PT1761284E - Dispositivo e método para tratamento de fluídos utilizados em processo de revestimento por electrodeposição com ultra-sons - Google Patents

Dispositivo e método para tratamento de fluídos utilizados em processo de revestimento por electrodeposição com ultra-sons Download PDF

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PT1761284E
PT1761284E PT58248857T PT5824885T PT1761284E PT 1761284 E PT1761284 E PT 1761284E PT 58248857 T PT58248857 T PT 58248857T PT 5824885 T PT5824885 T PT 5824885T PT 1761284 E PT1761284 E PT 1761284E
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Eric Cordemans De Meulenaer
Baudouin Hannecart
Mario Swinnen
Jan Reinier Gosker
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Description

DESCRIÇÃO
Dispositivo e método para tratamento de fluidos utilizados em processo de revestimento por electrodeposição com ultra-sons
ENQUADRAMENTO DO INVENTO
Campo do invento 0 presente invento refere-se à descontaminação de fluidos industriais e, em particular, à descontaminação de fluidos usados em processos de revestimento por electrodeposição através de radiação ultra-sónica de baixa potência e alta frequência.
Descrição da técnica relacionada 0 revestimento por electrodeposição refere-se genericamente a um método de revestimento no qual é utilizada uma corrente eléctrica para depositar um revestimento num objecto. Tal como é aqui usado, as formas de realização preferidas descrevem muitas vezes o "revestimento por electrodeposição" como um processo de pintura, mas o termo "revestimento por electrodeposição" é suficientemente amplo para cobrir quaisquer métodos de revestimento adequados. 0 revestimento por electrodeposição funciona no principio de que partículas carregadas de forma oposta se atraem mutuamente. Mais especificamente, um sistema de revestimento por electrodeposição aplica normalmente uma carga de corrente continua a uma peça metálica (ou a qualquer peça que se pretende pintar) mergulhada num banho de partículas carregadas 1 de forma oposta. As partículas de tinta são arrastadas para a peça metálica, e a tinta é depositada na peça, formando normalmente um filme igual e contínuo na superfície, incluindo fissuras e cantos, até o revestimento atingir a espessura desejada. Depois de se atingir a espessura desejada, a peça pode ser isolada para parar a deposição das partículas de tinta, parando a atracção.
Um sistema típico de revestimento por electrodeposição consiste num número de componentes que pode ajudar a manter os parâmetros de linha. Por exemplo, um rectificador fornece normalmente uma carga eléctrica de corrente contínua ao banho, para permitir o revestimento do objecto mergulhado. Para além disso, as bombas de circulação mantêm muitas vezes uma adequada mistura de tinta uniforme ao longo do banho de revestimento por electrodeposição. Além disso, o controlo de temperatura do banho de tinta é fornecido normalmente por um permutador de calor e/ou refrigerados. Os sistemas de revestimento por electrodeposição utilizam muitas vezes filtros de rede para remover partículas de sujidade que são introduzidas no sistema de pintura. Normalmente, são usados ultra-filtros para controlar a condutividade da tinta, produzir permeatos para lavagem, e permitir a recuperação de partículas sólidas de tinta. 0 revestimento por electrodeposição consiste genericamente em inúmeros passos incluindo: pré-tratamento por electrodeposição, electrodeposição, pintura, banho, lavagem, e pós-lavagem, cada um dos quais envolve fluidos industriais. Antes do revestimento por electrodeposição, as peças metálicas são normalmente tratadas num processo de fosfatação, e então lavadas. 2
Infelizmente, os fluidos utilizados nos processos de revestimento por electrodeposição, em particular fluidos de base aquosa, são susceptíveis de propagação de bactérias, algas, fungos, leveduras, bolores e outra propagação microbiana. Os meios carregados encontrados em instalações de revestimento por electrodeposição têm tendência para o desenvolvimento bacteriano, devido às elevadas relações de superficie/volume das partículas sólidas presentes nas formulações, assim como ao seu elevado teor orgânico. A contaminação biológica destes fluidos pode ser dispendiosa e perigosa, pelo que se deseja algum controlo biológico destes fluidos.
Os fluidos industriais utilizados no processo de revestimento por electrodeposição podem incluir composições complexas, suspensões e emulsões, assim como líquidos virgens ou filtrados. 0 veículo líquido para estas composições é muitas vezes água desmineralizada ou desionizada (ver patente dos EUA n° 5, 393,390 para Freese et al. ) . As composições de revestimento contêm muitas vezes vários tipos de ingredientes. Por exemplo, as lacas de deposição por electrodeposição são muitas vezes emulsões ou dispersões de base aquosa com vários componentes. Assim, é vantajoso proteger as formulações, assim como o próprio meio líquido.
No revestimento por electrodeposição, uma das bactérias mais abundantes é a Burkoldheria Capacia que é uma bactéria gram-negativa. A infecção humana pode ser provocada pela Burkoldheria Capacia, em particular em doentes com fibrose quística, e doença granulomatosa crónica, e pode ser muitas vezes fatal. É importante notar que a incrustação biológica afecta normalmente todo o sistema de revestimento por 3 electrodeposição, incluindo circuitos, dispositivos de filtração, assim como os revestimentos. A contaminação biológica destes fluidos pode também diminuir a qualidade do acabamento aplicado às peças, e aumentar, quer o tempo de paragem, quer os custos de manutenção. A incrustação biológica pode também ser prejudicial à qualidade do produto acabado. A contaminação biológica está normalmente associada à formação de biofilmes. Utilizando tratamentos convencionais, nem sempre era possível reduzir significativamente o biofilme, pelo que existe ainda a necessidade de uma remoção efectiva de biofilme do equipamento de circuito e de tubagens. Um conjunto de patentes, tal como as patentes dos EUA n°s 5,971,757, 5,961,326, 5,749,726, e 5,204,004 revelam a utilização de uma variedade de filtros de água substituíveis em linha para reter bactérias, tal como formação de crostas de biofilme.
Para minimizar estes riscos, perigos e outros efeitos negativos de fluidos contaminados utilizados nos processos de revestimento por electrodeposição, muitas instalações acrescentam níveis apreciáveis de vários biocidas aos fluidos utilizados nos processos de revestimento por electrodeposição, para manter e inibir o crescimento de microorganismos. Na prática, no entanto, estes agentes têm uma utilidade limitada. Para além de custarem mais dinheiro, existem limites quanto à quantidade de biocida que pode ser incorporada num fluido de revestimento por electrodeposição sem comprometer a eficácia do fluido. Além disso, estas técnicas convencionais, não proporcionam redução a longo prazo de contagens microbianas em grandes sistemas industriais.
Para se conseguir uma utilização constante e duradoura do fluido de revestimento por electrodeposição, é desejável que o fluido de revestimento por electrodeposição não modifique o 4 fluido ou emulsão de revestimento por electrodeposição na sua composição ou características pretendidas. Um problema principal associado aos biocidas é que estes podem ser prejudiciais à eficácia e integridade do fluido de revestimento por electrodeposição. Em última analise, os microorganismos vencem os biocidas e a degradação microbiana do fluido de revestimento por electrodeposição e os contaminantes resulta em maus cheiros no ambiente de trabalho.
Para além da utilização de biocidas, outras instalações usaram os seguintes métodos para tratar fluidos de revestimento por electrodeposição: a utilização de metais radioactivos (por exemplo patentes dos EUA n° 5, 011, 708 para Kelly et al.), estratégias de remoção de biofilme (por exemplo, patente dos EUA n° 6,183,649 pra Fontana e patente dos EUA n° 5,411,666 para Hollis et al.), métodos físicos, tais como, electrólise (ver patente dos EUA n° 6,117,285 para Welch et al., e patente dos EUA n° 5, 507, 932 para Robinson) , tratamentos por célula galvânica (ver patente dos EUA n° 6,287,450 para Hradil, e patente dos EUA n° 6, 746,580 para Andrews et al.), e esterilização por impulso de luz (ver patente dos EUA n° 6,566,659 para Clark et al.).
Os métodos de tratamento anteriores também usaram biocidas para tratar instalações industriais usadas no revestimento por electrodeposição. Estas instalações usam, muitas vezes, sistemas de filtração para a transferência e recirculação de fluidos carregados com tinta empastada e partículas sólidas grosseiras, etc.. A contaminação biológica destes filtros foi tratada através da utilização de biocidas. Os sistemas de limpeza in situ (ver patente dos EUA n° 5,403,479 para Smith et al.) de microfiltração (MF) ou ultrafiltração (UF) obstruída utilizando membranas de fibra oca semipermeáveis também têm 5 vindo a ser usados quando o fluxo diminui para um nível inaceitavelmente baixo.
Assim, os métodos convencionais para a descontaminação dos fluidos de revestimento por electrodeposição incluem filtração por membrana para remover microorganismos, e/ou a adição de produtos químicos, ou outras aditivos para matar e/ou inibir a proliferação de microorganismos no fluido. É importante notar que o líquido envolvido nos processos de revestimento por electrodeposição é muitas vezes principalmente água. Assim, uma instalação industrial precisa muitas vezes de tratar grandes quantidades de água desmineralizada e/ou desionizada. Existe tipicamente uma substituição contínua de água gasta, devido a evaporação, derrame e arrastamento. Uma vez que a água desionizada contaminada é muito corrosiva, e a adição de produtos químicos anti-corrosão não é sempre vista como a melhor solução, mantém-se a necessidade de tratar esta água desionizada de uma forma barata e segura, sem diminuir significativamente a eficácia do fluido.
Embora a utilização de ultra-sons de baixa frequência e elevada potência tenha sido proposta para tratar localmente as superfícies para as manter livres de incrustações e sujidade (ver patente dos EUA n° 5,386,397 para Urroz) mantém-se a necessidade, na técnica, de descontaminar fluidos usados nos processos de revestimento por electrodeposição. É também importante notar que o elevado teor de sólidos no fluido é normalmente prejudicial para os tratamentos químicos ou com UV, ou tratamentos mecânicos com ultra-sons de baixa frequência. Mais especificamente, as partículas sólidos atuam muitas vezes como absorventes ou barreiras à transmissão da irradiação. Assim, a opacidade e heterogeneidade do meio é 6 muitas vezes um factor negativo para a sua descontaminação por processos clássicos. Por exemplo, a opacidade do meio é especificamente prejudicial ao tratamento por UV.
Assim, existe a necessidade na técnica de um processo novo e efectivo para o tratamento de fluidos utilizados em processos de revestimento por electrodeposição sem a utilização de grandes quantidades de biocidas, e que possa proporcionar protecção uniforme, ou protecção substancialmente uniforme com o tempo.
RESUMO DO INVENTO
Num aparelho para reduzir a presença de microorganismos vivos num fluido de revestimento por electrodeposição de acordo com a reivindicação 1 é proporcionado, incluindo um compartimento contendo fluido de revestimento por electrodeposição, um emissor de ultra-sons configurado para emitir sinais de ultra-sons numa frequência superior a 100 kHz para o compartimento, e um emissor de microbolhas de gás configurado para emitir microbolhas de gás tendo um diâmetro médio inferior a 1 mm para o campo de ultra-sons no compartimento.
Noutra forma de realização, é proporcionado um método de tratamento de fluido de revestimento por electrodeposição de acordo com a reivindicação 11, incluindo a recolha de fluido de revestimento por electrodeposição de um circuito de encaminhamento de fluido, o encaminhamento do fluido de revestimento por electrodeposição para um compartimento, e a exposição simultânea do fluido de revestimento por electrodeposição no compartimento a microbolhas de gás tendo um 7 diâmetro médio inferior a 1 mm e ultra-sons com uma frequência superior a 100 kHz . O aparelho pode ser proporcionado com um sistema de revestimento por electrodeposição e um circuito de fluido de revestimento por electrodeposição ligado ao sistema de revestimento por electrodeposição.
BREVE DESCRIÇÃO DOS DESENHOS A figura 1 é um desenho ilustrando um exemplo possível da instalação dos métodos e dispositivos aqui descritos. A figura 2 é um desenho mostrando uma forma de realização de um dispositivo de ultra-sons/microbolhas aqui descrito.
DESCRIÇÃO DETALHADA DA FORMA DE REALIZAÇÃO PREFERIDA A seguinte descrição detalhada dirige-se a determinadas formas de realização específicas do invento. No entanto, o invento pode ser materializado em inúmeras formas diferentes. Nesta descrição é feita referência aos desenhos, em que partes semelhantes são identificadas com números semelhantes.
Os métodos e dispositivos aqui descritos proporcionam um controlo amplo e surpreendentemente efectivo de microorganismos num conjunto de sistemas de revestimento por electrodeposição. Em formas de realização preferidas, os métodos e dispositivos aqui proporcionados referem-se a fluidos de descontaminação usados em processos de revestimento por electrodeposição com ultra-sons de elevada frequência e baixa potência. Embora ambos os termos "descontaminar" ou "tratar" sejam aqui usados frequentemente, é de notar que os métodos e dispositivos 8 revelados podem ser usados também para prevenir contaminação em fluidos de revestimento por electrodeposição.
Em formas de realização mais especifica, os métodos e dispositivos aqui proporcionados podem ser altamente efectivos na remoção de biofilme presente em circuitos industriais de revestimento por electrodeposição, prolongando a vida útil de fluidos usados em processos de revestimento por electrodeposição, e reduzindo ou eliminando os riscos colocados aos trabalhadores por fluidos altamente contaminados ou tratados com biocidas utilizados em processos de revestimento por electrodeposição.
Uma vantagem especifica dos métodos e dispositivos aqui proporcionados é que podem funcionar na presença de contaminantes no meio. Ao contrário de métodos convencionais de tratamento de fluidos de revestimento por electrodeposição, a opacidade e heterogeneidade do meio não é um factor prejudicial significativo aos os métodos de descontaminação aqui proporcionados. Assim, em determinadas formas de realização, os métodos e dispositivos aqui proporcionados podem ser aplicados ao tratamento de composições heterogéneas de base aquosa, com um teor de sólidos baixo a elevado, ou meios líquidos.
Noutras formas de realização, usando as revelações aqui descritas, os sólidos podem ser tratados indirectamente. Mais especificamente, estas formas de realização evitam a formação significativa de biofilme na superfície dos sólidos ou, se já existir biofilme antes do início da irradiação de ultra-sons a elevada frequência/baixa potência da técnica presente, as formas de realização reduzem significativamente a quantidade de biofilme.
Em formas de realização mais específicas, utilizando os dispositivos e métodos aqui revelados, o nível populacional de 9 micróbios pode ser reduzido até um nível que não constitua um risco para trabalhadores, resultando numa melhor qualidade para o ambiente de trabalho.
Noutras formas de realização vantajosas, a utilização destes métodos e aparelhos pode aumentar muito a vida útil e/ou tempo de armazenagem do fluido de revestimento por electrodeposição. Em aspectos mais específicos, a radiação por ultra-sons de alta frequência, baixa potência aplicada não diminui significativamente a integridade ou eficácia do fluido. Noutras formas de realização, estas revelações podem também descontaminar partículas que não passem através do compartimento de ultra-sons. Por exemplo, em circuitos industriais, as partes remotas dos circuitos podem ser libertadas de biofilme através do efeito do mecanismo bioquímico retardado dos métodos revelados.
Noutros aspectos vantajosos, o custo de deposição de fluidos contaminados utilizados em processos de revestimento por electrodeposição e de substituição do fluido de revestimento por electrodeposição é substancialmente menor. Para além disso, a poluição química do ambiente é minimizada ou evitada quando houver processos disponíveis para a reciclagem de fluidos usados.
Noutras formas de realização, estes métodos e dispositivos podem ser ampliados para tratar sólidos, água carregada, e meios fluidos principais, sem a utilização de biocidas.
Noutras formas de realização, estes métodos e dispositivos descritos podem ser eficazes em meios líquidos carregados, e nas suas várias composições, sem alterar as suas características desejadas ou inibir a eficácia destas composições quando usadas em processos de revestimento por electrodeposição. 10
Ainda noutras formas de realização, os métodos e dispositivos aqui proporcionados podem ser usados para tratar água pura desionizada ou desmineralizada, ou formulações contendo água desionizada ou desmineralizada.
Em formas de realização preferidas, os métodos e dispositivos aqui descritos oferecem uma solução ambientalmente amigável para lidar com a legislação ambiental e de saúde mais exigente. Noutras formas de realização preferidas, os métodos e dispositivos aqui descritos podem gerar um efeito de descontaminação a um custo eficaz que não prejudique mais o ambiente do que os métodos da técnica anterior de tratamento de fluidos de revestimento por electrodeposição.
Em formas de realização mais especificas, estas revelações referem-se a dispositivos e métodos que podem neutralizar, prevenir o crescimento de, e remover microorganismos presentes num fluido de revestimento por electrodeposição. Noutras formas de realização, os dispositivos e métodos aqui proporcionados podem tratar fluidos utilizados em processos de revestimento por electrodeposição quando se suspeita que estes fluidos contêm microorganismos, por exemplo.
Os fluidos de revestimento por electrodeposição com um elevado teor de sólidos degradam-se com o tempo, em parte devido ao crescimento microbiano (por exemplo bacteriano) e à contaminação. Assim, estas formas de realização incluem o aumento da vida útil de fluidos de revestimento por electrodeposição prevenindo a degradação provocada por micróbios.
Dispositivos e métodos 11
As formas de realização dos dispositivos aqui descritos podem ser encontradas na patente dos EUA n°s 6,540, 922 e 6,736,979 para Meulenaer et al. Os métodos de tratamento de fluidos utilizados em processos de revestimento por electrodeposição podem ser executados com s dispositivos aqui revelados. Uma forma de realização especifica de um dispositivo que pode ser usado para o tratamento de fluido de revestimento por electrodeposição está representado na fiqura 1. Em determinadas formas de realização, o fluido de revestimento por electrodeposição a ser tratado pode conter microorganismos, incluindo bactérias, virus, fungos, protistas e semelhante, por exemplo.
Dependendo da polaridade da carga, o revestimento por electrodeposição pode ser normalmente classificado, quer como anódico, quer como catódico. Estes métodos e dispositivos podem ser usados para tratar fluidos quer no revestimento por electrodeposição anódica ou catódica. No revestimento por electrodeposição anódica, a peça a ser revestida é o ânodo com uma carga eléctrica positiva que atrai partículas de tinta carregadas negativamente no banho de tinta. Durante o processo anódico, pequenas quantidades de iões metálicos migram para a película de tinta que pode limitar as propriedades de desempenho destes sistemas. A sua utilização principal destina-se normalmente a produtos em ambientes interiores ou exteriores moderadamente agressivos.
No revestimento por electrodeposição catódica, à parte a ser revestida é dada uma carga negativa atraindo as partículas de tinta carregadas positivamente. O revestimento por electrodeposição catódica aplica uma carga eléctrica negativa à peça metálica que atrai partículas de tinta carregadas positivamente. A inversão das polaridades usadas no processo 12 anódico reduz normalmente a quantidade de ferro que entra na película de tinta curado podendo, assim, melhorar as propriedades dos produtos catódicos. Os revestimentos catódicos são revestimentos de alto desempenho com excelente resistência à corrosão, e podem ser formulados para durabilidade exterior. A tecnologia de revestimento por electrodeposição pode ainda ser classificada em duas outras categorias: epóxis e acrílicos. Ambas as tecnologias são usadas extensivamente em sistemas anódicos e catódicos. A seguinte tabela, tabela 1, mostra as propriedades típicas e as utilizações finais destes sistemas:
Tabela 1 PROPRIEDADES UTILIZADORES FINAIS Epóxi anódico Cura s baixas temperaturas Aplicações agrícolas Peças automóveis Aço estrutural Acrílico anódico Controlo de cor Controlo de brilho Uso interior Económico Mobiliário metálico para escritório Difusores de ar Prateleiras Rede metálica e cabides Epóxi catódico Resistência à corrosão Resistência a produtos químicos Automóveis e peças Transformadores Utensílios Acrílico anódico Resistência aos UV Resistência à corrosão Relvado e jardins Aplicações agrícolas Rodas de automóvel 13
Controlo de cor
Utensílios de aparar
Os atributos de cura a baixa temperatura típicos dos epóxis anódicos tornam estas fórmulas bons acabamentos para a vazamento, motores, e substratos ou conjuntos sensíveis à temperatura. As peças de aquecimento, ventilação de ar condicionado são normalmente revestidas com revestimentos acrílicos anódicos. Os revestimentos acrílicos anódicos são também utilizados para revestir comutadores eléctricos, que exiqem não apenas controlo da cor e do brilho, mas também dureza do filme, resistência química e protecção contra corrosão.
As carroçarias automóveis e peças e acessórios automóveis são alquns dos produtos revestidos tipicamente através do revestimento por electrodeposição catódica de epóxi. Os revestimentos acrílicos catódicos, também conhecidos pelas suas resistências química e a alcalinos, são vulgarmente usados para proporcionar um acabamento com um revestimento para mobiliário de laboratório e equipamento de relvado e jardins. Os métodos e dispositivos aqui revelados podem ser usados com os sistemas de revestimento por electrodeposição listados acima.
Normalmente, os processos de revestimento por electrodeposição podem ser divididos em quatro secções distintas: pré-tratamento, banho de revestimento por electrodeposição, pós-lavagem e cozimento em forno. Os métodos e dispositivos aqui apresentados podem ser usados para tratar fluidos de revestimento por electrodeposição usados em qualquer um destes passos.
Normalmente, o passo de pré-tratamento compreende a limpeza e fosfatação da peça a ser revestida para preparar a peça para revestimento por electrodeposição. A limpeza e 14 fosfatação são muitas vezes importantes para se conseguirem as exigências de desempenho pretendidas pelo utilizador final. 0 fosfato de ferro e de zinco são materiais comuns usados em sistemas de pré-tratamento. Ambas as fases de pulverização e imersão podem ser utilizadas nesta secção.
De acordo com o invento o banho de revestimento por electrodeposição consiste em 80-90% de água desionizada e 10 a 20% de sólidos de revestimento, tal como tinta. A água desionizada actua como o portador para os sólidos, que estão normalmente sob agitação constante. As partículas sólidas de tinta consistem normalmente em resina e pigmentos. A resina é normalmente a espinha dorsal da película de tinta final e proporciona, muitas vezes, protecção contra a corrosão, durabilidade e resistência. Os pigmentos são normalmente usados para proporcionar cor e brilho. Os dispositivos e métodos aqui descritos podem ser usados para tratar, quer a própria água, quer a composição de água/partículas sólidas de tinta.
Genericamente, durante um processo de pintura com revestimento por electrodeposição, a tinta é aplicada normalmente a uma peça a uma velocidade controlada, que pode ser regulada pela quantidade de tensão aplicada. Logo que o revestimento atinja a espessura de filme pretendida, a peça pode ser isolada, abrandando o processo de revestimento. À medida que a peça é removida do banho, o excesso de partículas sólidas de tinta, normalmente chamadas como "solução arrastada" (drag out) ou "cream coat" agarram-se normalmente à superfície. Estas partículas sólidas em excesso são então lavadas para manter a eficiência e a estética. O líquido de lavagem usado nestas pós-lavagens volta normalmente ao tanque por motivos de eficiência. Os dispositivos e métodos podem ser usados para tratar o líquido de lavagem. 15
Após sair da pós-lavagem, a peça revestida entra normalmente no forno de cozimento. Em geral, o forno de cozimento reticula e cura a película de tinta para garantir propriedades de desempenho máximas. Os programas de cozimento utilizam normalmente temperaturas compreendidas entre 82,2°C a 190,6°C (180° F a 375° F), dependendo da tecnologia usada. A figura 1 ilustra um sistema exemplificativo 20 no qual uma forma de realização do presente invento pode ser incorporada para tratar o fluido usado no revestimento por electrodeposição. O sistema de revestimento por electrodeposição inclui um banho de revestimento por electrodeposição 22 contendo um fluido de revestimento por electrodeposição 24 que nesta forma de realização contém aproximadamente 20% de partículas sólidas de tinta. O fluido de revestimento por electrodeposição 24 é encaminhado para um filtro de ultra-filtração 26 que filtra as partículas sólidas de tinta, enviando-as de novo para o banho de revestimento por electrodeposição ao longo do percurso 28. O componente remanescente do fluido de revestimento por electrodeposição, que neste caso é água desionizada 30, é encaminhado ao longo de um percurso 32 para um dispositivo de ultra-sons/microbolhas 34, tal como está revelado em maior detalhe abaixo em relação à figura 2. O dispositivo de ultra-sons/microbolhas 34 é então usado para tratar a água desionizada, tal como referido abaixo, e então a água desionizada tratada é então encaminhada ao longo de um percurso 40 para um banho de lavagem 42. No sistema discutido em relação à figura 1, pode ver-se a água desionizada 30, que serve como líquido de lavagem, pode transbordar do banho de lavagem 42 para um segundo banho de lavagem 44, e 16 daqui pode transbordar para o banho de revestimento por electrodeposição 22 . Em relação à figura 1, pode ver-se que uma série de objectos 50 a serem tratados podem ser deslocados através de uma série de banhos para executar o processo de revestimento por electrodeposição. Um objecto 50, que foi de preferência pré-tratado, é baixado em primeiro lugar para o banho de revestimento por electrodeposição 22, e então removido. As pós-lavagens são então executadas baixando o objecto para os banhos de lavagem 44 e 42, sequencialmente. A água desionizada 30 é tratada pelo dispositivo de ultra-sons/microbolhas 34, e a água tratada irá gradualmente passar do depósito de lavagem superior 22 para o banho de revestimento por electrodeposição 22, em cujo momento pode ser removido e tratado de novo. Pode também ver-se que sucessivos banhos de lavagem, tal como o banho de lavagem 52, podem ser utilizados quando necessários, e que os banhos de lavagem podem incluir fluido em escoamento ou de outra forma agitado, tal como está ilustrado em relação ao banho de lavagem 52. O revestimento por electrodeposição é utilizado numa variedade de segmentos de mercado industriais. Cada um destes mercados tem exigências de desempenho especificas, conduzindo a um conjunto de tecnologias de revestimento por electrodeposição formuladas para satisfazer as suas necessidades. O revestimento por electrodeposição tornou-se também um método de acabamento aceite para novas aplicações, tal como acabamentos especialmente transparentes sobre alumínio; bronze e zincagem electrolítica; revestimentos com um brilho extremamente baixo para aplicações militares e fotográficas; revestimentos resistentes a produtos químicos; e acabamentos transparentes, do tipo metálico, niquelagem ou zincagem. 17
Os dispositivos e métodos aqui descritos podem ser usados para tratar fluido de revestimento por electrodeposição usado em qualquer aplicação aceite ou futura. A tabela seguinte, Tabela 2, dá exemplos de aplicações especificas de revestimento por electrodeposição com os quais os dispositivos e métodos podem ser utilizados.
Tabela 2
Aplicações do revestimento por electrodeposição no mercado industrial Utilizador final Propriedades acrescentadas pelo revestimento por electrodeposição Equipamento agrícola Elevado brilho, controlo de cor, resistência aos elementos atmosféricos, resistência à corrosão Utensílios Resistência à corrosão e ataques atmosféricos, controlo de cor em áreas recuadas Automóveis Resistência à corrosão e à lascagem, resistência aos elementos atmosféricos Peças automóveis Resistência à corrosão, aos produtos químicos e à lascagem Latão, ouro, níquel, Qualidade estética e resistência à alumínio corrosão Revestimentos de latas Resistência da barreira e aos (recipientes) produtos químicos, aprovado pela FDA, sem efeito no paladar Comutador eléctrico Resistência à corrosão e aprovado pela U.L. 18
Prendedores Cobertura dos rebordos e resistência à corrosão Aquecimento, ventilação e Resistência à corrosão, controlo de arrefecimento cor, resistência aos elementos atmosféricos Mobiliário de laboratório Resistência à corrosão, ataques atmosféricos e produtos químicos, controlo de cor Relvados e jardins Resistência à corrosão, resistência aos elementos atmosféricos Placa de circuito impresso Cobertura de rebordos e dureza Prateleiras e mobiliário Controlo de cor, dureza e resistência a ataques atmosféricos Rodas Resistência à corrosão e lascagem, resistência aos elementos atmosféricos
Em determinadas formas de realização, os dispositivos e métodos aqui proporcionados podem ser usados em processos de revestimento por electrodeposição com uma ou duas camadas. Para os processos de revestimento por electrodeposição com duas camadas, a primeira camada é normalmente uma camada de revestimento por electrodeposição de epóxi condutor, que quando cozida proporciona uma superfície que pode receber uma segunda camada de revestimento por electrodeposição, quer de epóxi quer de acrílico. 0 revestimento por electrodeposição de duas camadas foi desenvolvido para permitir a resistência à corrosão sem sacrificas a durabilidade aos UV, beneficiando também de superiores eficiências de revestimento por electrodeposição. 0 sistema de duas camadas é normalmente capaz de proporcionar uma durabilidade exterior e resistência à corrosão de longo prazo, 19 para além de duas mil horas de nevoeiro salino. Exemplos típicos de utilizações finais para os processos de duas camadas são os transformadores, os motores marítimos, os geradores e aplicações de manutenção.
Noutras formas de realização, os dispositivos e métodos aqui proporcionados podem ser usados para tratar fluidos, quer em processos de revestimento por electrodeposição de camada transparente, quer em processos de revestimento por electrodeposição a granel. 0 revestimento por electrodeposição de camada transparente envolve normalmente metais de revestimento tais como o ouro, a prata, o latão, o níquel, o cobre, o zinco, o alumínio, ou o aço com formações quer transparentes quer colorido. 0 revestimento por electrodeposição a granel é normalmente usado para revestir grandes volumes de peças pequenas.
Com referencia à figura 2, os dispositivos aqui descritos podem incluir um compartimento 2. Em determinadas formas de realização, o compartimento 2 tem a forma de um cilindro, enquanto em formas de realização alternativas o compartimento 2 pode ter uma secção transversal circular. Noutras formas de realização, o compartimento 2 pode estar em comunicação com um reservatório (não ilustrado) que contém o fluido de revestimento por electrodeposição a ser tratado. 0 termo "reservatório" deve ser considerado de forma ampla, e refere-se genericamente a um aparelho contendo fluido de revestimento por electrodeposição. Em formas de realização específicas, os dispositivos aqui proporcionados são ligados (por exemplo através de um fluxo lateral) através de um cárter para o fluido de revestimento por electrodeposição em recirculação. Noutras formas de realização, os dispositivos aqui proporcionados não estão em comunicação com um reservatório e estão ligados 20 directamente ao fluido de revestimento por electrodeposição a ser tratado. 0 compartimento 2 contém (por exemplo ao longo da sua parte) um ou mais emissores de ultra-sons de alta frequência 1 que emitem ultra-sons 4 para o compartimento 2 (de preferência para o centro deste compartimento 2). 0 contentor tem também um ou mais emissores de microbolhas 3 para emitir microbolhas de gás 5, que estão dispostos para emitir as microbolhas de gás 5 para o campo de ultra-sons 4 emitido no compartimento 2.
Pretende-se que o termo "microbolhas", tal como é aqui usado, se refira a bolhas de gás com um diâmetro médio inferior a 1 mm, nalguns formas de realização o diâmetro é menor ou igual a 50 pm. Ainda noutras formas de realização, as microbolhas têm um diâmetro inferior a cerca de 30 pm. As microbolhas são escolhidas de entre as microbolhas de ar, as microbolhas de oxigénio, e as microbolhas de ozono. Para baixar os custos operacionais, pode ser vantajoso usar microbolhas que não sejam microbolhas de ozono, tal como microbolhas de ar. O termo "microorganismos" é sinónimo de micróbios e refere-se genericamente a microorganismos patogénicos ou não patogénicos que podem dar origem a efeitos nocivos ao equipamento de revestimento por electrodeposição (por exemplo maquinaria, ferramentas, etc.) ao Homem, mamíferos ou quaisquer outros animais. Estes microorganismos podem incluir bactérias aeróbicas e anaeróbicas, vírus, protistas,(por exemplo bolor, algas) e semelhantes, por exemplo.
Em formas de realização específicas, estes métodos e dispositivos podem incluir ultra-sons de alta frequência e baixa potência para tratar um fluido de revestimento por electrodeposição. O termo "alta frequência" destina-se a referir frequência superiores a 100 kHz e até vários MHz. Em 21 determinadas formas de realização, as altas frequências usadas estão compreendidas entre 200 kHz e 10 MHz. Em várias formas de realização, a frequência de ultra-sons pode ser escolhida entre cerca de 200 kHz a 3 MHz. Noutra forma de realização, a frequência usada está compreendida entre 200 kHz e 1,8 MHz.
Em varias formas de realização dos métodos e dispositivos aqui descritos, o emissor de microbolhas 3 para emitir microbolhas de gás 5 está disposto na base 11 do compartimento 2 (isto é, no fundo do compartimento 2), pelo que as microbolhas se deslocam subindo naturalmente ou por retenção do gás no fluxo do fluido de revestimento por electrodeposição.
Ainda noutras formas de realização, os dispositivos e métodos aqui proporcionadas neutralizam, tratam ou previnem o crescimento de microorganismos num fluido de revestimento por electrodeposição. Embora as presentes revelações não estejam de forma alguma limitadas pelo seu mecanismo de acção preciso, em formas de realização mais especificas os dispositivos aqui proporcionados podem produzir radicais tais como ROO-, H , OH, OH e HOO . Estes radicais podem também formar H2O2, que em conjunto com os radicais é tóxico para microorganismos e podem provocar a sua inactivação ou destruição.
Com vantagem, a energia necessária para produzir estas espécies tóxicas é menor se o processo for executado na presença de microbolhas tal como está aqui descrito.
Descobriu-se recentemente que a injecção de microbolhas no campo de ultra-sons dá origem a um aumento no fenómeno da sonoluminescência, por sobreposição das microbolhas nas bolhas de cavitação provocadas pelo ultra-som, que multiplica o número de espécies excitadas e tóxicas. Este fenómeno é observado a um nivel macroscópico quando o tratamento por ultra-sons é 22 combinado de forma sinergética com a presença de microbolhas de dimensão adequada. 0 efeito de irradiação directa (por exemplo ultra-sons, laser, luz) em determinadas moléculas (por exemplo fotossensibilizadores clássicos e sonossensibilizadores) é a geração de espécies de oxigénio altamente activo, tais como oxigénio atómico, radicais de superóxido, ou radicais de ácidos gordos, que podem desempenhar um papel importante, em particular em processos bioquímicos que resultam da tensão oxidativa, em propriedades bactericidas do meio de revestimento por electrodeposição tratado. Especificamente, um oxigénio atómico pode oxidar os vários componentes de célula, tal como proteínas, lipidos, aminoácidos e nucleótidos, por exemplo. A produção de espécies oxigenadas extremamente activas tais como o radical de superóxido ou oxigénio atómico pode resultar numa série de reacções bioquímicas que são extremamente tóxicas para bactérias, fungos, algas e células de bolor.
Em formas de realização adicionais, os dispositivos e métodos aqui proporcionados têm a vantagem de não haver necessidade de aplicar os ultra-sons a zonas específicas, uma vez que se observa que o sistema de tratamento funciona por difusão dos produtos formados in situ (por exemplo, mensageiros moleculares ROS (espécies reactivas de oxigénio), radicais e H202 para o reservatório 6 do fluido de revestimento por electrodeposição a ser tratado.
Noutras formas de realização, os um ou mais emissores de ultra-sons 4 nos dispositivos aqui descritos estão orientados para limitar fenómenos de onda estacionária. Por exemplo, em certas formas de realização, um ou mais emissores de ultra-sons podem ser orientados obliquamente relativamente ao eixo 9 do compartimento 2 (por exemplo, num ângulo com o eixo 9) e 23 relativamente ao fluxo de fluido de revestimento por electrodeposição e ao fluxo de microbolhas 5 (ver figura 2) . Esta característica possibilita que todas as microbolhas 5 no compartimento 2 sejam tratadas de uma forma estatisticamente idêntica, sem criar zonas estacionárias no compartimento 2. Assim, determinadas formas de realização estão dirigidas a dispositivos e métodos que proporcionam tratamento uniforme, ou tratamento substancialmente uniforme, e protecção com o tempo.
De acordo com outras formas de realização, os dispositivos e métodos aqui descritos podem incluir um emissor de luz 12 (isto é, um emissor de radiação electromagnética) que emite para o compartimento 2 no campo de ultra-sons 4, radiação, com uma frequência que está maioritariamente no intervalo do visível. No entanto, para determinadas aplicações, para remover determinados microorganismos específicos, pode ser vantajoso emitir radiação electromagnética com uma frequência que esteja maioritariamente no não-visível, tal como radiação ultravioleta (por exemplo do tipo UVA, UVB ou UVC) , infravermelhos, laser, microondas e semelhante, por exemplo.
Em várias formas de realização, as revelações dirigem-se para dispositivos que não exigem produtos químicos adicionais (por exemplo biocidas, fotossensibilizadores) para neutralizar ou prevenir o crescimento de microorganismos num fluido de revestimento por electrodeposição. Outras formas de realização voltam-se para dispositivos e métodos que não exigem outros produtos químicos tais como fotossensibilizadores e/ou sonossensibilizadores para neutralizar, prevenir o crescimento de, e/ou remover células de um meio de revestimento por electrodeposição.
Nalgumas formas de realização, os dispositivos e métodos aqui proporcionados podem ser usados em conjunto com agentes 24 anti-microbianos tais como peróxidos (ver patente dos EUA n° 5,684,053 para Spangler, patente dos EUA n° 6,552,215 para Van de Bovenkamp-Bouwman, et al.) , ozono (ver patente dos EUA n° 5, 157, 069 para Hitchems et al., patente dos EUA n° 6, 746,580 para Andrews et al.), sais de amónio quaternário (ver patente dos EUA n° 5,416,210 para Sherba et al. ) , isolados ou em composições biocidas sinérgicas que se destinam a proporcionar um controlo mais eficaz e mais amplo de microorganismos em vários sistemas industriais (ver patente dos EUA n° 5,759,786 para Hsu). Por vezes são usados biocidas específicos para ajudar a proteger derivados de celulose solúveis em água do ataque microbiano (ver patente dos EUA n° 5,430,078 para Hoppe-Hoeffler, et al.).
Embora em algumas formas de realização alternativas estes métodos e dispositivos possam ser usados com outros agentes químicos, tais como biocidas, fotossensibilizadores, sonossensibilizadores e outros agentes descritos acima, é importante notar que a eficácia dos processos e dispositivos proporcionados no tratamento, prevenção de crescimento de, e neutralização de microorganismos, não esta dependente da utilização de outros produtos químicos, reagentes ou drogas (por exemplo biocidas). Assim, os métodos e dispositivos aqui descritos podem ser usados sem quaisquer agentes anti-microbianos ou qualquer outro agente químico ou reagente.
Noutras formas de realização, os dispositivos e métodos aqui descritos podem incluir uma bomba ou outros dispositivos para recirculação do fluido de revestimento por electrodeposição, assim como dispositivos para recuperação dos microorganismos presentes no fluido de revestimento por electrodeposição. Exemplos de dispositivos para recuperação de microorganismos, não exclusivamente, incluem aparelhos de 25 filtração, centrifugação e precipitação (tais como ciclones e semelhantes). Em determinadas formas de realização, a bomba e/ou dispositivos para recuperação estão disposto entre o reservatório contendo o fluido de revestimento por electrodeposição a ser tratado e o compartimento 2.
Noutras formas de realização, o fluido de revestimento por electrodeposição pode ser recolhido por gravidade, velocidade ou valas (por exemplo valas de encaminhamento). Em formas de realização especificas, depois do fluido de revestimento por electrodeposição ser recolhido, pode ser tratado de acordo com os processos aqui proporcionados e recirculado ao longo do processo de revestimento por electrodeposição.
Estes métodos e dispositivos podem ser utilizados para tratar praticamente qualquer tipo de fluido de revestimento por electrodeposição usado com qualquer equipamento adequado (por exemplo, máquina) capaz de revestir por electrodeposição metais e semelhantes, por exemplo. Estes fluidos de revestimento por electrodeposição utilizados em processos de revestimento por electrodeposição podem incluir, mas não lhe estão limitados, meios aquosos, emulsões, dispersões ou soluções. Estes métodos e dispositivos podem ser usados para tratar qualquer tipo adequado de fluido de revestimento por electrodeposição disponível actualmente, ou que esteja disponível no futuro. 0 termo "fluido de revestimento por electrodeposição" deve ser considerado de forma ampla e refere-se genericamente a fluidos usados em qualquer passo dos processos de revestimento por electrodeposição.
Exemplos de fluidos utilizados em processos de revestimento por electrodeposição que os processos e dispositivos aqui referidos podem tratar, incluem, mas não lhe estão limitados, os fluidos utilizados em processos de 26 revestimento por electrodeposição revelados na patente dos EUA n° 6,689, 459 para Chung et al., patente dos EUA n° 5, 559,174 para Clark, patente dos EUA n° 5,430,078 para Hoppe-Hoeffler et al., patente dos EUA n° 4,728,401 para Miyawaki et al.
Em determinadas formas de realização, estes métodos e dispositivos podem ser usados para tratar fluidos carregados com partículas sólidas utilizados em processos de revestimento por electrodeposição, porque as lacas de electrodeposição (ver patente dos EUA n° 6,589,411 para Kimpel et al.) são muitas vezes emulsões ou dispersões de base aquosa com vários componentes (ver patente dos EUA n° 6,309,710 para Sapper, patente dos EUA n° 6,274, 649 para Ott et al., patente dos EUA n° 6,559,220 para Hille, patente dos EUA n° 6,448,328 para Kappler et al. ) compreendendo: resinas, polímeros, co-solventes, agentes molhantes para pigmentos e/ou veículos, adjuvantes de coalescência, agentes anti-espuma, plastificantes, inibidores de ferrugem, catalisadores, iniciadores, substâncias auxiliares e outros aditivos incluindo: antioxidantes, os agentes de estabilização, os fotoiniciadores, os iniciadores de radicais, os agentes de absorção dos UV (ver patente dos EUA n° 6,509,399 para Gupta et al. ) , os pigmentos e/ou as cargas, os agentes de conservação, os biocidas, os fungicidas e as algicidas. As composições (por exemplo pasta de pigmento, dispersões) dos banhos de revestimento são de tal forma que o teor de sólidos pode atingir os 20% em peso (ver patente dos EUA n° 6,500,229 para Roux et al.) .
Dependendo do tipo específico de fluido utilizado no revestimento por electrodeposição a ser tratado com estes métodos e dispositivo, o fluido utilizado no revestimento por electrodeposição pode conter água, e um ou mais emulsificantes, 27 agentes quelantes, agentes de acoplamento, agentes de melhoria do índice de viscosidade, detergentes, plastificantes, agentes anti-soldadura, agentes lubrificantes, agentes tensioactivos de molhagem, dispersantes, agentes de passivação, agentes anti-espuma e inibidores de corrosão, ou qualquer outro aditivo adequado, por exemplo. Em determinadas formas de realização, a água usada em processos de revestimento por electrodeposição é desionizada ou desmineralizada. Noutras formas de realização, a água usada pode incluir partículas sólidas e produtos químicos, como por exemplo fluidos de lavagem usados na instalação de revestimento por electrodeposição.
Em determinadas formas de realização, os métodos e dispositivos aqui proporcionados podem tratar cada fluido de revestimento por electrodeposição usado por um equipamento de revestimento por electrodeposição específico, independentemente do equipamento de revestimento por electrodeposição estar a usar um ou mais tipos de fluidos utilizados em processos de revestimento por electrodeposição, ou está ligado a um ou mais fluidos utilizados em reservatórios de processos de revestimento por electrodeposição. Com base nas funções acima mencionadas, os fluidos utilizados em processo de revestimento por electrodeposição podem conduzir a um maior tempo de vida útil do equipamento, menor deformação térmica da peça tratada, melhor acabamento de superfície e semelhante, por exemplo.
Noutras formas de realização, estes dispositivos e métodos podem ser usados em conjunto com um ou mais métodos que previnem a propagação microbiana incluindo: centrifugação, filtração, aeração, limpeza do cárter, manutenção da concentração adequada de fluido de revestimento por electrodeposição, remoção de partículas sólidas e adição de biocidas, por exemplo. Assim, em determinadas formas de 28 realização, estes dispositivos e métodos referem-se à aplicação de ultra-sons de alta frequência quer antes, após ou durante um ou mais dos métodos de tratamento acima mencionados, ou outros tratamentos anti-microbianos.
Embora a descrição anterior detalhe determinadas formas de realização destas revelações, deve tomar-se em consideração, no entanto, que qualquer que seja o detalhe com que o referido acima surja no texto, estes dispositivos e métodos podem ser postos em prática de muitas formas. Tal como também está aqui referido, deve notar-se que a utilização de terminologia especifica quando se descrevem certas caracteristicas ou aspectos da revelação não deveriam ser consideradas como implicando que a terminologia está aqui a ser redefinida para se restringir à inclusão de quaisquer caracteristicas ou aspectos especificos das revelações com as quais essa terminologia está associada. 0 âmbito destas revelações deveria ser interpretado, por isso, de acordo com as reivindicações anexas.
Lisboa, 28 de Novembro de 2012. 29

Claims (16)

  1. REIVINDICAÇÕES 1. Aparelho destinado a reduzir a presença de microorganismos vivos num fluido de revestimento por electrodeposição, o aparelho compreendendo: um compartimento (2) que contém um fluido de revestimento por electrodeposição constituído por 80 a 90% de água desionizada e por 10% a 20% de sólidos de revestimento; um emissor de ultra-sons (1) configurado para emitir sinais de ultra-sons (4) a uma frequência superior a 100 kHz no dito compartimento (2); e um emissor (3) de microbolhas de gás configurado para emitir microbolhas de gás (5) com um diâmetro médio inferior a 1 mm no campo de ultra-sons (4) do compartimento (2), em que as microbolhas de gás (5) são seleccionadas do conjunto que compreende as microbolhas de ar, as microbolhas de oxigénio e as microbolhas de ozono.
  2. 2. Aparelho de acordo com a reivindicação 1, compreendendo ainda um sistema de revestimento por electrodeposição e um circuito de fluido de revestimento por electrodeposição ligado ao sistema de revestimento por electrodeposição, o fluido de revestimento por electrodeposição sendo guiado através do compartimento (2).
  3. 3. Aparelho de acordo com as reivindicações 1 ou 2, no qual as microbolhas de gás (5) não são microbolhas de ozono. 1
  4. 4. Aparelho de acordo com as reivindicações 1 ou 2, no qual o diâmetro médio das microbolhas de gás (5) é inferior a 50 pm.
  5. 5. Aparelho de acordo com as reivindicações 1 ou 2, no qual o diâmetro médio das microbolhas de gás (5) é inferior a 30 pm.
  6. 6. Aparelho de acordo com as reivindicações 1 ou 2, no qual os ultra-sons (4) emitidos para o compartimento (2) não produzem um fenómeno de campo estacionário.
  7. 7. Aparelho de acordo com as reivindicações 1 ou 2, compreendendo ainda um emissor de radiação electromagnética configurado para emitir uma radiação electromagnética no intervalo do visível para o campo de ultra-sons.
  8. 8. Aparelho de acordo com as reivindicações 1 ou 2, no qual os microorganismos são bactérias.
  9. 9. Aparelho de acordo com as reivindicações 1 ou 2, no qual o fluido de revestimento por electrodeposição é uma emulsão ou uma dispersão aquosa de vários componentes cujos componentes são seleccionados no conjunto constituído por resinas, polímeros, co-solventes, agentes molhantes para pigmentos e/ou veículos, adjuvantes de coalescência, agentes anti-espuma, plastificantes, inibidores de ferrugem, catalisadores, iniciadores, substâncias auxiliares, nomeadamente os antioxidantes, os agentes de estabilização, os fotoiniciadores, os iniciadores de radicais, os agentes de absorção dos UV, os pigmentos e/ou 2 as cargas, os agentes de conservação, os biocidas, os fungicidas e as algicidas.
  10. 10. Aparelho de acordo com as reivindicações 1 ou 2, no qual o fluido de revestimento por electrodeposição contém água e um ou mais aditivos seleccionados no conjunto constituído por um ou mais emulsificantes, agentes quelantes, agentes de acoplamento, agentes de melhoria do índice de viscosidade, detergentes, plastificantes, agentes anti-soldadura, agentes lubrificantes, agentes tensioactivos de molhagem, dispersantes, agentes de passivação, agentes anti-espuma e inibidores de corrosão.
  11. 11. Processo de tratamento de um fluido de revestimento por electrodeposição, o processo compreendendo as etapas que consistem em: recolher um fluido de revestimento por electrodeposição num circuito de transporte de fluido, encaminhar o dito fluido de revestimento por electrodeposição para um compartimento, e expor ao mesmo tempo o fluido de revestimento por electrodeposição presente no compartimento às microbolhas de gás cujo diâmetro médio é inferior a 1 mm e a ultra-sons cuja frequência é superior a 100 kHz, as microbolhas de gás sendo seleccionadas de entre o conjunto que compreende as microbolhas de ar, as microbolhas de oxigénio e as microbolhas e ozono, e 3 o fluido de revestimento por electrodeposição sendo constituído por 80 a 90% de água e 10 a 20% de sólidos de revestimento.
  12. 12. Processo de acordo com a reivindicação 11, no qual as microbolhas de gás são essencialmente constituídas por ar ambiente.
  13. 13. Processo de acordo com a reivindicação 11, no qual o diâmetro médio das microbolhas de gás é inferior a 50 pm.
  14. 14. Processo de acordo com a reivindicação 11, compreendendo ainda a exposição do fluido de revestimento por electrodeposição a uma radiação electromagnética.
  15. 15. Processo de acordo com a reivindicação 11, no qual o fluido de revestimento por electrodeposição é uma emulsão ou dispersão aquosa de vários componentes cujos componentes são seleccionados do conjunto constituído por resinas, polímeros, co-solventes, agentes molhantes para pigmentos e/ou veículos, adjuvantes de coalescência, agentes anti-espuma, plastificantes, inibidores de ferrugem, catalisadores, iniciadores, substâncias auxiliares nomeadamente antioxidantes, agentes de estabilização, fotoiniciadores, iniciadores de radicais, agentes de absorção dos UV, pigmentos e/ou cargas, agentes de conservação, biocidas, fungicidas e algicidas.
  16. 16. Processo de acordo com a reivindicação 11, no qual o fluido de revestimento por electrodeposição contém água e um ou mais aditivos seleccionados no conjunto constituído 4 por um ou mais emulsificantes, agentes quelantes, agentes de acoplamento, agentes de melhoria do índice de viscosidade, detergentes, plastificantes, agentes anti-soldadura, agentes lubrificantes, agentes tensioactivos de molhagem, dispersantes, agentes de passivação, agentes anti-espuma e inibidores de corrosão. Lisboa, 28 de Novembro de 2012. 5 20 1/1
    FIG.2
PT58248857T 2004-06-23 2005-06-21 Dispositivo e método para tratamento de fluídos utilizados em processo de revestimento por electrodeposição com ultra-sons PT1761284E (pt)

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