BR112012001968B1

BR112012001968B1 - Método de produção de sistemas de travamento mecânico em um painel de piso

Info

Publication number: BR112012001968B1
Application number: BR112012001968-6A
Authority: BR
Inventors: Darko Pervan; Peter Wingardh
Original assignee: Välinge Innovation AB
Priority date: 2009-07-31
Filing date: 2010-07-08
Publication date: 2021-09-28
Also published as: CN102574292B; RU2012102766A; CA2764964C; BR112012001968A2; KR20120042992A; WO2011014112A1; RU2534569C2; CA2764964A1; CN102574292A; US10279404B2; UA108075C2; KR101675397B1; EP2459356A4; US20110023302A1; EP2459356A1; EP2459356B1

Abstract

métodos e disposições relacionados com usinagem de borda de painéis de construção. a presente invenção refere-se a uma configuração de ferramenta 91 para produção de um sistema de travamento aperfeiçoado de um painel de piso 1' e um método incorporando tal configuração de ferramenta. a configuração de ferramenta 91x, 91y é uma configuração de ferramenta não rotativa formando o perfil de determinadas superfícies da borda de junção do painel de piso, resultando no fato de as tolerâncias serem mantidas em um nível baixo.

Description

Campo Técnico

[0001] A presente invenção geralmente se refere ao campo de travas mecânicas para painéis de piso. Especificamente, a presente invenção se refere a uma configuração de ferramenta de entalhe ou raspagem além de ao método para produção de sistemas de travamento aperfeiçoados para o travamento mecânico de painéis de piso utilizando a configuração de ferramenta de entalhe ou raspagem.

Campo de Aplicação

[0002] A presente invenção é particularmente adequada para uso em pisos flutuantes com um sistema de travamento mecânico nas bordas, possuindo uma camada de superfície superior resistente ao desgaste, por exemplo, pisos laminados com uma camada de superfície de laminado de alta pressão ou laminado direto, pisos revestidos com granulado mineral, mistura de fibras de madeira e similares. A descrição a seguir da técnica anterior, problemas de sistemas conhecidos além de objetivos e características da invenção serão, portanto, como exemplos não limitadores, focados basicamente nesse campo de aplicação e na formação de perfil desses sistemas de travamento mecânicos em bordas longas. No entanto, deve-se enfatizar que a invenção pode ser utilizada em quaisquer painéis de piso ou painéis de parede, que devem ser unidos por meio de um sistema de travamento mecânico. A invenção pode ser utilizada para formar bordas longas e/ou curtas, painéis quadrados e painéis com mais de quatro bordas.

Definição de alguns termos

[0003] No texto a seguir, a superfície visível do painel de piso instalado é chamada "lado dianteiro", enquanto o lado oposto do painel de piso voltado para o contrapiso é chamado de "lado traseiro". "Plano horizontal" se refere a um plano que é paralelo ao lado dianteiro. Partes superiores diretamente adjacentes de duas bordas de juntas vizinhas de dois painéis de piso unidos definem o "plano vertical" perpendicular ao plano horizontal. As partes externas do painel dianteiro na borda do painel de piso entre o lado dianteiro e o lado traseiro são chamadas "borda de junção". Como regra, a borda de junção possui várias "superfícies de junção"que podem ser verticais, horizontais, anguladas, arredondadas, chanfradas, etc. Essas superfícies de junção existem em materiais diferentes, por exemplo, laminados, painel de fibra, madeira, plástico, metal (em particular alumínio) ou materiais de vedação.

[0004] Por "travamento" ou "sistema de travamento" se designam os meios de conexão cooperantes que interconectam os painéis de piso verticalmente e/ou horizontalmente. Por "sistema de travamento mecânico"se deseja significar que o travamento pode ocorrer sem colar. Sistemas de travamento mecânico podem, em muitos casos, também ser unidos por cola.

[0005] Por "travamento vertical" se deseja significa o travamento paralelo ao plano vertical e por "travamento horizontal" se deseja significar o travamento paralelo ao plano horizontal.

[0006] Por "superfícies de travamento vertical" se deseja significar superfícies de lingueta de cooperação superior e inferior na lingueta em uma primeira borda de cooperação com as superfícies de sulco de lingueta de cooperação superior e inferior no sulco de lingueta em uma segundo travamento de borda adjacentes às bordas adjacentes verticalmente.

[0007] Por "superfícies de travamento horizontal" se deseja significar uma borda de sulco de lingueta superior e essencialmente vertical e um elemento de travamento na segunda borda de cooperação com uma borda de lingueta superior essencialmente vertical e um sulco de travamento na primeira borda adjacente, as superfícies de travamento horizontal de cooperação travam com as bordas adjacentes perpendicularmente de forma horizontal com relação à borda e impedem que as bordas adjacentes sejam deslocadas para dentro na direção uma da outra e para fora para longe uma da outra.

[0008] Por "lado de sulco de travamento" se deseja significar um painel de piso no qual parte do travamento horizontal consiste de um sulco de travamento cujas abertura está voltada para o lado traseiro. Por "lado de elemento de travamento" se deseja significar o lado do painel de piso no qual parte do travamento horizontal consiste de um elemento de travamento, que coopera com o sulco de travamento.

[0009] Por "ângulo de travamento" se deseja significar o ângulo das superfícies de travamento do travamento horizontal com relação ao plano horizontal. Nos casos onde as superfícies de travamento são curvas, o ângulo de travamento é tangencial à curva com o ângulo mais alto.

[00010] Por "ângulo de ferramenta" se deseja significar o ângulo do plano no qual uma ferramenta gira.

[00011] Por "camada de superfície decorativa" se deseja significar uma camada de superfície, que é basicamente destinada a fornecer ao piso sua aparência decorativa. "Camada de superfície resistente ao desgaste" se refere a uma camada de superfície altamente abrasiva. que é basicamente adaptada para aperfeiçoar a durabilidade do lado dianteiro. Isso se resume a "camada de superfície resistente ao desgaste decorativa" ser uma camada que deve fornecer ao piso sua aparência decorativa além de aperfeiçoar a durabilidade do lado dianteiro. Uma camada de superfície é aplicada ao núcleo.

[00012] Por "raspagem" significa um método para formar um sulco ou uma protuberância em uma borda de um painel pela moldagem de uma parte substancial da borda sem ferramentas de rotação e então moldagem fina de uma parte da borda em seu formato final por uma configuração de ferramenta de raspagem compreendendo várias superfícies de não rotação e remoção de lascas fixas localizadas ao longo da direção de alimentação.

[00013] Por "entalhe" se deseja significar um método para formar um sulco ou uma protuberância em uma borda de um painel pelo entalhe de uma parte substancial da borda em seu formato final por uma ou várias configurações de ferramenta de entalhe compreendendo várias superfícies não rotativas e de remoção de lascas fixas localizadas ao longo da direção de alimentação. Fundamentos da Invenção, Técnica Anterior e Problemas da Mesma

[00014] Para facilitar a compreensão e a descrição da presente invenção além do conhecimento de problemas por trás da invenção, aqui segue uma descrição de ambas a construção básica e a função dos painéis de isso, além da produção básica de tais painéis de piso com referência às figuras de 1 a 8 nos desenhos em anexo. A construção e função básicas além da produção também são completamente ou em partes utilizadas na presente invenção.

[00015] Um sistema de travamento mecânico compreende uma lingueta e um sulco de lingueta para o travamento vertical e um elemento de travamento e um sulco de travamento para o travamento horizontal. Possui pelo menos quatro pares de superfícies de travamento de cooperação ativas, dois pares para o travamento vertical e dois pares para o travamento horizontal. O sistema de travamento compreende várias outras superfícies, que geralmente não estão em contato uma com a outra e podem, portanto, ser produzidas com tolerância consideravelmente maior do que as superfícies de travamento de cooperação.

[00016] Os pisos laminados são normalmente constituídos de um núcleo consistindo de um painel de fibra de 6 a 9 mm., uma camada de superfície superior de 0,20 mm de espessura e uma camada equilibrante inferior. A camada de superfície superior fornece aparência e durabilidade aos painéis de piso. O núcleo fornece estabilidade e a camada de equilíbrio mantém o painel nivelado quando uma umidade relativa (RH) varia durante o ano.

[00017] Os sistemas de travamento mecânico são geralmente formados pela usinagem do núcleo do painel. Tal usinagem deve ser muito precisa a fim de garantir uma alta qualidade. É especialmente importante que as superfícies de travamento vertical e horizontal de cooperação sejam formadas com alta precisão a fim de garantir a fácil instalação e um encaixe preciso entre as bordas adjacentes.

[00018] A figura 1a ilustra de acordo com a técnica anterior sistemas de travamento mecânico (travamento por tira) que podem ser travados com angulação e que são amplamente utilizados no mercado. Tal sistema de travamento também pode ser projetado para ser travado com o encaixe por pressão vertical ou horizontal. Uma seção transversal vertical do painel de piso é ilustrado de uma parte de um lado longo 4a do painel de piso 1', além de uma parte de um lado longo 4b de um painel de piso adjacente 1. Os corpos dos painéis de piso 1, 1' podem ser compostos de um corpo de painel de fibra ou núcleo 30, que suporta aí, uma camada de superfície decorativa e resistente ao desgaste 31 em seu lado dianteiro e uma camada de equilíbrio 32 em seu lado traseiro (lado de baixo). O sistema de travamento possui uma lingueta 10 e um sulco de lingueta 8 que trava os painéis em uma direção vertical D1 com superfícies de lingueta superior 53 e inferior 56 que cooperam com as superfícies dos sulcos de lingueta superior 43 e inferior 46. Uma tira 6 é formada a partir do corpo e a camada de equilíbrio 32 do painel de piso 1 e suporta um elemento de travamento 8 em um lado de elemento de travamento 4b. Portanto, a tira 6 e o elemento de travamento 8 de uma forma constituem uma extensão da parte inferior do sulco de lingueta 46. O elemento de travamento 8 formado na tira 6 possui uma superfície de elemento de travamento operacional 11 que coopera com uma superfície de sulco de travamento operacional 12 em um sulco de travamento 14 no lado de sulco de travamento oposto do painel de piso adjacente 1'. Pelo engate entre as superfícies de travamento operacional horizontais 11, 12 um travamento horizontal dos painéis de piso 1, 1' transversalmente da borda de junção (direção D2) é obtido que impede a separação das bordas adjacentes para fora se os painéis forem puxados para longe um do outro. O angulo de travamento A das superfícies de travamento 11, 12 é, nessa modalidade ilustrada, de 90 graus e isso fornece um travamento horizontal muito forte. Os sistemas de travamento são formados também com outros ângulos de travamento, por exemplo, 45 a 60 graus. Alguns sistemas de travamento possuem um ângulo de travamento muito baixo, por exemplo, de 30 graus. Os ângulos de travamento baixos possibilitam a criação de sistemas de travamento muito compactos e a economia de material. A resistência do travamento de tais sistemas é, no entanto, muito baixa. A parte superior do lado do elemento de travamento 1' compreende uma primeira borda superior 18 e uma parte superior do lado de sulco de travamento 1 compreende uma segunda borda superior 19 que impedem um movimento horizontal das bordas adjacentes para dentro uma contra a outra se os painéis forem pressionados juntos.

[00019] A figura 1b ilustra uma camada de superfície laminada, que consiste de uma sobreposição transparente 33 com partículas resistentes ao desgaste de óxido de alumínio 36, e uma camada de papel decorativo 35 com uma impressão 34 dando à superfície suas propriedades decorativas. A impressão, que na maior parte dos casos é um desenho de madeira, possui geralmente uma camada base branca, que não é visível em um painel de piso com bordas superiores retas e verticais. Alguns painéis de piso são formados com chanfraduras decorativas 31a que são cobertas com tinta ou uma fita decorativa. É sabido também que uma parte da sobreposição 31b pode ser usinada como uma chanfradura pequena a fim de tornar a borda mais suave e remover as lascas de borda que podem ocorrer se as ferramentas não estiverem afiadas. Tal usinagem da sobreposição é feita como uma etapa final depois da usinagem da camada de superfície e a borda superior com processos similares às operações de lixar.

[00020] Um sistema de travamento (trava de lingueta) pode ser formado também sem uma tira 6 como ilustrado na figura 2a. O elemento de travamento 8 nessa modalidade é localizado na lingueta 10 e o sulco de travamento 14 é formado como um sulco rebaixado no sulco de lingueta 9.

[00021] Um sistema de travamento também pode ser formado com uma lingueta flexível 10a (trava dobrada), que pode ser deslocada durante o travamento. Tal sistema de travamento, como ilustrado na figura 2b, pode ser travado com um movimento vertical.

[00022] Um sistema de travamento (trava com gancho) também pode ser formado sem uma lingueta, como ilustrado na figura 2c, a fim de travar apenas na direção horizontal D2. Tal sistema de travamento é utilizado nos lados curtos dos painéis de piso estreitos. O travamento vertical na direção vertical D1 é realizado com os lados longos dos painéis adjacentes.

[00023] Todos esses sistemas de travamento conhecidos, que são utilizados para travar painéis de forma horizontal, possuem dois pares de superfícies de cooperação 18, 19 e 11, 12 que devem combinar um com o outro de forma precisa a fim de funcionar adequadamente.

[00024] A figura 3a (vista lateral) e 3b (vista superior) ilustram o método mais utilizado para produzir um sistema de travamento e os problemas principais relacionados com tal produção. O sistema de travamento é formado com a superfície 31 do painel de piso apontando para baixo. Várias configurações de ferramenta rotativa 60 são utilizadas para formar o perfil das bordas quando um painel de piso 1 é deslocado horizontalmente em uma direção de alimentação linear por uma corrente 70. Uma correia 70a suportada por rodas de pressão 70b é utilizada para criar uma pressão vertical contra a corrente. A correia não possui qualquer estabilidade na direção horizontal D2 perpendicularmente à direção de alimentação. A posição vertical D1 e horizontal D2 do painel de piso é obtida pela corrente, que move com alta precisão com relação às configurações de ferramenta rotativa. A camada de superfície do painel de piso é fixada à corrente por fricção.

[00025] A figura 4a ilustra um painel de piso 1, 1' que é produzido com um equipamento de formação de perfil compreendendo uma corrente 70, uma correia 70a suportada pelas rodas de pressão 70b que criam uma pressão vertical contra a corrente. A figura 4b ilustra que a usinagem perfeita pode formar sulcos muito precisos 14, elementos de travamento 8 e bordas superiores 18, 19 que, em teoria, são quase que completamente paralelas. As tolerâncias de produção podem ser tão baixas quanto +/- 0.02 mm. Na prática, é, no entanto, muito difícil se alcançar tais tolerâncias. A razão disso é que a fricção entre a corrente e a superfície de piso não é suficiente e o painel de piso se move ou gira horizontalmente de forma perpendicular à direção de alimentação durante a produção (doravante referido como rotação horizontal). A correia, as correntes, especialmente se não estiverem paralelas, as ferramentas e as sapatas de pressão, que também são utilizadas (não ilustradas), criam pressões laterais horizontais descontroladas contra o painel de piso e as partes mencionadas acima do sistema de travamento não serão formadas completamente paralelas como ilustrado na figura 4c. As distâncias L1, L2 entre a parte superior do painel de piso 18, 19 e as superfícies de travamento 11, 12 em uma parte do painel podem, por exemplo, ser 0,1 a 0,2 mm menores do que as distâncias correspondentes L3, L4 em outra parte do mesmo painel. O travamento pode ser muito apertado ou muito solto. A lingueta 10 e o sulco de lingueta 9 também podem variar na direção horizontal. Tais tolerâncias 10', 9' como ilustrado na figura 1a não causam quaisquer problemas, no entanto, visto que o sistema de travamento é formado com espaços entre a ponta da lingueta e a parte interna do sulco e tais espaços são utilizados para compensar as tolerâncias de produção mencionadas acima.

[00026] Vários métodos foram utilizados para solucionar os problemas relacionados com a rotação horizontal. Os métodos mais utilizados são tornar o equipamento de formação de perfil mais estável com orientação aperfeiçoada das correntes. Os dispositivos de limpeza também são utilizados para limpar a corrente a fim de manter a alta fricção entre a corrente o painel de piso. Dispositivos de orientação especiais GD como ilustrados na figura 4a, tal como réguas de aço, que cooperam com os sulcos especiais no lado traseiro do painel, foram utilizadas para impedir a rotação horizontal. Tais réguas e sulcos são difíceis de ajustar, visto que criam desgaste e aquecimento durante a produção e podem criar problemas de estabilidade quando uma camada de equilíbrio é separada por um sulco.

[00027] Todos esses esforços para se aperfeiçoar o equipamento de formação de perfil, no entanto, não solucionaram os problemas. Ao contrário, os problemas de movimento horizontal têm aumentado durante os anos. Uma razão para isso é que a velocidade de produção tem aumentado e isso cria uma pressão lateral mais forte. Os painéis de piso com tamanhos menores, gravação de superfície profunda e superfícies brilhosas têm sido desenvolvidos e isso reduz a fricção entre a corrente a superfície do piso e aumenta o risco de uma rotação horizontal descontrolada considerável.

[00028] Outros métodos, que também foram introduzidos, são baseados no princípio de utilização de desenho de ferramenta e posições de ferramenta para redução de rotação horizontal. Isso é ilustrado nas figuras 5 e 6.

[00029] As figuras 5a a 5e ilustram soluções de configuração de ferramenta tradicionais para a produção de painéis de piso com uma camada de superfície superior resistente ao desgaste. O painel de piso está se movendo na direção de alimentação FD da seta durante a formação de perfil das bordas. A primeira etapa na linha de formação de perfil é ilustrada na figura 5a e a última etapa na figura 5e. A seção transversal do painel de piso 1, 1'é ilustrada, posicionada com a camada de superfície superior 31 para baixo em uma corrente de suporte esférica 70 em um esmeril. Uma configuração de usinagem tradicional transporta o painel 1, 1' com grande precisão através de várias ferramentas de corte rotativas independentes. As ferramentas de corte possuem geralmente um diâmetro de ferramenta de aproximadamente 200 a 500 mm. e podem ser configuradas em um ângulo de ferramenta opcional TA com relação ao plano horizontal HP do painel. As ferramentas são montadas em lados opostos de várias colunas. A distância entre as ferramentas TD é de cerca de 0,5 m e a distância entre as colunas é de cerca de 1 m como ilustrado nas figuras 3a e 3b. Cada ferramenta 60 a 64, 60' a 63'é dedicada a remover uma parte limitada da borda de junção, onde algumas estão também formando as superfícies de junção final. Várias ferramentas são posicionadas ao longo de ambos os lados da linha de formação de perfil na direção de alimentação GD do painel de piso 1, 1'. Isso é feito a fim de se obter tolerâncias de produção suficientes. Uma regra geral é que um aumento no número de ferramentas resulta em tolerâncias de produção aperfeiçoadas visto que cada ferramenta remove menos material e cria forças menores que podem deslocar o painel de piso de uma forma descontrolada. O modo de produção normal é a utilização de 4 a 6 pares opostos de ferramentas, em uma primeira máquina cortando o lado longo, seguido por uma máquina similar cortando o lado curto do sistema de travamento no painel.

[00030] As superfícies de travamento horizontal 18, 19, 11, 12 são usinadas com 4 ferramentas independentes 62, 62' e 63, 63'. Uma rotação horizontal entre as terceira (figura 5c) e a quarta (figura 5d) estações de ferramenta em cada lado criará superfícies de travamento horizontal 18, 19, 11, 12 que não são paralelas como ilustrado na figura 4c.

[00031] Tradicionalmente, quando da produção de sistemas de travamento mecânico em um painel de piso, as ferramentas de corte aproximado 60, 60', como ilustrado na figura 5a, ou as ferramentas de corte fino 62, 62', como ilustrado na figura 5c, são posicionadas em uma posição de formação de perfil independente em um lado da direção de alimentação FD do painel de piso 1 e em um lado oposto como pares opostos. Uma ferramenta do par usina o lado do elemento de travamento 1, e a outra ferramenta usina o lado de sulco de travamento 1'. As ferramentas de corte bruto 60, 60' removem a maior parte do material altamente abrasivo da camada de superfície resistente ao desgaste a fim de aumentar a vida útil e a qualidade de corte das próximas ferramentas, com a exceção da ferramenta 62, 62' que também corta a camada de superfície resistente ao desgaste. As bordas de corte das ferramentas consistem de diamante, mas mesmo assim, o tempo de funcionamento de tal ferramenta é limitado, normalmente não superior a 5.000 a 20.000 metros quando cortando uma camada superior altamente abrasiva. Devido a esse fato, as ferramentas que cortam a camada de superfície, as ferramentas de corte bruto 60, 60', como ilustrado na figura 5a, e as ferramentas de corte fino 62, 62', como ilustrado na figura 5c são configuradas com uma borda de corte reta que pode ser movida M no sentido escalonado em paralelo à borda de corte durante a produção a fim de colocar uma borda de corte de ferramenta nova em uma posição de corte.

[00032] Tal rotação horizontal com um ângulo de ferramenta horizontal TA e um ajuste vertical escalonado M é ilustrada nas figuras 6a a 6c. A figura 6a ilustra a superfície de remoção de lascas 71 da ferramenta de corte fino 62 que está formando a camada de superfície superior 31 do painel de piso 1. Se o painel possuir uma camada de superfície superior resistente ao desgaste a ferramenta de corte fino é desgastada muito mais rapidamente em comparação com o corte no núcleo do painel, por exemplo, painel de fibra de alta densidade (HDF). O resultado é uma parte desgastada da superfície de corte 73 como ilustrado na figura 6b na ferramenta 62, que resulta em a formação de lascas da parte de borda superior do painel 72, isso é, pequenas rachaduras ocorrendo e a borda se tornando áspera e partes brancas pequenas da camada de base da impressão aparecendo. A figura 6c ilustra como o cortador fino 62 é movido em pequenas etapas na direção vertical M por poucas dezenas de milímetros, de modo que uma parte de corte nova 74 da ferramenta 62 esteja na posição contra a superfície superior 31. Um princípio similar é utilizado para cortadores brutos e o movimento escalonado das ferramentas é realizado enquanto a máquina está funcionando a fim de não perder o tempo de funcionamento na linha.

[00033] As ferramentas de corte bruto 60 na figura 5a são geralmente posicionadas com uma distância ED de aproximadamente 0,5 mm do plano vertical VP e da borda superior final 18, 19. Todas as próximas ferramentas de corte, exceto pelos cortadores finos 62 são todas projetadas de modo que seus dentes de corte mantenham uma distância segura da camada de superfície na borda de superfície a fim de evitar o risco de corte da camada de superfície resistente ao desgaste 31 e, dessa forma, evitam o desgaste rápido, especialmente visto que essas ferramentas não podem ser movidas de forma escalonada.

[00034] A rotação horizontal dentro da máquina de formação de perfil é muito relacionada com o fato de as ferramentas criarem pressões laterais descontroladas nos painéis. Tais pressões laterais podem ocorrer se as ferramentas funcionarem com ângulos de ferramenta diferentes, rotações diferentes (com ou contra a direção de alimentação) ou se removerem quantidades diferentes de materiais ou material com diferentes composições (núcleo, camada de superfície).

[00035] Os painéis 1, 1'são geralmente mais instáveis e o risco de rotação horizontal é alto na primeira e última posições de corte, com relação às outras posições de ferramenta devido a várias razões. Por exemplo, o painel é preso apenas pela corrente e a correia sobre um comprimento limitado e o equipamento de entrada/saída pode empurrar os painéis ligeiramente.

[00036] A usinagem das superfícies de travamento horizontais de cooperação 11, 12, 18, 19 é, portanto, geralmente posicionada nas posições de ferramenta interna em conjunto uma com a outra. As mesmas são formadas pelos cortadores finos 62, 62' na figura 5c e o cortador de sulco de travamento 63', o cortador de elemento de travamento 63 na figura 5d. Os cortadores finos 62, 62' na figura 5c são geralmente posicionados depois das ferramentas para formar a lingueta e o sulco de lingueta como ilustrado na figura 5b. Essa é uma vantagem considerável visto que uma maior parte do material já foi removida pelas ferramentas anteriores 60, 60', 61, 61', quando os cortadores finos começam a remover o material. Os cortadores finos 62, 62' devem remover apenas uma quantidade muito limitada de material de núcleo e a última parte da camada de superfície resistente ao desgaste 31. Isso possibilita a obtenção de tolerâncias de usinagem justas pela redução das forças de corte e da pressão horizontal no painel de piso.

[00037] Os cortadores brutos 60, 60' e os cortadores finos 62, 62'são como descrito acima sempre separados com várias posições de ferramenta entre os mesmos. Isso causa uma rotação horizontal descontrolada substancial entre os cortadores brutos 60, 60' e os cortadores finos 62, 62' e tal rotação pode ser de cerca de 0,2 mm. Os cortadores brutos devem, portanto, ser posicionados a uma distância segura, geralmente pelo menos 0,5 mm., da borda de superfície final, a fim de evitar os problemas de qualidade tal como bordas lascadas, linhas visíveis brancas de papel decorativo e exposição de núcleo.

[00038] As superfícies de travamento do sulco de travamento e do elemento de travamento são formadas com ferramentas rotativas 63, 63' possuindo um ângulo de ferramenta igual a ou superior ao ângulo de travamento. Uma ferramenta rotativa formando uma superfície de travamento com um ângulo de travamento A jamais pode funcionar com um ângulo de ferramenta TA que é inferior ao angulo de travamento A. Esse fato é uma limitação considerável, que deve ser considerado no projeto e produção de sistemas de travamento.

[00039] As ferramentas de travamento horizontal e vertical 61, 61', 63, 63' na figura 5b e 5d são todas exemplos de uma ferramenta de rotação consistindo de dois corpos de ferramenta ajustáveis com relação um ao outro TB1 e TB2 montados no mesmo eixo. Tais ferramentas são doravante referidas como ferramentas COMBI. Essas ferramentas COMBI são necessárias quando a ferramenta está formando uma geometria, por exemplo, um sulco, que consiste de duas superfícies de corte opostas com uma distância relativa fixa entre cada uma. Quando a ferramenta é afiada, então parte do material da ferramenta é removido e a distância relativa entre as bordas opostas é alterada. Os dois corpos podem, portanto, ser ajustados para uma dimensão de tamanho excessivo e então esmerilhados em uma dimensão relativa correta. Um efeito positivo dessas ferramentas COMBI é que a precisão entre as duas superfícies de perfil formadas pelos dois corpos de ferramenta é muito precisa visto que é perfilada na mesma posição e com a mesma ferramenta. Tais ferramentas COMBI 61' podem ser utilizadas para aperfeiçoar as tolerâncias entre um par de superfícies de travamento verticais da lingueta, como ilustrado na figura 5b. As ferramentas COMBI não são, no entanto, utilizadas para produzir um par de superfícies de travamento horizontal. Uma razão é que a borda superior do lado do sulco de travamento deve ser formada com um corpo de ferramenta 62' possuindo um ângulo de ferramenta que é diferente do angulo de ferramenta do corpo de ferramenta 63' formando a superfície de travamento no sulco de travamento como ilustrado nas figuras 5c e 5d. Os corpos de uma COMBI estão sempre funcionando com o mesmo angulo de ferramenta visto que são fixados no mesmo eixo. Outra razão é o fato de um dos corpos de ferramenta 62, que forma a borda superior, precisar funcionar horizontalmente e dever ser ajustado verticalmente de forma escalonada. Uma ferramenta COMBI não pode ser ajustada verticalmente de forma escalonada visto que tal ajuste, ao mesmo tempo, irá alterar a posição do outro corpo de ferramenta 63, que é utilizado para formar a superfície de travamento do elemento de travamento. Uma ferramenta COMBI com dois corpos de ferramenta no mesmo eixo possui, portanto, duas limitações importantes. Ambos os corpos de ferramenta devem funcionar com o mesmo ângulo de ferramenta e devem ser deslocados na mesma direção ao mesmo tempo.

[00040] As figuras 7a e b ilustram de acordo com a técnica anterior uma configuração de ferramenta rotativa 62 em uma vista em perspectiva aproximada. A figura 7c ilustra de acordo com a técnica anterior, um painel de piso 1 em uma vista em perspectiva aproximada depois de usinada pela ferramenta rotativa 62 nas figuras 7a e b. Exemplos das configurações de ferramenta rotativa 60 a 64, 60' a 63' posicionadas em uma linha de produção podem ser observados nas figuras 5a a 5e. A tabela 1 ilustra dados ilustrativos para a configuração da ferramenta de rotação das figuras 7a e b.

Tabela 1

[00041] A configuração da ferramenta de rotação 62 possui suas superfícies de remoção de lascas 71 posicionadas em torno de uma roda, e cada superfície de remoção de lascas 71 "atinge" o material 1 a ser removido. A figura 7c ilustra o resultado de marcas de corte pequenas H1-H3 na superfície perfilada. Cada superfície de remoção de lascas 71 se desgasta rapidamente devido aos movimentos periódicos instantâneos, movimentos intermitentes da superfície de remoção de lascas "atingindo" o material. Se a configuração de ferramenta rotativa na tabela 1 girar com 6000 rpm fornecendo uma velocidade de rotação de 78 m/s, e se as superfícies de remoção de lascas forem posicionadas com uma distância de 1 mm uma da outra, a cada segundo 78.000 superfícies de remoção de lascas "atingirão" a borda do painel de piso.

[00042] O ângulo de espaço A na figura 7b em uma configuração de ferramenta rotativa não pode ser muito pequeno, visto que a parte posterior da superfície de remoção de lascas "atingirá" então a superfície perfilada quando a superfície de remoção de lascas está deixando, girando para fora da superfície. Isso é uma limitação. Para se cortar com um ângulo de corte ideal B significa que o mínimo de força possível seja utilizado na remoção de material e dependendo do material a ser removido.

[00043] As configurações de ferramenta rotativa são acionadas por motores de ferramenta que representam um custo enorme do investimento total em uma linha de produção, consomem muita energia, possuem um sistema de controle elétrico complicado, e exigem muita manutenção. As ferramentas rotativas produzem muita poeira que precisa ser removida. A poeira compreende uma mistura de lascas removidas e poeira. Uma desvantagem de um sistema de extração de poeira sofisticado para configurações de ferramenta rotativa é que sempre uma fração da poeira e das lascas entra no sistema de transporte e causa desgaste e afeta a precisão do sistema de transporte de uma forma negativa. Afetando as tolerâncias de um sistema de travamento mecânico de uma forma negativa.

[00044] O oposto a uma ferramenta rotativa é uma configuração de ferramenta fixa, onde broaching ou comumente conhecido como raspagem, é uma técnica onde, por exemplo, uma ferramenta rotativa forma a maior parte de um sulco e uma fração do material é, depois disso, removida por raspagem com uma ferramenta fixa. Tal formação é basicamente utilizada para realizar cortes rebaixados ou ângulos, que são difíceis ou impossíveis de se formar com grandes ferramentas rotativas. Tais métodos de produção são descritos em WO 02/060691. A figura 8 ilustra outro método de produção de acordo com WO 03/012224. O sulco rebaixado 43 no sistema de travamento é usinado como em um trabalho com metal, pela movimentação do painel além de uma ferramenta de formação de sulco estacionária 89 que, nessa modalidade, possui superfícies de remoção de lascas 81a-d no acessório 84 que opera de forma perpendicular à camada de superfície 31. Quando o painel de piso 1 move na direção de alimentação da seta FD, o painel de piso 1 passará a ferramenta de formação de sulco 89 que é inserida no sulco de lingueta 9 e os dentes 81a-d os quais criam a forma final do sulco rebaixado 46 com sua superfície de travamento. A parte principal do sulco de lingueta 9 é formada de maneira convencional utilizando-se grandes ferramentas de configuração rotativa antes de o painel chegar a tal posição que a ferramenta de formação de sulco 89 esteja operacional.

[00045] O maior desafio enquanto se esmerilha um travamento mecânico, além do custo de produção como um todo, é a obtenção de tolerâncias de produção suficientes, isso é, se obter uma geometria adequada do sistema de travamento e se fazer isso em um modo de produção econômico. De acordo, seria altamente desejável na fabricação dos painéis de piso se reduzir as tolerâncias de travamento horizontal ainda mais para um nível consideravelmente menor e de uma forma mais econômica e fácil.

Sumário da invenção e objetivos da mesma

[00046] Um objetivo principal dessa invenção é permitir as tolerâncias de produção reduzidas, por exemplo, no travamento horizontal dos painéis de piso.

[00047] Um objetivo de uma modalidade ilustrativa dessa invenção é permitir a produção aperfeiçoada de sistemas de travamento mecânico pela redução do tamanho do equipamento de produção, redução da manutenção de ferramentas e consumo de energia.

[00048] De acordo com um primeiro aspecto da invenção, um método de produção de sistemas de travamento mecânico em um painel de piso compreendendo uma camada de superfície superior, um núcleo e sistemas de travamento mecânico em uma primeira e uma segunda bordas para travamento horizontal do painel de piso com outros painéis similares. O sistema de travamento mecânico compreendendo um primeiro par de superfícies de travamento na primeira borda de um painel e um segundo par de superfícies de travamento na segunda borda oposta. O primeiro par de superfícies de travamento compreende uma superfície de travamento em uma primeira borda superior e em um sulco de travamento. O segundo par de superfícies de travamento compreende uma superfície de travamento em uma segunda borda superior e em um elemento de travamento, é deslocado em uma direção de alimentação com relação às superfícies de remoção de lascas fixas localizadas ao longo da direção de alimentação. O método compreende a formação na primeira ou na segunda borda por superfícies de remoção de lascas de pelo menos uma parte do primeiro ou segundo par de superfícies de travamento que travam as bordas adjacentes horizontalmente e impedem um deslocamento das bordas de junção para fora e para longe uma da outra e para dentro uma contra a outra.

[00049] A invenção oferece as vantagens de pelo menos um par de superfícies de travamento poderem ser formadas por ferramentas não rotativas. Tais ferramentas podem ser posicionadas muito perto uma da outra e as tolerâncias relacionadas com a rotação horizontal podem ser impedidas ou completamente eliminadas em uma borda se, por exemplo, a superfície de travamento do elemento de travamento e a borda superior forem formadas por ferramentas não rotativas que podem ser posicionadas muito perto uma da outra. É uma vantagem se essas superfícies forem preferivelmente formada pela mesma configuração de ferramenta.

[00050] Em uma modalidade ilustrativa do primeiro aspecto, os primeiro e segundo pares de superfícies horizontais são ambos formados por entalhe e/ou broaching. O primeiro par e o segundo par podem, cada um, ser preferivelmente formados por uma ferramenta e tal formação eliminará substancialmente todas as tolerâncias relacionadas com a rotação horizontal.

[00051] De acordo com um segundo aspecto da invenção, uma configuração de ferramenta para produção de sistemas de travamento mecânico em um painel de piso compreendendo uma camada de superfície superior, um núcleo e um sistema de travamento mecânico em uma primeira e uma segunda bordas para o travamento horizontal do painel de piso com outros painéis similares. O sistema de travamento mecânico compreendendo um primeiro par de superfícies de travamento na primeira borda de um painel e um segundo par de superfícies de travamento na segunda borda oposta. O primeiro par de superfícies de travamento compreende uma superfície de travamento em uma primeira borda superior e em um sulco de travamento, o segundo par de superfícies de travamento compreende uma superfície de travamento em uma segunda borda superior e em um elemento de travamento. A configuração de ferramenta compreende superfícies de remoção de lascas fixas localizadas ao longo da direção de alimentação. O painel de piso é deslocado em uma direção de alimentação com relação às superfícies de remoção de lascas fixas localizadas ao longo da direção de alimentação. As superfícies de remoção de lascas fixas para formação na primeira ou na segunda bordas de pelo menos uma parte dos primeiro ou segundo pares de superfícies de travamento que travam as bordas adjacentes horizontalmente e impede um deslocamento das bordas de junção para fora e para longe uma da outra e para dentro uma contra a outra.

[00052] Tal configuração de ferramenta compreendendo uma configuração de ferramenta de entalhe e/ou raspagem pode ser utilizada para aperfeiçoar as tolerâncias de produção. A configuração de ferramenta pode, de acordo com as modalidades ilustrativas do segundo aspecto, compreender várias configurações de ferramenta de entalhe e/ou raspagem de modo que ambos o primeiro e o segundo pares de superfícies horizontais podem ser formados por tais ferramentas. A configuração de ferramenta pode ser feita de forma muito compacta e um sistema de travamento de alta qualidade pode ser formado visto que as ferramentas podem ser equilibradas e localizadas perto uma da outra ao longo da direção de alimentação.

[00053] De acordo com um terceiro aspecto da invenção, um método de produção do sistema de travamento mecânico em um painel de piso compreendendo sistemas de travamento mecânico em uma primeira e uma segunda bordas para o travamento horizontal e vertical do painel de piso com outros painéis similares. O painel de piso é deslocado em uma direção de alimentação com relação a uma configuração de ferramenta de entalhe. O método compreende a formação nas primeira ou segunda bordas pela configuração de ferramenta de entalhe de uma lingueta ou um sulco.

[00054] De acordo com um quarto aspecto da invenção, uma configuração de ferramenta para produção de sistemas de travamento mecânico em um painel de piso compreendendo sistemas de travamento mecânico em uma primeira e uma segunda bordas para travamento horizontal e vertical do painel de piso com outros painéis similares. O painel de piso é deslocado em uma direção de alimentação com relação à configuração de ferramenta de entalhe. A configuração de ferramenta de entalhe para formação na primeira ou segunda bordas de uma lingueta ou um sulco.

[00055] Esses terceiro e quarto princípios oferecem a vantagem de um sulco ou uma lingueta ser formado basicamente e preferivelmente completamente com ferramentas não rotativas e isso pode ser utilizado para reduzir as tolerâncias e os custos de produção. É até mesmo possível se formar a maior parte ou todo o sistema de travamento com entalhe. Tal formação exige menos energia que as ferramentas rotativas e o custo das ferramentas pode ser reduzido visto que menos dentes são necessários para se formar uma geometria de junção.

[00056] Uma vantagem geral da invenção é que a mesma permite tolerâncias reduzidas, por exemplo, no travamento horizontal dos painéis de piso na produção de sistemas de travamento mecânico, devido a uma forma equilibrada de fabricação de painéis de isso e menos rotação horizontal na linha de produção.

[00057] Outra vantagem de uma modalidade ilustrativa da invenção é se manter o custo de produção baixo com o tempo de funcionamento da ferramenta aperfeiçoado visto que o tempo de desligamento é reduzido na linha de produção devido ao tempo mais curto na mudança de ferramentas e a à forma mais simples de se precisar apenas mudar uma parte da ferramenta se a mesma sofrer desgaste.

[00058] Outra vantagem adicional de algumas modalidades ilustrativas da invenção é o custo reduzido do equipamento de controle da configuração de ferramenta, isso é, o controle é menos complicado.

[00059] Outra vantagem adicional de algumas modalidades ilustrativas da invenção é a produção reduzida de poeira como despejo na linha de produção de painéis de piso, isso é, a necessidade de se sugar a poeira para fora é reduzida.

[00060] Outros objetivos, vantagens e características de novidade da invenção se tornarão aparentes a partir da descrição detalhada a seguir da invenção quando considerada em conjunto com os desenhos em anexo e as reivindicações.

Breve Descrição dos Desenhos

[00061] As figuras 1a e 1b são seções transversais de um painel de piso ilustrando um sistema de travamento mecânico e ampliação de uma camada de superfície, conhecida da técnica; As figuras 2a a 2c ilustram diferentes tipos de sistemas de travamento mecânico, conhecidos da técnica anterior; As figuras 3a e 3b são uma vista lateral e superior de uma linha de formação de perfil tradicional para produção de painéis de piso com uma camada de superfície superior resistente ao desgaste, conhecido da técnica; As figuras 4a a 4c são uma vista transversal de uma vista lateral do lado curto do painel de piso com um equipamento de formação de perfil tradicional, além de uma vista superior do todo e uma vista lateral do lado curto do painel de piso depois da usinagem perfeita, conhecido da técnica anterior; As figuras 5a a 5e são etapas de fabricação produzindo o sistema de travamento mecânico em um painel de piso, conhecido da técnica anterior; As figuras 6a a 6c ilustram seções transversais de ferramentas rotativas conhecidas na técnica anterior que são utilizadas para formar sistemas de travamento mecânico; As figuras 7a a 7c ilustram seções transversais de ferramentas rotativas conhecidas da técnica anterior que são utilizadas para formar sistemas de travamento mecânico e material usinado; A figura 8 ilustra uma configuração de ferramenta de raspagem, conhecida da técnica anterior; As figuras 9a a 9c são uma modalidade ilustrativa de uma configuração de ferramenta de entalhe de acordo com a invenção; As figuras 10a a 10c são uma modalidade ilustrativa ilustrando uma vista ampliada da ponta de uma configuração de ferramenta de entalhe, de acordo com a invenção; A figura 11 é uma modalidade ilustrativa de uma linha de processamento incorporando as configurações de ferramenta de entalhe, de acordo com a invenção; A figura 12 é uma modalidade ilustrativa de uma configuração de ferramenta de entalhe duplo, de acordo com a invenção; A figura 13 é uma modalidade ilustrativa de uma linha de processamento do lado de sulco, de acordo com a invenção; A figura 14 é uma modalidade ilustrativa de uma linha de processamento do lado de sulco incorporando uma configuração de ferramenta de entalhe duplo, de acordo com a invenção; A figura 15 é uma modalidade ilustrativa de uma linha de processamento do lado de lingueta, de acordo com a invenção; A figura 16 é uma modalidade ilustrativa de uma linha de processamento do lado de lingueta incorporando uma configuração de ferramenta de entalhe duplo, de acordo com a invenção; A figura 17 são modalidades ilustrativas de etapas de pré- processamento de acordo com a invenção.

Descrição Detalhada das Modalidades

[00062] De acordo com uma modalidade ilustrativa da invenção, as superfícies de remoção de lascas fixas localizadas ao longo da direção de alimentação, tal como as utilizadas na configuração de ferramentas de entalhe e raspagem, podem ser utilizadas de uma forma a reduzir as tolerâncias. Pela utilização de superfícies de remoção de lascas fixas, quando da formação da primeira 1 ou da segunda 1' borda, pelo menos uma parte dos primeiro ou segundo pares de superfícies de travamento 19, 11; 18, 12; que trava as bordas adjacentes 1, 1' de forma horizontal, e impede um deslocamento das bordas de junção para fora e para longe uma da outra, e internamente uma contra a outra, a rotação horizontal do painel durante a produção é reduzida, e a tolerância reduzida devido a isso. Adicionalmente, as tolerâncias são reduzidas devido à formação de superfícies de travamento 18, 12.; 19, 11 ser realizada essencialmente em uma etapa. Devido à construção da ferramenta, é possível se posicionar as configurações de ferramenta perto uma da outra ao longo da direção de alimentação e a formação de perfil poder ser realizada em uma única etapa.

[00063] As figuras 9a a 9c ilustram uma modalidade ilustrativa de uma configuração de ferramenta de entalhe 91 em diferentes vistas em perspectiva, de acordo com a invenção. A configuração de ferramenta de entalhe 91 compreende uma pluralidade de partes de remoção de lascas 81a a d que são localizadas ao longo da direção de alimentação FD em determinadas posições com relação a cada uma dentre a pluralidade de outras partes de remoção de lascas e a borda de um painel de piso onde um sistema de travamento é formado. A configuração da ferramenta de entalhe 91 possui dentes fixos, cada dente 80a a d compreendendo uma parte de remoção de lascas 81a a d, por exemplo, uma superfície de corte que é, doravante, chamada de ponta 81 e é configurada em um retentor 82a a d. Um dente típico 80 é fixado em um acessório 84 com, por exemplo, um parafuso 83. Preferivelmente, um número de dentes, isso é, retentores de ponta 80 pode ser fixado ao mesmo acessório 84, por exemplo, 2 a ou mais. Uma forma ilustrativa de fixação dos dentes 80 é pelo posicionamento de cada dente em uma barra 85 no acessório 84. Cada acessório 84 possui furos de parafuso 86 a serem utilizados para fixar todo o acessório 84 na linha de formação de perfil. Cada ponta 81a a d no retentor de ponta 82a a d é disposta no acessório 84 de uma forma que cada ponta sucessiva 81 tenha uma posição diferente horizontalmente ou verticalmente ou ambas horizontalmente ou verticalmente. Quando da utilização da configuração de ferramenta de entalhe a poeira e as lascas, por exemplo, são facilmente cuidadas por bocais de extração de poeira simples em cada ponta. Ver mais abaixo os diferentes formatos de dentes para diferentes perfis a serem usinados.

[00064] As figuras 9a e b ilustram retentores de ponta diferentes 80a a d possuindo o mesmo tamanho no acessório 84. As pontas 81a a d então seguem a linha de ponta T1. Outra modalidade ilustrativa de açodo com a invenção é se ter os dentes desviados verticalmente e/ou horizontalmente. O primeiro dente 80a pode, por exemplo, ter um tamanho que é "mais curto" do que o segundo dente "mais alto" 80b, etc. Dessa forma, o primeiro dente 80a entrará na superfície do material a ser removido sendo "curto" o suficiente para atingir o material a ser removido, e o segundo dente 80b precisa agora remover a próxima camada de material que está mais distante da ponta 81b, e precisa, dessa forma, ser "mais alto". Dessa forma as pontas no acessório 84 observando o mesmo a partir do lado devem ter uma inclinação aumentada começando com o primeiro dente "mais curto" 80a e terminando com o "mais alto" na última posição 80d seguindo a linha de ponta T2 ou T3, por exemplo.

[00065] Uma modalidade ilustrativa de como a configuração de ferramenta de entalhe 91 aumentou o tempo de funcionamento, de acordo com a invenção, são os dentes separados que possibilitam a mudança das ferramentas desgastadas mais rapidamente. O custo do equipamento também foi reduzido visto que os dentes separados podem ser substituídos ao invés de todo o acessório com os dentes. Uma situação ilustrativa é que o primeiro dente 80a atinge o material a ser removido primeiro e, dessa forma, também é o primeiro a se desgastar em comparação com os outros dentes no acessório. É o primeiro dente 80a que precisa ser substituído por um dente com uma ponta nova 81. Se esse for o caso, o segundo dente 80b pode ser movido para frente além do resto dos dentes, e na última posição que agora está vazia, um novo dente 80d pode ser colocado. Isso significa, no caso onde os dentes estão inclinados no acessório, que o último dente novo 80d precisa ser ainda "mais alto" do que o antigo que antes ocupava essa posição, resultando no fato de o primeiro dente 80a também ser "mais alto". O acessório 84 precisará ser movido para mais longe a partir do painel de piso a ser esmerilhado, se a mesma função ou resultado precisar ser encontrado. Outra modalidade ilustrativa de acordo com a invenção é se ter diferentes dentes 80 em um acessório 84 posicionados em níveis diferentes verticalmente. Aqui, na figura 9b, uma barra reta 85, verticalmente no mesmo nível, é ilustrada para ajudar os retentores 80 a serem fixados. Se a barra, ao invés disso, estiver verticalmente inclinada e os retentores apresentarem uma inclinação fêmea correspondente, um dente 80d na última posição seria colocado em um nível mais alto do que comparado com o dente posicionado primeiro, mesmo se os dentes tiverem o mesmo tamanho e, dessa forma, estiverem recebendo um dente verticalmente desviado. Como os versados na técnica apreciarão, diferentes soluções para como os dentes podem ser fixados são possíveis, por exemplo, com ou sem uma barra, com um parafuso ou gancho ou fita de alça, outras soluções também com o mesmo tamanho de dentes são possíveis, por exemplo, uma barra posicionada em degraus em alturas diferentes verticalmente, etc.

[00066] A figura 9c ilustra como um sulco é formado em uma borda 1 com uma ferramenta de entalhe 91 ilustrando apenas as pontas desviadas verticalmente 81a a 81d dos dentes.

[00067] Os benefícios de não se utilizar ferramentas rotativas são muitos. Por exemplo, não existe necessidade de quaisquer motores para as ferramentas e essa é a maior vantagem visto que o investimento com maquinário e consumo de energia são mais baixos e não existe a necessidade de se ter um sistema de controle elétrico. Os custos com a manutenção de ferramentas podem ser reduzidos de forma considerável.

[00068] Sem ferramentas rotativas existe menos necessidade de se realizar a extração de poeira avançada visto que o material removido não é jogado para longe pela alta velocidade dos dentes rotativos. Uma ferramenta rotativa fornece uma mistura muito turbulenta de lascas removidas e poeira que precisa ser cuidada. Mesmo em um sistema de extração de poeira muito sofisticado para ferramentas rotativas existe sempre uma parte da poeira e das lascas que entra no sistema de transporte e causa o desgaste das ferramentas e afeta a precisão do sistema de transporte de uma forma negativa, resultando em tolerâncias aumentadas.

[00069] Como os versados na técnica apreciarão, uma configuração de ferramenta rotativa pode ser utilizada em combinação com uma configuração de ferramenta de entalhe ou raspagem pela moldagem de uma parte substancial da borda e então a moldagem fina das superfícies de travamento horizontal 18, 12; 19, 11 com a configuração de ferramenta de entalhe ou raspagem. Com o desenho especial da ponta 81, ver tabela 2 abaixo, de acordo com uma modalidade ilustrativa da invenção, a configuração de ferramenta de entalhe se torna muito eficiente, de modo que a configuração de ferramenta de entalhe possa ser utilizada na remoção de partes substanciais além de para moldagem fina. É o formato da ponta essencialmente, mas também a manutenção aperfeiçoada que ajuda na capacidade de utilização da configuração de ferramenta de entalhe para remoção das partes substanciais além da moldagem fina. São os dentes separados, de acordo com uma modalidade ilustrativa da invenção, que tornam mais simples a mudança de ferramentas desgastadas mais rapidamente, e apenas um dente ao invés de todo um acessório com dentes pode ser alterado. Se as partes substanciais da borda do painel 1', 1 precisarem ser removidas utilizando-se apenas a configuração de ferramenta de entalhe, pode haver a necessidade de se mudar a ponta por uma nova com maior frequência. Outra solução que pode aperfeiçoar por quanto tempo a ponta nova permanece nova, mantendo o tempo de desligamento na linha de produção curto, de acordo com uma modalidade ilustrativa da invenção, e utilizar uma etapa de pré-processamento em pelo menos partes da borda superior, ver abaixo essa solução.

[00070] Pela disposição de vários retentores de ponta 82a a d com uma variedade de pontas 81a a d, todos os tipos de perfis podem ser alcançados, a partir do muito simples até o mais complexo.

[00071] A figura 10a ilustra uma modalidade ilustrativa de uma vista lateral de um retentor 82 com uma ponta 81 de acordo com a invenção. A figura 10b ilustra uma vista superior do mesmo retentor com a ponta. A figura 10c ilustra uma vista ampliada da mesma ponta a partir do lado. A modalidade ilustrativa da ponta 81 de acordo com a invenção é afiada. Uma ponta afiada é igual a um pequeno ângulo de espaço A e resulta no fato de o ângulo rake C poder ser aumentado, o que não é possível para uma configuração de ferramenta rotativa, ver figura 7b. A ponta afiada também é fixada a um retentor resultando em uma ferramenta permanente. A superfície de borda do painel de piso se move na direção da superfície de remoção de lascas 81 ao invés de "atingir" de forma intermitente a superfície a ser removida, como na configuração de ferramenta rotativa. O material é entalhado para longe com a ponta afiada, deixando poucas marcas de cortador, ver marcas de cortador H1-H3 criadas pela ferramenta de rotação na figura 7c.

[00072] A tabela 2 ilustra duas colunas de ângulos de ponta de ferramenta, de acordo com a técnica anterior, de ferramentas de raspagem, como, por exemplo, na figura 8, e as configurações de ferramenta rotativa 62, como, por exemplo na figura 5b e figura 7a, e uma coluna de uma modalidade ilustrativa dos ângulos de ponta de ferramenta da configuração de ferramenta de entalhe, de acordo com a invenção. A modalidade ilustrativa possui um ângulo de espaço A essencialmente entre 2 a 8 graus que é muito pequeno, e um ângulo rake C essencialmente entre 20 e 30 graus. Isso fornece um ângulo de corte adicional B, essencialmente entre 55 e 65 graus. A tabela 2 ilustra adicionalmente que as configurações de ferramenta de raspagem e rotação de acordo com a técnica anterior possuem seus ângulos A, B e C em uma outra faixa total.

Tabela 2

[00073] Um ângulo de espaço menor A fornece a possibilidade de formar uma ponta mais forte com o ângulo de corte mantido B ou mesmo um ângulo de corte reduzido B. Um ângulo de corte menor B resulta no material sendo entalhado para longe, não raspado. A ponta afiada 81 resulta no fato de as lascas removidas possuírem um formato diferente, as lascas e a poeira possuírem um formato e construção que sejam mais fáceis de manusear do que as lascas e a poeira produzidas durante a raspagem. A forma das lascas é mais fácil de manusear e a extração da poeira é aperfeiçoada, a produção não sofre interferência e não aumenta as tolerâncias. A ponta afiada possui um ângulo de corte ideal B e funciona melhor com fibras de material a ser usinado, o que resulta nessa ponta propriamente dita não se desgastar com facilidade, aumentando o tempo de funcionamento, visto um mínimo de força possível é utilizada na remoção do material.

[00074] A modalidade ilustrativa de acordo com a invenção, da configuração de ferramenta de entalhe 91 com seus dentes separados 80 em um acessório 84 também pode ser aplicada a uma ferramenta de raspagem, além de o método de manutenção quando da substituição de um dente de cada vez. O formato da ponta pode então coincidir com os dados na tabela 2 da ferramenta de raspagem.

[00075] A figura 11 ilustra uma modalidade ilustrativa de uma linha de processamento 90 incorporando as configurações de ferramenta de entalhe 91a a j de acordo com a invenção. O material a ser processado por uma configuração de ferramenta de entalhe 91 é transportado de forma controlada na direção das pontas dos dentes 80a a d na direção de alimentação FD. Esse transporte consiste de uma parte de transporte inferior 70 e uma parte de fixação superior 70a. Como uma pessoa versada na técnica apreciará, diferentes soluções para como o material a ser usinado é alimentado são possíveis, por exemplo, utilizando-se uma corrente e uma correia, duas correias, roda e uma correia, duas rodas. Os acessórios 8a a j são, cada um, fixados a um suporte ajustável 95a a j, horizontalmente ou verticalmente, ou ambos horizontalmente e verticalmente e de forma oscilante. Vários suportes como esses podem ser dispostos um a pós o outro.

[00076] Quando o material a ser processado é transportado contra e atinge a primeira ponta do primeiro dente 80a, uma pequena quantidade de material é removida, o quanto e o formato da mesma são determinados pela posição e pelo formato da primeira ponta. A seguir, a ponta do segundo dente 80b remove um pouco mais de material, o quanto de material removido é determinado pela posição diferente dessa ponta com relação à ponta anterior.

[00077] Entre duas colunas, a primeira 93a e segunda 93b formação de perfil no lado de sulco, da primeira 93a e segunda 93b formação de perfil no lado da lingueta, um número de configurações de ferramenta de entalhe 9a a j é posicionado. Cada acessório 84a a j é fixado a um feixe 94 posicionado horizontalmente D2 entre a primeira 93a e a segunda 93b colunas por mesas verticalmente posicionadas D1 95a a j com retentores. Cada mesa vertical D1 94a a j é fixada por duas mesas horizontais D3, uma mesa 96ax-jx, em cima do feixe 94 e uma mesa 96ay-jy sob o feixe 94. Pelas mesas verticais D1 95a a j os acessórios 84a a j com seus dentes 80a a d, a configuração de ferramenta de entalhe 91a a j pode ser movida para cima e para fora enroscada na haste 99a a j. Por duas mesas horizontais D3 96ax-jx, 96ay-jy, o acessório 84a a j é movido para dentro e para fora, ou mais para perto ou mais para longe do painel de piso para ser perfilado pelo enroscamento na haste 98a a j. A mesa inferior 96ay-jy é mais para fornecer um suporte homogêneo à mesa D1 vertical 95a a j e pode ser eliminada. Como os versados na técnica apreciarão, diferentes soluções para como os acessórios 84a a j são fixados e controlados em uma linha de formação de perfil são possíveis.

[00078] O painel de piso é movido horizontalmente D2 em uma direção de alimentação linear FD por uma corrente 70. Uma correia 70a é utilizada para criar uma pressão D1 vertical contra a corrente. A correia não possui estabilidade na direção D3 horizontal perpendicularmente à direção de alimentação FD D2. A posição vertical D1 e horizontal D2 do painel de piso é obtida pela corrente 70, que move com alta precisão com relação às ferramentas de entalhe. A camada de superfície do painel de piso é fixada na corrente com fricção.

[00079] A fabricação de um painel de piso utilizando uma configuração de ferramenta de entalhe pode ser realizada em dois lados simultaneamente, um lado de sulco 1 e o lado de lingueta 1', ou apenas em um lado. Para objetivos otimizados da invenção, duas estações de ferramenta opostas posicionadas com relação à direção de alimentação FD na máquina fornecem resultados melhores.

[00080] A ferramenta de entalhe ou raspagem, de acordo com uma modalidade ilustrativa da invenção, pode ser utilizada para eliminar as tolerâncias de produção e especialmente as tolerâncias que estão relacionadas com a rotação horizontal. Uma superfície de travamento em um elemento de travamento e uma borda superior podem ser formados com as ferramentas de entalhe ou raspagem que são posicionadas muito perto uma da outra. Uma superfície de travamento em um sulco de travamento e uma borda superior podem ser formados de forma similar. Pelo entalhe ou raspagem de tais superfícies em uma etapa substancialmente todas as tolerâncias relacionadas com a rotação podem ser eliminadas.

[00081] A figura 12 ilustra uma modalidade ilustrativa de como as tolerâncias de produção podem ser eliminadas, de acordo com a invenção. Aqui a configuração de ferramenta de entalhe 91 é ilustrada como um exemplo. Uma configuração de ferramenta de entalhe pode ter ao lado das duas estações de ferramenta opostas na direção de alimentação, uma ferramenta de entalhe 91x além de uma ferramenta de entalhe inferior 91y que pode adicionalmente eliminar as tolerâncias à medida que trabalham posicionadas perto uma da outra, usinando as superfícies de travamento horizontal 11, 19; 12, 18 na mesma etapa, a tolerância sendo reduzida. As mesas inferiores 96ay-jy, ver figura 11, estão presentes para fornecer um suporte homogêneo. A ferramenta de entalhe inferior 91y aqui precisa ser suportada pelas mesas inferiores 96ay-jy. Dependendo do sistema de travamento o formato das pontas varia, e como os dentes 80 são posicionados nos acessórios 84 depende de se perfila o material a partir de cima ou de baixo. As mesas superiores 96ax-jx são escolhidas para fixar o acessório e usinar a partir de cima e as mesmas inferiores 96ay-jy são escolhidas para fixar o acessório usinando a partir de baixo. Se a figura 11 também ilustrar a linha de produção 90 utilizando acessórios duplos 84x, 84y como na figura 12, as pontas dos dentes 80a-d estariam apontando para baixo, e não como pode ser observado na figura 11 apontando para cima. Os acessórios inferiores 84y terão então dentes com pontas apontando para cima, como ilustrado na figura 12 e que não são ilustrados na figura 11. Usinando o material de cima e de baixo simultaneamente.

[00082] A modalidade ilustrativa de acordo com a invenção, da configuração de ferramenta de entalhe 91 com seus dentes separados 80 e um acessório 84 usinando o material a partir de cima e de baixo simultaneamente eliminando as tolerâncias de produção também pode ser aplicada a uma ferramenta de raspagem, além de o método de como as tolerâncias de produção podem ser eliminadas. O formato da ponta então coincide com os dados na tabela 2 da ferramenta de raspagem.

[00083] As figuras 13 a 16 ilustram as modalidades ilustrativas de uma linha de perfilamento 90 incorporando as configurações de ferramenta de entalhe 94a-j de acordo com a invenção. As figuras 13 e 14 são a linha de perfilamento no lado do sulco 1 e as figuras 15 e 16 a linha de perfilamento do lado de lingueta 1'. Ilustram de forma esquemática como diferentes pontas 81a a d podem ser posicionadas em cada retentor, e como cada ponta perfila uma parte pequena do painel de piso 1, 1'à medida que move contra a primeira configuração de ferramenta de entalhe ilustrada com o primeiro acessório F1 e a segunda com o segundo acessório F2, etc. As setas ilustram como os acessórios F1 a F10 podem ser movidos em direções diferentes. A figura 14 ilustra no acessório 8-9 F8-F9 e no acessório 7-7 F7-F8 na figura 16 uma ferramenta de configuração de entalhe 91xy incorporada.

[00084] Outra modalidade ilustrativa de um método e uma configuração de ferramenta de entalhe incorporada ao método de acordo com a invenção é um método no qual um sistema de travamento mecânico aperfeiçoado em um painel de piso é produzido. O sistema de travamento mecânico no painel de piso compreendendo uma primeira 1 borda e uma segunda 1' borda para o travamento horizontal e vertical do painel de piso com outros painéis similares. O painel de piso é deslocado em uma direção de alimentação FD com sua primeira borda 1 ou segunda borda 1', cada uma com relação à configuração de ferramenta de entalhe 91. A configuração de ferramenta de entalhe 91 forma na primeira borda 1 ou na segunda borda 1' uma lingueta 19 ou um sulco 9.

[00085] O problema geral com material altamente abrasivo é que a camada de superfície resistente a desgaste desgasta as ferramentas muito rapidamente para permitir uma produção econômica. A presente invenção solucionou esse problema pela redução ou eliminação completa da resistência ao desgaste da parte de borda de junção antes da usinagem utilizando a configuração da ferramenta de entalhe.

[00086] De acordo com uma modalidade ilustrativa da invenção, uma etapa de pré-processamento ou uma configuração de ferramenta de pré-processamento pode ser incorporada, isso fornece um tempo de vida útil mais longo das ferramentas de entalhe criando as superfícies de travamento, a etapa de pré-processamento ou ferramenta de pré- processamento será descrita agora. Uma modalidade de método de fabricação ilustrativa, com precisão de formação de perfil aperfeiçoada para travamento mecânico dos painéis de piso é obtida utilizando a etapa de configuração de ferramenta de entalhe em combinação com uma etapa de pré-processamento, de acordo com a invenção.

[00087] As figuras 17a a 17d ilustram modalidades ilustrativas da etapa de pré-processamento de acordo com a invenção. O calor como uma modalidade, figura 17a, irá, por exemplo, amolecer a camada de superfície superior resistente ao desgaste. Quando partículas altamente abrasivas, por exemplo, óxido de alumínio, não são bem fixadas a uma matriz, o aquecimento da camada de superfície superior resistente ao desgaste reduzirá a resistência ao desgaste na camada de superfície superior. O calor pode, por exemplo, ser introduzido com IR (radiação por infravermelho), pouco antes da formação de perfil final das superfícies de junção que é coletado em uma estação de ferramenta, na máquina de formação de perfil ou até mesmo antes de a linha de formação de perfil começar na máquina. Laser como outra modalidade também pode ser utilizado como meio de aquecimento visto que é eficiente e pode acessar a camada de superfície extremamente perto do cortador fino. O aquecimento pode, por exemplo, ser realizado ao lado com laser, lâmpadas de infravermelho ou ar quente, com outros métodos, como os versados na técnica apreciarão, como a sapata deslizante quente, micro-ondas e outras tecnologias de aquecimento conhecidas ou combinações das mesmas. O uso de laser apenas para fins de aquecimento ao invés de corte também garantirá uma redução de desgaste muito precisa onde a vida útil do cortador fino será mais longa. Outra modalidade ilustrativa de uma etapa de pré-processamento alternativa de acordo com a invenção é a adição de um lubrificante, por exemplo, cera em pelo menos as partes da camada de superfície superior do painel de piso. O aquecimento ou lubrificante será realizado em uma parte de uma saliência da camada de superfície superior resistente ao desgaste. A figura 17b ilustra uma modalidade ilustrativa adicional de uma etapa de pré-processamento alternativa, de acordo com a invenção. Uma parte da camada de superfície superior resistente ao desgaste decorativa 31 é removida com uma ferramenta de raspagem compreendendo vários dentes posicionados ao longo da direção de alimentação. A figura 17c ilustra um pré-processamento com uma ferramenta de pré-processamento intermediária 67 que é posicionada precisamente no plano vertical VP. A figura 17d ilustra uma ferramenta de pré-processamento 67 que é posicionada de modo que remova uma parte da camada resistente ao desgaste dentro do plano vertical VP e forme uma saliência 76 na camada de superfície 31.

[00088] Será compreendido pelos versados na técnica que as várias modificações e mudanças podem ser feitas a presente invenção sem se distanciar do escopo da mesma, que é definido pelas reivindicações em anexo.

Claims

1. Método de produção de sistemas de travamento mecânico em um painel de piso compreendendo uma camada de superfície superior (31), um núcleo (30) e sistemas de travamento mecânico (43, 46, 11, 19; 53, 56, 12, 18) em uma primeira (1') e uma segunda (1) bordas para travamento horizontal do painel de piso com outros painéis similares, o sistema de travamento mecânico compreendendo um primeiro par de superfícies de travamento na primeira borda (1) de um painel e um segundo par de superfícies de travamento na segunda borda oposta (1), o primeiro par de superfícies de travamento compreendendo uma superfície de travamento em uma primeira borda superior (18) e um sulco de travamento (14), o segundo par de superfícies de travamento compreendendo uma superfície de travamento em uma segunda borda superior (19) e em um elemento de travamento (8), onde o método compreende: o deslocamento do painel de piso em uma direção de alimentação (FD) com sua primeira (1) ou segunda (1') borda com relação às superfícies de remoção de lascas fixas (81a a d) localizadas ao longo da direção de alimentação (FD), a formação pelas superfícies de remoção de lascas fixas (81a a d) de pelo menos uma parte do primeiro ou segundo par de superfícies de travamento (19, 11; 18, 12) que trava as bordas adjacentes de forma horizontal e impede um deslocamento das bordas de junção para fora e para longe uma da outra e internamente uma contra a outra, em que a formação é feita por ferramenta de entalhe (91), a formação compreende formar com uma ponta (81) tendo uma superfície de remoção de lascas (81a a d), e caracterizado pelo fato de que a ponta (81) é fixada em uma posição em um retentor (82), a ponta (81) tem um ângulo de espaço livre (A) entre 2 e 8 graus, a ponta (81) tem um ângulo rake (C) entre 20 e 30 graus e a ponta (81) tem um ângulo de corte (B) entre 55 e 65 graus, em que a configuração de ferramenta de entalhe (91) tem dentes fixos, cada dente (80a a d) compreende superfície de remoção de lascas (81a a d) e é definida em um retentor (82a a d); e os dentes são fixos em um acessório (84); e 2-8 ou mais retentores de ponta (82) podem ser fixados no mesmo acessório (84); e cada ponta (81a a d) no retentor de ponta (82a a d) é disposta no acessório (84) em um modo que cada ponta sucessiva (81) tenha uma posição diferente horizontal e/ou verticalmente.

2. Método, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que pelo menos um retentor (82) é fixado em uma posição em um acessório (84).

3. Método, de acordo com a reivindicação 2, caracterizado pelo fato de que pelo menos dois retentores (80a, 80b) são fixados em um lado do acessório (84), formando por uma superfície de remoção de lascas na ponta removendo peça por peça o material da primeira ou segunda borda (1’, 1) do painel de piso, cada ponta (81a a d) dos retentores (82a a d) em um acessório (84a a j) sendo posicionada em contato com a peça da superfície do material a ser removida, movendo o painel de piso na direção de alimentação (FD) contra cada uma das pontas (81a a d).

4. Método, de acordo com a reivindicação 2 ou 3, caracterizado pelo fato de que pelo menos dois retentores (80a, 80b) são fixados em um lado do acessório (84), formando por uma superfície de remoção de lascas na ponta removendo peça por peça o material da primeira (1) ou segunda (1') borda do painel de piso, cada ponta (81ax- dx, 81ay-dy) dos retentores (82a a d) em um acessório superior (84xa- j) e em um acessório inferior (84ya-j) sendo posicionada em contato com uma parte superior e uma parte inferior da peça da superfície do material a ser removido, movendo o painel de piso na direção de alimentação (FD) contra cada uma das pontas (81ax-dx, 81ay-dy).

5. Método, de acordo com qualquer uma das reivindicações 2 a 4, caracterizado pelo fato de que compreende a formação por uma pluralidade de acessórios (84a-j) com uma pluralidade de retentores (80a-d), formando com cada acessório (F1-F10) diferentes partes dos sistemas de travamento mecânico.

6. Método, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 5, caracterizado pelo fato de compreender o pré-processamento de pelo menos uma parte da camada de superfície superior resistente ao desgaste (31b) do painel de piso na primeira ou segunda borda superior (18, 19) pela remoção de pelo menos uma parte da camada de superfície do painel de piso na primeira ou segunda bordas (1’; 1) com uma primeira ferramenta de pré-processamento (60).

7. Método, de acordo com a reivindicação 6, caracterizado pelo fato de que o pré-processamento de pelo menos uma parte da camada de superfície superior resistente ao desgaste (31b) do painel de piso na primeira ou segunda borda (1’, 1) do painel de piso compreende: a remoção de uma parte de uma saliência (76) na borda superior (18, 19) da camada de superfície superior resistente ao desgaste (31).

8. Método, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 5, caracterizado pelo fato de compreender o pré-processamento de pelo menos uma parte da camada de superfície superior resistente a desgaste (31b) do painel de piso na primeira ou segunda borda superior (18, 19) de modo que propriedades da camada de superfície sejam alteradas por pré-processamento pelo amolecimento através de lubrificação ou amolecimento por aquecimento (67) de uma parte de uma saliência (76) da camada de superfície superior resistente a desgaste (31).

9. Método, de acordo com a reivindicação 8, caracterizado pelo fato de compreender o pré-processamento por lubrificação (67) com cera.

10. Método, de acordo com a reivindicação 9, caracterizado pelo fato de compreender o pré-processamento por aquecimento por laser, ou lâmpadas infravermelho, ou ar quente ou sapata deslizante quente ou micro-ondas.