PT1607339E - Saco de material plástico com ventilação de sobrepressão - Google Patents

Description

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RESUMO "SACO DE MATERIAL PLÁSTICO COM VENTILAÇÃO DE SOBREPRESSÃO" A presente invenção refere-se recipientes de embalagem flexíveis, de material plástico.

Embalagens de material plástico se destacam pelo facto de serem leves, estáveis, relativamente estanques, especialmente impermeáveis à água e ao ar, e ao mesmo tempo favoráveis em termos de custos. Por conseguinte estas são muito utilizadas para a embalagem de matérias sólidas em condição não aglutinante em muitas áreas, como por exemplo na indústria química (granulados), na área de jardinagem (mistura de terra para plantas, fertilizantes) , e na área de alimentos.

Por razões de custos são preferidos chamados tubos FFS. No caso destes, o recipiente de embalagem se cria de uma tira de folha sem fim, na maioria dos casos directamente antes do enchimento. A tira de folha sem fim é criada ou como tubo, ou ocorre por meio de colocação redonda e soldadura ou colagem em direcção longitudinal inicialmente a configuração de um tubo de uma folha plana. 0 tubo é conduzido para a instalação de ensacar, onde uma primeira costura de soldadura ou de colagem em direcção transversal forma o fundo, e onde depois do enchimento da mercadoria de carga o recipiente é fechado por uma segunda costura de soldadura ou de colagem em direcção transversal.

No caso da embalagem de materiais de construção, os quais são frequentemente higroscópicos, é especialmente importante a protecção do conteúdo contra a humidade. Por 2 outro lado, mercadorias deste género até hoje são frequentemente ensacadas em recipientes de papel, uma vez que justamente no caso do cimento e matérias semelhante, durante e depois do ensacamento se forma uma sobrepressão dentro da embalagem, a qual pode escapar através do papel, no entanto permanece no caso de embalagens de material plástico impermeáveis ao ar depois do fechamento.

Para evitar estes problemas, no caso de chamados sacos de fundo plano é conhecido prever uma válvula no fundo, através da qual a escapa a sobrepressão na ocasião do ensacamento. No entanto, por razões de custos, sacos de fundo plano e especialmente aqueles com construções de válvula dispendiosas, não são desejados para mercadorias de carga como materiais de construção, que são comparativamente mais baratos. 0 documento EP 444 261 descreve recipientes de embalagem flexiveis, com as caracteristicas do preâmbulo da reivindicação 1, na forma de um saco ou saqueta, nos quais a ventilação se realiza por meio de perfurações numa região do recipiente, na qual este está configurado de duas camadas. Para isso, nas paredes interna e externa são previstas respectivamente perfurações, sendo que as perfurações da parede externa devem ter uma superfície da secção transversal menor que as da parede interna. A ventilação ocorre então pelo facto de se estabelecer uma sobrepressão entre as paredes interna e externa, a qual deve possibilitar um escape controlado. A publicação mostra, que no caso de mercadorias de carga muito finas, é necessário um filtro entre as paredes interna e externa, com o intuito de impedir uma saída da mercadoria de carga. Além disso, estas perfurações, que depois da fuga da 3 sobrepressão ficam directamente uma sobre a outra, formam uma abertura de entrada para ar, água e outras impurezas. 0 documento não publicado WO 2005/092724 refere-se a um recipiente de embalagem com uma câmara interna permeável ao ar e uma câmara externa estanque à água e ao ar, nas quais a área entre a parede interna e externa permite uma ventilação aquando do seu preenchimento, na medida em que a costura longitudinal nesta área está aberta a cerca de 10 a 50%. Uma descarga por sobrepressão dos sacos preenchidos e fechados não é nem abordada nem possível. A interrupção da costura deve ser fixamente fechada num estado empilhado, através do peso dos recipientes dispostos. 0 documento DE 195 38 146 refere-se igualmente à ventilação aquando do preenchimento e prevê para este efeito aberturas permanentes da costura longitudinal. Uma ventilação por sobrepressão de sacos preenchidos e fechados é apenas possível desde que os sacos não se encontrem empilhados. Através da costura longitudinal aberta é novamente possível a penetração de humidade, bem como a saída do material de preenchimento. 0 documento US 5,922,162 descreve sacos com aberturas na área da costura de fecho superior, a qual se encontra ligada ao interior do recipiente através de um trajecto tipo labirinto. Este tipo de fecho é dispendioso.

No documento CH 494 169, são descritos recipientes com uma ventilação durante o preenchimento, em que meios de separação conduzem à interrupção da costura. Para uma segurança contra a penetração de impurezas e contra a saída do material de preenchimento, são necessários os conhecidos 4 trajectos longos entre as entradas para o espaço interno e para o exterior.

Por conseguinte mantém-se uma exigência relativa a um recipiente de embalagem barato, e que ao mesmo tempo protege de maneira segura contra impurezas e/ou humidade, para tais materiais de preenchimento, nos quais tem que ser removida sobrepressão durante e/ou depois do preenchimento.

Este objectivo é atingido por meio de um recipiente de embalagem flexível de material plástico de acordo com a reivindicaçãol.

Surpreendentemente é possível configurar a costura de soldadura ou de colagem, respectivamente, de maneira permeável aos gases em áreas parciais, sem prejudicar a estabilidade da embalagem.

Como recipiente de embalagem no sentido da presente invenção, são considerados entre outros tubos FFS, sacos de bloco, sacos abertos com dobras laterais e/ou sacos planos, sacos com caixa de válvula (colados e soldados) , sacos de fundo cruzado, folha (plana) para máquina automática etc., especialmente embalagens FFS.

Além disso, são especialmente preferidos tais recipientes de embalagem, nos quais a fabricação se realiza de uma folha plana, para que seja fornecida de imediato na fabricação uma sobreposição entre os cantos externos da tira de folha na direcção longitudinal, a qual pode servir como região entre a parede interna e externa. Por conseguinte, no caso destes recipientes de embalagem não é necessária uma configuração separada desta região. 5

No caso destes recipientes de embalagem, nos quais, por exemplo a folha de material plástico é fabricada directamente por meio de extrusão por sopro na forma de tubo, a região entre a parede interna e externa pode ser configurada de modo a que uma folha separada é fixada por meio de união por soldadura ou colagem, na folha que forma o recipiente de embalagem.

De acordo com a invenção, uma ou ambas as costuras por soldadura ou colagem, são configuradas em direcção transversal de maneira permeável ao gás. No entanto, também é possivel, deste que estas existem, configurar a costura de soldadura ou colagem no sentido longitudinal de maneira inteiramente permeável ou só em regiões parciais.

Uma possibilidade preferida para a configuração da permeabilidade ao gás consiste no facto de mudar a superfície da folha nos lugares a serem unidos ou também inteiramente, por meio de colocação de um meio de separação ou mediante tratamento Corona, de tal maneira, que a união apresente uma resistência reduzida. Neste caso, a aplicação ou o tratamento, respectivamente, pode ser realizado num só lado ou em vários lados, em plena superfície ou de maneira parcial. Como meio de separação prestam-se todos os meios, que impedem uma união por soldadura ou colagem da folha de material plástico, como por exemplo óleos, graxas, tintas, lacas, matéria sólida em forma de pó, etc. A costura de união enfraquecida garante uma saída de gás controlada, para a redução de uma sobrepressão, que ocorre durante ou depois do ensacamento. A utilização de filtros ou semelhante, como foram necessários de acordo com o 6 estado da técnica para evitar a saída de mercadoria de carga, não é necessária, uma vez que as aberturas na parede interna são cobertas pela parede externa estanque. Também é quase impossível, a saída até de partículas muito finas através da costura de união enfraquecida. Isso baseia-se no facto de entre ambas as folhas unidas somente parcialmente firme actuarem forças de adesão, as quais causam uma certa aderência, também sem união firme por meio de soldadura ou colagem, respectivamente. Somente quando por meio de uma diferença de pressão, como a sobrepressão que se desenvolve durante ou depois do ensacamento, são vencidas as forças de adesão, então se abre a costura de união e deixa escapar a sobrepressão.

Em consequência disso, em contraposição ao estado da técnica, não são necessárias construções dispendiosas de válvula, nem perfurações da parede externa.

Também é dispensável uma camada intermediária de vê-lo para a retenção de mercadoria embalada, que poderia penetrar na região entre a parede interna e externa. Uma vez que as aberturas na parede interna são distanciadas das costuras de união enfraquecida, de preferência as aberturas se encontram só no centro do recipiente, e as costuras transversais são enfraquecidas, então é quase impossível uma saída de mercadoria de embalagem, em consequência do caminho longo. 0 mesmo vale para sujeiras que penetram eventualmente de fora na região entre a parede interna e externa.

As aberturas na parede interna são de preferência perfurações formadas por agulhas. No entanto, também é possível prever fendas ou outras aberturas, que 7 possibilitam uma passagem dos gases. De preferência, as aberturas, especialmente para mercadorias de carga muito finas, são dispostas de tal maneira, que se obtenha um caminho tão longo quanto possível, das aberturas até a região (parcial) da costura de união, a qual possibilita a saída dos gases.

Por conseguinte, uma forma de realização preferida apresenta aberturas, que são dispostas em direcção longitudinal de maneira central, e a região parcial que possibilita a saída dos gases, está configurada numa de ambas as costuras transversais.

Para melhorar ainda mais a redução de uma sobrepressão, especialmente no caso de recipientes de embalagem empilhados, entre a parede interna e externa podem ser previstos dispositivos de distanciamento. Adequados são por exemplo estampagens em relevo.

Estes dispositivos de distanciamento garantem, que também no caso de recipientes que ficam em baixo de uma pilha, o gás que sai na região entre a parede interna e externa, chegue até as partes enfraquecidas das costuras de união. Sem os dispositivos de distanciamento seria imaginável, que a parede interna e externa, pela pressão dos recipientes colocados um sobre o outro, fossem prensadas tão fortemente ums sobre a outra, que a sobrepressão no interior do recipiente não chegue à região entre a parede interna e externa, ou de lá não chegue até às regiões (parciais) enfraquecidas da costura ou das costuras, respectivamente, de união. A realização dos recipientes de embalagem de acordo com a 8 invenção, se realiza em essência da mesma maneira, que aquela dos recipientes, que não são providos com uma ventilação de sobrepressão. Só é necessário, antes da colocação de pelo menos uma costura de união, o passo adicional de um tratamento da superfície, através do qual na ocasião da produção posterior da costura de união, se obtém uma permeabilidade do gás desta, pelo menos em regiões parciais. A presente invenção em seguida será explicada de maneira pormenorizada através do exemplo de uma embalagem FFS, através das figuras anexas, no entanto sem ser restrita a este. A figura 1 mostra uma vista lateral de uma embalagem FFS de acordo com a invenção. A figura 2 mostra um corte ao longo da linha A-A, na figura 1.

Na figura 1, se mostra um tubo FFS 1, o qual é fabricado de uma folha de material plástico, sendo que esta foi dobrada na direcção longitudinal de tal maneira, que entre ambos os cantos externos da folha 2 e 3, é configurada uma região 4, com uma parede interna 5 e uma parede externa 6 (compare a figura 2) . Duas costuras de soldadura 7 e 8, em direcção longitudinal, fixam os cantos externos 2 e 3 da folha, com a folha que se situa em baixo e acima, respectivamente, assim que é configurado um tubo. Antes do enchimento, o recipiente de embalagem é provido com uma costura de soldadura 9, a qual forma o fundo, e depois do enchimento é provido com uma costura de soldadura 10, a qual fecha a embalagem. 9 0 canto externo 2 da folha, no seu lado mais tarde virado para o interior 14 do recipiente 1, é provido com uma laca de separação 11, a qual leva ao facto de a costura de soldadura 7 possibilitar uma saída dos gases. Além disso, ao longo do canto externo 3 em direcção longitudinal, são colocadas perfurações 12, e estampagens em relevo 13.

Na figura 2, se observa, que as perfurações 12, depois da união por soldadura para um tubo, chegam a situar-se na parede interna da região 4. Isso vale também para as estampagens em relevo 13, as quais, no entanto, não são representadas na figura 2.

Assim que no interior 14, da embalagem 1, se formar uma sobrepressão, o gás vai entrar através da perfuração 12 na região 4, e de lá vai ser removido para fora, através da costura de soldadura permeável aos gases 7. Uma eventual penetração de mercadoria de carga na região 4, é inofensiva, uma vez que esta quase não pode sair pela costura de soldadura. Também não deve ser temida uma penetração de sujeiras no espaço interior 14, uma vez que depois da redução da sobrepressão a folha interna e externa ficam juntas de maneira apertada uma em relação à outra, e são fixadas pelas forças de adesão nesta posição.

Com a embalagem de acordo com a invenção, desta maneira é possível embalar também materiais de construção que contêm cimento, os quais são higroscópicos e que apresentam a tendência depois do ensacamento, para a formação de uma sobrepressão. A figura 3, mostra uma embalagem FFS, com uma costura de união alternativa, permeável aos gases. Partes iguais são 10 marcadas com referências iguais.

Na figura 3, se observa um tubo FFS 1, no caso do qual, no lugar da laca separadora, está prevista uma região 11', tratada de acordo com o tratamento Corona. Deste modo, as costuras de soldadura transversais 9 e 10, possibilitam no ponto, no qual fica a região 11', uma saida dos gases quando de sobrepressão. As aberturas são configuradas como perfurações 12, somente no centro do saco. Neste caso, dispositivos de distanciamento não são previstos. Esta forma de execução presta-se especialmente para mercadorias de carga com partes muito finas, uma vez que se obtém um caminho especialmente longo das aberturas para a região da saída dos gases. Deste modo pode ser praticamente evitado totalmente a saída de mercadoria de carga.

Lisboa, 18 de Junho de 2008

Claims (6)

1 REIVINDICAÇÕES 1. Recipiente de embalagem flexível de material plástico, no qual, por meio de costuras de soldadura ou de colagem (7,9,10), é formada uma região (4), a qual apresenta uma parede interna e externa, através de uma sobreposição entre ambas as arestas externas (2,3) de uma folha para a realização do recipiente de embalamento, em que na parede interna são previstas aberturas (12), as quais possibilitam uma saída de gás do interior do recipiente para a região (4) entre a parede interna e externa, caracterizado por as costuras de soldadura transversal ou de colagem (9,10), que cercam a região 4, serem configuradas pelo menos numa região parcial de tal maneira, que é garantida uma saída de gás controlada para evitar uma sobrepressão existente durante ou depois do preenchimento.

2. Recipiente de embalagem, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por as aberturas (12), serem perfurações.

3. Recipiente de embalagem, de acordo com a reivindicação 1 ou 2, caracterizado por o recipiente de embalagem (1) se tratar de um tubo FFS, saco de bloco, saco aberto com dobras laterais e/ou saco plano, saco com caixa de válvula (colado e soldado) ou saco de fundo cruzado, especialmente de um tubo FFS.

4. Recipiente de embalagem, de acordo com a reivindicação 3, caracterizado por a região (4) com parede interna e externa, ser concebida por meio de uma sobreposição entre ambos os cantos externos (2, 3), de uma película plana destinada à realização do recipiente de embalagem. 2

5. Recipiente de embalagem, de acordo com as reivindicações 1 a 4, caracterizado por a costura soldada ou colada (9,10), ser enfraquecida antes da soldadura ou colagem, através da aplicação de um lado, ou de vários lados, completa ou parcial de um meio de separação (11) no plástico, r e por permitir a saida de gás.

6. Recipiente de embalagem, de acordo com as reivindicações 1 a 4, caracterizado por a costura soldada ou colada (9,10), ser enfraquecida antes da soldadura ou colagem, através de tratamento Corona (11') do plástico de um lado ou de vários lados, completo ou parcial, e por permitir a saida de gás. Lisboa, 18 de Junho de 2008