SISTEMA PARA EMBALAR QUANTIDADES DOSADAS DE PORÇÕES DE FÁRMACO SÓLIDAS; E MÉTODO PARA DOSAR PORÇÕES DE FÁRMACO SÓLIDAS
[001] A presente invenção refere-se a um sistema para embalar quantidades dosadas de porções de fármaco sólidas. A invenção também se refere a um método para dosar porções de fármaco sólidas, em particular fazendo-se uso de um sistema de acordo com a invenção.
[002] Normalmente é vantajoso embalar quantidades dosadas de porções de fármaco sólidas, como tabletes, cápsulas, drágeas e pílulas, em sacos, bolsas ou outros tipos de embalagem, em que as porções de fármaco em cada saco são embaladas separadamente por ingestão, em que o saco é dotado de informações de usuário, como o dia e hora do dia em que as porções de fármaco devem ser tomadas. Os sacos para um usuário são geralmente anexados entre si e abastecidos enrolados em uma caixa distribuidora.
[003] O preenchimento de embalagens individuais com quantidades dosadas de porções de fármaco sólidas (lotes) tem sido cada vez mais automatizado. Um sistema conhecido para dosar porções de fármaco sólidas para embalagem final em embalagens individuais compreende uma pluralidade de recipientes de abastecimento respectivamente dotados de diferentes tipos de fármacos. Após ler ou inserir uma prescrição de medicamento, os recipientes de abastecimento relevantes à prescrição são abertos a fim de permitir que uma quantidade dosada de porções de fármaco caia dentro de um duto de queda central posicionado sob os recipientes de abastecimento. No fundo do duto de queda as porções de fármaco seletivamente liberadas são coletadas e encaminhadas
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2/31 para e preenchidas em uma embalagem, como um saco ou bolso, após o que a embalagem é fechada. O fornecimento da embalagem com informações de usuário pode ser realizado aqui antes de ou em seguida ao preenchimento da embalagem. 60 embalagens por minuto podem ser produzidas nessa maneira automatizada.
[004] Entretanto, o sistema conhecido tem diversas desvantagens. Uma desvantagem significativa do sistema conhecido é que a taxa ou frequência de preenchimento do sistema depende em uma extensão considerável de, e é limitado por, o (mais longo) tempo de queda das porções de fármaco no duto de queda, através do qual a frequência de preenchimento do sistema conhecido é limitada e não pode ser aumentada. Em outras palavras, um ciclo de preenchimento para um próximo saco pode começar apenas após o ciclo de preenchimento para um saco presente ter sido esperado completar, isto é, após a expiração do tempo máximo esperado para que uma porção de fármaco caia do recipiente de abastecimento mais distante (mais alto) ao longo do duto de queda até o fundo e a embalagem. Entretanto, devido à sempre crescente demanda por porções de fármaco, há a necessidade na prática de fornecer mais embalagens de quantidade dosada de porções de fármaco por tempo de unidade.
[005] Por exemplo, o documento US5709063 demonstra um dispositivo e um método para embalar continuamente porções de medicamentos. O dispositivo compreende uma pluralidade de alimentadores de comprimidos, dispostos antes de vários canais de descarga. Os canais de descarga terminam em uma tremonha central a partir da qual as porções do medicamento são direcionadas para a máquina de embalagem do dispositivo. Devido ao funil central, apenas uma
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3/31 composição de porções de medicamentos pode ser coletada em um determinado momento.
[006] O documento DE9001113.9 demonstra um dispositivo para coletar a composição da porção do medicamento. O dispositivo também compreende uma pluralidade de alimentadores de comprimidos. O dispositivo também compreende uma pluralidade de coletores de comprimidos. No entanto, o dispositivo compreende apenas um canal de descarga para guiar o comprimido dos alimentadores para os coletores, de modo que apenas uma composição de porções de medicamentos possa ser coletada por vez.
[007] É um objetivo da invenção de aumentar a taxa ou frequência de preenchimento.
[008] Esse objetivo é realizado de acordo com a presente invenção por um sistema para embalar quantidades dosadas de porções de fármaco sólidas de acordo com a reivindicação 1. Ademais, esse objetivo é realizado por um método de acordo com a reivindicação 24.
[009] O sistema de acordo com a invenção para embalar quantidades dosadas de porções de fármaco sólidas compreende: uma pluralidade de estações de dosagem para distribuir uma quantidade dosada de porções de fármaco sólidas, uma pluralidade de dutos de direcionamento acoplada a um meio de transporte para mover os dutos de direcionamento ao longo das estações de dosagem, em que cada duto de direcionamento é adaptado para receber porções de fármaco distribuídas a partir de pelo menos uma das estações de dosagem quando o duto de direcionamento é posicionado na pelo menos uma estação de dosagem, e para direcionar as porções de fármaco recebidas para uma abertura de passagem do duto de
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4/31 direcionamento, uma pluralidade de recipientes de coleta acoplada ao meio de transporte de modo que cada recipiente de coleta possa ser posicionado na abertura de passagem de um dos dutos de direcionamento para receber porções de fármaco direcionadas através do duto de direcionamento, pelo menos uma estação de embalagem e descarga para transferir porções de fármaco coletadas por cada recipiente de coleta para uma embalagem e para fechar a embalagem.
[010] Ao aplicar combinações móveis de meios de direcionamento e recipientes de coleta, que de fato funcionam como embalagens temporárias, permite que múltiplas prescrições de medicamento sejam coletadas paralelamente (simultaneamente) ao invés de em série (sucessivamente), através dos quais a frequência para o preenchimento de embalagens pode ser aumentada substancialmente. Enquanto a quantidade dosada de porções de fármaco sólidas é movida através de um duto de direcionamento, por exemplo, cai através de um tubo de queda, o duto de direcionamento (por exemplo, tubo de queda) e um recipiente de coleta subjacente pode ser movido de maneira contínua, geralmente na direção de uma ou mais das seguintes estações de dosagem (por exemplo, colunas verticais de estações de dosagem) que — dependendo da prescrição a ser seguida — pode ser opcionalmente ativada com o propósito de distribuir uma quantidade dosada de porções de fármaco. Preferencialmente, cada recipiente de coleta é adaptado para coletar uma prescrição geralmente associada a um usuário e um dia e hora em que as porções de fármaco dessa prescrição deverão ser tomadas. Uma prescrição consiste aqui em um tipo e quantidade predefinidos de porções de fármaco sólidas, por exemplo, formada por tabletes, cápsulas ou
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5/31 pílulas. Um abastecimento de diferentes tipos de porções de fármaco sólidas é mantido em diferentes estações de dosagem. A distância entre a saída de cada estação de dosagem e a entrada correspondente dos dutos de direcionamento (tubos de queda) que colabora com cada estação de dosagem é preferencial e substancialmente constante, de modo que o tempo exigido para transferir porções de fármaco das estações de dosagem até os dutos de direcionamento adjacentes (tubos de queda) seja substancialmente o mesmo, tornando possível mover os dutos de direcionamento com os recipientes de coleta em velocidade substancialmente constante.
[011] Em uma modalidade preferencial, as estações de dosagem são dispostas em uma pluralidade de colunas paralelas, em que cada coluna compreende uma pluralidade de estações de dosagem, em que cada duto de direcionamento é adaptado para receber porções de fármaco distribuídas a partir das estações de dosagem de uma coluna quando o duto de direcionamento é posicionado na coluna de estação de dosagem. Preferencialmente, as estações de dosagem são dispostas em uma pluralidade de colunas verticais e cada duto de direcionamento consiste em um tubo de queda vertical. Isso simplifica a construção do meio de transporte e a armação que porta as estações de dosagem. A largura de um tubo de queda na direção de transporte preferencialmente corresponde à largura de uma estação de dosagem. Isso permite que estações de dosagem tenham uma capacidade máxima com espaço de instalação limitado.
[012] As estações de dosagem geralmente tomam uma forma estacionária. É vantajoso aqui que uma pluralidade de estações de dosagem sejam posicionadas adjacentes entre
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6/31 si, o que permite o preenchimento simultâneo de uma pluralidade de recipientes de coleta. É também vantajoso que uma pluralidade de estações de dosagem seja posicionada acima uma da outra, através das quais múltiplos tipos de medicamentos podem ser distribuídos simultaneamente para o mesmo tubo de queda e subsequentemente para o mesmo recipiente de coleta, o que também acentua a frequência de preenchimento do sistema. É particularmente vantajoso aqui que pelo menos diversas das estações de dosagem sejam dispostas em uma estrutura de matriz com estações de dosagem dispostas em múltiplas filas horizontais e múltiplas colunas verticais. É vantajoso aqui que as estações de dosagem sejam posicionadas o mais próximo possível entre si, o que, além de economizar volume também resulta em ganhos de tempo durante o preenchimento dos recipientes de coleta. É possível ainda conceber a aplicação de uma pluralidade de estruturas de matriz de estações de dosagem a fim de aumentar ainda mais a capacidade. Em uma modalidade particular, o sistema compreende duas estruturas de matriz, em que cada estrutura de matriz compreende uma pluralidade de estações de dosagem dispostas em filas e colunas, e em que lados de distribuição das estações de dosagem das duas estruturas de matriz são voltados um para o outro. Devido a tal orientação, diversos tubos de queda são encerrados pelas duas estruturas de matriz.
[013] Em uma modalidade, os recipientes de coleta podem ser uma parte dos tubos de queda (que forma os dutos de direcionamento) ou cada recipiente de coleta pode ser anexado ou mecanicamente acoplado a um tubo de queda, de modo que o meio de transporte mova os tubos de queda
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7/31 juntamente com os recipientes de coleta. Entretanto, em uma modalidade preferencial, o meio de transporte compreende um primeiro transportador sem fim e um segundo transportador sem fim, sendo os tubos de queda acoplados ao primeiro transportador sem fim e sendo os recipientes de coleta acoplados ao segundo transportador sem fim. Nessa modalidade, é possível mover um recipiente de coleta para longe do tubo de queda, se o tubo de queda tiver passado por todas as estações de dosagem e todas as porções de fármaco distribuídas tiverem deixado o tubo de queda e alcançado o recipiente de coleta.
[014] Causando-se o movimento dos tubos de queda ao redor das duas estruturas de matriz de estações de dosagem e, desse modo, ao longo de todas as estações de dosagem, as porções de fármaco exigidas podem ser coletadas de maneira relativamente eficaz.
[015] Em uma modalidade, o primeiro transportador sem fim compreende duas correias transportadoras sem fim paralelas. A fim de estabilizar o movimento dos tubos de queda, normalmente é vantajoso que o sistema compreenda uma pluralidade de correias transportadoras sem fim, orientadas de modo substancialmente paralelo, em que cada tubo de queda é conectado a uma pluralidade de primeiras correias transportadoras. Essa estabilidade, e particularmente a estabilidade na direção vertical, pode ser adicionalmente aumentada quando o sistema compreende pelo menos um guia estacionário, como um trilho, para direcionar o movimento dos tubos de queda.
[016] Em uma modalidade, o sistema compreende meios de acionamento para acionar o primeiro transportador
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8/31 sem fim e o segundo transportador sem fim com a mesma velocidade de transporte. Os meios de acionamento preferencialmente compreendem pelo menos um motor elétrico. É vantajoso aqui que os meios de acionamento sejam adaptados para acionamento simultâneo de ambos o primeiro transportador e o segundo transportador. É possível para esse fim conceber que o pelo menos um primeiro transportador e o pelo menos um segundo transportador sejam acoplados mecanicamente entre si. Esse acoplamento é preferencialmente de modo que ambos os transportadores sejam movidos na mesma direção e na mesma velocidade. Desse modo, o alinhamento constante entre os tubos de queda e os recipientes de coleta pode ser garantido o quanto for possível. Em uma modalidade, a largura de um recipiente de coleta na direção de transporte corresponde substancialmente à largura de um duto de direcionamento na direção de transporte. Um recipiente de coleta e um tubo de queda que repousa acima são, entretanto, preferencialmente não fisicamente conectados entre si ou mesmo fabricados como uma única peça, visto que o desacoplamento dos dois componentes acentua a flexibilidade do sistema.
[017] Separar fisicamente os recipientes de coleta dos tubos de queda torna possível direcionar os recipientes de coleta para longe dos tubos de queda. Em uma modalidade preferencial, o comprimento físico do segundo transportador é maior do que o comprimento do primeiro transportador de modo que o número de recipientes de coleta acoplado ao segundo transportador seja maior do que o número de tubos de queda acoplado ao primeiro transportador. Isso torna possível direcionar os recipientes de coleta ao longo de um ou mais outros tipos de estações de dosagem (especiais)
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9/31 para distribuição direta de porções de fármaco nos recipientes de coleta, portanto não por meio dos tubos de queda. Essas estações de dosagem especiais podem ser vantajosamente usadas, por exemplo, quando porções de fármaco especiais, sendo porções de fármaco que são dosadas com menos frequência, são aplicadas. Em uma modalidade vantajosa, cada estação de dosagem especial compreende uma gaveta de abastecimento acoplada a uma armação de portador de tal modo que a gaveta de abastecimento possa ser deslocada. É possível aqui conceber a aplicação de uma pluralidade de tais gavetas de abastecimento acopladas mecanicamente entre si. Isso torna possível posicionar uma gaveta de abastecimento acima dos recipientes de coleta com o propósito de distribuir porções de fármaco, enquanto outra gaveta de abastecimento é posicionada em uma distância maior dos recipientes de coleta para permitir o repreenchimento dos mesmos. É vantajoso para esse fim que cada gaveta de abastecimento seja acoplada de modo destacável à (mesma) armação de portador.
[018] O primeiro transportador e segundo transportador geralmente terão uma progressão substancialmente horizontal. É vantajoso para cada tubo de queda ser acoplado ao primeiro transportador de maneira suspensa. Isso é devido ao fato de que o primeiro transportador será geralmente formado por uma correia tensionada de modo relativamente apertado ao redor de duas ou mais rodas de direcionamento, em que cada roda de direcionamento gira ao redor de uma haste vertical, através da qual a superfície de apoio (largura) da correia se estende em uma direção substancialmente vertical e pode funcionar com o propósito de portar os tubos de queda de maneira
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10/31 relativamente estável. É possível aqui conceber, e é normalmente vantajoso, que cada tubo de queda seja acoplado de modo destacável ao primeiro transportador, facilitando, assim, a substituição e manutenção dos tubos de queda. Pela mesma razão, é vantajoso que cada recipiente de coleta seja acoplado de maneira suspensa ao segundo transportador. É também vantajoso aqui que cada recipiente de coleta seja acoplado de modo destacável ao segundo transportador a fim de facilitar a substituição e manutenção.
[019] Um recipiente de coleta será geralmente considerado um transporte de porção de fármaco que funciona com o propósito de coletar uma prescrição e transportar as porções de fármaco coletadas para a estação de embalagem e descarga. Normalmente é vantajoso aqui que um lado superior de cada recipiente de coleta tome uma forma aberta e seja adaptado para receber uma quantidade dosada de porções de fármaco que caem de uma estação de dosagem por meio de um tubo de queda. O recipiente de coleta também adquire através disso a função de bandeja de coleta. Um lado de baixo de cada recipiente de coleta preferencialmente compreende um elemento de fechamento controlável para permitir a remoção das porções de fármaco coletadas. O elemento de fechamento pode ser mecanicamente controlável na estação de embalagem e descarga. O elemento de fechamento é, entretanto, preferencialmente controlável de maneira sem contato, mais preferencialmente aplicando-se magnetismo. Deve ser fornecido a pelo menos uma parte do elemento de fechamento, entretanto, uma forma magnética ou magnetizável para esse fim. A operação do elemento de fechamento de tal tipo, por exemplo, pode ser realizada aplicando-se um eletroímã ou ímã permanente na
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11/31 estação de embalagem e descarga. Em uma modalidade vantajosa, o recipiente de coleta compreende meios de inclinação como, por exemplo, uma mola de compressão, para impulsionar o elemento de fechamento na direção de um estado fechado, através do qual a abertura errônea do elemento de fechamento pode ser evitada. A estação de descarga pode de fato formar parte da estação de embalagem, em que a distribuição de porções de fármaco coletadas em um recipiente de coleta até uma embalagem para fechamento pode ser seguida quase imediatamente pelo fechamento da dita embalagem.
[020] Como cada recipiente de coleta faz a coleta de sua própria prescrição, é desejável saber a localização dos tubos de queda e dos recipientes de coleta em relação às estações de dosagem. Para esse fim, pode ser feito o uso de um módulo de calibração para calibrar o posicionamento de pelo menos um tubo de queda em relação ao primeiro transportador e/ou pelo menos um recipiente de coleta em relação ao segundo transportador. O sistema pode ser calibrado determinando-se um ponto de calibração ou referência de pelo menos um tubo de queda e/ou recipiente de coleta, visto que a sequência e a velocidade de transporte dos tubos de queda e dos recipientes de coleta são previamente conhecidas, como é o comprimento do primeiro transportador e do segundo transportador. O reconhecimento de um tubo de queda e/ou recipiente de coleta pelo módulo de calibração pode ocorrer, por exemplo, fornecendo-se o tubo de queda e/ou recipiente de coleta com uma identificação exclusiva. Entretanto, é também possível conceber a não identificação dos tubos de queda e/ou recipientes de coleta, mas considerar o tubo de queda e/ou recipiente de coleta
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12/31 detectado em um momento determinado pelo módulo de calibração como tubo de queda e/ou recipiente de coleta que serve como referência.
[021] Conforme já afirmado, pelo menos diversas estações de dosagem são dispostas adjacentes entre si, o que facilita o preenchimento de diversos — também mutuamente adjacentes — recipientes de coleta. É vantajoso aqui que a largura de um recipiente de coleta corresponda substancialmente à largura de um tubo de queda, e que a largura de um tubo de queda corresponda substancialmente à largura de uma estação de dosagem, através da qual as (mutuamente adjacentes) estações de dosagem, por um lado, e os (mutuamente adjacentes) recipientes de coleta, por outro lado, possam ser adequadamente alinhados relativamente entre si, o que acentua a confiabilidade do processo de preenchimento. Uma largura típica para estação de dosagem, tubo de queda e recipiente de coleta é de 80 mm.
[022] A estação de embalagem é preferencialmente adaptada para vedar a embalagem. A vedação é entendida por significar substancialmente fechamento médio apertado da embalagem a fim de permitir a melhor conservação possível das porções de fármaco embaladas. Uma folha de metal (plástica) será geralmente aplicada como material de embalagem e a vedação será formada por um processo de soldadura. Um adesivo separado, em particular cola, pode ser opcionalmente aplicado ao invés de uma solda com o propósito de vedação da embalagem. A estação de embalagem é mais preferencialmente adaptada para realizar pelo menos uma vedação longitudinal e pelo menos uma vedação transversal, através da qual sacos são formados que são mutuamente
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13/31 conectados e que, desse modo, formam uma tira. Como a estação de embalagem é preferencialmente adaptada para realizar uma vedação transversal, o comprimento do saco a ser formado pode ser determinado e preferencialmente tornado dependente do número e/ou do tipo de porções de fármaco a serem embaladas em um saco. A estação de embalagem será geralmente colocada em uma distância (horizontal) da estações de dosagem, através da qual o calor gerado pela estação de embalagem não será transferido, ou dificilmente o será, para as estações de dosagem e as porções de fármaco mantidas nas mesmas, o que aumenta a vida útil das porções de fármaco. A estação de embalagem também é normalmente dotada de uma impressora para dispor uma identificação específica em cada embalagem formada.
[023] Cada estação de dosagem preferencialmente compreende pelo menos um recipiente de abastecimento para porções de fármaco, por exemplo, em forma de tablete ou cápsula, e um dispositivo de dosagem que conecta ao pelo menos um recipiente de abastecimento. A estação de dosagem como tal também é normalmente referida como um reservatório. O dispositivo de dosagem é adaptado para separar uma ou mais porções de fármaco únicas das porções de fármaco presentes no recipiente de abastecimento. A dosagem pode ocorrer removendo-se seletivamente as porções de fármaco separadas, geralmente permitindo-se que as mesmas caiam, do dispositivo de dosagem. Em uma modalidade vantajosa, o dispositivo de dosagem é deslocável em relação ao recipiente de abastecimento entre um estado de carregamento, no qual um espaço de recebimento do dispositivo de dosagem conecta a uma abertura de entrega do recipiente de abastecimento, e um
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14/31 estado de descarregamento no qual o dispositivo de dosagem cobre a abertura de entrega e é adaptado para entregar a porção de fármaco separada para um recipiente de coleta acoplado ao transportador. O dispositivo de dosagem será geralmente de forma substancialmente cilíndrica, sendo que o um ou mais espaços de recebimento são dispostos no dispositivo de dosagem cilíndrico, sendo que cada espaço de recebimento é geralmente adaptado para reter temporariamente uma porção de fármaco. Tal dispositivo de dosagem também é normalmente referido como uma roda de individualização. Através da rotação axial do elemento de dosagem cilíndrico, o elemento de dosagem pode ser deslocado entre um estado de carregamento, no qual um espaço de recebimento do dispositivo de dosagem é alinhado com uma abertura de entrega do recipiente de abastecimento, e um estado de descarregamento, no qual o dispositivo de dosagem cobre a abertura de entrega e é adaptado para entregar a porção de fármaco separada para um tubo de queda acoplado ao primeiro transportador. Em uma modalidade preferencial particular, a estação de dosagem compreende um motor elétrico, em particular um servomotor ou motor de passo, para deslocar o dispositivo de dosagem em relação ao recipiente de abastecimento. Um motor de passo é particularmente adequado para a presente invenção devido ao fato de que o número de rotações realizadas no mesmo e, portanto, também o deslocamento do dispositivo de dosagem, podem ser regulados com muita precisão. Quando, conforme descrito acima, é feito uso de um acionamento elétrico, um elemento de medição (sensor) pode ser aplicado para medir a resistência produzida e/ou a corrente consumida pelo motor elétrico, através da qual é possível detectar se uma porção
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15/31 de fármaco ficou presa entre o recipiente de abastecimento e o dispositivo de dosagem. O dispositivo de dosagem preferencialmente compreende aqui pelo menos um indicador, como uma lâmpada, para gerar um sinal quando o grau de preenchimento do recipiente de abastecimento se situa abaixo de um valor mínimo predefinido. Com o propósito de controlar os aparelhos eletrônicos na estação de dosagem, a estação de dosagem preferencialmente compreende um controle de estação para distribuir uma quantidade dosada de porções de fármaco sob demanda. O controle de estação pode ser particularmente adaptado aqui para inverter o motor elétrico se a resistência detectada pelo elemento de medição exceder um valor predefinido. No caso em que uma porção de fármaco estiver presa entre o recipiente de abastecimento e o dispositivo de dosagem, a direção de deslocamento do dispositivo de dosagem pode ser, assim, invertida, através da qual o aprisionamento pode ser resolvido. Cada recipiente de abastecimento irá compreender geralmente um alojamento e uma cobertura que fecha o alojamento. É vantajoso aqui que um lado externo do alojamento seja dotado de pelo menos um espaço de recebimento para um medicamento em forma de tablete que é representativo das porções de fármaco na forma de tablete recebidas no alojamento. O espaço de recebimento pode ser coberto aqui, por exemplo, por um elemento transparente, de modo que a pílula ou tablete recebido no espaço de recebimento esteja diretamente visível pelo lado de fora, através do qual é imediatamente aparente qual tipo de medicamento está sendo mantido pelo recipiente de abastecimento. A disposição do espaço de recebimento no alojamento é preferencial à disposição do espaço de recebimento na cobertura, visto que a
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16/31 cobertura não é geralmente conectada de modo não destacável do alojamento e pode ser, assim, trocada por outra cobertura, o que poderia resultar em uma indicação incorreta do conteúdo do recipiente de abastecimento e, como consequência, situações perigosas. O dispositivo de dosagem preferencialmente compreende pelo menos um sensor para detectar o momento em que uma porção de fármaco (por exemplo, medicamento em forma de tablete) distribuída pela estação de dosagem cai. Não apenas a operação correta do recipiente de abastecimento, e em particular um dispositivo de dosagem recebido no mesmo, pode ser determinada com base na detecção desse momento de queda como é também possível monitorar que um recipiente de abastecimento não está mais entregando porções de fármaco e, portanto, está normalmente vazio. Se o sensor detectar que medicamento insuficiente está seno entregue ao tubo de queda, e subsequentemente ao recipiente de coleta, todo o conteúdo do tubo de queda na estação de distribuição será descartado, após o que — seguindo o preenchimento da estação de dosagem vazia e/ou ativação de outra estação de dosagem com o mesmo tipo de medicamento — a mesma prescrição será novamente coletada em um recipiente de coleta. Desse modo, é possível evitar que porções de fármaco com diferentes prazos de validade sejam colocadas na mesma embalagem, o que é indesejável de um ponto de vista relacionado à saúde.
[024] O número de recipientes de coleta é preferencialmente maior do que o número de colunas de estações de dosagem. Em uma modalidade típica do sistema de acordo com a invenção, o sistema compreende até 3.000 colunas de estações de dosagem e até 4.500 recipientes de coleta. Em
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17/31 uma modalidade preferencial, o sistema compreende 500 colunas de estações de dosagem e 750 recipientes de coleta. Uma proporção vantajosa do número de recipientes de coleta em relação ao número de colunas de estações de dosagem é de 3:2. Diferentes estações de dosagem são fornecidas aqui com diferentes porções de fármaco sólidas. Entretanto, também é possível conceber um abastecimento de porções de fármaco frequentemente usadas, como paracetamol, que são mantidas em uma pluralidade de estações de dosagem.
[025] Normalmente é vantajoso que o sistema compreenda pelo menos uma estação de limpeza para limpeza periódica de tubos de queda e/ou recipientes de coleta vazios. A estação de limpeza pode conectar aqui ao primeiro transportador e/ou ao segundo transportador, através do qual os tubos de queda e/ou os recipientes de coleta não precisam ser desacoplados. A limpeza de tubos de queda e/ou recipientes de coleta vazios pode ocorrer cada vez que um tubo de queda e/ou recipiente de coleta vazio passa pela estação de limpeza. Entretanto, os recipientes de coleta serão geralmente limpados uma vez a cada 8 a 36 horas na estação de limpeza. A limpeza preferencialmente ocorre aplicando-se acetona (propanona) a fim de remover possíveis resíduos de medicamento. Soprar os resíduos de medicamento para fora dos recipientes de coleta com ar é também uma opção, mas é normalmente menos recomendada devido ao fato de que resíduos de medicamento soprados podem então encontrar um trajeto de modo relativamente fácil para outros recipientes de coleta, e isso é indesejável.
[026] O sistema preferencialmente compreende uma unidade de controle para controlar pelo menos a estação
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18/31 de embalagem e descarga, as estações de dosagem, o primeiro transportador e os segundos transportadores. É vantajoso aqui que a unidade de controle seja adaptada para determinar, com base em uma quantidade dosada desejada de porções de fármaco para embalar, uma quantidade dosada de porções de fármaco para ser sucessivamente distribuída através do tempo por uma pluralidade de estações de dosagem por meio dos tubos de queda aos recipientes de coleta. Como prescrições são tomadas como ponto de partida, uma conversão logística deve ser para um método — mais eficaz — de preenchimento dos recipientes de coleta, cuja conversão pode ser feita com o uso da unidade de controle. A unidade de controle pode compreender um computador dotado de um programa de computador, sendo o programa de computador adaptado para determinar um cronograma de preenchimento para o preenchimento dos recipientes de coleta e subsequentemente das embalagens na estação de embalagem.
[027] Além disso, o método de acordo com a invenção para dosar porções de fármaco sólidas fazendo-se uso de um sistema de acordo com a invenção, compreende: A) receber uma prescrição com uma quantidade desejada de porções de fármaco sólidas, B) determinar com base na prescrição a quantidade de porções de fármaco sólidas a ser distribuída por pelo menos uma estação de dosagem até um recipiente de coleta selecionado, C) mover os dutos de direcionamento pelo meio de transporte e fazer com que as estações de dosagem distribuam a quantidade determinada de porções de fármaco em um duto de direcionamento que se move ao longo das respectivas estações de dosagem com o propósito de direcionar as porções de fármaco distribuídas sólidas no recipiente de
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19/31 coleta selecionado, D) ter o recipiente de coleta movido por meio dos meios de transporte até uma estação de embalagem e descarga, e E) ter a quantidade dosada de porções de fármaco sólidas entregues pelo recipiente de coleta na estação de embalagem e descarga. Durante a etapa E) a quantidade dosada de porções de fármaco sólidas entregues pelo recipiente de coleta é geralmente embalada aqui em uma embalagem opcionalmente já dotada de informações de usuário. Vantagens e variações de modalidade do método de acordo com a invenção já foram discutidas exaustivamente anteriormente. Durante a etapa A) uma pluralidade de prescrições são geralmente recebidas, em que, durante a etapa B), cada prescrição é ligada a um recipiente de coleta selecionado. Uma pluralidade de estações de dosagem são também geralmente aplicadas, em que, durante a etapa C), uma quantidade dosada de porções de fármaco é distribuída simultaneamente por uma pluralidade de estações de dosagem por meio de pelo menos um duto de direcionamento (por exemplo, tubo de queda) para selecionar recipientes de coleta. Em uma variação de modalidade, a determinação da quantidade de porções de fármaco a ser distribuída por pelo menos uma estação de dosagem em um recipiente de coleta selecionado com base na prescrição durante a etapa B) ocorre com o uso de uma unidade de controle. Também é geralmente feito aqui o uso durante a etapa B) de um programa de computador que compreende instruções de programa para desempenhar o cálculo exigido com um computador. A unidade de controle e o computador podem ser pelo menos parcialmente integrados entre si aqui. O número de porções de fármaco distribuídas por cada estação de dosagem é preferencialmente contado durante a etapa C). Desse modo, é
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20/31 possível monitorar se uma estação de dosagem está vazia, e é também possível calcular quantas porções de fármaco a estação de dosagem ainda tem armazenada. As porções de fármaco coletadas por um recipiente de coleta durante a etapa E) são geralmente descartadas se, durante a etapa C), poucas porções de fármaco sólidas tiverem sido distribuídas até o recipiente de coleta associado. Não é recomendado reabastecer essa prescrição incompleta com um tipo similar da porção de fármaco sólida ausente de outra estação de dosagem, visto que o mesmo tipo de porção de fármaco sólida tem a mesma data de validade na embalagem final.
[028] Modalidades preferenciais e/ou vantajosas da invenção são caracterizadas nas reivindicações dependentes.
[029] |
A |
invenção |
será elucidada com base |
em |
modalidades exemplificativas |
não limitantes mostradas |
nas |
seguintes Figuras. |
No |
presente |
documento: |
|
[030] |
A |
Figura |
1 é uma primeira vista |
em |
perspectiva de um sistema de acordo com a invenção para transportar quantidades dosadas de porções de fármaco sólidas de uma pluralidade de estações de dosagem até uma estação de embalagem,
[031] |
A |
Figura |
2 |
é |
uma segunda |
vista |
em |
perspectiva do |
sistema de acordo |
com |
a Figura 1, |
|
|
[032] |
A |
Figura |
3 |
é |
uma vista de |
fundo |
do |
sistema de acordo com |
a Figura |
1, |
|
|
|
|
[033] |
A |
Figura 4 |
é |
uma |
vista lateral |
do sistema |
de acordo com a Figura 1,
[034] A Figura 5 é uma vista em perspectiva do sistema 1, conforme mostrado nas Figuras 1 a 4,
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21/31
[035]
A Figura é uma vista traseira em perspectiva de uma estação de dosagem para uso em um sistema conforme mostrado nas Figuras
[036]
A Figura é uma vista frontal em perspectiva da estação de dosagem, conforme mostrado na
Figura 6
[037]
A Figura 8 é uma vista em perspectiva de um recipiente de coleta para uso em um sistema
1, conforme mostrado nas Figuras 1 a 4
[038]
A Figura uma vista lateral do recipiente de coleta de acordo com a
Figura 8
[039]
A Figura é
uma vista frontal em perspectiva da estação de embalagem e descarga conforme aplicado em um sistema, conforme mostrado nas Figuras 1 a
[040]
A Figura 11 é uma vista traseira em perspectiva da estação de embalagem e descarga de acordo com a Figura 10, conforme controle
[041] aplicado
[042] em
Figura 12 um sistema
Figura 13 de quatro estações de mostra um tubo de queda de acordo com as Figuras 1 a é um exemplo esquemático do dosagem com base em quatro prescrições recebidas para quatro pacientes.
[043] As Figuras 1 e 2 mostram diferentes vistas em perspectiva, a Figura 3 mostra uma vista de fundo e a Figura 4 mostra uma vista lateral de um sistema 1 de acordo com a invenção para transportar quantidades dosadas de porções de fármaco sólidas de uma pluralidade de estações de dosagem 2 até uma estação de embalagem 3. O sistema 1 compreende, para esse fim, uma estrutura de sustentação 4
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22/31 (armação) à qual uma pluralidade de estações de dosagem 2 são conectadas de maneira destacável e estacionária. Cada estação de dosagem 2 é adaptada aqui para reter um abastecimento de um tipo de fármaco (farmacêutico). Diferentes estações de dosagem 2 irão geralmente reter um abastecimento de diferentes tipos de fármacos, embora também seja possível conceber que fármacos frequentemente dosados sejam retidos por uma pluralidade de estações de dosagem 2. A maioria do número de estações de dosagem aplicadas 2 é disposta em duas estruturas de matriz 5 (das quais apenas uma única estrutura de matriz é mostrada nas Figuras), cujas estruturas de matriz 5, juntas, encerram uma parte de duas primeiras correias transportadoras de percurso horizontal 6a, 6b para dutos de direcionamento na forma de tubos de queda 7. Os tubos de queda 7 são montados de modo destacável aqui em elementos de montagem 8 que formam parte de ambas as primeiras correias transportadoras 6a, 6b. Na modalidade exemplificativa mostrada, apenas alguns tubos de queda 7 são mostrados, embora na prática cada elemento de montagem 8 seja geralmente conectado a um tubo de queda 7, através do qual as primeiras correias transportadoras 6a, 6b são fornecidas em todo o trajeto ao redor com tubos de queda 7. As primeiras correias transportadoras 6a, 6b são acionadas por rodas de acionamento 9 que são acopladas por meio de uma haste vertical 10 a um motor elétrico 11. A fim de ser capaz de impedir o deslizamento de correias transportadoras 6a, 6b, as superfícies de percurso 12 das rodas de acionamento tomam uma forma perfilada. Através de acionamento das primeiras correias transportadoras 6a, 6b os tubos de queda 7 podem ser direcionados ao longo das estações de dosagem 2 dispostas em
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23/31 estruturas de matriz 5 com o propósito de receber quantidades dosadas de porções de fármaco distribuídas por estações de dosagem 2. Cada tubo de queda 7 é adaptado aqui para colaboração simultânea com uma pluralidade de estações de dosagem 2 posicionada uma acima da outra. Cada tubo de queda 7 é fornecido para esse fim com diversas aberturas de passagem (ou aberturas de entrada) 13 que correspondem ao número de estações de dosagem 2 em uma coluna vertical, com a qual o tubo de queda 7 irá colaborar simultaneamente. O tubo de queda 7 é também dotado de diversas paredes de frenagem 14 para limitar o comprimento máximo da queda livre de porções de fármaco sólidas em queda, a fim de limitar a velocidade de queda e, desse modo, limitar o dano às porções de fármaco em queda (consulte a Figura 12). Geralmente é feito uso aqui de um comprimento de queda livre máximo de 20 cm. O sistema 1 também compreende uma segunda correia transportadora 15 dotada de elementos de montagem 16 nos quais uma pluralidade de recipientes de coleta 17, também referidos como transportes de fármaco, são montados de modo destacável. Cada elemento de montagem 16 será geralmente fornecido aqui com um recipiente de coleta 17 adaptado para armazenamento temporário de uma quantidade dosada de porções de fármaco produzidas de acordo com uma prescrição. Nem todos os recipientes de coleta 17 são mostrados nas figuras. A segunda correia transportadora 15 é acoplada mecanicamente às primeiras correias transportadoras 6a, 6b e é também acionada por motor elétrico 11, em que a direção de deslocamento e velocidade de deslocamento de correias transportadoras 6a, 6b, 15 são iguais. Ademais, é vantajoso que as primeiras correias transportadoras 6a, 6b e a segunda correia
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24/31 transportadora 15 sejam mutuamente alinhadas, em que elementos de montagem 8, 16 repousam em uma linha substancialmente vertical (uma diretamente abaixo da outra). A distância entre elementos de montagem adjacentes 8, 16 equivale a 80 mm, em que isso corresponde substancialmente à largura de recipientes de coleta 17, tubos de queda 7 e estações de dosagem 2. Os recipientes de coleta 17 são adaptados para receber porções de fármaco que caem através de tubos de queda 7. Cada tubo de queda 7 é fornecido para esse fim em um lado de baixo com uma abertura de passagem para porções de fármaco em queda. Para uma parte da rota de transporte, cada recipiente de coleta 17 será posicionado aqui diretamente sob um tubo de queda 7. A fim de ser capaz de evitar o quanto for possível a cedência de correias transportadoras 6a, 6b, 15 devido ao peso de respectivamente tubos de queda 7 e recipientes de coleta 17, as correias transportadoras 6a, 6b são tensionada sob uma inclinação de cerca de 600 N. Correias transportadoras 6a, 6b, 15 são geralmente fabricadas a partir de um plástico relativamente forte, como poliamida (náilon). Conforme mostrado nas figuras, a segunda correia transportadora 15 é mais comprida do que cada uma das primeiras correias transportadoras 6a, 6b. A vantagem disso é que recipientes de coleta 17 podem ser transportados ainda ao longo de e/ou sob uma ou mais estações de dosagem especiais (não mostrado), preferencialmente formadas por gavetas, dotadas de porções de fármaco especiais — administradas com menos frequência — cujas estações de dosagem especiais 2 são adaptadas para entrega direta de porções de fármaco selecionadas a recipientes de coleta 17, e não por meio de tubos de queda 7. Os recipientes de coleta 17
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25/31 serão então direcionados na direção da estação de embalagem e descarga 3 em que as porções de fármaco coletadas de acordo com a prescrição são descarregadas de recipientes de coleta 17, em que as porções de fármaco são transferidas para uma embalagem de folha de metal aberta 18. Na estação de embalagem 3 a embalagem de folha de metal 18 será sucessivamente vedada e dotada de informações específicas (usuário). O controle em geral do sistema 1 é realizado aplicando-se uma unidade de controle 19.
[044] A Figura 5 é uma vista em perspectiva de estrutura de sustentação 4 dotada de correias transportadoras 6a, 6b, 15 do sistema 1, conforme mostrado nas Figuras 1 a 4, isso de fato forma o coração do sistema 1 no qual os tubos de queda 7 e recipientes de coleta 17 são montados e em cujas cercanias as estações de dosagem 2 são então posicionadas em ambos os lados longitudinais de estrutura de sustentação 4.
|
[045] |
A Figura |
6 |
é uma |
vista traseira |
em |
perspectiva de uma |
estação |
de |
dosagem |
2 para uso em |
um |
sistema |
1, conforme |
mostrado |
nas |
Figuras |
1 a 4. A estação |
de |
dosagem |
2 é também referida como |
um reservatório, formada |
por |
uma unidade que pode ser acoplada de modo destacável à estrutura de sustentação 4 e que compreende um alojamento 20 e uma cobertura 21 que fecha o alojamento 20. O alojamento é preferencialmente fabricado pelo menos parcialmente a partir de um material transparente, de modo que o grau de preenchimento da estação de dosagem 2 possa ser determinado sem abrir a estação de dosagem 2. Um lado externo do alojamento 20 é dotado de um espaço de recebimento 22 para um tablete ou pílula (porção de fármaco) que corresponde a tabletes ou pílulas retidos no alojamento. O espaço de
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26/31 recebimento 22 é coberto por meio de um elemento de cobertura transparente 23. Uma pessoa pode consultar através do mesmo imediatamente com quais tabletes ou pílulas a estação de dosagem 2 precisa ser preenchida. Na vista frontal em perspectiva da estação de dosagem 2, conforme mostrado na Figura 7, o alojamento 20 é mostrado parcialmente transparente a fim de tornar visível o mecanismo interno da estação de dosagem 2. É acomodada conforme mostrado no alojamento 20 uma roda de individualização axialmente giratória 24 que é conectada de modo destacável ao alojamento 2 0 e que é adaptada durante a rotação axial para separar um único tablete ou única pílula que pode ser subsequentemente removida do alojamento 2 0 por meio de um guia de queda 2 5 disposto no alojamento e pode ser transferida até uma abertura de passagem 13 de um tubo de queda 7 que conecta ao guia de queda 25. A roda de individualização 24 é fornecida aqui com uma pluralidade de espaços de recebimento 2 6 para pílulas ou tabletes distribuídos pela periferia de borda. O tamanho de espaços de recebimento 26 pode ser geralmente adaptado ao tamanho das pílulas ou tabletes a serem retidos no abastecimento. A roda de individualização 24 pode ser girada axialmente por meio de um motor elétrico 27 também acomodado no alojamento 20. É disposto no guia de queda 25 um sensor 28 que pode detectar o momento no qual uma pílula ou tablete para separação cai, e desse modo também se o alojamento 20 foi esvaziado. As estações de dosagem 2 são visíveis a partir de um lado externo do sistema 1 e acessíveis para possível reabastecimento de estações de dosagem 2. O alojamento 20 será geralmente dotado de múltiplas LEDs (não mostrado) para permitir a indicação da
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27/31 situação de corrente da estação de dosagem 2, e particularmente no caso em que a estação de dosagem 2 precisa ser reabastecida ou estiver funcionando incorretamente.
[046] A Figura 8 é uma vista em perspectiva e a Figura 9 é uma vista lateral de um recipiente de coleta 17 para uso no sistema 1, conforme mostrado nas Figuras 1 a 4. O recipiente de coleta 17 compreende aqui um elemento de montagem de conjugação 29 para colaborar com elemento de montagem 16 da segunda correia transportadora 15. A fim de aumentar a estabilidade do recipiente de coleta 17, o recipiente de coleta 17 também compreende duas canais de preensão 30a, 30b para fixar ou pelo menos engatar ao redor da segunda correia transportadora 15. Um lado superior do recipiente de coleta 17 toma uma forma aberta e tem um formato similar a um funil de modo que o mesmo possa receber porções de fármaco sólidas que caem de um tubo de queda 7. Um lado de baixo do recipiente de coleta 17 é dotado de um elemento de fechamento pivotante 31 dotado de uma lingueta de operação por meio da qual o elemento de fechamento 31 pode ser girado para permitir a abertura e, desse modo descarregar, do recipiente de coleta 17. O recipiente de coleta 17 será geralmente dotado de um elemento de inclinação (não mostrado), como uma mola de compressão, a fim de impulsionar o elemento de fechamento 31 na direção da posição que fecha o recipiente de coleta 17, através da qual a abertura errônea do recipiente de coleta 17 pode ser evitada.
[047] As Figuras 10 e 11 mostram respectivamente uma vista frontal em perspectiva e vista traseira em perspectiva da estação de embalagem e descarga 3, conforme aplicado no sistema 1, conforme mostrado nas Figuras
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28/31 a 4. A estação de embalagem 3 compreende um rolo de folha de metal 32 que pode ser desenrolado por meio de um motor elétrico 33, após o que a folha de metal desenrolada 34 é direcionada por meio de uma pluralidade de cilindros de direcionamento 35 na direção dos recipientes de coleta 17 a serem esvaziados. A direção de transporte de folha de metal 34 é indicada por meio de setas em ambas as Figuras 10 e 11. Antes da folha de metal 34 ser transportada abaixo de um recipiente de coleta 17 para esvaziar, a folha de metal 34 é dotada de uma dobra longitudinal, através da qual uma dobra em formato de V 36 é criada na qual as porções de fármaco podem ser recebidas seguindo a abertura do recipiente de coleta 17. A folha de metal 34 pode ser dotada de duas vedações transversais e uma vedação longitudinal para permitir a vedação completa da embalagem 18. São aplicadas na formação da vedação longitudinal duas barras térmicas 37, das quais apenas uma barra térmica 37 é mostrada, e que pressionam em cada lado das duas partes de folha de metal a serem anexadas entre si, através da qual as partes de folha de metal se unem por fusão e a vedação longitudinal é formada. É vantajoso aqui que cada barra térmica 37 engate folha de metal 34 por meio de uma tira estacionária fabricada a partir de plástico, em particular Teflon, ou banda deslocável 38 a fim de evitar a adesão de barras térmicas 37 à folha de metal. As vedações transversais são também criadas por duas barras térmicas giráveis em posição vertical 39 que colaboram entre si e pressionam as partes de folha de metal uma contra a outra ao realizar uma vedação transversal. A embalagem 18 ainda pode ser opcionalmente dotada de uma identificação. Embalagens sucessivas 18 permanecem mutuamente
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29/31 conectadas na primeira instância e juntas formam uma tira de embalagem.
[048] A Figura 12 mostra um tubo de queda 7 dotado de dois elementos de montagem conjugados 40a, 40b para colaborar com elementos de montagem 8 das duas primeiras correias transportadoras 6a, 6b, conforme aplicado em um sistema 1 de acordo com qualquer uma das Figuras 1 a 4. Um atributo particular, entretanto, do tubo de queda 7 mostrado na Figura 12 é que o tubo de queda 7 é dotado de um elemento de direcionamento central adicional 41 para colaborar com um guia estacionário 42 que pode ser anexado à estrutura de sustentação 4 do sistema 1, através da qual estabilidade adicional é transmitida ao tubo de queda 7 e ambas as primeiras correias transportadoras 6a, 6b.
[049] A Figura 13 mostra um exemplo esquemático e simplificado do controle de quatro estações de dosagem 43 (A, B, C, D) com base em quatro prescrições recebidas para quatro pacientes (1, 2, 3, 4). São aplicados para fins de clareza nesse exemplo simplificado apenas quatro recipientes de coleta 44, em que cada recipiente de coleta 44 é designado a um paciente específico e é assim usado para coletar uma prescrição para esse paciente. Para fins de conveniência, os tubos de queda, que de fato acoplam as estações de dosagem 43 a recipientes de coleta 44, são omitidos. Os recipientes de coleta 44 são acoplados a uma correia transportadora e desse modo passam pelas diferentes estações de dosagem 43. Nesse exemplo, os pacientes exigem as seguintes quantidades de medicamento (A, B, C, D) (consulte a tabela).
Medicamento |
A |
B |
C |
D |
de Paciente |
|
|
|
|
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30/31
1 |
0 |
1 |
1 |
2 |
2 |
2 |
2 |
0 |
1 |
3 |
0 |
1 |
0 |
1 |
4 |
1 |
2 |
3 |
4 |
[050] Resulta-se da tabela que o paciente 1, por exemplo, não exige tabletes do medicamento A, um tablete do medicamento B, um tablete do medicamento C e dois tabletes do medicamento D. a Figura 13 mostra sete posições diferentes I a VII do trem de recipientes de coleta 44. Na posição I o recipiente de coleta 44 do paciente 4 é posicionado sob a estação de dosagem 43 preenchida com medicamento A, através da qual a estação de dosagem 43 irá permitir que um tablete A caia no recipiente de coleta 44 do paciente 4. Na posição II o recipiente de coleta 44 do paciente 4 é posicionado sob a estação de dosagem 43 preenchida com medicamento B, e o recipiente de coleta 44 do paciente 3 é posicionado sob a estação de dosagem preenchida com medicamento A. Nessa posição II dois tabletes B serão depositados no recipiente de coleta 44 do paciente 4; como o paciente 3 não exige um tablete A, a estação de dosagem associada 43 irá permanecer inativa. Desse modo, a seguinte conversão pode ser feita para dosagens dependentes de posicionamento (consulte a tabela).
|
A |
B |
C |
D |
I |
1 |
0 |
0 |
0 |
II |
0 |
2 |
0 |
0 |
III |
2 |
1 |
3 |
0 |
IV |
0 |
2 |
0 |
4 |
V |
0 |
1 |
0 |
1 |
VI |
0 |
0 |
1 |
1 |
VII |
0 |
0 |
0 |
2 |
[051] As prescrições dos diferentes pacientes podem ser encontradas aqui em uma linha diagonal (da esquerda
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31/31 superior até direita inferior). Estações de dosagem 43 são ativadas com base na análise citada acima. A estação de dosagem 43 pode ser ativada no momento correto com base na determinação de uma posição de referência de um primeiro recipiente de coleta 44, a velocidade de transporte dos
recipientes de |
coleta |
44 e o |
comprimento da |
correia |
transportadora. |
|
|
|
|
[052] |
Será |
aparente |
que a invenção |
não é |
limitada às modalidades exemplificativas mostradas e descritas aqui, mas que inúmeras variações que serão autoevidentes à pessoa versada nesse campo são possíveis dentro do escopo das reivindicações anexas.