PT794874E

PT794874E - Libertacao de vidros arquitectonicos ou de veiculos

Info

Publication number: PT794874E
Application number: PT95938558T
Authority: PT
Inventors: Robert Marc Clement; Neville Richard Ledger; Christopher Davies
Original assignee: Carglass Luxembourg Bertrange
Priority date: 1994-12-07
Filing date: 1995-12-06
Publication date: 2000-09-29
Also published as: WO1996017737A1; BG62439B1; CZ287866B6; MX9704214A; DE19581860B4; CA2181541C; DE19581860T1; JP2001173320A; JPH09507814A; BR9510507A; CZ176097A3; US6558493B1; NO972567L; KR100408479B1; RU2176192C2; DK0794874T3; PL177911B1; UA51636C2; AU687651B2; BG101670A

Description

ίλ DESCRIÇÃO /

“LIBERTAÇÃO DE VIDROS ARQUITECTÓNICOS OU DE VEÍCULOS” A presente invenção refere-se a um método para a libertação de vidros de veículos ou arquitectónicos de uma estrutura de apoio ou de um caixilho no qual o vidro está colocado. A invenção refere-se em particular a um método para libertar um vidro (como um pára-brisas de um veículo) preso através de meios de um material de ligação interposto num caixilho. A invenção refere-se ainda a um aparelho utilizado para a libertação de um vidro como o de uma janela de uma estrutura de apoio no qual está colocado.

Os pára-brisas necessitam geralmente de substituição, como resultado de um acidente rodoviário, vandalismo, etc. Agora, a ligação entre o pára-brisas e o caixilho de apoio é normalmente liberto utilizando meios manuais ou mecânicos como o uso das técnicas das pás angulares afiadas, ou de arames etc. O uso destas conhecidas técnicas por vezes provocam danos ao veículo ( em particular à carroçaria e ao seu interior) os quais podem ter uma reparação dispendiosa. Para além disto, os operários que utilizam estas conhecidas técnicas físicas estão propensos a magoarem-se como resultado de acidentes no decorrer da execução desta tarefa.

Uma proposta alternativa para uma junção adesiva permitindo a libertação do vidro colocado num caixilho de apoio é descrito na patente CA-A-2073092 na qual um elemento de separação através de aquecimento é montado ou encaixado numa gota adesiva. O elemento de selagem de aquecimento descrito, é aquecido a uma temperatura à qual tanto é destruído ou perde a adesão dos elementos de montagem ou partes da junção. A descrição salienta que o elemento de separação perde a sua adesão ou é destruído a uma temperatura à qual a gota adesiva não é danificada.

Um problema com a proposta da patente CA-A-2073092 é que a uma junção relativamente complexa e é necessário incorporar um elemento de aquecimento discreto e separar a gota de união a qual permanece não afectada quando o elemento de aquecimento é aquecido. Uma outra desvantagem é que no momento o mercado para a substituição de pára-brisas é substancialmente restrito aos veículos existentes a maioria dos quais possuem pára-brisas colocados em caixilhos utilizando uma única gota homogénea de polímero de material adesivo interposto entre o vidro e o caixilho. O material de ligação é homogéneo à extensão que é substancialmente uma composição uniforme. 1

Neste contexto o material de união homogéneo pode por vezes possuir carregadores ou outros materiais aditivos particulares igualmente distribuídos por todo o material de união.

Meios aperfeiçoados para a libertação de vidros de veículos ou arquitectónicos tem sido agora criados. De acordo com a invenção, é fornecido um método para a libertação de vidros de veículos ou arquitectónicos do caixilho de apoio no qual o vidro está colocado, pela interposição de material de união homogéneo, o método consiste nos seguintes passos: a) Preparar os meios de distribuição de energia eléctrica adjacente ao pára-brisas; e, b) Transmitir a energia eléctrica dos referidos meios de distribuição através do material compreendendo o pára-brisas deste modo a: i) degradação do material compreendendo o material de união homogéneo, e/ou, ii) fractura ou degradação do material compreendendo o vidro; para assim se conseguir libertar o vidro do caixilho de apoio.

Para o desempenho da invenção no seu sentido amplo, é necessário que o vidro seja transparente em toda a sua extensão, para que a energia eléctrica possa ser transmitida através do vidro permitindo a sua libertação do caixilho de apoio. A invenção é particularmente adequada para a libertação (ou substituição) de pára-brisas de veículos que são de forma geral unidos e colocados em estruturas de apoio. Em relação a este aspecto, o vidro irá tipicamente incluir um material transparente à luz visível ( como o vidro). O material de união homogéneo possui de preferência um material flexível (de preferência uma borracha, material elástico), é fornecido uma gota homogénea estendendo-se pela área periférica do vidro, interposta entre o vidro e a estrutura. Tal material de união homogénea é utilizado quase exclusivamente nas técnicas de colocação de pára-brisas de veículos modernos. É preferível que o mecanismo libertador do vidro da estrutura seja de degradação pirólise do material de união homogéneo, de preferência de uma parte do corpo do material mais adjacente ao vidro. A degradação do material de união pode altemativamente ser por fotodissociação ou degradação fotoquímica. Seguindo a degradação ou libertação, uma parte restante do material de união (substancialmente não degradado) permanece ligado à estrutura. Onde o material de união possui um material elástico sintético 2 orgânico, a degradação deste material pode compreender a carbonização do mesmo.

Os meios de distribuição de energia são colocados de forma adjacente à parte do vidro (tipicamente uma parte periférica do vidro) o qual está colocado numa estrutura. A energia eléctrica é transmitida através do vidro em direcção à localização do material de união o qual é interposto entre as respectivas partes do vidro e da estrutura. É preferível que os meios de distribuição de energia eléctrica estejam dispostos para distribuir a energia eléctrica através de uma região localizada do vidro.

Numa estrutura, é de preferência que os meios de distribuição de energia eléctrica possuam meios de distribuição a laser dispostos de modo a transmitir a luz do laser através do vidro para libertar o vidro da estrutura. Nesta estrutura, é preferível que os meios de distribuição de laser estejam dispostos de forma a transmitir a radiação do laser tendo um comprimento de onda na parte visível/perto da região infravermelha do espectro. Em alternativa, a energia eléctrica distribuída pode ser na região ultravioleta do espectro.

Os meios de distribuição da energia eléctrica são de preferência dirigidos de forma a que a radiação seja transmitida a e absorvida pelo material de união, numa parte específica (ou camada imaginária) mais adjacente ao vidro, como descrito acima. A luz eléctrica pode ser focada numa localização predeterminada. De preferência a energia eléctrica distribuída é de intensidade relativamente alta resultando na degradação de regiões especifícamente localizadas do material de união, diminuindo danos em partes do vidro e porções não degradadas do material de união restante. É desejável, que os meios de distribuição de energia estejam dispostos de forma adjacente a uma primeira face do vidro, sendo o vidro unido à estrutura de apoio a uma segunda face oposta. É preferível que meios sintonizados estejam dispostos para sintonizar a frequência ou intensidade da energia eléctrica distribuída pelos meios de distribuição.

Tipicamente, o vidro pode compreender uma estrutura laminada de plástico/vidro. 3 A presente invenção é particularmente adequada para a libertação, reparação ou substituição de pára-brisas de automóveis; é no entanto adequada também para o uso noutras aplicações, como por exemplo libertação de vidrados arquitectónicos ou vidros de janelas unidos a estruturas arquitectónicas. A invenção irá agora ser descrita numa estrutura especifica unicamente como meio de exemplo, e com referência às figuras anexas as quais são uma representação esquemática de um método demonstrativo de acordo com a invenção.

Referindo inicialmente à figura, está demonstrado um pára-brisas de automóvel laminado 1 possuindo um par de folhas de vidro 2,3 separadas por uma camada intermédia de plástico laminado 4. O pára-brisas 1 é unido à estrutura do pára-brisas do veículo 5 através de meios de uma borracha homogénea interposta unindo a gota 6 a qual estende-se em redor da periferia do pára-brisas 1. A bota de união 6 possui um material termoplástico adesivo aplicado como uma fusão viscosa na superfície interior do pára-brisas 1 o qual é depois ajustado na estrutura 5, onde a gota 6 endurece de forma unir de forma segura o pára-brisas 1 à estrutura 5. A superfície interior do pára-brisas 1 é equipado com uma barreira periférica ultravioleta (U.V) compreendendo uma camada de protecção 15 disposta de forma a impedir as radiações U.V de passarem através do pára-brisas e afectar a gota de união 6, a qual poderia de outra forma afectar a integridade da união. Uma borracha externa 7 usada para vedar e o interior do veículo 8, são fornecidos na protecção 1/estrutura 5 ligação para exposição à acção atmosférica e por razões estéticas.

De forma a tomar a remoção possível do pára-brisas da estrutura 5, o sistema distribuidor de laser 9 pode ser utilizado como descrito abaixo. O sistema de distribuição de laser possui um guia de onda 10 orientando a radiação do laser de uma fonte de energia (não demonstrada) a uma cabeça de aplicador 11a qual é posicionada de forma adjacente à extremidade periférica do pára-brisas 1 para dirigir a radiação do laser através do pára-brisas 1. A cabeça de aplicador 11 inclui um guia de feixe luminoso 12 e um interruptor deslizável on/offl3.

Uma onda contínua numa radiação laser é dirigida da cabeça do aplicador 11 através de uma parte localizada do pára-brisas 1 para pressionar contra a gota de união 6. A luz do laser sendo visível e perto da região infravermelha do espectro electromagnético, é absorvida pela gota de união 6 na parte imediatamente adjacente à parte inferior da protecção. Somente essa parte da gota 6 imediatamente adjacente à protecção 1 aumenta rapidamente de temperatura. O aumento rápido da temperatura causa uma degradação térmica da parte da gota 6 imediatamente abaixo à protecção 6, enquanto deixando uma contra-camada de camada/parte restante unida à estrutura. 4

Em alternativa, a radiação a laser pode ser concentrada ou focada ao calor que parte do pára-brisas 1 imediatamente adjacente unindo a gota 6 resultando na fragmentação/degradação ou clivagem do vidro adjacente à camada de protecção 15 causando a separação da gota de união 6 da parte restante do pára-brisas. A cabeça do aplicador 11 é guiada (tanto manualmente como automaticamente) em redor da periferia inteira do pára-brisas com a radiação laser activada para assegurar uma separação completa em redor de toda a periferia. O pára-brisas 1 pode depois simplesmente ser retirado da estrutura 5 e a superfície da gota homogénea restante 6 retirada, preparada e suavizada para a substituição do um pára-brisas. A vedação 7 pode ser removida antes do uso do sistema de distribuição de laser.

Um sistema de distribuição de laser possuindo os seguinte parâmetros é adequado para o desempenho da invenção. 820 nm 60 watts 18 mm x 4mm

Comprimento de onda

Potência

Secção de feixe

Os parâmetros acima são dados apenas como modo de exemplo, e outro sistema poderia ser utilizado, desde que a energia eléctrica distribuída seja suficiente para causar a degradação e/ou fragmentação do vidro.

Como alternativa ao sistema de distribuição de laser, de acordo com a invenção outros meios de distribuição de energia eléctrica podem ser utilizados.

Lisboa, 23 de Junho de 2000.

Pela Requerente

GunvoLí-da Cunha terrèire Adjunto do Agenle Oficial da Propriedade Industrial R. D. João V, 9-2° df.°-1250 LISBOA 5

Claims

REIVINDICAÇÕES: 1. O método de libertação de um vidro arquitectónico ou de um veículo (1) de uma estrutura de apoio (5) no qual o vidro está unido através de um material de união homogéneo interposto (6), consiste nos seguintes procedimentos: (a) dispondo os meios de distribuição de energia eléctrica (9) de forma adjacente ao vidro (1); e, (b) transmitindo energia eléctrica dos referidos meios de energia através do material incluindo deste modo o vidro a: i) causar degradação do material inclusive do material de união homogéneo, e/ou, ii) fragmentação ou degradação do material incluindo o vidro; resultando deste modo na libertação do vidro da estrutura de apoio.
2. O método da reivindicação 1, na qual uma parte unicamente do material de união (6) é degradado, uma parte restante do referido material de união homogéneo permanece não degradado e unido ao vidro (1) ou à estrutura (5).
3. O método da reivindicação 2, na qual a parte restante do material de união permanece unido à estrutura (5).
4. O método de qualquer uma das reivindicações, nas quais o material de união (6) é fornecido como uma gota, a qual se estende em redor da área periférica do vidro (1), sendo os meios de distribuição de energia eléctrica (9) dispostos de forma adjacente à parte periférica do vidro de forma a causar a libertação localizada de uma parte do vidro, e deixando vestígio de forma a seguir a gota em redor da área periférica do vidro causando deste modo a libertação completa do vidro.
5. O método de qualquer uma das reivindicações precedentes, nas quais a energia eléctrica distribuída está disposta de modo a se concentrar numa localização predeterminada.
6. Um método de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, nas quais os meios de distribuição de energia eléctrica (9) estão dispostos para transmitir energia eléctrica tendo um comprimento de onda na região ultravioleta, visível ou perto da infravermelha do espectro. 1
7. O método de qualquer uma reivindicação precedente, na qual os meios de distribuição de energia eléctrica (9) estão dispostos para transmitir energia eléctrica tendo um comprimento de onda substancialmente na ordem dos 1000 nm ou menos.
8. O método de qualquer uma reivindicação precedente, na qual os meios de distribuição de energia eléctrica são dirigidos de modo a que energia eléctrica seja transmitida e absorvida por uma camada absorvente (15) possuindo o vidro (1), a camada absorvente sendo contígua com o material de união (6) unindo o vidro à estrutura.
9. O método de qualquer reivindicação precedente, na qual a energia eléctrica é focada.
10. O método de qualquer reivindicação precedente, na qual os meios de distribuição de energia eléctrica possuem meios de distribuição de energia laser.
11. O método de qualquer reivindicação precedente, na qual a energia eléctrica distribuída pode ser sintonizada de forma a que a frequência ou intensidade da energia distribuída possa variar.
12. O método de substituição de uma janela arquitectónica ou de um veículo da estrutura de apoio, consiste na libertação do vidro da estrutura e subsequentemente da sua substituição na mesma estrutura.
13. O aparelho (9) para libertar um vidro arquitectónico ou de um veículo (1) da estrutura de apoio na qual o vidro está colocado, o aparelho possui meios de distribuição de energia eléctrica (9) dispostos de forma adjacente ao vidro e tendo como função distribuir energia eléctrica através de uma parte localizada do vidro com a finalidade de provocar a libertação do vidro da estrutura.
14. O aparelho da reivindicação 13, o qual está disposto a ser deslizável em redor da periferia do vidro para libertá-lo por completo. Lisboa, 23 de Junho de 2000. Pela Requerente

Gonçalo da Cunha Terreire Adjunto do Agente 0|iciel da Propriedade Industrial R. D João V, 9-2° df.°-1250 LISBOA 2