 pode ser também permeável, de modo que arpode fluir através do mesmo.

[000173] O tamanho particular do sorvente 414 pode também variar, porém em uma modalidade exemplificadora o sorvente 414 tem um diâmetro interno que é maior que um diâmetro da abertura 424 no raspador, de modo que o sorvente 414 irá apenas contatar o raspador 422 em um local radialmente para fora da abertura 424. Isso irá permitir que fluido flua da abertura, através das canaletas 422c, e, então, seja sorvido pelo sorvente. Em uma modalidade exemplificadora, o sorvente é posicionado radialmente para fora dos orifícios 422h formados no raspador, uma vez que ele permite que o sorvente 414 seja posicionado ao redor da coroa 420.

[000174] Conforme indicado acima, quando o removedor de fluido 430 é totalmente montado, ele pode descansar dentro de uma porção distal do compartimento proximal 402. O sorvente 414 pode ser posicionado em contato com uma superfície interna do compartimento 402, a coroa 420 pode ser disposta dentro do sorvente 414, o raspador 422 pode ficar na coroa 420 e ser posicionado em contato com o sorvente, e a tampa pode ser posicionada no raspador 422 e ser emparelhada com a coroa 420. A tampa 418 pode, opcionalmente, ser soldada por ultrassom ou, de outro modo, ser fixamente emparelhada com o compartimento 402 para prender o removedor de fluido 430 no mesmo. Conforme mostrado na figura 30F, o sorvente 414 pode incluir características de superfície, como sulcos que se estendem longitudinalmente 415 formados em uma superfície interna do mesmo e configurado para se alinhar com e receber os pinos 436 na coroa raspadora 420.

[000175] Quando disposto dentro do compartimento 402, o removedor de fluido 430 será posicionado na trajetória da insuflação. Em particular, referindo-se novamente às figuras 30C e 30D, a porta de insuflação 406 tem um lúmen 460 que se estende através damesma. O lúmen 460 define um eixo longitudinal LA e tem uma superfície interior cilíndrica com uma superfície interna mais proximal 462 e uma superfície interna mais distal 464. O removedor de fluido 430 é em geral posicionado dentro da rota do lúmen 460 e, mais particularmente, ele é posicionado de modo que a superfície interna mais próxima 462 do lúmen 460 é posicionada distai ao raspador 422 e o eixo longitudinal LA se estende através de uma porção mediana do sorvente 414. Em outras palavras, o sorvente 414 é posicionado na trajetória do fluxo de gás da porta de insuflação 406 para a cânula distai. Uma pessoa versada na técnica vai perceber que os vários componentes do removedor de fluido 430 podem ser posicionados em vários locais em relação à porta de insuflação 406. Uma vez que as porções do removedor de fluido 430 na modalidade ilustrada são posicionadas na rota do fluxo de ar a partir da porta de insuflação 406 para a cânula distai, os cortes 426 e 444 na coroa 420 e o sorvente 414 irão permitir que o fluxo de ar passe através do mesmo e dentro da cânula distai.

[000176] Em uso, um instrumento cirúrgico pode ser inserido através das vedações 412 e 410 e através da abertura 470 dentro do removedor de fluido 430 conforme necessário em um procedimento particular. Com o uso da porta de insuflação 406, o gás de insuflação pode ser introduzido dentro do canal operacional 408 do trocarte 400 de modo que a insuflação seja conseguida distai às vedações 412 e 410 e ao removedor de fluido 430. O gás de insuflação pode se deslocar ao longo da rota definida pelas porções de flange 440, através dos cortes 426 e 444 na coroa 420 e sorvente 414, respectivamente, e dentro do canal operacional 408 da cânula distai 404. Dessa forma, o removedor de fluido 430 pode ser distai às vedações 412 e 410 para remover fluido de instrumentos sendo retirados, enquanto permite o fluxo de gás de insuflação dentro dacânula distal. Conforme um instrumento cirúrgico é retirado do canal operacional 408, o fluido raspado do instrumento cirúrgico pelo raspador 422 flui radialmente para fora e é sorvido pelo sorvente 414, deste modo mantendo o fluido distante de qualquer instrumento que pode ser reinserido dentro do canal operacional 408. O removedor de fluido 430, deste modo, permite a remoção de fluido de um instrumento cirúrgico em uma posição distai às vedações 412 e 410, enquanto também permite a introdução de gás de insuflação distal a ambas as vedações 412, 410. Uma pessoa versada na técnica irá perceber as variações possíveis para o posicionamento de vedações e removedores de fluido para permitir a insuflação distal a ambos.

[000177] A figura 31 ilustra uma outra modalidade de uma tampa 418' para uso com um removedor de fluido. Nessa modalidade, ao invés de incluir um recorte 448 formado em uma parede lateral da tampa 418 para permitir que ar passe pela tampa 418 em uma direção proximal na direção das vedações, a tampa 418' inclui uma pluralidade de orifícios ou aberturas 448' formadas nisso e posicionadas radialmente ao redor de um perímetro da tampa 418'. A tampa 418' pode incluir inúmeros orifícios em qualquer local e ter qualquer tamanho. Os orifícios 448' são meramente configurados para evitar que o removedor de fluido forme uma vedação, se não necessário, uma vez que pode ser desejável manter um diferencial de pressão zero através do removedor de fluido a fim de evitar que ar force o fluido para fora do sorvente.

[000178] As figuras 32A a 32D ilustram ainda uma outra modalidade de um trocarte 500 que tem um removedor de fluido 530 disposto no mesmo. Conforme mostrado, o trocarte 500 tem um compartimento proximal 502 e uma cânula distai 504 com um canal operacional 508 formado através e estendendo-se entre as extremidades proximal e distal do mesmo. Conforme mostrado na figura 32B, o compartimento502 pode incluir uma vedação de instrumento, como uma vedação de cone profunda 512 (apenas uma aba proximal é mostrada), posicionada dentro de uma vedação de canaleta, como uma vedação de bico de pato 510. Uma pessoa versada na técnica vai perceber que qualquer número, tipo e configuração de canal e/ou vedações de instrumento pode ser posicionado dentro do compartimento 502. O compartimento pode também incluir uma porta de insuflação 506 que é formada no compartimento 502 para fornecer um gás de insuflação ao canal operacional 508.

[000179] Nesta modalidade, o removedor de fluido 530 difere do removedor de fluido 430 descrito acima pelo fato de que ele está posicionado mais distai em relação à porta de insuflação. Em geral, o removedor de fluido 530 tem uma abertura 570 formada através de uma porção central do mesmo, em alinhamento axial com o canal operacional 508, para receber um instrumento cirúrgico. A abertura 570 pode ser eficaz para remover fluido de um instrumento cirúrgico na inserção e/ou retirada através do mesmo. O removedor de fluido 530 está posicionado distai às vedações 512 e 510 de modo que fluido pode ser removido do instrumento cirúrgico antes de ele ser retirado através das vedações 512 e 510 a fim de evitar o depósito de fluido nas vedações. Como com o removedor de fluido 430, o removedor de fluido 530 pode ter uma configuração que permite a passagem de gás de insuflação da porta 506 para a cânula distal 504 mesmo quando um instrumento está disposto através do removedor de fluido 530. Em particular, nesta modalidade o removedor de fluido 530 é em geral posicionado na rota do lúmen 560 da porta de insuflação 506 e, mais particularmente, ele é posicionado de modo que o eixo longitudinal LA do lúmen 560 se estenda através de uma porção substancialmente central da tampa do raspador 518. A superfície interior mais proximal 562 da porta está, deste modo, em geral alinhada com uma parede dotopo 556 da tampa do raspador 518. Conforme mostrado na figura 32B, o raspador 522 é, deste modo, posicionado distai ao eixo longitudinal LA do lúmen 560 e pode geralmente ser posicionado em alinhamento com a superfície interior mais distai 564 do lúmen 560. Em outras modalidades, o raspador 522 pode ser posicionado totalmente distai ou proximal à superfície interior mais distai 564 do lúmen 460. Uma pessoa versada na técnica irá perceber que o removedor de fluido 530 pode estar posicionado em qualquer número de formas em relação ao lúmen 560.

[000180] Uma vez que a porção da tampa 518 e o raspador 522 estão posicionados na trajetória de insuflação, a tampa 518 e o raspador 522 nesta modalidade podem, cada um, ter um corte 548 e 546 que está posicionado dentro da rota do gás de insuflação para permitir que o gás flua para dentro do canal operacional 508, conforme mostrado na figura 32D. Os cortes 548 e 546 podem se alinhar com os cortes correspondentes 526 e 544 na coroa 520 e o sorvente 514, respectivamente, semelhante à coroa 420 e o sorvente 414 discutidos acima. Como é adicionalmente mostrado na figura 32D, a tampa do raspador 518 pode também incluir uma aba ou flange 550 estendendo- se ao redor de uma porção proximal do mesmo e localizada proximal ao corte 548 formado na parede lateral da tampa do raspador 518. Como resultado, o entalhe 546 não é um corte completo, porém é definido em três lados por duas paredes laterais com entalhes opostos 552a e 552b e uma parede do topo 556 e, deste modo, a parede do topo 556 pode opcionalmente servir como um contorno proximal vedado para a rota do gás de insuflação que será descrita a seguir. Em uma modalidade exemplificadora, a parede do topo 556 pode ser posicionada em alinhamento com a superfície interior mais proximal 562 do lúmen 560 dentro da porta de insuflação.

[000181] Uma outra modalidade exemplificadora de um trocarte éilustrada nas figuras 33A-39. Conforme mostrado na figura 33A, é fornecido um dispositivo de acesso cirúrgico ou trocarte 600. Embora o trocarte 600 possa ter muitas configurações, o mesmo pode incluir, em geral, um compartimento 602 com uma cânula 604 estendendo-se de modo distai disso. O compartimento 602 e a cânula 604 podem definir um canal operacional 606 estendendo-se de modo longitudinal através de um centro do mesmo para receber um instrumento cirúrgico. Uma porta de insuflação 612 pode ser acoplada a um lado do compartimento 602 para fornecer insuflação ao trocarte 600. Em algumas modalidades, um sistema de remoção de fluido que pode incluir um raspador, um elemento de absorção por capilaridade e/ou um sorvente, pode ser disposto no interior do compartimento 602. Embora a porta de insuflação 612 possa ser disposta em muitos locais no compartimento 602, nessa modalidade particular, a porta de insuflação 612 está posicionada proximal ao sistema de remoção de fluido e deslocada do canal operacional 606 de tal modo que o gás de insuflação introduzido no compartimento pela porta de insuflação 612 atravesse distalmente o sistema de remoção de fluido para insuflar a cânula 604 e a cavidade corpórea quando um instrumento cirúrgico é disposto no interior do canal operacional. Umsistema de vedação também pode ser disposto no interior do compartimento 602 para evitar o escape de gás de insuflação.

[000182] O trocarte 600 é ilustrado mais detalhadamente na figura 33B. Em algumas modalidades, o compartimento 602 e, opcionalmente, a cânula 604, pode ser um componente integralmente formado único, como, em muitas das modalidades descritas acima. Em outras modalidades, como aquela ilustrada na figura 33B, o compartimento 602 pode incluir um compartimento proximal 608 e um compartimento distai separado 610 que se acoplam para formar o compartimento 602. O compartimento proximal 608 e o compartimentodistal 610 podem confinar os vários componentes do trocarte 600, como o sistema de vedação e o sistema de remoção de fluido. Por exemplo, os compartimentos proximal e distai 608, 610 podem confinar um sistema de vedação que pode incluir, em geral, uma vedação de fechamento zero e uma vedação de instrumento, por exemplo, uma vedação bico de pato 616 e uma vedação em cone profundo 618, respectivamente. O sistema de vedação pode incluir, adicionalmente, um retentor de vedação interno 626 para reter e formar uma vedação com os vários componentes internos, conforme será descrito mais detalhadamente abaixo.

[000183] Os compartimentos proximal e distai 608, 610 também podem confinar o sistema de remoção de fluido, que pode ser disposto distai à porta de insuflação 612. Conforme observado acima e conforme mostrado nas figuras 33B e 38A, o sistema de remoção de fluido pode incluir, em geral, um raspador 620 para raspar fluido de um instrumento cirúrgico inserido através do mesmo, um elemento de absorção por capilaridade 622 disposto no raspador (mostrado na figura 38A) para transferir fluido raspado do instrumento cirúrgico e/ou um sorvente 624 para reter fluido longe do instrumento cirúrgico. Visto que a porta de insuflação 612 pode ser disposta no interior do compartimento 602 em um local proximal ao sistema de remoção de fluido, em geral, o sistema de remoção de fluido pode ter uma trajetória de insuflação formada através do mesmo, indicada pela seta A na figura 33B, para permitir a passagem de gás de insuflação de uma porção proximal do trocarte 600 para uma porção distai disso de modo que a área abaixo do sistema de vedação, incluindo a cânula 604 e a cavidade corpórea, pode ser pressurizado. A trajetória pode ser deslocada do canal operacional 606 de modo que o gás de insuflação possa atravessar o sistema de remoção de fluido mesmo quando um instrumento cirúrgico estiver disposto no interior e obstruiro canal operacional 606 do trocarte 600. Esses e outros aspectos serão descrito detalhadamente abaixo.

[000184] Os componentes do compartimento 602 são ilustrados mais detalhadamente nas figuras 34A-35, e o compartimento proximal 608 é mostrado detalhadamente nas figuras 34A e 34B. O compartimento proximal 608 pode ser, em geral, um componente oco substancial mente rígido projetado para confinar e reter o sistema de vedação e para receber a porta de insuflação 612 e a torneira 614. O compartimento proximal 608 pode ter muitas configurações, mas, na modalidade ilustrada, tem uma parede de extremidade proximal 632 com uma parede lateral 633 estendendo-se substancialmente de modo ortogonal e distai disso. O compartimento proximal 608 pode ser genericamente aberto de modo distai, sem uma parede de extremidade distai, para permitir que a extremidade distai corresponda ao compartimento distai. Uma cavidade formada no compartimento proximal pode alojar os vários componentes internos do trocarte 600 quando o compartimento proximal 608 é combinado com o compartimento distai 610.

[000185] Em algumas modalidades, a parede de extremidade proximal 632 pode incluir uma abertura 628 para receber um instrumento cirúrgico através da mesma e para definir o canal operacional 606 estendendo-se ao longo de um eixo longitudinal central do trocarte 600. Um lúmen central cilíndrico substancialmente rígido 630 pode se estender da abertura 628 uma distância para o compartimento proximal 608 para definir o canal operacional 606. O lúmen central 630 também pode servir para guiar um instrumento cirúrgico para o sistema de vedação. Um ou mais elementos correspondentes 648 podem ser formados na parede de extremidade proximal 632 do compartimento proximal 608 para encaixar em um obturador para inserir o trocarte 600 no tecido.

[000186] A parede de extremidade proximal 632 e a parede lateral 633 do compartimento proximal 608 podem ter uma superfície externa 635 e uma superfície interna 634 que podem ter qualquer formato conforme for desejado a fim de fornecer o espaço interno necessário. A parede lateral 633 pode incluir, opcionalmente, uma porção arqueada ou distendida 636 que tem uma abertura ou recorte 638 para receber a porta de insuflação 612. A parede lateral 633 também pode incluir um aro distai 641 que é configurado para encaixar em um aro proximal correspondente 664 (mostrado na figura 35A) do compartimento distai 610. O aro proximal 664 e o aro distai 641 podem corresponder usando-se qualquer técnica conhecida na técnica, incluindo, mas não se limitando a, encaixe por interferência, encaixe por pressão, adesivo, fecho, etc. Por exemplo, o compartimento proximal 608 pode incluir um ou mais membros de acoplamento 640 para encaixar no compartimento distai 610. A modalidade ilustrada inclui quatro membros de acoplamento 640 cada um estendendo-se a partir de um lúmen de acoplamento 642. Os lúmens 642 podem ser integralmente formados com e/ou rigidamente acoplados à superfície interna 634 da parede lateral 633, e os membros de acoplamento 640 pode se estender distalmente disso. Os membros de acoplamento 640 podem ser componentes similares a pinos alongados substancialmente rígidos que estão configurados para serem dispostos no interior de lúmens de acoplamento correspondentes 666 (mostrado na figura 35A) do compartimento distai 610. Quando os membros de acoplamento 640 são encaixados nos lúmens 666, um acoplamento seguro pode ser formado entre os compartimentos proximal e distai 608, 610 por meio de, por exemplo, um encaixe por interferência, um encaixe por pressão, ou um adesivo. Um indivíduo de habilidade comum na técnica observará a variedade de formas que os compartimentos proximal e distai 608, 610 podem ser juntamenteencaixados.

[000187] Em uma modalidade, cada lúmen de acoplamento 642 pode ter uma protuberância ou nervura 643 estendendo-se radialmente para fora disso, conforme mostrado na figura 34B. Embora as nervuras 643 possam ter muitas configurações, na modalidade ilustrada, as nervuras 643 são protrusões com formato retangular que se estendem, em geral, ao longo de um comprimento do lúmen de acoplamento 642. Duas das nervuras 643 situadas em um lado do recorte 638 podem ser orientadas na direção uma da outra e as outras duas nervuras 643 situadas no lado oposto do recorte 638 podem ser orientadas na direção uma da outra, conforme mostrado na figura 34B. As nervuras 643 podem ser configuradas para engatar calços 693 formados em um flange 691 do retentor interno 626 (mostrado nas figuras 36 e 37A). As nervuras 643 podem evitar que o retentor interno 626 flutue no interior do compartimento proximal e distai 608, 610 e pode, dessa forma, assegurar compactação adequada das vedações 616, 618 e que o raspador 620 mantenha a vedação pneumática. Em particular, as nervuras 643 podem assegurar que o vão entre um flange de vedação proximal 644 do compartimento proximal 608 e um aro retentor proximal 680 do retentor 626 tenha uma altura apropriada a fim de fornecer a compactação desejada das vedações 616, 618 dispostas no interior do vão. Por exemplo, quando o compartimento proximal 608 está totalmente assentado em e encaixado no compartimento distai 610, uma extremidade distai 637 de cada nervura 643 fica em contiguidade a e engata um calça correspondente 693 no flange 691 do retentor interno 626. A distância entre a extremidade distai 637 de cada nervura 643 e o flange de vedação proximal 644 do compartimento proximal 608 pode ajustar o vão entre o flange de vedação proximal 644 e o aro retentor proximal 680 do retentor 626 (descrito mais detalhadamente abaixo). Dessa forma, a quantidade decompactação sobre as vedações 616, 618 assentadas entre si pode ser prevista. De modo similar, o comprimento das nervuras 643 também pode ajustar entre o retentor interno 626 e o compartimento distai 610, controlando assim a quantidade de compactação do raspador 620, também descrito mais detalhadamente abaixo.

[000188] O compartimento proximal 608 também pode incluir detalhes para reter e vedar contra as vedações 616, 618. Por exemplo, em algumas modalidades, o compartimento proximal 608 pode incluir um flange de vedação proximal 644 formado sobre uma superfície interna 646 da parede de extremidade proximal 632, conforme mostrado na figura 34B. O flange de vedação proximal 644 pode ser um membro cilíndrico substancialmente rígido que tem um diâmetro superior a um diâmetro do lúmen central 630, porém menor que uma largura do compartimento proximal 608. Em geral, o flange de vedação proximal 644 pode atuar com o retentor de vedação 626 a fim de reter e formar uma vedação com a vedação bico de pato 616 e a vedação em cone profundo 618, conforme será descrito detalhadamente abaixo.

[000189] O compartimento distai 610 também pode ter muitas configurações e uma modalidade é mostrada mais detalhadamente nas figuras 35A e 35B. Similar ao compartimento proximal 608, o compartimento distai 610 pode ser, em geral, um componente oco substancialmente rígido projetado para confinar e reter o sistema de remoção de fluido e para receber a porta de insuflação 612. O compartimento distai 610 pode ter muitas configurações, mas, na modalidade ilustrada, tem uma parede de extremidade distai 652 com a parede lateral 654 estendendo-se substancialmente de modo ortogonal e proximal disso. O compartimento distai 610 pode ser, em geral, aberto de maneira proximal, sem uma parede de extremidade proximal, e a parede lateral 654 pode definir uma cavidade produzidapara compartimento dos vários componentes internos do trocarte 600 quando o compartimento distai 610 for combinado ao compartimento proximal 608.

[000190] O compartimento distai 610 também pode, em geral, ser configurado para receber um instrumento cirúrgico através do mesmo e pode ser configurado para encaixar na porta de insuflação 612 e no compartimento proximal 608. Por exemplo, o compartimento distai 610 pode incluir umaabertura 650 formada em sua parede de extremidade distai 652 para receber um instrumento cirúrgico através da mesma e para definir o canal operacional 606 que se estende para a cânula 604. Em algumas modalidades, a parede de extremidade distai 652 e a parede lateral 654 pode ter uma superfície externa 656 e uma superfície interna 658 e pode ter qualquer formato conforme for desejado que fornece o espaço interno necessário. A parede lateral 654 pode incluir, opcional mente, uma porção arqueada ou distendida 660 que inclui uma abertura ou recorte 662 para receber a porta de insuflação 612. A parede lateral 654 também pode incluir um aro proximal 664 que está configurado para encaixar em um aro distai correspondente 641 (mostrado na figura 34B) do compartimento proximal 608. O aro proximal 664 e o aro distai 641 podem ser encaixados usando-se qualquer técnica conhecida na técnica, incluindo, mas não se limitando a, encaixe por interferência, encaixe por pressão, adesivo, fecho, etc. Por exemplo, o compartimento proximal 610 pode incluir um ou lumens de acoplamento 666 para encaixar no compartimento proximal 608. A modalidade ilustrada inclui quatro lúmens de acoplamento 666 cada integralmente formado com e/ou rigidamente acoplado à superfície interna 658 da parede lateral 656. Os lúmens de acoplamento 666 podem ser componentes ocos substancialmente rígidos que estão configurados para receber membros de acoplamento correspondentes 640 (mostrado na figura34B) do compartimento proximal 608 para encaixar, de modo seguro, os compartimentos proximal e distal 608, 610 juntamente, conforme descrito acima.

[000191] O compartimento distal 610 também pode incluir detalhes para reter e vedar contra o raspador 620. Para esse propósito, o compartimento distai 610 pode incluir um flange de vedação distai 668 formado na parede de extremidade distai 652. O flange de vedação distai 668 pode ser um membro cilíndrico substancialmente rígido que tem um diâmetro superior a um diâmetro da abertura 650, porém menor que uma largura do compartimento distai 610. Em geral, o flange de vedação distai 668 pode atuar com o retentor de vedação 626 para reter e formar uma vedação com o sistema de remoção de fluido, conforme será descrito detalhadamente abaixo. Além disso, o compartimento distai 610 pode incluir uma pluralidade de cristas 651 que estão projetadas para assentar e encaixar no raspador 620 conforme será descrito detalhadamente abaixo. As cristas 651 podem ser formadas integralmente com uma superfície proximal de uma parede 736 estendendo-se a partir do piso do compartimento distai 610, e pode ter porções alta e baixa que definem cada crista 651.

[000192] Uma cavidade 670, mostrada na figura 35A, pode ser formada entre a abertura 650 e o flange de vedação distai 668 para assentar o sorvente 624. A cavidade pode ter uma ou mais cristas, por exemplo, uma pluralidade de cristas 672 formadas ao redor de uma superfície interna do flange de vedação distai 668 para fornecer engate por atrito com o sorvente 624. A cavidade 670 também pode incluir uma pluralidade de detalhes, por exemplo, quatro saliências 671 que se estendem de maneira proximal do piso da cavidade 670 e que estão projetadas para engatar o sorvente 624 e comprimir o sorvente 624 formando engate com o raspador 620 conforme também será descrito mais detalhadamente abaixo. Conforme será compreendidopelo versado na técnica, qualquer tipo de detalhe suficiente para comprimir o sorvente 624 formando engate com o raspador 620 pode ser usado no interior da cavidade 670. As saliências 671 podem ser formadas integralmente com o compartimento distai 610 ou podem ser acopladas a isso por um adesivo ou outro mecanismo de fixação.

[000193] O compartimento distai 610 pode ser, opcionalmente, integralmente formado com a cânula 604. A cânula 604 pode se estender distalmente do compartimento distai 610 e pode terminar distalmente em uma porção angulada que forma uma ponta de perfuração distai 605 que facilita a entrada através do tecido em uma cavidade corpórea. Em algumas modalidades, um ponto mais longe da ponta distai angulada 605 da cânula 604 pode ser orientado em relação ao compartimento distai 610 de tal modo que o mesmo esteja alinhado à porta de insuflação 612, embora possa ter qualquer orientação desejada. O compartimento distai 610 também pode ter um ou mais laços de sutura ou outros recursos de amarra de sutura 675 formados ao redor de um perímetro externo de uma superfície externa 656 disso. Cada recurso de amarra de sutura 675 pode definir uma abertura ou trajetória formada através do mesmo para receber uma sutura a fim de ajudar, de forma mais satisfatória, a prender trocarte 600 quando o mesmo for disposto no tecido. O recurso de amarra de sutura 675, mostrado na figura 33A, pode ter qualquer orientação angular em relação à ponta distai angulada 605 da cânula 604, mas, em uma modalidade, pelo menos um recurso de amarra 675 é deslocado em 90 graus do ponto mais longe da ponta de perfuração distai angulada 605. Em outras modalidades, o recurso de amarra de sutura 675 pode ser posicionado em linha com a ponta distai angulada 605 da cânula 604, ou deslocado em 180 graus disso.

[000194] Embora o sistema de vedação e o sistema de remoção de fluido disposto no interior do compartimento 602 possam ter muitasconfigurações diferentes, uma modalidade exemplificadora desses sistemas é mostrada mais detalhadamente na figura 36. Conforme observado acima, o sistema de vedação ilustrado inclui uma vedação de canal do tipo bico de pato 616, uma vedação de instrumento tipo cone profundo 618, e um retentor de vedação interno 626 para prender os elementos de vedação no interior do trocarte 600. Conforme será compreendido pelo indivíduo de habilidade comum na técnica, qualquer combinação de vedação adequada pode ser utilizada no interior do compartimento 602 que é eficaz para manter insuflação da cânula 604 e da cavidade corpórea durante uso. Dessa forma, a combinação de vedação pode incluir, em geral, tanto uma vedação de fechamento zero como uma vedação de instrumento e/ou uma única vedação que tem a capacidade de fechamento zero e vedação ao redor de um instrumento. Na modalidade ilustrada, a vedação em cone profundo 618 é disposta no interior da vedação bico de pato 616 de tal modo que um instrumento inserido no canal operacional 606 através da abertura 628 no compartimento proximal 608 encontre a vedação em cone profundo 618 primeiro. Visto que isso está posicionado proximal à vedação bico de pato 616, a vedação em cone profundo 618 formará uma vedação ao redor do instrumento cirúrgico antes de o instrumento cirúrgico encontrar e abrir a vedação bico de pato 616. Dessa forma, a insuflação pode ser mantida durante inserção do instrumento no trocarte 600.

[000195] Embora existam várias formas de reter as vedações no interior do compartimento 602, na modalidade ilustrada, as vedações 616, 618 são dispostas no interior de e acopladas ao retentor de vedação 626. O retentor de vedação 626 e os compartimentos proximal e distai 608, 610 podem funcionar, em geral, juntamente para vedar o canal operacional 606 comprimindo e vedando contra um perímetro das vedações 616, 618. Em particular, conforme mostradonas figuras 36-37B, o retentor de vedação 626 pode ser um componente cilíndrico substancialmente rígido que define uma porção do canal operacional 606 e veda o canal operacional 606 em relação a uma região no compartimento 602 fora de e/ou que circunda o retentor 626. O retentor de vedação 626 encaixa no interior do compartimento 602 e pode ter uma extremidade proximal 706 e uma extremidade distai 702. A extremidade proximal 706 pode ter uma abertura 700 que tem substancialmente o mesmo diâmetro que um diâmetro externo do retentor 626, embora possa ter qualquer diâmetro necessário para acomodar as vedações 616, 618. A extremidade distai 702 pode incluir uma parede de extremidade distai 708 com uma abertura 704 estendendo-se através disso. A abertura 704 pode ter qualquer diâmetro necessário, por exemplo, um diâmetro que seja menor que o diâmetro externo do retentor 626, mas pelo menos grande o suficiente para receber um instrumento cirúrgico. O retentor 626 pode ter uma parede lateral 711 estendendo-se entre suas extremidades proximal e distai 706, 702. Em algumas modalidades, a parede de extremidade distai 708 pode incluir uma pluralidade de nervuras 707 estendendo-se radialmente da abertura 706, conforme mostrado na figura 37C. As nervuras 707 podem ser configuradas para manter contato positivo entre o raspador 620 e o sorvente 624.

[000196] Conforme observado acima, em algumas modalidades, as vedações 616, 618 podem ser retidas por e vedadas entre o retentor de vedação 626 e o flange de vedação644 do compartimento proximal 608. Em particular, o retentor 626 pode ter um aro retentor proximal 680 que pode engatar em uma superfície distai 682 de um flange 684 formado na vedação bico de pato 616. O flange de vedação proximal 644 do compartimento proximal 608 pode engatar na superfície proximal 686 do flange 688 na vedação em cone profundo 618. Conforme mostrado de modo mais evidente na figura 33B, quando otrocarte 600 for montado, o aro retentor proximal 680 e o flange de vedação proximal 644, juntamente, comprimem ao redor do perímetro externo dos flanges 684, 688 e formam uma vedação contra isso de tal modo que o canal operacional 606 seja vedado para finalidade de insuflação. O aro proximal 680 e o flange de vedação 644 também podem reter as vedações 616, 618 no interior do compartimento 602. Conforme observado acima, a quantidade de espaçamento entre a extremidade distai 637 das nervuras 643 no compartimento proximal 608 e o flange de vedação proximal 644 do compartimento proximal 608 pode ser usada, pelo menos em parte, para prever e controlar a quantidade de compactação das vedações 616, 618.

[000197] Conforme também observado acima, pelo menos uma porção do sistema de remoção de fluido pode ser retida por e vedada entre o retentor de vedação 626 e o flange de vedação 668 do compartimento distai 610. Em particular, o retentor de vedação 626 pode incluir um aro de retentor distai 690 que pode engatar em uma superfície proximal 692 do raspador 620. Além disso, o flange de vedação distai 668 no compartimento distai 610 pode engatar em uma superfície distai 694 do raspador 620. Quando o trocarte 600 é montado, o aro de retentor distai 690 e o flange de vedação distai 668, juntamente, comprimem ao redor do perímetro externo do raspador 620 para formar uma vedação contra isso de tal modo que o canal operacional 606 seja vedado para finalidade de insuflação. O aro distai 690 e o flange de vedação 668 também pode reter o raspador 620 no interior do compartimento 602.

[000198] Conforme mostrado nas figuras 33B, 36 e 37A, o retentor de vedação 626 pode incluir, adicionalmente, um flange mediano 691 estendendo-se radialmente para fora do retentor 626 e disposto ao redor de uma circunferência externa disso. O flange mediano 691 pode ser, em geral, disposto em qualquer local ao longo de um comprimentodo retentor 626, mas, na modalidade ilustrada, o mesmo é disposto próximo a uma porção média do retentor 626. O flange mediano 691 pode ser configurado para engatar em uma parede lateral interna dos compartimentos proximal e distai 608, 610 em um ponto no qual os compartimentos proximal e distai 608, 610 se encaixam. Dessa forma, o retentor 626 pode ser retido e preso no interior do compartimento 602. Conforme observado acima, o flange 691 também pode incluir uma pluralidade de calços 693 configurada para engatar as nervuras 643 ao compartimento proximal 608. O comprimento das nervuras 643 pode ser usado para prever e controlar a compactação das vedações 616, 618 e do raspador 620. Em algumas modalidades, o flange mediano 691 pode ter uma porção 710 que se curva ou afunda distalmente para acomodar a estrutura dos compartimentos proximal e distai 608, 610 próximo ao ponto de acoplamento para a porta de insuflação 612.

[000199] Em algumas modalidades, o retentor de vedação 626 também pode incluir uma porta 696 para receber a porta de insuflação 612. Uma abertura 706 pode ser formada em uma parede de extremidade distai 708 do retentor 626 a fim de permitir que o gás de insuflação flua da porta 696 e através da parede de extremidade distai 708 para insuflar a cânula 604 e a cavidade corpórea.

[000200] Conforme observado acima, o trocarte 600 pode incluir um sistema de remoção de fluido configurado, em geral, para remover fluido de um instrumento cirúrgico e transferir e armazenar o fluido em um local longe do canal operacional 606 e qualquer instrumento cirúrgico inserido através do mesmo. O sistema de remoção de fluido pode ter muitas configurações, mas, conforme mostrado na figura 36 e conforme observado acima, pode incluir o raspador 620 que tem o elemento de absorção por capilaridade 622 formado no mesmo (mostrado na figura 38A) e o sorvente 624 posicionado adjacente aoraspador 620 para sorver fluidos absorvidos por capilaridade pelo elemento de absorção por capilaridade 622.

[000201] O raspador 620 é mostrado mais detalhadamente nas figuras 38A-38C e pode ter qualquer um dos mesmos ou recursos e configurações diferentes anteriormente descritas. O raspador 620 pode ser um componente substancialmente circular que tem uma superfície proximal 722 e uma superfície distai 694. Uma abertura 712 pode ser formada através de um centro do raspador 620 para receber um instrumento cirúrgico através da mesma. A abertura 712 pode ter um diâmetro substancialmente igual a, ou ligeiramente menor que, um diâmetro de um instrumento cirúrgico inserido através do mesmo de modo que a abertura 712 raspe ao longo da parte externa de um instrumento cirúrgico enquanto atravessa isso a fim de remover fluido disso. Conforme observado nas modalidades anteriores, o raspador 620 pode ser formado de um material flexível e pode, portanto, inverter de maneira proximal enquanto um instrumento cirúrgico é extraído através e raspado pela abertura 712.

[000202] Existem muitas formas nas quais o raspador 620 pode ser retido no interior do compartimento 602. Conforme observado acima, em uma modalidade, o raspador 620 pode ser retido por e disposto entre o aro de retentor distai 690 do retentor 626 e o flange de vedação distai 668 do compartimento distai 610. Devido ao fato de que o raspador 620 pode ser formado de um material flexível e/ou compressível, enquanto o aro 690 e o flange 668 engatam no perímetro externo do raspador 620, o perímetro externo do raspador 620 pode ser compactado entre os mesmos e uma vedação pode ser formada entre o raspador 620, o aro 690 e o flange 668. Conforme observado acima, a quantidade de espaçamento entre a extremidade distai 637 das nervuras 643 no compartimento proximal 608 e o aro de retentor distai 690 pode ser usado, pelo menos em parte, para prevere controlar a quantidade de compactação do raspador 620. O perímetro externo do raspador pode incluir, opcionalmente, um rebordo 724 estendendo-se de maneira proximal da superfície proximal 722. O aro 690 e o flange 668 podem compactar o raspador 620 em um local radialmente para dentro do rebordo 722, conforme pode ser observado na figura 33B.

[000203] Em algumas modalidades, o raspador 620 pode incluir recursos para assistir na preensão do raspador 620 no interior do compartimento 602. Por exemplo, o perímetro mais externo do raspador 620 pode incluir uma ou mais endentações, por exemplo, quatro endentações 714 para receber as protuberâncias 716 no compartimento distai 610. As protuberâncias 716 são acopladas a e/ou integralmente formadas com os lúmens 666 e servem para estabilizar, adicionalmente, o raspador 620 no interior do compartimento distai 610. O raspador 620 também pode incluir uma abertura ou orifício 718 que pode alinhar-se à abertura 706 formada no retentor 626 para permitir que o gás de insuflação flua através do mesmo. O orifício 718 pode ter qualquer tamanho ou formato conhecido na técnica que seja suficiente para permitir o fluxo de gás de insuflação através do mesmo. Na modalidade ilustrada, o orifício 718 é substancialmente retangular e tem um tamanho para corresponder à abertura 706. O orifício 718 pode ser deslocado da abertura 712 de tal modo que um eixo estendendo-se através do centro do orifício 718 que está paralelo ao eixo longitudinal do trocarte 600 seja deslocado uma distância do eixo longitudinal do trocarte 600.

[000204] Conforme observado acima, o raspador 620 também pode incluir recursos formados nisso, como o elemento de absorção por capilaridade 622, para absorver por capilaridade fluido longe do canal operacional 606. Embora o elemento de absorção por capilaridade 622 possa assumir qualquer forma adequada para absorver porcapilaridade fluido longe da abertura 712, na modalidade ilustrada, o elemento de absorção por capilaridade 622 pode ser um ou mais canais 720 formados na superfície distai 694. Os canais 720 podem se estender parcialmente para a superfície distai 694 do raspador 620 e podem ter uma profundidade adequada para conter e transferir fluido longe da abertura 712. Os canais 720 podem, iniciar na abertura 712 e se estender radialmente para fora disso, ou os mesmos podem iniciar a uma distância radial longe da abertura 712 e se estender radialmente para fora disso, conforme mostrado nas figuras 38A e 38C. De modo similar, os canais 720 podem se estender por toda a extensão até a circunferência mais externa do raspador 620, ou podem parar a uma distância longe da circunferência mais externa, conforme mostrado na figura 38A. Um versado na técnica observará a variedade de configurações possíveis para os canais 720.

[000205] Também pode haver inúmeros canais 720 formados no raspador 620 conforme for desejado e os mesmos podem ser dispostos ao redor do raspador 620 com um espaçamento igual entre os mesmos e/ou com espaçamento irregular entre os mesmos. Na modalidade ilustrada, uma pluralidade de canais 720 é formada no raspador 620 e a maioria dos mesmos é, em geral, espaçada igualmente ao redor do raspador 620. Entretanto, os canais 720 próximos ao orifício 718 podem diferir em espaçamento. Por exemplo, quatro dos canais 720 próximos ao orifício 718 não estão igualmente espaçados em relação aos outros canais 720. Ao invés disso, dois canais 720 em um lado do orifício 718 e dois canais 720 no outro lado do orifício 718 são espaçados mais próximos a fim de fornecer espaço para o orifício 718 e assegurar que o fluido seja direcionado para longe do orifício 718. Conforme observado acima, o raspador 620 pode ser assentado sobre as cristas 621 formadas na parede 736 do compartimento distai 610. Em particular, as cristas 621 podem engatarem uma circunferência estreita do raspador 620 que está mais próximo à abertura central 712 que a circunferência mais externa, por exemplo, cerca de um quarto a um terço da distância ao longo do comprimento dos canais 720, embora qualquer configuração seja possível. Essa circunferência estreita de engate permite que o raspador 620 seja assentado no interior do compartimento distai 610 sem fazer com que os canais 720 cedam ou entrem em colapso, como provavelmente aconteceria com uma área mais ampla de engate. Os canais 720 podem ser alinhados às cristas 621, conforme ilustrado na figura 38C, de tal modo que cada canaleta 720 seja alinhado a porção inferior ou vale das cristas 621 para assegurar que o fluido flua através do canaleta 720. Cada porção elevada ou pico das cristas 621 se estende de maneira proximal entre os canais 720. Os canais 720 podem ser adjacentes a e estar em contato com o sorvente 624 para absorver por capilaridade fluido para o sorvente 624.

[000206] O sorvente 624 também pode ter qualquer formato e configuração, conforme observado detalhadamente acima. Nas modalidades ilustradas nas figuras 36 e 39, o sorvente 624 pode ter um formato substancialmente em C e/ou substancialmente circular com um recorte 730 em um lado. Uma abertura central 727 do sorvente 624 pode ter um diâmetro que é superior a um diâmetro do canal operacional 606 da cânula 604 e/ou da abertura 712 formada no raspador 620. O sorvente 624 pode ter uma superfície proximal 726 e uma superfície distai 728, bem como uma superfície externa 732 e uma superfície interna 734. O sorvente 624 pode ter, em geral, uma seção transversal retangular com uma largura W e uma altura H, e, em algumas modalidades, a largura W pode ser menor que uma altura H. Em outras modalidades, o sorvente 624 pode ter uma seção transversal circular, uma seção transversal triangular, etc. O sorvente 624 pode ter, em geral, um tamanho adequado para ser posicionadono interior da cavidade 670 formada no interior do compartimento distal 610. O recorte 730 pode ter qualquer largura e configuração, e, na modalidade ilustrada, tem uma largura similar a, mas maior que o tamanho do orifício 718 no raspador 620 e a abertura 706 no retentor 626. Por exemplo, o recorte 730 pode ter uma largura maior que as paredes paralelas 677 no interior do compartimento distai 610 que define uma trajetória de insuflação 674 através do compartimento distai 610. O orifício 718 no raspador 620 e a abertura 706 no retentor 626 podem ter uma largura substancialmente igual à largura das paredes 677 no compartimento distai 610. A largura maior do recorte 730 comparada à largura do orifício 718 e à abertura 706 deve assegurar que a trajetória de insuflação permaneça livre de qualquer fluido retido no sorvente 624. Em uso, o recorte 730 é, de preferência, alinhada ao orifício 718 e à abertura 706.

[000207] Conforme observado acima, o sorvente 624 pode ser assentado no interior da cavidade 670 e no topo das saliências 671. As saliências 671 podem engatar na superfície distai 728 do sorvente 624 e podem elevar o sorvente 624 a fim de inclinar o sorvente 624 formando engate com o raspador 620. Em particular, a superfície proximal 726 do sorvente 624 pode ser comprimida formando engate com a superfície distai 694 do raspador 620. Em algumas modalidades, pode haver uma força de compactação que resulta em um contato de interferência entre as superfícies 726, 694 na faixa de cerca de 0,0254 (1/1.000) a cerca de 0,457 mm (18/1.000 polegadas) a fim de assegurar contato suficiente entre as duas superfícies 726, 694 sem bloquear os canais 720 e evitando transferência de fluidos. O engate entre as duas superfícies 726, 694 fornecidas pelas saliências 671 resulta em transferência eficaz de fluido dos canais 720 do elemento de absorção por capilaridade 622 para o sorvente 624. O fluido raspado pela abertura 712 pode percorrer radialmente para forada abertura 712 através dos canais 720, passar pelas cristas 621, e entrar em contato com o sorvente 624 a ser sorvido dessa forma.

[000208] Quando o trocarte é montado, todos os orifícios, aberturas e trajetórias através dos vários componentes do sistema de remoção de fluido podem ser alinhados para formar uma trajetória de insuflação através do sistema de remoção de fluido, conforme mostrado pela seta A na figura 33B. Mais particularmente, o sorvente 624 pode ser posicionado no interior da cavidade 670 no interior do compartimento distai 610. As cristas 672 podem engatar na superfície externa 732 do sorvente 624, embora a superfície interna 734 engate em uma parede 736 definindo a abertura 650 que se estende para a cânula 604. Os lados opostos 738a, 738b do recorte 730 podem ser posicionados sobre o lado do canaleta ou trajetória 674 estendendo-se a partir da abertura 650 no interior do compartimento distai 610. A trajetória 674 pode ser alinhada à porta 696 do retentor 626 a fim de permitir que o gás de insuflação flua através da mesma. O raspador 620 pode ser posicionado no topo de ou proximal ao sorvente 624 de tal modo que o perímetro externo do raspador 620 se assente sobre o flange de vedação distai 668 do compartimento distai 610, e de tal modo que o elemento de absorção por capilaridade 622 esteja adjacente a e em contato com o sorvente 624. Dessa forma, o fluido raspado pelo raspador 620 será absorvido por capilaridade ao longo dos canais 720 e sorvido pelo sorvente 624. O sorvente 624 reterá o fluido longe do canal operacional 606, e, dessa forma, longe de qualquer instrumento inserido através do canal operacional 606. O orifício 718 no raspador 620 pode ser alinhado à trajetória 674 no compartimento distai 610 e ao recorte 730 no sorvente 624 a fim de permitir o fluxo de gás de insuflação através disso.

[000209] Adicionalmente, o retentor de vedação 626 pode ser posicionado proximal ao raspador 620 de tal modo que o aro distai 690seja posicionado sobre a superfície proximal em contato com o perímetro externo do raspador 620 e forme uma vedação contra isso com o flange de vedação distai 668. A abertura 706 no retentor 626 também pode ser alinhada ao orifício 718 no raspador 620, ao recorte 730 no sorvente 624 e à trajetória 674 no compartimento distai 610 para formar a trajetória de insuflação para permitir o fluxo de gás de insuflação através disso. Dessa forma, o gás de insuflação da porta 696 passa de uma área no compartimento distai 610 que é proximal ao sistema de remoção de fluido através da trajetória criada pela abertura 706, pelo orifício 718, pelo recorte 730 e pela trajetória 674 e para uma área distai ao sistema de remoção de fluido. O gás de insuflação pode, portanto, passar para a cânula 604 e para a cavidade corpórea através do sistema de remoção de fluido mesmo quando um instrumento cirúrgico oclui a abertura 712 no raspador 620.

[000210] Em uso, visto que o trocarte 600 é inserido em uma cavidade corpórea, a porta de insuflação 612 pode ser usada para introduzir gás de insuflação no compartimento 602 através da porta 696 no retentor de vedação 626. Em outras modalidades, o gás de insuflação pode ser introduzido no compartimento 602 antes de um instrumento ser inserido através do mesmo. O gás pode fluir para o canal 740 no retentor 626 próximo à extremidade distai da vedação bico de pato 616 mostrada na figura 33B, e para a trajetória de insuflação criada através do sistema de remoção de fluido conforme descrito acima, bem como através do canal operacional 606. Quando um instrumento é disposto através do trocarte 600, a vedação em cone profundo 618 forma uma vedação ao redor do instrumento para manter insuflação distal da vedação 618. Adicionalmente, o instrumento cirúrgico oclui a abertura 712 no raspador 620, evitando o fluxo de gás através do canal operacional 606. A trajetória de insuflação que se estende através do sistema de remoção de fluido está deslocada emrelação ao canal operacional 606, e, dessa forma, o gás de insuflação pode fluir através da trajetória de insuflação na direção da seta A, mostrada na figura 33B, conforme descrito acima.

[000211] Conforme um instrumento cirúrgico é retirado do trocarte 600, o mesmo é puxado através da abertura 712 no raspador 620. A abertura 712 pode raspar fluido da parte externa do instrumento cirúrgico. O fluido pode percorrer para os canais de absorção por capilaridade 720 e ser absorvidos por capilaridade para longe da abertura 712. Os canais 720 podem transferir o fluido para o sorvente 624, onde o mesmo é mantido longe da abertura 712 de modo que qualquer instrumento cirúrgico subsequentemente inserido não seja contaminado pelo fluido. Será entendido pelo indivíduo de habilidade comum na técnica que a ordem de uso e/ou etapas de método não são importantes e, dessa forma, podem ser realizadas em qualquer ordem.

[000212] Em uma outra modalidade, todas as modalidades removedoras de fluido descritas acima podem ser formadas em uma única unidade de "entrada", conforme necessário. A unidade de entrada pode incluir elementos sorventes, elementos raspadores, elementos de absorção por efeito capilar e/ou combinações dos mesmos. Esses elementos podem ser combinados conforme necessário em uma unidade externamente configurada que pode ser colocada em um sistema trocarte existente, conforme necessário. Deste modo, a unidade de entrada irá se encaixar em e ao redor de quaisquer vedações e componentes dispostos dentro do compartimento proximal, incluindo a tampa removível, e/ou dentro da cânula. Por exemplo, a unidade de entrada pode ser configurada para se ajustar abaixo ou distai a um ou mais elementos de vedação e/ou ela pode ser configurada para se ajustar acima ou proximal a um ou mais elementos de vedação. Alternativamente ou além disso, aunidade de entrada pode ser configurada para ter componentes que se ajustam acima, abaixo ou entre os elementos de vedação. A unidade de entrada pode também incluir as vedações na mesma, de modo que toda a unidade pode ser colocada dentro de um compartimento vazio de um trocarte. A unidade de entrada pode também ser removível conforme necessário, e a unidade, ou porções da mesma, podem ser reutilizáveis.

[000213] Também são fornecidos, de modo geral, métodos para remover fluido de um instrumento cirúrgico. Em uma modalidade exemplificadora, um instrumento cirúrgico pode ser passado através de um dispositivo de acesso e um removedor de fluido no dispositivo de acesso pode remover qualquer fluido no instrumento, ou fluido depositado em uma vedação dentro do dispositivo de acesso pelo instrumento. Em uma modalidade exemplificadora, um removedor de fluido pode engatar um instrumento cirúrgico que passou através de um dispositivo de acesso, como um trocarte, mediante a remoção do instrumento para assim remover o fluido do instrumento, deste modo evitando que fluido se acumule na(s) vedação/vedações e/ou de ser redepositado em instrumentos passando através do mesmo. Conforme indicado acima, o removedor de fluido pode ser formado a partir de qualquer combinação de um ou mais elementos sorventes, de raspagem e de absorção por efeito capilar. Uma pessoa versada na técnica vai perceber que virtualmente qualquer combinação de elementos sorvedores, de raspagem e de absorção por efeito capilar podem formar o removedor de fluido resultando em uma variedade de métodos para remover fluido que pode incluir qualquer combinação dentre sorver, raspar e absorver fluido por efeito capilar para longe de um instrumento cirúrgico e/ou de uma vedação ou outra porção de um trocarte ou outro dispositivo de acesso.

[000214] Aqueles versados na técnica adicionalmente apreciarãoque a presente invenção apresenta aplicações em instrumentação endoscópica e de cirurgia aberta convencionais assim como aplicações em cirurgia com auxílio robótico.

[000215] Os dispositivos aqui descritos podem ser projetados para serem descartados após único uso, ou os mesmos podem ser projetados para uso múltiplas vezes. Em qualquer dos casos, entretanto, o dispositivo pode ser recondicionado para reuso após pelo menos um uso. O recondicionamento pode incluir qualquer combinação das etapas de desmontagem do dispositivo, seguido de limpeza ou substituição de peças particulares, e remontagem subsequente. Em particular, o dispositivo pode ser desmontado, e qualquer número de peças ou partes particulares do dispositivo podem ser seletivamente trocadas ou removidas, em qualquer combinação. A título de exemplo não limitador, o raspador e/ou sorvente pode ser removido, limpo, novamente revestido com um material hidrofílico, esterilizado e reutilizado. Após a limpeza e/ou a troca de peças particulares, o dispositivo pode ser remontado para uso subsequente em uma instalação de recondicionamento ou por uma equipe cirúrgica imediatamente antes de um procedimento cirúrgico. Os versados na técnica apreciarão que o recondicionamento de um dispositivo pode usar uma variedade de técnicas para desmontagem, limpeza ou troca, e remontagem. O uso de tais técnicas, e o dispositivo recondicionado resultante estão todos dentro do escopo do presente pedido.

[000216] De forma preferencial, os dispositivos descritos aqui serão processados antes da cirurgia. Primeiro, um instrumento novo ou usado é obtido e, se necessário, limpo. O instrumento pode ser então esterilizado. Em uma técnica de esterilização, o instrumento é colocado em um recipiente fechado e selado, como uma bolsa plástica ou de TYVEK. O recipiente e seus conteúdos são então colocados em um campo de radiação que pode penetrar no recipiente, tal comoradiação gama, raios X, ou elétrons de alta energia. A radiação extermina bactérias no instrumento e no recipiente. O instrumento esterilizado pode então ser armazenado em um recipiente estéril. O recipiente estéril mantém o instrumento estéril até que ele seja aberto na instalação médica.

[000217] É preferencial que o dispositivo seja esterilizado. Isto pode ser realizado por qualquer número de formas conhecidas daqueles versados na técnica incluindo radiação beta ou gama, óxido de etileno ou vapor.

[000218] Um indivíduo versado na técnica apreciará outros aspectos e vantagens da invenção com base nas modalidades descritas acima. Em consequência, a invenção não deve ser limitada pelo que foi particularmente mostrado e descrito, exceto conforme indicado pelas reivindicações anexas. Todas as publicações e referências aqui citadas são aqui expressamente incorporadas, através de referência, em sua totalidade.

Claims

1. Dispositivo de acesso cirúrgico (600), que compreende:um compartimento (602) que define um canal operacional (606) dimensionado e configurado para receber um instrumento cirúrgico;uma porta de insuflação (612) formada no compartimento (602) e configurada para distribuir gás de insuflação ao canal operacional (606);um dispositivo de vedação (616, 618) disposto dentro do compartimento (602) e posicionado proximal à porta de insuflação (612), sendo que a vedação (616, 618) é configurada para receber um instrumento cirúrgico passado através do canal operacional (606); eum removedor de fluido (620, 622, 624) disposto dentro do compartimento (602), sendo que o removedor de fluido tem um perímetro externo montado no compartimento (602) e uma abertura central configurada para receber instrumentos cirúrgicos através da mesma;caracterizado pelo fato de que o removedor de fluido (620, 622, 624) é posicionado distalmente à porta de insuflação (612), em que a porta de insuflação (612) é configurada para entregar o gás de insuflação para à porção do canal operacional (606) distal da vedação (616, 618) e proximal do removedor de fluido (620, 622, 624), e o removedor de fluido (620, 622, 624) é configurado para permitir que o gás de insuflação passe através dela quando um instrumento obstrui a abertura central.

2. Dispositivo de acesso cirúrgico (600), de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que o removedor de fluido (620, 622, 624) compreende um raspador (620) configurado para remover fluido dos instrumentos cirúrgicos inseridos através da abertura central.

3. Dispositivo de acesso cirúrgico (600), de acordo com a reivindicação 2, caracterizado pelo fato de que o raspador (620) inclui um elemento de absorção (622) por efeito capilar formado no mesmo e configurado para absorver fluido da abertura central no raspador (620).

4. Dispositivo de acesso cirúrgico (600), de acordo com a reivindicação 3, caracterizado pelo fato de que o elemento de absorção (622) compreende uma pluralidade de canaletas (720) formadas em uma superfície distai (694) do raspador (620) e estendendo-se radialmente para fora a partir da abertura central de modo que o fluido removido de um instrumento cirúrgico pode fluir para as canaletas (720).

5. Dispositivo de acesso cirúrgico (600), de acordo com reivindicação 2, caracterizado pelo fato de que o removedor de fluido (620, 622, 624) inclui um sorvente (624) disposto distalmente ao raspador (620) e configurado para receber fluido removido pelo raspador (620).

6. Dispositivo de acesso cirúrgico (600), de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que o removedor de fluido (620, 622, 624) inclui um orifício (718) formado no mesmo e posicionado a uma certa distância da abertura central e do perímetro externo do rifício (718) sendo configurado para permitir a passagem de gás de insuflação através do mesmo.

7. Dispositivo de acesso cirúrgico (600), de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que o compartimento (602) compreende uma porção de compartimento proximal (608) e uma porção de compartimento distai (608) tendo uma cânula (602) que se estende distalmente da mesma, sendo que as porções proximal e distal do compartimento estão dispostas ao redor de um retentor interno (626), o canal operacional (606) se estende através do retentorinterno (626) e da cânula (602), e o perímetro externo do removedor de fluido (620, 622, 624) está em encaixe vedante com o retentor interno (626) e a porção de compartimento distai (610).

8. Dispositivo de acesso cirúrgico (600), de acordo com a reivindicação 7, caracterizado pelo fato de que a vedação (616, 618) é capturada entre o retentor interno (626) e a porção de compartimento proximal (610).

9. Dispositivo de acesso cirúrgico (600), de acordo com a reivindicação 7, caracterizado pelo fato de que a cânula distai (602) inclui uma superfície distai em ângulo (605) tendo um ponto mais distal e um ponto mais proximal, sendo que o ponto mais distal é alinhado com a porta de insuflação (612).

10. Dispositivo de acesso cirúrgico (600), de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que ainda compreende pelo menos uma abertura (675) formada na parede externa do compartimento (602) e configurada para receber uma sutura.