PT88211B

PT88211B - Dispositivo de proteccao sanitaria, auto-alinhado, modelado anatomicamente

Info

Publication number: PT88211B
Application number: PT88211A
Authority: PT
Inventors: Frederich O Lassen; Anna M Cesco-Cancian; Dawn M Huffman
Original assignee: Kimberly Clark Co
Priority date: 1987-08-06
Filing date: 1988-08-05
Publication date: 1993-09-30
Also published as: DE3889161D1; EP0302523A3; ES2051281T3; EP0302523B2; US4804380A; JP2901252B2; CA1306833C; PH24928A; DE3889161T3; KR0132213B1; DE3889161T2; MX164734B; EP0302523B1; KR890003348A; PT88211A; EP0302523A2; HK21495A; AU625733B2; ES2051281T5; TR28715A

Description

KIMBERLY-CLARK CORPORATION

Dispositivo de protecção sanitária, auto-alinhado, modelado anatomicamente .Campo técnico

A presente invenção refere-se genericamente ao campo dos dispositivos para a absorção de exsudados corporais, em particular a toalhetes higiénicos para a higiene pessoal feminina. Os pensos segundo a presente invenção têm também aplicação na absorção de urina devida a uma incontinência em grau reduzido.

Técnica básica

Têm sido realizadas muitas configurações de dispositivos e utensílios catameniais. Genericamente, têm sido proporcionados dois tipos básicos de dispositivo de protecção feminina. Tais dispositivos são toalhetes ou pensos higiénicos para uso externo e tampões desenvolvidos para permanência no interior da cavidade vaginal e interrupção do fluxo menstrual da mesma. Cada um destes dispositivos tem vantagens distintas. Têm também sido propostos dispositivos híbridos para combinar características estruturais de ambos num tipo único de dispositivo .

Foi proposta na patente de invenção norte-americana n^ 4 631 062 - F.O. Lassen et al. uma almofada labial que é particularmente vantajosa pelo facto de ser uma almofada discreta, confortável e altamente eficiente. Porém, embora esta almofada tenha sido particularmente bem sucedida no funcionamento /

como dispositivo catamenial, quando aplicada apropriadamente, dimensões e a sua concepção única tornou dias suas pequenas fícil das utilizadoras quanto à sua colocação correcta.

Foi proposto na patente de invenção norte-americana N9

405 melhorar a colocação do

673 dispositivo catamenial da patente de invenção norte-americana n2 4 631 062 de Lassen et al. proporcionando um indicador na face do lado do corpo da almofada para ajudar a colocação apropriada da almofada no corpo da utilizadora. Embora as almofadas de Lassen et al. atrás mencionadas se tenham comportado bem, apresentam a dificuldade de não serem bem aceites pelas consumidoras visto serem tão pequenas que as utilizadoras não as acham credíveis quanto à sua eficiência. Além disso, para uma maior eficácia elas têm de ser primeiramente colocadas no corpo e depois mantidas no seu lugar pela roupa interior. Isso é contrário à prática comum das consumidoras que colocam as almofadas na roupa antes de as aplicar ao corpo.

Portanto, existe uma necessidade de uma almofada com as vantagens de eficácia de Lassen et al. referidas antes, com maior flexibilidade no processo de colocação no corpo e com uma maior dimensão, mais credível para as utilizadoras.

Descrição da invenção objecto da presente invenção consiste em vencer estes inconvenientes dos dispositivos catameniais da técnica ante rior .

Um outro objecto da presente invenção consiste em formar uma almofada feminina auto-alinhada para manter o posiciona/ /

~~7,.

mento correcto da almofada no corpo.

Um outro objecto da presente invenção consiste em proporcionar uma almofada qua resista ao enfolamento e à torção, quando é usada.

Um outro objecto adicional da presente invenção consiste em criar uma almofada feminina que seja discreta e confortável, quando é usada.

Estes e outros objectos da presente invenção são geralmente conseguidos formando um dispositivo de protecção feminina usado externamente, modelado em três dimensões, que foi modelado mecanicamente por dobragem, moldação ou por outras técnicas de modelação, de tal modo que possui uma porção elevada situada no interior da metade ou dos dois terços traseiros do dispositivo que funciona de modo a fazer com que a almofada se ajuste facilmente e se alinhe genericamente no interior das zonas em forma de V invertido da zona abdominal inferior do corpo da mulher, da vulva, do perínio e da porção anterior entre as nádegas. A porção dianteira do dispositivo segundo a presente invenção fica em geral achatada, quando em uso, para cobrir exteriormente a área do monte de Vénus e a área exterior do clitóris. A porção traseira do dispositivo é modelada com uma forma de um pico que se ajusta facilmente e se amolda à forma de V invertido da porção traseira dos lábios, do perínio e da porção dianteira da área entre as nádegas.

Breve descrição dos desenhos

As figuras dos desenhos anexos representam:

A fig. 1, uma vista de cima da almofada segundo a presente invenção;

A fig. 2, uma vista de lado de uma almofada de acordo

com a fig. 1;

A fig. 3, uma vista de baixo da almofada da fig. 1; As fig. 4 e 5? vistas de topo da almofada da fig. 1;

A fig. 6, uma vista em perspectiva da almofada da fig. 1;

A fig. 7, uma vista com corte transversal da almofada da fig. 6, feito pela linha (7-7);

A fig. 8, uma vista com corte transversal da almofada da fig. 6, feito pela linha (8-8);

A fig. 9» uma vista em corte transversal da almofada da fig. 6, pela linha (9-9);

A fig. 10, uma vista de trás de um corpo com uma almofada segundo a presente invenção colocada no seu lugar;

A fig. 10A, uma vista em corte transversal da fig. 10, sendo o corte feito pela linha (10A) da fig. 10;

As fig. 11, 12, 13, 14 e 15, vistas de cima, de lado, de baixo e de topo de uma outra almofada segundo a presente invenção ;

	A fig. 16, uma vista	de	cima de uma	outra almofada
segundo a presente invenção	;
	A fig. 17, uma vista	em	perspectiva	da almofada da	fig.
16;
	A fig. 18, uma almofada	da fig. 16,	modelada como <	quando
está	em uso;
	A fig. 19, uma vista	de	cima de uma	outra almofada	se-
gundo	a presente invenção;
	A fig. 20, uma vista	em	perspectiva	da almofada da	fig.

antes da dobragem;

A fig. 21, a almofada da fig. 20 dobrada como quando está em uso;

As fig. 22, 23 e 24, vistas de cima, em perspectiva e dobrada de uma almofada em forma de ampulheta segundo a presente invenção;

A fig. 25, uma vista em perspectiva de uma outra forma de realização da almofada segundo a presente invenção;

A fig. 26, uma vista com arranque parcial da almofada da fig. 25;

A fig. 27, uma vista em corte transversal da almofada da fig. 26, com corte transversal feito pela linha (2-2);

A fig. 28, uma vista em corte transversal da almofada da fig. 26 em corte transversal feito pela linha (4—4);

A fig. 29, uma vista com arranque parcial de outra almofada segundo a presente invenção;

A fig. 30, uma vista em corte transversal da almofada da fig. 29 feito pela linha (5-5);

A fig. 31, uma vista em corte transversal da almofada da fig. 29, feito pela linha (6-6);

A fig. 32, uma vista com arranque parcial de uma almofada segundo a presente invenção;

A	fig. 33,	uma	vista	em	perspectiva da almofada da fig.
32 dobrada;
A	fig. 34-,	uma	vista	de	baixo da almofada	da	fig. 33
dobrada;
A	fig. 35,	uma	vista	com arranque parcial	da	almofada

da fig. 33 colocada numa embalagem; e

A fig. 36, uma vista de outra almofada segundo a presente invenção.

Formas de realização da invenção

A protecção higiénica feminina tradicional provém geralmente de duas origens, isto é, ou toalhetes higiénicos ou tampões. Cada um deles tem certos inconvenientes. Os toalhetes higiénicos são concebidos para ser usados externamente e como tais são susceptíveis de falhas devido ao enfolamento lateral e ao desvio. A maioria das almofadas são também planas e muito volumosas e devido à sua geometria achatada não se amoldam facilmente aos contornos da anatomia feminina e tendem portanto a permitir fugas prematuras pelos lados. De facto, em geral contam com os movimentos e as pressões do corpo da utilizadora e das roupas para provocar a sua adaptação às curvaturas do corpo. Devido a isso, as almofadas não formam um interface correct.a nem se amoldam bem ao corpo e os movimentos normais da marcha tendem a fazer com que o bordo lateral da almofada se insira nos refegos das nádegas em vez de se alinharem uniformemente ao longo do eixo central do corpo. Durante o uso, a extremidade das almofadas convencionais tende a ficar sem ser utilizada. Por outro lado, as almofadas convencionais são geralmente compridas e volumosas na parte traseira, ficando portanto salientes de modo a ficar visíveis sob certos tipos de vestuário justo. Devido a estes vários problemas, os fluidos tendem a aglomerar-se na superfície e por isso geralmente apresentam falhas laterais em vez de falhas nos topos.

Por sua vez, os tampões são muito mais pequenos do que as almofadas, visto serem concebidos para utilização no interior da cavidade vaginal. Os tampões, não tendo embora o vo7 -

lume exterior das almofadas, têm certos inconvenientes. Conforme o tampão, há dificuldades de inserção, desconforto interior durante a sua permanência, dificuldades de remoção, bem como aversão psicológica e moral de certas mulheres pela inserção vaginal.

Conceberam-se almofadas interlabiais que, com diversos graus de êxito, combinam as melhores características dos tampões e das almofadas, evitando os inconvenientes dos mesmos. Historicamente, a protecção da mulher com meios grandes e as almofadas pequenas convencionais são consideradas úteis apenas para um fluxo ligeiro. Portanto, devido às suas dimensões relativamente pequenas, os produtos labiais, que são o equivalente funcional das almofadas grandes, padecem da insegurança das utilizadoras relativamente às dimensões e da resistência à aprendizagem da sua aplicação correcta.

A presente invenção, devido à sua forma e construção únicas, vence muitos dos inconvenientes dos dispositivos menstruais atrás referidos. Os tampões são geralmente considerados como sendo mais confortáveis, convenientes e especialmente menos húmidos e sujos do que as almofadas, pelo facto de serem usados internamente. A natureza externa da presente invenção vence os estigmas da inserção relacionados com os tampões. Por outro lado, devido à sua forma, a presente invenção é mais confortável e mais fácil de trazer e colocar do que os produtos externos convencionais e aproxima-se do conforto e conveniência dos tampões. A configuração da presente invenção que se adapta facilmente à anatomia feminina, permite a intercepção do fluido na vulva na junção exterior dos lábios e proa porciona uma característica de auto-alinhamento que resolve muitos dos problemas da colocação, das características de mo-

/ ” lhado e sujo e de outros problemas de conforto dos produtos externos convencionais. As dimensões relativamente grandes da presente invenção vencem a insegurança relacionada com a pequenez e os problemas de colocação de alguns produtos labiais. Embora não se amolde ao vestíbulo como os produtos labiais, ajusta-se muito melhor à curvatura exterior da vulva e dos lá bios do que os toalhetes e almofadas planos convencionais. Apresenta também características de intercepção dos fluidos, da formação de manchas no topo e de secura da superfície muito mais próximas das dos produtos labiais do que as almofadas convencionais com uma composição semelhante. De facto, a presente invenção proporciona, visualmente, percepçoes de protecçao e segurança que são superiores quer aos produtos planos com dimensões convencionais, quer aos produtos labiais muito mais pequenos.

A presente invenção proporciona uma almofada construída e modelada de tal modo que permite que a porção dianteira da mesma se ajuste e adapte à porção dianteira achatada dos órgãos genitais femininos e ao abdómen inferior, enquanto a porção traseira das almofadas se alinha e se ajusta confortavelmente às zonas com pregas da nádega e do perínio, numa medida tal que permite uma intercepção exterior surpreendentemente eficaz do exsudado, enquanto ao mesmo tempo proporciona à utilizadora a segurança psicológica geralmente associada aos toalhetes e almofadas convencionais grandes e planos. A almofada absorvente segundo a presente invenção proporciona um melhor alinhamento

- 9 com a anatomia feminina e um contacto mais estreito com a vulva do que é possível com as almofadas planas correntes. 0 alinhamento melhorado da almofada minimiza o enfolamento e a torção, ao mesmo tempo que proporciona a recolha eficiente do exsudado. Além disso, a almofada é confortável e discreta em uso, pois está estreitamente conformada com a anatomia. A eficácia da almofada segundo a presente invenção é surpreendente, uma vez que se considerava anteriormente que uma almofada dobrada em uso formando um V invertido ficaria sujeita a derrames. A almofada segundo a presente invenção, com lados longitudinais geralmente paralelos e extremidades redondas, é passível de ser modelada por baixo custo e não requer a utilização de materiais exóticos nem técnicas especiais de modelação. Estas e outras vantagens da presente invenção serão aparentes na descrição pormenorizada seguinte.

As fig. 1 a 5 são vistas de cima, de lado, de baixo e duas de topo de uma almofada (10) segundo a presente invenção. A almofada tem uma parte superior (12) e extremidades (14) e (16). A almofada está provida de uma tira de despegamento (18) nas costas da área dianteira (30) cobrindo duas linhas de adesivo (20) e (22). A almofada tem um bordo (24) no qual a cobertura (26) está ligada à folha de suporte (28). A porção da almofada que forma a extremidade dianteira (14) em utilização é geralmente plana, como se vê melhor em (30) na fig. 2. A porção traseira (32) está provida de um pico (34). A área central do pico (34-) é mantida por pontos de adesivo (36), (38) e (40) nas costas (13) da almofada (10).

seu inicio na área (42) até ao seu fim (44). Em utilização, a almofada (10) é colocada de modo que a área dianteira achatada (30) se estende geralmente pela porção dianteira da anatomia feminina, no monte de Vénus e na porção dianteira dos lábios. A porção elevada (32) que se estende de (42) a (44) começa geralmente na porção traseira da fenda pudenda dos lábios adjacentes ao vestíbulo e estende-se até ao períneo e às nádegas. A situação exacta da porção elevada varia rá conforme a almofada seja suficientemente comprida para se estender até à área das nádegas.

As fig. 6 a 9 ilustram numa vista em perspectiva na fig. 6 e em vistas em corte transversal nas fig. 7 a 9, a almofada (10) tal como ela ficaria configurada quando em uso. A extremidade dianteira (30) seria côncava para se amoldar ao monte de Vénus e ao abdómen inferior. A porção traseira (16) seria elevada para colocação entre as pernas, no períneo e entre as nádegas. Como se ilustra nas vistas em corte, a parte absorvente é constituída por duas secções (46) e (48). A secção (46) é principalmente uma camada de transferência que transfere fluidos afastando-os do lado do corpo do elemento de cobertura (26).

A fig. 10 é uma vista traseira de uma mulher com a almofada (10) colocada no seu lugar. A vista é uma vista de trás com as nádegas (64) e (66) e as pernas (68) e (70). A fig. 10A, na linha de corte (10A-10A) da fig. 10, é uma vista de uma almofada da presente invenção colocada como em uso. A almofada (10) é colocada no corpo (50) feminino. 0 corpo tem a abertura vaginal (52), a abertura uretral (54) e o recto

F(56). A porção achatada ou côncava da almofada (50) é colocada contra a área púbica. A almofada, quando em uso, está situada a uma certa distância do clitóris (58). A porção elevada da almofada (54) é geralmente exterior aos lábios. Contudo, na área do vestíbulo (60) pode estender-se um tanto entre os lábios. A almofada (10) termina na área perineal (62) e não se estende praticamente até ao recto (56). Porém, as almofadas compridas segundo a presente invenção podem estender-se mais para além e ser confortáveis visto a secção elevada (34) se ajustar confortavelmente entre as nádegas.

As fig. 11 a 14 são vistas de uma outra forma de realização segundo a presente invenção. A almofada (80) tem uma porção elevada (82) e uma porção achatada (84). A almofada está provida de porções adesivas estendidas (85) e (86) que são cobertas por tiras de despegamento (88) e (90). A área central da porção elevada (82) é mantida na sua posição por áreas adesivas (92), (94) e (96) para a fixação segura ao vestuário interior da utilizadora.

As fig. 16, 17 e 18 ilustram uma almofada (102) de secção decrescente que tem uma porção mais larga (104-) na frente, e estreita até a parte traseira mais estreita (106). A almofada tem um bordo (108) onde se unem o forro (110) do lado do corpo e a camada de suporte, não representada. Como se ilustra na fig. 18, a almofada é modelada com a forma desejada para as almofadas segundo a presente invenção, a porção dianteira (104) forma uma porção achatada ou côncava para se adaptar à área púbica, dianteira e aos lábios da utilizadora, enquanto a porção traseira (106) forma um pico (112) para colocação na prega da área perineal e das nádegas.

As fig. 19 a 21 ilustram uma almofada (120) que está

representada por uma vista de cima antes da dobragem. A fig. 19 tem uma porção traseira maior (122) do que a porção dianteira (124). As vistas em perspectiva da almofada (120) das fig. 20, antes da dobragem, e 21, depois da dobragem, para a modelação, ilustram que a almofada depois de ser dobrada para ser modelada tem uma porção dianteira (124) e uma porção traseira (122) com um pico elevado (126). 0 pico elevado (126), quando modelado a partir da porção mais larga da almofada, provoca a formação de concavidades na área dianteira (124).

A forma de realização das fig. 22, 23 e 24 é uma almofada (130) com a forma de ampulheta com porções mais estreitas nos bordos longitudinais (132) e (134). A almofada, depois da dobragem, tem a área do pico elevada (136) na porção traseira (138). A porção dianteira (140) mantém-se geralmente achatada e amoldar-se-á à área púbica e aos lábios dianteiros da utilizadora.

Nas fig. 25, 26, 27 e 28 está ilustrada uma almofada (150) provida de um material absorvente (152), que é mais espesso na área elevada (154). 0 material absorvente (152) é fendido e depois as áreas da fenda viradas para cima, em (156), para formar uma porção central elevada na porção traseira (158) da almofada (150). Esta porção mais espessa (156) é depois coberta por uma camada de transferência macia (159) que serve para transferir os fluidos para o material absorvente (152). A orientação das fibras na porção elevada (160) facilita a absorção rápida na área do pico (154-). A cobertura do lado do corpo (162) é selada no vestuário ou na camada de suporte (164) na vedação lateral (166). A porção dianteira

teira da utilizadora.

Nas fig. 29, 30 e 31 está representada uma forma de realização da almofada (170) com uma estrutura absorvente de duas camadas preferida. A estrutura é de custo reduzido e eficiente pois contém uma camada do lado do corpo (172) de polpa de madeira de baixa densidade e uma camada inferior (174) de penugem compactada. 0 forro (176) do lado do corpo permeável aos líquidos sobrepõe-se à camada de baixa densidade (172), enquanto a camada de suporte impermeável (178) fica por baixo da camada compactada. Esta estrutura proporciona uma boa transferência de fluidos através da camada superior menos densa (172) para absorção na camada compactada (174). Pela transmissão de fluido para a camada inferior (174), a cobertura (176) mantém-se mais seca.

As fig. 32 a 35 ilustram uma almofada (180) segundo a presente invenção que é conveniente para modelar e embalar. A almofada (180) está provida de uma cobertura permeável (182). A estrutura absorvente é formada por uma camada de transferência superior menos densa (184) e uma camada inferior mais densa absorvente (186). 0 elemento de suporte (188) é formado por uma folha de polímero impermeável. A cobertura (182) e a folha de suporte (188) são seladas mutuamente, pelo calor ou por adesivo, no bordo (190). A almofada que se vê na fig. 33 em perspectiva e na fig. 34 de trás, é dobrada e o centro da dobra mantido no seu lugar numa extremidade por áreas com cola (192), (194) e (196). A almofada (180) está provida de uma tira de despegamento (198) e duas linhas de adesivo (200) e (202) na extremidade dianteira da almofada. Como se ilustra na fig. 35, a almofada (180), quando dobrada, pode ser facilmente embrulhada numa pequena embalagem (204).

A fig. 36 ilustra uma outra forma de realização da presente invenção na qual a almofada (210) tem uma porção que se eleva para trás (212). A almofada está provida de ranhuras (214) e (216) onde a porção elevada (212) desce para o interior da porção dianteira achatada (218). A almofada (210), se for dobrada pela linha (212) para formar a porção elevada e dobrada pelas linhas (214) e (216) de modo que as porções do bordo (220) e (222) fiquem voltadas uma para a outra, forma um produto dobrado compacto que, quando desembrulhado, tem geralmente a forma exigida para a utilização. As linhas de dobragem nas ranhuras (214) e (216) estendem-se ao longo dos bordos onde a porção elevada (212) sobe a partir da porção dianteira achatada (218) e as ranhuras comprimidas (214) e (216) aproximam-se formando um V na parte da frente da almofada. Pelo contrário, o produto (180) requer mais modelação pelo utilizador antes da aplicação para formar a porção dianteira plana e a porção elevada que se estende para trás.

As almofadas segundo a presente invenção podem ser providas com qualquer estrutura absorvente capaz de absorver os exsudados humanos. Sáo apropriadas para a presente invenção fibras de poliéster, fibras de rayon, fibras de algodão e misturas destas fibras com ou sem tratamento com agentes tensioactivos. As fibras preferidas para a presente invenção são fibras de penugem de madeira e bandas não tecidas de coform. Coform é uma mistura de microfibras de polipropileno formadas por sopragem em fusão com ar e fibras de madeira. Estes materiais são preferidos porque , a penugem de madeira é barata.

coform'^r mantém integridade quando húmido e é também barato. Numa forma preferida da presente invenção a estrutura absorvente pode ser formada por uma ou mais camadas. A camada absor vente para o lado voltado para o corpo seria formada com uma densidade mais baixa, de modo que serviria como camada de transferência para transferir fluido para a camada absorvente adjacente ao elemento de suporte, que seria de maior densidade.

absorvente de maior densidade absorveria de preferência os fluidos provenientes da camada superficial absorvente de baixa densidade. Portanto, a camada por baixo da cobertura permeável ficaria mais seca e a cobertura seria sentida pela utilizadora como mais seca.

A cobertura do lado do corpo ou o forro do lado do corpo pode ser de qualquer material permeável que deixe passar o exsudado humano para a estrutura absorvente. São típicos de tais materiais tecidos, de preferência películas perfurmadas e material de gaze tecido. Polipropileno entrançado e misturas de polipropileno e rayon e estruturas não tecidas termoligadas são apropriados para os produtos segundo a presente invenção. Um material preferido é um material de fibras a granel de poliéster não tecido termoligado com um peso básico de cerca de 10 a 60 gramas, que pode ser ou não tratado com um agente tensioactivo, pois estes materiais proporcionam uma sensação táctil de macieza e secura. Uma cobertura típica é um poliéster em fitas torcidas, vendido com a designação comercial Sontara pela firma E.I. DuPont Company, que é constituído por uma fibra de poliéster com um peso básico de cerca de 34 gramas por metro.

elemento de suporte impermeável aos líquidos pode ser

qualquer material que bloqueie o fluxo de exsudado humano do lado do corpo para a roupa da utilizadora. Materiais típicos deste género são películas poliméricas de polietileno e polipropileno. Além disso, as películas poliméricas podem ser combinadas com um material não tecido, tal como polipropileno de fibras entrançadas para criar uma cobertura exterior semelhante a pano. È também possível utilizar elementos de suporte permeáveis aos vapores e impermeáveis aos líquidos. Numa outra forma de realização da presente invenção, o material de suporte impermeável usado é um material de espuma moldado que proporciona uma forma correcta da almofada sem modelação pela utilizadora.

A almofada foi descrita com duas camadas de material absorvente tendo densidades diferentes como forma de realização preferida. Porém, a almofada poderia ser formada com uma única camada absorvente. È também possível que uma camada de transferência com menor capacidade de absorção possa ser colocada imediatamente por baixo da cobertura do lado do corpo. Um material típico deste género é um material fibroso tal como uma mistura de poliéster e rayon, com caracteristicas mínimas de retenção do fluido. Um tal material transferirá rapidamente fluido da cobertura para o absorvente mas não absorverá uma quantidade significativa do fluido. Outras camadas de transferência podem ser mantos formados por sopragem de ar, ou cardados, de poliéster, rayon ou polipropileno.

A porção elevada da almofada pode ser completamente formada antes do fornecimento da almofada ao consumidor. Em alternativa, a elevação pode estar presente apenas no estado embrionário ou precursor que permita à utilizadora formar a elevação

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no seu estado correcto dobrando a almofada pela dobra preferencial permitida pelo precursor. Tal precursor poderia ser constituído por uma camada absorvente fendida longitudinalmente na porção traseira da almofada ou, como está ilustrado, uma série de pontos de adesivo formando um refego na almofada. Conforme a natureza e a composição do material absorvente e de suporte, a elevação embrionária pode ser formada de várias maneiras, incluindo materiais absorventes que solidificam pelo calor ou contendo termoplásticos ou elementos de suporte termoplásticos. Outras soluções ocorrerão aos entendidos na matéria para atingir a finalidade de proporcionar o precursor da elevação ou a linha de dobra embrionária que, por sua vez, auxiliarão a utilizadora na formação do perfil elevado desejado ou em forma de V invertido da almofada, no qual os lados do corpo da almofada, bem como o lado da almofada afastado do corpo, formam um V invertido com os lados afastando-se inclinados a partir da elevação no lado do corpo e nas costas da almofada.

adesivo que forma um refego no elemento de suporte para proporcionar um ponto inicial para a elevação quando se modela a almofada pode estar situado em qualquer área apropriada. A área onde estão localizados os refegos situa-se geralmente na posição média da metade traseira da almofada. 0 adesivo dos refegos está localizado geralmente de modo a formar uma área dobrada com entre cerca de 3,175 mm e 9,525 ( 1/8- 3/8) no material de suporte. A área com refegos proporciona uma dobra embrionária para facilitar a modelação da almofada para formar a área elevada que se adapta à porção traseira dos lábios, do períneo e das nádegas. 0 adesivo usado pode ser qualquer produto adesivo apropriado, incluindo uma fita cora duas faces e os adesivos hot melt comuns utiliza18

dos nos produtos de higiene feminina e em fraldas. 0 refego ou precursor da elevação pode também ser formado por ligação térmica.

Como atrás se descreveu, as almofadas segundo a presente invenção são geralmente providas com um adesivo de fixação na roupa, sensível à pressão, em pelo menos uma porção do elemento de suporte impermeável ao líquido. 0 adesivo sensível à pressão e a fita de despregamento são quaisquer dos conhecidos na técnica dos produtos de higiene feminina.

As almofadas segundo a presente invenção podem ser formadas com quaisquer dimensões apropriadas para a absorção do exsudado humano. Geralmente, as almofadas têm um comprimento compreendido entre cerca de 17,78 cm e cerca de 30,48cm (7-12). 0 comprimento preferido está geralmente entre cerca de 17,78 cm e 20,32 cm (7-8), pois este comprimento é discreto, eficiente e facilmente aplicável na posição correcta. A largura é geralmente igual a cerca de 5,08 cm a 10,16 cm (2 a 4). A largura preferida é de cerca de 6,35 cm (2,5) para conforto e eficácia da absorção dos fluidos menstruais. Geralmente, almofadas concebidas para a incontinência para serem usadas por mulheres com incontinência urinária ou fecal moderadas são mais compridas e espessas, particularmente na parte traseira, do que as almofadas concebidas para uso menstrual. 0 comprimento e a altura da cristã, pico ou elevação na porção traseira da almofada segundo a presente invenção são determinados pela agudeza da dobra, a disposição da estrutura absorvente e pela localizaçao e comprimento do adesivo que mantém a dobra no seu lugar. A dobra é útil para alinhar a almofada com oc contornos do

corpo quando o dispositivo está a ser posicionado no corpo da utilizadora. Pela utilização de adesivo do tipo sensível à pressão ou coesivo para unir os lados da prega ou dobra, a utilizadora pode selectivamente quebrar parcialmente a secção de adesivos para ajustar a altura da cristã para o maior conforto e protecção para as dimensões particulares do corpo. A natureza de dobrada longitudinalmente da almofada permite que ela seja embalada numa configuração dobrada longitudinalmente, podendo, depois da remoção da embalagem, a porção plana dianteira e a secção elevada traseira da almofada segundo a presente invenção ser ajustadas pela utilizadora ao colocar a almofada no corpo. A porção côncava dianteira da almofada pode ser conseguida invertendo a cristã da porção dobrada junto da parte dianteira da almofada.

Embora a presente invenção tenha sido descrita com referência particular às almofadas catameniais preferidas, ela é também desejável para dispositivos de almofada para protecção contra a incontinência ou outros tipos de descarga vaginal. Além disso, a almofada pode ser modelada em várias dimensões e formas para melhor se adaptar ao corpo das utilizadoras.

Além disso, embora se tenha descrito a almofada como utilizável principalmente por mulheres, almofadas de maiores dimensões com a parte dianteira côncava e a parte traseira elevada seriam também utilizáveis no caso de incontinência masculina. Estas e outras variantes da presente invenção devem ser incluídas na mesma, que apenas é limitada pelos objectivos definidos nas reivindicações anexas.

Claims

Reivindicacões

1. - Almofada para a absorção de exsudado humano compreendendo uma cobertura impermeável exterior, uma tira do lado do corpo permeável aos líquidos e uma estrutura absorvente entre as duas, caracterizada por compreender uma porção dianteira plana que se destina a ser posicionada exteriormente ao clitóris e ao monte de vénus, e uma porção traseira que possui uma cristã elevada nara ser posicionada no alinhamento das pregas do períneo, das nácegas e da porção traseira da fenda pudenda.
2. - Almofada de acordo com a reivindicação 1, caracterizada por a referida cristã da referida porção traseira ser geralmente contínua e por a referida cristã subir gradualmente a partir da .ci tada porção plana .
3.- Almofada de acordo com a reivindicação 1, caracterizada por ser dobrada geralmente pelo seu centro longitudinal para for mar a referida cristã.

Almofada de acordo com a reivindicação 2 caracterizada por a referida cristã ser formada por metade a dois terços da parte traseira da referida almofada.

Almofada de acordo com a reivindicação 4 caracterizada por a referida cristã contínua ser formada por uma dobra longitudinal .

Almofada de acordo com a reivindicação caracterizada por ter um comprimento maior do que cerca de 17,78 cm (7) e uma largura de cerca de 6,35 cm n t )

Almofada de acordo com a reivindicação caracterizada por compreender uma porção dianteira modelada com a configuração côncava.

Almofada de acordo com a reivindicação caracterizada por ter a forma de ampulheta.

Almofadei de acordo com a reivindicação caracterizada por a referida cristã traseira se estendi r até à zona entre as nádegas.

10. - Almofada de acordo com a reivindicação 1, caracterizada por uma camada absorvente de maior densidade ser adjacente â referida camada de suporte e por uma camada absorvente de menor densidade ser adjacente â tira do lado do corpo.

11. - Almofada de acordo com a reivindicação 1, caracterizada por o seu comprimento estar compreendido entre cerca de 17,78 cm (7) e cerca de 30,48 cm (12).

12. - Almofada de acordo com a reivindicação 11, caracterizada por a sua largura estar compreendida entre 5,08 cm (2) e 10,16 cm (4).

13. - Almofada de acordo com a reivindicação 1, caracterizada por a referida cristã ser formada por uma prega mantida por meio de um adesivo.

14. - Almofada de acordo com a reivindicação 13, caracterizada por a referida prega ter uma profundidade compreendida entre' cerca de 3,175 mm (1/8) e cerca de 9,525 mm (3 '8) .

15. - Almofada de acordo com a reivindicação -13, caracterizado por a ção por acosivo da rc-fcrida prc-ça poder ser parcialmente desfeita para modelar a referida almofada.

16. - Almofada de .acordo com a reivindicação 2, caracterizada por a referida cristã se estender até à extremidade traseira da referida almofada.

17. - Almofada de acordo com a reivindicação 1, caracterizada por ter uma dimensão maior através da extremidade dianteira do que através da extremidade traseira.

18.- Almofada de acordo com a reivindicação 1, caracterizada por ter uma dimensão maior através da zona traseira do que através da zona dianteira.

19. - Almofada de acordo com a reivindicação 2, caracterizada por estar provida de ranhuras que formam um V que se estende desde um ponto inicial para os dois lados junto da parte dianteira da almofada e estendendo-se para caca um dos lados da referida cristã.

20. - Almofada de acordo com a reivindicação 19, caracterizada por ser dobrada com uma dobra ao longo da linha da cristã de tal modo que os lados da referida folha de suporte ficam em contacto um com o outro e dobras nas referidas ranhuras de modo que a's áreas do lado do corpo fora das referidas ranhuras ficam em contacte uma com a outra .

21.- Almofada para a absorção de exsudado humano compreendendo uma cobertura exterior impermeável, uma banda do lado do corpo permeável e, entre elas, uma estrutura absorvente, caracterizada por compreender uma porção dianteira adaptada para formar uma porção plana ou côncava para ser posicionada exteriormente ao clitóris e ao monte de vénus e uma porção traseira adaptada para formar uma cristã elevada dando ã almofada uma forma em V invertido para ser posicionada no alinhamento com as pregas do períneo e das nádegas,