Relatório Descritivo da Patente de Invenção para "COMPLEXO DE CARBOIDRATO DE FERRO HIDROSSOLÚVEL, SUA PRODUÇÃO, SEU USO E MEDICAMENTOS CONTENDO OS MESMOS". A presente invenção refere-se a complexos de carboidrato de ferro hidrossolúveis os quais são usados para o tratamento de anemia por deficiência de ferro, sua preparação, medicamentos contendo os mesmos e sua aplicação para a profilaxia ou o tratamento de anemia por deficiência de ferro. Os medicamentos são especialmente úteis para aplicação parenteral. A anemia por deficiência de ferro pode ser tratada ou tratada profilaticamente por meio da aplicação de medicamentos contendo ferro. A este respeito é de conhecimento geral a aplicação de complexos de carboidrato de ferro. Um complexo de sacarose de hidróxido de ferro (III) hidrosso-lúvel é uma preparação usada freqüentemente e com sucesso (Danielson, Salmonson, Derendorf, Geisser, Drug Res., Vol, 46: 615 - 621, 1996). Também é de conhecimento geral na técnica o uso, para aplicação parenteral, de complexos de dextrano de ferro bem como de complexos à base de pulula-nos (WO 02/46241), os quais são difíceis de obter e têm de ser produzidos sob pressão em elevadas temperaturas e envolvendo etapas de hidrogena-ção. Outros complexos de carboidrato de ferro também são de conhecimento geral para aplicação oral. O problema a ser resolvido pela presente invenção é como proporcionar uma preparação de ferro a qual seja especialmente para ser aplicada por via parenteral e a qual possa ser facilmente esterilizada; as preparações aplicáveis por via parenteral já conhecida com base em sacarose e dextrano foram estáveis somente em temperaturas até 100°C, o que tornou a esterilização difícil. Além disso, a preparação a ser proporcionada pela invenção deve ter reduzida toxicidade e deve evitar choques anafiláticos perigosos os quais podem ser induzidos por dextrano. Além disso, a estabilidade dos complexos da preparação deve ser elevada de modo a permitir uma alta dosagem aplicável e um alto índice de aplicação. Além disso, a preparação de ferro deve ser produzível a partir de produtos iniciais facilmente obteníveis e sem grande esforço.
De acordo com a presente invenção, o problema pode ser resolvido proporcionando complexos de carboidrato de ferro (III) com base nos produtos da oxidação de maltodextrinas. Portanto, um objeto da presente invenção são complexos de carboidrato de ferro hidrossolúveis os quais são obteníveis a partir de uma solução aquosa de um sal de ferro (III) e uma solução aquosa do produto da oxidação de uma ou mais maltodextrinas, u-sando uma solução aquosa de hipoclorito em um valor alcalino de pH de, por exemplo, 8 a 12 onde, quando se aplica uma maltodextrína, seu equivalente de dextrose situa-se entre 5 e 20, e quando se aplica uma mistura de várias maltodextrinas, o equivalente de dextrose da mistura situa-se entre 5 e 20 e o equivalente de dextrose de cada maltodextrína individual contida na mistura situa-se entre 2 e 40.
Um objeto adicional da presente invenção é um processo para produzir os complexos de carboidrato de ferro de acordo com a invenção em que uma ou mais maltodextrinas são oxidadas em uma solução aquosa em um valor alcalino de pH de, por exemplo, 8 a 12 usando uma solução aquosa de hipoclorito e reagindo a solução obtida com uma solução aquosa de um sal de ferro (III) onde, quando se aplica uma maltodextrína, seu equivalente de dextrose se situa entre 5 e 20, e quando se aplica uma mistura de várias maltodextrinas, o equivalente de dextrose da mistura se situa entre 5 e 20 e o equivalente de dextrose de cada maltodextrína individual contida na mistura se situa entre 2 e 40.
As maltodextrinas utilizáveis são produtos iniciais facilmente obteníveis, e estão disponíveis comercialmente.
De modo a preparar os ligantes dos complexos da invenção, as maltodextrinas são oxidadas em uma solução aquosa com uma solução de hipoclorito. Exemplos adequados são soluções de hipocloritos alcalinos tais como uma solução de hipoclorito de sódio. Podem ser usadas soluções disponíveis comercialmente. A concentração da solução de hipoclorito é, por exemplo, de no mínimo 13 % em peso, preferencialmente da ordem de 13 a 16 % em peso, calculada como cloro ativo. Preferencialmente, as soluções são usadas em uma quantidade tal que cerca de 80 a 100%, preferencial- mente cerca de 90% de um grupo aldeído por molécula de maltodextrina são oxidados. Desta maneira, a reatividade causada pelo teor de glicose das moléculas de maltodextrina é reduzida para 20% ou menos, preferencialmente para 10% ou menos. A oxidação é realizada em uma solução alcalina, por exemplo, em um pH de 8 a 12, por exemplo, 9 a 11. Como um exemplo, pode ser realizada oxidação em temperaturas da ordem de 15 a 40°C, preferencialmente de 25 a 35°C. Os tempos da reação são, por exemplo, da ordem de 10 minutos a 4 horas, por exemplo, 1 a 1,5 hora.
Por meio deste procedimento, o grau de despolimerização das maltodextrinas iniciais é mantido em um mínimo. Somente teoricamente pressume-se que a oxidação ocorre principalmente no grupo aldeído terminal (grupo acetal ou semiacetal respectivamente) das moléculas de maltodextrina.
Também é possível catalisar a reação de oxidação das maltodextrinas. A adição de íons brometo é adequada, por exemplo, sob a forma de brometos alcalinos, por exemplo, brometo de sódio. A quantidade adicionada de brometo não é crítica. A quantidade é mantida tão baixa quanto possível de modo a obter um produto final (complexo de Fe) o qual pode ser facilmente purificado. São suficientes quantidades catalíticas. Conforme determinado acima, a adição de brometo é possível, no entanto, não é necessária.
Além disso, também é possível usar outros sistemas de oxidação, tais como, por exemplo, o conhecido sistema de oxidação ternário hi-poclorito/ brometo alcalino/ 2,2,6,6,-tetrametipiperidina-1-oxil (TEMPO) para a oxidação das maltodextrinas. O processo para oxidar maltodextrinas cata-liticamente com brometos alcalinos ou com o sistema ternário TEMPO é descrito, por exemplo, por Thaburet et al. em Carbohydrate Research 330 (2001) 21-29, cujo método pode ser usado para a presente invenção.
De modo a preparar os complexos da invenção, as maltodextri-nas oxidadas obtidas são reagidas com um sal de ferro (III) em uma solução aquosa. De modo a fazer isso, as maltodextrinas oxidadas podem ser isola- das e redissolvidas; no entanto, também é possível usar as soluções aquo-sas obtidas das maltodextrinas oxidadas diretamente para a reação posterior com as soluções aquosas de ferro (III).
Sais solúveis em água de ácidos inorgânicos ou orgânicos, ou misturas dos mesmos, tais como halogenetos, por exemplo, cloreto e brometo ou sulfatos podem ser usados como sais de ferro (III). É preferível usar sais fisiologicamente aceitáveis. É especialmente preferível usar uma solução aquosa de cloreto de ferro (III).
Foi visto que a presença de íons cloreto favorece a formação dos complexos. Os íons cloreto podem ser usados sob a forma de cloretos solúveis em água tais como cloretos de metais alcalinos, por exemplo, cloreto de sódio, cloreto de potássio ou cloreto de amônio. Conforme determinado, o ferro (III) é preferencial mente usado sob a forma do cloreto.
Por exemplo, a solução aquosa da maltodextrina oxidada pode ser misturada com uma solução aquosa do sal de ferro (III) de modo a realizar a reação. Aqui, é preferível proceder em uma maneira de modo que durante e imediatamente depois de misturar a maltodextrina oxidada e o sal de ferro (III), o pH é fortemente ácido ou tão baixo que não ocorre hidrólise do sal de ferro (III), por exemplo, 2 ou menos, de modo a evitar uma precipitação indesejada de hidróxidos de ferro. Em geral, não é necessário adicionar um ácido caso seja usado cloreto de ferro (III), uma vez que as soluções a-quosas de cloreto de ferro (III) podem ser suficientemente ácidas. Somente depois de misturar, o pH é aumentado para valores de, por exemplo, na ordem de no mínimo 5, por exemplo, até 11, 12, 13 ou 14. O pH é preferencialmente aumentado lentamente ou gradualmente o que, por exemplo, pode ser conseguido primeiro adicionando uma base fraca, por exemplo, até um pH de cerca de 3, e em seguida neutralizando adicionalmente usando uma base mais forte. Exemplos de bases fracas são carbonatos e bicarbonatos alcalinos - ou alcalino-terrosos - tais como carbonato ou bicarbonato de sódio e potássio, ou amônia. Exemplos de bases fortes são hidróxidos alcalinos - ou alcalino-terrosos - tais como hidróxido de sódio, potássio, cálcio ou magnésio. A reação pode ser aprimorada por meio de aquecimento. Por exemplo, podem ser usadas temperaturas da ordem de 15°C até o ponto de ebulição. É preferível aumentar a temperatura gradualmente. Deste modo, por exemplo, é possível aquecer até cerca de 15 a 70°C e em seguida aumentar a temperatura gradualmente até o ponto de ebulição.
Os tempos da reação são, por exemplo, da ordem de 15 minutos até várias horas, por exemplo, 20 minutos a 4 horas, tais como 25 a 70 minutos, por exemplo, 30 a 60 minutos. A reação pode ser realizada dentro de um alcance fracamente ácido, por exemplo, em um pH da ordem de 5 a 6. No entanto, foi visto que é útil, porém não é necessário, aumentar o pH durante a formação dos complexos para valores maiores de até 11, 12,13 ou 14. De modo a completar a reação, o pH pode ser reduzido em seguida por meio da adição de um ácido, por exemplo, para a ordem de 5 a 6. É possível usar ácidos inorgânicos ou orgânicos ou misturas dos mesmos, especialmente ácidos de halogeneto de hidrogênio tais como cloreto de hidrogênio ou ácido clorídrico aquoso respectivamente.
Conforme determinado acima, a formação dos complexos é geralmente aprimorada por meio de aquecimento. Deste modo, na modalidade preferencial da invenção, em que o pH é aumentado durante a reação para alcances de no mínimo 5 e acima até 11 ou 14, é possível, por exemplo, trabalhar primeiramente em temperaturas menores da ordem de 15 a 70°C, tais como 40 a 60°C, por exemplo, cerca de 50°C, depois que o pH é reduzido para valores da ordem de no mínimo 5 e a temperatura é gradualmente aumentada acima de 50°C até o ponto de ebulição.
Os tempos da reação são da ordem de 15 minutos até várias horas e podem variar dependendo da temperatura da reação. Se o processo for realizado com um pH intermediário de mais de 5, é possível, por exemplo, trabalhar 15 a 70 minutos, por exemplo, 30 a 60 minutos, no pH aumentado, por exemplo, em temperaturas de até 70°C, depois que o pH é reduzido para um alcance da ordem de no mínimo 5 e a reação é realizada por um adicional de 15 a 70 minutos, por exemplo, 30 a 60 minutos, em temperatu- ras de, por exemplo, até 70°C, e opcionalmente um adicional de 15 a 70 minutos, por exemplo, 30 a 60 minutos, em temperaturas maiores até o ponto de ebulição.
Depois da reação, a solução obtida pode ser resfriada, por e-xemplo, até a temperatura ambiente e opcionalmente pode ser diluída e opcionalmente ser filtrada. Depois de esfriar, o pH pode ser ajustado para o ponto neutro ou um pouco abaixo, por exemplo, para valores de 5 a 7, por meio da adição de um ácido ou base. É possível usar por exemplo, os ácidos e bases que foram mencionados para realizar a reação. As soluções obtidas são purificadas e podem ser usadas diretamente para a produção de medicamentos. No entanto, também é possível isolar os complexos de ferro (III) da solução por exemplo, por meio de precipitação com um álcool tal como um alcanol, por exemplo, etanol. O isolamento também podem ser realizado por meio de secagem por atomização. Pode ocorrer purificação do modo usual, especialmente de modo a remover sais. Isto pode ser realizado, por exemplo, por meio de osmose reversa. É possível, por exemplo, realizar a osmose reversa antes da secagem por atomização ou antes de uma aplicação direta em medicamentos. O teor de ferro dos complexos de carboidrato de ferro (III) obtidos é, por exemplo, de 10 a 40% em peso/ peso, especialmente, de 20 a 35% em peso/peso. Podem ser facilmente dissolvidos em água. É possível preparar soluções aquosas neutras as quais, por exemplo, têm um teor de ferro de 1 % em peso/ vol a 20% em peso/ vol. As soluções referidas podem ser esterilizadas termicamente. O peso molecular médio em peso mw dos complexos obtidos, é de, por exemplo, 80 kDa a 400 kDa, preferencialmente de 80 kDa a 350 kDa, de modo especialmente preferencial até 300 kDa (medido por meio de cromatografia por permeação de gel, por exemplo, conforme descrito por Geisser et al, in Arzneim. Forsch/Drug Res. 42(ll), 12, 1439-1452 (1992), paragraph 2.2.5).
Conforme determinado acima, é possível proporcionar soluções aquosas dos complexos da invenção. Estas soluções são especialmente úteis para aplicação parenteral. No entanto, também é possível aplicar as mesmas por via oral ou por via tópica. De modo contrário às preparações de ferro aplicáveis por via parenteral conhecidas, elas podem ser esterilizadas em temperaturas elevadas, por exemplo, em 121°C e acima, em curtos tempos de contato de, por exemplo, 15 minutos, atingindo F0 > 15. Os tempos de contato são correspondentemente mais curtos em temperaturas mais elevadas. As preparações conhecidas até o momento tinham de ser filtradas esterilmente e misturadas com conservantes, tais como álcool benzílico ou fenol. Semelhantes aditivos não são necessários na invenção. Portanto, é possível preencher as soluções dos complexos, por exemplo, em ampolas. É possível, por exemplo, preencher soluções tendo um teor de 1 a 20% em peso, por exemplo, 5% em peso, em recipientes tais como ampolas ou frascos de por exemplo, 2 a 100 ml, por exemplo, até 50 ml. A preparação das soluções aplicáveis por via parenteral pode ser realizada conforme de conhecimento na técnica, opcionalmente usando aditivos os quais são normalmente usados para soluções parenterais. As soluções podem ser formuladas de tal modo que possam ser administradas por meio de injeção ou sob a forma de uma infusão, por exemplo, em solução de salmoura. Para a aplicação oral ou tópica é possível formular preparações com excipientes e aditivos usuais.
Portanto, um objeto adicional da invenção são medicamentos aquosos os quais são especialmente úteis para a aplicação parenteral, in-travenosa mas também intramuscular bem como para a aplicação oral ou tópica; são especialmente úteis para o tratamento de anemia por deficiência de ferro. Um objeto adicional da invenção é também o uso dos complexos de carboidrato de ferro (III) de acordo com a invenção para o tratamento e a profilaxia de anemia por deficiência de ferro ou a produção de medicamentos especialmente para o tratamento parenteral da anemia por deficiência de ferro. Os medicamentos podem ser usados na medicina humana e veterinária.
As vantagens que são obtidas com os complexos de carboidrato de ferro (III) da invenção são as elevadas temperaturas de esterilização mencionadas acima bem como a baixa toxicidade e o risco reduzido de choque anafilático. A toxicidade dos complexos de acordo com a invenção é muito baixa. A LD50 situa-se acima de 2000 mg de Fe/kg, comparada com a LD50 dos complexos de pululano conhecidos, a qual se situa em 1400 mg de Fe/kg. Em vista da alta estabilidade dos complexos da invenção, é possível aumentar os índices de aplicação bem como as dosagens. Deste modo, é possível aplicar os medicamentos da invenção por via parenteral sob a forma de uma dose única. Uma dose única semelhante, por exemplo, é de 500 a 1000 mg de ferro; pode ser aplicada, por exemplo, durante o curso de uma hora. Uma vantagem adicional é o alto grau de disponibilidade das malto-dextrinas usadas como produtos de partida, as quais são, por exemplo, aditivos disponíveis comercialmente na indústria de processamento de alimentos.
Na presente descrição, bem como nos exemplos que se seguem, os equivalentes de dextrose são medidos gravimetricamente. De modo a fazer isso, as maltodextrinas são reagidas em uma solução aquosa em ebulição com solução de Fehling. A reação é realizada quantitativamente, isto é, até a solução de Fehling não ser mais descorada. O óxido de cobre precipitado (I) é seco a 105°C até um peso constante ser atingido e medido gravimetricamente. O teor de glicose (equivalente de dextrose) é calculado a partir dos resultados obtidos como % em peso/ peso da substância seca de maltodextrina. É possível, por exemplo, usar as seguintes soluções. 25 ml de solução I de Fehling, misturados com 25 ml de solução II de Fehling; 10 ml de solução aquosa de maltodextrina (10% mol/vol) (solução I de Fehling. 34,6 g de sulfato de cobre (II) dissolvidos em 500 ml de água; solução de Fehling II: 173 g de tartarato de sódio potássio 50 g de hidróxido de sódio dissolvidos em 400 ml de água).
Exemplo 1 100 g de maltodextrina (9,6 equivalentes de dextrose medidos gravimetricamente) são dissolvidos por meio de agitação em 300 ml de água a 25°C e oxidados por meio da adição de 30 g de solução de hipoclorito de sódio (13 a 16% em peso de cloro ativo) em pH 10.
Primeiro, a solução de maltodextrina oxidada e em seguida 554 g de solução de carbonato de sódio (17,3 % em peso/ peso) são adicionados à temperatura ambiente a 352 g de uma solução agitada de cloreto de ferro (III) (12 % em peso por peso de Fe).
Em seguida, o pH é ajustado para 11 por meio da adição de hidróxido de sódio e a solução é aquecida a 50°C e mantida a 50°C por 30 minutos. Em seguida, a acidificação para um pH de 5 a 6 é realizada por meio da adição de ácido clorídrico, a solução é mantida a 50°C por um adicional de 30 minutos e em seguida aquecida a 97 - 98°C e a temperatura é mantida por 30 minutos neste alcance. Depois de esfriar a solução até a temperatura ambiente, o pH é ajustado para 6 - 7 por meio da adição de hidróxido de sódio.
Em seguida, a solução é filtrada através de um filtro de esterilização e então examinada para sedimentos. Depois disso, o complexo é isolado por meio de precipitação com etanol em um alcance de 1 : 0,85 e em seguida seco a vácuo a 50°C. O rendimento é de 125 g (correspondente a 87 % do valor teórico) de um pó marrom amórfico tendo um teor de ferro de 29,3 % em peso/ peso (medido complexometricamente).
Peso molecular pm 271 kDa.
Exemplo 2 200 g de maltodextrina (9,6 equivalentes de dextrose medidos gravimetricamente) são dissolvidos por meio de agitação em 300 ml de água a 25°C e oxidados por meio da adição de 30 g de solução de hipoclorito de sódio (13 a 16% em peso de cloro ativo) em pH 10.
Primeiro, a solução de maltodextrina oxidada e em seguida 554 g de solução de carbonato de sódio (17,3 % em peso/ peso) são adicionados à temperatura ambiente a 352 g de uma solução agitada de cloreto de ferro (III) (12 % em peso por peso de Fe).
Em seguida, o pH é ajustado para 11 por meio da adição de hidróxido de sódio e a solução é aquecida a 50°C e mantida durante 30 minutos a 50°C. Em seguida, a acidificação para um pH de 5 a 6 é realizada por meio da adição de ácido clorídrico, a solução é mantida a 50°C por um adi- cional de 30 minutos e em seguida aquecida a 97 - 98°C e a temperatura é mantida por 30 minutos neste alcance. Depois de esfriar a solução até a temperatura ambiente o pH é ajustado para 6 - 7 por meio da adição de hidróxido de sódio.
Em seguida a solução é filtrada através de um filtro de esterilização e então examinada para sedimentos. Depois disso, o complexo é isolado por meio de precipitação com etanol em um alcance de 1 : 0,85 e em seguida seco a vácuo a 50°C. O rendimento é de 123 g (correspondente a 65% do valor teórico) de um pó marrom amórfico tendo um teor de ferro de 22,5% em peso/ peso (medido complexometricamente).
Peso molecular pm 141 kDa.
Exemplo 3 100 g de maltodextrina (9,6 equivalentes de dextrose medidos gravimetricamente) são dissolvidos por meio de agitação em 300 ml de água a 25°C e oxidados por meio da adição de 30 g de solução de hipoclorito de sódio (13 a 16% em peso de cloro ativo) e 0,7 g de brometo de sódio a pH 10.
Primeiro, a solução de maltodextrina oxidada e em seguida 554 g de solução de carbonato de sódio (17,3 % em peso/ peso) são adicionados à temperatura ambiente a 352 g de uma solução agitada de cloreto de ferro (III) (12 % em peso por peso de Fe).
Em seguida, o pH é ajustado para 6,5 por meio da adição de hidróxido de sódio e a solução é aquecida a 50°C e mantida durante 60 minutos a 50°C. Em seguida, a acidificação para um pH de 5 a 6 é realizada por meio da adição de ácido clorídrico, a solução é mantida a 50°C por um adicional de 30 minutos e em seguida aquecida a 97 - 98°C e a temperatura é mantida por 30 minutos neste alcance. Depois de esfriar a solução até a temperatura ambiente, o pH é ajustado para 6 - 7 por meio da adição de hidróxido de sódio.
Em seguida, a solução é filtrada através de um filtro de esterilização e então examinada para sedimentos. Depois disso, o complexo é iso- lado por meio de precipitação com etanol em uma faixa de 1 : 0,85 e em seguida seco a vácuo a 50°C. O rendimento é de 139 g (correspondente a 88 % do valor teórico) de um pó marrom amórfico tendo um teor de ferro de 26,8 % em peso/ peso (medido complexometricamente), Peso molecular pm 140 kDa.
Exemplo 4 Uma mistura de 45 g de maltodextrina (6,6 equivalentes de dex-trose medidos gravimetricamente) e 45 g de maltodextrina (14,0 equivalentes de dextrose medidos gravimetricamente) é dissolvida por meio de agitação em 300 ml de água a 25°C e oxidada por meio da adição de 25 g de solução de hipoclorito de sódio (13 a 16% em peso de cloro ativo) e 0,6 g de brometo de sódio a pH 10.
Primeiro, a solução de maltodextrina oxidada e em seguida 554 g de solução de carbonato de sódio (17,3 % em peso/ peso) são adicionados à temperatura ambiente a 352 g de uma solução agitada de cloreto de ferro (III) (12 % em peso por peso de Fe).
Em seguida, o pH é ajustado para 11 por meio da adição de hidróxido de sódio e a solução é aquecida a 50°C e mantida durante 30 minutos a 50°C. Em seguida, a acidificação para um pH de 5 a 6 é realizada por meio da adição de ácido clorídrico, a solução é mantida a 50°C por um adicional de 30 minutos e em seguida aquecida a 97 - 98°C e a temperatura é mantida por 30 minutos nesta faixa. Depois de esfriar a solução até a temperatura ambiente, o pH é ajustado para 6 - 7 por meio da adição de hidróxido de sódio, Em seguida, a solução é filtrada através de um filtro de esterilização e então examinada para sedimentos. Depois disso, o complexo é isolado por meio de precipitação com etanol em uma faixa de 1 : 0,85 e em seguida seco a vácuo a 50°C. O rendimento é de 143 g (correspondente a 90% do valor teórico) de um pó marrom amórfico tendo um teor de ferro de 26,5% em pe-so/peso (medido complexometricamente), Peso molecular pm 189 kDa.
Exemplo 5 90 g de maltodextrina (14,0 equivalentes de dextrose medidos gravimetricamente) são dissolvidos por meio de agitação em 300 ml de água a 25°C e oxidados por meio da adição de 35 g de solução de hipoclorito de sódio (13 a 16% em peso de cloro ativo) e 0,6 g de brometo de sódio a pH 10.
Primeiro, a solução de maltodextrina oxidada e em seguida 554 g de solução de carbonato de sódio (17,3 % em peso/ peso) são adicionados à temperatura ambiente a 352 g de uma solução agitada de cloreto de ferro (III) (12 % em peso por peso de Fe).
Em seguida, o pH é ajustado para 11 por meio da adição de hidróxido de sódio e a solução é aquecida a 50°C e mantida durante 30 minutos a 50°C. Em seguida, a acidificação para um pH de 5 a 6 é realizada por meio da adição de ácido clorídrico, a solução é mantida a 50°C por um adicional de 30 minutos e em seguida aquecida a 97 - 98°C e a temperatura é mantida por 30 minutos nesta faixa. Depois de esfriar a solução até a temperatura ambiente o pH é ajustado para 6-7 por meio da adição de hidróxido de sódio.
Em seguida, a solução é filtrada através de um filtro de esterilização e então examinada para sedimentos. Depois disso, o complexo é isolado por meio de precipitação com etanol em uma faixa de 1 : 0,85 e em seguida seco a vácuo a 50°C. O rendimento é de 131 g (correspondente a 93 % do valor teórico) de um pó marrom amórfico tendo um teor de ferro de 29,9 % em peso/ peso (medido complexometricamente).
Peso molecular pm 118 kDa.
Exemplo 6 Uma mistura de 45 g de maltodextrina (5,4 equivalentes de dextrose medidos gravimetricamente) e 45 g de maltodextrina (18,1 equivalentes de dextrose medidos gravimetricamente) é dissolvida por meio de agitação em 300 ml de água a 25°C e oxidados por meio da adição de 31 g de solução de hipoclorito de sódio (13 a 16% em peso de cloro ativo) e 0,7 g de brometo de sódio a pH 10.
Primeiro, a solução de maltodextrina oxidada e em seguida 554 g de solução de carbonato de sódio (17,3% em peso/ peso) são adicionados à temperatura ambiente a 352 g de uma solução agitada de cloreto de ferro (III) (12 % em peso por peso de Fe).
Em seguida, o pH é ajustado para 11 por meio da adição de hidróxido de sódio e a solução é aquecida a 50°C e mantida durante 30 minutos a 50°C. Em seguida, a acidificação para um pH de 5 a 6 é realizada por meio da adição de ácido clorídrico, a solução é mantida a 50°C por um adicional de 30 minutos e em seguida aquecida a 97 - 98°C e a temperatura é mantida por 30 minutos nesta faixa. Depois de esfriar a solução até a temperatura ambiente o pH é ajustado para 6 - 7 por meio da adição de hidróxido de sódio.
Em seguida, a solução é filtrada através de um filtro de esterilização e então examinada para sedimentos. Depois disso, o complexo é isolado por meio de precipitação com etanol em uma faixa de 1 :0,85 e em seguida seco a vácuo a 50°C. O rendimento é de 134 g (correspondente a 88 % do valor teórico) de um pó marrom amórfico tendo um teor de ferro de 27,9 % em peso/ peso (medido complexometricamente).
Peso molecular pm 178 kDa.
Exemplo 7 100 g de maltodextrina (9,6 equivalentes de dextrose medidos gravimetricamente) são dissolvidos por meio de agitação em 300 ml de água a 25°C e oxidados por meio da adição de 29 g de solução de hipoclorito de sódio (13 a 16% em peso de cloro ativo) e 0,7 g de brometo de sódio a pH 10.
Primeiro, a solução de maltodextrina oxidada e em seguida 554 g de solução de carbonato de sódio (17,3 % em peso/ peso) são adicionados à temperatura ambiente a 352 g de uma solução agitada de cloreto de ferro (III) (12 % em peso por peso de Fe).
Em seguida, o pH é ajustado para 11 por meio da adição de hidróxido de sódio e a solução é aquecida a 50°C e mantida durante 30 minutos a 50°C. Em seguida, a acidificação para um pH de 5 a 6 é realizada por meio da adição de ácido clorídrico, a solução é mantida a 50°C por um adicional de 70 minutos. Depois de esfriar a solução até a temperatura ambiente o pH é ajustado para 6-7 por meio da adição de hidróxido de sódio.
Em seguida, a solução é filtrada através de um filtro de esterilização e então examinada para sedimentos. Depois disso, o complexo é isolado por meio de precipitação com etanol em uma faixa de 1 : 0,85 e em seguida seco a vácuo a 50°C. O rendimento é de 155 g (correspondente a 90% do valor teórico) de um pó marrom amórfico tendo um teor de ferro de 24,5% em peso/ peso (medido complexometricamente).
Peso molecular pm 137 kDa.
Exemplo 8 126 g de maltodextrina (6,6 equivalentes de dextrose medidos gravimetricamente) são dissolvidos por meio de agitação em 300 ml de água a 25°C e oxidados por meio da adição de 24 g de solução de hipoclorito de sódio (13 a 16% em peso de cloro ativo) e 0,7 g de brometo de sódio a pH 10.
Primeiro, a solução de maltodextrina oxidada e em seguida 554 g de solução de carbonato de sódio (17,3 % em peso/ peso) são adicionados à temperatura ambiente a 352 g de uma solução agitada de cloreto de ferro (III) (12 % em peso por peso de Fe).
Em seguida, o pH é ajustado para 11 por meio da adição de hidróxido de sódio e a solução é aquecida a 50°C e mantida durante 30 minutos a 50°C. Em seguida, a acidificação para um pH de 5 a 6 é realizada por meio da adição de ácido clorídrico, a solução é mantida a 50°C por um adicional de 70 minutos. Depois de esfriar a solução até a temperatura ambiente, o pH é ajustado para 6 a 7 por meio da adição de hidróxido de sódio.
Em seguida, a solução é filtrada através de um filtro de esterilização e então examinada para sedimentos. Depois disso, o complexo é iso- lado por meio de precipitação com etanol em uma faixa de 1 : 0,85 e em seguida seco a vácuo a 50°C. O rendimento é de 171 g (correspondente a 86 % do valor teórico) de um pó marrom amórfico tendo um teor de ferro de 21,35% em peso/ peso (medido complexometricamente).
Peso molecular pm 170 kDa.
Teste comparativo A seguir são comparadas as características dos complexos de carboidrato de ferro com um complexo de sacarose de ferro disponível comercialmente. Pode ser visto que o teor de ferro pode ser aumentado, o tratamento térmico pode ser realizado em maiores temperaturas e a toxicidade (LD50) pode ser reduzida de acordo com a invenção.
De acordo com a Complexo de hidróxido Invenção de ferro/ sacarose TeordeFe[%] 5,0 2,0 pH 5-7 10,5-11,0 peso molecular [kDa]1) 80 - 350 34 - 54 Tratamento térmico 121°C/15' 100°C/35' LDso i.v., peso molecular [mg > 2000 > 200 de Fe/kg de peso corporal] Vifor (Internacional) AG