PT614653E

PT614653E - Sistema de administracao de fluidos

Info

Publication number: PT614653E
Application number: PT94300847T
Authority: PT
Inventors: Tadatoshi Uchida
Original assignee: Suntory Ltd; Nissho Kk
Priority date: 1993-02-05
Filing date: 1994-02-04
Publication date: 2001-12-28
Also published as: DE69428005D1; US5445631A; DE69428005T2; ES2159542T3; DK0614653T3; JPH06239352A; EP0614653A2; ATE204453T1; EP0614653B1; EP0614653A3

Description

DESCRIÇÃO "SISTEMA DE ADMINISTRAÇÃO DE FLUIDOS"

Este invento diz respeito a um sistema de administração de fluidos, e mais particularmente a um sistema de administração de fluidos que inclui um frasco próprio para conter uma substância, de preferência um pó, como por exemplo um medicamento ou um fármaco, e um recipiente próprio para conter um fluido, de preferência um líquido, como por exemplo uma solução ou um diluente, para misturar o pó com o líquido.

Em hospitais ou outras instalações de prestação de cuidados de saúde, têm sido convencionalmente utilizados medicamentos secos, como por exemplo medicamentos em forma de pó ou medicamentos secos por congelamento, embalados no interior de um recipiente, como por exemplo um frasco, medicamentos esses que são misturados com uma solução ou dissolvidos numa solução, que se destina a ser administrada para efeitos terapêuticos. Nesse caso, o frasco no interior do qual se encontra contido o medicamento e outro recipiente no interior do qual se encontra contida uma solução ou um diluente são ligados um ao outro por meio de uma agulha de duas pontas ou de qualquer outro tubo de comunicação, de maneira a que a solução vá ser transferida para o frasco no interior do qual se encontra contido o medicamento, a fim de dissolver este último.

No entanto, esse tipo de operação requer esforços trabalhosos e incómodos, e além disso existe sempre o receio de contaminação porque no recipiente onde se encontra contido o fármaco é preciso fazer um orifício de -2- -2-

^2λΑ^ ligação, e essa operação é realizada em contacto com o ar.

Para se resolver esses problemas foi proposta a utilização de um sistema de administração de fluidos cujo objectivo consiste em permitir que a anteriormente referida operação possa ser realizada numa condição completamente estéril, como é por exemplo o caso dos sistemas divulgados na JP-A-61/501129 (que corresponde à US-A-4.583.971), na JP-A-2/1277 (que corresponde à US-A-4.936.841) e na JP-A-3-37067. Foi também proposta a utilização de um sistema de contenção e de administração de fluidos que não consegue garantir uma operação completamente estéril, mas que é capaz de opcionalmente seleccionar as combinações entre o medicamento e a solução e de proporcionar uma operação substancialmente estéril, como é por exemplo o caso dos sistemas divulgados nas publicações de patentes japonesas não examinadas (JP-A) Nos. 59-209535, 62-137056 e 2-4375, ou também na publicação de patente japonesa examinada (Kokoku) No. 2-26506.

Na anteriormente referida JP-A 61-501129, um invólucro no interior do qual se acha colocado um recipiente contendo um medicamento e um recipiente flexível contendo uma solução são ligados um ao outro por meio de um tubo, de tal maneira que o recipiente de medicamento vai ser posto em comunicação com o recipiente flexível através de uns meios de comunicação existentes no tubo, e por conseguinte o medicamento vai ser misturado com a solução numa condição estéril. Na JP-A 2-1277, um invólucro no interior do qual se acha colocado um recipiente contendo um medicamento é ligado através da sua porção de ligação a uma abertura de um recipiente contendo uma solução. A porção de ligação do invólucro acha-se dotada de uns meios de comunicação que proporcionam uns meios próprios para controlar a ordem segundo a qual é realizada a ligação, de maneira que o recipiente de medicamento vai ser em primeiro lugar perfurado pelos meios de comunicação e só depois é que vai ser perfurado o recipiente contendo uma solução, indo os dois recipientes ficar mutuamente em comunicação através dos meios de comunicação, e por conseguinte o medicamento vai ser misturado com a solução numa condição estéril. Na JP-A 3-37067, um recipiente de medicamento, uns meios de comunicação e um recipiente contendo uma solução são dispostos segundo uma determinada ordem e cobertos de uma maneira estanque ao ar com uma folha feita de resina sintética. Entre o recipiente de medicamento e o recipiente contendo uma solução é proporcionada a existência de uns meios de suporte dos recipientes que são próprios para suportar os referidos recipientes por cima da folha, de maneira que o recipiente de medicamento e o recipiente contendo uma solução vão ficar impedidos de se aproximar um do outro antes de serem postos mutuamente em comunicação um com o outro numa condição estéril.

Por outro lado, na JP-A 59-209535 é divulgado um sistema que compreende um primeiro recipiente flexível que se acha selado de uma maneira hermética e que apresenta um elemento de parede flexível, um segundo recipiente que possui um obturador destacável e que pode ser fixado através do elemento de parede, e uns meios de remoção do obturador que apresentam uma porção em contacto com o obturador. O obturador vai entrar em contacto com os meios de remoção do obturador através do primeiro e do segundo recipientes e depois o obturador é removido do segundo recipiente juntamente com uma barreira de selagem do primeiro recipiente flexível, de maneira que os dois recipientes vão ficar mutuamente em comunicação um com o outro de modo a permitir a mistura dos conteúdos desses mesmos recipientes. Na JP-A 62-137056 e na JP-A 2-4375 é divulgado um sistema em que o anteriormente referido segundo recipiente é aperfeiçoado. Na JP-A 2-26506 também é divulgado um outro sistema que constitui um aperfeiçoamento do sistema divulgado na anteriormente referida JP-A 59-209535.

Na publicação de patente japonesa não examinada (JP-A) -4-

Νο. 4-329956 também é divulgado um aparelho de mistura estéril de medicamento contido num frasco selado, em que o aparelho compreende um frasco no interior do qual se acha contido um medicamento, um recipiente no interior do qual se acha contido um líquido, uns elementos de obturação que podem ser perfurados e que são próprios para obturar de uma maneira hermética as aberturas do frasco e do recipiente, respectivamente, um elemento em forma de cânula que apresenta umas respectivas arestas em ambos os lados. Quando o frasco é empurrado para baixo em direcção ao referido recipiente, uma das pontas em forma de agulha da cânula vai primeiro perfurar o obturador do frasco de medicamento e ser inserida nesse mesmo frasco, e depois a outra ponta em forma de agulha da cânula vai perfurar o obturador do recipiente de fluido, de maneira que o frasco de medicamento e o recipiente de fluido vão ficar em comunicação um com o outro através da cânula.

No entanto, no primeiro sistema divulgado na JP-A 61-501129, uma vez que o par de recipientes num dos quais se acha contido o medicamento e no outro a solução, são construídos sob a forma de uma única unidade, a operação de mistura pode ser realizada numa condição completamente estéril, apesar do tipo de medicamentos que podem ser utilizados neste sistema ser limitado. Por outro lado, o sistema divulgado na JP-A 59-209535 é relativamente complicado sob o ponto de vista construtivo e apresenta alguns inconvenientes. Por exemplo, o obturador é indesejavelmente deixado cair dentro do primeiro recipiente. É difícil obter-se uma operação numa condição completamente estéril, apesar de se conseguir obter uma operação substancialmente estéril. Além disso, uma vez que a combinação entre o recipiente de medicamento e o recipiente de solução pode ser seleccionada de uma maneira opcional, será absolutamente indispensável que haja uma adequada gestão e uma adequada manipulação no âmbito médico. -5-

No sistema divulgado na JP-A 4-329956, em cuja técnica anterior se baseia o preâmbulo da reivindicação 1, é necessária a existência de um mecanismo ou de uns meios próprios para reter o frasco de medicamento de maneira a que este não vá entrar em comunicação com o recipiente de líquido antes do frasco ser intencionalmente empurrado para baixo em direcção ao recipiente por um operador.

Neste caso, em termos gerais, o fím a atingir consiste em proporcionar um novo sistema de administração de fluidos que desejavelmente possa ser manipulado de uma maneira fácil e segura por um operador, como por exemplo um médico, uma enfermeira, ou qualquer outro profissional de serviços de saúde, numa condição estéril ou substancialmente estéril, e que tenha uma forma de construção simples em comparação com os anteriormente referidos sistemas conhecidos na técnica anterior. O que é aqui proposto, conforme exposto na reivindicação 1, é um sistema de administração de fluidos compreendendo: um frasco próprio para conter uma substância destinada a ser dissolvida num líquido, encontrando-se o frasco dotado de uma abertura e de um primeiro elemento obturador que pode ser perfurado e que proporciona um encerramento hermético da abertura do frasco; um recipiente para o líquido, encontrando-se o recipiente dotado de uma abertura e de um segundo elemento obturador que pode ser perfurado e que proporciona uma obturação hermética da abertura do recipiente; um invólucro que se acha dotado de uma primeira extremidade aberta à qual o frasco se encontra ligado de forma destacável e de uma segunda extremidade aberta na qual é inserido o recipiente; e um elemento deslizante que se acha disposto de forma deslizante no interior do invólucro e que se acha dotado de uma cânula de duas pontas dotada -6-

de uma agulha inferior e de agulha superior apontadas respectivamente pára a primeira e para a segunda extremidades do invólucro, e sendo proporcionada a existência de uns meios de controlo próprios para controlar o movimento do elemento deslizante, caracterizado por: o frasco apresentar uma ligação axialmente fixa na primeira extremidade do invólucro, ao passo que o recipiente é inserido de uma maneira axialmente deslizante na segunda extremidade, de maneira que quando se exerce pressão sobre o recipiente este vai deslizar para dentro do invólucro e vai empurrar o elemento deslizante obrigando-o também a deslizar ao longo do invólucro; e os meios de controlo serem concebidos de maneira a que quando o recipiente e o frasco se deslocam um em direcção ao outro, a agulha inferior da cânula vai perfurar o primeiro elemento obturador do frasco, a fim de fazer com que a cânula vá ficar em comunicação com o interior do fiasco antes da agulha superior da cânula ir perfurar o segundo elemento obturador do recipiente, a fim de fazer com que o interior do frasco vá ficar em comunicação com o interior do recipiente. É preferível que o referido recipiente possua uma porção de parede cilíndrica e um fundo, sendo no referido recipiente aplicado um elemento de cobertura auxiliar próprio para cobrir de uma maneira estanque ao ar a referida porção de parede cilíndrica e o referido fundo do recipiente, sendo o referido elemento de cobertura encaixado de forma deslizante no interior do referido invólucro em forma de manga de modo a estabelecer com este uma ligação por atrito quando o referido recipiente for inserido no referido invólucro em forma de manga. -7-

BREVE DESCRIÇÃO DOS DESENHOS A Figurai é uma vista em corte de um primeiro modo de realização de um sistema de administração de fluidos; a Figura 2 é uma vista em corte de outro modo de realização do sistema semelhante ao da Figura 1; a Figura 3 é uma vista em corte de um outro modo de realização do sistema; a Figura 4 é uma vista em corte de um elemento deslizante que se acha dotado de uma cânula de duas pontas utilizada neste sistema; a Figura 5 é uma vista por debaixo do elemento deslizante representado na Figura 4; a Figura 6 é uma vista em planta do elemento deslizante; e a Figura 7 é uma vista em corte de um elemento deslizante que se acha dotado de outra cânula.

Fazendo agora referência aos desenhos, em que as Figs. 1, 2 e 3 representam vários modos de realização de um sistema de administração de fluidos que utiliza as presentes propostas, vemos que o sistema compreende um recipiente de fluido 1, um frasco 2, um elemento deslizante 3 que se acha dotado de uma cânula de duas pontas, e um invólucro ou manga 4 de forma cilíndrica ou tubular. 0 invólucro 4 possui uma parede divisória 41 que apresenta uma -8-

abertura central 42 e que se destina a separar este invólucro 4 em duas secções 43 e 44, isto é, uma secção superior 43, de deslizamento, que apresenta um furo cilíndrico interior, no interior do qual se encontra disposto de forma deslizante o elemento deslizante 3, e que apresenta uma extremidade superior aberta através da qual é inserido de forma deslizante o recipiente de solução 1, e uma secção inferior 44, de montagem do fiasco, que apresenta uma extremidade inferior aberta na qual o fiasco 2 é montado de forma destacável. O invólucro 4 pode ser feito de qualquer resina sintética adequada, como por exemplo polietileno, polipropileno, poliéster ou semelhante. O recipiente de solução 1 é substancialmente cilíndrico e normalmente é feito de vidro ou de resina sintética, como por exemplo polietileno, polipropileno, poliéster ou semelhante. O recipiente 1 possui uma abertura de admissão 11 através da qual o recipiente é cheio com qualquer líquido adequado, como por exemplo uma solução ou um diluente, para transfusão, sendo depois a abertura 11 selada hermeticamente por meio de um elemento obturador de borracha 12 que pode ser perfurado. O recipiente 1 possui uma porção de parede cilíndrica e um fundo, e é preferível que o recipiente 1 fique encerrado no interior de uma cobertura auxiliar deslizante 5 própria para cobrir de uma maneira estanque ao ar a porção de parede cilíndrica e o fundo do recipiente 1. Nem sempre é necessário que a cobertura 5 cubra inteiramente o fundo do recipiente 1, podendo ser dotada de uma zona central aberta 51, conforme ilustrado na Fig. 1, mas devendo pelo menos a zona periférica do fundo ser coberta de forma estanque pela cobertura auxiliar 5.

Essa cobertura auxiliar deslizante 5 pode ser feita de qualquer material adequado, como por exemplo uma resina sintética, por exemplo

polipropileno, polietileno, cloreto de polivinilo ou semelhante, de maneira que a cobertura auxiliar deslizante 5 vá encaixar de forma deslizante no interior do invólucro 4 de modo a estabelecer com este uma ligação por atrito quando o recipiente 1 for inserido no invólucro 4. Além disso, o invólucro 4 acha-se dotado de uma nervura anular 45 formada no lado de dentro da parede do próprio invólucro. Por conseguinte, um bordo anular da cobertura 5 vai primeiro entrar em contacto com a nervura anular 45, a fim de fazer com que o recipiente 1 vá ficar retido no interior do invólucro 4 quando o recipiente de solução 1 for inserido no interior do invólucro 4. Por conseguinte, o recipiente de solução 4 irá ficar impedido de se deslocar mais para baixo de uma maneira não intencional. Conforme foi anteriormente descrito de uma maneira pormenorizada, quando o recipiente 1 for ulteriormente empurrado mais para baixo, a cobertura 5 irá passar por cima da nervura anular 45. O frasco 2 é substancialmente cilíndrico e normalmente feito de vidro, e possui uma abertura de admissão 21 através da qual o frasco 2 é cheio com qualquer substância adequada, como por exemplo um medicamento ou um fármaco seco, por exemplo um medicamento em forma de pó ou um medicamento seco por congelamento, não representado nos desenhos. A abertura de admissão 21 é selada hermeticamente por meio de um obturador de borracha 22 que pode ser perfurado. O frasco 2 acha-se dotado de uma rosca macho 23 formada em tomo da abertura de admissão 21 e, por outro lado, a secção 44 do invólucro 4 própria para a montagem do frasco acha-se dotada de uma rosca fêmea 46, de maneira que o frasco 1 pode ser montado de forma destacável na secção 44 do invólucro 4 própria para a montagem do frasco através da ligação roscada. As roscas macho e fêmea 23, 46 acham-se dispostas de maneira a que, quando o frasco 1 é ligado de forma fixa ao invólucro 4 através da ligação roscada, a superfície superior do obturador de borracha 22 do frasco 2 vai entrar em contacto com a parede divisória radial 41. -10· Ι/ίΛη Λ, Ο elemento deslizante 3 é disposto na secção de deslizamento 43 do invólucro 4 de maneira a que o elemento deslizante 3 se possa deslocar de uma forma deslizante na direcção axial no interior do furo cilíndrico do invólucro 4. Conforme se acha também representado nas Figs. 4 - 6, o elemento deslizante 3 compreende uma cânula dotada de agulhas superior e inferior 33, 34 que se estendem axialmente em direcção ao recipiente superior 1 e ao frasco inferior 2, respectivamente, de um cubo 31 e de vários braços corrediços 32 (quatro, no modo de realização representado nas Figs. 4-6) que se estendem axialmente a partir da periferia do cubo 31. O cubo 31 e os braços corrediços 32 são integralmente formados por qualquer resina sintética adequada sob a forma de uma única unidade. A cânula é normalmente feita de aço inoxidável, de preferência SUS 304, ou de qualquer resina sintética de elevado grau de dureza, proporcionando a existência das agulhas superior e inferior 33, 34 que se estendem axialmente no sentido ascendente e no sentido descendente em direcção ao recipiente 1 e ao frasco 2, respectivamente. O cubo 31 é normalmente feito de qualquer resina sintética adequada.

Se a propriedade de aguçamento ou de perfuração da cânula constituir um factor importante, a cânula deve ser feita de aço inoxidável. Por outro lado, se a propriedade de descarte da cânula constituir um factor importante, a cânula deve ser feita de resina sintética de elevado grau de dureza, como por exemplo resina ABS (copolímero de acrilonitrilo-butadieno-estireno) ou policarbonato. Nesse caso, o elemento deslizante 3, incluindo a cânula, o cubo 31 e os braços corrediços 32, pode ser integralmente constituída sob a forma de uma única unidade.

Quando se procede à montagem deste sistema, o elemento deslizante 3 vai em primeiro lugar ser inserido no interior da secção de -11- Um LsCvi*' { deslizamento 43 do invólucro 4, de maneira que os braços corrediços 32 vão estabelecer com a parede do furo interior do invólucro 5 uma relação de contacto deslizante, a fim de fazer com que o elemento deslizante 3 vá ficar retido no interior do invólucro 4. Em seguida, o recipiente 1, coberto com a anteriormente referida cobertura auxiliar 5, vai ser inserido no interior do invólucro 4 até que o bordo anular da cobertura 5 vá entrar em contacto com a nervura anular 45. Por conseguinte, o recipiente 1 vai ficar retido no interior do invólucro 4, de maneira que o recipiente de solução 4 irá ficar impedido de se deslocar mais para baixo de uma maneira não intencional. Nesta condição, se isso for necessário, o recipiente 1 também pode ser comercializado sob a forma de um único produto ou utensílio.

Normalmente, nos hospitais ou outras instalações de prestação de cuidados de saúde, o frasco 2, no interior do qual se encontra contido o medicamento, é ligado ao invólucro 4 da maneira que aqui foi anteriormente referida e representada nas Figs. 1-3, por um operador, como por exemplo um médico ou uma enfermeira, de modo a que o frasco 2 e o invólucro 4 vão ficar fixados um ao outro por meio do sistema de ligação roscada. Em seguida, o recipiente 1 é empurrado para baixo de maneira a que a cobertura 5 se vá deslocar para além da nervura anular 45 passando por cima desta. Depois do obturador de borracha 12 do recipiente 1 entrar em contacto com a agulha superior 33 da cânula, o elemento deslizante 3 continua a deslocar-se no sentido descendente juntamente com o recipiente 1 e em seguida a agulha inferior 34 da cânula vai entrar em contacto com o obturador de borracha 22 do frasco 2 através da abertura central 42 da parede divisória 41.

Então, de acordo com o presente invento, o movimento do elemento deslizante 3 é controlado de tal modo que, em primeiro lugar, a agulha inferior 34 da cânula vai ser inserida no obturador 22 do frasco 2 de maneira a perfurar esse mesmo obturador por forma a que a cânula vá ficar em comunicação com o -12- frasco 2, e depois a agulha superior 33 da cânula vai ser inserida no obturador 12 do recipiente de fluido 1 de maneira a perfurar esse mesmo obturador por forma a que o recipiente de fluido 1 e o frasco 2 vão ficar em comunicação um com o outro através da cânula. A fim de se assegurar que essa operação vá ser realizada dessa maneira, é preferível que a cânula seja formada de modo a que a aresta da agulha inferior 34 seja mais aguçada do que a aresta da agulha superior 33. Noutro modo de realização, o obturador de borracha 12 do recipiente 1 é mais duro do que o obturador de borracha 22 do fiasco 2.

No modo de realização representado na Fig. 2, é utilizada uma cápsula de borracha 6 própria para cobrir a agulha inferior 34 da cânula, de maneira a impedir que, se a agulha superior 33 for inserida no obturador de borracha 12 do recipiente 1 de modo a entrar em comunicação com o recipiente 1, possa haver fugas de solução a partir do recipiente 1 através da cânula antes da agulha inferior 34 ter sido inserida no obturador de borracha 22 do frasco 2 de modo a perfurar este último obturador.

No entanto, no modo de realização representado na Fig. 3, o elemento deslizante 3 encontra-se dotado de uns meios de fractura, a fim de impedir a ocorrência de fugas de solução a partir do recipiente 1. Esses meios de fractura compreendem várias pernas 7 que se estendem a partir do cubo 31 do elemento deslizante 3, que se acham formadas integralmente com o referido cubo 31 e que vão entrar em contacto com a porção da abertura do recipiente 1 através das projecções 8 das pernas 7. Por conseguinte, quando o recipiente 1 for empurrado para baixo, o elemento deslizante 3 vai descer juntamente com o recipiente 1 até a agulha inferior 34 ir entrar em contacto com o obturador 22 do frasco 2 e perfurar este último obturador de maneira a que a cânula vá ficar em comunicação com o frasco 2. Depois do cubo 31 do elemento deslizante 3 entrar em contacto com a parede divisória 41, o recipiente 1 vai deslocar-se apoiado sobre as projecções 8 das pernas 7 e à medida que vai descendo vai fazendo com que as pernas 7 se vão abrindo cada vez mais até que a agulha superior 33 vá penetrar no obturador de borracha 12 do recipiente 1 de modo a entrar em comunicação com o recipiente 1.

Conforme se acha representado nos modos de realização representados nas Figs. 2 e 3, na superfície interior da parede do invólucro 4 também se acham formados uns meios de bloqueamento, como por exemplo um recesso ou entalhe anular 47. Por conseguinte, quando o elemento deslizante 3 for completamente descido até uma predeterminada posição, por outras palavras, quando o elemento deslizante 3 entrar em contacto com parede divisória radial 42, os braços corrediços 32 do elemento deslizante 3 vão encaixar no recesso 47 e portanto o elemento deslizante 3 vai ficar bloqueado. A fim de que o elemento deslizante 3 possa ficar bloqueado de uma maneira mais firme, o recesso 47 deve apresentar de preferência uma aresta viva e as extremidades dos braços corrediços 32 devem encontrar-se dotados de umas porções 35 em forma de unha, conforme se acha representado nas Figs. 4-6, que podem encaixar firmemente no recesso 47. Por conseguinte, logo que fique bloqueado, o elemento deslizante 3 irá ser efectivamente impedido de realizar qualquer movimento desfavorável, como por exemplo uma subida ou recuo brusco provocado pela força elástica da cápsula de borracha 6.

Por conseguinte, o líquido ou a solução contida no interior do recipiente 1 vai entrar no frasco 2 e o medicamento em forma de pó ou medicamento seco por congelamento irá misturar-se com a solução ou dissolver-se no seio da solução. Depois da solução contida no interior do recipiente 1 ter sido completamente transferida para o frasco 2, este último irá ser removido do invólucro 4. Depois, o frasco 2 no interior do qual se acha contida a

"14 ’ l/Ltoj solução medicamentosa irá ser utilizado na transfusão para um paciente. A restante parte do sistema, incluindo o recipiente 1, o elemento deslizante 3 e o invólucro 4, será normalmente descartada. Nesse caso é preferível que a agulha inferior 34 não se projecte para o lado de fora através da extremidade inferior 48 da manga, conforme se acha representado na Fig. 1, e portanto possa ser assegurada uma manipulação segura do sistema depois do frasco 1 ter sido removido.

Apesar de no anteriormente referido modo de realização, a cânula do elemento deslizante 3 ter apenas uma única passagem de fluidos 36, conforme se acha representado nas Figs. 4 - 6, é possível utilizar-se uma cânula dotada de duas dessas passagens 37, 38, conforme se acha representado na Fig. 7. Nesse caso a solução poderá ser transferida mais rapidamente do recipiente 1 para o frasco, uma vez que uma das passagens 37, 38 irá ser usada para a passagem de um líquido, enquanto que a outra passagem irá ser usada para a passagem de ar ou de um gás.

Conforme aqui foi anteriormente referido, de acordo com o anteriormente referido modo de realização e desde que tanto o invólucro 4 como a cobertura auxiliar 5 sejam feitos de resina sintética, a cobertura auxiliar 5 irá encaixar por atrito e de uma maneira estanque ao ar no interior do invólucro 4, mesmo que a relação entre as dimensões da cobertura e do invólucro não tenha sido controlada de uma maneira muito rigorosa. Por conseguinte, irá ser efectivamente impedida qualquer possível contaminação e, particularmente, no interior da secção de deslizamento 43 do invólucro 4 irá ser impedida a entrada de substâncias desfavoráveis tais como bactérias.

Do mesmo modo, o movimento do elemento deslizante 3 é controlado de tal modo que, em primeiro lugar, a agulha inferior 34 da cânula vai -15- 4 períurar o obturador do frasco 2, indo assim ficar em comunicação com o referido frasco 2, e depois a agulha superior 33 da cânula vai perfurar o obturador de borracha 12 do recipiente de fluido 1, de maneira que o recipiente de fluido 1 e o frasco vão ficar em comunicação um com o outro através da cânula. Por conseguinte, com este sistema, que é de construção relativamente simples e menos dispendiosa, é possível obter-se uma operação segura numa condição estéril.

Por conseguinte, o anteriormente descrito sistema de administração de fluidos pode ser manipulado com facilidade, mesmo que o operador não se ache familiarizado com a solução para transfusão e com o medicamento seco neste âmbito. Do mesmo modo, pode ser eficazmente evitada a ocorrência de quaisquer possíveis erros na realização do processo de mistura e na operação de administração da solução medicamentosa ao paciente.

Lisboa, 2 de Outubro de 2001

LUÍS SILVA CARVALHO Agente Oficial da Propriedade Industrial RUA VICTOR COROON. 14 1200 USBOA

Claims

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,ν.-'ΐ,·'·?-'-'!- REIY1NDICACÕES 1. Sistema de administração de fluidos compreendendo: um frasco (2) próprio para conter uma substância destinada a ser dissolvida num líquido, encontrando-se o frasco (2) dotado de uma abertura (21) e de um primeiro elemento obturador (22) que pode ser perfurado e que proporciona uma obturação hermética da abertura (21) do frasco; um recipiente (1) para o líquido, encontrando-se o recipiente (1) dotado de uma abertura (11) e de um segundo elemento obturador (12) que pode ser perfurado e que proporciona uma obturação hermética da abertura (11) do recipiente; um invólucro (4) que se acha dotado de uma primeira extremidade aberta à qual o frasco (2) se encontra ligado de forma destacável e de uma segunda extremidade aberta na qual é inserido o recipiente (1); e um elemento deslizante (3) que se acha disposto de forma deslizante no interior do invólucro (4) e que se acha dotado de uma cânula de duas pontas dotada de uma agulha inferior (34) e de agulha superior (33) apontadas respectivamente para a primeira e para a segunda extremidades do invólucro (4), e sendo proporcionada a existência de uns meios de controlo próprios para controlar o movimento do elemento deslizante (3), caracterizado por: o frasco (2) apresentar uma ligação axialmente fixa na primeira extremidade do invólucro (4), ao passo que o recipiente (1) é inserido de uma maneira axialmente deslizante na segunda extremidade, de maneira que quando se exerce pressão sobre o recipiente (1) este vai deslizar para dentro do invólucro (4) e vai empurrar o elemento deslizante (3) obrigando-o também a deslizar ao longo do invólucro (4); e -2-

os meios de controlo serem concebidos de maneira a que quando o recipiente e o frasco se deslocam um em direcção ao outro, a agulha inferior (34) da cânula vai perfurar o primeiro elemento obturador (22) do frasco (2), a fim de fazer com que a cânula vá ficar em comunicação com o interior do frasco antes da agulha superior (33) da cânula ir perfurar o segundo elemento obturador (12) do recipiente (1), a fim de fazer com que o interior do frasco vá ficar em comunicação com o interior do recipiente.
2. Sistema de acordo com a reivindicação 1, em que o recipiente (1) contém o líquido e o frasco (2) contém um pó.
3. Sistema de acordo com a reivindicação 2, em que o líquido é uma solução ou um diluente, para transfusão.
4. Sistema de acordo com a reivindicação 2 ou 3, em que o pó é um medicamento ou um fármaco.
5. Sistema de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, em que os meios de controlo incluem uma aresta da agulha inferior (34) da cânula mais aguçada do que uma aresta da agulha superior (33) da cânula.
6. Sistema de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 4, em que o primeiro e o segundo elementos de obturação (12,22) são borracha, e os meios de controlo incluem o segundo elemento obturador (22) do frasco (2) mais duro do que o primeiro elemento obturador (12) do recipiente (1).
7. Sistema de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 4, em que os meios de controlo incluem uns meios de fractura (7, 8) que se acham fixados ao elemento deslizante (3) e que podem entrar em contacto com o

<~ÍaAc' J recipiente (1) de tal maneira que quando o recipiente (1) for empurrado em direcção ao frasco (2) o elemento deslizante (3) vai deslocar-se juntamente com o recipiente (1) em direcção ao frasco (2) e vai perfurar o primeiro obturador (22) do frasco (2), após o que, continuando a empurrar-se o recipiente (1) em direcção ao frasco (2), o elemento deslizante (3) vai vencer a resistência dos meios de fractura (7, 8) e vai perfurar o segundo obturador (12) do frasco (2).
8. Sistema de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, em que a agulha inferior (34) da cânula é coberta por uma cápsula de borracha (6), a fim de se impedir que possa haver fugas de fluido do recipiente (1) através da cânula no caso do segundo obturador (12) ser perfurado antes do primeiro obturador (22).
9. Sistema de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores compreendendo uns meios de bloqueamento (47) que, quando o elemento deslizante (3) se tiver deslocado em direcção ao frasco (2) para uma predeterminada posição em que a agulha inferior (34) da cânula tenha perfurado totalmente o primeiro obturador (22) do frasco (2), vão bloquear o elemento deslizante (3) com respeito ao invólucro (4).
10. Sistema de acordo com a reivindicação 9, em que os meios de bloqueamento (47) incluem um recesso anular que se acha formado em tomo do interior do invólucro (4) e no qual o elemento deslizante (3) vai ficar bloqueado na referida posição.
11. Sistema de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 7, em que o invólucro (4) se acha dotado de uma parede divisória (41) que separa o invólucro numa secção (44) de montagem do frasco situada na zona da primeira extremidade e numa secção de deslizamento (43) situada na zona da segunda -4- I . lAyVi/j extremidade, podendo o elemento deslizante (3) ser disposto de forma deslizante no interior da secção de deslizamento (43) do invólucro e encontrando-se a parede divisória (41) dotada de um orifício central (42) através do qual a agulha inferior (34) da cânula pode passar, a fim de perfurar o primeiro elemento obturador (22) do frasco (2), indo o elemento deslizante (3) entrar em contacto com a parede divisória (42) quando atinge uma posição correspondente à inserção total da agulha inferior (34) da cânula no primeiro obturador (22) do frasco (2).
12. Sistema de acordo com a reivindicação 11, em que o invólucro (4) possui uma parede cilíndrica cuja superfície interior se acha dotada de um recesso anular (47) no qual o elemento deslizante (3) vai encaixar de maneira a ficar bloqueado na referida posição.
13. Sistema de acordo com a reivindicação 12, em que a secção de montagem (44) do invólucro (4) possui uma rosca fêmea (46) e o frasco (2) possui uma rosca macho (23), a fim de se efectuar a referida ligação entre o frasco (2) e o invólucro (4).
14. Sistema de acordo com a reivindicação 13, em que as roscas macho e fêmea (23, 46) se encontram dispostas de tal maneira que quando o frasco (2) é ligado de forma fixa pela ligação roscada, o primeiro elemento obturador (22) do frasco (2) vai ficar em contacto com a parede divisória (41) do invólucro (4).
15. Sistema de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 7, em que o recipiente (1) possui uma porção de parede cilíndrica e um fundo, incluindo o sistema um elemento de cobertura auxiliar (5) que vai encaixar pelo menos parcialmente sobre a porção de parede cilíndrica e sobre o fundo do recipiente, podendo o elemento de cobertura (5) ser montado de forma deslizante -5- na segunda extremidade do invólucro (4) de modo a estabelecer com este uma ligação por atrito estanque ao ar.
16. Sistema de acordo com a reivindicação 15, em que no lado de dentro da parede do invólucro se acha formada uma nervura anular (45) com a qual vai entrar em contacto um bordo anular do elemento de cobertura (5), a fim de limitar o movimento de deslocação do recipiente (1) para o interior do invólucro (4) antes do recipiente (1) ser obrigado de uma maneira forçada a deslizar ainda mais para o interior do invólucro (4), situação essa em que o elemento de cobertura (5) irá então passar por cima da nervura anular (45). Lisboa, 2 de Outubro de 2001

LUÍS SILVA CARVALHO Agente Oficial da Propriedade Industrial RUA VICTOR CORDON, 14 1200 LISBOA