PT732937E - Adjuvante nao toxico das mucosas - Google Patents

Adjuvante nao toxico das mucosas Download PDF

Info

Publication number
PT732937E
PT732937E PT95903889T PT95903889T PT732937E PT 732937 E PT732937 E PT 732937E PT 95903889 T PT95903889 T PT 95903889T PT 95903889 T PT95903889 T PT 95903889T PT 732937 E PT732937 E PT 732937E
Authority
PT
Portugal
Prior art keywords
toxic
mucosal adjuvant
mutant
toxin
adjuvant
Prior art date
Application number
PT95903889T
Other languages
English (en)
Inventor
Rino Rappuoli
Original Assignee
Chiron Spa
Priority date (The priority date is an assumption and is not a legal conclusion. Google has not performed a legal analysis and makes no representation as to the accuracy of the date listed.)
Filing date
Publication date
Family has litigation
First worldwide family litigation filed litigation Critical https://patents.darts-ip.com/?family=10747021&utm_source=google_patent&utm_medium=platform_link&utm_campaign=public_patent_search&patent=PT732937(E) "Global patent litigation dataset” by Darts-ip is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Application filed by Chiron Spa filed Critical Chiron Spa
Publication of PT732937E publication Critical patent/PT732937E/pt

Links

Classifications

    • CCHEMISTRY; METALLURGY
    • C07ORGANIC CHEMISTRY
    • C07KPEPTIDES
    • C07K14/00Peptides having more than 20 amino acids; Gastrins; Somatostatins; Melanotropins; Derivatives thereof
    • C07K14/195Peptides having more than 20 amino acids; Gastrins; Somatostatins; Melanotropins; Derivatives thereof from bacteria
    • C07K14/24Peptides having more than 20 amino acids; Gastrins; Somatostatins; Melanotropins; Derivatives thereof from bacteria from Enterobacteriaceae (F), e.g. Citrobacter, Serratia, Proteus, Providencia, Morganella, Yersinia
    • C07K14/245Escherichia (G)
    • AHUMAN NECESSITIES
    • A61MEDICAL OR VETERINARY SCIENCE; HYGIENE
    • A61KPREPARATIONS FOR MEDICAL, DENTAL OR TOILETRY PURPOSES
    • A61K39/00Medicinal preparations containing antigens or antibodies
    • AHUMAN NECESSITIES
    • A61MEDICAL OR VETERINARY SCIENCE; HYGIENE
    • A61KPREPARATIONS FOR MEDICAL, DENTAL OR TOILETRY PURPOSES
    • A61K39/00Medicinal preparations containing antigens or antibodies
    • A61K39/395Antibodies; Immunoglobulins; Immune serum, e.g. antilymphocytic serum
    • AHUMAN NECESSITIES
    • A61MEDICAL OR VETERINARY SCIENCE; HYGIENE
    • A61PSPECIFIC THERAPEUTIC ACTIVITY OF CHEMICAL COMPOUNDS OR MEDICINAL PREPARATIONS
    • A61P25/00Drugs for disorders of the nervous system
    • A61P25/28Drugs for disorders of the nervous system for treating neurodegenerative disorders of the central nervous system, e.g. nootropic agents, cognition enhancers, drugs for treating Alzheimer's disease or other forms of dementia
    • AHUMAN NECESSITIES
    • A61MEDICAL OR VETERINARY SCIENCE; HYGIENE
    • A61PSPECIFIC THERAPEUTIC ACTIVITY OF CHEMICAL COMPOUNDS OR MEDICINAL PREPARATIONS
    • A61P31/00Antiinfectives, i.e. antibiotics, antiseptics, chemotherapeutics
    • A61P31/04Antibacterial agents
    • AHUMAN NECESSITIES
    • A61MEDICAL OR VETERINARY SCIENCE; HYGIENE
    • A61PSPECIFIC THERAPEUTIC ACTIVITY OF CHEMICAL COMPOUNDS OR MEDICINAL PREPARATIONS
    • A61P31/00Antiinfectives, i.e. antibiotics, antiseptics, chemotherapeutics
    • A61P31/12Antivirals
    • AHUMAN NECESSITIES
    • A61MEDICAL OR VETERINARY SCIENCE; HYGIENE
    • A61PSPECIFIC THERAPEUTIC ACTIVITY OF CHEMICAL COMPOUNDS OR MEDICINAL PREPARATIONS
    • A61P35/00Antineoplastic agents
    • AHUMAN NECESSITIES
    • A61MEDICAL OR VETERINARY SCIENCE; HYGIENE
    • A61PSPECIFIC THERAPEUTIC ACTIVITY OF CHEMICAL COMPOUNDS OR MEDICINAL PREPARATIONS
    • A61P37/00Drugs for immunological or allergic disorders
    • A61P37/02Immunomodulators
    • AHUMAN NECESSITIES
    • A61MEDICAL OR VETERINARY SCIENCE; HYGIENE
    • A61PSPECIFIC THERAPEUTIC ACTIVITY OF CHEMICAL COMPOUNDS OR MEDICINAL PREPARATIONS
    • A61P37/00Drugs for immunological or allergic disorders
    • A61P37/08Antiallergic agents
    • AHUMAN NECESSITIES
    • A61MEDICAL OR VETERINARY SCIENCE; HYGIENE
    • A61KPREPARATIONS FOR MEDICAL, DENTAL OR TOILETRY PURPOSES
    • A61K39/00Medicinal preparations containing antigens or antibodies
    • A61K2039/555Medicinal preparations containing antigens or antibodies characterised by a specific combination antigen/adjuvant
    • A61K2039/55511Organic adjuvants
    • A61K2039/55544Bacterial toxins
    • YGENERAL TAGGING OF NEW TECHNOLOGICAL DEVELOPMENTS; GENERAL TAGGING OF CROSS-SECTIONAL TECHNOLOGIES SPANNING OVER SEVERAL SECTIONS OF THE IPC; TECHNICAL SUBJECTS COVERED BY FORMER USPC CROSS-REFERENCE ART COLLECTIONS [XRACs] AND DIGESTS
    • Y02TECHNOLOGIES OR APPLICATIONS FOR MITIGATION OR ADAPTATION AGAINST CLIMATE CHANGE
    • Y02ATECHNOLOGIES FOR ADAPTATION TO CLIMATE CHANGE
    • Y02A50/00TECHNOLOGIES FOR ADAPTATION TO CLIMATE CHANGE in human health protection, e.g. against extreme weather
    • Y02A50/30Against vector-borne diseases, e.g. mosquito-borne, fly-borne, tick-borne or waterborne diseases whose impact is exacerbated by climate change
    • YGENERAL TAGGING OF NEW TECHNOLOGICAL DEVELOPMENTS; GENERAL TAGGING OF CROSS-SECTIONAL TECHNOLOGIES SPANNING OVER SEVERAL SECTIONS OF THE IPC; TECHNICAL SUBJECTS COVERED BY FORMER USPC CROSS-REFERENCE ART COLLECTIONS [XRACs] AND DIGESTS
    • Y10TECHNICAL SUBJECTS COVERED BY FORMER USPC
    • Y10STECHNICAL SUBJECTS COVERED BY FORMER USPC CROSS-REFERENCE ART COLLECTIONS [XRACs] AND DIGESTS
    • Y10S424/00Drug, bio-affecting and body treating compositions
    • Y10S424/832Drug, bio-affecting and body treating compositions involving bacterial toxin that has modified amino acid sequence

Landscapes

  • Health & Medical Sciences (AREA)
  • Chemical & Material Sciences (AREA)
  • Life Sciences & Earth Sciences (AREA)
  • Medicinal Chemistry (AREA)
  • General Health & Medical Sciences (AREA)
  • Organic Chemistry (AREA)
  • Pharmacology & Pharmacy (AREA)
  • Animal Behavior & Ethology (AREA)
  • Public Health (AREA)
  • Veterinary Medicine (AREA)
  • Immunology (AREA)
  • General Chemical & Material Sciences (AREA)
  • Nuclear Medicine, Radiotherapy & Molecular Imaging (AREA)
  • Engineering & Computer Science (AREA)
  • Chemical Kinetics & Catalysis (AREA)
  • Bioinformatics & Cheminformatics (AREA)
  • Mycology (AREA)
  • Microbiology (AREA)
  • Epidemiology (AREA)
  • Communicable Diseases (AREA)
  • Neurosurgery (AREA)
  • Biochemistry (AREA)
  • Biophysics (AREA)
  • Genetics & Genomics (AREA)
  • Molecular Biology (AREA)
  • Proteomics, Peptides & Aminoacids (AREA)
  • Gastroenterology & Hepatology (AREA)
  • Oncology (AREA)
  • Neurology (AREA)
  • Biomedical Technology (AREA)
  • Hospice & Palliative Care (AREA)
  • Virology (AREA)
  • Pulmonology (AREA)
  • Psychiatry (AREA)
  • Medicines Containing Antibodies Or Antigens For Use As Internal Diagnostic Agents (AREA)
  • Pharmaceuticals Containing Other Organic And Inorganic Compounds (AREA)
  • Saccharide Compounds (AREA)

Description

DESCRIÇÃO EPÍGRAFE: ADJUVANTE NÃO TÓXICO DAS MUCOSAS’’
Campo do invento O presente invento relaciona-se com um adjuvante útil para a administração de vacinas a organismos. Em particular, o adjuvante do invento permite a administração de vacinas a superfícies mucosas com o fim de induzir uma resposta imune secretória e sistémica.
Antecedentes do invento A tecnologia de vacinação actual baseia-se quase exclusivamente em técnicas de vacinação sistémica, segundo as quais a vacina é injectada no indivíduo a ser vacinado. Apenas algumas vacinas vivas/atenuadas, como a vacina de Sabin contra a poliomielite, se podem tomar por via oral.
As vantagens das técnicas de imunização oral são múltiplas. Por exemplo, tornar-se-á evidente que uma vacina que pode ser dada por via oral aos indivíduos a vacinar é mais fácil de administrar em larga escala na ausência de equipamento especializado, especialmente quando os indivíduos em causa são de trato ou mesmo de localização difícil, como acontece com o gado ou os animais selvagens. A disseminação de infecções através da reutilização de agulhas nos países em vias de desenvolvimento seria, desta forma, evitada. Adicionalmente, poderá produzir-se uma vacina sob a forma de sólido comestível, de tratamento mais simples sob condições extremas e mais estável do que as suspensões líquidas actualmente
Para além destas vantagens, a administração de imunogénios a uma membrana mucosa, por vacinação oral ou intranasal, permitiria a indução de uma resposta imune secretória. A resposta imune secretória, fundamentalmente mediada por IgA, parece diferir substancialmente da resposta imune sistémica. A vacinação sistémica é ineficaz na indução de uma resposta imune secretória. Tal constitui uma desvantagem considerável quando se considera a imunização contra os patogénios que frequentemente penetram no indivíduo através de uma membrana mucosa, tal como os intestinos ou os pulmões.
Infelizmente, não é possível induzir uma resposta imune secretória contra a grande maioria dos antigénios apenas por exposição da superfície da mucosa a estes antigénios. Para além disto, não existem actualmente adjuvantes com a capacidade de induzir uma resposta imune secretória contra um dado antigénio.
Esta aparente dificuldade deve-se principalmente a um fenómeno conhecido por tolerância oral. Os revestimentos mucosos dos intestinos e dos pulmões são naturalmente tolerantes a antigénios estranhos, o que impede que seja produzida uma resposta imune contra as substâncias ingeridas ou inaladas, tais como os alimentos e as partículas transportadas pelo ar.
As toxinas bacterianas ribosilantes do ADP, nomeadamente a toxina diftérica, a toxina de Bordetella pertussis (PT), a toxina da cólera (CT), a toxina lábil ao calor de E. coli (LT1 e LT2), a endotoxina A de Pseudomonas, as toxinas C2 e C3 de C. botulinum, assim como as toxinas de C. perfringens, C. spiriforma e C. difficile, são toxinas potentes para o homem. Estas toxinas são compostas por uma subunidade A monomérica e enzimaticamente activa, que é responsável pela ribosilação do ADP pelas proteínas de ligação ao GTP, e uma subunidade B, não tóxica, que se liga a receptores na superfície da célula-alvo e liberta a subunidade A através da membrana celular. No caso da CT e da LT, sabe-se que a subunidade A aumenta a concentração intracelular de cAMP nas células-alvo, enquanto que a subunidade B é pentamérica e se liga aos receptores gangliosídicos GM1. 2
Certas observações feitas em 1975 e 1978 demonstraram que a CT tem a capacidade de induzir uma resposta imune, a nível mucoso e sistémico, contra si própria quando administrada intraduodenalmente (i.e., a uma superfície mucosa). Demonstrou-se que a função de ligação às membranas exibida pela CT é essencial para a imunogenicidade a nível das mucosas, mas o toxóide da cólera, também conhecido por subunidade B da CT (CTB), mostrou-se inactivo quando isolado (Pierce e Gowans, J. Exp. Med. 1975; 142: 1550; Pierce, J. Exp. Med. 1978; 148: 195-206).
Subsequentemente, foi demonstrado que a CT induz uma imunidade mucosa e sistémica contra antigénios co-administrados, ou, por outras palavras, funciona como um adjuvante das mucosas (Elson, Curr. Top. Microbiol. Immunal., 1989; 146: 29; Elson e Ealding, J. Immunol. 1984; 133: 2892-2897; Elson e Ealding, Ibid. 1984; 132: 2736-2741; Elson et al., J. Immunol. Methods 1984; 67: 101-118; Lycke e Homgren, Immunology 1986; 59: 301-338).
As experiências acima referidas foram realizadas em ratos, que são comparativamente resistentes aos efeitos tóxicos da CT. Em contraste, a CT de tipo selvagem é extremamente tóxica para os seres humanos, o que faz com que a ideia de utilizar uma CT de toxicidade residual substancial como adjuvante das mucosas em seres humanos esteja inteiramente fora de questão.
Foram já anteriormente tomadas duas abordagens técnicas distintas para contornar o problema da toxicidade da CT. A primeira abordagem envolveu a utilização da CTB como adjuvante das mucosas. A CTB é inteiramente não tóxica.
Em uma das séries experimentais, a CTB foi reunida por ligação covalente à peroxidase de rábano (HRP) e administrada intraduodenalmente a ratos. Isto desencadeou uma poderosa resposta imune a nível das mucosas, dirigida contra a HRP (McKenzie e Halsey, J. Immunol. 1984; 133: 1818-1824).
Este resultado foi subsequentemente confirmado de modo parcial utilizando outros antigénios (Liang et al., J. Immunol. 1988; 141: 1495-1501; Czerkinsky et al., Infect. Immun. 1989; 57: 1072-1077). A eficácia do mesmo princípio foi estabelecida ao testar antigénios quiméricos produzidos por fusão de genes a sequências 3 codificando para a CTB (Dertzbaugh e Elson, Infect. Immun. 1993; 61; 384-390; Dertzbaugh e Elson, Ibid. 1993; 61: 48-55; Sanchez et al., Res. Microbiol. 1990; 141: 971-979; Holmgren et al., Vaccine 1993; H: 1179-1184).
No entanto, a produção de antigénios quiméricos ou acoplados introduz um passo adicional na preparação de vacinas adequadas, passo esse que requer essencialmente que os antigénios sejam preparados sob forma conjugada com CTB especialmente para uso oral. O processo resultaria bastante mais simples e económico se o adjuvante pudesse ser administrado por simples mistura com o antigénio.
Diversas publicações alegaram já existir um efeito adjuvante da CTB co-administrada (Tamura et al., J. Immunol. 1992; 149: 981-988; Hirabayashi et al., Immunology 1992; 75: 493-498; Gizurarson et al., Vaccine 1991; 9: 825-832; Kikuta et al., Vaccine 1970; 8: 595-599; Hirabayashi et al., Ibid. 1990; 8: 243-248; Tamura et al., Ibid. 1989; 7: 314-32-; Tamura et al., Ibid. 1989; 7: 257-262; Tamura et al., Ibid. 1988; 6: 409-413; Hirabayashi et al., Immunology 1991; 72: 329-335; Tamura et al., Vaccine 1989; 7: 503-505).
No entanto, diversos aspectos das observações acima referidas não foram inteiramente convincentes. Por exemplo, verificou-se que o efeito adjuvante atribuído à CTB não se restringia aos receptores H-2. Sabe-se, no entanto, que a resposta imune à CTB se restringe aos receptores H-2 (Elson e Ealding, Eur. J. Immunol. 1987; 17: 425-428). Para além disto, o alegado efeito adjuvante foi observado até nos indivíduos que eram já imunes à CTB.
Outros grupos de trabalho não observaram qualquer efeito adjuvante das mucosas atribuível à CTB (Lycke e Holmgren, Immunology 1986; 59: 301-308; Lycke et al., Eur. J. Immunol. 1992; 22: 2277-2281). As experiências com CTB recombinante (Holmgren et al., Vaccine 1993; 11.: 1179-1183) confirmaram que o alegado efeito adjuvante é principalmente, se não exclusivamente, atribuível à contaminação das preparações de CTB com baixas concentrações de CT.
Assim, é actualmente aceite que a CTB não tem utilidade como adjuvante das mucosas. 4
Uma segunda tentativa de eliminação da toxicidade da CT envolveu a mutação da holotoxina da CT com o objectivo de reduzir ou eliminar a sua toxicidade. A toxicidade da CT reside na subunidade A, e são conhecidos da técnica diversos mutantes da CT e da sua homóloga, a LT, contendo mutações pontuais da subunidade A. Ver, por exemplo, o Pedido de Patente Internacional W092/19265 (Amgen). Neste campo técnico, a CT e a LT são consideradas como genericamente correspondentes por exibirem um grau considerável de homologia.
Todavia, para o único mutante até agora testado quanto às suas propriedades de adjuvante das mucosas, um mutante da LT possuindo uma mutação Glu->Lys na posição 112, verificou-se a sua inactividade neste âmbito (Lycke et al; Eur. J. Immunol. 1992; 22: 2277-2251; Holmgren et al., Vaccine 1993; 11: 1179-1183). Os autores destas publicações concluíram que existe uma ligação entre a actividade de ribosilação do ADP exibida pela CT e/ou LT e a actividade adjuvante. Assim, parece inferir-se destas publicações que a CTB ou um mutante não tóxico da CT ou da LT não serão activas como adjuvantes das mucosas. O pedido de patente WO95/09649 (Medeva Holdings BV) propõe o uso de uma forma duplamente mutante, não tóxica, da toxina pertússica para o fabrico de uma composição adjuvante destinada a estimular ou a acentuar uma resposta imune de protecção contra um antigénio co-administrado.
Resumo do invento
Existe, portanto, a necessidade de encontrar um adjuvante activo das mucosas que possa ser utilizado para aumentar a imunogenicidade de um antigénio quando administrado a uma superfície mucosa, tal como por administração oral ou intranasal.
Foi agora descoberto que, em completa contradição com os resultados e conclusões apresentados anteriormente neste campo, as actividades tóxica e adjuvante das toxinas ribosilantes do ADP são separáveis. Foi demonstrada a actividade como adjuvante das mucosas de um mutante inteiramente não tóxico de uma toxina deste tipo. 5
Verificou-se que um mutante da LT , completamente isento de toxicidade, possui actividade como adjuvante das mucosas e protege os indivíduos contra uma provocação subsequente com uma dose letal do imunogénio. Apesar de não se pretender vincular este invento a qualquer teoria em particular, considera-se que os resultados de Lycke et al. e de Holmgren et al., acima citados, poderão ser pelo menos parcialmente questionados por não tomarem em conta a estabilidade do mutante produzido. Assegurando, entre outros factores, que o mutante não tóxico do invento é estável a nível do local de libertação, foi possível demonstrar que o efeito adjuvante da CT e/ou LT pode ser mantido enquanto que os seus efeitos tóxicos são eliminados.
Num primeiro aspecto, o presente invento fornece uma composição farmacêutica composta por um adjuvante não tóxico das mucosas em mistura com um segundo antigénio, caracterizada pelo facto de o dito adjuvante não tóxico das mucosas ser uma toxina bacteriana destoxificada ribosilante do ADP possuindo uma subunidade A mutante (tendo como restrição o facto de o dito adjuvante não tóxico das mucosas não poder corresponder a uma forma duplamente mutante e não tóxica da toxina pertússica - ver WO95/09649). A toxina bacteriana destoxificada ribosilante do ADP compreende, de preferência, uma ou mais adições, delecções ou substituições de aminoácidos.
Os mutantes destoxificados da CT ou LT são particularmente adequados. Por exemplo, uma LT mutante em consonância com o invento poderá possuir uma substituição de Arg7 para Lys7 a nível da posição 7 da subunidade A, sendo este mutante designado por LTK7. São conhecidos dos peritos na técnica mutantes alternativos que constituem moléculas preferidas para uso no âmbito do presente invento. Os exemplos incluem a PT com uma mutação na posição 129, em particular a PT possuindo uma mutação Glu 129-»Gly. Outros mutantes incluem a PT com uma mutação a nível do Trp 26 ou do Arg 9, ou de ambos, opcionalmente em combinação com a mutação em Glu 129. 6
O mutante utilizado no invento poderá ainda corresponder a uma forma em que a mutação é efectuada numa parte da molécula que resulta na prevenção do corte proteolítico da subunidade A da toxina, de tal forma que a actividade enzimática não é desencadeada. Tais mutantes encontram-se descritos em Grant et al., Inf. and Immunity (1994) 62 (10) 4270-4278. Por exemplo, o mutante poderá compreender uma mutação Arg 192-»Gly da LT ou uma mutação correspondente em outra toxina ribosilante do ADP. O mutante do invento poderá corresponder a uma holotoxina compreendendo a subunidade A com mutação e a subunidade B, e que poderá ser oligomérica, tal como acontece com a holotoxina de tipo selvagem. De preferência, a subunidade B não sofre mutação. No entanto, é possível utilizar apenas uma subunidade A com mutação, separada da subunidade B, tanto em forma essencialmente pura como complexada com outros agentes que poderão substituir a subunidade B e/ou suprir a sua contribuição funcional.
Os métodos de concepção e produção de mutantes da CT e/ou LT são já conhecidos da técnica. São descritos métodos adequados no Pedido de Patente Internacional WO93/13202 (Biocine Sclavo), assim como em W092/19265 (Amgen). O adjuvante do invento é preferencialmente administrado em mistura com um antigénio adequado contra o qual se deseja desencadear uma resposta imune. Se o antigénio e o adjuvante não estiverem misturados, é preferível que a administração de ambos se faça num intervalo de tempo relativamente curto e se utilize o mesmo local de administração. Observou-se que o efeito adjuvante proporcionado pela CT de tipo selvagem é de curta duração (ver Lycke e Holmgren, Immunology 1986; 59: 301-308). Numa forma de realização alternativa, o adjuvante das mucosas deste invento poderá ser administrado, opcionalmente isolado de outros antigénios, como um estimulante da reacção do organismo após a administração sistémica ou a mucosas de uma vacina. A formulação precisa da vacina poderá variar de acordo com a natureza do imunogénio. Por exemplo, se o antigénio estiver encerrado em microsferas ou lipossomas de libertação lenta, o adjuvante das mucosas poderá ser incluído em 7 sistemas semelhantes de forma a que o antigénio e o adjuvante possam interagir simultaneamente com o sistema imunitário das mucosas. Alternativamente, o adjuvante poderá ser administrado às mucosas em separado, com o fim de amplificar a resposta das mucosas a vacinas administradas por via parentérica.
Num segundo aspecto, o presente invento faculta a utilização de um mutante não tóxico da CT ou LT como adjuvante das mucosas na preparação de uma composição para administração a mucosas.
De preferência, esta composição constitui uma vacina e possui utilidade na imunização de um indivíduo contra uma doença ou no tratamento de um indivíduo que sofre de uma doença.
Preferencialmente ainda, o mutante sofreu uma ou mais adições, substituições ou delecções na sequência de aminoácidos da subunidade A da CT ou LT, alteração, ou alterações, esta(s) que demonstra(m) eficácia na abolição da toxicidade da toxina.
De acordo com um terceiro aspecto do invento, é facultado o uso de um adjuvante não tóxico das mucosas e de um segundo antigénio durante o fabrico da vacina, com a ressalva de que o dito adjuvante não tóxico das mucosas não corresponda a uma forma não tóxica duplamente mutante da toxina pertússica. A superfície mucosa poderá corresponder a qualquer superfície adequada de mucosa do indivíduo. Por exemplo, a administração poderá ser efectuada por inalação, por meio de um supositório vaginal ou rectal, através de um pessário, por ingestão ou por outra forma de administração bucal, por meio de um aerossol, por administração intranasal ou por aplicação directa às superfícies mucosas. São especialmente preferidas a vias de administração oral e intranasal. O indivíduo poderá ser qualquer organismo susceptível à imunização. São especialmente indicados os seres humanos e outros mamíferos como o gado, os animais de estimação e os animais selvagens.
As doenças contra as quais o indivíduo poderá ser imunizado incluem todas as doenças que podem ser tratadas ou prevenidas através da imunização, incluindo as doenças virais, as manifestações alérgicas, as doenças causadas por patogénios 8 virais, ou outros, que penetram através das superfícies mucosas ou as colonizam, a SIDA, as doenças autoimunes tal como o lúpus eritematoso sistémico, a doença de Alzheimer e cancros. Os exemplos de infecções virais que podem ser tratadas ou evitadas utilizando o invento incluem a infecção por vírus DNA, tais como o EBV e o VZV. e em particular os herpesvírus, por exemplo o HSV e o HCMV, os adenovírus, os papovavírus, tal como o HPV, os hepadnavírus, tal como o HBV; a infecção por vírus RNA, tais como os picornavírus, especialmente os polivírus e o HAV, os rinovírus e o FMDV, os togavírus, os flavivírus, os coronavírus, os paramixovírus, tal como o RSV, os ortomixovírus, tal como o vírus da influenza, e os retrovírus, especialmente o HIV. A vacinação contra o HCV e o HDV é igualmente contemplada.
Os exemplos de infecções bacterianas adequadas para tratamento ou profilaxia por meio do invento incluem a infecção por Helicobacter pylori, estreptococos, meningococos A, B e C, Bordetella pertussis e Chlamydia trachomatis.
As formulações de vacina adequadas para administração a superfícies mucosas poderão ser preparadas tal como abaixo descrito, sendo que a preparação de outras formulações se tornará evidente aos peritos na técnica. São igualmente descritos regimes de administração adequados, sendo que os peritos na técnica poderão facilmente produzir modificações nos valores exemplificados.
Adicionalmente, o invento fornece um mutante da CT ou da LT, que constitui um adjuvante não tóxico das mucosas, e um segundo antigénio, destinados a administração simultânea, em separado ou sequencial. A administração simultânea do adjuvante e do segundo antigénio combinados num só veículo, transportador ou partícula, tal como abaixo exemplificado, é particularmente preferida. O segundo antigénio poderá ser um antigénio para o qual é desejável estimular uma resposta imune no indivíduo. Os antigénios adequados incluem antigénios bacterianos, virais e protozoários derivados de organismos patogénicos, assim como alergenos, alogénios e antigénios derivados de tumores e autoantigénios. Tipicamente, o antigénio corresponderá a uma proteína, um 9 polipéptido ou um péptido, mas não é excluída a possibilidade de uso de estruturas antigénicas alternativas, tal como antigénios de ácidos nucleicos, antigénios de hidratos de carbono e organismos íntegros, atenuados ou inactivados, tais como bactérias, vírus ou protozoários. O invento proporciona ainda um método de fabrico de uma vacina com adjuvante que compreende os passos de: a) realização de uma mutagénese específica de local sobre a subunidade A de uma toxina bacteriana ribosilante de ADP, com o fim de destoxificar a toxina; e b) associação da toxina destoxificada a um segundo antigénio, de modo a que funcione como um adjuvante das mucosas.
Os exemplos específicos de antigénios úteis no âmbito do presente invento incluem as glicoproteínas do HSV gD, gB e outras; a proteína gp120 do HIV e outras; as proteínas gB ou gH do CMV ; os antigénios do HCV; o antigénio delta do HDV; os antigénios do HAV; os antigénios do EBV e do VZV; os antigénios de B. pertussis e de H. pylori.
Em geral, o segundo antigénio poderá constituir o elemento imunogénico da vacina que se pretende preparar para injecção. Tais vacinas, e os seus componentes imunogénicos, poderão corresponder a vacinas de subunidade, organismos íntegros inactivados ou atenuados ou vacinas de polinucleótidos.
As vacinas preparadas de acordo com o invento poderão ser profilácticas (para evitar a infecção) ou terapêuticas (para tratar a doença após a infecção).
Estas vacinas compreendem um antigénio ou antigénios, normalmente em combinação com “veículos farmaceuticamente aceitáveis”, os quais incluem qualquer veículo que não induza por si próprio a produção de anticorpos prejudiciais ao indivíduo que recebe a composição.
Os veículos adequados são tipicamente grandes macromoléculas de metabolização lenta, tais como proteínas, polissacáridos, ácidos polilácticos, ácidos poliglicólicos, aminoácidos poliméricos, copolímeros de aminoácidos, agregados de lípidos (tais como emulsões de gotículas de óleo ou lipossomas) e partículas 10 inactivas de vírus. Tais veículos são bem conhecidos dos técnicos de perícia média. Em aspectos preferenciais do invento, estes veículos poderão funcionar como agentes imunoestimulantes (“adjuvantes”). Adicionalmente, o antigénio poderá ser conjugado com um toxóide bacteriano, tal como um toxóide dos patogénios da difteria, tétano, cólera, H. pylori, etc.
Os adjuvantes preferidos para acentuar a eficácia da composição incluem, não se limitando a: (1) sais de alumínio (aíum), tais como hidróxido de alumínio, fosfato de alumínio, sulfato de alumínio, etc.; (2) formulações de emulsão óleo-em-água, (com ou sem outros agentes imunoestimulantes específicos, como os muramilpéptidos [ver abaixo] ou componentes de paredes celulares bacterianas), tais como, por exemplo, (a) MF59™ (Publ. PCT N° WO 90/14837)t contendo 5% de esqualeno, 0,5% de Tween™ 80 e 0,5% de Span 85 (contendo opcionalmente quantidades variáveis de MTP-PE [ver abaixo], se bem que tal não seja requerido), formulado em partículas submicrónicas por utilização de um microfluidificador tal como o microfluidificador Modelo 110Y (Microfluidics, Newton, MA), (b) SAF, contendo 10% de esqualeno, 0,4% de Tween™ 80, 5% de polímero L121 de blocos plurónicos e thr-MDP (ver abaixo), podendo proceder-se a uma microfluidização, de modo a formar uma emulsão submicrónica, ou a uma vortexação, para gerar uma emulsão de partículas de maiores dimensões; e (c) sistema adjuvante Ribi™ (RAS), (Ribi Immunochem, Hamilton, MT) contendo 2% de esqualeno, 0,2% de Tween™ 80 e um ou mais componentes de paredes celulares bacterianas pertencentes ao grupo formado pelo monofosforil-lípido A (MPL), dimicolato de trealose (TDM) e esqueleto da parede celular (CWS), de preferência MPL + CWS (Detox™); poderão utilizar-se adjuvantes de saponinas, tal como o Stimulon™ (Cambridge Bioscience, Worcester, MA), ou partículas geradas a partir destes, tais como ISCOMs (complexos imunoestimulantes); (4) Adjuvante Completo de Freund (CFA) e Adjuvante Incompleto de Freund (IFA); (5) citoquinas, tais como as interleuquinas (p.ex., IL-1, IL-2, IL-4, IL-5, IL-6, IL-7, IL-12, etc.), interferões (p. ex., interferão gama), factor estimulante de colónias de macrófagos (M-CSF), factor de necrose de tumor (TNF), 11 1 c
etc.; e (6) outras substâncias que agem como agentes imunoestimulantes para aumentar a eficácia da composição. São preferidos o alum e o MF59.
Tal como mencionado acima, os muramilpéptídos incluem, mas não se limitam a, N-acetil-muramil-L-treonil-D-isoglutamina (thr-MDP), N-acetil-normuramil-l-alanil-d-isoglutamina (nor-MDP), N-acetilmuramil-l-alanil-d-isoglutaminil-l-alanina-2-(1’-2’-dipalmitoil-sn-glicero-3-hidroxifosforiloxi)-etilamina (MTP-PE), etc.
As composições imunogénicas (p. ex., o antigénio, o veículo farmaceuticamente aceitável e o adjuvante) contêm tipicamente diluentes, tais como água, soro fisiológico, glicerol, etanol, etc.
Adicionalmente, poderão estar presentes em tais veículos substâncias auxiliares, tais como agentes molhantes ou emulsificantes, substâncias tamponantes de pH e outras.
Tipicamente, as composições imunogénicas são preparadas como injectáveis, sob a forma de soluções ou suspensões líquidas; poderão igualmente preparar-se formas sólidas que sejam adequadas para solução ou suspensão em veículos líquidos antes da injecção. A preparação poderá igualmente ser emulsificada ou encapsulada em lipossomas para que se obtenha um efeito adjuvante aumentado, tal como acima exposto para os veículos farmaceuticamente aceitáveis.
As composições imunogénicas usadas como vacinas compreendem uma quantidade imunologicamente eficaz dos polipéptidos antigénicos, juntamente com qualquer dos componentes acima referidos, segundo necessário. Por “quantidade imunologicamente eficaz” pretende-se significar que a administração daquela quantidade a um indivíduo, em dose única ou como parte de uma série, é eficaz para fins de tratamento ou prevenção. Esta quantidade varia, dependendo da saúde e da condição física do indivíduo a ser tratado, do grupo taxonómico do indivíduo a ser tratado (p.ex., primata não humano, primata, etc.), da capacidade de síntese de anticorpos apresentada pelo sistema imunológico do indivíduo, do grau de protecção desejado, da formulação da vacina, da avaliação da situação clínica feita pelo médico responsável pelo tratamento e de outros factores relevantes. É esperado 12 que esta quantidade esteja contida num intervalo relativamente largo que poderá ser determinado através de ensaios de rotina.
As composições imunogénicas são convencionalmente administradas por via parentérica, ou seja, por injecção, tanto subcutânea como intramuscular. Outras formulações adequadas a outros modos de administração incluem formulações orais e pulmonares, supositórios e aplicações transdérmicas. A dosagem do tratamento poderá corresponder a um regime de dose única ou a um regime de doses múltiplas. A vacina poderá ser administrada em conjunção com outros agentes imunoreguladores.
Os exemplos de agentes imunoestimulantes adequados incluem as interleuquinas, tais como as interleuquinas 1, 2, 4-7 e 12, e os interferões, especialmente o interferão γ. A descrição do invento abaixo apresentada é fornecida apenas a título de exemplo, sendo feitas referências às Figuras seguintes:-
Descricão das Figuras A Figura 1a apresenta o titulo de anticorpos totais específicos contra a ovalbumina detectado em ratinhos BALB/c imunizados por via i.n. ou s.c. com ovalbumina isolada ou com ovalbumina associada a derivados de toxina; A Figura 1b mostra o título de anticorpos totais específicos contra a toxina detectado nos ratinhos da Figura 1a; A Figura 2 apresenta a medição dos níveis de IgA específica contra a ovalbumina presentes em lavados nasais e pulmonares dos ratinhos injectados segundo o procedimento da Figura 1; e A Figura 3 expõe a presença de anticorpos específicos contra o toxóide do tétano no soro de ratinhos BALB/c imunizados por via i.n. ou s.c. com o fragmento C da toxina do tétano, isolado ou associado a derivados da toxina. 13
Descrição detalhada do invento
Foi utilizada uma mutagénese específica de local para substituir o resíduo de arginina na posição sete da subunidade A da LT por lisina, de modo a construir um mutante não tóxico da LT que retém a capacidade de funcionar como holotoxina com actividade de ligação às células. A proteína mutante, designada por LTK7, foi purificada e testada quanto às actividades tóxica e de ADP-ribosiltransferase em diversos ensaios. A LTK7 demonstrou reter a capacidade de ligação ao receptor gangliosídico GM1 mas evidenciou uma completa perda de actividade enzimática, de acordo com os dados publicados (Lobet et al., Infect. Immun. 1991; 59: 2870-2879). Adicionalmente, a LTK7 mostrou-se inactiva no ensaio do segmento ileal de ratinho e, in vitro, em células Y1, mesmo quando foi testada uma dose equivalente a 107 unidades tóxicas da LT de tipo selvagem (Tabela 1).
Propriedades in vivo e in vitro da LT e do mutante LT K-7 TABELA 1 LT LT-K7 LT/LTK7 Codão na posição 7 da subunidade A CGT AAG - Aminoácido na posição 7 da subunidade A Arg Lys - Actividade de ADP-ribosiltransferase da Subunidade A 0,06 pg » 20 pg « 3.10'3’ Ensaio in vivo no segmento ileal de ratinho 10 pg »500 pg/ratinho « 0,02 ** Toxicidade in vitro em células Y1 10 pg/ml » 100 pg/ml « 10'7 ** Ligação a células eucarióticas + + 1
Dados publicados por Lobet et al. e confirmados neste estudo Neste estudo 14 » Significa que a LT-K7 se mostrou ainda enzimaticamente inactiva ou não-tóxica ao ser testada a concentração mais elevada que é apresentada na tabela. « Significa que a diferença real é superior ao número apresentado, o qual representa a diferença testada. A capacidade, exibida pela LTK7, de actuar como um adjuvante das mucosas foi avaliada em ratinhos. Os ratinhos foram separados em grupos e imunizados utilizando a ovalbumina como antigénio marcador. Os animais foram imunizados por via intranasal (i.n.) ou subcutânea (s.c.), utilizando 10 pg de ovalbumina isolada ou ovalbumina misturada com 1 pg de CT, LT ou LTK7. Os ratinhos foram divididos em quatro grupos com seis ratinhos cada. Quatro ratinhos de cada grupo foram levemente anestesiados e imunizados com 10 pg de ovalbumina isolada ou com 10 pg de ovalbumina associada a 1 pg de toxinas, correspondendo o volume total de administração a 30 pl. Os restantes dois ratos foram imunizados s.c. com a mesma quantidade de proteínas num volume total de 100 pl. As proteínas administradas subcutaneamente foram previamente adsorvidas em AI(OH)3 a 2%.
Os animais foram imunizados aos dias 1, 22, 36 e 61. Foram recolhidas amostras de 100 pl de sangue aos dias 0, 21, 35 e 56, e no dia 76 os animais foram sacrificados por perfuração cardíaca. A quantificação do anticorpo foi executada pelo método de ELISA. Para a avaliação dos anticorpos específicos contra a ovalbumina, foram revestidas placas de EIA com 96 cúpulas (costar), ao longo de 12 horas, com 60 pg/ml de ovalbumina. A medição dos anticorpos específicos contra as toxinas foi realizada um método ELISA de captura de GM1. Os anticorpos específicos contra as toxinas foram medidos face ao antigénio que foi usado nas imunizações. As toxinas não foram usadas isoladamente na medição de anticorpos específicos contra as toxinas em cada grupo, pelo que os títulos obtidos não permitem uma comparação directa entre os grupos. 15 A partir dos soros recolhidos em cada grupo, foi feito um “pool” de soros de quatro e de dois ratos, respectivamente. As amostras foram preparadas em duplicado a partir de uma diluição de 1:50. As absorvências foram lidas a 450 nm utilizando o programa de cálculo aplicado a reacções cinéticas, versão 2.13, da Biotek Instruments. Este programa calcula a taxa de conversão do substrato a partir de trinta pontos de tempo distanciados entre si em dez segundos.
Os títulos de anticorpo determinados por ELISA foram medidos arbitrariamente como correspondendo à diluição de soro que exibiu metade da absorvência máxima a 450 nm. Os soros que não evidenciaram uma absorvência a 450 nm 2,5 vezes superior à observada com os soros pré-imunes equivalentes foram considerados como negativos. Os resultados apresentados nas Figuras 1a e 1b representam os valores médios de titulação obtidos a partir de cúpulas em duplicado em uma das experiências. Não foram detectados níveis significativos de anticorpos contra a ovalbumina (acima dos níveis de fundo) nos soros de ratinhos imunizados i.n. com ovalbumina isolada; no entanto, os ratinhos imunizados por via s.c. fizeram uma seroconversão eficiente. Os ratinhos que receberam ovalbumina juntamente com CT ou com LT i.n. continham níveis muito elevados de anticorpos anti-ovalbumina nos seus soros. Estes eram equivalentes aos observados nos ratos imunizados por via s.c. Os ratos que receberam ovalbumina com LTK7 exibiram igualmente níveis muito elevados de anticorpos contra a ovalbumina.
Os níveis de resposta anti-toxóide nestes mesmos grupos são apresentados na Figura 1b. Todos os ratinhos, incluindo os imunizados com a toxina mutante, desenvolveram níveis elevados de anticorpos contra esta toxina nos seus soros.
Os níveis locais de anticorpos secretórios contra a ovalbumina foram medidos utilizando lavados nasais e pulmonares (Fig. 2). Abreviadamente, os animais foram sacrificados por perfuração cardíaca e dissecados de modo a expôr a traqueia. Foi inserida uma pipeta ultra-fina num pequeno orifício da traqueia. Os lavados pulmonares foram recolhidos por lavagem e aspiração repetida dos pulmões com 1,5 ml de albumina sérica bovina a 0,1% (Sigma) em PBS. Os lavados nasais foram recolhidos fazendo passar 1 ml de BSA a 0,1% em PBS através da cavidade nasal. 16
Os anticorpos IgA específicos para a ovalbumina foram medidos por ELISA utilizando um anticorpo conjugado anti-rato específico para a cadeia alfa (Serotec). Foram preparadas amostras a partir de cada animal, e as colunas nesta figura representam as taxas médias de conversão do substrato, obtidas utilizando o programa de cálculo cinético, para quatro e dois ratinhos imunizados por via i.n. e s.c., respectivamente. As figuras foram construídas utilizando os dados brutos da absorvência obtidos com uma diluição de 1:3 dos lavados pulmonares. Estes correspondem a títulos de entre 1:2 e 1:6 para os lavados nasais e de entre 1:70 e 1:120 para os lavados pulmonares. Estes títulos foram calculados utilizando o método acima descrito. Os ratos imunizados por via s.c. ou i.n. com ovalbumina isolada não continham níveis detectáveis de IgA específica contra a albumina nos lavados recolhidos como amostra. Todos os ratinhos imunizados com ovalbumina em combinação com LT, CT ou LTK7 evidenciaram níveis detectáveis de IgA anti-ovalbumina. Assim, foi possível detectar uma resposta anti-ovalbumina tanto local como sistémica nestes animais.
Em face destas experiências encorajadoras com a ovalbumina, a imunização foi repetida utilizando o Fragmento C, uma porção com 50.000 Dalton, não tóxica, da toxina do tétano que havia sido expressa pela levedura Pichia pastoris e purificada a partir desta. Os ratinhos foram imunizados por via s.c. ou i.n. com o Fragmento C isolado ou misturado com amostras individualizadas de LT ou de LTK7. Os ratinhos foram separados em quatro grupos de dez ratinhos e quatro grupos de cinco ratinhos. Dez ratos foram imunizados i.n. com: a) 10 pg do fragmento C isolado; b) 10 pg do fragmento C com 1 pg de LT; c) 10 pg de fragmento C com 1 pg de LTK7 e d) apenas PBS, todos num volume final de 30 pl. Cinco ratinhos foram imunizados i.n. com a) 1 pg de LT e b) 1 pg de LTK7. Os restantes dois grupos de ratinhos foram imunizados por via s.c., sem utilizar proteína ou usando 10 pg de fragmento C, num volume de dose de 100 pl. Estas vacinas foram preparadas tal como descrito na Figura 1. Os animais foram imunizados aos dias 1 e 22. Foram recolhidas amostras de 100 pl de sangue aos dias 0, 21 e 35. Os anticorpos específicos contra o fragmento C foram doseados por ELISA usando o 17 toxóide do tétano (10 pg/ml) como antigénio de revestimento das placas. Fez-se um pool dos soros de cada grupo. As amostras foram preparadas em duplicado a partir de uma diluição de 1:50. Os títulos ELISA foram calculados como acima descrito. Os ratinhos imunizados por via s.c. com o Fragmento C fizeram uma seroconversão eficiente, produzindo níveis elevados de anticorpos anti-Fragmento C (Fig. 3). Os ratinhos imunizados i.n. com o Fragmento C isolado não exibiram uma seroconversão significativa. No entanto, os ratinhos imunizados com o Fragmento C combinado com LT ou LTK7 apresentaram níveis séricos elevados de anticorpos anti-Fragmento C (Fig. 3). Uma vez que os ratinhos que produzem uma seroconversão face ao Fragmento C podem ser protegidos contra uma provocação por toxina, os grupos foram submetidos a uma provocação com a toxina do tétano activa. Todos os ratinhos imunizados s.c. com o Fragmento C isolado foram protegidos, enquanto que todos os ratinhos imunizados i.n. se mostraram altamente susceptíveis. Todos os ratinhos imunizados i.n. com o Fragmento C combinado com LT ou LTK7 sobreviveram à provocação antigénica (Tabela 2). TABELA 2
Ac sérico anti-fragmento C Mortes LT — 10/10 LTK7 — 10/10 LTK7 + Fragmento C ++ 0/10 LT + Fragmento C ++++ 0/10 Fragmento C +/- 10/10 0 título de anticorpos correspondeu em média a anti-Fragmento C presentes no soro dos cerca de 1/3.000 em ratinhos vacinados com o ratinhos mutante K7 + Fragmento C e a 1/12.000 com a associação LT + Fragmento C.
Estas experiências mostram que a imunidade protectora contra o tétano pode ser obtida utilizando um mutante não tóxico da LT como adjuvante, e que a imunização por via mucosa com esta molécula poderá gerar uma resposta imune 18 tanto secretória local como sistémica face à toxina e aos antigénios co-administrados. 17 FEV. 2000
Lisboa, Q AGENTE OFICIAI DA PROPREOAOf NDUSTWAi
FRANCISCO DE NOVAES AGENTE OnCiAL DA PROPRIEDADE INCUS rWAt. Αν. Duque D' Ávila, 32, t - X-OO biuGA Ta.: 547763 7 3155038 19

Claims (14)

  1. REIVINDICAÇÕES 1- Uma composição farmacêutica compreendendo um adjuvante não tóxico das mucosas em mistura com um segundo antigénio, caracterizada pelo facto de o dito adjuvante não tóxico das mucosas corresponder a uma toxina bacteriana ribosilante do ADP destoxificada que possui uma subunidade A mutante, tendo como restrição o facto de o dito adjuvante não tóxico das mucosas não poder corresponder a uma forma duplamente mutante e não tóxica da toxina pertússica.
  2. 2- Uma composição farmacêutica, conforme reivindicado na reivindicação 1, caracterizado pelo facto de o dito adjuvante não tóxico das mucosas corresponde a um mutante destoxificado da CT ou da LT.
  3. 3- Uma composição farmacêutica, conforme reivindicado nas Reivindicações 1 ou 2, caracterizado pelo facto de o adjuvante não tóxico das mucosas compreende uma ou mais adições, delecções ou substituições de aminoácidos a nível da subunidade A da holotoxina.
  4. 4- Uma composição farmacêutica, conforme reivindicado na reivindicação 3, caracterizado pelo facto de o adjuvante não tóxico das mucosas ser a LT-K7.
  5. 5- Uso de uma toxina bacteriana ribosilante do ADP destoxificada que possui uma subunidade A mutante como adjuvante das mucosas na preparação de uma composição para administração a mucosas, tendo como restrição o facto de o dito adjuvante não tóxico das mucosas não poder corresponder a uma forma duplamente mutante e não tóxica da toxina pertússica.
  6. 6- Uso, conforme reivindicado na reivindicação 5, caracterizado pelo facto de a composição ser uma vacina.
  7. 7- Uso, conforme reivindicado na reivindicação 6, caracterizado pelo facto de a vacina se destinar a aplicações profilácticas ou terapêuticas.
  8. 8- Uso, conforme reivindicado nas reivindicações 5 a 7, caracterizado pelo facto de a composição compreender ainda um segundo antigénio. 1
  9. 9- O uso de um adjuvante das mucosas, conforme reivindicado nas reivindicações 1 a 4, durante o fabrico de uma vacina, caracterizado pelo facto de ter como restrição o facto de o dito adjuvante não tóxico das mucosas não poder corresponder a uma forma duplamente mutante e não tóxica da toxina pertússica.
  10. 10- Uso, conforme reivindicado na reivindicação 10, caracterizado pelo facto de a vacina se destinar à administração oral ou intranasal.
  11. 11- Uma composição farmacêutica compreendendo um adjuvante não tóxico das mucosas e um segundo antigénio para administração simultânea, em separado ou sequencial, caracterizada pelo facto de o dito adjuvante não tóxico das mucosas constituir uma toxina bacteriana ribosilante de ADP destoxificada que possui uma subunidade A mutante, tendo como restrição o facto de o dito adjuvante não tóxico das mucosas não poder corresponder a uma forma duplamente mutante e não tóxica da toxina pertússica.
  12. 12- Uma composição farmacêutica compreendendo um adjuvante não tóxico das mucosas e um segundo antigénio para administração em simultâneo quando combinados num só veículo, transportador ou partícula, caracterizada pelo facto de o dito adjuvante não tóxico das mucosas constituir uma toxina bacteriana ribosilante de ADP destoxificada que possui uma subunidade A mutante, tendo como restrição o facto de o dito adjuvante não tóxico das mucosas não poder corresponder a uma forma duplamente mutante e não tóxica da toxina pertússica.
  13. 13- Um método de fabrico de uma vacina com adjuvante, caracterizado pelo facto de compreender os passos de: (a) execução de uma mutagénese específica de local, a nível da subunidade A de uma toxina bacteriana ribosilante de ADP, de modo a destoxificar a toxina; e (b) colocação da toxina destoxificada em associação com um segundo antigénio, de tal modo que a primeira funcione como um adjuvante das mucosa, 2 tendo como restrição o facto de o dito adjuvante não tóxico das mucosas não poder corresponder a uma forma duplamente mutante e não tóxica da toxina pertússica.
  14. 14- Uma composição farmacêutica, conforme reivindicado nas reivindicações 1, 2, 3, 4, 11 ou 12, caracterizada pelo facto de o antigénio se encontrar encapsulado em microsferas de libertação retardada. Lisboa, f 7 FEV. 2000
    ÍRÂNCÍSCO OE NOVAES AX3CNTE OriCIAL. DA PROPRIEDADE INDUSTRIAL AV.·Duque D' Ávila, 32, f - ΪΟΟΟ LISBOA TEL: 547763 / 3155038' 3
PT95903889T 1993-12-22 1994-12-22 Adjuvante nao toxico das mucosas PT732937E (pt)

Applications Claiming Priority (1)

Application Number Priority Date Filing Date Title
GB939326174A GB9326174D0 (en) 1993-12-22 1993-12-22 Mucosal adjuvant

Publications (1)

Publication Number Publication Date
PT732937E true PT732937E (pt) 2000-05-31

Family

ID=10747021

Family Applications (1)

Application Number Title Priority Date Filing Date
PT95903889T PT732937E (pt) 1993-12-22 1994-12-22 Adjuvante nao toxico das mucosas

Country Status (13)

Country Link
US (3) US20020187154A1 (pt)
EP (1) EP0732937B2 (pt)
JP (2) JP4283889B2 (pt)
AT (1) ATE187078T1 (pt)
AU (1) AU1278595A (pt)
CA (1) CA2179771C (pt)
DE (1) DE69421939T3 (pt)
DK (1) DK0732937T4 (pt)
ES (1) ES2139879T5 (pt)
GB (1) GB9326174D0 (pt)
GR (1) GR3032497T3 (pt)
PT (1) PT732937E (pt)
WO (1) WO1995017211A1 (pt)

Families Citing this family (151)

* Cited by examiner, † Cited by third party
Publication number Priority date Publication date Assignee Title
GB9513371D0 (en) * 1995-06-30 1995-09-06 Biocine Spa Immunogenic detoxified mutant toxins
EP0725653B2 (en) 1993-10-05 2008-04-02 UCB Pharma Limited Vaccine compositions
GB9326174D0 (en) 1993-12-22 1994-02-23 Biocine Sclavo Mucosal adjuvant
JP5148577B2 (ja) * 1993-12-22 2013-02-20 ノバルティス ヴァクシンズ アンド ダイアグノスティクス エスアールエル 非毒性の粘膜アジュバント
US6436407B1 (en) 1994-08-26 2002-08-20 The Administrators Of The Tulane Educational Fund Mutant enterotoxin effective as a non-toxic adjuvant
US6019982A (en) * 1994-08-26 2000-02-01 The Administrators Of The Tulane Educational Fund Mutant enterotoxin effective as a non-toxic oral adjuvant
GB9603314D0 (en) * 1996-02-16 1996-04-17 Biocine Spa Immunogenic detoxified mutant toxins
US20070043215A1 (en) * 1996-08-27 2007-02-22 Heath David G Recombinant f1-v plague vaccine
GB9622660D0 (en) * 1996-10-31 1997-01-08 Biocine Spa Immunogenic detoxified mutant toxin
US5980898A (en) * 1996-11-14 1999-11-09 The United States Of America As Represented By The U.S. Army Medical Research & Material Command Adjuvant for transcutaneous immunization
US20060002949A1 (en) 1996-11-14 2006-01-05 Army Govt. Of The Usa, As Rep. By Secretary Of The Office Of The Command Judge Advocate, Hq Usamrmc. Transcutaneous immunization without heterologous adjuvant
CN101002727A (zh) * 1996-11-14 2007-07-25 (由国防部长代表的)美利坚合众国政府 经皮免疫之佐剂
US6818222B1 (en) 1997-03-21 2004-11-16 Chiron Corporation Detoxified mutants of bacterial ADP-ribosylating toxins as parenteral adjuvants
AU755465C (en) * 1998-06-01 2004-01-29 Fidia Farmaceutici S.P.A. Use of hyaluronic acid polymers for mucosal delivery of vaccine antigens and adjuvants
US6824793B1 (en) 1998-06-01 2004-11-30 Chiron Corporation Use of hyaluronic acid polymers for mucosal delivery of vaccine antigens and adjuvants
US6576244B1 (en) 1998-06-19 2003-06-10 Acambis, Inc. LT and CT in parenteral immunization methods against helicobacter infection
US6693087B1 (en) 1998-08-20 2004-02-17 Aventis Pasteur Limited Nucleic acid molecules encoding POMP91A protein of Chlamydia
US6686339B1 (en) 1998-08-20 2004-02-03 Aventis Pasteur Limited Nucleic acid molecules encoding inclusion membrane protein C of Chlamydia
AU5366099A (en) 1998-08-20 2000-03-14 Connaught Laboratories Limited Nucleic acid molecules encoding inclusion membrane protein of (chlamydia)
AU774649B2 (en) * 1998-10-21 2004-07-01 Kitasato Daiichi Sankyo Vaccine Co.,Ltd. Vaccine preparations containing attenuated toxin
DE69942774D1 (de) * 1999-02-26 2010-10-28 Novartis Vaccines & Diagnostic Verwendung von bioadhaesiven und adjuvantien für die mukosale anwendung von antigenen
US7115730B1 (en) 1999-04-27 2006-10-03 Chiron Srl Immunogenic detoxified mutant E. coli LT-A-toxin
US7384640B1 (en) 1999-09-30 2008-06-10 Wyeth Holdings Corporation Mutant cholera holotoxin as an adjuvant
WO2001030382A1 (en) 1999-10-22 2001-05-03 Aventis Pasteur Limited Method of inducing and/or enhancing an immune response to tumor antigens
JP2003171291A (ja) * 1999-10-29 2003-06-17 Takeda Schering-Plough Animal Health Kk 乳房炎用粘膜予防剤
EP1246646A2 (en) * 2000-01-05 2002-10-09 Aventis Pasteur Limited Enhancing the immune response to an antigen by presensitizing with an inducing agent prior to immunizing with the inducing agent and the antigen
EP1792995A3 (en) 2000-05-08 2007-06-13 Sanofi Pasteur Limited Chlamydia secretory locus orf and uses thereof
ATE346925T1 (de) 2000-05-10 2006-12-15 Sanofi Pasteur Ltd Durch mage minigene kodierte immunogene polypeptide und ihre verwendungen
AU2001271268A1 (en) 2000-05-19 2001-12-03 The Administrators Of The Tulane Educational Fund Hybrid lt-a/ct-b holotoxin for use as an adjuvant
ATE357461T1 (de) 2000-08-25 2007-04-15 Aventis Pasteur Innen-kern oligosaccharide epitopes aus lipopolysacchariden von haemophilus influenza als vakzinen in der prophylaktischen behandlung von haemophilus influenzae infektionen
EP2198882A3 (en) 2001-01-12 2010-10-13 Novartis Vaccines and Diagnostics, Inc. Nucleic acid mucosal immunization
GB0108024D0 (en) 2001-03-30 2001-05-23 Chiron Spa Bacterial toxins
ES2399420T3 (es) 2001-05-22 2013-04-01 The Government Of The United States Of America, As Represented By The Secretary, The Department Of Desarrollo de mutaciones útiles para atenuar virus del dengue y virus del dengue quiméricos
CA2449670A1 (en) * 2001-06-07 2002-12-12 Wyeth Holdings Corporation Mutant forms of cholera holotoxin as an adjuvant
CN1977971A (zh) 2001-06-07 2007-06-13 惠氏控股有限公司 作为佐剂的霍乱全毒素的突变体形式
ATE513560T1 (de) * 2002-05-14 2011-07-15 Novartis Vaccines & Diagnostic Kombinationsimpfstoff gegen bakterielle meningitis, der über die schleimhaut appliziert wird
GB0220205D0 (en) 2002-08-30 2002-10-09 Chiron Spa Neisseria toxin
JPWO2004028561A1 (ja) * 2002-09-30 2006-01-19 アステラス製薬株式会社 免疫応答誘導方法
US20050031587A1 (en) * 2002-10-04 2005-02-10 Yamanouchi Pharmaceutical Co., Ltd. Immune response induction method
HUE031886T2 (en) 2002-10-11 2017-08-28 Glaxosmithkline Biologicals Sa Polypeptide vaccines for extensive protection against hypervirulent meningococcal lines
CA3042073C (en) 2003-01-30 2022-09-13 Novartis Vaccines And Diagnostics S.R.L. Injectable vaccines against multiple meningococcal serogroups
GB0308198D0 (en) 2003-04-09 2003-05-14 Chiron Srl ADP-ribosylating bacterial toxin
GB0323103D0 (en) 2003-10-02 2003-11-05 Chiron Srl De-acetylated saccharides
WO2005032583A2 (en) 2003-10-02 2005-04-14 Chiron Srl Liquid vaccines for multiple meningococcal serogroups
US20080254065A1 (en) 2004-03-09 2008-10-16 Chiron Corporation Influenza Virus Vaccines
RU2379052C2 (ru) 2004-04-30 2010-01-20 Чирон С.Р.Л. Вакцинация менингококковыми конъюгатами
GB0409745D0 (en) 2004-04-30 2004-06-09 Chiron Srl Compositions including unconjugated carrier proteins
GB0500787D0 (en) 2005-01-14 2005-02-23 Chiron Srl Integration of meningococcal conjugate vaccination
GB0410866D0 (en) 2004-05-14 2004-06-16 Chiron Srl Haemophilius influenzae
EP2811027A1 (en) 2004-05-21 2014-12-10 Novartis Vaccines and Diagnostics, Inc. Alphavirus vectors for RSV and PIV vaccines
WO2006078318A2 (en) 2004-07-29 2006-07-27 Novartis Vaccines And Diagnostics Inc. Immunogenic compositions for gram positive bacteria such as streptococcus agalactiae
GB0424092D0 (en) 2004-10-29 2004-12-01 Chiron Srl Immunogenic bacterial vesicles with outer membrane proteins
GB0502095D0 (en) 2005-02-01 2005-03-09 Chiron Srl Conjugation of streptococcal capsular saccharides
EP2351772B1 (en) 2005-02-18 2016-07-13 GlaxoSmithKline Biologicals SA Proteins and nucleic acids from meningitis/sepsis-associated Escherichia coli
CA2598488A1 (en) 2005-02-18 2006-08-31 Novartis Vaccines And Diagnostics, Inc. Immunogens from uropathogenic escherichia coli
JP2009511636A (ja) 2005-10-18 2009-03-19 ノバルティス ヴァクシンズ アンド ダイアグノスティクス, インコーポレイテッド アルファウイルスレプリコン粒子による粘膜免疫および全身免疫
WO2007052057A2 (en) * 2005-11-04 2007-05-10 Novartis Vaccines And Diagnostics Srl Adminstration routes for priming/boosting with influenza vaccines
PT2368572T (pt) 2005-11-04 2020-06-16 Seqirus Uk Ltd Vacinas com adjuvante dotadas de antigénios não-virião preparados a partir de vírus da gripe cultivado em cultura celular
WO2007081447A2 (en) 2005-11-22 2007-07-19 Novartis Vaccines And Diagnostics, Inc. Norovirus and sapovirus antigens
GB0524066D0 (en) 2005-11-25 2006-01-04 Chiron Srl 741 ii
PL2478916T3 (pl) 2006-01-27 2020-11-16 Seqirus UK Limited Szczepionki przeciw grypie zawierające hemaglutyninę i białka macierzy
EP2502999A3 (en) 2006-03-03 2013-01-23 Amorfix Life Sciences Ltd. Methods and compositions to treat and detect misfolded-SOD1 mediated diseases
EP2010537B1 (en) 2006-03-23 2011-12-28 Novartis AG Imidazoquinoxaline compounds as immunomodulators
CN101448523A (zh) 2006-03-24 2009-06-03 诺华疫苗和诊断有限两合公司 无需冷藏储存流感疫苗
EP2019686B1 (en) 2006-03-31 2012-07-11 Novartis AG Combined mucosal and parenteral immunization against hiv
ATE522541T1 (de) 2006-06-09 2011-09-15 Novartis Ag Bakterielle adhäsine konformere
GB0614460D0 (en) 2006-07-20 2006-08-30 Novartis Ag Vaccines
WO2008020330A2 (en) 2006-08-16 2008-02-21 Novartis Ag Immunogens from uropathogenic escherichia coli
EA200970271A1 (ru) 2006-09-11 2010-02-26 Новартис Аг Получение вакцин против вируса гриппа без использования куриных эмбрионов
NZ577405A (en) 2006-12-06 2012-08-31 Novartis Ag Vaccines including antigen from four strains of influenza virus
GB0700562D0 (en) 2007-01-11 2007-02-21 Novartis Vaccines & Diagnostic Modified Saccharides
BRPI0721702A2 (pt) 2007-05-23 2013-01-15 Uab Research Foundation neuraminidase pneumocàcica destoxificada ou uma porÇço antigÊnica da mesma, composiÇço, mÉtodos para reduzir ou prevenir a portabilidade nasal pneumocàcica em um indivÍduo, e para reduzir ou prevenir a infecÇço pneumocàcica em um indivÍduo, e, recipiente
WO2009001217A2 (en) 2007-06-27 2008-12-31 Novartis Ag Low-additive influenza vaccines
GB0713880D0 (en) 2007-07-17 2007-08-29 Novartis Ag Conjugate purification
GB0714963D0 (en) 2007-08-01 2007-09-12 Novartis Ag Compositions comprising antigens
ES2534671T3 (es) 2007-09-11 2015-04-27 University Of Guelph Inmunógenos polisacáridos de la Clostridium difficile
KR101621837B1 (ko) 2007-09-12 2016-05-17 노파르티스 아게 Gas57 돌연변이 항원 및 gas57 항체
GB0810305D0 (en) 2008-06-05 2008-07-09 Novartis Ag Influenza vaccination
GB0818453D0 (en) 2008-10-08 2008-11-12 Novartis Ag Fermentation processes for cultivating streptococci and purification processes for obtaining cps therefrom
WO2009081274A2 (en) 2007-12-21 2009-07-02 Novartis Ag Mutant forms of streptolysin o
ES2532946T3 (es) 2008-02-21 2015-04-06 Novartis Ag Polipéptidos PUfH meningocócicos
EP2889042A3 (en) 2008-03-18 2015-10-14 Novartis AG Improvements in preparation of influenza virus vaccine antigens
EP2376089B1 (en) * 2008-11-17 2018-03-14 The Regents of the University of Michigan Cancer vaccine compositions and methods of using the same
BRPI0923649A2 (pt) 2008-12-24 2016-01-19 Netherlands Vaccine Inst polipeptídeos de pneumolisina (ply) de streptococcus pneumoniae modificados.
BRPI1005670A8 (pt) 2009-01-05 2017-12-26 Epitogenesis Inc composições adjuvantes e processos de uso.
US8465751B2 (en) 2009-01-12 2013-06-18 Novartis Ag Cna—B domain antigens in vaccines against gram positive bacteria
CN102438650A (zh) 2009-03-06 2012-05-02 诺华有限公司 衣原体抗原
WO2010119343A2 (en) 2009-04-14 2010-10-21 Novartis Ag Compositions for immunising against staphylococcus aureus
WO2010146414A1 (en) 2009-06-15 2010-12-23 National University Of Singapore Influenza vaccine, composition, and methods of use
JP2012532600A (ja) 2009-07-07 2012-12-20 ノバルティス アーゲー 保存された大腸菌免疫原
SG178026A1 (en) 2009-07-15 2012-03-29 Novartis Ag Rsv f protein compositions and methods for making same
CN102770443A (zh) 2009-07-16 2012-11-07 诺华有限公司 脱毒大肠杆菌免疫原
CN102596240B (zh) 2009-08-27 2015-02-04 诺华股份有限公司 包括脑膜炎球菌fHBP序列的杂交多肽
BR112012008338A2 (pt) 2009-09-10 2019-09-24 Novartis Ag combinação de vacinas contra doenças do trato respiratório.
GB0917003D0 (en) 2009-09-28 2009-11-11 Novartis Vaccines Inst For Global Health Srl Purification of bacterial vesicles
GB0917002D0 (en) 2009-09-28 2009-11-11 Novartis Vaccines Inst For Global Health Srl Improved shigella blebs
US8974799B2 (en) 2009-09-30 2015-03-10 Novartis Ag Conjugation of Staphylococcus aureus type 5 and type 8 capsular polysaccharides
AU2010302344A1 (en) 2009-09-30 2012-04-26 Novartis Ag Expression of meningococcal fhbp polypeptides
GB0918392D0 (en) 2009-10-20 2009-12-02 Novartis Ag Diagnostic and therapeutic methods
EP2493499A1 (en) 2009-10-27 2012-09-05 Novartis AG Modified meningococcal fhbp polypeptides
GB0919690D0 (en) 2009-11-10 2009-12-23 Guy S And St Thomas S Nhs Foun compositions for immunising against staphylococcus aureus
JP5781542B2 (ja) 2009-12-30 2015-09-24 ノバルティス アーゲー E.coliキャリアタンパク質に結合体化した多糖免疫原
GB201003333D0 (en) 2010-02-26 2010-04-14 Novartis Ag Immunogenic proteins and compositions
WO2011119920A2 (en) 2010-03-25 2011-09-29 Oregon Health & Science University Cmv glycoproteins and recombinant vectors
GB201005625D0 (en) 2010-04-01 2010-05-19 Novartis Ag Immunogenic proteins and compositions
US9744228B2 (en) 2010-04-07 2017-08-29 Norvartis Ag Method for generating a parvovirus B19 virus-like particle
EP2558069A1 (en) 2010-04-13 2013-02-20 Novartis AG Benzonapthyridine compositions and uses thereof
JP2013532008A (ja) 2010-05-28 2013-08-15 テトリス オンライン インコーポレイテッド 対話式ハイブリッド非同期コンピュータ・ゲーム・インフラストラクチャ
GB201009861D0 (en) 2010-06-11 2010-07-21 Novartis Ag OMV vaccines
US9192661B2 (en) 2010-07-06 2015-11-24 Novartis Ag Delivery of self-replicating RNA using biodegradable polymer particles
WO2012006293A1 (en) 2010-07-06 2012-01-12 Novartis Ag Norovirus derived immunogenic compositions and methods
GB201101665D0 (en) 2011-01-31 2011-03-16 Novartis Ag Immunogenic compositions
GB201017519D0 (en) 2010-10-15 2010-12-01 Novartis Vaccines Inst For Global Health S R L Vaccines
WO2012072769A1 (en) 2010-12-01 2012-06-07 Novartis Ag Pneumococcal rrgb epitopes and clade combinations
US20130315959A1 (en) 2010-12-24 2013-11-28 Novartis Ag Compounds
WO2012103361A1 (en) 2011-01-26 2012-08-02 Novartis Ag Rsv immunization regimen
EP2668201A2 (en) 2011-01-28 2013-12-04 Sanofi Pasteur SA Immunological compositions comprising hiv gp41 polypeptide derivatives
ES2651143T3 (es) 2011-05-13 2018-01-24 Glaxosmithkline Biologicals Sa Antígenos de F de prefusión del VRS
ES2667425T3 (es) 2011-06-10 2018-05-10 Oregon Health & Science University Glucoproteínas y vectores recombinantes de CMV
CN103717235A (zh) 2011-06-24 2014-04-09 埃皮托吉尼西斯有限公司 作为抗原特异性免疫调节剂的包含选择的载体、维生素、单宁和类黄酮的组合的药物组合物
EP2729165B1 (en) 2011-07-06 2017-11-08 GlaxoSmithKline Biologicals SA Immunogenic combination compositions and uses thereof
WO2013006842A2 (en) 2011-07-06 2013-01-10 Novartis Ag Immunogenic compositions and uses thereof
US9149541B2 (en) 2011-07-08 2015-10-06 Novartis Ag Tyrosine ligation process
EP2736921B1 (en) 2011-07-25 2018-06-27 GlaxoSmithKline Biologicals SA Compositions and methods for assessing functional immunogenicity of parvovirus vaccines
CA2789539A1 (en) 2011-09-12 2013-03-12 International Aids Vaccine Initiative Immunoselection of recombinant vesicular stomatitis virus expressing hiv-1 proteins by broadly neutralizing antibodies
ES2732708T3 (es) 2011-09-14 2019-11-25 Glaxosmithkline Biologicals Sa Procedimientos de fabricación de glucoconjugados de sacárido-proteína
US9511130B2 (en) 2011-09-14 2016-12-06 Glaxosmithkline Biologicals Sa Escherichia coli vaccine combination
EP2586461A1 (en) 2011-10-27 2013-05-01 Christopher L. Parks Viral particles derived from an enveloped virus
EP2776069A1 (en) 2011-11-07 2014-09-17 Novartis AG Carrier molecule comprising a spr0096 and a spr2021 antigen
WO2013108272A2 (en) 2012-01-20 2013-07-25 International Centre For Genetic Engineering And Biotechnology Blood stage malaria vaccine
AU2013265336A1 (en) 2012-05-22 2014-12-04 Novartis Ag Meningococcus serogroup X conjugate
EP2679596B1 (en) 2012-06-27 2017-04-12 International Aids Vaccine Initiative HIV-1 env glycoprotein variant
US20150140068A1 (en) 2012-07-06 2015-05-21 Novartis Ag Immunogenic compositions and uses thereof
EP3400960A1 (en) 2012-09-18 2018-11-14 GlaxoSmithKline Biologicals S.A. Outer membrane vesicles
CN105307684A (zh) 2012-10-02 2016-02-03 葛兰素史密丝克莱恩生物有限公司 非直链糖缀合物
SG11201500979RA (en) 2012-10-03 2015-07-30 Glaxosmithkline Biolog Sa Immunogenic composition
CN111249455A (zh) 2012-11-30 2020-06-09 葛兰素史密丝克莱恩生物有限公司 假单胞菌抗原和抗原组合
CA2899787A1 (en) 2013-02-01 2014-08-07 Glaxosmithkline Biologicals Sa Intradermal delivery of immunological compositions comprising toll-like receptor agonists
WO2014140938A2 (en) 2013-03-14 2014-09-18 Centre Hospitalier Universitaire Vaudois Immunological methods
EP2848937A1 (en) 2013-09-05 2015-03-18 International Aids Vaccine Initiative Methods of identifying novel HIV-1 immunogens
EP2873423B1 (en) 2013-10-07 2017-05-31 International Aids Vaccine Initiative Soluble hiv-1 envelope glycoprotein trimers
EP2870974A1 (en) 2013-11-08 2015-05-13 Novartis AG Salmonella conjugate vaccines
CA2942450A1 (en) 2014-03-26 2015-10-01 Glaxosmithkline Biologicals S.A. Mutant staphylococcal antigens
EP3069730A3 (en) 2015-03-20 2017-03-15 International Aids Vaccine Initiative Soluble hiv-1 envelope glycoprotein trimers
US9931394B2 (en) 2015-03-23 2018-04-03 International Aids Vaccine Initiative Soluble HIV-1 envelope glycoprotein trimers
EP3374379A4 (en) 2015-11-09 2019-05-15 The University Of British Columbia N-TERMINAL EPITOPES IN BETA-AMYLOID AND CONFORMATIONALLY SELECTIVE ANTIBODIES THEREOF
US10759837B2 (en) 2015-11-09 2020-09-01 The University Of British Columbia Anti-amyloid beta antibodies binding to a cyclic amyloid beta peptide
EP3374381A4 (en) 2015-11-09 2019-05-15 The University Of British Columbia EPITAOPES IN THE CENTRAL REGION OF BETA-AMYLOID AND RELATED CONFORMATIONAL ANTIBODIES
US20180125920A1 (en) 2016-11-09 2018-05-10 The University Of British Columbia Methods for preventing and treating A-beta oligomer-associated and/or -induced diseases and conditions
IT201900007060A1 (it) 2019-05-21 2020-11-21 St Superiore Di Sanita Cellule tumorali ingegnerizzate e loro usi
IT201900012540A1 (it) 2019-07-22 2021-01-22 Humanitas Mirasole Spa Inibitori di CHI3L1 e loro usi

Family Cites Families (63)

* Cited by examiner, † Cited by third party
Publication number Priority date Publication date Assignee Title
US4328209A (en) * 1979-04-11 1982-05-04 Board Of Regents, The University Of Texas System Cholera vaccine
US4428931A (en) * 1982-03-15 1984-01-31 Merck & Co., Inc. Bacterial toxoids and gram-negative immune globulin therefrom
US4666837A (en) * 1982-05-24 1987-05-19 Smithkline-Rit DNA sequences, recombinant DNA molecules and processes for producing the A and B subunits of cholera toxin and preparations containing so-obtained subunit or subunits
CH660375A5 (it) * 1983-02-08 1987-04-15 Sclavo Spa Procedimento per la produzione di proteine correlate alla tossina difterica.
US5882653A (en) * 1983-03-04 1999-03-16 The University Of Maryland System Vibrio cholerae 01 (CVD111) and non-01 (CVD112 and CVD112RM) serogroup vaccine strains, methods of making same and products thereof
US5668255A (en) * 1984-06-07 1997-09-16 Seragen, Inc. Hybrid molecules having translocation region and cell-binding region
CA1340373C (en) * 1986-01-28 1999-02-02 Rino Rappuoli Cloning and sequencing of the dna fragment which codes for the five subunits of the pertussis toxin, a hybrid plasmid containing the dna fragment and micro-organisms transformed by the hybrid plasmid and capable of expressing all or some of the subunits of the pertussis toxin
US5032398A (en) * 1986-08-01 1991-07-16 Kaslow Harvey R Selective modification of the catalytic subunit of pertussis toxin
US4892827A (en) * 1986-09-24 1990-01-09 The United States Of America As Represented By The Department Of Health And Human Services Recombinant pseudomonas exotoxins: construction of an active immunotoxin with low side effects
JP2918895B2 (ja) * 1987-09-04 1999-07-12 アムジエン・インコーポレーテツド 組換え型dna由来ボルデテラ毒素サブユニット類似体
US6713072B1 (en) * 1987-11-02 2004-03-30 Chiron S.R.L. Immunologically active polypeptides with altered toxicity useful for the preparation of an antipertussis vaccine
US5925546A (en) * 1987-11-02 1999-07-20 Chiron S.P.A. Immunologically active polypeptides with altered toxicity useful for the preparation of an antipertussis vaccine
US5358868A (en) * 1987-11-24 1994-10-25 Connaught Laboratories Limited Genetic detoxification of pertussis toxin
US5221618A (en) * 1987-11-24 1993-06-22 Connaught Laboratories Limited Genetic detoxification of pertussis toxin
GB8727489D0 (en) * 1987-11-24 1987-12-23 Connaught Lab Detoxification of pertussis toxin
US5332583A (en) * 1987-11-24 1994-07-26 Connaught Laboratories Limited Vaccine containing genetically-detoxified pertussis holotoxin
US5244657A (en) * 1987-11-24 1993-09-14 Connaught Laboratories Limited Genetic detoxification of pertussis toxin
JP2849632B2 (ja) * 1988-04-08 1999-01-20 社団法人北里研究所 ワクチン製剤
US5211657A (en) * 1988-11-07 1993-05-18 The United States Government As Represented By The Secretary Of The Department Of Health And Human Services Laminin a chain deduced amino acid sequence, expression vectors and active synthetic peptides
EP0372928A3 (en) * 1988-12-07 1990-06-27 University Of Leicester Heat-labile toxin b subunit fusion proteins
DK0396964T3 (da) * 1989-04-28 1995-10-30 Sclavo Spa Pertussistoxin-mutanter, Bordetella-stammer, der er i stand til at producere sådanne mutanter, samt deres anvendelse til udvikling af antipertussis-vacciner
US5786189A (en) * 1989-11-29 1998-07-28 Smithkline Beecham Biologicals (S.A.) Vaccine
IT1248735B (it) * 1990-06-21 1995-01-26 Sclavo Spa Vaccini acellulari contro la pertosse
US5241053A (en) * 1990-09-05 1993-08-31 Takeda Chemical Industries, Ltd. Fused proteins comprising glycoprotein gD of HSV-1 and LTB
IL101715A (en) * 1991-05-02 2005-06-19 Amgen Inc Recombinant dna-derived cholera toxin subunit analogs
GB9513371D0 (en) * 1995-06-30 1995-09-06 Biocine Spa Immunogenic detoxified mutant toxins
IT1253009B (it) * 1991-12-31 1995-07-10 Sclavo Ricerca S R L Mutanti immunogenici detossificati della tossina colerica e della tossina lt, loro preparazione ed uso per la preparazione di vaccini
US20020044939A1 (en) * 1991-12-31 2002-04-18 Chiron S.P.A. Immunogenic detoxified mutants of cholera toxin
US5874088A (en) * 1992-07-06 1999-02-23 President And Fellows Of Harvard College Deletion mutants of cholera vaccines expressing heterologous antigens
EP0692031B1 (en) * 1993-02-22 2007-04-11 The General Hospital Corporation Heterologous antigens in live cell vaccine strains
US5871749A (en) * 1993-07-27 1999-02-16 Csl Limited Therapeutic treatment of H. pylori associated gastroduodenal disease
US5856122A (en) * 1993-08-24 1999-01-05 University Of Alberta Modification of pertussis toxin
EP0725653B2 (en) * 1993-10-05 2008-04-02 UCB Pharma Limited Vaccine compositions
US5961970A (en) * 1993-10-29 1999-10-05 Pharmos Corporation Submicron emulsions as vaccine adjuvants
GB9326174D0 (en) * 1993-12-22 1994-02-23 Biocine Sclavo Mucosal adjuvant
US20030072774A1 (en) * 1994-06-10 2003-04-17 Diane M. Gajewczyk Proteinaceous adjuvants
US6436407B1 (en) * 1994-08-26 2002-08-20 The Administrators Of The Tulane Educational Fund Mutant enterotoxin effective as a non-toxic adjuvant
US6019982A (en) * 1994-08-26 2000-02-01 The Administrators Of The Tulane Educational Fund Mutant enterotoxin effective as a non-toxic oral adjuvant
US5932714A (en) * 1995-02-23 1999-08-03 Connaught Laboratories Limited Expression of gene products from genetically manipulated strains of Bordetella
GB9513733D0 (en) * 1995-07-05 1995-09-06 Univ Bristol Therapeutic agents
US6030624A (en) * 1996-08-16 2000-02-29 Uab Research Foundation Mucosal immunogens for novel vaccines
GB9622660D0 (en) * 1996-10-31 1997-01-08 Biocine Spa Immunogenic detoxified mutant toxin
US5908825A (en) * 1997-01-09 1999-06-01 University Of Maryland At Baltimore Dosage composition for nasal delivery and method of use of the same
US6818222B1 (en) * 1997-03-21 2004-11-16 Chiron Corporation Detoxified mutants of bacterial ADP-ribosylating toxins as parenteral adjuvants
EP0919243A1 (en) * 1997-11-25 1999-06-02 Duphar International Research B.V Vaccine containing B subunits of heat-labile enterotoxin (LTB) of Escherichia coli as an adjuvant
AU2232399A (en) * 1998-01-16 1999-08-02 Maxim Pharmaceuticals, Inc. Recombinant ctb-based vaccines
US6033673A (en) * 1998-03-18 2000-03-07 The Administrators Of Tulane Educational Fund Double mutant enterotoxin for use as an adjuvant
GB9808932D0 (en) * 1998-04-27 1998-06-24 Chiron Spa Polyepitope carrier protein
DE69922364T2 (de) * 1998-04-30 2005-11-03 Chiron S.R.L. Verfahren zur Immunisierung gegen und zur Behandlung von Infektionen durch H.pylori
EP1075274A2 (en) * 1998-05-08 2001-02-14 University Of Bristol Immunomodulators for vaccines
CN1197618C (zh) * 1998-09-30 2005-04-20 惠氏控股有限公司 突变霍乱全毒素佐剂
MXPA01006294A (es) * 1998-12-22 2002-06-04 Thompson Boyce Plant Res Enterotoxinas bacterianas oralmente inmunogenicas expresadas en plantas transgenicas.
US7115730B1 (en) * 1999-04-27 2006-10-03 Chiron Srl Immunogenic detoxified mutant E. coli LT-A-toxin
EE200100597A (et) * 1999-05-13 2003-02-17 American Cyanamid Company Antigeenne kompositsioon kombinatsioonis adjuvantidega ning meetod selle toimetõhususe suurendamiseks
GB9923060D0 (en) * 1999-09-29 1999-12-01 Chiron Spa Vaccine
US7384640B1 (en) * 1999-09-30 2008-06-10 Wyeth Holdings Corporation Mutant cholera holotoxin as an adjuvant
US20040109874A1 (en) * 1999-11-10 2004-06-10 Powderject Vaccines, Inc. Induction of mucosal immunity by vaccination via the skin route
EA004744B1 (ru) * 2000-11-10 2004-08-26 Уайт Холдингз Корпорейшн Комбинированные композиции адъювантов
GB0108024D0 (en) * 2001-03-30 2001-05-23 Chiron Spa Bacterial toxins
ES2399386T3 (es) * 2001-04-05 2013-04-01 Novartis Vaccines And Diagnostics, Inc. Aumento de la inmunidad de las mucosas tras sensibilización parenteral
US20050106178A1 (en) * 2003-01-30 2005-05-19 Chiron Corporation Adjuvanted influenza vaccine
US7883709B2 (en) * 2003-10-23 2011-02-08 Novartis Ag Stabilised compositions
WO2006128296A1 (en) * 2005-06-01 2006-12-07 Sanofi Pasteur Limited Pal-based chlamydia vaccine

Also Published As

Publication number Publication date
US20020187154A1 (en) 2002-12-12
DK0732937T3 (da) 2000-05-01
CA2179771C (en) 2001-02-20
US7485304B2 (en) 2009-02-03
WO1995017211A1 (en) 1995-06-29
US7070781B2 (en) 2006-07-04
CA2179771A1 (en) 1995-06-29
GR3032497T3 (en) 2000-05-31
DK0732937T4 (da) 2009-06-08
DE69421939T3 (de) 2009-11-05
ES2139879T3 (es) 2000-02-16
ATE187078T1 (de) 1999-12-15
ES2139879T5 (es) 2009-06-10
DE69421939D1 (de) 2000-01-05
AU1278595A (en) 1995-07-10
EP0732937A1 (en) 1996-09-25
US20040028690A1 (en) 2004-02-12
US20060177469A1 (en) 2006-08-10
DE69421939T2 (de) 2000-06-15
JP4283889B2 (ja) 2009-06-24
EP0732937B1 (en) 1999-12-01
EP0732937B2 (en) 2009-03-18
GB9326174D0 (en) 1994-02-23
JP2006143729A (ja) 2006-06-08
JPH10500099A (ja) 1998-01-06

Similar Documents

Publication Publication Date Title
PT732937E (pt) Adjuvante nao toxico das mucosas
US6818222B1 (en) Detoxified mutants of bacterial ADP-ribosylating toxins as parenteral adjuvants
KR100399258B1 (ko) 비독성경구용어쥬번트로써효과적인장독소돌연변이체
ES2273391T3 (es) Composicion de vacuna para administracion a una superficie mucosal.
US6436407B1 (en) Mutant enterotoxin effective as a non-toxic adjuvant
EP0725653B1 (en) Vaccine compositions
JP5148577B2 (ja) 非毒性の粘膜アジュバント
AU771286B2 (en) Detoxified mutants of bacterial ADP-ribosylating toxins as parenteral adjuvants
EP1486215A2 (en) Detoxified mutants of bacterial ADP-ribosylating toxins as parenteral adjuvants
JP2006525373A (ja) プロテオソームを用いた感染性疾患に対する予防接種
JP2004262847A (ja) ワクチン製剤