BR112012032364B1 - Succinilato de caseína férrica e método para a preparação do mesmo - Google Patents

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Abstract

SUCCINILATO DE CASEÍNA FÉRRICA E MÉTODO PARA A PREPARAÇÃO DO MESMO A presente invenção se refere a um succinilato de caseína férrica caracterizado por um teor de ferro compreendido entre 4,5% e 7% em peso e por uma solubilidade em água aproximadamente maior que cerca de 92%. A presente invenção adicionalmente se refere a um método para preparar succinilato de caseína férrica.

Description

A presente invenção refere-se a um succinilato de caseína férrica (III) caracterizado por um teor de ferro compreendido entre 4,5% e 7% em peso e por uma solubilidade em água maior que cerca de 92%.
A presente invenção adicionalmente se refere a um método para preparar succinilato de caseína férrica.
TÉCNICA ANTERIOR
Derivados do ferro são amplamente utilizados na medicina para a prevenção e a cura da anemia e da deficiência de ferro na gravidez, em casos de síndrome de má absorção, durante a amamentação e o crescimento. Dentre estes, o Succinilato de Proteína Férrica geralmente chamado pelo acrônimo IPS é positivamente distinguido em termos das características de biodisponibilidade e tolerabilidade do mesmo.
As propriedades químicas, físicas e biológicas, bem como a preparação do IPS, chamado Ironlat, obtido a partir de proteínas do leite, são descritas na patente italiana IT1150213. Além disso, a solubilidade do Ironlat é indicada em pH>5, o qual é parcial para o complexo que contém 6,7% de ferro e completo para o que contém 4,6%.
O documento Cremonesi et al. International Journal of Clinical Pharmacology Therapy and Toxicology vol.31 (1993) páginas 40-51 indica as propriedades químicas e farmacológicas do succinilato de caseína férrica, do complexo de ferro (III) obtido a partir de caseína succinilada. Na experimentação in vivo, este produto, que possui um teor equivalente a 5%, revela uma tolerabilidade gastrointestinal melhor em relação a outros derivados de ferro.
A patente europeia EP939083B1 descreve um método para produzir succinilato de caseina férrica que provê o uso de 5 procedimentos de dilaceração e secagem específicos para superar o problema da presença de componentes insolúveis no produto. Além disso, é descrito o uso de caseina de qualidade alimentar como matéria-prima a ser utilizada no processo de produção de succinilato de caseína férrica.
Para contribuir para manter o produto dentro dos limites especificados em relação à contaminação microbiológica, conservantes de metilparabeno e propilparabeno são adicionados 1 durante o processo; são determinadas presenças em teores de 3% e 1,05%, respectivamente, ao analisar o produto final. Tal uso de conservantes também é descrito na patente EP1776382B1, a qual introduz o uso de granulação de umidade em combinação com secagem por pulverização ou liofilização do produto para facilitar, durante o processo, os processos de solubilização.
O pedido de patente EP319664 propõe um método com base na degradação enzimática de succinilato de caseína férrica para superar os problemas de solubilidade e viscosidade observados neste complexo, em particular quando o valor específico de ferro excede 10%.
O pedido de patente internacional W02007/065812 descreve a preparação de succinilato de caseína férrica realizando tanto a reação de succinilação quanto a subsequente complexação utilizando a operação de íons de ferro (III) em suspensão, enquanto que os aspectos relacionados às dificuldades da solubilização do succinilato de caseína férrica não são tratados. Na verdade, este pedido de patente não provê informações relacionadas à solubilização do complexo obtido, e a viscosidade da solução possivelmente obtenível não é medida.
Tais problemas de solubilização são particularmente aparentes quando o teor de ferro específico excede o limite de 5%.
O fenômeno de aumento de viscosidade, o qual é observado quando a concentração do produto na solução aquosa 10 aumenta, torna difícil, ou até mesmo impede o uso de succinilato de caseína férrica além das concentrações determinadas.
A combinação destes efeitos limita a dosagem do produto a um valor que não excede 800 mg, correspondente a cerca de 40 mg de ferro (III) por dose, a menos que sejam utilizadas 15 formulações que excedam 15 mL da solução.
Além disso, a viscosidade de uma solução aquosa de succinilato de caseína férrica complica as operações de redução de teor microbial do produto através de filtração ou microfiltração, e requer o uso de altas quantidades de 20 conservantes.
É, assim, aparente o fato de que a técnica atual não oferece soluções simples para superar os problemas de solubilização de succinilato de caseína férrica, um medicamento altamente utilizado no tratamento de diversas formas de 25 deficiência de ferro.
DESCRIÇÃO DA INVENÇÃO
Foi descoberto que vantagens surpreendentes podem ser obtidas na produção de succinilato de caseína férrica se a caseina dietética - a qual foi submetida a um processo de purificação voltado para a remoção de impurezas proteicas, impurezas inorgânicas e/ou aumentar a relação de fósforo/nitrogênio (relação P/N) - for utilizada como matéria- 5 prima. Na realidade, é, assim, possivel obter succinilato de caseina férrica não somente caracterizado por um perfil proteico contendo baixas impurezas, mas também inesperadamente por uma melhor solubilidade em água. Tal melhor solubilidade implica na possibilidade de se obter soluções e/ou suspensões aquosas que 10 revelem viscosidade mais baixa em relação àquela obtida a partir de caseina de qualidade alimentar comercial.
Em relação à caseina, a expressão "impurezas proteicas" de acordo com a invenção é utilizada para indicar proteínas diferentes de caseina em suas diversas variantes, 15 medidas por meio de eletroforese unidimensional com coloração de Azul de Coomassie e análise densitométrica. Preferivelmente, as ditas impurezas proteicas da invenção são proteínas diferentes de alfa-Sl caseina, alfa-S2 caseina, beta caseina, kappa caseina e/ou pseudo-kappa caseina.
Analogamente, em relação ao succinilato de caseina férrica, a expressão "impurezas proteicas" de acordo com a invenção é utilizada para indicar proteinas diferentes de caseina em suas diversas variantes, medidas por meio de eletroforese unidimensional com coloração de Azul de Coomassie e análise 25 densitométrica. Preferivelmente, as ditas impurezas proteicas da invenção são proteinas succiniladas diferentes dos produtos da succinilação de alfa-Sl caseina, alfa-S2 caseina, beta caseina, kappa caseina e/ou pseudo-kappa caseina.
A expressão "impurezas orgânicas", de acordo com a invenção, é utilizada para indicar cinzas sulfatadas.
O termo "razão P/N" é utilizado para indicar a razão entre a quantidade em peso de fósforo presente na amostra, 5 medida por meio da técnica ICP, e a quantidade em peso de nitrogênio, medida através de análises elementares.
De acordo com a presente invenção, os valores expressos em porcentagem em peso (% em peso) devem ser empregados em relação ao peso total de succinilato de caseina férrica ou de 10 caseina.
Assim, a presente invenção possui o objeto de succinilato de caseina férrica, caracterizado por um teor de ferro compreendido entre 4,5 e 7% em peso e uma solubilidade em água maior que cerca de 92% em peso. Preferivelmente, tal solubilidade 15 em água deve ser considerada como solubilidade em cerca de 11,5 partes de água.
O dito succinilato de caseina férrica contém adicionalmente uma quantidade de impurezas proteicas menor que cerca de 15%, preferivelmente menor que cerca de 10% e/ou uma 20 razão P/N maior que cerca de 5%, preferivelmente maior que cerca de 5,5%.
Um objeto adicional da presente invenção é um método para preparar succinilato de caseina férrica, compreendendo as seguintes etapas: a) reagir caseina e anidrido succinico em água para obter caseina succinilada, b) reagir caseina succinilada com cloreto férrico para obter succinilato de caseina férrica. caracterizado em que a dita caseína de acordo com a etapa a) é caseína purificada, possuindo um baixo teor de impurezas proteicas e/ou impurezas inorgânicas e/ou uma alta razão P/N.
Preferivelmente, o dito teor de impurezas proteicas é menor que 15% em peso, o de impurezas inorgânicas é menor que 1% em peso e a razão entre teor em peso de fósforo e teor em peso de nitrogênio é maior que cerca de 5% em peso.
Mais preferivelmente, o teor das ditas impurezas proteicas é menor que cerca de 10% em peso e/ou o dito teor de impurezas inorgânicas é menor que cerca de 0,4% em peso e/ou a razão entre o teor em peso de fósforo e o teor em peso de nitrogênio é maior que cerca de 5,5%.
As ditas impurezas proteicas da invenção são proteínas diferentes de alfa-Sl caseína, alfa-S2 caseína, beta caseína, kappa caseína e/ou pseudo-kappa caseína.
Caseínas dietéticas são geralmente identificadas de acordo com a técnica de precipitação empregada na preparação das mesmas: em relação às caseínas ácidas, a precipitação é realizada por meio de acidificaçâo, enquanto que aquelas obtidas utilizando coalho são presamic, geralmente chamadas de caseínas de coalho.
De acordo com a presente invenção, a caseína dietética utilizada como matéria-prima pode ser caseína ácida ou caseína presamic.
Estes produtos comerciais, independente do tipo (ácida ou presamic) são geralmente acompanhados por documentação analítica escassa; os parâmetros tipicamente indicados são o teor de água, o teor proteico (determinado aplicando um fator de multiplicação ao valor de nitrogênio total), o nível de contaminação microbiana e a granulometria. Este nível de caracterização é completamente adequado para o uso de caseínas na 5 indústria alimentícia, porém nós descobrimos que a preparação de succinilato de caseína férrica requer uma avaliação analítica profunda desta matéria-prima.
Caseínas dietéticas comerciais e caseínas purificadas utilizadas como matérias-primas de acordo com a 10 presente invenção para a preparação de succinilato de caseína férrica foram analisadas por meio de HPLC de fase reversa, de acordo com o método indicado em Bonizzi et al. Journal of Chromatography A vol. 1261(2009) páginas 165 a 168, incorporado a este documento por referência.
É, assim, possível identificar três tipos de caseínas: alfa-Sl, alfa-S2, beta, kappa e pseudo-kappa.
Através de análise de eletroforese, tanto monodimensional quanto bidimensional, utilizando Azul de Coomassie como indicador de reagente, com a separação de diversos tipos de 20 caseína e as diversas variedades da mesma derivando de suas modificações pós-transcricionais (tais como glicosilação e fosfori.lação) , é também possível avaliar a presença das impurezas proteicas.
Em particular, a eletroforese SDS-PAGE com gel de 25 poliacrilamida 14%, coloração com Azul de Coomassie e análise densitométrica com base em uma linha de calibração construída com diferentes quantidades de BSA, foi utilizada para a determinação quantitativa das impurezas proteicas.
As ditas caseínas e caseínas purificadas foram também analisadas utilizando o método de cinzas sulfatadas de acordo com Farmacopea Europea (método Eu.Pharm. 2.4.14). 0 teor de fósforo (P) da mesma foi, então, determinado através da técnica 5 ICP, e o teor de nitrogênio (N) foi determinado através de análise elementar e, assim, a razão P/N % foi calculada dividindo a quantidade em peso observada em relação ao fósforo pela quantidade em peso observada em relação ao nitrogênio e multiplicando o resultado por 100. A tabela 1 abaixo mostra os resultados obtidos 10 para os diversos tipos de caseínas, isto é, caseínas dietéticas comerciais (ácidas e presamic) e as caseínas purificadas de acordo com o método da presente invenção.
Figure img0001
Tabela 1
Foi, assim, observado que as caseínas dietéticas comerciais analisadas revelam um teor de impurezas proteicas equivalente a 15 a 20% do total da proteína de amostra, enquanto que o teor de impurezas inorgânicas, definido por meio do valor das cinzas sulfatadas, está compreendido entre 1% e 2,5% em peso nas caseinas ácidas comerciais e entre 7% e 10% em peso nas caseinas presamic, conforme observável, por exemplo, na tabela 1 5 acima.
Assim, um objeto adicional da presente invenção também é um método para purificar as ditas caseinas dietéticas, levando a uma remoção parcial ou total de impurezas proteicas, impurezas inorgânicas e/ou a um aumento da razão P/N.
De acordo com a presente invenção, a dita caseína dietética é tratada com água, um solvente orgânico polar ou uma mistura dos mesmos; preferivelmente com água.
Preferivelmente, o dito solvente orgânico polar é um álcool C1-C4, mais preferivelmente metanol, etanol, isopropanol 15 ou uma mistura dos mesmos.
De acordo com uma primeira realização da presente invenção, o solvente selecionado é utilizado para a purificação de caseína, de maneira a dissolver as impurezas proteicas e as impurezas inorgânicas para separá-las de caseína não dissolvida por meio de centrifugação ou filtração. As características de solubilidade da caseína no solvente selecionado em função da temperatura, do pH e/ou da adição de aditivos tais como, por exemplo, cloreto de sódio, cloreto de cálcio e/ou acetato de amónio, são utilizadas para a implementação deste método de purificação.
A caseína dietética utilizada no processo de purificação pode ser diretamente posicionada em contato com o solvente selecionado nas condições de dissolução da proteína e das impurezas inorgânicas e, após um tempo adequado de contato sob agitação, separada da solução contendo as impurezas por filtração ou centrifugação.
De acordo com uma segunda realização da presente invenção, a purificação deve ser realizada dissolvendo primeiro a caseína no solvente selecionado e subsequentemente precipitando-a por meio da variação adequada do pH, da temperatura e/ou da adição de aditivos tais como, por exemplo cloreto de sódio, cloreto de cálcio e/ou acetato de amónio. Mesmo neste caso, a separação de 10 caseína da proteína e de impurezas inorgânicas deve ser realizada através da filtração ou centrifugação, tais impurezas acabando dissolvidas no solvente utilizado para a purificação.
De acordo com a primeira realização acima mencionada da presente invenção, a caseína dietética é posicionada em contato com o solvente selecionado, o pH da mistura é opcionalmente levado a um pH compreendido entre 3 e 5, ou a um pH compreendido entre 5 e 10. As ditas correções de pH podem ser realizadas, por exemplo, utilizando soluções aquosas de ácido clorídrico ou de hidróxido de sódio. A dita mistura é levada a uma temperatura compreendida entre 0 °C e 40 °C, preferivelmente entre 0 °C e 10 °C. Um aditivo, tal como, por exemplo, cloreto de sódio, cloreto de cálcio e/ou acetato de amónio pode ser opcionalmente adicionado.
A mistura resultante é deixada sob agitação 25 durante um período de tempo compreendido entre 1 e 24 horas, preferivelmente entre 2 e 10 horas.
O dito solvente selecionado é, assim, utilizado para dissolver as impurezas proteicas e as impurezas inorgânicas e separá-las da caseína não dissolvida, preferivelmente a caseína é, então, separada das impurezas através de centrifugação ou filtração. A filtração pode ser do tipo convencional ou pode ser t realizada por meio de membranas de porosidade adequada de acordo 5 com o método de filtração de fluxo tangencial ou do tipo sem saída.
De acordo com a segunda realização acima mencionada da presente invenção, a caseína dietética é dissolvida no solvente selecionado, subsequentemente sujeitando-a à precipitação, levando-a a um pH compreendido entre 4 e 6, preferivelmente entre 4,5 e 5. Qualquer método conhecido para um técnico no assunto pode ser utilizado para separar a caseína da solução contendo a proteína e impurezas inorgânicas, preferivelmente a dita caseína é separada por meio de filtração ou 15 centrifugação.
Com o objetivo de obter o grau desejado de purificação, estas etapas de purificação podem ser repetidas uma ou diversas vezes. Assim, o mesmo método de purificação pode ser repetido, ou pode-se optar pela operação de métodos de purificação 20 diferentes entre si em sequência.
Assim, um objeto adicional da presente invenção é uma caseína dietética purificada, obtenível através de um dos métodos previamente descritos da presente invenção, possuindo um teor de impurezas proteicas preferivelmente menor que 15% em peso, 25 mais preferivelmente menor que 10% em peso; um teor de impurezas inorgânicas preferivelmente menor que 1% em peso, mais preferivelmente menor que 0,4% em peso e/ou uma razão entre o teor em peso de fósforo e o teor em peso de nitrogênio maior que 5% em peso, mais preferivelmente maior que 5,5% em peso.
Um objeto adicional da presente invenção é o uso da dita caseina purificada para preparar succinilato de caseina 5 férrica.
A preparação de succinilato de caseina férrica pode ser realizada de acordo com métodos conhecidos a um técnico no assunto, tal como, por exemplo, aqueles descritos nas patentes IT1150213 e EP939083B1, incorporadas a este documento por 10 referência.
Em uma realização da presente invenção, o método para a preparação de succinilato de caseina férrica descrito acima compreende as etapas de: a) reagir caseina e anidrido succinico em água 15 para obter a caseina succinilada, b) reagir caseina succinilada com cloreto férricò para obter succinilato de caseina férrica, em que a caseina no ponto a) é caseina purificada possuindo baixo teor de impurezas proteicas e/ou de impurezas 20 inorgânicas e/ou uma alta razão P/N conforme descrito acima, é realizado conforme a seguir: a caseina purificada é succinilada em água utilizando anidrido succinico, mantendo o pH durante a reação compreendido preferivelmente entre 7,5 e 8,5 adicionando uma 25 solução aquosa de hidróxido de sódio.
A temperatura de reação é cerca de 20 a 25 °C. No final da reação, o produto é precipitado adicionando - sob agitação - uma solução aquosa de ácido clorídrico até um pH de cerca de 3.
Dessa forma, a caseína succinilada obtida é filtrada e dissolvida em água adicionando uma solução aquosa de 5 hidróxido de sódio. A solução é filtrada por possíveis sólidos não dissolvidos; então, uma solução aquosa de cloreto férrico é adicionada na quantidade definida em função do teor de ferro desejado no produto final.
Durante a adição, ocorre a redução do pH e a 10 precipitação de succinilato de caseína férrica.
Durante a adição da solução de cloreto férrico, o pH pode ser corrigido, utilizando uma solução aquosa de hidróxido de sódio para evitar condições acídicas excessivas. Neste caso, no final da adição de cloreto férrico, a precipitação do complexo é 15 finalizada adicionando uma solução aquosa de ácido clorídrico.
O sólido formado é recuperado por filtração e é suspenso em água. Nesta etapa, é possível adicionar conservantes (metil e propilparabeno). Uma solução aquosa de hidróxido de sódio é adicionada até um pH de cerca de 8,5, o não dissolvido é 20 removido por centrifugação e o succinilato de caseína férrica é precipitado pela acidificação utilizando ácido clorídrico em solução aquosa. O produto é secado em baixa pressão.
Alternativamente à secagem em baixa pressão, o succinilato de caseína férrica pode ser obtido a partir de uma 25 solução aquosa do mesmo por meio de secagem por pulverização.
O dito método pode também compreender uma etapa adicional de microfiltração da solução aquosa de succinilato de caseina férrica. A dita etapa de microfiltração de acordo com a invenção é destinada a reduzir a contaminação microbiana.
Assim, outro assunto da presente invenção é o succinilato de caseina férrica obtenivel através do método 5 previamente descrito.
Tal succinilato de caseina férrica da invenção possui características de solubilidade em água melhoradas, em relação ao da técnica anterior; preferivelmente, tal succinilato de caseina férrica possui solubilidade em água maior que cerca de 10 92%. Tal valor de solubilidade é preferivelmente pretendido quando em 11,5 partes de água.
O cálculo de solubilidade em água foi realizado solubilizando a amostra em um pH de cerca de 8,0 utilizando hidróxido de sódio com razão final entre água e succinilato de 15 caseina férrica equivalente a 11,5 em peso e filtrando a preparação em ura filtro com porosidade equivalente a 6 μm e determinando através da pesagem do filtro, após secagem, a quantidade não dissolvida. A solubilidade em porcentagem da amostra foi calculada subtraindo do peso da própria amostra o do 20 componente deixado no filtro e comparando o resultado com o do peso inicial da amostra. A viscosidade de diversas preparações aquosas foi medida em um pH de cerca de 8,0 dos produtos com concentrações equivalentes a 5%, 6% e 81 em peso.
Além disso, as velocidades de filtração foram 25 medidas em membranas com porosidade equivalentes a 0,45 μm para estabelecer, para diferentes amostras preparadas, a possibilidade de reduzir a contaminação microbiana através de microfiltração.
Este cálculo foi realizado medindo o tempo necessário para passar - por meio de um sistema a vácuo - 5 mL de uma solução da amostra em água em um pH de cerca de 8,0 de concentração de 5% em peso através de uma membrana com uma porosidade de 0,45 μm de 3 cm2.
A tabela 2 abaixo mostra os resultados obtidos.
Figure img0002
Tabela 2
Um objetivo adicional da presente invenção é uma composição contendo succinilato de caseina férrica da presente invenção e pelo menos um excipiente fisiologicamente aceitável.
A dita composição pode ser preferivelmente 5 formulada em forma sólida ou liquida, mais preferivelmente em forma liquida. A dita forma liquida é preferivelmente uma solução ou uma suspensão, mais preferivelmente uma solução aquosa. A dita solução aquosa pode ser administrada oralmente ou parenteralmente.
A dita composição compreende uma quantidade de 10 succinilato de caseina férrica de acordo com a invenção preferivelmente compreendida entre 100 e 200 mg de ferro, mais preferivelmente entre 20 e 100 mg de ferro, ainda mais preferivelmente cerca de 40 mg, 60 mg ou 80 mg de ferro.
De acordo com uma realização preferida da 15 invenção, a dita composição é uma solução aquosa compreendendo cerca de 40 mg, 60 mg ou 80 mg de ferro dissolvido em 15 mL de solução.
Além disso, foi surpreendentemente descoberto que as composições liquidas com base em succinilato de caseina férrica 20 de acordo com a presente invenção revelam uma considerável redução de viscosidade em relação às composições da técnica anterior.
A viscosidade de composições liquidas contendo succinilato de caseina férrica da invenção é consideravelmente baixa em relação a de composições da técnica anterior com um valor 25 de ferro equivalente. Tal redução de viscosidade em preparações contendo succinilato de caseína férrica da invenção é observável em preparações obtidas a partir de succinilato de caseína férrica com um teor de ferro equivalente a 5% e, ainda mais claramente, após a comparação entre produtos com maior teor de ferro, em particular entre produtos com um teor de ferro de 6% e acima, conforme observável na tabela 2. Preferivelmente, a viscosidade de uma composição líquida contendo - em forma solubilizada - cerca de 5 8% em peso de succinilato de caseína férrica da invenção é menor que 400 mPa.seg, mais preferivelmente menor que 300 mPa.seg.
Estas características surpreendentes de maior solubilidade de succinilato de caseína férrica da invenção, e menor viscosidade das composições líquidas contendo-a, são 10 particularmente úteis para a preparação de succinilato de caseína férrica em alta concentração de ferro (tal como, por exemplo, igual ou maior que 4 0 mg para 15 mL de solução) . Uma solução preferida de acordo com a presente invenção contém uma quantidade de succinilato de caseína férrica compreendida entre 4 e 15% em 15 peso, preferivelmente entre 4,5 e 12% em peso, mais preferivelmente entre 5 e 8% em peso, em relação ao peso total.
Tal característica de baixa viscosidade também permite a microfiltração de composições líquidas contendo succinilato de caseína férrica da invenção.
Esta operação é extremamente útil para proteger as propriedades do produto, a subsequente formulação e a preservação do mesmo. Após realizar a operação de microfiltração e reduzir a contaminação microbiana, também é possível reduzir, ou até evitar o uso de conservantes tais como, por exemplo, parabenos 25 convencionalmente utilizados para evitar proliferação microbiana.
Na verdade, isto permite a redução considerável do teor microbiano das formulações, preferivelmente formulações liquidas, contendo succinilato de caseina férrica de acordo com a invenção.
Até o momento, a alta viscosidade do liquido das formulações liquidas (por exemplo, soluções aquosas) com base em 5 succinilato de caseina férrica, obtidas a partir de caseina dietética não sujeita a um processo de purificação adequado, impediram em vez de conduzir tal operação de microfiltração.
A microfiltração de acordo com a invenção pode ocorrer em membranas com porosidade controlada ou microfiltração 10 tangencial em membranas com porosidade controlada com o objetivo de reduzir contaminação microbiana.
Tal operação de microfiltração, também ligável à menor viscosidade das composições liquidas (preferivelmente soluções aquosas) de succinilato de caseina férrica, é particularmente útil para preparar composições liquidas orais de alta vida útil sem exigir quantidades altas questionáveis de conservantes.
Os seguintes exemplos possuem o único propósito de ilustrar algumas realizações da invenção e eles não devem ser 20 considerados restritivos da mesma em maneira alguma.
EXEMPLOS EXEMPLO 1 EXEMPLO COMPARATIVO PARA A PREPARAÇÃO DE SUCCINILATO DE CASEÍNA FÉRRICA COM TEOR DE FERRO EQUIVALENTE A 25 CERCA DE 5% A PARTIR DE CASEÍNA ÁCIDA COMERCIAL.
São adicionados 600 mL de água desmineralizada a 50 g de caseína ácida dietética, a mistura é agitada durante 30 minutos e o pH é levado a um estável pH=8,4 com uma solução aquosa de hidróxido de sódio 9,5%.
São adicionados 15 g de anidrido succinico em pequenas porções mantendo agitação. Durante a adição, o pH é 5 mantido em cerca de 8,4 adicionando a solução de hidrocloreto de sódio 9,5% ao longo do tempo. Uma solução aquosa de ácido cloridrico 17% é adicionada até um pH estável de 2,8. A isolação é realizada filtrando a caseina succinilada precipitada, a qual é re-suspendida em 600 mL de água desmineralizada. O pH é levado a um pH=8,5 utilizando hidróxido de sódio aquoso 9,5%, ele é mantido sob agitação, a pequena fração não dissolvida é filtrada em um filtro de papel e uma solução constituída por 14,1 g de hexahidrato de cloreto férrico e 119 mL de água são adicionados sob agitação. Durante a adição, há uma redução do pH e a precipitação de succinilato de caseina férrica. Após manter sob agitação durante 30 minutos, há um pH de 2,9, e o produto é filtrado. O produto é suspenso em 600 mL de água e hidróxido de sódio aquoso 5% e adicionado gradualmente sob agitação até um pH estável de 8,5. A centrifugação é realizada para remover o componente insolúvel equivalente a cerca de 20 g de umidade, o pH é corrigido utilizando ácido cloridrico em solução aquosa em 17% até um pH=2,8 estável. O precipitado é filtrado e secado obtendo 54,1 g de succinilato de caseina férrica.
EXEMPLO 2 EXEMPLO COMPARATIVO PARA A PREPARAÇÃO DE SUCCINILATO DE CASEÍNA FÉRRICA COM TEOR DE FERRO EQUIVALENTE A CERCA DE 6% A PARTIR DE CASEÍNA ÁCIDA COMERCIAL.
São adicionados 600 mL de água desmineralizada a 50 g de caseina ácida dietética, a mistura é agitada durante 30 minutos e o pH é levado a um estável pH=8,4 com uma solução aquosa de hidróxido de sódio 9,5%.
São adicionados 15 g de anidrido succinico em pequenas porções mantendo agitação. Durante a adição, o pH é mantido em. cerca de 8,4 adicionando a solução de hidrocloreto de sódio 9,5% ao longo do tempo. Uma solução aquosa de ácido clorídrico 17% é adicionada até um pH estável de 2,8. A isolação é 10 realizada filtrando a caseina succinilada precipitada, a qual é re-suspendida em 600 mL de água desmineralizada. O pH é levado a um pH=8,5 utilizando hidróxido de sódio aquoso 9,5%, ele é mantido sob agitação, a pequena fração não dissolvida é filtrada em um filtro de papel e uma solução constituída por 17 g de hexahidrato 15 de cloreto férrico e 150 mL de água é adicionada sob agitação.
Durante a adição da solução de cloreto férrico, o pH é mantido na faixa compreendida entre pH=6,0 e pH=6,5 simultaneamente adicionando hidróxido de sódio em solução aquosa 5%. Após finalizar a adição da solução de cloreto férrico, o pH é corrigido 20 para pH=2,8 utilizando ácido clorídrico aquoso 17%. A suspensão é mantida sob agitação durante 30 minutos e o produto é filtrado. O produto é suspenso em 600 mL de água e hidróxido de sódio aquoso 5% é adicionado gradualmente sob agitação até um pH estável de 8,5. A centrifugação é realizada para remover o componente 25 insolúvel equivalente a cerca de 25 g de umidade, o pH é corrigido utilizando ácido clorídrico em solução aquosa em 17% até um pH=2,8 estável. 0 precipitado é filtrado e secado obtendo 53,5 g de succinilato de caseina férrica.
EXEMPLO 3 EXEMPLO COMPARATIVO PARA A PREPARAÇÃO DE SUCCINILATO DE CASEÍNA FÉRRICA COM TEOR DE FERRO EQUIVALENTE A CERCA DE 5% A PARTIR DE CASEÍNA PRESAMIC COMERCIAL.
Seguindo o método descrito no exemplo 1, o succinilato de asein férrica é preparado a partir de 50 g de asein presamic dietética. Após secagem, 54,2 g de succinilato de asein férrica são obtidos.
EXEMPLO 4 PURIFICAÇÃO DE CASEÍNA ÁCIDA COMERCIAL
São adicionados 6 L de água desmineralizada a 180 g de caseína ácida dietética, o pH é corrigido a pH=7,0 com uma solução aquosa de hidróxido de sódio 1 M. A mistura é resfriada a 4 °C, o pH é levado a pH-4,5 com uma solução aquosa de ácido 15 clorídrico 1 M. A solução é mantida sob agitação durante 16 horas, e o sólido é filtrado no funil de Büchner.
O produto de umidade é suspendido em 6 L de água desmineralizada, o pH é corrigido a pH=7,0 com uma solução aquosa de hidróxido de sódio 1 M. A mistura é resfriada a 4 °C, o pH é 20 levado a pH=4,5 com uma solução aquosa de ácido clorídrico 1 M. A solução é mantida sob agitação durante 3 horas, e o sólido é filtrado no funil de Büchner.
O produto de umidade é re-suspendido em 3 L de água desmineralizada, o pH é corrigido a pH=7,0 com uma solução 25 aquosa de hidróxido de sódio 1 M. A mistura é resfriada a 4 °C, o pH é levado a pH=4,5 com uma solução aquosa de ácido clorídrico 1 M. A solução é mantida sob agitação durante 3 horas e 390 g de umidade sólida são filtrados no funil de Büchner, o produto é secado em um secador rotativo durante 20 horas em 25 °C e 30 mmHg, obtendo 146 g de caseína purificada.
EXEMPLO 5 PURIFICAÇÃO DE CASEÍNA ÁCIDA COMERCIAL
São adicionados 6 L de água desmineralizada a 18 g de caseína ácida dietética, o pH é corrigido a pH=7,0 com uma solução aquosa de hidróxido de sódio 1 M. A mistura é resfriada a 4 °C, o pH é levado a pH=4,5 com uma solução aquosa de ácido clorídrico 1 M. A solução é mantida sob agitação durante 16 horas, 10 e o sólido é filtrado no funil de Büchner.
São obtidos 408 gramas úmidos, os quais são secados em um secador rotativo durante 20 horas em 25 °C e 30 mmHG, obtendo 162 de caseína pura.
EXEMPLO 6 PURIFICAÇÃO DE CASEÍNA ÁCIDA COMERCIAL
São adicionados 42 L de água desmineralizada a 144 g de caseína ácida dietética. 0 pH é corrigido a pH=7,0 estável com uma solução de hidróxido de sódio 8% em água. 0 pH é levado a pH=3,0 com uma solução .de ácido clorídrico 0,5 M aquoso.
A mistura é resfriada a 2 °C, e o pH é levado a pH=4,0 com hidróxido de sódio aquoso 0,01 M. A suspensão é mantida sob agitação durante uma hora e 318 g de sólidos úmidos são filtrados em funil de Büchner, o produto é secado em um secador rotativo durante 20 horas em 25 °C e 30 mmHg, obtendo 126 g de caseina 25 purificada.
EXEMPLO 7 PURIFICAÇÃO DE CASEÍNA PRESAMIC COMERCIAL.
São adicionados 6 L de água desmineralizada a 180 g de caseina presamic dietética, a mistura é agitada durante 30 minutos, ela é resfriada a 4 °C, a mistura é mantida sob agitação durante 16 horas, o pH é levado a pH=4,5 com uma solução aquosa de 5 ácido clorídrico 1 M. A solução é mantida sob agitação durante uma hora, e o sólido é filtrado em funil de Büchner.
O produto de umidade é suspendido em 6 L de água desmineralizada, o pH é corrigido a pH=7,0 com uma solução aquosa de hidróxido de sódio 1 M. A mistura é resfriada a 4 °C, o pH é 10 levado a pH=4,5 com uma solução aquosa de ácido clorídrico 1 M. A solução é mantida sob agitação durante 3 horas, e o sólido é filtrado no funil de Büchner.
O produto de umidade é re-suspendido em 6 L de água desmineralizada, o pH é corrigido a pH=7,0 com uma solução 15 aquosa de hidróxido de sódio 1 M. A mistura é resfriada a 4 °C, o pH é levado a pH=4,5 com uma solução aquosa de ácido clorídrico 1 M. A solução é mantida sob agitação durante 16 horas, e o sólido é filtrado no funil de Büchner.
São obtidos 290 gramas úmidos, os quais são 20 secados em um secador rotativo durante 20 horas em 25 °C e 30 mmHg, obtendo 126 de caseina pura.
EXEMPLO 8 PREPARAÇÃO DE SUCCINILATO DE CASEÍNA FÉRRICA COM TEOR DE FERRO EQUIVALENTE A CERCA DE 5% A PARTIR DAS CASEÍNAS 25 PURIFICADAS CONFORME DEFINIDO NOS EXEMPLOS 4, 5, 6 E 7,
Seguindo o método descrito no exemplo 1, o succinilato de caseína férrica é preparado a partir das caseínas purificadas obtidas conforme descrito nos exemplos 4, 5, 6 e 7.
A tabela abaixo mostra as quantidades em relação a cada uma das preparações.
Figure img0003
Tabela 3
EXEMPLO 9 PREPARAÇÃO DE SUCCINILATO DE CASEÍNA FÉRRICA COM TEOR DE FERRO EQUIVALENTE A CERCA DE 6% A PARTIR DAS CASEÍNAS PURIFICADAS CONFORME DEFINIDO NOS EXEMPLOS 4 E 7,
Seguindo o método descrito no exemplo 2, o succinilato de caseina férrica é preparado a partir das caseínas 10 purificadas obtidas conforme descrito nos exemplos 4 e 7.
A tabela abaixo mostra as quantidades em relação a cada uma das preparações.
Figure img0004
Tabela 4

Claims (16)

1. Succinilato de caseína férrica, caracterizado por: um teor de ferro compreendido entre 4,5 e 7% em peso, uma solubilidade maior que 92%, e uma razão fósforo/nitrogênio maior que 5% em peso, de preferência ,maior que 5,5% em peso.
2. Succinilato de caseína férrica, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que contém uma quantidade de impurezas proteicas inferior a 15% em peso, de preferência inferior a 10% em peso.
3. Método para preparar succinilato de caseína férrica, como definido na reivindicação 1 ou 2, que compreende as seguintes etapas: (a) reagir caseína e anidrido succínico em água para obter caseína succinilada, (b) reagir caseína succinilada com cloreto férrico para obter succinilato de caseína férrica, o referido processo sendo caracterizado pelo fato de que: (c) a referida caseína, de acordo com a etapa (a) é caseína purificada, apresentando um teor de impurezas de proteína inferior a 15% em peso e/ou teor de impurezas inorgânicas inferior a 1% em peso e/ou uma razão de fósforo/nitrogênio superior a 5%.
4. Método, de acordo com a reivindicação 3, caracterizado pelo fato de que o referido teor de impurezas proteicas é inferior a 10% em peso e/ou o referido teor de impurezas inorgânicas é inferior a 0,4% em peso.
5. Método, de acordo com a reivindicação 3, caracterizado pelo fato de que as ditas impurezas proteicas são proteínas diferentes da alfa-S1 caseína, alfa-S2 caseína, beta caseína, kapa-caseína, pseudo- kappa-caseína.
6. Método, de acordo com a reivindicação 3, caracterizado pelo fato de que a referida caseína purificada apresenta uma razão fósforo/nitrogênio superior a 5% em peso.
7. Método, de acordo com a reivindicação 3, caracterizado pelo fato de que a referida caseína purificada é obtida a partir de caseína ou caseína presâmica.
8. Método, de acordo com a reivindicação 3, caracterizado pelo fato de que compreendendo uma etapa adicional de microfiltração da solução aquosa de succinilato de caseína férrica.
9. Composição farmacêutica, caracterizada pelo fato de que contém succinilato de caseína férrica, como definido na reivindicação 1 ou 2, e pelo menos um excipiente fisiologicamente aceitável.
10. Composição, de acordo com a reivindicação 9, caracterizada pelo fato de que está na forma líquida ou sólida, de preferência na forma líquida.
11. Composição, de acordo com a reivindicação 10, caracterizada pelo fato de que a referida forma líquida é uma solução ou uma suspensão, de preferência uma solução aquosa.
12. Composição, de acordo com a reivindicação 9, caracterizada pelo fato de que a referida composição é uma solução contendo 8% em peso de succinilato de caseína férrica com uma viscosidade inferior a 400 mPa.s, de preferência inferior a 300 mPa.s.
13. Composição, de acordo com qualquer uma das reivindicações 9 a 12, caracterizada pelo fato de que succinilato de caseína férrica está contido em uma quantidade compreendida entre 5 e 15% em peso, de preferência, entre 6 e 12% em peso, mais preferencialmente, entre 7 e 9% em peso, com base no peso total da composição.
14. Composição, de acordo com qualquer uma das reivindicações 9 a 13, caracterizada pelo fato de que é para uso oral ou parenteral, de preferência, para uso oral.
15. Composição, de acordo com qualquer uma das reivindicações 9 a 14, caracterizado pelo fato de que é para uso no tratamento de deficiências de ferro.
16. Composição, de acordo com a reivindicação 15, caracterizada pelo fato de que é no tratamento de anemia, deficiência de ferro na gravidez, síndrome de má absorção, deficiência de ferro durante a amamentação e deficiência de ferro durante o crescimento.
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