PT2408497T - Contador - Google Patents

Description

DESCRIÇÃO

CONTADOR

CAMPO DA INVENÇÃO A presente invenção refere-se no geral a contadores e, em particular, a contadores para utilização com dispensadores e a dispensadores compreendendo os referidos contadores. Mais particularmente, a presente invenção refere-se a contadores para utilização com dispensadores de dose calibrada, tais como inaladores de dose calibrada (MDIs).

ANTECEDENTES DA INVENÇÃO

Os contadores são úteis numa ampla variedade de aplicações, e são especialmente importantes no campo dos dispensadores médicos, onde pode ser difícil de obter uma determinação precisa do número de doses de medicamento que restam num recipiente de medicamento. Um exemplo de tal dispensador médico é um inalador de dose calibrada.

Os inaladores de dose calibrada (MDIs) são dispositivos para dispensar medicamentos, por exemplo, em forma de aerossol, para os pulmões. Em geral, os dispensadores tais como os MDIs são compostos por dois componentes: um recipiente e um dispositivo de entrega. 0 recipiente contém a medicação, por exemplo, dissolvida ou suspensa num propulsor sob alta pressão para manter uma fase liquida. Além disso, o recipiente geralmente compreende uma válvula de medição interna, que é projectada para libertar uma dose de medicamento reproduzível medida com precisão quando a válvula é accionada. 0 dispositivo de distribuição inclui tipicamente um accionador e um bocal. 0 accionador, que pode ser disparado pelo utilizador, por exemplo por inalação ou operação manual, interage tipicamente com a válvula de medição do recipiente para induzir a libertação de uma dose. 0 bocal serve para direccionar a medicação para o utilizador. A figura 1 proporciona uma visão de um dispensador accionado pela respiração e será discutido pormenorizadamente a seguir.

Dado que os recipientes dos medicamentos são tipicamente feitos de um material opaco, tal como alumínio, e podem estar alojados inteiramente dentro de um dispositivo de distribuição, geralmente não é possível a um utilizador medir com eficiência quantas doses de medicamento permanecem dentro do mesmo. Isso pode resultar num utilizador deitar fora prematuramente um MDI que ainda contém doses de medicamento ou, pior, usar o MDI para além da sua vida útil recomendada. Nenhuma das situações é desejável - o primeiro é um desperdício enquanto o último é potencialmente perigoso. Os utilizadores às vezes agitam os MDIs para tentar obter uma medida sobre se algum medicamento está presente no mesmo, mas isso só fornece uma medida qualitativa muito por alto do conteúdo do recipiente. Por exemplo, não permitiria que um utilizador distinguisse entre um recipiente que tenha medicamento suficiente e um propulsor para formar uma dose e um que inclua uma quantidade de medicamento e propulsor inferior ao necessário para preencher a válvula de doseamento. Por outras palavras, existe o risco de os utilizadores superestimarem a quantidade de medicamento presente num recipiente e erroneamente concluírem que existe um resto de medicamento suficiente para outra dose quando de facto não existe. Além disso, um utilizador não está munido com avisos suficientes para obter um recipiente de medicamento de substituição antes daquele que está em uso acabar.

Por conseguinte, é desejável proporcionar dispensadores, por exemplo inaladores, com um mecanismo de contagem que permita ao utilizador controlar quantas doses foram dispensadas e, de forma complementar, quantas doses ainda existem. De facto, os órgãos reguladores, tais como a Food and Drug Administration (FDA) dos Estados Unidos e a Agência Europeia de Medicamentos (EMEA) emitiram directrizes que incentivam a implementação de contadores de doses (Food and Drug Administration, "Guidance for industry: integration of dose counting mechanisms into MDI drug products", 2003, Agência Europeia de Avaliação de Medicamentos,"Final guideline on the quality of inhalation and nasal products", 2005).

Os contadores de doses podem geralmente ser classificados de acordo com a maneira pela qual uma "contagem" é registada, sendo estes contadores mecânicos constituídos por uma série de partes móveis que respondem a um movimento ou força mecânica que resulta, por exemplo, num deslocamento do recipiente/invólucro; contadores electrónicos que possuem circuitos eléctricos para detectar um evento associado a um accionamento, tal como mudança de som, temperatura ou pressão; e contadores electromecânicos que combinam peças eléctricas e mecânicas. A GB-A-2372543, por exemplo, descreve um dispositivo que compreende um recipiente dispensador de dose e um contador de dose mecânico. Os antecedentes da técnica anterior relativa aos contadores de dose poderão ser encontrados em: EP1169245 "Dispensing Apparatus Comprising a Dosage Counting Device"; PCT/GB97/03480 "Inhaler Dose Counter"; PCT/US1996/008418 "Indicator Device Responsive to Axial Force"; PCT/FR2004/001844 "Improved Dose Indicator for Fluid Product Dispensing Device"; GB2372542 "Dosage Counting Device"; PCT/CA04/001884 "Indicating Device with Warning Dosage Indicator"; PCT/US04/039926 "Dose Counter for Dispensers"; e US7047964 "Dispenser for Medicament".

Outros desenvolvimentos no campo dos contadores de doses incluem o dispositivo 'Insulair' (marca comercial) da Bang & Olufsen Medicom e as descrições de: WO 98/056444 "Dispenser with Doses Counter"; WO 04/001664 "Actuation Indicator for a Dispensing Device"; WO 07/012854 "Canister-Supported Rotating Ring Count Readout Assembly for a Metered Dose Inhaler"; e DE 10061723 "Záhlwerk zum Záhlen dosierter Abgaben flussiger Oder fester Produkte sowie Einrichtung zum dosierten Abgeben solcher Produkte".

Embora tais dispositivos tenham proporcionado a vantagem de poder fornecer alguma medida do número de doses de medicamento dispensado a partir de um recipiente e/ou o número de doses que permanecem nele, ainda há espaço para melhoria. Em particular, provou ser difícil fornecer contadores de dose que "contem" de forma fiável a liberação de doses de medicamentos dos recipientes. A dificuldade encontrada é que um movimento relativamente pequeno, tipicamente da haste da válvula doseadora, precisa ser detectado e traduzido numa contagem. Esta dificuldade é exacerbada pelo facto de que as tolerâncias de fabrico no comprimento dos recipientes de medicamento significam que eles não têm um comprimento consistente. Ao mesmo tempo, é altamente desejável que nenhum movimento seja contado, pois isso levará a que o contador indique um número maior de doses restantes do que realmente é o caso. Além disso, há também pressão reguladora para minimizar o número de contagens falsas.

Além disso, é desejável que um contador, especialmente um contador de doses de medicamentos, exiba as informações de contagem de forma fácil de ler para que possa ser usado por crianças e idosos, bem como adultos. Naturalmente, também é necessário que o contador possa ser fabricado a baixo custo.

SUMÁRIO DA INVENÇÃO

De acordo com um primeiro aspecto da invenção, é proporcionado portanto um contador que compreende: um primeiro elemento anular tendo uma primeira indicação e um segundo elemento anular tendo uma segunda indicação, sendo cada um dos referidos primeiro e segundo elementos anulares rotativos em incrementos em torno de um eixo comum, indicando uma ou ambas das referidas primeira e segunda indicações uma contagem; encontrando-se coaxialmente proporcionado um terceiro elemento anular em torno do referido eixo comum dos referidos primeiro e segundo elementos anulares; um mecanismo de accionamento para rodar o referido primeiro elemento anular e para rodar o referido segundo elemento anular após um ou mais graus de rotação predeterminados do referido primeiro elemento anular; e um mecanismo de acoplamento para acoplar de forma solúvel o referido primeiro elemento anular ao referido segundo elemento anular, para permitir que os referidos primeiro e segundo elementos anulares rodem cooperativamente quando acoplados e para permitir a rotação independente do referido primeiro elemento anular quando não acoplado; em que o referido mecanismo de acoplamento compreende um primeiro e um segundo meio de engate e um deflector, sendo os referidos primeiros meios de engate móveis radialmente para fora e radialmente para dentro em relação ao referido eixo, e estando o referido deflector ligado a, ou fazendo parte integrante do referido terceiro elemento anular, e desviando o referido primeiro meio de engate radialmente para fora.

Em formas de realização preferidas, os primeiros meios de engate são desviados radialmente para fora depois de um grau predeterminado ou uma quantidade de rotação do primeiro elemento anular. A quantidade predeterminada de rotação do primeiro elemento anular está associada a menos de uma rotação total do primeiro elemento anular em torno do eixo comum, por exemplo um quarto de rotação do primeiro elemento anular em torno do eixo comum. No entanto, podem igualmente ser implementadas outras formas de realização tais como uma meia rotação do primeiro elemento anular em torno do eixo comum.

Em formas de realização preferidas, o primeiro meio de engate está ligado a, ou faz parte integrante de, o primeiro elemento anular. Isso permite uma redução no número de componentes que são móveis um em relação ao outro. Para efeitos práticos, no entanto, o primeiro meio de engate e o primeiro elemento anular podem ser fabricados separadamente e depois montados. De preferência, o primeiro meio de engate compreende um braço. Particularmente de preferência, o primeiro meio de engate compreende um braço com uma ranhura e uma extremidade de contacto, e em formas de realização especialmente preferidas encontram-se proporcionados dois, três ou quatro braços (por exemplo, quatro braços) cada um tendo uma ranhura e uma extremidade de contacto. A extremidade de contacto é, de preferência, um componente que se prolonga para cima que contacta (por exemplo, desloca por cima) o deflector.

De preferência o segundo meio de engate está ligado a, ou faz parte integrante de, o segundo elemento anular. Em formas de realização preferidas, os segundos meios de engate compreendem várias saliências. As saliências encontram-se de preferência igualmente espaçadas. De preferência, as saliências estendem-se num arco aproximadamente entre um quarto de caminho e meio caminho em torno do eixo comum.

Em formas de realização preferidas, quando o braço é movido radialmente para fora, a ranhura (por exemplo, a extremidade da ranhura) do braço encaixa em uma das várias saliências. Numa tal forma de realização, a rotação do primeiro anel puxa portanto conjuntamente o segundo elemento anular (ou seja, faz com que ele também rode) . No entanto, ao utilizar um mecanismo de acoplamento alternativo (mas igualmente apropriado) também é possível que o primeiro elemento anular accione conjuntamente o segundo elemento anular.

De preferência, o terceiro elemento anular está fixo em utilização para evitar a rotação do terceiro elemento anular. De preferência, o terceiro elemento anular também compreende um mecanismo limitador para limitar a rotação livre do segundo elemento anular em relação ao terceiro elemento anular em torno do eixo comum. Isso evita a sobrerotação do segundo elemento anular, o que indicaria um número incorrecto de doses remanescentes.

De preferência, o mecanismo limitador compreende um troço resilientemente deformável para aplicar pressão sobre o segundo elemento anular para limitar a rotação livre do segundo elemento anular.

Nesta forma de realização, o segundo elemento anular compreende de preferência várias saliências substancialmente igualmente espaçadas que se projectam a partir de um bordo circunferencial superior do segundo elemento anular, sendo que o mecanismo limitador engata nas saliências para limitar a rotação livre do segundo elemento anular.

Além disso, o terceiro elemento anular compreende, de preferência, uma ou mais reentrâncias de localização dispostas numa superfície circunferencial superior para engatar em saliências de forma correspondente num invólucro ou recipiente para impedir a rotação livre do terceiro elemento anular. A primeira e a segunda indicações podem incluir um ou mais de: números, cores, letras e símbolos. Em formas de realização preferidas, as primeiras indicações compreendem uma primeira fila de números, e as referidas segundas indicações compreendem uma segunda e uma terceira filas de números. Por exemplo, a primeira fila de números pode representar dígitos de unidades, a segunda fila pode representar dez dígitos e a terceira fila pode representar centenas de dígitos.

De preferência, a primeira fila de números compreende conjuntos repetidos de números inteiros, por exemplo, quatro conjuntos dos números '0' a '9' (um conjunto por quarto do primeiro elemento do anel). De preferência, a segunda fila de números também compreende conjuntos repetidos de números inteiros, por exemplo, dois conjuntos dos números '0' a '9' (os dois conjuntos que enchem metade do segundo elemento anular). De preferência, a terceira fila de números compreende um conjunto de números inteiros (por exemplo, dez 'l's e um '2' ou dez ' l's) . Opcionalmente, a terceira fila inclui adicionalmente espaços em branco. Isso permite contar de '200' ou '199' para baixo até '0' respectivamente.

As primeira e segunda indicações podem ser impressas, cortadas e retiradas, estampadas, moldadas, aderidas, incorporadas, pintadas e/ou marcadas de outra forma (por exemplo, marcadas a laser) nos primeiro e segundo elementos anulares.

Em formas de realização preferidas, o segundo elemento anular compreende um elemento de cobertura de exibição para obscurecer uma vista da primeira indicação. Isso permite que o contador indique que o número de doses atingiu zero e exige a substituição.

Em formas de realização preferidas, pelo menos parte do mecanismo de accionamento faz parte integrante do primeiro elemento anular. De preferência, o mecanismo de accionamento compreende um mecanismo de lingueta e dente que compreende duas linguetas. Em termos gerais, o mecanismo de accionamento traduz movimentos verticais, por exemplo, de um elemento de junção ou recipiente de medicamento, em movimentos de rotação, por exemplo, do primeiro elemento anular.

De preferência, o contador está ligado a um dispensador que tem um corpo para acolher um recipiente de medicamento e um mecanismo dispensador para dispensar uma dose de medicamento do recipiente. Por exemplo, a rotação do primeiro elemento anular pode ser realizada em resposta ao accionamento do dispensador. Assim, a contagem pode ser indicativa de doses de medicamento dispensadas de, ou que permanecem no recipiente.

Em formas de realização preferidas, o dispensador inclui um invólucro que tem uma janela para permitir que apenas uma parte das primeira e segunda indicações seja exibida. A janela pode ser um orifício no invólucro ou pode ser uma área transparente do invólucro. Isso permite uma leitura precisa da quantidade de produto unitário, tais como doses medidas de medicamento, que permanecem no recipiente ou são dispensadas da mesma.

Num aspecto relacionado da invenção é proporcionado um dispensador que compreende o contador tal como aqui anteriormente descrito.

Noutro aspecto relacionado da invenção é proporcionado um dispensador que compreende: um corpo para acolher um recipiente de medicamento; um recipiente de medicamento; um mecanismo de dispensar para dispensar uma dose de medicamento a partir do referido recipiente; e um contador tal como descrito anteriormente. De preferência, o dispensador é um inalador pressurizado de dose calibrada (pMDI).

BREVE DESCRIÇÃO DOS DESENHOS

Estes e outros aspectos da invenção serão agora adicionalmente descritos, somente a titulo de exemplo, tomando como referência os desenhos anexos. As figuras representam:

Figura 1 vista da secção transversal de um dispensador no qual pode ser fixado um contador de acordo com a presente invenção;

Figura 2 vista em perspectiva de um dispensador que inclui um contador que ilustra algumas caracteristicas da presente invenção;

Figura 3 vista em perspectiva de um dispensador que inclui um contador que ilustra algumas caracteristicas da presente invenção;

Figuras 4a e 4b mecanismo de accionamento para um contador de acordo com a presente invenção;

Figuras 5a a 5d diagramas esquemáticos que mostram uma parte do principio de funcionamento do mecanismo de accionamento de um contador de acordo com a presente invenção;

Figuras 6a a 6d diagramas esquemáticos que mostram uma outra parte do principio de funcionamento do mecanismo de accionamento de um contador de acordo com a presente invenção;

Figuras 7a a 7d mecanismo de accionamento preferido para um contador de acordo com a presente invenção;

Figuras 8a a 8d diagramas esquemáticos que mostram uma parte do principio de funcionamento do mecanismo de accionamento preferido de um contador de acordo com a presente invenção;

Figuras 9a a 9d diagramas esquemáticos que mostram uma parte do principio de funcionamento do mecanismo de accionamento preferido de um contador de acordo com a presente invenção;

Figura 10 vista em perspectiva de um contador que ilustra algumas caracteristicas da presente invenção;

Figura 11 vista em perspectiva de um primeiro elemento anular do contador da figura 10;

Figura 12 vista de topo do contador da figura 10;

Figuras 13a a 13d vistas em perspectiva esquemáticas do principio de funcionamento de um contador de acordo com a presente invenção;

Figuras 14a a 14d vistas de topo esquemáticas do principio de funcionamento de um contador de acordo com a presente invenção;

Figuras 15a a 15c diagramas esquemáticos que mostram o principio de funcionamento de um contador de acordo com a presente invenção;

Figura 16 vista em perspectiva de um dispensador que inclui um contador que ilustra algumas caracteristicas da presente invenção;

Figura 17 vista em perspectiva de um dispensador que inclui um contador que ilustra algumas caracteristicas da presente invenção;

Figuras 18a a 18d vistas em perspectiva de partes de um contador de acordo com a presente invenção;

Figuras 19a a 19b vistas em perspectiva de um terceiro elemento anular da figura 18.

DESCRIÇÃO PORMENORIZADA DAS FORMAS DE REALIZAÇÃO

PREFERIDAS

Dispensador

Para explicar a invenção, é fornecida inicialmente uma breve visão geral de algumas caracteristicas e princípios de funcionamento de exemplos de dispensadores. Tal como aqui utilizado, o termo "dispensador" pretende significar qualquer dispositivo que tenha um corpo adequado para acolher um recipiente que contenha um produto e que tenha um mecanismo para dispensar o produto do recipiente após o accionamento. A figura 1 mostra em secção transversal parcial um exemplo de um dispensador de válvula de dobra accionada por respiração. 0 dispensador 100 compreende um corpo 102 com um bocal 104 e uma cobertura articulada de bocal 106. A cobertura de bocal é articulada em torno de um eixo, A, baixa no corpo e transportada numa estrutura do excêntrico que compreende duas saliências do excêntrico (é mostrada apenas uma saliência do excêntrico 108), juntamente com um dedo central 110. O corpo tem uma abertura 112 para acolher um recipiente de medicamento 114. O recipiente pode ser mantido fixamente no lugar na extremidade superior do corpo, num local onde o corpo se estende completamente em torno de um conjunto de válvula reguladora de débito do recipiente (não mostrado) . 0 conjunto de válvula reguladora de débito compreende uma câmara de medição 116 e uma haste de saída 118. Alternativamente, ou adicionalmente, se o recipiente estiver alojado inteiramente dentro do dispensador, o recipiente pode ser mantido numa extremidade distal do seu conjunto de válvula reguladora de débito, por exemplo por um troço de tampa de um invólucro externo.

Moldadas dentro do corpo, para dentro da abertura 112, encontram-se ranhuras internas (não mostradas). Um elemento de junção 120 encontra-se alojado de forma deslizante no corpo com as ranhuras encaixadas por nervuras na sua periferia. O elemento de junção tem um par de grampos de articulação (não ilustrados) para posicionar de forma articulada a aba 122 no elemento de junção 120. Centralmente, o elemento de junção tem uma tomada 124 para a haste de saída 118 do conjunto da válvula reguladora de débito. A tomada é continuada por uma passagem 126, que tem uma parede fina, um troço dobrável e uma extremidade de injector. A extremidade do injector está numa peça móvel do elemento de junção. A parte principal e a parte móvel do elemento de junção estão ligadas por uma dobradiça viva. A parte móvel do elemento de junção 120 também carrega um par de detentores (não mostrados) que estão proporcionados para encaixar em linguetas no lado inferior da aba 122, tal como descrito abaixo. A parte móvel do elemento de junção 120 também transporta um dedo para engate com a estrutura do excêntrico.

Inicialmente, quando o dispensador está fechado, a aba está destravada e a parte móvel do elemento de junção está na sua posição inferior. A parte dobrável, às vezes denominada de válvula dobrável, está aberta. Ao abrir a tampa da bocal 106, o dedo central da estrutura da excêntrico actua sobre a parte móvel do elemento de junção para fechar a válvula de dobra. 0 movimento da parte móvel do elemento de junção também serve para encaixar os detentores do elemento móvel nas linguetas da aba, fixando desse modo a aba na posição superior. 0 elemento de junção 120 é também levantado pelas saliências de carnes principais 108 contra uma mola interna (não mostrada) do conjunto da válvula reguladora de débito, com deslocação da haste 118 para dentro do recipiente. O levantamento adicional da tampa do bocal 106 abre a válvula do recipiente, sendo liberta uma dose medida para a parte superior do tubo, sendo a dose retida pela válvula de dobra fechada, que actua como uma válvula fechada. A respiração através do bocal provoca um fluxo de ar através do dispensador e colide contra a aba 122. Isso provoca a libertação dos detentores e o tubo de dobra tende a endireitar sob a acção de sua própria resiliência e a pressão da dose retida. A dose é assim liberta através do bico no bocal para inalação. A aba também pode transportar um dedo (não mostrado) que pode actuar sobre a parte móvel do elemento de junção para garantir que a válvula de dobra seja aberta quando a aba é accionada pela respiração.

Estas e outras caracteristicas dos exemplos de dispensadores estão descritas pormenorizadamente nas aplicações prévias PCT da Clinicai Designs Limited, WO 1998/41254 (US 6422234); WO 2002/11802 (US 7036505); WO 2002/058772 (US 6866038) e especialmente WO 2004/073776 (US 2007 062522).

Mecanismo de ajuste de tolerância

Devido à acumulação de tolerâncias de fabrico no fabrico do dispensador e do recipiente de medicamento, o recipiente de medicamento pode estar localizado de forma insuficientemente precisa longitudinalmente em relação ao corpo do distribuidor e ao mecanismo do excêntrico. Isso pode resultar numa medição insuficiente de uma dose do recipiente.

Em dispensadores preferidos para utilização com o contador da presente invenção, o distribuidor compreende um mecanismo de ajuste de tolerância tal como o mecanismo de dispositivo de fixação de lata descrito na WO 03/080161 (também pedido de US número 10/508,688).

No dispensador preferido, as localizações relativas correctas do recipiente e o corpo 102 são conseguidas durante a montagem do distribuidor. Um corpo previamente montado 102, a cobertura do bocal 106, o elemento de junção 120 e o elemento de libertação, ou a aba 122 encontram-se colocados na posição "aberta" da tampa do bocal (isto é, com a tampa rodada para baixo a partir da posição da figura 1). Nesta posição, o elemento de junção 120 encontra-se levantado, o que normalmente deslocaria a haste 118 de um recipiente instalado, quando instalado. Com os componentes ajustados para a sua posição "aberta", um recipiente 114 é introduzido na secção tubular do corpo 112. Com o recipiente 114 e o corpo 112 correctamente alinhados, a haste 118 encaixa na tomada 124, no elemento de junção 120. É aplicada uma força predeterminada F para garantir que o bico seja totalmente pressionado. Isso faz com que o recipiente liberte uma dose de medicamento na válvula dobrável. Com a força ainda aplicada, as posições relativas do corpo 102 e do recipiente 114 são fixas (exemplos dados abaixo).

Uma vez que as posições relativas do recipiente e do corpo estejam fixas, o mecanismo de libertação pode ser disparado para libertar a dose do medicamento medido durante o processo acima e a tampa do bocal movida para a posição fechada (tal como mostrado na figura 1), após o que o dispensador está pronto para envio.

Para a fixação das posições relativas do recipiente e do corpo, uma etiqueta impressa revestida com auto-adesivo pode ser enrolada em torno da articulação entre o corpo e o recipiente (seja todo o caminho da articulação, ou parcialmente).

Alternativamente, em vez de uma etiqueta auto-adesiva, pode ser usado um rótulo de película retráctil todo o trajecto em redor da articulação. Isto é particularmente vantajoso, onde o corpo fica um pouco saliente do recipiente.

Alternativamente, em vez de rótulos, o recipiente e o corpo podem ser soldados juntos para fixar as suas posições em relação um ao outro. Por exemplo, quando o recipiente é uma extrusão de alumínio ou vidro com um revestimento de polipropileno de espessura suficiente, pode ser usado um processo de soldagem ultra-sónica para soldar o troço revestido ao corpo.

Alternativamente, o recipiente e o corpo podem ser colados nas posições relativas correctas utilizando uma cola de fusão a quente de baixa temperatura ou uma cola de cura rápida de duas partes.

Claro que o leitor habilitado apreciará que existem vários meios de fixação alternativos disponíveis com o objectivo de corrigir as posições relativas do recipiente e do corpo.

Num mecanismo de ajuste de tolerância alternativo, é usada uma característica de suporte lateral tal como descrito em W02007/029019 (também no pedido US n2 11/991.680) .

Neste mecanismo alternativo, o dispensador encontra-se munido com uma manga ou invólucro fechado, semelhante ao invólucro 1402 mostrado na figura 7. Este invólucro fornece um suporte lateral para a extremidade exposta do recipiente 114. Encontra-se proporcionado um suporte lateral ajustável entre o recipiente 114 e o invólucro. O tamanho requerido do suporte lateral ajustável é calculado medindo a distância entre a extremidade exposta do recipiente 114 e a abertura 112 do corpo 102 para dar o comprimento medido da "fonte". Com o conhecimento do comprimento efectivo da fonte, e conhecimento da distância abaixo da abertura 112 na qual a haste de saida 118 deve estar localizada, pode-se calcular o tamanho requerido do suporte lateral ajustável tendo em consideração o comprimento do invólucro.

Depois de dimensionar o suporte lateral, o invólucro é montado no corpo 102 e o invólucro é soldado a laser no corpo. O resultado é que a fonte é suportada firmemente para o deslocamento da haste de saida 118 para dentro, em operações do mecanismo do excêntrico pela abertura da tampa do bocal. O suporte lateral é feito, por exemplo, de um favo de mel em alumínio de uma espessura de parede que pode ser facilmente comprimida para a dimensão necessária, mas pode resistir à força exercida sobre ele em funcionamento, ou seja, quando o recipiente é pressionado contra ele. Deve notar-se que a compressão é plástica e permanente. O suporte lateral pode ser fixado ao invólucro, por exemplo por soldagem.

Alternativamente, o suporte lateral pode formar parte do invólucro, e o suporte lateral pode compreender muitas nervuras radiais finas que sobressaem da extremidade fechada do invólucro e proporcionadas ao redor da parte radialmente externa daquela extremidade fechada. As nervuras são plasticamente deformáveis. Elas podem ser comprimidas e formar um suporte lateral.

Mecanismo de accionamento 0 termo "mecanismo de accionamento" deve ser interpretado amplamente como qualquer meio pelo qual a dispensa de uma dose do recipiente de medicamento esteja liqada a uma contagem feita pelo contador. Nas formas de realização descritas, a dispensa de uma dose envolverá um movimento vertical, por exemplo do elemento de junção 120, tal como descrito anteriormente em relação à figura 1. Na forma de realização preferida descrita, este movimento vertical é traduzido numa rotação incremental que é contada. Em outras formas de realização, o movimento vertical que é traduzido numa rotação progressiva pode ser o movimento de um recipiente de medicamento.

As figuras 2 e 3 mostram esquematicamente um dispensador 200 com um contador 203 e um mecanismo de accionamento 205. O contador compreende um primeiro elemento anular 201 e um segundo elemento anular 202. O mecanismo de accionamento 205 é um mecanismo de lingueta e dente que tem um elemento de suporte de lingueta 204 (não mostrado na figura 3) e um elemento de suporte de dente 206 (parcialmente escondido da vista na figura 2) . Nesta forma de realização particular, o elemento de suporte de dente 206 é um cilindro oco que faz parte integrante do primeiro elemento anular 201. O elemento de suporte de lingueta estende-se totalmente em torno do elemento de suporte dos dentes 206. Pode ser utilizada a forma de realização inversa, isto é, o elemento de suporte da lingueta 206 pode fazer parte integrante do primeiro elemento anular 201. Esta forma de realização encontra-se apresentada figura 7.

Encontram-se definidas duas linguetas 208 por uma parte em corte do elemento de suporte de lingueta 204. As linguetas encaixam operativamente num anel de dentes 210 moldado sobre uma superfície voltada para fora do elemento de suporte dos dentes 206 por meio de saliências que se prolongam para dentro nas pontas das linguetas, tal como será descrito mais pormenorizadamente a seguir. Um par de braços 212a, 212b estende-se para baixo a partir do elemento de suporte de lingueta de cada lado do conjunto da válvula reguladora de débito. Os braços podem ser carregados por uma mola contra, ou afixados a, um troço superior de um elemento de junção (escondido da vista). O elemento de junção move-se verticalmente quando uma dose é dispensada. Alternativamente, os braços podem ser carregados por uma mola contra, ou afixados a, um recipiente móvel, por exemplo, um recipiente de medicamento em movimento. A acção de elevação do elemento de junção 120 (que provoca a libertação de uma dose de um recipiente de medicamento pressurizado 114) confere uma força ascendente sobre o elemento de suporte de lingueta 204 numa direcção paralela ao eixo vertical 214 do dispensador 200. Isso resulta num engate de fricção entre a(s) lingueta(s) e os dentes. Por sua vez, o elemento de suporte de dente 206 e o primeiro elemento anular 201 são rodados (no sentido dos ponteiros do relógio neste caso particular) em torno do eixo vertical 214 por um incremento.

Uma vez que uma dose for liberta e a tampa do bocal estiver a ser fechada ou estiver fechada, os elementos de junção e de suporte das linguetas podem mover-se para baixo para as suas posições originais, por exemplo por uma mola interna (não mostrada) do recipiente de medicamento 114. Este movimento descendente também resulta no engate por atrito entre os elementos de suporte da lingueta e de suporte dos dentes, resultando numa rotação adicional no sentido dos ponteiros do relógio 206, 201 em torno do eixo vertical 214 por um incremento.

Tomados em conjunto, esses dois incrementos de rotação definem uma rotação incremental "completa" do primeiro elemento tipo anel 201 de uma primeira para uma segunda posição. A figura 4a ilustra um exemplo de mecanismo de accionamento 205 no qual o anel de dentes 210 se encontra proporcionado numa superfície voltada para o interior do elemento de suporte de dentes 206, com o elemento de suporte de lingueta 204 proporcionado dentro do seu furo. Será reconhecido que os elementos de suporte de lingueta e dentes estão numa configuração inversa em comparação com a configuração mostrada nas figuras 2 e 3, embora o princípio de funcionamento do mecanismo de accionamento permaneça substancialmente o mesmo.

As duas linguetas 402a, 402b, estão integralmente definidas no elemento de suporte de lingueta 204, por um troço em corte do seu corpo. Visto desta perspectiva, cada lingueta estende-se em direcção ao anel de dentes 210 num plano anular do elemento de suporte de lingueta 204, aproximadamente ao mesmo ângulo (mas oposto) α, β. A segunda lingueta (inferior) 402b encontra-se deslocada numa direcção circunferencial em relação à primeira lingueta (superior) 402a. As linguetas têm cada uma, uma extremidade raiz e uma extremidade livre. Um lábio 408a, 408b, projecta-se radialmente para fora de cada uma das extremidades livres, para se encaixar operativamente com os dentes. A haste da válvula 118 do conjunto de válvula reguladora de débito insere-se para baixo através do orifício de folga na base do elemento de suporte de lingueta 204 para descansar sobre uma prateleira 410 num bloco da haste 412. Isto difere da forma de realização preferida mostrada nas figuras 2 e 3. Faz-se observar que essa diferença, em si mesma, não é de particular importância no contexto do mecanismo de accionamento.

Em operação, e visto a partir desta perspectiva, o elemento de suporte de lingueta 204 desloca-se para cima e para baixo e roda, em relação ao elemento de suporte de dentes 206. Por conveniência, os movimentos ascendente e descendente do elemento portador de linguetas 204 serão designados respectivamente como "curso de contagem" e "curso de retorno". Estes termos são usados apenas por conveniência e não devem ser interpretados no sentido de que uma contagem só ocorre durante o curso de contagem. Será evidente para os especialistas na técnica (e a partir da descrição a seguir) que pode ocorrer uma contagem durante o curso de contagem, retorno ou uma combinação de ambos os cursos.

As figuras 5a a 5d mostram uma sequência de vistas em secção transversal do mecanismo de accionamento durante o curso de contagem. Na figura 5a, o elemento de suporte das linguetas está em repouso nos dentes por meio de um bloco saliente 510. Uma força dirigida para cima no elemento de suporte da lingueta resulta inicialmente no engate por atrito entre o lábio 408a da primeira lingueta (superior) 402a e uma face vertical 512 do dente 502. Esta acção orienta para cima o elemento de suporte da lingueta substancialmente na vertical, até ao momento em que o lábio 408b da segunda lingueta (inferior) 402b encaixa com uma face inferior, inclinada 514 do dente 506 (figura 5b) . Isso provoca um movimento diagonal ascendente, que prossegue até que o lábio 408b alcance, e depois ultrapasse, o vértice 516 do dente 506 (figuras 5c e 5d, respectivamente). Ao mesmo tempo, a primeira lingueta (superior) 402a flexiona ligeiramente para dentro para permitir que o lábio 408a passe sobre o dente 502 (figura 5c) . As setas a tracejado indicam a direcção do movimento.

As figuras 6a a 6d mostram uma sequência de vistas em secção transversal do mecanismo de accionamento durante o curso de retorno. Os elementos semelhantes aos da figura 5 encontram-se assinalados por números de referência semelhantes.

Na figura 6a, que corresponde substancialmente à figura 5d, o lábio 408a da primeira lingueta (superior) 402a move-se verticalmente para baixo até engatar por atrito com uma face inclinada superior 518 do dente 502, resultando num movimento diagonal descendente. Na figura 6b, o lábio 408a prosseguiu mais para baixo na face 518, e o bloco 510 engata agora uma face superior 520 inclinada do dente 504. Desta vez a segunda lingueta (inferior) 402b flexiona ligeiramente para dentro para permitir que o lábio 408b passe sobre o dente 504. Isso continua até que o elemento de suporte da lingueta assente nos dentes (figuras 6c e 6d). A figura 6d corresponde substancialmente à figura 5a, mas rodada por um dente, isto é, do dente 506 ao dente 504.

Em relação à figura 4b, isto mostra um perfil lateral das linguetas 402a e 402b e os lábios 408a e 408b. Cada lábio compreende uma face de engate de accionamento 440, que contacta um dente durante um engate de accionamento desse lábio 408. Cada lábio também compreende uma face de engate deslizante 430, que permite que um lábio 408 entre em contacto e levante sobre um dente sem encaixar no dente. As grandes setas indicam as faces dos lábios das linguetas que contactam os dentes durante um dos cursos. As faces opostas (mostradas sem setas) contactam os dentes durante o outro curso. O ângulo γ (que é o ângulo da inclinação da face de engate deslizante 430 do lábio em relação a um eixo vertical na figura) deve ser suficientemente grande para permitir que o lábio 408b se afaste e passe sobre os dentes quando o lábio 408a está engatado num dente (ou seja, a face de engate de accionamento 440a está em contacto, e engatado de maneira activa com um dente). É preferido um ângulo maior que 152. Se o ângulo for inferior a 15°, a lingueta pode não levantar acima do dente. A figura 7a ilustra uma forma de realização preferida do mecanismo de accionamento 205 em que o anel de dentes 210 está proporcionado sobre uma superfície voltada para fora de um elemento de suporte de dentes 206, que está colocado dentro do furo do elemento de suporte da lingueta 204.

As duas linguetas 402a, 402b, estão integralmente definidas no elemento de suporte de lingueta 204, por um troço em corte do seu corpo. Visto desta perspectiva, cada lingueta compreende dois braços que se estendem em direcção ao anel de dentes 210 num plano anular do elemento de suporte de lingueta 204. A segunda lingueta 402b encontra-se deslocada numa direcção circunferencial em relação à primeira lingueta 402a. Um lábio 408a, 408b, projecta-se radialmente para fora a partir do ponto em que os dois braços se encontram, para se encaixarem operativamente nos dentes. A figura 7b mostra um perfil lateral das linguetas 402a, 402b. Os números da figura 4b referem-se a características semelhantes da figura 7b. Tal como acontece com a Figura 4b, o ângulo γ (ou seja, o ângulo da face de engate deslizante 430 a partir da vertical do desenho) deve ser suficientemente grande para permitir que a face de engate deslizante 430 aumente e monte sobre o dente (não mostrado) . Por exemplo, o ângulo é de preferência maior do que 152. De maior preferência, o ângulo é de aproximadamente 45°. Também se observará que a orientação da primeira lingueta 402a é invertida em relação àquela apresentada na figura 4b. Faz-se observar que a lingueta engatada (ou seja, a lingueta no engate de accionamento com o dente) experimenta uma força de compressão que força a lingueta na direcção da superfície dentada durante o engate.

Em funcionamento, e visto a partir desta perspectiva, o elemento de suporte de dentes 206 move-se para cima e para baixo (impulsionado pela actuação do elemento de junção tal como descrito acima), fazendo com que o elemento de suporte da lingueta 204 rode em relação ao elemento de suporte de dentes 206. Por conveniência, os movimentos ascendente e descendente do elemento portador de dentes 206 serão designados respectivamente como "curso de contagem" e "curso de retorno".

As figuras 8a a 8d mostram uma sequência de vistas em secção transversal do mecanismo de accionamento preferido durante o curso de contagem. Na figura 8a, os elementos de suporte de dentes e linguetas estão em repouso. Uma barra antiderrapante 450, que compreende uma saliência que se prolonga da superfície interna do elemento de suporte da lingueta, encontra-se numa posição engatada que está em linha com os dentes para evitar a rotação sem contagem do elemento de suporte da lingueta (isto é, a rotação do elemento de suporte da lingueta numa direcção oposta àquele do elemento de suporte da lingueta durante uma contagem). A barra 450 antiderrapante está realizada de modo a impedir a rotação relativa entre o elemento de suporte dos dentes e o elemento de suporte da lingueta na direcção de não contagem bloqueando o movimento do elemento de suporte da lingueta. A barra estende-se suficientemente da superfície interna do suporte da lingueta para atingir um dos dentes, mas não a superfície externa do elemento que contém os dentes.

Uma força dirigida para cima no elemento de suporte de dentes origina inicialmente que um bordo do lábio 408a entre em engate por atrito com uma face inclinada 512 do dente 502 e mova a barra antiderrapante 450 para fora do trajecto dos dentes para permitir a rotação. O movimento ascendente adicional do elemento de suporte dos dentes provoca o movimento de rotação do elemento de suporte da lingueta (para a esquerda da figura). Ao mesmo tempo, a superfície interna não vertical do lábio 408b (mostrada como a superfície com uma flecha na figura 7b) entra em contacto com um bordo vertical que não é de ataque 522 do dente 520, o que faz com que a lingueta 402b se afaste do plano dos dentes, e permite que a lingueta 402b passe sobre o dente sem engate. O movimento de rotação do elemento de suporte da lingueta continua até que o lábio 408a e a superfície 512 deixem de entrar em contacto. Neste ponto, o lábio 408b libertou o dente 520 e cai de volta para o plano dos dentes em virtude dos braços da lingueta serem deformáveis elasticamente. O movimento ascendente adicional do elemento de suporte dos dentes não tem qualquer efeito adicional na rotação do elemento de suporte da lingueta. No entanto, uma segunda barra antiderrapante 452 (configurada de forma semelhante à barra antiderrapante 450) é introduzida no percurso dos dentes para evitar a rotação para trás (ou seja, não contar) do elemento de suporte da lingueta.

As figuras 9a a 9d mostram uma sequência de vistas em secção transversal do mecanismo de accionamento durante o curso de retorno. Os elementos semelhantes aos da figura 8 encontram-se assinalados por números de referência semelhantes.

Na figura 9a, que segue substancialmente a figura 8d, o elemento de suporte dos dentes é abaixado até o lábio 408b da primeira lingueta 402b engatar por atrito com uma face inferior inclinada 518 do dente 502 (simultaneamente, a segunda barra antiderrapante 452 é movida do caminho dos dentes). O movimento descendente adicional do elemento de suporte dos dentes provoca o movimento de rotação do elemento de suporte da lingueta devido ao facto de a face 518 e lábio 408a engatarem por atrito. A face 518 prossegue adicionalmente para baixo para o lábio 408b. Ao mesmo tempo, a superfície interna não vertical do lábio 408a entra em contacto com um bordo vertical que não é de ataque de um dente, o que faz com que a lingueta 402a se afaste do plano dos dentes, e permite que a lingueta 402a passe sobre o dente sem engate. O movimento de rotação do elemento de suporte da lingueta continua até que o lábio 408b e a superfície 518 deixem de entrar em contacto. Neste ponto, o lábio 408a libertou o dente sobre o qual estava a montar, e cai de volta para o plano dos dentes em virtude dos braços da lingueta serem deformáveis elasticamente. O movimento descendente adicional do elemento de suporte dos dentes não tem qualquer efeito adicional na rotação do elemento de suporte da lingueta. No entanto, a primeira barra antiderrapante 450 é trazida de volta para o percurso dos dentes para evitar a rotação para trás do elemento de suporte do trinco.

Embora a descrição anterior descreva o caso em que o elemento de suporte de linguetas roda em torno de um eixo (isto é, roda em relação ao dispensador como um todo) , é igualmente possível que o elemento de suporte dos dentes rode. Naturalmente, também é possível que os dentes possam apontar em qualquer direcção em redor da circunferência do elemento de suporte de dentes.

Faz-se observar que um deslocamento rotacional não precisa de ser realizado por meio de dois engates (embora isso possa ser benéfico), nem precisa de compreender movimento vertical e rotativo. Por exemplo, também pode ser usado um mecanismo de accionamento que proporcione um movimento puramente rotativo, por outras palavras sem movimento vertical.

Contador

As figuras 10 a 19 proporcionam várias representações pormenorizadas do contador.

Voltando primeiro à figura 10, o contador 203 é composto pelo primeiro elemento anular 201 e pelo segundo elemento anular 202. Os elementos anulares encontram-se dispostos rotativa e coaxialmente em torno do eixo central 214, cercando o recipiente do dispensador. O segundo elemento anular encontra-se proporcionado substancialmente nivelado em cima do primeiro elemento anular, com suas superfícies circunferenciais externas estando alinhadas de modo a formar uma superfície substancialmente contínua interrompida apenas por uma fissura 720 onde os dois elementos anulares se encontram. Um elemento de suporte de lingueta 205 de um mecanismo de accionamento faz parte integrante do primeiro elemento anular 201.

Uma primeira linha de números 701 ('8', '9', '0', '1') é exibida no primeiro elemento anular 201, com uma segunda linha de números 7 02 ('0', '1', '2', '3', '4',) e uma terceira linha dos números 703 ('1', '1', '1') exibida no segundo elemento anular 202. Para maior clareza, encontram-se ilustrados apenas alguns dos números. Também pode ser visto um mecanismo de acoplamento 700 que compreende um braço 704, uma série de saliências igualmente espaçadas 705, e um deflector 1002. O mecanismo de acoplamento permite que o primeiro elemento anular 201 seja acoplado ao segundo elemento anular 202, de modo que possam ser rodados em tandem pelo mecanismo de accionamento quando acoplado, conforme pormenorizado abaixo. As saliências espaçadas 705 estão formadas numa superfície interna do segundo elemento anular 202, e neste caso particular estendem-se apenas a meio do caminho em redor do eixo.

Será visível, no devido tempo, que, dependendo do esquema de contagem utilizado, podem ser proporcionados vários braços e/ou deflectores. No entanto, para fins de visibilidade apenas, somente um braço e/ou deflector encontra-se ilustrado nestas figuras.

Em relação agora à figura 11, o braço 704 encontra-se formado fazendo parte integrante de uma banda anular 802 que se apoia fixamente numa reentrância de uma superfície radial superior 804 do primeiro elemento anular 201. Alternativamente, o braço 704 pode ser montado directamente, ou fazendo parte integrante da superfície radial superior 804. O braço 704 tem um corpo ranhurado 712 que se prolonga de forma arqueada com aproximadamente a mesma curvatura do primeiro elemento anular 201, e uma extremidade de contacto que se estende para cima 710.

Em relação à figura 12, sendo uma vista da figura 10 a partir de cima, o segundo elemento anular 202 (mostrado como um anel sombreado) encontra-se montado de forma deslizante sobre um troço externo da superfície radial superior 804 do primeiro elemento anular (mostrado como um esboço de anel, parte do qual está escondido da vista abaixo do anel sombreado). Nesta perspectiva, é evidente que a espessura do segundo elemento anular 202, designado "t2", é de cerca de um terço da espessura do primeiro elemento anular 201, designado por "tl". A espessura do primeiro elemento anular 201 pode ser consistente ao longo da sua altura ou pode ser afunilada, sendo mais espessa na sua superfície radial superior 804. A linha tracejada representa uma linha de fronteira imaginária entre o braço 704 e as saliências espaçadas 705 formadas na superfície interna 902 do segundo elemento anular 202.

As figuras 13 e 14 mostram, numa série de vistas correspondentes de perspectiva e para baixo, respectivamente, o funcionamento do mecanismo de acoplamento.

As figuras 13a e 14a mostram o braço 704 a uma distância do deflector 1002. Nas figuras 13b e 14b, o primeiro elemento anular 201 e braço 704 estão rodados numa direcção anti-horária, de modo que a extremidade de contacto que se estende para cima 710 do braço 704 se aproxima do deflector 1002. O deflector 1002 está fixado ao recipiente ou, alternativamente, a um troço superior de um invólucro do dispensador e/ou a uma manga que envolve o recipiente. O deflector estende-se para baixo apenas a tal ponto que o corpo 712 do braço pode passar por baixo sem obstáculos. À medida que a extremidade de contacto 710 atinge uma face inclinada 1004 do deflector 1002, o braço 704 é deflectido para fora (figuras 13c e 14c) . Neste ponto, uma extremidade de fuga 718 da ranhura 714 apanha um dos dentes 1102, fazendo assim com que o segundo elemento anular 202 seja puxado conjuntamente. Quando a extremidade de contacto desce pela face 1006 do deflector, o dente 1102 é liberto pela extremidade de fuga da ranhura e o braço retorna para a sua posição não flectida (figuras 13d e 14d) . Tal como se pode ver na figura 14b, a extremidade de contacto que se estende para cima 710 do braço 704 pode ter uma face 720 que complementa a face inclinada 1004 do deflector 1002, para permitir uma deflexão suave. De preferência, a extremidade de contacto 710 é apontada de modo que quando atinge o vértice do deflector 1002, o braço pode começar imediatamente a voltar para a sua posição não flectida.

Tal como mostrado aqui, a fenda 714 forma um troço de encaixe do braço 704, mas é reconhecido que poderia ser usado qualquer meio de encaixe adequado, tal como um gancho. Consequentemente podem ser formadas reentrâncias no segundo anel, em vez de saliências. O braço 704 é suficientemente flexível para permitir uma deflexão radialmente para fora (isto é, em direcção às saliências) quando encorajado a fazê-lo, mas também resiliente o suficiente para retornar à sua posição original. O contador pode compreender adicionalmente um segundo deflector que funciona para mover ou desviar os meios de engate (por exemplo, o braço 704) de volta para a sua posição não flectida. Este segundo deflector pode, por exemplo, ser fixado a, ou fazer parte integrante de, uma superfície interna do segundo elemento anular 202. Adicionalmente, o segundo elemento anular encontra-se de preferência montado de forma deslizante no primeiro elemento anular de modo a resistir à rotação quando não existe engate entre o braço e o dente. É agora descrito um esquema de exemplo de contagem para um contador configurado para 200 doses tomando como referência as figuras 15a a 15c, que mostram os primeiro e segundo elementos anulares em três posições de exibição diferentes. Por conveniência, os elementos anulares 201, 202 são mostrados como anéis planos. Também são mostradas as saliências 705, o deflector 1002, uma janela 1202 através da qual o contador pode ser visto, e um elemento de cobertura do visor 1204.

Neste esquema particular, o primeiro elemento anular 201 tem uma primeira linha de números que compreende quatro conjuntos repetidos de números inteiros consecutivos '0' a ' 9 ' , ou seja : 0123456789012345678901234567890123456789.

Cada conjunto de números inteiros cobre um quarto de volta do primeiro elemento anular 201, e aqui representa os dígitos das "unidades" de uma contagem. O segundo elemento anular 202 apresenta segunda e terceira filas de números. A segunda linha compreende dois conjuntos repetidos de números inteiros consecutivos '1' a '9' separados por um '0', enquanto a terceira linha compreende dez 'l's opcionalmente seguido por um '2', por exemplo: 11111111112

123 4 5 6 7 8 9 012 3 4 S 6 7 8 S G

Da mesma forma, cada conjunto de números inteiros da segunda e terceira linhas cobre um quarto de volta do segundo elemento anular 202. Aqui, a segunda linha representa dígitos de "dezenas" e a terceira linha representa dígitos de "centenas" de uma contagem. Também é mostrado no segundo anel um símbolo de aviso sob a forma de um ponto de exclamação '!'.

Na prática, pode ser mais conveniente iniciar uma contagem em, digamos '199' em vez de '200', para evitar ter que rodar inicialmente o segundo elemento anular 202. Os números inteiros que formam o número '200' visto à direita da janela 1202 na figura 15a podem, portanto, ser omitidos. Assim, quando os primeiro e segundo elementos em anel são inicialmente alinhados num invólucro do dispensador, a primeira, a segunda, e a terceira filas, exibem de forma cooperativa o número "199" (quando lido de cima para baixo):

.....................................---0123456 7890123456 78S Q12 3 4 56 78 9 012 3 4S 6 78 9 012 3 4 S β 7 8 9 012 3 4 5 6 7 8 9 em que indica um espaço em branco.

Para cada uma das primeiras nove doses dispensadas, o primeiro elemento anular é rodado no sentido anti-horário por um incremento, ou seja, contagem de '9' a '0', até o número '190' ser exibido. Em seguida, para a décima dose dispensada, o primeiro e o segundo elementos anulares são acoplados por meio do mecanismo de acoplamento de modo que os elementos anulares são rodados em tandem por um incremento. Isso resulta na exibição do número '189' através da janela 1202. Para as nove doses subsequentes dispensadas, o primeiro elemento anular é novamente rodado no sentido anti-horário por incrementos até que o número '180' seja exibido. Para a vigésima dose dispensada, o mecanismo de acoplamento é novamente engatado, de modo que o primeiro e o segundo elementos anulares são rodados em tandem por um incremento e o número '179' é exibido através da janela 1202. A figura 15b mostra uma posição de contagem intermédia, na qual o número '72' é exibido. Nesta posição, a terceira fila esgotou-se e em vez disso aparece um espaço em branco. Alternativamente, o espaço em branco pode ser preenchido com indicações que não sejam números, tais como cores. À medida que o recipiente se esgota, por exemplo, abaixo de dez doses restantes, a segunda fila de números pode ser substituída por um ponto de exclamação '!' ou outros indicadores de aviso. Os indicadores de aviso preferidos para este fim são cores (por exemplo, vermelho) . Uma vez que a dose final tenha sido dispensada (figura 15c) , um elemento de cobertura 1204 que está de preferência ligado ao segundo elemento anular e, por conseguinte, rodou à mesma velocidade, encontra-se alinhado com a janela 1202. Isso oculta da vista qualquer indicação. A cobertura pode ter a palavra "EMTPY" (VAZIO) escrita nela, por exemplo.

Outros accionamentos do distribuidor podem ainda resultar na rotação do primeiro elemento anular 201. No entanto, uma vez que os dentes estão proporcionados apenas a meio caminho em redor do segundo elemento anular 202, o mecanismo de acoplamento não pode mais ser engatado, ou seja, não existem dentes para o encaixe da ranhura no braço. Assim, não podem ser efectuadas outras rotações do segundo elemento anular 202, de modo que o elemento de cobertura do visor 1204 permanece no local, mesmo que o primeiro anel ainda seja rodado por accionamentos adicionais do dispensador.

Será evidente que o número de deflectores e/ou braços (não mostrado na figura 15) dependerá do esquema de contagem implementado. Na figura 15, por exemplo, em que o primeiro elemento anular 201 tem uma primeira fila de números que compreende quatro conjuntos repetidos de números inteiros consecutivos '0' a '9' de modo que cada conjunto cobre um quarto de volta do primeiro elemento anular 201, e onde um deflector 1002 se encontra proporcionado, o contador terá quatro braços espaçados a intervalos de 90 graus. Naturalmente que também serão possíveis outras formas de realização. Por exemplo, onde o primeiro elemento anular 201 tem uma primeira fila de números que compreende dois conjuntos repetidos de inteiros consecutivos '0' a '9' de tal forma que cada conjunto cobre metade da volta do primeiro elemento anular 201, e onde um deflector 1002 se encontra proporcionado, o contador terá dois braços espaçados em intervalos de 180 graus. Alternativamente, pode ser possível ter um único braço e vários deflectores 1002 espaçados em intervalos, ou vários braços e deflectores.

As figuras 16 e 17 são vistas em perspectiva de um dispensador que inclui o contador. Ao contrário das figuras 2 e 3, o elemento de suporte da lingueta em vez do elemento de suporte dos dentes faz parte integrante do primeiro elemento anular 201. Também é visível na figura 16 uma tira de cor que segue a terceira fila de números 703. A figura 17 mostra como uma contagem ('119') pode ser vista através de uma janela 1202 de um invólucro 1402 do dispensador.

As figuras 18a a 18c mostram parte do contador da presente invenção. No contador da presente invenção, o segundo elemento anular 1510 encontra-se proporcionado rotativamente e coaxialmente com um primeiro elemento anular 201 em torno de um eixo central 214 tal como descrito acima (e tal como mostrado nas figuras 10 e 11). Para maior visibilidade, o primeiro elemento anular 201 não é mostrado nestes desenhos.

Tal como com as formas de realização descritas acima, o segundo elemento anular encontra-se proporcionado substancialmente nivelado em cima do primeiro elemento anular, com as suas superficies circunferenciais externas estando alinhadas de modo a formar uma superfície substancialmente contínua interrompida apenas por uma fissura onde os dois elementos anulares se encontram. Um elemento de suporte de lingueta 205 de um mecanismo de accionamento faz parte integrante do primeiro elemento anular 201. O contador compreende ainda um terceiro elemento anular 1502 que está proporcionado coaxialmente com o segundo elemento anular 1510. Em uso, o terceiro elemento anular não roda. O terceiro elemento anular compreende um deflector 1504 para desviar o braço 704 no primeiro elemento anular 201 para engatar nas saliências 1516 na superfície interna do segundo elemento anular 1510 da maneira descrita acima em relação às figuras 13 e 14. Tal como pode ser visto, o terceiro elemento anular tem um intervalo 1518 na sua parede externa para permitir que o braço 704 incline para fora. Um bordo inclinado no limite de fuga da janela 1518 engata num bordo do braço 704 para empurrar o braço 704 afastado dos dentes 1516 depois que o braço se ter engatado nos dentes 1516. Isso garante que não tem lugar o acoplamento adicional não desejado do (segundo) anel de dezenas (o que levaria a que fosse exibido um valor de dosagem incorrecto). O terceiro elemento anular 1502 compreende ainda um mecanismo de limitação 1506 que inclui um troço flexível e deformável elasticamente que aplica pressão a uma superfície circunferencial superior do segundo elemento anular 1510. O mecanismo limitador limita a quantidade de rotação do segundo elemento anular em relação ao terceiro elemento anular. Mais especificamente, o mecanismo de limitação impede que o segundo elemento anular rode incorrectamente por duas saliências (ou contagens) no caso de o braço falhar ao desacoplar adequadamente. Nesta forma de realização, o segundo elemento anular 1510 também compreende várias saliências 1512 numa superfície circunferencial superior para engatar no mecanismo de limitação 1506 do terceiro elemento anular 1502. De preferência, as saliências 1512 estão substancialmente igualmente espaçadas. De maior preferência, as saliências 1512 têm substancialmente o mesmo espaçamento que as saliências 1516 na superfície interna do segundo elemento anular.

Tal como descrito acima em relação às figuras 13 e 14, quando o primeiro e o segundo elementos anulares estão acoplados, o segundo elemento anular roda à mesma velocidade que o primeiro elemento anular (até que o primeiro e o segundo elementos anulares se desacoplem). Ao espaçar as saliências 1512 substancialmente à mesma distância que as saliências 1516 (que fazem parte do mecanismo de acoplamento entre os primeiro e sequndo elementos anulares), isso evita que o segundo elemento anular rode mais do que o desejado, mesmo que o braço não seja desacoplado adequadamente, o que indicaria uma contagem incorrecta.

Além disso, o terceiro elemento anular também compreende várias reentrâncias de localização 1508a, 1508b e 1508c na superfície circunferencial superior. Em formas de realização preferidas, as saliências moldadas correspondentemente localizam dentro destas reentrâncias para manter o terceiro elemento anular no lugar e, portanto, para evitar a rotação do terceiro elemento anular. As saliências podem estar localizadas num recipiente ou num dispensador (por exemplo numa tampa de dispensador). Ao impedir que o terceiro elemento anular rode, isto garante que o deflector 1504 permaneça numa posição consistente em relação aos primeiro e segundo elementos anulares. Várias saliências de forma correspondente localizadas num recipiente ou dispensador podem ser concebidas com um padrão assimétrico para proporcionar uma função de codificação. Ou seja, o terceiro elemento anular só irá localizar numa posição de rotação em relação ao recipiente e dispensador e, portanto, também ao primeiro e ao segundo elementos anulares. Isso garante que o terceiro elemento anular esteja sempre localizado correctamente em relação ao primeiro e segundo elementos anulares para permitir que a contagem seja registada correctamente. O segundo elemento anular 1510 compreende ainda um elemento de cobertura de visor 1514 para obscurecer uma vista da primeira indicação (tal como descrito acima em relação à figura 15) para indicar que o contador chegou a zero, indicando um dispensador vazio.

As figuras 19a e 19b mostram o terceiro elemento anular sem o segundo elemento anular. Os números de referência correspondem aos da figura 18.

Será evidente que o terceiro elemento anular não compreende indicações e não se destina a carregar indicações, uma vez que o terceiro elemento anular é obrigado a permanecer numa posição rotativa fixa em relação aos primeiro e segundo elementos anulares para a contagem para indicar as doses remanescentes correctas.

Embora a invenção tenha sido exemplificada pela descrição acima de formas de realização especificas, e suas utilizações, o anterior não deve ser considerado pelo leitor como uma limitação no âmbito da invenção, que é definido nas reivindicações anexas.

Claims (35)

1. REIVINDICAÇÕES

   1. Contador (203) caracterizado por compreender: um primeiro elemento anular (201) tendo uma primeira indicação (701) e um segundo elemento anular (202), (1510) tendo segundas indicações (702), sendo cada um dos referidos primeiro e segundo elementos anulares rotativos em incrementos em torno de um eixo comum (214), indicando uma ou ambas das referidas primeira e segunda indicações uma contagem; encontrando-se coaxialmente proporcionado um terceiro elemento anular (1502) em torno do referido eixo comum dos referidos primeiro e segundo elementos anulares; um mecanismo de accionamento (205) para rodar o referido primeiro elemento anular e para rodar o referido segundo elemento anular após um ou mais graus de rotação predeterminados do referido primeiro elemento anular; e um mecanismo de acoplamento (700) para acoplar de forma solúvel o referido primeiro elemento anular ao referido segundo elemento anular, para permitir que os referidos primeiro e segundo elementos anulares rodem cooperativamente quando acoplados e para permitir a rotação independente do referido primeiro elemento anular quando não acoplado; em que o referido mecanismo de acoplamento compreende um primeiro e um segundo meio de encaixe (704), (705), (1516) e um deflector (1002), (1504), sendo os referidos primeiros meios de engate móveis radialmente para fora e radialmente para dentro em relação ao referido eixo, e estando o referido deflector ligado a, ou fazendo parte integrante do referido terceiro elemento anular, e desvia o referido primeiro meio de engate radialmente para fora.
2. 2. Contador de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por o referido primeiro meio de encaixe (704) ser desviado radialmente para fora após um grau de rotação predeterminado do referido primeiro elemento anular (201), sendo a referida quantidade predeterminada de rotação do referido primeiro elemento anular inferior a uma rotação completa do referido primeiro elemento anular em torno do referido eixo comum.
3. 3. Contador de acordo com qualquer das reivindicações 1 ou 2, caracterizado por o referido primeiro meio de engate (704) estar ligado a, ou fazer parte integrante do referido primeiro elemento anular (201) .
4. 4. Contador de acordo com qualquer das reivindicações 1 a 3, caracterizado por o referido primeiro meio de engate compreender um braço (704) que tem uma ranhura (714) e uma extremidade de contacto (710) .
5. 5. Contador de acordo com a reivindicação 4, caracterizado por o referido primeiro meio de engate compreender quatro braços tendo cada um uma ranhura e uma extremidade de contacto.
6. 6. Contador de acordo com qualquer das reivindicações 4 ou 5, caracterizado por a referida extremidade de contacto compreender um componente que se alonga para cima que entra em contacto com o referido deflector (1002), (1504) .
7. 7. Contador de acordo com qualquer das reivindicações 1 6, caracterizado por o referido segundo meio de engate (705), (1516) estar ligado a, ou fazer parte integrante do, referido segundo elemento anular (202), (1510).
8. 8. Contador de acordo com qualquer das reivindicações 4 a 6, caracterizado por o referido segundo meio de engate compreender várias saliências (705), (1516).
9. 9. Contador de acordo com a reivindicação 8, caracterizado por as referidas saliências estarem igualmente espaçadas uma da outra.
10. 10. Contador de acordo com qualquer das reivindicações 8 ou 9, caracterizado por, quando o referido braço (704) é movido radialmente para fora, a referida ranhura (714) do referido braço engata numa das referidas saliências (705) , (1516) .
11. 11. Contador de acordo com qualquer das reivindicações 1 a 10, caracterizado por o referido terceiro elemento anular (1502) compreender um mecanismo de limitação (1506) para limitar a rotação livre do referido segundo elemento anular (202), (1510) em relação ao referido terceiro elemento anular em torno do referido eixo comum.
12. 12. Contador de acordo com a reivindicação 11, caracterizado por o referido mecanismo de limitação (1506) compreender um troço resilientemente deformável para aplicar pressão sobre o referido segundo elemento anular (202), (1510) para a referida limitação.
13. 13. Contador de acordo com as reivindicações 11 ou 12, caracterizado por o referido segundo elemento anular (202), (1510) compreender várias saliências (1512) substancialmente igualmente espaçadas e em que o referido mecanismo de limitação (1506) engata nas referidas saliências para limitar a referida rotação livre do referido segundo elemento anular.
14. 14. Contador de acordo com qualquer das reivindicações 1 a 13, caracterizado por o referido terceiro elemento anular (1502) compreender uma ou mais reentrâncias de localização (1508a), (1508b) (1508c) proporcionadas numa superfície circunferencial superior para engatar em saliências moldadas correspondente num invólucro para impedir a rotação livre do referido terceiro elemento anular.
15. 15. Contador de acordo com qualquer das reivindicações anteriores, caracterizado por as referidas primeira e segunda indicações compreenderem cada uma um ou mais dos seguintes: números, cores, letras e símbolos.
16. 16. Contador de acordo com a reivindicação 15, caracterizado por as referidas primeiras indicações compreenderem uma primeira fila de números, e as referidas segundas indicações compreenderem uma segunda, e uma terceira filas de números.
17. 17. Contador de acordo com a reivindicação 16, caracterizado por a referida primeira fila de números representar os dígitos das unidades, a referida segunda fila representar os dígitos das dezenas, e a referida terceira fila representar os dígitos das centenas.
18. 18. Contador de acordo com a reivindicação 16 ou 17, caracterizado por a referida primeira fila de números compreender conjuntos repetidos de números inteiros.
19. 19. Contador de acordo com qualquer das reivindicações 16 a 18, caracterizado por a referida segunda fila de números compreender conjuntos repetidos de números inteiros e a referida terceira fila de números compreender um conjunto de números inteiros.
20. 20. Contador de acordo com qualquer das reivindicações anteriores, caracterizado por as referidas primeira e segunda indicações serem impressas, cortadas e retiradas, estampadas, moldados, aderidas, incorporadas e/ou pintadas nos referidos primeiro e segundo elementos anulares .
21. 21. Contador de acordo com qualquer das reivindicações anteriores, caracterizado por o referido segundo elemento anular (202) compreender um elemento de cobertura do visor (1514) para obscurecer uma vista da referida primeira indicação.
22. 22. Contador de acordo com qualquer das reivindicações anteriores, caracterizado por pelo menos parte do referido mecanismo de accionamento (205) fazer parte integrante do referido primeiro elemento anular (201) .
23. 23. Contador de acordo com qualquer das reivindicações anteriores, caracterizado por o referido mecanismo de accionamento (205) compreender um mecanismo de lingueta e dente.
24. 24. Contador de acordo com a reivindicação 23, caracterizado por o referido mecanismo de lingueta e dente compreender: uma primeira e uma segunda lingueta (402a), (402b) acopláveis a vários dentes (210), e em que cada uma das referidas primeira e segunda linguetas compreende uma face de engate de accionamento (440) para engatar num engate de accionamento com um dos referidos vários dentes, e uma face de engate deslizante (430) para deslizar sobre um dos referidos vários dentes.
25. 25. Contador de acordo com a reivindicação 24, caracterizado por cada uma das referidas primeira e segunda linguetas (402a), (402b) estar proporcionada de tal modo que: a referida primeira lingueta engata num engate de accionamento com um dos referidos vários dentes durante um curso de contagem dos referidos dentes, e a referida segunda lingueta engatar num engate de accionamento com um dos referidos vários dentes durante um curso de retorno do referido dente.
26. 26. Contador de acordo com a reivindicação 24 ou 25, caracterizado por cada uma das referidas primeira e segunda linguetas (402a) , (402b) estar proporcionada de tal modo que: a referida segunda lingueta desloca-se por cima dos referidos vários dentes durante o referido curso de contagem, e a referida primeira lingueta desloca-se por cima de um dos referidos vários dentes durante o referido curso de retorno.
27. 27. Contador de acordo com qualquer das reivindicações 24 a 26, caracterizado por as referidas primeira e segunda linguetas (402a), (402b) fazerem parte integrante do referido primeiro elemento anular (201), e os referidos vários dentes (210) se encontrarem proporcionados num elemento de suporte de dentes (206) proporcionado para ser móvel reciprocamente dentro do furo do referido primeiro elemento anular, e em que o referido mecanismo de lingueta e dente se encontra configurado de tal modo que o movimento reciproco do elemento de suporte de dente dentro do furo do primeiro elemento anular provoca o movimento de rotação do primeiro elemento anular.
28. 28. Contador de acordo com qualquer das reivindicações anteriores caracterizado por estar ligado a um dispensador (200) que tem um corpo para acolher um recipiente de medicamento e um mecanismo dispensador para dispensar uma dose de medicamento do referido recipiente.
29. 29. Contador de acordo com a reivindicação 28, caracterizado por a rotação do referido primeiro elemento anular ser realizada em resposta ao accionamento do dispensador.
30. 30. Contador de acordo com as reivindicações 28 ou 29, caracterizado por a referida contagem ser indicativa de doses de medicamento dispensadas do, ou que permanecem no, referido recipiente.
31. 31. Contador de acordo com qualquer das reivindicações 28 a 30, caracterizado por o referido dispensador incluir um invólucro que tem uma janela para permitir que apenas uma parte das referidas primeira e segunda indicações seja exibida.
32. 32. Dispensador (200) caracterizado por compreender ο contador de acordo com qualquer das reivindicações 1 a 27 .
33. 33. Dispensador (203) caracterizado por compreender: um corpo para acolher um recipiente de medicamento; um recipiente de medicamento; um mecanismo dispensador para dispensar uma dose de medicamento do referido recipiente; e um contador de acordo com qualquer das reivindicações 1 a 27.
34. 34. Dispensador de acordo com qualquer das reivindicação 32 ou 33, caracterizado por ser um inalador de dose calibrada pressurizado (pMDI).
35. 35. Dispensador de acordo com a reivindicação 32, 33 ou 34, caracterizado por compreender ainda um mecanismo de ajuste de tolerância.