PT1320707E

PT1320707E - Método para substituir refrigerantes em sistemas de refrigeração

Info

Publication number: PT1320707E
Application number: PT01975485T
Authority: PT
Inventors: Raymond H P Thomas; David P Wilson; Rajiv Singh; Roy Robinson
Original assignee: Honeywell Int Inc
Priority date: 2000-09-27
Filing date: 2001-09-27
Publication date: 2006-11-30
Also published as: ES2267822T3; EP1320707A1; AU2001294805A1; WO2002027248A8; ATE337532T1; JP2004514107A; DE60122540T2; US20030070722A1; US6640841B2; DE60122540D1; US6516837B2; EP1320707B1; US20020046568A1; WO2002027248A1

Description

1

DESCRIÇÃO

"MÉTODO PARA SUBSTITUIR REFRIGERANTES EM SISTEMAS DE REFRIGERAÇÃO" A presente invenção relaciona-se, de uma maneira genérica, com métodos para introduzir refrigerantes desejáveis do ponto de vista ambiental em sistemas de refrigeração. Mais especificamente, a invenção relaciona-se com métodos para remover clorofluorocarbonetos e hidroclorofluorocarbonetos de sistemas de refrigeração e carregar os sistemas de refrigeração com composições de refrigerantes desejáveis do ponto de vista ambiental. Tal método é conhecido a partir do documento WO-A-96 07721.

Antecedentes A utilização de refrigerantes contendo cloro, tais como clorofluorocarbonetos ("CFCs"), hidroclorofluorocarbonetos ("HCFCs") e semelhantes, como refrigerantes em ar condicionado e equipamentos de refrigeração tornou-se rejeitada devido às propriedades destrutoras de ozono associadas com tais compostos. Como resultado, tornou-se desejável "retromodificar" os sistemas de refrigeração contendo cloro substituindo os refrigerantes contendo cloro com compostos refrigerantes que não contêm cloro que não destruirão a camada de ozono, tais como os hidrofluorocarbonetos ("HFCs").

Infelizmente, muitos refrigerantes que não contêm cloro, incluindo os HFCs, são relativamente insolúveis e/ou imisciveis nos tipos de lubrificantes tradicionalmente utilizados com CFCs ("lubrificantes à base de 2 hidrocarboneto") incluindo, por exemplo, óleos minerais, alquilbenzenos ou polialfaolefinas. Isto é problemático porque, a fim de que um sistema refrigerante/lubrificante funcione eficientemente num sistema de refrigeração ou ar condicionado, o refrigerante tem de ser suficientemente solúvel por uma ampla gama de temperaturas funcionais. Esta solubilidade baixa a viscosidade do lubrificante e permite que o mesmo flua mais facilmente por todo o sistema. Na ausência de tal solubilidade, os lubrificantes tendem a ficarem alojados nas bobinas do evaporador do sistema de refrigeração, bem como em outras partes do sistema e, deste modo, reduzem a eficiência do sistema. A fim de evitar tais problemas, os métodos tradicionais para retromodificar os sistemas de refrigeração exigem os passos de: (a) remover todo o refrigerante contendo cloro e, pelo menos 95% do lubrificante à base de hidrocarboneto do sistema; seguido por (b) introduzir no sistema uma nova composição de refrigerante que não contém cloro e um lubrificante de substituição compatível com o mesmo.

Os presentes inventores entenderam que tais métodos tradicionais são desvantajosos por vários motivos. Por exemplo, uma desvantagem é que a remoção de lubrificantes e, particularmente, de lubrificantes à base de hidrocarbonetos que, até aqui, tinham sido utilizados com frequência, de um sistema de refrigeração por meio de descarga ou outros métodos tende a ser demorada e dispendiosa. Outra desvantagem é que muitos lubrificantes de substituição, tais como ésteres, são muito sensíveis à humidade e têm de ser manipulados com grande cuidado. Ainda outra desvantagem é que os lubrificantes de substituição 3 não desempenham certas funções com eficiência, tais como redução do ruído, que são associadas com os lubrificantes à base de hidrocarbonetos.

Ao reconhecer estes e outros inconvenientes do estado da técnica anterior, os presentes inventores perceberam uma necessidade para um método novo, eficiente e mais desejável para introduzir refrigerantes desejáveis do ponto de vista ambiental em sistemas de refrigeração. Estes e outros objectos são atingidos pela presente invenção, conforme descrito adiante.

Descrição da Invenção e Formas de Realização Preferidas A presente invenção é dirigida a métodos para introduzir refrigerantes desejáveis do ponto de vista ambiental em sistema de refrigeração. Os métodos da presente invenção superam as desvantagens do estado da técnica anterior facilitando a introdução de composições refrigerantes que não contêm cloro, desejáveis do ponto de vista ambiental, em sistema de refrigeração sem a remoção do lubrificante à base de hidrocarbonetos já presente no sistema. Em concordância, as composições refrigerantes que não contêm cloro podem ser adicionadas a sistemas de refrigeração contendo óleos à base de hidrocarbonetos, tais como óleos minerais ou alquil benzeno, para formar sistemas refrigerantes/lubrificantes desejáveis do ponto de vista ambiental com maior facilidade e menos despesa do que os métodos tradicionais.

De acordo com a invenção, o presente método envolve recarregar um sistema refrigerante que contém um refrigerante contendo cloro e um lubrificante compreendendo 4 os passos de (a) remover o refrigerante contendo cloro do sistema de refrigeração e ao mesmo tempo reter uma porção substancial do lubrificante no referido sistema; e (b) introduzir no referido sistema uma composição compreendendo: (i) um refrigerante; (ii) um tensioactivo; e (iii) um agente solubilizante, de acordo com a reivindicação 1. Conforme utilizado neste contexto, o termo "porção substancial" refere-se, de uma maneira genérica, a uma quantidade de lubrificante que é, pelo menos, 50% (em peso) da quantidade de lubrificante contido no sistema de refrigeração antes de remover o refrigerante contendo cloro. Preferencialmente, a porção substancial de lubrificante no sistema, de acordo com a presente invenção, é uma quantidade de, pelo menos 60% do lubrificante contido originalmente no sistema de refrigeração e, mais preferencialmente, uma quantidade de, pelo menos cerca de 70%.

De acordo com a invenção, o presente método também envolve, de uma maneira genérica, os passos de (a) proporcionar um sistema de refrigeração compreendendo uma câmara tendo no interior da mesma, um lubrificante à base de hidrocarboneto e substancialmente, nenhum refrigerante contendo cloro; e (b) introduzir na referida câmara uma composição compreendendo: (i) um refrigerante; (ii) um tensioactivo; e (iii) um agente solubilizante, de acordo com a reivindicação 7.

Conforme utilizado neste contexto, o termo "sistema de refrigeração" refere-se a qualquer sistema ou aparelho, ou qualquer parte ou porção de tal sistema ou aparelho, que utiliza um refrigerante para proporcionar arrefecimento. Tais sistemas de refrigeração incluem, por exemplo, ar 5 condicionados, frigoríficos eléctricos, frigoríficos, sistemas de refrigeração utilizados em transporte, sistemas de refrigeração comerciais e outros.

Os especialistas na técnica entenderão que os sistemas de refrigeração utilizados nos métodos da presente invenção, de uma maneira geral, compreendem uma câmara na qual estão contidos tanto um refrigerante como um lubrificante e através da qual o refrigerante e o lubrificante podem ser circulados. De acordo com a presente invenção, o passo de remoção (a) compreende remover de um sistema de refrigeração um refrigerante contendo cloro, especialmente de uma câmara no interior do sistema e ao mesmo tempo deixar no sistema uma quantidade substancial de lubrificante e, preferencialmente, um lubrificante à base de hidrocarbonetos.

Pode-se utilizar qualquer um de uma ampla variedade de métodos conhecidos para remover os refrigerantes contendo cloro de um sistema de refrigeração ao mesmo tempo que se remove menos do que uma porção principal do lubrificante contido no sistema. De acordo com as formas de realização preferidas, o lubrificante é um lubrificante à base de hidrocarbonetos e o passo de remoção resulta em, pelo menos, cerca de 90% e, mais preferencialmente, pelo menos cerca de 95% do referido lubrificante permanecendo no sistema. Por exemplo, pelo facto dos refrigerantes serem muito voláteis em relação aos lubrificantes à base de hidrocarbonetos (o ponto de ebulição de refrigerantes é, de uma maneira geral, inferior a 10°C, ao passo que o ponto de ebulição de óleos minerais é, de uma maneira geral, superior a 200°C), o passo de remoção pode ser prontamente realizado bombeando os refrigerantes contendo cloro no 6 estado gasoso para fora de um sistema de refrigeração contendo lubrificantes em estado liquido. Tal remoção pode ser conseguida de várias maneiras conhecidas na técnica, incluindo a utilização de um sistema de recuperação de refrigerante. Alternativamente, um recipiente do refrigerante evacuado, arrefecido pode ser ligado ao lado de baixa pressão de um sistema de refrigeração, de tal modo que o refrigerante gasoso seja aspirado para dentro do recipiente evacuado e removido. Além disso, um compressor pode ser ligado a um sistema de refrigeração para bombear o refrigerante do sistema para um recipiente evacuado. À luz da descrição acima, aqueles com conhecimento corrente da técnica serão prontamente capazes de remover lubrificantes contendo cloro de sistemas de refrigeração e proporcionar um sistema de refrigeração compreendendo uma câmara tendo no interior da mesma um lubrificante à base de hidrocarbonetos e, substancialmente, nenhum refrigerante contendo cloro, de acordo com a presente invenção. 0 passo de introdução (b) da presente invenção compreende introduzir a um lubrificante à base de hidrocarbonetos uma composição compreendendo: (i) um refrigerante; (ii) um tensioactivo; e (iii) um agente solubilizante.

Pode-se utilizar na presente invenção, qualquer um de uma ampla variedade de refrigerantes que não contêm cloro. Os exemplos de refrigerantes adequados para utilização na presente invenção incluem HFCs, tais como 1,1,1,2-tetrafluoroetano ("R-134a"), pentafluoroetano ("R-125"), difluorometano ("R-32"), isómeros de trifluoroetano ("R-143" e "R-143a"), isómeros de pentafluoropropano (por exemplo, "R-245fa", "R-245ea", "R-245ca" e "R-245eb") e 7 misturas destes, tais como R-407A, R-407B, R-407C, R-410A, R-404A, R-507A, R-508A e R-508B. O tensioactivo utilizado na presente invenção pode ser qualquer tensioactivo que, quando adicionado a uma composição compreendendo um componente de lubrificante à base de hidrocarbonetos e um componente refrigerante que não contém cloro, aumenta a solubilidade ou dispersibilidade de um componente no outro em, pelo menos, 1% (absoluto) em peso da composição lubrificante/refrigerante. Preferencialmente, o tensioactivo utilizado aumenta a solubilidade ou dispersibilidade de um componente no outro em, pelo menos 2% (absoluto) e, ainda mais preferencialmente, em pelo menos 5% em peso (absoluto). Por exemplo, uma composição do Refrigerante A e do Lubrificante B numa composição de fase única quando esta compreende até, e inclusive, mas não mais de 10% em peso da composição do Refrigerante A. Com a adição de um tensioactivo C, a mesma composição permanece como uma composição de fase única até e inclusive 15% em peso da composição do Refrigerante A. Para a finalidade da presente invenção, o tensioactivo C é levado em consideração para aumentar a solubilidade do Refrigerante A no Lubrificante B em 5% em peso.

Em certas formas de realização preferidas, o tensioactivo utilizado aumenta a solubilidade e/ou dispersibilidade do refrigerante no lubrificante à base de hidrocarbonetos e aumenta a solubilidade e/ou dispersibilidade do lubrificante à base de hidrocarbonetos no refrigerante. Embora os requerentes não desejem ficar ligados por ou a qualquer teoria de funcionamento, crê-se que o tensioactivo, em tais formas de realização, 8 intensifica a solubilidade e/ou dispersibilidade reduzindo a tensão interfacial entre as duas camadas de líquido. Tipicamente, em tais formas de realização, o tensioactivo é solúvel no lubrificante. De acordo com certas formas de realização preferidas, o tensioactivo é solúvel tanto no refrigerante como no lubrificante.

Os exemplos de tensioactivos adequados para utilização na presente invenção estão descritos na Patente U.S. No. 5,254,280 e incluem: sulfonatos; ácidos sulfónicos aromáticos substituídos por alquilo de cadeia longa; fosfonatos; tiofosfonatos; fenolatos; sais metálicos de fenóis de alquilo; sulfuretos de alquilo; produtos da condensação de alquilfenolaldeído; sais metálicos de salicilatos substituídos; oligómeros ou polímeros N-substituídos dos produtos da reacção de anidridos insaturados e aminas. Outros tensioactivos adequados incluem: tensioactivos não iónicos do tipo polioxietileno, tais como éteres alquílicos de polioxietileno, éteres alcenílicos de polioxietileno, éteres arílicos de polioxietileno, éteres polialquilarílicos, ésteres de ácido gordo de polioxietileno, ésteres de ácido gordo de polioxietileno sorbitano e ésteres de ácido gordo de polioxietileno sorbitol; copolímeros e metacrilatos com compostos N-substituídos, tais como N-vinil pirrolidona ou dimetilaminoetil metacrilato; copolímeros que incorporam ligações de poliéster, tais como copolímeros de anidrido maleico-acetato de vinilo; e outros. Os grupos alquilo dos éteres alquílicos de polioxietileno são, preferencialmente, grupos alquilo de cadeia linear ou ramificada tendo de cerca de 1 a cerca de 15 átomos de carbono que podem, opcionalmente, estar ainda substituídos com flúor. Os grupos arilo dos éteres arílicos de polioxietileno, 9 preferencialmente, são grupos aromáticos tendo de cerca de 6 a cerca de 20 átomos de carbono. Tais grupos aromáticos podem, opcionalmente, estar ainda substituídos com flúor. De acordo com certas formas de realização preferidas, o tensioactivo é um éter alquílico de polioxietileno.

Embora os requerentes não desejem ficar ligados por ou a qualquer teoria de funcionamento, crê-se que os agentes solubilizantes, de acordo com a presente invenção, actuam como veículos para o tensioactivo e auxiliam o tensioactivo a intensificar a miscibilidade dos lubrificantes à base de hidrocarbonetos e refrigerantes. Em certas formas de realização da presente invenção, o tensioactivo é prontamente solúvel em lubrificantes à base de hidrocarbonetos, mas são significativamente menos solúveis em refrigerantes. Em concordância, um agente solubilizante que é relativamente solúvel tanto em lubrificantes à base de hidrocarbonetos como refrigerantes e, no qual um tensioactivo da presente invenção é solúvel, pode ser utilizado para transportar o tensioactivo entre o lubrificante e o refrigerante a fim de intensificar a miscibilidade do mesmo. Crê-se ainda que, tanto o tensioactivo como o agente solubilizante, independentemente, intensificam a solubilidade e a dispersibilidade do refrigerante no lubrificante.

Pode-se utilizar na presente invenção, qualquer um de uma ampla variedade de agentes solubilizantes. Os agentes solubilizantes adequados incluem lubrificantes de polialcileno glicol, tais como os polipropileno glicóis de cadeia linear ou ramificada, polibutileno glicóis e copolímeros aleatórios ou ordenados de óxido de etileno, óxido de propileno e/ou óxido de butileno em qualquer 10 combinação. Os polialcileno glicóis podem ter grupos terminais hidroxilo e/ou unidades terminais para coroar uma ou mais extremidades da molécula. As unidades adequadas para coroar o polialcileno glicol da presente invenção incluem: grupos alquilo ou arilo fluorados; grupos alquilo ou arilo não fluorados; grupos éster e misturas destes. Além disso, os lubrificantes de éster e diéster à base de ácidos tendo cadeias lineares ou cadeias ramificadas de cerca de 3 a cerca de 15 átomos de carbono e álcoois, tais como, por exemplo, pentaeritritol, neopentil glicol, glicerina ou trimetilolpropano são adequados para utilização como agentes solubilizantes na presente invenção. Os éteres polivinílicos (PVEs) são também adequados como agentes solubilizantes. Os PVEs são, de uma maneira genérica, caracterizados pela fórmula -[CH2CHOR1]n-[CH2CHOR2 ] m- em que Ri e R2 são, independentemente, grupos aromáticos ou alquilo contendo de cerca de 1 a cerca de 15 átomos de carbono com, pelo menos um de m ou n não sendo zero e variando de 3 a 20. Os PVEs adequados para utilização na presente invenção podem, opcionalmente, estar substituídos com flúor ou heteroátomos, tais como oxigénio, azoto e enxofre. Em cercas formas de realização preferidas, o agente solubilizante é um polialcileno glicol tendo mais unidades derivadas de óxido de butileno do que de óxido de propileno e não mais de um percentual molar de 10 de óxido de etileno. Em outras certas formas de realização preferidas, os agentes solubilizantes são polibutileno glicóis tendo grupos terminais hidroxilo ou polibutileno glicóis de cadeia linear ou ramificada tendo coroas orgânicas numa ou mais extremidades da molécula, tais como aquelas descritas na Patente U.S. No. 5,154,846. Em certas formas de realização mais preferidas, o agente 11 solubilizante é um polibutileno glicol de cadeia linear ou ramificada tendo grupos terminais hidroxilo. A viscosidade dos agentes solubilizantes utilizados na presente invenção pode compreender qualquer viscosidade adequada para uma aplicação em particular. Em certas formas de realização preferidas, a viscosidade do agente solubilizante utilizado na apresente invenção é de cerca de 1 a cerca de 20 centistokes a 100°C. Mais preferencialmente, o agente solubilizante tem uma viscosidade de cerca de 1 a cerca de 10 centistokes a 100°C e, ainda mais preferencialmente, de cerca de 1 a cerca de 5 centistokes a 100°C.

Os procedimentos para a preparação de polialcileno gl icóis adequados para utilização na presente invenção são bem conhecidos. Por exemplo, a Patente U.S. No. 5,254,280, descreve métodos para preparar polibutileno glicóis tendo coroas de grupo alquilo fluorado. Uma ampla variedade de lubrificantes de polialcileno glicol estão, também, disponíveis comercialmente, por exemplo, polipropileno glicóis e polibutileno glicóis tendo grupos terminais hidroxilo estão disponíveis da Dow Chemical. Vários lubrificantes à base de éster estão também disponíveis comercialmente, incluindo, por exemplo, Mobil EAL 22, um lubrificante à base de éster tendo uma viscosidade de 32 centistokes a 37°C.

Para além do refrigerante, tensioactivo e agente solubilizante, a composição introduzida nos lubrificantes à base de hidrocarbonetos, de acordo com a presente invenção, pode incluir outros aditivos ou materiais do tipo utilizado nas composições de refrigerantes para intensificar o seu 12 desempenho em sistemas de refrigeração. Por exemplo, a composição pode incluir também aditivos de pressão extrema e anti-desgaste, melhoradores da estabilidade térmica e oxidação, inibidores de corrosão, melhoradores do índice de viscosidade, depressivos do ponto de fluidez e floculação agentes anti-espumantes, lubrificantes solúveis tanto no lubrificante à base de hidrocarbonetos como no refrigerante que não contém cloro, regulador da viscosidade e outros. Exemplos de tais aditivos estão descritos na Patente U.S. 5,254,280.

Quaisquer quantidades adequadas do refrigerante, tensioactivo e agente solubilizante podem ser utilizadas na prática da presente invenção. De uma maneira geral, a proporção de peso de lubrificante à base de hidrocarbonetos para refrigerante que não contém cloro é de cerca de 0,1 a cerca de 60 partes em peso de lubrificante por 100 partes em peso de refrigerante. Preferencialmente, a quantidade de lubrificante à base de hidrocarbonetos para refrigerante que não contém cloro é de cerca de 15 a cerca de 50 partes em peso de lubrificante para 100 partes em peso de refrigerante e, ainda mais preferencialmente, de cerca de 15 a cerca de 30 partes em peso de lubrificante para 100 partes em peso de refrigerante.

Além disso, a proporção de peso de agente solubilizante para lubrificante à base de hidrocarbonetos é, preferencialmente, de cerca de 1 a cerca de 50 partes em peso de agente solubilizante para 100 partes em peso de lubrificante à base de hidrocarbonetos e, mais preferencialmente, de cerca de 5 a cerca de 30 partes em peso de agentes solubilizante para 100 partes em peso de lubrificante à base de hidrocarbonetos e, ainda mais 13 preferencialmente, de cerca de 5 a cerca de 20 partes em peso de agente solubilizante para 100 partes em peso de lubrificante à base de hidrocarbonetos. A proporção de peso de tensioactivo para lubrificante à base de hidrocarbonetos é, preferencialmente, de cerca de 0,01 a cerca de 10 partes em peso de tensioactivo para 100 partes em peso de lubrificante à base de hidrocarbonetos e, ainda mais preferencialmente, de cerca de 1 a cerca de 5 partes em peso de tensioactivo para 100 partes em peso de lubrificante à base de hidrocarbonetos.

Pode-se utilizar na presente invenção, qualquer um de uma ampla variedade de métodos para introduzir a composição refrigerante num sistema de refrigeração compreendendo um lubrificante à base de hidrocarbonetos. Por exemplo, um método compreende ligar um recipiente de refrigerante ao lado de baixa pressão de um sistema de refrigeração e ligar o compressor do sistema de refrigeração para impulsionar o refrigerante para dentro do sistema. Em tais formas de realização, o recipiente de refrigerante pode ser colocado numa balança, de modo que a quantidade de composição refrigerante que entra no sistema possa ser monitorizada. Quando uma quantidade desejada de composição refrigerante tiver sido introduzida no sistema, a carga é interrompida. Alternativamente, uma ampla variedade de instrumentos, conhecidos dos especialistas na técnica, estão disponíveis comercialmente. Deste modo, à luz do acima descrito, os especialistas na matéria estarão prontamente capacitados a introduzir composições sem cloro em sistemas de refrigeração, de acordo com a presente invenção, sem experimentação desnecessária. 14

EXEMPLOS

Com fins ilustrativos, a presente invenção é descrita em relação aos seguintes exemplos do presente método e exemplo comparativo.

Exemplo 1 0 exemplo a seguir ilustra uma utilização do presente método com um sistema de ar condicionado.

De um sistema de ar condicionado contendo clorodifluorometano ("R-22") e óleo mineral, o R-22 é removido. É feita uma mistura de R-407C, polibutileno glicol e tensioactivo. A mistura é adicionada ao sistema. 0 sistema funciona de maneira satisfatória. A capacidade do sistema é de 10% da capacidade de um sistema que compreende uma mistura de R-407C e um lubrificante à base de éster. Isto indica que não há problemas de retorno de óleo.

Exemplo 2 O exemplo a seguir ilustra uma utilização do presente método com um sistema de ar condicionado.

De um sistema de ar condicionado contendo clorodif luorometano ("R-22") e óleo mineral, o R-22 é removido. É feita uma mistura de R-407C, PGB 503 (um polibutileno glicol tendo um peso molecular de 503 e uma viscosidade de 45 centistokes a 37°C) e Brij 97 (Ci8H35 (OCH2CH2) nOH, em que n é cerca de 2) . A mistura é adicionada ao sistema. O sistema funciona de maneira satisfatória. A capacidade do sistema é de 10% da 15 capacidade de um sistema que compreende uma mistura de R-407C e um lubrificante à base de éster. Isto indica que não há problemas de retorno de óleo.

Exemplo 3 0 exemplo a seguir ilustra uma utilização do presente método com um sistema de ar condicionado.

De um sistema de ar condicionado contendo clorodifluorometano ("R-22") e óleo mineral, o R-22 é removido. É feita uma mistura de R-407C, Mobil EAL 22 (um lubrificante à base de éster tendo uma viscosidade de 32 centistokes a 37°C) e Brij 97 (C18H35 (OCH2CH2) n0H, em que n é cerca de 2). A mistura é adicionada ao sistema. 0 sistema funciona de maneira satisfatória. A capacidade do sistema é de 10% da capacidade de um sistema que compreende uma mistura de R-407C e um lubrificante à base de éster. Isto indica que não há problemas de retorno de óleo.

Exemplo 4 O exemplo a seguir ilustra uma utilização do presente método com um sistema de ar condicionado.

De um sistema de ar condicionado contendo clorodif luorometano ("R-22") e óleo mineral, o R-22 é removido. Uma mistura de R-32 (22,5% em peso), R-125 (24,5% em peso), R-134a (51% em peso) e R-600 (butano) (2% em peso) é combinada com Mobil EAL 22 e Brij 97 para formar uma composição refrigerante. A composição é adicionada ao sistema. O sistema funciona de maneira satisfatória. A capacidade do sistema é de 10% da capacidade de um sistema 16 que compreende uma mistura de R-407C e um lubrificante à base de éster. Isto indica que não há problemas de retorno de óleo.

Exemplo Comparativo 1

Este exemplo comparativo ilustra a miscibilidade de uma composição de arrefecimento consistindo em 10% em peso de refrigerante e 90% em peso de óleo mineral.

Uma mistura de R-407C e óleo mineral Suniso 3G foi preparada num tubo de vidro a 25°C. Quando a concentração do R-407C era de 10% em peso e a concentração do óleo era de 90% em peso, a mistura tinha uma fase. Quando a temperatura foi baixada para 0°C, a mistura tornou-se turva e aparecerem duas fases liquidas. Quando a concentração do refrigerante foi aumentada para 14% em peso, havia duas fases liquidas a 25°C.

Exemplo Comparativo 2

Este exemplo comparativo ilustra a miscibilidade de uma composição de arrefecimento consistindo em 90% em peso de refrigerante e 10% em peso de óleo mineral.

Uma mistura consistindo em 90% em peso de R-407C e 10% em peso de óleo mineral Suniso 3G foi preparada num tubo de vidro a 25°C. A mistura tinha duas fases.

Lisboa, 27 de Setembro de 2006

Claims

1 REIVINDICAÇÕES 1. Método para recarregar um sistema de refrigeração do tipo gue contém um refrigerante contendo cloro e um lubrificante, compreendendo os passos de: (a) remover o referido refrigerante contendo cloro do referido sistema de refrigeração e, ao mesmo tempo, deixar uma porção substancial do lubrificante no referido sistema; e (b) introduzir no referido lubrificante deixado no referido sistema uma composição compreendendo: (i) um refrigerante; (ii) um tensioactivo; e (iii) um agente solubilizante seleccionado de um polialcileno glicol ou um éter polivinilico.

2. Método de acordo com a reivindicação 1, em que o referido refrigerante que não contém cloro compreende um HFC.

3. Método de acordo com a reivindicação 1, em que o referido refrigerante que nao contém cloro é R-407C.

4. Método de acordo com a reivindicação 1, em que 0 tensioactivo compreende um tensioactivo não iónico do tipo polioxietileno.

5. Método de acordo com a reivindicação 3, em que o tensioactivo é um tensioactivo nao iónico do tipo polioxietileno. 2

6. Método para recarregar um sistema de refrigeração compreendendo os passos de: (a) proporcionar um sistema de refrigeração compreendendo uma câmara tendo um lubrificante à base de hidrocarboneto e, substancialmente, nenhum refrigerante de clorofluorocarboneto; e (b) introduzir na referida câmara uma composição compreendendo: (i) um refrigerante que não contém cloro; (ii) um tensioactivo; e (iii) um agente solubilizante seleccionado de um éter polivinilico ou um polialcileno glicol.

7. Método de acordo com a reivindicação 6, em que o referido refrigerante que não contém cloro compreende um HFC.

8. Método de acordo com a reivindicação 7, em que o referido refrigerante que não contém cloro é R-407C.

9. Método de acordo com a reivindicação 7, em que o referido tensioactivo compreende um tensioactivo não iónico do tipo polioxietileno. Lisboa, 27 de Setembro de 2006