BRPI0215447B1 - método de obtenção de novas formulações à base de luteína - Google Patents

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Abstract

"método de obtenção de novas formulações à base de luteína". sendo que a presente invenção refere-se a uma nova metodologia para a produção de formulações de luteína, basicamente ésteres de luteína com vários ácidos graxos, provenientes de qualquer fonte natural ou sintética, que confere alto valor agregado a essas moléculas, uma vez que possibilitam a obtenção de preparações estabilizadas destas para aplicação direta nas áreas de alimentos, produtos farmacêuticos e cosméticos, sendo que o processo consiste em : e) dissolução da luteína em um solvente orgânico alimentício na presença de antioxidantes ou óleos vegetais, ou ambos, em temperaturas variando de 30 a 130<198>c dependendo do solvente utilizado, f) emulsificação e microencapsulamento da solução orgânica obtida na etapa anterior com uma solução aquosa de amido modificado utilizando meios de homogeneização, g) evaporação do solvente orgânico e da água até que seja obtido um teor de solventes residuais adequado para a comercialização como alimento e até que ocorra a microcristalização da luteína, h) secagem e acabamento.

Description

Método de obtenção de novas formulações à base de luteina Campo da invenção A presente invenção refere-se a tuna nova metodologia para a produção de formulações de luteina, basicamente ésteres de luteína com vários ácidos graxos, provenientes de qualquer fonte natural ou sintética, que confere alto valor agregado a essas moléculas, uma vez que possibilitam a obtenção de preparações estabilizadas destas para aplicação direta nas áreas de alimentos, produtos farmacêuticos e cosméticos. Técnica anterior Os carotenóides têm sido tradicionalmente considerados pigmentos vegetais. De fato, ocorrem em todos os tecidos verdes na forma de complexos fotossintéticos de pigmento-proteína dentro dos cloroplastos. Embora a típica coloração amarela a vermelha dos carotenóides seja mascarada pela coloração verde das clorofilas, a típica coloração conferida pelos carotenóides pode ser observada nas folhas de diversas árvores no outono quando a clorofila se decompõe e as xantofilas são esterifiçadas por misturas de ácidos graxos. Com raríssimas exceções, os carotenóides presentes na maioria das folhas de todas as espécies são ο β,β-caroteno, a luteína, a violaxantina e a neoxantina. Evidentemente, pequenas quantidades de outros carotenóides também podem ser encontradas, por exemplo, β,ε-caroteno, β-críptoxantina, zeaxantina, anteraxantina, 5,6-epóxido luteína e lactucaxantina. Diversas flores ou frutas (tomate, laranja, pimentas, marigold, etc.), que apresentam uma faixa de coloração de amarelo a vermelho, devem essa coloração aos carotenóides localizados em seus cromoplastos e estão geralmente presentes na forma esterifiçada por ácidos graxos (G. Britton, S. Liaaen-Jensen, H. Pfander, Carotenoids, Volume IA: Isolation and Analysis, 201, Publ. Birkháuser, 1995).
Os carotenóides podem ser divididos em duas classes: hidrocarbonetos puros, denominados carotenos, que incluem compostos como o β-caroteno, a-caroteno, γ-caroteno ou licopeno e xantofilas, moléculas que contêm funções oxigenadas, sendo exemplos a astaxantina, a capsantina, a cantaxantina ou a luteína.
Os dois grupos de compostos se comportam de forma diferente em termos de propriedades físico-químicas e solubilidade em solventes orgânicos.
Todos esses compostos desempenham um papel importante na dieta humana e suas propriedades como antioxidantes na prevenção do câncer e outras doenças em humanos e como precursores da vitamina A têm sido extensivamente investigadas. Além disso, devido à coloração amarela a vermelha que apresentam, os carotenóides são utilizados como suplemento alimentar e corantes em margarina, manteiga, óleos, sopas, molhos, etc. (Ninet et al. , Microbial Technology, 2nd Edn, Vol. 1, 529-544 (1979), Academic Press NY, Eds. Peppler H.J. and Perlman D.). A luteína, (3R, 3'R, 6 ' R)-β, e-caroteno-3,3'-diol, é um carotenóide que pertence ao grupo das xantofilas ou carotenóides com funções oxigenadas. É uma molécula assimétrica poliinsaturada que consiste em uma estrutura de carbonos semelhante à estrutura do α-caroteno ((6’R)-β,ε-caroteno), mas que contém uma β hidroxila em C-3 e uma α hidroxila em C-3 ’ . Sua fórmula empírica é C40H56O2, peso molecular de 568,85 e a seguinte fórmula molecular: Em 1907, com base na análise da combustão, bem como nas determinações clássicas do peso molecular, a fórmula molecular C40H56O2 foi proposta para um composto isolado a partir de folhas verdes, que foi denominado "xantofila" (R. Willstãtter and W. Mieg, Liebig's Ann. Chem., 335, 1 (1907)). No entanto, a fórmula C40H56O2 para a luteína isolada a partir da gema do ovo foi postulada alguns anos depois (R. Willstãtter and H.H. Escher, Z. Physiol. Chem., 76, 214 (1912)). Na época, não se sabia que a luteína e o composto anteriormente isolado a partir de folhas e denominado "xantofila" eram o mesmo.
Até o momento, fracassaram todas as tentativas de esclarecer as estruturas moleculares dos carotenóides através de experimentos clássicos de degradação química até que fragmentos identificáveis sejam encontrados. A natureza altamente insaturada dos carotenóides foi confirmada alguns anos depois (1928) através de experimentos de hidrogenação catalítica e, só então, o termo polieno foi utilizado pela primeira vez (L. Zechmeister, L. Von Cholnoky and V. Vrabély, Ver. Deut. Chem. Ges., 61, 566 (1928)). A partir daquele momento, uma clara e direta relação foi estabelecida entre a cor e o número de ligações duplas conjugadas presentes nessas moléculas (R. Kuhn and A. Winterstein, Helv. Chim. Acta, 11, 87; 116; 123; 144 (1928), e R. Kuhn and A. Winterstein, Helv. Chim. Acta, 12, 493; 899 (1929)). A fórmula correta da luteína (ou "xantofila") foi estabelecida por Karrer em estudos baseados em reações de degradação oxidativa (P. Karrer, A. Zubrys and R. Morf, Helv. Chim. Acta, 16, 977 (1933)). A instabilidade dos carotenóides na forma cristalina é bem conhecida e uma forma de estabilizá-los é a preparação de dispersões oleosas. Além disso, supõe-se que, quando dispersos em óleo, os carotenóides são mais facilmente absorvidos pelo organismo.
Um método alternativo de estabilização de compostos instáveis é o microencapsulamento em matrizes de amido.
Assim, as patentes US 2876160, US 2827452, US 4276312 e US 5976575 descrevem um considerável aumento da estabilidade de vários compostos, incluindo os carotenóides, através do encapsulamento em uma matriz de amido.
Uma das principais dificuldades ao utilizar carotenóides no campo de corantes é a ausência de solubilidade em água, uma vez que várias de suas aplicações ocorrem em meio aquoso. Esse problema de solubilidade é mencionado no documento de patente US 3998753 e foi solucionado através da preparação de soluções de carotenóides em solventes orgânicos voláteis, por exemplo, hidrocarbonetos halogenados, e da emulsificação destes com uma solução aquosa de lauril sulfato de sódio. 0 documento de patente US 5364563 descreve um método de produção de uma preparação de carotenóides em forma de pó que envolve a formação de uma suspensão de um carotenóide em um óleo de alto ponto de ebulição. A suspensão é superaquecida com vapor por um período máximo de 30 segundos para formar uma solução de carotenóide em óleo. A seguir, essa solução é emulsionada com uma solução aquosa de um colóide e então a emulsão é seca por aspersão.
De modo geral, não encontramos, na técnica anterior, formulações de luteína que sejam resistentes à oxidação por períodos prolongados de armazenamento e que sejam, ao mesmo tempo, solúveis em meio lipofílico ou hidrofílico, permitindo seu uso como corantes para alimentos, produtos farmacêuticos e cosméticos, por exemplo, ou como suplementos alimentares. A maioria das amostras comerciais de luteína consiste em extratos ou oleoresinas vegetais que apresentam estabilidade inadequada devido ao seu teor limitado de antioxidantes. Além disso, essas oleoresinas são difíceis de utilizar em ambientes hidrofílicos devido à ausência de solubilidade em água, limitando assim sua aplicação em ambientes lipofílicos. Em contraste, nossas formulações apresentam alta estabilidade devido ao seu teor controlado de antioxidantes, sendo perfeitamente aplicáveis em ambientes hidrofílicos e lipofílicos.
Breve descrição da invenção A invenção descreve um método de formulação, acabamento ou apresentação final da luteína, compostos relacionados (basicamente ésteres de luteína com vários ácidos graxos) ou misturas de ambos, obtidos de qualquer fonte natural ou sintética, dependendo de sua aplicação final que consiste na pré-mistura com antioxidantes na presença de óleos e/ou solventes orgânicos em proporções adequadas.
De acordo com esse método, é possível obter: - Uma suspensão microcristalina de luteína e/ou compostos relacionados, em óleo vegetal, adequada para aplicações em ambientes lipofílicos. - Luteína CWD (luteína dispersível em água fria); adequada para aplicações em ambientes hidrofílicos.
Cada variante do método de preparação de formulações compreende as seguintes etapas: Suspensão microcristalina de luteína e/ou compostos relacionados em óleo vegetal: • Mistura do óleo vegetal com a molécula ativa e um antioxidante. • Trituração da mistura.
Luteína CWD (luteína dispersível em água fria): • Dissolução molecular da luteína e/ou compostos relacionados em um solvente orgânico, preferencialmente na presença de antioxidantes ou óleos vegetais ou ambos • Emulsificação da solução orgânica da molécula ativa com uma solução aquosa de amidos modificados • Evaporação do solvente orgânico e da água até que um resíduo anidro seja obtido e até atingir o nível adequado de solventes residuais • Secagem e acabamento do produto. 0 método descrito confere a essa molécula uma estabilidade suficientemente alta (superior a 6 meses sob condições adequadas de embalagem) para impedir a oxidação durante o armazenamento.
Descrição detalhada da invenção Um objetivo principal da presente invenção é um método de preparação de diversas formulações em função das características da aplicação em que se pretende utilizar a luteína e/ou seus compostos relacionados. 0 referido método consiste na pré-mistura de luteína microcristalina com antioxidantes na presença de óleos e/ou solventes orgânicos em proporções adequadas.
Uma primeira formulação, denominada suspensão microcristalina de luteína em óleo vegetal, consiste na pré-mistura da molécula de luteína a ser formulada com uma quantidade variável de óleo vegetal. Uma ampla gama de óleos vegetais pode ser utilizada. Os mais comuns, porém não os únicos, incluem óleo de girassol, azeite de oliva, óleo de milho, óleo de soja, óleo de semente de algodão, etc. A dose de luteína e/ou composto relacionado dependerá da concentração final que se deseja atingir. sendo que os valores mais comuns incluem as suspensões com um teor de princípio ativo entre 5 e 60%, preferencialmente entre 10 e 30%. Para aumentar a estabilidade da mistura, são utilizados os antioxidantes lipossolúveis usuais, por exemplo, tocoferóis naturais e, preferencialmente, D,L-alfa-tocoferol. A proporção desse composto varia entre 0,2 e 15% em relação ao peso da molécula ativa, preferencialmente entre 0,5 e 5%. Para que as formulações contendo luteína e/ou compostos relacionados tenham uma atividade fisiológica satisfatória, é necessário reduzir o tamanho dos cristais. Isso é realizado com sistemas usuais de trituração aplicáveis a misturas líquidas. Um objetivo especial da presente invenção é o uso de moinhos de esferas que permitem a redução do tamanho do cristal abaixo de 10 micra, preferencialmente abaixo de 5 micra e, ainda mais preferencialmente, abaixo de 2 micra, utilizando microesferas entre 0,5 e 0,75 mm de diâmetro. No entanto, o tamanho do cristal pode variar em relação à aplicação em particular da suspensão, em cada caso empregando esferas e condições de trituração adequadas. O tamanho do cristal também determinará as propriedades reológicas da mistura, especialmente sua viscosidade, que também pode ser ajustada de acordo com a necessidade.
Essas suspensões microcristalinas de luteína e/ou compostos relacionados em óleo são adequadas para aplicações em ambientes lipofílicos.
Uma segunda formulação, denominada formulação de luteína dispersível em água fria (CWD), é baseada na dissolução da luteína e/ou compostos relacionados em um solvente orgânico e seu subseqüente microencapsulamento em amidos modificados. A presente invenção fará referência, em particular, ao uso de solventes alimentícios que são considerados naturais, por exemplo, ésteres de acila, preferencialmente acetatos de etila, propila, isopropila, butila ou isobutila, que combinam a solubilidade razoavelmente alta dos componentes do carotenóide com a compatibilidade como solventes incluídos no Grupo da Classe III da ICH. Esses solventes são permitidos nacional e localmente nas áreas farmacêutica e de alimentos (RDL12/04/90 e RDL16/10/96). De acordo com a ICH, o teor de solventes residuais deve estar abaixo de 5000 ppm, preferencialmente abaixo de 1000 ppm e, mais preferencialmente, abaixo de 100 ppm, sempre com base na matéria anidra da mistura líquida. A concentração de luteína e/ou compostos relacionados no solvente orgânico pode variar entre 1 e 50 g/1, preferencialmente entre 10 e 30 g/1. A temperatura de dissolução pode variar entre a temperatura ambiente e o ponto de ebulição do solvente, preferencialmente entre 20 e 130°C. O percentual de luteína cis é uma função da relação entre temperatura e tempo na operação de dissolução da molécula no solvente orgânico. Isso significa que, se desejarmos obter um produto com baixo teor desse isômero, deve-se utilizar uma baixa temperatura de dissolução ou então um curtíssimo tempo de dissolução. Assim, para atingir baixos níveis de cis e, devido à solubilidade relativamente baixa desses compostos nos solventes desse tipo (ésteres de acila) em temperaturas na ordem de 20 a 40°C, a dissolução ocorrerá preferencialmente entre 70 e 130°C por alguns segundos. Deve ser observado que o isômero trans é o isômero natural e que há diferenças na tonalidade da coloração entre os dois isômeros. Por outro lado, se os níveis de isômero cis não forem importantes, a dissolução pode ser realizada sem restrição de suas condições em vez de atingir uma solubilidade completa ao nível molecular. Alternativamente, é possível utilizar um solvente com maior solubilidade a essas moléculas em temperaturas relativamente baixas (20-35°C), por exemplo, clorofórmio, cloreto de metileno, THF, etc. Nesse caso, a dissolução pode ser realizada em baixa temperatura (por volta de 30°C) por alguns minutos sem qualquer risco de formação de isômeros cis em proporções excessivamente altas. Para aumentar a estabilidade da formulação final, um antioxidante ou misturas de vários antioxidantes, preferencialmente tocoferol, palmitato de ascorbila, etc., cada um deles em uma proporção entre 1 e 3 0%, preferencialmente entre 10 e 20%, em relação ao peso da molécula ativa, são dissolvidos com a luteína e/ou compostos relacionados no solvente orgânico. É também possível incorporar óleo vegetal na mistura, por exemplo, óleo de girassol, azeite de oliva, óleo de milho, óleo de soja, óleo de semente de algodão, etc., com o objetivo de promover a dissolução da luteína e/ou de compostos relacionados, conferindo assim estabilidade adicional à preparação. A razão entre luteína/óleo pode variar entre 10/1 e 1/10. A solução da molécula ativa assim obtida é misturada e emulsionada com uma solução aquosa contendo um emulsificante, por exemplo, amido modificado, mais especificamente ésteres derivados do amido, preferencialmente octenil succinatos derivados do amido de vários pesos moleculares, particularmente, porém não exclusivamente, Purity Gum 2000® da National Starch ou Cleargum CO 01® da Roquette, e um agente de microencapsulamento formado, por exemplo, a partir do amido modificado, mais especificamente ésteres derivados do amido, preferencialmente octenil succinatos derivados do amido de vários pesos moleculares, particularmente, porém não exclusivamente, Hi Cap 100® ou Capsul® da National Starch. A razão de mistura entre o emulsificante e o agente de microencapsulamento pode variar entre 5/95 e 95/5, preferencialmente entre 25/75 e 75/25, e mais preferencialmente entre 40/60 e 60/40. 0 teor de água de cada um dos componentes da mistura de emulsificante e agente de microencapsulamento é variável e pode ficar entre 1 e 30%, preferencialmente entre 5 e 2 0% e, mais preferencialmente, 10%. A mistura das fases aquosa e orgânica é emulsionada e a emulsão obtida é homogeneizada utilizando sistemas de homogeneização por diferença de pressão do tipo Mantón Gaulin ou Microfluidizer, que são comumente utilizados e, preferencialmente, por homogeneização por atrito tangencial, por exemplo, com um emulsificador do tipo Ultraturrax, durante um tempo que varia de acordo com a energia fornecida pelo equipamento e com o volume da mistura a ser emulsionada, tendo como objetivo obter uma micela com tamanho médio abaixo de 10 micra, preferencialmente abaixo de 2 micra e mais preferencialmente entre 0,1 e 1 mícron.
Uma vez formada a emulsão, o solvente orgânico é evaporado, preferencialmente por destilação a vácuo a uma temperatura abaixo de 50°C. Conforme a evaporação do solvente ocorre, ocorre também a microcristalização da molécula ativa na matriz de amido. Uma vez evaporado o solvente, a evaporação continua com adições sucessivas de água até que um teor obtido de solventes residuais atenda às especificações de máxima concentração estipuladas na legislação e até a obtenção de um resíduo anidro adequado para o tipo de secagem a ser aplicada a essa mistura de líquido. Os valores adequados de matéria anidra da suspensão de luteína microencapsulada e/ou compostos relacionados estão entre 1 e 30%, preferencialmente entre 10 e 25%.
Observa-se que, de acordo com a presente invenção, tanto o método de secagem por aspersão em alta temperatura (pulverização), como o método de aspersão em leito fluidizado (granulação), são adequados para secagem da suspensão aquosa da molécula ativa obtida. Outra alternativa seria a liofilização.
De acordo com o método de secagem por pulverização, as temperaturas adequadas de entrada do ar de secagem estariam entre 100 e 200°C, ao passo que as temperaturas de saída estariam entre 60 e 120°C. O produto pulverizado possui um tamanho de partícula entre 10 e 100 micra. Para aumentar o tamanho de partícula e, dessa forma, reduzir a área de superfície disponível, e, portanto, aumentar a estabilidade de oxidação do produto, o produto pulverizado pode ser submetido a um processo de acabamento que consiste na aglomeração, por aspersão, de uma solução de um dos amidos modificados utilizados na formulação ou da real suspensão da molécula ativa microencapsulada em um leito fluidizado do referido produto pulverizado, possibilitando a obtenção de tamanhos de partícula na faixa de 50-500 micra e, preferencialmente, na faixa de 200-300 micra. O método de granulação envolve o uso de um granulador de leito fluidizado no qual o material de semente é colocado, podendo ser um típico material inerte, por exemplo, partículas de açúcar ou pó fino do real material a ser seco, obtido nas operações anteriores de granulação ou em uma operação de secagem por aspersão. As partículas são mantidas em movimento pela ação do ar e a temperatura do leito é mantida entre 30 e 90°C, preferencialmente entre 50 e 80°C. A suspensão de luteína e/ou moléculas relacionadas é aspergida através de ar pré-aquecido a uma temperatura entre 20 e 140°C no leito fluidizado a uma velocidade que garante que as partículas a serem revestidas não fiquem excessivamente úmidas e não formem grumos. O produto granulado tem um tamanho de partícula entre 100 e 2000 micra, preferencialmente entre 100 e 800 micra e, mais preferencialmente, entre 100 e 300 micra.
Mediante a conclusão da etapa de secagem por aspersão através de um ou outro método, bem como a aglomeração opcional, as partículas obtidas podem ser submetidas a um processo de acabamento por revestimento. Esse revestimento pode ser realizado com aproximadamente 0,5-10% em peso anidro de soluções aquosas de açúcares ou mesmo amidos.
Exemplo 1 Um moinho de esferas de uso laboratorial do tipo Minizeta 003 da Netzsch é carregado com - nessa ordem -microesferas de 0,5-0,75 mm de diâmetro, 30 g de óleo de girassol (Koipe) , 0,08 g de D, L-alfa-tocoferol (Merck) e 20 g de luteína éter Xantopina Plus (Bioquimex) , que possuem um teor equivalente de luteína de 40%. A mistura foi triturada a 3000 rpm durante 5 minutos. Obteve-se, assim, 45 g de um líquido viscoso de coloração laranja. A análise espectrofotométrica da suspensão oleosa revelou um teor de luteína de 15%. 0 tamanho do cristal foi inferior a 10 micra.
Exemplo 2 Vinte gramas (20 g) de luteína éster Xantopina Plus (Bioquimex) , que possuem um teor equivalente de luteína de 40%, foram ressuspensos em 410 ml de acetato de isobutila e 0,8 g de D,L-alfa-tocoferol (Merck) foi adicionado. A mistura foi aquecida até a ebulição (114°C) durante 2 minutos, atingindo a completa dissolução do sólido. Em uma operação paralela, 26,65 g de Hi Cap 100® (National Starch) e 26,65 g de Purity Gum 2000® (National Starch) foram dissolvidos em 325 ml de água desmineralizada. A fase orgânica quente foi emulsionada por 10 minutos em uma etapa na fase aquosa utilizando um emulsificador Ultraturrax da IKA, obtendo-se uma micela com tamanho médio de 0,4 mícron, medida com um analisador Coulter LS230. A emulsão foi transferida para um sistema de destilação a vácuo, adicionado-se 600 ml de água, de modo que os 410 ml de acetato de isobutila fossem evaporados com aproximadamente 700 ml de água. 225 g de formulação líquida (25,9% de matéria anidra) foram obtidos com um teor equivalente de luteína de 2,6% (10,1% com base na massa anidra). Essa formulação líquida foi seca em um granulador Aeromatic AG de uso laboratorial, utilizando uma temperatura de gás de entrada de 90°C. 0 produto atingiu uma temperatura de 70°C. Obteve-se, assim, um pó de coloração laranja com um teor equivalente de luteína de 9,7% e um teor de água de 2,6%.
Exemplo 3 Vinte gramas (20 g) de luteína éster Xantopina Plus (Bioquimex), que possuem um teor equivalente de luteína de 40%, foram ressuspensos em 410 ml de acetato de isobutila e 0,8 g de D,L-alfa-tocoferol (Merck), 1,6 g de palmitato de ascorbila (Merck) e 8 g de óleo de girassol (Koipe) foram adicionados. A mistura foi aquecida até a ebulição (114°C) durante 2 minutos, atingindo a completa dissolução do sólido. Em uma operação paralela, 21,5 g de Hi Cap 100® (National Starch) e 21,5 g de Purity Gum 2000® (National Starch) foram dissolvidos em 325 ml de água desmineralizada. A fase orgânica quente foi emulsionada por 10 minutos em uma etapa na fase aquosa utilizando um emulsificador Ultraturrax da IKA, obtendo-se lima micela com tamanho médio de 0,5 mícron, medida com um analisador Coulter LS230. A emulsão foi transferida para um sistema de destilação a vácuo, adicionando-se 600 ml de água, de modo que os 410 ml de acetato de isobutila fossem evaporados com aproximadamente 700 ml de água. 205 g de formulação líquida (25,0% de matéria anidra) foram obtidos com um teor equivalente de luteína de 2,5% (10,0% com base na massa anidra). Essa formulação líquida foi seca em um granulador Aeromatic AG de uso laboratorial, utilizando uma temperatura de gás de entrada de 90°C. 0 produto atingiu uma temperatura de 70°C. Obteve-se, assim, um pó de coloração laranja com um teor equivalente de luteína de 9,5% e um teor de água de 3,0%.
Exemplo 4 Vinte gramas (20 g) de luteína éster Xantopina Plus (Bioquimex), que possuem um teor equivalente de luteína de 40%, foram ressuspensos em 500 ml de diclorometano e 0,8 g de D,L-alfa-tocoferol (Merck) foi adicionado. A mistura foi aquecida a 35°C durante 5 minutos, atingindo a completa dissolução do sólido.
Em uma operação paralela, 26,65 g de Hi Cap 100® (National Starch) e 26,65 g de Purity Gum 2000© (National Starch) foram dissolvidos em 400 ml de água desmineralizada. A fase orgânica quente foi emulsionada por 10 minutos em uma etapa na fase aquosa utilizando um emulsificador Ultraturrax da IKA, obtendo-se uma micela com tamanho médio de 0,5 mícron, medida com um analisador Coulter LS230. A emulsão foi transferida para um sistema de destilação a vácuo, adicionado-se 600 ml de água, de modo que os 500 ml de diclorometano fossem evaporados com aproximadamente 800 ml de água. 200 g de formulação líquida (26% de matéria anidra) foram obtidos com um teor equivalente de luteína de 2,6% (10,0% com base na massa anidra). Essa formulação líquida foi seca em um granulador Aeromatic AG de uso laboratorial, utilizando uma temperatura de gás de entrada de 90°C. O produto atingiu uma temperatura de 70°C. Obteve-se, assim, um pó de coloração laranja com um teor equivalente de luteína de 9,8% e um teor de água de 2,0%.

Claims (15)

1. Processo de obtenção de uma formulação microcristalina de luteina caracterizado por compreender as etapas: a) dissolução da luteina em acetato de etila, acetato de propila, acetado de isopropila, etanoato de butila ou acetato de isobutila na presença de antioxidantes ou óleos vegetais ou ambos, a temperatura entre 70°C a 130°C; b) emulsificação e microencapsulamento da solução orgânica obtida na etapa anterior com uma solução aquosa de amido modificado, como derivados de amido ceroso, pelo uso de sistemas de homogeneização por diferença de pressão do tipo Mantón-Gaulin ou Microfluidizer, por atrito tangencial; c) evaporação do solvente orgânico e da água até que um teor de solventes residuais abaixo de 5000 ppm em relação a massa seca da suspensão seja obtido e a microcristalização da luteina ocorra; e d) secagem e finalização.
2. Processo, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por o tocoferol ou palmitato de ascorbila ser usado, preferencialmente, como antioxidante, em proporção de 1,0 a 30%, preferencialmente, entre 10 a 20%, em relação ao peso da molécula ativa
3. Processo, de acordo com as reivindicações 1 e 2, caracterizado pelo óleo usado ser, preferencialmente óleo de girassol, óleo de oliva, óleo de milho, óleo de semente de algodão ou óleo de soja.
4. Processo, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por o produto (5) da evaporação da etapa (C) ser um conteúdo residual de solvente orgânico menor que 1000 ppm e preferencialmente menor que lOOppm, relativo a massa seca da suspensão.
5. Processo, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por os ésteres de ácido graxo ser, preferencialmente sucinato de octenil derivado de amido são utilizados como agentes emulsificante ou microencapsulamento.
6. Processo, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por a secagem da suspensão liquida ser realizada por pulverização em temperaturas na faixa de 100 a 200°C para o ar de entrada e de 60 a 120°C para o ar de saida.
7. Processo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por a secagem da suspensão liquida ser realizada por pulverização em leito fluidizado em temperaturas, no leito, na faixa de 30 a 90°C , e preferencialmente entre 50 a 80°C, e a suspensão ser fluidizada sobre o dito leito com ar pré-aquecido entre 20-140°C.
8. Processo, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por a secagem da suspensão liquida ser realizada por liofilizaçâo.
9. Processo, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por o acabamento consistir no revestimento das partículas com soluções aquosas de vários açúcares ou de amidos modificados.
10. Formulação microcristalina de luteína obtida conforme o processo definido nas reivindicações 1 a 9, caracterizada por consistir de grânulos de microcristais de luteina e seus ésteres de ácido graxo, tendo os microcristais um tamanho médio, medido como tamanho de micela média, menor que 10 microns, preferencialmente, menor que 2 microns e mais preferencialmente entre 0,1 e 1 micron, e com um tamanho médio de grânulo na faixa de 100 a 2000 microns, preferencialmente na faixa de 100 a 800 microns e mais preferencialmente entre 100 e 300 microns.
11. Formulação obtida de acordo com o processo da reivindicação 6, caracterizada por consistir de um produto atomizado de microcristais de luteina e seus ésteres de ácido graxo, tendo os microcristais um tamanho médio, medido como tamanho de micela média, menor que 10 microns, preferencialmente, menor que 2 microns e mais preferencialmente entre 0,1 e 1 micron, com um tamanho médio de particula do produto atomizado na faixa de 10 a 100 microns.
12. Formulação obtida, de acordo com os processos das reivindicações 6 e 7, caracterizada por consistir de um aglomerado de um produto atomizado de microcristais de luteína e seus ésteres de ácido graxo, tendo os microcristais um tamanho médio, medido como tamanho de micela média, menor que 10 microns, preferencialmente, menor que 2 microns e mais preferencialmente entre 0,1 e 1 micron, com um tamanho médio de aglomerado na faixa de 200 a 300 microns.
13. Formulação, de acordo com as reivindicações 10 a 12, caracterizada por a formulação ser revestida com 0,5% a 10% de massa seca de soluções aquosas de açúcar ou amido modificado, como derivados de amido ceroso.
14. Uso de formulação, de acordo com as reivindicações 10 a 13, caracterizado por ser usado como corantes, especialmente em alimento, fármacos ou cosméticos.
15. Uso de formulação, de acordo com as reivindicações 10 a 13, caracterizado por ser usado como suplementos dietéticos.
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