PT1223839E - Máquina de café com dispositivo de fornecimento de vapor integrado - Google Patents

Description

DESCRIÇÃO "MÁQUINA DE CAFÉ COM DISPOSITIVO DE FORNECIMENTO DE VAPOR INTEGRADO" A presente invenção refere-se a uma máquina de café e, mais particularmente, a uma máquina de café compreendendo um dispositivo integrado que permite o fornecimento de vapor de modo a aquecer e emulsionar um liquido. A máquina de café que constitui o assunto da invenção está, assim, particularmente bem adequada para fazer cappucino, que é obtido pela adição de leite quente espumoso ao café. Algumas máquinas de café do tipo "expresso" tradicional possuem, para além dos componentes necessários para a preparação de café, um tubo de saída de vapor que sai do invólucro da máquina. Um interruptor, de um modo geral, permite a selecção do modo de funcionamento da máquina. Num primeiro modo de funcionamento, a água contida no depósito é aspirada por uma bomba que a dirige para uma unidade aquecedora permitindo-lhe ser aquecida. A água quente é, depois, fornecida a um bico de percolação no qual é encaixado um dispositivo portador de filtro ou portador de cartucho contendo o café moído. Num segundo modo de funcionamento, a água quente é transferida para o tubo de saída de vapor de modo a produzir água quente ou vapor.

De modo a aquecer e emulsionar um líquido, tal como leite, é necessário mergulhar o tubo de saída de vapor num receptáculo contendo o líquido a ser aquecido. 1

Estas máquinas são desvantajosas no que se refere à manutenção e facilidade de utilização. De modo a aquecer ou emulsionar um liquido, é necessário transportar o receptáculo contendo o líquido até uma zona por baixo do tubo de saída e mantê-lo numa posição para que a extremidade distai do tubo de saída seja imersa no líquido. 0 vapor que jorra do tubo de saída espirra se este não estiver totalmente imerso no receptáculo ou se este último não contiver líquido suficiente.

Outra desvantagem resulta do facto de o tubo de saída de vapor estar solidamente fixo à estrutura da máquina de café. Não pode, por conseguinte, ser desmontado para efeitos de limpeza, o que pode, casualmente, dar origem a problemas de higiene. 0 documento GB 2311332 divulga um dispositivo de acordo com o preâmbulo da reivindicação 1. 0 leite é automaticamente distribuído pelo dispositivo, pouco a pouco, à medida que é transformado em espuma.

Os objectivos da presente invenção resolvem as desvantagens acima mencionadas ao proporcionar um dispositivo emulsionador de leite, por exemplo, numa máquina de café do tipo "expresso" possuindo um dispositivo integrado que possibilita emulsionar um líquido, tal como, por exemplo, leite. Este dispositivo é extremamente simples de utilizar e fácil de manter e possibilita impedir qualquer salpico indesejável de líquido.

Estes objectivos são conseguidos por um receptáculo, bem como por uma máquina de café, caracterizados pelas características enunciadas nas reivindicações 1 e 12. 2

Outras vantagens são evidentes a partir das caracteristicas expostas nas reivindicações dependentes e da descrição que se segue que enuncia a invenção em mais pormenor com a ajuda de desenhos representando, de modo diagramático e a titulo de exemplo, uma forma de realização de uma máquina de café de acordo com a invenção. A Figura 1 é uma vista frontal de uma máquina de café de acordo com a invenção, estando o receptáculo contendo o liquido a emulsionar na posição de funcionamento. A Figura 2 é uma vista em corte ao longo da linha A-A da Figura 1. A Figura 3 é uma vista em corte do dispositivo de fornecimento de vapor na posição de repouso. A Figura 4 é uma vista em corte de uma forma de realização alternativa do receptáculo em interacção com o dispositivo de fornecimento de vapor da máquina de café mostrada na Figura 1. A Figura 5 é uma vista em corte de outra forma de realização alternativa do receptáculo em interacção com o dispositivo de vapor mostrado na Figura 3.

No que se refere às Figuras 1 e 2, a máquina de café compreende uma estrutura 1 incorporando os componentes tradicionais de uma máquina de café do tipo "expresso", tais como um depósito de água, uma bomba, uma unidade aquecedora, circuitos de alimentação de água e vapor e os elementos ou botões de controlo que possibilitam seleccionar e activar as várias funções proporcionadas. O modo de funcionamento de 3 máquinas deste tipo, pelo facto de ter sido meticulosamente descrito na técnica anterior, não irá ser recapitulado no presente pedido. A máquina de café possui um bico 2 de percolação destinado a receber um suporte de filtro ou suporte de cartucho contendo o café moído. Também tem um dispositivo 3 de fornecimento de vapor que interage com o elemento 4 de fecho de um receptáculo 5. 0 receptáculo 5, na posição de funcionamento, assenta numa base 6 solidamente fixa na parte inferior da estrutura 1. A base 6 tem bordas 7 laterais elevadas de modo a ajudar a guiar o receptáculo 5 quando este é colocado na posição de funcionamento. A parte 8 posterior da base 6 também tem uma sobreespessura que age como um batente ou elemento de fim de curso. Devido à sua forma particular, a base permite que o receptáculo 5 seja fácil e correctamente posicionado na sede definida pelas bordas 7 laterais e a parte 8 posterior da base para que a abertura 9 no elemento 4 de fecho fique virada para a saída 10 de vapor do dispositivo 3 de fornecimento de vapor. O elemento 4 de fecho do receptáculo 5 está equipado com um tubo 11 de vapor que permite a passagem de vapor para o interior do receptáculo 5. O tubo 11 de vapor tem um comprimento de entre metade e nove décimos da profundidade do receptáculo 5. O tubo 11 tem, de um modo preferido, um comprimento que corresponde, aproximadamente, a quatro quintos da profundidade do receptáculo 5 de modo a poder ser utilizado quando o receptáculo 5 está apenas parcialmente cheio. O dispositivo 3 de fornecimento de vapor possui uma entrada 12 de vapor ligada ao circuito de fornecimento de vapor (não mostrado). A entrada 12 de vapor comunica por meio de um 4 conector 16 de admissão de vapor com uma válvula formada pela peça 13 cilíndrica que pode deslizar livremente no corpo 14 cilíndrico. 0 corpo 14 cilíndrico tem uma abertura 15 radial que desemboca no conector 16 de admissão de vapor. 0 corpo 14 cilíndrico tem uma abertura na sua parte superior que permite que a parte superior da peça 13 cilíndrica sobressaia do corpo 14. A unidade formada pelo corpo 14 cilíndrico que recebe o conector 16 pode mover-se sob a acção de um elemento de controlo equipado com uma lingueta 17 de controlo articulada em torno de uma articulação 18. A peça 13 cilíndrica tem, na sua parte central, um diâmetro substancialmente igual ao diâmetro interno do corpo 14. Duas ranhuras 23 anelares são maquinadas na parte central da peça 13 e destinam-se a receber juntas do tipo junta circular tórica. As partes, inferior e superior, da peça 13 têm um diâmetro mais pequeno do que o diâmetro interno do corpo 14. Este diâmetro reduzido corresponde substancialmente ao da abertura situada na parte superior do corpo 14 cilíndrico, para que a peça 13 possa sobressair do corpo 14 em função da posição da unidade (ver Figura 2) . Um elemento resiliente, tal como uma mola 24, está disposto na parte inferior do corpo 14 e exerce a sua acção de modo a forçar a posição da peça 13 cilíndrica no sentido ascendente, para dentro do corpo 14. Na posição de funcionamento mostrada na Figura 2, a parte superior da peça 13, submetida à acção da mola 24, sobressai do corpo 14. Nesta posição, a abertura 15 radial do corpo 14 fica virada para a parte inferior da peça 13, por baixo das juntas acomodadas nas ranhuras 23 e, portanto, permite a passagem de vapor proveniente do conector 16 de admissão, ligado à entrada 12 de vapor, na direcção da saída 10 de vapor. A parte inferior do corpo 14, formando a saída 10 de vapor, estabelece contacto com a abertura 9 do elemento 4 de fecho na 5 posição de funcionamento. Uma sede anelar na qual se proporciona uma junta 19 do tipo junta circular tórica assegura a estanquicidade entre a saida 10 de vapor e a abertura 9 de preferência elemento 4 de fecho. A outra extremidade do elemento de controlo, em relação ao ponto de articulação, possui uma protuberância 22 que funciona como um microinterruptor 20 que controla a produção de vapor.

Quando o receptáculo 5 é retirado da sua sede 6, 7, 8, a lingueta 17 de controlo regressa à posição de repouso sob a acção de um elemento resiliente, rodando em torno da articulação 18. Esta acção faz deslocar todas as peças 13, 14, 16 no sentido ascendente, ocupando estas, então, a posição mostrada na Figura 3. Nesta posição, a peça 13, encostada à estrutura do dispositivo, é forçada, contrariando a acção da mola 24, a penetrar no interior do corpo 14. A abertura 15 fica, então, em frente da parte central da peça 13 cilíndrica, ficando as juntas situadas nas ranhuras 23 em ambos os lados da abertura 15, assegurando, assim, o fecho estanque do circuito de vapor.

Por outro lado, a protuberância 22 do elemento de controlo deixa de estar em contacto com o microinterruptor 20 e, assim, desencadeia a produção de vapor. O elemento 4 de fecho do receptáculo 5 irá, de um modo preferido, estar equipado com um meio de fixação que lhe permitirá ser fixo de um modo estanque ao receptáculo 5. Pode-se conceber um qualquer meio conhecido, tal como sistemas de fecho de tipo rosca ou encaixe. 6 A utilização é, assim, muito simples, dado que é suficiente encher o receptáculo 5 com liquido, fechá-lo com o elemento 4 de fecho e, depois, posicioná-lo na sede proporcionada no suporte. Quando o receptáculo 5 atinqe a parte posterior da sede, age sobre a lingueta 17 de controlo que, progressivamente, desce o corpo 14 até que a saida 10 de vapor fique posicionada em frente da abertura 9 situada no topo do elemento 4 de fecho. Nesta posição, o circuito de vapor é aberto e o vapor, que atravessa o tubo 11, pode emulsionar o liquido contido no receptáculo. A Figura 4 mostra uma forma de realização alternativa do receptáculo 5, que tem, no seu elemento 4 de fecho, um dispositivo para despejar o liquido emulsionado directamente para uma chávena por meio de um tubo 25 de saida. Nesta forma de realização alternativa, a entrada de vapor ocorre por meio de um tubo 26 de admissão numa câmara 27 de admissão que tem, na sua parte inferior, uma abertura que desemboca num tubo 28, ele próprio ligado ao tubo 25 de saida. A peça 28' que compreende a admissão 26 possui uma ranhura 29 anelar destinada a receber uma junta. Por baixo desta junta, a peça 28' possui, na sua parte inferior, uma secção tronco-cónica que proporciona uma pequena passagem 30 no interior do tubo 31 que liga o tubo 11 de vapor e a câmara 27 de admissão. Quando o vapor é injectado por meio do tubo 26 de admissão na câmara 27, o liquido contido no receptáculo é aspirado pelo efeito venturi, através do tubo 11' de vapor, tubo 31 e passagem 30, para a câmara 27. Na câmara 27, o liquido é emulsionado sob a acção de pressão e, depois, a mistura vapor/liquido escapa-se por meio do tubo 28 para o tubo 25 de saida. O tubo 25 de saida pode rodar em torno de um eixo horizontal. A parte do tubo 25 situada no interior do elemento de fecho possui uma abertura 32 sobre parte da sua periferia que desemboca, na posição mostrada no desenho, no tubo 28. Quando o 7 tubo 25 é rodado ao longo de, pelo menos, um quarto de volta, a abertura 32 deixa de estar em frente do tubo 28 e o circuito de vapor é, assim, fechado. Nesta posição, o vapor irá ser dirigido para o interior do receptáculo por meio da passagem 30, tubo 31 e tubo 11' de vapor e irá emulsionar o liquido no receptáculo, como descrito acima. Um parafuso 33 de regulação age por fricção sobre o tubo 25 de saída para permitir fixá-lo na posição rodada e, assim, evitar qualquer alteração de posição prematura. Também existe, nesta versão, a possibilidade de emulsionar directamente o líquido, por exemplo leite, no receptáculo pelo tubo 11'. A Figura 5 dá outra possibilidade, especificamente a de emulsionar o líquido com um tubo 35 interno. A entrada de vapor ainda ocorre por meio do tubo 26 de admissão para a câmara 27 de admissão. A diferença do dispositivo mostrado na Figura 4 é a presença do tubo 35 interno. Na posição mostrada na Figura 5, o líquido é aspirado pelo tubo 11' e o vapor que chega a 26 emulsiona o líquido na câmara 27, emergindo o referido líquido em 38 por meio do tubo 25 de saída.

Se o tubo 25 for rodado um quarto de volta, o furo 37 fica virado para a câmara 27 de admissão e o líquido emulsionado regressa para o receptáculo 5 por meio do tubo 35 interno. Quando todo o líquido for emulsionado, o elemento de fecho do receptáculo 5 é desbloqueado e uma quantidade de leite espumoso pode ser manualmente adicionado a cada chávena de café.

Por fim, a roda 36 rugosa permite a regulação de admissão de ar no sistema.

Com um ou outro dos receptáculos descritos, a máquina de café de acordo com a invenção possibilita a fácil emulsão de um durante líquido sem risco de salpicos de líquido utilização.

Lisboa, 4 de Fevereiro de 2010

Claims (14)

1. REIVINDICAÇÕES 1. Receptáculo (5) para emulsionar um líquido contido no mesmo, compreendendo um elemento (4) de fecho estanque tendo uma abertura (9, 26) destinada a ser ligada à saída de vapor de uma máquina de café, compreendendo o referido receptáculo (5) um tubo ou tubagem (11, 11', 26) de vapor para permitir a transferência de vapor para o interior do receptáculo para emulsionar líquido contido no mesmo, caracterizado por o referido receptáculo (5) estar configurado para conter a totalidade do referido líquido durante a emulsão.
2. 2. Receptáculo, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por compreender uma câmara (27) de admissão ligada, num lado, a um tubo (30, 31) de venturi que está, ele próprio, ligado a um tubo (26) estendido no interior do receptáculo.
3. 3. Receptáculo, de acordo com a reivindicação 2, caracterizado por a câmara (27) de admissão poder ser ligada, noutro lado, a um tubo (25) de saída.
4. 4. Receptáculo, de acordo com a reivindicação 3, que compreende um tubo (11'), podendo o tubo (25) de saída rodar para permitir: que o líquido emerja para o tubo (25) de saída por meio do referido tubo (11'); ou que o vapor seja transferido para o interior do receptáculo (5) por meio do referido tubo (11').
5. 5. Receptáculo, de acordo com a reivindicação 2 ou 3, caracterizado por a câmara (27) de admissão poder ser 1 ligada a um tubo (35) interno para devolver liquido emulsionado no receptáculo (5).
6. 6. Receptáculo, de acordo com a reivindicação 4, caracterizado por o tubo (25) de saida poder rodar para permitir que o liquido emerja para o tubo (25) de saida ou para o tubo (35) interno.
7. 7. Receptáculo, de acordo com a reivindicação 2, em que o tubo (26) está ligado a um tubo (11') estendido no interior do receptáculo para aspirar liquido contido no receptáculo e compreendendo: uma câmara (27) de admissão para emulsionar o liquido por vapor proveniente do tubo (26) e meios (25, 27, 35) configurados para despejar directamente o liquido numa chávena ou fazer regressar o liquido para o receptáculo (5).
8. 8. Receptáculo de acordo com a reivindicação 7, caracterizado por os meios compreenderem um tubo (25) de saída e um tubo (35) interno que podem ser ligados selectivamente a uma câmara (27) de admissão.
9. 9. Receptáculo, de acordo com a reivindicação 8, caracterizado por o tubo (25) de saída poder ser rodado para permitir que o liquido emerja para o tubo (25) de saída ou para o tubo (35) interno.
10. 10. Receptáculo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por a abertura (9) estar ligada ao tubo (11) para permitir a passagem de vapor para o interior do receptáculo (5) por meio da abertura e referido tubo. 2
11. 11. Receptáculo de acordo com qualquer reivindicação anterior, caracterizado por o tubo (11, 11', 11") ter um comprimento de entre metade e nove décimos da profundidade do receptáculo (5), em particular, um comprimento que corresponde , aproximadamente, a quatro quintos da profundidade do receptáculo (5).
12. 12. Máquina de café compreendendo um depósito de áqua, uma bomba, uma unidade aquecedora e circuitos para fornecer áqua quente e vapor a um bico (2) de percolação, um receptáculo (5), como definido em qualquer reivindicação anterior, com um elemento (4) de fecho e uma abertura ou tubo (9, 26) e, um dispositivo (3) de fornecimento de vapor integrado compreendendo uma entrada (12) de vapor ligada ao circuito de fornecimento de vapor e uma saida (10) de vapor em conjunto com meios (13, 14, 17) que permitem que a saida (10) de vapor estabeleça contacto com a abertura (9, 26) no elemento (4) de fecho que cobre o receptáculo (5) contendo um liquido a aquecer ou emulsionar.
13. 13. Máquina de café, de acordo com a reivindicação 12, caracterizada por os referidos meios que permitem que a saída (10) de vapor estabeleça contacto com o elemento (4) de fecho do receptáculo (5) serem formados por um corpo (14) oco dotado com uma abertura (15) radial e com uma peça (13) que pode ser movimentada, contrariando a acção de um elemento resiliente no interior do corpo (14), por meio de 3 um elemento de controlo solicitado pela superfície externa do receptáculo (5) .
14. 14. Máquina de café, de acordo com a reivindicação 13, caracterizada por o elemento de controlo ser formado por uma lingueta (17) de controlo que sobressai da estrutura da máquina e é rodada em torno de uma articulação (18) da qual uma extremidade está solidamente fixa ao corpo (14) e a outra extremidade, na forma de uma protuberância (22), actua sobre um microinterruptor que controla a produção de vapor e por esta lingueta (17) de controlo ser deslocada pela parede lateral do receptáculo, quando este último está na posição de funcionamento definida pelos meios (7, 8) guia da máquina. Lisboa, 4 de Fevereiro de 2010 4