PT1674578E - Processo para a produção de cilo-inositol - Google Patents

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Yuichi Kita
Tetsuya Mori
Kenji Kanbe
Akihiro Tomoda
Atsushi Takahashi
Wakako Ichikawa
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Hokko Chem Ind Co
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Description

DESCRIÇÃO
PROCESSO PARA A PRODUÇÃO DE CILO-INOSITOL
Domínio técnico A presente invenção tem por objecto um processo de produção de cilo-inositol a partir de mio-inositol por meio de uma conversão microbiana com Acetobacter. 0 cilo-inositol pode ser utilizado como agente terapêutico para o tratamento de uma doença de Alzheimer, como matéria-prima para a síntese de substâncias bioactivas ou uma matéria-prima para a síntese de compostos de cristais líquidos. Técnica anterior 0 mio-inositol é uma substância conhecida de ocorrência natural representada pela fórmula estrutural espacial (A) que se segue.
OH
(A) A cilo-inosose é uma substância conhecida representada pela fórmula estrutural espacial (B).
(B) 1
Além disso, o cilo-inositol é uma substância conhecida representada pela fórmula estrutural espacial (C).
0 cilo-inositol é um dos estereoisómeros do mio-inositol e é uma substância que se encontra amplamente entre animais e plantas. A cilo-inosose é um composto com uma estrutura em que um grupo axial de hidroxilo na segunda posição do mio-inositol está oxidado e existe geralmente como um composto natural. 0 cilo-inositol é uma substância que se espera que tenha aplicações como um agente terapêutico para uma doença de Alzheimer (ver o documento 1 não pertencente a patentes), uma matéria-prima para a sintese de substâncias bioactivas (documento 1 das patentes) ou uma matéria-prima para a síntese de compostos de cristais líquidos (documento 2 das patentes) .
Exemplos de um processo para a produção de cilo-inosose ou de cilo-inositol por meio de um processo de síntese química incluem: (i) um processo de obtenção de cilo-inositol por meio da redução de hexa-hidroxibenzeno com níquel de Raney (documento 2 não pertencente a patentes); (ii) um processo de obtenção de cilo-inositol por meio da redução da cilo-inosose obtida a partir de um derivado de glicofuranose através de uma reacção que envolve cinco etapas (documento 3 não pertencente a patentes); (iii) um processo de obtenção de cilo-inositol utilizando como matéria-prima cis-trioxa-tris-homobenzeno através de uma reacção que envolve quatro etapas 2 ou mais (documento 4 não pertencente a patentes); e (iv) um processo de obtenção de cilo-inositol incluindo a oxidação de mio-inositol com um catalisador de platina para assim se obter cilo-inosose e submetendo a cilo-inosose a esterificação seguida de redução e de hidrólise (ver documento 2 das patentes).
Como processo de conversão de mio-inositol em cilo-inositol utilizando um microrganismo, conhece-se um processo utilizando uma bactéria pertencente ao género Agrobacterium (documento 3 das patentes) . Contudo, este processo não se aplica para uma produção á escala industrial por causa do baixo rendimento de cilo-inositol e da geração de outros produtos convertidos. Entretanto, conhece-se uma bactéria que pertence ao género Acetobacter (ver o documento 5 não pertencente a patentes) para actuar no mio-inositol para absorver oxigénio e assim oxidar o mio-inositol em cilo-inosose. Contudo, o seu mecanismo detalhado ainda não está bem estudado. A enzima que oxida o mio-inositol em cilo-inosose (mio-inositol 2-desidrogenase) tem sido referenciada num certo número de organismos tais como animais, algas, leveduras e bactérias e é uma enzima que existe em larga escala na natureza. Exemplos de um microrganismo tipico que comporta a enzima incluem Aerobacter aerogenes (ver o documento 6 não pertencente a patentes), bactérias que pertencem ao género Bacillus (documentos 7 e 8 não pertencentes a patentes; documentos 4-6 das patentes) e bactérias pertencendo ao género Pseudomonas (documentos 9 e 10 não pertencentes a patentes) .
Contudo, as mio-inositol 2-desidrogenases, nesses relatórios, são enzimas dependentes de NAD+, por isso 3 necessitam de NAD+ ou de NADP+ para a oxidação. Quando a enzima é submetida a uma reacção à escala industrial, deve-se utilizar uma produção por fermentação de modo a reciclar essas co-enzimas, resultando na decomposição de parte dos substratos. Além disso, tem havido problemas na produção à escala industrial de modo que se deve manter baixa a concentração do substrato.
Entretanto, há um relato da presença de uma cilo-inositol desidrogenase num cérebro de bovino e num tecido gordo de uma barata (documento 11 não pertencente a patentes). Quando a cilo-inosose, como substrato, é reduzida por esta enzima com NADPH, há a referência de que se gera tanto cilo-inositol como mio-inositol. Contudo, as enzimas têm pouca especificidade para o substrato, não se utilizou uma enzima altamente purificada, por isso a enzima pode ser uma desidrogenase alcoólica com uma baixa especificidade para o substrato. Por isso, a enzima não está descrita no Handbook of Enzymes (publicado pela Asakura Shoten). Tal como descrito antes, embora existam relatórios sobre animais, ainda não foi confirmado se estes relatórios são verdadeiros.
Além disso, existe também um processo conhecido de produção de cilo-inositol por meio de redução química da cilo-inosose produzida por oxidação microbiana (documento 7 das patentes) . Dado que a substância obtida pela redução química de cilo-inosose é uma mistura de cilo-inositol e mio-inositol, a mistura tem de ser dessalinizada e purificada, seguida de separação do cilo-inositol com baixa solubilidade, a partir da solução concentrada por cristalização. Assim, esses processos exigem muitas operações e assim há espaço para melhorias no que respeita ao rendimento de cilo-inositol. Nestas circunstâncias, pretende-se o desenvolvimento de um processo de produção de cilo-inositol 4 purificado a partir de uma mistura de cilo-inositol e mio-inositol que se obtém por redução de cilo-inosose ou similar, para produzir silo-inositol convenientemente e eficientemente.
Quando se reduz cilo-inosose utilizando NaBH4 em solução, a solução, depois da reacção, contém mio-inositol, cilo-inositol e uma pequena quantidade de um complexo de cilo-inositol/ácido bórico. Para esse complexo de cilo-inositol/ácido bórico já se conhece um processo de obtenção que envolve cilo-inositol: filtração do complexo como precipitado; dissolução do precipitado em ácido sulfúrico diluído; adição de metanol para o submeter a azeotropia com ácido bórico; eliminação do ácido bórico; e dessalinização da solução remanescente utilizando uma resina permutadora de iões (documento 12 não pertencente a patentes). 0 complexo de cilo-inosose/ácido bórico é uma substância representada pela fórmula estrutural espacial (D) que se segue.
OH
Contudo, no processo descrito antes de redução de cilo-inosose utilizando NaBH4, a relação do complexo de cilo-inositol/ácido bórico gerado é baixa e também se gera cilo-inositol na solução. Por isso, o complexo e os componentes na solução têm de ser separados para assim se obter o cilo-inositol de cada um deles. Além disso, é necessária uma 5 grande quantidade de um dissolvente orgânico para se obter o cilo-inositol a partir do complexo, havendo um grande espaço de melhoria do ponto de vista económico. Assim, procura-se um processo para produzir cilo-inositol convenientemente e eficientemente numa produção à escala industrial.
[Documento [Documento [Documento [Documento [Documento [Documento [Documento [Documento Biological 1 de patente] Patente 2 de patente] DE 3.405.663
3 de patente] JP09-140388A
4 de patente] JP04-126075A
5 de patente] JP05-192163A
6 de patente] JP06-007158A
The Journal of 7 de patente] JP2003-102492A 1 não contido em patentes^
Chemistry (US), 2000, vol.275, No.24, p.18495- 18502 [Documento 2 não contido em patentes] Journal of the
American Chemical Society (US), 1948, vol.70, p.2931-2935) [Documento 3 não contido em patentes] Journal of the
American Chemical Society (US), 1968, vol.70, p.2931-3290) [Documento 4 não contido em patentes] Angewandte Chemie (Alemanha), 1973, vol.85 p.1110-1111 [Documento 5 não contido em patentes] The Journal of
Biological Chemistry (US), 1948, vol.174, p.173-188 [Documento 6 não contido em patentes] Archives of Biochemistry and Biophysics (US), 1956, J, Larner et al., vol.60, p.352-363 [Documento 7 não contido em patentes] The Journal of
Biological Chemistry (US), 1979, vol. 254, p.7684-7690 [Documento 8 não contido em patentes] Microbiology (US) , 1994, vol.140, p.2289-2298 [Documento 9 não contido em patentes] Monatshefte fur
Chemie (Alemanha), 1969, vol.100 p.1327-1337 6 [Documento 10 não contido em patentes] Journal of Bacteriology (US), 1977, vol.131, p.872-875 [Documento 10 não contido em patentes] Biochemical and Biophysical Research Communications (US), vol.68, p.1133, 1976 [Documento 12 não contido em patentes] Journal of Organic Chemistry (US), 1958, vol.23, p.329-330
DESCRIÇÃO DA INVENÇÃO
Constitui um objecto da presente invenção providenciar um processo de produção de cilo-inositol directamente a partir de mio-inositol, com rendimentos elevados, por meio apenas de uma conversão microbiana.
Os requerentes da presente invenção estudaram para pesquisar um microrganismo capaz de produzir cilo-inosose a partir de mio-inositol e encontraram uma bactéria pertencente ao género Acetobacter que se separou da natureza (estirpe AB 10253). A estirpe foi depositada no International Patent Organism Depositary, National Institute of Advanced Industrial Science and Technology com o número de acesso FERM P-18868 (número internacional de depositário FERM BP-10136). Utilizou-se esta estirpe para estabelecer um processo de produção de cilo-inosose partir de mio-inositol e um processo de produção de cilo-inositol a partir da cilo-inosose por meio da redução quimica (JP 2003-102492 A).
Em seguida, para se aumentar a capacidade de a converter em cilo-inosose, a estirpe foi submetida a um processo de geração por meio de uma mutação. Por meio desta operação, os requerentes verificaram que existem algumas estirpes que reduzem biologicamente a cilo-inosose gerada a partir de mio-inositol e geraram uma pequena quantidade de cilo-inositol, 7 entre as estirpes mutantes. Depois, os requerentes da presente invenção submeteram essas estirpes a um processo de geração por mutação de modo a obter-se uma estirpe que produz e acumula principalmente cilo-inositol directamente a partir de mio-inositol por meio apenas da conversão por meio de uma cultura. Como resultado, tiveram sucesso na obtenção de uma estirpe mutante que cumpre o objectivo, isto é, uma estirpe que tenha adquirido a capacidade para reduzir a cilo-inosose gerada pela redução de mio-inositol em cilo-inositol e acumulando o cilo-inositol num meio.
Além disso, embora a capacidade de conversão seja inferior à da estirpe AB10253, encontrou-se, na natureza, estirpes capazes de gerarem cilo-inositol a partir de mio-inositol. A identificação utilizando as suas sequências de nucleótidos do ARN de 16Sr confirmou que essas estirpes são microrganismos, cada um deles pertencendo a Acetobacter cerevisiae, Acetobacter malorum ou Burkholderia andropogonis.
Os requerentes da presente invenção verificaram que o cilo-inositol pode ser eficientemente produzido utilizando aqueles microrganismos.
Os requerentes da presente invenção consideraram que se se puder adquirir uma enzima capaz de converter eficientemente mio-inositol em cilo-inosose, é possível a produção eficiente de cilo-inosose a partir de uma elevada concentração de mio-inositol no substrato, utilizando essa enzima. Também consideraram que se uma estirpe com uma elevada actividade dessa enzima pode ser isolada por rastreio, é possivel utilizar essa estirpe para a produção de cilo-inosose.
Na hipótese de haver um novo tipo de mio-inositol 2-desidrogenase independente de NAD+, que até agora não era conhecida, capaz de catalisar uma reacção de conversão a partir de mio-inositol em cilo-inosose, os requerentes da presente invenção fizeram estudos aprofundados para obter essa enzima. Como resultado, verificaram que a mio-inositol 2-desidrogenase independente de NAD+ está presente na estirpe AB10253 de Acetobacter sp. pertencendo ao género de Acetobacter. Os requerentes da presente invenção tiveram sucesso na produção eficiente de cilo-inosose utilizando esta enzima ou um microrganismo com uma actividade elevada desta enzima e na produção eficiente de cilo-inositol com uma elevada pureza, reduzindo a cilo-inosose obtida.
Em seguida, os requerentes da presente invenção estudaram como é que o mio-inositol se converte no cilo-inositol nas células microbianas da estirpe que produz cilo-inositol directamente a partir de mio-inositol. Como resultado, um grupo hidroxilo, na segunda posição de mio-inositol está oxidado de uma forma dependente do oxigénio para gerar cilo-inosose e depois forma-se cilo-inositol por meio da função de uma enzima com actividade de redução de cilo-inosose para cilo-inositol de uma forma dependente de NADH ou de NADPH. Com base nessa actividade, os requerentes tiveram sucesso na purificação de uma enzima com actividade de redução de cilo-inosose para cilo-inositol. Também verificaram que esta enzima tem uma actividade para reduzir especificamente, sob o ponto de vista estereoquimico, cilo-inosose para cilo-inositol de uma forma dependente de NADPH e uma actividade para oxidar cilo-inositol para cilo-inosose de uma forma dependente de NADP+ e que se designa por "cilo-inositol desidrogenase". Além disso, esta enzima tem capacidade para oxidar um grupo hidroxilo na quinta posição 9 de mio-inositol, por isso esta enzima pode também ser referida como mio-inositol 5-desidrogenase.
Além disso, os requerentes tiveram sucesso na clonagem de genes, cada um deles codificando uma cilo-inositol desidrogenase por meio de RCP a partir de genomas de Escherichia coli, os géneros Agrobacterium, Bacillus subtilis e Xanthomonas campestris.
Além disso, dado que a enzima realiza uma reacção de oxidação-redução de uma forma dependente de NAD+ ou NADP+, os requerentes da presente invenção consideraram que o cilo-inositol pode ser convertido directamente a partir de mio-inositol por via da cilo-inosose combinando a enzima e uma mio-inositol 2-desidrogenase conhecida (com actividade para reduzir cilo-inosose para mio-inositol de uma forma dependente de NAD+ ou NADP+: EC 1.1.1.18) (ver: FIG 1) e tiveram sucesso.
Além disso, os requerentes da presente invenção consideraram que, para produzir eficientemente cilo-inositol a partir de uma mistura liquida contendo cilo-inositol e açúcares neutros tais como mio-inositol que se obtém por redução da cilo-inosose, é vantajoso formar um complexo de cilo-inositol/ácido bórico. Com base nestas considerações, os requerentes da presente invenção estudaram com profundidade um processo para fazer contactar eficientemente apenas cilo-inositol numa mistura líquida contendo cilo-inositol e mio-inositol nesse tal complexo de cilo-inositol/ácido bórico. Como resultado, verificaram que um complexo de cilo-inositol/ácido bórico que consiste em cilo-inositol, ácido bórico e um ião metálico, tem uma associação específica e é um complexo com baixa solubilidade que é diferente de outros complexos de açúcares neutros. Além disso, os requerentes 10 verificaram que o complexo de cilo-inositol/ácido bórico forma-se eficazmente e precipita por meio de: adição de ácido bórico e um sal de metal em quantidades que duplicam ou mais o número de moles, preferencialmente duas ou três vezes mais do que o cilo-inositol dissolvido numa mistura liquida; e mantendo a solução em condições alcalinas de pH 8,0 a 11,0, preferencialmente pH 9,0 a 10,0. Nestas condições, formou-se o complexo de cilo-inositol/ácido bórico a partir de uma mistura liquida contendo cilo-inositol e açúcares neutros tais como mio-inositol. Depois, dissolveu-se o complexo num ácido, seguido da purificação utilizando uma resina permutadora de iões ou um dissolvente orgânico solúvel em água e assim produz-se eficientemente cilo-inositol.
Assim se completou a presente invenção.
Isto é, a presente invenção tem por objecto o seguinte. (1) Um processo para produzir cilo-inositol compreendendo: permitir que um microrganismo capaz de converter mio-inositol em cilo-inositol e pertencendo ao género Acetobacter reaja com mio-inositol numa solução contendo mio-inositol para produzir e acumular cilo-inositol na solução; e recolher o cilo-inositol a partir da solução. (2) Um processo de acordo com (1), em que a solução que contém mio-inositol é um meio liquido contendo mio-inositol e deixa-se o microrganismo reagir com mio-inositol fazendo uma cultura do microrganismo num meio liquido. 11 (3) Um processo de acordo com (1), em que se deixa reagir as células, obtidas por meio de uma cultura do microrganismo, com mio-inositol na solução. (4) Um processo de acordo com uma qualquer de (1) a (3) , em que o microrganismo é um microrganismo que pertence a Acetobacter cerevisiae ou Acetobacter malorum. (5) Um processo de acordo com uma qualquer de (1) a (3) , em que o microrganismo é a estirpe AB10281 de Acetobacter sp. (FERM BP-10119) ou uma estirpe mutante desta. (6) Estirpe AB10281 de Acetobacter sp. (FERM BP-10119) ou uma estirpe que é mutante desta com uma capacidade para converter mio-inositol em cilo-inositol.
BREVE DESCRIÇÃO DOS DESENHOS A fig. 1 mostra um esquema do principio de produção do cilo-inositol por combinação de enzimas.
DESCRIÇÃO DOS ENQUADRAMENTOS PREFERIDOS 1. Processo de produção de cilo-inositol utilizando um microrganismo pertencendo ao género Acetobacter
Um enquadramento da presente invenção tem por objecto um processo de produção de cilo-inositol compreendendo a produção e a acumulação de cilo-inositol numa solução contendo mio-inositol fazendo reagir o mio-inositol com um microrganismo que pertence ao género Acetobacter e que tem a capacidade de converter mio-inositol em cilo-inositol; e recolhendo o cilo-inositol da solução. 12 0 microrganismo a ser utilizado no processo de produção da presente invenção é um microrganismo que pertence ao género Acetobacter e tem uma capacidade para converter mio-inositol em cilo-inositol. Aqui, exemplos de microrganismos que pertencem ao género Acetobacter incluem Acetobacter cerevisiae, Acetobacter malorum, Acetobacter orleanensis, Acetobacter indonesiensis, Acetobacter orientalis, Acetobacter aceti, Acetobacter liquefaciens, Acetobacter pasteurianus, Acetobacter hansenii e as suas estirpes não identificadas (sp.).
Desses, são particularmente preferidos Acetobacter cerevisiae e Acetobacter malorum. A frase "uma capacidade para converter mio-inositol em cilo-inositol" refere-se, por exemplo, a uma capacidade de um microrganismo para acumular cilo-inositol num meio quando o microrganismo é posto em cultura num meio contendo mio-inositol.
Um exemplo especifico do microrganismo inclui a estirpe AB 10281 de Acetobacter sp. A estirpe é uma estirpe obtida por mutação da estirpe AB 10253 de Acetobacter sp. (FERM BP-10136) para conferir uma capacidade para converter mio-inositol em cilo-inositol. A estirpe foi depositada na International Patent Organism Depositary, o National Institute of Advanced Industrial Science and Technology (código postal: 305-8566, Tsukuba Central 6, 1-1, Higashi 1-chome, Tsukuba, Ibaraki, Japão) com o número de acesso FERM P-19639 em 20 de Janeiro de 2004 depois convertido no depósito internacional de acordo com o Tratado de Budapeste a que foi atribuído o número de acesso FERM BP-10119. A estirpe AB10253 de Acetobacter sp. foi depositada no International Patent Organism Depositary, o National Institute of Advanced Industrial Science and Technology com o 13 número de acesso FERM P-18868 em 24 de Maio de 2002, depois depois convertido no depósito internacional de acordo com o Tratado de Budapeste e depositado com o número de acesso FERM BP-10136.
As estirpes derivadas de um microrganismo que pertence ao género Acetobacter tal como a estirpe AB10281 de Acetobacter sp. ou a estirpe AB10253 de Acetobacter sp. podem também ser utilizadas. Essas estirpes derivadas podem ser obtidas por mutação do microrganismo e selecção de uma estirpe que tenha a propriedade de converter selectivamente e directamente o mio-inositol em cilo-inositol, entre as estirpes nas quais se introduziu uma mutação. Exemplos de um processo de mutação incluem um processo fisico de mutação tal como com uma radiação de UV ou uma radiação de rádio, assim como um processo de mutação quimica que utiliza agentes de mutação incluindo N-nitrosoguanidina, metano-sulfonato de etilo, nitrito, metano-sulfonato de metilo, um corante de acridina, benzopireno, sulfato de dimetilo e similares.
Um exemplo de um processo de reacção do microrganismo descrito antes com mio-inositol numa solução contendo o mio-inositol inclui um processo de cultura do microrganismo da presente invenção num meio liquido contendo mio-inositol.
Neste caso, a composição do meio liquido a ser utilizada não está particularmente limitada desde que se atinja o objectivo da presente invenção. Um meio liquido pode ser qualquer meio que contenha mio-inositol como material a ser convertido em cilo-inositol, para além das fontes de carbono, fontes de azoto, nutrientes orgânicos, sais inorgânicos e similares. Pode-se utilizar tanto um meio sintético como um meio natural. Adiciona-se o meio líquido com 0,1 % a 40 %, mais preferencialmente 10 % a 30 % de mio-inositol e, 14 preferencialmente é adicionado com: 0,1 % a 20 %, mais preferencialmente 0,3 % a 5 % de glicerol, sacarose, maltose ou um amido como fonte de carbono; e 0,01 % a 5,0 %, preferencialmente 0,5 % a 2,0 % de um extracto de levedura, peptona, ácido de casamino, sulfato de amónio, cloreto de amónio, nitrato de amónio, ureia ou similar como fonte de azoto. Além disso, se necessário, também se pode adicionar ao meio sais inorgânicos, cada um deles capaz de formar um ião de sódio, potássio, cálcio, magnésio, cobalto, manganês, zinco, ferro, cobre, molibdénio, ácido fosfórico, ácido sulfúrico ou similares. A concentração de iões de hidrogénio na solução da cultura não tem necessariamente de ser controlada. Contudo, o cilo-inositol é produzido com eficácia por meio de uma cultura em condições ajustadas preferencialmente a pH de 4 a 10, mais preferencialmente a pH de 5 a 9.
As condições de cultura variam consoante o tipo de meio. Contudo, a temperatura da cultura é de 12 a 35 °C, preferencialmente de 20 a 27 °C. A cultura pode ser realizada aerobicamente, por exemplo, agitando o meio liquido ou por aeração com ar ou um gás oxigenado no meio liquido. Durante a cultura principal, o mio-inositol oxida num estádio inicial da cultura para gerar cilo-inosose e depois a cilo-inosose reduz-se, num organismo vivo, numa etapa posterior, para assim gerar o cilo-inositol. Uma outra cultura resulta numa decomposição gradual do cilo-inositol. Por isso, um período de cultura pode ser até ao momento em que a acumulação do cilo-inositol se torna na quantidade máxima ou na quantidade requerida e é geralmente de 1 a 10 dias, preferencialmente de 3 a 8 dias.
Alternativamente, as células de um microrganismo obtido por cultura podem reagir com mio-inositol numa solução 15 contendo mio-inositol. Aqui, para as células obtidas por cultura, podem obter-se células de um microrganismo de cultura em condições de cultura apropriadas ou podem reutilizar-se células separadas e recolhidas do caldo de cultura de um microrganismo utilizado para a produção de cilo-inositol. A recolha das células, para se obter as células, pode ser realizada por um processo conhecido tal como separação centrífuga ou filtração.
Fazendo reagir o microrganismo com mio-inositol, tal como descrito antes, tal como descrito antes, o cilo-inositol acumula-se na solução. Pode-se aplicar um processo geral para o isolamento e a purificação de uma substância neutra, aquosa, normal para o processo de recolha de cilo-inositol a partir da solução da cultura. Isto é, os sobrenadantes da solução da cultura são tratados com carvão activado, uma resina de permuta iónica ou similar, depois de as células terem sido removidas da solução de cultura, para assim permitir que a maior parte das impurezas, para além do cilo-inositol, sejam eliminadas. Depois disso, pode-se isolar uma substância com interesse utilizando um processo tal como a recristalização.
Mais especificamente, faz-se passar o sobrenadante da cultura, no qual se acumulou o cilo-inositol, através de uma coluna cheia com uma resina permutadora de catiões de ácido forte tal como Duolite® C-20 (do tipo H+) para eliminar os componentes indesejáveis. Recolhe-se a solução que flui através da coluna e depois faz-se passar água desionizada através da coluna para lavar a coluna e assim recolher uma solução de lavagem. Combina-se a solução que fluiu através da coluna com a solução de lavagem. Depois, faz-se passar a solução assim obtida através de uma coluna cheia com uma resina permutadora de aniões de uma base forte tal como 16
Duolite® A 116 (do tipo OH-). Recolhe-se a solução que fluiu através da coluna e depois faz-se passar água desionizada através da coluna para lavar a coluna e assim recolher uma solução de lavagem. Combina-se a solução que fluiu através da coluna com a solução de lavagem para se obter uma solução aquosa contendo cilo-inositol mas praticamente sem outras impurezas. Concentrou-se a solução aquosa para se obter assim uma solução concentrada de cilo-inositol. Adicionou-se então à solução concentrada uma quantidade apropriada de etanol e deixou-se durante a noite à temperatura ambiente ou a uma temperatura baixa para permitir assim que cristalize um cristal de cilo-inositol puro. Entretanto, com base na baixa solubilidade em água do cilo-inositol, pode cristalizar um cristal puro de cilo-inositol apenas por concentração e filtração da solução aquosa. Além disso, pode-se utilizar uma coluna cheia com carvão activado para descorar durante a operação da coluna.
Pode-se obter um cristal puro de cilo-inositol por outros processos de purificação, tal como os descritos a seguir, que compreendem: a preparação de um complexo de cilo-inositol/ácido bórico por adição de ácido bórico e NaCl à solução contendo o cilo-inositol obtida por meio da cultura; a filtração e a separação do complexo de cilo-inositol/ácido bórico; permitindo que o ácido bórico seja libertado por meio da adição de um ácido; e a cristalização de cilo-inositol por meio da adição de um dissolvente orgânico tal como metanol.
Além disso, durante a cultura da estirpe da presente invenção, o cilo-inositol com uma baixa solubilidade em água (solubilidade de cerca de 1,6 %) à temperatura normal, cristaliza e precipita. Por isso, o mio-inositol pode ser ainda adicionado durante a cultura para ainda acumular mais cilo-inositol sob a forma de cristais. 17
Depois de a reacção estar completa ou durante a reacção, o cilo-inositol sobre-saturado precipita sob a forma de cristal. 0 cilo-inositol cristalino pode ser isolado por meio de uma operação tal como filtração ou separação centrífuga. Quando o cilo-inositol cristalino coexiste com células e proteínas desnaturadas insolúveis, as células e as proteínas desnaturadas insolúveis podem ser eliminadas por dissolução do cilo-inositol cristalino em água, seguida de uma operação tal como filtração ou separação centrífuga.
Um processo de purificação do cilo-inositol cristalino assim obtido pode ser realizado como se segue. 0 ponto a ser assinalado nesta etapa é a eliminação do neo-inositol no cilo-inositol cristalino. 0 neo-inositol é uma substância gerada de tal modo que: a quinta posição de uma parte de mio-inositol é oxidada pela cilo-inositol desidrogenase para gerar a neo-inosose; e reduz-se a neo-inosose gerada por meio de mio-inositol 2-desidrogenase. No presente sistema de reacção, gera-se uma quantidade em traços da substância. 0 neo-inositol é também uma substância com uma solubilidade baixa em água de 0,5 % e está apta a precipitar sob a forma de cristal com o cilo-inositol.
Contudo, uma solução de cilo-inositol obtida pela dissolução de cilo-inositol cristalino em água novamente praticamente não contém mio-inositol. O cilo-inositol que contém uma quantidade em traços do neo-inositol pode ser obtido por meio de uma operação tal como filtração ou separação centrífuga para o isolamento de um cilo-inositol cristalino a ser gerado por reconcentração da solução de cilo-inositol. Além disso, para uma purificação maior, isola-se um cilo-inositol recristalizado, que é recristalizado através da concentração do liquido depois de ter sido 18 purificado por meio de uma passagem através de uma coluna de dessalinização ou de uma coluna de carvão activado, utilizando uma operação tal como filtração ou separação centrífuga, para se obter um cilo-inositol puro não contendo neo-inositol.
Para a coluna de dessalinização é preferível utilizar uma coluna com uma resina permutadora de iões. Para a resina permutadora de iões a ser utilizada desta vez, pode-se utilizar qualquer uma das resinas permutadoras de iões básicos fortes e uma resina permutadora de iões de bases fracas ou uma combinação delas ou qualquer resina permutadora de iões de ácidos fortes e uma resina permutadora de iões fracos ou uma combinação delas. Conforme a maneira pela qual a resina permutadora de iões reage, um processo óptimo compreende a passagem de uma solução através de uma resina permutadora de iões carregada numa coluna. A solução pode também ser dessalinizada por filtração depois de ter sido misturada em lotes e agitada com a resina permutadora de iões. A coluna de carvão activado é utilizada para a descoloração. Pode-se utilizar um processo que compreende a passagem da solução através de carvão activado carregado numa coluna. A solução pode também ser descorada por filtração depois de ter sido misturada em lotes e agitada com carvão activado.
Em seguida, depois de terminar a reacção enzimática, pode-se realizar um processo de purificação do cilo-inositol solúvel que se dissolve na solução reaccional, como se segue. 0 ponto a ser assinalado nesta etapa é a eliminação do mio-inositol e do neo-inositol que é diferente do caso do cilo-inositol cristalino. 19
Dissolve-se o cilo-inositol solúvel em conjunto com o mio-inositol (matéria-prima) e o neo-inositol e pode-se obter uma solução por meio de uma operação tal como filtração ou separação centrífuga. Dado que a solução contém péptidos solúveis e sais, para além do mio-inositol e do neo-inositol, purifica-se fazendo passar através de uma coluna de dessalinização ou de uma coluna de carvão activado seguindo-se uma concentração até ao grau em que o mio-inositol precipita (a concentração de mio-inositol deve ser inferior a 21 %). Depois pode-se isolar o cilo-inositol cristalino a ser precipitado, por meio de uma operação tal como filtração ou separação centrífuga. Se necessário, pode-se adicionar um dissolvente orgânico miscivel em água para a cristalização. Exemplos desses dissolventes orgânicos incluem metanol, etanol e propanol.
Entretanto, tal como se descreve aqui a seguir, pode-se separar o cilo-inositol e purificar por um processo que compreende: a adição de ácido bórico e NaCl à solução obtida contendo cilo-inositol, para assim se formar um complexo de cilo-inositol/ácido bórico; a filtração e a separação do complexo; permitindo que o ácido bórico seja libertado utilizando um ácido; e a cristalização do cilo-inositol por meio da adição de um dissolvente orgânico tal como metanol. 4. Processo de produção de cilo-inositol a partir de uma mistura liquida contendo cilo-inositol e açúcares neutros para além do cilo-inositol
Além disso, a presente invenção tem por objecto um processo de produção de cilo-inositol a partir de uma mistura liquida contendo o cilo-inositol e açúcares neutros para além do cilo-inositol. 20 <4-1>
Também se descreve um processo de produção de cilo-inositol purificado, compreendendo: uma primeira etapa de formação de um complexo de cilo-inositol/ácido bórico por adição de ácido bórico e de um sal de metal numa quantidade duas vezes ou mais maior do que a do cilo-inositol dissolvido numa mistura liquida contendo o cilo-inositol e ácidos neutros para além do cilo-inositol e ajustando o pH da mistura liquida para 8,0 até 11,0; uma segunda etapa de separação do complexo a partir da mistura liquida; uma terceira etapa de clivagem no cilo-inositol e no ácido bórico por meio da dissolução do complexo separado um, ácido; e uma quarta etapa de isolamento e purificação do cilo-inositol a partir de uma solução ácida ou de uma suspensão ácida obtida na terceira etapa. A primeira etapa do processo de produção é uma etapa de formação de um complexo de cilo-inositol/ácido bórico por adição de ácido bórico e de um sal de metal numa quantidade duas vezes ou mais do que a do cilo-inositol dissolvido numa mistura liquida contendo o cilo-inositol e ácidos neutros para além do cilo-inositol e ajustando o pH da mistura liquida para 8,0 até 11,0.
Tal como se utiliza aqui, a "mistura liquida contendo o cilo-inositol e açúcares neutros para além do cilo-inositol" pode ser uma solução ou uma suspensão. Além disso, pode ser uma mistura que ainda contenha substâncias para além do "cilo-inositol e de açúcares neutros para além do cilo-inositol" ou pode ser uma mistura que já contém uma pequena quantidade do complexo de cilo-inositol/ácido bórico. Preferencialmente, os açúcares neutros contidos na mistura liquida incluem açúcares neutros tal como tetrose, pentose, 21 hexose e heptose. Exemplos deles incluem: aldose tal como glicose, frutose e galactose; cetose; vários isómeros de inositol; e poliálcoois tais como glicerol e etileno-glicol. Aqui, exemplos de isómeros de inositol incluem: mio-inositol, D-quiro-inositol, L-quiro-inositol, epi-inositol, muco-inositol, alo-inositol, cis-inositol e neo-inositol.
De todos eles é preferível utilizar, particularmente, mio-inositol. Neste caso, a "mistura liquida contendo cilo-inositol e açúcares neutros diferentes de cilo-inositol" inclui, por exemplo, uma mistura liquida contendo cilo-inositol e mio-inositol que se obtém por redução de cilo-inosose tal como se descreve aqui a seguir.
Para a cilo-inosose a ser utilizada para a reacção de redução, pode-se utilizar, por exemplo, a obtida por oxidação de mio-inositol utilizando um microrganismo num meio ou numa solução (JP-A-2003-102492). A cilo-inosose obtida por meio da oxidação microbiana pode ser utilizada dissolvendo a purificada ou um seu filtrado de uma cultura. Entretanto, pode-se utilizar a cilo-inosose preparada por oxidação de mio-inositol utilizando um catalisador de platina. 0 agente de redução a ser utilizado para a redução da cilo-inosose para cilo-inositol não está particularmente limitado desde que seja um agente de redução capaz de reduzir a cilo-inosose para cilo-inositol em água. Exemplos desses agentes incluem boro-hidreto de sódio, boro-hidreto de litio, boro-hidreto de potássio, boro-hidreto de trimetoxi de sódio e boro-hidreto de sódio cianado. A reacção de redução da cilo-inosose pode ser realizada, por exemplo, adicionando um pó ou uma solução de um agente de redução a uma solução contendo a cilo-inosose dissolvida numa 22 ou menos (p/v). Neste momento é concentração de 20 % preferível agitar a solução. O calor da reacção pode gerar falhas na reacção de redução, por isso, preferencialmente, a solução reaccional é preferencialmente controlada para ter uma temperatura de 50 °C ou inferior, de modo a evitar a decomposição da inosose gerada. Além disso, quando se utiliza um agente de redução tal como boro-hidreto de sódio, uma parte do agente de redução pode decompor-se para gerar hidrogénio gasoso. Por isso, preferencialmente adiciona-se um agente anti-espuma ou similar, para reduzir a formação de espuma do hidrogénio gasoso.
Numa mistura líquida de cilo-inositol e mio-inositol obtida a partir da redução da cilo-inosose, o cilo-inositol começa gradualmente a cristalizar quando a sua concentração excede cerca de 1,6 % (p/v) . Geralmente, a redução de 5 % (p/v) da solução de cilo-inosose gera cerca de 3 % (p/v) do mio-inositol e cerca de 2 % (p/v) do cilo-inositol. Contudo, quando se deixa a solução à temperatura ambiente durante várias horas, cerca de 0,4 % de uma parte sobre-saturada do cilo-inositol começa a cristalizar. Por isso, quando se utiliza a mistura líquida do cilo-inositol e de mio-inositol, obtida da redução de cilo-inosose, a etapa de formação de um complexo de cilo-inositol/ácido bórico é preferencialmente realizada antes de se gerar o próprio cristal de cilo-inositol. A etapa de formação um complexo de cilo- inositol/ácido bórico é preferencialmente realizada imediatamente depois da reacção de redução da cilo-inosose. A primeira etapa realiza-se por adição de ácido bórico e sais de metal a uma "mistura líquida contendo cilo-inositol e açúcares neutros para além do cilo-inositol", tal como a "mistura líquida contendo cilo-inositol e mio-inositol" descrita antes, numa quantidade, em moles, duas ou mais vezes 23 maior, preferencialmente duas ou mais vezes em moles mas três vezes ou menos moles do que a de cilo-inositol dissolvido na mistura liquida, respectivamente e depois dissolvem-se, ajustando a mistura liquida para ser alcalina a pH de 8,0 a 11,0, preferencialmente a pH de 9,0 a 10,0. A expressão "duas vezes o número de moles" tal como se utiliza aqui refere-se a um número de moles em duplicado. O pH da solução de reacção pode ser ajustado utilizando uma base tal como NaOH, KOH, Na2C03 ou K2CO3.
Aqui, OS exemplos de sais de metal que se podem adicionar incluem um ou mais tipos de sais de metal seleccionados no grupo < que consiste em NaCl, NaHCOs, Na2C03, Nâ2S04/ NaHSCU, , NaH2P04, Na2HP04, Na3PC>4, , borax, KC1, KHCO3, K2CO3, K2SO4, KHSO4, KH2PO4, K2HPO4, K3PO4, MgCl2, MgC03 e MgS04. A quantidade de ácido bórico a ser adicionada ou a quantidade de ácido bórico, se a mistura liquida já contiver ácido bórico, é de duas vezes ou mais moles, preferencialmente duas ou mais vezes mas três vezes ou menos moles do que o cilo-inositol dissolvido. A primeira etapa realiza-se, preferencialmente, com agitação para dissolver eficientemente o ácido bórico e os sais de metal na mistura liquida e tornando a solução homogénea depois do ajustamento do pH. A etapa realiza-se, preferencialmente a uma temperatura variando de 5 °C a 85 °C, preferencialmente 15 a 40 °C. O tempo necessário para a etapa não está particularmente limitado desde que se forma a quantidade requerida do complexo de cilo-inositol/ácido bórico, contudo, são preferíveis 12 a 76 horas de modo a recolhê-lo com um rendimento de 90 % ou mais. A maior parte do complexo de cilo-inositol/ácido bórico existe sob a forma de um precipitado na mistura líquida dado 24 que tem uma solubilidade em água de 0,01 % (p/v) ou menos, conforme confirmado por RMN. Na segunda etapa, separa-se o complexo de cilo-inositol/ácido bórico da mistura liquida. Pode-se aplicar à etapa uma operação geral de separação de sólidos, por exemplo, uma operação de filtração ou uma operação de separação por centrifugação. O cilo-inositol deixado na mistura liquida donde se tinha separado o complexo de cilo-inositol/ácido bórico por meio da etapa anterior tinha uma concentração de 0,2 % (p/v) ou menos. Por isso, pode-se recolher a maior parte de cilo-inositol da mistura liquida antes de se iniciar a reacção, sob a forma de um complexo de cilo-inositol/ácido bórico. Entretanto, os açúcares neutros tal como mio-inositol existem em estado dissolvido na solução. Por isso, os açúcares neutros existem num filtrado, após a operação de filtração e assim os açúcares neutros e o cilo-inositol podem ser separados por meio desta etapa.
Pode-se secar o complexo de cilo-inositol/ácido bórico separado e isolá-lo sob a forma de um pó. Se necessário, pode-se isolar sob a forma de um cristal, por meio de recristalização utilizando água quente.
Em seguida, a terceira etapa envolve a dissolução num ácido do complexo de cilo-inositol/ácido bórico separado. A dissolução cliva o complexo de cilo-inositol/ácido bórico em cilo-inositol e ácido bórico e os iões de metal ligados ao complexo também se dissociam na solução. O tipo de ácido a ser utilizado para a dissolução na etapa não está particularmente limitado desde que dissolva o complexo, contudo, é desejável um ácido que não forme um sal com uma solubilidade baixa consoante o tipo de ião de metal desejado. Preferencialmente, pode-se utilizar ácidos inorgânicos tal como ácido clorídrico, ácido sulfúrico, ácido nítrico e ácido 25 fosfórico, sendo preferível o ácido clorídrico. Dado que cada um desses ácidos dá origem a uma reacção de neutralização com os iões de metal gerados pela dissolução, é preferível fazer um ajustamento de modo que a solução contendo o complexo de cilo-inositol/ácido bórico se torne finalmente numa solução ácida 0,1 N ou mais. Também para se dissolver eficientemente o complexo de cilo-inositol/ácido bórico, dissolve-se preferencialmente o complexo com um ácido 1 N ou superior para finalmente se obter uma solução ácida 0,1 N ou superior. A quarta etapa envolve o isolamento e a purificação do cilo-inositol a partir da solução ácida ou da suspensão ácida obtida na terceira etapa. O processo de isolamento e purificação do cilo-inositol a partir da solução ácida não está particularmente limitado. Contudo, pode-se utilizar, por exemplo, um processo que compreende a utilização de uma resina tal como uma resina permutadora de iões tal como se descreve aqui a seguir ou um processo que utilize a diferença de solubilidade num dissolvente orgânico.
Ainda se pode utilizar um processo que compreende uma destilação em vácuo como um éster de um álcool inferior e ácido bórico por meio da adição de um álcool inferior depois da libertação do ácido bórico (Journal of Organic Chemistry, vol. 23, p.329-330, 1958).
De entre esses processos, o processo de isolamento e purificação do cilo-inositol utilizando uma resina permutadora de iões pode realizar-se como se segue. Neste caso, a solução obtida na terceira etapa é preferencialmente uma solução ácida 0,1 N ou superior na qual o complexo se dissolve completamente. Também a solução ácida prepara-se preferencialmente por adição de um ácido numa quantidade tal que a relação do complexo de cilo-inositol/ácido bórico passe 26 a ser de 2,5 % (p/v) ou menos, de modo a não precipitar o cilo-inositol livre.
Em primeiro lugar, essa solução ácida é posta em contacto com uma resina permutadora de iões de ácido forte para assim remover os iões de metal. A resina permutadora de iões de ácido forte a ser utilizada não está particularmente limitada desde que adsorva os iões de metal e um exemplo dela inclui uma resina permutadora de iões com um grupo sulfato. Um exemplo disso inclui Duolite do tipo C20 H+ (fabricada pela Sumitomo Chemical Co., Ltd.). 0 contacto pode ser realizado por meio de uma operação que compreende a adição em lotes da resina permutadora de iões de ácidos fortes numa dada quantidade da solução seguida de agitação. Contudo, é preferível que a solução passe através de uma resina permutadora de iões de ácidos fortes numa coluna.
Em seguida, a solução donde se retiram os iões de metal, por meio de uma resina permutadora de iões de ácidos fortes é posta em contacto com uma resina permutadora de iões de bases fortes ou uma resina que adsorva ácido bórico de modo a eliminar o ácido bórico. Essas resinas não estão particularmente limitadas desde que adsorvam ácido bórico. Um exemplo da resina permutadora de iões de bases fortes inclui uma resina com um grupo de amónio quaternário e um exemplo de uma resina que adsorva ácido bórico inclui uma resina que inclui uma resina com um grupo N-metilglucamina. Um exemplo específico de uma resina permutadora de iões de bases fortes inclui Duolite A 116 do tipo 0H‘ (fabricada pela Sumitomo Chemical Co., Ltd.). Um exemplo específico da resina que adsorve ácido bórico inclui Duolite ES371N (fabricada pela Sumitomo Chemical Co., Ltd.). 0 contacto pode ser realizado por meio de uma operação que compreende a adição em lotes da resina permutadora de iões numa dada quantidade da solução 27 seguida de agitação. Contudo, é preferível que a solução seja adicionada à resina permutadora de iões carregada numa coluna. A ordem das resinas com as quais a solução contacta não é aleatória porque o ácido bórico e o cilo-inositol se dissociam um do outro no estado ácido. As soluções contactam com a resina permutadora de iões de ácidos fortes e a resina que adsorve o ácido bórico, por esta ordem.
Uma solução da qual os iões de metal e o ácido bórico tenham sido eliminados por meio do contacto com essas resinas contém apenas cilo-inositol, isto é, um açúcar neutro. Por isso, concentrando a solução utilizando um processo geral para precipitar o cilo-inositol, pode-se isolar um cristal ou um pó do cilo-inositol purificado.
Além disso, na quarta etapa, no caso em que se isola e purifica o cilo-inositol, utilizando a diferença de solubilidade num dissolvente orgânico, pode realizar-se como se segue. Neste processo, uma solução obtida pela dissolução com o ácido utilizado na terceira etapa pode ser uma solução ou uma suspensão dissolvida porque a operação de purificação, utilizando as resinas permutadoras de iões ou similar, não se realiza até à adição do dissolvente orgânico depois da dissolução. Na terceira etapa, para facilitar que o cilo-inositol precipite depois da dissolução, adiciona-se preferencialmente o ácido numa quantidade tal que a relação do complexo de cilo-inositol/ácido bórico é de 2,5 % (p/v) ou mais preferencialmente de 3,0 % a 10 % (p/v), mais preferencialmente de 4,0 % a 6,0 % (p/v).
Primeiro, adiciona-se um dissolvente orgânico solúvel em água à solução ou à suspensão ácida obtida para permitir que 28 o cilo-inositol livre precipite. 0 dissolvente orgânico a ser utilizado não está particularmente limitado desde que seja um dissolvente que permita que o cilo-inositol a ser precipitado enquanto o ácido bórico se dissolve e os sais de metal que consistem em ácido e sal estejam dissolvidos. Exemplos desse dissolvente orgânico incluem etanol e metanol. A quantidade de dissolvente orgânico é a seguinte: quando se utiliza etanol, adiciona-se preferencialmente o etanol numa quantidade de 0,3 a 3 vezes superior, mais preferencialmente 0,6 a 1,5 vezes superior à da solução ácida. Quando se utiliza metanol, adiciona-se preferencialmente o metanol numa quantidade 0,3 a 5 vezes maior, mais preferencialmente 0,9 a 2 vezes maior do que a da solução ácida. Em particular, o dissolvente orgânico é adicionada eficientemente na quantidade anterior quando o sal de metal a ser utilizado para formar o complexo de cilo-inositol/ácido bórico é um ou mais dos sais de NaCl, NaHC03 e Na2CC>3. Além disso, a mistura liquida adicionada com o dissolvente aquoso orgânico é preferencialmente uma solução ácida de 0,1 N ou mais.
Na quarta etapa, quando a mistura é uma solução homogénea, não é necessária agitação, mas quando a mistura é uma suspensão, é preferível realizar uma agitação. A temperatura da mistura não está particularmente limitada desde que seja a temperatura à qual apenas o cilo-inositol precipita, contudo é preferível uma temperatura de -10 °C a 50 °C e ainda mais preferível uma temperatura de 4 °C a 35 °C. O tempo de mistura é preferencialmente de 10 minutos a 24 horas, mais preferencialmente 3 a 5 horas.
Essa operação permite que precipite apenas o cilo-inositol. O precipitado de cilo-inositol pode ser separado da 29 solução por meio de filtração ou de uma operação geral de separação de sólido-liquido tal como uma operação de centrifugação. 0 cilo-inositol assim obtido é puro, contudo, se necessário. 0 cilo-inositol pode obter-se sob a forma de um cristal por meio de um processo tal como recristalização. 0 cilo-inositol precipitado pode ainda ser purificado utilizando uma resina permutadora de iões ou similar, depois de ter sido dissolvido em água, para assim aumentar a sua pureza.
Exemplos
Daqui para a frente, a presente invenção será descrita especificamente com referência aos exemplos.
Exemplo 1 <Processo de produção de cilo-inositol (a uma escala pequena)>
Ajustou-se 3 L de um meio liquido contendo 10,0 % de mio-inositol, 1,0 % de extracto de levedura e 1,0 % de sacarose para pH 7,0 com NaOH IN e distribui-se o meio por aliquotas de 100 ml em 30 peças de frascos cónicos com um volume de 500 ml e espaçados, seguido da esterilização utilizando uma autoclave. Inoculou-se, num aro de platina, uma estirpe AB 10281 (FERM BP-10119) de Acetobacter sp. de uma cultura modificada em cada um dos frascos cónicos e fez-se a cultura do microrganismo a 27 °C durante 5 dias num agitador rotativo. Depois da cultura, adicionou-se 250 ml de água a cada um dos frascos cónicos e agitou-se a mistura durante 1 hora num agitador rotativo para dissolver o cilo-inositol gerado na solução da cultura. Recolheu-se a solução da cultura e centrifugou-se (8.000 rpm 20 minutos) e o 30 sobrenadante obtido foi definido como uma solução do sobrenadante da cultura (10,2 L). A solução do sobrenadante da cultura foi analisada por cromatografia liquida de alta resolução nas condições que se seguem. O resultado revelou que se gerou 12,6 mg/ml (129 g, taxa de conversão de 43 %) de cilo-inositol na solução do sobrenadante da cultura. Na solução do sobrenadante da cultura, permaneceram 2,1 mg/ml de cilo-inosose, enquanto não se detectou mio-inositol.
As condições de análise da cromatografia liquida de alta resolução foram as que se seguem.
Coluna: Wakosil 5NH2 (4,6 χ 250 mm)
Temperatura da coluna: 40 °C
Detector: DETECTOR de RI ERC-7515 A (ERMA CR.INC.)
Volume de injecção: 5 μΐ
Dissolvente: Acetonitrilo-Água = 4:1
Velocidade de fluxo: 2 ml/min
Tempo de diluição: Cilo-inosose; 11,6 minutos
Mio-inositol; 17,8 minutos
Cilo-inositol; 18,2 minutos A taxa de conversão do cilo-inositol descrita antes foi calculada por meio da equação seguinte.
Taxa de conversão em % = {Número de moles de cilo-inositol em sobrenadante da cultura) / Número de moles de mio-inositol antes da cultura)} x 100
Em seguida, fez-se passar a solução do sobrenadante da cultura através de uma coluna formada ligando a coluna (diâmetro interno de 5 cm, comprimento de 40 cm) cheia com 500 ml de uma resina de permuta catiónica de um ácido forte, Duolite (marca registada) C-20 (do tipo H+) (fabricada pela 31
Sumitomo Chemical Co., Ltd.) com uma coluna (diâmetro interno de 5 cm, comprimento de 16 cm) cheia com 200 ml de carvão activado e depois fez-se passar 500 ml da água permutada com iões através da coluna para a lavar. Fez-se então passar a solução que fluiu através da coluna e a solução de lavagem através de uma coluna (diâmetro interno de 7 cm, comprimento de 40 cm) cheia com 1.000 ml de uma resina de permuta aniónica de uma base forte, Duolite (marca registada) A116 (do tipo OH-) (fabricada pela Sumitomo Chemical Co., Ltd.) e depois fez-se passar 1.000 ml de água permutada com iões através da coluna para a lavar. Verificou-se que a solução, que se obteve depois de ter fluido através da coluna e a solução da lavagem com água, incluíam várias impurezas para além do cilo-inositol descrito antes.
Concentrou-se a solução obtida antes para cerca de 700 ml a pressão reduzida e adicionou-se-lhe 3 vezes o volume de etanol. Depois, deixou-se a mistura em repouso a 5 °C durante a noite e filtraram-se os cristais incolores de cilo-inositol puro resultantes e secaram-se para se obter 118 g de cilo-inositol. A purificação originou uma recuperação com um rendimento de 92 % e a taxa de recuperação total de cilo-inositol a partir de mio-inositol foi de 39 %.
Exemplo 2 <Processo de produção de cilo-inositol (em grande escala)>
Verteu-se 40 L de um meio líquido contendo 10,0 % de mio-inositol, 1,0 % de extracto de levedura e 1,0 % de sacarose num frasco fermentador de 50-L e ajustou-se para um pH de 7,0 com NaOH IN, seguido de esterilização utilizando uma autoclave. Inoculou-se 400 ml de AB 10281 (FERM BP-10119) de Acetobacter sp. que tinha estado em cultura num meio com a 32 mesma composição (frasco cónico) e fez-se uma cultura a 27 °C durante 5 dias a uma taxa de aeração de 1 vvm e uma agitação de 200 rpm. Depois da cultura, adicionou-se 60 L de água quente (cerca de 50 °C) até cerca de 40 L da solução de cultura recolhida e agitou-se a mistura durante 1 hora para dissolver o cilo-inositol cristalino que tinha estado presente na solução de cultura. A solução de cultura foi submetida a uma centrifugação continua (8.000 rpm) para eliminar as células e definiu-se a solução resultante como uma solução da qual se tinha eliminado o microrganismo da cultura (cerca de 100 L). A solução da qual se tinha eliminado o microrganismo da cultura foi analisada por cromatografia liquida de alta resolução. O resultado revelou que se gerou 16,8 mg/ml (1,68 kg, taxa de conversão de 42 %) de cilo-inositol na solução da qual se tinha eliminado o microrganismo da cultura. Na solução da qual se tinha eliminado o microrganismo da cultura, permaneceram 2,9 mg/ml de cilo-inosose, enquanto não se detectou mio-inositol. As condições de análise para a cromatografia líquida de alta resolução foram as mesmas do exemplo 1.
Em seguida, adicionou-se 400 g de hidróxido de sódio a 100 L da solução obtida e aqueceu-se a mistura com agitação a 98 °C durante 1 hora. Em seguida, adicionou-se 560 g de hidróxido de sódio, 1.340 g de ácido bórico e 1.260 g de NaCl e dissolveu-se enquanto a mistura estava quente. Depois de se parar a agitação, retirou-se o aquecimento da solução e deixou-se a solução em repouso até a temperatura atingir 23 °C (cerca de 24 horas).
Em seguida, filtrou-se a solução para isolar os cristais de um complexo de cilo-inositol/ácido bórico formado no 33 líquido e lavaram-se os cristais com água até eles se tornarem brancos. Os cristais resultantes (cerca de 3,9 kg) foram retirados para um recipiente e adicionou-se-lhe 5,9 L de água e 1,95 L de ácido clorídrico a 37 %, seguido de agitação 30 minutos mais tarde, para precipitar o cilo-inosito que se tina libertado do ácido bórico, por meio desse processo, adicionou-se 9,4 L de metanol e depois agitou-se a mistura durante 1 hora.
Em seguida, filtrou-se a solução para isolar o cilo-inositol cristalizado no líquido e lavaram-se os cristais com 1 L de metanol a 50 %. Passaram-se os cristais de pó fino resultantes (cerca de 1,8 kg) para outro recipiente e adicionou-se 10 L de água, seguida de aquecimento até à ebulição com agitação durante 1 hora. Depois, arrefeceu-se a solução para 20 °C com agitação e depois filtrou-se para se obter assim cristais finos de cilo-inositol. Depois da secagem, obteve-se 1,35 kg de cristais incolores de cilo-inositol puro. A purificação originou uma recuperação com um rendimento de 80 % e a taxa de recuperação total de cilo- inositol a partir de mio-inositol foi de 34 %.
Exemplo 3 <Identificação de microrganismos produzindo cilo-inositol com base na sequência de nucleótidos do ARN de 16Sr>
As sequências de nucleótidos do ARN de 16Sr foram analisadas para 4 estirpes microbianas consistindo em 3 estirpes naturais isoladas, AB 10285, AB 10286 e AB 10287, tendo cada uma delas a capacidade de converter mio-inositol em cilo-inositol e AB10281 obtida a partir de AB 10253, de acordo com o processo convencional. Mais especificamente, extraiu-se um ADN genómico a partir das células de cultura e 34 depois prepararam-se os correspondentes fragmentos de ADN por meio de RCP utilizando iniciadores que foram concebidos de modo a amplificar cerca de 1,6 kpb do ARN de 16Sr, seguida de análise de cerca de 1,3 kpb de sequências (Hokkaido System Science Co., Ltd.)· Os resultados das sequências foram rastreados comparando com a base de dados para identificar espécies relacionadas. 0 quadro 2 mostra os resultados da pesquisa, as homologias e as taxas de conversão de cilo-inositol na cultura de microrganismos, da mesma maneira que no exemplo 1.
Identificação de estirpes microbianas por meio da análise da sequência de nucleótidos do ARN de 16Sr
Quadro 2
Nome da Nome dos microrganismos identificados Homologia Taxa de conversão estirpe AB 102 81 Acetobacter cerevisiae, Acetobacter malorum 99,93% 40,0% AB10285 Acetobacter cerevisiae, Acetobacter malorum 99,78% 4,5% AB10286 Burkholderia andropogonis 98,12% 2, 6% AB10287 Burkholderia andropogonis 98,04% 1,4%
Os resultados revelaram que as 4 estirpes microbianas, cada uma delas com a capacidade de converter mio-inositol em cilo-inositol, podem ser de um modo geral divididas em 2 grupos. No primeiro grupo, identificou-se AB 10281 e AB 10285 como Acetobacter cerevisiae ou Acetobacter malorum, enquanto no segundo grupo, identificou-se AB 10286 e AB 10287 como Burkholderia andropogonis.
Exemplo 4 35 <Isolamento de mio-inositol 2-desidrogenase, independente de NAD+, a partir de AB10253 de Acetobacter sp.
Adicionou-se 3 g de mio-inositol, 1 g de extracto de levedura (FNI205: fabricado pela Lallemand BI) e 0,5 g de glicose a frascos cónicos de 50 ml, espaçados e dissolveu-se com água de modo a que a mistura tenha um volume de 100 ml e ajustou-se o pH da solução para pH 5,0, seguido de esterilização utilizando numa autoclave. De acordo com esses processos, preparam-se 4 peças dos frascos de um meio. Adicionou-se AB10253 de Acetobacter sp. modificada, num aro de platina, a cada meio e fez-se uma pré-cultura do microrganismo a 27 °C durante 2 dias utilizando um agitador rotativo.
Em seguida, adicionou-se 1,2 kg de mio-inositol, 0,4 kg de extracto de levedura (FNI205: fabricado pela Lallemand BI) e 0,2 kg de glicose a frascos fermentadores de 50 1, espaçados e dissolveu-se com água de modo a que a mistura tivesse um volume de 40 1. Ajustou-se o pH da solução para pH 5,0, seguido dea esterilização utilizando uma autoclave. Adicionou-se-lhe cerca de 400 ml de uma solução microbiana da pré-cultura de AB 10253 de Acetobacter sp. e fez-se uma cultura do microrganismo a 27 °C durante 3 dias a uma taxa de aeração de 1 vvm e a uma agitação de 200 rpm.
Depois da cultura, obtiveram-se as células precipitadas utilizando um centrifugador continuo. Fez-se uma nova suspensão das células obtidas em 2 L de água e as células lavadas foram obtidas por centrifugação e foram suspensas em 2 L de tampão Tris 20 mM (pH 7,0). Em seguida, aplicaram-se ondas ultra-sónicas à suspensão para romper as células. Centrifugou-se a solução de lise das células para precipitar as células divididas e obtiveram-se as células divididas sob 36
Fez-se uma a forma de precipitados. Fez-se uma suspensão dos precipitados adicionando 500 ml de tampão Tris 20 mM (pH 7,0), 0,6 % de Triton X-100 (fabricado pela Kodak) e extrairam-se as enzimas a 15 °C durante 3 horas. Depois, centrifugou-se a suspensão e retirou-se 420 ml do sobrenadante (solução da enzima impura).
Concentrou-se 420 ml da solução da enzima impura para 150 ml utilizando um ultrafiltro (corte PM 30.000) e fez-se passar a solução concentrada através de uma coluna DEAE Toyopearl de 400 ml com tampão Tris 20 mM (pH 7,0) para adsorver as proteínas. Em seguida, fez-se passar uma solução com um gradiente com uma concentração linear de 0 mM a 500 mM de NaCl em tampão de Tris 20 mM (pH 7,0) não contendo tensioactivo (volume total de 1,6 L) através de uma coluna com proteínas adsorvidas a uma velocidade de 10 ml/min para eluir as proteínas. O produto eluído foi fraccionado em fracções de 40 ml. Em seguida, fez-se passar novamente, através da coluna, 600 ml de tampão de Tris 20 mM (pH 7,0), não contendo tensioactivo, para a lavagem e depois fez-se passar novamente através da coluna uma solução com um gradiente com uma concentração linear de 0 mM a 500 mM de NaCl em tampão de Tris 20 mM (pH 7,0) contendo Triton X-100 a 0,1 % (volume total de 1,6 L) a uma velocidade de 10 ml/min para eluir as proteínas. 0 produto eluído foi fraccionado em fracções de 40 ml. A actividade enzimática de cada fracção foi medida por um processo padrão: isto é, a alteração na densidade óptica, a 600 nm, de 1 ml de uma solução contendo 50 μΐ da solução de proteína, tampão de fosfato 100 mM (pH 5,0), 5 mg de mio-inositol e 0,4 mg de 2,4-dicloroindofenol (DCIP oxidado) foi calculada a uma taxa de reacção e com uma actividade para 37 oxidar 1 ymole de mio-inositol por minuto que foi definida como uma unidade.
Os resultados revelaram que a enzima-alvo foi eluida em fracções de soluções contendo tampão de Tris 20 mM (pH 7,0) contendo 0,1 % de Triton X-100 e NaCl 100 a 170 mM. Em seguida, recolheram-se essas fracções (240 ml) e concentraram-se para 30 ml utilizando um ultrafiltro (corte de PM 30.000) e adicionou-se 100 ml de tampão de Tris 20 mM (pH 7,0) contendo 0,1 % de Triton X-100. Concentrou-se depois a solução para 30 ml e adicionou-se 70 ml de tampão de Tris 20 mM (pH 7,0) à solução concentrada para dessalinização.
Em seguida, a solução assim preparada passou através de uma coluna de 100 ml de hidroxiapatite equilibrada com tampão de Tris 20 mM (pH 7,0) contendo 0,1 % de Triton X-100 para adsorver as proteínas. Em seguida, fez-se passar uma solução com um gradiente de concentração linear de 0 mM a 500 mM de tampão de fosfato (pH 7,0) em tampão de Tris (pH 7,0) contendo 0,1 % de Triton X-100 (volume total de 400 ml) através de uma coluna com proteínas adsorvidas a uma velocidade de 3 ml/min para eluir as proteínas. O produto eluído foi fraccionado em fracções de 10 ml e mediu-se a actividade enzimática de cada fracção.
Os resultados revelaram que a enzima-alvo foi eluida em fracções de soluções contendo tampão de Tris 20 mM (pH 7,0) contendo 0,1 % de Triton X-100 e tampão de fosfato 100 a 170 mM. Verificou-se que a solução de enzima assim obtida continha mio-inositol 2-desidrogenase quase pura, independente de NAD+. Em seguida, recolheram-se essas fracções (40 ml) e concentraram-se para 5 ml utilizando um ultrafiltro (corte de PM 30.000) e adicionou-se 100 ml de 38 tampão de Tris 20 mM (pH 7,0). A solução foi depois concentrada para 5 ml, seguida de dessalinização. A solução concentrada assim preparada passou novamente através de uma coluna de Toyopearl com 20 ml de DEAE (fabricada pela Tosoh Corporation) equilibrada com tampão de Tris 20 mM (pH 7,0) contendo 0,1 % de Triton X-100 para adsorver as proteínas. Em seguida, fez-se passar uma solução com um gradiente de concentração linear de 50 mM a 250 mM de NaCl em tampão de Tris 20 mM (pH 7,0) contendo 0,1 % de Triton X-100 (volume total de 160 mL) através de uma coluna com proteínas adsorvidas a uma velocidade de 1 ml/min para eluir as proteínas. O produto eluído foi fraccionado em fracções de 4 ml. Depois do fraccionamento, mediu-se a actividade enzimática de cada fracção e submeteu-se cada fracção com actividade a uma electroforese com SDS.
Como resultado, a electroforese com SDS revelou as bandas de proteínas que estão correlacionadas com a actividade enzimática da enzima-alvo. A eliminação das bandas de proteínas derivadas das fracções que não têm actividade revelaram que a enzima-alvo era uma enzima contendo pelo menos proteínas com pesos moleculares de cerca de 76 k Dalton e cerca de 46 k Dalton.
Entretanto, as fracções com actividade enzimática tinham uma cor vermelha e a configuração do espectro UV revelou que as fracções continham o citocromo C. Além disso, o teor da proteína-alvo e a absorvência do citocromo C revelou que 1 mole da enzima-alvo retém 1 mole de citocromo C.
Para a medição do pH óptimo, mediu-se a actividade enzimática enquanto se mudava o tampão e o valor do pH. Como tampão, utilizou-se tampão de fosfato 100 mM (pH 3 a 8), 39 tampão de Tris 100 mM (pH 7 a 8) e tampão de carbonato 100 mM (pH 8 a 11). Os resultados revelaram que a enzima-alvo tem a actividade máxima a pH 4,5 a 5,5. Além disso, para a medição da actividade padrão da enzima (tampão de fosfato 100 mM (pH 5,0)), adicionaram-se vários iões de metal pesado (Sn , Mn , Mg2+, Cu2+, Fe, Zn2+, Co2+, Pb2+, Ca2+, Cd2+ e Ni2+) e revelou-se que a enzima-alvo é especificamente inibida pelo ião Sn2+. A actividade enzimática foi inibida na presença do ião Sn2+ 1 mM até a 1 % ou menos de actividade na ausência do ião Sn2+.
Entretanto, confirmou-se que a enzima-alvo é uma enzima extraída com X-100 a partir de uma fracção da membrana e a enzima extraída oxida o mio-inositol na presença de DCIP reduzido, embora não ocorra nenhuma absorção de oxigénio na ausência de DCIP reduzido. Os factos significam que a enzima está acoplada ao sistema de transporte de electrões da membrana da célula num organismo vivo para evitar que os electrões do mio-inositol gerem cilo-inositol. A especificidade da enzima-alvo para o substrato foi determinada medindo a actividade da enzima numa solução contendo vários açúcares em vez de mio-inositol numa concentração final de 50 mM. Entretanto, mediu-se o valor de Km medindo a actividade da enzima para cada açúcar para o qual esta enzima mostra actividade quando se altera a concentração de açúcar. Além disso, os produtos da reacção de oxidação foram analisados por CLAR para determinar que substâncias foram geradas. A medição foi feita nas condições de CLAR que se seguem: utilizou-se, como coluna, uma coluna Wakosil 5NH2 Φ 4,6 χ 250 mm (temperatura da coluna 40 °C) , acetonitrilo a 80 % como fase móvel (velocidade de fluxo 2 ml/min) e um detector RI como detector. 40
Como resultado, verificou-se que a enzima-alvo reagia com D-quiro-inositol (actividade relativa a 100 %: Km = 8,8 mM), muco-inositol (actividade relativa a 68 %: Km = 14,5 mM) e mio-inositol (actividade relativa a 53 %: Km = 20 mM) para convertê-los em D-quiro-l-inosose, L-quiro-2-inosose e cilo-inosose, respectivamente. Verificou-se que a enzima não reage com alo-inositol, cilo-inositol, L-quiro-inositol e glicose.
Exemplo 5 <Conversão de mio-inositol em cilo-inosose por meio de mio-inositol 2-desidrogenase independente de NAD+>
Do mesmo modo que no exemplo 4, realizou-se a purificação utilizando um fermentador com um recipiente de 40 L e definiu-se como solução da enzima 5 ml de uma solução da enzima obtida por purificação e dessalinização com uma coluna de 100 ml de hidroxiapatite, que se utilizou na reacção de conversão a seguir.
Adicionou-se 30 g de mio-inositol (166,7 mmole) e 15 ml de tampão de fosfato 1 M (pH 5,0) a um tubo de centrifugação de 400 ml e diluiu-se a mistura para 300 ml com água para dissolver o mio-inositol. Adicionou-se, gradualmente, 1 ml de uma solução da enzima a 30 °C e adicionou-se à solução, gradualmente, 8 g de DCIP reduzido (sal de Na) com agitação. Depois do desaparecimento da cor azul derivada do DCIP reduzido, as matérias insolúveis brancas geradas com o desaparecimento da cor azul (DCIP oxidado) precipitaram por centrifugação e transferiu-se o sobrenadante para um novo tubo de centrifugação de 400. Depois, ajustou-se a solução para pH 5,0 com ácido fosfórico 1 N e depois adicionou-se, com agitação, 8 g de DCIP reduzido (sal de Na) . Repetiu-se o processo 6 vezes para se adicionar um total de 48 g de DCIP 41 reduzido (sal de Na) e, no momento em que desapareceu a cor azul, adicionou-se finalmente 3 g de DCIP reduzido (sal de Na). Deixou-se a mistura em repouso durante 1 hora e centrifugou-se e recolheu-se o sobrenadante. Esses processos originaram 292 ml do sobrenadante. Os processos levam 8 horas.
Em seguida, fez-se passar o sobrenadante resultante através de uma coluna cheia com 100 ml de uma resina permutadora de iões de um ácido forte (Duolite C20, do tipo H+) a uma velocidade de fluxo de 1,5 ml/min e fez-se passar o fluido eluido resultante através de uma coluna cheia com 150 ml de uma resina permutadora de iões de uma base fraca (Duolite 368S, do tipo OH”) . Além disso, o produto eluido resultante foi passado através de uma coluna cheia com 50 ml de carvão activado. Concentrou-se o produto eluido, para se obter assim 26,5 g (148,9 mmole) de um pó branco (rendimento de 89 %) . A substância foi analisada por RMN e por CLAR e verificou-se que a substância continha 99 % de cilo-inositol e 1 % de mio-inositol. ~
Exemplo 6 <Rastre±o de AB 10253 de Acetobacter sp. de mutantes à base da actividade de mio-inositol 2-desidrogenase dependente de NAD+>
Esterilizou-se 5 ml de um meio liquido (pH 5,0) contendo 1 % de extracto de levedura (fabricado pela Difco Laboratories) e 0,5 % de glicose, num tubo de ensaio e adicionou-se um aro de platina com AB 10253 de Acetobacter sp. de um "slant", seguida de agitação da cultura a 27 °C durante 16 horas. Retirou-se 2,5 ml de uma solução de cultura para um tubo esterilizado e centrifugou-se a 3.000 x g para 42 recolher as células. Eliminou-se o sobrenadante e suspenderam-se novamente as células em 2,5 ml de uma solução de tampão de fosfato 200 mM (pH 8,0), seguida de centrifugação a 3.000 x g para recolher as células. Eliminou-se o sobrenadante e suspenderam-se novamente as células em 2,5 ml de uma solução de tampão de fosfato 200 mM (pH 8,0). Verteu-se 2,0 ml da suspensão num frasco cónico esterilizado de 100 ml e adicionou-se 0,5 ml de uma solução a 40 % de glicose e 7,5 ml de tampão de fosfato 200 mM (pH 8,0) e misturou-se. Adicionou-se à mistura 20 μΐ de metano-sulfonato de etilo e agitou-se a cultura a 30 °C durante 45 minutos. Depois do tratamento, retirou-se 1 ml da mistura para um tubo esterilizado e centrifugou-se a 3.000 x g para recolher as células. Eliminou-se o sobrenadante e suspenderam-se novamente as células em 2,5 ml de tampão de fosfato 200 mM (pH 7,0), a que se seguiu uma centrifugação a 3.000 x g para recolher as células. Eliminou-se o sobrenadante e suspenderam-se novamente as células em 2,5 ml de tampão de fosfato 200 mM (pH 7,0), para assim se obter uma solução contendo um microrganismo tratado com uma mutação.
Em seguida, a estirpe AB 10253 de Acetobacter sp. tratada com uma mutação foi inoculada espalhando 0,12 ml da solução contendo o microrganismo tratado com uma mutação em meio de agar preparado por solidificação de um meio esterilizado (pH 5,0) contendo 3 % de mio-inositol, 1 % de extracto de levedura (fabricado pela Difco Laboratories), 0,5 % de glicose e 1,5 % de agar num prato de 9 cm e realizou-se a cultura a 27 °C durante 2 dias. Esses processos reduziram a contagem viável até cerca de 1,6 %. Entretanto, formaram-se cerca de 95 a 125 de colónias por cada prato.
Depois da cultura, verteu-se lentamente, sobre as colónias formadas nos pratos de 9 cm, 10 ml de uma solução 43 viscosa que tinha sido preparada por esterilização com filtração de uma solução com uma composição de tampão de fosfato 100 mM, 1 % de mio-inositol e 0,4 % de DCIP oxidado e adicionou-se um volume igual de uma solução de agar a 1 % esterilizada numa autoclave enquanto estava quente, seguida de arrefecimento para 36 °C de modo a inibir a solidificação do agar. O meio de agar que tinha sido submetido a esses tratamentos foi lentamente arrefecido para 27 °C para solidificar e foi posto em camadas sobre as colónias formadas nos pratos de 9 cm.
Depois do tratamento, incubou-se o prato a 27 °C e depois observou-se que a cor azul do DCIP oxidado que tinha sido espalhado sobre o meio de agar começava gradualmente a tornar-se transparente apenas à volta das colónias, consoante o grau de actividade de mio-inositol 2-desidrogenase independente de NAD+. Nesse momento, as colónias nessa posição em que a cor se tornava mais rapidamente transparente foram raspadas por meio de uma agulha esterilizada e postas numa subcultura em meio fresco. Todas as 2.154 colónias foram submetidas a uma selecção primária, para assim se obter 22 estirpes com uma forte actividade de mio-inositol 2-desidrogenase independente de NAD+.
Em seguida, para a selecção secundária, inocularam-se individualmente as 22 estirpes da bactéria assim obtidas que formaram colónias com 5 ml de um meio liquido esterilizado (pH 5,0) contendo 3 % de mio-inositol, 1 % de extracto de levedura (fabricado pela Difco Laboratories) e 0,5 % de glicose num tubo de ensaio. Agitou-se a cultura a 27 °C durante 3 dias e depois retirou-se 1 ml da solução da cultura para um tubo de ensaio, seguido de centrifugação a 3.000 x g para recolher as células. Eliminou-se o sobrenadante e adicionou-se 1 ml de uma solução contendo 10 % de mio- 44 inositol, tampão de fosfato 50 mM (pH 5,0) ao tubo de ensaio contendo as células, seguido de agitação da cultura a 27 °C durante 4 horas. Depois, realizou-se a centrifugação a 16.000 x g e mediu-se a taxa de conversão de mio-inositol em cilo-inosose no sobrenadante por meio de CLAR. Por outro lado, retirou-se 0,5 ml da solução de cultura (5 ml) para um tubo esterilizado e centrifugou-se a 3.000 x g e eliminou-se o sobrenadante. Lavaram-se com água as células obtidas como precipitados e mediu-se a actividade de mio-inositol 2-desidrogenase independente de NAD+.
Como resultado, em 3 estirpes (estirpe No. E6-55, H2-68 e B7-14) das 22 estirpes mutantes, a actividade de mio-inositol 2-desidrogenase independente de NAD+ aumentou 1,3 vezes ou mais depois da mutação e a actividade aumentou 1,6 vezes, 2,2 vezes e 2,8 vezes respectivamente. Entretanto, a taxa de conversão de mio-inositol em cilo-inosose aumentou 1,1 vezes, 1,4 vezes e 1,5 vezes respectivamente e a taxa de conversão de mio-inositol em cilo-inosose das estirpes tendo uma actividade de mio-inositol 2-desidrogenase independente de NAD+, de l,3vezes ou menos, foi igual à do microrganismo antes da mutação. Os resultados revelaram que o rastreio com base na actividade de mio-inositol 2-desidrogenase independente de NAD+ está correlacionado com o aumento da taxa de conversão de mio-inositol em cilo-inosose.
Exemplo 7 <Produção de cilo-inosose por conversão de mio-inositol em cilo-inosose utilizando a estirpe mutante (B7-14)>
Adicionou-se 10 g de mio-inositol, 1 g de extracto de levedura (FNI205: fabricado pela Lallemand BI) e 0,5 g de gi icose a frascos cónicos de 500 ml, espaçados e dissolveu-se 45 com água de modo a que a mistura tivesse um volume de 100 ml e ajustou-se o pH da solução para pH 5,0, seguido da esterilização utilizando numa autoclave. De acordo com esses processos, prepararam-se 20 frascos de um meio (correspondendo a 2 L: mio-inositol 200 g (1,11 mmole)). Adicionou-se um aro de platina com uma estirpe mutante (B7-14) de um "slant", a cada meio e fez-se a cultura da bactéria a 27 °C durante 3 dias utilizando um agitador rotativo.
Depois da cultura, centrifugou-se a solução da cultura e fez-se passar o sobrenadante resultante através de uma coluna cheia com 500 ml de uma resina permutadora de iões de ácido forte (Duolite C20, do tipo H+) a uma velocidade de fluxo de 10 ml/min. 0 produto eluido obtido passou através de uma coluna cheia com 900 ml de uma resina permutadora de iões de base fraca (Duolite 368S, do tipo OH“) e fez-se passar o produto eluido resultante, novamente, através de uma coluna cheia com 50 ml de carvão activado. Concentrou-se o produto eluido resultante, para se obter 162 g (0,91 mmole) de um pó branco (rendimento de 82 %) . A substância foi analisada por RMN e CLAR e verificou-se que a substância continha 91 % de cilo-inosose, 3 % de mio-inositol e 6 % de cilo-inositol (cilo-inosose com uma pureza de 91 %) .
Exemplo 8 <Produção de cilo-inosose por conversão e redução química de mio-inositol em cilo-inosose utilizando a estirpe mutante (B7-14)>
Adicionou-se 10 g de mio-inositol, 1 g de extracto de levedura (FNI205: fabricado pela Lallemand BI) e 0,5 g de glicose a frascos cónicos de 500 ml, espaçados e dissolveu-se com água de modo a que a mistura tivesse um volume de 100 ml 46 e ajustou-se o pH da solução para pH 5,0, seguido da esterilização utilizando numa autoclave. De acordo com esses processos, prepararam-se 20 frascos de um meio (correspondendo a 2 L: mio-inositol 200 g (1,11 mmole)). Adicionou-se um aro de platina com uma estirpe mutante (B7-14) de um "slant", a cada meio e fez-se a cultura da bactéria a 27 °C durante 3 dias utilizando um agitador rotativo.
Depois da cultura, centrifugou-se a solução da cultura a 8.000 x g e ajustou-se o pH dos 2 L do sobrenadante resultante para pH 7,5 com uma solução 5N de NaOH. Adicionou-se 9,2 g de NaBH4 à solução com agitação para se realizar uma reacção de redução. A temperatura da solução de reacção subiu para 37 °C por meio do aquecimento da mistura reaccional. 30 Minutos mais tarde, apareceu gradualmente o material insolúvel e adicionou-se 1,2 L de água para dissolver quase toda a matéria insolúvel gerada. Filtrou-se a solução para eliminar o material insolúvel e fez-se passar o filtrado através de uma coluna cheia com 500 ml de uma resina permutadora de iões de ácido forte (Duolite C20, do tipo H+) a uma velocidade de fluxo de 10 ml/min. 0 produto eluído obtido passou através de uma coluna cheia com 900 ml de uma resina permutadora de iões de base forte (Duolite A 116, do tipo OH“) e fez-se passar o produto eluido resultante, novamente, através de uma coluna cheia com 300 ml de carvão activado. Concentrou-se o produto eluido, para se obter 145 g de um pó branco. A substância foi analisada por CLAR e verificou-se que a substância continha 36 % de cilo-inositol e 64 % de mio-inositol.
Fez-se uma suspensão do pó branco resultante em água de modo a ter um de 470 ml e aqueceu-se a suspensão até 70 °C para dissolver cuidadosamente o mio-inositol. Arrefeceu-se a suspensão para 30 °C com agitação e filtrou-se a solução 47 branca para recolher a matéria insolúvel. Lavou-se o material insolúvel com uma pequena quantidade de áqua e secou-se para assim se obter assim 44,2 q de um pó. A substância foi analisada por CLAR e verificou-se que a substância continha 98 % de cilo-inositol e 2 % de mio-inositol. Depois, adicionou-se 700 ml de água ao pó resultante e aqueceu-se a mistura para 85 °C para dissolver todos eles. Arrefeceu-se gradualmente a mistura para 30 °C com agitação e adicionou-se 700 ml de etanol. Deixou-se a mistura em repouso durante a noite à temperatura ambiente e depois recolheram-se os cristais resultantes por filtração e secaram-se para se obter 40,1 g (222,8 mmole) de cristais (rendimento de 20 %) . Os cristais foram analisados por RMN e CLAR e verificou-se que a substância obtida era cilo-inositol com uma pureza de 99,9 % ou mais.
Exemplo 9 <Purificação de cilo-inositol desidrogenase produzida por AB10281 FERM BP-10119 de Acetobacter sp.>
Ajustou-se 3 L de um meio liquido contendo 10,0 % de mio-inositol, 1,0 % de extracto de levedura e 1,0 % de sacarose para pH 7,0 com NaOH IN e distribui-se o meio por aliquotas de 100 ml em 30 peças de frascos cónicos com um volume de 500 ml e espaçados, seguido da esterilização utilizando uma autoclave. Inoculou-se, num aro de platina, uma estirpe AB 10281 FERM BP-10119 de Acetobacter sp. de uma cultura inclinada e em cada frasco cónico fez-se uma cultura do microrganismo a 27 °C durante 5 dias utilizando um agitador rotativo (180 rpm) . Depois da cultura, adicionou-se 250 ml de água a cada um dos frascos cónicos e agitou-se a mistura durante 1 hora utilizando um agitador rotativo para dissolver o cilo-inositol que estava presente na solução da 48 cultura. A solução da cultura foi recolhida e centrifugada (8.000 peso húmido 75 g).
As células foram novamente suspensas em 300 ml de água e foram divididas por ondas ultra-sónicas a 10 °C ou menos. A solução da lise indicou um pH de 4,8 e ajustou-se o pH da solução para pH 7,0 com NaOH IN. Depois, centrifugou-se a solução (16.000 rpm, 20 minutos) para separar o sobrenadante. Em seguida, adicionou-se MgS04 de modo que o sobrenadante contivesse Mg2+ 2 mM e carregou-se a solução numa coluna Blue-Toyopearl (fabricada pela Tosoh Corporation: 20 ml) Depois, fez-se passar, através de uma coluna, 50 ml de tampão Tris 20 mM (pH 7,0) complementado com Mg2+ 2 mM para lavá-la. Depois, fez-se passar, através de uma coluna, 50 ml de tampão Tris 20 mM (pH 7,0) complementado com KC1 1 M para eluir as proteínas adsorvidas. Em seguida, concentrou-se o produto eluído utilizando um ultrafiltro (corte a PM 30.000) e adicionou-se 50 ml de tampão de Tris 20 mM (a pH 7,0) à solução concentrada, seguida novamente de concentração, para se obter uma solução concentrada dessalinizada. Em seguida, carregou-se a solução concentrada dessalinizada numa coluna de DEAE Toyopearl (Tosoh Corporation: 20 ml) e realizou-se a eluição com uma solução com um gradiente de concentração linear de NaCl de 0 mM a 500 mM em tampão de Tris 20 mM (pH 7,0) . Depois o produto eluído foi fraccionado em fracções. Mediu-se a actividade de cilo-inositol desidrogenase de cada uma das soluções fraccionadas e verificou-se que tinham actividade três fracções, uma fracção não adsorvida (SIDH1), uma fracção eluída com NaCl 200 mM (SIDH2) e uma fracção eluída com 300 mM (SIDH3).
Mediu-se a actividade como se segue: misturou-se 5 μΐ de uma solução reaccional (tampão de Tris 200 mM (pH 8,0), 2 % de NADPH e 1 % de cilo-inosose) e 5 μΐ de uma solução da 49 enzima e deixou-se reagir a 36 °C durante 30 minutos e depois adicionou-se imediatamente 500 μΐ de água, seguida da medição da absorvência a 340 nm. Mediu-se a diminuição da absorvência, a 340 nm, com base num valor em branco para a solução de ensaio obtida utilizando água em vez da solução de enzima. A solução da enzima foi diluído conforme necessário. A fracção não absorvida na coluna, descrita antes, foi então carregada numa coluna CM Toyopearl (Tosoh Corporation: 20 ml) e realizou-se a eluição com uma solução com um gradiente de concentração linear de NaCl de 0 mM a 500 mM em tampão de Tris 20 mM (pH 7,0) . Depois o produto eluído foi fraccionado em fracções. Mediu-se a actividade de cilo-inositol desidrogenase em cada uma das soluções fraccionadas e verificou-se que a fracção não adsorvida tinha actividade. A fracção eluída com NaCl 200 mM e a fracção eluída com 300 mM foram dessalinizadas separadamente, novamente com um ultra-filtro e realizou-se a eluição com uma solução com um gradiente de concentração linear entre 200 mM e 300 mM de NaCl em tampão de Tris 20 mM (pH 7,0) . Depois o produto eluído foi fraccionado em fracções e purificado. Depois, essas três soluções de enzima com actividade de cilo-inositol desidrogenase foram concentradas separadamente utilizando um ultra-filtro e as soluções concentradas foram carregadas numa coluna de filtração com gel (Tosoh Corporation: 2000 SWXL), respectivamente. Depois, purificaram-se os produtos eluídos com tampão de fosfato 20 mM (pH 7,0) complementado com NaCl 200 mM. As soluções de enzima assim purificadas foram submetidas a electroforese com SDS e gel e corou-se o gel depois da electroforese com uma solução de coloração de azul brilhante de Coomassie (Rapid CBB ΚΑΝΤΟ: fabricado pela Kanto Chemical Co., Inc.) e depois descorou-se. Mediu-se a pureza das bandas com interesse medindo as bandas azuis de proteínas utilizando um densitómetro (fabricado pela ATTO Corporation) 50 e verificou-se que a pureza de cada fracção foi de 85 % ou mais.
Exemplo 10 <Pur±f±cação da enzima da presente invenção produzida por K12 ATCC 10798 de Escherichia coli e análise do seu terminal N>
Distribuiu-se 3 L de meio de caldo LB (1 % de Bacto- triptona, 0,5 % de extracto de levedura, 1 % de NaCl, a pH 7,0) contendo 0,5 % de L-sorbose em aliquotas de 100 ml em 30 peças de frascos de Sakaquchi de 500 ml, seguida da esterilização utilizando uma autoclave. Inoculou-se um aro de platina com uma cultura inclinada de K12 de Escherichia coli K em cada frasco cónico e fez-se a cultura do microrganismo a 36 °C durante 1 dia utilizando um agitador reciproco (135 rpm). Depois da cultura, a solução da cultura foi recolhida e centrifugada (8.000 rpm, 20 minutos), para assim se obter células (peso húmido 32 g) . As células foram novamente suspensas em 100 ml de água e foram divididas por ondas ultra-sónicas a 10 °C ou menos. A solução de lise indicou um pH de 6,8 e ajustou-se a solução para pH 7,0 com uma solução IN de NaOH e depois centrifugou-se (16.000 rpm, 20 minutos) para separar o sobrenadante. Em seguida, adicionou-se MgS04 de modo que o sobrenadante contivesse Mg2+ 2 mM e carregou-se a solução numa coluna Blue-Toyopearl (Tosoh Corporation: 20 ml) Depois, fez-se passar, através de uma coluna, 50 ml de tampão Tris 20 mM (pH 7,0) complementado com Mg2+ 2 mM para lavá-la. Depois, fez-se passar, através da coluna, 50 ml de tampão Tris 20 mM (pH 7,0) complementado com KC1 1 M para eluir as proteínas adsorvidas. Em seguida, concentrou-se o produto eluido utilizando um ultrafiltro (corte a PM 30.000) e adicionou-se 50 ml de tampão de Tris 20 mM (a pH 7,0) à solução concentrada, seguida novamente de concentração, para 51 se obter uma solução concentrada dessalinizada. Em seguida, carregou-se a solução concentrada dessalinizada numa coluna de DEAE Toyopearl (Tosoh Corporation: 20 ml) e realizou-se a eluição com uma solução com um gradiente de concentração linear de NaCl de 0 mM a 500 mM em tampão de Tris 20 mM (pH 7,0). O produto eluido foi fraccionado em fracções. Mediu-se a actividade da cilo-inositol desidrogenase de cada uma das soluções fraccionadas e verificou-se que a fracção eluida com 300 mM tinha actividade. A medição da actividade foi realizada da mesma maneira que no exemplo 9 e mediu-se a diminuição da absorvência a 340 nm. A solução da enzima foi diluído conforme necessário. A fracção eluida com NaCl 300 mM foi dessalinizada utilizando novamente um ultra-filtro e o produto resultante foi carregado numa coluna DEAE Toyopearl (Tosoh Corporation: 20 ml) Depois, realizou-se a eluição com uma solução com um gradiente de concentração linear de 250 mM a 350 mM de NaCl em tampão de Tris 20 mM (pH 7,0) e realizou-se a purificação repetindo as operações de fraccionamento do produto eluido três vezes para eliminar as proteínas contaminantes. Depois, essa solução de enzima com actividade de cilo-inositol desidrogenase foi concentrada utilizando um ultra-filtro e as soluções concentradas foram carregadas numa coluna de filtração com gel (Tosoh Corporation: 2000 SWXL). Purificou-se o produto eluido com tampão de fosfato 20 mM (pH 7,0) complementado com NaCl 200 mM. A solução da enzima assim purificada foi submetida a electrof orese com SDS em gel e depois retirou-se o gel e transferiram-se as proteínas para uma membrana de PVDF (Immobilon PSQ: fabricada pela Millipore Corporation) com a mesma dimensão do gel utilizando um electro-traçador semi- 52 anidro (fabricado pela Funakoshi Co., Ltd.)· Depois, retirou-se a membrana de PVDF e corou-se com uma solução corante de azul brilhante de Coomassie (Rapid CBB ΚΑΝΤΟ: fabricado pela Kanto Chemical Co., Inc.) e depois descorou-se. Mediu-se a pureza utilizando um densitómetro da mesma maneira que no exemplo 9 e a pureza foi de 40 %. Além disso, cortou-se a porção correspondente à proteina-alvo para eliminar proteínas indesejáveis presentes próximo dessa porção, obtendo-se assim uma enzima da presente invenção com uma elevada pureza.
Em seguida, a enzima da presente invenção com uma elevada pureza que existe na membrana de PVDF foi analisada utilizando um analisador dos aminoácidos do terminal N (Hewlett-Packard Company). Como resultado, detectou-se uma sequência de serina-ácido aspártico-asparagina-isoleucina-arginina. O ADN que codifica uma proteína que tem essa sequência foi pesquisado na base de dados da sequência inteira de Escherichia coli (nome da base de dados "Colibri") e o gene ydgJ (ou o gene bl624) estava emparelhado. O produto do gene, do gene ydgj, tinha sido previsto como uma das oxidoredutases, mas o seu substrato e o produto eram desconhecidos.
Exemplo 11 <Isolamento e expressão do ADN da presente invenção derivada de K12 ATCC10798 da Escherichia coli>
Para se obter o gene ydgJ que foi assumido como codificando a enzima da presente invenção, primeiro, extraiu-se o genoma completo de K12 de Escherichia coli a ser utilizado como matriz, como se segue. Inoculou-se num aro de platina com K12 de Escherichia coli, que tinha estado em cultura num meio LB inclinado (1 % de bacto-triptona, 0,5 % 53 de extracto de levedura, 1 % de NaCl, a pH 7.0, 1,5 % de agar) , em 100 ml de um meio LB num frasco (1 % de bacto-triptona, 0,5 % de extracto de levedura, 1 % de NaCl, a pH 7.0) e fez-se uma cultura aeróbica durante 8 horas a 36 °C, seguida de uma recolha das células. Adicionou-se aos péletes de células 15 ml de uma solução salina-EDTA (NaCl 0,15 M, EDTA 0,1 M, a pH 8,0) e 50 mg de lisozima e fez-se uma suspensão das células, seguida da reacção a 37 °C durante 2 horas. Depois do tratamento, adicionou-se à solução 0,5 ml de uma solução de SDS a 25 % para fazer a lise completa das células e adicionou-se 3 ml de fenol às proteínas desnaturadas, seguida de centrifugação. Retirou-se o sobrenadante e adicionou-se 20 ml de 2-propanol à solução para se obter o ADN genómico impuro. O ADN genómico impuro obtido precipitou por centrifugação e eliminou-se o sobrenadante, seguido de secagem a pressão reduzida. O ADN genómico impuro anidro foi depois dissolvido em 3 ml de uma solução de TE (Tris-HCl 10 mM, EDTA 1 mM, a pH 8,0) e depois adicionou-se 0,01 mg de ARNase, seguido da reacção a 36 °C durante 2 horas para degradar o ARN. Depois, adicionou-se 0,01 mg de proteinase K e deixou-se a mistura reagir a 36 °C durante 2 horas para degradar as proteinas. Em seguida, adicionou-se 1 ml de uma solução mista de fenol-clorofórmio (1:1) e agitou-se lentamente a mistura para desnaturar a RNAase e a proteinase K. Separou-se a mistura em duas fases por centrifugação e retirou-se a camada superior (uma fase aquosa) e ajustou-se para o pH para 5,2 por meio da adição de 0,3 ml de uma solução 3 M de acetato de sódio. Adicionou-se à solução 3 ml de 2-propanol para se obter o ADN genómico. O ADN genómico obtido precipitou por centrifugação e eliminou-se o sobrenadante, seguido de secagem a pressão reduzida. O ADN genómico anidro foi dissolvido em 3 ml de uma solução de TE e repetiu-se novamente o processo da operação de adição de 1 ml de uma solução mista de fenol-clorofórmio (1:1) com a 54 operação de dissolução do ADN em 3 ml da solução de TE, seguido de centrifugação. Da mesma maneira que anteriormente, adicionou-se um volume igual de 2-propanol ao sobrenadante a pH 5,2, para assim se preparar uma solução de ADN genómico d K12 de Escherichia coli. 0 AND genómico assim obtido foi utilizado como uma solução matriz do ADN para a RCP.
Clonou-se um fragmento que derivou de K12 de Escherichia coli e que continha um sitio de ligação do ribossoma (SLR) do gene ydgJ e realizou-se a RCP utilizando iniciadores com as sequências que se seguem para expressar o gene sob a forma de uma enzima recombinante. SEQ ID No. 15: ydgj-F 5'-cattcaagcttaatgagaggcaatgacatgagcg-3' SEQ ID No. 16: ydgi-R 5'-tcggaaHcttcatgcaaggcacaaaj cgc-3'
Para a RCP, utilizou-se a solução da reacção de Ex taq da Takara Shuzo Co., Ltd. e preparou-se uma solução com uma composição de 5 μΐ de 10 * tampão de Takara ExTaq, 4 μΐ de uma mistura de dNTP, 30 ng do ADN matriz, 1 μΐ de uma solução 10 μΜ de iniciador e 0,5 μΐ de Takara ExTaq por meio da adição de água de tal modo que tivesse um volume de 50 μΐ, seguido da deposição em camadas de 30 μΐ de óleo mineral. Para a reacção, um ciclo de três etapas: desnaturação (94 °C, 30 segundos), hibridação (55 °C, 1 minuto) e elongação (72 °C, 1 minuto), que se repetiram 35 vezes utilizando um amplificador de RCP (ASTEC Co., Ltd., PC-700). A RCP descrita antes amplificou um fragmento de ADN com uma dimensão de cerca de 1,0 kpb. Depois da reacção, o óleo mineral em camadas foi extraído com 0,3 ml de hexano e eliminou-se a camada de hexano. Repetiu-se este processo três vezes, seguido da redução da pressão durante um minuto, para assim eliminar o óleo mineral. A partir de 50 μΐ da solução de reacção assim obtida, purificou-se o fragmento de RCP utilizando GENECLEAN (Bio 101) . Especificamente, adicionou-se 55 300 μΐ de uma solução de Nal incluída no estojo e misturou-se e adicionou-se 10 μΐ de uma solução de pérolas de vidro e misturou-se. Deixou-se a mistura em repouso a 4 °C durante 15 minutos e centrifugou-se para precipitar as pérolas de vidro nas quais o fragmento de ADN estava adsorvido e eliminou-se o sobrenadante. Depois adicionou-se 500 μΐ da nova solução de lavagem incluída no estojo à suspensão de pérolas de vidro e centrifugou-se a mistura para eliminar o sobrenadante. A operação de lavagem utilizando a nova solução de lavagem foi repetida três vezes. Depois, secaram-se as pérolas de vidro a pressão reduzida e, após a secagem, adicionou-se 15 μΐ de água esterilizada para fazer uma suspensão. Aqueceu-se a mistura para 554 °C durante 15 minutos e centrifugou-se para se obter 12 μΐ de um sobrenadante contendo o fragmento de ADN.
Realizou-se uma operação de inserção do fragmento de ADN purificado num vector de expressão, como se segue. Especificamente, adicionou-se 0,5 pg de um plasmido de expressão (pUC119: Fabricado pela Takara Shuzo Co., Ltd.)), 1 μΐ de enzimas de restrição HindIII e EcoRI da Takara Shuzo Co., Ltd. e 2 μΐ de 10 x tampão K, que é um tampão de enzima de restrição da Takara Shuzo Co., Ltd., a 10 μΐ da solução de fragmento de ADN e adicionou-se água esterilizada de modo a que a mistura ficasse com um volume de 20 μΐ, seguida de mistura. Deixou-se a solução reaccional reagir a 36 °C durante 2 horas. Depois da reacção das enzimas de restrição, isolou-se o fragmento de ADN e o vector de expressão com GENECLEAN e ligaram-se um ao outro. Especificamente, adicionou-se 300 μΐ da solução de Nal incluída no estojo e misturou-se em 20 μΐ da solução reaccional das enzimas de restrição e adicionou-se-lhe 10 μΐ da solução de pérolas de vidro e misturou-se. Deixou-se a mistura em repouso a 4 °C durante 15 minutos e depois centrifugou-se para precipitar as 56 pérolas de vidro nas quais o fragmento de ADN e o vector de expressão estavam adsorvidos e eliminou-se o sobrenadante. Depois, adicionou-se 500 μΐ da nova solução de lavagem, incluida no estojo, à suspensão de pérolas de vidro e centrifugou-se a suspensão para eliminar o sobrenadante. A operação de lavagem utilizando a nova solução de lavagem foi repetida três vezes. Depois, secaram-se as pérolas de vidro a pressão reduzida e, após a secagem, adicionou-se 15 μΐ de água esterilizada para fazer uma suspensão. Aqueceu-se a mistura para 55 °C durante 15 minutos e centrifugou-se para se obter 12 μΐ de um sobrenadante contendo o fragmento de ADN e o vector de expressão. O processo eliminou pequenos fragmentos de ADN que tinham uma dimensão de cerca de 50 pb ou menos e que tinham sido gerados pelas enzimas de restrição, para se obter assim o fragmento de ADN com interesse e o vector de expressão.
Adicionou-se 10 μΐ da solução de ligação de Takara do estojo-I (Takara Shuzo Co., Ltd.) a 10 μΐ da solução assim preparada e deixou-se a mistura reagir a 164 °C durante 1 hora. Utilizou-se a solução para transformar as células concorrentes (Takara Shuzo Co., Ltd.: DH5a). Especificamente, adicionou-se-lhe 5 μΐ de uma solução reaccional de ligação e misturou-se em 60 μΐ de uma solução de células concorrentes não congeladas a 4 °C e deixou-se a 0 °C durante 30 minutos e depois a 42 °C durante 45 segundos e a 0 °C durante 2 minutos. Adicionou-se-lhe 500 μΐ de uma solução de SOC (2 % de bacto-triptona, 0,5 % de extracto de levedura, NaCl 10 mM, glicose 20 mM, MgS04 10 mM e MgCl2 10 mM) seguida da recuperação da cultura a 36 °C durante 1 hora. Aplicou-se 100 57 μΐ da solução de cultura num meio de agar LB (1 % de bacto-triptona, 0,5 % de extracto de levedura, 1 % NaCl, a pH 7,0, 1,5 % de agar) contendo 50 yg/ml de ampicilina, 40 yg/ml de X-gal (5-bromo-4-cloro-3-indolyil-p-D-galactósido) e IPTG (tiogalactopiranósido) 1 mM. Realizou-se depois a cultura a 37 °C durante 16 horas. A cultura originou Escherichia coli transformada por introdução do plasmido descrito antes, sob a forma de colónias brancas e seleccionaram-se as colónias. As colónias assim separadas da Escherichia coli transformada foram postas em cultura em meio liquido LB contendo ampicilina (50 pg/ml). A partir das células de cultura da Escherichia coli transformada, separou-se um ADN de plasmido e purificou-se utilizando um estojo de purificação de plasmido (Estojo midi de filtro de plasmido QIA, QIAGEN). O ADN do plasmido assim obtido confirmou ter um fragmento de ADN com uma dimensão de cerca de 1,0 kpb, que correspondem ao gene de interesse ydgJ.
Em seguida, para confirmar a actividade de cilo-inositol desidrogenase, transferiram-se as estirpes microbianas isoladas como colónias para 100 ml de meio LB (1 % de bacto-triptona, 0,5 % de extracto de levedura, 1 % de NaCl, a pH 7,0) contendo 50 yg/ml de ampicilina e fez-se uma cultura a 36 °C durante 7 horas. Adicionou-se 0,3 ml de uma solução de tiogalactopiranósido 200 mM à solução da cultura e depois colocaram-se as células em cultura a 36 °C durante 3 horas. Depois da cultura estar completa, recolheram-se as células por centrifugação e lavaram-se uma vez com uma solução salina fisiológica. Depois, fez-se uma suspensão das células lavadas em 3 ml de uma solução de Triton X-100 a 0,6 % e dividiram-se as células por ondas ultra-sónicas a 4 °C. Centrifugou-se a solução e retirou-se 2,8 ml do sobrenadante (solução da enzima). Adicionou-se 1,2 g de sulfato de amónio ao sobrenadante para salinizar as proteínas a 4 °C. Recolheram- 58 se as proteínas salinizadas por centrifugação (15.000 rpm, 20 min) e eliminou-se o sobrenadante. Dissolveram-se os precipitados em 2,5 ml de tampão de Tris 20 mM (pH 7,0) e centrifugou-se novamente a solução (15.000 rpm, 20 min). Aplicou-se o sobrenadante a uma coluna Sephadex G-25 (Pharmacia K.K.: 14 ml) equilibrada com tampão de Tris 20 mM (pH 7,0). Realizou-se a eluição com tampão de Tris 20 mM (pH 7,0) e dessalinizou-se o produto da eluição. Os processos originaram 3,5 ml de uma solução de enzima impura do produto do gene ydgJ.
Mediu-se a actividade de cilo-inositol desidrogenase como se segue: misturou-se 5 μΐ de uma solução reaccional (tampão de Tris 200 mM (pH 8,0), 2 % de NADPH e 1% de cilo-inosose) e 5 μΐ de uma solução da enzima e deixou-se reagir a 36 °C durante 30 minutos e depois adicionou-se imediatamente 500 μΐ de água, seguida da medição da absorvência a 340 nm. Mediu-se a diminuição da absorvência, a 340 nm, com base num valor em branco para a solução de ensaio obtida utilizando água em vez da solução de enzima. A solução da enzima foi diluído conforme necessário.
Entretanto, o produto da reacção da enzima foi medido como se segue: deixou-se reagir 10 mg de cilo-inosose, 40 mg de NADPH e 10U da enzima em 1,0 ml de tampão de Tris 100 mM (pH 8,0) a 36 °C durante 4 horas e realizou-se um tratamento por aquecimento a 80 °C durante 10 min, seguido de arrefecimento. Depois, adicionou-se 100 μΐ de uma resina permutadora de catiões de uma base forte, 100 μΐ de uma resina permutadora de aniões de um ácido forte e 10 mg de carvão activado e agitou-se a mistura e centrifugou-se. Depois, diluiu-se, 2 vezes, o sobrenadante e fizeram-se as medições por CLAR (Shodex Asahipak NH2P-50 4E Φ 4,6 χ 250 mm: Shodex) utilizando um detector RI nas condições de uma 59 temperatura de coluna de 40 °C e uma velocidade de fluxo da fase móvel de 1,5 ml (acetonitrilo a 80 %) . Como resultado, verificou-se que o produto do gene ydgJ tinha uma elevada actividade de cilo-inositol desidrogenase e 100 % do produto era cilo-inositol obtido por redução, enquanto o mio-inositol, que é um dos seus isómeros, não foi detectado. Como resultado, verificou-se que a solução de uma enzima recombinante derivada do gene ydgJ tinha uma elevada actividade de cilo-inositol desidrogenase e o produto do gene foi cilo-inositol desidrogenase. Entretanto, no produto obtido pela reacção de redução da cilo-inosose, detectou-se apenas cilo-inositol e verificou-se que a enzima reduzia especificamente, sob o ponto de vista estereoquímico, a cilo-inosose para cilo-inositol. Entretanto, a sequência do gene ydgJ está ilustrado na SEQ ID NO: 1 e a sequência de aminoácidos correspondente está ilustrada na SEQ ID NO: 2.
Exemplo 12 <Isolamento e expressão de vim homólogo de ADN estimada a partir da homologia com o gene ydgJ de Escherichia coli e as suas propriedades> A partir da estimativa da estrutura tri-dimensional do produto do gene ydgJ de Escherichia coli com base na sequência de aminoácidos, estimou-se que o produto pertencia à familia das oxidoredutases de glicose-frutose. A família também inclui mio-inositol 2-desidrogenase (EC 1.1.1.18) e verificou-se que a sequência envolvida numa ligação de NAD na sequência de aminoácidos tinha uma elevada homologia. Além disso, a identificação da sequência de aminoácidos de um sítio envolvido na ligação do substrato por análise de estrutura com raios X da oxidoredutase de glicose-frutose e a pesquisa de proteínas que tinham parcialmente a mesma 60 sequência de aminoácidos e são homólogas com o produto do gene ydgJ revelaram que há proteínas homólogas em muitas bactérias gram-negativas e bactérias gram-positivas. A partir dessas bactérias, pesquisaram-se ADNs homólogos com base na homologia do gene ydgJ de Escherichia coli. Como resultado, verificou-se que o gene ydgJ de Escherichia coli tem homologia com o gene Atu4375 e o gene Atu3234 no genoma de C58 ATCC33970 de Agrobacterium tumefacience, o gene BG14057 no genoma de 168 ATCC238S7 de Bacillus subtili, o gene Xcc3438 no genoma de ATCC33913 de Xanthomonas campestris pv. campestri , e o gene Atu4375 e o gene Atu3234 no genoma de AB 10121 FERM P-17383 de Agrobacterium sp. que é conhecido como um microrganismo com capacidade para converter directamente mio-inositol em cilo-inositol. Por isso, esses ADNs foram isolados e expressos.
Para se obter os ADNs candidatos descritos antes, os genomas totais de C58 ATCC33970 de Agrobacterium tumefaciens, 168 ATCC23857 de Bacillus subtilis, ATCC33913 de Xanthomonas campestris pv. campestris, e AB10121 FERM P-17383 de Agrobacterium sp. a serem utilizados como matrizes foram extraídos como se segue. Para a C58 de Agrobacterium tumefacience, Xanthomonas campestris pv. campestris e a AB10121 de Agrobacterium sp. fez-se uma cultura em aro de platina, de C58 de Agrobacterium tumefacience, Xanthomonas campestris pv. campestris e ABI0121 de Agrobacterium sp. que tinham estado em cultura num meio LB inclinado (1 % de bacto-triptona, 0,5 % de extracto de levedura, 1 % de NaCl, a pH 7.0, 1,5 % de aqar) e inoculou-se em 100 ml de um meio LB num frasco (1 % de bacto-triptona, 0,5 % de extracto de levedura, 1 % de NaCl, a pH 7.0) e fez-se uma cultura aeróbica durante 61 18 horas a 27 °C, seguida de uma recolhas. Adicionou-se, aos péletes de células, 15 ml de uma solução salina de EDTA (NaCl 0,15 M, EDTA 0,1 M, a pH 8,0) e 50 mg de lisozima e fez-se uma suspensão de células, seguida da reacção a 374 °C durante 2 horas. Depois do tratamento, adicionou-se à solução 0,5 ml de SDS a 25 % para fazer a lise completa das células e adicionou-se 3 ml de fenol às proteínas desnaturadas. Depois, centrifugou-se a solução e retirou-se o sobrenadante. Adicionou-se 20 ml de 2-propanol à solução para se obter o AND genómico impuro. O ADN genómico impuro obtido precipitou por centrifugação e eliminou-se o sobrenadante, seguido de secagem a pressão reduzida. Depois, o ADN genómico impuro anidro foi depois dissolvido em 3 ml de uma solução de TE (Tris-HCl 10 mM, EDTA 1 mM, a pH 8,0) e depois adicionou-se 0,01 mg de ARNase e deixou-se reagir a 36 °C durante 2 horas para degradar o ARN. Depois, adicionou-se 0,01 mg de proteinase K e deixou-se reagir a 36 °C durante 2 horas para degradar as proteínas. Em seguida, adicionou-se 1 ml de uma solução mista de fenol-clorofórmio (1:1) e agitou-se lentamente a mistura para desnaturar a RNAase e a proteinase K. Separou-se a mistura em duas fases por centrifugação e retirou-se a camada superior (uma fase aquosa) e ajustou-se para o pH para 5,2 por meio da adição de 0,3 ml de uma solução 3 M de acetato de sódio. Adicionou-se 3 ml de 2-propanol à solução para se obter o ADN genómico. O ADN genómico obtido precipitou por centrifugação e eliminou-se o 62 sobrenadante, seguido de secagem a pressão reduzida. 0 ADN genómico anidro foi dissolvido em 3 ml de uma solução de TE e repetiu-se novamente o processo da operação de adição de 1 ml de uma solução mista de fenol-clorofórmio (1:1) com a operação de dissolução do ADN em 3 ml da solução de TE, seguido de centrifugação. Depois, da mesma maneira que antes, adicionou-se um volume igual de 2-propanol ao sobrenadante a pH 5,2, para assim preparar soluções dos ADNs genómicos de C58 de Agrobacterium tumefacience, Xanthomonas campestris pv. campestris e AB 10121 de Agrobacterium sp. respectivamente. Os ADNs genómicos assim obtidos foram utilizados como uma solução matriz do ADN para a RCP. 168 ATCC23857 de Bacillus subtilis num aro de platina que tinha estado em cultura num meio de "slant" de LB (1 % de bacto-triptona, 0,5 % de extracto de levedura, 1 % de NaCl, a pH 7.0, 1,5 % de agar) e inoculou-se em 100 ml de um meio LB num frasco (1 % de bacto-triptona, 0,5 % de extracto de levedura, 1 % de NaCl, a pH 7.0) e fez-se uma cultura aeróbica durante 18 horas a 36 °C. Depois, adicionou-se 1 ml do meio a 100 ml de um meio LB de um frasco preparado como anteriormente e fez-se uma cultura dos microrganismos durante 4 horas, seguida de uma recolha. Depois da recolha, extraiu-se o genoma total da mesma maneira que no processo utilizado para a Agrobacterium.
Em seguida, realizou-se uma RCP utilizando iniciadores com as sequências de clonagem que se seguem do gene Atu4375 e do gene Atu3234 no genoma de C58 de Agrobacterium tumefacience, o gene Atu4375 e o gene Atu3234 no genoma de 63 ΑΒ10121 de Agrobacterium sp. e o gene Xcc3438 no genoma de Xanthomonas campestris pv. campestris (incluindo todos SLR) , para as expressar como enzimas recombinantes.
SEQ ID No. 17: Atu4375-F 5'-ggcggatccmgaaagggatagtcatgtcct-3' SEQ ID No. 18: Atu4375-F 5'-attggaagcttcgaggctgcoacctag-3' SEQ ID No. 19: Atu4375-F 5'-ttgggatccmcaggggaaatanatggc-3' SEQ ID No. 20: Atu3234-R 5'-gccgcaagcttgttttacagcttcac-3' SEQ ID No. 23: Xcc3438-F 5'-tcggaattcgcgttgcggtgaatcgttttcaatg-3' SEQ ID No. 24: Xcc3438-R 5'-ataagaagcttgctcagtcgctgctgttgccttc-3'
Realizou-se a RCP utilizando iniciadores com as sequências para clonagem que se seguem do gene BG14057 no genoma 168 de Bacillus subtilis (incluindo SLR) para o expressar como uma enzima recombinante. O "a" na posição 10 do terminal 5' é originalmente "t" mas está alterado para "a" para a expressão em Escherichia coli. SEQ ID No. 21: BG140S7-F 5'-aggaattcgatgataacgcttttaaaggggagaa-3' SEQ ID No. 22: BG14057-R 5'-tttctgcagmagtgctccagcataatggttcg-3'
Para a RCP, utilizou-se a solução da reacção Ex taq da Takara Shuzo Co., Ltd. e preparou-se uma solução com uma composição de 5 μΐ de 10 χ tampão de Takara ExTaq, 4 μΐ de uma mistura de dNTP, 30 ng do ADN-matriz, 1 μΐ de uma solução de iniciador 10 μΜ e 0,5 μΐ de Takara ExTaq por meio da adição de água de tal modo que se tivesse um volume de 50 μΐ, seguido da formação de camadas de 30 μΐ de óleo mineral. Para a reacção, um ciclo de três etapas: desnaturação (94 °C, 30 segundos), hibridação (52 °C, 55 °C ou 58 °C (ver quadro 3), 1 minuto) e elongação (72 °C, 1 minuto) , que se repetiram 35 vezes utilizando um amplificador de RCP (ASTEC Co., Ltd., PC- 64 700). A RCP descrita antes amplificou um fragmento de ADN com uma dimensão de cerca de 1,1 kpb.
Quadro 3: Lista da temperatura de hibridação
Genes-alvo
Temperatura hibridação de
Para O gene Atu4375 de C58 AICC33970 de Agrobacterium tumefacience Para o gene 4375 de AB 10121 FERM P-17383 de Agrobacterium Para o gene Atu3234 de C58 AICC33970 de Agrobacterium tumefacience Para o gene Atu3234 de AB 10121 FERM P-17383 de Agrobacterium Para o gene BG 14057 de 168 ATCC23857 de Bacillus subtilis Para o gene Xcc3438 de AICC33913 de Xanthomonas compestris pv. Campestrís
55 °C 55 °C 52 °C 52 °C 55 58
°C °C
Depois da reacção, o óleo mineral em camadas foi extraído com 0,3 ml de hexano e eliminou-se a camada de hexano. Repetiu-se este processo três vezes, seguido de redução da pressão durante um minuto, para assim eliminar o óleo mineral. A partir de 50 μΐ da solução de reacção assim obtida, purificaram-se os fragmentos da RCP utilizando GENECLEAN (Bio 101). Especificamente, adicionou-se 300 μΐ de uma solução de Nal incluída no estojo e misturou-se e adicionou-se 10 μΐ de uma solução de pérolas de vidro e misturou-se. Deixou-se a mistura em repouso a 4 °C durante 15 minutos e centrifugou-se para precipitar as pérolas de vidro nas quais os fragmentos de ADN estavam adsorvidos e eliminou-se o sobrenadante. Depois adicionou-se 500 μΐ da nova solução de lavagem incluída no estojo à suspensão de pérolas de vidro e centrifugou-se a mistura para eliminar o sobrenadante. A operação de lavagem utilizando a nova solução de lavagem foi repetida três vezes. Depois, secaram-se as pérolas de vidro a pressão reduzida e, após a secagem, adicionou-se 15 μΐ de água esterilizada para fazer uma suspensão. Aqueceu-se a mistura para 55 °C durante 15 minutos e centrifugou-se para 65 se obter 12 μΐ de um sobrenadante contendo os fragmentos de ADN.
Realizou-se uma operação de inserção do fragmento de ADN purificado num vector de expressão, em cada uma das combinações, como se segue. Especificamente, adicionou-se 0,5 yg de um plasmido de expressão (pUC118: fabricado pela Takara Shuzo Co., Ltd.)), 1 μΐ de dois tipos de enzimas de restrição da Takara Shuzo Co., Ltd. e 2 μΐ de 10 χ tampão K, que é uma solução tampão de enzima de restrição da Takara Shuzo Co., Ltd., a 10 μΐ da solução de fragmento de ADN e adicionou-se água esterilizada de modo a que a mistura ficasse com um volume de 20 μΐ, seguida de mistura. Deixou-se a solução reaccional reagir a 36 °C durante 2 horas. Como o gene
Atu3234 da estirpe AB10121 contém um sitio HindIII, não se realizou o tratamento com enzimas de restrição e, depois do isolamento, ligou-se a um vector pT7Blue (fabricado pela Novagen).
Quadro 4: Lista dos plasmidos de expressão e das enzimas de restrição utilizadas
Genes-alvo Plasmidos de Enzimas de restrição expressão utilizadas
Gene Atu4375 de C58 de A.tume. pUC118 Tampão de BamH I, Hind III/K Gene4375 de AB10121 pUC 118 Tampão de BamH I, Hind III/K Gene Atu3234 de C58 de A.tume. pUC 118 Tampão de BamH I, Hind III/K Gene Atu3234 de AB 10121 pT7Blue Não utilizado Gene BG14057 de 168 de B.sub. pUC118 Tampão de EcoR I, Pst I/H Gene Xcc3438 de X. camp. pUC118 Tampão de EcoR I, Hind III/K Depois da reacção das enzimas de restrição r isolou-se fragmento de ADN e o vector de expressão com GENECLEAN e ligaram-se um ao outro. Especificamente, adicionou-se 300 μΐ da solução de Nal incluída no estojo e misturou-se em 20 μΐ da solução reaccional das enzimas de restrição e e adicionou-se 10 μΐ da solução de pérolas de vidro e misturou-se. 66
Deixou-se a mistura em repouso a 4 °C durante 15 minutos e depois centrifugou-se para precipitar as pérolas de vidro nas quais o fragmento de ADN e o vector de expressão estavam adsorvidos e eliminou-se o sobrenadante. Depois, adicionou-se 500 μΐ da nova solução de lavagem, incluída no estojo, à suspensão de pérolas de vidro e centrifugou-se a suspensão para eliminar o sobrenadante. A operação de lavagem utilizando a nova solução de lavagem foi repetida três vezes. Depois, secaram-se as pérolas de vidro a pressão reduzida e, após a secagem, adicionou-se 15 μΐ de água esterilizada para fazer uma suspensão. Aqueceu-se a mistura para 55 °C durante 15 minutos e centrifugou-se para se obter 12 μΐ de um sobrenadante contendo o fragmento de ADN e o vector de expressão. O processo eliminou pequenos fragmentos de ADN que tinham uma dimensão de cerca de 50 pb ou menos e que tinham sido gerados pelas enzimas de restrição, para se obter assim um fragmento de ADN com interesse e o vector de expressão.
Adicionou-se 10 μΐ da solução de ligação de Takara do estojo-I (Takara Shuzo Co., Ltd.) a 10 μΐ da solução assim preparada e deixou-se a mistura reagir a 16 °C durante 1 hora. Utilizou-se a solução para transformar as células concorrentes (Takara Shuzo Co., Ltd.: DH5a). Especificamente, adicionou-se-lhe 5 μΐ de uma solução reaccional de ligação a 60 μΐ de uma solução de células concorrentes não congeladas a 67 4 °C e misturou-se e deixou-se a 0 °C durante 30 minutos e depois a 42 °C durante 45 segundos e a 0 °C durante 2 minutos. Adicionou-se-lhe 500 μΐ de uma solução de SOC (2 % de bacto-triptona, 0,5 % de extracto de levedura, NaCl 10 mM, glicose 20 mM, MgSCg 10 mM, e MgCl2 10 mM) seguida da recuperação da cultura a 36 °C durante 1 hora. Aplicou-se 100 μΐ da solução de cultura a um meio de agar LB (1 % de bacto-triptona, 0,5 % de extracto de levedura, 1 % NaCl, a pH 7,0, 1,5 % de agar) contendo 50 pg/ml de ampicilina, 40 pg/ml de X-gal (5-bromo-4-cloro-3-indolil-p-D-galactósido) e IPTG (tio-galactopiranósido) 1 mM. Realizou-se depois a cultura a 37 °C durante 16 horas. A cultura originou Escherichia coli transformada por introdução do plasmido descrito antes, sob a forma de colónias brancas e seleccionaram-se as colónias. As colónias assim separadas da Escherichia coli transformada foram postas em cultura num meio liquido LB contendo ampicilina (50 pg/ml). A partir das células de cultura da Escherichia coli transformada, separou-se um ADN de plasmido e purificou-se uitilizando um estojo de purificação de plasmido (Estojo midi do filtro de plasmido QIA, QIAGEN). O ADN do plasmido assim obtido confirmou para cada um ter um fragmento de ADN com uma dimensão de cerca de 1,0 a 1,1 kpb, que corresponde ao ADN de interesse.
Em seguida, para confirmar a actividade de cilo-inositol desidrogenase, transferiram-se as estirpes microbianas isoladas como colónias para 100 ml de meio LB (1 % de bacto-triptona, 0,5 % de extracto de levedura, 1 % de NaCl, a pH 7,0) contendo 50 pg/ml de ampicilina e fez-se uma cultura a 36 °C durante 7 horas. Adicionou-se 0,3 ml de uma solução de tiogalactopiranósido 200 mM à solução da cultura e depois 68 colocaram-se as células em cultura a 36 °C durante 3 horas. Depois da cultura estar completa, recolheram-se as células por centrifugação e lavaram-se uma vez com uma solução salina fisiológica. Depois, fez-se uma suspensão de células lavadas em 3 ml de uma solução de Triton X-100 a 0,6 % e dividiram-se as células por ondas ultra-sónicas a 4 °C. Centrifugou-se a solução e retirou-se 2,8 ml do sobrenadante (solução da enzima). Adicionou-se 1,2 g de sulfato de amónio ao sobrenadante para salinizar as proteínas a 4 °C. Recolheram-se as proteínas salinizadas por centrifugação e eliminou-se o sobrenadante. Dissolveram-se os precipitados em 2,5 ml de tampão de Tris 20 mM (pH 7,0) e centrifugou-se novamente a solução. Aplicou-se o sobrenadante numa coluna Sephadex G-25 (14 ml) equilibrada com tampão de Tris 20 mM (pH 7,0). Realizou-se a eluição com uma solução tampão de Tris 20 mM (pH 7,0) e dessalinizou-se o produto da eluição. Os processos originaram 3,5 ml de uma solução de enzima impura do produto do gene ydgJ.
Mediu-se a actividade de cilo-inositol desidrogenase como se segue: misturou-se 5 μΐ de uma solução reaccional (tampão de Tris 200 mM (pH 8,0), 2 % de NADPH e 1% de cilo-inosose) e 5 μΐ de uma solução da enzima e deixou-se reagir a 36 °C durante 30 minutos e depois adicionou-se imediatamente 500 μΐ de água, seguida da medição da absorvência a 340 nm. Mediu-se a diminuição da absorvência, a 340 nm, com base num valor em branco para a solução de ensaio obtida utilizando água em vez da solução de enzima. A solução da enzima foi diluído conforme necessário.
Entretanto, o produto da reacção da enzima foi medido como se segue: deixou-se reagir 10 mg de cilo-inosose, 40 mg de NADPH e 10U da enzima em 1,0 ml de tampão de Tris 100 mM (pH 8,0) a 36 °C durante 4 horas e realizou-se um tratamento 69 seguido de por aquecimento a 80 °C durante 10 min, arrefecimento. Depois, adicionou-se 100 μΐ de uma resina permutadora de catiões de uma base forte, 100 μΐ de uma resina permutadora de aniões de um ácido forte e 10 mg de carvão activado e agitou-se a mistura e centrifugou-se. Depois, diluiu-se, 2 vezes, o sobrenadante e fizeram-se as medições por CLAR (Shodex Asahipak NH2P-50 4E Φ 4,6 x 250 mm: Shodex) utilizando um detector RI nas condições de uma temperatura de coluna de 40 °C e uma velocidade de fluxo da fase móvel de 1,5 ml (acetonitrilo a 80 %) . Como resultado, verificou-se que o produto do gene Atu4375 e o produto do gene Atu3234 de C58 de Agrobacterium tumefacience, o produto do gene BG 14057 de 168 de Bacillus subtilis, o produto do gene Xcc3438 de Xanthomonas campestris pv. campestris e o produto do gene Atu4375 e o produto do gene Atu3234 da estirpe AB 10121 tinham uma elevada actividade de enzima e 100 % do produto era cilo-inositol obtido por redução, enquanto o mio-inositol, que é um seu isómero, não foi detectado. Como resultado verificou-se que as enzimas recombinantes derivadas dos genes mencionados têm uma elevada actividade de cilo-inositol desidrogenase e os produtos do gene eram cilo-inositol desidrogenase. Entretanto, nos produtos obtidos pela reacção de redução da cilo-inosose, detectou-se apenas cilo-inositol e verificou-se que as enzimas reduziam especificamente, sob o ponto de vista estereoquimico, a cilo-inosose para cilo-inositol. A sequência do gene Atu4375 derivada de C58 de Agrobacterium tumefacience está ilustrada na SEQ ID NO: 3, a sequência de aminoácidos correspondente está ilustrada na SEQ ID NO: 4, a sequência do gene Atu3234 está ilustrada na SEQ ID NO: 5 e a sequência de aminoácidos correspondente está ilustrada na SEQ ID NO: 6. Entretanto, a sequência do gene BG14057 derivada de 168 de Bacillus subtilis 168 está 70 ilustrada na SEQ ID NO: 7, a sequência de aminoácidos correspondente está ilustrada na SEQ ID NO: 8, a sequência do gene Atu4375 derivado de AB10121 está ilustrada na SEQ ID NO: 9, a sequência de aminoácidos correspondente está ilustrada na SEQ ID NO: 10, a sequência do gene Atu3234 está ilustrada na SEQ ID NO: 11, a sequência de aminoácidos correspondente está ilustrada na SEQ ID NO: 12, a sequência do gene Xcc3438 derivado de Xanthomonas campestris pv. campestris está ilustrada na SEQ ID NO: 13 e a sequência de aminoácidos correspondente está ilustrada na SEQ ID NO: 14. Entretanto, a partir dos resultados da análise da sequência de nucleótidos de um plasmido incluindo o gene Atu4375 e o gene Atu3234 de AB10121 (Hokkaido System Science Co., Ltd.), a homologia entre o gene Atu4375 de C58 de Agrobacterium tumefacience e o gene Atu4375 de AB10121 foi de 89 % para a sequência de nucleótidos e 96 % para a sequência de aminoácidos, embora a homologia entre o gene Atu3234 de C58 de Agrobacterium tumefacience e o gene Atu3234 de AB10121 foi de 87 % para a sequência de nucleótidos e 95 % para a sequência de aminoácidos.
Exemplo 13 <Isolamento do ADN que codifica SIDHl que é produzido a partir de AB10281 FERM BP-10119 de Acetobacter sp.>
Das enzimas purificadas, aplicou-se uma solução de enzima contendo SIDHl numa membrana de PVDF (Immobilon PSQ: fabricada pela Millipore Corporation) e absorvida na membrana de PVDF. Depois, retira-se a membrana de PVDF e cora-se com corante de azul brilhante de Coomassie (Rapid CBB ΚΑΝΤΟ: Fabricado pela ΚΑΝΤΟ CHEMICAL CO., INC.), descorou-se e secou-se, seguido da análise com um analisador de aminoácido do terminal N (fabricado pela Hewlett-Packard Development 71
Company). Como resultado, a partir do terminal N, uma sequência:
Met-Lis-Arg-Lis-Leu-Arg-Ile-Gli-Leu-Ile-Gli-Ser-Gli-Fen-Met-Gli-Arg-Tre-His-Ala-Fen-Gli-Tir-Ser foi identificada. Depois previu-se uma sequência de AND que codifica uma sequência de aminoácidos e em seguida construiram-se dois tipos de iniciadores. SEQ ID NO: 29: SIDH1-F1 atgaarcgnaarytncgiatyggyytiatygg SEQ ID NO: 30: SIDH1-F2 ggyttyatgggycgnacicaygcittyggyta
Em seguida, com base nas sequências de nucleótidos das várias cilo-inositol desidrogenases obtidas nos exemplos 10 a 12, prepararam-se os dois iniciadores que se seguem incluindo as regiões de elevado contendo dentro das sequências. SEQ ID NO: 31: SIDH1-B1 ggyttrtcrmmgayracrtgrstrcc SEQ ID NO: 32: SIDH1-B2 artgwrirtgrttgggigt
Entretanto, como ADN genómico de AB10281 a ser utilizado como matriz, preparou-se uma solução de ADN genómico de AB10281 utilizando os péletes de células (peso húmido cerca de 400 mg) preparados no exemplo 9, da mesma maneira que o processo de preparação de ADN descrito no exemplo 12.
Para a RCP, utilizou-se a solução da reacção de Ex taq da Takara Shuzo Co., Ltd. e preparou-se uma solução com uma composição de 5 μΐ de 10 χ tampão de Takara ExTaq, 4 μΐ de uma mistura de dNTP, 30 ng do ADN-matriz, 1 μΐ de cada uma das soluções de iniciador a 10 μΜ (SIDH1-F1 e SIDH1-B1) e 0.5 μΐ de Takara ExTaq por meio da adição de água de tal modo que tenha um volume de 50 μΐ, seguido da camada de 30 μΐ de óleo mineral. Para a reacção, utilizou-se um amplificador de RCP (ASTEC Co., Ltd., PC-700) e fez-se um ciclo de três etapas: desnaturação (94 °C, 30 segundos), hibridação (50 °C, 30
segundos) e elongação (72 °C, 1 minuto), repetido 35 vezes. A 72 electroforese revelou que a RCP descrita antes amplificou um fragmento de ADN com uma dimensão de cerca de 0,3 kpb. Além disso, a banda na posição de 0,3 kpb foi retirada do gel, utilizou-se uma parte de uma solução de gel homogeneizada como matriz (2 μΐ) e preparou-se uma solução de reacção com a mesma composição tal como descrito antes excepto no facto de ser mudado a combinação de iniciadores para SIDH1-F2 e SIDH1-B2. Para a reacção, utilizou-se um amplificador de RCP (ASTEC Co., Ltd., PC-700) e fez-se um ciclo de três etapas: desnaturação (94 °C, 30 segundos), hibridação (46°C, 30 segundos) e elongação (72 °C, 1 minuto), repetido 35 vezes. A electroforese revelou que a RCP amplificou um fragmento de ADN com uma dimensão de cerca de 0,25 kpb. O fragmento de ADN com uma dimensão de cerca de 0,25 kpb foi retirado do gel e purificou-se o fragmento da RCP utilizando GENECLEAN (fabricado pela BiolOl) . Especifica-mente, da mesma maneira que o processo de purificação descrito no exemplo 12 excepto no facto de o gel estar dissolvido numa solução de Nal, obteve-se 12 μΐ de uma solução do fragmento de ADN.
Em seguida, ligou-se o fragmento de ADN purificado a um vector pT7Blue. Especificamente, adicionou-se 0,5 pg do vector pT7Blue e 10 μΐ da solução de ligação de Takara do estojo-I (Takara Shuzo Co., Ltd.) a 10 μΐ da solução de fragmento de ADN e deixou-se a mistura reagir a 16°C durante 73 1 hora. Utilizou-se a solução para transformar as células concorrentes (DH5oí, Takara Shuzo Co., Ltd.) A operação de transformação e isolamento de um plasmido dos transformantes foi realizada da mesma maneira que no exemplo 12.
Submeteu-se o plasmido obtido a uma análise da sequência de nucleótidos (Hokkaido System Science Co., Ltd.) utilizando iniciadores universais (R-20mer e U-19mer) e revelou-se cerca de um terço da semi-região inicial da sequência de nucleótidos de um gene que codifica a enzima.
Depois, para determinar o comprimento completo da sequência de nucleótidos, digeriu-se completamente o ADN genómico de AB10281 com uma enzima de restrição BamHI e a solução de fragmento de ADN foi purificada utilizando GENECLEAN (fabricado pela BiolOl), seguida da auto-ligação do fragmento. Especificamente, adicionou-se 10 μΐ da solução de ligação de Takara do estojo-I (Takara Shuzo Co., Ltd.) a 10 μΐ da solução de fragmento de ADN assim preparada e deixou-se a mistura reagir a 16 °C durante 1 hora. Depois da reacção, purificou-se o ADN utilizando GENECLEAN (fabricado pela BiolOl) e utilizou-se a solução como uma solução do ADN-matriz para a RCP inversa.
Em seguida, com base em cerca de um terço de metade da região inicial da sequência de nucleótidos revelada, prepararam-se os três iniciadores que se seguem e realizou-se a RCP inversa. 74 SEQ ID NO: 33: SIDH1-INV-F gctcgtcaacgatcctgaaattgat SEQ ID No: 34 : SIDHI-INV-B ttcgctgcagcttcatcggaaatat SEQ ID No: 35: SIDH1-INVF3 cccttcaatttccgggcgggt
Para a RCP inversa, utilizou-se a solução da reacção de Ex taq da Takara Shuzo Co., Ltd. E preparou-se uma solução com uma composição de 5 μΐ de 10 χ tampão de Takara ExTaq, 4 μΐ de uma mistura de dNTP, 30 ng do ADN-matriz, 1 μΐ de cada uma das soluções de iniciador a 10 μΜ (uma combinação de SIDH1-INV-F e SIDHI-INV-B ou uma combinação de SIDH1-INV-F e SIDH1-INV3) e 0,5 μΐ de Takara ExTaq por meio da adição de água de tal modo que tenha um volume de 50 μΐ, seguido da camada de 30 μΐ de óleo mineral. Para a reacção, utilizou-se um amplificador de RCP (ASTEC Co., Ltd., PC-700) e fez-se um ciclo de três etapas: desnaturação (94 °C, 30 segundos), hibridação (50 °C, 30 segundos) e elongação (72 °C, 2 minutos), repetido 35 vezes. A electroforese revelou que os fragmentos de ADN amplificados pela RCP descrita antes tinham dimensões de cerca de 2,7 kpb e cerca de 1,8 kpb. Depois, as bandas nas posições de cerca de 2,7 kpb e cerca de 1,8 kpb foram retiradas do gel e os fragmentos de RCP foram purificados utilizando GENECLEAN (fabricado pela BiolOl), para se obter assim 10 μΐ de soluções de fragmentos de ADN. Os dois fragmentos de ADN resultantes foram submetidos à análise das sequências de nucleótidos (Hokkaido System Science Co., Ltd.) utilizando os iniciadores utilizados na RCP para determinar toda a sequência de nucleótidos dos genes que codificam a enzima. 75
Em seguida, realizou-se a RCP utilizando iniciadores com as sequências que se seguem para a clonagem do gene SIDH1 (incluindo um sitio de SLR) derivada da estirpe AB10281 para a sua expressão como enzima recombinante. SEQ ID NO: 36: 281SIDH1-F gctggatcccgcccttattgtgaata SEQ ID No: 37: 281SIDH1-R tatgaattcgttatgccttctcatgctgtcg
Para a RCP, utilizou-se a solução da reacção de Ex taq da Takara Shuzo Co., Ltd. E preparou-se uma solução com uma composição de 5 μΐ de 10 χ tampão de Takara ExTaq, 4 μΐ de uma mistura de dNTP, 30 ng do ADN matriz, 1 μΐ de cada solução de iniciador 10 μΜ e 0.5 μΐ de Takara ExTaq por meio da adição de água de tal modo que tenha um volume de 50 μΐ, seguido da camada de 30 μΐ de óleo mineral. Para a reacção, um ciclo de três etapas: desnaturação (94 °C, 30 segundos), hibridação (55 °C, 1 minuto) e elongação (72 °C, 1 minuto) , que se repetiram 35 vezes utilizando um amplificador de RCP (ASTEC Co., Ltd., PC-700). A RCP descrita antes amplificou um fragmento de ADN com uma dimensão de cerca de 1,2 kpb.
Purificou-se o fragmento de ADN com uma dimensão de cerca de 1,2 kpb utilizando GENECLEAN (fabricado pela BiolOl), par assim se obter 12 μΐ de uma solução de fragmento de ADN. Para um processo para inserir o fragmento de ADN num vector de expressão, adicionou-se 0,5 pg de um plasmido de expressão (pUC119), 1 μΐ das enzimas de restrição (BamHI, EcoRI) da Takara Shuzo Co., Ltd., e 2 μΐ de 10 χ tampão K para as enzimas de restrição da Takara Shuzo Co., Ltd. a 10 μΐ de uma solução de um fragmento de ADN e adicionou-se água esterilizada de modo a ter um volume de 20 μΐ, seguindo-se a sua mistura. Deixou-se a solução reaccional reagir a 36 °C durante 2 horas. 76 A recolha do fragmento de ADN da solução de reacção, realizaram-se a purificação, reacção de ligação e transformação das células concorrentes (DH5a, Takara Shuzo Co., Ltd.) da mesma maneira que no exemplo 12. Além disso, a expressão da cilo-inositol desidrogenase e a medição da actividade realizaram-se da mesma maneira que no exemplo 12 e identificou-se o produto do gene como cilo-inositol desidrogenase.
Como resultado, a sequência de nucleótidos de um gene que codifica SIDH1 derivado da estirpe AB10281 está ilustrada na SEQ ID NO: 27, enquanto a sua sequência de aminoácidos está ilustrada na SEQ ID NO: 28.
Exemplo 14 <Estudo das propriedades da enzima da presente invenção, de vários tipos de cilo-inositol desidrogenase> 0 processo que se segue foi realizado para estudar as propriedades enzimáticas de SIDH1, SIDH2 e SIDH3 derivadas da estirpe AB 10281, que tinham sido obtidas pela purificação enzimática do exemplo 9; o produto do gene ydgJ derivado de Escherichia coli, que tinha sido obtido como uma enzima recombinante no exemplo 11; e os produtos dos genes Atu4375 e Atu3234 de C58 de Agrobacterium tumefacience, o produto do gene BG14057 de 168 de Bacillus subtilis, o produto do gene Xcc3438 de Xanthomonas campestris pv. campestris e os produtos dos genes Atu4375 e Atu3234 da estirpe AB10121, tendo todos eles sido obtidos como enzimas recombinantes no exemplo 12 e os resultados estão ilustrados no quadro 5. O quadro 6 mostra a homologia na sequência de aminoácidos. A homologia de apenas os aminoácidos comuns a 77 todas as sequências foi baixa (cerca de 5 %) , mas a homologia, incluindo ter aminoácidos com propriedades similares, foi alta, particularmente nos dominios de ligação de NAD ou de NADP em cerca de 30 % da sequência do terminal N. Além disso, a sequência de lisina-prolina em direcção ao centro da sequência, envolvida na ligação de nicotinamida, que é um sitio de reacção de oxidoredução de NAD ou NADP, estava altamente conservada. A asparagina na 27a posição em direcção ao terminal C a partir da sequência de lisina-prolina e a sequência de ácido aspártico-(3 aminoácidos)-histidina próxima do centro da sequência estavam também altamente conservadas, por isso são consideradas como sequências importantes envolvidas na ligação do substrato a partir das estimadas estruturas tri-dimensionais. No quadro, as sequências comuns estão representadas pelo simbolo os aminoácidos com propriedades similares estão representados pelo simbolo ou o simbolo e a asparagina na 27a posição em direcção ao terminal C a partir da sequência de lisina-prolina e a sequência de terminal a partir da sequência ácido aspártico-(3 aminoácidos)-histidina próxima do centro da sequência estão representadas por sombreado.
Na comparação dos pesos moleculares, o peso molecular da enzima da presente invenção, derivada de AB10281 foi calculado com base nos resultados da SDS-PAGE utilizando um marcador de peso molecular (padrão de pré-coloração (tipo de gama larga): Fabricado pela Bio-Rad Laboratories, Inc.), enquanto os pesos moleculares de outras enzimas da presente invenção foram estimados a partir dos comprimentos completos dos genes. Como resultado, os pesos moleculares das enzimas da presente invenção (SIDH1, SIDH2 e SIDH3) derivadas de AB10281, que tinham sido obtidas pela purificação da enzima, foram de 46 k Dalton, 42 k Dalton, e 40 k Dalton, respectivamente. Entretanto, o peso molecular da enzima da 78 presente invenção derivada do gene ydgJ de K12 de Escherichia coli, que se tinha obtido como uma enzima recombinante no exemplo 11, foi de 38,2 k Dalton; os pesos moleculares de outras enzimas da presente invenção derivadas do gene Atu4375 e do gene Atu3234 de C58 de Agrobacterium tumefacience, que se tinham obtido como enzimas recombinantes no exemplo 12, foram de 41,3 k Dalton e 42,4 k Dalton, respectivamente; os pesos moleculares de outras enzimas da presente invenção derivadas do gene BG14057 de 168 de Bacillus subtilis, do gene Xcc3438 de Xanthomonas campestris pv. campestris e do gene Atu4375 e do gene Atu3234 de AB 10121 foram de 40,1 k Dalton, 38,5 k Dalton, 41,4 k Dalton e 42,5 k Dalton, respectivamente. Isto é, verificou-se que as enzimas da presente invenção, cilo-inositol desidrogenase, tinham um peso molecular de 38 a 46 k Dalton.
As propriedades de associação da enzima da presente invenção foram determinadas por: medição da actividade de fracções obtidas por fraccionamento utilizando uma coluna de filtração em gel (Tosoh Corporation: 2000SWXL); calculando o peso molecular das fracções correspondentes de peso molecular; e dividindo os valores calculados pelos pesos moleculares da enzima. Os valores resultantes foram representados como números inteiros. Como resultado, verificou-se que as enzimas da presente invenção, as cilo-inositol desidrogenases, têm um peso molecular de 80 k a 110 k Dalton e considerou-se que formavam dimeros e trimeros em condições de dessnaturação. A selectividade da coenzima da enzima da presente invenção foi determinada por: mistura de 5 μΐ de uma solução reaccional (tampão de Tris 200 mM (pH 8,0), 2 % de NADPH ou NADH e 1% de cilo-inosose) com 5 μΐ de uma solução da enzima e deixou-se reagir a 36 °C durante 30 minutos. Depois da 79 reacção, adicionou-se imediatamente 500 μΐ de água e mediu-se a absorvência a 340 nm. A partir do valor em branco de uma solução de ensaio preparada utilizando água em vez da solução de enzima, mediu-se a diminuição da absorvência a 340. A solução da enzima foi diluido conforme necessário. Os resultados indicam que as cilo-inositol desidrogenases das enzimas da presente invenção foram capazes de utilizar como co-enzimas tanto NADPH como NADH, mas tem a actividade relativa da coenzima como se mostra no quadro 5. Foi revelado que muitas enzimas têm uma elevada reactividade com NADPH. 0 pH óptimo das enzimas da presente invenção foi determinada por: mistura de 5 μΐ de uma solução reaccional (tampão de fosfatos 200 mM (pH 5,0 a 9,0), 2 % de NADPH e 1% de cilo-inosose) com 5 μΐ de uma solução da enzima e deixou-se reagir a 36 °C durante 30 minutos. Depois da reacção, adicionou-se imediatamente 500 μΐ de água e mediu-se a absorvência a 340 nm. A partir do valor em branco de uma solução de ensaio preparada utilizando água em vez da solução de enzima, mediu-se a diminuição da absorvência a 340. A solução da enzima foi diluido conforme necessário. Como resultado, verificou-se que as enzimas da presente invenção, as cilo-inositol desidrogenases, têm um pH óptimo como se mostra no quadro 5. Isto é, verificou-se que as enzimas da presente invenção reagem num amplo intervalo de pH 5 a 9. Entretanto, também foi revelado que há enzimas que têm actividade máxima do lado ácido (pH próximo de 6) , enzimas que têm uma actividade máxima numa região neutra (pH a cerca de 6,5 a 7,5) e as enzimas que têm uma actividade máxima do lado alcalino (pH a cerca de 7,5 a 9) . A termoestabilidade das enzimas da presente invenção foi determinada por: tratamento de uma solução de enzima à temperatura pré-determinada durante 10 min; arrefecimento da 80 solução; mistura da solução de enzima com 5 μΐ de uma solução de reacção (tampão de fosfato 200 mM (pH 5,0 a 9,0), 2 % de NADPH e 1 % de cilo-inosose) ; e deixando a mistura reagir a 36 °C durante 30 min. Depois, adicionou-se imediatamente 500 μΐ de água e mediu-se a absorvência a 340 nm. A partir do valor em branco de uma solução de ensaio preparada utilizando água em vez da solução de enzima, mediu-se a diminuição da absorvência a 340. A solução da enzima foi diluído conforme necessário. A actividade de um grupo tratado a 20 °C durante 10 min foi definida como 100 % e comparam-se as actividades relativas. Como resultado, verificou-se que a termo-estabilidade das enzimas da presente invenção, cilo-inositol desidrogenase, varia consoante as enzimas como se mostra no quadro 5 e verificou-se que a estabilidade varia no intervalo de 40 a 60 °C consoante as enzimas.
Os efeitos do metal pesado nas enzimas da presente invenção foram determinadas por: mistura de 5 μΐ de uma solução reaccional (tampão de Tris 200 mM (pH 8,0), 2 % de NADPH e 1% de cilo-inosose e 2M de metal pesado) com 5 μΐ de uma solução da enzima e deixou-se reagir a 36 °C durante 30 minutos. Depois da reacção, adicionou-se imediatamente 500 μΐ de água e mediu-se a absorvência a 340 nm. A partir do valor em branco de uma solução de ensaio preparada utilizando água em vez da solução de enzima, mediu-se a diminuição da absorvência a 340. A solução da enzima foi diluído conforme necessário. Utilizaram-se como sais metálicos: CaCl2, C0CI2, ZnS04, MgS04, SnCl2, NÍCI2 e MnS04. A actividade do grupo que não foi adicionado foi definida como 100 % e compararam-se as actividades relativas. Como resultado, como se mostra no quadro 5, as enzimas da presente invenção, as cilo-inositol desidrogenases, foram activadas pelo menos na presença do ião Co 2+ e inibidas na presença do ião Sn2+. A maior parte das enzimas foram inibidas na presença do ião Zn 2+, pelo 81 contrário, a enzima derivada de 168 de Bacillus subtilis foi activada na presença do ião Zn2+.
Os valores de Km das enzimas da presente invenção, para cilo-inosose foram determinadas por: mistura de 5 μΐ de uma solução reaccional (tampão de Tris 200 mM (pH 8,0), 2 % de NADPH e 0,001 a 2,5 % de cilo-inosose) com 5 μΐ de uma solução da enzima e deixou-se reagir a 36 °C durante 30 minutos. Depois da reacção, adicionou-se imediatamente 500 μΐ de água e mediu-se a absorvência a 340 nm. A partir do valor em branco de uma solução de ensaio preparada utilizando água em vez da solução de enzima, mediu-se a diminuição da absorvência a 340. A solução da enzima foi diluído conforme necessário. Os valores de Km foram calculados por meio de um gráfico recíproco. Como resultado, como se mostra no quadro 5, verificou-se que as enzimas da presente invenção, cilo-inositol desidrogenase, têm valores de Km no intervalo de 2,6 a 12,6 mM. A especificidade do substrato das enzimas da presente invenção foi determinada medindo a actividade relativa de oxidação no que respeita à reactividade ao cilo-inositol. Os isómeros de inositol incluem cilo-inositol (Cl), mio-inositol (MI), D-quiro-inositol (DCI), L-quiro-inositol (LQI), epi-inositol (EI), muco-inositol (Mui), alo-inositol (AI) e neo-inositol (NI) . O quadro 5 mostra o grupo de isómeros com os quais as enzimas mostram uma actividade relativa não inferior a 70 %, um grupo de isómeros com os quais as enzimas mostram uma actividade relativa não inferior a 70 % e não inferior a 20 % e um grupo de isómeros com os quais as enzimas mostram uma actividade relativa não inferior a 20 %.
Determinou-se a especificidade do substrato por meio de: mistura de 50 μΐ de uma solução reaccional (isómeros com 1 % 82 de inositol (ou apenas 0,4 % de neo-inositol), tampão de Tris 200 mM (pH 8,0), 0,002 % NADP+, 0,002 % de diaforase e 0,01 % de azul de nitrotetrazólio) com 50 μΐ de uma solução de enzima; e fez-se a medição do aumento da absorvência a 545 nm a 25 °C de três em três minutos utilizando um leitor de micro-placas. Calculou-se a taxa de reacção a partir dos aumentos da absorvência nos tempos respectivos. Como resultado, verificou-se que a especificidade do substrato varia ligeiramente consoante os tipos de enzimas e da correlação com as estruturas dos isómeros de inositol, também se verificou que essas enzimas têm pelo menos actividade de cilo-inositol desidrogenase e actividade de mio-inositol desidrogenase.
Quadro 5: Lista de propriedades de cilo-inositol desidrogenase
Estirpes . J, coli \cetobacter sp, lacillus sub, _1 Estirpe 168 |(ATCC238 57) Estirpe [12 (ATCC10798) ;FERM P-18868) .. nome da enzima Gene ydgJ 1 5IDH1 5IDH2 >IDH3 iene BG14 057 Γ 11 kDalton 38,2k 1 l6k (SDS-PAGE) I2k (SDS-PAGE) lOk (SDS-PAGE) 10,lk Γ ' j j j Dimero associação Dimero 1 'rimer )imero )imero Estável a 45 "C ou lienos Estável a60°C ou |ienos Estável a60°C ou lienos I Estável a40°C ou íienos Termoestabilidade ienos Actividade relativa da cozenzima NADPH:NADH =100:9 NADPH:NADH J=100:112 NADPH:NADH |=100:1 NADPH:NADH j=100:3 | NADPH:NADH J=100:52 pH óptimo )H 7,5-9,0 )H 5,5-6,5 )H 5,5-6,5 )H 5,5-6,5 )H 7,0-8,5 λ 1_^o ^ ^ n pesado: activação Co :o :o )o,Mn ’o, Mn, Zn Efeitos do metal pesado: inibiçãc Sn, Zn 5n, Zn >n, Zn >n, Zn 5n forte ΒοΗιιρ2λ da reacção Apenas CIS - SI . vpenas CIS - SI apenas CIS - SI Apenas CIS SI vpenas CIS SI 1- V» 1 Ho I^m pSrj cilo-inosose 3,9mM ', 6mM .0,6mM .2,6mM i, 5mM 1- Substrato especifico 1_ Actividade SI,MI,DQI >1 >1 >1 >I,MI relativa (70 % ou mais) 1 Λ , , especifico LQI,EI,MuI 11 11 11 )QI, EI, AI, NI 83
Actividade relativa (20 a 70 %) , Substrato especifico | DQI,LQI,EI, JluI, AI, NI Actividade AI,NI lul, AI, NI fcul,AI,NI LQI, Mui relativa (menos do que 20 %) 1 1 1_ Estirpe C58 (ATCC33970) AB10121 |(FERM P-17383) 1 pv,Campestris |(ATCC3391 3) Mr>Tno Hr, gcnc nome da enzima Gene Atu4375 !ene Atu3234 iene Atu4375 iene Atu3234 iene Xcc34 38 kDalton U,3k [2,4k H, 4k 12,5k co Tr'pri·d'd' d' associação Dimero 1 )imero )imero )imero )ímero Termoestabilidade istável a 50°C ou lenos Estável a 40°C ou jienos Estável a 50°C ou |ienos Estável a 40°C ou jnenos | Estável a40°C ou jienos Actividade relativa da cozenzima NADPH:NADH =100:9 NADPH:NADH |=100:18 NADPH:NADH j=100:6 NADPH:NADH |=100:20 | NADPH:NADH j=100:34 pH óptimo >H6, 5-8,5 )H7,0-8,5 )H6,5-8,5 )H7,0-8,5 )H6,5-7,5 ρίο.,.ησ Hri InQt_al pesado: activação Co, Mn 5o,Mn, Ca io,Mn io,Mn, Ca io Efeitos do metal pesado: inibiçãc Sn, Zn >n, Zn 5n, Zn 5n, Zn 5n, Zn forte p ^ ~ H H 1- da reacção Apenas CIS - SI . vpenas CIS -* SI Apenas CIS - SI Apenas CIS -* SI ipenas CIS - SI 1 ., , n cilo-inosose 9, 2mM 1 !, 6mM ), 8mM 5,1 mM ), lmM Substrato especifico I Actividade SI,MI,DQI,EI 51, MI, DQI, EI, LQI 51,MI,DQI,EI 51, MI, DQI, EI, LQI 51, DQI relativa (70 % ou menos) | Substrato especifico | Actividade LQI,Mui :iui jQI ,MuI lul II relativa (20 a 70 %) I Substrato especifico | Actividade AI,NI αΙ,ΝΙ ΛΙ,ΝΙ ΛΙ,ΝΙ :i,LQI,Mui, AI,NI relativa (menos do que 20 %) I Abreviaturas CIS: EI:Epi-inositol, Mi cilo-inosose, SI:£ 1:Muco-inositol, AI cyllo-inositol, MI :l· :Alo-inositol, NI:Neo lio-inositol, DQI:D-chiro-inositol, LQI:L-quiro-inositol, -inositol
Eeeii.yágJ X ca»p. Xccí438 &sub.88M0S7 X tu». Atums mimutmis kitm.Amm AS«512m«3234 £. coíi. ><tgJ X «atsp, I«s3438 &»it>.88S4357 A. tune. Atu4375 A8!012Uí.!j4375 A. tms, Atu3234 Α810)ί*Αΐύ3234 AB5028IStSJHl --------------------SSOSíRVeitGYGIfASXTFHAÍli-AfimmA¥SS~~SSSETXV ÍSEQ ÍD W* 2 ) ———mmtjwmwwwMit—astp®jihsw—sskp«h> <8eqii>ko·. m) -aiTtu(®fa(voT!KyaiLSYasâsmmL—ovueoissia—rssTSV <sbqh> no; « —aSSATKKFOS® I fiLí^SSSQGAF*S(WH8 j-AARU5087El¥A3AtSSDP«ÍA ÍSBQl»N0i4) -«ssAPKxn^ifiLatvssôc^ —no·- n» ^íOTTKCAMfBiimsaswiasw»—AAKis^mvAaALsstms m&a 10 m>-13) E& 10140· 28) 0iff7msc^ac^a(m5¥Fí#RK5scaTu(aLAes«.«¥A«;çsKn) SSSPÍXUÍAAQAR 1¥¥δλΜ£Λ2Κ i WOÍ«©*©ADFlTm !E&®â.«'¥^«SHFC EíWATAK^TU<RAAÍ^6VltSVYW8»g»mT lK& i SSGSLS)! KTYOYSY#
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Tí-rriAAHA*^?esiL«í*vi^^— í i -iWMki&mGSMmm-mmwtimKiBSGmmw.— —-LXAI EVARYlEALAfôíiPEmrHASLfilOTLVET IHASS-KSAAW»VPTDK
Exemplo 15 <Produção de cilo-inositol utilizando a enzima da presente invenção> 0 processo de produção da presente invenção requer dois tipos de enzimas, mio-inositol 2-desidrogenase e a enzima da presente invenção. Aqui, vai mostrar-se um exemplo que utiliza uma enzima recombinante de mio-inositol 2-desidrogenase que é um produto do gene BG10669 derivado de 168 ATCC23857 de Bacillus subtilis e uma enzima recombinante da enzima da presente invenção codificada pelo ADN da presente invenção (gene ydgJ derivado de K12 de Escherichia coli: SEQ ID NO: 1).
Primeiro, para se obter uma enzima recombinante de mio-inositol 2-desidrogenase que é um produto do gene BG10669 derivado de 168 ATCC23857 de Bacillus subtilis, realizou-se a 86
Realizou-se a RCP utilizando experiência que se segue, iniciadores que têm as sequências que se seguem para a clonagem do gene BG10669 derivado de 168 de Bacillus subtilis para a expressar como a enzima recombinante.
SEQ ID NO: 25: BG10669-F 5'-ttgggatccgatgagtttacgtattggcgtaattg-3'
SEQ ID No. 26: BG10669-R 5'-aaactgcagttagttttgaactgttgtaaaagattgata-3'
Para a RCP, utilizou-se a solução da reacção de Ex taq da Takara Shuzo Co., Ltd. E preparou-se uma solução com uma composição de 5 μΐ de 10 χ tampão de Takara ExTaq, 4 μΐ de uma mistura de dNTP, 30 ng do ADN matriz, 1 μΐ de cada solução de iniciador 10 μΜ e 0,5 μΐ de Takara ExTaq por meio da adição de água de tal modo que tenha um volume de 50 μΐ, seguido da camada de 30 μΐ de óleo mineral. Para a reacção, um ciclo de três etapas: desnaturação (94 °C, 30 segundos),
hibridação (53 °C, 1 minuto) e elongação (72 °C, 1 minuto) , que se repetiram 35 vezes utilizando um amplificador de RCP (ASTEC Co., Ltd., PC-700). A RCP descrita antes amplificou um fragmento de ADN com uma dimensão de cerca de 1,0 kpb. Depois da reacção, o óleo mineral em camadas foi extraído com 0,3 ml de hexano e repetiu-se uma operação de eliminação da camada de três vezes, seguida da redução da pressão para 1 minuto, para assim eliminar o óleo mineral. A partir de 50 μΐ da solução de reacção assim obtida, purificou-se o fragmento da RCP utilizando GENECLEAN (Bio 101) . Especificamente, adicionou-se 300 μΐ de uma solução de Nal incluída no estojo e misturou-se e adicionou-se 10 μΐ de uma solução de pérolas de vidro e misturou-se. Deixou-se a mistura em repouso a 4 °C 87 durante 15 minutos e centrifugou-se para precipitar as pérolas de vidro nas quais o fragmento de ADN foi absorvido e depois eliminou-se o sobrenadante. Depois adicionou-se 500 μΐ da nova solução de lavagem incluída no estojo à suspensão de pérolas de vidro e centrifugou-se a mistura para eliminar o sobrenadante. A operação de lavagem utilizando a nova solução de lavagem foi repetida três vezes. Depois, secaram-se as pérolas de vidro e pressão reduzida e adicionou-se 15 μΐ de água esterilizada para fazer uma suspensão. Aqueceu-se a mistura para 55°C durante 15 minutos e centrifugou-se para se obter 12 μΐ do sobrenadante contendo o fragmento de ADN.
Realizou-se uma operação de inserção do fragmento de ADN purificado num vector de expressão, como se segue.
Especificamente, adicionou-se 0,5 pg de um plasmido de expressão (pUC118: fabricado pela Takara Shuzo Co., Ltd.)), 1 μΐ de cada uma das enzimas de restrição BamHI e PstI daTakara Shuzo Co., Ltd. e 2 μΐ de 10 x tampão K, que é um tampão de enzima de restrição da Takara Shuzo Co., Ltd., a 10 μΐ da solução de fragmento de ADN e adicionou-se água esterilizada de modo a que a mistura ficasse com um volume de 20 μΐ, seguida de mistura. Deixou-se a solução reaccional reagir a 36 °C durante 2 horas. Depois da reacção das enzimas de restrição, isolou-se o fragmento de ADN e o vector de expressão com GENECLEAN e ligaram-se um ao outro. Especificamente, adicionou-se 300 μΐ da solução de Nal incluída no estojo e misturou-se em 20 μΐ da solução reaccional das enzimas de restrição e misturou-se e adicionou-se depois 10 μΐ da solução de pérolas de vidro e misturou-se. Deixou-se a mistura em repouso a 4 °C durante 15 88 minutos e depois centrifugou-se para precipitar as pérolas de vidro nas quais o fragmento de ADN e o vector de expressão estavam adsorvidos e eliminou-se o sobrenadante. Depois, adicionou-se 500 μΐ da nova solução de lavagem, incluida no estojo, à suspensão de pérolas de vidro e centrifugou-se a suspensão para eliminar o sobrenadante. A operação de lavagem utilizando a nova solução de lavagem foi repetida três vezes. Depois, secaram-se as pérolas de vidro e pressão reduzida e, após a secagem, adicionou-se 15 μΐ de água esterilizada para fazer uma suspensão. Aqueceu-se a mistura para 55 °C durante 15 minutos e centrifugou-se para se obter 12 μΐ do sobrenadante contendo o fragmento de ADN e o vector de expressão. O processo eliminou pequenos fragmentos de ADN que tinham uma dimensão de cerca de 50 pb ou menos e que tinham sido gerados pelas enzimas de restrição, para se obter assim o fragmento de ADN com interesse e o vector de expressão.
Adicionou-se 10 μΐ de uma solução de ligação de Takara do estojo-I (Takara Shuzo Co., Ltd.) a 10 μΐ da solução assim preparada e deixou-se a mistura reagir a 16 °C durante 1 hora. Utilizou-se a solução para transformar as células concorrentes (Takara Shuzo Co., Ltd.: DH5a). Especificamente, adicionou-se-lhe 5 μΐ de uma solução reaccional de ligação a 60 μΐ de uma solução de células concorrentes não congeladas a 89 4 °C e misturou-se deixou-se a 0 °C durante 30 minutos e a 42 °C durante 45 segundos e a 0 °C durante 2 minutos. Adicionou-se-lhe 500 μΐ de uma solução de SOC (2 % de bacto-triptona, 0,5 % de extracto de levedura, NaCl 10 mM, glicose 20 mM, MgSCb 10 mM, e MgCl2 10 mM) seguida da recuperação da cultura a 36 °C durante 1 hora. Aplicou-se 100 μΐ da solução de cultura ao meio de agar LB (1 % de bacto-triptona, 0,5 % de extracto de levedura, 1 % NaCl, a pH 7,0, 1,5 % de agar) contendo 50 yg/ml de ampicilina, 40 yg/ml de X-gal (5-bromo-4-cloro-3-indolyil-p-D-galactósido) e IPTG (tiogalacto-piranósido) 1 mM. Realizou-se depois a cultura a 37 °C durante 16 horas. A cultura originou Escherichia coli transformada por introdução dos plasmidos descritos antes, sob a forma de colónias brancas e seleccionaram-se as colónias. As colónias assim separadas da Escherichia coli transformada foram postas em cultura num meio liquido LB contendo ampicilina (50 pg/ml). A partir das células de cultura da Escherichia coli transformada, separou-se o ADN de plasmido e purificou-se utilizando um estojo de purificação de plasmido (Estojo midi do filtro de plasmido QIA, QIAGEN). O ADN do plasmido assim obtido confirmou ter um fragmento de AND com uma dimensão de cerca de 1,0 pb, que corresponde ao gene de interesse BG10669.
Em seguida, para confirmar a actividade de cilo-inositol 2-desidrogenase, transferiram-se as células isoladas para 30 garrafas de 100 ml de meio LB (1 % de bacto-triptona, 0,5 % de extracto de levedura, 1 % de NaCl, a pH 7,0) contendo 50 yg/ml de ampicilina e fez-se uma cultura a 36 °C durante 7 horas. Adicionou-se 0,3 ml de uma solução de tiogalacto- 90 piranósido 200 mM a cada uma das soluções da cultura e depois colocaram-se as células em cultura a 36 °C durante 3 horas. Depois de a cultura estar completa, recolheram-se as células por centrifugação e lavaram-se uma vez com uma solução salina fisiológica. Depois, fez-se uma suspensão de células lavadas em 3 ml de uma solução de Triton X-100 a 0,6% e dividiram-se as células por ondas ultra-sónicas a 4 °C. Centrifugou-se a solução e retirou-se 84 ml do sobrenadante (solução da enzima). Adicionou-se 36 g de sulfato de amónio ao sobrenadante para salinizar as proteínas a 4 °C. Recolheram-se as proteínas resultantes por centrifugação e eliminou-se o sobrenadante. Dissolveram-se os precipitados em 75 ml de tampão de Tris 20 mM (pH 7,0), e centrifugou-se novamente a solução. Aplicou-se o sobrenadante numa coluna Sephadex G-25 (Pharmacia K.K.) (400ml) equilibrada com tampão de Tris 20 mM (pH 7,0) e realizou-se a eluição com tampão de Tris 20 mM (pH 7,0). Realizou-se a eluição com tampão de Tris 20 mM (pH 7,0) e dessalinizou-se o produto da eluição. Os processos originaram 105 ml de uma solução de enzima impura do produto do gene BG10669.
Mediu-se a actividade de redução da mio-inositol 2-desidrogenase como se descreve a seguir. Mistura-se 5 μΐ de uma solução reaccional (tampão de Tris 200 mM (pH 8,0), 2 % de NADH, 1% de cilo-inosose) com 5 μΐ de uma solução da enzima e deixou-se reagir a 36 °C durante 30 minutos. Imediatamente depois da reacção, adicionou-se 500 μΐ de água e mediu-se a absorvência a 340 nm. A partir do valor em branco de um tubo de ensaio preparado utilizando água em vez da solução de enzima, mediu-se a diminuição da absorvência a 340 nm. A solução da enzima foi diluída conforme necessário e confirmou-se que a enzima tinha uma actividade para reduzir cilo-inosose. Por outro lado, para medir a actividade de oxidação, misturou-se 50 μΐ de uma solução de reacção (1 % de 91 mio-inositol ou cilo-inositol, tampão de Tris 200 mM (pH 8,0), 0,002 % de NAD+, 0,002 % de diaforase e 0,01 % de azul de nitrotetrazólio) com 50 μΐ de uma solução de enzima e mediu-se o aumento da absorvência a 545 a 25 °C de três em três minutos utilizando um leitor de microplacas. Calculou-se a taxa de reacção a partir dos aumentos da absorvência nos tempos respectivos. Como resultado, confirmou-se que a enzima preparada tem actividade para oxidar mio-inositol mas não tem actividade para oxidar cilo-inositol. A solução da enzima mio-inositol 2-desidrogenase assim preparada e a solução da enzima impura cilo-inositol desidrogenase preparada no exemplo 11 (105 ml da solução da enzima preparada a partir de 3 de uma solução de cultura (escala de 30 vezes)) foram utilizadas para realizar a reacção para converter mio-inositol em cilo-inositol. Para preparar uma solução da reacção, misturou-se 200 g de mio-inositol, 70 ml de 5 % de cilo-inosose, 130 mg de C0CI2 e 250 mg de MgSCh 7H2O e ajustou-se o volume para 750 ml por meio de aquecimento até 50 °C para dissolver mio-inositol. A solução foi arrefecida para 36 °C e ajustou-se para pH 8,0 com uma solução aquosa de NaOH IN e ajustou-se o volume para 790 ml por meio da adição de água. Adicionou-se 105 ml de uma solução da enzima impura de mio-inositol 2-desidrogenase, 105 ml de uma solução da enzima impura de cilo-inositol desidrogenase e 70 mg de NADP + a 36 °C e manteve-se a temperatura da solução, com um volume de cerca de 1 L, a 36 °C, seguida da reacção com uma ligeira agitação. A solução reaccional gradualmente torna-se ácida, por isso ajustou-se para o pH 8,0 com NaOH IN. 42 Horas mais tarde, geraram-se os cristais de cilo-inositol na solução de reacção, de modo a obter-se uma solução reaccional branca. Filtrou-se a solução utilizando um filtro de papel para recolher a cilo-inositol cristalina (peso húmido 73 g). Adicionou-se ao sólido 3 L de 92 água e o sólido dissolveu-se a 50 °C. Ajustou-se o volume da mistura para 4,5 L por adição de água e arrefeceu-se a mistura para a temperatura ambiente. Centrifugou-se a solução resultante (8.000 rpm, 20 minutos) para eliminar as matérias insolúveis e fez-se passar o sobrenadante através de uma coluna cheia com 100 ml de uma resina permutadora de catiões de bases fortes, uma coluna cheia com 100 ml de uma resina permutadora de aniões de ácido fortes e uma coluna cheia com 50 ml de carvão activado, por esta ordem, para assim se obter cada um dos produtos eluidos. Depois, faz-se passar 500 ml de água através de cada uma das colunas para as lavar, para assim se obter, de cada uma, uma solução de lavagem. Misturaram-se e concentraram-se os produtos eluidos e a solução de lavagem e concentraram-se.
Como resultado da concentração, os microcristais começaram a cristalizar à medida que o volume da solução se tornou mais pequeno e concentrou-se a solução até o peso do conteúdo ser da ordem de 130 g. Arrefeceram-se as soluções concentradas para 4 °C e deixou-se em repouso durante a noite. Depois, filtraram-se as substâncias pastosas e lavaram-se os cristais de cilo-inositol do papel do filtro com uma pequena quantidade de água, seguida de secagem a 105 °C durante 3 hr. 0 cilo-inositol resultante tinha a forma de cristais brancos (61 g) a análise de RMN e de CLAR revelaram que os cristais não continham outras impurezas e tinham uma pureza de 99 % ou mais. O rendimento de mio-inositol foi de 31 %. Entretanto, a solução de reacção que tinha sido separada por filtração também podia ser utilizada e quando se dissolveu 64 g de mio-inositolm cristalizou mais cilo-inositol cristalina.
Exemplo 16 93 <Formação do complexo de cilo-inositol/ácido bórico e estudo das condições de formação>
Dissolveu-se 100 g de pó cilo-inosose em 500 ml de água quente e arrefeceu-se a solução para a temperatura ambiente. Depois, adicionou-se água de tal maneira que a solução tinha um volume de 900 ml. Ajustou-se o pH da solução para 7,5 com uma solução aquosa 5N de NaOH e adicionou-se mais água de modo a ter-se um volume de 1 L.
Adicionou-se, gradualmente, 5,9 g de NaBH4 à solução, durante 15 minutos , com agitação, para se realizar uma reacção de redução A temperatura da solução reaccional aumentou até 38 °C devido ao calor da reacção. 30 Minutos mais tarde, dissolveu-se 67,5 g de ácido bórico e 72,2 g de NaCl na solução reaccional que tinha sido arrefecida para 32 °C, para preparar assim uma solução em que se formou o complexo. O pH da solução era de 5.9.
Em seguida, distribuiu-se 100 ml da solução, na qual se tinha formado o complexo e com o pH ajustado para 6,0 por meio de uma solução aquosa 8N de NaOH, num recipiente de plástico de 200 ml com uma tampa e distribuiu-se 100 ml da solução, na qual se tinha formado o complexo e com o pH ajustado para 7,0 por meio de uma solução aquosa 8N de NaOH, da mesma maneira que antes. Além disso, distribuiu-se cada uma das soluções de 100 ml, na qual se tinha formado o complexo e tendo sido ajustado o pH de cada uma delas para pH 8,0, 9,0, 9,5, 10,0, 10,5, 11,0, 12,0 ou 12,8.
Nessas soluções com o pH ajustado, começaram a formar-se, gradualmente precipitados. Separaram-se os precipitados por filtração em cada um dos dias seguintes e ajustou-se o filtrado para um pH pré-determinada com uma solução aquosa 8N 94 de NaOH e depois voltaram ao recipiente original. Os precipitados resultantes foram secos e pesados. Se todo o cilo-inositol, gerado pela redução, forma um complexo de cilo-inositol/ácido bórico e se obtêm sob a forma de precipitados, o peso dos precipitados seria de 61,8 g. Por isso, o peso dos precipitados obtidos a partir das respectivas soluções com os pH ajustados foram integradas nos dias seguintes e os valores obtidos dividindo os valores integrados pelo rendimento teórico (61,8 g) foram definidas como as taxas de recuperação dos precipitados do complexo de cilo-inositol/ácido bórico.
Os valores assim obtidos estão ilustrados a seguir.
As partes sombreadas no quadro mostram um grupo de ensaio da taxa de recuperação de mais do que 90 %.
Quadro 7 pH do tratamento Taxa de recuperação do complexo de cilo-inositol/ácido bórico Dia 1 Dia 2 Dia 3 Dia 4 Dia 5 Dia 6 Dia 7 6 9, 4% 17, 9% 25, 5% 32,4% 38, 6% 44,2% 49,2% 7 21,7% 38,4% 51,2% 61,1% 68,7% 74, 6% 79, 1% 8 42,4% 65,7% 78, 6% 85, 6% 89,5% 91, 6% 92,8% 9 66, 9% 86, 3% 91, 9% 93, 6% 94,0% 94,2% 94,2% 9,5 82, 9% 92, 9% 94,1% 94,2% 94,2% 94,2% 94,2% 10 57,5% 79, 9% 88, 6% 92,1% 93, 4% 93, 9% 94,1% 10,5 41,5% 64,7% 77,7% 85, 0% 89, 0% 91,3% 94, 6% 11 36, 8% 59, 2% 72,8% 81,2% 86, 3% 89, 4% 91,3% 12 29, 2% 49, 4% 63,3% 72, 9% 79, 5% 84,1% 87,2% 12,8 25,4% 44,0% 57, 6% 67,5% 74,7% 80,0% 83, 8%
Como se mostrou no quadro 7, o grupo de ensaio do tratamento a pH de 9,5 foi o mais apropriado para a formação 95 da precipitação do complexo de cilo-inositol/ácido bórico. As taxas de recuperação dos grupos de ensaio de pH 9,0, pH 9,5 e pH 10,0 atingiram uma taxa de recuperação de 90 % ou mais no 4o dia e verificou-se que a taxa de recuperação se torna constante a 94 % mesmo se se alargar o período de ensaio. A análise por RMN para o filtrado do grupo de ensaio de pH 9,5 no 7o dia revelou que 5, 9 % (p/v) de mio-inositol e cerca de 0,2% (p/v) de cilo-inositol permaneceram em solução. Isto é, verificou-se que o complexo pode ser retirado sob a forma de um precipitado pelo processo da presente invenção no caso em que a concentração do complexo de cilo-inositol/ácido bórico é de 0,2 % (p/v) ou mais.
Exemplo 17 <Processo de formação da mistura de redução do complexo de cilo-inositol/ácido bórico e dissolução do complexo e depois libertação e dessalinização do cilo-inositol utilizando uma resina permutadora de iões>
Dissolveu-se 10 g (56 mmole) de pó cilo-inosose em 50 ml de água quente e arrefeceu-se a solução para a temperatura ambiente. Depois, adicionou-se água de modo a ter um volume de 90 ml. Ajustou-se o pH da solução para 7,5 com uma solução aquosa 5N de NaOH e adicionou-se mais água de modo a ter-se um volume de 100 mL.
Adicionou-se, gradualmente, 0,59 g de NaBH4 à solução, durante 15 minutos, com agitação, para se realizar uma reacção de redução. A temperatura da solução reaccional aumentou até 36°C devido ao calor da reacção. 30 minutos mais 96 tarde, dissolveu-se 6,75 g de ácido bórico e 7,22 g de NaCl na solução reaccional arrefecida para 31 °C, para preparar assim uma solução em que se formou o complexo. Em seguida, ajustou-se o pH da solução em que se formou o complexo para pH 9,5 com uma solução aquosa 5N de NaOH e manteve-se a solução a pH 9,5 com uma solução aquosa 5N de NaOH com um equipamento padrão e agitação. 3 Dias mais tarde, filtraram-se os precipitados contidos na solução em que se formou o complexo e lavou-se com uma pequena quantidade de água, seguida de secagem, para assim se obter 5,71 g (20,5 mmole) de um complexo de cilo-inositol/ácido bórico.
Adicionou-se 230 ml de ácido clorídrico 1,05N a 5,71 g do complexo de cilo-inositol/ácido bórico resultante para dissolver o complexo de cilo-inositol/ácido bórico e assim obteve-se uma solução dissolvida. A solução dissolvida era uma solução ácida 0,2N. Em seguida, fez-se passar a solução dissolvida resultante através de uma coluna cheia com 200 ml de uma resina permutadora de iões de um ácido forte (Duolite C20, do tipo H+, Sumitomo Chemical Co., Ltd.) a uma velocidade de fluxo de 2 ml/min e fez-se passar então o fluido eluído resultante através de uma coluna cheia com 400 ml de uma resina permutadora de iões de uma base forte (Duolite A116, do tipo OH", Sumitomo Chemical Co., Ltd.). Concentrou-se o produto eluído resultante, para se obter assim 3,52 g (19.5 mmole) de pó branco. A análise por RMN revelou que o pó branco era cilo-inositol. Entretanto, o rendimento de cilo-inositol a partir de cilo-inosose foi de 35 %. 97
Exemplo 18 <Processo de formação de vim complexo de cilo-inositol/ácido bórico a partir de uma mistura de redução de cilo-inosose e dissolução do complexo e depois libertação e cristalização do cilo-inositol por meio da precipitação do dissolvente orgânico>
Como matéria-prima, utilizou-se 5,71 g (20,5 mmole) de um complexo de cilo-inositol/ácido bórico que tinha sido preparado a partir de lOg (56 mmole) de pó de cilo-inosose da mesma maneira que no exemplo 17.
Adicionou-se 5,71 g de um complexo de cilo-inositol/ácido bórico a um frasco cónico de 100 ml com uma tampa com um agitador e adicionou-se 22,8 ml de ácido clorídrico para preparar uma suspensão. Depois de se completar a agitação durante 1 hora, adicionou-se-lhe 23 ml de metanol e agitou-se ainda mais a mistura. 5 Horas mais tarde, filtrou-se a suspensão e lavaram-se os sólidos com uma pequena quantidade de metanol e secou-se para se obter assim 3,58 g (20,0 mmole) de cilo-inositol impuro.
Depois, dissolveu-se 3,58 g do cilo-inositol impuro resultante em 230 ml de água e adicionou-se 20 ml de uma resina permutadora de iões de ácidos fortes (Duolite C20/do tipo H+) e 4 0 ml de uma resina permutadora de iões de bases fortes (Duolite A116/do tipo 0H+) seguido de agitação. Depois de se completar a agitação durante 30 minutos, as resinas permutadora de iões foram separadas por filtração e concentrou-se o filtrado resultante para se obter assim 3,41 g (18,9 mmole) de pó branco. A análise por RMN revelou que o pó branco era cilo-inositol. Entretanto, o rendimento de cilo-inositol a partir de cilo-inosose foi de 34 %. 98
Exemplo 19 <Processo de redução de cilo-inosose e em seguida libertação directa e cristalização de cilo-inositol>
Dissolveu-se 5 g (28 mmole) de pó de cilo-inosose em 40 ml de água quente e arrefeceu-se a solução para a temperatura ambiente. Ajustou-se o pH da solução para 7,5 com uma solução aquosa 5N de NaOH e adicionou-se mais água de modo a ter-se um volume de 45 mL.
Adicionou-se, gradualmente, 0,29 g de NaBH4 à solução, durante 15 minutos, com agitação, para se realizar uma reacção de redução. A temperatura da solução reaccional aumentou até 37 °C devido ao calor da reacção. 30 Minutos mais tarde, ajustou-se o pH da solução reaccional que tinha sido arrefecida para 30 °C para um pH de 1,0 com ácido clorídrico 5N. Depois, adicionou-se água para se obter um volume de 50 ml, para se preparar assim uma solução ácida 0,1 N. Em seguida, adicionou-se 25 ml de metanol à solução com agitação. 10 Minutos mais tarde, a solução tornou-se gradualmente opaca e agitou-se a suspensão durante 24 horas. 24 Horas mais tarde, filtrou-se a suspensão e lavou-se com uma pequena quantidade de metanol e depois secou-se para se obter assim 1,55 g (8,6 mmole) de cilo-inositol impuro.
Depois, dissolveu-se 1,55 g do cilo-inositol impuro resultante em 120 ml de água e adicionou-se 10 ml de uma resina permutadora de iões de ácidos fortes (Duolite C20/do tipo H+) e 40 ml de uma resina permutadora de iões de bases 99 fortes (Duolite A116/do tipo 0H+) seguido de agitação. Depois de se completar a agitação durante 30 minutos, as resinas permutadora de iões foram separadas por filtração e concentrou-se o filtrado resultante para se obter assim 1,51 g (8,3 mmole) de pó branco. A análise por RMN revelou que o pó branco era cilo-inositol. Entretanto, o rendimento de cilo-inositol a partir de cilo-inosose foi de 30 %.
APLICABILIDADE INDUSTRIAL
De acordo com a presente invenção, o cilo-inositol que está disponível como um fármaco pode ser directamente produzido a partir do mio-inositol barato apenas por meio da conversão de microrganismos ou por meio de uma reacção enzimática e pode-se produzir eficientemente cilo-inositol. Entretanto, o processo de produção da presente invenção tem uma vantagem de dificilmente gerar isómeros.
Quando se utiliza mio-inositol 2 desidrogenase, independente de NAD+ da presente invenção, a cilo-inosose pode ser produzida sem adicionar NAD+ a uma solução reaccional. Além disso, pode-se obter facilmente e eficientemente um cilo-inositol de elevada pureza, por meio da redução da cilo-inosose resultante.
De acordo com a presente invenção, pode-se formar com eficiência um complexo de cilo-inositol/ácido bórico a partir de uma mistura que contém cilo-inositol e açúcares neutros para além do cilo-inositol e pode-se obter, com eficiência, cilo-inosito de elevada pureza a partir do complexo de cilo-inositol/ácido bórico por meio de uma operação fácil. Tampão de tris (pH 7,0). Depois o produto eluido foi fraccionado em fracções e purificado. Depois, essas três soluções de enzima 100 com actividade de cilo-inositol foram concentradas separadamente utilizando um ultra-filtro e as soluções concentradas foram carregadas numa coluna de filtração com gel (Tosoh Corporation: 2000 SWXL), respectivamente. Depois, purificaram-se os produtos eluidos com tampão de fosfato 20 mM (pH 7,0) complementado com NaCl 200 mM. As soluções assim purificadas foram submetidas a electroforese com SDS e gel e corou-se o gel depois da electroforese com uma solução de coloração de azul brilhante de Coomassie (Rapid CBB ΚΑΝΤΟ: fabricado pela Kanto Chemical Co., Inc.) e depois descorou-se. Mediu-se a pureza das bandas com interesse medindo as bandas azuis de proteinas utilizando um densitómetro (fabricado pela ATTO Corporation) e verificou-se que a pureza de cada fracção foi de 85 % ou mais.
Exemplo 10 <Purificação da enzima da presente invenção produzida por K12 ATCC 10798 de Escherichia coli e análise do seu terminal N>
Distribuiu-se 3 L de meio de caldo LB (1 % de Bacto-triptona, 0,5 % de extracto de levedura, 1 % de NaCl, a pH 7,0) contendo 0,5 % de L-sorbose em aliquotas de 100 ml em 30 peças de frascos de Sakaguchi de 500 ml, seguida da esterilização utilizando uma autoclave. Inoculou-se um aro de platina com uma cultura inclinada de K12 de Escherichia coli K em cada frasco cónico e fez-se a cultura do microrganismo a 36 °C durante 1 dia utilizando um agitador reciproco (135 rpm). Depois da cultura, a solução da cultura foi recolhida e centrifugada (8.000 rpm, 20 minutos), para assim se obterem células (peso liquido 32 g). As células foram novamente suspensas em 100 ml de água e foram divididas por ondas ultra-sónicas a 10 °C ou menos. A solução de lise indicou um pH de 6,8 e ajustou-se a solução para pH 7,0 com uma solução 101 IN de NaOH e depois centrifugou-se (16.000 rpm, 20 minutos) para separar o sobrenadante. Em seguida, adicionou-se MgSCb de modo que o sobrenadante contenha Mg2+ 2 mM e carregou-se a solução numa coluna Blue-Toyopearl (Tosoh Corporation: 20 ml) Depois, fez-se passar, através de uma coluna, 50 ml de tampão Tris 20 mM (pH 7,0) complementado com Mg2+ 2 mM para lavá-la. Em seguida, fez-se passar, através de uma coluna, 50 ml de tampão Tris 20 mM (pH 7,0) complementado com KC1 1 mM para eluir as proteínas adsorvidas. Em seguida, concentrou-se o produto eluido utilizando um ultra-filtro (corte a PM 30.000) e adicionou-se 50 ml de tampão de Tris 20 mM (a pH 7,0) à solução concentrada, seguida novamente de concentração, para se obter uma solução concentrada dessalinizada. Em seguida, carregou-se a solução concentrada dessalinizada numa coluna de DEAE Toyopearl (Tosoh Corporation: 20 ml) realizou-se a eluição com uma solução com um gradiente de concentração linear de NaCl de 0 mM a 500 mM em tampão de Tris 20 mM (pH 7,0). O produto eluido foi fraccionado em fracções. Mediu-se a actividade da cilo-inositol desidrogenase de cada uma das soluções fraccionadas e verificou-se que a fracção eluida com 300 mM tinha actividade. A medição da actividade foi realizada da mesma maneira que no exemplo 9 e mediu-se a diminuição da absorvência a 340 nm. A solução da enzima foi diluido conforme necessário. A fracção eluida com NaCl 300 mM foi dessalinizada utilizando novamente um ultra-filtro e o produto resultante foi carregado numa coluna DEAE Toyopearl (Tosoh Corporation: 20 ml) Depois, realizou-se a eluição com uma solução com um gradiente de concentração linear de 250 mM a 350 mM de NaCl em tampão de Tris 20 mM (pH 7,0) e realizou-se a purificação repetindo as operações de fraccionamento do produto eluido três vezes para eliminar as proteínas contaminantes. Depois, 102 essa solução de enzima com actividade de cilo-inositol desidrogenase foi concentrada utilizando um ultra-filtro e as soluções concentradas foram carregadas numa coluna de filtração com gel (Tosoh Corporation: 2000 SWXL). Purificou-se o produto eluido com tampão de fosfato 20 mM (pH 7,0) complementado com NaCl 200 mM. A enzima assim purificada foi submetida a electroforese com SDS em gel e depois retirou-se o gel e transferiram-se para uma membrana de PVDF (Immobilon PSQ: fabricada pela Millipore Corporation) com a mesma dimensão do gel utilizando um electro-traçador (fabricado pela Funakoshi Co., Ltd.). Depois, retira-se a membrana de PVDF e cora-se com uma solução corante de azul brilhante de Coomassie (Rapid CBB ΚΑΝΤΟ: fabricado pela Kanto Chemical Co., Inc.) e depois descorou-se. Mediu-se a pureza utilizando um densitómetro da mesma maneira que no exemplo 9 e pureza foi de 40 %. Além disso, cortou-se a porção correspondente à proteina-alvo para eliminar proteínas indesejáveis, obtendo-se assim uma enzima da presente invenção com uma elevada pureza.
Em seguida, a enzima da presente invenção com uma elevada pureza que existe na membrana de PVDF foi analisada utilizando um analisador dos aminoácidos do terminal N (Hewlett-Packard Company). Como resultado, detectou-se uma sequência de serina-ácido aspártico-asparagina-isoleucina-arginina. O ADN que codifica uma proteína que tem essa sequência foi pesquisado na base de dados da sequência inteira de Escherichia coli (nome da base de dados "Colibri") e o gene ydgJ (ou o gene bl624) estava emparelhado. O produto do gene, do gene ydgj, tinha sido previsto como uma das oxidoredutases, mas o seu substrato e o produto eram desconhecidos. 103
Exemplo 11 <Isolamento e expressão do ADN da presente invenção derivada de K12 ATCC10798 da Escherichia coli>
Para se obter o gene ydgJ que foi assumido como codificando a enzima da presente invenção, primeiro, extraiu-se o genoma completo de K12 de Escherichia coli a ser utilizado como matriz, como se segue. Inoculou-se um aro de platina com K12 de Escherichia coli, que tinha estado em cultura num meio LB inclinado (1 % de bacto-triptona, 0,5 % de extracto de levedura, 1 % de NaCl, a pH 7.0, 1,5 % de agar) , em 100 ml de um meio LB num frasco (1 % de bacto- triptona, 0,5 % de extracto de levedura, 1 % de NaCl, a pH 7.0) e fez-se uma cultura aeróbica durante 8 horas a 36 °C, seguida de uma recolha de células. Adicionou-se aos péletes de células 15 ml de uma solução salina-EDTA (NaCl 0,15 M, EDTA 0,1 M, a pH 8,0) e 50 mg de lisozima e fez-se uma suspensão de células, seguida da reacção a 37 °C durante 2 horas. Depois do tratamento, adicionou-se à solução 0,5 ml de SDS a 25 % para fazer a lise completa das células e adicionou-se 3 ml de fenol às proteínas desnaturadas, seguida de centrifugação. Retirou-se o sobrenadante e adicionou-se 20 ml de 2-propanol à solução para se obter o ADN genómico impuro. O ADN genómico impuro obtido precipitou por centrifugação e eliminou-se o sobrenadante, seguido de secagem a pressão reduzida. O ADN genómico impuro anidro foi depois dissolvido em 3 ml de uma solução de TE (Tris-HCl 10 mM, EDTA 1 mM, a pH 8,0) e depois adicionou-se 0,01 mg de ARNase, seguido da reacção a 36 °C durante 2 horas para degradar o ARN. Depois, adicionou-se 0,01 mg de proteínase K e deixou-se a mistura reagir a 36 °C durante 2 horas para degradar as proteínas. Em seguida, adicionou-se 1 ml de uma solução mista de fenol-clorofórmio (1:1) e agitou-se 104 lentamente a mistura para desnaturar a RNAase e a proteinase K. Separou-se a mistura em duas fases por centrifugação e retirou-se a camada superior (uma fase aquosa) e ajustou-se para o pH para 5,2 por meio da adição de 0,3 ml de uma solução 3 M de acetato de sódio. Adicionou-se à solução 3 ml de 2-propanol para se obter ADN genómico. O ADN genómico obtido precipitou por centrifugação e eliminou-se o sobrenadante, seguido de secagem a pressão reduzida. O ADN genómico anidro foi dissolvido em 3 ml de uma solução de TE e repetiu-se novamente o processo da operação de adição de 1 ml de uma solução mista de fenol-clorofórmio (1:1) com a operação de dissolução do ADN em 3 ml da solução de TE, seguido de centrifugação. Da mesma maneira que anteriormente, adicionou-se um volume igual de 2-propanol ao sobrenadante a pH 5.2, para assim preparar uma solução de ADN genómico d K12 de Escherichia coli. O ADN genómico assim obtido foi utilizado como uma solução matriz do ADN para a RCP.
Clonou-se um fragmento que derivou de K12 de Escherichia coli e que contém um sitio de ligação do ribossoma (SLR) do gene ydgJ e realizou-se a RCP utilizando iniciadores com as sequências que se seguem para expressar o gene sob a forma de uma enzima recombinante.
SEQ ID No. 15: ydgj-F 5'-cattcaagcttaatgagaggcaatgacatgagcg-3' SEQ ID No. 16: ydgj-R 5'-tcggaattcttcatgcaaggcacaaagtcgc-3'
Para a RCP, utilizou-se a solução da reacção de Ex taq da Takara Shuzo Co., Ltd. E preparou-se uma solução com uma composição de 5 μΐ de 10 χ tampão de Takara ExTaq, 4 μΐ de uma mistura de dNTP, 30 ng do ADN matriz, 1 μΐ de uma solução de iniciador 10 μΜ e 0.5 μΐ de Takara ExTaq por meio da adição de água de tal modo que tenha um volume de 5 0 μΐ, seguido da camada de 30 μΐ de óleo mineral. Para a reacção, 105
um ciclo de três etapas: desnaturação (94 °C, 30 segundos), hibridação (55 °C, 1 minuto) e elongação (72 °C, 1 minuto) , que se repetiram 35 vezes utilizando um amplificador de RCP (ASTEC Co., Ltd., PC-700). A RCP descrita antes amplificou um fragmento de ADN com uma dimensão de cerca de 1,0 kpb. Depois da reacção, o óleo mineral em camadas foi extraído com 0,3 ml de hexano e eliminou-se a camada de hexano. Repetiu-se este processo três vezes, seguido de redução da pressão durante um minuto, para assim eliminar o óleo mineral. A partir de 50 μΐ da solução de reacção assim obtida, purificou-se o fragmento da RCP utilizando GENECLEAN (Bio 101). Especificamente, adicionou-se 300 μΐ de uma solução de Nal incluída no estojo e misturou-se e adicionou-se 10 μΐ de uma solução de pedras de vidro e misturou-se. Deixou-se a mistura em repouso a 4 °C durante 15 minutos e centrifugou-se para precipitar as pérolas de vidro nas quais o fragmento de ADN estava adsorvido e eliminou-se o sobrenadante. Depois adicionou-se 500 μΐ da nova solução de lavagem incluída no estojo à suspensão de pérolas de vidro e centrifugou-se a mistura para eliminar o sobrenadante. A operação de lavagem utilizando a nova solução de lavagem foi repetida três vezes. Depois, secaram-se as pérolas de vidro e pressão reduzida e, após a secagem, adicionou-se 15 μΐ de água esterilizada para fazer uma suspensão. Aqueceu-se a mistura para 55 °C durante 15 minutos e centrifugou-se para se obter 12 μΐ de um sobrenadante contendo o fragmento de ADN.
Realizou-se uma operação de inserção do fragmento de ADN purificado num vector de expressão, como se segue. Especificamente, adicionou-se 0,5 yg de um plasmido de 106 expressão (pUC119: Fabricado pela Takara Shuzo Co., Ltd.)), 1 μΐ de enzimas de restrição HindIII e EcoRI daTakara Shuzo Co., Ltd. e 2 μΐ de 10 x tampão K, que é um tampão de enzima de restrição da Takara Shuzo Co., Ltd., a 10 μΐ da solução de fragmento de AND e adicionou-se água esterilizada de modo a que a mistura ficasse com um volume de 20 μΐ, seguida de mistura. Deixou-se a solução reaccional reagir a 36 °C durante 2 horas. Depois da reacção das enzimas de restrição, isolou-se o fragmento de ADN e o vector de expressão com GENECLEAN e ligaram-se um ao outro. Especificamente, adicionou-se 300 μΐ da solução de Nal incluída no estojo e misturou-se em 20 μΐ da solução reaccional das enzimas de restrição e adicionou-se-lhe 10 μΐ da solução de pérolas de vidro e misturou-se. Deixou-se a mistura em repouso a 4 °C durante 15 minutos e depois centrifugou-se para precipitar as pérolas de vidro nas quais o fragmento de ADN e o vector de expressão estavam adsorvidos e eliminou-se o sobrenadante. Depois, adicionou-se 500 μΐ da nova solução de lavagem, incluída no estojo, à suspensão de pérolas de vidro e centrifugou-se a suspensão para eliminar o sobrenadante. A operação de lavagem utilizando a nova solução de lavagem foi repetida três vezes. Depois, secaram-se as pérolas de vidro e pressão reduzida e, após a secagem, adicionou-se 15 μΐ de água esterilizada para fazer uma suspensão. Aqueceu-se a mistura para 55 °C durante 15 minutos e centrifugou-se para se obter 12 μΐ de um sobrenadante contendo o fragmento de ADN e o vector de expressão. O processo eliminou pequenos fragmentos de ADN que tinham uma dimensão de cerca de 50 pb ou menos e que tinham sido gerados pelas enzimas de 107 restrição, para se obter assim o fragmento de ADN com interesse e o vector de expressão.
Adicionou-se 10 μΐ da solução de ligação de Takara do estojo-I (Takara Shuzo Co., Ltd.) a 10 μΐ da solução assim preparada e deixou-se a mistura reagir a 16°C durante 1 hora.
Utilizou-se a solução para transformar as células concorrentes (Takara Shuzo Co., Ltd.: DH5cx) . Especif icamente, adicionou-se-lhe 5 μΐ de uma solução reaccional de ligação e misturou-se em 60 μΐ de uma solução de células concorrentes não congeladas a 4 °C e deixou-se a 0 °C durante 30 minutos e depois a 42 °C durante 45 segundos e a 0 °C durante 2 minutos. Adicionou-se-lhe 500 μΐ de uma solução de SOC (2 % de bacto-triptona, 0,5 % de extracto de levedura, NaCl 10 mM, glicose 20 mM, MgS04 10 mM, e MgCl2 10 mM) seguida da recuperação da cultura a 36 °C durante 1 hora. Aplicou-se 100 μΐ da solução de cultura num meio de agar LB (1 % de bacto-triptona, 0,5 % de extracto de levedura, 1 % NaCl, a pH 7,0, 1,5 % de agar) contendo 50 pg/ml de ampicilina, 40 pg/ml de X-gal (5-bromo-4-cloro-3-indolyil-p-D-galactósido) e IPTG (tio-galactopiranósido) 1 mM. Realizou-se depois a cultura a 37 °C durante 16 horas. A cultura originou Escherichia coli transformada por introdução do plasmido descrito antes, sob a forma de colónias brancas e seleccionaram-se as colónias. As colónias assim separadas da Escherichia coli transformada foram postas em cultura em meio liquido LB contendo ampicilina (50 pg/ml). A partir das células de cultura da Escherichia coli transformada, separou-se um ADN de plasmido e purificou-se utilizando um estojo de purificação de plasmido (Estojo midi do filtro de plasmido QIA, QIAGEN). O 108 ADN do plasmido assim obtido confirmou ter um fragmento de AND com uma dimensão de cerca de 1,0 kpb, que correspondem ao gene de interesse ydgJ.
Em seguida, para confirmar a actividade de cilo-inositol desidrogenase, transferiram-se as estirpes microbianas isoladas como estirpes para 100 ml de meio LB (1 % de bacto-triptona, 0,5 % de extracto de levedura, 1 % de NaCl, a pH
7.0) contendo 50 yg/ml de ampicilina e fez-se uma cultura a 36 °C durante 7 horas. Adicionou-se 0,3 ml de uma solução de tiogalactopiranósido 200 mM à solução da cultura e depois colocaram-se as células em cultura a 36 °C durante 3 horas. Depois de a cultura estar completa, recolheram-se as células por centrifugação e lavaram-se uma vez com uma solução salina fisiológica. Depois, fez-se uma suspensão de células lavadas em 3 ml de uma solução de Triton X-100 a 0,6% e dividiram-se as células por ondas ultra-sónicas a 4 °C. Centrifugou-se a solução e retirou-se 2,8 ml do sobrenadante (solução da enzima). Adicionou-se 1,2 g de sulfato de amónio ao sobrenadante para salinizar as proteínas a 4 °C. Recolheram-se as proteínas salinizadas por centrifugação (15.000 rpm, 20 min) e eliminou-se o sobrenadante. Dissolveram-se os precipitados em 2,5 ml de tampão de Tris 20 mM (pH 7,0), e centrifugou-se novamente a solução (15.000 rpm, 20 min). Aplicou-se o sobrenadante a uma coluna Sephadex G-25 (Pharmacia K.K.: 14 ml) equilibrada com tampão de Tris 20 mM (pH 7,0). Realizou-se a eluição com tampão de Tris 20 mM (pH 7.0) e dessalinizou-se o produto da eluição. O processo originou 3,5 ml de uma solução de enzima impura do produto do gene ydgJ.
Mediu-se a actividade de cilo-inosito desidrogenase como se segue: misturou-se 5 μΐ de uma solução reaccional (tampão de Tris 200 mM (pH 8,0), 2 % de NADPH e 1 % de cilo-inosose) 109 e 5 μΐ de uma solução da enzima e deixou-se reagir a 36 °C durante 30 minutos e depois adicionou-se imediatamente 500 μΐ de água, seguida da medição da absorvência a 340 nm. Mediu-se a diminuição da absorvência, a 340 nm, com base num valor em branco para a solução de ensaio obtida utilizando água em vez da solução de enzima. A solução da enzima foi diluido conforme necessário.
Entretanto, o produto da reacção da enzima foi medido como se segue: Deixou-se reagir 10 mg de cilo-inosose, 40 mg de NADPH e 10U da enzima em 1,0 ml de tampão de Tris 100 mM (pH 8,0) a 36 °C durante 4 horas e realizou-se um tratamento por aquecimento a 80 °C durante 10 min, seguido de arrefecimento. Depois, adicionou-se 100 μΐ de uma resina permutadora de catiões de uma base forte, 100 μΐ de uma resina permutadora de aniões de um ácido forte e 10 mg de carvão activado e agitou-se a mistura e centrifugou-se. Depois, diluiu-se, 2 vezes, o sobrenadante e fizeram-se as medições por CLAR (Shodex Asahipak NH2P-50 4E Φ 4,6 χ 250 mm: Shodex) utilizando um detector RI nas condições de uma temperatura de coluna de 40 °C e uma velocidade de fluxo da fase móvel de 1,5 ml (acetonitrilo a 80 %) . Como resultado, verificou-se que o produto do gene ydgJ tinha uma elevada actividade de cilo-inositol desidrogenase e 100 % do produto era cilo-inositol obtido por redução, enquanto o mio-inositol, que é um dos seus isómeros, não foi detectado. Como resultado, verificou-se que a solução de uma enzima recombinante derivada do gene ydgJ tinha uma elevada actividade de cilo-inositol desidrogenase e o produto do gene foi cilo-inositol desidrogenase. Entretanto, no produto obtido pela reacção de redução da cilo-inosose, detectou-se apenas cilo-inositol e verificou-se que a enzima reduzia especificamente, sob o ponto de vista estereoquímico, a cilo-inosose em cilo-inositol. Entretanto, a sequência do gene 110 ydgJ está ilustrado na SEQ ID NO: 1 e a sequência de aminoácidos correspondente está ilustrada na SEQ ID NO: 2.
Exemplo 12 <Isolamento e expressão de um homólogo de ADN estimada a partir da homologia com o gene ydgJ de Escherichia coli e as suas propriedades> A partir da estimativa da estrutura tri-dimensional do produto do gene ydgJ de Escherichia coli com base na sequência de aminoácidos, estimou-se que o produto pertencia à família das oxidoredutases de glicose-frutose. A família também inclui mio-inositol 2-desidrogenase (EC 1.1.1.18) e verificou-se que a sequência envolvida numa ligação de NAD na sequência de aminoácidos tinha uma elevada homologia. Além disso, a identificação da sequência de aminoácidos de um sítio envolvido na ligação do substrato por análise de estrutura com raios X da oxidoredutase de glicose-frutose e a pesquisa de proteínas que tinham parcialmente a mesma sequência de aminoácidos e são homólogas com o produto do gene ydgJ revelaram que há proteínas homólogas em muitas bactérias gram-negativas e bactérias gram-positivas. A partir dessas bactérias, pesquisaram-se ADNs homólogos com base na homologia do gene ydgJ de Escherichia coli. Como resultado, verificou-se que o gene ydgJ de Escherichia coli tem homologia com o gene Atu4375 e o gene Atu3234 no genoma de C58 ATCC33970 de Agrobacterium tumefacience, o gene BG14057 no genoma de 168 ATCC23857 de Bacillus subtili, o gene
Xcc3438 no genoma de ATCC33913 de Xanthomonas campestris pv. campestri , e o gene Atu4375 e o gene Atu3234 no genoma de AB 10121 FERM P-17383 de Agrobacterium sp. que é conhecida como um microrganismo com capacidade para converter directamente 111 mio-inositol em cilo-inositol. Por isso, esses ADNs foram isolados e expressos.
Para se obter os ADNs candidatos descritos antes, os genomas totais de C58 ATCC33970 de Agrobacterium tumefaciens, 168 ATCC23857 de Bacillus subtilis, ATCC33913 de Xanthomonas campestris pv. campestris, e AB10121 FERM P-17383 de
Agrobacterium sp. A serem utilizados como matrizes foram extraidos como se segue. Para C58 de Agrobacterium tumefacience, Xanthomonas campestris pv. campestris e AB10121 de Agrobacterium sp. fez-se uma cultura em aro de platina, de C58 de Agrobacterium tumefacience, Xanthomonas campestris pv. campestris e ABI0121 de Agrobacterium sp. que tinham estado em cultura num meio LB inclinado (1 % de bacto-triptona, 0,5 % de extracto de levedura, 1 % de NaCl, a pH 7.0, 1,5 % de agar) e inoculou-se em 100 ml de um meio LB num frasco (1 % de bacto-triptona, 0,5 % de extracto de levedura, 1 % de
NaCl, a pH 7.0) e fez-se uma cultura aeróbia durante 18 horas a 27°C, seguida de uma recolhas. Adicionou-se, aos péletes de células, 15 ml de uma solução salina de EDTA (NaCl 0,15 M, EDTA 0,1 M, a pH 8,0) e 50 mg de lisozima e fez-se uma suspensão de células, seguida da reacção a 37 °C durante 2 horas. Depois do tratamento, adicionou-se à solução 0,5 ml de SDS a 25 % para fazer a lise completa das células e adicionou-se 3 ml de fenol às proteinas desnaturadas. Depois, centrifugou-se a solução e retirou-se o sobrenadante. 112
Adicionou-se 20 ml de 2-propanol à solução para se obter o AND genómico impuro. O ADN genómico impuro obtido precipitou por centrifugação e eliminou-se o sobrenadante, seguido de secagem a pressão reduzida. Depois, o ADN genómico impuro anidro foi depois dissolvido em 3 ml de uma solução de TE (Tris-HCl 10 mM, EDTA 1 mM, a pH 8,0) e depois adicionou-se 0,01 mg de ARNase e deixou-se reagir a 36 °C durante 2 horas para degradar o ARN. Depois, adicionou-se 0,01 mg de proteinase K e deixou-se reagir a 36 °C durante 2 horas para degradar as proteínas. Em seguida, adicionou-se 1 ml de uma solução mista de fenol-clorofórmio (1:1) e agitou-se lentamente a mistura para desnaturar a RNAase e a proteinase K. Separou-se a mistura em duas fases por centrifugação e retirou-se a camada superior (uma fase aquosa) e ajustou-se para o pH para 5,2 por meio da adição de 0,3 ml de uma solução 3 M de acetato de sódio. Adicionou-se 3 ml de 2-propanol à solução para se obter o ADN genómico. O ADN genómico obtido precipitou por centrifugação e eliminou-se o sobrenadante, seguido de secagem a pressão reduzida. O ADN genómico anidro foi dissolvido em 3 ml de uma solução de TE e repetiu-se novamente o processo da operação de adição de 1 ml de uma solução mista de fenol-clorofórmio (1:1) com a operação de dissolução do ADN em 3 ml da solução de TE, seguido de centrifugação. Depois, da mesma maneira que antes, adicionou-se um volume igual de 2-propanol ao sobrenadante a pH 5,2, para assim preparar soluções dos ADNs genómicos de C58 de Agrobacterium tumefacience, Xanthomonas campestris pv. campestris e AB 10121 de Agrobacterium sp., respectivamente. Os ADNs genómicos assim obtidos foram utilizados como uma solução matriz do ADN para a RCP. 168 ATCC23857 de Bacillus subtilis num aro de platina que tinham estado em cultura num meio LB inclinado (1 % de bacto-triptona, 0,5 % de extracto de levedura, 1 % de NaCl, a 113
ρΗ 7.0, 1,5 % de agar) e inoculou-se em 100 ml de um meio LB num frasco (1 % de bacto-triptona, 0,5 % de extracto de levedura, 1 % de NaCl, a pH 7,0) e fez-se uma cultura aeróbia durante 18 horas a 36 °C. Depois, adicionou-se 1 ml do meio a 100 ml de um meio LB de um frasco preparado como anteriormente e fez-se uma cultura dos microrganismos durante 4 horas, seguida de uma recolha. Depois da recolha, extraiu-se o genoma total da mesma maneira que no processo utilizado para a Agrobacterium.
Em seguida, realizou-se uma RCP utilizando iniciadores com as sequências de clonagem que se seguem do gene Atu4375 e do gene Atu3234 no genoma de C58 de Agrobacterium tumefacience, o gene Atu4375 e o gene Atu3234 no genoma de AB10121 de Agrobacterium sp. e o gene Xcc3438 no genoma de Xanthomonas campestris pv. campestris (incluindo todos SLR), para as expressar como enzimas recombinantes. SEQ ID No. 17: Atu4375-F 5'-ggcggatccmgaaagggatagtcatgtcct-3' SEQ ID No. 18: Atu4375-F 5'-attggaagcttcgaggctgcoacctag-3' SEQ ID No. 19: Atu3234-F 5'-ttgggatcctttcaggggaaatattatggc-3' SEQ ID No. 20: Atu3234-R 5'-gccgcaagcttgttttacagcttcac-3' SEQ ID No. 23: Xcc3438-F 5'-tcggaattcgcgttgcggtgaatcgttttcaatg-3' SEQ ID No. 24: Xcc3438-R 5'-ataagaagcttgctcagtcgctgctgttgccttc-3'
Realizou-se a RCP utilizando iniciadores com as sequências para clonagem que se seguem do gene BG14057 no genoma 168 de Bacillus subtilis (incluindo SLR) para o expressar como uma enzima recombinante. O "a" na posição 10 do terminal 5' é originalmente "t" mas é alterado para "a" para a expressão em Escherichia coli. SEQ ID No. 21: BG14057-F 5'-aggaattcgatgataacgcttttaaaggggagaa-3' SEQ ID No. 22: BG14057-R 5'-tttctgcagtttagtgctccagcataatggttcg-3' 114
Para a RCP, utilizou-se a solução da reacção de Ex taq da Takara Shuzo Co., Ltd. E preparou-se uma solução com uma composição de 5 μΐ de 10 * tampão de Takara ExTaq, 4 μΐ de uma mistura de dNTP, 30 ng do ADN matriz, 1 μΐ de uma solução de iniciador 10 μΜ e 0.5 μΐ de Takara ExTaq por meio da adição de água de tal modo que tenha um volume de 5 0 μΐ, seguido da camada de 30 μΐ de óleo mineral. Para a reacção, um ciclo de três etapas: desnaturação (94 °C, 30 segundos), hibridação (52 °C, 55 °C ou 58 °C (ver quadro 3), 1 minuto) e elongação (72 °C, 1 minuto), que se repetiram 35 vezes utilizando um amplificador de RCP (ASTEC Co., Ltd., PC-700). A RCP descrita antes amplificou um fragmento de ADN com uma dimensão de cerca de 1,1 kpb.
Quadro 3: Lista da temperatura de hibridação
Temperatura de hibridação 55 °C 55 °C 52 °C 52 °C 55 °C 58 °C
Genes-alvo
Para o gene Atu4375 de C58 de Agrobacterium tumefaclence ATCC33970
Para o gene Atu4375 de AB10121 FERM P- 17383 de Agrobacierium
Para o gene Atu3234 de C58 ATCC33970 de Agrobacterium tumefaclence
Para o gene Atu3234 de AB 10121 FERM P-17383 de Agrobacterium
Para o gene BG 14057 de 168 ATCC23857 de Bacillus subtílís
Para o gene Xcc3438 de ATCC33913 de Xanthomonas campestris pv.
Campestris
Depois da reacção, o óleo mineral em camadas foi extraído com 0,3 ml de hexano e eliminou-se a camada de hexano. Repetiu-se este processo três vezes, seguido de redução da pressão durante um minuto, para assim eliminar o óleo mineral. A partir de 50 μΐ da solução de reacção assim obtida, purificaram-se os fragmentos da RCP utilizando GENECLEAN (Bio 101). Especificamente, adicionou-se 300 μΐ de uma solução de Nal incluída no estojo e misturou-se e adicionou-se 10 μΐ de uma solução de pérolas de vidro e misturou-se. Deixou-se a mistura em repouso a 4 °C durante 15 minutos e centrifugou-se para precipitar as pérolas de vidro nas quais os fragmentos de ADN estavam adsorvida e eliminou- 115 se o sobrenadante. Depois adicionou-se 500 μΐ da nova solução de lavagem incluída no estojo à suspensão de pérolas de vidro e centrifugou-se a mistura para eliminar o sobrenadante. A operação de lavagem utilizando a nova solução de lavagem foi repetida três vezes. Depois, secaram-se as pérolas de vidro e pressão reduzida e, após a secagem, adicionou-se 15 μΐ de água esterilizada para fazer uma suspensão. Aqueceu-se a mistura para 55 °C durante 15 minutos e centrifugou-se para se obter 12 μΐ de um sobrenadante contendo os fragmentos de ADN.
Realizou-se uma operação de inserção do fragmento de ADN purificado em cada uma das combinações, como se segue. Especificamente, adicionou-se 0,5 pg de um plasmido de expressão (pUC118: fabricado pela Takara Shuzo Co., Ltd.)), 1 μΐ de dois tipos de enzimas de restrição da Takara Shuzo Co., Ltd. e 2 μΐ de 10 x tampão K, que é uma solução tampão de enzima de restrição da Takara Shuzo Co., Ltd., a 10 μΐ da solução de fragmento de ADN e adicionou-se água esterilizada de modo a que a mistura ficasse com um volume de 20 μΐ, seguida de mistura. Deixou-se a solução reaccional reagir a 36 °C durante 2 horas. Como o gene Atu3234 da estirpe AB10121 contém um sítio HindIII, não se realizou o tratamento com enzimas de restrição e, depois do isolamento, ligou-se a um vector pT7Blue (fabricado pela Novagen). 116
Quadro 4: Lista dos plasmidos de expressão e das enzimas de restrição utilizadas
Genes-alvo Plasmidos de Enzimas de restrição expressão utilizadas
Gene Atu4375 de C58 de A.tume. pUCl18 BamHI, Hind III/tampão K Gene Atu4375 de AB 10121 pUCl18 BamH I, Hind III/tampão K Gene Atu3234 de C58 de A.tume. pUCl18 BamHI, Hind III/tampão K Gene Atu3234 de AB 10121 pT7Blue Não usado Gene BG14057 de 168 de B.sub. pUCl18 EcoR I, Pst I/tampão H Gene Xcc3438 de X. camp. pIJCl 18 EcoR I, Hind III/tampão K
Depois da reacção das enzimas de restrição, isolou-se o fragmento de ADN e o vector de expressão com GENECLEAN e ligaram-se um ao outro. Especificamente, adicionou-se 300 μΐ da solução de Nal incluida no estojo e misturou-se em 20 μΐ da solução reaccional das enzimas de restrição e misturou-se e adicionou-se 10 μΐ da solução de pérolas de vidro e misturou-se. Deixou-se a mistura em repouso a 4 °C durante 15 minutos e depois centrifugou-se para precipitar as pérolas de vidro nas quais o fragmento de ADN e o vector de expressão estavam adsorvidos e eliminou-se o sobrenadante. Depois, adicionou-se 500 μΐ da nova solução de lavagem, incluida no estojo, à suspensão de pérolas de vidro e centrifugou-se a suspensão para eliminar o sobrenadante. A operação de lavagem utilizando a nova solução de lavagem foi repetida três vezes. Depois, secaram-se as pérolas de vidro e pressão reduzida e, após a secagem, adicionou-se 15 μΐ de água esterilizada para fazer uma suspensão. Aqueceu-se a mistura para 55 °C durante 15 minutos e centrifugou-se para se obter 12 μΐ de um sobrenadante contendo o fragmento de ADN e o vector de expressão. O processo eliminou pequenos fragmentos de ADN que tinham uma dimensão de cerca de 50 pb ou menos e que tinham 117 sido gerados pelas enzimas de restrição, para se obter assim o fragmento de ADN com interesse e o vector de expressão.
Adicionou-se 10 μΐ da solução de ligação de Takara do estojo-I (Takara Shuzo Co., Ltd.) a 10 μΐ da solução assim preparada e deixou-se a mistura reagir a 16 °C durante 1 hora. Utilizou-se a solução para transformar as células concorrentes (Takara Shuzo Co., Ltd.: DH5a). Especificamente, adicionou-se-lhe 5 μΐ de uma solução reaccional de ligação a 60 μΐ de uma solução de células concorrentes não congeladas a 4 °C e misturou-se deixou-se a 0 °C durante 30 minutos e depois a 42 °C durante 45 segundos e a 0 °C durante 2 minutos. Adicionou-se-lhe 500 μΐ de uma solução de SOC (2 % de bacto-triptona, 0,5 % de extracto de levedura, NaCl 10 mM, glicose 20 mM, MgS04 10 mM, e MgCl2 10 mM) seguida da recuperação da cultura a 36 °C durante 1 hora. Aplicou-se 100 μΐ da solução de cultura a um meio de agar LB (1 % de bacto-triptona, 0,5 % de extracto de levedura, 1 % NaCl, a pH 7,0, 1,5 % de agar) contendo 50 pg/ml de ampicilina, 40 pg/ml de X-gal (5-bromo-4-cloro-3-indolyil-p-D-galactósido) e IPTG (tio-galactopiranósido) 1 mM. Realizou-se depois a cultura a 37 °C durante 16 horas. A cultura originou Escherichia coli transformada por introdução do plasmido descrito antes, sob a forma de colónias brancas e seleccionaram-se as colónias. As colónias assim separadas da Escherichia coli transformada foram postas em cultura num meio liquido LB contendo 118 ampicilina (50 yg/ml). A partir das células de cultura da Escherichia coli transformada, separou-se um ADN de plasmido e purificou-se utilizando um estojo de purificação de plasmido (Estojo midi do filtro de plasmido QIA, QIAGEN). O ADN do plasmido assim obtido confirmou para cada um ter um fragmento de ADN com uma dimensão de cerca de 1,0 a 1,1 kpb, que corresponde ao ADN de interesse.
Em seguida, para confirmar a actividade de cilo-inositol desidrogenase, transferiram-se as estirpes microbianas isoladas como estirpes para 100 ml de meio LB (1 % de bacto-triptona, 0,5 % de extracto de levedura, 1 % de NaCl, a pH 7,0) contendo 50 yg/ml de ampicilina e fez-se uma cultura a 36 °C durante 7 horas. Adicionou-se 0,3 ml de uma solução de tiogalactopiranósido 200 mM à solução da cultura e depois colocaram-se as células em cultura a 36 °C durante 3 horas. Depois de a cultura estar completa, recolheram-se as células por centrifugação e lavaram-se uma vez com uma solução salina fisiológica. Depois, fez-se uma suspensão de células lavadas em 3 ml de uma solução de Triton X-100 a 0,6% e dividiram-se as células por ondas ultra-sónicas a 4 °C. Centrifugou-se a solução e retirou-se 2,8 ml do sobrenadante (solução da enzima). Adicionou-se 1,2 g de sulfato de amónio ao sobrenadante para salificar as proteínas a 4 °C. Recolheram-se as proteínas salificadas por centrifugação e eliminou-se o sobrenadante. Dissolveram-se os precipitados em 2,5 ml de tampão de Tris 20 mM (pH 7,0), e centrifugou-se novamente a solução. Aplicou-se o sobrenadante numa coluna Sephadex G-25 (14 ml) equilibrada com tampão de Tris 20 mM (pH 7,0) . Realizou-se a eluição com uma solução tampão de Tris 20 mM (pH 7,0) e dessalinizou-se o produto da eluição. O processo originou 3,5 ml de uma solução de enzima impura do produto do gene ydgJ. 119
Mediu-se a actividade de cilo-inosito desidrogenase como se segue: misturou-se 5 μΐ de uma solução reaccional (tampão de Tris 200 mM (pH 8,0), 2 % de NADPH e 1 % de cilo-inosose) e 5 μΐ de uma solução da enzima e deixou-se reagir a 36 °C durante 30 minutos e depois adicionou-se imediatamente 500 μΐ de água, seguida da medição da absorvência a 340 nm. Mediu-se a diminuição da absorvência, a 340 nm, com base num valor em branco para a solução de ensaio obtida utilizando água em vez da solução de enzima. A solução da enzima foi diluído conforme necessário.
Entretanto, o produto da reacção da enzima foi medido como se segue: Deixou-se reagir 10 mg de cilo-inosose, 40 mg de NADPH e 10U da enzima em 1,0 ml de tampão de Tris 100 mM (pH 8,0) a 36 °C durante 4 horas e realizou-se um tratamento por aquecimento a 80 °C durante 10 min, seguido de arrefecimento. Depois, adicionou-se 100 μΐ de uma resina permutadora de catiões de uma base forte, 100 μΐ de uma resina permutadora de aniões de um ácido forte e 10 mg de carvão activado e agitou-se a mistura e centrifugou-se. Depois, diluiu-se, 2 vezes, o sobrenadante e fizeram-se as medições por CLAR (Shodex Asahipak NH2P-50 4E Φ 4,6 χ 250 mm: Shodex) utilizando um detector RI nas condições de uma temperatura de coluna de 40 °C e uma velocidade de fluxo da fase móvel de 1,5 ml (acetonitrilo a 80 %) . Como resultado, verificou-se que o produto do gene Atu4375 e o produto do gene Atu3234 de C58 de Agrobacterium tumefacience, o produto do gene BG 14057 de 168 de Bacillus subtilis, o produto do gene Xcc3438 de Xanthomonas campestris pv. campestris e o produto do gene Atu4375 e o produto do gene Atu3234 da estirpe AB 10121 tinha uma elevada actividade de enzima e 100 % do produto era cilo-inositol obtida por redução, enquanto o mio-inositol, que é um seu isómero, não foi detectado. Como resultado verificou-se que as enzimas recombinantes derivadas 120 dos genes mencionados têm uma elevada actividade de cilo-inositol desidrogenase os produtos gene eram cilo-inositol desidrogenase. Entretanto, nos produtos obtidos pela reacção de redução da cilo-inosose, detectou-se apenas cilo-inositol e verificou-se que as enzimas reduziam especificamente, sob o ponto de vista estereoquímico, a cilo-inosose em cilo-inositol . A sequência do gene Atu4375 derivada de C58 de Agrobacterium tumefacience está ilustrada na SEQ ID NO: 3, a sequência de aminoácidos correspondente está ilustrada na SEQ ID NO: 4, a sequência do gene Atu3234 está ilustrada na SEQ ID NO: 5 e a sequência de aminoácidos correspondente está ilustrada na SEQ ID NO: 6. Entretanto, a sequência do gene BG14057 derivada de 168 de Bacillus subtilis 168 está ilustrada na SEQ ID NO: 7, a sequência de aminoácidos correspondente está ilustrada na SEQ ID NO: 8, a sequência do gene Atu4375 derivado de AB 10121 está ilustrada na SEQ ID NO: 9, a sequência de aminoácidos correspondente está ilustrada na SEQ ID NO: 10, a sequência do gene Atu3234 está ilustrada na SEQ ID NO: 11, a sequência de aminoácidos correspondente está ilustrada na SEQ ID NO: 12, a sequência do gene Xcc3438 derivado de Xanthomonas campestris pv. campestris está ilustrada na SEQ ID NO: 13 e a sequência de aminoácidos correspondente está ilustrada na SEQ ID NO: 14. Entretanto, a partir dos resultados da análise da sequência de nucleótidos de um plasmido incluindo o gene Atu4375 e o gene Atu3234 de AB10121 (Hokkaido System Science Co., Ltd.), a homologia entre o gene Atu4375 de C58 de Agrobacterium tumefacience e o gene Atu4375 de AB10121 foi de 89 % para a sequência de nucleótidos e 96 % para a sequência de aminoácidos, embora a homologia entre o gene Atu3234 de C58 de Agrobacterium tumefacience e o gene Atu3234 de AB10121 foi 121 de 87 % para a sequência de nucleótidos e 95 % para a sequência de aminoácidos.
Exemplo 13 <Isolamento do ADN que codifica SIDHl que é produzido a partir de AB10281 FERM BP-10119 de Acetobacter sp.>
Das enzimas purificadas, aplicou-se uma solução de enzima contendo SIDHl numa membrana de PVDF (Immobilon PSQ: fabricada pela Millipore Corporation) e absorvida na membrana de PVDF. Depois, retira-se a membrana de PVDF e cora-se com corante de azul brilhante de Coomassie (Rapid CBB ΚΑΝΤΟ: Fabricado pela ΚΑΝΤΟ CHEMICAL CO., INC.), descorou-se e secou-se, seguido da análise com um analisador de aminoácido do terminal N (fabricado pela Hewlett-Packard Development Company). Como resultado, a partir do terminal N, uma sequência
Met-Lis-Arg-Lis-Leu-Arg-Ile-Gli-Leu-Ile-Gli-Ser-Gli-Fen-Met-Gli-Arg-Tre-His-Ala-Fen-Gli-Tir-Ser foi identificada. Depois previu-se uma sequência de AND que codifica uma sequência de aminoácidos e em seguida construiram-se dois tipos de iniciadores. SEQ ID NO: 29: SIDH1-F1 atgaarcgnaarytncgiatyggyytiatygg SEQ ID NO: 30: SIDH1-F2 ggyttyatgggycgnacicaygcittyggyta
Em seguida, com base nas sequências de nucleótidos das várias cilo-inositol desidrogenases obtidas nos exemplos 10 a 12, prepararam-se os dois iniciadores que se seguem incluindo as regiões de elevado consenso dentro das sequências. SEQ ID NO: 31: SIDH1-B1 ggyttrtcrmmgayracrtgrstrcc SEQ ID NO: 32: SIDH1-B2 artgwrirtgrttgggigt 122
Entretanto, como ADN genómico de AB10281 a ser utilizado como matriz, preparou-se uma solução de ADN genómico de AB10281 utilizando os péletes de células (peso húmido cerca de 400 mg) preparados no exemplo 9, da mesma maneira que o processo de preparação de ADN descrito no exemplo 12.
Para a RCP, utilizou-se a solução da reacção de Ex taq da Takara Shuzo Co., Ltd. E preparou-se uma solução com uma composição de 5 μΐ de 10 χ tampão de Takara ExTaq, 4 μΐ de uma mistura de dNTP, 30 ng do ADN-matriz, 1 μΐ de cada uma das soluções de iniciador a 10 μΜ (SIDH1-F1 e SIDH1-B1) e 0.5 μΐ de Takara ExTaq por meio da adição de água de tal modo que tenha um volume de 50 μΐ, seguido da camada de 30 μΐ de óleo mineral. Para a reacção, utilizou-se um amplificador de RCP (ASTEC Co., Ltd., PC-700) e fez-se um ciclo de três etapas: desnaturação (94 °C, 30 segundos), hibridação (50 °C, 30 segundos) e elongação (72 °C, 1 minuto), repetido 35 vezes. A electroforese revelou que a RCP descrita antes amplificou um fragmento de ADN com uma dimensão de cerca de 0,3 kpb. Além disso, a banda na posição de 0,3 kpb foi retirada do gel, utilizou-se uma parte de uma solução de gel homogeneizada como matriz (2 μΐ) e preparou-se uma solução de reacção com a mesma composição tal como descrito antes excepto no facto de ser mudado a combinação de iniciadores para SIDH1-F2 e SIDH1-B2. Para a reacção, utilizou-se um amplificador de RCP (ASTEC Co., Ltd., PC-700) e fez-se um ciclo de três etapas: desnaturaçãon (94 °C, 30 segundos), hibridação (46 °C, 30 123 segundos) e elongação (72 °C, 1 minuto), repetido 35 vezes. A electroforese revelou que a RCP amplificou um fragmento de ADN com uma dimensão de cerca de 0,25 kpb. O fragmento de ADN com uma dimensão de cerca de 0,25 kpb foi retirado do gel e purificou-se o fragmento da RCP utilizando GENECLEAN (fabricado pela BiolOl) . Especificamente, da mesma maneira que o processo de purificação descrito no exemplo 12 excepto no facto de o gel estar dissolvido numa solução de Nal, obteve-se 12 μΐ de uma solução do fragmento de ADN.
Em seguida, ligou-se o fragmento de ADN purificado a um vector pT7Blue. Especificamente, adicionou-se 0,5 yg do vector pT7Blue e 10 μΐ da solução de ligação de Takara do estojo-I (Takara Shuzo Co., Ltd.) a 10 μΐ da solução de fragmento de ADN e deixou-se a mistura reagir a 16°C durante 1 hora. Utilizou-se a solução para transformar as células concorrentes (DH5a, Takara Shuzo Co., Ltd.) A operação de transformação e isolamento de um plasmido dos transformantes foi realizada da mesma maneira que no exemplo 12.
Submeteu-se o plasmido obtido a uma análise da sequência de nucleótidos (Hokkaido System Science Co., Ltd.) utilizando iniciadores universais (R-20mer e U-19mer) e revelou-se cerca de um terço da semi-região inicial da sequência de nucleótidos de um gene que codifica a enzima.
Depois, para determinar o comprimento completo da sequência de nucleótidos, digeriu-se completamente o ADN 124 genómico de AB 10281 com uma enzima de restrição BamHI e a solução de fragmento de ADN foi purificada utilizando GENECLEAN (fabricado pela BiolOl), seguida da auto-ligação do fragmento. Especificamente, adicionou-se 10 μΐ da solução de ligação de Takara do estojo-I (Takara Shuzo Co., Ltd.) a 10 μΐ da solução de fragmento de ADN assim preparada e deixou-se a mistura reagir a 16°C durante 1 hora. Depois da reacção, purificou-se o ADN utilizando GENECLEAN (fabricado pela BiolOl) e utilizou-se a solução como uma solução do ADN-matriz para a RCP inversa.
Em seguida, com base no cerca de um terço de metade da região inicial da sequência de nucleótidos revelada, prepararam-se os três iniciadores que se seguem e realizou-se a RCP inversa. SEQ ID NO: 33: SIDH1-INV-F gctcgtcaacgatcctgaaattgat SEQ ID No: 34: SIDH1-INV-B ttcgctgcagcttcatcggaaatat SEQ ID No: 35: SIDH1-INVF3 cccttcaatttccgggcgggt
Para a RCP inversa, utilizou-se a solução da reacção de Ex taq da Takara Shuzo Co., Ltd. E preparou-se uma solução com uma composição de 5 μΐ de 10 χ tampão de Takara ExTaq, 4 μΐ de uma mistura de dNTP, 30 ng do ADN-matriz, 1 μΐ de cada uma das soluções de iniciador a 10 μΜ (uma combinação de SIDH1-INV-B ou uma combinação de SIDH1-INV-F e SIDH1-INV3) e 0,5 μΐ de Takara ExTaq por meio da adição de água de tal modo que tenha um volume de 50 μΐ, seguido da camada de 30 μΐ de óleo mineral. Para a reacção, utilizou-se um amplificador de RCP (ASTEC Co., Ltd., PC-700) e fez-se um ciclo de três 125
etapas: desnaturação (94 °C, 30 segundos), hibridação (50 °C, 1 minuto) e elongação (72 °C, 2 minutos), repetido 35 vezes. A electroforese revelou que os fragmentos de ADN amplificados pela RCP descrita antes tinham dimensões de cerca de 2,7 kpb e cerca de 1,8 kpb. Depois, as bandas nas posições de cerca de 2,7 kpb e cerca de 1,8 kpb foram retiradas do gel e os fragmentos de RCP foram purificados utilizando GENECLEAN (fabricado pela BiolOl] l , para se obter assim 10 μΐ de soluções de fragmentos de ADN. Os dois fragmentos de ADN resultantes foram submetidos à análise das sequências de nucleótidos (Hokkaido System Science Co., Ltd.) utilizando os iniciadores utilizados na RCP para determinar toda a sequência de nucleótidos dos genes que codificam a enzima.
Em seguida, realizou-se a RCP utilizando iniciadores com as sequências que se seguem para a clonagem do gene SIDH1 (incluindo um sitio de SLR) derivada da estirpe AB10281 para a sua expressão como enzima recombinante. SEQ ID NO: 36: 281 SIDH1-F gctggatcccgcccttattgtgaata SEQ ID No: 37: 281SIDH1-R tatgaattcgttatgccttctcatgctgtcg
Para a RCP, utilizou-se a solução da reacção de Ex taq da Takara Shuzo Co., Ltd. E preparou-se uma solução com uma composição de 5 μΐ de 10 χ tampão de Takara ExTaq, 4 μΐ de uma mistura de dNTP, 30 ng do ADN matriz, 1 μΐ de cada solução de iniciador 10 μΜ e 0.5 μΐ de Takara ExTaq por meio da adição de água de tal modo que tenha um volume de 50 μΐ, seguido da camada de 30 μΐ de óleo mineral. Para a reacção, um ciclo de três etapas: desnaturação (94 °C, 30 segundos), hibridação (55 °C, 1 minuto) e elongação (72 °C, 1 minuto) , 126 que se repetiram 35 vezes utilizando um amplificador de RCP (ASTEC Co., Ltd., PC-700). A RCP descrita antes amplificou um fragmento de ADN com uma dimensão de cerca de 1,2 kpb.
Purificou-se o fragmento de ADN com uma dimensão de cerca de 1,2 kpb utilizando GENECLEAN (fabricado pela BiolOl), par assim se obter 12 μΐ de uma solução de fragmento de ADN. Para um processo para inserir o fragmento de ADN num vector de expressão, adicionou-se 0,5 yg de um plasmido de expressão (pUC119), 1 μΐ das enzimas de restrição (BamHI, EcoRI) da Takara Shuzo Co., Ltd., e 2 μΐ de 10 χ tampão K para as enzimas de restrição da Takara Shuzo Co., Ltd. a 10 μΐ de uma solução de um fragmento de ADN e adicionou-se água esterilizada de modo a ter um volume de 20 μΐ, seguindo-se a sua mistura. Deixou-se a solução reaccional reagir a 36 °C durante 2 horas. A recolha do fragmento de ADN da solução de reacção, realizaram-se a purificação, reacção de ligação e transformação das células concorrentes (DH5a, Takara Shuzo Co., Ltd.) da mesma maneira que no exemplo 12. Além disso, a expressão da cilo-inositol desidrogenase e a medição da actividade realizaram-se da mesma maneira que no exemplo 12 e identificou-se o produto do gene como cilo-inositol desidrogenase.
Como resultado, a sequência de nucleótidos de um gene que codifica SIDH1 derivado da estirpe AB10281 está ilustrada na SEQ ID NO: 27, enquanto a sua sequência de aminoácidos está ilustrada na SEQ ID NO: 28.
Exemplo 14 127 <Estudo das propriedades da enzima da presente invenção, de vários tipos de cilo-inositol desidrogenase> 0 processo que se segue foi realizado para estudar as propriedades enzimáticas de SIDH1, SIDH2 e SIDH3 derivadas da estirpe AB10281, que tinham sido obtidas pela purificação enzimática do exemplo 9; o produto do gene ydgJ derivado de Escherichia coli, que tinha sido obtido como uma enzima recombinante no exemplo 11; e os produtos dos genes Atu4375 e Atu3234 de C58 de Agrobacterium tumefacience, o produto do gene BG 14057 de 168 de Bacillus subtilis, o produto do gene Xcc3438 de Xanthomonas campestris pv. campestris e os produtos dos genes Atu4375 e Atu3234 da estirpe AB10121, tendo todos eles sido obtidos como enzimas recombinantes no exemplo 12 e os resultados estão ilustrados no quadro 5. O quadro 6 mostra a homologia na sequência de aminoácidos. A homologia de apenas os aminoácidos comuns a todas as sequências foi baixa (cerca de 5 %) , mas a homologia, incluindo aminoácidos com propriedades similares, foi alta, particularmente nos dominios de ligação de NAD ou de NADP em cerca de 30 % da sequência do terminal N. Além disso, a sequência de lisina-prolina em direcção ao centro da sequência, envolvida na ligação de nicotinamida, que é um sitio de reacção de oxiredução de NAD ou NADP, estava altamente conservada. A asparagina na 27a posição em direcção ao terminal C da sequência de lisina-prolina e a sequência de ácido aspártico-(3 aminoácidos)-histidina próxima do centro da sequência estavam também altamente conservadas, por isso são consideradas como sequências importantes envolvidas na ligação do substrato a partir das estruturas tri-dimensionais estimadas. No quadro, as sequências comuns estão representadas pelo simbolo os aminoácidos com propriedades similares estão representados pelo simbolo 128 ou o símbolo e a asparagina na 27a posição em direcção ao terminal C a partir da sequência de lisina-prolina e a sequência de ácido aspártico-(3 aminoácidos)-histidina, próxima do centro da sequência, estão representadas por sombreado.
Na comparação dos pesos moleculares, o peso molecular da enzima da presente invenção, derivada de AB 10281 foi calculado com base nos resultados da SDS-PAGE utilizando um marcador de peso molecular (padrão de pré-coloração (tipo de gama larga): fabricado pela Bio-Rad Laboratories, Inc.), enquanto os pesos moleculares das outras enzimas da presente invenção foram estimados a partir dos comprimentos completos dos genes. Como resultado, os pesos moleculares das enzimas da presente invenção (SIDH1, SIDH2 e SIDH3) derivadas de AB10281, que tinham sido obtidas pela purificação da enzima, foram de 46 k Dalton, 42 k Dalton, e 40 k Dalton, respectivamente. Entretanto, o peso molecular da enzima da presente invenção derivada do gene ydgJ de K12 de Escherichia coli, que se tinha obtido como uma enzima recombinante no exemplo 11, foi de 38,2 k Dalton; os pesos moleculares das enzimas da presente invenção derivadas do gene Atu4375 e do gene Atu3234 de C58 de Agrobacterium tumefacience, que se tinham obtido como enzimas recombinantes no exemplo 12, foram de 41,3 k Dalton e 42,4 k Dalton, respectivamente; os pesos moleculares das enzimas da presente invenção derivadas do gene BG14057 de 168 de Bacillus subtilis, do gene Xcc3438 de Xanthomonas campestris pv. campestris e do gene Atu4375 e do gene Atu3234 de AB10121 foram de 40,1 k Dalton, 38,5 k Dalton, 41,4 k Dalton e 42,5 k Dalton, respectivamente. Isto é, verificou-se que as enzimas da presente invenção, cilo-inositol desidrogenase, tinham um peso molecular de 38 a 46 k Dalton. 129
As propriedades de associação da enzima da presente invenção foram determinadas por: medição da actividade de fracções obtidas por fraccionamento utilizando uma coluna de filtração em gel (Tosoh Corporation: 2000SWXL); calculando o peso molecular das fracções dos correspondentes pesos moleculares; e dividindo os valores calculados pelos pesos moleculares da enzima. Os valores resultantes foram representados como números inteiros. Como resultado, verificou-se que as enzimas da presente invenção, as cilo-inositol desidrogenases, têm um peso molecular de 80 k a 110 k Dalton e considerou-se que formavam dimeros e trimeros em condições de não desnaturação. A selectividade de coenzima da enzima da presente invenção foi determinada por: misturando 5 μΐ de uma solução reaccional (tampão de Tris 200 mM (pH 8,0), 2 % de NADPH ou NADH e 1 % de cilo-inosose) com 5 μΐ de uma solução de enzima e deixando reaqir a 36 °C durante 30 minutos. Depois da reacção, adicionou-se imediatamente 500 μΐ de água e mediu-se a absorvência a 340 nm. A partir do valor em branco de uma solução de ensaio preparada utilizando água em vez da solução de enzima, mediu-se a diminuição da absorvência a 340 nm. A solução da enzima foi diluído conforme necessário. Os resultados indicam que as cilo-inositol desidrogenases das enzimas da presente invenção foram capazes de utilizar como co-enzimas tanto NADPH como NADH, mas têm a actividade relativa da coenzima como se mostra no quadro 5. Foi revelado que muitas enzimas têm uma elevada reactividade com NADPH. O pH óptimo das enzimas da presente invenção foi determinada por: mistura de 5 μΐ de uma solução reaccional (tampão de fosfatos 200 mM (pH 5,0 a 9,0), 2 % de NADPH e 1 % de cilo-inosose) com 5 μΐ de uma solução da enzima e deixou-se a mistura reagir a 36 °C durante 30 minutos. Depois da 130 reacção, adicionou-se imediatamente 500 μΐ de água e mediu-se a absorvência a 340 nm. A partir do valor em branco de uma solução de ensaio preparada utilizando água em vez da solução de enzima, mediu-se a diminuição da absorvência a 340 nm. A solução da enzima foi diluido conforme necessário. Como resultado, verificou-se que as enzimas da presente invenção, as cilo-inositol desidrogenases, têm um pH óptimo como se mostra no quadro 5. Isto é, verificou-se que as enzimas da presente invenção reagem num amplo intervalo de pH 5 a 9. Entretanto, também foi revelado que há enzimas que têm actividade máxima do lado ácido (pH próximo de 6) , enzimas que têm uma actividade máxima numa região neutra (pH a cerca de 6,5 a 7,5) e enzimas que têm uma actividade máxima do lado alcalino (pH a cerca de 7,5 a 9). A termoestabilidade das enzimas da presente invenção foi determinada por: tratamento de uma solução de enzima, a uma temperatura pré-determinada, durante 10 min; arrefecimento da solução; mistura da solução de enzima com 5 μΐ de uma solução de reacção (tampão de fosfato 200 mM (pH 5,0 a 9,0), 2 % de NADPH e 1 % de cilo-inosose) ; e deixando a mistura reagir a 36 °C durante 30 min. Depois, adicionou-se imediatamente 500 μΐ de água e mediu-se a absorvência a 340 nm. A partir do valor em branco de uma solução de ensaio preparada utilizando água em vez da solução de enzima, mediu-se a diminuição da absorvência a 340 nm. A solução da enzima foi diluido conforme necessário. A actividade de um grupo tratado a 20 °C durante 10 min foi definida como sendo de 100 % e compararam-se as actividades relativas. Como resultado, verificou-se que a termoestabilidade das enzimas da presente invenção, cilo-inositol desidrogenase, varia consoante as enzimas como se mostra no quadro 5 e verificou-se que a estabilidade varia no intervalo de 40 a 60 °C consoante as enzimas. 131
Os efeitos do metal pesado nas enzimas da presente invenção foram determinadas por: mistura de 5 μΐ de uma solução reaccional (tampão de Tris 200 mM (pH 8,0), 2 % de NADPH e 1 % de cilo-inosose e 2M de metal pesado) com 5 μΐ de uma solução da enzima; e deixou-se reagir a 36 °C durante 30 minutos. Depois da reacção, adicionou-se imediatamente 500 μΐ de água e mediu-se a absorvência a 340 nm. A partir do valor em branco de uma solução de ensaio preparada utilizando água em vez da solução de enzima, mediu-se a diminuição da absorvência a 340 nm. A solução da enzima foi diluida conforme necessário. Utilizaram-se como sais metálicos: CaCl2, C0CI2, ZnSC>4, MgSC>4, SnCl2, NÍCI2 e MnS04. A actividade do grupo a que não foi adicionado nada foi definida como 100 % e compararam-se as actividades relativas. Como resultado, como se mostra no quadro 5, as enzimas da presente invenção, as cilo-inositol desidrogenases, foram activadas pelo menos na presença do ião Co 2+ e inibidas na presença do ião Sn2+. A maior parte das enzimas foram inibidas na presença do ião Zn 2+, pelo contrário, a enzima derivada de 168 de Bacillus subtilis foi activada na presença do ião Zn2+.
Os valores de Km das enzimas da presente invenção, para cilo-inosose foram determinadas por: mistura de 5 μΐ de uma solução reaccional (tampão de Tris 200 mM (pH 8,0), 2 % de NADPH e 0,001 a 2,5 % de cilo-inosose) com 5 μΐ de uma solução da enzima e deixou-se reagir a 36 °C durante 30 minutos. Depois da reacção, adicionou-se imediatamente 500 μΐ de água e mediu-se a absorvência a 340 nm. A partir do valor em branco de uma solução de ensaio preparada utilizando água em vez da solução de enzima, mediu-se a diminuição da absorvência a 340 nm. A solução da enzima foi diluida conforme necessário. Os valores de Km foram calculados por meio de um gráfico reciproco. Como resultado, como se mostra no quadro 5, verificou-se que as enzimas da presente 132 invenção, cilo-inositol desidrogenase, têm valores de Km no intervalo de 2,6 a 12,6 mM. A especificidade do substrato das enzimas da presente invenção foi determinada medindo a actividade relativa de oxidação no que respeita à reactividade ao cilo-inositol. Os isómeros de inositol incluem cilo-inositol (Cl), mio-inositol (MI), D-quiro-inositol (DCI), L-quiro-inositol (LQI), epi-inositol (EI), muco-inositol (Mui), alo-inositol (AI) e neo-inositol (NI) . 0 quadro 5 mostra o grupo de isómeros com os quais as enzimas mostram uma actividade relativa não inferior a 70 %, um grupo de isómeros com os quais as enzimas mostram uma actividade relativa não inferior a 70 % e não inferior a 20 % e um grupo de isómeros com os quais as enzimas mostram uma actividade relativa não inferior a 20 %.
Determinou-se a especificidade do substrato por meio de: a mistura de 50 μΐ de uma solução reaccional (isómeros com 1 % de inositol (ou apenas 0,4 % de neo-inositol), tampão de Tris 200 mM (pH 8,0), 0,002 % de NADP+, 0,002 % de diaforase e 0,01 % de azul de nitrotetrazólio) com 50 μΐ de uma solução de enzima; e fez-se a medição do aumento da absorvência a 545 nm a 25 °C de três em três minutos utilizando um leitor de micro-placas. Calculou-se a taxa de reacção a partir dos aumentos da absorvência nos tempos respectivos. Como resultado, verificou-se que a especificidade do substrato varia ligeiramente consoante os tipos de enzimas e da correlação com as estruturas dos isómeros de inositol, também se verificou que essas enzimas têm pelo menos actividade de cilo-inositol desidrogenase e actividade de mio-inositol desidrogenase.
Quadro 5: Lista das propriedades de cilo-inositol desidrogenase
Estirpes E. coli Acetobacter sp. Bacillus sub. Estirpe K12 (ATCC10 7 98) AB10281 (FERM P-18868) Estirpe 168 133
(ATCC23857) Nome do gene ou da enzima Gene ydgJ SIDH1 SIDH2 SIDH3 Gene BG14057 Peso molecular kDalton 38.2k 4 6k(SDS-PAGE) 42k(SDS-PAGE) 40k(SDS-PAGE) 40, lk Propriedade de associação Dimero Trimero Dimero Dimero Dimero Termoestabi-lidade Estável a 45°C ou menos Estável a 45°C ou menos Estável a 60°C ou menos Estável a 60°C ou menos Estável a 40°C ou menos Actividade relativa da coenzima NADPH:NADH =100:9 NADPH:NADH =100:112 NADPH:NADH =100:1 NADPH:NADH =100:3 NADPH:NADH =100:52 pH óptimo pH 7,5-9,0 pH 5,5-6,5 pH 5,5-6,5 pH 5,5-6,5 pH 7,0-8,5 Efeitos de metais pesados: activação Co Co Co Co, Mn Co, Mn.Zn Efeitos de metais pesados: inibição forte Sn, Zn Sn, Zn Sn, Zn Sn, Zn Sn Produto da reacção de redução Apenas SIS -► SI Apenas CIS -► SI Apenas CIS -► SI Apenas CIS -► SI Apenas CIS -► SI Valores de Km para cilo-inosose 3,9mM 7,6mM 10,6mM 12,6mM 3,5mM Extracto especifico Actividade relativa (70% ou mais) SI,MI,DCI SI SI SI SI,MI Extracto especifico Actividade relativa (20 a 70%) LCI,EI,Mui MI MI MI DCI,EI,AI,NI Extracto especifico Actividade relativa (inferior a 20%) AI,NI DCI,LCI,EI, Mui,AI,NI DCI,LCI,EI, Mui,AI,NI DCI,LCI,EI, Mui,AI,NI LCI, Mui Estirpe C5 8 (ATCC3 3 97 0) AB10121 (FERM P-17383) pv.Campestris (ATCC33913 ) Nome do gene ou da enzima Gene Atu4375 Gene Atu3234 Gene Atu4375 Gene Atu3234 Gene Xcc3438 kDalton 41, 3k 42,4k 41, 4k 42,5k 38,5k Propriedade de associação Dimero Dimero Dimero Dimero Dimero Termoestabi-lidade Estável a 50°C ou menos Estável a 40°C ou menos Estável a 50°C ou menos Estável a 40°C ou menos Estável a 40°C ou menos Actividade relativa da coenzima NADPH:NADH =100:9 NADPH:NADH =100:18 NADPH:NADH =100:6 NADPH:NADH =100:20 NADPH:NADH =100:34 pH óptimo pH 6,5-8,5 pH 7,0-8,5 pH 6,5-8,5 pH 7,0-8,5 pH 6,5-7,5 Efeitos de metais pesados: activação Co, Mn Co,Mn,Ca Co, Mn Co,Mn,Ca Co Efeitos de metais pesados: inibição forte Sn, Zn Sn, Zn Sn, Zn Sn, Zn Sn, Zn Produto da reacção de redução Apenas CIS -► SI Apenas CIS -► SI Apenas CIS -► SI Apenas CIS -► SI Apenas CIS -► SI Valores de Km para cilo-inosose 9,2 mM 2,6 mM 9,8 mM 3, 1 mM 9,1 mM Extracto especifico Actividade relativa (70% ou mais) SI,MI,DCI,EI SI,MI,DCI,EI,LCI SI,MI,DCI,EI SI,MI,DCI,EI,LCI SI,DCI Extracto especifico Actividade LCI,Mui Mui LCI,Mui Mui MI 134 relativa (20 a 70%) Extracto especifico Actividade relativa (inferior a 20%) AI, NI AI, NI AI, NI AI,NI EI,LCI.Mul, AI,NI Abreviaturas CIS:cilo-inosose, Cl :Cilo-inositol, MI:Mio-in inositol, Mui:Muco-inositol, AI:Alo-inositol, NI:Neo-inosit ositol, DQI:D-quiro ol -inositol, LQI:L-quiro-inositol, EI:Epi- E.ooN.ydgj — X. caap.Xco3<38 ΡΟΏ^ΥΙ^ΑΑΠΙΒΑΒΑβΙΑΡΡΡν-^^ β sufc. 8G140S7 A. tí8*e.Atu437S áBí0l2IAtu43?5 A tune. Atu3234 A8!C!2IAtu3234 ASÍ02SISICH1 PS~W6SlfUmKIA£S JREeWLPV-ÍAE£6fNV{Rf !BWOSK8«T«Bt---Íi-YREAADAI ÍXXftE{^TAA^iYP^e^AaAF?0AAVRSS^TSriV6mi™ íí-YREAÀfcM ΪΛΚί«6Ι»ΑΑβΒΗΥΜ«>®>&* ^
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Exemplo 15 <Produção de cilo—inositol utilizando a enzima da presente invenção> 0 processo de produção da presente invenção requer dois tipos de enzimas, mio-inositol 2-desidrogenase e a enzima da presente invenção. Aqui, vai mostrar-se um exemplo que utiliza uma enzima recombinante de mio-inositol 2-desidrogenase que é um produto do gene BG 10669 derivado de 168 ATCC23857 de Bacillus subtilis e uma enzima recombinante da enzima da presente invenção codificada pelo ADN da presente invenção (gene ydgJ derivado de K12 de Escherichia coli: SEQ ID NO: 1). 135
Primeiro, para se obter uma enzima recombinante de mio-inositol 2-desidrogenase, que é um produto do gene BG10669 derivado de 168 ATCC23857 de Bacillus subtilis, realizou-se a experiência que se segue. Realizou-se a RCP utilizando iniciadores com as sequências que se seguem para a clonagem do gene BG10669 derivado de 168 de Bacillus subtilis para o expressar como uma enzima recombinante.
SEQ ID NO: 25: BG10669-F 5'-ttgggatccgatgagtttacgtattggcgtaattg-3'
SEQ ID No. 26: BG10669-R 5'-aaactgcagttagttttgaactgttgtaaaagattgata-3'
Para a RCP, utilizou-se a solução da reacção de Ex taq da Takara Shuzo Co., Ltd. e preparou-se uma solução com uma composição de 5 μΐ de 10 x tampão de Takara ExTaq, 4 μΐ de uma mistura de dNTP, 30 ng do ADN-matriz, 1 μΐ de cada solução de iniciador 10 μΜ e 0,5 μΐ de Takara ExTaq, por meio da adição de água de tal modo que se tivesse um volume de 50 μΐ, seguido da formação de camadas de 30 μΐ de óleo mineral. Para a reacção, um ciclo de três etapas: desnaturação (94 °C, 30 segundos), hibridação (53 °C, 1 minuto) e elongação (72 °C, 1 minuto), que se repetiram 35 vezes utilizando um amplificador de RCP (ASTEC Co., Ltd., PC-700). A RCP descrita antes amplificou um fragmento de ADN com uma dimensão de cerca de 1,0 kpb. Depois da reacção, o óleo mineral em camadas foi extraído com 0,3 ml de hexano e repetiu-se, três vezes, uma operação de eliminação da camada de hexano seguida da redução da pressão durante 1 minuto, para assim eliminar o óleo mineral. A partir de 50 μΐ da solução de reacção assim 136 obtida, purificou-se o fragmento da RCP utilizando GENECLEAN (Bio 101). Especificamente, adicionou-se 300 μΐ de uma solução de Nal incluida no estojo e misturou-se e adicionou-se 10 μΐ de uma solução de pérolas de vidro e misturou-se. Deixou-se a mistura em repouso a 4 °C durante 15 minutos e centrifugou-se para precipitar as pérolas de vidro nas quais o fragmento de ADN estava adsorvido e depois eliminou-se o sobrenadante. Depois adicionou-se 500 μΐ da nova solução de lavagem, incluida no estojo, à suspensão de pérolas de vidro e centrifugou-se a mistura para eliminar o sobrenadante. A operação de lavagem, utilizando a nova solução de lavagem, foi repetida três vezes. Depois, secaram-se as pérolas de vidro a pressão reduzida e adicionou-se 15 μΐ de água esterilizada para fazer uma suspensão com as pérolas.
Aqueceu-se a mistura para 55 °C durante 15 minutos e centrifugou-se para se obter assim 2 μΐ do sobrenadante contendo o fragmento de ADN.
Realizou-se uma operação de inserção do fragmento de ADN purificado num vector de expressão, como se segue.
Especificamente, adicionou-se 0,5 pg de um plasmido de expressão (pUC118: fabricado pela Takara Shuzo Co., Ltd.)), 1 μΐ de cada uma das enzimas de restrição BamHI e PstI da Takara Shuzo Co., Ltd. e 2 μΐ de 10 χ tampão K, que é um tampão de enzima de restrição da Takara Shuzo Co., Ltd., a 10 μΐ da solução de fragmento de ADN e adicionou-se água esterilizada de modo a que a mistura ficasse com um volume de 20 μΐ, seguida de mistura. Deixou-se a solução reaccional reagir a 36 °C durante 2 horas. Depois da reacção das enzimas de restrição, isolou-se o fragmento de ADN e o vector de 137 expressão com GENECLEAN e ligaram-se um ao outro. Especificamente, adicionou-se 300 μΐ da solução de Nal incluída no estojo a 20 μΐ da solução reaccional das enzimas de restrição e misturou-se e adicionou-se depois 10 μΐ da solução de pérolas de vidro e misturou-se. Deixou-se a mistura em repouso a 4 °C durante 15 minutos e depois centrifugou-se para precipitar as pérolas de vidro nas quais o fragmento de ADN e o vector de expressão estavam adsorvidos e eliminou-se o sobrenadante. Depois, adicionou-se 500 μΐ da nova solução de lavagem, incluída no estojo, à suspensão de pérolas de vidro e centrifugou-se a suspensão para eliminar o sobrenadante. A operação de lavagem utilizando a nova solução de lavagem foi repetida três vezes. Depois, secaram-se as pérolas de vidro a pressão reduzida e, após a secagem, adicionou-se 15 μΐ de água esterilizada para fazer uma suspensão com elas. Aqueceu-se a mistura para 55 °C durante 15 minutos e centrifugou-se para se obter assim 12 μΐ do sobrenadante contendo o fragmento de ADN e o vector de expressão. O processo eliminou pequenos fragmentos de ADN que tinham uma dimensão de cerca de 50 pb ou menos e que tinham sido gerados pelas enzimas de restrição, para se obter assim o fragmento de ADN com interesse e o vector de expressão.
Adicionou-se 10 μΐ de uma solução de ligação de Takara do estojo-I (Takara Shuzo Co., Ltd.) a 10 μΐ da solução assim preparada e deixou-se a mistura reagir a 16 °C durante 1 138 hora. Utilizou-se a solução para transformar as células concorrentes (Takara Shuzo Co., Ltd.: DH5a). Especificamente, adicionou-se-lhe 5 μΐ de uma solução reaccional de ligação a 60 μΐ de uma solução de células concorrentes não congeladas a 4 °C e misturou-se e deixou-se a 0 °C durante 30 minutos e a
42 °C durante 45 segundos e a 0 °C durante 2 minutos. Adicionou-se-lhe 500 μΐ de uma solução de SOC (2 % de bacto-triptona, 0,5 % de extracto de levedura, NaCl 10 mM, glicose 2 0 mM, MgSCh 10 mM e MgCl2 10 mM) seguida da recuperação da cultura a 36 °C durante 1 hora. Aplicou-se 100 μΐ da solução de cultura num meio de agar LB (1 % de bacto-triptona, 0,5 % de extracto de levedura, 1 % de NaCl, a pH 7,0, 1,5 % de agar) contendo 50 pg/ml de ampicilina, 40 pg/ml de X-gal (5-bromo-4-cloro-3-indolyil^-D-galactósido) e IPTG (tiogalactopiranósido) 1 mM. Realizou-se depois a cultura a 37 °C durante 16 horas. A cultura originou Escherichia coli transformada por introdução dos plasmidos descritos antes, sob a forma de colónias brancas e seleccionaram-se as colónias. As colónias assim separadas da Escherichia coli transformada foram postas em cultura num meio liquido LB contendo ampicilina (50 pg/ml). A partir das células de cultura da Escherichia coli transformada, separou-se o ADN de plasmido e purificou-se utilizando um estojo de purificação de plasmido (estojo midi de filtro de plasmido QIA, QIAGEN). O ADN do plasmido assim obtido confirmou ter um fragmento de ADN com uma dimensão de cerca de 1,0 kpb, que corresponde ao gene de interesse BG 10669.
Em seguida, para confirmar a actividade de cilo-inositol 2-desidrogenase, transferiram-se as células isoladas, sob a 139 forma de colónias, para 30 garrafas de 100 ml de meio LB (1 % de bacto-triptona, 0,5 % de extracto de levedura, 1 % de
NaCl, a pH 7,0) contendo 50 yg/ml de ampicilina e fez-se uma cultura a 36 °C durante 7 horas. Adicionou-se 0,3 ml de uma solução de tiogalactopiranósido 200 mM a cada 100 ml das soluções da cultura e depois colocaram-se as células em cultura a 36 °C durante 3 horas. Depois de a cultura estar completa, recolheram-se as células por centrifugação e lavaram-se uma vez com uma solução salina fisiológica. Depois, fez-se uma suspensão das células lavadas em 3 ml de uma solução de Triton X-100 a 0,6 % e dividiram-se as células por ondas ultra-sónicas a 4 °C. Centrifugou-se a solução e retirou-se 84 ml do sobrenadante (solução da enzima). Adicionou-se 36 g de sulfato de amónio ao sobrenadante para salificar as proteinas a 4 °C. Recolheram-se as proteínas resultantes por centrifugação e eliminou-se o sobrenadante. Dissolveram-se os precipitados em 75 ml de tampão de Tris 20 mM (pH 7,0) e centrifugou-se novamente a solução. Aplicou-se o sobrenadante numa coluna Sephadex G-25 (Pharmacia K.K.) (400ml) equilibrada com tampão de Tris 20 mM (pH 7,0) e realizou-se a eluição com tampão de Tris 20 mM (pH 7,0). Realizou-se a eluição com tampão de Tris 20 mM (pH 7,0) e dessalinizou-se o produto da eluição. Os processos originaram 105 ml de uma solução de enzima impura do produto do gene BG10669.
Mediu-se a actividade de redução da mio-inositol 2-desidrogenase como se descreve a seguir. Misturou-se 5 μΐ de uma solução reaccional (tampão de Tris 200 mM (pH 8,0), 2 % de NADH, 1 % de cilo-inosose) com 5 μΐ de uma solução da enzima e deixou-se reagir a 36 °C durante 30 minutos. Imediatamente depois da reacção, adicionou-se 500 μΐ de água e mediu-se a absorvência a 340 nm. A partir do valor em branco de um tubo de ensaio preparado utilizando água em vez 140 da solução de enzima, mediu-se a diminuição da absorvência a 340 nm. A solução da enzima foi diluída conforme necessário e confirmou-se que a enzima tinha uma actividade para reduzir cilo-inosose. Por outro lado, para medir a actividade de oxidação, misturou-se 50 μΐ de uma solução de reacção (1 % de mio-inositol ou cilo-inositol, tampão de Tris 200 mM (pH 8,0), 0,002 % de NAD+, 0,002 % de diaforase e 0,01 % de azul de nitrotetrazólio) com 50 μΐ de uma solução de enzima e mediu-se o aumento da absorvência a 545 nm a 25 °C, de três em três minutos, utilizando um leitor de microplacas. Calculou-se a taxa de reacção a partir dos aumentos da absorvência nos tempos respectivos. Como resultado, confirmou-se que a enzima preparada tem actividade para oxidar mio-inositol mas não tem actividade para oxidar cilo-inositol . A solução da enzima mio-inositol 2-desidrogenase assim preparada e a solução da enzima impura cilo-inositol desidrogenase preparada no exemplo 11 (105 ml da solução da enzima preparada a partir de 3 L de uma solução de cultura (escala de 30 vezes)) foram utilizadas para realizar a reacção para converter mio-inositol em cilo-inositol. Para preparar uma solução da reacção, misturou-se 200 g de mio-inositol, 70 ml de cilo-inosose a 5 %, 130 mg de C0CI2 e 250 mg de MgS04 7H20 e ajustou-se o volume para 750 ml por meio da adição de água, seguida de aquecimento até 50 °C para dissolver o mio-inositol. A solução foi arrefecida para 36 °C e ajustou-se para pH 8,0 com uma solução aquosa de NaOH IN e ajustou-se o volume para 7 90 ml por meio da adição de água. Adicionou-se 105 ml de uma solução da enzima impura de mio-inositol 2-desidrogenase, 105 ml de uma solução da enzima impura de cilo-inositol desidrogenase e 70 mg de NADP +, a 36 °C e manteve-se a temperatura da solução com um volume de cerca de 1 L, a 36 °C, seguida da reacção com uma ligeira agitação. A solução reaccional gradualmente tornou-se ácida, 141 por isso ajustou-se para o pH 8,0 com NaOH IN. 42 Horas mais tarde, geraram-se os cristais de cilo-inositol na solução de reacção, de modo a obter-se uma solução reaccional branca. Filtrou-se a solução utilizando um filtro de papel para recolher a cilo-inositol cristalina (peso húmido 73 g). Adicionou-se ao sólido 3 L de água e o sólido dissolveu-se a 50 °C. Ajustou-se o volume da mistura para 4,5 L por adição de água e arrefeceu-se a mistura para a temperatura ambiente. Centrifugou-se a solução resultante (8.000 rpm, 20 minutos) para eliminar as matérias insolúveis e fez-se passar o sobrenadante através de uma coluna cheia com 100 ml de uma resina permutadora de catiões de bases fortes, uma coluna cheia com 100 ml de uma resina permutadora de aniões de ácido fortes e uma coluna cheia com 50 ml de carvão activado, por esta ordem, para assim se obter cada um dos produtos eluidos. Depois, faz-se passar 500 ml de água através de cada uma das colunas para as lavar, para assim se obter, de cada uma, uma solução de lavagem. Misturaram-se e concentraram-se os produtos eluidos e a solução de lavagem.
Como resultado da concentração, os microcristais começaram a cristalizar à medida que o volume da solução se tornou mais pequeno e concentrou-se a solução até o peso do conteúdo ser da ordem de 130 g. Arrefeceu-se a solução concentrada para 4 °C e deixou-se em repouso durante a noite. Depois, filtraram-se as substâncias pastosas e lavaram-se os cristais de cilo-inositol do papel do filtro com uma pequena quantidade de água, seguida de secagem a 105 °C durante 3 hr. O cilo-inositol resultante tinha a forma de cristais brancos (61 g) e a análise de RMN e de CLAR revelaram que os cristais não continham outras impurezas e tinham uma pureza de 99 % ou mais. O rendimento de mio-inositol foi de 31 %. Entretanto, a solução de reacção que tinha sido separada por filtração 142 também podia ser utilizada e quando se dissolveu 64 g de mio-inositol, cristalizou mais cilo-inositol cristalino.
Exemplo 16 <Formação do complexo de cilo-inositol/ácido bórico e estudo das condições de formação
Dissolveu-se 100 g de pó de cilo-inosose em 500 ml de água quente e arrefeceu-se a solução para a temperatura ambiente. Depois, adicionou-se água de tal maneira que a solução tivesse um volume de 900 ml. Ajustou-se o pH da solução para 7,5 com uma solução aquosa 5N de NaOH e adicionou-se mais água de modo a ter-se um volume de 1 L.
Adicionou-se, gradualmente, 5,9 g de NaBH4, em pó, à solução, durante 15 minutos, com agitação, para se realizar uma reacção de redução. A temperatura da solução reaccional aumentou até 38 °C devido ao calor da reacção. 30 Minutos mais tarde, dissolveu-se 67,5 g de ácido bórico e 72,2 g de NaCl na solução reaccional que tinha sido arrefecida para 32 °C, para se preparar assim uma solução em que se formou o complexo. O pH da solução era de 5,9.
Em seguida, distribuiu-se 100 ml da solução, na qual se tinha formado o complexo e com o pH ajustado para 6,0 por meio de uma solução aquosa 8N de NaOH, num recipiente de plástico de 200 ml com uma tampa e distribuiu-se 100 ml da solução, na qual se tinha formado o complexo e com o pH ajustado para 7,0 por meio de uma solução aquosa 8N de NaOH, da mesma maneira que antes. Além disso, distribuiu-se cada uma das soluções de 100 ml, na qual se tinha formado o complexo e tendo sido ajustado o pH de cada uma delas para pH 8,0, 9,0, 9,5, 10,0, 10,5, 11,0, 12,0 ou 12,8. 143
Nessas soluções com o pH ajustado, começaram a formar-se, gradualmente precipitados. Separaram-se os precipitados por filtração em cada um dos dias seguintes e ajustou-se o filtrado para um pH pré-determinado com uma solução aquosa 8N de NaOH e depois voltaram ao recipiente original. Os precipitados resultantes foram secos e pesados. Se todo o cilo-inositol, gerado pela redução, forma um complexo de cilo-inositol/ácido bórico e se se obtêm sob a forma de precipitados, o peso dos precipitados seria de 61,8 g. Por isso, o peso dos precipitados obtidos a partir das respectivas soluções com os pH ajustados foram integradas nos dias seguintes e os valores obtidos dividindo os valores integrados pelo rendimento teórico (61,8 g) foram definidos como as taxas de recuperação dos precipitados do complexo de cilo-inositol/ácido bórico.
Os valores assim obtidos estão ilustrados a seguir. As partes sombreadas no quadro mostram um grupo de ensaio com uma taxa de recuperação de mais do que 90 %.
Quadro 7: pH do tratamento Taxa cie recuperação do complexo de cilo-inositol/ácido bórico Dia 1 Dia 2 Dia 3 Dia 4 Dia 5 Dia 6 Dia 7 6 9, 4% 17, 9% 25,5% 32,4% 38, 6% 44,2% 49,2% 7 21,7% 38,4% 51,2% 61,1% 68,7% 74, 6% 79,1% 8 42,4% 65,7% 78, 6% 85, 6% 89, 5% 91, 6% 92,8% 9 66, 9% 86, 3% 91, 9% 93, 6% 93, 6% 94,2% 94,2% 9,5 82, 9% 92, 9% 94,1% 94,2% 94,2% 94,2% 94,2% 10 57,5% 79, 9% 88, 6% 92,1% 93,4% 93, 9% 94,1% 10,5 41,5% 64,7% 77,7% 85, 0% 89, 0% 91,3% 92, 6% 11 36, 8% 59, 2% 72,8% 81,2% 86, 3% 89, 4% 91,3% 12 29, 2% 49, 4% 63,3% 72, 9% 79, 5% 84,1% 87,2% 144 pH do tratamento Taxa de recuperação do complexo de cilo-inositol/ácido bórico Dia 1 Dia 2 Dia 3 Dia 4 Dia 5 Dia 6 Dia 7 12,8 25,4% 44,0% 57, 6% 67,5% 74,7% 80,0% 83,8%
Como se mostra no quadro 7, o grupo de ensaio de tratamento a pH de 9,5 foi o mais apropriado para a formação de precipitados do complexo de cilo-inositol/ácido bórico. As taxas de recuperação dos grupos de ensaio de pH 9,0, pH 9,5 e pH 10,0 atingiram uma taxa de recuperação de 90 % ou mais no 4o dia e verificou-se que a taxa de recuperação se torna constante a 94 % mesmo se se alargar o periodo de ensaio. A análise por RMN para o filtrado do grupo de ensaio de pH 9,5 no 7o dia revelou que 5,9 % (p/v) de mio-inositol e cerca de 0,2% (p/v) de cilo-inositol permaneceram em solução. Isto é, verificou-se que o complexo pode ser retirado sob a forma de um precipitado pelo processo da presente invenção no caso em que a concentração do complexo de cilo-inositol/ácido bórico é de 0,2 % (p/v) ou mais.
Exemplo 17 <Processo de formação do complexo de cilo-inositol/ácido bórico a partir da mistura de redução e dissolução do complexo e depois libertação e dessalinização do cilo-inositol utilizando uma resina permutadora de iões>
Dissolveu-se 10 g (56 mmole) de pó de cilo-inosose em 50 ml de água quente e arrefeceu-se a solução para a temperatura ambiente. Depois, adicionou-se água de modo a obter-se um volume de 90 ml. Ajustou-se o pH da solução para 7,5 com uma solução aquosa 5N de NaOH e adicionou-se mais água de modo a obter-se um volume de 100 mL. 145
Adicionou-se, gradualmente, à solução 0,59 g de NaBH4 em pó, durante 15 minutos, com agitação, para se realizar uma reacção de redução. A temperatura da solução reaccional aumentou até 3 °C devido ao calor da reacção. 30 Minutos mais tarde, dissolveu-se 6,75 g de ácido bórico e 7,22 g de NaCl na solução reaccional arrefecida para 31 9C, para preparar assim uma solução em que se formou o complexo. Em seguida, ajustou-se o pH da solução em que se formou o complexo para pH 9,5 com uma solução aquosa 5N de NaOH e manteve-se a solução a pH 9,5 com uma solução aquosa 5N de NaOH com um equipamento padrão com agitação. 3 Dias mais tarde, filtraram-se os precipitados contidos na solução em que se formou o complexo e lavou-se com uma pequena quantidade de água, seguida de secagem, para assim se obter 5,71 g (20,5 mmole) de um complexo de cilo-inositol/ácido bórico.
Adicionou-se 230 ml de uma solução de ácido clorídrico 1,05 N a 5,71 g do complexo de cilo-inositol/ácido bórico resultante para dissolver o complexo de cilo-inositol/ácido bórico e assim obteve-se uma solução dissolvida. A solução dissolvida era uma solução ácida 0,2N. Em seguida, fez-se passar a solução dissolvida resultante através de uma coluna cheia com 200 ml de uma resina permutadora de iões de um ácido forte (Duolite C20, do tipo H+, Sumitomo Chemical Co., Ltd.) a uma velocidade de fluxo de 2 ml/min e fez-se passar então o fluido eluido resultante através de uma coluna cheia 146 com 400 ml de uma resina permutadora de iões de uma base forte (Duolite A116, do tipo OH-, Sumitomo Chemical Co., Ltd.)· Concentrou-se o produto eluido resultante, para se obter assim 3,52 g (19,5 mmole) de um pó branco. A análise por RMN revelou que o pó branco era cilo-inositol. Entretanto, o rendimento de cilo-inositol a partir de cilo-inosose foi de 35 %.
Exemplo 18 <Processo de formação de um complexo de cilo-inositol/ácido bórico a partir de uma mistura de redução de cilo-inosose e dissolução do complexo e depois libertação e cristalização do cilo-inositol por meio da precipitação do dissolvente orgânico>
Como matéria-prima, utilizou-se 5,71 g (20,5 mmole) de um complexo de cilo-inositol/ácido bórico que tinha sido preparado a partir de 10 g (56 mmole) de pó de cilo-inosose da mesma maneira que no exemplo 17.
Adicionou-se 5,71 g de um complexo de cilo-inositol/ácido bórico a um frasco cónico de 100 ml com uma tampa com um agitador e adicionou-se 22,8 ml de uma solução de ácido clorídrico 1,83 N para preparar uma suspensão. Depois de se completar a agitação durante 1 hora, adicionou-se-lhe 23 ml de metanol e agitou-se ainda mais a mistura. 5 Horas mais tarde, filtrou-se a suspensão e lavaram-se os sólidos com uma pequena quantidade de metanol e secou-se para se obter assim 3,58 g (20,0 mmole) de cilo-inositol impuro.
Depois, dissolveu-se 3,58 g do cilo-inositol impuro resultante em 230 ml de água e adicionou-se 20 ml de uma resina permutadora de iões de ácidos fortes (Duolite C20/do 147 tipo H+) e 40 ml de uma resina permutadora de iões de bases fortes (Duolite A116/do tipo OH") seguida de agitação. Depois de se completar a agitação durante 30 minutos, as resinas permutadora de iões foram separadas por filtração e concentrou-se o filtrado resultante para se obter assim 3,41 g (18,9 mmole) de um pó branco. A análise por RMN revelou que o pó branco era cilo-inositol. Entretanto, o rendimento de cilo-inositol a partir de cilo-inosose foi de 34 %.
Exemplo 19 <Processo de redução de cilo-inosose e em seguida libertação directa e cristalização de cilo-inositol>
Dissolveu-se 5 g (28 mmole) de pó de cilo-inosose em 40 ml de água quente e arrefeceu-se a solução para a temperatura ambiente. Ajustou-se o pH da solução para 7,5 com uma solução aquosa 5N de NaOH e adicionou-se mais água de modo a obter-se um volume de 45 mL.
Adicionou-se, gradualmente, 0,29 g de NaBH4 à solução, durante 15 minutos, com agitação, para se realizar uma reacção de redução. A temperatura da solução reaccional aumentou até 37 °C devido ao calor da reacção. 30 Minutos mais tarde, ajustou-se o pH da solução reaccional que tinha sido arrefecida para 30 °C para um pH de 1,0 com ácido cloridrico 5N. Depois, adicionou-se água para se obter um volume de 50 ml, para se preparar assim uma solução ácida 0,1N. Em seguida, adicionou-se 25 ml de metanol à solução com agitação. 10 Minutos mais tarde, a solução tornou-se 148 gradualmente opaca e agitou-se ainda a suspensão durante 24 horas. 24 Horas mais tarde, filtrou-se a suspensão e lavou-se com uma pequena quantidade de metanol e depois secou-se para se obter assim 1,55 g (8,6 mmole) de cilo-inositol impuro.
Depois, dissolveu-se 1,55 g do cilo-inositol impuro resultante em 120 ml de água e adicionou-se 10 ml de uma resina permutadora de iões de ácidos fortes (Duolite C20/do tipo H+) e 20 ml de uma resina permutadora de iões de bases fortes (Duolite A116/do tipo OH+) , seguido de agitação. Depois de se completar a agitação durante 30 minutos, as resinas permutadora de iões foram separadas por filtração e concentrou-se o filtrado resultante para se obter assim 1,51 g (8,3 mmole) de um pó branco. A análise por RMN revelou que o pó branco era cilo-inositol. Entretanto, o rendimento de cilo-inositol a partir de cilo-inosose foi de 30 %.
APLICABILIDADE INDUSTRIAL
De acordo com a presente invenção, o cilo-inositol que está disponível como um fármaco pode ser directamente e eficientemente produzido, a partir do mio-inositol, que é barato, apenas por meio da conversão de microrganismos ou por meio de uma reacção enzimática. Entretanto, o processo de produção da presente invenção tem a vantagem de dificilmente gerar isómeros.
Quando se utiliza mio-inositol 2 desidrogenase, independente de NAD+ da presente invenção, a cilo-inosose pode ser produzida sem adicionar NAD+ à solução reaccional. Além disso, pode-se obter facilmente e eficientemente cilo-inositol de elevada pureza, por meio da redução da cilo-inosose resultante. De acordo com a presente invenção, pode-se formar com eficiência um complexo de cilo-inositol/ácido 149 bórico a partir de uma mistura que contém cilo-inositol e açúcares com efic complexo operação LISTA DE <110> <12 0> <130> <150> <151> <150> <151> <150> <151> <150> <151> <160> <17 0> <210> <211> <212> <213> neutros para além do cilo-inositol e pode-se obter iência cilo-inositol de elevada pureza a partir do de cilo-inositol/ácido bórico por meio de uma fácil.
SEQUÊNCIAS
Hokko CHEMICAL INDUSTRY CO. , LTD.
PROCESSO PARA A PRODUÇÃO DE CILO-INOSITOL 572-C42 04 JP2003-353490 2003-10-14 JP2003-353491 2003- 10-14 JP2004-18128 2004- 1-27 JP2 004-194088 2004-6-30 37
Patentln versão 3.1 1 1041
ADN
Escherichia coli 150 <220>
<221> CDS <222> (1) .. (1041) <223> <400> 1 atg age gac aac ate cgt gtt ggg ttg att ggg tat ggt tat gcg age 43 8et 1 Ser Asp Asn Me r Arg Va! SIV Leu lie 10 Gly Tyr síy Tyr Ala 15 gaa Ser 1 833 acc ttc cat 5 gcg ccc ctg att gcg ggc acg ccc ggg cag ctg 96 lys Thr Pha His Ata Pro Leu 11« Ala 61y Thr Pro Sly Sln 8tu teu 20 25 30 144 gcg gta ate tcc age agt gat gaa aca aaa gta aaa gee gac tgg cca Ala Vai He Ser Ser Ser Asp Slu Thr Lys Vat Lys Ala Asp Trp Pro 35 40 45 182 acg gtt acg gtt gtc tet gag ccg aag cat ctg ttt aac gat ccc aac Thr Vat Thr Vai Vai Ser Slu Pro Lys His Leu Phe Asn Asp Pro Asn 50 50 ata gee ctg att gtc att cct aca ccc aac Ife Asp Leu 1 íe Vat He Pro Thr Pro Asn $5 70 gee aaa gcg gcg ctt gag gcg ggt aaa cat Ala Lys Ata Aís Leu G fu Ala Gfy Lys Hís 85 90 ttt acc gtg aca ctg tea caa gcg cga gag Phe Thr Vai Thr leu Ser Gin Ala Arg Glu 100 !Õ5 age ctg ggg cgt gtg ctg tet gta ttc cat Ser Leu Sly Arg Vai Leu Ser Vai Phe Hís 115 120 gat ttc ttg acg cta aaa ggt tta etc gcg Asp Phe Leu Thr Leu Lys Sly Leu Leu Ala 130 135 gtt gct tac ttt gag tet cat ttt gac ege Vai Ala Tyr Phe Slu Ser His Phe Asp Arg 145 150 gat cgt tgg cgt gaa cag ggc ggc cca ggc Asp Arg Trp Arg Slu Gin Gly 6ly Pro Gfy 165 170 +** «•a* gat acc cat ttc ccg tta 240 Asp Thr Hís Phe Pro teu 75 80 gtg gtc gtt gat aaa ccc 288 Vai Vai Vai Aep lys Pro 95 ctg gat gcg ctg gca aaa 336 teu Asp Ala Leu Ala lys 110 aac cgt ege tgg gat age 384 Asn Arg Arg Trp Asp Ser
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<211> 1170 <212> ADN <213> Agrobacterium tumefacience <220>
<221> CDS <222> (1).. (1170) <223> <400> 3 atg tcc tcc get sca aag aaa ttc gat agt ege ege att cgt etc ggt 48 ítet Ser Ser Ala Thr lys lys Phe Asp Ser Arg Arg Ne Arg Leu Gly t 5 to 15 8tg gtc ggc ggc ggt cag ggc gee ttc att ggc gcg gtg cat ege ate 05 ítet Vai Giy Giy Gly Sln Gly Ala Phe He Giy Aia Vai His Arg Me 20 25 30 gcg gee cgg ctg gat gac cgt tae gag ctg gtg gee gga gcg ctt tcc 144 Ala Ala Arg Leu Asp Asp Arg Tyr Glu Leu Vai Aia Giy Ala Leu Ser 35 40 45 tcc gat ccc gcg cgt gee gee gee teg gea aca ctg etc ggc att geg 192 Ser Asp Pro Aia Arg Ala Ala Aia Ser Ala Thr Leu Leu Gly Me Ala 50 55 $0 ccg g«g ege tcc tat gee teg ttc geg gac stg gcg gcg set geg gee 240 Pro Gtu Arg Ser Tyr Ala Ser Phe Glu Asp tôet Aia Aia Thr Glu Aia 65 70 75 80 ggc Gly cgg gag gat ggc ate gag gea gtc gee ate gtc acc ccc aac cat 238 Arg Glu Asp 6ty He Glu Ala Vai Ala iie Vai Thr Pro Asn His 35 90 05 ctg cat ttt gee ccg tcc aag gee ttt etc gaa gee ggc ate eac gtc 336 leu His Phe Ata Pro Ser Lys Aia Phe Leu Glu Aia Gly Me His Vai too 105 110 ate tgc gac aag ccg gtg acc gcg acg. ctg gaa gaa gcg aag gea ctg 384 lie Cys Asp Lys Pro Vai Thr Ala Thr leu Giu Glu Ala lys Ala Leu 154
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<210> 4 <211> 389 <212> PRT <213> Agrobacterium tumefacience <400> 4
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<211> 1188 <212> ADN <213> Agrobacterium tumefacience <22 0>
<221> CDS <222> (1) .. (1188) <223> <400> 5 atg gct att gaa gga aag aca acc gac gtg gcg aac aag cgg att ege 48 Hot Ala 1 is Glu Giy lys Thr Thr Asp Vat Ala Asn Lys Arg He Arg 1 5 10 15 etc ggc atg gtc ggc KC ggt teg ggc gea ttc ate ggc ggc gtt cat 06 Leu Gly Hat Vai 8fy Sly Gly Ser Sly Ala Phe I le Gly Giy Vai His 20 25 30 ege atg gea gcg cgg ctc gac aat ege ttc gat ctc gtg gcg ggg gee 144 Arg ílet Ala Ala Arg leu Asp Asn Arg Phe Asp Leu Vai Ala Gly Ala 35 40 45 ctg tcc teg aca ccg gaa aaa tcc cta gct tcc ggg cgt gag ctg ggg 192 Leu Ser Ser Thr Pro 6lu Lys Ser Leu Ala Ser Siy Arg Siu Leu Giy SO 55 60 ctc gac tet gag cgt tgc tac ggc teg ttt gaa gaa atg gee gaa aaa 240 lau Âsp Ser Glu Arg Cys Tyr Sly Ser Phe Glu 6 Eu Bet Ala Glu Lys $5 70 75 80 gaa gcg ctg ege gag gat ggt ate gag gcg gtg gcg ate gtc acc ccc 288 Glu Ala Leu Arg Glu Asp Sly lie Glu Ata Vai Ala He Vai Thr Pro 85 $0 05 aac cat gtg cac tat ccc gct gea aag gee ttc ctg gag ege ggc ate 336 Asn His Vai Hís Tyr Pro Ala Ala Lys Ata Phe teu Glu Arg Gly Me 100 105 110 cat gtc ate tgc gac aag ccg ctg act tcc aat gaa gac gcg aaa 384 His Vai Me Cys Asp Lys Pro Leu Thr Ser Asn Leu Glu Asp Ala Lys MS 120 125 aag ctg aag gac gtg gee gat aag gee gat gcg ctg ttc ate ctg acg 432 Lys Leu Lys Asp Vaf Aia Asp Lys Ala Asp Aia Leu Phe Me Leu Thr 130 135 140 cat aac tac acc ggt tat CCS atg gtg cgf cat gcg ege gag ctg gtg 480 His Asn Tyr Thr Giy Tyr Pro Bet Vai Arg His Ala Arg Glu leu Vai 145 ISO 155 160 gag gee ggt gea ctc ggc aat ate cgt ctg gtg caa atg gaa tat ccg 528 Glu Ala Gly Aia leu Sly Asn He Arg Leu Vat Gin ttet Gfu Tyr Pro 165 170 175 cag gac tgg ctg acg gag gcg gtg gaa cag ace ggc gcg aaa cag gea 576 Gin Asp Trp Leu Thr Glu Aia Vai Glu Gin Thr Gly Ala Lys Gin Aia ISO 185 190 gtc tgg cgt acc gat ccg gee caa tet ggc gtt ggc ggt tcc acc ggt 624 Vaf Trp Arg Thr Asp Pro Ala Gin Ser Gly Vai Gly Giy Ser Thr Giy 195 200 205 gac ate ggc acc cat gee tat aat ctc ggc tgc ttc att tcc ggt ctc 672 Asp Me Gly Thr His Ala Tyr Asn Lau Gly Cys Phe He Ser Gly Leu 210 215 220 gaa gcg gat gag ctg gcg gcg gat gtg cat acc ttc gtc gaa ggc cgt 720 Siu Ala -Asp Glu Leu Ata Ala Asp Vai His Thr Phe Vai Glu Giy Arg 158 1188 370 375 380 tca ggc aag aag aat ggc ggc tgg gtg aag ctg taa Ser Gly Lys tys Asn Gty Gty Trp Vai lys Leu 385 390 395
<210> 6 <211> 395 <212> PRT <213> Agrobacterium tumefacience <400> 6
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<211> 1077 <212> ADN <213> Bacillus subtilis <22 0>
<221> CDS <222> (1).. (1077) <223> <400> 7
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<210> 8 <211> 358 <212> PRT <213> Bacillus subtilis <4Ο0> 8
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<212> ADN <213> Agrobacterium sp. <22 0>
<221> CDS <222> (1).. (1188) <223> 166 <4 Ο 0> 11 ate gct att gaa gga aag aca aec gac aag gcg aac aag cgg att cgc 48 «et Ala lie Glu Gly Lys Thr Thr Asp Lys Ala Asn lys Arg He Arg 1 5 10 15 96 etc ggc atg gtg ggc gft ggt tet ggt gee ttt ate ggt ggt gtt esc teu Gly «et Vai Oiy Gly Gly Ser Gly Ala Phe tte Gty Gty Vai His 20 25 30 144 cgc atg gcg gcg cgg ctc gac aat cgt tte gat etc gtg gea ggg gcg Arg «et Ala Ala Arg leu Asp Asn Arg Phe Asp Leu Vai Ata Gly Ala 35 40 45 i AO ctg tet tcg ÔCC ccg gaa aaa tec ctc gee tce ggc cgt gaa ctg ggg 192 leu Ser Ser Thr Pro Glu lys Ser leu Ala Ser Gly Arg Giu leu Gly 50 55 60 240 ctc gat ccc m cgt tgc tac ggc tcg tte gag gag atg gee gaa aag leu A$p Pro Gíu Arg Cys Tyr Gly Ser Phe Giu Giu «et Ala Giu lys 65 70 75 80 2 88 gag gcg cta cgc gag gat ggc ata gag gcg gtg gcg ate gtc acg ccc ÔÍU Ala leu Arg Giu Asp Oiy lie Olu Ata Vai Ala Me Vai Thr Pro 85 90 95 336 aac C3C gtg cat tat ccg gcg gcg aag gcg ttt ctg gag cgt ggc ate Asn His Vai His Tyr Pro Ala Ala lys Ala Phe Leu Glu Arg Gly ! le 100 105 110 cat gtc ate tgc gac aag ccg ctg aec tce aat ctg gaa gac gcg aag 384 His Vai 11« Cys Asp lys Pro Leu Thr Ser Asn Leu Giu Asp Ala lys tis 120 125 aag ctg aag gac gtc gee gac aag gee gat gcg ctg tte ate ctg acg 432 Lys leu lys Asp Vai Ata Asp lys Ala Asp Ala leu Phe Me Leu Thr 130 135 140 cat aat tae acc ggc tat ccg atg gtg Cgg cat gea cgg gaa ctg gtg 480 His Asn Tyr Thr Gly Tyr Pro «et Vat Arg Hjs Ais Arg Giu leu Vai 145 150 155 160 gaa tcg ggc gct ctc ggc acg ate cgt ctg gtg cag atg gag tat ccg 528 Giu Ser Gty Aia leu Oiy Thr 1 íe Arg Leu Vai Gin Set Glu Tyr Pro 165 170 175 cag gac tgg ctg gcg gaa ccc ate gag cag acg ggc gee aaa cag gct 5?Ç Gin Asp Trp leu Ala Giu Pro Me Glu Gin Thr Gly Ata Lys Gin Ala 180 185 190 gtc tgg cgc acc gac ccg gee caa tcc ggt gcg ggt ggt tcc aca ggc 624 Vai Trp Arg Thr Asp Pro Ala Gin Ser Gly Aia Gty Gty Ser Thr Gty 195 200 205 gat ate ggc acg cat gee tat aat ctc ggc tgc tte att tcc ggt ctg 672 Asp Me Gly Thr His Aia Tyr Asn leu Gly Cys Phe tíe Ser Gly leu 210 215 220 gaa gtc gac gaa ctg gcg gea gat gtg cat acc ttt gtc gaa ggc cgc 720 Giu Vai Asp Giu leu Ata Aia Asp Vai His Thr Phe Va i Glu Gly Arg 225 230 235 240 cgg ctg gac gac aat gcg cat gtg atg ctg cgt tte aag ocg «*g ggt 768 Arg Leu Asp Asp Asn Ais His Vai «et Leu Arg Phe lys Pro lys Gly 245 250 265 mu» Λ + # 4** " .w4* oic
<210> 12 <211> 395 <212> PRT <213> Agrobacterium sp. <4 0 0> 12
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<221> CDS <222> (D · · (1059) <223> <400> 13 atg cct aaa coe ttc aat Ctg gee gtc gtc gge tat gge tat gtt gge 48 «et Pro Lys Pro Phe Asn Leu Aia Vai Vai Gty Tyr Gty Tyr Vai Gty 1 5 ÍO 15 ege acc ttc cac gea ccg ctg ate gee age acg ccc gge ctg cag ttg 96 Are Thr Phe His Aia Pro Leu He Aia Ser Thr Pro Siy teu Gin Leu 20 25 30 ca c age gtg gtg teg tcc asg ecg cag caa ccg cag gcg gac ttc ege 144 Hi$ Ser Vai Vai Ser Ser Lys Pro Oin Gin Pro Gin Aia Asp Phe Arg 3$ 40 45 gag gtg ege gtg ctg ccc gac ctg gag gct gea ctg gee gac ccg gcg 192 Giu Vai Arg Vai Leu Pro Asp Leu Giu Ata Aia leu Aia Asp Pro Aia 50 55 60 ctg gat gcg gtg gtc ate gee 3Cg ccc aae cag acc cat gcg ccc atg 240 leu Αερ Aia Vaí Vai He Aia Thr Pro Asn Gin Thr His Aia Pro ítet €5 70 75 80 gcg ctg cag gea ctg gcg gee gge aag cac gtg ctg gtg gat aaa ccc 28$ Ai 3 Leu Siri Aia Leu Aia Ala Giy Lys His Vai leu Vaí Asp Lys Pro $5 00 95 ttc gee ctg gat gee gea cag gct ege acc gtg gtg gac gee gee gea 336 Phe Aia Leu Asp AJa Ata Gin Aia Arg Thr Vai Vai Asp Ata Aia Aia )00 105 HO eag gee gge aag stc gtc age gtg ttc cag aae ege cgt tgg gat gcg 384 Giu Ala Síy Lys Me Vai Ser Vat Phe Gin Asn Arg Arg Trp Asp Aia I1S 120 125 gac ttc etc acc gtg cgg ege ttg ate gaa gac gge caa ctg gge gag 432
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<210> 14 <211> 352 <212> PRT <213> Xanthomonas campestris ρν. campestris <4 0 0> 14
Met Pro Lys Pro Phe Asn leu Aia Vai Vaí Gly Tyr Gly Tyr Vai Giy I 5 10 15 Arg thr Phe His Ata Pro Leu Ue Aia Ser Thr Pro Gly Leu Gin teu 20 25 30 Hts Ser Vai Vai Ser Ser Lys Pro 61 n Gin Pro Gin Ala Asp Phe Arg 35 40 4$ filu Vai Arg Vai leu Pro Asp leu Giu Aia Aia Leu Aia Asp Pro Aia 50 55 60 Leu Asp Ala VaJ Vai He Ala Thr Pro Asn Gin Thr His Ala Pro Met 65 70 75 80 Ala Leu Gin Afa Leu Ala Ala Gly Lys Hts Vai Leu Vai Asp Lys Pro 85 §0 95 Phe Ala Leu Asp Ala Ala Gin Ala Arg Thr Vai Vai Asp Ala Aia Aia 100 Í05 110 Glu Ala Gly Lys He Vaí Ser Vai Phe Gin Asn Arg Arg Trp Asp Aia 115 120 125 Asp Phe Leu Thr Vai Arg Arg Leu He Giu Asp Gly Gin Leu Gly Giu 171 <210> 15 <211> 34 <212> ADN <213> Artificial <22 0> <223> iniciador <4 0 0> 15 172 34 cattcaagct taatgagagg caatgacatg agcg <210> 16 <211> 31 <212> ADN <213> Artificial <22 0> <223> iniciador <4 0 0> 16 tcggaattct tcatgcaagg cacaaagtcg c 31 <210> 17 <211> 32 <212> ADN <213> Artificial <22 0> <223> iniciador <4 0 0> 17 ggcggatcct ttgaaaggga tagtcatgtc ct 32 <210> 18 <211> 29 <212> ADN <213> Artificial <22 0> <223> iniciador 173 <400> 18 attggaagct tcgattggct gcgacctag <210> 19 <211> 30 <212> ADN <213> Artificial <22 0> <223> iniciador <4 0 0> 19 ttgggatcct ttcaggggaa atattatggc <210> 20 <211> 26 <212> ADN <213> Artificial <22 0> <223> iniciador <400> 20 gccgcaagct tgttttacag cttcac <210> 21 <211> 34 <212> ADN <213> Artificial 174 <22 0> <223> iniciador <400> 21 aggaattcga tgataacgct tttaaagggg agaa 34 <210> 22 <211> 34 <212> ADN <213> Artificial <22 0> <223> iniciador <400> 22 tttctgcagt ttagtgctcc agcataatgg ttcg 34 <210> 23 <211> 34 <212> ADN <213> Artificial <22 0> <223> iniciador <400> 23 tcggaattcg cgttgcggtg aatcgttttc aatg 34
<210> 24 <211> 34 <212> ADN 175 <213> Artificial <22 0> <223> iniciador <4 0 0> 24 ataagaagct tgctcagtcg ctgctgttgc cttc 34 <210> 25 <211> 35 <212> ADN <213> Artificial <22 0> <223> iniciador <4 0 0> 25 ttgggatccg atgagtttac gtattggcgt aattg 35 <210> 26 <211> 39 <212> ADN <213> Artificial <22 0> <223> iniciador <4 0 0> 26 aaactgcagt tagttttgaa ctgttgtaaa agattgata 39 <210> 27 <211> 1179 176 <212> ADN <213> Acetobacter sp. <22 0>
<221> CDS <222> (1).. (1179) <223> <400> 27 atg acc aaa cgt aaa ttg cgc att ggc ctg att ggc agt ggg ttc atg 48 ííet Thr Lys Arg Lys Uu Arg t le Giy teu Me 6íy Ser 6!y phe líet * S 10 is ggg cgc acc cac gcc ttt ggc tat tca acc gcg tcc cgt gtg ttt gat 96
Gly Arg Thr His Ala Phe Gly Tyr Ser Thr Ala Ser Arg Vai Ph8 Asp
20 25 3Q ctt ccg ttt C8g ccg gag cíg acg tgc ctg gct gat att tcc gat gaa 144
Leu Pro Phe Gin Pr o Glu Leu Thr Cys Leu Ala Asp He Ser Asp Glu 35 40 45 gct gca gcg aag gcg gcg gat gct ctg gga ttt gcc cgt tcc acc agt 192
Alã Ala Ala Lys Ala Ala Asp Ala Leu Giy Phe Ala Arg Ser Thr Ser 50 55 60 gac tgg cgt acg ctc gtc aac gat cct gaa att gat gtg gtg aat ate 240
Asp Trp Arg Thr Leu Vai Asn Asp Pro Gfu lie Asp Vai Vai Asn He 65 70 75 80 acg gcg cct aat gcc ttt cat aaa gaa atg gcg tta gca gcg att gct 288
Thr Ala Pro Asn Ala Phe Hís Lys Glu Set Ala teu Ala Ala lie Ata 85 90 95 gcg ggc aag cat gtc tat tgt gaa aag ccc ctt gcg eca ctt gca gcc 336
Ata Gly Lys Hís Vai Tyr Cys Glu Lys Pro Leu Ata Pro Leu Ala Ala 100 105 H0 gat gct cgc gaa atg gca gaa gcg gct gag gca aag ggc gta aaa aea 384 gcc Ctt gca acg gct gaa ttt ctt atg ggg cct gcc gca ggc gct ate 624 Ala teu Aía Thr Ala Giu Phe Leu Set Giy Pro Ata Ale Giy At a lie 1S5 200 205 acg cag gtg atg ggg gst tgt gtg acg gtc ate aeg acg cgg ccg gat 672 Thr Gin Vai Set Giy Asp Cys Vai Thr Vai lie Lys Thr Arg Pro Asp 210 215 220 |gt m ggl gga acg cgg get gta gaa gtg gac gat att gge cgc gcg 720 Giy Lys Giy Giy Thr Arg Ala Vai Giu Vai Asp Asp I le Giy Arg Ala 225 230 235 240 ctt ctg cgc ttt gag 331 ggg gcg aeg gga teg gtt gag gga aac tgg 768 Ua teu Arg Phe Giu Asn Gty Aía Thr Giy Ser Vai 61« Giy Asn Trp 245 250 255 stt gct acc ggc cgc acc atg cag cat gac ttt gag gta tae ggc aca 816 1 Se Ais Thr Giy Arg Thr Set Gin His Asp Phe Giu Vai Tyr Giy Thr 260 265 270 aaa ggt gca ctt gcc ttt set cag caa cga ttt aac gag ttg cat ttc 864 lys Gty Ala Leu Ala Phe Thr Gin Gin Arg Phe Asn Gtu teu His Phe 275 280 285 ttc tca age acc gat gea cgc ggc cgc aaa ggg ttc cgg cgt att gaa 912 Phe Ser Ser Thr A$p Aía Arg Giy Arg lys Gty Phe Arg Arg íle Giu 290 295 300 gcg gga cca gag cat gcg ccc tat ggc Ctg ttc tgc gtg gea ecg ggg 960 Ata Giy Pro Gtu His Aía Prc Tyr Giy Leu Phe Cys Vai Ata Pro Gty
<210> 28 <211> 392 <212> PRT <213> Acetobacter sp. <400> 28
Set Thr Lys Arg Lys Leu Arg Me Gly Leu Me Gíy Ser Gly Phe 8et
1 5 10 15 Gly Arg Thr His Ala Phe Gly Tyr Ser Thr Ala Ser Arg Vai Phe Asp 20 25 30 Leu Pro Phe Gin Pro Giu teu Thr Cys Leu Ala Asp Me Ser Asp Glu 35 40 45 Ata Ala Ala Lys Ata Ala Asp Ala Leu Gly Phe Ala Arg Ser Thr Ser SO 55 60 Asp Trp Arg Thr Leu Vai Asn Asp Pro Gtu Me Asp Vai Vai Asn Me 65 ?0 75 80 Thr Ala Pro Asn Ala Phe Hís Lys Glu Set Ala Leu Ala Ala He Aia 85 00 95 Ala Sly Lys His Vai Tyr Cys Glu Lys Pro leu Aia Pro Leu Ala Aia 100 105 110 Asp Ala Arg m Met Ala Giu Ata Ala Glu Aia Lys Gly Vat lys Thr 115 120 125 Gin Vai siy Phe Asn Tyr Leu Cys Asn Pro Set Leu Ala Leu Ala Arg 130 135 140 Asp (fet Me Ata Ala Gly Gtu Leu Gly Giu Me Arg Gly Tyr Arg Gly 145 150 155 160 Leu Hís Ala Glu Asp Tyr Set Ala Asp Ala Ser Ser Pro Phe Thr Phe tfiR no 1*K 179 385 3S0 <210> 29 <211> 32 <212> ADN <213> Artificial <22 0> <223> iniciador <22 0> <221> misc feature 180 <222> (9). (15) <223> n=a. t. g ou c <22 0> <221> misc feature <222> (18). (27) <223> n=inosina <4 0 0> 29 32 atgaarcgna arytncgnat yggyytnaty gg 32 <210> 30 <211> 32 <212> ADN <213> Artificial <22 0> <223> iniciador <22 0> <221> <222> caracteristicas variadas <223> <22 0> n=a, t, g ou c <221> caracteristicas variadas <222> (18) (24) <223> n=inosina <4 0 0> 30 32 ggyttyatgg gycgnacnca ygcnttyggy <210> 31 181 <211> 26 <212> ADN <213> Artificial <22 0> <223> iniciador <4 0 0> 31 ggyttrtcrm mgayracrtg rstrcc 26 <210> 32 <211> 19 <212> ADN <213> Artificial <22 0> <223> iniciador <22 0> <221> caracteristicas variadas <222> (7). (17) <223> n=inosina <4 0 0> 32 artgwrnrtg rttgggngt 19 <210> 33 <211> 25 <212> ADN <213> Artificial <22 0> <223> iniciador 182 <4Ο0> 33 gctcgtcaac gatcctgaaa ttgat 25 <210> 34 <211> 25 <212> ADN <213> Artificial <22 0> <223> iniciador <4 0 0> 34 ttcgctgcag cttcatcgga aatat 25 <210> 35 <211> 21 <212> ADN <213> Artificial <22 0> <223> iniciador <4 0 0> 35 cccttcaatt tccgggcggg t 21 <210> 36 <211> 26 <212> ADN <213> Artificial <22 0> <223> iniciador 183 <4Ο0> 36 gctggatccc gcccttattg tgaata 26 <210> 37 <211> 31 <212> ADN <213> Artificial <22 0> <223> iniciador <400> 37 tatgaattcg ttatgccttc tcatgctgtc g 31
Lisboa, 14 de Maio de 2010. 184

Claims (6)

  1. REIVINDICAÇÕES 1. Processo para produzir cilo-inositol caracterizado pelo facto de compreender: permitir que um microrganismo capaz de converter mio-inositol em cilo-inositol e pertencendo ao género Acetobacter reaja com mio-inositol numa solução contendo mio-inositol para produzir e acumular cilo-inositol na solução; e recolher o cilo-inositol da solução.
  2. 2. Processo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo facto de a solução que contém o mio-inositol ser um meio liquido contendo mio-inositol e por se deixar o microrganismo reagir com mio-inositol fazendo uma cultura do microrganismo no meio liquido.
  3. 3. Processo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo facto de se deixar reagir as células obtidas, por meio da cultura do microrganismo com mio-inositol na solução.
  4. 4. Processo de acordo com uma qualquer das reivindicações 1 a 3, caracterizado pelo facto de o microrganismo ser um microrganismo que pertence a Acetobacter cerevisiae ou Acetobacter malorum.
  5. 5. Processo de acordo com uma qualquer das reivindicações 1 a 3, caracterizado pelo facto de o microrganismo ser a estirpe AB10281 (FERM B.P-10119) de Acetobacter sp. ou uma estirpe mutante daquela. 1
  6. 6. Estirpe AB10281 (FERM BP-10119) de Acetobacter sp. ou uma para estirpe que é mutante dela com uma capacidade converter mio-inositol em cilo-inositol. Lisboa, 14 de Maio de 2010. 2
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