PT101118B

PT101118B - Chassis para comboios com vestibulo de entrada rebaixado

Info

Publication number: PT101118B
Application number: PT101118A
Authority: PT
Inventors: Rene Tutzauer
Original assignee: Abb Henschel Waggon Union
Priority date: 1991-11-11
Filing date: 1992-12-10
Publication date: 2000-02-29
Also published as: EP0565676A1; JPH06504508A; AU654220B2; CZ134693A3; NO932333L; RO113966B1; CZ281043B6; PL299998A1; HU217710B; JP3476816B2; SK73793A3; BG61185B1; HUT65953A; SI9200279A; BR9205421A; NO177342B; DE4136926A1; PT101118A; CA2100357C; NO932333D0

Description

DESCRIÇÃO

A presente invenção refere-se a um chas, sis para comboios com vestíbulo de entrada rebaixado, com um quadro do chassis no qual rodas individuais são, cada uma, apoiadas rotativamente através de um balanceiro e o balanceiro está fixado articuladamente e apoiando-se através de molas primárias .

É conhecido um chassis deste tipo pela patente EP 03 84 512. O quadro do chassis tem nesse caso a forma aproximada de um H, com vigas transversais duplas. As vigas transversais duplas estão ligadas entre si, nas suas extremidades transversais, por vigas longitudinais exteriores, que sobressaem ligeiramente das vigas transversais duplas na direcção longitudinal do chassis. Entre as vigas transversais duplas está colocada uma viga transversal oscilante, móvel transversalmente, vertical e horizontalmente. Esta viga transversal oscilante está suspensa em molas secundárias, através de pêndulos, nas suas extremidades transversais, estando as molas secundá

N.

rias apoiadas nas vigas longitudinais exteriores do chassis. A viga transversal oscilante leva a meio um receptáculo para os eixos de rotação da caixa da carruagem. Dos dois lados do receg tãculo para os eixos de rotação, previram-se, na direcção tranjs versai do chassis, contra-apoios na viga transversal oscilante, nos quais se apoia a caixa da carruagem nos trajectos em curva. As vigas longitudinais exteriores do quadro do chassis suportam, junto das suas extremidades longitudinais, rodas individuais, em balanceiros ou braços oscilantes, estando os balanceiros apoiados articuladamente nas vigas longitudinais exteriores e apoiando-se os balanceiros, através de molas primárias, mutuamente e no quadro do caixilho.

Nesta forma de realização atrás mencionada, é inconveniente a disposição de uma viga transversal osci lante e a sua suspensão nas molas secundárias, o que, por um la do, representa uma construção dispendiosa e, por outro lado, exige na zona entre as rodas individuais de um lado longitudinal do caixilho uma altura de construção tao grande que, pelo menos nesta zona prejudica consideravelmente a rebaixabilidade do vestíbulo no comboio de vestíbulo rebaixado, não permitindo colocar bancos transversais. Um outro inconveniente desta construção conhecida consiste no facto de, devido ã condução do chassis na caixa da carruagem por meio de um eixo de rotação, para a utilização nos comboios com vestíbulo de entrada rebaixa do, serem necessários amortecedores de balanço adicionais, que diminuem a economia do chassis.

São conhecidos chassis com rodas indivi duais também da patente EP 01 29 772. Neste chassis, as rodas individuais estão igualmente apoiadas no quadro do chassis atra vés de balanceiros. O chassis desta publicação apresenta no entanto, pelo menos na zona entre as rodas, de um dos lados longi tudinais do chassis, uma altura tão grande que não pode ser usa do em comboios com vestíbulo de entrada rebaixado com o pavimen to da carruagem transitável. Sao ainda conhecidas rodas individuais para chassis para o tráfego ferroviário da patente DE-OS 35 38 513. Nesta publicação, as rodas individuais estão suspensas na caixa da carruagem através de balanceiros.

São conhecidos na prática outros balan ceiros para a articulação de eixos de rodas, nos quais os balan ceiros se apoiam no quadro do chassis através de molas.

A presente invenção tem por objecto pro porcionar chassis para comboios com vestíbulo de entrada rebaixado, nos quais se mantém completamente a rebaixabilidade dos vestíbulos de entrada das carruagens e nos quais existem caixas guarda-rodas apenas na zona das rodas do chassis, que ficam salientes para a caixa da carruagem, ficando portanto colocadas debaixo dos bancos, de modo tal que o pavimento da carruagem po de ser transitável.

Segundo a presente invenção, este problema resolve-se fazendo a ligação do quadro do chassis à caixa da carruagem do comboio com vestíbulo de entrada rebaixado, através de duas barras de articulação, a uma certa distância uma da outra e apoiadas articuladamente numa viga transversal do quadro do chassis, as quais, por outro lado, são fixadas articuladamente na caixa da carruagem, apoiando-se a caixa da car ruagem, através de molas secundárias, no quadro do chassis, sen do as referidas molas secundárias apoiadas em caixas das molas, nas extremidades transversais da viga transversal e limitando o movimento transversal da caixa da carruagem relativamente ao chassis por meio de esbarros transversais, a uma certa distância um do outro, colocados na viga transversal. Neste caso, for mam-se balanceiros com dois braços, com a configuração de uma alavanca em cotovelo, abraçando uma extremidade do balanceiro, dos dois lados, consolas curtas, voltadas no sentido longitudi-I nal do caixilho, nas extremidades transversais da viga transver sal do quadro do chassis, apoiando-se articuladamente nesse pon to, abraçando a extremidade média do balanceiro, dos dois lados, a roda individual, cujo eixo suporta, e sendo na terceira extre midade do balanceiro as suas duas extremidades ligadas entre si e apoiando-se contra as molas primárias. Na viga transversal do chassis está colocada uma consola para cada balanceiro, a qual forma o contra-apoio da mola primária. Por meio desta configura ção, segundo a presente invenção, do caixilho, mantêm-se livres de elementos construtivos com uma altura de construção elevada, quer a zona entre as rodas individuais na direcção transversal do chassis, quer a zona entre as rodas individuais de um dos la dos longitudinais do chassis. A caixa da carruagem do comboio com vestíbulo de entrada rebaixado pode portanto ser formada transitável inclusivamente nas caixas guarda-rodas e sem degraus incómodos.

Vantajosamente, a roda individual e o seu mecanismo de accionamento são ligados formando uma unidade, que se apoia no balanceiro. Neste caso também se apoia no balan ceiro o freio da roda individual, que pode ser um freio de maxi. las ou um freio de disco, formado de modo a actuar na caixa do mecanismo de accionamento. Mediante esta formação da roda individual e do seu mecanismo de accionamento, constituindo uma uni dade, que pode também ser utilizada simultaneamente como contra -apoio para o freio, evitam-se também componentes com grande al tura construtiva e portanto perturbadores da rebaixabilidade do vestíbulo de entrada da caixa da carruagem.

Vantajosamente, as barras de oscilação do chassis tem um apoio esférico. Por meio deste apoio esférico, podem transmitir-se sem perturbações ao caixilho os movimentos transversais da caixa da carruagem relativamente ao caixilho, limitados pelos esbarros transversais.

Os pormenores da presente invenção estão ilustrados nos desenhos anexos e descritos com base num exemplo de realização. As figuras dos desenhos representam:

A fig. segundo a presente invenção;

A fig. segundo a fig. 1; e

A fig.

1, a vista lateral do caixilho

2, a vista de cima do caixilho

3, um corte feito pela linha (III-III) na fig. 2.

quadro do caixilho segundo a presente invenção é constituído essencialmente pela viga transversal (1)

A viga transversal (1) pode neste caso, como se representa no desenho, ser formada como monoviga ou, de acordo com um exemplo de realização, não representado, como viga dupla. Nas extremida des transversais da viga transversal (1) estão colocadas consolas (2) curtas e viradas no sentido longitudinal do chassis. A viga transversal (1) e as consolas (2) são construídas com uma configuração achatada. Cada uma das consolas (2) suporta na sua extremidade livre um balanceiro (3). Este balanceiro (3) tem a forma de uma alavanca de cotovelo com dois braços. A extremidade do balanceiro (3) envolve dos dois lados a consola (2) e estã apoiada de maneira articulada na consola por meio de uma articulação (4). A extremidade média do balanceiro (3) abraça dos dois lados uma roda individual (5) , cujo eixo (6) está fixa do no balanceiro. De acordo com um exemplo de realização alternativo, o eixo (6) pode apoiar-se rotativamente no balanceiro (3). Na terceira extremidade do balanceiro (3), os seus dois braços são ligados entre si e apoiam-se contra uma mola primária (7), que está fixada numa consola (8) disposta na face supe rior da viga transversal (1). A consola (8) está concebida na sua extensão horizontal de modo tal que a superfície de projecção da mola primária (7) é ultrapassada apenas de maneira insiç; nificante.

A meio, transversalmente, do chassis es tão dispostas exteriormente caixas (9) na viga transversal, que recebem as molas secundárias (10), formadas como amortecedores pneumáticos ou molas helicoidais.

A caixa da carruagem, não representada, constituída na zona do chassis por um módulo do chassis ligado de maneira articulada com módulos do compartimento dos passagei ros, apoia-se verticalmente nas molas secundárias. Na viga trans versai (1) do chassis estão fixadas, a uma certa distância uma da outra, de maneira articulada, barras de articulação (11) que estão também articuladas na sua outra extremidade com a caixa da carruagem. Os apoios (12) das barras de articulação (11) são neste caso feitos esféricos. A meio, transversalmente, do chassis previram-se esbarros transversais (13), na viga transversal (1) a uma determinada distância mútua. Estes esbarros (13) cola boram com contra-apoios correspondentes do chassis e limitam o desvio transversal da caixa da carruagem em relação ao chassis. Amortecedores de choques (14), fixados por um lado na viga trans versai (1) do chassis e, por outro lado, na caixa da carruagem servem para melhorar o comportamento em marcha.

No exemplo de realização representado no desenho, a roda individual (5) apoia-se rotativamente no eixo (6) do balanceiro (3). A roda individual (5) estã então liga da com o seu mecanismo de accionamento (16) e apoiada rotativamente no eixo (6) do balanceiro. 0 mecanismo de accionamento (16) pode então, segundo a presente invenção, ser constituído por um mecanismo de accionamento directo ou por um motor com um dispositivo de transmissão montado a seguir. No balanceiro (3) estão ainda apoiadas as barras (17) dos freios com o cilindro dos freios (18), sendo neste exemplo o freio um freio de disco. 0 freio (17,18) actua então directamente na caixa do mecanismo de accionamento (16) formada com uma configuração conveniente.

De acordo com um outro exemplo de realização da presente invenção, não representado, o freio (17,18) pode ser formado como freio de maxilas que actua na superfície lateral do mecanismo de accionamento (16) ou na roda individual (5) .

Como pode ver-se nos desenhos, o chassis segundo a presente invenção é móvel verticalmente, contra a acção de molas, mas é horizontalmente mais ou menos rígido e liga do ã caixa da carruagem fixo em rotação. A ligação descrita atrás garante uma marcha sem serpenteio de um comboio com vesti bulo de entrada rebaixado constituído por vários módulos de chas sis e de compartimentos de passageiros.

Claims

REIVINDICAÇÕES

- lã Chassis para comboios com vestíbulo de entrada rebaixado, no qual se apoiam rotativamente rodas indivi. duais, cada uma através de um balanceiro, estando o balanceiro fixado de maneira articulada e apoiando-se através de molas prjl márias, caracterizado por a ligação do quadro do chassis à caixa da carruagem do vestíbulo de entrada rebaixado se fazer atra vés de duas barras de articulação (11), a uma distância mútua , determinada, apoiadas de maneira articulada numa viga transver*_ sal (1) do quadro do chassis, as quais estão, por outro lado, fixadas, também de maneira articulada, na caixa da carruagem, por a caixa da carruagem estar apoiada no quadro do chassis através de molas secundárias (10), que estão apoiadas em caixas de mola (9) nas extremidades da viga transversal (1) e por esbarros transversais (13), dispostos a uma certa distância mútua na viga transversal, limitarem o movimento transversal da caixa da carruagem em relação ao chassis.

- 2â -

Chassis de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por o balanceiro (3) formado com a configuração de uma alavanca de cotovelo ter dois braços, envolvendo uma extremidade do balanceiro (3), dos dois lados, consolas (2) curtas, voltadas na direcção longitudinal do chassis, nas extremidades transversais da viga transversal (1) , apoiando-se nas mejs mas de maneira articulada, envolvendo a extremidade média do ba lanceiro (3), dos dois lados, a roda individual (5) e suportando o seu eixo (6) e sendo os dois braços do balanceiro (3) liga dos entre si na terceira extremidade do balanceiro e encostando -se contra a mola primária (7).

- 3ã -

Chassis de acordo com as reivindicações 1 e 2, caracterizado por se montar na viga transversal (1) do caixilho uma consola (8) por meio de cada balanceiro, a qual forma o contra-apoio para a mola primária (7).

- 4â -

Chassis de acordo com as reivindicações 1 a 3, caracterizado por a roda individual (5) e o mecanismo de accionamento (16) da roda individual (5) serem ligados formando uma unidade que se apoia no balanceiro (3).

- 5â 7

5a

Chassis de acordo com as reivindicações

1 a 4, caracterizado por o freio (17,18) da roda individual (5) se apoiar no balanceiro (3) e ser formado como freio de maxilas ou freio de disco que actua na caixa do mecanismo de accionamen to (16).

- 6a Chassis de acordo com as reivindicações 1 a 5, caracterizado por as barras de articulação (11) serem apoiadas esfericamente.

A requerente reivindica a prioridade do pedido alemão apresentado em 11 de Novembro de 1992, sob o N2. P 41 36 926.2.

Lisboa, 10 de Dezembro de 1992.

CHASSIS PARA COMBOIOS COM VESTÍBULO DE ENTRADA REBAIXADO