BRPI0214793B1 - implante para ancoragem óssea com cabeçote poliaxial - Google Patents

Abstract

"implante para ancoragem óssea com cabeçote poliaxial". a presente invenção está relacionada a um implante para ancoragem óssea compreendendo meios de fixação capazes de receber e fixar ao menos uma barra, em particular de osteossíntese, o implante (1) compreendendo por um lado meios de ancoragem óssea (10), e por outro lado um cabeçote de fixação (11) suportando os meios de fixação, o cabeçote de fixação sendo atravessado por ao menos um canal (12) recebendo a barra (2), e compreendendo meios de grampeamento (4) capazes de grampear a barra contra uma parede interna, denominada parede de suporte (32), o implante (1) sendo caracterizado por os meios de fixação (4) e a mencionada parede de suporte (32) permitirem se obter, antes de bloquear-se a fixação, uma determinada folga para rotação em torno de um primeiro eixo (d3) não paralelo ao eixo longitudinal da barra, em que os meios de grampeamento compreendem uma face no contato com a barra, denominada de superfície de grampeamento móvel (120), a face de grampeamento móvel (420) dos meios de grampeamento (4) sendo suportada por um cabeçote de suporte (42) articulado na extremidade dos meios de grampeamento (4) por uma conexão de bola e soquete, e em que o canal (12) tem o formato de um canal aberto tendo um orifício (120) de abertura sobre uma das faces laterais do cabeçote de fixação (11), uma borda (124) da mencionada abertura suportando os meios de grampeamento (4), a abertura (120) do canal e a posição dos meios de grampeamento desse modo permitindo a introdução (i) da barra pela via lateral.

Description

Relatório Descritivo da Patente de Invenção para "IMPLANTE PARA ANCORAGEM ÓSSEA COM CABEÇOTE POLIAXIAL". A presente invenção está relacionada a um implante que fornece ancoragem óssea, por exemplo, em uma vértebra para ancoragem de um dispositivo de osteossintese. Este implante compreende um cabeçote capaz de receber uma barra ligando uma pluralidade de implantes em diferentes posições angulares. É conhecido se fixar um ou uma pluralidade de implantes dentro de um ou uma pluralidade de elementos ósseos a fim de ligar ao esqueleto um dispositivo implantado em um corpo humano ou animal, os mencionados implantes sendo então utilizados para prender alguns elementos do mencionado dispositivo. A utilização de um dispositivo de osteossintese compreendendo uma ou uma pluralidade de barras ou placas posicionadas ao longo da coluna vertebral e fixadas a determinadas vértebras por implantes para a manutenção ou correção da espinha em particular é bem conhecida. Estes implantes são fixados por um lado às barras e pelo outro às vértebras por um meio de ancoragem óssea compreendido por um gancho tendo o seu suporte sobre uma vértebra ou por uma parte roscada aparafusada dentro da vértebra, por exemplo, no pediculo. No caso de uma osteossintese de uma vértebra extrema um ou uma pluralidade de implantes podem evidentemente ser presos de modo seguro a osso adjacente, o sacro, por exemplo. O documento de patente FR 2823095 apresenta para este propósito um implante compreendendo uma parte de ancoragem óssea e um cabeçote de fixação atravessado por um canal onde a barra está grampeada. Este documento descreve um implante, cujo cabeçote compreende uma abertura lateral permitindo a introdução de uma barra com plano enquanto que um parafuso de grampeamento já foi anteriormente pré-instalado na parte superior do mencionado cabeçote. A fim de assegurar contato satisfatório do parafuso de grampeamento sobre o plano qualquer que seja a posição angular do mencionado plano em torno do eixo do pino, o parafuso de grampeamento é provido com uma superfície de suporte inclinável montada sobre uma junção de bola e soquete.

Por se suportar sobre o formato interior do canal sob o efeito do grampeamento, a posição da barra está deste modo definitivamente determinada pela posição geral do implante. No momento de instalação da barra em um implante anteriormente fixado na espinha, se a barra não está em uma posição correspondente àquela do canal, o ato de forçar a sua introdução pode induzir a uma determinada tensão na barra.

Por um lado, a mencionada tensão pode então tornar difícil a introdução da barra para dentro do implante ou fazer o seu grampeamento não muito preciso. Este problema é real mais particularmente quando a barra foi anteriormente encaixada em um primeiro implante e está sendo introduzida dentro de um segundo implante. A fim de reduzir esta tensão, é concebível fixar o implante de acordo com a posição da barra, mas isto não é sempre possível de se fazer e também não é fácil de se prever. Também seria concebível deformar a barra, o que poderia ser um problema na situação e joga contra o requisito de uma barra rígida para assegurar uma pega efetiva. Esta tensão pode por isto tornar a manipulação delicada de se executar, em particular em procedimentos cirúrgicos pouco invasivos, por e-xemplo, procedimentos vídeo-assistidos ou laparoscópicos.

Por outro lado, mesmo que o grampeamento permita o tensio-namento da barra para assumir uma posição ou uma forma correspondente ao implante, a mencionada tensão persistirá permanentemente por um tempo grande após o procedimento. O fato de que a barra está sob tensão permanente traz o risco de um efeito mecânico diretamente sobre a espinha, por exemplo, causando dores ou modificando ou perturbando a correção ou o apoio buscado pela utilização do dispositivo de osteossintese. O objeto da presente invenção é o de eliminar ao menos uma desvantagem da arte anterior fornecendo um implante de ancoragem óssea capaz de adaptar-se até determinado ponto a diferentes orientações da barra enquanto o implante já está ancorado no elemento ósseo.

Este alvo é alcançado por um implante para ancoragem óssea compreendendo meios de fixação capazes de receber e fixar ao menos uma barra, em particular de osteossintese, o implante compreendendo por um lado meios de ancoragem óssea, e por outro lado um cabeçote de fixação suportando os meios de fixação, o cabeçote de fixação sendo atravessado por ao menos um canal recebendo a barra, e compreendendo meios de grampeamento capazes de grampear a barra contra uma parede interna, denominada parede de suporte, o implante sendo caracterizado em que os meios de fixação e a mencionada parede de suporte permitem se obter, antes de bloquear-se a fixação, uma determinada folga para rotação em torno ao menos de um primeiro eixo cruzando o eixo longitudinal da barra ou cruzando um eixo geométrico paralelo ao eixo longitudinal da barra, em que os meios de grampeamento compreendem uma face, no contato com a barra, denominada de face de grampeamento móvel, a face de grampeamento móvel dos meios de grampeamento sendo suportada por um cabeçote de suporte articulado na extremidade dos meios de grampeamento por uma conexão de bola e soquete, e em que o canal tem o formato de um canal aberto tendo um orifício de abertura sobre uma das faces laterais do cabeçote de fixação, uma borda da mencionada abertura suportando os meios de grampeamento, a abertura do canal e a posição dos meios de grampeamento deste modo permitindo a introdução da barra pela via lateral.

De acordo com um outro aspecto, os meios de fixação e a mencionada parede de suporte permitem, antes do bloqueio da fixação, uma determinada folga para rotação em torno de ao menos um segundo eixo cruzando o primeiro eixo ou cruzando um eixo geométrico paralelo ao primeiro eixo e cruzando o eixo longitudinal da barra ou cruzando um eixo geométrico paralelo ao primeiro longitudinal da barra.

De acordo com um outro aspecto, o canal se abre de cada lado do cabeçote de fixação através de aberturas cuja disposição e dimensões permitem à barra uma determinada folga dentro do canal para rotação ao menos em torno de um eixo que é perpendicular ao eixo do canal e na direção de suporte dos meios de grampeamento.

De acordo com um outro aspecto, a parede de suporte compreende um elemento, denominado a placa base móvel, tendo uma folga para rotação ao menos em torno de um eixo cruzando o eixo do canal ou cruzando um eixo geométrico paralelo ao eixo do canal e cruzando um eixo geométrico paralelo à direção de suporte dos meios de grampeamento sobre a barra, a face de grampeamento móvel tendo uma determinada folga para rotação em torno de um eixo paralelo ao eixo de rotação da placa base móvel.

De acordo com um outro aspecto, a placa base móvel tem uma parte na forma de uma porção de esfera apoiando-se por um contato complementar em um alojamento formado no cabeçote de fixação.

De acordo com um outro aspecto, a placa base móvel está em contato com a barra por uma face de suporte tendo um formato complementar ao formato exterior da barra, a placa base móvel tendo ao menos uma irregularidade formal cooperando com uma irregularidade formal suportada pelo cabeçote de fixação para formar uma trava segurando a face de suporte da placa base voltada em direção ao lado da barra.

De acordo com um outro aspecto, a irregularidade formal é um pino formado no lado de baixo, na parte posterior ou na parte anterior da placa base móvel, cooperando com uma cavidade com uma dimensão maior suportada pelo cabeçote de fixação.

De acordo com um outro aspecto, a irregularidade formal é uma furação cilíndrica formada na parte frontal da placa base móvel e cooperando com o cabeçote cilíndrico de um pino seguro em furação formada no cabeçote de fixação.

De acordo com um outro aspecto, os meios de grampeamento compreendem um parafuso de grampeamento inserido dentro de uma furação transversa a uma borda do orifício do canal e cooperando com a mencionada furação para realizar um suporte sobre a barra.

De acordo com outro aspecto, os meios de ancoragem óssea compreendem quer uma parte roscada capaz de se ancorar em um elemento ósseo pela cooperação com o material ósseo do mencionado elemento ósseo, quer uma parte que se projeta capaz de se ancorar na superfície de um elemento ósseo pela cooperação com ao menos uma irregularidade formal da mencionada mesma superfície.

De acordo com um outro aspecto, os meios de ancoragem óssea são realizados por uma parte alongada e roscada, o eixo do canalsendo perpendicular ao eixo longitudinal dos meios de ancoragem óssea.

De acordo com um outro aspecto, o canal tem um formato compreendendo dois cones truncados da cabeça para base se faceando com suas placas base menores e juntados entre si diretamente ou por meio de uma parte cilíndrica.

De acordo com outro aspecto, a barra suporta um ou urna pluralidade de planos na sua superfície externa, fornecendo uma superfície de contato plana com o cabeçote de suporte. A invenção juntamente com seus aspectos e vantagens ficará mais clara pela leitura da descrição seguinte com referência aos desenhos anexos, nos quais: As Figuras 1, 2 e 3 representam um implante com cabeçote móvel e ancoragem óssea através do roscado na seção longitudinal à barra, em vista lateral ao longo do eixo da barra e em uma vista de topo, respectivamente; A Figura 4 representa uma vista lateral parcial de um implante com um cabeçote fixo durante a introdução da barra, em seção transversa à barra;

As Figuras 5 e 6 representam vistas em perspectiva de um implante com cabeçote fixo e ancoragem óssea através de parafuso em seção longitudinal, ao longo do eixo da barra, e transversa à barra, respectivamente; A Figura 7 representa uma vista em perspectiva de um implante com ancoragem óssea por gancho e cabeçote fixo com seção longitudinal ao longo do eixo da barra e representado sem os seus meios de grampea-mento;

As Figuras 8 e 9 representam, respectivamente, uma vista em perspectiva e uma vista em seção de um implante com cabeçote fixo de a-cordo com uma segunda execução;

As Figuras 10 e 11 representam, respectivamente, uma vista em perspectiva e uma vista em seção de um implante com cabeçote fixo de a-cordo coma terceira execução;

As Figuras 12 e 13 representam, respectivamente, uma vista em perspectiva e urna vista em seção de um implante com cabeçote fixo de a-cordo com uma quarta execução. A invenção aqui descrita está relacionada a um implante compreendendo por um lado meios para fixação de uma barra e por outro lado meios para ancoragem a um elemento ósseo.

De maneira geral, no campo da cirurgia, um 35 implante é definido como um objeto com o propósito de ser implantado no corpo humano ou animal e para permanecer lá continuamente após o procedimento cirúrgico, ao menos por um determinado período de tempo. Mais precisamente, alguém fala de uma prótese para designar um dispositivo que realiza uma função, por exemplo, um movimento ou uma articulação. Embora não compreenda uma prótese per se, deve ser entendido que o implante aqui descrito pode compreender parte de um dispositivo de prótese ou pode ser utilizado para fixação sobre um tal dispositivo.

Para exemplificar, o implante de acordo com a invenção é descrito aqui na forma de um implante incorporado em um dispositivo de oste-ossintese, tal como o utilizado para segurar, escorar ou endireitar a espinha. Esta função é desta maneira assegurada por uma ou uma pluralidade de barras ou elementos similares, conectando uma pluralidade de elementos de espinha um ao outro, tal como o sacro, as vértebras ou partes de vértebras. No mesmo sentido, urna tal barra pode obviamente ser utilizada também para conectar outro implante ou prótese ao esqueleto tal como, por exemplo, uma vértebra artificial, uma estrutura de artrodese, ou uma prótese de disco intervertebral.

Na sua parte unida a um elemento ósseo, a mencionada barra está ancorada ao mencionado elemento ósseo por meio de um ou uma pluralidade de implantes compreendendo meios de ancoragem óssea tais como, por exemplo, um parafuso ou um ou uma pluralidade de ganchos. Os implantes desta maneira compreendem meios de fixação capazes de receber a barra antes ou no curso do procedimento cirúrgico, e depois fixação da mencionada barra ao implante.

Em uma execução representada nas Figuras 1 a 6, os mencionados meios de ancoragem são realizados por uma parte alongada tendo uma rosca e capaz de ser aparafusada dentro do material ósseo, por e-xemplo, no pedículo ou corpo de uma vértebra ou para dentro do sacro.

Em uma execução representada na Figura 7, Os mencionados meios de ancoragem óssea compreendem um gancho com o propósito de ser embutido em uma irregularidade formal no elemento ósseo, tal como um pedículo ou projeção vertebral ou do sacro, ou uma apófise transversa.

No curso do procedimento cirúrgico, quando um implante é ancorado em um elemento ósseo e quando uma barra deve ser fixada a ele, a posição na qual a barra pode ser introduzida não corresponde sempre à-quela que seria a mais fácil para montagem aos meios de fixação do implante. A mencionada posição pode ser restrita, por exemplo, pelo ambiente anatômico ou pelo fato da mencionada barra estar anteriormente montada em outro implante.

Ademais, quando a barra é inserida nos meios de fixação, se estes últimos não estão apropriadamente alinhados com o eixo da barra, o arranjo das superfícies de contato ou fixação podem ser a causa de má fixação, não sendo suficientemente rígida ou segura.

Em particular, se a barra tem que ser forçada no momento de fixação para ser adaptada na posição relativa dos implantes, a mencionada força pode resultar em tensão residual na estrutura do dispositivo de osteos-sintese, Estas tensões persistentes podem consequentemente prejudicar o conforto diário do paciente ou perturbar ou modificar o efeito desejado do dispositivo.

Em algumas modalidades, a fim de que os meios de fixação possam ser melhor ajustados à posição da barra, os meios de fixação de acordo com a invenção compreendem ao menos um elemento tendo uma mobilidade. O mencionado elemento pode ser ajustado por uma rotação em torno de um ou de uma pluralidade de eixos cruzando o eixo longitudinal da barra ou cruzando um eixo geométrico paralelo ao eixo longitudinal da barra e, por exemplo, perpendiculares ao mencionado eixo longitudinal. De acordo com as execuções, os mencionados meios de fixação podem compreender um elemento movendo-se ao longo de um ou uma pluralidade de eixos ou eles mesmos podem compreender uma pluralidade de elementos movendo-se ao longo de um ou uma pluralidade de eixos.

Nessas modalidades preferidas, a barra pode, desse modo, ser montada em uma pluralidade de posições angulares em relação aos meios de ancoragem ou ao elemento ósseo. Estas variações em posição angular podem particularmente compreender uma inclinação ajustável em relação à superfície óssea onde o implante está ancorado ou uma rotação em torno de um eixo estendendo-se da mencionada superfície óssea ou uma combinação das duas.

Nas execuções representadas aqui, o implante (1) está rigidamente conectado à barra (2) por meios de fixação compreendendo um canal (12) alojado em uma parte do implante, a mencionada parte sendo designada como o cabeçote de fixação (11). O canal (12) pode exibir o formato de um canal abrindo-se nas suas duas extremidades e aberto em um de seus lados. Uma tal abertura lateral (120) desta maneira permite a introdução (1; Figura 4) da barra (2) através do lado do canal sem necessidade de ter- se que aparafusar a barra através de uma extremidade.

Uma vez inserida dentro do canal (12), a fixação da barra é assegurada por meios de grampeamento (4) que são suportados por intermédio de ao menos um lado da mencionada barra para fazer contato e a bloquear contra uma parede, denominada a parede de suporte, do canal (12). Os mencionados meios de grampeamento compreendem, por exemplo, um parafuso de grampeamento (41) montado em uma furação (14) suportada por uma parte do cabeçote de fixação (11) constituindo uma borda (124) da abertura lateral (120) do canal (12). O mencionado parafuso de grampeamento (41) tem uma rosca externa que coopera com a rosca interna da mencionada furação (14) para deslocar o parafuso (41) ao longo do eixo de grampeamento (d4) e trazê-lo para contato contra a barra, desta maneira o parafuso de grampeamento (41) pode compreender irregularidades formais, por exemplo, uma marca interna, permitindo a utilização de uma ferramenta de grampeamento para realizar o bloqueio da barra (2). A barra pode vantajosamente ter um ou uma pluralidade de planos sobre a sua superfície externa para permitir a obtenção de uma superfície plana de contato com o parafuso de grampeamento (41) e desta maneira confiança melhorada no bloqueio do que com um contato pontual ou linear.

Em uma execução representada nas Figuras 4 a 13, o canal (12) tem uma parede de suporte fornecendo um elemento, denominado de placa base móvel (3), a mencionada placa base sendo móvel com relação ao cabeçote de fixação (11). A mencionada placa base móvel (3) tem uma parte (31) em forma de uma porção de esfera, apoiada por um contato complementar em um alojamento formado na parede do canal (12). Em virtude do mencionado contato esférico, a placa base móvel (3) dispõe de uma liberdade de rotação em torno do centro de sua parte esférica (31). A mencionada placa base móvel tem em particular uma folga (a3) na rotação em torno do eixo (d3) perpendicular ao eixo longitudinal (d 12) do canal e na direção de suporte dos meios de grampeamento. Na sua face, a mencionada face de suporte (32), em contato com a barra, a placa base móvel tem um formato complementar à superfície externa da mencionada barra, por exemplo, na forma de uma porção cilíndrica, que fornece uma boa superfície de contato quando grampeando.

Sobre sua parte (31) em forma de uma porção de esfera a placa base móvel (3) pode ter uma ou uma pluralidade de irregularidades (310) cooperando com uma ou uma pluralidade de irregularidades do alojamento do cabeçote de fixação (11) para formar uma trava limitando a folga de rotação da placa base móvel. As mencionadas irregularidades formais (310) podem ser, por exemplo, um pino projetando-se da placa base móvel e cooperando com uma cavidade maior dimensionada formada sobre a superfície de contato complementar. A mencionada trava, por exemplo, permite evitar-se giro excessivo da placa base móvel e assegura que ela apropria- damente apresente seu suporte faceando a barra. Desta maneira, na execução representada nas Figuras 4 a 7, a irregularidade formal (310) é um pino realizado debaixo da parte esférica (31) da placa base móvel (3), e na execução representada nas Figuras 8 e 9, a irregularidade formal (310) é um pino realizado na parte posterior da placa base móvel (3). Igualmente, na execução apresentada nas Figuras 12 e 13, a irregularidade formal (310) é um pino, tendo uma seção transversal oblonga, realizado na parte anterior da placa base móvel. As dimensões das cavidades que cooperam com as irregularidades formais (310) na forma de um pino excedem de ao menos 20 a 30 mm às dimensões das mencionadas irregularidades formais (310) ao menos ao longo do eixo de rotação (d3) da placa base móvel (3) de modo a permitir uma folga angular da placa base móvel sem permitir uma rotação completa da mesma.

Na execução representada nas Figuras 10 e 11, as irregularidades formais (310) são uma furação cilíndrica realizada na parte frontal da placa base móvel (3) e cooperando com o cabeçote cilíndrico de um pino seguro em uma furação formada sobre o cabeçote de fixação, as dimensões da furação cilíndrica sendo maiores que aquelas do cabeçote do pino por ao menos 20 a 30 mm, ao menos ao longo do eixo de rotação (d3) da placa base móvel (3). Desta maneira, o pino permite que a placa base móvel (3) gire em torno do mencionado eixo (d3) enquanto o segura na cavidade complementar alojado na parede do canal (12).

Com respeito à barra (2), a superfície interna do canal (12) é de dimensões suficientes para permitir à barra uma folga (a2) para rotação em torno de um ou uma pluralidade de eixos cruzando o eixo longitudinal da barra ou cruzando um eixo geométrico paralelo ao eixo longitudinal da barra ou, em particular, ao redor de um ou uma pluralidade de eixos perpendiculares a este eixo longitudinal.

Em uma modalidade preferida, o parafuso de grampeamento (41) mostra, na sua extremidade do lado da barra, um elemento móvel, denominado o cabeçote de suporte (42), articulado por uma conexão de bola e soquete. O aparafusamento do parafuso de grampeamento (41) provoca o apoio do mencionado cabeçote de suporte (42) sobre o plano da barra (2) através de uma face móvel de grampeamento (420) do sistema móvel de grampeamento. A mencionada conexão de bola c soquete permite uma folga do cabeçote de suporte (42) em relação ao parafuso de grampeamento (41) para rotação em torno do centro da mencionada conexão de bola e soquete. Por uma rotação em torno de ao menos um eixo paralelo ao eixo de rotação (d3) da placa base móvel (3), a face de suporte móvel (420) pode então ser permanentemente ajustada à posição da barra e da placa base móvel. A mencionada conexão de bola e soquete também permite que a face de suporte permaneça em contato com a barra sem deslizar sobre ela, o que evita a deterioração das superfícies em contato, assegura o travamento, e reduz o risco de tensões residuais.

Desta maneira, pode ser entendido, que a barra pode ser inserida e travada em diferentes posições angulares dentro do canal (12), enquanto fornece uma superfície plana de contato com ambos os meios de grampeamento e com a parede do canal por intermédio da placa base móvel (3). A mencionada folga angular poliaxial deste modo permite a inserção da barra mais facilmente e a obtenção de um grampeamento da barra na sua posição mais natural em relação aos implantes, o que reduz ou elimina as tensões que poderíam subsistir no dispositivo após o grampeamento. Além disso, as forças de grampeamento concorrem diretamente com o travamen-tosem necessariamente opor a rigidez da barra e a confiabilidade do travamento é por isto melhorada.

Em uma execução representada nas Figuras 1 a 3, o cabeçote de fixação (11) é móvel em relação à parte de ancoragem óssea (10) de a-cordo com uma articulação permitindo liberdade para rotação em torno de ao menos dois eixos cruzando o eixo longitudinal da barra, ou cruzando um eixo geométrico paralelo ao eixo longitudinal da barra.

Esta articulação é realizada por um contato esférico complementar entre o cabeçote de fixação (11) e a extremidade da parte de ancoragem óssea (10) afastada do elemento ósseo, a mencionada extremidade sendo designada como o cabeçote de rotação (101). O cabeçote de rotação compreende uma parte (1011) na forma de uma porção hemisférica alargando na direção do cabeçote de fixação (11); isto é, afastando-se do elemento ósseo. A mencionada porção hemisférica (1011) está mantida no interior do cabeçote de fixação (11) por um contato complementar em um alojamento formado no mencionado cabeçote de fixação e se estreitando em direção da parte de ancoragem óssea. O mencionado alojamento se comunica com o canal (12) onde ele se abre na sua parte situada do lado o-posto aos meios de grampeamento. A natureza esférica destas superfícies de contato deste modo permite a rotação do cabeçote de fixação e a parte de ancoragem óssea em relação entre eles, em rotação em torno do centro da mencionada superfície (1011) de forma hemisférica.

As mencionadas rotações permitem, em particular, folga (a1) do cabeçote de fixação em relação à parte de ancoragem óssea, em rotação em torno de um eixo (d 11), denominado o eixo de rotação do cabeçote, cruzando, ou mesmo perpendicular ao eixo longitudinal da barra ou do canal, ou cruzando um eixo geométrico paralelo ao eixo longitudinal da barra ou do canal, e passando através do centro do hemisfério (1011) do cabeçote de rotação (101).

Estas rotações também permitem uma folga (a4) do cabeçote de fixação em relação à parte de ancoragem óssea, em rotação em torno de um eixo perpendicular ao eixo (d 11) de rotação do cabeçote e atravessando o centro do hemisfério (1011) do cabeçote de rotação (101).

Nesta execução, uma base móvel (3) similar a aqui anteriormente descrita é suportada pelo cabeçote de rotação (101) em um alojamento formado sobre a face oposta à barra.

No momento do grampeamento dos meios de grampeamento, o parafuso de grampeamento (41) coopera pelo seu roscado com a furação (14) do cabeçote de fixação ( 11) ao apoio sobre a barra (2). A barra se a-póia sobre a placa base móvel (3). A placa base móvel (3) se apóia sobre o cabeçote de rotação (101), o qual é mantido pelo alojamento do cabeçote de fixação (11). O grampeamento destas superfícies entre si produz um trava-mento do conjunto destas partes em relação a cada outra. É bem entendido que desta maneira um implante é fornecido, cujo cabeçote de fixação, antes do travamento dos meios de grampeamento, é móvel em relação a parte de ancoragem óssea, embora sendo fixado à barra após o mencionado travamento. O cabeçote de fixação (11) pode desse modo ser inclinado de acordo com uma folga em relação à superfície exterior do elemento ósseo e pode se articular livremente em torno de um eixo se estendendo da mencionada superfície óssea.

Uma vez que o implante está ancorado no elemento ósseo, ainda assim é possível ajustar a posição do cabeçote de fixação a fim de permitir que a barra mantenha ou retome sua forma, o que reduz o risco de tensões residuais e permite a fácil introdução da barra em diversas posições desta barra e implantes. Uma vez que a barra é introduzida e o dispositivo inteiro montado, é possível assim travar as mencionadas posições devido aos meios de grampeamento. Como o grampeamento pode ser consegui-dona posição mais natural do pino, as forças de grampeamento estão concentradas no melhor da confiabilidade de travamento. Em particular, estas forças de grampeamento não arriscam, ou o seu risco é mínimo, a introdução de tensões residuais ou movimentos em relação à posição selecionada pelo cirurgião.

Nesta execução, os meios de grampeamento (4) não necessitam compreender um cabeçote de suporte (42) na conexão de bola e soquete, em particular se a inclinação do cabeçote de fixação (11) é suficientemente próxima àquela da barra (2) para assegurar um contato planar entre o parafuso de grampeamento (41) e o plano da barra.

Nas execuções representadas nas figuras, o cabeçote de fixação (11) do implante (1) tem uma seção externa quadrada que permite o fácil implante do implante (1) dentro de uma vértebra utilizando-se a ferramenta apropriada. Em outras considerações, o cabeçote que passa acima do canal (1 2), também é fácil subsequentemente reposicionar o implante (1) na vértebra depois que a barra (2) foi introduzida no canal (12).

Deve ser claro para o especialista na arte que a presente invenção permite execuções em muitas formas específicas sem afastá-las do campo da aplicação da invenção como reivindicado. Consequentemente, as presentes execuções devem ser consideradas ilustrativas, mas podem ser modificadas no campo definido pelo significado das reivindicações apensas e a invenção não deve ser limitada aos detalhes fornecidos acima.

Claims (17)

1. Implante (1) para ancoragem óssea compreendendo meios de fixação capazes de receber e fixar ao menos uma barra (2), em particular de osteossíntese, o implante (1) compreendendo meios de ancoragem óssea (10) e um cabeçote de fixação (11) suportando os meios de fixação, o cabeçote de fixação sendo atravessado por pelo menos um canal (12) tendo um eixo longitudinal (d12) e recebendo a barra (2), os meios de fixação incluindo meios de aperto (4) capaz de apertar a barra, ao longo de um eixo de aperto (4d), contra uma parede interna, chamada de parede de suporte, do canal (12), o implante (1) sendo caracterizado pelo fato de que os meios de aperto (4) compreendem uma face no contato com a barra, chamada de face de aperto móvel (420), face de aperto móvel (420) dos meios de aperto (4) sendo suportada por um cabeçote de suporte (42) articulado na extremidade dos meios de fixação (4) por uma conexão de bola e soquete que permite uma folga do cabeçote de suporte (42) em rotação em torno do centro da referida conexão de bola e soquete, e em que os meios de aperto (4) e a parede de suporte estão dispostos para permitir obter, antes de bloquear a barra pelo dito meios de aperto (4), uma folga determinada da barra em rotação em torno do ponto de intersecção do eixo de aperto (D4) com o eixo (d12) do canal (12).

2. Implante de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que o canal (12) se abre a cada lado do cabeçote de fixação (11) através de aberturas, cuja disposição e dimensões permitem à barra uma folga determinada em rotação em torno do referido ponto de intersecção entre o eixo (d 12) do canal e o eixo de aperto (D4).

3. Implante de acordo com a reivindicação 1 ou 2, caracterizado pelo fato de que a parede de suporte inclui uma placa de base móvel (3), tendo uma folga de rotação em torno do referido ponto de intersecção entre o eixo (d 12) do canal (12) e o eixo de aperto (D4).

4. Implante de acordo com a reivindicação 3, caracterizado pelo fato de que a placa de base móvel (3) tem uma parte na forma de uma porção esferica (31) apoiada por um contato complementar em um alojamento formado no cabeçote de fixação (11).

5. Implante de acordo com a reivindicação 3 ou 4, caracterizado pelo fato de que a placa de base móvel (3) está em contato com a barra (2) por uma face de apoio (32) tendo uma forma complementar ao exterior da barra, a placa de base móvel tendo pelo menos uma irregularidade de forma (310) cooperando com uma irregularidade de forma suportada pelo cabeçote de fixação (11) para formar uma trava segurando a face de suporte (32) da base voltada para o lado da barra (2).

6. Implante de acordo com a reivindicação 5, caracterizado pelo fato de que a irregularidade da forma (310) é um pino formado na parte inferior, na parte traseira ou na frente da placa de base móvel (3), co-operando com uma cavidade com uma maior dimensão suportada pelo cabeçote de fixação.

7. Implante de acordo com a reivindicação 5, caracterizado pelo fato de que a irregularidade da forma (310) é uma perfuração cilíndrica formada na frente da placa de base móvel (3) e cooperando com o cabeçote cilíndrico de um pino suportada na perfuração formada no cabeçote de fixação (11).

8. Implante de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 7, caracterizado pelo fato de que os meios de aperto (4) compreendem um parafuso de aperto (41) inserido em um furo (14) atravessando uma borda (124) da abertura do canal e cooperando com o dito furo para realizar um suporte em cima da barra (2).

9. Implante de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 8, caracterizado pelo fato de que os meios de ancoragem óssea comopreendem uma parte roscada (102) capaz de ancoragem em um elemento ósseo cooperando com o material ósseo do elemento ósseo, ou uma parte saliente (103) capaz de ancorar na superfície de um elemento ósseo cooperando com pelo menos uma irregularidade de forma desta mesma superfície.

10. Implante de acordo com a reivindicação 9, caracterizado pelo fato de que os meios de ancoragem óssea são formados por uma parte alongada e roscada, o eixo (d 12) do canal (12) sendo perpendicular ao eixo longitudinal dos meios de ancoragem óssea.

11. Implante de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 10, caracterizado pelo fato de que o canal (12) tem um formato compreendendo dois cones truncados do cabeçote para a cauda, um de frente para o outro com suas placas de base menores, e unidas umas às outras diretamente ou por meio de uma parte cilíndrica.

12. Implante de acordo com qualquer das reivindicações 1 a 11, caracterizado pelo fato de que a barra (2) ostenta um ou uma pluralidade de planos em sua superfície externa, proporcionando uma superfície de contato plana, com o cabeçote de suporte (42).

13. Implante de acordo com qualquer das reivindicações 1 a 12, caracterizado pelo fato de que o canal (12) tem a forma de um canal aberto com uma abertura (120) que se abre para uma das faces laterais do cabeçote de fixação (11), uma borda (124) da referida abertura suportando os meios de aperto (4), a abertura (120) do canal e a posição do meio de aperto permitindo a introdução (i) da barra por uma via lateral.

14. Implante de acordo com qualquer das reivindicações 1 a 13, caracterizado pelo fato de que o cabeçote de fixação (11) se move em relação à parte de ancoragem óssea (10) por meio de um cabeçote de rotação (101) em uma extremidade da parte de ancoragem óssea (10), o cabeçote de fixação sendo móvel em relação a este cabeçote de rotação, pelo menos antes do travamento dos meios de aperto (4).

15. Implante de acordo com a reivindicação 14, caracterizado pelo fato de que o cabeçote de fixação (11) apresenta, em relação ao cabeçote de rotação (101), por um lado, uma folga ilimitada (A1) em rotação em torno de um eixo de rotação do cabeçote (D11), paralelo ao eixo da parte de ancoragem óssea (10).

16. Implante de acordo com a reivindicação 15, caracterizado pelo fato de que o cabeçote de fixação (11) apresenta, em relação ao o cabeçote de rotação (101), uma folga determinada (A4) em rotação em torno de um eixo de inclinação do cabeçote (d101), perpendicular ao eixo de rotação do cabeçote (d11).

17. Implante de acordo com qualquer das reivindicações 14 a 16, caracterizado pelo fato de que os meios de aperto (4) suoportam a barra (2) em uma placa de base móvel (3), que abrange uma parte de esfera (31), esta parte de esfera suportando em um alojamento complementar formado no cabeçote de rotação (101), o próprio cabeçote de rotação compreendendo uma superfície de rotação externa (1011) em forma de uma porção de meia esfera alargando em direção ao cabeçote de fixação (11), esta superfície rotação externa (1011) sendo retida em um alojamento tendo uma forma complementar preparada no cabeçote de fixação (11), o aperto dos meios de aperto (4) dentro do cabeçote de fixação conduzindo assim a um aperto e travamento de todas essas superfícies complementares estando em contato.