PT1677827E - Associações para o tratamento do vhc - Google Patents

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PT1677827E PT04810032T PT04810032T PT1677827E PT 1677827 E PT1677827 E PT 1677827E PT 04810032 T PT04810032 T PT 04810032T PT 04810032 T PT04810032 T PT 04810032T PT 1677827 E PT1677827 E PT 1677827E
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Robert B Pernie
Roger D Tung
Gurudatt Chandorkar
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Vertex Pharma
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Description

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DESCRIÇÃO "ASSOCIAÇÕES PARA O TRATAMENTO DO VHC"
CAMPO TÉCNICO DA INVENÇÃO A presente invenção refere-se a associações de um inibidor de protease do virus da hepatite C, NS3/4A e um inibidor da monooxigenase do citocromo P450. As associações interferem com o ciclo de vida do vírus da hepatite C, e são portanto úteis como terapêuticas antivirais. Como tal, a associação pode ser utilizada para tratar ou prevenir infecções por Hepatite C em doentes. A invenção também se refere a composições, kits, e embalagens farmacêuticas contendo estas associações. A invenção também se refere a processos para preparar estas combinações, composições, kit e embalagens.
ANTECEDENTES DA INVENÇÃO A infecção pelo vírus da hepatite C ("VHC") é um urgente problema médico humano. 0 VHC é reconhecido como o agente causador da maioria dos casos de hepatite não-A, não-B com uma seroprevalência humana estimada globalmente em 3% [A. Alberti et al., "Natural History of Hepatitis C," J. Hepatology, 31., (Suppl. 1), pp. 17-24 (1999)]. Quase quatro milhões de indivíduos podem estar infectados só nos Estados Unidos [M. J. Alter et al., "The Epidemiology of Virai Hepatitis in the United States, Gastroenterol. Clin. North Am., 23, pp. 437-455 (1994); M. -2- J. Alter "Hepatitis C Vírus Infection in the United States", J. Hepatology, 31., (Suppl. 1), pp. 88-91 (1999)].
Após a primeira exposição ao VHC apenas 20% dos indivíduos infectados desenvolvem hepatite clínica aguda, ao passo que outros parecem resolver a infecção espontaneamente. Em quase 70% dos casos, no entanto, o vírus estabelece uma infecção crónica que persiste por décadas [S. Iwarson, "The Natural Course of Chronic
Hepatitis", FEMS Microbiology Reviews, 14, pp. 201-204 (1994); D. Lavanchy, "Global Surveillance and Control of Hepatitis C", J. Virai Hepatitis, 6, pp. 35-47 (1999)]. De um modo geral, isto resulta em inflamação do fígado recorrente e de agravamento progressivo que, muitas vezes, leva a estados de doenças mais severos, tais como cirrose e carcinoma hepatocelular [M. C. Kew, "Hepatitis C and Hepatocellular Carcinoma", FEMS Microbiology Reviews, 14, pp. 211-220 (1994); I. Saito et. ai., "Hepatitis C Virus Infection is Associated with the Development of Hepatocellular Carcinoma", Proc. Natl. Acad. Sei. EUA, 87, pp. 6547-6549 (1990)]. Infelizmente, não há tratamentos amplamente eficazes para a progressão debilitante da infecção crónica pelo VHC. O genoma do VHC codifica uma poliproteína de 3010-3033 aminoácidos [Q. L. Choo, et. al., "Genetic
Organization and Diversity of the Hepatitis C Virus".
Proc. Natl. Acad. Sei. EUA, 88, pp. 2451-2455 (1991); N.
Kato et al., "Molecular Cloning of the Human Hepatitis C Virus Genome From Japanese Patients with Non-A, Non-B -3-
Hepatitis", Proc. Natl. Acad. Sei. EUA, 87, pp. 9524-9528 (1990); A. Takamizawa et. al., "Structure and Organization of the Hepatitis C Vírus Genome Isolated From Human Carriers", J. Virol., 65, pp. 1105-1113 (1991)]. Presume- se que as proteínas não estruturais (NS) do VHC proporcionam a maquinaria catalítica essencial para a replicação virai. As proteínas NS são derivadas por clivagem proteolítica da poliproteína [R. Bartenschlager et. al., "Nonstructural Protein 3 of the Hepatitis C Virus Encodes a Serine-Type Proteinase Required for Cleavage at the NS3/4 and NS4/5 Junctions", J. Virol., 67, pp. 3835-3844 (1993); A. Grakoui et. al. , "Characterization of the
Hepatitis C Virus-Encoded Serine Proteinase: Determination of Proteinase-Dependent Polyprotein Cleavage Sites", J. Virol., 67, pp. 2832-2843 (1993); A. Grakoui et. al., "Expression and Identification of Hepatitis C Virus Polyprotein Cleavage Products", J. Virol., 67, pp. 1385-1395 (1993); L. Tomei et. al., "NS3 is a serine protease required for processing of hepatitis C virus polyprotein", J. Virol., 67, pp. 4017-4026 (1993)]. A proteína NS do VHC (NS3) contém uma actividade de serina protease que auxilia a processar a maior parte das enzimas virais e, deste modo, é considerada essencial para a replicação e infectividade virai. Sabe-se que mutações na protease do vírus NS3 da febre amarela diminuem a infectividade virai [Chambers, T. J. et. al., "Evidence that the N-terminal Domain of Nonstructural Protein NS3 From Yellow Fever Virus is a Serine Protease Responsible for Site-Specific Cleavages in the Virai Polyprotein", Proc. Natl. Acad. Sei. EUA, 87, pp. 8898-8902 (1990)]. -4-
Estudos demonstraram que os primeiros 181 aminoácidos da NS3 (resíduos 1027-1207 da poliproteína virai) contêm o domínio de serina protease NS3 que processa todos os quatro sítios a jusante da poliproteína VHC [C. Lin et ai., "Hepatitis C Virus NS3 Serine Proteinase: Trans-Cleavage Requirements and Processing Kinetics", J. Virol., 68, pp. 8147-8157 (1994)].
Actualmente, não há quaisquer agentes ou tratamentos anti-VHC satisfatórios. Até recentemente, a única terapêutica estabelecida para doenças causadas pelo VHC era o tratamento com interferão. No entanto, os interferões têm efeito secundários significativos [Μ. A. Wlaker et al. , "Hepatitis C Virus: An OverView of Current Approaches and Progress", DDT, 4, pp. 518-29 (1999); D.
Moradpour et ai., "Current and Evolving Therapies for Hepatitis C", Eur. J. Gastroenterol. Hepatol., 11, pp. 1199-1202 (1999); H. L. A. Janssen et al. "Suicide
Associated with Alfa-Interferon Therapy for Chronic Virai Hepatitis", J. Hepatol., 21, pp. 241-243 (1994); P. F.
Renault et al. , "Side Effects of Alpha Interferon", Seminars in Liver Disease, 9, pp. 273-277. (1989)] e induzem remissão a longo prazo em apenas uma fracção (-25%) dos casos [0. Weiland, "Interferon Therapy in Chronic Hepatitis C Virus Infection", FEMS Microbiol. Rev., 14, pp. 279-288 (1994)]. Introduções recentes das formas peguiladas de interferão (PEG-INTRON® e PEGASYS®) e a terapêutica de combinação de ribavirina e interferão peguilado (REBETROL®) resultaram em melhorias não mais do que modestas nas taxas de remissão e apenas reduções parciais nos efeitos secundários. Além disso, os prospectos para incertos. vacinas anti-VHC eficazes permanecem A serina protease NS3 do VHC e seu cofactor associado, NS4A, auxilia a processar todas as enzimas virais e, deste modo, é considerada essencial para a replicação virai. Este processamento parece ser análogo àquele realizado pela aspartil protease do virus da imunodeficiência humana, que também está envolvido no processamento da enzima virai de inibidores da protease de HIV, que inibe o processamento da proteina virai e são potentes agentes antivirais em seres humanos, indicando que a interrupção deste estágio do ciclo da vida virai resulta em agentes terapeuticamente activos. Consequentemente, é um alvo atraente para descoberta de fármaco.
Sabe-se que alguns fármacos são metabolizados pelas enzimas do citocromo p450. Este metabolismo, tipicamente, resulta no fármaco tendo caracteristicas farmacocinéticas desfavoráveis (por exemplo, niveis sanguíneos diminuídos, semi-vida diminuída). Em contraste, a inibição do metabolismo do fármaco pode levar a melhorias no perfil farmacocinético do fármaco. Esta abordagem levou a estudos de métodos para melhorar a farmacocinética de certos fármacos [ver, por exemplo, a Patente US 6.037.157; documento D.E. Kempf et al. Antimicrob. Agents Chemother., 41, pp. 654-660 (1997)]. No entanto, há relatos de métodos para melhorar a farmacocinética dos inibidores da protease de NS3/4A do virus da Hepatite C. -6-
Deste modo, há uma necessidade de composições e associações farmacêuticas para melhorar a farmacocinética dos inibidores da protease do virus NS3/4A da Hepatite C. Estas composições, associações e métodos seriam úteis em terapêuticas anti-VHC.
SUMÁRIO DA INVENÇÃO A presente invenção refere-se a associações de um inibidor da protease NS3/4A do virus da Hepatite C, VX-950 e um inibidor da monooxigenase do citocromo P450, ritonavir. A invenção também proporciona composições, kits e embalagens farmacêuticas compreendendo o inibidor da protease NS3/4A do virus da Hepatite C, o inibidor da monooxigenase do citocromo P450. A invenção também proporciona processos para preparar estas associações, kits e embalagens.
DESCRIÇÃO PORMENORIZADA DA INVENÇÃO
Esta invenção proporciona métodos para melhorar a farmacocinética dos inibidores de protease NS3/4A da Hepatite C. As vantagens em melhorar a farmacocinética dos fármacos são reconhecidas na técnica. (Patente US 2004/0091527; Patente US 2004/0152625; Patente US 2004/0091527) . Estas melhorias podem levar ao aumento de niveis sanguíneos do fármaco. De maior importância para as -7- terapêuticas de VHC, a melhoria pode levar a concentrações aumentadas do inibidor de protease no fígado.
Os requerentes demonstrarem que os inibidores de protease NS3/4A da Hepatite C são metabolizados pelas enzimas do citocromo P450, particularmente a isozima 3A4. Os requerentes também demonstraram que este metabolismo é diminuído na presença de um inibidor do citocromo P450. Pela associação de um inibidor de protease NS3/4A e um inibidor de CYP, esta invenção proporciona o metabolismo diminuído dos inibidores de protease. A farmacocinética do inibidor de protease é, deste modo, melhorada.
Em concordância, esta invenção proporciona associações farmacêuticas de um inibidor de monooxigenase do citocromo P450 ("inibidor de CYP") e um inibidor de protease NS3/4A da Hepatite C.
Uma forma de realização desta invenção proporciona um método para aumentar a biodisponibilidade de um inibidor de protease NS3/4A do vírus da Hepatite C e um inibidor de monooxigenase do citocromo P450.
Outra forma de realização desta invenção proporciona um método para tratar um doente infectado com um virus da Hepatite C compreendendo administrar ao doente a) um inibidor de protease NS3/4A do vírus da Hepatite C; e b) um inibidor de monooxigenase do citocromo P450.
Espera-se que o inibidor de monooxigenase do citocromo P450 utilizado nesta invenção iniba o -8- metabolismo do composto inibidor de protease NS3/4A. Deste modo, o inibidor de monooxigenase do citocromo P450 seria numa quantidade eficaz para inibir o metabolismo do inibidor de protease. Em concordância, o inibidor de CYP é administrado numa quantidade tal que a biodisponibilidade do inibidor de protease seja aumentada em comparação com a biodisponibilidade na ausência do inibidor de CYP.
Nestas formas de realização, o inibidor é administrado, preferencialmente, em quantidades terapeuticamente eficazes. Espera-se que o composto utilizado nesta invenção iniba o VHC inibindo a protease NS3/4A. Deste modo, uma associação do inibidor de CYP e o inibidor de protease é, preferencialmente, co-administrada numa quantidade suficiente para ter uma actividade antiviral.
Deve ser entendido que, uma vez que esta invenção envolve uma associação de compostos, as quantidades especificas de cada composto pode ser dependente das quantidades especificas de cada outro composto na associação. Por exemplo, a administração do inibidor de CYP e um inibidor de protease num método desta invenção, leva à farmacocinética melhorada do inibidor de protease em comparação com a farmacocinética do inibidor de protease administrado na ausência do inibidor de CYP. Deste modo, uma quantidade mais baixa de inibidor de protease daria um efeito equivalente in vivo na presença de um inibidor de CYP do que na ausência do inibidor de CYP. -9- A quantidade de ritonavir administrada a um doente é, de preferência, suficiente para melhorar a farmacocinética do inibidor de protease VX-950 em comparação com a farmacocinética do inibidor de protease BX-950 na ausência de ritonavir. Preferencialmente, a quantidade de ritonavir administrada é suficiente para aumentar os níveis sanguíneos do inibidor de protease do VX-950 ou para aumentar as concentrações no fígado do inibidor de protease VX-950. Com vantagem, é, portanto, utilizada uma dose mais baixa do inibidor de protease VX-950 (relativa à administração só do inibidor de protease VX-950).
Para além de tratar doentes infectados com hepatite C, a invenção pode ser utilizada para evitar que um doente seja infectado com Hepatite C. Em concordância, uma forma de realização desta invenção proporciona um método para prevenir a infecção do vírus da Hepatite C num doente, compreendendo administrar ao doente a) um inibidor de protease NS3/4A do vírus da Hepatite C; e b) um inibidor de monooxigenase do citocromo P450.
Conforme será entendido pelos especialistas, a invenção está a ser utilizada para tratar um doente profilaticamente e, este doente fica infectado pelo vírus da Hepatite C, o método pode, então tratar a infecção. Deste modo, uma forma de realização desta invenção proporciona um inibidor de protease NS3/4A do vírus da Hepatite C e um inibidor de monooxigenase do citocromo P450, em que a associação dos inibidores é em quantidades - 10- terapeuticamente eficazes para tratar ou prevenir a infecção pelo virus da Hepatite C num doente.
0 VX-950 é um inibidor de protease NS3/4A peptomimético, reversível, competitivo, com um uma constante de ligação (ki*) de estado estável de 3 nM [documento WO 02/018369].
VX-950
Em concordância, o inibidor de protease NS3/4A para utilização nos métodos, processos, combinações, composições, embalagens e kits da presente invenção é o VX-950.
Os compostos preferidos para utilização com esta invenção são aqueles em que o composto é suficientemente estável para permitir a preparação e a administração a um mamífero por meio de métodos conhecidos na técnica. Tipicamente, tais compostos são estáveis a uma temperatura de 40 °C ou inferior, na ausência de humidade ou outra condição quimicamente reactiva, durante, pelo menos, uma semana. - 11 - 0 VX-950 pode conter um ou mais átomos de carbono assimétricos e, deste modo, pode ocorrer como racematos e misturas racémicas, enantiómeros simples, misturas diastereoméricas e diastereómeros individuais. Todas estas formas isoméricas destes compostos são expressamente incluídas na presente invenção. Cada carbono estereogénico pode ser da configuração R ou S. Os isómeros D e L na cadeia lateral N-propilo de VX-950 são expressamente incluídos nesta invenção. 0 inibidor de CYP é ritonavir (documento WO 94/14436). São conhecidos métodos para medir a capacidade de um composto de inibir a actividade de monooxigenase do citocromo P50 (ver, Patente US 6.037.157 e Yun, et al., Drug Metabolism & Disposition, vol. 21, pp. 403-407 (1993)). Por exemplo, um composto a ser avaliado pode ser incubado com 0,1, 0,5 e 1,0 mg de proteína/mL, ou outra concentração apropriada de microssomas hepáticos humanos (por exemplo, microssomas hepáticos caracterizados combinados, disponíveis comercialmente) durante 0, 5, 10, 20 e 30 minutos, ou outros tempos apropriados, na presença de um sistema de geração de NADPH. Incubações de controlo podem ser realizadas na ausência de microssomas hepáticos durante 0 e 30 minutos (triplicata). As amostras podem ser analisadas quanto à presença do composto. As condições de incubação que produzem uma taxa linear do metabolismo do composto serão utilizadas como um guia para estudos adicionais. - 12-
Procedimentos experimentais típicos determinariam a cinética do metabolismo dos compostos (Km de Vmax) . A taxa de desaparecimento do composto pode ser determinada e os dados analisados de acordo com a cinética de Michaelis-Menten utilizando Lineweaver-Burk, Eadie-Hofstee ou análise de regressão não-linear. A inibição das experiências de metabolismo pode, então, ser realizada. Por exemplo, um composto (uma concentração, s Km) pode ser incubado com microssomas hepáticos humanas combinados na ausência de um inibidor de CYP (tal como ritonavir) nas condições determinadas acima. Conforme será entendido, as incubações de controlo devem conter a mesma concentração de solvente orgânico que as incubações com o inibidor de CYP. As concentrações do composto nas amostras podem ser quantificadas e a taxa de desaparecimento do composto precursor pode ser determinada com taxas que são expressas como uma percentagem da actividade de controlo. São também conhecidos métodos para avaliar a influência da co-administração do inibidor de protease NS3/4A e o inibidor de CYP num indivíduo (Patente US 2004/0028755). Qualquer um destes métodos poderia ser utilizado em relação a esta invenção para determinar o impacto farmacocinético de uma associação. Poderiam, então, ser seleccionados, os indivíduos que se beneficiariam de um tratamento de acordo com esta invenção. Especificamente, os indivíduos que metabolizam os inibidores de protease NS3/4A poderiam ser seleccionados para tratamento de acordo com esta invenção. - 13 -
Os indivíduos que metabolizam os inibidores de protease NS3/4A amplamente ou, pelo menos, num grau considerável seriam os indivíduos preferidos para tratamento de acordo com esta invenção.
Um inibidor de CYP utilizado nesta invenção pode ser um inibidor de apenas uma isozima ou mais de uma isozima. Se o inibidor de CYP inibe mais isozimas, o inibidor pode, mesmo assim, inibir uma isozima de forma mais selectiva do que a outra isozima. Qualquer um destes inibidores de CYP pode ser utilizado num método desta invenção.
Conforme será entendido, a actividade do CYP3A4 é amplamente observada em seres humanos. Em concordância, espera-se que as formas de realização desta invenção que envolvem a inibição da isozima 3A4 sejam aplicáveis a uma ampla gama de doentes.
Os métodos aqui envolvem a administração de associações de um inibidor de protease NS3/4A do vírus da Hepatite C e um inibidor de monooxigenase do citocromo P450. Esta administração pode ser referida como uma co-administração. A co-administração inclui administrar cada inibidor na mesma forma farmacêutica ou em formas farmacêuticas diferentes. Quando administrados em formas farmacêuticas diferentes, os inibidores podem ser administrados em tempos diferentes e em qualquer ordem.
Em concordância, esta invenção proporciona métodos em que o inibidor de CYP é administrado juntamente com o - 14- inibidor de protease NS3/4A do vírus da Hepatite C na mesma forma farmacêutica ou em formas farmacêuticas separadas.
Se o inibidor de CYP e o inibidor de protease forem administrados em formas farmacêuticas separadas, cada inibidor pode ser administrado aproximadamente simultaneamente. Alternativamente, o inibidor de CYP pode ser administrado em qualquer período de tempo próximo à administração do inibidor de protease. Isto é, o inibidor de CYP pode ser administrado antes, juntamente ou a seguir ao inibidor de protease NS3/4A. 0 período de tempo de administração deve ser tal que o inibidor de CYP afecte o metabolismo do inibidor de protease. Por exemplo, se o inibidor de protease é administrado primeiro, o inibidor de CYP deve ser administrado antes que o inibidor de protease seja metabolizado e/ou excretado (por exemplo, dentro da semi-vida do inibidor de protease). A invenção também pode envolver a administração de outro componente compreendendo um agente adicional seleccionado de um agente imunomodulador; um agente antiviral; um inibidor de protease do VHC; um inibidor de outro alvo no ciclo de vida do VHC; um inibidor do citocromo P-450; ou combinações destes.
Em concordância, esta invenção proporciona um método que compreende administrar um inibidor de protease NS3/4A, um inibidor de CYP e outro agente antiviral, de preferência, um agente anti-VHC. Tais agentes antivirais incluem, mas não se limitam a agentes imunomoduladores, - 15- tais como interferões α, β e γ, compostos de interferão-CC peguilados derivatizados e timosina; outros agentes antivirais, tais como ribavirina, amantadina e telbivudina; outros inibidores de proteases da hepatite C (inibidores NS2-NS3 e inibidores NS3-NS4A); inibidores de outros alvos no ciclo de vida do VHC, incluindo inibidores de helicase, polimerase e metaloprotease; inibidores de entrada de ribossoma internos; inibidores virais de amplo espectro, tais como inibidores de IMPDH (por exemplo, os compostos das Patentes dos Estados Unidos 5.807.876, 6.498.178, 6.344.465, 6.054,472, documentos WO 97/40028, WO 98/40381, WO 00/56331, e ácido micofenólico e seus derivados e incluindo, mas não limitado a VX-497, VX-148, e/ou VX-944); ou associações de qualquer um dos acima mencionados.
Outros agentes (por exemplo, compostos não-imunomoduladores ou imunomoduladores) que podem ser utilizados em associação com um composto desta invenção incluem, mas não se limitam àqueles especificados no documento WO 02/18369 que aqui é dado como incorporado por citação (ver, por exemplo as páginas 273, linhas 9-22, linha 4 da página 276, linha 11).
Ainda outros agentes incluem mas não se limitam a, PEG-INTRON® (peginteferão alfa-2b, disponível da Schering Corporation, Kenilworth, NJ); INTRON-A®, (interferão alfa-2b disponível da Schering Corporation, Kenilworth, NJ) ; ribavirina (1-beta-D-ribofuranosil-lH-l,2,4-triazole-3-carboxamida, disponível da ICN Pharmaceuticals, Inc., Costa Mesa, CA; descrita no Merck índex, entrada 8365, - 16-
Twelfth Edition); REBETROL® (Schering Corporation, Kenilworth, NJ), COPEGASUS® (Hoffmann-La Roche, Nutley, NJ); PEGASYS® (peginterferão alfa-2a disponível da Hoffmann-La Roche, Nutley, NJ) ; ROFERON® (interferão alfa-2a recombinante disponível da Hoffmann-La Roche, Nutley, NJ) ; BEREFOR® (interferão alfa 2 disponível da Boehringer Ingelheim Pharmaceutical, Inc., Ridgefield, CT); SUMIFERON® (uma mistura purificada de interferões alfa naturais, tais como Sumiferon disponível da Sumitomo, Japão); WELLFERON® (interferão alfa nl disponível da Glaxo Wellcome Ltd., Grã Bretanha); ALFERON® (uma mistura de interferões alfa feitos pela Interferon Sciences, e disponíveis da Purdue Frederick Co., CT) ; interferão-CC; interferão alfa natural 2a; interferão alfa natural 2b; interferão alfa peguilado 2a ou 2b; interferão alfa de consenso (Amgen, Inc., Newbury Park, CA) ; VIRAFERON®; INFERGEN®; REBETRON® (Schering Plough, Inteferão-alfa 2B + Ribavirinas); interferão alfa peguilado (Reddy, K. R. et al. "Efficacy and Safety of Pegylated (40-kd) Interferon alpha-2a
Compared with Interferon alpha-2a in Noncirrhotic Patients with Chronic Hepatitis C (Hepatology, 33, pp. 433-438 (2001); interferão de consenso (Kao, J. H., et al., "Efficacy of Consensus Interferon in the Treatment of Chronic Hepatitis" J. Gastroenterol. Hepatol. 15, pp. 1418-1423 (2000); linfoblastóide ou interferão "natural"; interferão tau (Clayette, P. et al., "IFN-tau, A New Interferon Type I with Antiretroviral activity" Pathol. Biol. (Paris) 47, pp. 553-559 (1999); interleucina 2 (Davis, G. L. et al., "Future Options for the Management of Hepatitis C". Seminars in Liver Disease, 19, pp. 103- 112 (1999); Interleucina 6 (Davis et al. "Future Options - 17- for the Management of Hepatitis C". Seminars in Liver Disease 19, pp. 103-112 (1999); interleucina 12 (Davis, G. L. et al., "Future Options for the Management of Hepatitis C". Seminars in Liver Disease, 19, pp. 103-112 (1999); e compostos que aumentam o desenvolvimento da resposta das células T auxiliares do tipo 1 (Davis et al., "Future Options for the Management of Hepatitis C". Seminars in Liver Disease, 19, pp. 103-112 (1999)). Estão também incluídos os compostos que simulam a sintese do interferão em células (Tazulakhova, E. B. et al., "Russian Experience in Screening, analysis, and Clinicai Application of Novel Interferon Lnducers" J. Interferon Cytokine Res., 21 pp. 65-73) incluindo, mas não limitados a ARN de cadeia dupla, só ou em associação com tobramicina e Imiquimod (3M Pharmaceuticals; Sauder, D. N. "Lmmunomodulatory and Pharmacologic Properties of Imiquimod" J. Am. Acad. Dermatol., 43 pp. S6-11 (2000).
Conforme é reconhecido pelos especialistas, um inibidor de protease e um inibidor de CYP seriam administrados, de preferência, por via oral. O interferão não é tipicamente administrado por via oral. No entanto, nada aqui limita os métodos ou associações desta invenção a qualquer forma ou regime de dosagem especifico. Deste modo, cada componente de uma associação de acordo com esta invenção pode ser administrado separadamente, em conjunto, ou qualquer associação dos mesmos. Conforme reconhecido pelos especialistas, as dosagens de interferão são tipicamente medidas em UI (por exemplo, cerca de 4 milhões a cerca de 12 milhões de UI). - 18-
Se um agente adicional for seleccionado de outro inibidor de CYP, o método, empregaria, deste modo, dois ou mais inibidores de CYP. Cada componente pode ser administrado numa ou mais formas farmacêuticas. Cada forma farmacêutica pode ser administrada ao doente em qualquer ordem. 0 inibidor de protease NS3/4A, o inibidor de CYP e qualquer agente adicional podem ser formulados em formas farmacêuticas separadas. Alternativamente, para diminuir o número de formas farmacêuticas administradas a um doente, o inibidor de protease NS3/4A, o inibidor de CYP e qualquer agente adicional podem ser formulados juntos em qualquer associação. Por exemplo o inibidor de protease NS3/4A pode ser formulado numa forma farmacêutica e o inibidor de CYP e o agente adicional podem ser formulados juntos em outra forma farmacêutica. Quaisquer formas farmacêuticas separadas podem ser administradas ao mesmo tempo ou em momentos diferentes. Deve ser entendido que o inibidor de CYP deve ser administrado num período de tempo tal que o inibidor de CYP diminua o metabolismo do inibidor de protease NS3/4A (ou do agente ou agentes adicionais).
Em concordância, outra forma de realização desta invenção proporciona uma composição que compreende um inibidor de protease NS3/4A, ou um seu sal farmaceuticamente aceitável e um inibidor de CYP, ou um seu sal farmaceuticamente aceitável. De acordo com uma forma de realização preferida, o inibidor de protease NS3/4A está presente numa quantidade eficaz para diminuir - 19- a carga virai numa amostra ou num doente, em que o referido virus codifica uma serina protease NS3/4A necessária para o ciclo de vida virai e um veiculo farmaceuticamente aceitável. Alternativamente, uma composição desta invenção compreende um agente adicional conforme aqui descrito. Cada componente pode estar presente em composições individuais, composições de associação ou numa composição única.
Se sais farmaceuticamente aceitáveis dos compostos forem utilizados nestas composições, estes sais são, de preferência, derivados de ácidos e bases inorgânicos ou orgânicos. Incluídos entre estes sais ácidos estão os seguintes: acetato, adipato, alginato, aspartato, benzoato, benzeno sulfonato, bissulfato, butirato, citrato, canforato, canfor-sulfonato, ciclopentanopropionato, digluconato, dodecilsulfato, etanossulfonato, fumarato, gluco-heptanoato, glicerofosfato, hemisulfato, heptanoato, hexanoato, cloridrato, bromidrato, iodidrato, 2-hidroxietanossulfonato, lactato, maleato, metanossulfonato, 2-naftalosnosulfonato, nicotinato, oxalato, pamoato, pectinato, persulfato, 3-fenil-propionato, picrato, pivalato, propionato, succinato, tartarato, tiocianato, tosilato e undecanoato. Sais básicos incluem sais de amónio, sais de metais alcalinos, tais como sais de sódio e de potássio, sais de metais alcalino terrosos, tais como sais de cálcio e de magnésio, sais com bases orgânicas, tais como sais de diciclo-hexilamina, N-metil-D-glucamina e sais com aminoácidos, tais como arginina, lisina, e assim por diante. -20-
Além disso, os grupos básicos contendo azoto podem ser quaternizados com agentes tais como haletos de alquilo de cadeia curta, tais como cloreto de metilo, etilo, propilo e butilo, brometos e iodetos; sulfatos de dialquilo, tais como sulfatos de dimetilo, dietilo, dibutilo e diamilo, haletos de cadeia longa, tais como cloretos brometos e iodetos de decilo, laurilo, miristilo e estearilo, haletos de aralquilo, tais como brometos de benzilo e fenetilo e outros. Deste modo, são obtidos produtos solúveis ou dispersáveis em água ou óleo.
Os compostos utilizados nas composições e métodos desta invenção também podem ser modificados pela anexação de funcionalidades apropriadas para aumentar as propriedades biológicas selectivas. Estas modificações são conhecidas na técnica e incluem aquelas que aumentam a penetração biológica num dado sistema biológico (por exemplo, sangue, sistema linfático, sistema nervoso central), aumentam a disponibilidade oral, aumentam a solubilidade para permitir a administração por injecção, alteram o metabolismo e alteram a taxa de excreção.
Os veículos farmaceuticamente aceitáveis que podem ser utilizados nestas composições incluem, mas não se limitam a permutadores de iões, óxido de alumínio, estearato de alumínio, lecitina, proteínas séricas, tais como albumina do soro humano, substâncias tampão, tais como fosfatos, glicina, acido sórbico, sorbato de potássio, misturas parciais de glicérido de ácidos gordos vegetais saturados, água, sais ou electrólitos, tais como -21 - sulfato de protamina, hidrogeno fosfato de dissódio, hidrogeno fosfato de potássio, cloreto de sódio, sais de zinco, silica coloidal, trissilicato de magnésio, polivinil pirrolidona, substâncias à base de celulose, polietileno glicol, carboximetilcelulose sódica, poliacrilatos, ceras, polímeros em bloco de polietileno-polioxipropileno, polietileno glicol e lanolina.
De acordo com uma forma de realização preferida, as composições desta invenção são formuladas para administração farmacêutica a um mamífero, particularmente um ser humano.
Estas composições farmacêuticas da presente invenção (bem como as composições para utilização em métodos, associações, kits e embalagens desta invenção) podem ser administradas por via oral, parentérica, sublingual, inalação, tópica, rectal, nasal, bucal, vaginal ou por meio de um reservatório implantado. O termo "parentérico", conforme aqui utilizado inclui técnicas de injecção ou perfusão subcutânea, intravenosa, intramuscular, intra-articular, intrasinovial, intraesternal, intratecal, intra-hepática, intralesional e intracraniana. De preferência, as composições são administradas por via oral ou intravenosa. Mais preferencialmente, as composições são administradas por via oral.
As formas de injecção estéreis das composições e de acordo com esta invenção podem ser suspensões aquosas ou oleaginosas. Estas suspensões podem ser formuladas de -22- acordo com métodos conhecidos na técnica utilizando agentes de dispersão ou molhantes e agentes de suspensão adequados. A preparação injectável estéril também pode ser uma solução ou suspensão injectável estéril num diluente ou solvente não tóxico parentericamente aceitável, como por exemplo, uma solução de 1,3-butanodiol. Entre os veiculos e solventes aceitáveis que podem ser utilizados encontram-se água, solução de Ringer e solução de cloreto de sódio isotónica. Além disso, óleos fixos, estéreis são convencionalmente utilizados como um meio solvente ou de suspensão. Para este fim, qualquer óleo fixo suave pode ser utilizado incluindo mono ou diglicéridos sintéticos. Ácidos gordos, tais como o ácido oleico e seus derivados glicéridos são úteis na preparação de injectáveis, bem como os óleos naturais farmaceuticamente aceitáveis, tais como azeite ou óleo de ricino, especialmente as suas versões polioxietiladas. Estas soluções ou suspensões de óleo também podem conter um diluente ou dispersante de álcool de cadeia longa, tal como carboximetil celulose ou agentes de dispersão similares que são habitualmente utilizados na formulação de formas farmacêuticas farmaceuticamente aceitáveis incluindo emulsões e suspensões. Outros tensioactivos habitualmente utilizados, tais como Tweens, Spans e outros agentes emulsificantes ou intensificadores de biodisponibilidade que são habitualmente utilizados na preparação de formas farmacêuticas sólidas, liquidas ou outras, farmaceuticamente aceitáveis, podem também ser utilizados para a finalidade da formulação.
Nas composições desta invenção e de acordo com esta -23- invenção (isto é, as composições utilizadas nos métodos, kits, associações ou embalagens desta invenção), tanto o inibidor de protease NS3/4A, o inibidor de CYP como qualquer agente adicional opcional deve estar presente em niveis de dosagem entre cerca de 10 a 100% e, mais preferencialmente, entre cerca de 10 a 80% da dosagem normalmente administrada num regime monoterapêutico.
As composições farmacêuticas desta invenção podem ser administradas por via oral em qualquer forma farmacêutica oralmente aceitável, incluindo, mas não limitada a cápsulas, comprimidos, pílulas, pós, grânulos, suspensões ou soluções aquosas. No caso de comprimidos para utilização oral, os veículos que são habitualmente utilizados incluem lactose e amido de milho. Tipicamente, são também adicionados agentes lubrificantes, tais como estearato de magnésio. Para administração oral em forma de cápsula, os diluentes úteis incluem lactose e amido de milho seco. Quando suspensões aquosas são necessárias para uso oral, o ingrediente activo é associado com agentes emulsificantes e de suspensão. Se desejado, certos agentes edulcorantes, aromatizantes ou corantes também podem ser adicionados. As formas farmacêuticas líquidas aceitáveis incluem emulsões, soluções, suspensões, xaropes e elixires.
Alternativamente, as composições farmacêuticas desta invenção podem ser administradas na forma de supositórios para administração rectal. Estes podem ser preparados misturando o agente com um excipiente não irritante adequado que seja sólido à temperatura ambiente, -24- mas liquido à temperatura rectal e, portanto, irá derreter no recto para libertar o fármaco. Estes materiais incluem manteiga de cacau, cera de abelha e polietileno glicóis.
As composições farmacêuticas desta invenção também podem ser administradas topicamente, especialmente quando o alvo do tratamento inclui áreas ou órgãos prontamente acessiveis por aplicação tópica, incluindo doenças do olho, da pele ou do tracto intestinal inferior. A aplicação tópica para o tracto intestinal inferior pode ser efectuada numa formulação de supositório rectal (ver acima) ou numa formulação de enema adequada. Pode-se também utilizar adesivos transdérmicos tópicos.
Para aplicações tópicas, as composições farmacêuticas podem ser formuladas como uma pomada adequada contendo o componente activo suspenso ou dissolvida num ou mais veículos. Os veículos para administração tópica dos compostos desta invenção incluem, mas não se limitam a óleo mineral, vaselina líquida, vaselina branca, propileno glicol, polioxietileno, composto de polioxipropileno, cera emulsificante e água. Alternativamente, as composições farmacêuticas podem ser formuladas como uma loção ou creme adequado contendo os componentes activos suspensos ou dissolvidos em num ou mais veículos farmaceuticamente aceitáveis. Veículos adequados incluem, mas não se limitam a óleo mineral, monoestearato de sorbitano, polisorbato 60, cera de ésteres cetílicos, álcool cetearílico, 2-octildodecanol, álcool benzílico e água. -25-
Para utilização oftálmica, as composições farmacêuticas podem ser formuladas como suspensões micronizadas em soro fisiológico estéril isotónico de pH ajustado, ou preferencialmente, como soluções em soro fisiológico estéril, isotónico de pH ajustado, com ou sem um conservante como cloreto de benzalcónio. Alternativamente, para utilizações oftálmicas, as composições farmacêuticas podem ser formuladas como uma pomada, tal como vaselina.
As composições farmacêuticas desta invenção e de acordo com esta invenção também podem ser administradas por aerossol nasal ou inalação. Estas composições são preparadas de acordo com métodos conhecidos na técnica de formulação farmacêutica e podem ser preparadas como soluções em soro fisiológico, utilizando álcool benzilico ou outros conservantes adequados, promotores de absorção para aumentar a biodisponibilidade, fluorocarbonetos e/ou outros agentes de solubilização ou dispersão convencionais.
Conforme é reconhecido na técnica, as composições farmacêuticas também podem ser administradas na forma de liposomas.
Preferidas são as composições farmacêuticas desta invenção e de acordo com esta invenção formuladas para administração oral. Níveis de dosagem entre cerca de 0,01 e cerca de -26- 100 mg/kg de peso corporal por dia, preferencialmente entre cerca de 0,5 e cerca de 75 mg/kg de peso corporal por dia do inibidor de protease NS3/4A são úteis para a prevenção e o tratamento de doença mediada pelo VHC. Para o inibidor de CYP, seriam típicos os níveis de dosagem entre cerca de 0,001 e cerca de 200 mg/kg de peso corporal por dia. Mais típicos seriam os níveis de dosagem entre cerca de 0,1 e cerca de 50 mg/kg ou cerca de 1,0 a cerca de 25 mg/kg de peso corporal por dia. Tipicamente, as composições farmacêuticas desta invenção e de acordo com esta invenção serão administradas de cerca de 1 a cerca de 5 vezes ao dia ou, alternativamente, como uma perfusão contínua. Esta administração pode ser utilizada como uma terapêutica crónica ou aguda. A quantidade de ingrediente activo que pode ser associado aos materiais de veículo para produzir uma forma farmacêutica única irá variar dependendo do hospedeiro tratado e do modo de administração em particular. Uma preparação típica conterá de cerca de 5% a cerca de 95% do composto activo (p/p). De preferência, estas preparações contêm de cerca de 20% a cerca de 80% do composto activo.
Mediante a melhora do estado de um doente, pode-se administrar uma dose de manutenção de um composto, composição ou associação desta invenção, se necessário. Subsequentemente, a dosagem ou a frequência da administração, ou ambas, podem ser reduzidas, como uma função dos sintomas, a um nível no qual o estado melhorado é retido e, quando os sintomas forem aliviados ao nível desejado, o tratamento deve cessar. Os doentes podem, no entanto, necessitar de tratamento intermitente a longo -27- prazo mediante qualquer recorrência dos sintomas da doença.
Deve ser também entendido que uma dosagem e regime de tratamento específicos para qualquer doente em particular dependerão de uma variedade de factores, incluindo a actividade do composto especifico utilizado, a idade, o peso corporal, a saúde em geral, o sexo, a dieta, a hora da administração, a taxa de excreção, a associação de fármaco e o julgamento do médico e a gravidade da doença em particular a ser tratada. A quantidade de ingredientes activos também dependerá do composto descrito em particular e da presença ou ausência e a natureza do agente antiviral adicional na composição.
Para formas farmacêuticas preferidas de ritonavir, ver a Patente dos Estados Unidos 6.037.157 e os documentos ai citados: Patente dos Estados Unidos 5.484.801, Pedido de Patente dos Estados Unidos 08/402.690 e Pedidos Internacionais WO 95/07696 e WO 95/09614.
De acordo com outra forma de realização, a invenção proporciona um método para tratar um doente infectado com um virus caracterizado por uma serina protease NS3/A viralmente codificada que é necessária para o ciclo de vida do virus por meio da administração ao referido doente de uma composição farmaceuticamente aceitável desta invenção. De preferência, os métodos desta invenção são utilizados para tratar um doente a sofrer de uma infecção causada pelo VHC. Este tratamento pode erradicar completamente a infecção virai ou reduzir a sua gravidade. -28-
Mais preferencialmente, o doente é um ser humano.
Em ainda outra forma de realização, a presente invenção proporciona um método para pré-tratar uma substância biológica destinada à administração a um doente compreendendo o passo de pôr a referida substância em contacto com uma composição farmaceuticamente aceitável compreendendo um composto desta invenção. Estas substâncias biológicas incluem, mas não se limitam a sangue e seus componentes, tal como plasma, plaquetas, subpopulações de glóbulos sanguíneos e outros; órgãos, tais como o rim, fígado, coração, pulmão, etc.; esperma e óvulos; medula óssea e seus componentes, e outros fluidos a serem injectados num doente, tais como soro fisiológico, dextrose, etc.
Esta invenção também proporciona um processo para preparar uma composição compreendendo um inibidor de protease NS3/4A do vírus da Hepatite C e um inibidor da monooxigenase do citocromo P450, compreendendo o passo de associar o inibidor de protease NS3/4A do vírus da Hepatite C e o inibidor da monooxigenase do citocromo P450. Uma forma de realização alternativa desta invenção proporciona um processo em que a composição compreende um ou mais agentes, conforme aqui descrito.
Esta invenção também proporciona uma associação terapêutica compreendendo um inibidor de protease NS3/4A do vírus da Hepatite C e um inibidor da monooxigenase do citocromo P450. Numa forma de realização alternativa desta invenção, a associação terapêutica compreende ainda um ou -29- mais agentes adicionais, conforme aqui descrito.
As composições farmacêuticas também podem ser prescritas ao doente em "embalagem para o doente" contendo o curso total do tratamento numa única embalagem, em geral uma embalagem blister. As embalagens para o doente têm uma vantagem em relação às prescrições tradicionais, onde um farmacêutico divide o fornecimento do doente de um produto farmacêutico a partir de um fornecimento atacadista, no qual o doente sempre tem acesso à bula contida na embalagem do doente, normalmente ausente nas prescrições tradicionais. A inclusão de uma bula demonstrou que melhora a aceitação das instruções do médico por parte do doente.
Será entendido que a administração da associação da invenção por meio de uma única embalagem para o doente, ou embalagens para o doente de cada formulação, contendo no interior uma bula que instrui o doente sobre a utilização correcta da invenção é uma caracteristica adicional desejável desta invenção.
De acordo com um outro aspecto da invenção é uma embalagem contendo pelo menos um inibidor de protease NS3/4A e um inibidor de CYP da invenção e uma bula contendo orientações sobre a utilização da associação da invenção. Numa forma de realização alternativa desta invenção, a embalagem farmacêutica compreende ainda um ou mais agentes adicionais conforme aqui descrito. 0 agente ou agentes adicionais podem ser proporcionados na mesma embalagem ou em embalagens separadas. -30-
Outro aspecto disto envolve um kit embalado para um doente utilizar no tratamento da infecção causada pelo VHC ou na prevenção da infecção por VHC, compreendendo: uma ou uma pluralidade de formulações farmacêuticas de cada componente farmacêutico; um recipiente que abriga a(s) formulação(ões) farmacêutica (s) durante o armazenamento e antes da administração; e instruções para realizar a administração do fármaco de uma maneira eficaz para tratar ou prevenir a infecção por VHC.
Em concordância, esta invenção proporciona kits para a administração simultânea ou sequencial de um inibidor de protease NS3/4A e um inibidor de CYP (e opcionalmente um agente adicional) ou seus derivados e são preparados de uma maneira convencional. Tipicamente, este kit compreenderá, por exemplo, uma composição de cada inibidor e opcionalmente do(s) agente (s) adicional(is) num veiculo farmaceuticamente aceitável (e em uma ou numa pluralidade de formulações farmacêuticas) e instruções escritas para a administração simultânea ou sequencial.
Numa outra forma de realização, é proporcionado um kit embalado que contém uma ou mais formas farmacêuticas para auto-administração; um meio recipiente, preferencialmente vedado, para abrigar as formas farmacêuticas durante o armazenamento e antes da utilização; e instruções para um doente realizar a administrar do fármaco. Tipicamente, as instruções serão instruções escritas numa bula, uma etiqueta e/ou em outros componentes do kit e a forma ou formas farmacêuticas são -31 - conforme aqui descrito. Cada forma farmacêutica pode ser abrigada individualmente, como por exemplo, numa folha de um laminado de metal-plástico com cada forma farmacêutica isolada uma da outra em células individuais ou bolhas, ou as formas farmacêuticas podem ser abrigadas num único recipiente, como por exemplo, num frasco de plástico. Os presentes kits também, tipicamente, incluirão meios para embalar os componentes individuais do kit, isto é, as formas farmacêuticas, o meio recipiente e as instruções escritas para utilização. Este meios de embalagem podem tomar a forma de uma caixa de papelão ou papel, ou uma bolsa de plástico ou metal, etc.
Embora certas formas de realização exemplificativas sejam representadas e descritas adiante, será entendido que os compostos desta invenção podem ser preparados de acordo com os métodos descritos acima, de uma forma genérica, utilizando materiais de partida apropriados em geral disponíveis a um especialista na técnica. A fim de que esta invenção seja melhor entendida, são apresentados os seguintes exemplos preparativos e de teste. Estes exemplos são apenas com a finalidade de ilustração e não devem ser entendidos, de modo algum, como limitativos do âmbito da invenção.
Exemplo 1
Protocolo de Ensaio de Célula Replicão do VHC -32- Células contendo replicões do vírus da hepatite C (VHC) foram mantidas em DMEM contendo 10% de soro fetal bovino (FBS) , 0,25 mg por mL de G418, com suplementos apropriados (meio A).
No dia 1, a monocamada de célula replicão foi tratada com uma mistura de tripsina:EDTA, removida e depois o meio A foi diluído numa concentração final de 100.000 células por mL wit. 10.000 células em 100 yL foram plaqueadas em cada poço de uma placa de cultura de tecidos de 96 poços e cultivadas de um dia para o outro num incubador de cultura de tecidos a 37 °C.
No dia 2, os compostos (em DMSO 100%) foram diluídos serialmente em DMEM contendo 2% de FBS, 0,5% de DMSO, com suplementos apropriados (meio B). A concentração final de DMSO foi mantida a 0,5% por toda a série de diluições. O meio na monocamada de célula replicão foi removido, e depois, foi adicionado o meio B contendo várias concentrações de compostos. O meio B sem nenhum composto foi adicionado a outros poços como controlos sem composto.
As células foram incubadas com o composto ou 0,5% de DMSO no meio B por 48 horas num incubador de cultura de tecido a 37 °C. No final da incubação de 48 horas, o meio foi removido e a monocamada de célula replicão foi lavada uma vez com PBS e armazenada a -80 °C antes da extracção do ARN. -33-
As placas de cultura com monocamadas de célula replicão foram descongeladas e uma quantidade fixa de outro vírus ARN, tal como o Vírus da Diarreia Virai Bovina (BVDV) foi adicionada às células em cada poço. Reagentes de extracção de ARN (tais como os regentes dos kits RNeasy) foram adicionados às células imediatamente para evitar a degradação do ARN. ARN total foi extraído de acordo com a instrução do fabricante com modificação para melhorar a eficiência e consistência da extracção. Finalmente, o ARN celular total, incluindo ARN replicão de VHC foi eluído e armazenado a -80 °C até processamento adicional.
Um ensaio de quantificação utilizando Taqman RT-PCR em tempo real foi montado com dois conjuntos de iniciadores e sonda específicos. Um era para o VHC e o outro era para o BVDV. Os extraídos de ARN total de células replicão de VHC tratadas foram adicionados às reacções de PCR para quantificação tanto do ARN de VHC como BVDV no mesmo poço para PCR. Falha experimental foi marcada e rejeitada com base no nível de ARN de BVDV em cada poço. O nível de ARN do VHC em cada poço foi calculado de acordo com uma curva padrão realizada na mesma placa de PCR. A percentagem de inibição ou diminuição do nível de ARN de VHC devido ao tratamento com o composto foi calculada utilizando o DMSO ou controlo sem composto como 0% de inibição. O valor de IC50 (concentração na qual é observada 50% de inibição no nível de ARN de VHC) foi calculado a partir da curva de titulação de qualquer dado composto. -34-
Exemplo 2
Protocolo do Ensaio VHC Ki Método HPLC Microbore para separação de substratos 5AB e produtos
Substrato:
NH2-Glu-Asp-Val-Val-(alfa)Abu-Cys-Ser-Met-Ser-Tyr-COOH
Uma solução-mãe de 20 mM de 5AB (ou concentração de sua escolha) foi feita em DMSO p/0,2 M DTT. Isto foi armazenado em alíquotas a -20 °C.
Tampão: 50 mM de HEPES, pH 7,8; 20% de glicerol; 100 mM de NaCl O volume total do ensaio foi de 100 yL.
XI (yL) Cone. no ensaio Tampão 86, 5 Ver acima 5 mM de KK4A 0,5 2 5 yM 1 M de DTT 0,5 5 mM DMSO ou inibidor 2,5 25% v/v 50 μΜ de tNS3 0,05 25 nM 250 μΜ de 5AB (iniciar) 20 2 5 yM -35- 0 tampão, KK4A, DTT e tNS3 foram associados; distribuiu-se 78 yL cada nos poços de uma placa de 96 poços. Isto foi incubado a 30 °C durante -5-10 minutos. 2,5 yL da concentração apropriada do composto de teste foram dissolvidos em DMSO (só DMSO para o controlo) e adicionados a cada poço. Isto foi incubado à temperatura ambiente durante 15 minutos.
Iniciar a reacção pela adição de 20 yL de 250 yM de substrato 5AB (25 yM de concentração é equivalente ou ligeiramente inferior ao Km para 5AB) . Incubação por 20 minutos a 30 °C. Terminar a reacção pela adição de 25 yL de TFA a 10%. Transferir aliquotas de 120 yL para frascos de HPLC.
Separar o produto SMSY do substrato e KK4A pelo método a seguir: Método de separação utilizando colunas Microbore:
Instrumentação: Agilent 1100
Desgaseificador G1322A
Bomba binária G1312A
Amostrador automático G1313A
Câmara com termostato na coluna G1316A
Detector por diodos G1315A
Coluna: -36-
Phenomenex Júpiter; 5 mícrones C18; 300 angstroms; 150 x 2 mm; P/O 00F-4053-B0
Termostato da coluna: 40 °C
Volume de injecção: 100 yL
Solvente A = água grau HPLC + 0,1% de TFA
Solvente B = acetonitrilo grau HPLC + 0,1% de TFA
Tempo (min) % de B Fluxo (mL/min) Pressão máx. 0 5 CM V O 400 12 60 0,2 400 13 100 0,2 400 16 100 0,2 400 17 5 0,2 400 "Stop time": 17 minutos
Tempo após execução: 10 minutos
Exemplo 3
Estabilidade Metabólica da Interacção dos Inibidores de Protease NS3/4A de Ritonavir no Metabolismo de VX-950 O metabolismo de VX-950 e a interacção com ritonavir foi investigado utilizando microssomas hepáticos humanos. As incubações iniciais foram realizadas num tampão fosfato 0,1 M, pH 7,4, contendo 1 mM de EDTA, NADPH, 1 μΜ de VX-950 e 0,1, 0,5 ou 1,0 mg de proteina microssomal/mL para vários pontos de tempo. Devido a taxas não lineares de metabolismo, foram realizadas incubações adicionais contendo 0,25 ou 0,5 mg de proteina -37- microssomal/mL em duas concentrações de VX-950 (0,5 e 1 μΜ) por até 30 minutos.
Devido ao rápido metabolismo aparente de VX-950 em microssomas hepáticos humanos, a cinética (Vmax e Km) do metabolismo de VX-950 foi determinada utilizando uma concentração de proteína de 0,25 mg/mL e um tempo de incubação de 2 minutos. A interacção de ritonavir sobre o metabolismo de VX-950 foi determinada incubando uma única concentração de VX-950 (0,25 μΜ) e microssomas hepáticos humanos (0,25 mg de proteína microssomal/mL) com várias concentrações de ritonavir (0 a 100 μΜ) durante 2 minutos. A adição de ritonavir a concentrações de até 3 μΜ produziu inibição do metabolismo de VX-950. A concentrações mais altas de ritonavir (10 a 100 μΜ) observou-se um aumento no metabolismo de VX-950.
Em resumo, o VX-950 nas concentrações utilizadas neste estudo é rapidamente metabolizado em microssomas hepáticos humanos (por exemplo, 73% Θ 2 μΜ a 60 min., 7% @ 20 μΜ; ou 86% @ 2 μΜ a 120 min., 21% @ 20 μΜ) . Outros inibidores de protease NS3/4A exibiram resultados similares.
Demonstrou-se que o ritonavir inibe o metabolismo de VX-950. No entanto, depois de interacção com altas concentrações de ritonavir, ocorre a activação do metabolismo de VX-950. O mecanismo deste aumento em metabolismo de VX-950 na presença de ritonavir não é claro. Sem estar ligado por teoria, este aumento parece ser o resultado de ligação simultânea de ambos os -38- compostos no mesmo sítio activo, ou a abolição da actividade de CYP3A4 por ritonavir pode resultar no VX-950 sendo metabolizado por outras enzimas CYP450 não inibidas. -39-
REFERÊNCIAS CITADAS NA DESCRIÇÃO
Esta lista de referências citadas pelo requerente é apenas para a conveniência do leitor. A mesma não faz parte do documento de Patente Europeia. Embora muito cuidado tenha sido tomado na compilação das referências, erros e omissões não podem ser excluídos e o IEP nega qualquer responsabilidade neste sentido.
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Lisboa, 5/03/2009

Claims (7)

  1. REIVINDICAÇÕES 1. Composição farmacêutica compreendendo: (a) o inibidor de protease NS3/4A do virus da Hepatite C
    um seu estereoisómero ou um seu sal f armaceuticamente aceitável; (b) ritonavir ou um seu sal farmaceuticamente aceitável; e (c) um veiculo farmaceuticamente aceitável.
  2. 2. Utilização do inibidor de protease NS3/4A do virus da Hepatite C
    um seu estereoisómero ou um seu sal farmaceuticamente aceitável e ritonavir ou um seu sal farmaceuticamente aceitável, para a preparação de uma medicamento para tratar ou prevenir uma infecção causada pelo virus da Hepatite C. -2-
  3. 3. Utilização de acordo com a reivindicação 2, em que o inibidor de protease NS3/4A do virus da Hepatite C e ritonavir são em formas farmacêuticas separadas.
  4. 4. Utilização de acordo com a reivindicação 3, em que as formas farmacêuticas separadas são administradas aproximadamente em simultâneo.
  5. 5. Utilização de acordo com a reivindicação 2, em que o inibidor de protease NS3/4A do virus da Hepatite C e ritonavir são numa forma farmacêutica única.
  6. 6. Utilização de acordo com qualquer uma das reivindicações 2 a 5, em que a referida utilização compreende administrar um agente adicional seleccionado entre um agente imunomodulador/ um agente antiviral; outro inibidor da protease NS3/4A do VHC; um inibidor de um alvo no ciclo de vida do VHC diferente da protease NS3/4A; um inibidor de locais internos de entrada do ribossoma, um inibidor virai de largo espectro; outro inibidor do citocromo P-450; ou combinações destes.
  7. 7. Utilização de acordo com a reivindicação 6, em que o referido agente imunomodulador é um interferão a, β ou γ ou timosina; o agente antiviral é a ribavirina, amantadina ou telbivudina; ou o inibidor de outro alvo no ciclo de vida do VHC é um inibidor de helicase, polimerase ou metaloprotease de VHC. Lisboa, 5/03/2009
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