PT1993849E - Métodos de texturização digital de moldes - Google Patents
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Description
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DESCRIÇÃO "MÉTODOS DE TEXTURIZAÇÃO DIGITAL DE MOLDES"
Descrição
Esta invenção diz respeito a um método e materiais para texturização de moldes. Em especial, a invenção diz respeito a um método de texturização de moldes com o recurso a impressão por jacto de tinta de uma tinta protectora para a gravação a ácido num substrato de transferência, e depois a transferência da tinta protectora para a gravação a ácido para uma superfície do molde para ser texturizado.
Actualmente, os padrões para texturização de moldes são habitualmente preparadas por métodos que são ineficazes, produzem resultados inferiores ou têm uma mão-de-obra intensiva. Por exemplo, métodos actuais incluem um processo de papel de arroz que deposita uma tinta protectora para a gravação a ácido à base de cera em papel de arroz. Este método de papel de arroz envolve chapas de zinco para a gravação a ácido como meio principal para a produção de padrões de texturização. A cera é comprimida nas chapas de zinco, transferida para o papel de arroz, e depois aplicada numa superfície de contacto com o molde utilizando o papel de arroz. Este método é dispendioso e demorado. Um outro problema é o de que o papel de arroz não é transparente, tornando mais difícil a colocação dos padrões, em especial quando é necessário o registo com padrões adjacentes. Além disso, a tinta protectora para a -2- gravação a ácido à base de cera pode amolecer durante a aplicação, provocando a deterioração e distorção do padrão, produzindo, desse modo, um molde de qualidade inferior.
Um método alternativo usa a serigrafia de um padrão no substrato portador, e depois a transferência do padrão num substrato do molde para ser gravado a água-forte. Este método é popular para algumas aplicações, mas é relativamente dispendioso, e os padrões não cumprem frequentemente com as especificações devido ao facto de que os ficheiros gráficos são de serigrafia. Pode ser especialmente difícil criar padrões altamente exactos com o recurso a padrões de serigrafia. Também, usando este método é difícil produzir imagens registadas com precisão, necessárias para texturizar moldes com várias profundidades de gravura a água-forte. 0 documento US 2001/0000382 descreve um método para a formação de uma imagem. Um substrato é revestido com uma camada de material polimérico com ligação cruzada, tal como a gelatina. Um padrão ou imagem de um reticulador é depois depositada no substrato através de impressão por jacto de tinta de modo a ligar de modo cruzado e endurecer partes do material polimérico. O material sem ligação cruzada pode então ser removido do substrato através de lavagem com água para deixar o padrão do material polimérico com ligação cruzada. O padrão de material polimérico pode ser transferido para outro substrato, tal como uma malha ou tela, de modo a ser utilizado num processo de serigrafia. O padrão de material polimérico pode também ser tratado com um corante para dar uma imagem que pode ser usada como uma cobertura num processo de gravura a água-forte. -3- 0 documento US 2004/0160466 descreve um sistema e um método para a formação de um padrão numa película metalizada. É utilizada uma cabeça de impressão de jacto de tinta para imprimir um padrão de material de cobertura resistente a decapante numa superfície metalizada. A posterior aplicação de decapante sobre a cobertura resistente a decapante forma o padrão específico do artigo específico na película metalizada.
Por isso, existe uma necessidade de métodos melhorados de produção de um padrão texturizado em superfícies de contacto com os moldes.
Esta direcção diz respeito a métodos para texturização de superfícies de contacto com os moldes.
Num aspecto, a invenção fornece um método para a criação de uma superfície texturizada, sendo que o método compreende: a produção de um ficheiro gráfico, o envio do ficheiro gráfico para uma impressora de jacto de tinta, a impressão do ficheiro gráfico num composto protector para a gravação a ácido para um material substrato que usa a impressora de jacto de tinta, a transferência do composto protector para a gravação a ácido para uma superfície de um molde a ser texturizado por gravação a ácido, e gravação da superfície utilizando ácido.
Protectores para a gravação a ácido imprimidos com o recurso à metodologia do jacto de tinta incluem compostos à base de água e de solvente. Podem ser usados vários materiais a mudança de fase, tais como compostos endurecíveis termicamente ou por raios UV. Após impressão e cura (por cura por raios UV ou evaporação do solvente, por exemplo) a protecção deverá demonstrar aderência ao aço com elevado teor de carbono, enquanto é resistente ao ácido a -4- ácidos fortes tais como o ácido nitrico e o cloreto de ferro. A protecção para a gravação a ácido deverá também habitualmente suportar as temperaturas de funcionamento associadas às cabeças de impressão de jacto de tinta. 0 substrato de transferência portador, no qual está depositada a protecção para a gravação a ácido, pode conter uma ou mais camadas. Por exemplo, pode conter uma camada portadora removível (tal como o poliéster) com um revestimento de libertação, ou pode conter uma camada portadora removível com uma camada ligante adicional e/ou camada receptora de tinta. 0 substrato portador pode conter uma camada portadora insolúvel e uma camada receptora de tinta que pode ser removida desta camada portadora. A camada receptora de tinta pode aderir à camada portadora insolúvel pela camada ligante. Depois de a protecção para a gravação a ácido ser impressa na camada receptora de tinta, a camada portadora insolúvel e a camada ligante podem ser retiradas e a camada portadora colocada de parte. A camada ligante e a camada receptora de tinta, que possuem um padrão protector para a gravação a ácido, podem ser então aplicadas numa superfície de metal para ser gravado. Pode ser aplicada pressão à superfície exposta da camada ligante de modo a pressionar o padrão impresso de jacto de tinta de protecção para a gravação a ácido na superfície de metal a ser texturizada. Depois disso, a camada ligante pode ser removida, como por exemplo através da oxidação, humidificação, aquecimento ou ainda exposição a radiação UV. 0 padrão com protecção para a gravação a ácido mantém-se ligado à superfície a ser texturizada após a remoção da camada ligante, e o processo de texturização continua através da exposição da superfície de metal a um ácido. -5-
Vantagens do método da invenção sobre métodos anteriores incluem outras em que o método da invenção é um processo digitalizado que não usa serigrafia, permite a reprodução exacta de imagens com um registo preciso, e permite uma facilidade na produção do padrão sem a gravação quimica de uma chapa de zinco. Ainda, o método pode utilizar padrões feitos por medida executados no local sem necessidade de enviar ficheiros do padrão a prestadores de serviços externos, promovendo, desse modo, a facilidade, velocidade e fiabilidade consideráveis do processo. Finalmente, o método não envolve fotolitografia e pode ser efectuado com uma qualidade muito elevada. 0 resumo anterior da invenção não tem como finalidade descrever cada modelo da invenção revelado. Esta é a finalidade da descrição detalhada que se segue. A invenção será explicada de uma forma mais completa fazendo referência aos desenhos seguintes, nos quais: A Figura 1 ilustra uma secção transversal de um substrato portador para utilizar com a invenção, antes da deposição de uma protecção para a gravação a ácido. A Figura 2 ilustra uma secção transversal de um substrato portador após a deposição de uma protecção para a gravação a ácido. A Figura 3 ilustra uma secção transversal de um substrato portador após a deposição de uma protecção para a gravação a ácido e após a aplicação numa superfície de metal. A Figura 4 ilustra uma secção transversal de uma protecção para a gravação a ácido após aplicação numa -6- superfície de metal e após a remoção do substrato portador, mas antes da gravação a ácido. A Figura 5 ilustra uma superfície de metal após a gravação, mas antes da remoção da restante protecção para a gravação a ácido. A Figura 6 ilustra uma superfície de metal após a gravação e após a remoção da restante protecção para a gravação a ácido. A Figura 7 ilustra uma fotografia de uma protecção para a gravação a ácido depositada num substrato portador, sendo que a protecção para a gravação a ácido possui uma cura inicial para fixar a protecção ao substrato. A Figura 8 ilustra uma fotografia de uma superfície de metal gravada com o recurso à protecção para a gravação a ácido da Figura 7. A Figura 9 ilustra uma fotografia de uma protecção para a gravação a ácido depositada num substrato portador, sendo que a protecção para a gravação a ácido não foi submetida a cura inicial para fixar a protecção ao substrato. Esta invenção diz respeito a métodos para a texturização de superfícies de contacto com os moldes. Tal como em baixo descrito, os materiais incluem uma protecção para a gravação a ácido por jacto de tinta impressa num substrato portador. 0 substrato portador permite que a protecção para a gravação a ácido seja temporariamente retida, mas a protecção é depois transferida para uma superfície de contacto com o molde de metal a ser gravada.
Protecção para a gravação a ácido -Ί Α protecção para a gravação a ácido pode incluir um liquido que seja impresso por jacto de tinta utilizando cabeças de impressão "drop-on-demand" (DOD). Protecções para gravação a ácido imprimidas pela metodologia de jacto de tinta incluem os compostos que têm como base água ou solvente. Após a impressão e cura (tal como cura por UV ou evaporação do solvente), a protecção deverá demonstrar aderência ao aço com elevado teor de carbono, enquanto é resistente ao ácido a ácidos fortes tais como o ácido nitrico e o cloreto de ferro. A protecção para a gravação a ácido deverá também habitualmente suportar as elevadas temperaturas de funcionamento associadas às cabeças de impressão DOD (até 90°), e ser possíveis de transferir do substrato portador para a superfície de metal.
Nalguns modelos, por exemplo, a protecção para a gravação a ácido pode incluir água e acetatos. A protecção para a gravação a ácido pode incluir também vários adesivos sensíveis à pressão (PSAs) diluíveis à base de solvente. A protecção para a gravação a ácido própria para imprimir pode incluir vários solventes, incluindo álcoois com quatro ou mais carbonos, glicóis, polióis, éteres glicólicos, ésteres de éter glicólico, cetonas com cinco ou mais carbonos (incluindo cetonas cíclicas), hidrocarbonetos (alcanos, aromáticos, cicloalifáticos), lactatos (superior a butil-), e ésteres (superior a acetato de butilo).
Tal como anteriormente verificado, a protecção para a gravação a ácido deverá ser própria para imprimir utilizando uma impressora de jacto de tinta. Os parâmetros da protecção para a gravação a ácido própria para imprimir para determinar a capacidade do jacto de tinta inclui, para alguns modelos, possuir uma viscosidade de 0,008 a 0,020 -8-
Pas (8 a 20 cps) a uma temperatura na ordem dos 20°C a 90°C. É importante seleccionar uma viscosidade que: permita que a protecção para a gravação a ácido flua de modo adequado antes do jacto de tinta, permita que a protecção para a gravação a ácido saia em jacto do aparelho de jacto de tinta de modo adequado, e ainda permita que protecção para a gravação a ácido forme um depósito compacto no substrato portador que não flua de imediato lateralmente de modo a manchar o padrão depositado. O depósito precisa também de ser suficientemente denso para transferir para uma superfície de metal, enquanto retém as suas características resistentes ao ácido.
Nalgumas implementações, a viscosidade é superior a 0,020 Pas (20 cps), enquanto noutras a viscosidade é inferior a 0,008 Pas (8 cps) a uma temperatura na ordem dos 20°C a 90°C. Também, é possível demonstrar estas viscosidades numa amplitude de temperaturas mais estreita. Em especial, em modelos específicos a protecção para a gravação a ácido possui uma viscosidade superior a 0,020 Pas (20 cps) a uma temperatura de 90°C.
Em modelos específicos, a protecção para a gravação a ácido possui uma viscosidade superior a 0,050 Pas (50 cps) a uma temperatura de 90°C, enquanto noutros modelos a protecção para a gravação a ácido possui uma viscosidade superior a 0, 070 Pas (70 cps) a uma temperatura de 90°C. Nalguns modelos específicos, a protecção para a gravação a ácido possui uma viscosidade superior a 0,020 Pas (20 cps) a uma temperatura de 20°C, em modelos específicos, a protecção para a gravação a ácido possui uma viscosidade superior a 0, 050 Pas (50 cps) a uma temperatura de 20°C, enquanto em certos modelos a protecção para a gravação a -9- ácido possui uma viscosidade superior a 0,070 Pas (70 cps) a uma temperatura de 20°C. Em modelos específicos a protecção para a gravação a ácido possui uma viscosidade superior a 0,020 Pas (20 cps) a uma temperatura de 50°C, em modelos específicos a protecção para a gravação a ácido possui uma viscosidade superior a 0,050 Pas (50 cps) a uma temperatura de 50°C, enquanto nalguns modelos a protecção para a gravação a ácido possui uma viscosidade superior a 0,070 Pas (70 cps) a uma temperatura de 50°C.
Em modelos específicos, a protecção para a gravação a ácido possui uma viscosidade inferior a 0,100 Pas (100 cps) a uma temperatura de 20°C, nalguns modelos a protecção para a gravação a ácido possui uma viscosidade inferior a 0, 050 Pas (50 cps) a uma temperatura de 20°C, enquanto nalguns modelos a protecção para a gravação a ácido possui uma viscosidade inferior a 0,070 Pas (70 cps) a uma temperatura de 20°C. Em modelos específicos, a protecção para a gravação a ácido possui uma viscosidade inferior a 0,100 Pas (100 cps) a uma temperatura de 50°C, em modelos específicos a protecção para a gravação a ácido possui uma viscosidade inferior a 0,050 Pas (50 cps) a uma temperatura de 50°C, enquanto em certos modelos a protecção para a gravação a ácido possui uma viscosidade inferior a 0,070 Pas (70 cps) a uma temperatura de 50°C. É importante seleccionar a viscosidade que: permita que a protecção para a gravação a ácido flua de modo adequado antes de ser sujeita ao jacto de tinta, permita que a protecção para a gravação a ácido seja retirada do jacto de tinta do aparelho de jacto de tinta de modo adequado, e ainda permita que a protecção para a gravação a ácido forme um depósito compacto no substrato que não flua de imediato -10- lateralmente de modo a manchar o padrão depositado. O depósito precisa também de ser suficientemente denso para transferir para uma superfície de metal, enquanto retém as suas características resistentes ao ácido. É também habitualmente necessário que a protecção para a gravação a ácido demonstre tensão da superfície suficiente para reter significativamente os depósitos de tinta onde se encontram colocados no substrato, enquanto permite que os diferentes depósitos fluam o suficiente para se misturam ligeiramente com os pontos vizinhos. Tais características são ordenadas em parte pela viscosidade, mas também pela tensão da superfície. Regra geral, o composto da protecção para a gravação a ácido pode ter uma tensão da superfície de 0,024 a 0,036 Nm_1 (24 a 36 dines/cm). Nalguns modelos, a tensão da superfície será inferior a 0, 024 Nnf1 (24 dines/cm) ou superior a 0, 036 Nm-1 (36 dines/cm). Os compostos da protecção para a gravação a ácido específicos possuem tensões da superfície superiores a 0,024 Nm-1 (24 dines/cm). Outros compostos da protecção para a gravação a ácido possuem tensões da superfície inferiores a 0, 036 Nm-1 (36 dines/cm).
As dimensões das partículas da protecção para a gravação a ácido depositada irão muitas vezes ser inferiores a 2μπι, frequentemente inferiores a ίμιη. Deverá ser entendido, conduto, que nalguns modelos as dimensões das partículas irão ser superiores a 2μπι. A pressão do vapor das protecções para a gravação a ácido próprias para imprimir exemplo é muitas vezes abaixo de 6,67 kPa (50 torr), habitualmente abaixo de 4,00 kPa (30 torr), e opcionalmente abaixo de 2,67 kPa (20 torr). -11 -
Tal como anteriormente verificado, a gravura a ácido é, nalgumas implementações, endurecível por UV. A fonte de UV pode incluir lâmpadas de vapor de mercúrio, díodos emissores de luz e outras fontes de UV. Regra geral, é desejável possuir uma fonte de UV que permita a rápida cura da protecção para a gravação a ácido, conforme necessário. Também, tal como em baixo discutido com maior detalhe, um processo de cura de dois passos oferece benefícios significativos. Nestes processos de cura de dois passos, a protecção é inicialmente curada a uma dose baixa de UV para evitar um fluxo indesejável da protecção, seguido por uma segunda dose elevada de UV para melhor curar na totalidade a protecção. Nalgumas implementações, é também desejável efectuar uma cura final da protecção para a gravação a ácido após a protecção ter sido transferida para a superfície de metal. Estes passos de cura podem ser mais completos, pois não é necessário posteriormente transferir novamente a protecção, e, desse modo, a protecção não precisa de se manter pegajosa.
Nalgumas implementações, a protecção para a gravação a ácido compreende um material de cura por UV, compreendendo uma resina de hidrocarboneto combinada com diluente reactivo, frequentemente diluentes monómeros reactivos. Os diluentes monómeros reactivos contêm muitas vezes grupos reactivos de acrilato. Podem ser seleccionadas resinas de hidrocarboneto adequadas de modo a oferecerem características peganhosas à protecção para a gravação a ácido. Nalguns modelos, as resinas podem ter, por exemplo, um Tg de 60 a 100°C, enquanto as temperaturas de transição vítrea abaixo dos 60°C ou superiores a 100°C são adequadas nalguns modelos. Os diluentes reactivos, muitas vezes -12- monómeros, frequentemente possuem um peso molecular superior a 100, habitualmente superior a 150. Os pesos moleculares abaixo de 1000 são muitas vezes desejados, e mais habitualmente abaixo dos 500. Monómeros adequados incluem muitos monómeros reactivos com pesos moleculares de 100 a 500. Deverá ser considerado que nem todos os monómeros no composto terão de ser reactivos ou conter um grupo reactivo, mas terão de estar presentes locais reactivos suficientes na resina e no composto monómero para fornecer uma cura por UV adequada para criar uma protecção para a gravação a ácido transferível.
Um exemplo de protecção para a gravação a ácido adequada para utilizar com esta invenção contém adesividade de hidrocarboneto Norsolene® S-135 (disponível da Sartomer Company Inc. of Exton, Pennsylvania), diluentes de monómeros monofuncionais tais como SR-504 e SR-256 disponível também da Sartomer, e um iniciador de cura por UV, tal como o Irgacure® 819. Outros ingredientes podem incluir pequenas quantidades de MEHQ (inibidor de UV), Irganox® 1076 (um antioxidante fenólico posterior monofuncional) e Orasol® Blue GL (um corante) . SR-256 é o nome de marca para acrilato 2(2-etoxi-ietoxi)etilo, um dispersível em água, monómero monofuncional com um peso molecular de 188, um Tg de -54°C e uma viscosidade de 0,006 Pas (6 cps) 0 25°C. SR-504 é o nome de marca para acrilato de nonilfenol etoxilado, um monómero com pouco odor, de baixa volatilidade para usar em UV e polimerização de feixe de electrões, com um peso molecular de 450, uma tensão de superfície de 0, 0335 Nitf1 (33,5 dines/cm) e uma viscosidade de 0,100 Pas (100 cps)@ 25°C. O Norsolene® S-135 é uma -13- resina de cor leve, de fraco odor sólida à temperatura ambiente, e possui um ponto de amolecimento de 133°C, Tg de 81,7 °C.
Num modelo exemplo, a protecção para a gravação a ácido contém aproximadamente 23 partes de peso de Norsolene® S-135; aproximadamente 36,5 partes de peso de SR-504; e aproximadamente 34 partes de peso de SR-256; e ainda aproximadamente 2,8 partes de peso de Irgacure® 819, 0,09 partes de peso de MEHQ, 0,14 partes de peso de Irganoz® 1076, e 2,83 partes de peso de Orasol® Blue Gl.
Substrato portador
Os substratos portadores utilizados de acordo com esta invenção podem ser de vários compostos e construções. Regra geral, o substrato portador deverá aceitar a protecção para a gravação a ácido e retê-la o suficiente para manuseá-la e posicioná-la num molde sem distorção, mas deverá depois libertar a protecção para a gravação a ácido na superfície do molde de metal após o posicionamento (e tratamento opcional, tal como com um solvente para separar a protecção do substrato portador). De preferência, o substrato portador é flexível, fino, transparente, ou significativamente transparente, minimamente elástico, e estável em vários níveis de ambiente húmido.
Tal como anteriormente discutido, o substrato portador (no qual a protecção para a gravação a ácido está depositada) pode incluir uma camada superior fina juntamente com uma camada portadora mais espessa. A camada superior fina tem, de preferência, uma espessura de cerca de 5 a 15 mícrones de espessura para facilitar o dobrar em -14- redor das curvas numa superfície de contacto com o molde. Nalgumas implementações, a camada superior que recebe a protecção para a gravação a ácido será demasiado fina para suportar-se a si própria a protecção para a gravação a ácido sem distorção. Nessas implementações, é especialmente desejável ter um substrato com duas camadas: uma camada superior que recebe a protecção para a gravação a ácido e a camada portador para suportar esta camada superior.
Nalguns modelos, uma ou mais camadas da protecção para a gravação a ácido irão ter um contacto adesivo para com o substrato portador que é facilmente solta em condições específicas, tais como humidificando o substrato portador com água ou outro solvente. Noutros modelos, a protecção para a gravação a ácido irá ter um contacto mais forte para com o substrato portador, mas irá coesivamente romper quando o substrato portador for removido, de tal modo que uma parte da protecção para a gravação a ácido mantém-se no substrato portador, mas a maior parte da protecção para a gravação a ácido é retida na superfície do molde. Regra geral, é desejável que o contacto entre a superfície do molde e a protecção para a gravação a ácido seja significativamente mais forte do que o contacto entre a protecção para a gravação a ácido e o substrato portador. Também, a protecção para a gravação a ácido deverá desejavelmente ter uma força coesiva relativamente elevada, de modo que ocorra um rompimento adesivo entre a protecção para a gravação a ácido e o substrato portador, ao contrário de um rompimento coesivo. celulose modificada, 0 substrato portador pode incluir polímeros de poliéster, polipropileno, e hidrato de carbono, incluindo celulose, celulose modificada, celofano, -15- carboximetilcelulose, hidroxipropilcelulose, amido e dextrinas, pectina e alginatos. Estes polímeros de hidratos de carbono podem ser revestidos como uma película fina solúvel ou insolúvel em água numa película portadora. Especificamente, o substrato pode, por exemplo, ser um poliéster com um revestimento de álcool polivinílico hidrolisado. Outro substrato portador adequado específico para algumas aplicações inclui, por exemplo, 76-102 mícrones (3-4 mil) de poliéster revestido com álcool polivinílico totalmente hidrolisado de, regra geral, espessura inferior a 50 mícrones, muitas vezes de 3 a 20 mícrones, e, de preferência, de cerca de 5 a 10 mícrones.
Nalguns modelos, o substrato portador é penetrável e/ou solúvel em água e noutros solventes, de modo a facilitar a remoção do substrato portador do molde. Habitualmente, a água ou o solvente terão um impacto material inferior na protecção para a gravação a ácido, de modo a evitar também a dissolução ou o amaciamento excessivo da protecção para a gravação a ácido quando o substrato portador é amaciado ou removido.
Nalguns modelos, o substrato compreende um substrato receptor de tinta com várias camadas, sendo que o substrato receptor de tinta compreende uma camada receptora de tinta microporosa, uma camada ligante degradável, e uma camada portadora. A camada ligante degradável é colocada ao meio da camada receptora de tinta microporosa e da camada portadora insolúvel. Nalguns modelos, a camada receptora de tinta microporosa compreende partículas de alumina ou partículas insolúveis em água, tais como partículas de sílica. Regra geral, as partículas de alumina são mantidas -16- no seu lugar através de álcool polivinílico ou outra matriz orgânica.
Nalgumas implementações é adicionado um corante fluorescente ao substrato para permitir a inspecção do substrato para confirmar a transferência adequada de uma protecção a ácido para superfícies para serem gravadas. Por exemplo, o corante fluorescente pode ser incorporado na camada receptora de tinta, na camada ligante, ou em ambas. Através desta inclusão do corante fluorescente nestas camadas, é possível inspeccionar visualmente a superfície a ser gravada para confirmar a existência de uma impressão e transferência adequadas da protecção a ácido. 0 uso do corante fluorescente é especialmente útil na camada receptora de tinta para confirmação da existência de uma transferência adequada da protecção a ácido e de que a protecção a ácido é adequadamente desenvolvida para remover áreas que não foram impressas (permitindo assim a gravação a ácido) . Regra geral, nessas implementações as áreas que não receberam protecção a ácido são lavadas durante o processamento da película (após aplicação à superfície a gravar), levando, ao mesmo tempo, o corante fluorescente dessas áreas. Após o processamento, algum corante fica habitualmente na parte do substrato que recebeu a protecção a ácido, permitindo uma fácil inspecção visual para confirmar a posição e a integridade da protecção a ácido, assim como para confirmar que o processo removeu partes excedentes do substrato.
Nalgumas implementações, a camada receptora de tinta microporosa compreende, pelo menos, 10% de peso em seco de alumina ou sílica porosa, enquanto noutras implementações a camada receptora de tinta microporosa -17- compreende, pelo menos, 50% de peso em seco de alumina e sílica porosa. E, noutras implementações, a camada receptora de tinta microporosa compreende, pelo menos, 80% de peso em seco de alumina porosa. Ainda noutras implementações, a camada receptora de tinta microporosa compreende, pelo menos, 70% de peso em seco de alumina porosa. Quando é utilizado álcool polivinílico na camada receptora de tinta microporosa, a camada receptora de tinta habitualmente compreende, pelo menos, 10% de peso em seco de álcool polivinílico, e, em certos modelos, a camada receptora de tinta microporosa compreende, pelo menos, 20% de peso em seco de álcool polivinílico, e, como opção, pelo menos 30% de peso em seco de álcool polivinílico. Nalgumas implementações, a camada receptora de tinta compreende, pelo menos, 50% de álcool polivinílico, pelo menos 70% de álcool polivinílico, ou mesmo mais de 90% de álcool polivinílico. Numa fórmula exemplo, a camada receptora de tinta microporosa compreende desde 60% a 80% de peso em seco de alumina porosa e desde 20% a 40% de peso em seco de álcool polivinílico. A camada ligante degradável pode incluir, por exemplo, acetato de polivinilo e/ou álcool polivinílico. Nessa implementação, a camada ligante degradável compreende, pelo menos, 10% de peso em seco de acetato de polivinilo e, pelo menos, 50% de peso em seco de álcool polivinílico. Opcionalmente, pelo menos desde 15% a 35% de peso em seco de acetato de polivinilo e desde 65% a 85% de peso em seco de álcool polivinílico. Esta camada ligante degradável é, regra geral, é removida (descascada) da camada portadora após impressão. Após a remoção da camada portadora, a camada ligante, camada receptora de tinta e a -18- protecção para a gravação a ácido são aplicadas a uma superfície de um molde (com a protecção para a gravação a ácido e a camada receptora de tinta em contacto com a superfície do molde e a camada ligante exposta). Camadas portadoras adequadas incluem, por exemplo, poliéster. A camada portadora possui, regra geral, uma espessura de, pelo menos, 25 micrones (1 mil).
Um substrato exemplo compreende um substrato receptor de tinta multicamadas, sendo que o substrato receptor de tinta compreende uma camada receptora de tinta composta por, pelo menos, 50% de peso em seco de alumina porosa, uma camada ligante degradável composta por, pelo menos, 25% de peso em seco de álcool polivinilico, e uma camada portadora significativamente insolúvel em água, sendo que a camada ligante degradável está colocada entre a camada receptora de tinta microporosa e a camada portadora insolúvel. A Figura 1 ilustra um substrato portador (10) adequado, indicando uma secção transversal ampliada de camada portadora insolúvel (12) (tal como uma camada de poliéster), acrescido de uma camada ligante degradável (14), e uma camada receptora de tinta microporosa (16). O substrato portador contém uma superfície superior (18) e uma superfície inferior (19) . A superfície superior (18) recebe a protecção para a gravação a ácido de uma impressora de jacto de tinta, enquanto a superfície inferior (19) permite o manuseamento imediato do substrato (10). A Figura 2 ilustra um passo posterior do processo da invenção, no qual uma protecção para a gravação a ácido (20) foi depositada na superfície superior (18) do substrato portador (10), especificamente na camada -19- receptora de tinta microporosa (16) . A protecção para a gravação a ácido (20) é apresentada com algo parecido com um relevo local. Em utilização, este relevo, assim como o espaço existente entre depósitos de protecção para a gravação a ácido (20), pode ser imediatamente ajustado pela taxa de cura da protecção, assim como a viscosidade e a tensão da superfície do composto da protecção para a gravação a ácido (20).
Após cura suficiente da protecção para a gravação a ácido (20), (caso seja utilizada um composto que possa ser curado), o substrato portador (10) pode ser aplicado a uma superfície de metal. Nalgumas implementações, a camada portadora insolúvel (12) é removida antes da protecção para a gravação a ácido (20) ser aplicada na superfície de metal (22) a ser gravada, enquanto noutras implementações a camada portadora insolúvel (12) é removida após a protecção para a gravação a ácido (20) ser aplicada à superfície de metal. Contudo, poderá ser desejável remover a camada portadora insolúvel (12) antes da protecção para a gravação a ácido (20) ser aplicada à superfície de metal, pois a parte restante do substrato portador (10) é, regra geral, muito mais flexível do que a camada portadora insolúvel (12) . Deste modo, a remoção da camada portadora insolúvel (12) permite que a restante camada ligante degradável (14) e a camada receptora de tinta (16), na qual a protecção para a gravação a ácido (20) foi impressa, seja flexível e se adapte a uma superfície de metal a ser gravada, tal como uma superfície côncava ou convexa do molde. A Figura 3 apresenta uma protecção para a gravação a ácido (20) após ter sido aplicada a um objecto de metal (20). Neste modelo, a camada portadora insolúvel (12) foi -20- removida. Um próximo passo é habitualmente remover a camada ligante (14), assim como quaisquer camadas receptoras de tinta (16) expostas. A camada ligante (14) pode ser removida utilizando um oxidante, tal como metaperiodato de sódio, especialmente quando o ligante contém acetato de polivinilo e/ou álcool polivinilico. A remoção da camada ligante (14) é muitas vezes necessária de modo a expor partes subjacentes do metal (22). A Figura 4 ilustra o próximo passo do processo, no qual se mantém a protecção para a gravação a ácido (20), mas em que a camada ligante (14) e a maior parte da camada receptora de tinta (16) foram removidas. As partes actualmente utilizadas da camada receptora de tinta (16) podem manter-se em contacto com a protecção para a gravação a ácido (20), especialmente quando a camada receptora de tinta (16) contém partículas (alumina, sílica, etc.) às quais a protecção para a gravação a ácido (20) se juntou. Deverá ser considerado que estas partes residuais da camada receptora de tinta (16) não apresentam qualquer consequência negativa significativa em relação à gravação a ácido da superfície superior (24) de metal (22), pois ficam retidas em locais em que a protecção para a gravação a ácido tem como objectivo evitar a gravação do metal (22) . Na verdade, em certos modelos, a presença de pequenas quantidades de camada receptora de tinta (16) restante pode fornecer a redução da pegajosidade da protecção para a gravação a ácido exposta, enquanto fornece uma pequena resistência adicional ao ácido. A Figura 5 ilustra o metal (22) após a gravação, incluindo partes gravadas (26), juntamente com a protecção para a gravação a ácido (20) -21- retida. Por conseguinte, a protecção para a gravação a ácido é removida, tal como apresentada na Figura 6.
Impressora de Jacto de Tinta
As impressoras a jacto de tinta utilizadas para imprimir a protecção para a gravação a ácido podem utilizar vários processos de impressão a jacto de tinta, incluindo sistemas "drop on demand" térmicos ou piezoeléctricos. Opcionalmente, a impressora de jacto de tinta pode utilizar impressão continua. Na impressão térmica, é utilizado um cartucho de tinta com uma série de pequenas câmaras electricamente aquecidas. A impressora envia um impulso de corrente através dos elementos de aquecimento. Uma explosão de vapor na câmara forma uma bolha, que faz accionar um pingo de tinta no papel. A tensão da superfície da tinta impulsiona outra carga de tinta na câmara, através de um canal estreito ligado a um reservatório de tinta. Regra geral, as técnicas de impressão térmica utilizam tinta à base de água.
Na alternativa, a impressora de jacto de tinta pode utilizar um jacto de tinta piezoeléctrico com um ou mais cristais piezoeléctricos em cada bico em vez de um elemento de aquecimento. Quando é aplicada corrente, o cristal dobra-se, forçando um pingo de tinta do bico. A tecnologia de jacto de tinta piezoeléctrico permite uma maior variedade de tintas do que a impressão a jacto de tinta térmica ou contínua.
Finalmente, pode ser utilizado um método de jacto de tinta contínuo. Na tecnologia de jacto de tinta contínuo, uma bomba de alta pressão dirige uma tinta -22- líquida de um reservatório através de um bico microscópico, produzindo um fluxo continuo de pingos de tinta. Um cristal piezoeléctrico faz com que o fluxo de liquido se torne em pingos em intervalos regulares. Os pingos de tinta são sujeitos e um campo electrostático produzido por um eléctrodo de carga à medida que se formam. 0 campo varia de acordo com o grau de movimento dos pingos desejado. Isto resulta numa carga electrostática controlada, variável em cada pingo. Os pingos carregados são separados por um ou mais "pingos de reserva" carregados para minimizar a repulsão electrostática entre pingos vizinhos. Os pingos carregados são então dirigidos (desviados) para o material receptor para ser impresso por chapas de deflexão electrostáticas, ou são permitidas a continuar sem desvio para uma goteira de recolha para reutilização. Os pingos mais carregados são desviados para um grau superior. Uma das vantagens da impressão de jacto de tinta continua é a liberdade de obstrução pois o jacto está sempre em utilização. Métodos
Num método da invenção, um primeiro passo envolve a produção de um ficheiro gráfico do padrão de textura desejado. Regra geral, esses ficheiros gráficos são produzidos num computador. Este ficheiro é depois enviado para uma impressora de jacto de tinta, configurada para imprimir utilizando uma tinta de protecção para a gravação a ácido. 0 substrato portador de transferência, no qual a protecção para a gravação a ácido é depositada, pode conter uma ou mais camadas. Por exemplo, pode conter uma camada -23- portadora removível (tal como poliéster) com um revestimento de libertação, ou pode conter uma camada portadora removível com uma camada ligante adicional e/ou camada receptora de tinta. Deste modo, nalguns modelos o substrato portador contém uma camada portadora insolúvel e uma camada receptora de tinta que é removível desta camada portadora. A camada receptora de tinta pode aderir à camada portadora insolúvel através da camada ligante. Nesses modelos, após a protecção para a gravação a ácido ser impressa na camada receptora de tinta, a camada portadora insolúvel e a camada ligante são retiradas e a camada portadora deitada fora. A camada ligante e a camada receptora de tinta, que possuem um padrão de protecção para a gravação a ácido nelas impresso, são então aplicadas a uma superfície de metal a ser gravada. É aplicada pressão à superfície exposta da camada ligante de modo a pressionar o padrão impresso com jacto de tinta da protecção para a gravação a ácido na superfície de metal a ser texturizada. Depois disso, a camada ligante pode ser removida, tal como através de oxidação, humidificação, aquecimento ou exposição adicional à radiação UV. 0 padrão resistente a gravação a ácido mantém-se ligado à superfície para ser texturizado após a remoção da camada ligante, e o processo de texturização pode continuar através da exposição da superfície de metal a um ácido. É muitas vezes desejável efectuar uma cura de dois passos da protecção para a gravação a ácido. Tal pode ser conseguido, por exemplo, através de uma cura inicial parcial de baixa intensidade, seguida por uma segunda cura de elevada intensidade. A cura parcial de baixa intensidade tem coo objectivo espessar a tinta de modo que não manche -24- ou flua significativamente, mas que ainda possa espalhar-se ligeiramente entre pingos para criar um padrão mais sólido. Deste modo, a cura inicial permite que níveis de fluidez muito baixos adequados para pingos de protecção para a gravação a ácido por jacto de tinta fundam juntos ligeiramente ao longo das suas extremidades, mas não tão significativo que o padrão seja rompido pelo fluxo excessivo.
No que diz respeito à Figura 7, esta ilustra uma foto ampliada de um padrão de protecção para a gravação a ácido depositado num substrato portador. Na Figura 7 foi produzido um padrão de protecção para a gravação a ácido extremamente detalhado, com pontos significativamente circulares (40) de protecção para a gravação a ácido ligados a linhas finas (42) de protecção para a gravação a ácido, todas separadas por pequenos triângulos de substrato exposto (44) (em que o dito substrato exposto (44) corresponde a partes da camada receptora de tinta na qual não foi depositada qualquer protecção para a gravação a ácido). No exemplo ilustrado na Figura 7, os centros de cada um dos pontos (40) estão afastados aproximadamente 25 mícrones. Deste modo, a capacidade de criar característica de protecção para a gravação a ácido de apenas alguns micrones de dimensão é possivel com o recurso a esta invenção. A Figura 8 ilustra uma superfície de metal gravada com o recurso a um padrão de protecção para a gravação a ácido idêntico ao apresentado na Figura 7. A superfície gravada da Figura 8 ilustra áreas não gravadas significativamente circulares (50) unidas por linhas não gravadas (52) que as liga (correspondente aos pontos (40) e -25- linhas (42) da protecção para a gravação a ácido da Figura 7) . Os triângulos que circundam o metal gravado (54) correspondem a áreas de substrato exposto (4$) da Figura 7. 0 detalhe fantástico ilustrado nas Figuras 7 e 8 foi possível, em parte, pela execução de uma cura parcial muito rápida da protecção para a gravação a ácido imediatamente após depósito no substrato. Os testes de impressão mostram que a protecção para a gravação a ácido espalha-se ligeiramente no substrato portador após ser impresso, podendo distorcer a imagem. Tal pode ser ultrapassado através da fixação da protecção para a gravação a ácido no seu lugar após cada passagem de impressão utilizando uma fonte de UV. Se for utilizada uma fonte de UV forte, cada passagem de tinta retém uma forma de abóbada após ter sido totalmente curada. 0 resultado são linhas impressas visíveis na superfície da imagem impressa no molde de metal após ter sido gravado. Por isso, é habitualmente preferível utilizar uma fonte de UV relativamente fraca para fixar a tinta, tal como uma LED instalada próxima da cabeça de impressão da impressora. A possível que a cura inicial tenha uma dose de UV inferior a 50 mJ/cm2, mais provavelmente inferior a 25 mJ/cm2, mais habitualmente ainda inferior a 5 mJ/cm2 ou inferior a 1 mJ/cm2 nalgumas aplicações. A Figura 9 ilustra uma protecção para a gravação a ácido aplicada a um substrato portador, mas não fixado utilizando um passo de cura inicial. Apesar de o padrão impresso ter uma aparência muito idêntica ao da Figura 7, este deteriorou-se extraordinariamente de tal modo que as partes da protecção para a gravação a ácido (60) estão significativamente manchadas com áreas de substrato exposto (64). -26-
Do mesmo modo, a cura final é desejavelmente efectuada de uma fonte de luz UV muito mais intensa, muitas vezes numa atmosfera inerte. A cura final adequada muitas vezes envolve doses superiores a 100 mJ/cm2, mais do que 200 mJ/cm2, e opcionalmente mais do que 300 mJ/cm2. A dose de energia pode ser aumentada para permitir um melhor reposicionamento ou reduzida para permitir uma maior pegajosidade e aderência à superfície de metal a ser gravada. As doses deverão ser suficientemente elevadas de modo a prevenir o espalha da protecção para a gravação a ácido no decorrer do tempo antes de aplicação no molde. A utilização de transferências de padrão múltiplas irá requerer que as transferências sejam alinhadas e unidas. A transferência é então polida na superfície, e, com a utilização de um agente lubrificante, o portador do tecido é removido. As linhas correspondentes e contornos existentes podem ser misturados à mão com a utilização de um material líquido resistente ao ácido. Após uma inspecção, o molde está pronto para passar para a área de gravação. Um molde pode ser submerso num banho ácido ou pendurado na vertical e pulverizado com ácido. O tipo de liga de metal vai determinar a fórmula de ácido adequada a ser utilizada. A profundidade desejada é determinada pela temperatura do molde e do ácido combinados com o tempo que o molde é exposto ao ácido.
Exemplos
Foram avaliadas várias fórmulas exemplo para determinar a adequabilidade para esta invenção. O requisito para aderência ao aço foi avaliado através da colocação de -27- uma amostra de protecção para a gravação a ácido curada num pedaço de aço com elevado teor de carbono muito polido P20 e do teste de libertação da protecção para a gravação a ácido do aço. 0 primeiro conjunto de amostras avaliadas foi estabelecido que as tintas de jacto de tinta funcionam nas cabeças de impressão DOD. Estas amostras incluiram tintas à base de solvente de endurecíveis por UV da Sunjet (SOV, UPA), e Lavalnk (Ecosolvent 640). Como um grupo, nenhuma das amostras testadas aderiu significativamente ao aço após a cura. Estes resultados podem ser considerados como habituais, pois as tintas de jacto de tinta para impressão convencional são formuladas para não serem pegajosas após a cura para fins de manuseamento e armazenamento. O segundo conjunto de amostras avaliado tratou-se de liquidos conhecidos como resistentes ao ácido. As amostras incluiram Azul 212 da Nazdar, CM-34449 da Cudner & 0'Conner, Sue-600B da Seoul Chemical, e NTC-W70 da Coates Chemical. Nenhuma das amostras avaliadas aderiu à amostra de aço após a cura.
Foram também avaliados adesivos sensíveis à pressão (PSAs) à base de solvente. As amostras incluíram PS6776M1 da Clifton Adhesives, P149 da Valpac, e 280A da Dow Corning®. Estas amostras PSA tiveram boa aderência ao metal, mas tiveram que ser diluídas para estarem abrangidas na gama de viscosidade desejada para a impressão DOD (0,008 a 0, 020 Pas (8 a 20 cps)). Quando diluídas na viscosidade adequada, as amostras obtiveram um conteúdo sólido de 5% a 8%. Este conteúdo sólido é relativamente baixo para a maioria das aplicações da invenção, e é possível que torne difícil a crescente protecção e poderá necessitar de várias -28- passagens da cabeça de jacto de tinta sobre o substrato. Também, o solvente utilizado para diluição (tolueno) possui uma tensão da superfície baixa que tornou muito difícil a ejecção de pingos da cabeça de impressão DOD. 0 próximo conjunto de amostras testadas teve como base uma fórmula de adesivos sensíveis à pressão endurecíveis por UV. As fórmulas consistiram numa adesividade de hidrocarbonetos (S-135), e dois diluentes de baixa viscosidade, monómeros monofuncionais (Sr-256, SR-504), todos disponíveis da Sartomer®. O conteúdo de monómeros foi aumentado para reduzir a viscosidade (0,110 Pas (110 cps) a 25°C) e foi adicionado ao fluído 3% do iniciador Irgacure®819 (um iniciador por foto para polimerização radical de resinas insaturadas após exposição à luz UV) . O jacto de tinta do fluido foi testado com uma cabeça de impressão SM-128 da Spectra a uma temperatura de 70°C. Foi observado que o fluido possui boas características de jacto. 0 fluido foi então revestido numa folha de 0,0508 mm (2 mil) PET com um dosificador helicoidal a uma espessura de 0,01524 mm (0,6 mils), e curado com uma unidade de exposição halogeneto de metal para 100 unidades a uma distância de 58,4 cm (23 polegadas). A película curada foi comprimida contra a amostra de aço polido e demonstrou uma elevada aderência. Foi também avaliada a estabilidade do fluido a temperatura elevada através da colocação da amostra do fluido, como iniciador, a 82°C (180°F) durante uma semana. Não foram observadas a formação de gel ou aumento da viscosidade no fluido. -29-
Esta fórmula inicial é apresentada em baixo, mas tem uma viscosidade de 0,290 Pas (290 cps) a 5°C, demasiado elevado para o jacto de tinta mesmo a altas temperaturas. modo:
Adesividade S-135 32, 96 Monómero SR-256 31,43 Monómero SR-504 33, 52 Estabilizador MEHQ O o Antioxidante 1076 0,1 Fotoiniciador TZT 1, 96 Total: 100 Foi produzida uma fórmula modificada do Adesividade S-135 24,27 Monómero SR-256 37, 65 Monómero SR-504 35,17 Fotoiniciador 819 2, 91 100,00 Num primeiro exemplo, e para testar esta modificada, foi preparado um substrato portador através do revestimento de um PVA 90-50/solução de água totalmente hidrolisada (10%) numa camada com 0,0508 mm (2 mils) de espessura numa folha de poliéster e seca a 70°C durante 15 minutos. A camada PVA resultante foi 0,007 mm (7 micrones) de espessura.
Num próximo passo, foi impressa uma fórmula de ensaio numa camada PVA utilizando uma cabeça de impressão Spectra SEI 28 com um controlador de cabeça de impressão Apollo II. A tensão da cabeça foi de 75 volts, a amplitude de impulso foi de 8 ms e a subida e a queda foram de 2 ms. A temperatura de cabeça foi estabelecida em 70°C. A impressão a jacto de tinta foi feita manualmente num pedaço -30- de substrato portador. Depois disso, a fórmula foi exposta a UV com uma lâmpada Hg de pressão média IKW a uma distância de 15 cm, com uma exposição de 100 unidades. A protecção para a gravação a ácido na subcamada PVA do substrato portador foi comprimida contra uma superfície de aço P-20 altamente polida e o fundo de poliéster foi removido. Foi pulverizada água sobre a camada PVA e colocada em repouso durante 3 minutos, após os quais a PVA foi encolhida e removida deixando a protecção para a gravação a ácido na superfície do metal. Foi verificada a transferência da gravação a ácido sob um microscópio e verificou-se estar minimamente manchada sobre o metal: a maior parte das características do padrão encontrava-se tal como verificado na camada PVA antes da transferência.
Num segundo exemplo, foi utilizada a mesma técnica tal como anteriormente descrita, mas em vez de uma construção de PVA/poliéster para o substrato portador, foi utilizada uma camada portadora de celofane de 0,0127 mm (0,5 mils) de espessura. Após a cura da protecção para a gravação a ácido e compressão numa peça de aço P-20, foi pulverizada água sobre esta e deixada em repouso durante 3 minutos. A remoção da folha de celofane deixou protecção para a gravação a ácido no metal.
Num terceiro exemplo, o fluido de protecção para a gravação a ácido descrito no primeiro exemplo foi revestido em poliéster com fio laminado #6. A cura por UV foi efectuada expondo o fluido a nitrogénio com uma lâmpada Hg de pressão média de 5 KW a uma distância de 91,4 cm (36 polegadas). Foi obtida uma cura suficiente da protecção para gravação a ácido com uma dose de 100 mJ/cm2. -31-
REFERÊNCIAS CITADAS NA DESCRIÇÃO
Esta lista de referências citadas pelo requerente é apenas para a conveniência do leitor. A mesma não faz parte do documento de Patente Europeia. Embora muito cuidado tenha sido tomado na compilação das referências, erros e omissões não podem ser excluídos e o EPO nega qualquer responsabilidade neste sentido.
Documentos de Patente citados na descrição • US 2001/0000382 A [0004] • US 2004/0160466 A [0005]
Lisboa, 17/11/2010
Claims (7)
- -1- REIVINDICAÇÕES 1. Um método para a criação de uma superfície texturizada, compreendendo: a produção de um ficheiro gráfico; o envio do ficheiro gráfico para uma impressora de jacto de tinta; a impressão do ficheiro gráfico num composto de protecção para gravação a ácido (20) num material de substrato (10) utilizando uma impressora de jacto de tinta; a transferência do composto de protecção para gravação a ácido (20) numa superfície (24) de um molde a ser texturizado por gravação a ácido; e a gravação da superfície (24) com um ácido.
- 2. O método de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por o composto de protecção para gravação a ácido compreender um composto endurecível.
- 3. O método de acordo com a reivindicação 2, compreendendo ainda: a realização de uma cura parcial do composto de protecção para gravação a ácido imediatamente após a impressão no material do substrato. -2- 4. 0 método de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por o composto de protecção para gravação a ácido compreender um composto endurecivel por UV. 5. 0 método de acordo com a reivindicação 4, caracterizado por o composto de protecção para gravação a ácido manter-se pegajoso após cura por UV. 6. 0 método de acordo com a reivindicação 1 ou 5, caracterizado por o composto de protecção para gravação a ácido ser curado após impressão, mas antes do depósito na superfície a ser texturizada. 7. 0 método de acordo com a reivindicação 6, caracterizado por o composto de protecção para gravação a ácido ser curado num processo de dois passos, sendo que o primeiro passo compreende a cura em doses inferiores a 10 mJ/cm2 e o segundo passo compreende a cura numa dose superior a 50 mJ/cm2.
- 8. O método de acordo com a reivindicação 6 ou 7, caracterizado por o composto de protecção para gravação a ácido ser curado num processo de dois passos, sendo que o primeiro passo compreende a cura numa dose inferior a 5 mJ/cm2 e o segundo passo compreende a cura numa dose superior a 150 mJ/cm2.
- 9. O método de acordo com a reivindicação 1 ou 7, caracterizado por o composto de protecção para gravação a ácido possuir uma viscosidade de 8 a 20 cps à temperatura de 20°C antes da cura. -3-
- 10. O método de acordo com a reivindicação 1 ou 7, caracterizado por o composto de protecção para gravação a ácido possuir uma viscosidade de 8 a 20 cps à temperatura de 90°C após a cura. 11. 0 método de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por o material de substrato (10) compreender uma camada receptora de tinta microporosa (16), uma camada ligante degradável (14) e uma camada portadora (12).
- 12. O método de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por o composto da protecção para gravação a ácido compreender ainda um inibidor de UV. Lisboa, 17/11/2010
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