PT1450767E - Microesférulas contendo um derivado de pleuromutilina. - Google Patents

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PT1450767E
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Susanne Christine Wieland-Berghausen
Ferenc Jozsef Rakoczi
Brigitte Monika Cron-Eckhardt
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Novartis Ag
Novartis Pharma Gmbh
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Description

ΡΕ1450767 1
DESCRIÇÃO "MICROESFÉRULAS CONTENDO UM DERIVADO DE PLEUROMUTILINA" O presente invento relaciona-se com o fornecimento de peletes de ração para animais compreendendo, um antibiótico, um derivado de pleuromutilina na forma estabilizada. O invento relaciona-se também com a preparação de derivados estabilizados de pleuromutilina, com a preparação dos referidos peletes de ração para animais e com o uso destes num método de controlar doenças infecciosas em animais.
Os derivados de pleuromutilina são entendidos abaixo como compostos que contêm, como característica principal, o fragmento macrociclico de fórmula I abaixo.
em que Ri é etilo ou vinilo, existe uma ligação dupla ou uma ligação simples entre os átomos de carbono 1 e 2, Ra e Rb são cada um independentemente um do outro hidrogénio ou halogéneo, e T é um radical orgânico de cadeia curta ou longa que é de preferência como definido a seguir. 2 ΡΕ1450767
Nalgumas publicações, os termos pleuromutilinas, valnemulinas, tiamulinas e mutilinas são usados como sinónimos. 0 termo pleuromutilinas será consistentemente usado aqui.
Pleuromutilinas estão entre os antibióticos mais modernos e eficazes correntemente disponíveis na medicina veterinária. Os seus representantes mais conhecidos incluem Tiamutin® (substância activa: tiamulina), o qual é descrito a seguir, e o mais recente Econor® (substância activa: valnemulina). Ambas as substâncias podem ser usadas com muito sucesso contra toda a gama de doenças infecciosas bacterianas dos órgãos respiratórios e do tracto digestivo em animais e apresentam toda a sua acção mesmo naqueles casos problema nos quais os antibióticos convencionais podem, no máximo, ser usados apenas na forma de cocktails de um número de substâncias activas em doses elevadas, por causa da resistência que está agora a ocorrer. 0 espectro de actividade das pleuromutilinas inclui, por exemplo, agentes patogénicos tais como Strepto-coccus aronson, Staphylococcus aureus, Mycoplasma arthri-tidis, Mycoplasma bovigenitalium, Mycoplasma bovimastiti-dis, Mycoplasma bovirhinis, Mycoplasma sp., Mycoplasma canis, Mycoplasma felis, Mycoplasma fermentans, Mycoplasma gallinarum, Mycoplasma gallisepticum, A. granularum, Mycoplasma hominis, Mycoplasma hyorhinis, Actinobacillus lai-dlawii, Mycoplasma meleagridis, Mycoplasma neurolyticum, Mycoplasma pneumonia e Mycoplasma hypopneumoniae. 3 ΡΕ1450767
Além disso, WO 98/01127 descreve, para valne-mulina, actividade marcante contra uma doença complexa que pode ocorrer sempre que os animais são mantidos, por exemplo para efeito de transporte, num espaço muito confinado (densidade de povoamento aumentada) e, como resultado, ser sujeito a um grau elevado de stress. Os agentes patogénicos mais comuns que desempenham um papel decisivo aqui são Mycoplasma hypopneumoniae, Serpulina (anterior-mente Treponema) hyodysenteriae, Serpulina pilosicoli, Lawsonia intracellularis, Mycoplasma gallisepticum, Pasteu-rella multocida, Actinobacillus (Haemophilus) pleuropneu-moniae e Haemophiluys parasuis, com doenças do tracto respiratório e outras infecções a ocorrer frequentemente lado a lado e resultando num quadro clinico complexo. Todos os animais do rebanho tais como, por exemplo, gado bovino, ovelhas e suínos, mas também aves domésticas são afectados.
Hoje em dia nas quintas de gado em larga escala, por exemplo de suínos, gado bovino, cavalos, ovelhas e aves domésticas, não é possível, no cas das doenças animais mencionadas, dispensar a administração de antibióticos porque de outra forma as doenças espalhar-se-ão rapidamente através do stock inteiro de animais e, a não ser que sejam tratados, isto resultará em perdas insustentáveis. Existe de acordo com isto uma grande procura de antibióticos eficazes por meio dos quais é possível ganhar rapidamente controle de doenças infecciosas em animais antes de ser afectado uma grande parte do rebanho. 4 ΡΕ1450767
Embora, como antibióticos, as pleuromutilinas satisfaçam todas as expectativas em termos de eficácia, têm em comum uma desvantagem que não pode ser subestimada, nomeadamente a sua instabilidade relativa nas formas de administração as quais, por causa da sua facilidade de manuseamento, são de importância particular em medicina veterinária. Como discutido em WO 01/41758, as pleuromutilinas, especialmente na forma de base livre, não são especialmente estáveis, o que obviamente resultou em terem sido usadas como sais de adição de ácido, de preferência como cloridratos, usualmente na forma de soluções para injecções. Os sais de adição de ácido têm uma estabilidade ao armazenamento à temperatura ambiente até cinco anos. A administração oral no caso de animais tem sido a excepção até aqui e pode ser usada apenas numa extensão limitada, mesmo na forma de um aditivo de ração.
Enquanto no caso de humanos os antibióticos podem ser administrados numa grande variedade de formas de administração, tais como comprimidos, comprimidos revestidos de açúcar, emulsões, soluções para injecção e semelhantes, porque é possível confiar na disciplina do doente humano e no seu desejo de recuperar, no caso de animais é-se rapidamente confrontado com problemas práticos consideráveis.
Em animais, deve existir uma preparação natural para tomar uma medicação oralmente. Com certeza que é possivel tratar um único animal ou um pequeno número de 5 ΡΕ1450767 animais à força e de administrar um antibiótico de forma a que o animal tenha de o engolir, ou injectá-lo. Tais métodos à força são, contudo, inaceitáveis para grandes stocks de animais porque representam trabalho intensivo, requerem a presença do veterinário em cada caso individual e, em último caso, resultam em custos elevados que não podem ser passados ao consumidor de carne ou produtos lácteos por causa da situação competitiva que existe. Nas quintas de gado em grande escala, são portanto procuradas, formas simples e seguras de administração as quais podem ser postas em prática por quem toma conta dos animais de forma independente ou mesmo automatizada e que mantêm os custos dentro de limites aceitáveis.
Um método que contempla estes factores é a administração de doses precisas de antibióticos incorporados em ração seca, que é o mesmo que dizer os chamados peletes de ração.
Hoje em dia, os animais domésticos e o gado de produção tal como, por exemplo, suínos, mas também gado bovino, ovelhas e aves domésticas são frequentemente mantidas em edifícios que estão equipados com os sistemas de alimentação completamente automatizados mais modernos. Em tais casos, a ração é dividida em porções de forma completamente automática de acordo com a idade e o peso do animal e transportada para cada animal e deitada na sua gamela a intervalos de tempo determinados de forma precisa e em quantidades diárias determinadas de forma precisa. Os 6 ΡΕ1450767 referidos peletes de ração são frequentemente usados em tais sistemas completamente automatizados. Os peletes são uma ração seca de base vegetal e/ou animal, compactada, altamente prensada, concentrada, a qual pode ser enriquecida com aditivos tais como proteínas, vitaminas e minerais. Os referidos peletes de ração são simplesmente grânulos alongados ou redondos, esférulas ou dependendo do método de produção, pedaços em forma de vareta de um tamanho uniforme, todos eles sintéticos e que podem ser escoados, adequados à casta e idade dos animais e variando desde alguns milímetros para as aves domésticas até cerca de um centímetro para suínos e gado bovino adulto. Os moinhos de ração comerciais produzem peletes de ração moendo o material de partida orgânico, misturando os componentes na composição desejada e finalmente comprimindo-os em peletes; os peletes são deitado em sacos e distribuídos a quem toma conta dos animais, que o deita no sistema de distribuição. Uma vantagem significativa de tais peletes é a sua facilidade de manuseamento, como resultado as sua uniformidade, possibilidade de escoar e estabilidade ao armazenamento. Eles podem ser facilmente despejados de forma completamente automática dos contentores, medidos em porções, transportados via correias de transporte ou tubagem e dados a cada animal numa porção de uma quantidade precisamente correcta. Além disso os peletes ocupam menos espaço do que a ração fresca e, acima de tudo, são comidos pelos animais de bom grado e sem quaisquer problemas. É, de acordo com isto, vantajoso adicionar 7 ΡΕ1450767 àqueles peletes não apenas proteínas e outros nutrientes tais como vitaminas e minerais mas também, quando requerido, antibióticos. Isto já está a ser levado a cabo na prática mas, no caso da classe de inqredientes activos pleuromutilinas em discussão aqui, é-se confrontado com as dificuldades particulares descritas, que são específicas daquela classe de substâncias e serão explicadas em mais detalhe a sequir.
Verificou-se que as pleuromutilinas são de certa forma instáveis, especialmente quando em contacto com ração, especialmente fibras animais e vegetais, durante a preparação de peletes de ração, resultando em perdas consideráveis tão cedo quanto o processo de preparação. Na preparação de peletes de ração, o material de partida orgânico seco de origem animal ou vegetal é moído, misturado infimamente com os aditivos, vitaminas, elementos vesti-giais, anitbióticos - neste caso o derivado de pleuro-mutilina - etc., o que é o mesmo que dizer que é substancialmente homogeneizado, e é depois humedecido com cerca de 5 alO% em peso de água ou vapor e prensado em peletes a temperaturas elevadas de cerca de 60 a 80°C, de preferência desde 65 a 75°C, sob uma pressão de 108 a IO10 N/m2 (10-100 kbar) usualmente desde 25.108 a 1010 N/m2 (25-100 kbar). Temperaturas elevadas permanentes, por exemplo 100°C, tendem a ser desvantajosas e reduzem dramaticamente a viscosidade dos peletes. Picos de temperatura de curta duração dentro da prensa, os chamados "flashes", até 200°C são, por contraste, não problemáticos. A pausa da massa na ΡΕ1450767 prensa é de cerca de 5 a 180 segundos, de preferência desde 10 a 90 segundos, e depende, inter alia, do tamanho dos peletes.
Atendendo a que as pleuromutilinas na forma pura aguentam muito bem tais temperaturas per se e podem ser armazenadas à temperatura ambiente mesmo durante alguns meses sem qualguer perda mensurável de ingrediente activo, elas decompõem-se de forma relativamente rápida sob pressão e em contacto íntimo com fibras vegetais e animais em rações e sob as temperaturas elevadas prevalecentes. Parece que o contacto com as fibras catalisa realmente o processo de decomposição. Mesmo quando a fase de pressão elevada e temperatura elevada é mantida tão curta quanto tecnicamente possível e os peletes finais são imediatamente arrefecidos até á temperatura ambiente directamente após o processo de compressão, um quarto a um terço do ingrediente activo é, apesar de tudo, perdido. Mesmo embora os produtos de degradação não tenham efeitos desvantajosos nos animais tratados, a perda inevitável de ingrediente activo resulta inevitavelmente num aumento considerável do custo do produto final.
Verificou-se, além disso, que a pleuromutilina ainda intacta nos peletes é muito menos estável ao armazenamento do que, por exemplo, o ingrediente activo puro. Mesmo à temperatura ambiente, a degradação do ingrediente activo continua nos peletes finais. Após três meses o teor de ingrediente activo já desceu para menos do 9 ΡΕ1450767 que 60%. Essa instabilidade relativa também significou que, até agora, a administração de uma dose exacta do ingrediente activo na forma de peletes de ração não pode ser levada a cabo por um período de cerca de 4 a 6 semanas após os peletes terem sido preparados. De acordo com isto, os que tomam conta dos animais têm até agora sido obrigados a usar apenas peletes preparados recentemente. Eles têm sido incapazes de armazenar stocks razoáveis de peletes durante longos períodos e têm tido de provir os moinhos de ração com uma nova produção todas as quatro ou seis semanas de modo a terem ração fresca tendo um teor em antibiótico garantido. Embora isto seja tecnicamente exequível, envolve um alto grau de planeamento logístico e resultou no facto de os moinhos de ração terem de executar pequenas encomendas que não satisfazem necessariamente o seu esquema de produção, resultando em tempos de espera inconvenientes e, especialmente, num aumento adicional do custo dos peletes.
Pelas razões mencionadas, portanto, tem sido dirigido muito esforço na estabilização das pleuromutilinas de modo a que possam suportar as temperaturas e pressões elevadas durante a preparação dos peletes sem perda de substância activa e também, quando na forma de peletes finais, terem uma estabilidade ao armazenamento a longo prazo adequada a objectivos práticos.
Tentativas mal sucedidas de tal estabilização incluem, por exemplo, (1) redução da área de superfície do 10 ΡΕ1450767 ingrediente activo por meio de compressão em grânulos, tendo sido tentada uma grande variedade de tamanhos de grânulos; (2) selagem dos grânulos do referido ingrediente activo numa grande variedade de camadas protectoras, por exemplo, gelatina ou vários açúcares e revestimentos; (3) encerramento do ingrediente activo dentro de materiais porosos tais como, por exemplo, várias celuloses, amidos, ácidos silicilicos ou zeólitos, com ou sem camadas protectoras adicionais; e (4) modificação quimica da estrutura do macrociclico básico do ingrediente activo. Embora nalguns casos a modificação química tenha resultado numa estabilidade melhorada do composto per se, resultou simultaneamente em perda de actividade.
Contudo, nenhuma destas tentativas resultou numa perda apreciavelmente menor do ingrediente activo na compressão em peletes de ração ou melhoria apreciável da estabilidade ao armazenamento. Contudo, surpreendentemente, atingiu-se agora sucesso, ao providenciar o utilizador com um método amigo do utilizador de administrar peletes de ração numa forma que já não apresenta as desvantagens mencionadas para o ingrediente activo. É agora possível, surpreendentemente, estabilizar a pleuromutilina de modo a que não só aguente a preparação de peletes sem se danificar mas também sobreviva durante um período de armazenamento suficientemente longo.
Embora o presente invento esteka ilustrado a seguir com referência ao exemplo específico da valnemulina, 11 ΡΕ1450767 demonstra-se que é igualmente aplicável a Tiamutin®/tia-mulina e outros derivados de pleuromutilina tendo a estrutura básica de macrociclico de fórmula I mostrada no inicio.
No contexto do presente invento é dada preferência a pleuromutilinas de fórmula I abaixo
)¾ pH
em que Ri é etilo ou vinilo; (A) existe uma ligação simples entre os átomos de carbono 1 e 2, e Ra e Rb são H, e T é um dos seguintes grupos a a i: a) -CH2-OH; b) .0
OH c) -(CH2-X)m-(CH2)n-N(R2) (Rb) em que X é -0-S-,
-NH- OU 12 ΡΕ1450767 —Υ
m é 0 ou 1; n é um inteiro desde 2 a 5; R2 e R3 são cada um independentemente um do outro Ci_6 alquilo ou, junto com o átomo de azoto ao qual estão ligados, formam um heterocilo de 5 ou 6 lados contendo como parte hetero -S-, -O- ou —N (R.4) — em que R4 é Ci_6alquilo ou Ci_6hidroxialquilo, e Y e Z são cada um independentemente um do outro -O- ou -S-; d) -CH2-S- (CH2) k-N (Rs) (Rô) em que k é um inteiro desde 2 até 5; e R5 e R6 são cada um independentemente um do outro Ci_6alquilo; e) -CH2-S-C(CH3)2-CH2-NH-C(0)-R7 em que R7 é Ci_ 6alquilo substituído por -NH2 ou é um heterociclo de cinco lados saturado contendo um ou dois heteroátomos selec-cionados a partir de -S- e -NH-; f) —CH2—S—C (CH2) i-R8 em que lé0ouleR8éo grupo
em que K é H, Ci_6alquilsulfonilo, -NH2, -CHO, -N(R9)(R10), -S- (CH2) q-N (Rg) (Rio) ou -C (G) -NHRn, sendo G oxigénio ou enxofre, R9 e Rio sendo cada um independentemente um do outro H, Ci-6alquilo, Ci-6alquilsulf onilo; Ci^6hidroxialquilo, 13 ΡΕ1450767
Ci-6di-hidroxialquilo ou Cmalcanoílo substituído com Ci-6al-quilsulfonilo ou não substituído; ou R9 e Rio juntos com o átomo de azoto ao qual estão liqados, formando piperazinilo não substituído ou substituído em que o segundo átomo de azoto é substituído por um substituinte a partir do grupo Cmalquilo, Cmhidroxialquilo e Ci_6di-hidroxialquilo; sendo Rn Ci_6alquilo ou Ci_6alquilcarbonilo; Q é H, -NH2, -CF3, Cn 6alquilo, piridilo ou -N(R9)(R10), sendo R9 e Rio como definido acima; g) -CH3, -CH2C1, CH2Br, -CH2SCN, -CH2-NH2, -CH2-N3, -C0-0H, -CH2-OCOCH3 ou
h) -N (R15) (Rn) em que Ri5 e Rn são iguais ou diferentes e são seleccionados a partir do grupo consistindo de H, radical Cmhidrocarboneto saturado ou insa-turado, de cadeia linear ou ramificada, não substituído ou substituído; um radical C3_8cicloalquilo saturado ou insaturado, não substituído ou substituído; um heterociclo não substituído ou substituído; e um radical arilo não substituído ou substituído; ou R15 e Rn, juntos com o átomo de azoto ao qual estão ligados, formam um anel de 3 a 8 lados não contendo nenhum heteroátomo adicional ou contendo um heteroátomo adicional das séries -N-, -O- e -S-; ou Ri5 é um dos grupos mencionados e Rn é -S02Ri7, -C(0)Rn, -0-Ri9 ou N (Rn) (R20) ; R17 sendo seleccionado a partir do grupo consistindo de um radical Cmhidrocarboneto saturado ou 14 ΡΕ1450767 insaturado, de cadeia linear ou ramificada, não substituído ou substituído, um radical C3-8cicloalquilo saturado ou insaturado, não substituído ou substituído; um heterociclo não substituído ou substituído; e um radical arilo não substituído ou substituído; um radical Ci-6alquilamino não substituído ou substituído e um radical arilamino não substituído ou substituído; sendo Ri8 seleccionado a partir do grupo consistindo de H, radical Ci_6hidrocarboneto saturado ou insaturado, de cadeia linear ou ramificada, não substituído ou substituído; um radical C3-8cicloalquilo saturado ou insaturado, não substituído ou substituído; um heterociclo não substituído ou substituído; e um radical arilo não substituído ou substituído; sendo Ai9 e R2o iguais ou diferentes e sendo seleccionados a partir do grupo consistindo de radical Ci_6hidrocarboneto saturado ou insaturado, de cadeia linear ou ramificada, não substituído ou substituído; um radical C3_8cicloalquilo saturado ou insaturado, não substituído ou substituído; um heterociclo não substituído ou substituído e um radical arilo não substituído ou substituído ou, junto com o átomo de azoto ao qual estão ligados , formando um grupo cíclico de 3 a 8 lados o qual pode opcionalmente conter um heteroátomo adicional seleccionado a partir do grupo consistindo de -N-, -O- e -S-; (B) existe uma ligação dupla entre os átomos de carbono 1 e 2, e Ra e Rb são H, e τ é o grupo i seguinte: i) -CH2-CO-Ri2 em que Ri2 é um heterociclo de 5 ou 15 ΡΕ1450767 6 lados não substituído ou substituído, contendo azoto, um radical arilo não substituído ou substituído ou o grupo -CH2-Ri3, R13 é halogéneo ou -SR14, e R24 é amino-Ci_6alquilo ou um heterociclo de 5 ou 6 lados não substituído ou substituído, contendo azoto, um radical arilo não substituído ou substituído, sendo os substituintes para os referidos radicais heterociclo ou arilo desde um a três radicais selec-cionados a partir do grupo consistindo de OH, CN, no2, n3, Ci_6alquilo, Ci_6alcoxilo, Ci_6alcoxi-Ci_6alquilo, di-i7-Ci_6al-quilamino, Ci_6acilamino, Ci_6acilcarbonilamino, Ci_6aciloxi-lo, Ci_6carbamoílo, mono e di-W-Ci_6alquilcarbamoílo, Ci-6aci-loxicarbonilo, Ci_6alquilsulf onilo, Ci_6alquilsulf inilo e benzilo; (C) existe uma ligação simples entre os átomos de carbono 1 e 2, e Ra é H, OH ou F, e Rb é H; ou Ra é H, e Rb é F; e T é o grupo k seguinte: k) -CH2-CO-R12 em que R22 é como definido para o grupo i; incluindo os sais de adição de ácido e sais de amónio quaternários destes fisiologicamente toleráveis.
Os compostos livres de fórmula I podem ser convertidos nos seus sais de adição de ácido, e vice versa, por métodos conhecidos. Dos sais de adição de ácido a maior preferência é dada ao sal HC1. Os sais de amónio quaternário podem da mesma forma ser preparados por métodos conhecidos per se. 16 ΡΕ1450767
Salvo indicação em contrário, as definições de substituintes são baseadas no que será geralmente compreendido por um químico médio. Dentro do contexto da fórmula I acima, alquilo per se ou como parte de um substituinte é, dependendo do número de átomos de carbono, metilo, etilo, n-propilo, isopropilo, n-butilo, sec-burilo, ter-butilo, isobutilo, etc. "Halogéneo" é flúor, cloro, bromo ou iodo; de preferência flúor, cloro ou bromo e especialmente cloro.
Os anéis heterocíclicos de 5 ou 6 lados saturados ou insaturados preferidos incluem aqueles que contêm um ou mais heteroátomos, sendo heteroátomos especialmente adequados, enxofre e azoto. Um sub-grupo especialmente preferido de tais heterociclos contém 1,2 ou 3 átomos de azoto e nenhum outro heterocomponente. Daqueles, é para ser dado ênfase especial àqueles anéis heterocíclicos de 5 ou 6 lados insaturados que contêm um único átomo de azoto como o heterocomponente, por exemplo, piridina, pirrolo e 5,6-di-hidro-3H-pirrolo. Anéis heterocíclicos de 5 ou 6 lados insaturados adequados contendo dois átomos de azoto são, por exemplo, imidazole, piridazina e pirimidina. Tais anéis podem também ter um mais anéis fenilo fundidos. Exemplos típicos são benzimidazole, quinolina, isoquinolina e ftalazina. Anéis heterocíclicos de 5 ou 6 lados adequados contendo três átomos de azoto são, por exemplo, 1,2,4-triazoles. Outro grupo de heterociclos preferido contém um átomo de azoto e um átomo de enxofre. Aqueles incluem, por exemplo, os vários tiazoles, 4,5-di-hidrotiazole e benzo-tiazole. Um exemplo típico de um heterociclo contendo dois 17 ΡΕ1450767 átomos de azoto e um átomo de enxofre é 1,3,4-tiadiazole. Arilo ou um radical arilo é, especialmente, fenilo ou naftilo, os quais, salvo especificação definida, podem ser não substituídos ou podem ter até quatro substituintes idênticos ou diferentes seleccionados a partir do grupo consistindo de OH, nitro, amino, ciano, halogéneo, Ci_6al-quilo, Ci_6alcoxilo, Ci_6alcoxi-Ci_6alquilo, halo- Ci_6alquilo, mono-T7- Ci-6alquilamino, di-N- Ci-6alquilamino, Ci-6aciloxilo, Ci_6acilamino, Ci_6acilcarbonilamino, Ci_6carbamoílo, mono- e di-T7-Ci_6alquilcarbamoilo, Ci_6aciloxicarbomnilo, Ci_6alquil-sulfonilo, Ci-6alquilsulfinilo e benzilo. Salvo definição em contrário, os substituintes adequados são os mesmos dos anéis heterocíclicos, sendo da mesma forma os heterociclos substituídos uma ou mais vezes por radicais iguais ou diferentes. Os heterociclos aos quais se deve dar ênfase especial são: 3-piridilo, 4-piridilo, pirimidin-2-ilo, 1,3,4-tiazol-2-ilo, benzotiazol-2-ilo, 2H-1,2,4-triazol-3-ilo, azabiciclo-heptilo, azabicicloctilo e piperidilo. O presente invento relaciona-se especialmente com compostos de fórmula I em que Ri é vinilo, existe uma ligação simples entre os átomos de carbono 1 e 2, e Ra e Rb são hidrogénio ou halogéneo, de preferência hidrogénio, e T é como definido na fórmula I; incluindo os sais de adição de ácido e sais de amónio quaternário destes fisiolo-gicamente aceitáveis. É dada preferência especial a derivados pleuromutilina de fórmula I em que 18 ΡΕ1450767
Ri é vinilo; existe uma ligação simples entre os átomos de carbono 1 e 2;
Ra e Rb são H e T é -CH2-S-(CH2)k-N(R5) (R6) em que k é um inteiro desde 2 até 5; e R5 e R6 são cada um independentemente um do outro Ci_6alquilo; incluindo os sais de adição de ácido e sais de amónio quaternário destes fisiologicamente toleráveis. Dentro de cada grupo é dada uma preferência muito especial ao derivado pleuromutilina em que T é -CH2-S-(CH2)2-n(C2Hs) ( C2h5) . A preferência é da mesma forma dada a derivados pleuromutilina de fórmula I em que
Ri é vinilo; existe uma ligação simples entre os átomos de carbono 1 e 2;
Ra e Rb são H e T é -CH2-S-C (CH3) 2-CH2-NH-C (O) -R7 em que R7 é Ci_6alquilo substituído por -NH2 ou é um heterociclo de cinco lados saturado contendo um ou dois heteroátomos seleccionados a partir de -S- e -NH-;incluindo os sais de adição de ácido e sais de amónio quaternário destes fisiologicamente toleráveis. Dentro daquele grupo, é dada preferência especial ao derivado pleuromutilina de fórmula I em que T é -CH2-S-C (CH3) 2-CH2-NH-C (0)-R7 em que R7 é Ci_6alquilo substituído por -NH2 e especialmente o derivado pleuromutilina em que T é -CH2-S-C(CH3)2-CH2-NH-C(0)-CH(NH2)-CH(CH3)2. 19 ΡΕ1450767
Dentro do contexto do presente invento, é dada de acordo com isto uma preferência muito especial aos compostos tiamulina e valnemulina, especialmente valnemulina em virtude da sua actividade de largo espectro. Como já foi mencionado, ambas as substâncias estão comercialmente disponíveis. A estrutura quimica daquelas duas substâncias preferidas é como se segue:
Tiamutin®/tiamulina Econor®/valnemulina R V-c—c—s—c™— Η, H2 H* >~r CH,
Os compostos de fórmula I estão descritos em detalhe na literatura, por exemplo nas referências dadas abaixo. O composto de fórmula I em que Ri e A são como definido para a fórmula I e T é como definido para o grupo a foi isolado por Kavanagh et ai. e descrito em Proc. Natl. Acad. Soc. 37, 570-574 (1951). Aquele composto é o representativo básico da classe de substâncias discutidas aqui, 20 ΡΕ1450767 nomeadamente pleuromutilina. Em EUA-4 247 542, é indicado que a estrutura de pleuromutilina foi mais tarde carac-terizada por Y, na fórmula I acima, ser -CH20H. A mesma patente dos EUA descreve também um composto de fórmula I em que Ri é por sua vez vinilo, existe uma ligação simples entre os átomos de carbono 1 e 2, e Ra e Rb são H, e T é -0Η2-β,D-xilopiranosilo. 0 composto de fórmula I em que Ri e A são como definido para a fórmula I e T é como definido para o grupo b estão descritos em EUA-4 129 721.
Compostos de fórmula I em que Ri e A são como definido para a fórmula I e T é como definido para o grupo c estão descritos em EUA -4 148 890.
Compostos de fórmula I em que Ri e A são como definido para a fórmula I e T é como definido para o grupo d estão descritos em EUA -3 919 290, incluindo a substância já mencionada especificamente várias vezes, tiamulina, a qual está disponível sob o nome comercial de Tlamutin®.
Compostos de fórmula I em que Rx e A são como definido para a fórmula I e T é como definido para o grupo e estão descritos em EP-0 153 277, incluindo, valnemulina, o qual já foi mencionado várias vezes e a qual também é conhecido a partir de wo 98/01127.
Compostos de fórmula I em que Ri e A são como 21 ΡΕ1450767 definido para a fórmula I e T é como definido para o grupo f estão descritos em EUA- 4 428 953.
Compostos de fórmula I em que Rx e A são como definido para a fórmula I e T é como definido para o grupo g estão descritos em EUA- 3 979 423.
Compostos de fórmula I em que Ri e A são como definido para a fórmula I e T é como definido para o grupo h estão descritos em WO 97/25309.
Compostos de fórmula I em que Ri e B são como definido para a fórmula I e T é como definido para o grupo i estão descritos em WO 01/14310.
Compostos de fórmula I em que Rx e C são como definido para a fórmula I e T é como definido para o grupo k estão descritos em WO 01/14310. A literatura revela uma série de testes envolvendo a adição de medicamentos, incluindo tiamulina, a ração animal mas aqueles testes são incapazes de resolver o problema técnico subjacente ao presente invento. Algumas dessas referências serão discutidas brevemente abaixo. A EP 0 165 577 relaciona-se com o fornecimento de um aditivo de ração compreendendo zinco-bacitracina o qual, após misturado com a ração ou quando peletizado, tem uma estabilidade melhorada e torna possível o armazenamento 22 ΡΕ1450767 prolongado. A estabilidade melhorada é atingida preparando o aditivo da ração compreendendo zinco-bacitracina com um revestimento polimérico, com polímeros tais como polis-sacáridos, poliacrilatos, gorduras, compostos semelhantes a gordura ou ceras a ser usados como revestimento. A Publicação Derwent XP002197610 [JP 03 101619 A SDS BIOTECH CORP] de 26.04.1991 relaciona-se com um medicamento veterinário não amargo na forma de grânulos consistindo de um transportador zeólito e tiamulina. A Publicação Derwent XP002198060 [JP 63 033330 NIPPON KAYAKU KK] de 13.02.1988 relaciona-se com uma forma de administração oral antibacteriana de, inter alia, tiamulina baseada em poliacrilato de sódio, resultando numa absorção melhorada do ingrediente activo. A forma de administração consiste num pó, o qual pode ser prensado em grânulos ou comprimidos e misturado com a ração animal. A EP-0 707 798 descreve um método de preparar rações que compreende substâncias farmacologicamente activas. O método é especialmente caracterizado pelo facto de as substâncias farmacologicamente activas serem aplicadas individualmente ou numa mistura numa preparação galénica adequada na forma de gel, na forma de gel pulve-rizável, a uma ração preparada. O Pedido de Patente Europeia EP-0-658 313 descreve grânulos consistindo de um núcleo e um reves- 23 ΡΕ1450767 timento. O núcleo consiste em material orgânico, especialmente vegetal, ou inorgânico e tem um diâmetro desde 100 até 800 μ.O revestimento consiste em polímeros solúveis em água compreendendo o ingrediente activo, os quais se dissolvem num meio aquosos e, especialmente, no suco gástrico. O ingrediente activo é incorporado no revestimento ou adere a ele. Durante a produção, o núcleo é preparado primeiro. A superfície do núcleo é tratada com ácido e depois pulverizada com uma solução aquosa do ingrediente activo. O objectivo é preparar grânulos finos que podem ser misturados com a ração animal sem qualquer dificuldade. Em contraste com o presente invento, os grânulos descritos naquela referência não resultam em qualquer estabilização significativa do ingrediente activo e não são portanto adequados para o fornecimento de rações animais compreendendo um derivado de pleuromutilina. O ingrediente activo é, também em contraste com o presente invento, libertado no estômago.
Surpreendentemente, verificou-se agora, que o derivado de pleuromutilinâ pode ser incluído em microesférulas por métodos conhecidos per se; aquelas microesférulas podem ser introduzidas na ração animal seca e comprimidas em peletes de ração a pressão elevada e a temperatura elevada e subsequentemente secas, sem a perda, até agora, inevitável da substância activa. Esta estabilidade, recentemente obtida, da substância activa nos peletes resulta, além disso, numa estabilidade ao armazenamento extremamente elevada da ração final. À temperatura ambi- 24 ΡΕ1450767 ente, tais peletes de ração podem agora ser armazenados durante muitos meses, o que é o mesmo que dizer que o teor em ingrediente activo permanece virtualmente constante. A substância activa incluída nas microesférulas não apenas resulta na inesperada estabilidade melhorada mas também, de forma independente, tem a vantagem adicional de, em contraste com a substância activa pura, as micro-esférulas não estarem sujeitas à formação de poeiras, não formarem pedaços, podem ser escoadas e protegerem a substância activa de influências indesejáveis do exterior. Por exemplo, a inalação não intencional ou contacto com a pele e olhos são, como resultado disto, evitáveis durante o manuseamento. Tendo sido embebida nas microesférulas, a substância activa, a qual não é em qualquer caso aprovada para uso em humanos, pode ser manuseada de forma simples e segura sem precisarem de ser tomadas quaisquer medidas protectoras especiais. Porque as microesférulas não apresentam virtualmente adesão às superfícies do equipamento e não formam pedaços ou crostas nem se colam umas às outras de nenhuma forma, o equipamento usado, por exemplo nos moinhos de ração, pode ser limpo com pequena dificuldade técnica; a remoção simples em vácuo é frequentemente suficiente. 0 uso destas microesférulas resulta ainda numa vantagem adicional. Quando os antibióticos são administrados oralmente, é observada uma perda de apetite que aumenta no decurso da terapia, em doentes humanos sensíveis. 25 ΡΕ1450767
Dependendo da severidade dos casos, o médico mudará então para outra forma de administração, por exemplo para injecção ou para supositórios, de modo a evitar o estômago. Em animais, é observado o mesmo efeito em casos individuais. A perda de apetite reflecte-se na recusa de comer uma quantidade suficiente de ração. A ração é, também metabolizada de forma pior e o aumento desejado de peso não ocorre. Porque tais animais comem menos ração, a terapia oral é também posta em perigo. A mudança para supositórios não é uma opção no caso dos animais, e as injecções têm as desvantagens já descritas, a eliminação das quais é um objectivo do presente invento. Quando as microesférulas de acordo com o invento são usadas oralmente, a referida sobre-sensibilidade e recusa associada de ração não são observadas, o que se presume estar relacionado com o facto da matriz das microesférulas ser resistente ao ácido.
Os estudos de biodisponibilidade indicam que as microesférulas passam através do estômago num estado intacto e libertam o ingrediente activo apenas no meio alcalino do intestino. Quando foram realizados testes comparativos de rações em leitões usando a) peletes de ração que compreendem cloridrato de valnemulina livre ou ECONOR® comercialmente disponível e b) peletes de ração preparados de acordo com o Exemplo 2 que compreendem cloridrato de valnemulina incluído em microesférulas, com amostras de sangue a serem tiradas hora a hora dos animais testados e medindo a concentração de valnemulina presente no plasma sanguíneo, verificou-se que a) a concentração do 26 ΡΕ1450767 ingrediente activo sobe rapidamente antes de atingir o seu valor máximo após 2-3 horas. Após 8-10 horas, a curva desce novamente e aproxima-se de zero. No caso b), com as microesférulas, o aumento na concentração de ingrediente activo começa após um retardamento de 1-2 horas, atinge o seu valor máximo após 3-4 horas e, após cerca de 10-12 horas, desce na direcção do zero. Consequentemente, embora no caso b) ocorra um ligeiro retardamento no estabelecimento de niveis eficazes no sangue, isso não tem um efeito adverso na terapia. Este novo método torna disponível uma forma de administração que é suave para o estômago e que torna a terapia oral ainda mais eficiente.
Se desejado, por meio de aditivos tais como, por exemplo, hidrogenocarbonato de sódio, as microesférulas de acordo com o invento podem dissolver-se, e libertar o ingrediente activo, no meio ácido do estômago. Contudo, em muitos casos isso não é desejado.
No contexto do presente invento, as microesférulas são para ser entendidas como partículas, maioritariamente esféricas, da matriz polimérica, microscopicamente pequenas tendo um tamanho médio de cerca de lpm até cerca de 5000 μιη, geralmente desde 50 μιη até 3000 μιη. O derivado pleuromutilina é embebido nelas. Elas são de acordo com isto pequenas esférulas compreendendo uma matriz polimérica compacta na qual o ingrediente activo, na forma sólida ou líquida, está altamente disperso, não meramente revestido. Pode ser descrito como um caso especial de encapsulação. 27 ΡΕ1450767 O método usado no presente invento para a preparação de microesférulas é conhecido per se; tal como os materiais usados para a encapsulação e os derivados de pleuromutilina utilizados. Contudo, as microesférulas preparadas pela primeira vez daquele modo e os peletes de ração compreendendo estas microesférulas e a dose oral deste para o combate a doenças infecciosas são novos.
As microesférulas podem ser preparadas de forma análoga aos métodos descritos nas referências mencionadas abaixo:
Shigeru Goto et al., Journal of Microen- capsulation, 1986, Vol. 3, N° 4, 293-305 ;
Shigeru Goto et al., Journal of Microen- capsulation, 1986, Vol. 3, N° 4, 305-316 ; EUA-3 714 065 (corresponde a DE-2 105 039). O foco principal do presente invento é menos nos aspectos de preparação das microesférulas ou no uso oral de pleuromutilina do que no fornecimento de novos peletes de ração que compreendem derivados de pleuromutilina estabilizados na forma de microesférulas e que, como resultado disto, não sofrem perda significativa de ingrediente activo quer durante a preparação quer durante o armazenamento. O invento consiste na implementação da estabilização da 28 ΡΕ1450767 substância activa nos peletes de ração. Este invento pretende assistir o praticante na resolução de problemas técnicos existentes e de lhe proporcionar meios pelos quais ele pode armazenar peletes de ração compreendendo pleuromutilina durante relativamente longos períodos de tempo e de os administrar aos animais domésticos e gado de produção sem grandes gastos em termos de pessoal, tempo e logistica. Na análise final, isto não poupa apenas tempo e dinheiro mas também aumenta de forma significativa a segurança e confiança no uso prático.
As microesférulas são preparadas de forma vantajosa num sistema de duas fases consistindo de uma primeira fase, orgânica ou orgânica-aquosa e uma segunda fase oleosa. A fase orgânica ou orgânica-aquosa consiste numa solução ou dispersão dos componentes poliméricos adequados para a formação de microesférulas, solvente e o derivado de pleuromutilina a ser envolvido. A fase oleosa é uma dispersão de mono-, di- ou tri-estearato de alumínio, estearato de sódio, estearato de cálcio ou estearato de magnésio na parafina líquida ou óleo silicone. Podem também ser usados outros, por exemplo emulsificantes ou dispersantes não iónicos, tal como mono-oleato de sorbitan (Span-80®) . O volume da fase oleosa excede várias vezes o volume da fase orgânica. As duas fases são intimamente misturadas com agitação vigorosa ou mesmo homogeneizadas sob pressão elevada ou com a ajuda de uma misturadora estática. Formam-se durante o processo partículas polimé-ricas microscopicamente pequenas. As microesférulas compre- 29 ΡΕ1450767 endem o ingrediente activo numa forma altamente dispersa e não são solúveis na mistura de reacção de modo que podem ser separadas por decantação ou filtração, lavadas se secas. A agitação das duas fases é também importante para a formação de microesférulas. É em geral usado um equipamento de agitação tendo um agitador em forma de hélice a velocidades relativamente elevadas de rotação de pelo menos 100 rpm até cerca de 1500 rpm, assegurando mistura vigorosa das duas fases e formação rápida de microesf érulas. Um agitador estático pode, com certeza, ser também usado.
Em detalhe, a preparação das microesférulas é levada a cabo nos seguintes passos: (a) preparação de uma solução de um polímero adequado para a formação da matriz para as microesférulas, polímero esse que é seleccionado do grupo consistindo de goma-laca e um polímero baseado em celulose, ácido acrílico ou ácido metacrílico, anidrido maleico, polivinilpirro-lidona ou álcool polivinílico, dissolvendo a goma-laca ou o polímero num solvente orgânico tendo afinidade baixa para o óleo de parafina ou óleo de silicone e uma constante dieléctrica de cerca de 10 até cerca de 40, com a adição de água quando apropriado. (b) introdução do derivado de pleuromutilina na goma-laca ou solução de polímero, com agitação, de modo a 30 ΡΕ1450767 que uma primeira fase, orgânica, que não é miscivel com o óleo de parafina ou óleo de silicone, se forme; (c) introdução dessa primeira fase, com agitação vigorosa de 100 rpm a 1500 rpm, usando por exemplo uma misturadora estática ou um homogeneizador de alta pressão, na segunda fase oleosa em que o óleo consiste em óleo de parafina ou óleo de silicone, e a agitação da mistura resultante continuada até as microesférulas compreendendo o derivado de pleuromutilina se formarem por evaporação ou remoção do solvente; (d) isolamento, e, quando apropriado, lavagem e secagem, das microesférulas. A goma-laca é suficientemente conhecida na indústria farmacêutica, para a preparação de revestimentos de comprimidos de sabor açucarado neutro.
Materiais de partida adequados para polímeros baseados em celulose são, por exemplo, acetato ftalato de celulose ou acetato do éter N,N-di-n-butilhidroxipropilíco de celulose.
Os materiais de partida que podem ser usados para polímeros baseados no ácido acrílico ou ácido metacrílico são, por exemplo, copolímero metacrilato/ácido metacrílico, copolímero 2-metil-5-vinil-piridina/metacrilato/ácido metacrílico, copolímero metacrilato de metilo/ácido metacrílico, copolímero metacrilato de metilo/ácido metacrílico, 31 ΡΕ1450767 copolímero metacrilato de metilo/anidrido maleico ou copo-límero metacrilato de metilo/anidrido maleico.
Materiais de partida adequados para polimeros baseados no anidrido maleico são, por exemplo, copolímero éter metilvinilico/anidrido maleico ou copolímero estire-no/anidrido maleico. Dentro do contexto do presente invento, é dada preferência especial a polímeros polímeros baseados em ácido acrílico ou ácido metacrílico como envelope para as microesférulas. Com mais vantagem, são usados produtos comercialmente disponíveis para a sua preparação. Tais produtos são produtos de polimerização de ácido acrílico ou ésteres de ácido acrílico tendo um teor baixo em grupos amónio quaternários. Produtos comerciais tais como Eudragit® E, L ou S a partir de Rohm, Darmstadt, Alemanha são muito adequados. Eudragit® E é um polímero catiónico de metacrilato de dimetilaminoetilo e um éster de ácido metacrílico neutro. Eudragit® L e S são copolímeros aniónicos de ácido metacrílico e éster metílico de ácido metacrílico.
Materiais de partida adequados para polímeros baseados em polivinilpirrolidona são, por exemplo, polivinilpirrolidona.
Materiais de partida adequados para polímeros baseados em álcool polivinílico são, por exemplo, o próprio álcool polivinílico. 32 ΡΕ1450767 A fase oleosa é usada em quantidades relativamente grandes de modo a que a proporção em volume da fase orgânica para a fase oleosa esteja no intervalo de 1:20 para 5:10.
Normalmente, o procedimento é levado a cabo à temperatura ambiente ou a temperatura ligeiramente elevada, que é o mesmo que dizer no intervalo de temperatura desde cerca de 20° a 45°C. A temperatura ambiente é, contudo, suficiente.
Solventes orgânicos adequados para a primeira fase orgânica são, por exemplo, solventes que se misturam o menos possível com a fase oleosa e que são voláteis. Aqueles que têm uma constante dieléctrica de 10 até 40 são muito adequados. Um número de tais solventes estão mostrados como exemplo na Tabela seguinte.
Solvente Constante Solvente Constante dieléctrica dieléctrica Metanol 32,6 Fenol 9,8 Etanol 24,3 Acetona 20, 7 Isopropanol 18, 7 Ácido acético 9,7 Butanol 17,1 Anidrido 20, 7 acético Álcool 13,1 Nitrometano 35,9 benzílico Etlenoglicol 37, 7 Etilenodiamina 14,2 Propilenoglicol 35, 0 Cellosolve 16 Ácido acético 33 ΡΕ1450767
Podem ser usados solventes puros ou misturas de tais solventes, por exemplo uma mistura acetona-etanol (1:1). Foram conseguidos resultados muito bons adicionando uma pequena quantidade de água, que é o mesmo que dizer cerca de 1 a 5 partes de água por volume para formar 10 a 50 partes de solvente orgânico por volume. É dada preferência a misturas acetona-água (cerca de 30:1).
Provou-se ser vantajoso adicionar à segunda, fase oleosa, antes de ser usada, mono-, di- ou de preferência tri-estearato de alumínio, estearato de sódio, estearato de cálcio, estearato de magnésio ou outro, por exemplo emulsificante ou dispersante não iónico, tal como mono-oleato de sorbitan (Span-80®), com agitação vigorosa de modo a formar-se uma dispersão homogénea. Tal adição promove especialmente a formação rápida de microesférulas de um tamanho muito uniforme. O resultado é evitar-se que as microesférulas que se vão formando coalesçam umas com as ouras durante a preparação. Quando a primeira fase compreendendo o polímero e o derivado de pleuromutilina consiste numa mistura de acetona-água e as duas fases são combinadas com agitação desde 800 até 1000 rpm, então são obtidas microesférulas tendo um tamanho uniforme de 500 até 1000 μπι. A pleuromutilina e estearato são vantajosamente usados numa proporção em peso desde 0,5:1 até 10;1, de preferência cerca de 1:1.
As microesférulas podem quando apropriado ser 34 ΡΕ1450767 lavadas, por exemplo com éter dietílico, petróleo ou n-hexano, metilciclopentano, ou de preferência, ciclo-hexano. O solvente é removido suavemente à temperatura ambiente in vacuo. É evidente que o solvente é assim removido para os residuos serem tão baixos quanto possível.
As microesférulas obtidas pelo método acima têm um envelope polimérico relativamente duro. De modo a atingir uma ductibilidade maior, pode ser adicionado à fase orgânica cerca de 3 a 10% em peso baseado no polímero, de um plastificante. Plastificantes adequados são triacetina; monoglicéridos acetilados; glicerol; polietilenoglicol, por exemplo PEG 400 ou PEG 600; ftalatos, tal como ftalato de dietilo ou ftalato de dibutilo; citratos, tal como acetil-citrato de trietilo, citrato de tributilo ou acetilcitrato de tributilo; e óleos vegetais, tais como óleo de rícino, óleo de colza ou óleo de girassol. A adição de cerca de 4 a 10% de citrato de trietilo é exequível. Em geral, contudo, a adição de plastificantes não é necessariamente desejável porque se verificou que quanto maior a proporção do plasti-ficante menor é a estabilidade ao armazenamento dos peletes de ração finais. A adição de plastificantes tende a actuar contra a melhoria desejada na estabilidade, o que não significa, contudo, que não seja possível adicionar plasti-ficante, especialmente em quantidades relativamente pequenas. Os plastificantes baixam a temperatura de transição vítrea. O ingrediente activo deixa de estar, na nossa experiência, protegido durante a preparação de peletes de ração quando a temperatura de transição vítrea é inferior a cerca de 100-150°C. 35 ΡΕ1450767
Os peletes de ração são em geral produzidos por moinhos de ração. Cereal moído é em geral usado como base. A essa base são adicionados constituintes adicionais tais como óleo e proteínas vegetais e animais. Todos os constituintes são intimamente misturados num equipamento de mistura ou moagem, pulverizados com água ou tratados com vapor e, a temperatura elevada, sujeitos a extrusão, i.e. prensados, através de um bocal redondo tendo um diâmetro de cerca de 2 a 15 mm. Durante aquele processo de compressão, o material humedecido é compactado e sai do bocal na forma de uma barra relativamente dura, a qual à saída do bocal é cortada em pedaços do tamanho desejado, por exemplo desde cerca de 5 a 25 mm de comprimento, usando um dispositivo de corte. Os peletes resultantes, que estão ainda mornos, secam ao ar à medida que são transportados ou levados numa correia transportadora através de uma câmara de aquecimento e secos a cerca de 80 até 120°C. Os peletess finais têm a forma de vareta ou cilindro; têm uma superfície relativamente suave e são facilmente escoados sem se esmigalharem ou formarem pó. Têm geralmente uma densidade de 1,2 g/cm3.
Em geral, o procedimento para a preparação dos peletes de ração estabilizados de acordo com o invento é exactamente como a preparação de peletes de ração normais sem medicamento adicionado. Contudo, antes do processo de compressão as microesférulas e os constituintes orgânicos, moídos e homogeneizados da ração são intimamente misturados, humedecidos com cerca de 5 a 10% em peso de água ou 36 ΡΕ1450767 vapor e prensados em peletes de ração a temperaturas elevadas de cerca de 60 a 80°C, de preferência desde 65 a 75°C. Uma boa homogeneização é vantajosamente conseguida quando as microesférulas são primeiro intimamente misturadas com uma porção relativamente pequena do resto dos componentes da ração, o que tem como resultado a obtenção da chamada pré-mistura que tem uma proporção relativamente elevada de microesférulas. Uma porção dessa pré-mistura é então misturada com material de ração adicional para formar uma mistura parcial adicional e essa mistura parcial é, num passo final, diluída para a concentração final com material de ração adicional. Aquela diluição resulta numa distribuição especialmente uniforme do ingrediente activo encapsulado nos peletes.
Os peletes são deixados a arrefecer à temperatura ambiente e são embalados em pacotes de papel ou outros contentores adequados para armazenamento ou para transporte até ao consumidor final. Não são necessárias medidas de precaução porque os peletes são extremamente estáveis ao armazenamento e compreendem o ingrediente activo numa forma revestida o que protege o ingrediente activo de influências ambientais. Nenhum ingrediente activo passa para o exterior destes peletes armazenáveis. A medição da quantidade de ingrediente activo antes e depois da compressão em peletes mostra, de forma surpreendente, que a peletização usando microesférulas não resulta em qualquer perda mensurável de ingrediente activo. 37 ΡΕ1450767
Exemplos de Implementação
Exemplo 1: Preparação de microesférulas de valne-mulina HC1 envolvidos com resina metacrilica
Composição Peso valnemulina HC1 (subatância activa) 12,5 g Excipientes Eudragil® L 100* 37,5 g Monoestearato de alumínio 11,25 g Água 9,4 g Acetona 303,1 ml Parafina líquida light 1250 ml Peso total 1351,94 g
Eudragil® é um produto comercial da Rohm. Consiste nos componentes do copolimero de éster butílico do ácido meta-crilico, metacrilato de 2-dimetilaminoietilo e metacrilato de metilo
Passo 1: Eudragit é dispersa em 100 ml de acetona à temperatura ambiente num copo de vidro com agitação (800 rpm/5 minutos/agitador magnético). A agitação da dispersão é continuada nas mesmas condições e é adicionada água. Após 10 minutos, o polímero dissolveu-se completamente. Enquanto se continua a agitar, a substância activa, neste caso valnemulina, é adicionada em porções. Após mais 10 minutos, é obtida uma solução límpida. 38 ΡΕ1450767
Passo 2: num reactor de 2 litros equipado com agitador de propulsor com 3 pás (1000 rpm), mono-estearato de alumínio é disperso na parafina líquida leve à temperatura ambiente. Após 10 minutos a dispersão está homogénea.
Passo 3: A solução obtida no Passo 1 é adicionada à dispersão obtida de acordo com o Passo 2 à temperatura ambiente, enquanto se continua a agitar (1000 rpm). Forma-se uma emulsão, a qual é ainda agitada a 800 rpm durante 24 horas à temperatura ambiente. (Alternativamente a emulsão pode também ser aquecida primeiro a 40°C durante 1 hor sob pressão 2.102N/m2 (200 mbar) e a pressão e temperatura mantidas durante mais 2 horas) . Em ambos os casos, formam-se as microesférulas, que é o mesmo que dizer que se formam as microcápsulas consistindo de resina metacrílica, na qual a substância activa está incluída.
Passo 4: Após desligar o agitador, as micro-esférulas afundam-se no fundo do reactor, e a parafina e o monoestearato de alumínio sobrenadante são decantados tão completamente quanto possível. As microesférulas são lavadas várias vezes com ciclo-hexano (três vezes/funil de Buchner/filtro de tecido) e o excesso de ciclo-hexano é removido in vacuo.
Exemplo 2: Preparação de peletes de ração para criação de porcos (ração de leitões) 80 g da substância activa (valnemulina) são 39 ΡΕ1450767 adicionadas a 3920 g de ração de leitão convencional, moida, homogeneizada e seca e intimamente misturados usando uma misturadora em espiral. Por este meio, são obtidas 4000 g de pré-mistura. As 4000 g de pré-mistura são adicionadas, numa misturadora de espiral de 100 litros, a mais 36 kg de ração de leitão convencional, moida, homogeneizada e seca, e intimamente misturadas. As 40 kg resultantes de mistura parcial são então misturadas em mais 360 kg de ração de leitão convencional, moida, homogeneizada e seca, transferidas para uma extrusora e prensadas em peletes de ração em forma de vareta de cerca de 10 mm de comprimento e cerca de 6 mm de espessura a 68-72°C e uma pressão de 109-1010 N/m2 (10-100 kbar). Durante o processo de compressão, é usado vapor 2-105 n/m2 (2 bar, 136°C) . O tempo de pausa na porção aquecida da extrusora é acertado a cerca de 75 segundos. Os peletes finais são deitados em sacos de 25 kg cada.
Exemplo 3: Teste de estabilidade de misturas de ração compreendendo o ingrediente activo livre, ingrediente activo revestido comercialmente disponível ou ingrediente activo embebido em microesférulas
De acordo com a Preparação do Exemplo 2, três tipos de ração de leitões A, B e C são preparadas usando ingrediente activo pré-preparado de forma diferente, mas idênticas quantidades de ingrediente activo. Peletes de Tipo A compreendem ECONOR®50% (ingrediente activo valne-mulina) comercialmente disponível, nos quais o ingrediente activo é revestido com hidroxipropilmetilcelulose (HPMC). 40 ΡΕ1450767
Peletes do tipo B compreendem o ingrediente activo puro valnemulina na forma de cloridrato e peletes do tipo C compreendem microesférulas preparadas de acordo com a Preparação do Exemplo 1 compreendendo cloridrato de valnemulina incrustado.
Para a medição da estabilidade, os três tipos de peletes de ração são preparados de acordo com a Preparação do Exemplo 2 e as primeiras amostras de 50 g cada são tomadas imediatamente após preparação, são tomadas 9 amostras do Tipo A, são tomadas 9 amostras do Tipo B e, para o tipo C são preparados três lotes diferentes de peletes de ração, os quais diferem uns dos outros ligeiramente na composição do material da ração. 9 amostras são da mesma forma tomadas a partir de cada um daqueles lotes. Todas as amostras são imediatamente testadas e o teor de valnemulina intacto em cada amostra é determinado analiticamente. Os peletes de ração restantes são divididos em duas porções iguais e transferidos para duas câmaras climatizadas para os estudos reais a longo termo. A câmara (I) é fixa a 25°C e a uma humidade relativa de 60%, simulando o armazenamento normal à temperatura ambiente. A câmara (II) está a uma temperatura elevada de 40°C e uma humidade relativa elevada de 75%, simulando um período extenso de armazenamento. A um mês de intervalo, são tiradas 3 amostras de 50 g cada de cada câmara e de cada tipo e lote de peletes de ração e o teor de valnemulina intacta é determinado. 41 ΡΕ1450767
Os valores médios e o desvio padrão associado estão listados nas Tabelas 1 e 2 abaixo para as diferentes condições climáticas.
Tabela 1: 252C/humidade relativa de 60%
Dados em [% de valnemulina/(desvio padrão)] Imediatamente Após Após Após após peletização 1 mês 2 meses 6 meses Tipo A 98,36%/(9,28) 76,68%/ 70,54%/ 37,31%/ ECONOR® 50%, HPMC (2,56) (1,38) (1,39) Tipo B 78,38%/(8,66) 43,55%/ 47,30%/ 26,62%/ Valnemulina HCl (15,37) (1,00) (0,87) Tipo C 102,93%/(6,49) 99,69%/ 99,20/ 96,22%/ Valnemulina em (3,18) (2,11) (3,91) microesférulas
Tabela 2: 40gC/humidade relativa de 75%
Dados em [% de valnemulina/(desvio padrão)] Imediatamente Após Após Após após peletização 1 mês 2 meses 6 meses Tipo A 98,36%/(9,28) 38,72%/ 25,35%/ 6,83%/ ECONOR® 50%, HPMC (2,28) (1,13) (0,96) Tipo B 78,38%/(8,66) 34,65%/ 15,33%/ 9,14%/ Valnemulina HCl (15,98) (0,24) O o Tipo C 102,93%/(6,49) 96,42%/ 89,12/ 79,70%/ Valnemulina em (1,74) (3,19) (6,62) microesférulas
As Tabelas mostram claramente que o valnemulina presente nos peletes dos Tipos A, B e C tem uma estabilidade variada. O valnemulina (Tipo B) é obviamente degradado 42 ΡΕ1450767 mais depressa e sofre já uma perda de cerca de 21% durante a peletização. Após dois meses à temperatura ambiente normal, o teor em valnemulina no Tipo B baixa para menos do que 50% e, no caso de temperatura elevada a 40°C, cai mesmo abaixo de 20%. No caso de valnemulina revestido com HPMC no Tipo A, a degradação de valnemulina é de facto menor, mas ainda considerável. A perda de ingrediente activo de cerca de 1% durante a peletização pode ser ignorada mas, após 2 meses, o armazenamento a 25°C resulta numa perda significativa de cerca de 30% e, a 40°C, mesmo cerca de 76%. Em contraste, os peletes de ração do Tipo C, nos quais o ingrediente activo é embebido em microesférulas, apresentam perda de ingrediente activo significativamente inferior. Após 2 meses a 25°C, a perda é apenas de 1% e, a temperatura elevada de 40°C, apenas cerca de 11%. Mesmo após 6 meses, quase 80% do ingrediente activo está ainda presente no caso do Tipo C, enquanto em dois outros casos o teor em ingrediente activo cai abaixo de 10%.
Aquela estabilização significativa do ingrediente activo nos peletes de ração não poderia ser prevista de nenhuma forma, especialmente visto que a incorporação de microesférulas em ração não comprimida não resulta em qualquer estabilização. Em ração não comprimida, valnemulina não protegido e valnemulina em microesférulas comportam-se inteiramente do mesmo modo e têm as mesmas perdas.
Lisboa, 24 de Agosto de 2007

Claims (15)

  1. ΡΕ1450767 1 REIVINDICAÇÕES 1. Um derivado estabilizado de pleuromutilina de fórmula I
    em que Rx é etilo ou vinilo, existe uma ligação dupla ou uma ligação simples entre os átomos de carbono 1 e 2, Ra e Rb são independentemente um do outro hidrogénio ou halo-géneo, e T é um radical orgânico de cadeia curta ou longa; em que o composto de fórmula I está incluído em micro-esférulas em que as microesférulas são partículas esféricas de matriz polimérica tendo um tamanho médio desde 1 pm até 5000 pm nas quais o derivado de pleuromutilina, na forma sólida ou líquida, está altamente disperso.
  2. 2. O derivado estabilizado de pleuromutilina, de acordo com a reivindicação 1, em que na fórmula Ri é etilo ou vinilo; e (A) existe uma ligação simples entre os átomos de carbono 1 e 2, e Ra e Rb são H, e T é um dos seguintes grupos a a í: ΡΕ1450767 2 a)-CH2-OH; b) O
    OH OH OHrO- HO c) -(CH2-X)m-(CH2)n-N(R2) (R3) em que X é -O-S-, -NH- ou
    m é 0 ou 1; n é um inteiro desde 2 a 5; R2 e R3 são cada um independentemente um do outro Ci_6 alquilo ou, junto com o átomo de azoto ao qual estão ligados formam um heterocilo de 5 ou 6 lados contendo como parte hetero -S-, -O- ou —N (R4)_ em que R4 é Ci-6alquilo ou Ci-6hidroxialquilo, e Y e Z são cada um independentemente um do outro -0- ou -S-; d) -CH2-S-(CH2) k-N (R5) (R6) em que k é um inteiro desde 2 até 5; e R5 e R6 são cada um independentemente um do outro Ci_6alquilo; e) -CH2-S-C (CH3) 2-CH2-NH-C (0) -R7 em que R7 é Ci_ 6alquilo substituído por -NH2 ou é um heterociclo de cinco lados saturado contendo um ou dois heteroátomos selec cionados a partir de -S- e -NH-; ΡΕ1450767 3 f) —CH2—S—C (CH2) i—Re em que lé0ouleR8éo grupo
    G K em que K é H, Cmalquilsulfonilo, -NH2, -CHO, -N(Rg)(Ri0), -S- (CH2) q-N (R9) (Rio) ou -C(G)-NHRn, sendo G oxigénio ou enxofre, Rg e Ri0 sendo cada um independentemente um do outro H, Ci_6alquilo, Ci-6alquilsulfonilo; Ci_6hidroxialquilo, Cmdi-hidroxialquilo ou Ci_6alcanoilo substituído com Ci_6al-quilsulfonilo ou não substituído; ou Rg e Ri0 juntos com o átomo de azoto ao qual estão ligados, formando piperazinilo não substituído ou substituído em que o segundo átomo de azoto é substituído por um substituinte a partir do grupo Ci-6alquilo, Ci_6hidroxialquilo e Ci_6di-hidroxialquilo; sendo Rn Cn6alquilo ou Cmalquilcarbonilo; Q é H, -NH2, -CF3, Ci_ 6alquilo, piridilo ou -N(Rg)(Ri0), sendo Rg e Ri0 como definido acima; g) -CH3, -CH2C1, CH2Br, -CH2SCN, -CH2-NH2, -CH2-N3, -CO-OH, -CH2-OCOCH3 ou
    h) -N(Ri5)(R16) em que Ri5 e Ri6 são iguais ou diferentes e são seleccionados a partir do grupo consistindo de H, radical Cmhidrocarboneto saturado ou insaturado, de cadeia linear ou ramificada, não substituído 4 ΡΕ1450767 ou substituído; um radical C3-8Cicloalquilo saturado ou insaturado, não substituído ou substituído; um heterociclo não substituído ou substituído; e um radical arilo não substituído ou substituído; ou Ri5 e Ri6, juntos com o átomo de azoto ao qual estão ligados, formam um anel de 3 a 8 lados não contendo nenhum heteroátomo adicional ou contendo um heteroátomo adicional das séries -N-, -O- e -S-; ou Ri5 é um dos grupos mencionados e Ri6 é -S02Ri7, -C(0)Ris, -0-Ri9 ou N (R19) (R2o) ; R17 sendo seleccionado a partir do grupo consistindo de um radical Ci_6hidrocarboneto saturado ou insaturado, de cadeia linear ou ramificada, não substituído ou substituído, um radical C3_8cicloalquilo saturado ou insaturado, não substituído ou substituído; um heterociclo não substituído ou substituído, e um radical arilo não substituído ou substituído, um radical Ci_6alquilamino não substituído ou substituído e um radical arilamino não substituído ou substituído; sendo Ris seleccionado a partir do grupo consistindo de H, radical Ci_6hidrocarboneto saturado ou insaturado, de cadeia linear ou ramificada, não substituído ou substituído; um radical C3_8cicloalquilo saturado ou insaturado, não substituído ou substituído, um heterociclo não substituído ou substituído; e um radical arilo não substituído ou substituído; sendo Rig e R2o iguais ou diferentes e sendo seleccionados a partir do grupo consistindo de radical Ci_6hidrocarboneto saturado ou insaturado, de cadeia linear ou ramificada, não substituído ou substituído, um radical C3-8cicloalquilo saturado ou insaturado, não substituído ou substituído, um heterociclo não substituído ou substituído e um radical arilo não 5 ΡΕ1450767 substituído ou substituído ou, junto com o átomo de azoto ao qual estão ligados , formando um grupo cíclico de 3 a 8 lados o qual pode opcionalmente conter um heteroátomo adicional seleccionado a partir do grupo consistindo de -N-, -O- e -S-; i) -CH2-CO-Ri2 em que R42 é um heterociclo de 5 ou 6 lados não substituído ou substituído, contendo azoto, um radical arilo não substituído ou substituído ou o grupo -CH2-Ri3, R13 é halogéneo ou -SRi4, e R44 é amino-Ci_6alquilo ou um heterociclo de 5 ou 6 lados não substituído ou substituído, contendo azoto, um radical arilo não substituído ou substituído, sendo os substituintes para os referidos radicais heterociclo ou arilo desde um a três radicais seleccionados a partir do grupo consistindo de OH, CN, N02, N3, Ci_6alquilo, Ci_6alcoxilo, Ci_6alcoxi-Ci-6alquilo, di-W-Ci_6alquilamino, Ci_6acilamino, Ci_6acilcarbonilamino, Ci_6aciloxilo, Ci_6carbamoílo; mono e di-N-Ci-êalquilcarba-moílo, Ci_6aciloxicarbonilo, Ci_6alquilsulf onilo, Ci-6alquil-sulfinilo e benzilo; (B) se existe uma ligação dupla entre os átomos de carbono 1 e 2, e Ra e Rb são H, então T é o grupo i. (C) se existe uma ligação simples entre os átomos de carbono 1 e 2, e Ra é H, OH ou F, e Rb é H; ou Ra é H, e Rb é F; então T é o grupo k: k) -CH2-CO-R42 em que R42 é como definido para o 6 ΡΕ1450767 grupo i; incluindo os sais de adição de ácido e sais de amónio quaternários destes fisiologicamente toleráveis.
  3. 3. Um derivado estabilizado de pleuromutilina incluído em microesférulas, de acordo com a reivindicação 2, em que Ri é vinilo, existe uma ligação simples entre os átomos de carbono 1 e 2, e Ra e Rb são hidrogénio ou halogéneo, e T é como definido para a fórmula I, incluindo um sal de adição de ácido e sal de amónio quaternário deste fisiologicamente tolerável.
  4. 4. Um derivado estabilizado de pleuromutilina incluído em microesférulas, de acordo com a reivindicação 3, em que R2 é vinilo; existe uma ligação simples entre os átomos de carbono 1 e 2; Ra e Rb são H, e T é -CH2-S- (CH2)k-N(R5) (R6) em que k é um inteiro desde 2 até 5; e R5 e R6 são cada um independentemente um do outro Ci_6alquilo; incluindo um sal de adição de ácido e sal de amónio quaternário deste fisiologicamente tolerável.
  5. 5. Um derivado estabilizado de pleuromutilina incluído nas microesférulas, de acordo com a reivindicação 4, em que T é -CH2-S-(CH2) 2-N (C2H2) (C2H5) .
  6. 6. Um derivado estabilizado de pleuromutilina incluído nas microesférulas, de acordo com a reivindicação 3 em que Ri é vinilo; existe uma ligação simples entre os átomos de carbono 1 e 2; Ra e Rb são H, e T é -CH2-S-C (CH3) 2-CH2-NH-C (O) -R7 em que R7 é Ci_6alquilo substituído 7 ΡΕ1450767 por -NH2 ou é um heterociclo de cinco lados saturado contendo um ou dois heteroátomos seleccionados a partir de -S- e -NH-; incluindo um sal de adição de ácido e sal de amónio quaternários destes fisiologicamente toleráveis.
  7. 7. Um derivado estabilizado de pleuromutilina incluído nas microesférulas, de acordo com a reivindicação 6, em que Ri é vinilo; existe uma ligação simples entre os átomos de carbono 1 e 2; Ra e Rb são H, e T é -CH2-S- C (CH3) 2-CH2-NH-C (0) -R7 em que R7 é Ci_6alquilo substituído por -nh2; incluindo um sal de adição de ácido e sal de amónio quaternários destes fisiologicamente toleráveis.
  8. 8. Um derivado estabilizado de pleuromutilina incluído nas microesférulas, de acordo com a reivindicação 7, em que R2 é vinilo; existe uma ligação simples entre os átomos de carbono 1 e 2; Ra e Rb são H, e T é -CH2-S- C (CH3) 2-CH2-NH-C (0) -CH (NH2) -CH (CH3) 2} incluindo um sal de adição de ácido e sal de amónio quaternários destes fisiologicamente toleráveis.
  9. 9. Um derivado estabilizado de pleuromutilina incluído em microesférulas, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 8, em que as microesférulas compreendem um polímero adequado para a formação de microesférulas, polímero esse que é seleccionado a partir do grupo consistindo de goma-laca e um polímero com base em celulose, ácido acrílico ou ácido metacrílico, anidrido maleico, polivinilpirrolidona ou álcool polivinílico. ΡΕ1450767
  10. 10. Um derivado estabilizado de pleuromutilina incluído em microesférulas, de acordo com a reivindicação 9, em que as microesférulas contêm 3 a 10% de um plasti-ficante, em peso baseado no polímero.
  11. 11. Um método de preparar microesférulas compreendendo um derivado de pleuromutilina de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 9, cujo método compreende: (a) preparação de uma solução de um polímero adequado para a formação da matriz para as microesférulas, polímero esse que é seleccionado a partir do grupo consistindo de goma laca e um polímero com base em celulose, ácido acrílico ou ácido metacrílico, anidrido maleico, polivinilpirrolidona ou álcool polivinílico, dissolvendo a goma laca ou o polímero num solvente orgânico tendo uma afinidade baixa para parafina ou óleo de silicone e uma constante dieléctrica desde 10 até 40, onde apropriado com a adição de água. (b) introdução do derivado de pleuromutilina na solução de goma laca ou polímero, com agitação, de modo a que se forme uma primeira fase orgânica, a qual não é miscível com óleo de parafina ou óleo de silicone; (c) introdução daquela primeira fase, com agitação de 100 rpm a 1500 rpm, na segunda fase oleosa em 9 ΡΕ1450767 que o óleo consiste em óleo de parafina ou silicone e continuação da agitação da mistura resultante até as microesférulas compreendendo o derivado de pleuromutilina se formarem por evaporação ou remoção do solvente; (d) isolamento, e, onde apropriado, lavagem e secagem, das microesférulas.
  12. 12. Uma ração seca compreendendo um derivado estabilizado de pleuromutilina incluido em microesférulas de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 9, prensada em peletes de ração compreendendo, além de ração moida de base animal e/ou vegetal com ou sem aditivos tais como proteínas, vitaminas e minerais.
  13. 13. A ração seca de acordo com a reivindicação 12 para usar num método de tratar doenças infecciosas em animais domésticos e gado de produção.
  14. 14. Uso de um derivado estabilizado de pleuromutilina incluído em microesférulas, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 até 9, na preparação de peletes de ração para tratar doenças infecciosas em animais domésticos e gado de produção.
  15. 15. Um método de preparar peletes de ração compreendendo um derivado estabilizado de pleuromutilina de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 9, método 10 ΡΕ1450767 esse que compreende misturar intimamente um derivado estabilizado de pleuromutilina de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 9 na forma de microesférulas com os constituintes orqânicos da ração moídos e homogeneizados, humedecidos com cerca de 5 a 10% em peso de água ou vapor e prensar em barras a temperaturas elevadas de cerca de 60 a 80°C, e dividir aquelas barras em peletesde ração. Lisboa, 24 de Agosto de 2007
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