PT98288B

PT98288B - Travao de seguranca de disco para elevadores

Info

Publication number: PT98288B
Application number: PT98288A
Authority: PT
Inventors: Josef Vertesy; Toni Bissig
Original assignee: Inventio Ag
Priority date: 1990-07-12
Filing date: 1991-07-11
Publication date: 1998-12-31
Also published as: ATE116413T1; CA2044918C; FI93534C; CA2044918A1; AU634072B2; DK0465831T3; HUT58642A; JPH04226292A; JP2862711B2; BR9102858A; ZA915459B; MX9100172A; HU207573B; HK36996A; CN1058192A; EP0465831A1; AU8034491A; NO912717D0; US5253738A; FI93534B

Description

Descrição referente à patente de in venção de INVENTIO AG, suiça industrial e comercial, com sede em CH-6052 Hergiswil NW, Suíça, (inventores: Josef Vertesy e Toni Bissig, residentes na Suiça), para: TRAVÃO DE SEGURANÇA DE DISCO PARA ELEVADORES.

DESCRIÇÃO

A pr-esente invenção refere-se a um travão de segurança de disco para elevadores, constituído por duas alavancas de travão apoiadas rotativamente em cavilhas de suporte,com calços de travão e guarnições de travão, que fazem pressão num disco de travão por meio de molas de travão colocadas entre os lados mais compridos das alavancas de travão, e que são retirados do disco de travão por uma força antagonista electromagnética que actua no eixo das molas do travão.

termo segurança na designação do travão refere-se às prescrições respeitantes a este assun to para travões de elevadores, segundo as quais estes têm de funcionar segundo o chamado princípio dos dois circuitos. Os travões de elevadores que trabalham de acordo com este princípio apresentam dois sistemas parciais que, quando do fecho dos travões, trabalham mecanicamente de maneira totalmente independente um do outro, de modo que, no caso de falha do funcionamento do fecho de um sistema parcial, o outro possa funcionar normalmente, podendo ainda gerar uma força de travagem suficiente.

Então, o sistema parcial que falhou gera, através de um dispositivo de vigilância, um sinal eléctrico que impede a continuação do serviço da instalação avariada até a avaria ser reparada.

É portanto usual prever num travão de segurança para elevadores o accionamento electromagnético para a função de destravamento numa realização dupla, para satisfazer às referidas prescrições. Estudos desenvolvidos conduziram a utilizar um electroíman único, mas com duas armaduras, os chamados electroímanes de expansão dupla. Mas este electroíman contém em si um perigo, porque as armaduras magnéticas que mergulham no electroíman podem prender-se, o que prejudica a segurança exigida. Para que não haja quaisquer peças que são introduzidas em oposição, recomenda-se a utilização dos chamados electroímanes de panela ou electroímanes blindados, sendo a armadura feita com a forma de uma placa achatada.

A publicação alemã Ns 26 17 882 des creve um dispositivo electromagnético de comando do travão no qual é utilizado o electroímane de expansão dupla atrás referido para um travão de maxilas e que apresenta os inconvenientes já mencionados.

No caso do travão com acumulador de molas para elevadores, de acordo com a publicação alemã N2 23 43 918, duas alavancas de travão, em cada uma das quais se fixa uma placa de armadura magnética, são, cada uma, actuada por um elemento de íman blindado separado. Esta disposição consiste em dois sistemas completos e separados e que corresponde a um custo mais elevado proporcionalmente.

A presente invenção tem por objecto proporcionar um travão de disco de segurança, que satisfaz todos os requisitos das normas que possui menos órqãos de actuação do que qualquer dos dispositivos das invenções refe ridas.

Este problema é solucionado pelas características indicadas nas reivindicações.

As vantagens obtidas pela presente invenção podem encontrar-se essencialmente no facto de se utilizar para o destravamento do travão um sistema magnético único com um electroíman e uma placa de armadura de modo que existem menos peças móveis e de, relativamente ao sistema duplo,ser necessária apenas metade da potência de excitação.

Nos desenhos anexos está representado um exemplo de realização. As figuras representam:

A fig. 1, um corte transversal de um travão de disco;

A fig. 2, uma vista de lado do mesmo travão de disco; e

A fig. 3, um mecanismo de reajustamento.

Na fig. 1, está designada por (1) uma parte da máquina, que pode ser uma caixa de transmissão, uma protecção de chumaceira do motor ou um suporte de chumaceira. Na parede vertical da peça (1) da máquina é moldado, de fundição, um suporte de forquilha (1.1). Através das pernas da forquilha introduzem-se duas cavilhas de suporte (1.3) e (1.4) a uma certa distância da outra e paralelas à parede vertical da peça da máquina. No espaço intermédio da forquilha são apoiadas rotativamente nas cavilhas de suporte (1.3) e (1.4), em cada uma, uma alavanca de travão (4). Uma peça curta de cada alavanca (4) do travão, conduzida para baixo, suporta uma sapata (4.7) do travão com um calço de travão (4.8). As sapatas do travão (4.7) são fixadas articuladas nas alavancas de travão (4) , por meio das cavilhas (4.6) das sapatas do travão. As alavancas de travão (4) apre sentam na zona das sapatas do travão uma nervura exterior respectiva (4.2), que serve para aumentar a resistência à flexão da alavanca do travão (4). As sapatas (4.7) do travão ou, respectivamente, os calços (4.8) do travão assentam na

superfície de travagem de um disco de travão (3) . Na zona das cavilhas de suporte (1.3) e (1.4), cada uma das alavancas de travão (4) é reforçada com um olhai de suporte que vem de fundição (4.1). Os pontos de rotação das alavancas de travão situam-se num plano (12.4) de rotação do sistema e as fixações das sapatas do travão num plano de travagem (12.3). A uma distância, para cima, por exemplo duas vezes maior do que a distância entre os planos de travagem (12.3) e de rota ção do sistema (12.4), encontra-se um eixo de actuação (12.1) . Com excepção do electroíman, todas as partes mecânicas são simétricas em relação a um eixo médio de simetria (12.2) . Um suporte angular (1.2) está fixado, por parafusos, no alinhamento da aresta da direita da superfície horizontal da peça (1) da máquina, nesta última, e suporta na parte superior da sua perna vertical um parafuso tensor (2) que suporta na sua extremidade da direita, sobre o eixo médio do sistema (12.2), um centro de retenção (2.3) da mola. 0 centro de retenção da mola (2.3) é mantido na posição indicada por meio de uma porca da esquerda (2.1) e uma manga dis tanciadora (2.2) colocada entre a perna vertical do suporte angular (1.2) e o centro de retenção da mola (2.3). Concentricamente com o eixo de actuação (12.1) encontra-se uma mola de compressão da esquerda (9) e uma mola de compressão da direita (10) que são pré-tensionadas com uma manga da mola da direita (8) contra o centro de retenção da mola (2.3). A manga da mola da esquerda (7) apresenta na sua face de topo exterior da esquerda um apêndice sextavado (7.1) e a manga da mola da direita (8) , na sua face de topo exterior da direita, um apêndice sextavado (8.1). Na superfície exterior cilíndrica da manga da mola da esquerda (7) está aberta uma rosca exterior (7.2) que se estende numa rosca interior (5.6) num electroíman blindado (5) e, na superfície cilíndri ca exterior da manga da mola da direita (8), está aberta uma rosca exterior (8.2) que se estende numa rosca interior (6.6) numa placa de armadura (6). O electroíman blindado (5) é constituido por um corpo magnético anular (5.4) no qual se encaixa uma bobina magnética (5.5) também anular. A placa da armadura (6) apresenta, para fora e para a direita, um pro4

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longamento (6.4) em forma de colar sobre a rosca interior (6.6), para melhorar a possibilidade de ajustamento da mola de compressão da direita (10). Entre o electroíman blindado (5) e a placa de armadura (6) há, quando o travão está fechado, um entreferro de trabalho (11) que, conforme as dimen sões construtivas do travão pode ter um valor compreendido entre 1 mm e 2 mm. O electroíman blindado (5) está fixado, através de três pernos roscados (5.1,5.2,5.3) e por pares de porcas (5.11,5.12;5.21,5.22;5.31,5.32) com a alavanca de tra vão da esquerda.A placa de armadura (6) está fixada por meio de três pernos roscados (6.1,6.2,6.3) e por pares de porcas (6.11,6.12;6.21,6.22;6.31,6.32) com a alavanca de travão da direita (4). Na fig. 1 podem ver-se completamente os pernos roscados (5.1) e (6.1) e parcialmente os pernos roscados (5.2) e (6.2).

Na fig. 2 estão indicados os três olhais de fixação (4.41,4.42,4.43), salientes para fora e distribuídos uniformemente na periferia. Através destes olhais são conduzidos os pernos roscados (6.1),(6.2) e (6.3). A parte superior triangular feita em forma de placa da alavanca de travão da direita visível (4) apresenta no centro um furo central (4.9) através do qual fica saliente para fora a manga da mola da direita (8), ficando assim acessível para o ajutamento. A alavanca de travão da esquerda (4) é formada exactamente da mesma maneira e portanto já não é representada. Como fundo na fig. 2 pode ver-se a parede dianteira vertical da peça (1) da máquina e no plano dianteiro uma forma, dada como exemplo, do suporte de forquilha (1.1).

Na fig. 3 está representado um suporte das maxilas do travão por meio de um excêntrico (4.9) e um parafuso de ajustamento (4.10). Com este dispositivo dispensa-se uma fixação ajustável do electroíman blindado (5) e da placa de armadura nas alavancas (4) do travão.

O travão de disco de segurança representado nas fig. 1, 2 e 3 funciona da seguinte maneira:

O funcionamento do travão de disco de segurança pode ver-sè essencialmente a partir da fig. 1. Na situação indicada, a bobina do electroíman (5.5) não está excitada, de modo que as molas de compressão (9) e (10) exer cem, através das mangas das molas (7) e (8) , do corpo do electroíman (5.4) e da placa de armadura (6) e das cavilhas roscadas soldadas (5.1,5.2,5.3) e (6.1,6.2,6.3) e dos pares de porcas de fixação (5.11,5.12... e (6.11,6.12...), no eixo de actuação uma força apropriada nas faces interiores das alavancas do travão (4). Na relação dos comprimentos das ala vancas entre o eixo de actuação (12.1)-plano de rotação do sistema (12.4) e plano de rotação do sistema (12.4)-e o plano de travagem (12.3) actua uma força de travagem correspondente, através das sapatas do travão (4.7) e do calço do travão (4.8) no disco de travão (3). A força de travagem estã dentro de limites dados, mediante o aperto ou o desaperto das mangas das molas nas roscas interiores (5.6) e (6.6) do corpo do travão (5.4) e da placa de armadura (6), para fazer o ajustamento. Os apêndices sextavados (7.1) e (8.1) tornam possível o ajustamento com uma chave de bocas normal. 0 curso de destravamento do travão de disco de segurança é dado pelo entreferro de trabalho ajustado que pode, por exemplo, ter o valor de 1,5 mm. no caso da utilização de um electroíman blindado deve contar-se com curvas caracteristícas força-trajecto extremamente inclinadas, consistindo os seus efeitos na força que diminui rapidamente quando aumentar o entreferro e nas forças de aderência extremamente grandes no estado de fecho. Isto impede-se de modo tal que uma chapa de espera do entreferro, não representada, provoca, no estado de excitação, um entreferro residual e, depois do destravamento do travão, a bobina do electroíman é comutada para um estado de excitação apenas de retenção. Põe-se também o problema do movimento sincronizado das duas alavancas de tra vão (4) quando do destravamento, visto que não se impõe nenhuma obrigatoriedade. É importante que, depois da destravagem, os dois calços do travão (4.8) estejam separados do disco de travão (3) e que não entrem em contacto em nenhum caso. Isso consegue-se por um processo apropriado de ajustamento do travão. Como primeiro passo, com as molas de compressão (9) e (10) ainda sem tensão e os pares de porcas (5.11,...) e (6.11,...) completamente desapertadas dá-se à

bobina do travão uma excitação fraca, de modo que o electroíman blindado (5) atraia completamente a placa de armadura (6) e o entreferro de trabalho seja igual a zero. Nes tas condições, por meio de três pares de porcas, ajusta-se na parte superior de cada alavanca de travão (4) um trajecto de destravamento desejado no disco de travão (3) , que pode aí ser por exemplo de 0,25 mm. Depois, ajusta-se o comprimento obtido com pretensão das molas de compressão (9) e (10), rodando no sentido conveniente as mangas das molas (7) e (8) , obtendo-se assim um ajustamento provisório. Para diminuir o atrito quando se apertam as molas de compressão (9) e (10), prevêm-se dos dois lados do centro de retenção das molas (2.3) chumaceiras de apoio, não representadas. A seguir, por um ajustamento ulterior das mangas das molas (7) e (8), ajusta-se um equilíbrio de forças das molas de compressão (9) e (10), resultando daí, ao atingir-se esse equilíbrio, um funcionamento com movimentos sincronizados das duas alavancas de travão (4). Isso é também possível por que com o centro de retenção das molas (2.3) proporciona-se uma base mecânica a meio do sistema. Outro problema é o da produção de ruídos quando da abertura do travão. Este problema é combatido pelo facto de, por meio de uma retenção e condução rígidas da electroíman blindado (5) e da placa de armadura (6), se fazer um fecho totalmente paralelo do entre ferro de trabalho (11),de modo que no fim do movimento de fe cho uma almofada de ar amortece o choque. Além disso, a cama da intermédia de entreferro formada pela referida chapa de espera pode ser não metálica mas sim de um material amortece dor. A conformidade do travão com as normas prescritas é pro porcionada pelo facto de os dois meios-sistemas trabalharem mecanicamente completamente independentes um do outro. Se por exemplo qualquer peça de uma das metades do sistema se prendesse ou partisse, a outra metade do sistema fechava-se de igual modo e geraria metade da força de travagem, geran do a metade avariada do sistema, através de um dispositivo de vigilância não representado, um sinal de avaria. Uma outra características de um sistema de travão de segurança con siste no facto de não haver nenhuma penetração ou sobreposi7

ção mecânicas, o que poderia conduzir a bloqueios por penetração de corpos estranhos. A fixação em três pontos do eleç troíman blindado (5) e da placa da armadura (6) nas alavancas (4) do travão permite um ajustamento preciso destas duas peças uma em relação à outra. A parte superior da alavanca do travão (4) é formada, para esse fim, com uma forma triangular plana, provocando os olhais de fixação salientes para fora (4.41,4.42 e 4.43) um reforço adicional. 0 destravamento manual é feito por meio de uma alavanca separada, não representada. 0 travão de disco de segurança representado e descrito pode ser usado não só para elevadores como tam bem para todos os outros géneros de aparelhos de elevação, em especial para os que têm de satisfazer a normas apertadas. Os braços de alavanca podem adaptar-se às várias utilizações mediante variantes construtivas apropriadas.

Claims

- lã Travão de segurança de disco para elevadores, constituido por duas alavancas de travão (4) , apoiadas rotativamente em cavilhas de suporte (1.3,1.4), com calços do travão (4.7) e guarnições do travão (4.8), que são apertados por meio de molas de travão (9,10) com uma pré-tensão e colocadas entre as faces das alavancas do travão, num disco do travão (3) e que podem ser afastados do disco (3) do travão por uma força de reacção electromagnética que actua na mesma face, caracterizado por duas alavancas (4) do travão, sem sobreposição movendo-se mecanicamente independentes uma da outra, apresentarem electroímanes que actuam, contra a força da mola do travão, no referido travão de segurança constituídos por um íman blindado (5), ligado rigidamente com uma das alavancas do travão (4), e uma placa de armadura (6) , ligada rigidamente com a outra alavanca do travão (4).

_ ₂ã Travão de segurança de disco de acordo com a reivindicação l, caracterizado por o íman blindado (5) e a placa de armadura (6) estarem ligados, respecti vamente, através de um meio de fixação em três pontos, ajustável, em cada um dos pontos de fixação, na direcção de tra balho, com uma das alavancas de travão (4) .

_ ₃a _

Travão de segurança de disco de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por existir um centro de encosto das molas (2.3), ligado com a caixa (1) da máquina, que provoca a independência mecânica mútua das alavancas do travão (4).

- 4ã Travão de segurança de disco de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por o íman blindado (5) e a placa de armadura (6) apresentarem, cada um, no seu furo central, roscas interiores (5.6,6.6) que tornam pos sível o deslocamento das molas de travão (9,10) por meio de invólucros respectivos das molas (7,8), cada um com uma rosca exterior (7.2,8.2).

_ ₅a _

Travão de segurança de disco de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por o íman blindado (5) , a placa de armadura (6) e as molas de compressão (9,10) estarem montados concentricamente num eixo de actuação (12.1).

- 6- Travão de segurança de disco de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por o suporte dos calços do travão ser formado como um mecanismo de reajustamento de excêntrico (4.7,4.8,4.9,4.10).

A requerente reivindica a prioridade do pedido suiço apresentado em 12 de Julho de 1990, sob o na. 02 327/90-5.