BR122018000139B1

BR122018000139B1 - artigo absorvente, e método para a fabricação de uma estrutura absorvente

Info

Publication number: BR122018000139B1
Application number: BR122018000139-9A
Authority: BR
Inventors: Bart Van Malderen
Original assignee: Drylock Technologies Nv
Priority date: 2010-10-20
Filing date: 2011-10-20
Publication date: 2021-02-09
Also published as: BR112013009483A8; RU2756261C1; BR112013009483A2; RU2013121790A; EP2629729A1; RU2756259C1; JP2017124209A; JP2019141640A; EP2444046A1; WO2012052172A1; DE202011110263U1; US9295593B2; ZA201303564B; JP6514253B2; RU2666492C1; JP2014500736A; JP6112614B2; RU2614088C2; BR112013009483B1; US20150038929A1

Abstract

A presente invenção refere-se a uma estrutura absorvente, de preferência para utilização em artigos absorventes usados na indústria da higiene pessoal, como pensos de higiene feminina, fraldas e calcinhas para bebês ou pensos para incontinência de adultos. A presente invenção também se refere a um artigo absorvente compreendendo essa estrutura absorvente e a um método de fabricação da estrutura absorvente. As estruturas absorventes compreendem uma camada transportadora, uma camada auxiliar e um material absorvente situado entre as duas camadas, em que conexões primárias substancialmente permanentes e conexões secundárias substancialmente temporárias unem, pelo menos parcialmente, a camada transportadora e a camada auxiliar, de modo que as conexões secundárias substancialmente temporárias são afrouxadas mediante a exposição da estrutura absorvente a um líquido, ao passo que as conexões primárias substancialmente permanentes permanecem substancialmente intatas. A presente invenção aborda a necessidade de estruturas absorventes flexíveis, finas e leves melhoradas para um artigo absorvente que ultrapassem os problemas de absorvência da técnica anterior durante a absorção, distribuição e retenção de líquidos com ajuste ótimo.

Description

DOMÍNIO DA INVENÇÃO

[001] A presente invenção refere-se a uma estrutura absorvente ecologicamente correta, de preferência para utilização em produtos absorventes, tais como, por exemplo, artigos absorventes usados na indústria da higiene pessoal (por exemplo, pensos de higiene feminina, fraldas e calcinhas para bebês, pensos para incontinência de adultos). A presente invenção também se refere a um artigo absorvente compreendendo essa estrutura absorvente e a um método de fabricação das referidas estruturas absorventes.

ANTECEDENTES DA INVENÇÃO

[002] Em anos recentes tem havido uma demanda crescente de estruturas absorventes flexíveis, mais finas e leves para resolver vários problemas de fabricação, comercialização, planejamento, ajuste, conforto de utilização, distribuição, descarte de resíduos, consumo de materiais e energia, custos de transporte e armazenamento e afins.

[003] É conhecida na área a introdução de material polimérico particulado absorvente em uma matriz de fibras de celulose para criar uma estrutura absorvente, de modo que o material polimérico particulado absorvente é capaz de absorver, distribuir e reter líquido enquanto a matriz de fibras de celulose atua como uma grelha, mantendo o material polimérico particulado absorvente em sua localização desejada. No entanto, uma vez que a presença de fibras de celulose, habitualmente pasta de madeira ou "fluff", origina produtos relativamente grossos e volumosos, o processo de fabricação de "fluff" envolve abater árvores e tratar a pasta de madeira com vários químicos e as matérias-primas e produto final são tipicamente transportados ao longo de distâncias relativamente grandes, o produto e o processo são considerados menos ecologicamente corretos. Assim, tem sido desejado fabricar essas estruturas absorventes sem usar pasta de madeira.

[004] Têm sido empreendidas muitas tentativas de fabricar estruturas absorventes flexíveis, finas e leves, consistindo de um material absorvente ligado a uma ou mais camadas transportadoras. No entanto, a interação física e/ou química entre o material absorvente e o material de ligação e/ou o material transportador conduz muitas vezes a desempenho de absorção, distribuição e/ou retenção reduzidos apesar dos requisitos funcionais e/ou estruturais.

[005] Verificou-se que é importante imobilizar, pelo menos parcialmente, o material absorvente por meio da sua compartimentalização, restrição e/ou ligação à estrutura absorvente de modo que a estrutura absorvente consiga reter o material absorvente no estado seco e no estado parcial ou totalmente carregado de líquido. A não provisão dessa integridade estrutural suficiente conduz a perda de desempenho funcional, como coesão da estrutura absorvente, desempenho de absorção e/ou retenção e falha parcial ou global.

[006] Além disso, é igualmente importante não restringir excessivamente a expansão e/ou dilatação do material absorvente durante a captação de líquido, pois isso também teria um impacto negativo no desempenho de absorção e/ou retenção da estrutura absorvente.

[007] Têm sido empreendidos muitos esforços para alcançar um compromisso entre imobilizar de modo seguro o material absorvente na estrutura absorvente e permitir, de modo suficiente, que o material absorvente se expanda e dilate livremente durante a utilização, os quais, relativamente a artigos absorventes na indústria da higiene pessoal, por exemplo, incluem os seguintes:

[008] O documento US4381783 divulga um artigo absorvente com uma estrutura absorvente compreendendo bolsos de material polimérico absorvente. Esses bolsos são providos para confinar o movimento do material polimérico absorvente, em particular quando o artigo absorvente está parcial ou totalmente carregado com exsudados corporais. Esses bolsos fazem parte de uma camada de armazenamento absorvente e são tipicamente providos a partir de fibras de celulose. Assim, para alcançar uma boa imobilização do material polimérico absorvente de acordo com o ensinamento dessa patente são requeridas quantidades relativamente altas de material de fibras de celulose, desse modo aumentando o custo, volume e rigidez do artigo absorvente e reduzindo e restringindo seriamente a capacidade de expansão e/ou dilatação dos materiais poliméricos absorventes. A provisão de tais bolsos também pode restringir a livre distribuição de líquidos para as áreas mais absorventes do núcleo absorvente, por exemplo, as áreas de materiais poliméricos absorventes.

[009] O documento WO95/17868 divulga uma estrutura absorvente compreendendo duas camadas de fibras e uma camada intermédia. Essa camada intermédia compreende um material polimérico absorvente em uma quantidade maior do que 120 g/m2 e partículas de um material termoplástico. Não obstante essa construção prover certamente boa imobilização do material polimérico absorvente no estado seco, parece só poder ser alcançada uma menor imobilização no estado carregado com líquido. O material termoplástico aparenta distender-se em muito menor extensão do que a dilatação potencial dos materiais poliméricos absorventes. Consequentemente, em particular quando a estrutura absorvente se destinar a ser usada em um artigo absorvente para absorver e reter grandes quantidades de exsudados corporais, por exemplo, uma fralda ou calcinha, a estrutura absorvente aí divulgada poderá não ser totalmente satisfatória.

[010] O documento EP724418 divulga um artigo absorvente que inclui material polimérico absorvente localizado em bolsos discretos. O artigo absorvente compreende uma primeira e uma segunda camada transportadora e meios de conexão sensíveis à água para manter juntas as camadas transportadoras e prover uma pluralidade de regiões de bolsos. O artigo compreende material polimérico absorvente localizado nas referidas regiões de bolsos. O meio de conexão sensível à água provê uma resistência a úmido que é menor do que a força de separação conferida por uma dilatação desse material polimérico absorvente quando esse material polimérico absorvente é exposto a exsudados corporais. É afirmado que o artigo absorvente provê uma estrutura absorvente que localiza e contém de modo mais seguro o material polimérico absorvente em um modo selecionado de bolsos quando o artigo está seco. No entanto, devido à construção dos bolsos, e especificamente devido à seleção dos meios de conexão sensíveis à água, esses bolsos não podem ser controlados quando o artigo está parcial ou totalmente carregado com líquidos. Em consequência, crê-se que esse artigo absorvente não provê uma imobilização satisfatória do material absorvente no estado parcial ou totalmente carregado com líquido, conduzindo a falha funcional/estrutural.

[011] O documento EP1447066 descreve um núcleo absorvente para um artigo absorvente que provê uma imobilização melhorada de material polimérico absorvente quando o artigo está total ou parcialmente carregado com exsudados corporais. É especificamente divulgado um núcleo absorvente útil em um artigo absorvente compreendendo uma camada de substrato de não-tecido, uma camada de material termoplástico, na forma de um adesivo termofundível que se liga à camada de substrato para definir cavidades entre as duas, e um material absorvente mantido em essas cavidades. No entanto, para fixar adequadamente o material absorvente é necessário usar uma quantidade significativa de material termoplástico, que conduz a custos mais altos e maior rigidez do produto. Além disso, devido a sua coesão interna, a camada de material termoplástico exerce pressão e oferece resistência contra a dilatação livre do material absorvente. Adicionalmente, as grandes quantidades de material termoplástico podem muitas vezes conduzir a blindagem e/ou bloqueio dos materiais poliméricos absorventes, conduzindo a um desempenho reduzido de absorção e retenção. Em consequência, crê-se que esse núcleo absorvente não provê imobilização satisfatória de materiais absorventes em estados carregados com líquido. Adicionalmente, a utilização de materiais termoplásticos, cola ou adesivos é considerada menos ecologicamente correto, pois contêm químicos de fonte não naturalmente renovável e são baseados em um complexo processo de fabricação química. Assim, tem sido desejado fabricar tais estruturas absorventes sem usar quantidades significativas de materiais termoplásticos, colas, aglutinantes ou adesivos.

[012] Apesar de as tentativas acima descreverem várias abordagens aos problemas acima identificados, crê-se que nenhuma dessas estruturas absorventes conduz a artigos absorventes com muito bom desempenho. A capacidade absorvente não usada e os complexos processos de fabricação fazem com que nenhum dos artigos absorventes acima seja técnica, econômica e/ou ambientalmente vantajoso.

[013] Além disso, muitas estruturas absorventes da técnica anterior têm uma distribuição relativamente homogênea de material absorvente na camada de aquisição principal e/ou na camada de armazenamento e, por esse motivo, exibem uma dilatação substancialmente homogênea na referida área. Para uma segunda, terceira e agressões líquidas seguintes, essas camadas absorventes podem atuar como uma barreira contra líquidos devido ao fato de esses materiais absorventes geralmente perderem capacidade de captação e/ou absorção de líquidos depois de estarem pelo menos parcialmente molhados e em certos estados dilatados e expandidos com líquido. Isso conduz a abrandamento e absorção e distribuição abrandadas de líquidos, o que acaba por conduzir a vazamentos adicionais.

[014] O problema mencionado acima surge tipicamente em artigos absorventes, como fraldas descartáveis para bebês, em que a substância absorvente é um material polimérico absorvente que tem uma distribuição excessiva e substancialmente homogênea e contínua em uma pequena largura entrepernas. Níveis altos típicos de material polimérico absorvente (em especial níveis maiores do que cerca de 15-35%), usados em núcleos absorventes, tendem a induzir um fenômeno chamado de "bloqueio por gel".

[015] Ocorre bloqueio por gel quando o volume do material polimérico absorvente localizado em regiões de primeiro contato com agressões líquidas começa a aumentar em consequência da embebição do fluido, desse modo formando um hidrogel. Quando as concentrações do material polimérico absorvente são altas e aquele está molhado, o hidrogel pode bloquear o fluido inicial e/ou adicional impedindo-o de alcançar outras regiões mais absorventes do núcleo absorvente, desse modo conduzindo a uma capacidade absorvente não apreciável, pouco usada e/ou não usada.

[016] A ocorrência de bloqueio por gel e hidrogelificação pode conduzir a uma captação, distribuição e/ou retenção demasiado lentas ou limitadas de líquidos, conduzindo a vazamento durante a utilização do artigo absorvente. Para remediar esse problema, os projetistas de artigos absorventes têm usado e tipicamente usam abas laterais, barreiras contra vazamento e/ou camadas de aquisição e distribuição adicionais que são dispendiosas, ineficientes e só parcialmente conseguem remediar esses problemas e limitações.

[017] Assim, ainda é necessária na técnica uma estrutura absorvente fina, flexível e leve melhorada para utilização em um artigo absorvente que ultrapasse os problemas da técnica anterior, que compreenda essencialmente uma estrutura absorvente com materiais absorventes pelo menos parcialmente agrupados, imobilizados e/ou restringidos exibindo uma gestão de fluidos efetiva e eficiente durante a absorção, distribuição e retenção de exsudados corporais. Também é necessário um método e aparato para produzir tais estruturas absorventes a alta velocidade de produção e baixo consumo de energia e de matérias-primas.

[018] Adicionalmente, a presente invenção visa prover estruturas absorventes melhoradas, e elementos a serem usados em essas estruturas, bem como artigos absorventes usando essas estruturas, usando estruturas integradas de gestão de fluidos em e/ou sobre o núcleo absorvente que absorvam, de modo efetivo e eficiente, os fluidos corporais descarregados pelo portador na altura da descarga inicial e descargas sucessivas, distribuam e transportem o líquido absorvido, da descarga inicial e descargas sucessivas, em uma proporção relativamente grande da área superficial da estrutura absorvente, e permitam que esses fluidos descarregados sejam efetiva e eficientemente armazenados.

RESUMO Em resultado de pesquisas exaustivas para abordar os problemas acima identificados, derivados e relacionados, os inventores descobriram compreende: material absorvente compreendendo material polimérico absorvente provido entre a referida camada transportadora e a referida camada auxiliar; e

[019] d) conexões unindo a referida camada transportadora e a referida camada auxiliar para imobilizar, pelo menos parcialmente, o material polimérico absorvente, caracterizada por as conexões serem formadas, pelo menos parcialmente, via um processo térmico, mecânico, termomecânico e/ou ultrassônico.

[020] Uma estrutura absorvente de acordo com uma forma de realização da presente invenção é caracterizada por propriedades melhoradas de absorção, distribuição e retenção de líquidos. A estrutura absorvente provida pela presente invenção é vantajosa pois provê utilização acrescida de materiais absorventes no núcleo absorvente, como materiais poliméricos absorventes.

[021] A estrutura absorvente de acordo com a presente invenção é particularmente útil para a indústria da higiene pessoal (por exemplo, pensos de higiene feminina, fraldas e calcinhas para bebês, pensos para incontinência de adultos) e muitas outras indústrias e aplicações onde é desejável trabalhar com estruturas absorventes flexíveis, finas e leves exibindo eficiência e eficácia melhoradas para absorver, distribuir e/ou reter líquidos. Em outro aspecto, a invenção provê um artigo absorvente compreendendo uma estrutura absorvente provida pela invenção. Um artigo absorvente de acordo com uma forma de realização da invenção tem um ajuste melhorado com conforto discreto.

[022] Em outro aspecto, a presente invenção provê um método de fabricação de uma estrutura absorvente para utilização em um artigo absorvente, que compreende as etapas seguintes:

[023] - prover uma camada transportadora;

[024] - revestir a camada transportadora com um material absorvente, em que o referido material absorvente compreende

[025] i) material polimérico absorvente, e

[026] ii) desde zero até uma quantidade menor do que cerca de 10 por cento em peso de material celulósico fibroso absorvente, com base no peso do material polimérico absorvente;

[027] - revestir o material absorvente com uma camada auxiliar que pode ser unida à camada transportadora; e

[028] - unir a camada auxiliar à camada transportadora, desse modo formando conexões que definem bolsos entre as duas camadas, em que o material polimérico absorvente é mantido em pelo menos um dos bolsos,

[029] caracterizado por

[030] as conexões serem formadas, pelo menos parcialmente, via um processo térmico, mecânico, termomecânico e/ou ultrassônico.

[031] Ao contrário dos artigos absorventes previamente existentes e métodos da técnica anterior limitados por meios de imobilização e/ou restrição permanentes ou liberáveis conducentes a parâmetros insatisfatórios de absorvência, distribuição e retenção combinados com flexibilidade, ajuste e conforto por utilização limitados, a presente invenção ultrapassa vários problemas relacionados e derivados desses ao prover material absorvente contendo compartimentos com grelhas de conexão permanentes e separáveis predefinidas e bem geridas.

[032] De modo mais específico, a invenção permite uma expansão e dilatação aumentadas do material absorvente nos compartimentos, ao mesmo tempo que surgem distribuição e transporte adicionais no interior e entre os agrupamentos de material polimérico absorvente que até agora têm sido subutilizados e pouco apreciados.

[033] Desse modo, a presente invenção não só provê uma compartimentalização e restrição eficazes de materiais absorventes nos estados seco e parcial e totalmente carregado com líquido, como também permite um aumento significativo da eficiência e eficácia de matérias-primas disponíveis na estrutura absorvente no estado parcial e totalmente carregado com líquido, aumenta as capacidades globais de absorvência e retenção e limita o bloqueio por gel, reduz o reumedecimento e minimiza o vazamento.

[034] Em resultado de pesquisas exaustivas para abordar os problemas acima identificados, derivados e relacionados, os inventores descobriram que, com base nos mesmos princípios descritos acima, também pode ser obtida uma excelente gestão de fluidos e líquidos por meio de estruturas absorventes que serão explicadas em mais detalhe em baixo.

[035] Em uma forma de realização preferida de acordo com a presente invenção, a estrutura absorvente compreende:

[036] a) uma camada transportadora;

[037] b) uma camada auxiliar unida à camada transportadora para definir pelo menos um bolso entre as duas camadas para conter um material absorvente;

[038] c) um material absorvente contido em pelo menos um dos bolsos,

[039] d) um meio de conexão para conectar a camada transportadora à camada auxiliar, em que as conexões compreendem meios de conexão primária substancialmente permanentes e meios de conexão secundária substancialmente temporários por exposição da estrutura absorvente a uma quantidade de líquido,

[040] caracterizado por

[041] as conexões serem providas e/ou o material absorvente presente nos bolsos ser selecionado de modo a prover que,

[042] em um estado seco, a estrutura absorvente tenha uma espessura substancialmente igual,

[043] e, em um estado molhado, mediante a separação dos meios de conexão secundária substancialmente temporários e/ou dilatação diferencial do material absorvente nos compartimentos,

[044] a estrutura absorvente proveja uma estrutura superficial de gestão de líquidos.

[045] Uma estrutura absorvente de acordo com uma forma de realização da presente invenção é caracterizada por propriedades melhoradas de absorção, distribuição, transporte e retenção de líquidos, prevenção acrescida de vazamento e valores menores de reumedecimento. A estrutura absorvente de acordo com uma forma de realização da presente invenção é vantajosa pois provê utilização acrescida de materiais absorventes na estrutura absorvente, como materiais poliméricos absorventes e materiais poliméricos particulados absorventes. Uma gestão integrada de fluidos, provida por uma estrutura absorvente de acordo com uma forma de realização da invenção, permite uma utilização mais eficiente dos materiais absorventes disponíveis, originando artigos absorventes mais finos, flexíveis e leves com estruturas absorventes mais efetivas e eficientes, capazes de exibir um alto desempenho de absorvência e capazes de manipular quantidades relativamente grandes de líquidos descarregados, incluindo também múltiplas descargas de quantidades relativamente grandes de fluido, em períodos de tempo relativamente curtos. As estruturas absorventes de acordo com uma forma de realização da invenção também permitem obter artigos absorventes com propriedades melhoradas de conforto, ajuste e discrição.

[046] Outras características, aspectos e detalhes vantajosos da invenção são evidentes das reivindicações dependentes, da descrição e figuras, como explicado em mais detalhe em baixo.

BREVE DESCRIÇÃO DAS FIGURAS

[047] A Figura 1 provê uma ilustração esquemática de topo de uma estrutura absorvente de acordo com uma forma de realização da invenção.

[048] A Figura 2 provê uma ilustração esquemática da seção transversal de uma estrutura absorvente de acordo com uma forma de realização da invenção.

[049] A Figura 3 provê uma ilustração esquemática da seção transversal de uma estrutura absorvente em um estado seco intato de acordo com uma forma de realização da invenção.

[050] A Figura 4 provê uma ilustração esquemática de topo de estruturas absorventes de acordo com formas de realização da invenção.

[051] A Figura 5 provê uma ilustração esquemática de topo de uma estrutura absorvente de acordo com uma forma de realização da invenção.

[052] A Figura 6 provê uma ilustração esquemática de topo de grelhas e padrões de conexão de acordo com uma forma de realização da invenção.

[053] A Figura 7 provê uma ilustração esquemática da seção transversal de uma estrutura absorvente em um estado parcialmente molhado de acordo com uma forma de realização da invenção, indicando conexões primárias e conexões secundárias.

[054] A Figura 8 provê uma ilustração esquemática da seção transversal de uma estrutura absorvente em um estado parcialmente molhado de acordo com uma forma de realização da invenção, mostrando a expansão faseada para reduzir o vazamento lateral.

[055] A Figura 9 provê uma ilustração esquemática da seção transversal de uma estrutura absorvente em seu estado seco de acordo com uma forma de realização da técnica anterior.

[056] A Figura 10 provê uma ilustração esquemática da seção transversal de uma estrutura absorvente em seu estado molhado de acordo com uma forma de realização da técnica anterior.

[057] A Figura 11 provê uma ilustração esquemática da seção transversal de uma estrutura absorvente no estado seco de acordo com uma forma de realização da presente invenção.

[058] A Figura 12 provê uma ilustração esquemática da seção transversal de uma estrutura absorvente no estado molhado de acordo com uma forma de realização da presente invenção.

[059] A Figura 13 provê uma ilustração esquemática de topo de grelhas de ligação primária e padrões de ligação secundária de acordo com formas de realização da invenção.

[060] A Figura 14 provê uma ilustração esquemática de topo de uma estrutura absorvente de acordo com uma forma de realização da presente invenção, ilustrando a expansão faseada.

[061] A Figura 15 provê uma ilustração esquemática da seção transversal da estrutura absorvente da Fig. 13 no estado seco de acordo com uma forma de realização da invenção.

[062] A Figura 16 provê uma ilustração esquemática da seção transversal da estrutura absorvente da Fig. 15 no estado molhado de acordo com uma forma de realização da invenção.

[063] A Figura 17 é uma perspectiva plana de topo de uma fralda como forma de realização preferida de um artigo absorvente de acordo com a invenção, com as camadas superiores parcialmente cortadas.

DESCRIÇÃO DETALHADA DA INVENÇÃO

[064] A presente invenção diz respeito a uma estrutura absorvente para utilização em um produto absorvente, de preferência um artigo absorvente da indústria da higiene pessoal, como pensos de higiene feminina, fraldas e calcinhas para bebês e pensos para incontinência de adultos; e a um método e fabricação da mesma.

[065] A menos que definidos em contrário, todos os termos usados na divulgação da invenção, incluindo termos técnicos e científicos, têm o significado habitualmente entendido pelo profissional da área à qual pertence essa invenção. A título de orientação adicional são incluídas definições de termos para que seja possível apreciar melhor o ensinamento da presente invenção.

[066] Como usados aqui, os seguintes termos têm os significados seguintes:

[067] "Um" e "o", como usados aqui, referem-se a referentes singulares e plurais, a menos que o contexto claramente imponha o contrário. A título exemplificativo, "um compartimento" refere-se a um ou mais do que um compartimento.

[068] É pretendido que "cerca de", como usado aqui, referindo um valor mensurável, como um parâmetro, uma quantidade, uma duração temporal e afins, abranja variações de +/-20% ou menos, de preferência +/-10% ou menos, com mais preferência +/-5% ou menos, ainda com mais preferência +/-1% ou menos, e ainda com mais preferência +/-0,1% ou menor do que e a partir do valor especificado, desde que seja apropriado implementar tais variações na invenção divulgada. No entanto, deve ser entendido que o próprio valor ao qual se refere o modificador "cerca de" também é especificamente divulgado.

[069] "Artigo absorvente", "penso absorvente", "produto absorvente" e afins, como usados aqui, são usados de modo intercambiável e referem-se a dispositivos que absorvem e contêm exsudados corporais e, de modo mais específico, referem-se a dispositivos que são colocados contra ou próximo do corpo do portador para absorver e conter os vários líquidos que são descarregados do corpo. Artigos absorventes incluem mas não estão limitados a pensos de higiene feminina, fraldas e calcinhas para bebês, pensos para incontinência de adultos, vários suportes para fraldas e calcinhas, revestimentos, toalhas, insertos absorventes e afins.

[070] "Núcleo absorvente", como usado aqui, refere-se a uma parte tridimensional da estrutura absorvente, compreendendo material que absorve líquidos, útil para absorver e/ou reter exsudados corporais.

[071] "Componente absorvente", como usado aqui, refere-se a um constituinte estrutural de uma estrutura absorvente, por exemplo, uma parte de um núcleo absorvente, como uma de múltiplas partes de um núcleo absorvente de múltiplas partes.

[072] "Elemento absorvente", como usado aqui, refere-se a uma parte de um constituinte funcional de uma estrutura absorvente, por exemplo, uma camada de aquisição de líquido, uma camada de distribuição de líquido, ou uma camada de armazenamento de líquido formada de um material ou materiais com características particulares de gestão de líquidos adequadas para a função específica.

[073] "Inserto absorvente", como usado aqui, refere-se a um dispositivo adaptado para inserção em um artigo absorvente e para servir de estrutura absorvente quando estiver inserido.

[074] "Camada absorvente", como usado aqui, refere-se a um termo que designa um elemento discreto e identificável, do tipo folha ou do tipo manta, de uma estrutura absorvente que pode permanecer separado e um pouco móvel relativamente a outro desses elementos, ou pode estar conectado ou unido de modo a ficar permanentemente associado a outro desses elementos. Cada camada absorvente pode, por si própria, incluir um laminado ou combinação de várias camadas, folhas e/ou mantas de composições similares ou diversas.

[075] "Material polimérico absorvente", "material gelificante absorvente", "MGA", "superabsorvente", "material superabsorvente", "polímero superabsorvente", "PSA" e afins, como usados aqui, são usados de modo intercambiável e referem-se a quaisquer materiais poliméricos reticulados particulados (por exemplo, em flocos, partículas, grânulos, ou pó) ou fibrosos adequados que conseguem absorver pelo menos 5 vezes e de preferência pelo menos cerca de 10 vezes ou mais o seu peso de uma solução salina aquosa 0,9%, mensurado usando o teste de Capacidade de Retenção Centrífuga (EDANA 441.2-01).

[076] "Área do material polimérico absorvente", como usado aqui, refere-se à área da estrutura absorvente em que camadas adjacentes estão separadas por uma multiplicidade de material polimérico absorvente. Áreas de contato incidentais entre essas camadas adjacentes na área do material polimérico particulado absorvente podem ser intencionais (por exemplo, áreas de ligação) ou involuntárias (por exemplo, artefatos da fabricação).

[077] "Material polimérico particulado absorvente", como usado aqui, refere-se a um material polimérico absorvente que está em forma particulada, como pós, grânulos, flocos e afins, de modo a poder fluir no estado seco.

[078] "Absorção", como usado aqui, refere-se ao processo pelo qual um líquido é recolhido em um material.

[079] "Camada de aquisição", "região de aquisição", "superfície de aquisição" ou "material de aquisição" e afins, como usados aqui, referem-se a uma camada possuindo capacidade de captação mais rápida de líquido.

[080] "Absorvência" é a capacidade de um material para recolher fluidos por vários meios, incluindo ação capilar, osmótica, solvente, química ou outra.

[081] "Penso para incontinência de adultos", como usado aqui, refere-se a artigos absorventes destinados a serem usados por adultos incontinentes, para absorver e conter exsudados corporais.

[082] "Adesão", como usado aqui, refere-se à força que mantém juntos diferentes materiais na sua interface.

[083] "Adesivo", como usado aqui, refere-se a um material, que pode ou não fluir em solução ou quando aquecido, que é usado para ligar materiais.

[084] "Adsorção", como usado aqui, refere-se ao processo pelo qual um líquido é recolhido pela superfície de um material.

[085] "Formação via aérea", como usado aqui, refere-se à formação de uma manta por dispersão de fibras ou partículas em uma corrente de ar e sua condensação da corrente de ar sobre uma tela em movimento mediante pressão ou vácuo; uma manta de fibras produzida por via aérea é aqui chamada de "formada por via aérea"; uma manta formada por via aérea ligada por uma ou mais técnicas para prover integridade de pano é aqui chamada de "não-tecido formado por via aérea".

[086] "Densidade aparente", "densidade", como usado aqui, refere-se à gramatura da amostra dividida pela espessura, com conversões de unidades apropriadas aí incorporadas. A densidade aparente usada aqui tem a unidade g/cm3.

[087] "Conectar", "conectado" e "conexão", como usados aqui, são sinônimos dos seus correspondentes dos termos "apertar", "afixar", "segurar", "colar", "ligar", "unir" e "prender".

[088] "Fralda para bebês", como usado aqui, refere-se a artigos absorventes destinados a serem usados por crianças, para absorver e conter exsudados corporais, que o usuário puxa para cima entre as pernas e aperta em redor da cintura do portador.

[089] "Calcinhas para bebês", como usado aqui, refere-se a artigos absorventes, comercializados para utilização no processo de transição de crianças de fraldas para roupa interior, destinados a cobrir o torso inferior de crianças, de modo a absorver e conter exsudados corporais, cujo artigo é geralmente configurado como uma calcinha e é fabricado com uma porção que rodeia totalmente a cintura, desse modo eliminando a necessidade de o usuário apertar o artigo em redor da cintura do portador.

[090] "Região traseira", como usado aqui, refere-se à porção de um artigo absorvente, ou parte desse, destinada a ser posicionada próximo da parte de trás de um portador.

[091] "Suporte", como usado aqui, refere-se a uma manta ou outro material que suporta e reforça a parte traseira de um produto.

[092] "Gramatura" é o peso por unidade de área de uma amostra, relatada em gramas por metro quadrado, g/m2 ou gmq.

[093] "Exsudados corporais", "fluidos corporais", "descargas corporais", "líquidos" e afins, como usados aqui, são usados de modo intercambiável e referem-se mas não estão limitados a urina, sangue, descargas vaginais, leite materno, sudação e matéria fecal.

[094] "Aglutinante", "adesivo", "cola", "resinas", "plásticos" e afins, como usados aqui, são usados de modo intercambiável e referem-se a substâncias, geralmente em forma sólida (por exemplo, pó, filme, fibra) ou em uma espuma, ou em forma líquida (por exemplo, emulsão, dispersão, solução), usadas, por exemplo, mediante impregnação, pulverização, impressão, aplicação de espuma e afins, usadas para conectar ou ligar componentes, elementos e materiais funcionais e/ou estruturais, por exemplo, incluindo adesivos sensíveis ao calor e/ou pressão, termofundíveis, adesivos ativados pelo calor, materiais termoplásticos, adesivos/solventes ativados por via química, materiais curáveis e afins.

[095] "Resistência de ligação", como usado aqui, refere-se à quantidade de adesão entre superfícies ligadas. É uma medida do estresse requerido para separar uma camada de material da base à qual está ligada.

[096] "Ação capilar", "capilaridade", ou "movimento capilar" e afins, como usados aqui, são usados para referir os fenômenos do fluxo de líquido através de meios porosos.

[097] "Chassi", como usado aqui, refere-se a um constituinte de fundação de um artigo absorvente sobre o qual é construído ou sobreposto o restante da estrutura do artigo; por exemplo, em uma fralda, são os elementos estruturais que dão à fralda a forma de cueca ou calcinha quando configurada para ser usada, como uma cobertura inferior, uma cobertura superior, ou uma combinação de uma cobertura superior e uma cobertura inferior.

[098] "Fibras de celulose", como usado aqui, refere-se a fibras de ocorrência natural baseadas em celulose, tais como, por exemplo, algodão, linho, etc.; fibras de pasta de madeira são um exemplo de fibras de celulose; fibras fabricadas pelo homem derivadas de celulose, como celulose regenerada (raiom), ou derivados de celulose parcial ou totalmente acetilados (por exemplo, acetato ou triacetato de celulose) também são consideradas fibras de celulose.

[099] "Agrupamento" ou afins, como usado aqui, refere-se a uma aglomeração de partículas e/ou fibras.

[0100] "Fibras quimicamente endurecidas", "fibras quimicamente modificadas", "fibras quimicamente reticuladas", "fibras onduladas" e afins, como usados aqui, são usados de modo intercambiável e referem-se a quaisquer fibras que foram endurecidas por meios químicos para aumentar a rigidez das fibras em condições secas e aquosas, por exemplo, por meio da adição de agentes químicos de enrijecimento (por exemplo, mediante revestimento, impregnação, etc.), alterando a estrutura química das próprias fibras (por exemplo, por reticulação de cadeias poliméricas, etc.) e afins.

[0101] "Coesão", como usado aqui, refere-se à resistência de materiais similares a serem separados entre si.

[0102] "Compartimento", como usado aqui, refere- se a câmaras, cavidades, bolsos e afins.

[0103] "Compreendem", "compreendendo", e "compreende" e "compreendido de", como usados aqui, são sinônimos de "incluem", "incluindo", "inclui" ou "contêm", "contendo", "contém" e são termos inclusivos ou abertos que especificam a presença do que se segue, por exemplo, um componente, e não excluem nem impossibilitam a presença de componentes, características, elementos, membros, etapas adicionais não recitados, conhecidos na área ou divulgados aqui.

[0104] "Material de cobertura", como usado aqui, refere-se a um material não-tecido e leve usado para conter e encerrar um material subjacente de núcleo absorvente; exemplos são a camada de frente ou materiais que revestem os núcleos absorventes de pensos de higiene feminina, fraldas e calcinhas para bebês e pensos para incontinência de adultos.

[0105] "Região entrepernas" de um artigo absorvente, como usado aqui, refere-se a cerca de 50% do comprimento total do artigo absorvente (isto é, na dimensão y), em que o ponto de entrepernas está localizado no centro longitudinal da região entrepernas. Isto é, a região entrepernas é determinada localizando primeiramente o ponto de entrepernas do artigo absorvente, e então mensurando para a frente e para trás uma distância de 25% do comprimento total do artigo absorvente.

[0106] "Direção transversal (DT)", "lateral" ou "transversa" e afins, como usados aqui, são usados de modo intercambiável e referem-se a uma direção que é ortogonal à direção longitudinal e inclui direções a ±45° da direção transversal.

[0107] "Cura", como usado aqui, refere-se a um processo pelo qual resinas, aglutinantes ou plásticos são consolidados em ou sobre panos, habitualmente mediante aquecimento, para fazer com que permaneçam no lugar; a consolidação pode ocorrer por meio de remoção de solvente ou por meio de reticulação, de modo a torná-los insolúveis.

[0108] "Fralda", "fralda convencional", "do tipo fralda", "penso do tipo fralda" e afins, como usados aqui, são usados de modo intercambiável e referem-se a artigos absorventes descartáveis, que tipicamente incluem uma porção da parte da frente da cintura e uma porção da parte de trás da cintura que podem ser conectadas de modo separável em redor das ancas do portador durante a utilização mediante grampos convencionais, como grampos de fita adesiva ou grampos do tipo gancho e alça. Aquando da utilização, o artigo é posicionado entre as pernas do portador e os grampos são conectados de modo separável, para prender a porção da parte de trás da cintura à porção da parte da frente da cintura da fralda, desse modo segurando a fralda em redor da cintura do portador. A porção da parte da frente da cintura e a porção da parte de trás da cintura são conectadas por membros relativamente não distensíveis ou distensíveis (o termo "distensível", como usado aqui, refere-se a materiais que são extensíveis quando são aplicadas forças no material, e oferecem alguma resistência à extensão). Assim, esses artigos geralmente não são configurados para serem puxados para cima ou para baixo ao longo das ancas do portador quando os grampos são conectados.

[0109] "Descartável" é usado aqui para descrever artigos que geralmente não se destinam a serem lavados ou então restaurados ou reutilizados (isto é, destinam-se a serem descartados após uma única utilização e, de preferência, a serem reciclados, submetidos a compostagem ou então deitados fora de um modo ambientalmente compatível).

[0110] "Camada de distribuição", "região de distribuição", "superfície de distribuição" ou "material de distribuição" e afins, como usados aqui, são usados de modo intercambiável e referem-se a uma camada com maior capacidade de migração, dispersão e distribuição de líquidos.

[0111] "Formação via seca", como usado aqui, refere-se a um processo de fabricação de uma manta não-tecida a partir de fibra seca; esses termos aplicam-se à formação de mantas via carda, bem como à formação via aérea de mantas aleatórias; uma manta de fibras produzida por via seca é aqui chamada de "formada por via seca"; uma manta formada por via seca ligada por uma ou mais técnicas para prover integridade de pano é aqui chamada de "não-tecido formado por via seca".

[0112] "Resistência a seco", como usado aqui, refere-se à resistência de uma junção adesiva determinada em condições de estado seco, imediatamente após secagem em condições especificadas ou após um período de condicionamento na atmosfera laboratorial padrão.

[0113] "Pano", como usado aqui, refere-se a uma estrutura em folha feita de fibras, filamentos e/ou fios.

[0114] "Pensos de higiene feminina", como usado aqui, refere-se a artigos absorventes de higiene destinados a serem usados por mulheres, para absorver e conter exsudados corporais.

[0115] "Fibra", como usado aqui, refere-se à estrutura básica do tipo linha de onde são feitos não- tecidos, fios e têxteis. Difere de uma partícula por ter um comprimento de pelo menos 4 vezes a sua largura; "Fibras naturais" são de origem animal (lã, seda), vegetal (algodão, linho, juta) ou mineral (asbesto), ao passo que "Fibras feitas pelo homem" podem ser polímeros sintetizados a partir de compostos químicos (poliéster, polipropileno, náilon, acrílico, etc.) ou polímeros naturais modificados (raiom, acetato) ou minerais (vidro). "Fibra" e "filamento" são usados de modo intercambiável.

[0116] "Pasta "fluff"", como usado aqui, refere- se a pasta de madeira especialmente preparada para ser processada por via seca.

[0117] "Região frontal", como usado aqui, refere-se à porção de um artigo absorvente, ou parte desse, destinada a ser posicionada próximo da parte da frente de um portador.

[0118] "Camada virada para o vestuário", como usado aqui, refere-se a elementos do chassi que formam a superfície externa do artigo absorvente, como a cobertura inferior, os painéis laterais, os grampos da cintura, e afins, quando esses elementos estão presentes.

[0119] "Adesivo ativado termicamente", como usado aqui, refere-se a um adesivo seco que é tornado pegajoso ou fluido mediante aplicação de calor ou calor e pressão na montagem.

[0120] "Adesivo de selagem a quente", como usado aqui, refere-se a um adesivo termoplástico que é fundido entre as superfícies aderentes, por meio da aplicação de calor, a uma ambas as superfícies aderentes adjacentes.

[0121] "Tecido alto felpudo", como usado aqui, refere-se a um termo geral de panos de baixa densidade, espessos ou volumosos.

[0122] "Adesivo termofundível", como usado aqui, refere-se a um material sólido que funde rapidamente por aquecimento, depois consolida em uma ligação firme por esfriamento; usado para ligação quase instantânea.

[0123] "Hidrofílico", como usado aqui, refere-se à propriedade de ter afinidade para ser umedecido por água ou para absorver água.

[0124] "Hidrofóbico", como usado aqui, refere-se à ausência da afinidade para ser umedecido por água ou para absorver água.

[0125] "Camada de imobilização", como usado aqui, refere-se a uma camada que pode ser aplicada no material polimérico absorvente ou área do material polimérico absorvente com a intenção de ligar e/ou imobilizar material absorvente e/ou camada absorvente.

[0126] "Unir", "unido" e "unindo", como usados aqui, referem-se a abranger configurações em que um elemento é diretamente preso a outro elemento afixando diretamente o elemento no outro elemento, bem como configurações em que o elemento é indiretamente preso ao outro elemento afixando o elemento a um membro ou membros intermediários que, por sua vez, é ou são afixados no outro elemento.

[0127] "Tricô", como usado aqui, refere-se à técnica de entrelaçamento de alças de fibras com agulhas ou dispositivos similares.

[0128] "Camada" refere-se a componentes identificáveis do artigo absorvente, e qualquer parte designada "camada" pode compreender, de fato, um laminado ou combinação de várias folhas ou mantas do necessário tipo de materiais. Como usado aqui, o termo "camada" inclui os termos "camadas" e "disposto em camadas". "Superior" refere-se à camada do artigo absorvente que está mais próxima e virada para a camada virada para o portador; inversamente, o termo "inferior" refere-se à camada do artigo absorvente que está mais próxima e virada para a camada virada para o vestuário. "Camada" é uma estrutura tridimensional com uma largura na dimensão x, comprimento na dimensão y, e espessura na dimensão z, em que as referidas dimensões x-y estão substancialmente situadas no plano do artigo, mas deve ser notado que os vários membros, camadas, e estruturas de artigos absorventes de acordo com a presente invenção podem ou não ter geralmente uma natureza planar, e podem ser configurados ou perfilados em qualquer configuração desejada.

[0129] "Direção da máquina (DM)", "longitudinal" e afins, como usados aqui, são usados de modo intercambiável e referem-se a uma direção paralela à dimensão linear máxima da estrutura e inclui direções a ±45° da direção longitudinal.

[0130] "Superfície maior", como usado aqui, refere-se a um termo usado para descrever as superfícies de maior extensão de um elemento estrutural geralmente planar ou do tipo folha e para distinguir essas superfícies das superfícies menores das extremidades finais e das extremidades laterais; isto é, em um elemento com um comprimento, uma largura, e uma espessura, com a espessura sendo a menor das três dimensões, as superfícies maiores são as definidas pelo comprimento e pela largura e tendo, assim, a maior extensão.

[0131] "Fluxo de massa", como usado aqui, refere-se ao fluxo de um líquido de um elemento ou componente absorvente para outro elemento ou componente absorvente por ação de fluxo em canal.

[0132] "Ligação mecânica", como usado aqui, refere-se a um método de ligação de fibras entrelaçando-as. Isso pode ser alcançado por meio de agulhamento, costura com fibras ou usando jatos de ar ou água de alta pressão e afins.

[0133] "Não-tecido", como usado aqui, refere-se a uma folha, manta ou capa fabricada de fibras orientadas de modo direcional ou aleatório, ligadas por fricção, e/ou coesão e/ou adesão, excluindo papel e produtos que são tecidos, tricotados, tufados, ligados por pesponto incorporando fios ou filamentos de ligação, ou feltrados mediante moagem a úmido, submetidos ou não a agulhamento adicional. As fibras podem ser de origem natural ou feitas pelo homem e podem ser filamentos descontínuos ou contínuos ou podem ser formadas in situ. As fibras disponíveis no mercado têm diâmetros que variam desde menos de cerca de 0,001 mm até mais de cerca de 0,2 mm e vêm em vários formatos diferentes: fibras curtas (ditas em feixe, ou cortadas), fibras individuais contínuas (filamentos ou monofilamentos), molhos não torcidos de filamentos contínuos (estopa), e molhos torcidos de filamentos contínuos (fio). Os não-tecidos podem ser formados por muitos processos, tais como via sopro, fiação contínua, fiação em solvente, fiação eletrostática, e via carda. A gramatura de não-tecidos é habitualmente expressa em gramas por metro quadrado (gmq).

[0134] "Calcinha", "calcinha de transição", "fraldas fechadas", "fraldas pré-apertadas", "fraldas de puxar" e "fralda-calcinha" e afins, como usados aqui, são usados de modo intercambiável e referem-se a artigos absorventes que são tipicamente aplicados no portador primeiramente colocando os pés nas aberturas respectivas para as pernas e subsequentemente puxando a calcinha desde os pés até à área da cintura, em redor das ancas e nádegas do portador, e que podem ser puxadas ou descidas ao longo das ancas do portador. Tipicamente, esses artigos podem incluir uma porção da parte da frente da cintura e uma porção da parte de trás da cintura que podem ser conectadas em redor das ancas do portador por membros integrantes ou separáveis. Uma calcinha pode ser pré-formada por qualquer técnica adequada, incluindo mas não se limitando a unir as porções do artigo usando ligações que podem e/ou não podem ser reapertadas (por exemplo, costura, fusão, adesivo, ligação coesiva, grampo, etc.). Uma calcinha pode ser pré-formada em qualquer parte ao longo da circunferência do artigo (por exemplo, apertado de lado, apertado na parte da frente da cintura).

[0135] "Polímero", como usado aqui, refere-se mas não está limitado a homopolímeros, copolímeros, tais como, por exemplo, copolímeros de bloco, enxertados, aleatórios e alternados, terpolímeros, etc., e suas blendas e modificações. A menos que especificamente limitado de outro modo, o termo "polímero" inclui todas as possíveis configurações espaciais da molécula, que incluem mas não estão limitados a simetrias isotáticas, sindiotáticas e aleatórias.

[0136] "Retaguarda", como usado aqui, refere-se à porção de um artigo absorvente, ou parte desse, destinada a ser posicionada próximo da parte de trás do portador.

[0137] "Resina", como usado aqui, refere-se a um material polimérico sólido ou semissólido.

[0138] "Substancialmente desprovido de celulose", como usado aqui, refere-se a um artigo, estrutura ou núcleo absorvente que contém menos de 20% em peso de fibras celulósicas, menos de 10% de fibras celulósicas, menos de 5% de fibras celulósicas, sem fibras celulósicas, ou não mais do que uma quantidade irrelevante de fibras celulósicas que não afeta materialmente a sua espessura, flexibilidade ou absorvência.

[0139] "Termoligação", como usado aqui, refere- se a um método de ligação de fibras usando calor e/ou alta pressão.

[0140] "Termoplástico", como usado aqui, refere- se a materiais poliméricos que têm uma temperatura de fusão e podem fluir ou ser formados em configurações desejadas por aplicação de calor à temperatura de fusão ou menor do que essa.

[0141] "Ultrassônico", como usado aqui, refere- se à utilização de som de alta frequência para gerar calor localizado mediante vibração, desse modo causando a ligação de fibras termoplásticas entre si.

[0142] "Absorvente de água", "absorvente de líquido", "absorvente", "que absorve" e afins, como usados aqui, são usados de modo intercambiável e referem-se a compostos, materiais, produtos que absorvem pelo menos água, mas tipicamente também outros fluidos aquosos e tipicamente outras partes de exsudados corporais, como pelo menos urina ou sangue.

[0143] "Camada virada para o portador", como usado aqui, refere-se a elementos do chassi que formam a superfície interna do artigo absorvente, como a cobertura superior, as abas para as pernas, e os painéis laterais, etc., quando esses elementos estão presentes.

[0144] "Tecelagem", como usado aqui, refere-se ao processo de entrelaçamento de dois ou mais conjuntos de fios perpendiculares para formar um pano; uma manta de fibras produzida por tecelagem é aqui chamada de "Tecida".

[0145] "Manta em banda contínua", como usado aqui, refere-se a um material essencialmente sem-fim em uma direção, isto é, a extensão longitudinal ou o comprimento, ou a direção x em coordenadas Cartesianas relativa à manta em banda contínua. Em esse termo está incluída uma sequência essencialmente ilimitada de pedaços cortados ou separados de um material essencialmente sem-fim. Muitas vezes, mas não necessariamente, as mantas em banda contínua terão uma dimensão de espessura (isto é, a direção z) que é significativamente menor do que a extensão longitudinal (isto é, na direção x). Tipicamente, a largura de mantas em banda contínua (a direção y) será significativamente maior do que a espessura, mas menor do que o comprimento. Muitas vezes, mas não necessariamente, a espessura e a largura desses materiais são essencialmente constantes ao longo do comprimento da manta. Sem pretender qualquer limitação, essas mantas em banda contínua podem ser materiais de fibra celulósica, papéis-tecido, materiais tecidos ou não-tecidos e afins. Tipicamente, mas não necessariamente, as mantas em banda contínua são providas em forma de rolo, ou em bobinas, ou em um estado dobrado em caixas. As partes individuais podem então ser reunidas para formar a estrutura essencialmente sem-fim. Uma manta em banda contínua pode ser composta de várias mantas em banda contínua, como não-tecidos de múltiplas camadas, papéis-tecido revestidos, laminados de não-tecido / filme. As mantas em banda contínua podem compreender outros materiais, como material aglutinante, partículas, agentes de hidrofilização adicionados e afins.

[0146] "Resistência ao rebentamento a úmido" é uma medida da capacidade de uma camada para absorver energia, quando molhada e sujeita a deformação normal ao plano da manta.

[0147] "Resistência a úmido", como usado aqui, refere-se à resistência de uma junção determinada imediatamente após remoção de um líquido onde foi imersa em condições especificadas de tempo, temperatura e pressão. O termo é habitualmente usado na área para designar resistência após imersão em água.

[0148] "Formação via úmida", como usado aqui, refere-se à formação de uma manta a partir de uma dispersão aquosa de fibras aplicando técnicas modificadas de fabricação do papel; uma manta de fibras produzida pela via úmida é aqui chamada de "formada pela via úmida".

[0149] "Pasta de madeira", como usado aqui, refere-se a fibras celulósicas usadas para fabricar raiom de viscose, papel e os núcleos absorventes de produtos tais como pensos de higiene feminina, fraldas e calcinhas para bebês e pensos para incontinência de adultos.

[0150] "Dimensão x-y", como usado aqui, refere- se ao plano ortogonal à espessura do artigo, estrutura ou elemento. As dimensões x e y correspondem geralmente à largura e comprimento, respectivamente, do artigo, estrutura ou elemento.

[0151] "Dimensão z", como usado aqui, refere-se à dimensão ortogonal ao comprimento e largura do artigo, estrutura ou elemento. A dimensão z corresponde geralmente à espessura do artigo, estrutura ou elemento.

[0152] A apresentação de intervalos numéricos por meio das extremidades inclui todos os números e frações incluídos em esse intervalo, bem como as extremidades apresentadas.

[0153] Por motivos de absorvência, distribuição, retenção, flexibilidade, ajuste, e/ou conforto ótimos, pode ser desejável que o material absorvente permaneça substancialmente em sua localização pretendida em uma estrutura absorvente.

[0154] Em consequência, a presente invenção provê uma estrutura absorvente substancialmente desprovida de celulose para utilização em um artigo absorvente, que compreende:

[0155] a) uma camada transportadora; e

[0156] b) uma camada auxiliar; e

[0157] c) um material absorvente compreendendo material polimérico absorvente provido entre a referida camada transportadora e a referida camada auxiliar; e

[0158] d) conexões unindo a referida camada transportadora e a referida camada auxiliar para imobilizar o material absorvente

[0159] caracterizada por as conexões serem formadas, pelo menos parcialmente, via um processo térmico, mecânico, termomecânico e/ou ultrassônico.

[0160] A presente invenção também resultou do entendimento de que um artigo absorvente compreendendo uma estrutura em sanduíche possuindo compartimentos de material absorvente contidos entre uma camada transportadora e uma camada auxiliar pode ser mais eficientemente usado para absorver, distribuir e reter líquido se for possível que certas ligações do padrão de compartimentos entre a camada transportadora e a camada auxiliar afrouxem, sejam dissolvidas, enfraquecidas e/ou aptas a serem quebradas quando a estrutura absorvente é exposta a líquido, enquanto outras ligações permanecem substancialmente firmes, não dissolvidas, não enfraquecidas e/ou intatas sob a influência de materiais absorventes molhados.

[0161] Em particular, a presente invenção provê uma estrutura absorvente substancialmente desprovida de celulose para utilização em um artigo absorvente, que compreende:

[0162] a) uma camada transportadora; e

[0163] b) uma camada auxiliar; e

[0164] c) um material absorvente compreendendo material polimérico absorvente provido entre a referida camada transportadora e a referida camada auxiliar, em que

[0165] (i) conexões primárias substancialmente permanentes; e

[0166] (ii) conexões secundárias substancialmente temporárias

[0167] unem a referida camada transportadora e a referida camada auxiliar pelo menos em conjunto

[0168] caracterizada por as conexões serem formadas, pelo menos parcialmente, via um processo térmico, mecânico, termomecânico e/ou ultrassônico, permitindo que as conexões secundárias substancialmente temporárias sejam afrouxadas em resultado da exposição da referida estrutura absorvente a líquido, enquanto as conexões primárias substancialmente permanentes permanecem substancialmente intatas.

[0169] Estruturas absorventes de acordo com a presente invenção compreendendo uma grelha ou padrão de meios de conexão em toda a estrutura absorvente que podem ser afrouxados, dissolvidos ou quebrados sob a influência de líquido, vapor e/ou umidade e expansão de material absorvente relacionado provêm a capacidade de compartimentalizar, imobilizar e/ou restringir firmemente material absorvente no estado seco enquanto permitem um aumento adicional pelos bolsos individuais e combinados durante o umedecimento da estrutura absorvente em condições de utilização normal, desse modo criando espaço, volume e área superficial adicionais mediante expansão, dilatação e/ou carga decorrentes e continuadas do material absorvente aí contido.

[0170] Por motivos de absorvência e/ou retenção, distribuição e/ou transporte ótimos, pode ser desejável que a estrutura absorvente tenha estruturas superficiais macroscópicas, como alturas e elevações e/ou depressões e vales, que podem atuar como canais e/ou diques e guiar o líquido de um modo desejado. Por motivos de flexibilidade, ajuste, conforto e eficiência de transporte e armazenamento ótimos, pode ser desejável que essas estruturas superficiais macroscópicas apareçam e funcionem somente quando necessário, isto é, quando o produto está parcial e/ou totalmente molhado com líquido. Assim, as estruturas superficiais macroscópicas consideradas de preferência ainda não estão presentes antes da utilização da estrutura absorvente.

[0171] A presente invenção também toma em consideração o fato de que um artigo absorvente compreendendo uma estrutura em sanduíche possuindo material absorvente contido entre uma camada transportadora e uma camada auxiliar pode ser mais eficientemente usado para absorver, distribuir, transportar e reter líquido se a estrutura absorvente for planejada de modo a exibir um comportamento de dilatação não homogêneo, resultando em alturas e elevações e/ou depressões e vales, enquanto, de preferência, permanece substancialmente plana em um estado seco, estado limitado e/ou só parcialmente molhado. É entendido que a estrutura absorvente também já pode obviamente possuir alguma forma menos distinta de configuração macroscópica antes do umedecimento, que de preferência é subsequentemente aumentada durante o umedecimento parcial e/ou total da estrutura absorvente por líquidos.

[0172] Em uma forma de realização particular, a presente invenção provê uma estrutura absorvente substancialmente desprovida de celulose que compreende:

[0173] a) uma camada transportadora; e

[0174] b) uma camada auxiliar; e

[0175] c) um material absorvente compreendendo material polimérico absorvente provido entre a referida camada transportadora e a referida camada auxiliar, em que

[0176] (i) conexões primárias substancialmente permanentes; e

[0177] (ii) conexões secundárias substancialmente temporárias

[0178] unem a referida camada transportadora e a referida camada auxiliar pelo menos parcialmente,

[0179] caracterizada por as conexões serem formadas, pelo menos parcialmente, via um processo térmico, mecânico, termomecânico e/ou ultrassônico, permitindo que as conexões secundárias substancialmente temporárias sejam afrouxadas devido à exposição da referida estrutura absorvente a líquido, enquanto as conexões primárias substancialmente permanentes permanecem substancialmente intatas de modo a dotar a estrutura absorvente de uma estrutura superficial de gestão de líquidos.

[0180] Uma estrutura absorvente de acordo com a presente invenção é de preferência caracterizada por ligações e/ou junções planejadas para permitir o afrouxamento, separação e/ou quebra predeterminada, controlada e/ou gradual dos meios de conexão no padrão formado entre a camada transportadora e a camada auxiliar em linha com as forças a serem exercidas geradas pelo material absorvente, de preferência material polimérico absorvente, presente na estrutura absorvente quando é carregado de um estado substancialmente seco até um estado parcialmente carregado e até um estado totalmente carregado de líquido.

[0181] A estrutura absorvente acima descrita tem como efeito o fato de o líquido que contata as conexões primárias, as grelhas de conexão primária, não ter nenhum impacto material na integridade estrutural dessas conexões e estrutura absorvente, uma vez que são substancialmente resistentes durante a utilização, ao passo que os líquidos que contatam a estrutura absorvente irão influenciar as conexões secundárias, o padrão secundário, tendo impacto na integridade estrutural das referidas conexões e padrão, desse modo permitindo funcionalidades sem precedentes. Os materiais absorventes agrupados contidos em bolsos de acordo com a invenção poderão ter seu volume e dimensão aumentados e/ou poderão ser combinados em compartimentos maiores durante a utilização, desse modo indo além dos espaços iniciais de bolsos secos, e assim os compartimentos maiores conseguem recolher mais livremente líquido adicional devido à remoção de ligações e/ou junções de restrição iniciais entre a camada transportadora e camada auxiliar, enquanto ainda assim estavam no lugar de modo seguro e firme no estádio de pré- utilização. Essa abertura controlada dos agrupamentos do material absorvente somente durante a utilização conduz a várias vantagens de fabricação, armazenamento e transporte antes da utilização, uma vez que os materiais absorventes podem ser posicionados e agrupados de modo mais preciso e efetivo do que anteriormente, o que melhora muito a gestão de fluidos relativamente à absorção, adsorção, distribuição e retenção durante a utilização. Obviamente, isso conduz a economia de matérias-primas e aumento da eficiência.

[0182] Uma forma de realização preferida de uma estrutura absorvente de acordo com a presente invenção é caracterizada por uma camada transportadora e uma camada auxiliar contendo um material absorvente, de preferência compreendendo um material polimérico absorvente, entre as duas camadas, de modo que são providas regiões de ligação primária e regiões de ligação secundária se estendendo substancialmente desde a superfície do portador da camada transportadora para a superfície do vestuário da camada auxiliar, e assim a região de ligação primária retém mais integridade durante e após a absorção de líquidos do que a região de ligação secundária nas mesmas condições. A diferença de resistências entre as regiões de ligação primária e as região de ligação secundária permite a separação da camada transportadora e camada auxiliar entre as referidas regiões de ligação primária, respectivamente nas regiões de ligação secundária, criando espaço e volume adicionais que permitem a expansão adicional e livre do material absorvente no estado parcial ou totalmente carregado de líquido, em oposição ao estado seco. Essas conexões secundárias, padrões de conexão secundária e/ou regiões de ligação secundária podem ser, mas não necessariamente, sensíveis à umidade. A resistência de ligação deve ser suficiente para os requisitos de pré-utilização e utilização da estrutura absorvente particular.

[0183] Enquanto a imobilização a seco do material absorvente de menor volume é assegurada nos bolsos menores formados pela combinação das regiões de ligação primária e das regiões de ligação secundária, a imobilização a úmido do material absorvente molhado de maior volume é ainda assegurada pelos compartimentos maiores definidos pelos bolsos aumentados e combinados formados pelas restantes regiões de ligação primária que ainda estão substancialmente intatas, após a liberação parcial ou total das regiões de ligação secundária durante a utilização, em que a influência de líquido, umidade e/ou vapor é imposta na estrutura absorvente e seus materiais absorventes.

[0184] Idealmente, o líquido recolhido pelo material absorvente e a dilatação e aumento de volume daí resultantes estão em linha com os respectivos espaços e volumes criados pelo processo gradual, faseado e incrementado de quebra de ligações e/ou afrouxamento das regiões de ligação secundária. Isso permite a imobilização contínua do material absorvente sem restrição demasiado pequena ou demasiado excessiva do material absorvente devido a afrouxamento demasiado tardio ou demasiado precoce das regiões de ligação secundária durante o processo de carga, umedecimento e dilatação.

[0185] Assim, a estrutura absorvente será planejada de modo que os meios de conexão sejam providos para imobilizar e/ou reter, pelo menos parcialmente, o material absorvente quando a estrutura está seca, com o objetivo de o material absorvente permanecer restringido e/ou imobilizado, pelo menos parcialmente, quando a estrutura absorvente está em um estado parcial e/ou totalmente molhado. Uma vez que o material absorvente recolhe líquidos e dilata, isto é, ganha volume, é assim importante que a estrutura encerre continuamente o material absorvente durante o processo de afrouxamento dos meios de conexão, sem no entanto restringir qualquer dessa dilatação devido a ligações e/ou junções demasiado fortes nas regiões de ligação secundária. Perder a coesão e integridade do material absorvente desde o estado seco até parcialmente molhado até totalmente molhado irá originar uma fraca gestão de fluidos, conduzindo a absorvência, distribuição e retenção inferiores, ineficazes e/ou fracassadas.

[0186] Em um segundo aspecto, a presente invenção provê um artigo absorvente compreendendo, pelo menos na metade frontal do artigo absorvente, uma estrutura absorvente de acordo com uma forma de realização da invenção. É sabido que na maior parte dos artigos absorventes, por exemplo, artigos como pensos de higiene feminina, fraldas para bebês, calcinhas para bebês e produtos para incontinência de adultos, a descarga de líquido ocorre predominantemente na metade frontal. Em consequência, é vantajoso prover um artigo absorvente melhorado com uma estrutura absorvente de acordo com uma forma de realização da invenção naquela área onde o requisito de carga e captação de fluido é mais alta. Obviamente, também está abrangido em essa invenção um artigo absorvente compreendendo uma estrutura absorvente de acordo com uma forma de realização da invenção que está total ou parcialmente localizada na região frontal, entrepernas e/ou traseira do artigo absorvente, tal como, por exemplo, uma fralda para bebês. Também estão aqui abrangidas quaisquer combinações desses.

[0187] Na indústria da higiene, os artigos absorventes são especificamente planejados para absorver, distribuir e reter exsudados corporais. Para além de recolherem líquido e de o reterem na estrutura absorvente do artigo absorvente, também é pretendido que os artigos absorventes evitem, de modo satisfatório, que exsudados corporais sujem, molhem, ou então contaminem roupa ou outros artigos, como roupa de cama, que possivelmente venham a estar ou estejam em contato com o portador. Um artigo absorvente descartável, como uma fralda descartável, pode ser usado por várias horas em um estado seco e/ou em um estado carregado com líquido. Em conformidade, têm sido feitas múltiplas tentativas para melhorar o ajuste e conforto de utilização do artigo absorvente, quando o artigo está seco e quando o artigo absorvente está total ou parcialmente carregado com exsudados corporais, enquanto são aumentadas as funções de absorção, distribuição e retenção do artigo absorvente. Obviamente, também são aqui muito preferidos artigos absorventes flexíveis, finos, leves e discretos.

[0188] O artigo absorvente de acordo com uma forma de realização da invenção compreende uma cobertura superior permeável a líquidos, uma cobertura inferior impermeável a líquidos, e uma camada de armazenamento absorvente imobilizada e/ou restringida entre uma camada auxiliar e camada transportadora. É entendido que a camada transportadora e/ou a camada auxiliar podem atuar, direta ou indiretamente, como camada de imobilização, de distribuição permeável a líquidos ou impermeável, de modo unitário, em separado ou como uma combinação, na estrutura absorvente e/ou artigo absorvente. As regiões de ligação primária e as regiões de ligação secundária definem compartimentos, em que agrupamentos de material absorvente são mantidos nos compartimentos.

[0189] Artigos absorventes de acordo com uma forma de realização preferida da invenção contêm um material absorvente, tal como, por exemplo, material polimérico absorvente, com mais preferência material polimérico particulado absorvente. É sabido que, quando material polimérico absorvente absorve líquido e dilata, o seu desempenho é mais efetivo e eficiente quando disposto em um certo padrão ou arranjo (conferir bloqueio por gel). As localizações predefinidas e dosagem dos materiais poliméricos particulados absorventes se destinam a obter absorvência, ajuste e/ou conforto ótimos. Uma vez que é desejável que o material polimérico particulado absorvente permaneça em sua localização pretendida e, assim, evite a sua migração e movimento descontrolado no artigo absorvente e/ou estrutura absorvente, o material absorvente é desejavelmente imobilizado e/ou restringido via a estrutura absorvente de um modo tal que o material polimérico particulado absorvente tem bom desempenho em um estado parcialmente carregado com líquido bem como em uma condição totalmente carregada com líquido. Assim, a imobilização continuada é muito preferida.

[0190] Para além de serem absorventes, os artigos absorventes são desejavelmente finos, leves e flexíveis; para ajuste, bem-estar e conforto durante a utilização mas também para empacotamento, transporte e armazenamento mais convenientes, econômicos, ecologicamente correta e limpos, por exemplo, em armazéns, lojas e alojamentos do consumidor final. Os artigos absorventes, que muitas vezes são usados em grandes quantidades, também são desejavelmente baratos. Algumas tecnologias da técnica anterior de imobilização de material polimérico absorvente em artigos absorventes adicionam volume ao artigo absorvente e desse modo aumentam a espessura e peso, reduzem a flexibilidade e aumentam o custo e pegada ambiental do artigo absorvente. Outras tecnologias de imobilização de material polimérico absorvente em um artigo absorvente podem não ser tão eficazes na manutenção da imobilização quando o artigo absorvente é molhado em comparação com o estado inicial seco e, em consequência, podem conduzir a uma utilização menos efetiva e menos eficiente dos materiais absorventes aí incorporados devido, por exemplo, a bloqueio por gel e isolamento físico ou químico das referidas matérias-primas. Continua a ser necessário um método para imobilizar e/ou restringir continuamente o material absorvente na estrutura absorvente antes, durante e após a transição de um artigo absorvente inicialmente seco para um artigo totalmente molhado no estado final que seja flexível, fino, leve, discreto e/ou barato mantendo as funções requeridas de absorção, transporte e retenção.

[0191] Em uma forma de realização preferida, o artigo absorvente compreende uma estrutura absorvente compreendendo uma camada transportadora e camada auxiliar, de modo que a superfície superior da camada transportadora está virada para a pele do portador e uma superfície inferior da camada auxiliar está virada para o vestuário do portador. O material absorvente está, de preferência, em contato direto com a superfície inferior da camada auxiliar e a superfície superior da camada transportadora, mas podem ser providas camadas adicionais de pano, não-tecido, tecido, papel-tecido e/ou papel para acomodar a gestão de fluidos e a integridade. Os materiais absorventes estão, de preferência, agrupados e encapsulados por uma pluralidade de bolsos menores formados pelas regiões de ligação primária e regiões de ligação secundária. A camada de absorção tem, tipicamente, uma capacidade de absorção de pelo menos cerca de 100 g/m2, de preferência pelo menos cerca de 200 g/cm2, com mais preferência pelo menos cerca de 600 g/cm2, com muita preferência pelo menos cerca de 700 g/cm2.

[0192] Em uma forma de realização preferida de um artigo absorvente de acordo com a presente invenção, o material absorvente agrupado nos bolsos definidos pelas ligações e/ou junções das regiões de ligação primária e/ou regiões de ligação secundária da camada transportadora e camada auxiliar compreende pelo menos material polimérico absorvente. Em uma forma de realização mais preferida da estrutura absorvente da invenção, o material absorvente compreende um polímero superabsorvente (PSA) e, com mais preferência, um material polimérico particulado absorvente altamente permeável está presente no material absorvente em uma gramatura média de pelo menos cerca de 100 g/m2, de preferência pelo menos cerca de 200, com mais preferência pelo menos cerca de 400, ainda com mais preferência pelo menos cerca de 600, com muita preferência pelo menos cerca de 700 g/m2. A utilização de um polímero superabsorvente como material absorvente provê absorção melhorada.

[0193] A resistência de ligação, tal como, por exemplo, a resistência a seco, resistência ao rebentamento a úmido e/ou resistência a úmido, deve ser suficiente para os parâmetros requeridos da estrutura absorvente e, entre outros, irá depender do artigo absorvente, do seu tamanho e configuração e da duração requerida da utilização e desempenho. A resistência estrutural e funcional específica das ligações e junções entre a camada auxiliar e a camada transportadora e as diferentes resistências a úmido entre as ligações e/ou junções das regiões de ligação primária e das regiões de ligação secundária permitem um planejamento e utilização mais eficientes das estruturas absorventes conducentes a absorção, distribuição e retenção maiores, mais rápidas e melhoradas de líquidos, tais como exsudados corporais. Além disso, também permitem uma migração e dispersão melhores e controladas de líquido na referida camada de armazenamento absorvente, conduzindo a comunicação ou transporte de fluidos mais eficiente e efetiva desde a área menos absorvente (por exemplo, saturada) até à área mais absorvente (por exemplo, não saturada).

[0194] De notar que, quando é dito que líquidos contatam a estrutura absorvente e materiais absorventes e a integridade estrutural das conexões primárias não sofre nenhum impacto material, por exemplo, permanecem substancialmente intatas, de preferência são referidas características desses artigos absorventes, estruturas absorventes e/ou conexões em condições de uso/utilização relativamente normais, calendários de utilização típicos, quantidades de líquidos e intervalos médios à temperatura ambiente ou corporal, sem tomar em consideração condições exageradas, severas e/ou extremas, tais como, por exemplo, quantidades anormalmente grandes de litros de líquido durante múltiplos dias de contato intenso. Em esse caso, apesar de não ser preferido, as conexões primárias inicialmente resistentes poderão acabar por ficar frouxas, separadas ou quebradas. Do exposto acima será claro que essas conexões primárias, que acabarão por se tornar em conexões secundárias depois de serem expostas condições de utilização prolongada e/ou mais intensa, também são consideradas em essa invenção.

[0195] Em um terceiro aspecto, uma estrutura absorvente de acordo com uma forma de realização da invenção é usada em um penso de higiene feminina, fralda para bebês, calcinhas para bebês ou penso para incontinência de adultos. Não obstante terem sido ilustradas e descritas formas de realização particulares da presente invenção, será óbvio para os profissionais que podem ser feitas várias alterações e modificações diferentes sem sair do espírito e escopo da invenção.

[0196] Em baixo são usados exemplos para uma ilustração não limitadora adicional da invenção.

[0197] Com referência à Figura 1 e Figura 2, a estrutura absorvente 14 inclui pelo menos uma camada transportadora 101 e pelo menos uma camada auxiliar 102, e material absorvente 110. A camada transportadora 101 e camada auxiliar 102 estão conectadas entre si em regiões de ligação primária 111, opcionalmente via um meio de conexão primária 112. A camada transportadora 101 e camada auxiliar 102 também estão conectadas entre si em regiões de ligação secundária 115, opcionalmente via um meio de conexão secundária 116. Para além das regiões de ligação primária 111 e regiões de ligação secundária 115, também há regiões não conectadas 119, onde não há substancialmente nenhuma ligação e/ou junção entre a camada transportadora 101 e camada auxiliar 102, desse modo provendo uma pluralidade de bolsos 130 onde pode ficar localizado um material absorvente 110 para formar um agrupamento de material absorvente 110. As regiões de ligação primária 111 correspondem a uma grelha de ligação primária 113, ao passo que as regiões de ligação secundária 115 correspondem a um padrão de ligação secundária 117.

[0198] Como camada transportadora 101 e/ou camada auxiliar 102 é possível escolher de uma variedade de materiais, tais como mas não se limitando a um pano não- tecido ou tecido, um material formado por via úmida, como tecido de celulose, papel, um filme, um papel-tecido, um filme perfurado, um material em espuma, um material termoplástico, uma camada de adesivo ou qualquer material adequado na estrutura absorvente 14. Essas camadas podem ter uma gramatura situada no intervalo entre 3 - 400 gmq. A camada transportadora 101 e camada auxiliar 102 podem ser feitas do mesmo material ou podem ter diferentes composições, pesos e/ou estruturas. Em uma forma de realização preferida dessa invenção, pelo menos uma das camadas é permeável a líquidos ao longo de pelo menos parte da sua superfície, de modo que líquidos podem ser recolhidos na direção Z. Em outra forma de realização preferida, a camada transportadora 101 e a camada auxiliar 102 são permeáveis a líquidos. Ainda em outra forma de realização preferida, uma das camadas é um material não-tecido permeável a líquidos e a outra camada é um filme de PE substancialmente impermeável a líquidos e possivelmente respirável, de modo que o não-tecido é posicionado no fluxo líquido esperado, como o lado virado para o portador da estrutura absorvente 14 no caso de um artigo absorvente como uma fralda para bebês, e o filme de PE é posicionado longe do fluxo de líquido esperado, como o lado virado para o vestuário da estrutura absorvente no caso de um artigo absorvente como uma fralda para bebês. Em esse caso é possível selecionar, por exemplo, um material não-tecido de polipropileno de 22 gmq da Albis, Itália, e um filme de polietileno respirável de 20 μm da Nuova Pansac, Itália. A utilização da terminologia ‘camada transportadora’ não implica, de modo nenhum, que o pano deva ser suficientemente forte para suportar a estrutura, nem que deva estar situado na região inferior da estrutura absorvente 14. E ‘camada auxiliar’ também não implica que essa camada deva ter uma função menos importante ou que, por analogia, deva estar situada na região superior da estrutura absorvente 14.

[0199] Os bolsos 130 podem ter uma configuração regular, configuração irregular ou combinação dessas. Configurações preferidas dos bolsos 130 são circular, elíptica ou quadrada, com um diâmetro, raio ou lado maior do que cerca de 0,1 mm, 0,2 mm, 0,3 mm, 0,4 mm, 0,5 mm, com mais preferência maior do que cerca de 0,75 mm e menor do que cerca de 60 mm, com mais preferência maior do que cerca de 1,0 mm e menor do que cerca de 40 mm e com muita preferência maior do que cerca de 2,00 mm e menor do que cerca de 10 mm. Pelo menos um dos bolsos 130 contém material absorvente 110. Para aplicações de artigos absorventes, como uma fralda ou calcinha, o material absorvente 110 contém, de preferência, um material polimérico absorvente, com mais preferência material polimérico particulado absorvente, como também é conhecido na área. Esses materiais poliméricos absorventes são disponibilizados, por exemplo, pela Evonik da Alemanha, BASF da Bélgica e Nippon Shokubai do Japão. O material polimérico absorvente pode perfazer 100% do material absorvente 110 ou pode ser usado em combinação com outros materiais absorventes, tais como, por exemplo, fibras de celulose ou pasta "fluff".

[0200] Com referência à Figura 3, o material absorvente 110 é distribuído entre a camada transportadora 101 e a camada auxiliar 102 ao longo de um padrão do material absorvente. O padrão do material absorvente da estrutura absorvente 14 pode ser aleatório ou regular, conectado de modo substancialmente contínuo ou isolado, com cobertura total ou cobertura parcial e/ou qualquer outro padrão adequado. Em uma forma de realização preferida, o material absorvente 110 é padronizado de modo regular e contínuo para permitir uma absorção, distribuição e retenção de líquido boas e controladas. Ainda com mais preferência, o padrão do material absorvente 110 consiste de vários agrupamentos de material absorvente 110, rodeados por áreas onde não está presente substancialmente nenhum material absorvente, que podem atuar como canais de distribuição e transporte que facilitam o fluxo e/ou fluxo de massa de líquido para longe do ponto de agressão e na direção de vários agrupamentos de material absorvente 110. Em geral, a distribuição em peso de material absorvente 110 ao longo da estrutura absorvente 14 pode ser regular através da superfície maior ou pode ser perfilada, isto é, a gramatura do material absorvente 110 pode se modificar dependendo da sua posição na estrutura absorvente 14. Essa distribuição perfilada de material absorvente 110 é muito útil, por exemplo, em núcleos de fraldas e calcinhas, onde seria desejável concentrar mais material absorvente 110 absoluto e/ou relativo perto do ponto da agressão líquida, tal como, por exemplo, na região frontal de um artigo absorvente.

[0201] Não é necessário que o material absorvente 110 em bolsos encha totalmente os bolsos 130, pois poderá ser vantajoso deixar algum espaço vazio adjacente ao material absorvente 110 nos bolsos 130 ou deixar alguns bolsos 130 parcial ou completamente vazios. Para certos artigos absorventes ou estruturas absorventes 14 pode ser útil prover também material absorvente 110 em pelo menos parte das regiões de ligação primária 111 e/ou regiões de ligação secundária 112.

[0202] Com referência à Figura 4, a camada transportadora 101 e camada auxiliar 102 estão conectadas entre si em regiões de ligação primária 111, opcionalmente via um meio de conexão primária 112, e também estão conectadas entre si em regiões de ligação secundária 115, opcionalmente via um meio de conexão secundária 116. Exemplos típicos de métodos usados para ligar ou unir materiais entre si são, a título exemplificativo mas não limitados à utilização de um adesivo, tal como, por exemplo, adesivo sensível à pressão, cura, via ligações químicas, tais como, por exemplo, ligações de hidrogênio, ou via a utilização de técnicas de ligação ultrassônicas e/ou outras técnicas de ligação térmicas, mecânicas, termomecânicas OU químicas, tais como, por exemplo, selagem a quente, agulhamento, pressão com jato de ar e água, e afins. No caso de ser usado um material adicional a seguir à camada transportadora 101 e camada auxiliar 102 para ligar ou unir ambas as camadas entre si, como um adesivo, cola ou aglutinante, então o referido material adicional, em esse caso, por exemplo, a substância adesiva, atua como meio de conexão. A substância adesiva que atua como agente de ligação ou junção nas regiões de ligação primária 111 é chamada de meio de conexão primária 112, e a substância adesiva que atua como agente de ligação ou junção nas regiões de ligação secundária 115 é chamada de meio de conexão secundária 116. No entanto, se a camada transportadora 101 e a camada auxiliar 102 forem somente conectadas entre si, por exemplo, via uma área de resistência mecânica ou entrelaçamento, ou via uma área onde as camadas estão fundidas entre si, sem a necessidade de qualquer agente de ligação ou junção adicional, não é provido nenhum meio de conexão.

[0203] Vários produtos conhecidos da técnica anterior empregam um termoplástico, adesivo, cola e/ou aglutinante como meio de conexão. No entanto, o objetivo da presente invenção consiste em trabalhar, de preferência, sem usar termoplástico, adesivo, cola e/ou aglutinante como meio de conexão e/ou camada de imobilização, por motivos técnicos, econômicos e/ou ambientais. Em uma forma de realização preferida dessa invenção é usada ligação ultrassônica e/ou termosselagem para criar as conexões, desse modo atenuando essencialmente a necessidade de usar meios ou agentes excessivos de conexão.

[0204] As ligações ou junções efetivas, com ou sem a presença de agentes de ligação ou junção, são respectivamente chamadas de conexões primárias 114 nas regiões de ligação primária 111 e conexões secundárias 118 nas regiões de ligação secundária 115.

[0205] Nas regiões de ligação primária 111, as conexões primárias 114 são planejadas para manter a integridade da estrutura absorvente 14 quando está substancialmente seca, mas também quando está e/ou foi molhada e está parcial ou totalmente carregada com líquido. Assim, as regiões de ligação primária 111 têm de resistir substancialmente às fricções e deformação durante a utilização normal do artigo absorvente e às forças resultantes da expansão e dilatação do material absorvente 110 causadas pela captação de líquido. Isso significa que algumas das conexões entre a camada transportadora 101 e a camada auxiliar 102 permanecerão substancialmente intatas se o artigo absorvente estiver sendo usado e/ou estiver sendo molhado. De preferência, a força de separação necessária para liberar as outras conexões entre a camada transportadora 101 e camada auxiliar 102 será maior do que cerca de 0,05 N/cm ou cerca de 0,75 N/cm, com mais preferência maior do que cerca de 0,1 N/cm, 0,2 N/cm ou 0,3 N/cm, ainda com mais preferência maior do que cerca de 1,0 N/cm, 1,5 N/cm, 2,5 N/cm e com muita preferência maior do que cerca de 3-5 N/cm.

[0206] Vários métodos de conexão de dois materiais, camadas ou componentes entre si são conhecidos na área. Em uma forma de realização preferida, as conexões primárias 114 e conexões secundárias 118 são termosselagens. A superfície, tenacidade ou integridade das áreas de termosselagem das regiões de ligação primária 111 são relativamente grandes (maiores) (do que das áreas de termosselagem das regiões de ligação secundária 115), resultando em uma força de separação absoluta ou relativa (mais) alta. Em geral, as conexões podem ter vários tamanhos e configurações, mas é preferido dotá-las de extremidades arredondadas para evitar que a camada transportadora 101 e camada auxiliar 102 se rasguem. Também é preferido planejar as conexões de modo a terem uma área superficial média de pelo menos cerca de 0,5 mm2, de preferência pelo menos cerca de 1,0 mm2, 2 mm2 ou 3 mm2, com mais preferência pelo menos e com muita preferência pelo menos cerca de 16 mm2. Também a densidade das conexões pode variar, dependendo da área superficial das conexões individuais e das forças de separação desejadas. Para conexões com uma área superficial menor do que 1 cm2, por exemplo, é de preferência recomendado usar uma densidade de pelo menos cerca de 100 por m2.

[0207] Dotar as áreas de conexão de uma configuração redonda, elíptica ou quadrada pode ter algumas vantagens, como um custo de investimento reduzido nas ferramentas requeridas. No entanto, para certas aplicações e para reforçar adicionalmente as conexões e a força de separação resultante, pode ser vantajoso planejar áreas de conexão estendidas, isto é, áreas de conexão em uma configuração com um comprimento de um eixo maior e uma largura menor do eixo mais pequeno. Se as forças resultantes da utilização normal do artigo absorvente e da dilatação do material absorvente 110 provierem de diferentes direções, então as áreas de conexão devem ser orientadas de modo a fazer frente a essas forças, por exemplo, provendo um padrão de conexões com configuração longitudinal onde, por exemplo, algumas das conexões têm um eixo longitudinal que é perpendicular ao eixo longitudinal de algumas das outras conexões.

[0208] Em uma forma de realização preferida, as regiões de ligação primária 111 da estrutura absorvente 14 são dispostas em uma grelha consistindo de elementos arredondados dos quais cerca de 50 % estão orientados ao longo de um eixo X, e os restantes ao longo de um eixo Y, em que um exemplo desses pode ser observado na Figura 5. Em outra forma de realização dessa invenção, as conexões primárias 114 são dispostas em uma grelha de ligação primária 113 composta de linhas contínuas em uma grelha, em que um exemplo desses pode ser observado na Figura 6, de modo a permitir uma distribuição e transporte fáceis de líquido, para uma alta força de separação e alta resistência contra a propagação de uma eventual fenda ou fissura em um dos bolsos 130. A grelha de ligação primária 113 é cuidadosamente planejada de modo que, em um estado molhado, o material dilatado permaneça estabilizado em redor das localizações onde foi restringido e/ou imobilizado em seu estado seco. Uma falha em essa implementação levaria à desagregação e/ou deslocamento do material absorvente molhado, resultando em perda de desempenho absorvente, ajuste e conforto reduzidos e mesmo fracasso do produto, conducentes a má gestão de fluidos na estrutura absorvente.

[0209] As conexões secundárias 118 na região de ligação secundária 115 são planejadas para serem liberadas quando o artigo absorvente está sendo molhado. De preferência, as conexões secundárias 118 irão quebrar sob a influência das forças resultantes da expansão e dilatação do material absorvente 110 quando está suficientemente molhado. Para a maior parte dos materiais absorventes 110 padrão, isso implica que as conexões secundárias 118 devem ter uma força de separação relativamente baixa quando molhadas, mas a sensibilidade à umidade não é requerida. De preferência, a força de separação necessária para quebrar a conexão secundária 118 será menor do que cerca de 5,0 N/cm, com mais preferência menor do que cerca de 1,0, 2,0 ou 2,5 N/cm, ainda com mais preferência menor do que cerca de 0,75, 0,5 ou 0,25 N/cm e com muita preferência menor do que cerca de 0,20 ou 0,10 N/cm, quando molhada. Em uma forma de realização preferida dessa invenção, ambas as camadas são submetidas a termosselagem em conjunto, em que a superfície, tenacidade ou integridade das áreas de termosselagem das regiões de ligação secundária 115 são relativamente (mais) pequenas (do que as das regiões de ligação primária 111), resultando em uma força de separação absoluta ou relativa (mais) pequena. As áreas de termosselagem podem ter vários tamanhos e configurações, mas é preferido dotá-las de pelo menos uma extremidade aguçada para facilitar a rotura entre a camada transportadora 101 e camada auxiliar 102. É vantajoso usar termosselagem como meio de conexão, em vez de usar adesivo e/ou colas, pois o custo de produção é então substancialmente menor e é possível reivindicar que está ‘desprovido de adesivo’ ou ‘desprovido de cola’, uma reivindicação que é importante para consumidores preocupados com o ambiente e origina produtos finais menos dispendiosos.

[0210] A configuração das conexões primárias 114 e conexões secundárias 118 pode variar ao longo da estrutura absorvente 14, isto é, não é necessário que todas as conexões primárias 114 e/ou conexões secundárias 118 tenham a mesma configuração, e ambas podem variar de acordo com os requisitos dessa parte ou região do artigo absorvente. Na forma de realização mostrada na Figura 1, as conexões primárias 114, por exemplo, têm formatos elípticos, como formatos elípticos unidimensionais e bidimensionais. As conexões secundárias 118, por exemplo, têm formatos redondos e/ou de pontos.

[0211] Como pode ser observado nas Figs. 7 e 8, a quebra das conexões secundárias 118 nas regiões de ligação secundária 115 permite que a camada transportadora 101 e/ou camada auxiliar 102 sofram deformação, estiramento e/ou alterem o formato. Em resultado, os bolsos de volume mínimo conseguem se expandir em um compartimento de volume maximizado combinado 124 de modo a acomodar pelo menos parte do volume extra resultante do material absorvente 110 em expansão. Assim, é criada uma estrutura absorvente 14 para utilização em um artigo absorvente com bolsos expansíveis, permitindo que o material absorvente 110 seja mais efetiva e eficientemente usado e reduzindo o risco de rotura de uma ou das duas camada transportadora 101 e/ou camada auxiliar 102. O volume extra criado pelos bolsos em expansão pode ser cerca de 1% até 5% do volume original. De preferência é maior do que cerca de 5% até 25%, com mais preferência maior do que cerca de 25% até 50%, com muita preferência maior do que cerca de 50% ou 100% do volume original.

[0212] Em uma forma de realização preferida, as regiões de ligação secundária 115 consistem de várias subregiões, correspondentes a diferentes forças de separação. É assim possível que o profissional planeje uma estrutura absorvente 14 com uma expansão gradual, controlada e/ou faseada.

[0213] Com referência à Figuras 9 e 10 que ilustram a técnica anterior, a estrutura absorvente 14 inclui pelo menos uma camada transportadora 101 e pelo menos uma camada auxiliar 102, e material absorvente 110. A camada transportadora 101 e camada auxiliar 102 estão conectadas entre si em regiões de ligação primária 111, opcionalmente via um meio de conexão primária 112. Quando é aplicado líquido, a estrutura começa a dilatar de um modo substancialmente homogêneo até ser alcançada a capacidade disponível de captação de líquido pelo material absorvente e/ou o espaço livre disponível na estrutura absorvente 14 ser ocupado pelos materiais absorventes 110 dilatados e de volume expandido. Uma vez que não está presente nenhuma estrutura de gestão de líquidos tridimensional superficial macroscópica, isto é, de maior escala, há um risco alto de criar vazamento lateral e/ou uma necessidade de dotar o artigo absorvente contendo essa estrutura absorvente 14 de estruturas de barreiras ou abas superficiais e/ou laterais adicionais e complexas.

[0214] Com referência à Figuras 11 e 12, a estrutura absorvente 14 inclui pelo menos uma camada transportadora 101 e pelo menos uma camada auxiliar 102, e material absorvente 110. A camada transportadora 101 e camada auxiliar 102 estão conectadas entre si em regiões de ligação primária 111, opcionalmente via um meio de conexão primária 112. A camada transportadora 101 e camada auxiliar 102 também estão conectadas entre si em regiões de ligação secundária 115, opcionalmente via um meio de conexão secundária 116. Para além das regiões de ligação primária 111 e regiões de ligação secundária 115, também há regiões não conectadas 119, onde não há substancialmente nenhuma ligação e/ou junção entre a camada transportadora 101 e camada auxiliar 102, desse modo provendo uma pluralidade de bolsos 130 onde pode ficar localizado um material absorvente 110 para formar um agrupamento de material absorvente 110. Com referência à Figura 12, que representa a Figura 11 em um estado molhado e dilatado, é óbvio que regiões de ligação primária 111 irão atuar como ‘canais’ de direcionamento de líquido, ao passo que regiões de ligação secundária 116 irão atuar como ‘diques’ de resistência a líquido, desse modo formando uma estrutura superficial macroscópica de gestão de líquidos.

[0215] Como pode ser observado na Fig. 12, o afrouxamento, separação e/ou quebra das conexões secundárias 116 nas regiões de ligação secundária 115 permitem que a camada transportadora 101 e/ou camada auxiliar 102 sofram deformação, estiramento e/ou alterem o formato. Em resultado, os bolsos de volume mínimo 122 conseguem se expandir para um volume intermédio e adicionalmente para um bolso de compartimento máximo 124 de modo a acomodar pelo menos parte do volume extra resultante do material absorvente 110 em expansão. Desse modo é criada uma estrutura absorvente 14 com alturas em áreas 130 e depressões em áreas 140. As depressões em áreas 140 podem atuar como canais, drenando os líquidos para áreas desejadas da estrutura absorvente 14. As alturas em áreas 130 podem atuar como barreira, obstáculos ou diques, drenando os líquidos para longe das áreas indesejadas da estrutura. O volume extra criado pelos bolsos em expansão pode ser cerca de 1% até 5% do volume original. De preferência é maior do que cerca de 5% até 25%, com mais preferência maior do que cerca de 25% até 50%, com muita preferência maior do que cerca de 50% ou 100% do volume original.

[0216] Em uma forma de realização preferida, as regiões de ligação secundária 115 consistem de várias subregiões, correspondentes a diferentes forças de separação. As Figuras 14, 15 e 16 mostram formas de realização exemplificativas de acordo com a invenção, em que regiões de ligação secundária 115 consistem de regiões de ligação secundária mais fracas 115’ e regiões de ligação secundária mais fortes 115’’, em que as regiões de ligação secundária mais fracas 115’ afrouxam mais rapidamente do que as regiões de ligação secundária mais fortes 115’’. As diferentes funcionalidades entre as regiões de ligação primária 111 e regiões de ligação secundária 115, em combinação com a diferenciação da resistência de ligação entre regiões de ligação secundária mais fracas 115’ e regiões de ligação secundária mais fortes 115’’, permitem o planejamento de uma estrutura absorvente 14 com uma expansão de volume predeterminada, controlada e/ou faseada da estrutura absorvente. Em uma forma de realização mais preferida, a estrutura absorvente 14 consiste de regiões de ligação secundária mais fracas 115’ na periferia da estrutura absorvente 14, permitindo uma expansão primária e fácil do material absorvente 110 adjacente às extremidades longitudinais e/ou finais da estrutura absorvente 14, desse modo criando barreiras de contenção ou antivazamento na estrutura absorvente 14. Essa construção particular de barreira interna incorporada tem grandes vantagens pré- utilização, durante a utilização e pós-utilização para a construção de fraldas ou calcinhas. Como mostrado nas Figuras 14, 15 e 16, as regiões de ligação secundária mais fracas 115’ afrouxam formando primeiramente barreiras ou diques 150, ao passo que as regiões de ligação secundária mais fortes 115’’ formam as barreiras ou diques secundários 151 que surgem só mais tarde. As regiões de ligação primária 111 resistentes formam canais 152 entre os primeiros diques 150 e/ou os diques secundários 151. Devido à diferença de tempo entre a formação dos primeiros diques 150 e os respectivos diques secundários 151, os primeiros diques 150 conterão o líquido dentro do produto, onde pode ser distribuído via os canais 152, e será adicionalmente armazenado e contido por diques secundários 151. Obviamente que são possíveis várias combinações.

[0217] Em outra forma de realização preferida, pelo menos uma das camadas transportadoras 101 ou camada auxiliar 102 é feita de um material elástico ou estirável, permitindo pelo menos uma primeira expansão de volume antes de a força de expansão gradualmente aumentada dos materiais absorventes 110 molhados e dilatados acomodar a quebra final das conexões secundárias 118 molhadas.

[0218] Em uma forma de realização preferida alternativa, a estrutura absorvente 14 consiste de uma estrutura em sanduíche com múltiplas camadas em que, à primeira estrutura em sanduíche de camada transportadora 101 - material absorvente 110 - camada auxiliar 102, foram adicionadas camadas suplementares de material absorvente 110 e/ou camadas complementares. Essas estruturas podem prover melhor desempenho de absorção de líquido retendo boa integridade do produto, em um estado seco e molhado.

[0219] A Figura 17 é uma perspectiva plana de topo de uma fralda 10 como uma forma de realização preferida de um artigo absorvente incluindo uma estrutura absorvente de acordo com a presente invenção. No entanto, deve ser entendido que a presente invenção também é aplicável a outros artigos absorventes, tais como pensos de higiene feminina, calcinhas para bebês, pensos para incontinência de adultos e afins.

[0220] O artigo absorvente está mostrado em seu estado plano e não contraído, com o lado do portador de frente para o espectador. Porções do artigo absorvente estão cortadas para mais claramente mostrar a estrutura subjacente da fralda 10, incluindo os elementos absorventes e componentes absorventes. O chassi 12 da fralda 10 na Figura 17 compreende o corpo principal da fralda 10. O chassi 12 compreende uma cobertura externa incluindo uma cobertura superior permeável a líquidos 18 e/ou uma cobertura inferior impermeável a líquidos 20. O chassi 12 pode incluir uma porção de uma estrutura absorvente 14 encerrada entre a cobertura superior 18 e a cobertura inferior 20. O chassi 12 também pode incluir a maior parte ou a totalidade da estrutura absorvente 14 encerrada entre a cobertura superior 18 e a cobertura inferior 20. De preferência, o chassi 12 também inclui painéis ou asas laterais 22, abas elásticas para as pernas 24 e características elásticas na cintura 26, em que cada uma das abas para as pernas 24 e das características elásticas da cintura 26 compreendem tipicamente membros elásticos 28. Uma porção de extremidade da fralda 10 é configurada como uma região frontal da cintura 30 da fralda 10. A porção de extremidade oposta é configurada como uma região traseira da cintura 32 da fralda 10. Uma porção intermédia da fralda 10 é configurada como uma região entrepernas 34, que se estende longitudinalmente entre a primeira e a segunda regiões de cintura 30 e 32. As regiões de cintura 30 e 32 podem incluir elementos elásticos, de modo que são reunidos em redor da cintura do portador provendo ajuste e contenção melhorados (por exemplo, característica elástica na cintura 26). A região entrepernas 34 é aquela porção da fralda 10 que, quando a fralda 10 é usada, fica geralmente posicionada entre as pernas do portador. A fralda 10 é representada com seu eixo longitudinal 36 e seu eixo transversal 38. A periferia da fralda 10 é definida pelas extremidades externas da fralda 10, nas quais as extremidades longitudinais 42 são geralmente paralelas ao eixo longitudinal 36 da fralda 10 e as extremidades finais 44 ficam entre as extremidades longitudinais 42 geralmente paralelas ao eixo transversal 38 da fralda. O chassi 12 também compreende um sistema de aperto, que pode incluir pelo menos um membro de aperto ou fixação 46 e pelo menos uma zona onde é efetivado esse aperto ou fixação 48. Os vários componentes da fralda 10 podem ser ligados, unidos ou fixados por qualquer método conhecido na área, por exemplo, mediante adesivos em camadas contínuas uniformes, camadas padronizadas ou séries de linhas, espirais ou manchas separadas. A cobertura superior 18, a cobertura inferior 20, a estrutura absorvente 14 e outros componentes podem ser montados em uma variedade de configurações bem conhecidas e são bem conhecidos na área.

[0221] A cobertura inferior 20 reveste a estrutura absorvente 14 e, de preferência, estende-se para além da estrutura absorvente 14 na direção das extremidades longitudinais 42 e extremidades finais 44 da fralda 10, e pode ser unida à cobertura superior 18. A cobertura inferior 20 evita que exsudados corporais absorvidos pela estrutura absorvente 14 e contidos na fralda 10 sujem outros artigos externos que possam contatar o portador, como lençóis de cama e roupa interior. Em formas de realização preferidas, a cobertura inferior 20 é substancialmente impermeável a exsudados corporais e compreende um laminado de um não-tecido e um filme fino de plástico, como um filme termoplástico. A cobertura inferior 20 pode compreender materiais respiráveis que permitem que vapor escape da fralda 10 mas que ainda evitam que exsudados corporais passem através da cobertura inferior 20. Pode ser semirrígida, não elástica e pode ser total ou parcialmente elástica e incluir suporte. As coberturas inferiores 20 podem ser montadas em uma variedade de configurações bem conhecidas e são bem conhecidas na área.

[0222] A fralda 10 compreende uma cobertura superior 18 que de preferência é macia, adaptada, exibe boa penetração e tem uma tendência reduzida para reumedecimento a partir do material absorvente de líquido. A cobertura superior 18 fica colocada próximo da pele do portador quando a fralda 10 é usada. Desse modo, essa cobertura superior 18 permite que exsudados corporais aí penetrem rapidamente, de modo a fluírem mais depressa para a estrutura absorvente 14, mas de preferência não permitindo que esses exsudados corporais fluam na direção contrária através da cobertura superior 18. A cobertura superior 18 pode ser construída a partir de qualquer um de uma grande variedade de materiais permeáveis a líquido e vapor, de preferência hidrofílicos. As superfícies superior e inferior da cobertura superior 18 podem ser tratadas de modo diferente e podem, por exemplo, incluir um surfactante na superfície superior, de modo a facilitar a transferência de líquido através da mesma, em especial em uma zona ou área central da cobertura superior 18 localizada sobre a estrutura absorvente 10, e, por exemplo, incluir um agente hidrofóbico na superfície inferior, para minimizar o umedecimento por contato, pelo líquido contido no núcleo absorvente, da cobertura superior 18, desse modo reduzindo valores de reumedecimento. A cobertura superior 18 também pode ser revestida com uma substância com propriedades de prevenção de erupções cutâneas ou de redução de erupções cutâneas (por exemplo, aloé vera). A cobertura superior 18 reveste substancialmente toda a área virada para o portador da fralda 10, incluindo substancialmente toda a região frontal da cintura 30, a região traseira da cintura 32, e região entrepernas 34. Além disso, os painéis laterais 22 e/ou camadas de características de cintura da região interna podem ser formados do mesmo material de cobertura superior simples e, assim, pode se dizer que são unitários com a cobertura superior 18 na formação de extensões longitudinais e laterais do material da cobertura superior 18. Em alternativa, a cobertura superior 18 pode ser formada de múltiplos materiais diferentes que variam ao longo da largura da cobertura superior 18. Esse planejamento em múltiplas peças permite a criação de propriedades preferidas e zonas diferentes da cobertura superior 18. A cobertura superior 18 pode ser semirrígida, não elástica e pode ser tornada total ou parcialmente elástica. A cobertura superior 18 pode ser montada em uma variedade de configurações bem conhecidas e é bem conhecida na área.

[0223] A estrutura absorvente 14 na Figura 17 é geralmente disposta entre a cobertura superior 18 e a cobertura inferior 20. A estrutura absorvente 14 pode compreender qualquer material absorvente 110 que seja geralmente compressível, conformável, não irritante para a pele do portador, e capaz de absorver e reter exsudados corporais. A estrutura absorvente 14 pode compreender uma grande variedade de materiais absorventes de líquido 110 habitualmente usados em artigos absorventes, como pasta "fluff", que geralmente é chamada de formada por via aérea. Exemplos de outros materiais absorventes adequados incluem enchimento celulósico crepado; polímeros formados via sopro; fibras celulósicas quimicamente endurecidas, modificadas ou reticuladas; papel-tecido, incluindo papéis de seda e laminados de papel-tecido; espumas absorventes; esponjas absorventes; materiais poliméricos absorventes; materiais gelificantes absorventes; ou quaisquer outros materiais absorventes conhecidos ou combinações de materiais. A estrutura absorvente 14 também pode compreender quantidades muito pequenas (tipicamente menos de 10 %) de materiais absorventes não líquidos, como adesivos, aglutinantes, plásticos, ceras, óleos e afins. A estrutura absorvente 14 de acordo com várias formas de realização da invenção pode ser configurada de modo a estender-se substancialmente por todo o comprimento e/ou largura da fralda 10. No entanto, em alternativa, a estrutura absorvente 14 de acordo com a invenção não é coextensiva com a totalidade da fralda 10 e fica limitada a certas regiões da fralda 10, como, por exemplo, a região entrepernas 34. Em várias formas de realização, a estrutura absorvente 14 estende-se até às extremidades da fralda 10 e o material absorvente 110 fica concentrado na região entrepernas 34 ou outra zona alvo da fralda 10. Ainda em outra forma de realização, as partículas podem consistir em uma combinação de material absorvente 110, de preferência compreendendo material polimérico absorvente, e partículas para o cuidado da pele, como resinas de troca iônica, desodorizantes, agentes antimicrobianos, partículas aglutinantes, ou outras partículas benéficas.

[0224] A fralda 10 também pode empregar um par de paredes de contenção ou abas 24. Cada aba 24 é uma estrutura de parede com extensão longitudinal de preferência posicionada de cada lado da estrutura absorvente 14 e espaçada lateralmente do eixo longitudinal 36. As extremidades longitudinais das abas 24 podem ser conectadas ou unidas, por exemplo, à cobertura superior 18 nas regiões de cintura frontal e traseira 30 e 32. De preferência, as extremidades das abas 24 are fixadas para dentro e conectadas, por exemplo, mediante adesivo ou ligação sônica, à estrutura inferior. Essa construção efetivamente enviesa as abas 24 para dentro e geralmente considera-se que faz com que as abas 24 exibam propriedades melhoradas de prevenção de vazamento. De preferência, as abas 24 são equipadas com membros elásticos 28, que se estendem ao longo de um comprimento substancial das abas 24. Em uma aplicação comum, os membros elásticos 28 são colocados no interior das abas 24, de preferência no topo da aba 24, enquanto em uma condição estirada e então são colados ou ligados de modo sônico à aba 24 pelo menos em suas extremidades. Quando liberados ou deixados relaxar, os membros elásticos 28 retraem-se para dentro. Quando a fralda 10 é usada, os membros elásticos 28 atuam contraindo as abas 24 em redor das nádegas e das coxas do portador de um modo tal que formam uma selagem entre a fralda 10, as nádegas e as coxas. As abas 24 podem ser montadas em uma variedade de configurações bem conhecidas e são bem conhecidas na área.

[0225] A fralda 10 também pode empregar camadas adicionais conhecidas na área, incluindo uma camada de aquisição ou camada de surto, de preferência situada entre a cobertura superior e o núcleo absorvente, e camadas de tecido alto felpudo e/ou material de cobertura. Isso serve para abrandar o fluxo, de modo que o líquido tenha um tempo adequado para ser absorvido pelo núcleo absorvente.

[0226] Para manter a fralda 10 no lugar em redor do portador, de preferência pelo menos uma porção da região traseira da cintura 32 é conectada, por meio de membros de aperto ou fixação 46, a pelo menos uma porção da região frontal da cintura 30, de preferência para formar aberturas para as pernas e uma cintura de artigo absorvente. Os membros de aperto ou fixação 46 transportam a carga de tração em redor da cintura do artigo absorvente e complementam os membros elásticos 28 ao proverem uma quasi-selagem entre o portador, a característica de cintura elástica 26 e abas 24, de modo que exsudados corporais ficam contidos no interior da fralda 10 e então são absorvidos. Por outras palavras, de modo a não ocorrer vazamento através de espaços entre o portador e a extremidade da fralda 10. Os membros de aperto ou fixação 46 podem, por exemplo, ser grampos adesivos, mecânicos, características em gancho e alça, cordões concebíveis e/ou combinações desses, isto é, qualquer coisa que fixe uma extremidade da fralda 10 à extremidade longitudinalmente oposta da fralda 10. Os membros de aperto ou fixação 46 também podem ser coadesivos, de modo que aderem entre si mas não a outros materiais. Os membros de aperto ou fixação 46 e qualquer componente respectivo podem incluir qualquer material adequado para essa utilização, incluindo mas não se limitando a plásticos, filmes, espumas, mantas não-tecidas, mantas tecidas, papel, laminados, plásticos reforçados com fibras e afins, ou combinações desses. Pode ser preferível que os materiais que constituem os membros de aperto ou fixação 46 sejam flexíveis, extensíveis e/ou elásticos, permitindo uma conformação melhor à forma e movimentos do corpo e, assim, reduzindo a probabilidade de o sistema de aperto irritar ou lesionar a pele do portador. De preferência, a fralda 10 é afixada no portador por grampos de fita que estão permanentemente afixados na cobertura inferior 20. Grampos de fita são contatados com o painel lateral ou asas transversalmente opostos 22, conectados ou unidos, e se estendendo desde a cobertura inferior 20, onde permanecem afixados devido ao composto de ligação aplicado nos grampos. Em alternativa, o artigo absorvente pode consistir em calcinhas e afins. Em essa configuração, o artigo absorvente pode ou não ter grampos de fita. Todavia, fitas descartáveis específicas também podem ser providas em esses artigos absorventes. Todos os elementos de aperto e fixação 46 podem ser montados em uma variedade de configurações bem conhecidas e são bem conhecidos na área.

[0227] Cada uma das regiões de cintura 30 e 32 compreende uma região central e um par de painéis laterais ou asas 22 que tipicamente compreendem as porções laterais externas das regiões de cintura. Esses painéis laterais 22 podem perfazer uma unidade com o chassi 12 e/ou cobertura inferior 20 ou podem ser conectados ou unidos àqueles por quaisquer meios conhecidos na área. Em uma forma de realização preferida da presente invenção, os painéis laterais 22 posicionados na região traseira da cintura 32 são flexíveis, extensíveis e/ou elásticos pelo menos na direção lateral (isto é, painéis laterais elásticos); em outra forma de realização, os painéis laterais 22 são não elásticos, semirrígidos, rígidos e/ou firmes. Essas variedades de painéis 22 são bem conhecidas na área.

[0228] Além disso, cintas 26 empregando membros elásticos podem ser posicionadas ao longo da porção transversal da fralda 10 de modo que, aquando da utilização, as cintas 26 ficam posicionadas ao longo da cintura do portador. Em geral, a cinta 26 cria, de preferência, uma selagem contra a cintura, de modo que não ocorre vazamento de exsudados corporais das regiões entre a cinta elástica 26 e a cintura do portador. Apesar de os exsudados corporais serem principalmente absorvidos pelos materiais absorventes contidos na fralda 10, a selagem é importante considerando que a agressão de líquido pelo portador pode ultrapassar a capacidade da taxa de absorção da estrutura absorvente 14. Assim, as cintas 26 contêm o líquido enquanto está sendo absorvido, e são bem conhecidas na área.

[0229] O artigo absorvente, como uma fralda 10, também pode incluir outras características, componentes e elementos afins conhecidos na área, incluindo painéis de asas frontais e traseiros, características de capa para a cintura, elásticos e afins, para prover melhor ajuste, contenção e características estéticas. Essas características podem ser montadas em uma variedade de configurações bem conhecidas e são bem conhecidas na área.

[0230] O processo de produção de estruturas absorventes preferidas de acordo com a presente invenção compreende as etapas seguintes: É provida uma camada transportadora 101, sobre a qual é disposto material absorvente 110 por métodos conhecidos na área. Para depositar o material absorvente 110 pode ser usado vácuo, gravidade ou outras forças. Então é provida uma camada auxiliar 102, que reveste o material absorvente 110, e são providas regiões de ligação primária 111 e regiões de ligação secundária 115. No caso de ser desejado usar adesivos ou aglutinantes químicos, então poderá ser útil conectá-los à camada transportadora 101 e/ou camada auxiliar 102 antes de montar toda a estrutura em sanduíche. No caso de a opção consistir em áreas de ligação termosseladas, então a termosselagem pode ser aplicada depois da montagem dos componentes da estrutura em sanduíche. Obviamente, também é possível combinar ambas as técnicas na mesma estrutura absorvente.

Claims

1. ARTIGO ABSORVENTE, em que o artigo absorvente é uma fralda para bebês, uma calça de bebê ou uma roupa de incontinência para adultos; em que o artigo absorvente compreende uma folha superior permeável aos líquidos, uma folha inferior impermeável aos líquidos, e uma estrutura absorvente compreendendo: - uma camada transportadora (101); - uma camada auxiliar (102); e - um material absorvente (110) compreendendo material de polímero absorvente provido entre a referida camada transportadora e a referida camada auxiliar; - em que conexões primárias permanentes (114) e conexões secundárias temporárias (118) unem, pelo menos parcialmente, a dita camada transportadora (101) e a camada auxiliar (102); - em que as conexões são formadas via um processo térmico, mecânico, termomecânico, de ligação química, adesivo, cura, e/ou ultrassônico permitindo que as conexões secundárias temporárias (118) sejam afrouxadas em resultado da exposição da referida estrutura absorvente a líquido, enquanto as conexões primárias permanentes (114) permanecem intactas de modo a proporcionar a estrutura absorvente com uma estrutura superficial de gestão de líquidos; caracterizado por - a primeira e a segunda ligações são configuradas para criar um primeiro e um segundo canal de guia de líquido longitudinal que se estendem em uma direção longitudinal da estrutura absorvente, e para criar um primeiro, um segundo e um terceiro aterros longitudinais que se estendem na direção longitudinal, quando a estrutura absorvente está em um estado úmido e inchado, em que o referido primeiro canal de guia de líquido longitudinal se prolonga entre o primeiro e o segundo aterramento longitudinal e o referido segundo canal de guia de líquido longitudinal se estende entre o segundo e o terceiro aterro longitudinal; e em que - as conexões secundárias (118) são desconectadas das conexões primárias (114).

2. ARTIGO ABSORVENTE, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo primeiro, segundo e terceiro dique longitudinal corresponder cada um com uma área compreendendo uma pluralidade de ligações secundárias discretas (118).

3. ARTIGO ABSORVENTE, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo primeiro, segundo e terceiro dique longitudinal corresponder cada um com uma área compreendendo uma pluralidade de ligações secundarias (118) com formatos redondos e/ou de pontos.

4. ARTIGO ABSORVENTE, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 3, caracterizado pela primeira (114) e segunda (118) ligações serem configuradas para criar um primeiro e um segundo canal de guia líquido lateral perto de uma primeira e uma segunda borda da extremidade da estrutura absorvente, de modo que é formado um dique periférico que compreende o primeiro e o terceiro dique longitudinal, quando a estrutura absorvente está em um estado húmido e dilatado.

5. ARTIGO ABSORVENTE, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 4, caracterizado pela estrutura absorvente compreender regiões não conectadas onde não há nenhuma ligação e/ou junção entre a camada transportadora (101) e camada auxiliar (102), em que o material absorvente (110) é posicionado nas regiões não conectadas.

6. ARTIGO ABSORVENTE, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 5, caracterizado pelo material absorvente (110) ser distribuído entre a camada transportadora (101) e a camada auxiliar (102) ao longo de um padrão do material absorvente, em que o padrão do material absorvente é conectado de modo contínuo.

7. ARTIGO ABSORVENTE, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 6, caracterizado pela distribuição em peso de material absorvente (110) ao longo da estrutura absorvente é perfilado, de modo que o material absorvente (110) mais relativo está presente perto do ponto da agressão líquida do artigo absorvente.

8. ARTIGO ABSORVENTE, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 7, caracterizado por um ou todas conexões secundarias temporária (118) serem formadas com um adesivo ou aglutinante como meio de conexão.

9. ARTIGO ABSORVENTE, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 8, caracterizado pelas segundas ligações (118) serem localizadas em regiões de ligação secundária, e as referidas regiões de ligação secundária consistem de regiões de ligação secundária mais fracas e regiões de ligação secundária mais fortes, onde as regiões de ligação secundaria mais fracas afrouxam mais rapidamente do que as regiões de ligação secundarias mais fortes.

10. ARTIGO ABSORVENTE, de acordo com a reivindicação 9, caracterizado pelas regiões de ligação secundarias mais fracas estarem posicionadas na periferia da estrutura absorvente permitindo uma expansão primaria e fácil do material absorvente (110) adjacente nas bordas longitudinais e/ou extremos da estrutura absorvente, criando barreiras de contenção ou anti-vazamento dentro da estrutura absorvente.

11. ARTIGO ABSORVENTE, de acordo com a reivindicação 10, caracterizado pela estrutura absorvente ser isenta de celulose.

12. ARTIGO ABSORVENTE, de acordo com a reivindicação 11, caracterizado por pelo menos 80% do material absorvente (110) ser material polimérico absorvente.

13. MÉTODO PARA A FABRICAÇÃO DE UMA ESTRUTURA ABSORVENTE, para utilização num artigo absorvente de preferência conforme definido em qualquer uma das reivindicações 1 a 12, o dito método compreendendo: - fornecer uma camada transportadora (101); - cobrir a camada transportadora (102) com um material absorvente (110); - cobrir o material absorvente (110) com uma camada auxiliar (102) que pode ser unida à camada transportadora (101); - unir a referida camada transportadora (101) e a referida camada auxiliar (102) pelo menos parcialmente juntas por conexões primárias permanentes (114) e conexões secundárias temporárias (118); em que as conexões são formadas pelo menos parcialmente através de um processo térmico, mecânico, termo-mecânico, de ligação química, de adesivo, de cura e/ou ultra-sônico, permitindo que as conexões secundárias temporárias (118) sejam afrouxadas como resultado da exposição da referida estrutura absorvente ao líquido enquanto que as ligações primárias permanentes (114) permanecem intactas de modo a proporcionar a estrutura absorvente com uma estrutura superficial de gestão de líquidos; caracterizado por - as ligações primárias e secundárias são formadas para criar um primeiro e um segundo canal de guia de líquido longitudinal que se estende na direção longitudinal da estrutura absorvente, e criar um primeiro, um segundo e um terceiro aterro longitudinal que se estendem na direção longitudinal, quando a estrutura absorvente está em um estado úmido e inchado, em que o referido primeiro canal de guia de líquido longitudinal se prolonga entre o primeiro e o segundo aterramento longitudinal e o referido segundo canal de guia de líquido longitudinal se estende entre o segundo e o terceiro aterro longitudinal; e em que -as conexões secundárias (118) são desconectadas das conexões primárias (114).