BRPI0710534A2

BRPI0710534A2 - vidraça laminada

Info

Publication number: BRPI0710534A2
Application number: BRPI0710534-7A
Authority: BR
Inventors: Michael Robert Greenall; Ashley Carl Torr; Jonathan Peter Voss
Original assignee: Pilkington Group Ltd; Pilkington Automotive Ltd
Priority date: 2006-04-20
Filing date: 2007-04-20
Publication date: 2011-08-16
Also published as: EP2013013B1; GB0607745D0; CN101454154A; JP2009534283A; KR20080112389A; US10596787B2; JP5666128B2; ATE455644T1; JP2015110515A; CN101454154B; JP6165126B2; WO2007122428A1; US20090176101A1; DE602007004471D1; EP2013013A1

Abstract

divulgada uma vidraça laminada compreendendo duas camadas de vidro tendo uma estrutura de camada intermediária laminada entre as mesmas. A estrutura de camada intermediária compreende uma primeira folha de um material de camada intermediária que emoldura um filme de dispositivo de partículas suspensas incorporado à mesma. O material de camada intermediária é selecionado de forma a minimizar a migração dos componentes do material de camada intermediária para o filme de dispositivo de partículas suspensas. Preferencialmente, o material de camada intermediária não contém plastificantes, ou contém um plastificante que não se difunde para a estrutura do filme de dispositivo de partículas suspensas.

Description

VIDRAÇA LAMINADA

A presente invenção refere-se a um método defabricação de uma vidraça laminada, e refere-se emparticular a um método de fabricação de uma vidraçacontendo um filme funcional.

Nos últimos anos, as vidraças com algum tipo defuncionalidade adicional tornaram-se alvos de crescentepopularidade e demanda. Tipicamente, uma funcionalidadeadicional é provida mediante utilização de pelo menos umacamada de vidro revestido ou colorido dentro de umaestrutura de vidraça laminada, para provisão depropriedades de reflexão de calor ou de raiosultravioletas. Entretanto, uma funcionalidade adicionalpode igualmente ser provida mediante inclusão de um filmeou dispositivo funcional no interior de uma estrutura devidraça laminada. Esses dispositivos ou filmes podemincluir dispositivos de iluminação, tais como LED's (diodosemissores de luz), ou filmes comutáveis, tais como LCD's(telas de exibição de cristal liquido), ou SPDrSdispositivos de partículas suspensas).

Um SPD ("Suspended Particle Device", ou dispositivode partículas suspensas), tal como descrito no documento n°WO 2005/102688 e disponível sob licença da empresa ResearchFrontiers, é um filme que compreende um a pluralidade departículas suspensas dentro de uma mídia líquida desuspensão, que são contidas dentro de um filme de polímero.O filme é passível de comutação entre um estado escuro(quando não é aplicada nenhuma voltagem), e um estadoaltamente transparente (quando é aplicada uma voltagem). Ograu de alinhamento relativo entre as partículas édeterminado pela voltagem de corrente alternada que é aplicada, de tal forma que um dispositivo baseado em SPDapresenta uma transmissão ótica variável quando é aplicadauma voltagem variável.

O documento alemão n° DE 100 43 141 divulga umavidraça para uso como teto solar, que incorpora uma camada de SPD. Duas camadas de vidro são formadas em uma estruturade vidraça dupla com um vácuo parcial no espaço de folgaentre as camadas, com uma camada de SPD depositada sobre olado interno da camada de vidro inferior. O SPD é passívelde comutação entre um estado escuro e um estado claro.

É preferencial poder incluir um dispositivofuncional, tal como um filme de SPD, no interior de umaestrutura de vidraça laminada, formando a totalidade ou umaparte da camada intermediária, conforme se encontradescrito, por exemplo, no documento norte americano n° US2004/0257649, ao invés de se utilizar uma estrutura devidraça dupla parcialmente evacuada. A camada intermediáriautilizada em construções típicas de vidraças laminadas éuma camada intermediária de PVB (polivinil butiral). Paraproteger o filme de SPD no interior da camada intermediária, é preferencial que as margens do filme nãoalcancem as margens do vidro. É conhecida a utilização deuma construção do tipo "moldura de quadro", na qual trêscamadas intermediárias, ao invés de camada únicanormalmente empregada, são utilizadas para laminar um filmefuncional no interior de uma vidraça. Uma camada central,com aproximadamente a mesma espessura do filme funcional, écortada de tal forma que o filme pode ser disposto nointerior de uma moldura de camada intermediária. 0 filme ea moldura de camada intermediária são então dispostos entreduas camadas intermediárias adicionais., e são laminadosentre duas camadas de vidro.

Como parte do processo de laminação, o filme deSPD, as camadas intermediárias e as camadas de vidro podemser tratadas em autoclave, e submetidas a pressão comtemperatura elevada. Entretanto, quando são utilizadascamadas intermediárias de PVB, a temperatura de laminaçãopode causar uma degradação permanente no desempenho óticodo filme de SPD. Adicionalmente, se o laminado final forsubmetido a uma exposição prolongada ao calor, a regiãomarginal do filme de SPD pode ficar danificada e a funçãode comutação pode ser prejudicada. A Figura 1 ilustra umavista de plano esquemática de uma vidraça 1 possuindo umfilme de SPD 2 laminado na mesma. Uma região de margem 3,que tem urna espessura irregular apareceu em torno da bordado filme de SPD 2. O tamanho desta região não funcional ouprejudicada aumenta com a temperatura e a duração dotratamento em autoclave, e não é reversível. A linhapontilhada na Figura 1 ilustra a construção de "moldura dequadro", e ilustra a posição da margem real do filme de SPD2.

Claramente, a presença de uma região marginal nofilme de SPD é inaceitável do ponto de vista de controle dequalidade, na medida em que afeta a aparência visual davidraça. Existe portanto uma necessidade de um método defabricação que permita a inclusão de um filme de SPD em umavidraça laminada, que minimize ou previna a degradação dofilme em qualquer ponto durante a fabricação da vidraça.

A presente invenção pretende abordar estesproblemas através da provisão de uma vidraça laminadacompreendendo uma primeira e uma segunda camadas de vidrocom uma estrutura de camada intermediária laminada entre asmesmas, em que a estrutura de camada intermediáriacompreende uma primeira folha de um material de camadaintermediária emoldurando um filme de dispositivo departículas suspensas incorporado na mesma, em que omaterial da camada intermediária é selecionado de forma aminimizar a migração de componentes móveis do material dacamada intermediária para o filme de dispositivo departículas suspensas.

Foi observado que o comportamento de migração esolução do agente plastificante contido em materiais decamada intermediária tal como o PVB é pelo menosparcialmente responsável pela região de margem observada emvidraças laminadas contendo filmes de SPD. Medianteprovisão de uma estrutura em que o filme de SPD fica emcontato com um material contendo pouco ou nenhum agenteplastificante, os danos observados podem ser reduzidos ouaté mesmo eliminados.

Preferencialmente, a primeira folha de material decamada intermediária é laminada entre uma segunda e umaterceira folhas de um material de camada intermediária,cada uma das mesmas em contato com e co-extensiva com umadas primeira e segunda camadas de vidro, com o filme dedispositivo de partículas suspensas ficando em contato compelo menos uma folha de material de camada intermediária.

Os componentes de material de camada intermediáriapodem compreender um plastif icante que não liga para ofilme de dispositivo de partículas suspensas.Alternativamente, os componentes do material de camadaintermediária não compreendem um plastificante.

Pelo menos uma das primeira, segunda e terceirafolhas de material de camada intermediária consiste em umde entre copolimero de etileno vinil acetato, poliuretano,policarbonato, cloreto de polivinil ou um copolimero deetileno e ácido metacrílico.

Preferencialmente, a vidraça laminada compreendeadicionalmente uma quarta folha de material de camadaintermediária e uma camada de barreira, com a camada debarreira situando-se entre as primeira e terceira folhas dematerial de camada intermediária, ou entre as terceira equarta folhas de material de camada intermediária.

Preferencialmente, a camada de barreira consiste emtereftalato de polietileno. A quarta folha de material decamada intermediária consiste preferencialmente empolivinil butiral. A quarta folha de camada de camadaintermediária pode ser colorida e/ou ter propriedadesacústicas.

Alternativamente, o filme de dispositivo departículas suspensas pode compreender um substratocolorido.

Alternativamente, a vidraça laminada podecompreender adicionalmente um substrato de tereftalato de polietiieno com um revestimento de controle solar parareflexão de calor e uma quinta folha de um material decamada intermediária, interposta entre a quarta folha dematerial de camada intermediária e a segunda camada devidro.

Pelo menos uma folha de material de camadaintermediária pode ter propriedades de controle solar.

A vidraça laminada pode compreender um de entre umrevestimento de controle solar, um revestimento de reflexãode calor, um revestimento de baixa emissão, um revestimento hidrofóbico ou um revestimento hidrofílico.

Alternativamente, a vidraça laminada podecompreender uma terceira camada de vidro, separada dasegunda camada de vidro por um espaço de folga preenchidocom ar.

A presente invenção será agora descrita a títulomeramente exemplificativo e com referência aos desenhos emanexo, nos quais:A Figura 1, conforme referida acima, é uma vista deplano esquemática de uma vidraça laminada com um filme deSPD laminado na mesma;

a Figura 2 é uma vista esquemática de cortetransversal ilustrando a construção de uma vidraça laminadacom um filme de SPD laminado na mesma;

a Figura 3 é uma vista esquemática de cortetransversal ilustrando a construção de uma vidraça laminadacom um filme de SPD laminado na mesma, ilustrando umasegunda construção de moldura de quadro;

a Figura 4 é uma vista de plano esquemática de umavidraça laminada com um filme de SPD laminado na mesma,ilustrando uma segunda construção de moldura de quadro;

a Figura 5 é uma vista esquemática de cortetransversal de uma outra vidraça laminada adicional deacordo com a presente invenção;

a Figura 6 é uma vista esquemática de cortetransversal de uma outra vidraça laminada adicional deacordo com a presente invenção; e

a Figura 7 é uma vista esquemática de cortetransversal de uma estrutura de vidraça dupla incluindo umfilme de SPD de acordo com a presente invenção.

Foi observado que existe pelo menos um mecanismoque influencia a formação da região de margem não funcionalou prejudicada no filme de SPD em uma vidraça laminada.Mediante determinação deste mecanismo, foi possíveldesenvolver uma vidraça laminada em que a presença daregião marginal no filme de SPD é minimizada ou eliminada.

Os materiais de camada intermediária de PVD contêmgeralmente um plastificante, que determina a rigidez eflexibilidade da camada intermediária, bem como influenciaa resistência mecânica, além de outros componentes, taiscomo aditivos para controle de resistência a UV (luzultravioleta). A região transparente pode ser formada pelamigração de plastificante e outros componentes do materialde camada intermediária de PVB para o filme de SPD. Sejaindividualmente ou em combinação, o plastificante e osaditivos podem perturbar ou interferir na separação esuspensão de partículas, ou na estabilidade dos poroslíquidos. Estes efeitos produzem como resultado uma reduçãode funcionalidade do filme de SPD. A funcionalidade daregião marginal não é uniforme, e pode dar origem a umaregião de aparência escura e que não realiza comutação, ouque tem uma aparência brilhante e realiza comutação commais intensidade. Neste caso, a região marginal aparenta umevanescimento na borda do filme. Esta observação reforça aidéia de que o mecanismo de formação da margem seja baseadoem difusão. De fato, é sabido que a taxa de difusão de umcomponente móvel dentro de um material hospedeiro aumentacom a temperatura, e foi observado que a margem cresce maisrapidamente em temperaturas mais elevadas. 0 aparecimentoda região de margem dentro do filme de SPD, e nãocircundando o filme na camada intermediária indica que adifusão de plastificante para o interior do filme de SPDparece dominar qualquer difusão de partículas de SPD parafora do filme e para o material de camada intermediáriacircundante.

A presença de plastificante no material de camadaintermediária constitui portanto um fator importante nacriação da região de margem dentro do filme de SPD..Mediante utilização de materiais de camada intermediáriacom baixo teor de plastificante ou sem plastificante, oumediante utilização de plastificantes que não se difundempara o filme, é possível reduzir o tamanho ou até mesmoeliminar a região de margem, dependendo do efeito de outroscomponentes do material de camada intermediária. Osmateriais de camada intermediária adequados incluem EVA (umcopolímero de etileno vinil acetato), PVC (cloreto depolivinil), PU (poliuretano), PC (policarbonato) ecopolímeros de etileno e ácido metacrílico. Se forutilizada uma camada intermediária com o plastificante,preferencialmente a quantidade de plastificante contida namesma será menor que a do PVB automotivo convencional.

Para comparação dos efeitos de materiais de camadaintermediária isentos de plastificante com uma camadaintermediária de PVB, foram produzidos dois grupos deamostras, um dos grupos com uma estrutura de camadaintermediária de PVB e um grupo com uma estrutura de camadaintermediária de EVA (etileno vinil acetato). A camadaintermediária de PVB utilizada foi uma camada intermediáriade RZN-12, disponibilizada pela empresa Sekisui ChemicalCo., Ltd., e a camada intermediária de EVA utilizada foiuma camada intermediária de EN, também disponibilizada pelaempresa Sekisui Chemical Co., Ltd. A Figura 2 é um desenhoesquemático ilustrando a construção de uma vidraça tendo umfilme de SPD laminado na mesma. A vidraça 4 tem um filme deSPD 2 laminado dentro de uma estrutura de camadaintermediária 6, que é por sua vez laminada entre duascamadas de vidro 7a, 7b. A estrutura laminada 6 compreendetrês camadas de material de camada intermediária, 8a, 8b,8c. A primeira camada intermediária 8a tem uma regiãocortada no centro em que se encontra disposto o filme deSPD, de tal forma que a primeira camada intermediária 8aforma a "moldura de quadro". Preferencialmente, a espessurado filme de SPD 5 é da mesma ordem da espessura da terceiracamada intermediária 8a. A primeira camada intermediária 8aé laminada entre a segunda camada intermediária 8b e aterceira camada intermediária 8c, que são co-extensivas comas camadas de vidro 7a, 7b.

Foram preparadas amostras da forma descrita aseguir. Em primeiro lugar foram preparados os conectores.Os filmes de SPD utilizados nas amostras foram filmes deSPD poliméricos dispersados disponibilizados pela empresaResearch Frontiers Incorporated, 240 Crossways Park Drive,Woodbury, New York 11797, Estados Unidos da América. Foirealizada uma conexão elétrica para cada camada de ITO(óxido de estanho e índio) dentro do filme de SPD,simultaneamente mantendo-se isolação elétrica entre ascamadas de ITO.

Em segundo lugar, quando o trabalho de solda foicompletado, as amostras foram dispostas para laminação.Três folhas de material de camada intermediária(respectivamente com espessuras de 0,76 mm, 0,38 mm e 0,76mm para o material de camada intermediária de PVB, ou 0,40mm de espessura para as três camadas intermediárias de EVA)foram dispostas entre as duas camadas de vidro a seremutilizadas para formação da amostra, e foram aparadas paraa dimensão externa das camadas de vidro. O filme de SPD foientão utilizado como gabarito para marcação de um orifíciona folha de material de camada intermediária de 0,38mm/0,40 rara, e foi cortado um orifício com uma dimensãoaproximadamente 1-2 mm superior à dá marca, para minimizaro contato entre o material de camada intermediária e amargem do filme de SPD. Isto forma a "moldura de quadro" emque o filme de SPD é disposto, As folhas de material decamada intermediária e o filme de SPD foram então dispostossobre o vidro para criação da estrutura ilustrada na Figura 2.

Em terceiro lugar, as amostras foram laminadas. Acada amostra foi empacotada a vácuo e disposta em um fornoa 105° C durante 40 minutos. Após o ciclo de laminação tersido completado, ambas as amostras foram aquecidas a umatemperatura elevada à pressão atmosférica durante diversosperíodos de tempo, para determinar o grau de aparecimentode uma região de margem em condições extremas. Após esteaquecimento ter sido completado, as amostras foraminspecionadas visualmente.

Não foi observada nenhuma região de margem emamostras possuindo uma camada intermediária de EVA, porém a largura da região de margem nas amostras com uma camadaintermediária de PVB aumentou com o aumento de temperatura.Estes resultados indicam que os mecanismos discutidosacima, muito embora não constituam necessariamente o motivointeiro do aparecimento da região de margem, são provavelmente preponderantes em sua formação.

Quando uma vidraça de acordo com a presenteinvenção é utilizada como vidraça automotiva, tal como umteto solar, uma janela lateral ou urna janela traseira, édesejável poder controlar a cor da vidraça. Uma forma de alcançar este objetivo consiste em utilizar pelo menos umacamada de vidro tingida, por exemplo possuindo um valor deLT (transmissão de luz), quando medido com utilização deCIE Illuminant A, de menos de 87% a 2,1 mm. Em particular,podem ser utilizados vidros tais como aqueles conhecidos como GALAXSEE™ e SUNDYM™, disponibilizados pela empresaPilkington Group Limited. Preferencialmente, as camadas devidro utilizadas são recoζidas ou semi-endurecidasanteriormente à laminação.

Uma abordagem alternativa, quando é utilizada pelo menos uma camada transparente (com um valor LT superior a88%, medido com utilização de CIE Illuminant A, consiste nainclusão de uma camada de um PVB tingido na estruturalaminada em que o filme de SPD é disposto. Entretanto,conforme foi discutido acima, qualquer plastificante dentrodo PVB pode afetar a estrutura e a aparência do filme deSPD. Para impedir que isto aconteça, é desejável remover-sequalquer contato entre a margem do filme de SPD e a camadaintermediária de PVB. Isto pode ser feito de várias formas,por exemplo, mediante utilização de camadas intermediáriasde EVA coloridas. Alternativamente, pode ser adicionada cor(por meio de um pigmento, por exemplo) às camadasintermediárias de PET que formam os substratos do filme deSPD 5. A quantidade de cor utilizada pode variar desde umnível baixo de tintura, destinado a ocultar qualquer cornão-branca do filme de SPD 5 fora de utilização, até umatintura intensa para provisão de um certo controle térmicoe/ou ótico para a vidraça.

Alternativamente, uma camada intermediária de PVBcolorida pode ser incluída por meio de uma segundaconstrução de "moldura de quadro". A Figura 3 é uma vistaesquemática de corte transversal da estrutura de umavidraça 9 possuindo uma segunda construção de "moldura dequadro".. Uma estrutura de camada intermediária 10 élaminada entre duas camadas de vidro 11a, 11b. A estruturade camada intermediária 10 compreende quatro camadas: umacamada superior 12a, formada de um PVB colorido, que é co-extensível com a camada de vidro superior 11a, uma segundacamada de moldura de quadro 12b, formada de um materialisento de plastificante, ou com baixo teor deplastificante, tal como PET, uma primeira camada de moldurade quadro 12c, contendo o filme de SPD 5, e uma camadainferior lld, formada de um material isento deplastificante, ou com baixo teor de plastificante, e co-extensiva com a camada inferior de vidro 11b. A segundacamada de moldura de quadro 12b impede que a margem dofilme de SPD 5 contate a camada intermediária de PVBcolorida, dessa forma prevenindo degradação do filme de SPD5. A camada intermediária de PVB colorida 12a pode contataro filme de SPD 5 em uma região central, para assegurar aadesão dentro da estrutura de camada intermediária 10.

A Figura 4 é uma vista de plano esquemática de umavidraça possuindo uma primeira camada de moldura de quadro12c (representada por uma linha pontilhada) contendo umfilme de SPD 5, ilustrando a segunda camada de moldura dequadro 12b disposta em sobreposição à primeira camada demoldura de quadro 12c. São providos barramentos 13a, 13b econectores elétricos 14a, 14b para permitir a ligação daamostra a uma fonte de energia.

Para uma vidraça destinada a ser incluída em umveículo, por exemplo, como um teto solar, os barramentos econectores elétricos entre o filme de SPD e a estrutura defiação do veículo podem ser ocultos por uma banda deobscurecimento. Esta é uma banda de tinta cerâmica pretacozida disposta em torno da margem da camada superior devidro, cuja ação constitui encobrir o adesivo que prende avidraça a um veículo, e as conexões elétricas. O propósitoda banda é duplo, sendo em primeiro lugar estético, e emsegundo lugar sendo destinado a impedir danos ao adesivo ououtros componentes passíveis de ser causados por exposiçãoa raios ultravioletas. A banda de obscurecimento podeigualmente ocultar as margens do filme de SPD.

Quando é utilizado um material de camadaintermediária de EVA colorido na construção da vidraça, ouquando é utilizado ura substrato de PET colorido nafabricação do filme de SPD, pode ser utilizado um materialde camada intermediária de PVB transparente possuindopropriedades acústicas. Alternativamente, pode ,serutilizado um material de camada intermediária de PVBacústico colorido.

A Figura 5 é uma vista esquemática de cortetransversal de uma vidraça 15 compreendendo uma estrutura16 de camada intermediária de cinco camadas laminada entreduas camadas de vidro 17a, 17b. Preferencialmente, a camadasuperior de vidro 17a é transparente, e é provida com urarevestimento de controle solar com propriedades de reflexãode calor sobre sua superfície interna. A camada inferior devidro 17b pode ser transparente ou colorida. A estrutura 16de camada intermediária compreende uma primeira camadaintermediária 18, uma segunda camada intermediária 19,possuindo um filme de SPD 20 incorporado na mesma, umaterceira camada intermediária 21, um substrato de PET 22 euma quarta camada intermediária 23. Preferencialmente, aprimeira camada intermediária 18, a segunda camadaintermediária 19 e a terceira camada intermediária 21 sãoformadas de EVrA ou outro material de camada intermediáriaadequado, conforme foi discutido acima. A quarta camadaintermediária consiste preferencialmente em uma camadaintermediária de PVB colorido. Adicionalmente, a camadaintermediária de PVB pode ter propriedades acústicas ou decontrole solar/térmico. Mediante utilização de umaestrutura de camada intermediária de cinco camadas, éprovida uma barreira entre o filme de SPD 19 e uma camadaintermediária de PVB, eliminando quaisquer questões devidasa migração de componentes de camada intermediária.

Poderá ser desejável, como alternativa à utilizaçãode um vidro revestido para provisão de controle solar,utilizar um material de camada intermediária queproporcione um certo grau de controle solar. Por exemplo,aditivos tais como pigmentos ou sistemas de nanoparticulasincluindo LaBç ou ITO (óxido de estanho e índio) sãoconhecidos para utilização com camadas intermediárias dePVB, e podem ser utilizados em uma camada intermediária deEVA na estrutura de vidraça laminada de acordo com apresente invenção.

Entretanto, ao invés de se utilizar urna camadaintermediária de controle solar ou de se prover umrevestimento sobre uma das camadas de vidro, poderá serdesejável incluir um revestimento refletor de luz solar,particularmente um revestimento prateado de dupla camada,sobre um substrato de PET incluído em uma estrutura decamada intermediária em uma vidraça laminada. A Figura 6 éuma vista esquemática de corte transversal de uma vidraçalaminada adicional de acordo com a presente invenção, eilustra uma vidraça 24 compreendendo uma estrutura 25 decamada intermediária de sete camadas laminada entre duascamadas de vidro 26a, 26b. Preferencialmente, a camadasuperior de vidro 26a é transparente, muito embora a camadainferior de vidro 26b possa ser transparente ou tingida. Aestrutura 25 de camada intermediária compreende umaprimeira camada intermediária 27, uma segunda camadaintermediária 28, possuindo um filme de SPD 29 incorporadona mesma, uma terceira camada intermediária 30, um primeirosubstrato de PET 31, uma quarta camada intermediária 32, umsegundo substrato de PET 33, possuindo um revestimento decontrole solar de dupla camada prateada, e uma quintacamada intermediária 34. Preferencialmente, a quarta camadaintermediária 32 é uma camada intermediária de PVBcolorido, e a quinta camada intermediária 34 consiste emPVB transparente ou outro material de camada intermediáriaadequado. Mediante utilização de um substrato revestido dePET para provisão de controle solar e uma camadaintermediária de PVB tingida, é possível produzir umavidraça de controle colorida sem necessidade de utilizaçãode vidros intensamente tingidos.

As construções de vidraças particularmentepreferenciais utilizam somente camadas intermediárias deEVA. Estas camadas intermediárias podem ser combinadas comum revestimento em qualquer camada de vidro, ou como umsubstrato de PET revestido para provisão de controle solaradequado.

Preferencialmente, quando é utilizado um materialde camada intermediária colorido, o mesmo tem sua corequiparada com a de um vidro colorido, tal como GALAXSEE™ eSUNDYM™, disponibilizados pela empresa Pilkington GroupLimited, ou um vidro azul, cinzento ou verde.

Os revestimentos funcionais adequados parautilização com uma tal construção de vidraça quandoutilizada como teto solar incluem revestimentos de baixaemissividade, revestimentos condutores e revestimentos decontrole solar. Um revestimento de baixa emissividade é umrevestimento que, quando aplicado a um vidro "float"transparente de 3 mm de espessura, produz como resultado umvidro revestido com uma emissividade na faixa de 0,05 até0,45, com o valor real sendo medido de acordo com a normaEN 12898 (uma norma publicada da Associação Européia deFabricantes de Vidro Plano). Os revestimentos duros possuemgeralmente emissividades entre 0,15 e 0,2, ao passo que osrevestimentos fora-de-linha possuem geralmenteemissividades de 0,05 até 0,1. Em comparação, o vidro"float" não revestido de 3 mm de espessura tem umaemissividade de 0,89.

Um revestimento duro (ou pirolitico) de baixaemissividade pode compreender uma única camada de um óxidometálico, preferencialmente um óxido transparente econdutor de eletricidade. Óxidos de metais tais comoestanho, zinco, índio, tungstênio e molibdênio podemencontrar-se presentes na camada de oxido metálico.Tipicamente, o revestimento compreende· um dopanteadicional, tal como flúor, cloro, antimônio, estanho,alumínio, tântalo, nióbio, índio ou gálio, por exemplo,podem ser utilizados óxido de estanho dopado com flúor, ouóxido de índio dopado com estanho. Esses revestimentos sãogeralmente providos com uma camada inferior, tal como desilício ou óxinitreto de silício. A camada inferior atuacomo barreira para controle de migração de íons metálicosalcalinos do vidro e/ou para supressão de cores de reflexãoiridescentes causadas por variações de espessura da camadade baixa emissividade.

Os revestimentos de baixa emissividade do tipofora-de-linha (tipicamente obtidos por "sputtering" oudesintegração de cátodo) compreendem tipicamente uma pilhade revestimento de múltiplas camadas, incluindo normalmentepelo menos uma camada metálica ou camada de compostometálico eletricamente condutor, e uma camada dielétrica.Podem ser utilizados como camada metálica prata, ouro,cobre, níquel ou cromo, ao passo que podem ser utilizadoscomo composto eletricamente condutor óxido de índio, óxidode antimônio ou similares. As pilhas de múltiplas camadastípicas compreendem uma ou duas camadas de pratadepositada(s) entre camadas de um dielétrico tal como umóxido de silício, alumínio, titânio, vanádio, estanho, ouzinco. As camadas individuais desses revestimentos possuemtipicamente espessuras da ordem de dezenas de nanômetros.

Os revestimentos de baixa emissividade podem ser providosem qualquer superfície das camadas superior e inferior devidro na estrutura de vidraça laminada, dependendo dacombinação de camadas intermediárias utilizada e dodesempenho térmico desejado.

Os revestimentos de controle solar típicoscompreendem camadas de óxido de estanho ou prata, econtrolam a quantidade de calor absorvido através do vidrorevestido. Os revestimentos de controle solar e baixaemissividade podem também ser eletricamente condutores, edessa forma não somente proverem funcionalidade para ovidro era termos de emissividade e transmissão de calor, mastambém formarem um substrato eletricamente condutor paramontagem de dispositivos eletricamente condutores tais comoLED's, sensores e câmeras.

Pode igualmente ser utilizado um revestimento decontrole solar refletor de calor, por exemplo umrevestimento de prata de duas camadas. Tipicamente, o calorsolar refletido por esses revestimentos é superior a 23%conforme medição realizada de acordo com a norma ISO 9050:E(2003), massa de ar 1,5. Os revestimentos metálicosrefletores de calor podem igualmente ser eletricamentecondutores, e são particularmente úteis se a camada externade vidro consistir em vidro transparente. Essesrevestimentos são tipicamente providos no lado interno deuma camada externa de vidro transparente.

Alternativamente, o filme de SPD pode ser incluídoem uma estrutura de vidraça dupla. A Figura 7 é uma vistalateral esquemática de uma estrutura de vidraça dupla 35incluindo um dispositivo SPD. A estrutura de vidraça dupla35 compreende qualquer uma das estruturas de vidraçaslaminadas descritas acima, geralmente representada pelonumerai de referência 36 na Figura 7, em combinação com umacamada superior de vidro adicional 37, e separada daestrutura de vidraça por um espaço de folga 38 preenchidocom ar. A camada superior adicional de vidro 37 éendurecida e preferencialmente tingida, por exemplo com umacor escura tal como o produto vendido com a marca GALAXSEE™disponibilizado pela empresa Pilkington Group Limited.

A vantagem de utilizar uma estrutura incluindo umrevestimento refletor de calor (alternativamente sobre umacamada de vidro ou sobre uma camada intermediária separada)ou uma estrutura de vidraça dupla incluindo um espaço defolga preenchido com ar reside no fato de ser possívelreduzir a quantidade de calor absorvido pelo filme de SPD.Na medida que a migração de plastificante ou outroscomponentes do material de camada intermediária consiste emum processo de difusão, qualquer calor adicional absorvidopelo filme de SPD irá aumentar o tamanho da região demargem transparente. Isto constitui um problema emparticular para vidraças destinadas a serem utilizadas comotetos solares em veículos, onde o filme de SPD pode serdanificado in-situ.

A presente invenção proporciona desta forma umavidraça passível de comutação para alteração da quantidadede luz que entra em um veículo através da vidraça.

Configurações adicionais da invenção, no âmbito doescopo das reivindicações que se encontram em anexo, serãoaparentes para aqueles que são versados na técnica.

Claims

1. VIDRAÇA LAMINADA, caracterizada por compreenderuma primeira e uma segunda camadas de vidro tendo umaestrutura de camada intermediária laminada entre as mesmas,em que a estrutura de camada intermediária compreende umaprimeira folha de um material de camada intermediáriaemoldurando um filme de dispositivo de partículas suspensasincorporado na mesma, a primeira folha de material decamada intermediária sendo laminada entre uma segunda e umaterceira folhas de um material de camada intermediária,cada uma das mesmas encontrando-se era contato com, e sendoco-extensiva com uma das primeira e segunda camadas devidro, em que o filme de dispositivo de partículassuspensas se encontra em contato com pelo menos uma folhade material de camada intermediária, em que os componentesdo material de camada intermediária não compreendem umplastificante, ou compreendem um plastificante que nãomigra para o filme de dispositivo de partículas suspensas.

2. Vidraça laminada, de acordo com a reivindicação-1, caracterizada por pelo menos uma das primeira, segunda eterceira folhas de material de camada intermediáriaconsistir em um de entre um copolímero de etileno vinilacetato, poliuretano, policarbonato, cloreto de polivinilou um copolímero de etileno e ácido metacrílico.

3. Vidraça laminada, de acordo com qualquer uma dasreivindicações 1 e 2, caracterizada por compreenderadicionalmente uma quarta folha de material de camadaintermediária e uma camada de barreira, com a camada debarreira situada entre as primeira e terceira folhas dematerial de camada intermediária, ou entre as terceira equarta folhas de material de camada intermediária.

4. Vidraça laminada, de acordo com a reivindicação 3, caracterizada por a camada de barreira consistir emtereftalato de polietileno.

5. Vidraça laminada, de acordo com qualquer uma dasreivindicações 3 e 4, caracterizada por a quarta folha dematerial de camada intermediária consistir em polivinilbutiral.

6. Vidraça laminada, de acordo com a reivindicação 5,caracterizada por a quarta folha de material de camadaintermediária ser colorida e/ou ter propriedades acústicas.

7. Vidraça laminada, de acordo qualquer uma dasreivindicações 1 a 6, caracterizada por o filme dedispositivo de partículas suspensas compreender umsubstrato colorido.

8. Vidraça laminada, de acordo qualquer uma dasreivindicações 1 a 7, caracterizada por compreenderadicionalmente um substrato de tereftalato de polietilenopossuindo um revestimento de controle solar refletor decalor e uma quinta folha de um material de camadaintermediária, em interpôsição entre a quarta folha dematerial de camada intermediária e a segunda camada devidro.

9. Vidraça laminada, de acordo qualquer uma dasreivindicações 1 a 8, caracterizada por pelo menos umafolha de material de camada intermediária ter propriedadesde controle solar.

10. Vidraça laminada, de acordo qualquer uma dasreivindicações Ia 9, caracterizada por compreenderadicionalmente pelo menos um de um revestimento de controlesolar, um revestimento refletor de calor, um revestimentode baixa emissividade, um revestimento hidrofóbico ou umrevestimento hidrofilico.

11. Vidraça laminada, de acordo qualquer uma dasreivindicações 1 a 10, caracterizada por compreenderadicionalmente uma terceira camada de vidro, separada dasegunda camada de vidro por um espaço de folga preenchidocom ar.

12. Vidraça laminada, de acordo com qualquer umadas reivindicações 1 a 11, caracterizada por a espessura dofilme de dispositivo de partículas suspensas ser da mesmaordem da espessura da primeira camada de .material de camadaintermediária.