BR112014026720B1 - Cepa de lactobacillus sp. produtora de d-ácido lático, método de preparação da dita cepa e método para a produção de d-ácido lático - Google Patents

Cepa de lactobacillus sp. produtora de d-ácido lático, método de preparação da dita cepa e método para a produção de d-ácido lático Download PDF

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Abstract

NOVA CEPA PRODUTORA DE ÁCIDO LÁTICO DE SEUS USOS. A presente invenção se refere a um método para a preparação de uma cepa produtora de ácido lático D modificada para inibir a atividade da L-lactato desidrogenase (L-LDH) e introduzir a atividade da D-lactato- desidrogenase (D-LOH) em uma cepa produtora de ácido lático L; a uma cepa produtora de ácido lático D mutante preparada pelo método acima indicado; e a um método para a produção de ácido lático D, incluindo as etapas de cultivar a cepa e recuperar o ácido lático D do meio de cultura.

Description

ANTECEDENTES DA INVENÇÃO 1. Campo da invenção
[001] A presente invenção se refere a uma nova cepa produtora de D-ácido lático e a seus usos. Especificamente, a presente invenção se refere a um método para a preparação de uma cepa produtora de D-ácido lático incluindo as etapas de inibição da atividade da L-lactato desidrogenase (L-LDH) e introdução da atividade da D-lactato-desidrogenase (D-LDH) em uma cepa produtora de L-ácido lático, a uma cepa produtora de D-ácido lático modificada preparada pelo método indicado acima, e a um método para a produção de D-ácido lático, incluindo as etapas de cultivar a cepa e recuperar o D-ácido lático do caldo de cultura.
2. Descrição da técnica relacionada
[002] O ácido lático possui uma ampla variedade de aplicações industriais em alimentos, medicamentos, cosméticos, etc. Nos últimos anos, o ácido lático tem sido utilizado como um monômero para o ácido polilático e, portanto, tem havido um aumento notável na demanda por ácido lático.
[003] O ácido lático pode ser produzido por um processo de síntese química ou de fermentação biológica usando carboidratos como substrato. O último método é o preferido do ponto de vista comercial porque a síntese química de ácido lático cria um problema de aumento de custo causado pelo aumento do preço do gás ou pela contaminação ambiental. Além disso, também há problemas de produção de L-ácido lático na forma de uma mistura racêmica consistindo de uma quantidade igual de D- ácido lático e L-ácido lático. Infelizmente, a proporção da composição de D-ácido lático e L-ácido lático não pode ser controlada. Quando o ácido lático na forma de uma mistura racêmica é utilizado para a preparação de ácido polilático, é produzido um polímero amorfo com um ponto de fusão baixo, limitando desta forma a aplicação deste. Por outro lado, o processo de fermentação biológica usando microorganismos torna possível a produção seletiva de D-ácido lático ou L-ácido lático, dependendo da cepa utilizada. Por exemplo, microrganismos tal como Lactobacillus sp., Bacillus sp., Rhizopus sp., Streptococcus sp., ou Enterococcus sp. geralmente produzem L- ácido lático. Microrganismos tal como Leuconostoc sp. e Lactobacillus vulgaricus geralmente produzem D-ácido lático. Em particular, devido ao D-ácido lático não ser metabolizado no corpo, o D-ácido lático pode ser usado como um biomaterial no campo médico e também pode ser usado como um herbicida oticamente ativo através de esterificação e cloração. É sabido que um herbicida oticamente ativo pode melhorar consideravelmente o seu efeito farmacêutico e também que tem o mesmo efeito farmacêutico com uma quantidade menor. Por esta razão, a demanda por D- ácido lático tem aumentado. Além disso, o ácido polilático-sc (estereocomplexo-PLA) tem um ponto de fusão e uma temperatura de degradação térmica significativamente mais elevados do que os ácidos poliláticos conhecidos. Portanto, ele pode ser utilizado como um material plástico de alta resistência ao calor, resultando de uma mistura de ácido L-polilático puro e ácido D-polilático puro. Consequentemente, é necessário um monômero de D-ácido lático, e sua demanda tem crescido gradualmente.
[004] Na produção de tal D-ácido lático oticamente puro, é preferido o processo de fermentação biológica utilizando especificidade de substrato enanciosseletivo de uma enzima microbiana. No entanto, os microorganismos do tipo selvagem, produtores de D-ácido lático geralmente encontrados na natureza, ainda não são adequados para uso industrial em relação à pureza ótica, ou à produtividade. Exemplos de microorganismos produtores de D-ácido lático são Lb. plantarum, Lb. pentosus, Lb. fermentum, Lb delbrueckii, ou semelhantes. No entanto, existem as desvantagens, já que eles não são capazes de produzir ácido lático com produtividade e rendimento elevados, e 20 ~ 40% do ácido lático é o L-ácido lático como impureza óptica. Para superar estas desvantagens foram feitas tentativas para desenvolver uma variante que produza concentrações elevadas de ácido lático em um meio de cultura com glicose elevada através da indução de mutações em bactérias produtoras de ácido lático por tratamento com EMS (etilmetanossulfonato) (J. Industrial Microbiol, 11:23 -28, 1992). Como resultado, foi selecionada a cepa que apresenta uma produtividade cerca de 4,8 vezes maior do que a produtividade de um grupo de controle, mas a sua atividade foi reduzida durante o armazenamento de longo prazo. Entretanto, no caso de desenvolvimento de uma cepa utilizando uma variante, uma cepa com rendimento melhorado tende a apresentar uma produtividade reduzida, ao passo que uma cepa com a produtividade melhorada tende a apresentar um rendimento reduzido.
[005] Com base na ideia de que as cepas para a fermentação industrial do ácido lático geralmente são microrganismos produtores de L-ácido lático, e que esses microrganismos têm, na maioria das vezes, produtividade e rendimento superiores em comparação com microorganismos produtores de D-ácido lático, os presentes inventores descobriram que o D-ácido lático pode ser produzido, com rendimento elevado, por inativação de um gene que codifica uma L-lactato desidrogenase (L- LDH) em um microorganismo com elevada produção de L-ácido lático e, em seguida, introduzindo neste um gene heterógeno que codifica uma D-lactato desidrogenase (D-LDH), completando assim a presente invenção
SUMÁRIO DA INVENÇÃO
[006] Uma configuração da presente invenção proporciona um método para a preparação de uma cepa produtora de D-ácido lático modificada, incluindo as etapas de atenuação ou inativação da atividade da L-lactato desidrogenase de introdução ou aumento da atividade da D-lactato desidrogenase em uma cepa produtora de L- ácido lático.
[007] Outra configuração da presente invenção proporciona uma cepa produtora de D-ácido lático modificada que é preparada pelo método descrito acima.
[008] Outra configuração da presente invenção proporciona um método para a produção de D-ácido lático usando a cepa produtora de D-ácido lático modificada.
BREVE DESCRIÇÃO DOS DESENHOS
[009] A Figura 1 mostra um gráfico que representa os resultados da análise da proporção de D-ácido lático e L-ácido lático produzidos por 10 tipos diferentes de microorganismos do tipo selvagem produtores de ácido lático.
DESCRIÇÃO DETALHADA DAS CONFIGURAÇÕES PREFERIDAS
[0010] Uma configuração da presente invenção proporciona um método para a preparação de uma cepa produtora de D-ácido lático modificada por meio da atenuação ou inativação da atividade da L-lactato desidrogenase (L-LDH) e introdução ou aumento da atividade da D-lactato desidrogenase (D-LDH) lático D em uma cepa produtora de L-ácido lático.
[0011] Em detalhe, o método para a preparação da cepa produtora de D-ácido lático modificada da presente invenção inclui (a) atenuar ou inativar a atividade da L- lactato desidrogenase (L-LDH) em uma cepa produtora de L-ácido lático para se obter uma cepa produtora de ácido lático modificada; e (b) introduzir ou aumentar a atividade da D-lactato-desidrogenase (D-LDH) na cepa produtora de ácido lático modificada.
[0012] Com relação a isso, a cepa produtora de L-ácido lático pode ser uma cepa que expressa apenas um polinucleotídeo que codifica a L-LDH para a produção de L-ácido lático ou uma cepa que expressa um polinucleotídeo que codifica uma L- LDH e um polinucleotídeo que codifica uma D-LDH ao mesmo tempo para a produção tanto de L-ácido lático como de D-ácido lático. O método para atenuar ou inativar a atividade da L-LDH pode ser realizado por substituição, deleção, inserção ou adição de um ou vários nucleotídeos em uma ou mais posições do polinucleotídeo que codifica a L-LDH. O método para introduzir ou aumentar a atividade da D-LDH pode ser realizado pela introdução do polinucleotídeo que codifica a D-LDH no cromossomo da cepa produtora de ácido lático modificada, pela introdução de um polinucleotídeo que codifica uma variante da D-LDH tendo atividade melhorada no cromossomo da cepa produtora de ácido lático modificada, pela introdução de um promotor forte a montante no polinucleotídeo que codifica a D-LDH no cromossomo da cepa produtora de ácido lático mutante, pela introdução de um promotor forte e o polinucleotídeo que codifica a D-LDH operativamente ligado ao promotor no cromossomo da cepa produtora de ácido lático modificada, pela introdução de um promotor forte e o polinucleotídeo que codifica a variante da D-LDH com atividade melhorada, que é operativamente ligado ao promotor, no cromossomo da cepa produtora de ácido lático modificada, pela introdução de um vetor de expressão incluindo o polinucleotídeo que codifica a D-LDH na cepa produtora de ácido lático modificada, pela introdução de um vetor de expressão incluindo o polinucleotídeo que codifica a variante da D-LDH tendo atividade melhorada na cepa produtora de ácido lático modificada, pela introdução de um vetor de expressão incluindo um promotor forte e o polinucleotídeo que codifica a D-LDH operativamente ligado ao promotor na cepa produtora de ácido lático modificada, pela introdução de um vetor de expressão incluindo um promotor forte e o polinucleotídeo que codifica a variante da D-LDH tendo atividade melhorada, que é operativamente ligado ao promotor, na cepa produtora de ácido lático modificada, ou semelhante.
[0013] Conforme utilizado aqui, o termo "lactato desidrogenase (LDH)" se refere a uma enzima que catalisa a produção de piruvato a partir de lactato por remoção de hidrogênio ou a produção de lactato a partir de piruvato por redução usando NADH. A LDH tem um peso molecular de cerca de 140 kDa e pode ser classificada em L- LDH (EC 1.1.1.27.) produtora de L-ácido lático, D-LDH (EC 1.1.1.28.) produtora de D-ácido lático, e L-LDH (citocromo b2, EC 1.1.2.3) contendo FMN e heme.
[0014] Conforme utilizado aqui, o termo "cepa produtora de L-ácido lático" se refere a uma cepa que expressa um polinucleotídeo que codifica a L-LDH e produz L-ácido lático utilizando a L-LDH expressa. Além disso, a cepa também inclui uma cepa que produz tanto o L-ácido lático como o D-ácido lático pela expressão do polinucleotídeo que codifica a L-LDH e do polinucleotídeo que codifica a D-LDH ao mesmo tempo, como uma cepa que produz L-ácido lático pela expressão apenas do polinucleotídeo que codifica a L-LDH. A cepa produtora de L-ácido lático não está particularmente limitada, desde que esta possa produzir L-ácido lático. Por exemplo, podem ser usados Lactobacillus brevis, Lactobacillus pentosus, Lactobacillus rhamnosus, Lactobacillus jensenii, Lactobacillus plantarum, Lactobacillus paraplantarum, Lactobacillus fermentum, Lactobacillus paracasei, Lactobacillus acidophilus, Lactobacillus johnsonii, e Lactobacillus casei, especificamente, podem ser usados Lactobacillus rhamnosus, Lactobacillus paracasei, e Lactobacillus casei, e mais especificamente podem ser usados Lactobacillus paracasei.
[0015] O método para atenuação ou inativação da atividade da L-LDH na cepa produtora de L-ácido lático pode ser realizado utilizando um método conhecido no estado da técnica. Por exemplo, um método para inibir a expressão do polinucleotídeo que codifica a L-LDH ou para produzir uma L-LDH inativada pode ser um método para a substituição, deleção, inserção ou adição de um ou vários nucleotídeos, mais especificamente de 2 a 20 nucleotídeos, mais especificamente, de 2 a 10 nucleotídeos, e ainda mais especificamente de 2 a 5 nucleotídeos do polinucleotídeo que codifica a L-LDH inerente à cepa produtora de L-ácido lático. Além disso, qualquer método pode ser utilizado sem limitação particular, desde que seja utilizado para atenuar ou inativar a atividade da L-LDH na cepa produtora de L- ácido lático.
[0016] Na presente invenção, a L-LDH a ser atenuada ou inativada pode ser inerente à cepa produtora de L-ácido lático. A sequência de aminoácidos da L-LDH ou a sequência de polinucleotídeo que codifica a mesma não é particularmente limitada. A L-LDH pode ser representada por uma sequência de polinucleotídeo (SEQ ID NO: 25) que codifica a LDH e uma sequência de polinucleotídeo (SEQ ID NO: 26) que codifica a LDH1 de Lactobacillus paracasei, por uma sequência de polinucleotídeo (SEQ ID NO: 27) que codifica a LDH1 e uma sequência de polinucleotídeo (SEQ ID NO: 28) que codifica a LDH2 de Lactobacillus casei, uma sequência de polinucleotídeo (SEQ ID NO: 29) que codifica a LGG_02523 e uma sequência de polinucleotídeo (SEQ ID NO: 30) que codifica a LGG_00606 de Lactobacillus rhamnosus.
[0017] Conforme utilizado aqui, o termo "cepa produtora de ácido lático modificada" se refere a uma cepa produtora de L-ácido lático na qual a atividade da L-LDH é atenuada ou inativada. A cepa produtora de ácido lático pode ser modificada para atenuar ou inativar a atividade da L-LDH por indução de mutações artificiais na cepa produtora de L-ácido lático normal, ou por mutações de ocorrência natural sem a indução de mutações artificiais.
[0018] O método para introduzir ou aumentar a atividade da D-LDH na cepa produtora de ácido lático modificada pode ser, mas não está particularmente limitado a, um método para introdução do polinucleotídeo que codifica a D-LDH no cromossomo da cepa produtora de ácido lático modificada, um método para a introdução de um polinucleotídeo que codifica uma variante da D-LDH tendo atividade melhorada no cromossomo da cepa produtora de ácido lático modificada, um método para a introdução de um promotor forte a montante no polinucleotídeo que codifica a D-LDH no cromossomo da cepa produtora de ácido lático mutante, um método para a introdução de um promotor forte e o polinucleotídeo que codifica a D- LDH operativamente ligado ao promotor no cromossomo da cepa produtora de ácido lático modificada, um método para a introdução de um promotor forte e o polinucleotídeo que codifica a variante de D-LDH tendo atividade melhorada, que é operativamente ligado ao promotor, no cromossomo da cepa produtora de ácido lático modificada, um método para a introdução de um vetor de expressão incluindo o polinucleotídeo que codifica a D-LDH na cepa produtora de ácido lático modificada, um método para a introdução de um vetor de expressão incluindo o polinucleotídeo que codifica a variante da D-LDH tendo atividade melhorada na cepa produtora de ácido lático modificada, um método para a introdução de um vetor de expressão incluindo um promotor forte e o polinucleotídeo que codifica a D-LDH operativamente ligado ao promotor na cepa produtora de ácido lático modificada, um método para a introdução de um vetor de expressão incluindo um promotor forte e o polinucleotídeo que codifica a variante da D-LDH tendo atividade melhorada, que é operativamente ligado ao promotor, na cepa produtora de ácido lático modificada, ou semelhante.
[0019] Conforme utilizado aqui, o termo "vetor de expressão" se refere a um produto de DNA que compreende uma sequência de nucleotídeo de um polinucleotídeo que codifica uma proteína alvo, o qual está operativamente ligado a uma sequência reguladora adequada para expressar o polinucleotídeo que codifica a proteína alvo em um hospedeiro adequado. A sequência reguladora pode incluir um promotor capaz de iniciar a transcrição, uma sequência operadora arbitrária para regular a transcrição, uma sequência que codifica um sítio de ligação do ribossoma ao mRNA adequado, e sequências para a regulação da terminação da transcrição e tradução. Uma vez que o vetor é transformado em um hospedeiro adequado, o vetor pode se replicar e funcionar independentemente do genoma do hospedeiro, ou pode ser integrado ao próprio genoma.
[0020] Desde que seja replicável em hospedeiros, qualquer vetor conhecido no estado da técnica pode ser utilizado como o vetor de expressão na presente invenção, sem limitações particulares. Um exemplo do vetor de expressão tipicamente usado pode incluir um plasmídeo, cosmídeo, vírus e bacteriófago natural ou recombinante. Exemplos do vetor de fago ou do vetor cosmídeo podem incluir pWE15, M13, ÁMBL3, ÁMBL4, ÁIXII, ÁASHII, ÁAPII, Át10, Át11, Charon4A, e Charon21A. O vetor plasmídeo pode incluir o tipo pBR, o tipo pUC, o tipo pBluescriptII, o tipo pGEM, o tipo PTZ, o tipo pCL, o tipo pET, etc.
[0021] Em detalhe, o vetor utilizado em configurações da presente invenção é o pG+host6, que é um vetor usado em uma grande variedade de bactérias Gram- positivas. Este vetor é caracterizado por conter um gene de resistência à ampicilina e uma origem de replicação para utilização em E. coli, um gene de resistência à eritromicina e uma origem de replicação para uso em bactérias Gram-positivas. Em particular, a origem de replicação em bactérias Gram-positivas contém uma mutação sensível ao calor e, portanto, a replicação não ocorre a uma temperatura acima de 37°C. Portanto, isto permite a inserção do gene através de uma sequência homóloga em bactérias Gram-positivas (Publicação de Pedido de Patente US N° 20060025190).
[0022] Conforme utilizado aqui, o termo "transformação" significa uma série de operações de introdução de um vetor incluindo um polinucleotídeo que codifica uma proteína alvo em uma célula hospedeira, expressão do polinucleotídeo na célula hospedeira, e produção de um produto de expressão, mRNA ou proteína. O polinucleotídeo a ser introduzido na célula hospedeira pode ser de qualquer forma, desde que este possa ser introduzido na célula hospedeira e expresso nesta. Por exemplo, o polinucleotídeo pode ser introduzido em uma célula hospedeira na forma de um cassete de expressão que é uma estrutura que inclui todos os elementos (um promotor operativamente ligado ao polinucleotídeo, um sinal de terminação da transcrição, um sítio de ligação ao ribossoma, um sinal de terminação da tradução, etc.) necessários para a auto-expressão. O cassete de expressão pode estar na forma de um vetor de expressão auto-replicável. Além disso, o próprio polinucleotídeo pode ser introduzido em uma célula hospedeira para ser operativamente ligado a uma sequência necessária para a expressão na célula hospedeira.
[0023] A D-LDH utilizada na presente invenção pode ser, mas não está particularmente limitada a, derivada de uma cepa produtora de D-ácido lático. Especificamente derivada de Lactobacillus plantarum ou Lactobacillus delbrueckii, e ainda mais especificamente, um polipeptídeo representado por uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 31 de Lactobacillus delbrueckii ou uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 32 de Lactobacillus plantarum. Na adição, substituição, deleção, inserção, adição ou inversão de um aminoácido ou de vários aminoácidos (dependendo das posições dos resíduos de aminoácidos na estrutura tridimensional da proteína ou dos tipos de resíduos de aminoácidos, podem ser incluídos especificamente de 2 a 20, mais especificamente de 2 a 10, ainda mais especificamente de 2 a 5 aminoácidos) a uma ou mais posições da sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 31 ou 32. Contanto que a sequência possa manter ou aumentar a atividade da D-LDH, pode ser incluída uma sequência de aminoácidos possuindo 80% ou mais, especificamente 90% ou mais, mais especificamente 95% ou mais, ainda mais especificamente 97% ou mais de homologia com a sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 31 ou 32. Uma vez que a sequência de aminoácidos da enzima pode ser diferente, dependendo da espécie ou cepa de um microrganismo, a substituição, deleção, inserção, adição ou inversão do aminoácido também inclui uma sequência mutante de ocorrência natural ou uma sequência mutante artificial, mas não está particularmente limitada a estas.
[0024] Conforme utilizado aqui, o termo "homologia" se refere à identidade entre duas sequências de aminoácidos diferentes ou duas sequências de nucleotídeo diferentes, e pode ser determinada por um método bem conhecido dos especialistas na técnica. Por exemplo, podem ser utilizados os parâmetros de cálculo BLAST 2.0 tal como pontuação, identidade e semelhança, mas isso não está particularmente limitado aos mesmos.
[0025] De um modo geral, a cepa produtora de L-ácido lático produz ácido lático com um rendimento de produção maior do que a cepa produtora de D-ácido lático. Assim, os inventores da presente invenção pretenderam preparar uma cepa possuindo excelente produtibilidade de D-ácido lático pela modificação da cepa produtora de L-ácido lático em uma cepa produtora de D-ácido lático. Para este fim, foi comparada a proporção de fermentação dos ácidos lático D e lático L entre as cepas de Lactobacillus sp do tipo selvagem. Como resultado, foi verificado que cepas de Lactobacillus paracasei, Lactobacillus casei e Lactobacillus rhamnosus apresentaram excelente produtibilidade global de ácido lático, e as suas proporções de ácidos lático L foram extremamente excelentes. Por conseguinte, os inventores da presente invenção pretenderam preparar cepas modificadas das mesmas (fig. 1). Por exemplo, os genes ldh e ldh1 de L-LDHin de Lactobacillus paracasei foram deletados e, ao mesmo tempo, foram preparados δldh1-ldhA(Lb. db) e δldh-ldhD(Lb. pl) como os cassetes de inserção da D-LDH, e depois cada um deles foi introduzido no vetor sensível ao calor pG+host6 para preparar dois tipos de vetores, pG+host6- δldh1-ldhA(Lb. db) e pG+host6-δldh-ldhD(Lb. pl) (Exemplo 3). Subsequentemente, cada vetor foi introduzido no Lactobacillus paracasei com o gene da L-LDH deletado para preparar uma transformante modificada para atenuar ou inativar a atividade da L-LDH e para aumentar a atividade da D-LDH (Exemplo 4). Assim, as transformantes preparadas foram cultivadas, e o ácido lático produzido por estas foi analisado. Como resultado, o D-ácido lático foi produzido em uma concentração de 41,6 g/l, mas não houve produção de L-ácido lático. O rendimento de produção do D-ácido lático produzido na presente invenção foi maior do que o do D-ácido lático produzido pela cepa produtora de D-ácido lático conhecida (Exemplo 5).
[0026] Por conseguinte, quando a atividade da L-LDH é atenuada ou inativada e a atividade da D-LDH é introduzida ou aumentada na cepa produtora de L-ácido lático que possui alto rendimento de produção de ácido lático, o D-ácido lático pode ser produzido com rendimento mais elevado do que o das cepas produtoras de D- ácido lático conhecidas.
[0027] Uma configuração da presente invenção proporciona uma cepa produtora de D-ácido lático modificada para atenuar ou inativar a atividade da L-LDH e para introduzir ou aumentar a atividade da D-LDH na cepa produtora de L-ácido lático que apresenta atividade da L-LDH usando o método acima.
[0028] A cepa produtora de D-ácido lático modificada pode ser uma cepa em que o polinucleotídeo que codifica a D-LDH é substituído pelo polinucleotídeo que codifica a L-LDH no cromossomo da cepa produtora de L-ácido lático ou é superexpresso. A cepa produtora de lático D modificada, embora não seja particularmente limitada, pode ser uma cepa na qual um polinucleotídeo que codifica a LDH1 (SEQ ID NO: 27) e um polinucleotídeo que codifica a LDH2 (SEQ ID NO: 28) de Lactobacillus casei são substituídos com um polinucleotídeo que codifica a LDHA (SEQ ID NO: 31) de Lactobacillus delbrueckii e um polinucleotídeo que codifica a LDHD (SEQ ID NO: 32) de Lactobacillus plantarum, respectivamente; uma cepa na qual um polinucleotídeo que codifica a LDH(LGG_02523) (SEQ ID NO: 29) e um polinucleotídeo que codifica a LDH(LGG_00606) (SEQ ID NO: 30) de Lactobacillus rhamnosus são substituídos por um polinucleotídeo que codifica a LDHA (SEQ ID NO: 31) de Lactobacillus delbrueckii e um polinucleotídeo que codifica a LDHD (SEQ ID NO: 32) de Lactobacillus plantarum, respectivamente; uma cepa na qual um polinucleotídeo que codifica a LDH (SEQ ID NO: 25) e um polinucleotídeo que codifica a LDH1 (SEQ ID NO: 26) de Lactobacillus paracasei são substituídos por um polinucleotídeo que codifica a LDHA (SEQ ID NO: 31) de Lactobacillus delbrueckii e um polinucleotídeo que codifica a LDHD (SEQ ID NO: 32) de Lactobacillus plantarum, respectivamente. Especificamente, a cepa produtora de D-ácido lático modificada pode ser uma cepa na qual um polinucleotídeo que codifica a LDH (SEQ ID NO: 25) e um polinucleotídeo que codifica a LDH1 (SEQ ID NO: 26) de Lactobacillus paracasei são substituídos por um polinucleotídeo que codifica a LDHA (SEQ ID NO: 31) de Lactobacillus delbrueckii e um polinucleotídeo que codifica a LDHD (SEQ ID NO: 32) de Lactobacillus plantarum, respectivamente, e mais especificamente, Lactobaciluus paracasei CC02-0095 (KCCM11273P)
[0029] Os presentes inventores produziram D-ácido lático utilizando cada uma das transformantes que foram modificadas para deletar cada um dos polinucleotídeos que codificam a L-LDH em cepas de Lactobacillus paracasei, Lactobacillus casei e Lactobacillus rhamnosus e para introduzir o polinucleotídeo que codifica a LDHA (SEQ ID NO: 31 ) de Lactobacillus delbrueckii e o polinucleotídeo que codifica a LDHD (SEQ ID NO: 32) de Lactobacillus plantarum, respectivamente, nas mesmas. Os valores de rendimento, produtividade, quantidade de produção, etc., do D-ácido lático foram comparados. Como resultado, foi confirmado que a transformante derivada de Lactobacillus paracasei (Lb. paracasei ldh::ldhA ldh1::ldhD) foi a melhor em termos de rendimento, produtividade, e quantidade de produção de D-ácido lático.
[0030] Consequentemente, os presentes inventores designaram a transformante (Lb. paracasei ldh::ldhA ldh1::ldhD) como Lactobacillus paracasei CC02-0095, em que a transformante foi a melhor em termos de rendimento, produtividade, e quantidade de produção de D-ácido lático. A cepa CC02-095 foi uma cepa preparada pela substituição do polinucleotídeo que codifica a LDH (SEQ ID NO: 25) e do polinucleotídeo que codifica a LDH1 (SEQ ID NO: 26) de Lactobacillus paracasei pelo polinucleotídeo que codifica a LDHA (SEQ ID NO: 31) de Lactobacillus delbrueckii e pelo polinucleotídeo que codifica a LDHD (SEQ ID NO: 32) de Lactobacillus plantarum. A transformante foi depositada no Korean Culture Center of Microorganisms (Centro Coreano de Cultura de Microrganismos, doravante abreviado como "KCCM") de acordo com o Tratado de Budapeste, em 02 de abril de 2012, com o N° de Depósito KCCM11273P.
[0031] Outra configuração da presente invenção proporciona um método para a produção de D-ácido lático, incluindo as etapas de (a) cultivar a cepa produtora de D-ácido lático modificada para se obter um caldo de cultura; e (b) recuperar o D- ácido lático a partir do caldo de cultura.
[0032] A cepa produtora de D-ácido lático modificada da presente invenção é uma cepa preparada a partir de uma cepa produtora de L-ácido lático que possui excelente produtibilidade de ácido lático de modo a fazer com que a cepa produza D-ácido lático. Portanto, quando a cepa produtora de D-ácido lático modificada é cultivada, o D-ácido lático produzido pode ser acumulado dentro da cepa ou no meio de cultura. Consequentemente, o D-ácido lático pode ser obtido por recuperação do D-ácido lático que se acumula dentro da cepa cultivada ou no meio de cultura.
[0033] Conforme utilizado aqui, o termo "cultura" significa todas as ações para cultivar um microrganismo em condições ambientais artificiais moderadamente controladas. Na presente invenção, a cultura é realizada com a finalidade de produzir D-ácido lático a partir da cepa produtora de ácido lático-D modificada, e um método específico para a cultura não é particularmente limitado, desde que possa produzir D-ácido lático a partir da cepa produtora de D-ácido lático modificada. A cultura pode ser realizada usando qualquer método conhecido no estado da técnica. Especificamente, a cultura pode ser realizada em um processo em batelada, um processo descontínuo alimentado, ou em um processo contínuo.
[0034] Especificamente, o meio utilizado para a cultura pode ter que satisfazer os requisitos de uma cepa específica de forma apropriada, ao mesmo tempo em que é feito o controle da temperatura, pH, etc., em condições aeróbicas em um meio típico contendo uma fonte de carbono adequada, uma fonte de nitrogênio, aminoácidos, vitaminas, etc. Fontes de carbono possíveis podem incluir uma mistura de glicose e xilose como fonte principal de carbono, açúcares e carboidratos tal como sacarose, lactose, frutose, maltose, amido e celulose, óleos e gorduras, tal como óleo de soja, óleo de girassol, óleo de rícino e gordura de coco, ácidos graxos tal como ácido palmítico, ácido esteárico e ácido linoleico, alcoóis, tal como glicerol e etanol, e ácidos orgânicos tal como ácido acético. Estas substâncias podem ser utilizadas isoladamente ou em combinação. Possíveis fontes de nitrogênio podem incluir fontes de nitrogênio inorgânicas, tal como amônia, sulfato de amônio, cloreto de amônio, acetato de amônio, fosfato de amônio, carbonato de amônio e nitrato de amônio; aminoácidos tal como ácido glutâmico, metionina e glutamina; e fontes de nitrogênio orgânicas tal como peptona, NZ-amina, extrato de carne, extrato de levedura, extrato de malte, licor de maceração de milho, hidrolisados de caseína, peixe ou produtos de decomposição deste, e bolo de soja desengordurado ou produtos de decomposição deste. Estas fontes de nitrogênio podem ser usadas isoladamente ou em combinação. O meio pode incluir dihidrogenofosfato de potássio, hidrogenofosfato dipotássico ou os sais contendo sódio correspondentes como fontes de fósforo. As possíveis fontes de fósforo podem incluir dihidrogenofosfato de potássio, hidrogenofosfato dipotássico ou os sais contendo sódio correspondentes. Além disso, podem ser utilizados compostos inorgânicos tal como cloreto de sódio, cloreto de cálcio, cloreto de ferro, sulfato de magnésio, sulfato de ferro, sulfato de manganês e carbonato de cálcio. Além das substâncias referidas acima, podem ser incluídas substâncias de crescimento essenciais, tal como aminoácidos e vitaminas. Precursores apropriados também podem ser adicionados ao meio de cultura. As substâncias mencionadas acima podem ser adequadamente adicionadas ao meio de cultura em modo em batelada, descontínuo alimentado ou modo contínuo durante o cultivo, mas não estão particularmente limitadas a estas. O pH da cultura pode ser ajustado adequadamente pela adição de compostos básicos tal como hidróxido de sódio, hidróxido de potássio e amônia, ou compostos acídicos tal como ácido fosfórico e ácido sulfúrico.
[0035] Um agente anti-espuma, tal como ésteres de poliglicol de ácidos graxos podem ser utilizados para suprimir o desenvolvimento de espuma. Para manter a condição aeróbica, oxigênio ou gás contendo oxigênio (por exemplo, ar) é introduzido no caldo de cultura. A temperatura do caldo de cultura é normalmente de 27°C a 37°C, especificamente 30°C a 35°C. A cultura pode ser continuada até que a produção de D-ácido lático tenha atingido um nível desejado, e pode ser continuada normalmente durante 10 a 100 horas. D-ácido lático pode ser liberado para o meio de cultura ou estar incluído dentro das células.
[0036] Além disso, a recuperação do D-ácido lático a partir do caldo de cultura pode ser realizada por um método conhecido no estado da técnica. Especificamente, o método conhecido para a recuperação do D-ácido lático não está particularmente limitado, desde que o método possa recuperar D-ácido lático do caldo de cultura. Especificamente, podem ser usados centrifugação, filtração, extração, pulverização, secagem, evaporação, precipitação, cristalização, eletroforese, dissolução fraccionada (por exemplo, precipitação com sulfato de amônio, etc.), ou cromatografia (por exemplo, cromatografia de troca iônica, cromatografia de afinidade, cromatografia hidrofóbica, e cromatografia de exclusão por tamanho, etc.).
[0037] Daqui em diante, a presente invenção será descrita em mais detalhes com referência aos Exemplos. No entanto, estes Exemplos são apenas para fins ilustrativos, e a invenção não deve ser limitada por estes Exemplos.
Exemplo 1: Análise da proporção de fermentação dos ácidos lático D e lático L por cepas de tipo selvagem de Lactobacillus sp.
[0038] Cada uma dos 10 tipos de cepas produtoras de ácido lático do tipo selvagem foi inoculada em 50 ml de meio de cultura GY (5% de dextrose, 1% de extrato de levedura, 0,05% de citrato de sódio, 3% de CaCO3, 0,02% de MgSO4, 0,001% de MnSO4, 0,001% de FeSO4 e 0,001% de NaCl) e, em seguida, cultivada em condições anaeróbicas a 37°C durante 40 horas, seguido por análise por HPLC para determinação da proporção de D-ácido lático e L-ácido lático no caldo de fermentação (Fig. 1). A Figura 1 mostra um gráfico que representa os resultados da análise da proporção de D-ácido lático e L-ácido lático que foram produzidos por 10 tipos de cepas produtoras de ácido lático do tipo selvagem.
[0039] Cepas de Lactobacillus paracasei, Lactobacillus casei e Lactobacillus rhamnosus apresentando alta produtividade de ácido lático e uma proporção muito maior de L-ácido lático foram selecionadas dentre os 10 tipos de cepas. As cepas selecionadas foram modificadas para produzir D-ácido lático.
Exemplo 2: Comparação de sequências de nucleotídeo da L-lactato desidrogenase (L-LDH)
[0040] Para deletar um gene de indução de excesso de produção de L-ácido lático em cada uma das cepas selecionadas no Exemplo 1, as homologias entre o gene que codifica a L-LDH das cepas selecionadas foram comparadas e analisadas através de busca/pesquisa no U.S. National Center for Biotechnology Information (NCBI) (www .ncbi.nlm.nih.gov // www.ncbi.nlm.nih.gov) (Tabela 1). Tabela 1: Comparação da homologia entre o gene da L-LDH de Lactobacillus paracasei e genes homólogos
Figure img0001
[0041] Conforme mostrado na Tabela 1, os genes de codificação da L-LDH de 3 tipos de cepas produtoras de ácido lático têm sequências de nucleotídeo muito semelhantes umas com as outras e, em particular, o ldh1 de Lactobacillus casei é conhecido como um gene de produção de L-ácido lático importante (J. Ind. Microbiotechnol., 2008, 35:579-586). Entretanto, o ldh2 de Lactobacillus casei é outro gene produtor de L-ácido lático. Os genes ldh1 e ldh2 foram deletados para preparar uma cepa produtora de D-ácido lático oticamente puro. Em resumo, do total de três tipos de cepas-mãe, os genes ldh e ldh1 de Lactobacillus paracasei, os genes ldh1 e ldh2 de Lactobacillus casei, e dois tipos de genes ldh de Lactobacillus rhamnosus foram selecionados como os genes para a deleção.
Exemplo 3: Construção de vetores deleção de L-LDH/inserção de D- LDH
[0042] Os vetores para a deleção dos genes de L-LDH de Lactobacillus paracasei, Lactobacillus casei e Lactobacillus rhamnosus, que foram selecionados no Exemplo 2, foram preparados. Para preparar um cassete de deleção de L-LDH e inserção de D-LDH ao mesmo tempo, as sequências adjacentes da ORF (fase de leitura aberta) dos genes ldh e ldh1 de Lactobacillus paracasei, ldh1 e ldh2 de Lactobacillus casei, e LGG02523 e LGG00606 de Lactobacillus rhamnosus foram usadas como sequência de nucleotídeo homólogo e foram preparados primers com as sequências de números SEQ ID NOs. 1 a 24, (Tabela 2). Tabela 2: Sequência de nucleotídeo do primer
Figure img0002
Figure img0003
[0043] A sequência de 700 pares de bases na região 5' (ldh.pc_UP_700) e a sequência de 700 pares de bases na região 3' (ldh.pc_DOWN_700) da ORF do gene ldh foram amplificadas usando o genoma do Lactobacillus paracasei como um modelo e os primers de SEQ ID NOS. 1 e 2, e primers de SEQ ID NOS: 5 e 6. A sequência de 700 pares de bases na região 5' (ldh1.pc_UP_700) e a sequência de 700 pares de bases na região 3' (ldh1.pc_DOWN_700) da ORF do gene ldh1 também foram amplificadas usando os primers de SEQ ID NOS. 7 e 8, e primers de SEQ ID NOS: 11 e 12.
[0044] Entretanto, para amplificar o gene D-LDH, fragmentos de DNA de ldhA(Lb. db) e ldhD(Lb. pl) foram preparados utilizando os genomas do Lactobacillus delbrueckii e Lactobacillus plantarum como modelo e os primers de SEQ ID NOS. 3 e 4, e primers de SEQ ID NOS: 9 e 10.
[0045] Subsequentemente, foi realizada uma PCR de sobreposição usando os fragmentos de DNA amplificados, ldh.pc_UP_700, ldh.pc_DOWN_700 e ldhA(Lb. db), e os primers de SEQ ID NOS. 1 e 6, de modo a preparar um cassete δldh.pc- ldhA(Lb. db). O cassete δldh.pc-ldhA(Lb. db) tem uma sequência nucleotídica homóloga às sequências adjacentes à região ORF do ldh e a D-lactato desidrogenase está localizada no meio do cassete. Além disso, o gene ldh1 foi submetido aos mesmos procedimentos para preparar um cassete δldh1.pc-ldhD(Lb. pl). A este respeito, cada cassete foi projetado para conter um sítio de enzima de restrição XhoI na extremidade 5', e um sítio de enzima de restrição Spel na extremidade 3'.
[0046] Como os genes ldh1 e ldh2 de Lactobacillus casei eram muito semelhantes aos genes de ldh e ldh1 de Lactobacillus paracasei, respectivamente, foram utilizados os mesmos primers. ldh1.ca_UP_700 e a sequência de 700 pares de bases na região 3' (ldh1.ca_DOWN_700) foram amplificadas usando o genoma do Lactobacillus casei como um modelo e os primers de SEQ ID NOS. 1 e 2, e primers de SEQ ID NOS: 5 e 6. Os 700 pares de bases na região 5' (ldh2.ca_UP_700) e a sequência de 700 pares de bases na região 3' (ldh2.ca_DOWN_700) da ORF do gene ldh2 também foram amplificadas usando os primers de SEQ ID NOS. 7 e 8, e primers de SEQ ID NOS: 11 e 12.
[0047] Subsequentemente, foi realizada uma PCR de sobreposição usando ldh1.ca_UP_700, ldh1.ca_DOWN_700, ldhA(Lb. db), e os primers de SEQ ID NOS. 1 e 6, de modo a preparar um cassete δldh1.ca-ldhA (Lb. db). O cassete δldh1.ca- ldhA(Lb. db) tem uma sequência nucleotídica homóloga às sequências adjacentes à região ORF do ldh1 e a D-lactato desidrogenase está localizada no meio do cassete. Além disso, o gene ldh2 foi submetido aos mesmos procedimentos para preparar um cassete δldh2.ca-ldhD(Lb. pl).
[0048] A sequência de 700 pares de bases na região 5' (LGG_02523_UP_700) e a sequência de 700 pares de bases na região 3' (LGG_02523_DOWN_700) da ORF do gene LGG_02523 foram amplificadas usando o genoma do Lactobacillus rhamnosus como um modelo e os primers de SEQ ID NOS. 13 e 14, e primers de SEQ ID NOS: 17 e 18. A sequência de 700 pares de bases na região 5' (LGG_00606_UP_700) e a sequência de 700 pares de bases na região 3' (LGG_00606_DOWN_700) da ORF do gene LGG_00606 também foram amplificadas usando os primers de SEQ ID NOS. 19 e 20, e primers de SEQ ID NOS: 23 e 24.
[0049] Entretanto, para amplificar o gene da D-LDH, fragmentos de DNA de ldhA(Lb. db) e ldhD(Lb. pl) foram preparados utilizando os genomas do Lactobacillus delbrueckii e Lactobacillus plantarum como modelo e os primers de SEQ ID NOS. 15 e 16, e primers de SEQ ID NOS: 21 e 22.
[0050] Subsequentemente, foi realizada uma PCR de sobreposição usando os fragmentos de DNA amplificados, LGG_02523_UP_700, LGG_02523 _DOWN_700, ldhA(Lb. db) e os primers de SEQ ID NOS. 13 e 18, de modo a preparar um cassete δLGG_02523-ldhA(Lb. db). O cassete δLGG_02523-ldhA(Lb. db) tem uma sequência nucleotídica homóloga às sequências adjacentes à região ORF do LGG_02523 e a D-lactato desidrogenase está localizada no meio do cassete. Além disso, o gene LGG_00606 foi submetido aos mesmos procedimentos para preparar um cassete δLGG_00606-ldhD(Lb. pl). A este respeito, cada cassete foi projetado para conter um sítio de enzima de restrição XhoI na extremidade 5', e um sítio de enzima de restrição Spel na extremidade 3'.
[0051] Subsequentemente, cada um dos seis tipos de cassetes foi clonado utilizando os sítios de enzima de restrição Xhol e Spel em um vetor sensível ao calor, pG+host6, que é caracterizado pelo fato de conter genes de resistência à ampicilina e à eritromicina e, portanto, é usado como um vetor do tipo ponte de bactérias E. choli de ácido lático, e não é amplificado em Lactobacillus a 42°C. Portanto, foram preparados 6 tipos de vetores, pG+host6-δldh.pc-ldhA(Lb. db) e pG+host6-δldh1.pc- ldhD(Lb. pl), pG+host6-δldh1.ca-ldhA(Lb. db) e pG+host6-δldh2.ca-ldhD(Lb. pl), e pG+host6-δLGG_02523-ldhA(Lb. db) e pG+host6-δLGG_00606-ldhD(Lb. pl).
Exemplo 4: Preparação de transformantes
[0052] Cepas de Lactobacillus paracasei, Lactobacillus casei ou Lactobacillus rhamnosus cultivadas em meio MRS sólido durante um dia foram inoculadas em 10 ml de meio de cultura MRS, seguido por cultura estacionária a 37°C durante um dia. 50 ml de MRS foram colocados em um tubo de 50 ml, e 500 μl de cada uma das cepas cultivadas durante um dia foram inoculados neste, seguido por cultura estacionária a 37°C durante 3 horas e 30 minutos. Quando a OD600 atingiu 0,8, os caldos de cultura foram colocados em um banho de gelo durante 5 minutos. Em seguida, os meios foram removidos dos caldos de cultura por centrifugação para a obtenção apenas das cepas. As cepas foram lavadas com um tampão de lavagem (5 mM de fosfato de sódio, 1 mM de MgCl2, pH 7,4) duas vezes. Subsequentemente, 25 μl de solução de sacarose 0,5 M foram adicionados às cepas , seguido por suspensão. Cada 50 μl desta foi dispensado. Cada 200 ng dos vetores preparados nos Exemplos 3 foram adicionados às cepas, seguido por eletroporação nas condições de 1800 v, 25 F e 200 Q. Depois disso, as cepas foram cultivadas em 500 μl de MRS a 37°C durante 2 horas e, em seguida, espalhadas sobre meio MRS sólido (MRSE) contendo 10 μg/ml de eritromicina, e cultivadas a 30°C durante 3 dias para a obtenção de colônias.
Exemplo 5: Preparação da cepa inserida com D-ldh
[0053] Uma porção das colônias obtidas a partir da transformante derivada de Lactobacillus paracasei (cepa de Lactobacillus com um plasmídeo pG+host6-δldh1- ldhA inserido contendo ldhA derivado de Lactobacillus delbrueckii) dentre as colônias obtidas no Exemplo 4 foi inoculada em 1 ml de meio MRS líquido contendo 10 μg/ml de eritromicina, seguido por cultura estacionária a 42°C durante um dia para indução do crossover primário. 100 μl do caldo de cultura foram espalhados em meio sólido MRSE, e incubados durante 7 dias para a obtenção de colônias. Cada colônia isolada foi subcultivada em meio de cultura MRSE sólido a 42°C durante 2 dias. Cada uma das cepas obtidas foi inoculada em um tubo de 1,5 ml contendo 1 ml de MRS, seguido por cultura estacionária a 37°C durante um dia para indução do crossover secundário. Uma porção das cepas cultivadas a 37°C foi submetida à PCR da colônia para examinar a inserção do gene ldhA(Lb. db) na região do ldh1, e as colônias individuais foram selecionadas em meio MRS sólido. Colônias individuais foram submetidas a PCR para examinar a deleção do gene ldh e a inserção da D-lactato desidrogenase e, finalmente, foi preparada uma cepa ldh1::ldhA(Lb. db). Esta cepa foi utilizada como cepa-mãe, e a deleção do ldh e inserção do ldhD(Lb pl.) foram realizadas da mesma maneira, para preparar uma cepa final produtora de D-ácido lático, em que foram deletados dois tipos de L-lactato desidrogenase.
[0054] Ao mesmo tempo, Lactobacillus casei e Lactobacillus rhamnosus foram submetidos aos mesmos procedimentos para preparar cepas produtoras de D-ácido lático, em que foram deletados dois tipos de L-lactato desidrogenase.
Exemplo comparativo 1 Teste de fermentação de ácido lático do novo Lactobacillus do tipo D modificado
[0055] Resultados da fermentação entre o novo Lactobacillus do tipo D modificado que foi preparado na presente invenção e os dois tipos de cepas produtoras de D-ácido lático recombinantes conhecidas com base em Lb. plantarum. Com relação a isso, a cepa produtora de D-ácido lático recombinante conhecida com base em Lb. plantarum é uma cepa em que qualquer um ou ambos os dois tipos de sua própria L-lactato desidrogenase foi/foram deletados, e foi preparada por um método semelhante ao do trabalho publicado por Okano et al. (Appl. Environ. Microbiol. (2009) 462~467). Estas cepas têm a deleção dos gene ldhL1 ou ldhL2 , e produzem D-ácido lático com pureza ótica de 99% ou superior.
[0056] Em uma experiência comparativa específica, dois tipos de cepas produtoras de D-ácido lático a base de Lactobacillus plantarum e três novos tipos de cepas de Lactobacillus recombinantes foram cultivados em meio MRS sólido por um dia, e cada uma das colônias de células obtida foi inoculada em MRS líquido, seguido por cultura a 37°C durante um dia. Um total de 5 tipos de cepas de Lactobacillus recombinantes foram inoculadas em um balão de 250 ml com saliências/reentrâncias contendo 25 ml de meio de cultura GY líquido com densidade ótica de células inicial de 0,1 a 600 nm. A experiência foi realizada em uma incubadora a uma temperatura de 37°C com agitação a 100 rpm. O tempo total de cultura foi de 42 horas. As amostras do caldo de cultura foram colhidas no instante inicial da inoculação e no instante final de fermentação, e uma quantidade adequada destas foi centrifugada para obtenção do sobrenadante, seguida por HPLC. Como resultado, a concentração inicial de glicose foi de 53 g/l. Os dados analisados foram a média dos resultados das experiências repetidas duas vezes. Os resultados são apresentados na Tabela 3 a seguir. A quantificação enzimática mostrou que o ácido lático produzido em todas as amostras foi o ácido láctico D oticamente puro (ácido lático, R-Biopharm, Germany). Tabela 3: Comparação da produtividade de ácido lático entre as cepas
Figure img0004
[0057] Conforme mostrado na Tabela 3, foi descoberto que três tipos de novas cepas recombinantes de Lactobacillus preparadas na presente invenção tinham rendimento, produtividade e quantidade de produção de D-ácido lático maiores do que as cepas conhecidas (Lb. plantarum ΔldhL1 e Lb. plantarum ΔldhL1 ΔldhL2) em que qualquer um ou ambos os dois tipos de sua própria L-lactato desidrogenase foi/foram eliminados. Em particular, foi descoberto que a transformante derivada de Lactobacillus paracasei (Lb. paracasei ldh::ldhA ldh1::ldhD) foi a de maior rendimento, produtividade, e quantidade de produção de D-ácido lático.
[0058] Consequentemente, os presentes inventores designaram a transformante (Lb. paracasei ldh::ldhA ldh1::ldhD) como Lactobacillus paracasei CC02-0095. A transformante que foi modificada pela substituição do polinucleotídeo que codifica a LDH (SEQ ID NO: 25) e do polinucleotídeo que codifica a LDH1 (SEQ ID NO: 26) de Lactobacillus paracasei pelo polinucleotídeo que codifica a LDHA (SEQ ID NO: 31) de Lactobacillus delbrueckii e pelo polinucleotídeo que codifica a LDHD (SEQ ID NO: 32) de Lactobacillus plantarum, apresentou os melhores valores em termos de rendimento, produtividade e quantidade de produção de D-ácido lático. A transformante foi depositada no Korean Culture Center of Microorganisms (Centro Coreano de Cultura de Microrganismos, doravante abreviado como "KCCM", de acordo com o Tratado de Budapeste) em 02 de abril de 2012, com o N° de Depósito KCCM11273P.
[0059] Será evidente para os especialistas na técnica que várias modificações e alterações podem ser feitas sem sair do escopo e do espírito da invenção. Portanto, deve ser entendido que a configuração acima não é limitativa, mas ilustrativa em todos os aspectos. O escopo da invenção inclui não só as reivindicações anexas mas também todas as alterações e modificações dos limites das reivindicações, ou equivalentes.
Resultado da invenção
[0060] A cepa produtora de D-ácido lático modificada da presente invenção é uma cepa preparada a partir de uma cepa produtora de L-ácido lático que possui excelente produtividade de ácido lático e, portanto, tem uma produtividade de D- ácido lático excelente. Portanto, a cepa pode ser amplamente usada para melhorar a produtividade de vários produtos que são fabricados utilizando D-ácido lático como matéria-prima.

Claims (11)

1. Cepa de Lactobacillus sp. produtora de D-ácido lático, caracterizada por ser modificada para atenuar ou inativar a atividade da L- lactato desidrogenase (L-LDH) por inativação do polinucleotídeo codificador de L-LDH e para aumentar a atividade da D-lactato-desidrogenase (D-LDH) pela introdução de polinucleotídeo que codifica D-LDH em uma cepa de Lactobacillus sp. produtora de L-ácido lático em maior quantidade do que D-ácido lático, em que o polinucleotídeo que codifica a L-LDH é selecionado do grupo que consiste em ldh (SEQ ID NO: 25) e ldh1 (SEQ ID NO: 26) de Lactobacillus paracasei, ldh1 (SEQ ID NO: 27) e ldh2 (SEQ ID NO: 28) de Lactobacillus paracasei, e ldh (LGG_02523) (SEQ ID NO: 29) e ldh (LGG_00606) (SEQ ID NO: 30) de Lactobacillus rhamnosus, e em que o polinucleotídeo que codifica a D-LDH é um polinucleotideo codificador de LDHA (SEQ ID NO: 31) de Lactobacillus delbrueckii ou um polinucleotideo codificador de LDHD (SEQ ID NO: 32) de Lactobacillus plantarum.
2. Cepa de Lactobacillus sp. produtora de D-ácido lático, de acordo com a reivindicação 1, caracterizada por um ou mais polinucleotídeos heterogênes que codificam a D-LDH serem substituídos pelo polinucleotídeo que codifica a L-LDH no cromossomo e serem superexpressas.
3. Cepa de Lactobacillus sp. produtora de D-ácido lático, de acordo com a reivindicação 1, caracterizada por um polinucleotídeo que codifica a LDH1 (SEQ ID NO: 27) e um polinucleotídeo que codifica a LDH2 (SEQ ID NO: 28) de Lactobacillus casei serem substituídos por um polinucleotídeo que codifica a LDHA (SEQ ID NO: 31) de Lactobacillus delbrueckii e um polinucleotídeo que codifica a LDHD (SEQ ID NO: 32) de Lactobacillus plantarum, respectivamente.
4. Cepa de Lactobacillus sp. produtora de D-ácido lático, de acordo com a reivindicação 1, caracterizada por um polinucleotídeo que codifica a LDH (SEQ ID NO: 25) e um polinucleotídeo que codifica a LDH1 (SEQ ID NO: 26) de Lactobacillus paracasei serem substituídos por um polinucleotídeo que codifica a LDHA (SEQ ID NO: 31) de Lactobacillus delbrueckii e um polinucleotídeo que codifica a LDHD (SEQ ID NO: 32) de Lactobacillus plantarum, respectivamente.
5. Cepa de Lactobacillus sp. produtora de D-ácido lático, de acordo com a reivindicação 1, caracterizada por um polinucleotídeo que codifica a LDH (LGG_02523) (SEQ ID NO: 29) e um polinucleotídeo que codifica a LDH (LGG_00606) (SEQ ID NO: 30) de Lactobacillus rhamnosus serem substituídos por um polinucleotídeo que codifica a LDHA (SEQ ID NO: 31) de Lactobacillus delbrueckii e um polinucleotídeo que codifica a LDHD (SEQ ID NO: 32) de Lactobacillus plantarum, respectivamente.
6. Cepa de Lactobacillus sp. produtora de D-ácido lático, de acordo com a reivindicação 4, caracterizada por o Lactobacillus paracasei CC02-0095 estar depositada com o N° de Depósito KCCM11273P.
7. Método de preparação de uma cepa de Lactobacillus sp. produtora de D-ácido lático modificada de uma cepa de Lactobacillus sp. produtora de L- ácido lático em maior quantidade do que D-ácido lático, caracterizado por compreender: (a) atenuar ou inativar a atividade da L-lactato desidrogenase (L-LDH) por inativação do polinucleotídeo codificador de L-LDH na cepa de Lactobacillus sp. produtora de L-ácido lático em maior quantidade do que D-ácido lático para obter uma cepa de Lactobacillus sp. produtora de ácido lático modificada; e (b) introduzir ou aumentar a atividade da D-lactato desidrogenase (D- LDH) pela introdução de polinucleotídeo que codifica D-LDH na cepa de Lactobacillus sp. produtora de ácido lático modificada, em que o polinucleotídeo que codifica a L-LDH é selecionado do grupo que consiste em ldh (SEQ ID NO: 25) e ldh1 (SEQ ID NO: 26) de Lactobacillus paracasei, ldh1 (SEQ ID NO: 27) e ldh2 (SEQ ID NO: 28) de Lactobacillus paracasei, e ldh (LGG_02523) (SEQ ID NO: 29) e ldh (LGG_00606) (SEQ ID NO: 30) de Lactobacillus rhamnosus, e em que o polinucleotídeo que codifica a D-LDH é um polinucleotideo codificador de LDHA (SEQ ID NO: 31) de Lactobacillus delbrueckii ou um polinucleotideo codificador de LDHD (SEQ ID NO: 32) de Lactobacillus plantarum.
8. Método de preparação de uma cepa de Lactobacillus sp. produtora de D-ácido lático modificada de uma cepa de Lactobacillus sp. produtora de L- ácido lático em maior quantidade do que D-ácido lático, de acordo com a reivindicação 7, caracterizado por a cepa de Lactobacillus sp. produtora de L- ácido lático em maior quantidade do que D-ácido lático ser selecionada do grupo compreendendo Lactobacillus rhamnosus, Lactobacillus paracasei, e Lactobacillus casei.
9. Método para a produção de D-ácido lático, caracterizado por compreender: (a) cultivar a cepa de Lactobacillus sp. produtora de D-ácido láctico modificada de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 7 para obter um meio de cultura; e (b) recuperar o D-ácido lático do meio de cultura.
10. Método para a produção de D-ácido lático, de acordo com a reivindicação 9, caracterizado por a cepa de Lactobacillus sp. produtora de D- ácido láctico modificada ser Lactobacillus paracasei CC02-0095 depositada com o N° de Depósito KCCM11273P.
11. Método para a produção de D-ácido lático, de acordo com a reivindicação 9, caracterizado por a recuperação do D-ácido lático ser por um método selecionado do grupo consistindo de centrifugação, filtração, extração, pulverização, secagem, evaporação, precipitação, cristalização, eletroforese, dissolução fracionada, cromatografia e combinações dos mesmos.
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