BR112019017264A2 - ruptura óptica seletiva induzida a laser em meio biológico - Google Patents

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Abstract

são revelados aparelhos e métodos para seletivamente proporcionar ruptura óptica induzida a laser (liob) de alvos absortivos em meios biológicos. por exemplo, pode-se usar liob como parte da terapia tecidual, tal como terapia cosmética associada à remoção de tatuagem. em certas implementações, um sistema para seletivamente proporcionar liob inclui um gerador de campo configurado para gerar um campo e aplicar o campo através de uma porção de um meio biológico. o sistema também inclui fonte uma fonte luminosa configurada para distribuir luz de laser à porção do meio biológico durante a aplicação do campo. a aplicação do campo ao meio biológico induz o movimento dos elétrons livres dentro da porção do meio biológico, que pode reduzir ou desacelerar a formação de vacúolos no meio biológico em resposta à luz de laser.

Description

“RUPTURA ÓPTICA SELETIVA INDUZIDA A LASER EM MEIO BIOLÓGICO”
REFERÊNCIA CRUZADA A PEDIDOS RELACIONADOS [001] O presente pedido reivindica o benefício do Pedido de Patente US Provisório N° 62/460,867, depositado em 19 de fevereiro de 2017, o qual é incorporado neste para fins de referência em sua totalidade.
CAMPO TÉCNICO [002] A presente revelação está relacionada, de maneira geral, a usos terapêuticos de um laser. Mais especificamente, mas não em sentido restritivo, a presente revelação diz respeito a sistemas, aparelhos e métodos para utilizar um campo, tal como um campo elétrico, um campo magnético, ou ambos, para seletivamente produzir ruptura óptica induzida a laser (LIOB) em um meio biológico.
ANTECEDENTES DA INVENÇÃO [003] Os lasers pulsados de alta potência vêm sendo utilizados para determinadas terapias há muitos anos. No contexto médico, geralmente se utiliza “laser” para designar uma fonte luminosa coerente usada no tratamento ou remoção de tecidos. Exemplos de terapias a laser pulsado incluem remoção de veias a laser, remoção de cabelos a laser, e remoção de tatuagens a laser. Cada uma dessas terapias geralmente envolve direcionar um laser a um meio biológico e pulsar o laser (por exemplo, um “feixe de laser” ou “luz de laser”) no meio biológico onde o feixe ou luz é absorvido por um alvo absortivo, tal como uma veia, folículo capilar ou partícula de pigmento de tatuagem, no meio biológico. Por exemplo, usando o comprimento de onda de luz apropriado, o laser pulsado pode levar à ablação das partículas de tinta da tatuagem na derme a partir da ruptura óptica induzida a laser (LIOB), que resulta no esmaecimento da tatuagem. Em outras terapias baseadas a laser, como na redução da flacidez da pele (“skin tightening”), o próprio meio biológico é o alvo absortivo. Quando o alvo absortivo está em um meio não-transparente, como um
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2/48 tecido, a ablação das partículas de pigmento é menos eficaz se comparado à ablação das partículas de pigmento em um meio transparente, como água.
[004] A ruptura óptica induzida a laser (LIOB) é a evolução catastrófica dos danos infligidos em um meio por um feixe de alta fluência de laser, o que resulta em uma avalanche de elétrons (por exemplo, um acúmulo de portadores livres em um tempo relativamente curto) e na formação de plasma. Este efeito é baseado na aceleração de elétrons livres para energias altas que causam colisões com outros átomos ou moléculas e resulta em portadoras livres secundários. Para ilustrar, o processo LIOB para ablação de partículas de pigmentos relacionado à remoção de tatuagens começa com um pequeno número de elétrons livres que ocorrem naturalmente no meio biológico, ou a partir dos que são gerados por ionização (por multifótons) induzida a laser ou através de uma via de iniciação térmica (ou seja, emissão termiônica). A avalanche de elétrons pode se desenvolver se esses elétrons forem capazes de ganhar energia suficiente a partir do feixe de laser do qual eles são capazes de ionizar átomos, resultando no aumento das colisões e na liberação adicional de íons e elétrons. A repetição do processo pode levar ao rápido acúmulo de elétrons livres. Como resultado, ocorre a “ionização em cascata” ou “avalanche de elétrons” que resulta na formação de um jato de plasma adjacente à superfície da partícula de pigmento.
[005] Quando o nível de ionização e formação de plasma se toma apreciável, a energia do laser recebido pode ser prontamente absorvida pelos elétrons livres no jato de plasma por meio das transições livre-livres no campo de íons. Esta absorção provoca o aquecimento intenso do plasma e, consequentemente, uma rápida expansão do jato de plasma na forma de uma onda de choque. Por causa disso, uma liberação de fótons visíveis aparece e o calor intenso gera a formação de um ou mais vacúolos (por exemplo, bolhas de cavitação por vapor) adjacentes à partícula de pigmento. O jato de plasma pode se formar no
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3/48 intervalo de um nanossegundo e os vacúolos (por exemplo, vacúolos dérmicos) se formam logo em seguida. Se os vacúolos forem grandes o suficiente, os vacúolos podem resultar na atenuação e dispersão do laser (blindagem do laser), cada um dos quais pode contribuir para uma perda da eficácia do laser durante uma terapia à base de laser.
[006] A Patente U.S. hP 5,149,406 descreve a supressão dos eventos LIOB pela extinção dos elétrons livres presentes em um meio gasoso transparente, nãocondutor, tal como um ambiente SFe. No entanto, diferentemente do meio gasoso transparente, não-condutor, para um meio biológico condutor obter uma tensão alta o suficiente para possibilitar a extinção dos elétrons livres, seria necessário um nível de corrente elétrica que seria perigoso ao paciente. Adicionalmente, a extinção dos elétrons livres em um meio biológico foi considerada inviável, pois se considerou que nenhum campo elétrico poderia ser gerado dentro de um meio condutor - isto é, sem nenhum campo elétrico, não havería força eletromotriz sobre os elétrons livres.
[007] Com referência às FIGS. 1A a 1C, exemplos ilustrativos de meios biológicos sujeitos a um tratamento de terapia a laser pulsado convencional são ilustrados. Cada uma das FIGS. 1A e 1B representa uma imagem histológica de um local tatuado após o tratamento com laser. Especificamente, a FIG. 1A mostra uma biópsia do tecido da derme retirado dentro de em um minuto do tratamento com laser e a FIG. 1B mostra uma biópsia do tecido da derme retirado imediatamente após o tratamento com uma fluência de 9,0 J/cm2 A FIG. 1C representa um exemplo do “embranquecimento” do tratamento com laser de nanossegundo de uma tatuagem.
[008] Com referência às FIGS. 1A e 1B, as imagens histológicas mostram exemplos de vacúolos (por exemplo, vacúolos dérmicos) que podem se formar em um meio biológico como resultado de uma LIOB causada por um laser pulsado. Por exemplo, quando um laser pulsado é usado para afetar um alvo absortivo em um
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4/48 meio biológico, tal como uma aglomeração de pigmentos de tatuagem 104 no tecido da derme, os eventos da LIOB podem resultar na formação de pelo menos dois tipos diferentes de vacúolos que podem ser caracterizados por sua localização dentro da derme. Os diferentes tipos de vacúolos podem incluir “vacúolos de partículas” 100 e “vacúolos remotos” 102.
[009] Um pulso de laser em uma aglomeração de pigmentos de tatuagem 104 (por exemplo, um alvo absortivo) pode produzir um evento LIOB na superfície da aglomeração de pigmentos 104. O evento LIOB resulta em danos por ablação ao alvo absortivo e na formação de um vacúolo de vapor - isto é, um “vacúolo de partículas” 100 - localizados imediatamente adjacente ao alvo absortivo no lado que está mais próximo da fonte de laser pulsado. Os vacúolos de partículas 100 são tipicamente grandes, de formato assimétrico, e geralmente aparecem adjacentes às partículas de pigmentos. Além dos vacúolos de partículas 100, vacúolos adicionais chamados de “vacúolos remotos” 102 - podem se formar nos meios biológicos (por exemplo, derme, tecido adiposo, muscular, etc.) distantes ou remotos em relação às partículas de pigmento, fazendo com que os vacúolos remotos 102 não pareçam estar diretamente associado às superfícies de partículas de pigmentos. Os vacúolos remotos 102 são tipicamente menores e podem parecer mais esféricos do que os vacúolos de partículas 100.
[010] Nota-se que, embora as terapias à base de laser nos meios biológicos sem alvos absortivos (por exemplo, partículas de pigmentos) tipicamente não gerem vacúolos remotos 102, quando um alvo absortivo (por exemplo, partículas de pigmento) está presente no meio biológicos, vacúolos remotos 102 podem ser gerados. Para ilustrar, um evento de LIOB na superfície das partículas de pigmentos pode atuar como uma fonte de elétrons livres dentro do meio (por exemplo, derme, tecido adiposo, muscular, etc.). Vacúolos remotos 102 podem se formar quando fótons de luz de laser pulsado interagem com os elétrons livres, resultando em uma
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5/48 cascata em avalanche de elétrons livres e na formação de uma bolha de plasma que leva à produção de vapor, e, assim, do vacúolo remoto 102.
[011] Referindo-se à FIG. 1C, um exemplo de uma tatuagem preta que foi tratada com laser pulsado é ilustrado. A ablação das partículas de pigmentos resulta dos eventos de LIOB na superfície das partículas de pigmento que resulta na geração de vacúolos epidérmicos e dérmicos (isto é, “embranquecimento”) na pele.
[012] Tanto os vacúolos de partículas 100 quanto os vacúolos remotos 102 causam a blindagem a laser do alvo absortivo, resultando na atenuação e dispersão do laser, que resulta em redução da eficácia do laser contra o alvo absortivo. Consequentemente, como resultado dos vacúolos (por exemplo, dos vacúolos remotos 120), somente uma porcentagem da energia inicial do laser alcança seu alvo original, sendo ineficazes quaisquer tentativas de repetir imediatamente tratamentos com laser pulsado da tatuagem embranquecida. O tempo de absorção dos vacúolos no tecido circundante pode levar desde minutos até horas. Adicionalmente, os eventos de LIOB que ocorrem em meios biológicos são altamente destrutivos para as estruturas celulares circundantes. Por exemplo, a liberação de calor e o dano por onda de impacto às células no e em tomo do local de tratamento do meio biológico podem resultar em vasculite necrosante, que, por sua vez, resulta em danos significativos ao colágeno e na formação de casca epidérmica em 24 a 48 horas após o tratamento com laser. Em uma tentativa de neutralizar esse dano, a fluência do laser durante uma sessão de tratamento pode ser reduzida ou limitada, o que reduz a eficácia geral do tratamento. Os tratamentos com laser pulsado repetidos da pele tatuada é ineficaz sem tempos de repouso significativos entre as sessões de tratamento com laser para permitir que o vacúolo seja absorvido pelo tecido circundante e/ou para permitir a recuperação dos danos causados à pele (por exemplo, formação de casca epidérmica). Adicionalmente, como resultado dos vacúolos que se formam durante uma terapia à base de laser (por exemplo, uma
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6/48 sessão de remoção de tatuagem), os profissionais têm dificuldades em obter o efeito terapêutico máximo desejado a partir de e/ou oferecer tratamentos com laser pulsado repetidos para um local específico no meio biológico durante uma única sessão de tratamento. Portanto, a conclusão da terapia a laser em uma única sessão de tratamento geralmente não é viável devido à presença desses vacúolos que formam uma blindagem ao laser.
SUMÁRIO [013] A presente revelação inclui exemplos de métodos, aparelhos e sistemas para proporcionar ruptura óptica seletiva induzida a laser (LIOB) em um meio biológico, tal como um meio biológico condutivo. Por exemplo, a LIOB pode ser usada como parte da terapia tecidual, tal como a terapia cosmética associada à remoção de tatuagem, em que a LIOB é direcionada a um alvo absortivo (por exemplo, partículas de pigmentos de tatuagem) dentro de um meio biológico. Durante a terapia tecidual, um campo, tal como um campo eletrostático (por exemplo, alta tensão com corrente mínima), é aplicado ou gerado em um meio biológico, desse modo inibindo a LIOB do próprio meio biológico ao mesmo tempo em que permite a LIOB seletiva no alvo absortivo. Por exemplo, o campo pode inibir a formação de vacúolos remotos ao mesmo tempo em que permite a formação de vacúolos de partículas associados a uma aglomeração de pigmentos. Para ilustrar, quando um local de tatuagem é tratado com um laser pulsado, a ablação das partículas de pigmento faz com que as condições condutivas da derme se tomem instáveis, fazendo com que, quando o campo (por exemplo, o campo eletrostático) é aplicado à derme, a força eletromotriz interna atue movendo os elétrons livres. Os elétrons livres podem ser movidos (por exemplo, dispersos) a partir da trajetória do pulso de laser, reduzindo assim a concentração dos elétrons livres e, dessa forma, inibindo a formação de vacúolos remotos ao mesmo tempo em que permite a formação de vacúolos de partículas.
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7/48 [014] Os presentes métodos, aparelhos e sistemas podem, dessa forma, reduzir e/ou limitar a formação de vacúolos remotos se comparado às técnicas convencionais em que um laser de pulso é aplicado sem a aplicação de um campo (por exemplo, um campo eletrostático). Por conseguinte, a eficácia do laser contra um alvo absortivo é maior do que quando o campo é aplicado se comparado às técnicas convencionais quando nenhum campo é aplicado. Uma vez que a aplicação do campo reduz e/ou limita a formação de vacúolos remotos, os tratamentos com laser sobre a mesma área de tratamento pode ser realizada em sucessão rápida e de maneira eficaz nas áreas de tatuagem embranquecidas, e/ou sem impactar negativamente as estruturas celulares circundantes. Adicionalmente, a fluência do laser durante uma sessão de tratamento não precisa ser reduzida ou limitada, o que permite que um efeito terapêutico maior desejado seja realizado durante uma única sessão de tratamento se comparado às técnicas convencionais. Por ter uma sessão de tratamento que é mais eficaz se comparado às técnicas convencionais, um paciente precisa passar por um número total de tratamentos menor, e, dessa forma, experimenta menos desconforto e uma duração de tratamento mais curta.
[015] Em algumas modalidades, a ruptura óptica seletiva induzida a laser em um meio biológico condutor almeja um alvo absortivo dentro do meio biológico condutor. Em algumas modalidades, um campo elétrico é gerado em um meio biológico, dessa forma inibindo a ruptura óptica induzida a laser do próprio meio biológico, ao mesmo tempo possibilitando a ruptura óptica seletiva induzida a laser no alvo absortivo. Uma fonte de tensão com alta tensão e baixa corrente pode fornecer um campo eletrostático suficiente para ser usado em um meio biológico condutor para seletivamente proporcionar a LIOB.
[016] Se filmes dielétricos (ou isolantes) forem colocados entre as placas positiva e negativa de uma fonte de tensão com um meio condutivo (por exemplo, água salgada) entre esses filmes isolantes, não haverá campo elétrico residente no
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8/48 meio condutivo. A polarização das cargas elétricas dentro do material dielétrico cria um campo elétrico interno que reduz o campo geral dentro do próprio filme dielétrico. Portanto, não existe campo elétrico no meio condutor entre as placas cobertas dielétricas. No entanto, se um meio condutor compreender uma mistura complexa de moléculas dielétricas e polares - tal como um meio biológico, como a pele - e for adicionalmente perturbado por uma fonte de alta energia, tal como um laser, com isso gerando elétrons livres, íons e plasmas, o meio condutor eletricamente se torna parte dos isolares dielétricos sobre as placas de tensão. Neste cenário, os campos elétricos podem ser induzidos, gerando força eletromotriz suficiente para mover os elétrons livres dentro dos meios biológicos.
[017] Sob condições normais, estáveis, os meios biológicos são tipicamente condutores. Quando colocados em um campo eletrostático, um meio condutor não deverá produzir nenhum campo elétrico interno. Como resultado, sem nenhum campo elétrico, não existe nenhuma força eletromotriz para mover os elétrons livres dentro do meio biológico. No entanto, quando tratado com um laser pulsado, o meio biológico condutor brevemente é capaz de produzir forças eletromotrizes internas que atuam para mover elétrons livres dentro do meio biológico. Isto resulta das condições estáveis normais do meio biológico se tomarem instáveis quando tratadas com um laser. Perturbações nas células dentro do meio biológico a partir do pulso de laser resultam em distúrbios localizados na condutividade iônica. Como resultado, o meio condutivo atua como um material dielétrico por um breve período de tempo. Isso, por sua vez, permite que um campo eletrostático induza brevemente um campo elétrico dentro do meio biológico, fazendo com que os elétrons livres sejam afetados por uma força eletromotriz dentro do meio biológico.
[018] Em algumas implementações, um sistema para seletivamente proporcionar LIOB inclui um gerador de campo configurado para gerar um campo e aplicar o campo através de uma porção de um meio biológico. O gerador de campo
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9/48 pode incluir uma pluralidade de eletrodos, uma bobina magnética, um eletreto ou uma combinação dos mesmos. O sistema também inclui uma fonte luminosa, tal como um laser pulsado (por exemplo, um laser QS) configurado para distribuir luz de laser à porção do meio biológico durante a aplicação do campo. A aplicação do campo ao meio biológico pode induzir o movimento dos elétrons livres dentro da porção do meio biológico que pode reduzir ou desacelerar a formação de vacúolos no meio biológico em resposta à luz de laser.
[019] Em um aspecto, a fonte luminosa e o gerador de campo podem ser integrados em um único dispositivo. Em algumas implementações, o gerador de campo é configurado para ser acoplado à fonte luminosa de maneira removível. Em outro aspecto, a fonte luminosa pulsa o feixe de laser entre pelo menos dois eletrodos isolados que fazem parte de um dispositivo auxiliar (por exemplo, o gerador de campo). Durante cada pulso de laser, aplica-se alta tensão (1kV a 5kV) ao longo dos eletrodos para criar um campo eletrostático no local do tratamento. Devido a este campo, os elétrons livres emitidos para a derme durante o evento de LIOB das partículas podem ser rapidamente arrastados para fora da trajetória do feixe de laser. Esta remoção dos elétrons livres ajuda a impedir o início de LlOBs dérmicas sem afetar a ablação a laser da partícula de pigmento. Como resultado, os vacúolos remotos e os danos dérmicos acompanhantes são reduzidos consideravelmente.
[020] Em algumas implementações, o sistema também inclui um dispositivo de cabeçote. O dispositivo de cabeçote pode ser configurado para entrar em contato com uma superfície do meio biológico. Em algumas implementações, o dispositivo de cabeçote inclui o gerador de campo e/ou é acoplado fisicamente à fonte luminosa. Adicionalmente, ou como alternativa, o dispositivo de cabeçote pode incluir um cabeçote a vácuo configurado para aplicar sucção a uma parte do meio biológico, uma janela através da qual a luz pode chegar ao meio biológico, ou
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10/48 ambos.
[021] Algumas modalidades dos presentes aparelhos (por exemplo, para proporcionar terapia tecidual com cosméticos) compreendem: um gerador de campo configurado para gerar um campo e para aplicar o campo através de uma porção de um meio biológico; e uma fonte luminosa configurada para distribuir luz de laser à porção do meio biológico durante a aplicação do campo. Em algumas de tais modalidades, o gerador de campo é configurado para aplicar o campo ao meio biológico para induzir o movimento dos elétrons livres dentro da porção do meio biológico, e a distribuição da luz de laser à porção do meio biológico proporciona a ruptura óptica das partículas de pigmento do tecido.
[022] Em algumas modalidades, o gerador de campo compreende uma pluralidade de eletrodos configurados para fornecer o campo através da pluralidade de eletrodos, e em que o campo compreende um campo elétrico. Em algumas de tais modalidades, a pluralidade de eletrodos compreende um primeiro eletrodo e um segundo eletrodo, o primeiro eletrodo inclui uma superfície eletricamente condutiva configurada para entrar em contato com o meio biológico, e o segundo eletrodo é configurado para ser eletricamente isolado em relação ao meio biológico. Adicionalmente, ou como alternativa, o gerador de campo compreende uma bobina magnética, e o campo compreende um campo magnético. Adicionalmente, ou como alternativa, o gerador de campo compreende um eletreto, e o campo compreende um campo elétrico. Em uma modalidade específica, o eletreto é transparente.
[023] Em algumas modalidades, a fonte luminosa compreende um laser pulsado. Em algumas de tais modalidades, a fonte luminosa é configurada para distribuir o feixe de laser com uma taxa de pulso de pelo menos 1 Hz e uma fluência de 0,5 J/cm2 a 20 J/cm2 Em outras de tais modalidades, a fonte luminosa é configurada para distribuir o feixe de laser com uma taxa de pulso de pelo menos 1 Hz e uma fluência de 3,5 J/cm2 a 9 J/cm2.
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11/48 [024] Em algumas modalidades, os presentes aparelhos adicionalmente compreendem uma fonte de alimentação configurada para ser eletricamente acoplada ao gerador de campo, à fonte luminosa, ou a ambos. A fonte de alimentação pode ser configurada para fornecer uma tensão elétrica ao gerador de campo dentro de um intervalo de 500 a 500.000 volts ou -500 a -500.000 volts. Em outras implementações, a fonte de alimentação pode ser configurada para fornecer uma tensão elétrica ao gerador de campo dentro de um intervalo de 1.200 a 5.000 volts ou -1.200 a -5.000 volts. Adicionalmente, ou como alternativa, os presentes aparelhos adicionalmente compreendem uma sonda configurada para ser acoplada à fonte de alimentação, em que a sonda inclui o gerador de campo e a fonte luminosa. Em algumas modalidades, o gerador de campo é configurado para ser acoplado à fonte luminosa de maneira removível.
[025] Em algumas modalidades, os presentes aparelhos adicionalmente compreendem um dispositivo de cabeçote configurado para entrar em contato com uma superfície do meio biológico. Em algumas de tais modalidades, o dispositivo de cabeçote inclui o gerador de campo, o dispositivo de cabeçote é fisicamente acoplado à fonte luminosa, o dispositivo de cabeçote inclui uma janela através da qual a luz pode chegar à porção do meio biológico, ou uma combinação dos mesmos. Nas modalidades em que o dispositivo de cabeçote inclui a janela, a janela pode incluir um eletreto. Adicionalmente, ou como alternativa, o dispositivo de cabeçote compreende um cabeçote de vácuo configurado para ser conectado a uma fonte de vácuo e para aplicar sucção à porção do meio biológico, o cabeçote de vácuo configurado para permitir que a luz chegue à porção do meio biológico durante a aplicação da sucção.
[026] Algumas modalidades dos presentes aparelhos (por exemplo, para proporcionar terapia tecidual) compreendem: uma fonte de tensão; e uma pluralidade de eletrodos configurados para fornecer um campo elétrico através da
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12/48 pluralidade de eletrodos; em que a fonte de tensão é eletricamente conectada aos eletrodos; em que um primeiro dos eletrodos compreende uma superfície eletricamente condutora configurada para entrar em contato com o meio biológico, e um segundo dos eletrodos é configurado para não conduzir corrente para o meio biológico; e em que a pluralidade de eletrodos é configurada para aplicar o campo elétrico a uma porção de um meio biológico de modo que os elétrons livres sejam afetados na porção do meio biológico. Em algumas modalidades, a pluralidade de eletrodos é configurada para aplicar o campo elétrico a uma porção de um meio biológico de modo que os elétrons livres sejam movidos na porção do meio biológico. Em algumas modalidades, o campo elétrico é um campo elétrico negativo. Em algumas modalidades, o segundo dos eletrodos é espaçado do meio biológico ou incluir um material eletricamente isolante configurado para impedir a condução elétrica entre o segundo eletrodo e o meio biológico.
[027] Algumas modalidades dos presentes aparelhos adicionalmente compreendem: um cabeçote de vácuo configurado para ser conectado a uma fonte de vácuo; em que a pluralidade de eletrodos está contida dentro do cabeçote de vácuo; em que o cabeçote de vácuo é configurado para aplicar sucção à porção do meio biológico; e em que o cabeçote de vácuo é configurado para permitir que a luz chegue à porção do meio biológico quando se aplica sucção. Em algumas modalidades, o cabeçote de vácuo compreende uma janela através da qual a luz pode chegar à porção do meio biológico. Em algumas modalidades, a fonte de vácuo à qual o cabeçote de vácuo é configurado para ser conectado é um sistema de vácuo central. Em algumas modalidades, o cabeçote de vácuo é descartável.
[028] Algumas modalidades dos presentes aparelhos adicionalmente compreendem: um sistema de laser terapêutico configurado para distribuir um feixe de laser através da janela para a porção do meio biológico; em que o feixe de laser tem um eixo; e em que o campo elétrico aplicado à porção do meio biológico,
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13/48 quando se aplica sucção à porção do meio biológico pelo cabeçote de vácuo, é perpendicular ao eixo do feixe de laser. Em algumas modalidades, o sistema de laser terapêutico inclui um laser pulsado. Em algumas modalidades, o sistema de laser terapêutico é configurado para distribuir luz de laser à porção do meio biológico; a pluralidade de eletrodos se estende a partir do sistema de laser terapêutico; e a pluralidade de eletrodos é configurada para fornecer o campo elétrico quando o sistema de laser terapêutico é posicionado para distribuir a luz de laser para a porção do meio biológico.
[029] Algumas modalidades dos presentes aparelhos adicionalmente compreendem: uma bobina magnética; em que a fonte de tensão é adicionalmente configurada para fornecer energia à bobina magnética; e em que a bobina magnética, quando assim alimentada, é configurada para induzir um campo magnético na porção do meio biológico.
[030] Algumas modalidades dos presentes sistemas utilizam um eletreto, em vez de ou em acréscimo aos eletrodos e à fonte de tensão, para fornecer um campo elétrico. Algumas de tais modalidades compreendem: um eletreto configurado para fornecer um campo elétrico; em que o eletreto é configurado para aplicar o campo elétrico para uma porção de um meio biológico de modo que os elétrons livres sejam afetados na porção do meio biológico. Em algumas modalidades, o eletreto é configurado para aplicar o campo elétrico a uma porção de um meio biológico de modo que os elétrons livres sejam movidos na porção do meio biológico. Para ilustrar, os elétrons livres podem ser removidos da porção do meio biológico, como um exemplo ilustrativo, não-limitante. Em algumas modalidades, o eletreto é transparente. Em algumas modalidades, o eletreto é configurado para ser espaçado do meio biológico ou inclui um material eletricamente isolante configurado para impedir a condução elétrica entre o eletreto e o meio biológico. Em algumas modalidades, o eletreto é configurado para entrar em contato com o material
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14/48 biológico. Algumas modalidades adicionalmente compreendem: um sistema de laser terapêutico configurado para distribuir um feixe de laser à porção do meio biológico; em que o eletreto é configurado para permitir a transmissão do feixe de laser através do eletreto; e em que o sistema de laser terapêutico é adicionalmente configurado para distribuir o feixe de laser à porção do meio biológico pela transmissão do feixe de laser através do eletreto.
[031] Algumas modalidades dos presentes métodos compreendem: atuar um sistema de geração de campo elétrico para aplicar um campo elétrico através de uma porção de um meio biológico; e distribuir luz de laser à porção do meio biológico. Em algumas modalidades, o sistema de geração de campo elétrico inclui um eletreto. Em algumas modalidades, o campo elétrico aplicado através da pluralidade de eletrodos é um campo elétrico negativo. Em algumas modalidades, o campo elétrico aplicado através da pluralidade de eletrodos é um campo elétrico positivo.
[032] Algumas modalidades dos presentes métodos compreendem: atuar um gerador de campo para gerar um campo; aplicar o campo através de uma porção de um meio biológico; e distribuir luz de laser proveniente de uma fonte luminosa à porção do meio biológico durante a aplicação do campo. Em algumas de tais modalidades, aplicar o campo inclui mover elétrons livres dentro da porção do meio biológico. Adicionalmente, ou como alternativa, os presentes métodos podem adicionalmente compreender, antes de atuar o gerador de campo, posicionar o gerador de campo adjacente ao meio biológico em uma primeira localização; e, antes de distribuir a luz de laser, posicionar a fonte luminosa em relação à porção do meio biológico para distribuir a luz de laser para a porção.
[033] Em algumas modalidades, os presentes métodos adicionalmente compreendem proporcionar ruptura óptica das partículas de pigmento do tecido. Adicionalmente, ou como alternativa, os presentes métodos podem adicionalmente
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15/48 compreender colocar um cabeçote de vácuo em contato com uma superfície do meio biológico; e aplicar uma pressão negativa ao cabeçote de vácuo para estabilizar pelo menos a porção do meio biológico, em que pelo menos a porção do meio biológico é estabilizada durante a distribuição da luz de laser para a porção.
[034] Em algumas modalidades, os presentes métodos adicionalmente compreendem, após distribuir a luz de laser: posicionar o gerador de campo adjacente ao meio biológico em uma segunda localização; posicionar a fonte luminosa em relação a outra porção do meio biológico; atuar o gerador de campo para gerar outro campo; aplicar o outro campo através da outra porção do meio biológico; e distribuir luz de laser adicional a partir da origem de luz para a outra porção do meio biológico durante a aplicação do outro campo.
[035] Algumas modalidades dos presentes métodos compreendem: colocar um cabeçote de vácuo contendo uma pluralidade de eletrodos em contato com a superfície de um meio biológico, em que a pluralidade de eletrodos são espaçados uns dos outros, um primeiro dos eletrodos compreende uma superfície eletricamente condutiva entrando em contato com o meio biológico, e um segundo dos eletrodos configurados para não conduzir corrente para o meio biológico; aplicar uma pressão negativa ao cabeçote de vácuo para estabilizar o meio biológico; aplicar um potencial elétrico através da pluralidade de eletrodos criando um campo elétrico no meio biológico; e distribuir luz de laser ao meio biológico em um ponto entre a pluralidade de eletrodos. Em algumas modalidades, o segundo dos eletrodos é espaçado do meio biológico ou é separado do meio biológico por um material eletricamente isolante.
[036] Algumas modalidades dos presentes métodos compreendem: colocar uma pluralidade de eletrodos em relação a uma superfície de um meio biológico de modo que os eletrodos sejam espaçados um do outro, uma superfície eletricamente condutiva de um primeiro dos eletrodos entra em contato com o meio biológico, e um
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16/48 segundo dos eletrodos é configurado para não conduzir corrente para o meio biológico; aplicar um potencial elétrico através da pluralidade de eletrodos para criar um campo elétrico no meio biológico; e distribuir luz de laser para o meio biológico em um ponto entre a pluralidade de eletrodos. Em algumas modalidades, o segundo dos eletrodos é espaçado do meio biológico ou é separado do meio biológico por um material eletricamente isolante. Em algumas modalidades, o potencial elétrico aplicado através da pluralidade de eletrodos é um potencial elétrico negativo. Em algumas modalidades, o potencial elétrico aplicado através da pluralidade de eletrodos é um potencial elétrico positivo. Em algumas modalidades, o feixe de laser distribuído no espaço entre a pluralidade de eletrodos é um feixe de laser pulsado.
[037] Como utilizadas aqui, diversas terminologias servem ao propósito de descrever implementações específicas, não tendo a intenção de limitar as implementações. Por exemplo, como utilizado aqui, um termo ordinal (por exemplo, “primeiro”, “segundo”, “terceiro”, etc.) usado para modificar um elemento, tal como uma estrutura, um componente, uma operação, etc., não indica, por si mesmo, nenhuma prioridade ou ordem do elemento com relação a outro elemento, mas, em vez disso, meramente distingue o elemento de outro elemento contendo um mesmo nome (mas para uso do termo ordinal). O termo “acoplado” é definido como conectado, embora não necessariamente de forma direta, e não necessariamente por meio mecânicos; dois itens que são “acoplados” podem ser unitários um com o outro. Os termos “um” e uma são definidos como um ou vários, a menos que seja explicitado de outra maneira por esta revelação. O termo “substancialmente” é definido como em grande parte, mas não necessariamente inteiramente o que é especificado (e inclui o que é especificado; por exemplo, substancialmente 90 graus inclui 90 e substancialmente paralelo inclui paralelo), como entenderão os especialistas da área. Em qualquer modalidade revelada, os termos “substancialmente”, “aproximadamente” e “cerca de” podem ser substituídos por
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17/48 “dentro de [uma porcentagem] do que é especificado, em que a porcentagem inclui 0,1, 1, 5 e 10 por cento. A expressão “e/ou” significa e ou. Para ilustrar, A, B e/ou C inclui: somente A, somente B, somente C, uma combinação de A e B, uma combinação de A e C, uma combinação de B e C, ou uma combinação de A, B e C. Em outras palavras, e/ou opera como um ou inclusive. Nas modalidades reveladas, o termo “adjacente” é em geral definido como localizado imediatamente adjacente ao alvo absortivo no lado que está mais próximo do laser pulsado.
[038] Os termos “compreender” (e qualquer derivação, como “compreende(m)” e “compreendendo”), “possuir” (e qualquer derivação deste, como “possui(em)” e “possuindo”), “inclui” (e qualquer derivação deste, como “inclui(em)” e “incluindo”) e “conter” (e qualquer derivação deste, como contém(êm) e contendo) são verbos de ligação abertos. Como resultado, um sistema ou aparelho que “compreende”, “possui”, “inclui” ou “contém” um ou mais elementos possui esses um ou mais elementos, mas não se limita a possuindo somente esses elementos. De forma similar, um método que “compreende”, “possui”, inclui ou “contém” uma ou mais etapas possui essas uma ou mais etapas, mas não se limita a possuir somente essas uma ou mais etapas.
[039] Qualquer um dos presentes sistemas, aparelhos e métodos aqui descritos pode consistir de ou consistir essencialmente de - em vez de compreender / incluir / conter / possuir - qualquer uma das etapas, elementos e/ou aspectos descritos. Dessa forma, em qualquer uma das reivindicações, o termo “consistindo de” ou “consistindo essencialmente de” pode ser substituído por qualquer um dos verbos de ligação abertos mencionados acima, de modo a modificar o escopo de uma dada reivindicação em relação ao que normalmente seria usando o verbo de ligação aberto. Adicionalmente, será entendido que o termo “em que” pode ser usado de forma intercambiável com “onde”.
[040] Além disso, um dispositivo, sistema ou estrutura (por exemplo, um
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18/48 componente de um aparelho) que é configurado de uma certa maneira é configurado pelo menos dessa maneira, mas também pode ser configurado de outras maneiras além das descritas especificamente. O aspecto ou aspectos de uma modalidade podem ser aplicados a outras modalidades, ainda que não descritas ou ilustradas, a menos que proibido explicitamente pela presente revelação ou pela natureza das modalidades.
[041] Alguns detalhes associados às modalidades são descritos acima, e outros são descritos abaixo. Nem todas as modalidades da presente revelação incluem um ou mais dos aspectos descritos. Outras implementações, vantagens, aspectos e características da presente revelação se tomarão aparentes após análise do pedido na íntegra, inclusive as seguintes seções: Breve Descrição dos Desenhos, Descrição Detalhada e Reivindicações.
BREVE DESCRIÇÃO DOS DESENHOS [042] Os desenhos a seguir ilustram a título de exemplo e não de limitação. Em prol da concisão e da clareza, nem sempre todos os aspectos de uma dada estrutura são rotulados em cada figura na qual tal estrutura aparece. Números de referência idênticos não indicam necessariamente uma estrutura idêntica. Em vez disso, o mesmo número de referência pode ser usado para indicar um aspecto ou caraterística similar com funcionalidade similar, assim como podem os números de referência não-idênticos. As figuras são desenhadas em escala real (salvo indicação em contrário), o que significa que as dimensões dos elementos representados são precisas em relação umas às outras para pelo menos a modalidade representada nas figuras.
[043] As FIGS. 1A e 1B representam imagens histológicas da derme tatuada tratada com laser demonstrando vacúolos de partículas e vacúolos remotos.
[044] A FIG. 1C é uma fotografia do embranquecimento da formação de vacúolo epidérmico e dérmico a partir do tratamento com laser de nanossegundo de
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19/48 uma tatuagem.
[045] A FIG. 2 representa um diagrama de blocos de um exemplo de um sistema para tratamento de uma porção de um meio biológico.
[046] A FIG. 3 representa um diagrama de blocos de um exemplo de um aparelho que inclui uma pluralidade de eletrodos e que é configurado para seletivamente induzir LIOB a um alvo absortivo em um meio biológico.
[047] As FIGS. 4A e 4B representam uma vista isométrica explodida e uma vista isométrica (respectivamente) de um primeiro exemplo de um cabeçote de vácuo de um aparelho para seletivamente induzir LIOB a um alvo absortivo em um meio biológico.
[048] A FIG. 4C é uma fotografia de um segundo exemplo de um cabeçote de vácuo de um aparelho para seletivamente induzir LIOB para um alvo absortivo em um meio biológico.
[049] A FIG. 5 representa um diagrama de blocos de um exemplo de um aparelho que inclui uma bobina magnética e que é configurado para seletivamente induzir LIOB a um alvo absortivo em um meio biológico.
[050] A FIG. 6A representa uma vista isométrica de um primeiro exemplo de um aparelho que inclui uma pluralidade de eletrodos e uma ponta de laser e que é configurado para seletivamente induzir LIOB a um alvo absortivo em um meio biológico.
[051] A FIG. 6B representa uma vista isométrica de um segundo exemplo de um aparelho que inclui uma pluralidade de eletrodos e uma ponta de laser e que é configurado para seletivamente induzir LIOB a um alvo absortivo em um meio biológico.
[052] A FIG. 7 representa um diagrama de blocos de um exemplo de um aparelho que inclui um eletreto e que é configurado para seletivamente induzir LIOB a um alvo absortivo em um meio biológico.
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20/48 [053] A FIG. 8 é uma fotografia de um exemplo de um aparelho que inclui uma pluralidade de eletrodos isolados e que é configurada para seletivamente induzir LIOB a um alvo absortivo em um meio biológico.
[054] A FIG. 9 é um fluxograma de um exemplo ilustrativo de um método para seletivamente induzir LIOB para um alvo absortivo em um meio biológico.
[055] A FIG. 10 é um fluxograma de um exemplo ilustrativo de um método para usar um cabeçote de vácuo para seletivamente induzir LIOB para um alvo absortivo em um meio biológico.
[056] A FIG. 11 é um gráfico que representa dados experimentais relacionados ao uso de campos elétricos em terapias à base de laser.
[057] A FIG. 12 representa uma imagem histológica da derme não-tatuada tratada com laser demonstrando nenhuma formação de vacúolo.
[058] As FIGS. 13A e 13B representam imagens histológicas da derme tatuada tratada “Somente com Laser”.
[059] As FIGS. 14A e 14B representam imagens histológicos da derme tatuada tratada com “Laser +EF(+)”.
[060] As FIGS. 15A e 15B representam imagens histológicas da derme tatuada tratada com “Laser +EF(-)”.
[061] As FIGS. 16A e 16B representam imagens histológicas de locais de tatuagem dois dias após serem tratados com tratamento com “Laser +EF(-)”.
[062] A FIG. 17 é um gráfico que representa dados experimentais relacionados à relação entre a formação de vacúolo dérmico induzida a laser e a lesão dérmica.
[063] As FIGS. 18A e 18B representam imagens histológicas ilustrando a formação de vacúolo dérmico e a lesão dérmica para locais de tatuagem tratados Somente com Laser.
[064] As FIGS. 19A e 19B representam imagens histológicas ilustrando a
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21/48 formação de vacúolo dérmico e a lesão dérmica para locais de tatuagem tratados com Laser EFE.
[065] A FIG. 20 é um gráfico que representa dados experimentais relacionados à relação entre a formação de vacúolo dérmico induzida a laser e ao esmaecimento da tatuagem.
[066] A FIG. 21 é um diagrama de dispersão que representa dados experimentais relacionados à contagem de vacúolos dérmicos após o tratamento com Laser EFE e Somente Laser.
[067] A FIG. 22 é um diagrama de dispersão que representa dados experimentais relacionados ao grau de lesão dérmica após o tratamento com Laser EFE e Somente Laser.
[068] A FIG. 23A é um gráfico que representa dados experimentais relacionados à porcentagem de esmaecimento de tatuagem em 8 semanas entre locais de tatuagem tratados com Laser EFE e Somente com Laser.
[069] As FIGS. 23B e 23C são fotografias de um exemplo dos resultados para locais de tatuagem representativos tratados com o Laser EFE e tratados Somente com Laser.
DESCRIÇÃO DETALHADA [070] Referindo-se à FIG. 2, um exemplo de um sistema para seletivamente proporcionar ruptura óptica induzida a laser (LIOB) é representado. Por exemplo, o sistema pode ser configurado para proporcionar LIOB seletiva em um meio biológico condutor, tal como um alvo 206 (por exemplo, um alvo absortivo) em um meio biológico 204 (por exemplo, pele e/ou tecido). Em algumas implementações, uma porção (por exemplo, alvo 206) do meio biológico 204 inclui uma aglomeração de pigmentos de tatuagem. Por exemplo, pode-se usar LIOB como parte da terapia tecidual, tal como terapia cosmética associada à remoção de tatuagem.
[071] O sistema inclui uma fonte luminosa 208 e um gerador de campo 212.
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A fonte luminosa 208 é configurada para gerar luz terapêutica 224 e distribuir pelo menos uma porção da luz 224 (por exemplo, luz terapêutica) ao meio biológico 204. Para ilustrar, como um exemplo ilustrativo, não-limitante, a fonte luminosa 208 inclui um sistema de laser terapêutico configurado para distribuir uma luz de laser ao alvo 206 do meio biológico 206. A fonte luminosa 208 pode incluir um laser pulsado, tal como um laser Q-switched (QS). Por exemplo, em algumas implementações, a fonte luminosa 208 pode incluir um laser de alta fluência, de pulso de curta duração, tal como um laser Nd:YAG Q-switched 1064 nm de nanossegundo ou um laser de picossegundo). Para ilustrar, a fonte luminosa 208 pode ser configurada para distribuir a luz 224 (por exemplo, um feixe de laser) com pelo menos uma taxa de pulso de 1 Hertz (Hz) e uma fluência de 3,5 J/cm2 a 9 J/cm2, como um exemplo ilustrativo, não-limitante. Em outras implementações, a taxa de pulso pode ser maior do que ou menor do que 1 Hz. Por exemplo, a taxa de pulso pode estar dentro de um intervalo de 1 a 10 Hz ou pode ser maior do que 10 Hz. Adicionalmente, ou como alternativa, a fluência pode ser menor do que 3,5 J/cm2 ou maior do que 9 J/cm2. Em uma implementação específica, a fluência pode estar dentro de um intervalo de 0,5 J/cm2 a 20 J/cm2.
[072] O gerador de campo 212 é configurado para gerar um campo 228, tal como um campo eletrostático, que é aplicado ao meio biológico 204. Em algumas implementações, o campo 228 inclui um campo elétrico, um campo magnético, ou ambos. O campo 228 aplicado ao meio biológico 204 pode fazer com que elétrons livres, tal como o elétron livre 232 representativo, dentro do alvo 206, sejam afetados de modo que os elétrons livres (por exemplo, 232) sejam desalojados ou de alguma outra forma desviados para longe do alvo 206. Para ilustrar, a aplicação do campo 228 pode repelir elétrons livres (por exemplo, 232) para longe de uma porção (incluindo uma aglomeração de pigmento de tatuagem) do meio biológico 204 que é almejada para receber luz 224. O gerador de campo 212 pode ser configurado para
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23/48 proporcionar o campo 228 quando a fonte luminosa 208 (por exemplo, o sistema de laser terapêutico) é posicionada para distribuir 224 para o alvo 206. Por exemplo, o gerador de campo 212 pode ser configurado para aplicar o campo 228 ao meio biológico 204 antes, durante e/ou após a aplicação de luz 224 ao meio biológico 204. Em algumas implementações, uma intensidade do campo 228 é variada de modo que os períodos de maior intensidade sejam aplicados durante a distribuição da luz 224.
[073] O gerador de campo 212 pode incluir uma pluralidade de eletrodos, uma bobina magnética, um eletreto ou uma combinação dos mesmos. Por exemplo, o gerador de campo 212 pode incluir uma pluralidade de eletrodos configurados para fornecer o campo através da pluralidade de eletrodos, como descrito pelo menos com referência às FIGS. 2, 3, 4A a 4C. Como outro exemplo, o gerador de campo 212 pode incluir uma bobina magnética, como descrito pelo menos com referência à FIG. 5. Como outro exemplo, o gerador de campo 212 pode incluir um eletreto, como descrito pelo menos com referência à FIG. 7.
[074] Durante a operação do sistema da FIG. 2, o tratamento terapêutico é realizado no meio biológico 204. Por exemplo, o tratamento terapêutico pode incluir um tratamento cosmético, tal como um tratamento de remoção de tatuagem no qual a ablação a laser é realizada para remover pelo menos parcialmente o pigmento de tatuagem incluído no alvo 206.
[075] O gerador de campo 212 é posicionado adjacente (por exemplo, próximo ao) meio biológico 204. Por exemplo, o gerador de campo 212 pode ser posicionado em contato com pelo menos uma porção do meio biológico 204, tal como uma porção no ou próximo alvo 206. A fonte luminosa 208 é posicionada para distribuir luz 224 (por exemplo, luz de laser) ao alvo 206.
[076] O gerador de campo 212, tal como um sistema de geração de campo, é ativado para aplicar o campo 228 através do alvo 206 do meio biológico 204. Por
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24/48 exemplo, um sistema gerador de campo que inclui o gerador de campo 212 pode ser ativado e o campo gerador pode gerar o campo 228 em resposta à energia alimentada ao gerador de campo 212.
[077] Durante a aplicação do campo 228 ao alvo 206, a fonte luminosa 208 gera luz 224, uma parte da qual é fornecida ao alvo 206. A porção da luz 224 pode fazer com que um evento LIOB na superfície de uma aglomeração de pigmentos (incluída no alvo 206). O evento LIOB pode levar a danos por ablação ao alvo 206 e à formação de um vacúolo de partículas (por exemplo, 100) localizado imediatamente adjacente à aglomeração de pigmentos no lado que está mais próximo da fonte luminosa 208.
[078] A aplicação do campo 228 antes e/ou durante a distribuição da luz 224 ao alvo 206 afeta os elétrons livres em pelo menos uma porção (isto é, alvo 206) do meio biológico 204. Por exemplo, os elétrons livres (por exemplo, 232) podem ser movidos, removidos, varridos ou de alguma outra forma desviados do alvo 206 em resposta ao campo 228. Devido ao campo 228, os elétrons livres (por exemplo, 232) emitidos para o meio biológico 204 são movidos para longe de uma trajetória luminosa da luz 224. Para ilustrar, os elétrons livres (por exemplo, 232) emitidos para a derme do meio biológico 204 durante o evento de LIOB de partículas são varridos para longe de uma trajetória do feixe de laser (da fonte luminosa 208) com base no campo 228. Esta remoção dos elétrons livres (por exemplo, 232) ajuda a impedir o início de LlOBs dérmicas sem afetar adversamente a ablação a laser da partícula de pigmento. Como resultado, os vacúolos remotos e os danos dérmicos acompanhantes são reduzidos significativamente se comparado a um tratamento com laser convencional que não utiliza (ou aplica) um campo a uma região alvo de um meio biológico.
[079] Em algumas implementações, o sistema opcionalmente inclui o dispositivo de cabeçote 236. O dispositivo de cabeçote 236 pode ser configurado
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25/48 para entrar em contato com o meio biológico 204 para ajudar a posicionar a fonte luminosa 208 (por exemplo, estabilizando a pele, posicionando e/ou orientando a pele). Por exemplo, o dispositivo de cabeçote 236 pode ser posicionado adjacente ou em contato com uma superfície do meio biológico 204 que inclui o alvo 206 de modo que a superfície seja normal (por exemplo, perpendicular) a um eixo longitudinal da luz 224 aplicado ao alvo 206. O dispositivo de cabeçote 236 pode incluir um cabeçote de vácuo configurado para aplicar sucção a uma porção do meio biológico 204, como descrito com referência às FIGS. 4A a 4C. Em tais implementações, o dispositivo de cabeçote 236 pode ser acoplado a um sistema de sucção. Adicionalmente, ou como alternativa, o dispositivo de cabeçote 236 pode incluir uma janela 406 através da qual a luz 224 pode chegar ao alvo 206. O dispositivo de cabeçote 236 pode ser acoplado ou integrado ao gerador de campo 212, fonte luminosa 208, ou ambos. Por exemplo, o gerador de campo 212 pode ser incorporado em uma porção do dispositivo de cabeçote 236 como descrito com referência a pelo menos às FIGS. 4A e 4B.
[080] Em algumas implementações, o sistema pode incluir uma fonte de alimentação (não ilustrada), tal como uma fonte de tensão. A fonte de alimentação pode ser acoplada à fonte luminosa 208, ao gerador de campo 212, ao dispositivo de cabeçote 236, ou uma combinação dos mesmos. Para ilustrar, a fonte de alimentação pode ser configurada para fornecer energia à fonte luminosa 208 para geração de luz 224. Adicionalmente, ou como alternativa, a fonte de alimentação pode ser configurada para fornecer energia, tal como tensão elétrica e baixa corrente, ao gerador de campo 212 para permitir que o gerador de campo 212 para gerar o campo 228 (por exemplo, um campo eletrostático). Para ilustrar, a fonte de tensão pode ser configurada para fornecer uma tensão ao gerador de campo de + 1.200 a + 5.000 volts ou -1.200 a -5.000 volts, como exemplos ilustrativos, nãolimitantes. Adicionalmente, ou como alternativa, a fonte de alimentação pode
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26/48 fornecer energia ao dispositivo de cabeçote 236 para permitir a operação de um ou mais componentes de vácuo do dispositivo de cabeçote 236.
[081] Em algumas implementações, o gerador de campo 212 e a fonte luminosa 208 são incorporadas em um único dispositivo, tal como uma sonda, como descrito com referência às FIGS. 6A e 6B. Por exemplo, o dispositivo único pode ser chamado de “Laser Aprimorado em Campo” ou de “Laser Aprimorado em Campo Elétrico” (“Laser EFE”) O Laser Aprimorado em Campo é configurado para seletivamente proporcionar LIOB em um alvo absortivo no meio biológico 204. Para ilustrar, o Laser Aprimorado em Campo pode incluir um laser QS e gerador de campo 212 para fornecer um laser, tal como um campo eletrostático de alta tensão, em um local de tratamento (por exemplo, alvo 206), como um exemplo ilustrativo, não-limitante. Nas outras implementações, o gerador de campo 212 é configurado para ser acoplado de maneira removível à fonte luminosa 208. Por exemplo, o gerador de campo 212 pode ser acoplado à fonte luminosa 208 antes de e durante a distribuição da luz 224 durante um tratamento terapêutico (por exemplo, um tratamento cosmético). Após o tratamento terapêutico, o gerador de campo 212 pode ser desacoplado da fonte luminosa 208.
[082] Assim, o sistema da FIG. 2 vantajosamente proporciona formação de vacúolos remotos reduzida e/ou limitada se comparado às técnicas convencionais em que um laser de pulso é aplicado sem a aplicação de um campo (por exemplo, um campo eletrostático). Por exemplo, o campo 228 pode causar o desvio dos elétrons livres (por exemplo, 232) a partir da trajetória de laser da luz 224 para reduzir o acúmulo de uma densidade crítica dos elétrons livres no meio biológico 204 que poderia iniciar LlOBs associadas a vacúolos remotos (por exemplo, 102) e causar a blindagem da luz 224. Por conseguinte, a eficácia do laser contra um alvo absortivo é maior do que quando o campo é aplicado se comparado às técnicas convencionais quando nenhum campo é aplicado. Uma vez que a aplicação do
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27/48 campo reduz e/ou limita a formação de vacúolos remotos, os tratamentos com laser sobre a mesma área de tratamento pode ser realizada em sucessão rápida e de maneira eficaz nas áreas de tatuagem embranquecidas, e/ou sem impactar negativamente as estruturas celulares circundantes. Adicionalmente, a fluência do laser durante uma sessão de tratamento não precisa ser reduzida ou limitada, o que permite que um efeito terapêutico maior desejado seja realizado durante uma única sessão de tratamento se comparado às técnicas convencionais. Por ter uma sessão de tratamento que é mais eficaz se comparado às técnicas convencionais, um paciente precisa passar por um número total de tratamentos menor, e, dessa forma, experimenta menos desconforto e uma duração de tratamento mais curta.
[083] Referindo-se à FIG. 3, um diagrama de blocos ilustrativo de um exemplo de um aparelho para seletivamente proporcionar LIOB em um alvo absortivo em um meio biológico 204 (por exemplo, pele) é ilustrado. Neste exemplo, o aparelho ou sistema compreende uma fonte de tensão 300 e uma pluralidade de eletrodos externos 302 onde os eletrodos que são configurados para serem nãocondutivos em relação ao meio biológico 204 quando em contato com ou de alguma outra forma fisicamente acoplados ao meio biológico. Por exemplo, pelo menos uma porção (por exemplo, até todo) do eletrodo pode ser coberta com um isolador elétrico, tal como um polímero. Em algumas modalidades, a fonte de tensão 300 fornece um potencial de tensão (por exemplo, com baixa corrente para manter os requisitos de potência relativamente baixos). A fonte de tensão 300 pode fornecer uma tensão através dos eletrodos 302 igual a qualquer um dentre, ou entre quaisquer dois, de: -/+ 10 V (volts), 50 V, 100 V, 200 V, 250 V, 500 V, 750 V, 1000 V, 2000 V, 3000 V, 4000 V, 5000 V, 6000 V, 7000 V, 8000 V, 9000 V, ou 10000 V. Em uma implementação específica, a fonte de tensão 300 pode ser configurada para fornecer uma tensão ao gerador de campo de + 1.200 a + 5.000 volts ou -1.200 a 5.000 volts, como exemplos ilustrativos, não-limitantes. Em outra implementação
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28/48 específica, a fonte de tensão 300 pode ser configurada para fornecer uma tensão ao gerador de campo de 500 a 500.000 volts ou -500 a -500.000 volts.
[084] Em algumas implementações, um potencial elétrico é aplicado através dos eletrodos 302 e pelo menos uma porção do eletrodo “positivo” está em contato com o meio biológico 204, o que resulta em um campo elétrico negativo relativo criado entre os eletrodos. Nos casos em que um laser pulsado (por exemplo, 208) é usado em um alvo absortivo 206 no meio biológico 204, este campo polar faz com que os elétrons livres emitidos para o meio biológico 204 a partir do evento LIOB alvo absortivo sejam removidos da trajetória de pulso da fonte de laser pulsado 208 pela repulsão do eletrodo negativo. Esta remoção dos elétrons livres a partir da trajetória do laser reduz o acúmulo de uma densidade crítica dos elétrons livres no meio biológico 204 que podería iniciar LlOBs. Uma vez que a interação do laser com o alvo absortivo 206 é a fonte de uma grande quantidade de elétrons livres, existe densidade suficiente para permitir eventos LIOB na superfície do alvo absortivo 206, mesmo com varredura de campo elétrico.
[085] Em outras implementações, um potencial elétrico é aplicado através dos eletrodos 302 e pelo menos uma porção do eletrodo “negativo” está em contato com o meio biológico 204, o que resulta em um campo elétrico positivo relativo criado entre os eletrodos. Nos casos em que uma fonte de laser pulsado 208 (por exemplo, um laser) é usado em um alvo absortivo 206 no meio biológico 204, este campo polar faz com que os elétrons livres emitidos para o meio biológico 204 a partir do evento LIOB alvo absortivo sejam concentrados e energizados na trajetória do pulso de laser por atração para o eletrodo positivo. Esta concentração de elétrons livres energizados na trajetória do laser pode ajudar a construir uma densidade crítica de elétrons livres no meio biológico 204. Como resultado, as LlOBs podem ser produzidas no meio biológico 204 sem usar alta fluência de laser.
[086] As FIGS. 4A e 4B representam vistas em perspectiva em corte
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29/48 transversal de exemplos dos presentes dispositivos para proporcionar ruptura óptica seletiva induzida a laser em um meio biológico condutor (por exemplo, 204). Nesta modalidade, o aparelho compreende um cabeçote de vácuo 400 configurado para ajudar a seletivamente proporcionar LIOB para um alvo absortivo em um meio biológico. O cabeçote de vácuo 400 pode incluir ou corresponder ao dispositivo de cabeçote 236 da FIG. 2 [087] Como ilustrado, o cabeçote de vácuo 400 é configurado para ser usado com os componentes representados nas FIGS. 2 a 3, alguns dos quais são dispostos dentro do cabeçote de vácuo. Por exemplo, com referência à FIG. 4A, o cabeçote de vácuo 400 inclui um alojamento 402, como ilustrado, que contém os eletrodos 302, que são, em uso, eletricamente conectados à fonte de tensão 300. Uma extremidade distai (ou inferior na orientação das FIGS. 4A-4B) do cabeçote de vácuo 400 é configurada para ser pressionada contra o meio biológico 204 (por exemplo, pele) de modo que os eletrodos 302 estejam próximos, mas não em contato elétrico com uma superfície externa do meio biológico 204 Por exemplo, o alojamento do cabeçote de vácuo 400 pode compreender um polímero ou outro material que não é eletricamente condutivo, dentro do qual pelo menos o eletrodo “dissipador” (sink) é disposto. Em tais modalidades, o(s) eletrodo(s) dissipador(es) podem ser cobertos pelo material não-condutor ou simplesmente espaçado(s) para dentro a partir de uma superfície do alojamento que é configurada para entrar em contato com a pelo em uso, enquanto o(s) eletrodo(s) de referência pode(m) ser disposto(s) em ou alinhado(s) com a superfície de contato de modo que o(s) eletrodo(s) de referência entrem em contato com a pele durante o uso.
[088] Como descrito acima, a fonte de tensão 300 pode fornecer um potencial negativo através dos eletrodos 302. Em algumas modalidades, o cabeçote de vácuo 400 atrai o meio biológico 204 (por exemplo, a pele de um paciente) para o cabeçote de vácuo 400 de modo que um campo elétrico 404 (por exemplo, 228)
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30/48 gerado pela pluralidade de eletrodos 302 seja perpendicular ao eixo do feixe de laser. Como ilustrado, o alojamento do cabeçote de vácuo 400 define um ou mais canais internos 412 e uma ou mais aberturas (por exemplo, uma abertura anular 414) através das quais o vácuo é comunicado (por exemplo, continuamente ou em múltiplos pontos em tomo de um perímetro de uma área de tratamento) para aplicar sucção à pele ou outro meio biológico. Como usado nesta revelação, o termo “vácuo” refere-se a uma pressão que é inferior à pressão atmosférica ambiente, em vez de uma ausência completa de matéria.
[089] Nos exemplos ilustrados nas FIGS. 4A e 4B, o cabeçote de vácuo 400 também compreende uma janela 406 (por exemplo, uma janela transparente) que permite a transmissão de pulsos de laser através do cabeçote de vácuo entre os eletrodos 302, auxilia no resfriamento da pele ou outro meio biológico (por exemplo, proporcionando um dissipador térmico que extrai energia térmica da pele), e/ou auxilia na estabilização da pele ou outro meio biológico (por exemplo, criando um espaço fechado no qual o vácuo ou sucção pode ser aplicado à pele). Em algumas modalidades, a janela 406 pode compreender um material de safira que pode, por exemplo, ser resfriado antes de ser colocado em contato com o meio biológico (por exemplo, pele). Em algumas implementações, a janela 406 pode incluir um eletreto configurado para gerar um campo (por exemplo, 228).
[090] Nos exemplos ilustrados nas FIGS. 4A e 4B, o cabeçote de vácuo 400 também compreende um termômetro 410 (por exemplo, um termômetro de infravermelho ou outro sem contato) acoplado ao alojamento e orientado para monitorar a temperatura da pele ou outro meio biológico, e uma fonte luminosa (não ilustrada) (por exemplo, diodo emissor de luz (LED) ou outra fonte luminosa) acoplada ao alojamento e orientada para iluminar e, dessa forma, auxiliar na visualização da área de tratamento alvo. Outras modalidades podem omitir a janela 406 a favor de um vazio ou abertura descoberta, omitir o termômetro 410 e/ou omitir
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31/48 a fonte luminosa (por exemplo, LED).
[091] A FIG. 4C representa uma fotografia de outros exemplo dos presentes cabeçotes de vácuo. No exemplo representado na FIG. 4C, os eletrodos 202 são posicionados entre o meio biológico 204 e o cabeçote de vácuo 400. Como ilustrado, o cabeçote de vácuo 400 da FIG. 4C auxilia no isolamento de uma seção do meio biológico 204 por puxar uma porção do meio biológico 204 para entrar em contato com a janela 406. Isso estabiliza a porção do meio biológico 204 e permite que o campo elétrico gerado pelos eletrodos 302 seja perpendicular ao eixo do feixe de laser sendo usado para tratar o alvo absortivo 206 no meio biológico 204. Como ilustrado na FIG. 3C, o alojamento do cabeçote de vácuo 400 inclui uma conexão externa 416 através da qual uma fonte de vácuo pode ser conectada aos canais internos 412 para estar em comunicação com uma área de tratamento.
[092] A FIG. 5 representa outra modalidade de um dispositivo para seletivamente proporcionar LIOB a um alvo absortivo 206 em um meio biológico 204. O dispositivo da FIG. 5 inclui uma fonte de tensão 300a, pelo menos dois eletrodos isolados externos 302, e uma bobina magnética 500. Como descrito acima para a fonte de tensão 300, a fonte de tensão 300a pode, em uso, fornecer um potencial negativo através dos eletrodos 302. No exemplo ilustrado na FIG. 5, a fonte de tensão 300a é similar à fonte de tensão 300, mas é configurada para também fornecer energia à bobina magnética 500 para induzir um campo magnético. O potencial elétrico negativo aplicado através dos eletrodos 302 e da bobina magnética 500 cria tanto um campo elétrico negativo quanto um campo magnético. Esses campos fazem com que os elétrons livres emitidos para o meio biológico 204 a partir do evento de LIOB do alvo absortivo sejam removidos da trajetória do pulso de laser. Em algumas modalidades, a remoção dos elétrons livres a partir da trajetória do laser reduz a formação de LIOBs no meio biológico 204 sem eliminar completamente o evento de LIOB desejado no local do alvo absortivo 206 Em outras
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32/48 implementações, os eletrodos 302 podem ser omitidos.
[093] Referindo-se às FIGS. 6A e 6B, exemplos de uma fonte de laser pulsado 208 que pode ser incluída em ou usada com os presentes sistemas e dispositivos são ilustrados. Por exemplo, a fonte de laser pulsado 208 da s FIGS. 6A e 6B pode ser usada para seletivamente proporcionar LIOB a um alvo absortivo (por exemplo, 206) em um meio biológico (por exemplo, 204). Em algumas modalidades, os eletrodos 302 são acoplados ao, e se estendem a partir do cabeçote de laser 600 de modo que, quando a luz do laser é aplicada à pele (por exemplo, meio biológico 204), os eletrodos possam ser colocados em contato com a pele em pontos ao redor do ponto no qual o laser é distribuído para a pele. Como descrito acima, a fonte de tensão 300 (ou 300a) fornece um potencial através dos eletrodos igual a qualquer um, ou entre quaisquer dois de: -/+ 10 V (volts), 50 V, 100 V, 200 V, 250 V, 500 V, 750 V, 1000 V, 2000 V, 3000 V, 4000 V, 5000 V, 6000 V, 7000 V, 8000 V, 9000 V, ou 10000 V. Quando o cabeçote de laser 600 é alinhado para distribuir luz de laser para a pele antes de realmente fornecer pulsos de laser, um campo elétrico é primeiramente estabelecido por meio dos eletrodos 302. Em algumas modalidades, os eletrodos 302 estabelecem um campo elétrico negativo causando a remoção dos elétrons livres a partir da trajetória do laser, desse modo minimizando a formação de LIQBs no meio biológico 204 sem eliminar completamente o evento de LIOB desejado no local do alvo absortivo 206 [094] Referindo-se à FIG. 6B, o dispositivo de cabeçote 236 (representado com linhas tracejadas) é acoplado a uma extremidade da fonte de laser pulsado 208. O dispositivo de cabeçote 236 pode incluir ou corresponde ao cabeçote de vácuo 400 como descrito com referência às FIGS. 4A a 4C. Por exemplo, o dispositivo de cabeçote 236 pode incluir uma janela 606 (por exemplo, 406) através da qual um pulso de laser (por exemplo, 224) a partir da fonte de laser pulsado 208 pode se propagar.
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33/48 [095] Durante a operação do dispositivo da FIG. 6A ou 6B, o cabeçote de laser 600 (contendo pelo menos dois eletrodos não-condutivos (por exemplo, 302) é colocado junto a uma superfície externa do meio biológico não-transparente (por exemplo, 204). Por exemplo, o cabeçote de laser 600 pode ser colocado junto à superfície externa de modo que os eletrodos 302 estejam em contato com a superfície externa. Após a colocação do cabeçote de laser 600, um potencial elétrico negativo é aplicado através dos eletrodos a partir de um fonte de tensão, tal como a fonte de tensão 300 (ou 300a), e um feixe de laser pulsado é levado a se propagar no espaço entre os eletrodos. Para ilustrar, o feixe de laser pulsado, tal como a luz 224 oriunda da fonte luminosa 208, é fornecido ao alvo 206 enquanto um campo gerado pelos eletrodos 302 é aplicado ao alvo 206 (por exemplo, meio biológico 204).
[096] A FIG. 7 representa outro exemplo de um dispositivo para ser sado em conjunto com uma fonte luminosa 208 (por exemplo, um laser terapêutico) para seletivamente proporcionar LIOB a um alvo absortivo 206 em um meio biológico 204 compreendendo pelo menos um eletreto 700 configurado para fornecer um campo elétrico ao local a ser tratado com um laser. Em algumas implementações, o eletreto 700 é transparente e permite a transmissão de pulsos de laser através do próprio eletreto 700. O eletreto 700 pode compreender qualquer material que mantenha um campo elétrico, inclusive várias formas de dióxido de silício (por exemplo, quartzo, etc.) ou vários polímeros sintéticos (por exemplo, fluoropolímeros, polipropileno, poli(tereftlato de etileno, etc.).
[097] A FIG. 8 representa um exemplo 800 de eletrodos isolados externos 302a. Nesta modalidade, cada um dos eletrodos isolados 302a compreende uma camada de isolamento externo 801, uma camada condutora interna 802 e um ponto de conexão 804 no qual os eletrodos são conectados a uma fonte de tensão. Como descrito acima, o primeiro dos eletrodos 302a que é usado ou que se pretende
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34/48 utilizar como um eletrodo “dissipador” pode ser inteiramente coberto com a camada não-condutora, ao passo que o outro dos eletrodos que se deseja usar como o eletrodo de “referência” terá pelo menos uma porção de uma superfície eletricamente condutiva exposta para entrar em contato com a pele de um paciente durante o uso. Em algumas modalidades, a camada condutiva interna 802 compreende uma folha condutiva feita de um material condutivo, tal como, por exemplo: cobre, prata, ouro, alumínio, ferro, aço, latão, bronze, ligas e/ou similares. A camada de isolamento externo 801 pode compreender um filme eletricamente isolante construído a partir de plástico isolante. Como ilustrado, a camada condutiva interna 802 pode ser imprensada entre duas camadas de isolamento externo 801, uma ou ambas as quais possuem uma superfície adesiva configurada para ser afixada ao meio biológico 204. Na modalidade ilustrada, a camada condutiva interna 802 possui dimensões de 1/4 polegada x 0,0025 polegada, é composta de folha de cobre, e é imprensada entre duas tias de fita Kapton® de 0,001 polegada de espessura.
[098] Referindo-se às FIGS. 9 e 10, métodos para seletivamente proporcionar LIOB a um alvo absortivo 206 em um meio biológico 204 são ilustrados. Por exemplo, os métodos das FIGS. 9 a 10 podem ser implementados pelo aparelho e/ou sistemas descritos aqui com referência às FIGS. 2, 3, 4A a 4C, 5, 6A-6B e 7.
[099] Referindo-se à FIG. 9, um método 900 inclui colocar uma pluralidade de eletrodos separados por um espaço sobre a superfície externa de um meio biológico 204, em 902. O meio biológico pode incluir ou corresponder ao meio biológico 204, como descrito aqui pelo menos com referência à FIG. 3. A pluralidade de eletrodos pode incluir ou corresponder aos eletrodos 302 (ou 302a) do gerador de campo 212.
[0100]G método 900 também inclui aplicar um potencial elétrico de pelo menos 10 volts aos eletrodos a partir da fonte de tensão, em 904. Por exemplo, a
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35/48 fonte de tensão pode incluir ou corresponder à fonte de tensão 300 (ou 300a).
[0101]O método 900 adicionalmente inclui fazer com que um feixe de laser pulsado se propague no espaço entre os eletrodos, onde o laser pulsado está almejando um alvo absortivo dentro do meio biológico, em 906. Por exemplo, o feixe de laser pulsado pode incluir ou corresponder à luz 224 gerada pela fonte luminosa 208 (por exemplo, laser pulsado). O alvo absortivo dentro do meio biológico pode incluir ou corresponder ao alvo 206 dentro do meio biológico 204.
[0102]Em algumas implementações do método 900, um potencial elétrico negativo é aplicado através dos eletrodos, criando assim um campo elétrico negativo. Em tais implementações, o campo elétrico negativo faz com que os elétrons livres emitidos para o meio a partir da LIOB do alvo absortivo até mesmo sejam removidos da trajetória do pulso de laser. Por conseguinte, o método 900 da FIG. 9 permite a remoção dos elétrons livres a partir da trajetória do laser e inibe a formação de LIOBs no meio biológico sem eliminar completamente o evento de LIOB no local do alvo absortivo. Em algumas modalidades, o potencial elétrico aplicado através dos eletrodos é igual a qualquer um dentre, ou entre quaisquer dois de: -/+ 10 V (volts), 50 V, 100 V, 200 V, 250 V, 500 V, 750 V, 1000 V, 2000 V, 3000 V, 4000 V, 5000 V, 6000 V, 7000 V, 8000 V, 9000 V, ou 10000 V.
[0103]Referindo-se à FIG. 10, o método 1000 inclui colocar um cabeçote de vácuo contendo pelo menos dois eletrodos não-condutivos junto à superfície externa do meio biológico não-transparente, em que a pluralidade de eletrodos possui espaço entre cada eletrodo, em 1002. Por exemplo, o cabeçote de vácuo pode incluir ou corresponder ao dispositivo de cabeçote 236 ou ao cabeçote de vácuo 400. O meio biológico pode incluir ou corresponder ao meio biológico 204, como descrito aqui pelo menos com referência à FIG. 2. A pluralidade de eletrodos pode incluir ou corresponder aos eletrodos 302 (ou 302a) do gerador de campo 212.
[0104]O método 1000 também inclui aplicar uma pressão negativa ao
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36/48 cabeçote de vácuo, fazendo com que os eletrodos entrem em contato com a superfície do meio biológico, em 1004, e aplicar um potencial elétrico através dos eletrodos a partir de uma fonte de tensão, em 1006. Por exemplo, a fonte de tensão pode incluir ou corresponder à fonte de tensão 300 (ou 300a).
[0105]O método 1000 adicionalmente inclui fazer com que um feixe de laser pulsado se propague no espaço entre os eletrodos, onde o laser pulsado está almejando um alvo absortivo dentro do meio biológico, em 1006. Por exemplo, o feixe de laser pulsado pode incluir ou corresponder à luz 224 gerada pela fonte luminosa 208 (por exemplo, laser pulsado). O alvo absortivo dentro do meio biológico pode incluir ou corresponder ao alvo 206 dentro do meio biológico 204.
Primeiros Resultados Experimentais [0106]Os experimentos foram conduzidos em miniporcos de Gottingen para observar os efeitos da LIOB seletiva nos tratamentos de pele com laser usando algumas modalidades da presente revelação. Empreendeu-se um estudo para demonstrar a redução do “embranquecimento” causado pelo vacúolos intradérmicos como resultado do tratamento com laser enquanto se gerava um campo elétrico no tecido tratado.
[0107] Dois porcos foram tatuados com padrões contendo um pigmento preto. Essas tatuagens foram deixadas amadurecer por aproximadamente quatro meses. Seis locais de tatuagem foram tratados ou somente com laser (“Somente Laser”), laser sob um campo elétrico positivo (“Laser +EF(+)”) ou laser sob um campo elétrico negativo (“Laser +EF(-)”). Adicionalmente, um local de pele nãotatuado foi tratado com o laser como controle (“Controle Negativo”). Para o estudo inicial, cada local testado foi colocado sob uma pressão negativa utilizando um dispositivo similar aos ilustrados nas FIGS. 4A a 4C. Como ilustrado na FIG. 4C, os eletrodos isolados 302 foram colocados no lado inferior da janela de safira 406 deste dispositivo de pressão negativa. Todos os tratamentos com laser foram realizados
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37/48 através desta janela de safira 406. As especificações do laser usadas no estudo foram as seguintes: Medlite IVTM 1064 nM Q-switched Nd:YAG, 3,5 J/cm2, 1 Hz, tamanho de ponto de 4 mm. O campo elétrico foi criado por uma fonte de tensão eletrostática que foi capaz de produzir alta tensão com pouca corrente. A fonte de tensão foi definida em 0 volts, mais (+)1200 volts, ou menos (-)1200 volts em relação ao porco ara Somente Laser, Laser+EF(+) ou Laser +EF(-), respectivamente.
[0108]Antes do tratamento com laser, leituras colorimétricas foram obtidas em cada local de tatuagem. Imediatamente após o tratamento, outro conjunto de leituras colorimétricas foi obtido. Para cada local de tatuagem, cada leitura colorimétrica pré-tratamento foi normalizada para a leitura colorimétrica póstratamento para fornecer uma indicação da formação de vacúolo dérmico. Uma leitura colorimétrica pós-tratamento normalizada superior indica maior formação de vacúolo dérmico. Adicionalmente, biópsias de cada local de tratamento foram obtidas dentro de 1 minuto do tratamento com laser (“Dia 0”) e 48 horas após o tratamento com laser (“Dia 2)” para avaliação histológica.
[0109]Referindo-se à FIG. 11, um gráfico de barras ilustrando os resultados de um estudo colorimétrico sobre o efeito dos campos elétricos sobre a formação do vacúolo dérmico é ilustrado. O Laser+EF(-) teve uma leitura colorimétrica normalizada inferior em relação a Somente Laser ou Laser+EF(+). A leitura colorimétrica normalizada para o Laser+EF(+) foi comparável a Somente Laser. As leituras colorimétricas normalizadas inferiores indicam que o Laser+EF(-) resultou em um nível inferior de formação de vacúolos durante o tratamento com laser de um local de tatuagem.
[0110]Referindo-se à FIG. 12, uma imagem histológica da derme nãotatuada tratada com um laser pulsado, que serviu de controle negativo nos experimentos realizados, é ilustrada. Como ilustrado pela FIG. 12, nenhum vacúolo de partícula ou vacúolo remoto está presente. Isso demonstra que, nas fluências de
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38/48 laser empregadas no estudo, a presença de aglomerações de pigmentos de tatuagem é necessária para gerar vacúolos.
[0111 ]As FIGS. 13A e 13B representam as imagens histológicas do Dia 0 de dois locais de tatuagem tratados com Somente Laser. Cada uma mostra que os tanto os vacúolos de partículas 100 quanto os vacúolos remotos 102 estão presentes. Os vacúolos de partículas 100 tendem a ter dimensões pequenas e tipicamente estão localizados na superfície das aglomerações de pigmentos que se defrontam com a epiderme. Isso ocorre onde quando a superfície da aglomeração de pigmentos é removida por ablação a laser, resultando na formação do vacúolo no lado da superfície da aglomeração sendo exposta ao laser. Os vacúolos remotos 102 são menores e de formato relativamente esférico quando comparados com os vacúolos de partículas 100.
[0112]As FIGS. 14A e 14B representam as imagens histológicas do Dia 0 de dois locais de tatuagem tratados com Laser +EF(+). Cada uma mostra que os tanto os vacúolos de partículas 100 quanto os vacúolos remotos 102 estão presentes. De maneira similar às imagens representadas nas FIGS. 13A e 13B, os vacúolos de partículas 100 tendem a ter dimensões pequenas e estão tipicamente localizados na superfície das aglomerações de pigmentos que se defrontam com a epiderme. No entanto, os vacúolos remotos 102 são vistos em grandes números em ambas as FIGS. 14A e 14B. Aqui, o campo elétrico positivo excita os elétrons livres no local, resultando no acúmulo de uma alta densidade de elétrons livres. Os elétrons livres liberados tomam o ambiente dérmico mais suscetível a eventos de LIOB que resultam na formação do vacúolo remoto 102.
[0113]As FIGS. 15A e 15B representam as imagens histológicas do Dia 0 de dois locais de tatuagem tratados com Laser +EF(-). Assim como as FIGS. 13A, 13B, 14A e 14B, os vacúolos de partículas 100 estão presentes. Entretanto, diferentemente das FIGS. 13A, 13B, 14A e 14B, os vacúolos remotos 102 só estão
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39/48 minimamente presentes. Adicionalmente, em comparação com as descobertas em Somente Laser e Laser+EF(+), os vacúolos de partículas 100 possuem dimensões maiores e englobam a totalidade da aglomeração de pigmentos - e não apenas a superfície superior. O campo elétrico negativo impele os elétrons livres para longe do local, reduzindo assim o acúmulo de uma densidade crítica de elétrons livres dentro da derme, a qual pode resultar em um evento de LIOB. Como resultado, a formação de vacúolos remotos 102 é minimizada. Adicionalmente, o afastamento dos elétrons livres do local ajuda a retardar a iniciação do evento de LIOB na superfície da aglomeração de pigmentos. Isso então permite que o pulso de laser seja absorvido por mais tempo na aglomeração de pigmentos antes de o evento de plasma blindar a aglomeração de pigmentos do laser. Isso leva à maior ablação da aglomeração de pigmentos e à produção de um grande vacúolo de partículas 100. A maior ablação da aglomeração de pigmentos pelo Laser+EF(-) significa que as tatuagens podem ser eliminadas mais rápido.
[0114]As FIGS. 16A e 16B representam imagens histológicas no Dia 2 de dois locais de tatuagem tratados com Laser +EF(-) e mostram que as partículas de pigmento 1600 que foram tratadas com um Laser+EF(-) são transportadas para longe do local da tatuagem com mais rapidez do que Somente Laser. As FIGS. 16A e 16B mostram partículas de pigmento 1600 localizadas em nível profundo na derme 48 horas após o tratamento com laser. Em comparação, as imagens dos locais de tatuagem tratados com Somente Laser raramente demonstram partículas de pigmentos 1600 localizadas na camada profunda da derme 48 horas após o tratamento com laser.
[0115]Com base na diferença nos resultados do tratamento com laser da pele não-tatuada (Controle Negativo) do tratamento com laser dos locais de tatuagem, a formação tanto dos vacúolos de partículas 100 quanto dos vacúolos remotos 102 é um resultado direto da ação do laser pulsado nas aglomerações de
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40/48 pigmentos de tatuagem 104. Quando o laser pulsado é absorvido na aglomeração de pigmentos 104, um jato de plasma se forma rapidamente. Este jato faz com que a água circundando a aglomeração de pigmentos 104 passe por uma mudança de fase resultando em um vacúolo de partículas 100 (por meio da produção de vapor). Adicionalmente, o jato de plasma emite violentamente elétrons livres, íons e partículas de pigmentos nanométricos 1600 a partir da superfície da aglomeração de pigmentos 104 (por exemplo, uma superfície de uma partícula de pigmento incluída na aglomeração de pigmentos 104) para a derme. Acredita-se que esses elétrons livres emitidos violentamente resultem na formação de uma densidade crítica de elétrons livres na derme. Esses elétrons livres são então capazes de absorver fótons de laser levando a um evento de LIOB e formação de vacúolos remotos 102.
[0116]Comparando a histologia do local do Laser+EF(+) (FIGS. 14A e 14B) com o local de Somente Laser (FIGS. 13A e 13B) (isto é, local do laser para tatuagem sem um campo elétrico), ambos os estudos formaram uma abundância de vacúolos de partículas 100 e vacúolos remotos 102. Surpreendentemente, parece que o número de vacúolos remotos 102 no local de tratamento de Laser+EF(+) foi substancialmente maior do que o do tratamento Somente com Laser. Imagina-se que a presença de um campo elétrico positivo aumentou a excitação de elétrons livres no meio biológico próximo ao eletrodo negativo, levando a um aumento seletivo na formação de LIOB no meio biológico 204.
[0117]Por outro lado, comparando a histologia do local do Laser+EF(-) (FIGS. 15A e 15B) com o local de Somente Laser (FIGS. 13A e 13B), ambos os estudos formaram uma abundância de vacúolos de partículas 100. No entanto, surpreendentemente, o tamanho dos vacúolos de partículas 100 associados ao campo elétrico negativo foi muito maior do que os vacúolos de partículas 100 associados a tratamentos Somente com Laser. Novamente, como discutido acima, acredita-se que o campo elétrico negativo impulsione os elétrons livres para longe
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41/48 do local de tratamento próximo ao eletrodo negativo. Isso resulta em um retardo da iniciação do evento de LIOB na superfície da aglomeração de pigmentos 104 resultando no pulso de laser tendo um tempo maior para ser absorvido pela aglomeração de pigmentos 104. Isso leva a uma ablação maior da aglomeração de partículas 104, como evidenciado pelos grandes vacúolos de partículas 100.
[0118]O Laser +EF(-) só resulta em um número mínimo de vacúolos remotos 102 sendo gerados. Os elétrons livres emitidos a partir da LIOB da aglomeração de pigmentos 104 foram dispersos rapidamente a partir da trajetória de laser na derme antes que uma densidade de elétrons crítica pudesse se formar. Isso, por sua vez, inibiu a formação de LIOB no meio, resultando na supressão seletiva da formação dos vacúolos remotos 102.
[0119]O tratamento com laser das aglomerações de pigmentos 104 enquanto dentro de um campo elétrico resulta no maior transporte das partículas de pigmento 1600 para a camada profunda da derme. A ablação de aglomerações de pigmentos 104 enquanto dentro de um campo elétrico resulta na geração de partículas de pigmentos carregadas eletrostaticamente. Essas partículas carregadas e/ou menores são então carregadas para longe do local da tatuagem mais facilmente, o que ajuda ainda mais no esmaecimento dos locais de tatuagem tratados.
Segundos Resultados Experimentais [0120]Um segundo estudo foi realizado para avaliar as relações entre: 1) Formação de vacúolos dérmicos induzida a laser (isto é, embranquecimento) e lesão dérmica, e 2) formação de vacúolos dérmicos induzida a laser e esmaecimento de tatuagem. O objetivo secundário foi avaliar os tratamentos com Laser EFE comparados com os tratamentos de remoção de tatuagem convencionais com laser Nd:YAG Q-switched 1064 (laser Q-switched) quanto à formação de vacúolos dérmicos, lesões dérmicas e esmaecimento da tatuagem. A formação de vacúolos
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42/48 dérmicos e lesões dérmicas foi avaliada histologicamente. O esmaecimento de tatuagem acelerado foi avaliado colorimetricamente.
[0121 ]O Laser EFE foi avaliado em um biotério CRO (MPI, Kalamazoo, Ml). Um modelo animal suíno tatuado, aprovado pelo Animal Care Committee (Comitê de Cuidados com Animais), foi utilizado neste estudo. Miniporcos de Gottingen (~30 kg) foram tatuados por um profissional de tatuagem em ambas as partes laterais, sob anestesia geral, com múltiplos pontos de tatuagem pretos circulares (de 1 cm de diâmetro) (vide, por exemplo, a FIG. 4C) e deixados amadurecer por pelo menos 3 meses antes do início do estudo.
[0122]Um Laser EFE e um laser Q-switched convencional foram avaliados em um estudo usando miniporcos de Gottingen (~30 kg) tatuados com múltiplos pontos de tatuagem pretos circulares (1 cm2). Os locais de tatuagem foram tratados ou com um tratamento a laser de único passe usando um laser Q-switched nãomodificado (Somente Laser) ou usando um laser Q-switched de 1064 nm em conjunto com um campo eletrostático externo (Laser EFE). A formação de vacúolos foi avaliada histologicamente imediatamente após o tratamento e a lesão dérmica foi avaliada histologicamente 2 a 6 dias após o tratamento. O esmaecimento dos locais de tatuagem tratados foi avaliado comparando-se as leituras colorimétricas das tatuagens antes do tratamento e em 8 semanas após o tratamento usando um espectrofotômetro (Konica Minolta CM-700d, Konica Minolta Sensing Americas, Inc., Ramsey, NJ).
[0123]Antes do início dos tratamentos, os animais foram colocados sob anestesia geral. Os locais de tatuagem selecionados foram então tratados ou com um laser de pulso curto convencional (Somente Laser) ou um Laser EFE. O laser usado tanto nos estudos Somente com Laser quanto em Laser EFE foi um Laser QS de 1064 nm (MedLite IV, Continuum Biomedical, adquirio pela Hologic, Inc., Marlboro, MA). Os parâmetros de laser usados para Somente Laser e os
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43/48 tratamentos com Laser EFE durante cada estudo individual foram comparáveis e incluíram o seguinte: Taxa de pulso de 1Hz; fluências de laser variando de 4,0 J/cm2 a 9,0 J/cm2 por passe; e tamanhos de ponto de laser variando de 3 mm a 4 mm.
[0124]Referindo-se à FIG. 4C, para o Laser EFE, a configuração de geração de campo elétrico usada com o laser é apresentada. Esta configuração consistia de um cabeçote de vácuo da pele 400 provida de uma janela de safira 406 com pelo menos um eletrodo isolado 302 afixado à superfície interna da janela 406. Uma alimentação de energia CC personalizada (não ilustrada) forneceu alta tensão (intervalo: +/- 1200 volts a +/-5000 volts) através dos eletrodos 302 durante o tratamento com laser. Isto resultou em um campo eletrostático sendo estabelecido no local de tratamento. Em alguns testes, quando um único eletrodo foi usado na janela de safira 406, uma almofada de eletrodo de retomo maior foi usada em uma localização distante do local de tratamento. Ao realizar os tratamentos com laser usando a configuração de geração de campo elétrico, o tratamento com laser foi realizado dentro de 1 cm do eletrodo ativo.
[0125]Após os tratamentos com laser, realizou-se o exame histológico do tecido coletado na biópsia para avaliar o número de vacúolos formados e a quantidade de lesão dérmica. Para a avaliação dos vacúolos, uma biópsia incisional de 3 mm do local de tratamento da tatuagem foi realizada imediatamente após o tratamento Somente com Laser ou com Laser EFE. Lâminas coradas com hematoxilina e eosina (H&E) foram preparadas a partir do tecido coletado na biópsia. A formação de vacúolos dérmicos para cada tratamento foi determinada contandose o número de vacúolos em uma área definida da imagem histológica.
[0126]Para a avaliação da lesão dérmica, uma biópsia incisional de 3 mm do local de tratamento da tatuagem foi realizada de 2 a 6 dias após o tratamento Somente com Laser ou o tratamento com Laser EFE. As lâminas coradas com Herovici foram preparadas a partir do tecido coletado na biópsia. A lesão dérmica
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44/48 para cada tratamento foi determinada usando uma escala de lesão dérmica de 5 pontos avaliando-se os danos à epiderme e à derme. A escala de 5 pontos variou de nenhuma lesão a lesão significativa da epiderme e do colágeno dérmico, conforme indicado pela coloração substancial com Herovici. (“0”=Nenhuma lesão; “1”=Lesão mínima do colágeno; “2”=Lesão leve do colágeno; “3”=Perda localizada de epiderme mais lesão mínima do colágeno; “4”=Nenhuma perda da epiderme, mas lesão importante do colágeno; e “5”=Perda de epiderme mais lesão importante do colágeno).
[0127]O esmaecimento dos locais de tatuagem tratados foi avaliado usando um aparelho portátil de espectrofotometria (Konica Minolta CM-700d, Konica Minolta Sensing Americas, Inc., Ramsey, NJ) configurado para registrar os valores do espaço de cores L*a*b*. 0 esmaecimento da tatuagem foi calculado por alteração porcentual da métrica da diferença colorimétrica (distância no espaço de cores) ΔΕ*, onde ΔΕ*= ((AL*)2 + (Aa*)2 +(Ab*)2)1/2. A métrica de distância colorimétrica ΔΕ* para leituras de tatuagem obtidas em 8 semanas foi comparada com o valor ΔΕ* colorimétrico pré-tratamento para calcular o esmaecimento da tatuagem.
[0128]Referindo-se à FIG. 17, a relação entre a formação de vacúolos dérmicos induzida a laser e a lesão dérmica foi investigada. Em quatro tratamentos com laser separados durante um período de 3 meses, a contagem média de vacúolos dérmicos (N=8) foi comparada com a média do grau de lesão dérmica (N=8) dos tratamentos Somente com Laser e dos tratamentos com Laser EFE. Os resultados desta investigação são ilustrados na FIG. 16 e demonstram uma correlação positiva fortíssima (r=0,945, R2= 0,893) entre a contagem média de vacúolos dérmicos imediatamente após o tratamento com laser e o grau de lesão dérmica de 2 a 6 dias após o tratamento com laser.
[0129]Referindo-se às FIGS. 18A a 18B e às FIGS. 19A a 19B, exemplos de imagens histológicas mostrando a formação de vacúolos e a lesão dérmica para
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Somente Laser e locais de tatuagem tratados com Laser EFE são ilustrados, respectivamente. A FIG. 18A é a imagem histológica (corada com H&E) do local da tatuagem na pele de suíno imediatamente após o tratamento Somente com Laser mostrando um número significativo (>100) de vacúolos dérmicos (vazios brancos) consistindo de um pequeno número de vacúolos de partículas grandes de formato irregular e um grande número de vacúolos remotos esféricos menores (vazios circulares pequenos na derme remotos às partículas de pigmentos). A FIG. 18B é uma imagem corada com Herovici do mesmo local de tratamento 4 dias após o tratamento Somente com Laser, mostrando lesão dérmica significativa e uma nova formação de colágeno (Tipo III). O colágeno adquire a cor azul claro com o corante Herovici, comparado com o colágeno antigo (Tipo I), que adquire a cor azul escuro/roxo.
[0130]Em contrapartida, como mostra a FIG. 19A, a imagem histológica (corada com H&E) do local da tatuagem em pele de suíno imediatamente após o laser EFE possuía um número menor de vacúolos dérmicos (~33). Embora o número de vacúolos de partículas (grandes vazios brancos de formato irregular adjacentes às partículas de pigmentos) tenha sido comparável ao dos locais de tatuagem com tratamento Somente com Laser (~10 a 20), o número de vacúolos remotos presentes foi menor. De maneira similar, a FIG. 19B apresenta uma imagem histológica (corada com Herovici) do mesmo local de tratamento 4 dias após o tratamento com Laser EFE, demonstrando lesão dérmica mínima (coloração mínima azul claro) e nova formação de colágeno.
[0131]Referindo-se à FIG. 20, a relação entre a formação de vacúolos dérmicos induzida a laser e o esmaecimento da tatuagem em 8 semanas foi avaliada. As contagens médias de vacúolos dérmicos (n=8) foram comparadas com a média do percentual de alteração em ΔΕ* (n=8) a partir dos tratamentos com Laser EFE e dos tratamentos Somente com Laser. Como mostra a FIG. 20, os resultados
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46/48 demonstram uma correlação negativa moderada (r=-0,52) entre a formação de vacúolos e o esmaecimento da tatuagem (isto é, mais vacúolos dérmicos resultam em menos esmaecimento da tatuagem).
[0132]O objetivo secundário deste estudo foi avaliar os tratamentos com Laser EFE em comparação com os tratamentos de remoção de tatuagem a laser convencionais, para formação de vacúolos dérmicos, lesões dérmicas e esmaecimento de tatuagem. Referindo-se à FIG. 21, o diagrama de dispersão (com uma linha horizontal para média e barras de erro para 95% Cl) mostra a contagem de vacúolos dérmicos após o tratamento com Laser EFE e Somente Laser. Os tratamentos com Laser EFE apresentaram uma contagem de vacúolos dérmicos média significativamente inferior após um único passe de laser, se comparado aos tratamentos Somente Laser. A contagem média de vacúolos para o Laser EFE foi de 55 (n=19). A contagem média de vacúolos para Somente Laser foi de 101 (n=10). Em um teste t (de 2 caudas, não-emparelhado, homocedástico), a diferença entre os dois grupos foi estatisticamente significativa (P<0,0001).
[0133]Referindo-se à FIG. 22, o diagrama de dispersão (com linhas para média e barras de erro para 95% Cl) mostra o grau de lesão dérmica após o tratamento com Laser EFE e Somente Laser. Os locais tratados com Laser EFE apresentaram um grau de lesão dérmica médio menor se comparado aos locais tratados com Somente Laser. O grau de lesão dérmica médio para o Laser EFE foi de 1,84 de 5 (n=19). O grau de lesão dérmica médio para Somente Laser foi de 3,5 de 5 (n=10). Em um teste t (de 2 caudas, não-emparelhado, homocedástico), a diferença entre os dois grupos foi estatisticamente significativa (P<0,01).
[0134]Referindo-se à FIG. 23A, uma comparação da porcentagem de esmaecimento de tatuagem em 8 semanas entre os locais de tatuagem tratados com Laser EFE (n=19) e Somente Laser (n=10) é ilustrada. O diagrama de dispersão (com uma linha horizontal para média e barras de erro para 95% Cl)
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47/48 demonstra o esmaecimento acelerado da tatuagem após um único passe de laser usando o Laser EFE comparado com Somente Laser. O esmaecimento médio para o Laser EFE é de 19,1%. O esmaecimento médio para Somente Laser é de 9,2% (P<0,05). Finalmente, as FIGS. 23B e 23C fornecem imagens fotográficas ilustrando o esmaecimento aperfeiçoado para um local de tatuagem representativo tratado com o Laser EFE em comparação com Somente Laser. Por exemplo, a FIG. 23B mostra o esmaecimento com Somente Laser (4J/cm2 @ 4 mm; 1 Hz) e a FIG. 23C mostra o esmaecimento com Laser EFE (5000 Kv; 4J/cm2 @ 4 mm; 1 Hz).
[0135]Este estudo demonstrou que a formação de vacúolos dérmicos induzida por laser maior aumenta a lesão dérmica e diminui a eficácia do esmaecimento da tatuagem. O Laser EFE foi capaz de minimizar a quantidade de formação de vacúolos dérmicos induzida a laser durante o tratamento com laser de locais de tatuagem, resultando em redução da lesão dérmica e melhor esmaecimento da tatuagem. Acredita-se que a menor formação de vacúolos resulte em uma redução da blindagem do laser e da dispersão da luz, permitindo que mais energia do laser chegue à partícula de tinta da tatuagem.
[0136]Este estudo forneceu evidência de que o Laser EFE no tratamento dos locais de tatuagem resulta na formação de menos vacúolos dérmicos, menos lesão dérmica e esmaecimento de tatuagem aprimorado se comparado aos tratamentos com laser convencionais. Além de melhorar os tratamentos de tatuagem à base de laser, o uso de um campo elétrico pode atenuar elétrons livres das emissões termiônicas durante tratamentos de ablação a laser (remoção de cabelo, remoção de veia, etc.) para oferecer tratamentos mais seguros e mais eficazes.
[0137]A descrição e os exemplos acima oferecem uma descrição completa da estrutura e do uso das modalidades ilustrativas. Embora certas modalidades tenham sido descritas acima com um certo grau de particularidade, ou com referência a uma ou mais modalidades individuais, os versados na técnica poderíam
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48/48 fazer inúmeras alterações nas modalidades reveladas sem se afastar do escopo da presente revelação. Como tal, as várias modalidades ilustrativas dos métodos e sistemas não pretendem se limitar às formas específicas reveladas. Em vez disso, elas incluem todas as modificações e alternativas que se encaixem dentro do escopo das reivindicações, e outras modalidades além da ilustrada podem incluir alguns ou todos os aspectos da modalidade retratada. Por exemplo, os elementos podem ser omitidos ou combinados como uma estrutura unitária, conexões podem ser substituídas, ou ambos. Além disso, quando apropriado, os aspectos de quaisquer dos exemplos descritos acima podem ser combinados com aspectos de quaisquer dos outros exemplos descritos para formar exemplos adicionais possuindo propriedades e/ou funções diferentes ou comparáveis, e abordar problemas iguais ou diferentes. De maneira similar, será entendido que os benefícios e vantagens descritos acima podem dizer respeito a uma modalidade ou podem estar relacionados a várias modalidades. Por conseguinte, nenhuma implementação singular descrita aqui deverá ser interpretada como limitante, e implementações da revelação podem ser combinadas adequadamente sem se desviar dos ensinamentos da revelação.
[0138]As reivindicações não pretendem incluir, tampouco devem ser interpretadas como incluindo limitações de meio-mais-função ou etapa-mais-função, a menos que tal limitação seja mencionada explicitamente em uma dada reivindicação usando a(s) expressão(ões) “meio para” ou “etapa para”, respectivamente.

Claims (60)

  1. REIVINDICAÇÕES
    1. Aparelho para proporcionar terapia tecidual, o aparelho sendo CARACTERIZADO por compreender:
    um gerador de campo configurado para gerar um campo e para aplicar o campo através de uma porção de um meio biológico; uma alimentação de energia de corrente contínua (CC) configurada para fornecer CC ao gerador de campo; e uma fonte luminosa configurada para distribuir luz de laser para a porção do meio biológico durante a aplicação do campo.
  2. 2. Aparelho, de acordo com a reivindicação 1, CARACTERIZADO pelo fato de que o campo compreende um campo estático, e em que o gerador de campo é configurado para aplicar o campo estático ao meio biológico para induzir o movimento dos elétrons livres dentro da porção do meio biológico, e em que a distribuição da luz de laser para a porção do meio biológico proporciona a ruptura óptica das partículas de pigmento do tecido.
  3. 3. Aparelho, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 2, CARACTERIZADO pelo fato de que o gerador de campo compreende uma pluralidade de eletrodos configurados para fornecer o campo através da pluralidade de eletrodos, e em que o campo compreende um campo elétrico.
  4. 4. Aparelho, de acordo com a reivindicação 3, CARACTERIZADO pelo fato de que a pluralidade de eletrodos compreende um primeiro eletrodo e um segundo eletrodo, o primeiro eletrodo inclui uma superfície eletricamente condutiva configurada para entrar em contato com o meio biológico, e o segundo eletrodo é configurado para ser eletricamente isolado em relação ao meio biológico.
  5. 5. Aparelho, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 4, CARACTERIZADO pelo fato de que o gerador de campo compreende uma bobina magnética, e em que o campo compreende um campo magnético.
  6. 6. Aparelho, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 5,
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    CARACTERIZADO pelo fato de que o gerador de campo compreende um eletreto, e em que o campo compreende um campo elétrico.
  7. 7. Aparelho, de acordo com a reivindicação 6, CARACTERIZADO pelo fato de que o eletreto é transparente.
  8. 8. Aparelho, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 7, CARACTERIZADO pelo fato de que a fonte luminosa compreende um laser pulsado.
  9. 9. Aparelho, de acordo com a reivindicação 8, CARACTERIZADO pelo fato de que a fonte luminosa é configurada para distribuir a luz de laser com uma taxa de pulso de pelo menos 1 Hz e uma fluência de 0,5 J/cm2 a 20 J/cm2.
  10. 10. Aparelho, de acordo com qualquer uma das reivindicações de 1 a 9, CARACTERIZADO pelo fato de que a alimentação de energia CC é adicionalmente configurada para ser eletricamente acoplada à fonte luminosa.
  11. 11. Aparelho, de acordo com a reivindicação 10, CARACTERIZADO pelo fato de que a alimentação de energia CC é configurada para fornecer uma tensão elétrica CC ao gerador de campo dentro de um intervalo de 500 a 500.000 volts ou 500 a -500.000 volts.
  12. 12. Aparelho, de acordo com a reivindicação 10, CARACTERIZADO por adicionalmente compreender uma sonda configurada para ser acoplada à alimentação de energia CC, em que a sonda inclui o gerador de campo e a fonte luminosa.
  13. 13. Aparelho, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 12, CARACTERIZADO pelo fato de que o gerador de campo é configurado para ser acoplado de maneira removível à fonte luminosa.
  14. 14. Aparelho, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 13, CARACTERIZADO por adicionalmente compreender um dispositivo de cabeçote configurado para entrar em contato com uma superfície do meio biológico.
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  15. 15. Aparelho, de acordo com a reivindicação 14, CARACTERIZADO pelo fato de que o dispositivo de cabeçote inclui o gerador de campo.
  16. 16. Aparelho, de acordo com a reivindicação 14, CARACTERIZADO pelo fato de que o dispositivo de cabeçote é fisicamente acoplado à fonte luminosa.
  17. 17. Aparelho, de acordo com a reivindicação 14, CARACTERIZADO pelo fato de que o dispositivo de cabeçote compreende um cabeçote de vácuo configurado para ser conectado a uma fonte de vácuo e para aplicar sucção à porção do meio biológico, o cabeçote de vácuo configurado para permitir que a luz chegue à porção do meio biológico durante a aplicação da sucção.
  18. 18. Aparelho, de acordo com a reivindicação 14, CARACTERIZADO pelo fato de que o dispositivo de cabeçote inclui uma janela através da qual a luz pode chegar à porção do meio biológico.
  19. 19. Aparelho, de acordo com a reivindicação 18, CARACTERIZADO pelo fato de que a janela inclui um eletreto.
  20. 20. Aparelho para proporcionar terapia tecidual, o aparelho sendo CARACTERIZADO por compreender:
    uma fonte de tensão elétrica de corrente contínua CC; e uma pluralidade de eletrodos configurados para fornecer um campo elétrico através da pluralidade de eletrodos;
    em que a fonte de tensão CC é eletricamente conectada aos eletrodos;
    em que um primeiro dentre os eletrodos compreende uma superfície eletricamente condutiva configurada para entrar em contato com um meio biológico, e um segundo dentre os eletrodos é configurado para não conduzir corrente para o meio biológico; e em que a pluralidade de eletrodos é configurada para aplicar o campo elétrico a uma porção do meio biológico de modo que os elétrons livres sejam afetados na porção do meio biológico.
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    4/11
  21. 21. Aparelho, de acordo com a reivindicação 20, CARACTERIZADO pelo fato de que a pluralidade de eletrodos é configurada para aplicar o campo elétrico a uma porção do meio biológico de modo que os elétrons livres sejam movidos a partir da porção do meio biológico.
  22. 22. Aparelho, de acordo com a reivindicação 20, CARACTERIZADO pelo fato de que a fonte de tensão CC é configurada para fornecer uma tensão CC através dos eletrodos de + 1.200 a 5.000 volts ou -1.200 a -5.000 volts.
  23. 23. Aparelho, de acordo com a reivindicação 20, CARACTERIZADO pelo fato de que a fonte de tensão CC é configurada para fornecer uma tensão aos eletrodos a partir de 500 a 500.000 volts ou -500 a -500.000 volts.
  24. 24. Aparelho, de acordo com a reivindicação 20, CARACTERIZADO pelo fato de que o campo elétrico é um campo elétrico negativo.
  25. 25. Aparelho, de acordo com a reivindicação 20, CARACTERIZADO pelo fato de que o segundo dentre os eletrodos é configurado para ser espaçado a partir do meio biológico ou inclui um material eletricamente isolante configurado para reduzir a condução elétrica entre o segundo eletrodo e o meio biológico.
  26. 26. Aparelho, de acordo com a reivindicação 20, CARACTERIZADO por adicionalmente compreender:
    um cabeçote de vácuo configurado para ser conectado a uma fonte de vácuo;
    em que uma porção da pluralidade de eletrodos está contida dentro do cabeçote de vácuo;
    em que o cabeçote de vácuo é configurado para aplicar sucção à porção do meio biológico; e em que o cabeçote de vácuo é configurado para permitir que a luz chegue à porção do meio biológico quando a sucção é aplicada.
  27. 27. Aparelho, de acordo com a reivindicação 26, CARACTERIZADO pelo
    Petição 870190080583, de 19/08/2019, pág. 104/111
    5/11 fato de que o cabeçote de vácuo compreende uma janela através da qual a luz pode chegar à porção do meio biológico.
  28. 28. Aparelho, de acordo com a reivindicação 26, CARACTERIZADO pelo fato de que a fonte de vácuo à qual o cabeçote de vácuo é configurado para ser conectado é um sistema de vácuo central.
  29. 29. Aparelho, de acordo com a reivindicação 26, CARACTERIZADO pelo fato de que o cabeçote de vácuo é descartável.
  30. 30. Aparelho, de acordo com qualquer uma das reivindicações 26 a 29, CARACTERIZADO por adicionalmente compreender:
    um sistema de laser terapêutico configurado para distribuir um feixe de laser através de uma janela para a porção do meio biológico;
    em que o feixe de laser tem um eixo; e em que o campo elétrico aplicado à porção do meio biológico, quando se aplica sucção à porção do meio biológico pelo cabeçote de vácuo, é perpendicular ao eixo do feixe de laser.
  31. 31. Aparelho, de acordo com a reivindicação 30, CARACTERIZADO pelo fato de que o sistema de laser terapêutico inclui um laser pulsado.
  32. 32. Aparelho, de acordo com a reivindicação 31, CARACTERIZADO pelo fato de que o sistema de laser terapêutico é configurado para distribuir um feixe de laser pulsado com uma taxa de pulso de pelo menos 1 Hz e uma fluência de 0,5 J/cm2 a 20 J/cm2.
  33. 33. Aparelho, de acordo com a reivindicação 30, CARACTERIZADO pelo fato de que:
    o sistema de laser terapêutico é configurado para distribuir luz de laser à porção do meio biológico;
    a pluralidade de eletrodos se estende a partir do sistema de laser terapêutico; e
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    6/11 a pluralidade de eletrodos é configurada para fornecer o campo elétrico quando o sistema de laser terapêutico é posicionado para distribuir a luz de laser à porção do meio biológico.
  34. 34. Aparelho, de acordo com a reivindicação 20, CARACTERIZADO por adicionalmente compreender:
    uma bobina magnética;
    em que a fonte de tensão CC é adicionalmente configurada para fornecer energia CC à bobina magnética; e em que a bobina magnética, quando então alimentada, é configurada para induzir um campo magnético na porção do meio biológico.
  35. 35. Aparelho para proporcionar terapia tecidual, CARACTERIZADO por compreender:
    um eletreto configurado para fornecer um campo elétrico estático;
    em que o eletreto é adicionalmente configurado para ser posicionado em relação a um meio biológico de modo que o campo elétrico estático induza um campo elétrico no meio biológico;
    em que o campo elétrico induzido afeta os elétrons livres na porção do meio biológico; e em que o eletreto é transparente.
  36. 36. Aparelho, de acordo com a reivindicação 35, CARACTERIZADO pelo fato de que o eletreto é configurado para aplicar o campo elétrico estático à porção do meio biológico de modo que os elétrons livres sejam movidos na porção do meio biológico.
  37. 37. Aparelho, de acordo com qualquer uma das reivindicações 35 a 36, CARACTERIZADO pelo fato de que o eletreto é configurado para ser espaçado a partir do meio biológico ou incluir um material eletricamente isolante configurado para reduzir a condução elétrica entre o eletreto e o meio biológico.
    Petição 870190080583, de 19/08/2019, pág. 106/111
    7/11
  38. 38. Aparelho, de acordo com qualquer uma das reivindicações 35 a 36, CARACTERIZADO pelo fato de que o eletreto é configurado para entrar em contato com o meio biológico.
  39. 39. Aparelho, de acordo com qualquer uma das reivindicações 35 a 36, CARACTERIZADO por adicionalmente compreender:
    um sistema de laser terapêutico configurado para distribuir um feixe de laser para a porção do meio biológico;
    em que o eletreto é configurado para permitir a transmissão do feixe de laser através do eletreto; e em que o sistema de laser terapêutico é adicionalmente configurado para distribuir o feixe de laser à porção do meio biológico transmitindo o feixe de laser através do eletreto.
  40. 40. Aparelho, de acordo com a reivindicação 39, CARACTERIZADO pelo fato de que o sistema de laser terapêutico é configurado para distribuir o feixe de laser com uma taxa de pulso de pelo menos 1 Hz e uma fluência de 0,5 J/cm2 a 20 J/cm2.
  41. 41. Método, CARACTERIZADO por compreender:
    atuar, com base na potência da corrente contínua (CC), um sistema de geração de campo elétrico para aplicar um campo elétrico através de uma porção de um meio biológico; e distribuir luz de laser à porção do meio biológico.
  42. 42. Método, de acordo com a reivindicação 41, CARACTERIZADO pelo fato de que o sistema de geração de campo elétrico inclui um eletreto.
  43. 43. Método, de acordo com a reivindicação 41, CARACTERIZADO pelo fato de que o sistema de geração de campo elétrico inclui uma pluralidade de elétrodos para aplicar do campo elétrico, e em que o campo elétrico aplicado através da pluralidade de eletrodos é um campo elétrico negativo.
    Petição 870190080583, de 19/08/2019, pág. 107/111
    8/11
  44. 44. Método, de acordo com a reivindicação 41, CARACTERIZADO pelo fato de que o sistema de geração de campo elétrico inclui uma pluralidade de elétrodos para aplicar do campo elétrico, e em que o campo elétrico aplicado através da pluralidade de eletrodos é um campo elétrico positivo.
  45. 45. Método, CARACTERIZADO por compreender:
    atuar um gerador de campo para gerar um campo com base na potência da corrente contínua (CC);
    aplicar o campo através de uma porção de um meio biológico; e distribuir luz de laser a partir de uma fonte luminosa para a porção do meio biológico durante a aplicação do campo.
  46. 46. Método, de acordo com a reivindicação 45, CARACTERIZADO por adicionalmente compreender:
    antes de atuar o gerador de campo, posicionar o gerador de campo adjacente ao meio biológico em uma primeira localização; e antes de distribuir a luz de laser, posicionar a fonte luminosa em relação à porção do meio biológico para distribuir a luz de laser à porção.
  47. 47. Método, de acordo com qualquer uma das reivindicações 45 a 46, CARACTERIZADO pelo fato de que aplicar o campo inclui mover elétrons livres dentro da porção do meio biológico.
  48. 48. Método, de acordo com qualquer uma das reivindicações 45 a 47, CARACTERIZADO por adicionalmente compreender proporcionar a ruptura óptica das partículas de pigmento do tecido.
  49. 49. Método, de acordo com qualquer uma das reivindicações 45 a 48, CARACTERIZADO por adicionalmente compreender:
    colocar um cabeçote de vácuo em contato com uma superfície do meio biológico; e aplicar uma pressão negativa ao cabeçote de vácuo para estabilizar pelo
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    9/11 menos a porção do meio biológico, em que pelo menos a porção do meio biológico é estabilizada durante a distribuição da luz de laser à porção.
  50. 50. Método, de acordo com qualquer uma das reivindicações 45 a 49, CARACTERIZADO por adicionalmente compreender, após distribuir a luz de laser:
    posicionar o gerador de campo adjacente ao meio biológico em uma segunda localização;
    posicionar a fonte luminosa em relação a outra porção do meio biológico;
    atuar o gerador de campo para gerar outro campo;
    aplicar o outro campo através da outra porção do meio biológico; e distribuir luz de laser adicional a partir da fonte luminosa para a outra porção do meio biológico durante a aplicação do outro campo.
  51. 51. Método, CARACTERIZADO por compreender:
    colocar um cabeçote de vácuo contendo uma pluralidade de eletrodos em contato com uma superfície de um meio biológico, em que a pluralidade de eletrodos são espaçados uns dos outros, em que um primeiro eletrodo da pluralidade de eletrodos compreende uma superfície eletricamente condutiva entrando em contato com o meio biológico, e em que um segundo eletrodo da pluralidade de eletrodos configurado para não conduzir corrente ao meio biológico;
    aplicar uma pressão negativa ao cabeçote de vácuo para estabilizar o meio biológico;
    aplicar um potencial elétrico de corrente contínua (CC) através da pluralidade de eletrodos para criar um campo elétrico no meio biológico; e distribuir luz de laser ao meio biológico em um ponto entre a pluralidade de eletrodos.
  52. 52. Método, de acordo com a reivindicação 51, CARACTERIZADO pelo fato de que o segundo eletrodo da pluralidade de eletrodos é espaçado do meio biológico ou é separado do meio biológico por um material eletricamente isolante.
    Petição 870190080583, de 19/08/2019, pág. 109/111
    10/11
  53. 53. Método, CARACTERIZADO por compreender:
    colocar uma pluralidade de eletrodos em relação a uma superfície de um meio biológico de modo que os eletrodos sejam espaçados uns dos outros, em que uma superfície eletricamente condutiva de um primeiro eletrodo da pluralidade de eletrodos entra em contato com o meio biológico, e em que um segundo eletrodo da pluralidade de eletrodos é configurado para não conduzir corrente para o meio biológico;
    aplicar um potencial elétrico de corrente contínua (CC) através da pluralidade de eletrodos para criar um campo elétrico no meio biológico; e distribuir luz de laser ao meio biológico em um ponto entre a pluralidade de eletrodos.
  54. 54. Método, de acordo com a reivindicação 53, CARACTERIZADO pelo fato de que o segundo eletrodo da pluralidade de eletrodos é espaçado do meio biológico ou é separado do meio biológico por um material eletricamente isolante.
  55. 55. Método, de acordo com qualquer uma das reivindicações 51 a 54, CARACTERIZADO pelo fato de que o potencial elétrico CC aplicado através da pluralidade de eletrodos é um potencial elétrico negativo.
  56. 56. Método, de acordo com qualquer uma das reivindicações 51 a 53, CARACTERIZADO pelo fato de que o potencial elétrico CC aplicado através da pluralidade de eletrodos é um potencial elétrico positivo.
  57. 57. Método, de acordo com qualquer uma das reivindicações 51 ou 53, CARACTERIZADO pelo fato de que a luz de laser distribuída no espaço entre a pluralidade de eletrodos é um feixe de laser pulsado.
  58. 58. Método, de acordo com a reivindicação 57, CARACTERIZADO pelo fato de que o feixe de laser pulsado tem uma taxa de pulso de pelo menos 1 Hz e uma fluência de 3,5 J/cm2 a 9 J/cm2.
    Petição 870190080583, de 19/08/2019, pág. 110/111
    11/11
  59. 59. Método, de acordo com a reivindicação 57, CARACTERIZADO pelo fato de que o feixe de laser pulsado tem uma taxa de pulso de pelo menos 1 Hz e uma fluência de 0,5 J/cm2 a 20 J/cm2.
  60. 60. Método, de acordo com qualquer uma das reivindicações 58 a 59, CARACTERIZADO pelo fato de que o feixe de laser pulsado é distribuído dentro de 1 cm de um eletrodo ativo.
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