PT704162E - VEGETAIS ARMAZENáVEIS A TEMPERATURAS BAIXAS POSITIVAS E NEGATIVAS E PROCESSO DE CONSERVACãO DE VEGETAIS FRESCOS - Google Patents

VEGETAIS ARMAZENáVEIS A TEMPERATURAS BAIXAS POSITIVAS E NEGATIVAS E PROCESSO DE CONSERVACãO DE VEGETAIS FRESCOS Download PDF

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Description

AOMGi
DESCRIÇÃO "VEGETAIS ARMAZENÁVEIS A TEMPERATURAS BAIXAS POSITIVAS E NEGATIVAS E PROCESSO DE CONSERVAÇÃO DE VEGETAIS FRESCOS" A presente invenção refere-se a produtos vegetais, essencialmente ervas ou plantas aromáticas armazenáveis indiferentemente a temperaturas baixas positivas e negativas, conservando estes produtos vegetais o seu gosto, aroma, cor, textura e macieza. A invenção refere-se igualmente a um processo de tratamento de vegetais recentemente colhidos e mais especificamente a ervas ou a plantas aromáticas com vista à obtenção desse tipo de produtos vegetais.
Os vegetais recentemente colhidos apenas estão disponíveis em épocas precisas e num perímetro geográfico limitado. A sua duração de conservação é reduzida particularmente quando são cortados para estarem prontos a utilizar. Estão sujeitos a degradações biológicas, a alterações muito rápidas de aromas e de cores, devidas principalmente a enzimas. Os vegetais murcham e a sua textura modifica-se.
Igualmente, estes vegetais prontos a serem utilizados são susceptíveis de aumentarem de peso devido ao seu importante teor em água.
Para obviar estes inconvenientes, foram concebidos diferentes modos de conservação para que se possa dispor destes vegetais prontos a utilizar durante todo o ano procurando conservar algumas das suas propriedades. Além das técnicas tradicionais, desde há alguns foram desenvolvidos numerosos processos para a conservação e a armazenagem de produtos vegetais para curtas e longas durações.
I
Pode referir-se, por exemplo, o documento: FR-A-2 629 104 que descreve uma desidratação completa por ar quente de produtos alimentares; o documento US-A-3 188 750 que descreve uma técnica de secagem combinando uma liofilização e uma desidratação a quente para se obter um produto altamente desidratado; o documento WO 86/01 686 que descreve um processo de obtenção de um vegetal com humidade intermediária condicionado sob atmosfera controlada para poder ser armazenado no congelador; o documento FR-A-2 638 062 que descreve um processo de desidratação com ar quente e em vazio.
Contudo, todos os vegetais obtidos com a ajuda destas técnicas anteriores . colocam certos problemas ou têm algumas limitações como por exemplo de utilização.
Assim, os vegetais supercongelados sob forma individual têm o gosto, a cor e o aroma dos vegetais frescos mas devem ser conservados gelados a temperatura negativa, temperatura à qual eles são quebradiços e friáveis. Logo que estejam a uma temperatura positiva, eles sofrem muito rapidamente deteriorações enzimáticas, cujo resultado é a perda de frescura e o desenvolvimento de maus gostos e odores e de modificações da cor. Além disso, aparecem exsudações, um aumento de peso e um amolecimento.
Os vegetais desidratados com ar quente têm como inconveniente principal o terem perdido a sua qualidade gustativa. Assim para a maior parte deles aparece um gosto de feno e o aroma é sensivelmente inexistente. As cores são muito alteradas e sem atracção e isto ocorre tanto mais quanto mais o vegetal for sensível às oxidações enzimáticas e ao calor. A estrutura dos vegetais é desnaturada por rebentamento celular e a forma é contraída (perda de volume). Finalmente, eles possuem propriedades mecânicas não satisfatórias, dividem-se, pelo menos 2
em parte sob a acção de inevitáveis forças de fricção que se manifestam durante a sua manipulação para dar origem a um pó não desejável em muitas preparações culinárias.
Ainda que os vegetais liofilizados tenham um volume aparente pouco reduzido e que não sofram degradações enzimáticas durante a sua desidratação, encontram-se neles os outros inconvenientes acima mencionados para os produtos desidratados.
Além disso, as durações de secagem são muito importantes e conduzem a um consumo de energia excessivo e oneroso. A invenção tem pois por objectivo um processo de tratamento de vegetais recentemente colhidos (essencialmente ervas ou plantas aromáticas) que resolve os problemas ou limitações acima enumerados.
Mais particularmente, um objectivo da presente invenção é o de propor um processo de tratamento de vegetais recentemente colhidos nos quais os vegetais não sejam danificados, pisados, partidos.
Um outro objectivo da presente invenção é o de propor um produto vegetal pronto a utilizar - quer dizer que não necessita uma re-hidratação prévia à sua utilização - que não necessita um corte posterior, que possa ser armazenado vários dias a temperatura positiva, sem aumento de peso, sem exsudar, sem colar, sem secar.
Um outro objectivo da presente invenção é o de propor um produto vegetal pronto a utilizar, que mantenha de forma durável a sua estrutura, a sua cor, a sua textura, o seu aroma e o seu gosto. 3
Um outro objectivo da presente invenção é o de propor um produto vegetal cujo aspecto é próximo do fresco, diferente do supercongelado, do desidratado e do liofilizado.
Um outro objectivo da presente invenção é o de propor um produto vegetal cuja utilização é idêntica à de um produto vegetal fresco.
Um outro objectivo da presente invenção é o de propor um produto vegetal que mantenha as propriedades acima citadas a temperaturas superiores e inferiores a 0°C, que lhe permite ser armazenado indiferentemente a baixas temperaturas positivas ou negativas e portanto no frigorifico ou no congelador.
Um outro objectivo da presente invenção é o de propor um produto vegetal que possa ser armazenado até trinta dias unicamente a temperaturas de refrigeração, ou até quatro anos a temperaturas negativas de conservação de produtos supercongelados ou em combinação de armazenagem até quatro anos a temperaturas negativas de conservação de produtos supercongelados em seguida até trinta dias a temperaturas de refrigeração.
Para este efeito, a invenção refere-se a um processo de tratamento de vegetais recentemente colhidos essencialmente ervas ou plantas aromáticas, caracterizado por compreender as fases que consistem em: a) adicionar e misturar redutores de actividade de água a pedaços consumiveis de vegetais; b) congelar a mistura assim obtida; c) extrair da mistura uma quantidade de água global determinada por sublimação interrompendo o processo em curso de dessecação primária ou no inicio de dessecação secundária, sendo a mistura susceptivel de apresentar 4 (1 pedaços de vegetais secos e/ou pedaços de vegetais ainda gelados ou mais ou menos húmidos; d) misturar, de forma homogénea, a mistura de pedaços de vegetais assim obtida para permitir uma migração de água dos pedaços gelados para os pedaços mais ou menos húmidos e/ou para os pedaços secos; e) recolher os vegetais assim obtidos prontos a utilizar, sendo o seu aspecto, o seu aroma, o seu gosto, a sua cor, a sua macieza equivalentes ou próximos dos vegetais frescos.
De forma surpreendente, este processo de tratamento permite obter um produto vegetal que apresenta as propriedades dos vegetais frescos. Com efeito, a sublimação preserva melhor as propriedades de estrutura e evita qualquer alteração enzimática e é insuficiente para absorver os complexos aromáticos. Além disso, graças à acção combinada de um teor em água reduzido e de redutores de actividade de água, estas propriedades são conservadas durante uma armazenagem quer a temperaturas de conservação de produtos supercongelados quer a temperaturas de refrigeração. Estas propriedades são essencialmente as propriedades organolépticas: gosto e odor (demonstrado pela medida do teor em óleos essenciais e por um júri de prova) e as propriedades colorimétricas: cor (demonstrada por medidas colorimétricas). A redução da taxa de humidade evita, durante uma armazenagem a temperaturas de refrigeração, a exsudação, o aumento de peso, a colagem, o amolecimento dos vegetais. A taxa de humidade permanece suficiente para dar ao vegetal um aspecto húmido similar aos vegetais frescos. A invenção refere-se igualmente a um produto vegetal, sobre 5
tudo erva ou planta aromática, ao qual foram adicionados redutores de actividade de água do tipo sais minerais e/ou glúcidos e o qual sofreu, após congelação, uma extracção de água de forma a que ele apresente uma actividade de água a 20°C, um teor em sais minerais, um teor em glúcidos e um teor em humidade que se situam num intervalo tal que o referido produto conserve as propriedades dos vegetais frescos ou que deles se aproxime, sobretudo no que se refere à sua textura, a sua leveza e suas propriedades organolépticas e colorimétricas e que possa ser armazenado indiferentemente a temperaturas baixas positivas e negativas.
Outras caracteristicas e vantagens da presente invenção serão melhor entendidas com a leitura da descrição que se segue. A invenção refere-se a um processo de tratamento de vegetais recentemente colhidos essencialmente ervas ou plantas aromáticas. A título não limitativo, os vegetais susceptíveis de serem tratados pelo processo da presente invenção são o aneto, o manjerico, o aipo, o cerefólio, o coentro, o agrião, o espinafre, o estragão, o "livístico", a manjerona, a hortelã, a azeda, a salsa, o rosmaninho, a segurelha, o tomilho, a salva, o orégão, a lavanda, o cebolinho, o alho, a "echalota", a cebola, a abóbora, o alho porro, o feijão, o pimento, etc. 0 processo de acordo com a presente invenção compreende essencialmente quatro fases. A primeira consiste em adicionar e misturar redutores de actividade de água a pedaços consumíveis de vegetais.
Na presente invenção, a palavra "pedaços" engloba igualmente a variante constituída no caso em que se está na presença de uma mistura de vários vegetais homogéneos. 6
V ι—-
De acordo com a invenção, é igualmente possível congelar previamente os pedaços consumiveis de vegetais. Esta congelação pode ser efectuada com a ajuda de técnicas conhecidas como a passagem numa câmara fria ou num túnel de supercongelação, a utilização de azoto líquido ou de um circuito de liofilização.
Os redutores de actividade de água podem ser líquidos ou sólidos.
Neste último caso, a temperatura de adição de redutores de actividade de água é a que é necessária à sua solubilização por migração de água no exterior da estrutura vegetal. Neste caso, ela está compreendida entre uma temperatura negativa e uma temperatura baixa positiva. De preferência, ela está compreendida entre -40°C e 30°C, por exemplo entre -8°C e 10°C. A quantidade de redutores de actividade de água adicionada e misturada ao produto vegetal a tratar é tal que o vegetal obtido no final do processo de acordo com a invenção tenha uma composição compreendida entre 30% e 55% de água, entre 8% e 55% de redutores de actividade de água e uma actividade de água a 20°C compreendida entre 0,60 e 0,80 de preferência entre 0,70 e 0, 75.
De acordo com um modo preferido de realização da invenção, a quantidade e a natureza dos redutores de actividade de água são escolhidos de modo a que os vegetais obtidos tenham um teor da ordem de 8 a 30% em sais minerais e um teor da ordem de 5 a 25% em glúcidos.
No que se refere à natureza dos redutores de actividade de água, ela está intimamente ligada à natureza do produto vegetal tratado. Estes redutores de actividade de água podem ser 7 (Λ escolhidos no grupo que compreende: os sais minerais e sobretudo o cloreto de sódio, o cloreto de cálcio, o cloreto de potássio, o citrato de sódio, os carbonatos e sulfatos alimentares; os mono, di, oligossacáridos e sobretudo a glucose, a frutose, a sacarose, a lactose, a maltose, as maltodextrinas, os xaropes de glucose; os polióis e essencialmente o sorbitol e o glicerol, as proteínas e os hídrolisados de proteína; e os ácidos orgânicos e/ou os seus sais. A segunda fase do processo de acordo com a invenção consiste em congelar a mistura constituída por pedaços consumiveis de vegetais e de redutores de actividade de água. No caso em que se parte, no processo da presente invenção, de pedaços de vegetais congelados, esta fase não existe.
Esta congelação pode ser efectuada com a ajuda de técnicas conhecidas, como a utilização de uma câmara fria, de um túnel de supercongelação, de azoto líquido ou mesmo de um circuito de liofilização. A fase seguinte do processo de acordo com a invenção consiste em extrair, da mistura congelada, uma quantidade de água determinada. Esta extracção faz-se por sublimação com manutenção da fracção de água restante sob a forma de gelo ou sob a forma ligada.
Esta sublimação é efectuada preferencialmente num liofilizador para o qual as condições de operação são a título ilustrativo as seguintes: - temperatura de congelação: da ordem de -20°C a -40°C, 2 vazio inferior a 4 mmHg, - absorção de calorias, tendo em conta que a sublimação é uma reacção endotérmica: manutação do produt-o aquecido entre 10°C e 80°C após colocação em vazio. 8
De acordo com uma característica importante da invenção, interrompe-se a sublimação em curso de dessecação primária ou no início de dessecação secundária, sendo a mistura susceptível de apresentar pedaços de vegetais secos e/ou pedaços de vegetais ainda gelados ou mais ou menos húmidos.
Obtém-se um tal resultado nomeadamente, sobretudo quando se interrompe a sublimação a um tempo t determinado para que a mistura tenha globalmente um teor de água de 30 a 55%. Este tempo t é inferior a menos de metade, para um dado produto, de uma sublimação seguida de uma dessecação secundária clássica, tendo uma diminuição do custo energético importante e rendimentos superiores. A quarta fase do processo de acordo com a presente invenção consiste em misturar de forma homogénea a mistura de pedaços de vegetais obtida durante a fase anterior. Uma tal mistura permite aos pedaços gelados ou mais ou menos húmidos ficarem em contacto com os pedaços secos e permite assim uma migração de água entre os pedaços, migração que é necessária para obter uma composição e um teor de água idêntico entre os pedaços. Esta migração efectua-se a temperatura positiva ou negativa, a saber superior ou igual a -20°C.
Recolhem-se em seguida os vegetais assim tratados. Estes últimos estão prontos a ser usados, quer dizer, eles não têm necessidade de uma re-hidratação prévia antes da sua utilizarão.
Eles podem portanto ser salpicados directamente e receber por exemplo uma parte do tempero de um prato cozinhado. Contrariamente aos processos tradicionais de desidratação, o teor em óleo essencial dos produtos vegetais tratados é reduzido a mais de 30% em relação à matéria seca do produto vegetal fresco. 9
Eles apresentam sobretudo a vantagem primordial de poderem ser armazenados indiferentemente a temperaturas baixas positivas e a temperaturas negativas e portanto indiferentemente a temperaturas de conservação de produtos supercongelados e/ou a temperaturas de refrigeração. 0 processo de acordo com a presente invenção pode ser contínuo, ou descontínuo. Neste caso compreende uma fase de armazenagem a uma temperatura inferior ou igual a -18°C antes da fase de sublimação acima mencionada. É igualmente possível adicionar inicialmente aos vegetais a tratar recentemente colhidos (que são eventualmente supercongelados em seguida) aromatizantes e/ou amidos e/ou eliminadores de gosto. É possível branquear os vegetais frescos ou utilizar vegetais supercongelados previamente branqueados. A invenção refere-se igualmente a um produto vegetal e sobretudo uma erva ou planta aromática ao qual foram adicionados redutores de actividade de água do tipo sais minerais e/ou glúcidos e que sofreu, após congelação, uma extracção de água por sublimação interrompida a um tempo t determinado de modo que apresente uma actividade de água a 20°C, um teor em sais minerais, um teor em glúcidos e um teor em humidade que se situa num intervalo tal que o referido produto conserve as propriedades de vegetais frescos ou que deles se aproxime, sobretudo no que se refere à sua textura, à sua macieza e ás suas propriedades organolépticas e colorimétricas e que possa ser armazenado indiferentemente a temperaturas baixas positiva e negativa. 10
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Vantajosamente, a actividade de água a 20°C está compreendida entre 0,60 e 0,80 de preferência entre 0,70 e 0,75; o referido teor em sais minerais está compreendido entre 8% e 30%; o referido teor em glúcidos está compreendido entre 5% e 25% e o referido teor em humidade está compreendido entre 30% e 55%.
Os redutores de actividade de água são escolhidos dentro do grupo acima mencionado. O produto vegetal de acordo com a presente invenção pode compreender igualmente aromatizantes e/ou amidos e/ou eliminadores de gosto. A temperatura de armazenagem desses produtos está compreendida entre -40°C e 12°C, essencialmente entre -18°C e 6°C. A invenção será agora descrita com a ajuda de exemplos dados a titulo indicativo e nunca limitativos.
Exemplo 1:
Misturam-se 600 g de flocos (com 8% de matéria seca) de manj erico congelado (de acordo com o processo descrito no documento FR-B-2 665 612) a -20°C com 32, 14 g de cloreto de sódio e com 16,20 g de sacarose. Os produtos são intimamente misturados durante 8 minutos, tempo durante o qual os cristais de sal e de açúcar se dissolvem em água extraída à superfície dos flocos de manjerico. A mistura é em seguida disposta em pratos de um liofilizador e imediatamente congelada a -30°C. 0 vazio é em seguida mantido a 8.10-2 mbar e os pratos são aquecidos a 25°C. Após 5 horas de sublimação da água do manjerico, o teor em água global do lote é de 41,5%. Após 11
homogeneização rápida por mistura, o lote é conservado durante 14 dias a +12°C. 0 gosto, o odor e a cor permanecem intactos, um júri de prova com 10 pessoas (de acordo com a norma NF V09-013) não encontra diferença significativa entre o dia em que colocou no congelador e o décimo quarto dia.
Exemplo 2:
Misturam-se 600 g de salsa (com 12% de matéria seca) congelados em pedaços a -20°C com 44,4 g de cloreto de sódio e com 22,2 g de sacarose.
Os produtos são intimamente misturados durante 10 minutos depois conservados 2 dias em câmara fria antes de serem dispostos num liofilizador. 0 vazio é mantido a 9-10"2 mbar e os pratos são aquecidos a 25°C. Após 6 h e 30 de sublimação, a composição global da salsa parcialmente liofilizada é: . 32,8% de água . 34,9% de matéria seca vegetal . 21,5% de cloreto de sódio, . 10,8% de sacarose, e actividade de água (Aw) é de 0,7.
Após homogeneização o lote é conservado 7 dias em câmara fria a -20°C depois colocado 14 dias a +12°C. Um júri de prova considera o gosto, o odor e a cor como inalterados (de acordo com a norma NF V09-013).
Exemplo 3:
Adicionaram-se 100 kg de manjerico (com 12% de matéria seca) a 12 kg de uma mistura de sacarose/cloreto de sódio. O 12 produto após a sua solubilização e impregnação de solutos é congelado a -25°C, depois posto a sublimar num circuito de liof ilização. O vazio é mantido a 0,4 mbar e os pratos são aquecidos a 20°C. Após 13 horas de sublimação, o manjerico homogeneizado tem uma composição de 42,5% de H2O, 26,4% de matéria seca herbácea; 14,5% de sacarose; 14,5% de cloreto de sódio e uma actividade de água de 0,75. A medida colorimétrica do produto vegetal obtido com a ajuda de um aparelho Minolta (CR 310), em coordenada h° tingido é de 128,0, compreendida entre 125,5 para o vegetal fresco inicial e 131 para o vegetal supercongelado. O manjerico conservou bem a sua cor de origem. O teor em óleo essencial em relação à matéria seca (M.S.) vegetal é de 0, 653 ml/100 g de M.S. vegetal para o manjerico fresco e de 0,570 ml/100 g de M.S. para o manjerico obtido, seja uma conservação de 87% de óleo essencial (os componentes essenciais de aroma e de gosto). A par da desidratação parcial do vegetal, este aroma é conservado e concentrado a 10,066 ml para 100 g de manjerico fresco e a 0,15 ml para 100 g de manjerico obtido).
Lisboa, 14 de Novembro de 2000 13

Claims (20)

  1. REIVINDICAÇÕES 1. Processo de tratamento de vegetais recentemente colhidos, sobretudo ervas ou plantas aromáticas, caracterizado por compreender as fases que consistem em: a) adicionar e misturar redutores de actividade de água a pedaços consumíveis de vegetais; b) congelar a mistura assim obtida; c) extrair da mistura uma quantidade de água global determinada por sublimação interrompendo o processo em curso de dessecação primária ou no inicio de dessecação secundária, sendo a mistura susceptivel de apresentar pedaços de vegetais secos e/ou pedaços de vegetais ainda congelados ou mais ou menos húmidos; d) misturar, de forma homogénea, a mistura de pedaços de vegetais assim obtida para permitir uma migração de água dos pedaços congelados para os pedaços mais ou menos húmidos e/ou para os pedaços secos; e) recolher os vegetais assim obtidos prontos a utilizar, sendo o seu aspecto, o seu aroma, o seu gosto, a sua cor, a sua macieza equivalentes ou próximos dos vegetais frescos.
  2. 2. Processo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por se interromper a sublimação a um tempo t determinado para que a mistura tenha globalmente um teor em água de 30 a 55%.
  3. 3. Processo de acordo com a reivindicação 1 ou 2, caracterizado por se congelarem previamente pedaços consumíveis de vegetais. 1
  4. 4. Processo de acordo com qualquer das reivindicações 1 ou 3, caracterizado por a temperatura de adição dos redutores de actividade de água estar compreendida entre uma temperatura negativa e uma temperatura baixa positiva.
  5. 5. Processo de acordo com qualquer das reivindicações 1 a 4, caracterizado por a temperatura de adição dos redutores de actividade de água estar compreendida entre -40°C e 30°C, sobretudo entre -8°C e 10°C.
  6. 6. Processo de acordo com qualquer das reivindicações 1 a 5, caracterizado por se adicionar uma quantidade de redutores de actividade de água de forma a que os vegetais obtidos tenham uma composição compreendendo entre 8% e 55% de água, entre 13% e 55% de redutores de actividade de água e uma actividade de água a 20°C compreendida entre 0,60 e 0,80, de preferência entre 0,70 e 0,75.
  7. 7. Processo de acordo com a reivindicação 6, caracterizado por se adicionar uma quantidade de redutores de actividade de água de forma a que os vegetais obtidos tenham um teor na ordem de 8 a 30% em sais minerais e/ou um teor na ordem de 5 a 25% de glúcidos.
  8. 8. Processo de acordo com qualquer das reivindicações 1 a 7, caracterizado por os redutores de actividade de água serem escolhidos no grupo compreendendo: os sais minerais e sobretudo o cloreto de sódio, o cloreto de cálcio, o cloreto de potássio, o citrato de sódio, os carbonatos e sulfatos alimentares, os mono, di, oligossacáridos e sobretudo a glucose, a frutose, a sacarose, a lactose, a maltose, as maltodextrinas, os xaropes de glucose, os polióis e sobretudo o sorbitol e o glicerol; as proteínas 2
    /7 e os hidrolisados de proteínas; e os ácidos orgânicos e/ou seus sais.
  9. 9. Processo de acordo com qualquer das reivindicações 1 a 8, caracterizado por os redutores de actividade de água serem sólidos ou líquidos.
  10. 10. Processo de acordo com qualquer das reivindicações 1 a 9, caracterizado por os produtos vegetais obtidos terem um teor em óleo essencial reduzido em mais de 30% em relação à matéria seca do produto vegetal fresco.
  11. 11. Processo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por ser contínuo.
  12. 12. Processo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por ser descontínuo, essencialmente por compreender uma fase de armazenagem a temperatura inferior ou igual a -18°C antes da fase c) de sublimação.
  13. 13. Processo de acordo com qualquer das reivindicações 1 a 12, caracterizado por se adicionarem aromatizantes e/ou amidos e/ou eliminadores de gosto.
  14. 14. Processo de acordo com qualquer das reivindicações 1 a 13, caracterizado por se branquearem os vegetais.
  15. 15. Produto vegetal, sobretudo uma erva ou uma planta aromática, ao qual foram adicionados redutores de actividade de água do tipo sais minerais e/ou glúcidos e o qual sofreu, após congelação, uma extracção de água de forma a que apresente uma actividade de água a 20°C, um teor em sais minerais, um teor em glúcidos e um teor em humidade que se situam num intervalo tal que o referido 3
    produto conserva as propriedades dos vegetais frescos ou que deles se aproxima, sobretudo no que se refere à sua textura, a sua macieza e as suas propriedades organolépticas e colorimétricas e que possa ser armazenado indiferentemente a temperaturas baixas positivas e negativas.
  16. 16. Produto vegetal de acordo com a reivindicação 15, caracterizado por a referida actividade de água a 20°C estar compreendida entre 0,60 e 0,80, de preferência entre 0,70 e 0,75, o referido teor em sais minerais estar compreendido entre 8% e 30%, o referido teor em glúcidos estar compreendido entre 5% e 25% e o referido teor em humidade estar compreendido entre 8% e 55%.
  17. 17. Produto vegetal de acordo com as reivindicações 15 ou 16, caracterizado por os redutores de actividade de água serem escolhidos no grupo que compreende: os sais minerais e sobretudo o cloreto de sódio, o cloreto de cálcio, o cloreto de potássio, o citrato de sódio, os carbonatos e os sulfatos alimentares; os mono, os di, oligossacáridos e sobretudo a glucose, a frutose, a sacarose, a lactose, a maltose, as maltodextrinas, os xaropes de glucose; os polióis e essencialmente o sorbitol e o glicerol, as proteínas e os hidrolisados de proteína; e os ácidos orgânicos e/ou os seus sais.
  18. 18. Produto vegetal de acordo com qualquer das reivindicações 15 a 17, caracterizado por o seu teor em óleo essencial ser reduzido em mais de 30% em relação à matéria seca do produto vegetal fresco.
  19. 19. Produto vegetal de acordo com qualquer das reivindicações 15 a 18, caracterizado por compreender também aromatizantes e/ou amidos e/ou eliminadores de gosto.
  20. 20. Produto vegetal de acordo com qualquer das reivindicações 15 a 19, caracterizado por sua temperatura de armazenagem estar compreendida entre -40°C e 12°C, essencialmente entre -18°C e 6°C. Lisboa, 14 de Novembro de 2000 5 AGENTE OFICIAL DA PROPRIEDADE INDUSTRIAL
    5
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