PT1288371E - Travessa fixa com pelo menos uma travessa monobloco - Google Patents

Description

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DESCRIÇÃO "TRAVESSA FIXA COM PELO MENOS UMA TRAVESSA MONOBLOCO" A invenção refere-se a uma via fixa com pelo menos uma travessa monobloco com um tampão colocado num desbaste inferior da travessa, que entra, sobre a travessa e a sobressair para baixo, numa bolsa de entalhes da via, em que pelo menos a travessa monobloco é constituída como travessa larga, que forma apenas uma fenda pequena que permite um assentamento radial ou em curva relativamente à travessa adjacente e que na área do tampão inferior tem contracções laterais para um enchimento posterior da bolsa de entalhes e em que a travessa na área das contracções laterais tem na parte inferior um entalhe de menor altura sobre a largura da travessa.

Em travessas monobloco para vias fixas, por exemplo conforme o tipo de construção Getrac A3, verifica-se uma pressão superficial muito elevada quando se utilizam travessas normais, o que faz com que a travessa entre, com o tempo, cada vez mais no asfalto, perdendo-se, deste modo, o ajuste em altura da via enchida. No sistema Getrac pretende-se vazar a bolsa de entalhes da via de asfalto depois de alinhar as travessas ou depois da ferrugem dos trilhos pré-fabricada para obter uma ancoragem do tampão, uma vez que a bolsa de entalhes tem de ser, para já, maior para poder compensar tolerâncias de fabrico e tolerâncias de assentamento. Mas, por sua vez, isto pressupõe que a bolsa de entalhes sobressaia -2- um pouco lateralmente sobre a travessa, caso contrário é impossível um vazamento limpo.

Em DE 199 57 233 AI está já previsto, associado a uma travessa de placas, a existência de entalhes laterais para um melhor vazamento da calha que aloja o tampão e, neste caso, contínua em todo o comprimento do trilho. Desde o princípio, e devido à calha contínua, que daqui não resulta qualquer problema com o vazamento de uma bolsa de entalhes executada apenas encurtada na direcção transversal da travessa. A invenção pretende constituir uma via fixa com pelo menos uma travessa monobloco, de modo a existir apenas uma baixa pressão superficial e possibilitar simultaneamente um vazamento das bolsas de entalhes somente curtas na direcção longitudinal dos carris da via depois de alinhar as travessas.

Para resolver esta tarefa está, em conformidade com a invenção, previsto que a via fixa apresente uma camada de asfalto e que o comprimento da bolsa de entalhes transversal à travessa seja menor que a largura normal da travessa.

Em conformidade com a invenção, são, em vez das travessas monobloco largas normais até então aplicadas, utilizadas travessas largas, que são tão largas que formam apenas uma pequena fenda relativamente à travessa adjacente. Deste modo, a pressão superficial fica significativamente mais baixa e não existe o perigo de entrar no asfalto. Devido às contracções laterais pouco usuais para o assentamento em balastro no caso de -3- travessas largas na área do tampão, as bolsas de entalhes da via de asfalto, que se encontram na área destas contracções, são desbloqueadas pelo menos na margem exterior, de modo que, apesar da cobertura quase superficial da via de asfalto através da travessa larga ainda se possa efectuar um vazamento posterior das bolsas de entalhes da via de asfalto e, consequentemente, uma ancoragem dos tampões que engrenam ai. 0 entalhe na área da bolsa de alojamento para o tampão impede um apoio da travessa mesmo no centro e reduz, assim também, o perigo de quebra e, além disso, pode sair ar por esta fenda durante o enchimento da bolsa de entalhes da via de asfalto, de modo que este vazamento pode ser mais rápido e uniforme.

Além disso, a utilização, em conformidade com a invenção, das travessas largas especiais tem ainda a vantagem de uma menor sobrecarga do tampão no sentido transversal e longitudinal devido ao elevado peso das travessas, uma vez que o peso das travessas, só por si, recolhe a transmissão directa de forças para o tampão na passagem pela travessa.

Passamos a explicar mais vantagens e pormenores da invenção com a seguinte descrição de um exemplo de execução, bem como, com o desenho. A figura 1 apresenta um corte de uma via fixa com uma travessa monobloco parcialmente quebrada e constituída com travessa larga. A figura 2 apresenta uma vista de cima da via segundo a figura 1. Λ Α figura 3 apresenta um corte de uma travessa larga ao longo da linha III - III na figura 2. A montagem de um via fixa com camada de asfalto do tipo de construção Getrac A3 pode ser melhor acompanhada pela figura 1. Aqui reconhece-se a camada de suporte 1 inferior, onde estão colocadas duas camadas diferentes de asfalto 2 e 3. Entre a camada de asfalto 3 superior e a travessa monobloco 4 constituída, em conformidade com a invenção, como travessa larga com apenas uma pequena distância de fenda relativamente à travessa adjacente, está disposto tecido velo 6 para fixação dos carris 5. A travessa larga em conformidade com a invenção tem, tal como é habitual nas vias fixas do tipo de construção Getrac A3, um tampão 7, que está apoiado num desbaste 9 na parte inferior da travessa com a ajuda de um rolamento radial 8 elástico. Este tampão agarra numa bolsa de entalhes 10 maior da camada de asfalto 3, em que a posição exacta, que ele assume nesta bolsa de entalhes, se obtém penas no ajuste da ferrugem dos trilhos. Por isso é que a bolsa de entalhes 10 é maior.

Depois do ajuste, esta bolsa de entalhes 10 é novamente enchida com asfalto, tendo a bolsa de entalhes 10 de estar naturalmente aberta por cima. Em conformidade com a invenção, isto é conseguido pelo facto da travessa larga ter na área do tampão 7 contracções laterais 11 e 12, através das quais a bolsa de entalhes 10 fica livre para cima nas suas extremidades, de modo a garantir o enchimento posterior das bolsas de entalhes 10 após o ajuste das travessas 4, apesar da habitual cobertura quase completa da camada de asfalto 3. -5-

Na área das contracções 11 e 12 a travessa larga 4 tem, na parte inferior e sobre toda a largura, um entalhe 13 de altura reduzida. Este impede, por um lado, um alojamento directo da travessa no centro e reduz, assim, o perigo de quebra. Por outro lado, pode sair ar através deste entalhe 13 aberto para o lado na área das contracções 11 e 12, durante o vazamento das bolsas de entalhes 10 com asfalto, de modo que o vazamento possa ser efectuado mais rápido e uniforme sem pontos de orifícios de escoamento.

Lisboa 03/05/2007

Claims (2)

1. -1- REIVINDICAÇÕES 1. Via fixa com pelo menos uma travessa monobloco (4) com um tampão (7) colocado num desbaste inferior da travessa, que engrena, sobre a travessa e a sobressair para baixo, numa bolsa de entalhes (10) da via, em que pelo menos uma travessa monobloco (4) é constituída como travessa larga, que forma apenas uma fenda pequena que permite um assentamento radial ou em curva relativamente a travessa adjacente e que na área do tampão (7) inferior tem contracções (11, 12) laterais para um enchimento posterior da bolsa de entalhes (10) e em que a travessa na área das contracções (11, 12) laterais tem na parte inferior um entalhe (13) de menor altura sobre a largura da travessa, caracterizada pelo facto da via fixa apresentar uma camada de asfalto e do comprimento da bolsa de entalhes (10) ser transversalmente à travessa menor que a largura da travessa normal.
2. 2. Via fixa com pelo menos uma travessa monobloco segundo reivindicação 1, caracterizada pelo facto do tampão (7) estar apoiado num desbaste (9) na parte inferior da travessa por meio de uma rolamento radial elástico (8). Lisboa, 03/05/2007