BR112014030467B1

BR112014030467B1 - Válvula para descarregar um fluido, método para descarregar um fluido a partir da mesma, uso de uma válvula e seringa

Info

Publication number: BR112014030467B1
Application number: BR112014030467-0A
Authority: BR
Inventors: Ian Anderson; Alastair Willoughby; Joshua Stroobant; Richard Warby; Paul Allsop
Original assignee: Consort Medical Plc
Priority date: 2012-06-07
Filing date: 2013-06-07
Publication date: 2022-04-26
Also published as: US20150141918A1; EP2858903A1; BR112014030397B1; GB2504826A; AU2013273356A1; US20150151045A1; GB2505040B; AU2013273279A1; AU2013273279B2; CA2875819A1; US20150183571A1; JP2015518763A; AU2013273356B2; BR112014030337A2; US9527657B2; BR112014030389A2; CN104520198B; AU2013273277B2; CN104520197A; JP2015519964A

Abstract

VÁLVULA PARA DESCARREGAR UM FLUIDO, MÉTODO PARA DESCARREGAR FLUIDO A PARTIR DA MESMA, USO DE UMA VÁLVULA QUE PODE DESCARREGAR UMA ÚNICA QUANTIDADE, SERINGA, DISPENSADOR DE PROPELENTE E APARELHO DE PREENCHIMENTO POR PRESSÃO PARA UMA VÁLVULA. A presente invenção refere-se a uma válvula para descarregar um fluido, compreendendo: um corpo de válvula definindo ao menos parcialmente uma câmara de fluido; e uma haste de válvula que se estende para a câmara de fluido, a haste de válvula compreende uma porta de saída para transferência, em uso, de fluido a partir da câmara de fluido para a haste de válvula; a haste de válvula é deslizantemente móvel em relação ao corpo de válvula a partir: (i) de uma posição de não dispensação na qual a porta de saída está fora de comunicação com a câmara de fluido; para (ii) uma posição de dispensação na qual a porta de saída está em comunicação de fluido com a câmara de fluido de modo a permitir a transferência do fluido da câmara de fluido para a haste de válvula; onde a válvula compreende ainda um elemento de travamento que é configurado para impedir o retorno da haste de válvula para a posição de (...).

Description

CAMPO DA TÉCNICA

[001]A presente invenção refere-se a aprimoramentos nas válvulas de dispensação ou relacionados a elas. Em particular, a presente invenção refere-se a uma válvula que compreende um elemento de travamento que é configurado para impedir o retorno da válvula para uma configuração de não dispensação uma vez que a válvula tenha sido atuada. Um método para usar tal válvula é também descrito. Os métodos e aparelhos para preencher tal válvula são ainda descritos.

FUNDAMENTOS DA INVENÇÃO

[002]As válvulas para descarregar um fluido, tal como um propelente volátil, são conhecidas na técnica. Tais válvulas podem ser válvulas dosadoras, que são projetadas para dispensar um volume predeterminado de fluido em cada atuação da válvula, ou válvulas de fluxo contínuo que são projetadas para descarregar o fluido enquanto a válvula é mantida em uma configuração de descarga e o fornecimento de fluido não está esgotado. Um exemplo da última, a válvula de fluxo contínuo pode ser encontrada em um típico recipiente de aerossol do tipo usado para dispensar desodorante. Em tal recipiente de aerossol, uma haste de válvula da válvula de fluxo contínuo é pressionada em relação a um corpo de válvula por deslocamento manual de um botão atuador conectado à haste de válvula. Esse movimento da haste de válvula em relação ao corpo de válvula abre um caminho de saída do interior da válvula para permitir a descarga de fluido devido à ebulição do propelente volátil contido dentro do recipiente aerossol. Tais recipientes aerossóis são tipicamente relativamente grandes e são projetados para serem atuados um número de vezes antes do conteúdo do recipiente aerossol se esgotar.

SUMÁRIO DA INVENÇÃO

[003]Contra esse fundamento, é fornecido em um primeiro aspecto, uma válvula para dispensar um fluido, compreendendo: um corpo de válvula definindo ao menos parcialmente uma câmara de fluido; e uma haste de válvula que se estende para a câmara de fluido, a haste de válvula compreende uma porta de saída para transferência, em uso, de fluido a partir da câmara de fluido para a haste de válvula; a haste de válvula é deslizantemente móvel em relação ao corpo de válvula a partir: (i) de uma posição de não dispensação na qual a porta de saída está fora de comunicação com a câmara de fluido; para (ii) uma posição de dispensação na qual a porta de saída está em comunicação de fluido com a câmara de fluido de modo a permitir a transferência do fluido da câmara de fluido para a haste de válvula; onde a válvula compreende ainda um elemento de travamento que é configurado para impedir o retorno da haste de válvula para a posição de não dispensação uma vez que a haste de válvula deslize além de uma posição de travamento.

[004]Vantajosamente, a válvula da presente invenção é configurada para assegurar que uma vez que a haste de válvula é movida para a posição de dispensação, de modo a atuar a válvula e para começar a descarga do fluido, a válvula permanece na posição de dispensação para assegurar que o fluido continue a ser descarregado até que o fornecimento de fluido seja esgotado. Enquanto a válvula pode ser usada onde uma quantidade relativamente grande de fluido é dispensada, ela encontra particular aplicação onde uma quantidade relativamente pequena de fluido é dispensada, por exemplo, um volume de 10 a 500 microlitros.

[005]A válvula pode ser uma válvula de única descarga que é configurada para somente descarregar uma única quantidade de fluido em uma única operação de descarga durante sua vida útil.

[006]A válvula da presente descrição encontra particular aplicação quando usada como uma válvula descartável que é configurada para ser usada somente uma vez antes de ser descartada ou reciclada. A válvula fornece um dispositivo compacto e simples para descarregar uma única quantidade de fluido.

[007]O elemento de travamento pode estar localizado dentro do corpo de válvula. Ao fornecer o elemento de travamento dentro do corpo de válvula, uma válvula mais compacta pode ser alcançada.

[008]Alternativamente, o elemento de travamento pode ser formado como uma parte do corpo de válvula ou pode estar localizado fora do corpo de válvula.

[009]O elemento de travamento e a haste de válvula podem compreender elementos de interengate, onde os elementos de interengate podem: (a) entrar em contato entre si durante o movimento da haste de válvula em direção à posição de dispensação e permitir o movimento da haste de válvula para a posição de dispensação; e (b) entrar em contato entre si durante a tentativa de movimento da haste de válvula de além da posição de travamento de volta para a posição de dispensação e impedir o movimento da haste de válvula de volta para a posição de não dispensação.

[010]Os elementos de interengate podem entrar em contato entre si durante o movimento da haste de válvula em direção à posição de dispensação e podem permitir o movimento da haste de válvula para a posição de dispensação por flexão ou outra distorção de ao menos um dos elementos de interengate.

[011]Em um exemplo, o elemento de interengate da haste de válvula pode compreender um flange. Uma borda distal do flange pode ser angulada para promover a flexão do elemento de travamento durante o movimento da haste de válvula para a posição de dispensação.

[012]Vantajosamente, o flange da haste de válvula que serve como um dos elementos de interengate pode também fornecer uma base para um elemento de propulsão da válvula.

[013]O elemento de interengate do elemento de travamento pode compreender ao menos um trinco flexível.

[014]Ao menos um trinco flexível pode exibir comportamento elástico.

[015]O elemento de travamento pode compreender quatro ou mais trincos flexíveis.

[016]O elemento de travamento pode compreender um anel anular e quatro trincos flexíveis podem ser espaçados igualmente em torno do anel anular.

[017]A posição de travamento da haste de válvula pode ser definida como um ponto onde o elemento de interengate da haste de válvula desliza além, e desengata do elemento de interengate do elemento de travamento.

[018]A válvula pode compreender ainda um elemento de propulsão para impulsionar a haste de válvula para a posição de não dispensação.

[019]O elemento de propulsão pode ser uma mola de compressão localizada no corpo de válvula e que se estende entre o corpo de válvula e a haste de válvula.

[020]A válvula pode compreender ainda um elemento de vedação que veda entre o corpo de válvula e a haste de válvula.

[021]O corpo de válvula pode compreender uma parte em forma de copo tendo uma boca aberta através da qual se estende a haste de válvula; onde a boca aberta pode ser fechada pelo elemento de vedação.

[022]A válvula pode compreender ainda um terminal crimpado para reter o elemento de vedação que está vedando o engate com o corpo de válvula e a haste de válvula.

[023]A válvula pode compreender somente um único elemento de vedação na forma do elemento de vedação que funciona tanto como uma vedação dinâmica com a haste de válvula quanto como uma vedação estática com o corpo de válvula. Vantajosamente, o modelo da válvula pode somente exigir um elemento de vedação na forma do elemento de vedação. Isso pode ajudar a reduzir o custo da válvula e também reduzir o perigo de vazamento de fluido durante o armazenamento, uma vez que a área de superfície do material de vedação exposto ao fluido pode ser reduzida comparada com uma válvula contendo múltiplos elementos de vedação diferentes.

[024]A câmara de fluido pode ser fechada pelo corpo de válvula e pelo elemento de vedação de modo que, em uso, uma quantidade de fluido é vedado dentro da câmara de fluido. Vantajosamente, a válvula pode ser configurada para conter a quantidade de fluido, tal como propelente volátil, totalmente dentro da própria válvula em uma câmara definida pela combinação do corpo de válvula com o elemento de vedação. Isso permite uma válvula extremamente compacta e remove a necessidade de qualquer recipiente de armazenamento separado para conter o propelente volátil.

[025]Antes do movimento da haste de válvula para além da posição de travamento, a haste de válvula pode ser deslizantemente movida em relação ao corpo de válvula para:(iii) uma posição de preenchimento na qual a porta de saída está em comunicação de fluido com a câmara de fluido para permitir o preenchimento por pressão da câmara de fluido via a haste de válvula e a porta de saída.

[026]Vantajosamente, o preenchimento por pressão da válvula pode ser alcançado sem fazer com que a haste de válvula se torne travada.

[027]Uma parte externa da haste de válvula pode compreender um conector para conectar de forma liberável a haste de válvula a um aparelho de preenchimento por pressão. O conector pode ser uma ranhura na haste de válvula. Alternativamente, o conector pode ser um flange na haste de válvula.

[028]A haste de válvula pode compreender uma extremidade distal afunilada.

[029]A presente descrição fornece em outro aspecto, um método para descarregar um fluido a partir de uma válvula do tipo compreendendo: um corpo de válvula definindo ao menos parcialmente uma câmara de fluido contendo um fluido; e uma haste de válvula que se estende para a câmara de fluido, a haste de válvula compreendendo uma porta de saída; o método compreende as etapas de: (iv) começar com a haste de válvula em uma posição de não dispensação na qual a porta de saída está fora de comunicação com a câmara de fluido; (v) ) mover a haste de válvula por um curso de deslizamento em relação ao corpo de válvula para uma posição de dispensação na qual a porta de saída está em comunicação de fluido com a câmara de fluido para transferir assim o fluido da câmara de fluido para a haste de válvula via a porta de saída; (vi) ) descarregar o fluido a partir de uma extremidade aberta externa da haste de válvula; onde durante o curso de deslizamento da etapa (ii), a haste de válvula é travada sendo movida além de uma posição de travamento tal que o retorno da haste de válvula para a posição de não dispensação é impedido e a haste de válvula é mantida na posição de descarregamento para assegurar assim que o fluido contido na câmara de fluido é completamente descarregado.

[030]A válvula pode somente descarregar uma única quantidade de fluido em uma única operação de descarga durante sua vida útil.

[031]O retorno da haste de válvula para a posição de não dispensação de além da posição de travamento pode ser impedido por interengate entre a haste de válvula e um elemento de travamento.

[032]O interengate entre a haste de válvula e o elemento de travamento: (a) pode produzir contato entre eles durante o movimento da haste de válvula em direção à posição de dispensação e permite o movimento da haste de válvula para a posição de dispensação; e (b) pode produzir contato entre eles durante a tentativa de movimento da haste de válvula de além da posição de travamento de volta para a posição de dispensação e impede o movimento da haste de válvula de volta para a posição de não dispensação.

[033]A haste de válvula e/ou o elemento de travamento podem flexionar ou, de outra forma, distorcer à medida que a haste de válvula se move além da posição de travamento.

[034]A haste de válvula e/ou o elemento de travamento podem flexionar ou, de outra forma, distorcer elasticamente à medida que a haste de válvula se move além da posição de travamento.

[035]A haste de válvula pode se tornar travada em um ponto no qual um flange da haste de válvula desliza além, e desengate do elemento de travamento.

[036]A haste de válvula pode ser inclinada para a posição de não dispensação.

[037]A câmara de fluido pode ser fechada pelo corpo de válvula e um elemento de vedação de modo que, em uso, uma quantidade de fluido é vedado dentro da câmara de fluido.

[038]O fluido pode compreender um propelente volátil.

[039]Antes do movimento da haste de válvula para além da posição de travamento, a haste de válvula pode ser movida deslizantemente em relação ao corpo de válvula para: (vii) uma posição de preenchimento na qual a porta de saída está em comunicação de fluido com a câmara de fluido para permitir o preenchimento por pressão da câmara de fluido via a haste de válvula e a porta de saída.

[040]A presente descrição fornece em outro aspecto, o uso de uma válvula que pode somente descarregar uma única quantidade de fluido propelente volátil em uma única operação de descarga durante sua vida útil, para acionar a atuação de um dispensador de medicamento.

[041]A válvula da presente descrição encontra particular aplicação quando usada como parte de um dispensador de medicamento que é configurado para ser usado somente uma vez antes de ser descartado ou reciclado. A válvula fornece um dispositivo simples e compacto para descarregar uma única quantidade de fluido que pode ser usado como parte de um dispositivo para atuar o dispensador de medicamento. O dispensador de medicamento pode ser uma seringa, um dispositivo de entrega oftálmica, um sistema nasal, um inalador oral, ou um dispositivo de entrega transdérmica.

[042]A válvula pode ser do tipo que compreende: um corpo de válvula definindo ao menos parcialmente uma câmara de fluido propelente contendo o fluido propelente; e uma haste de válvula que se estende para a câmara de fluido propelente.

[043]A presente descrição fornece em outro aspecto, uma seringa que compreende: um cilindro tendo uma saída em uma extremidade frontal; e um tampão móvel axialmente no cilindro; a seringa adicionalmente compreendendo uma válvula como descrita acima.

[044]A válvula pode, na posição de não dispensação, compreender um propelente volátil dentro da câmara de fluido, onde a seringa pode ser atuada para mover o tampão no cilindro movendo a haste de válvula para a posição de dispensação.

[045]O tampão pode definir e separar uma primeira câmara e uma segunda câmara, a primeira câmara está axialmente à frente do tampão e é configurada para conter um medicamento, e a segunda câmara está axialmente atrás do tampão e é configurada para receber propelente a partir de uma saída da haste de válvula.

[046]A válvula pode ser acoplada a uma extremidade traseira do cilindro da seringa.

[047]A seringa pode compreender ainda um atuador manualmente móvel para atuar a válvula. O atuador manualmente móvel pode ser um botão ou membrana flexível acoplada ao corpo de válvula da válvula.

[048]O uso da válvula descrita acima como parte de uma seringa permite uma fonte de alimentação muito compacta e confiável para mover o tampão no cilindro da seringa pelo uso da energia disponível a partir da ebulição do propelente volátil. De acordo com a presente descrição, assegurando que a válvula é configurada para permanecer aberta uma vez que atuada, de modo que o fluido destinado a ser descarregado é completamente descarregado, a operação confiável da seringa é mais provável. Por exemplo, o modelo da válvula remove a possibilidade de uma atuação parcial, ou refechamento, de uma válvula que pode então não descarregar um volume suficiente de propelente no barril para mover completamente o tampão, como exigido para dispensar o medicamento ou outro produto contido dentro da seringa.

[049]A válvula encontra particular aplicação quando usada com uma seringa que é destinada somente para ser usada uma vez e então descartada.

[050]A presente descrição fornece em outro aspecto, um método para preencher por pressão uma válvula do tipo que compreende: um corpo de válvula definindo ao menos parcialmente uma câmara de fluido; uma haste de válvula que se estende para a câmara de fluido, a haste de válvula compreende uma porta de saída; um elemento de vedação que veda entre o corpo de válvula e a haste de válvula; e um terminal para reter o elemento de vedação e a haste de válvula ao corpo de válvula; onde a parte externa da haste de válvula compreende um conector; o método compreende as etapas de: (viii) começar com a haste de válvula em uma posição de não dispensação na qual a porta de saída está fora de comunicação com a câmara de fluido; (ix) engatar um aparelho de preenchimento por pressão com o conector da haste de válvula; (x) i) mover a haste de válvula para uma posição de preenchimento, através da operação do aparelho de preenchimento por pressão, de modo que a haste de válvula desliza em relação ao corpo de válvula até que o aparelho de preenchimento por pressão contate o terminal; (xi) preencher por pressão a câmara de fluido e/ou o corpo de válvula; e (xii) mover a haste de válvula, através da operação do aparelho de preenchimento por pressão, de volta para a posição de não dispensação; onde a distância entre o conetor e o terminal na posição de não dispensação da válvula é configurada de modo que na posição de preenchimento, com o aparelho de preenchimento por pressão em contato com o terminal, a porta de saída da haste de válvula está em comunicação de fluido com a câmara de fluido para permitir a transferência de fluido para a câmara de fluido.

[051]A válvula pode compreender ainda um elemento de travamento tal que a haste de válvula possa ser travada em uma posição de dispensação sendo movida além de uma posição de travamento de modo que o retorno da haste de válvula para a posição de não dispensação é impedido, onde a distância entre o conector e o terminal na posição de não dispensação da válvula é configurada de modo que o movimento da haste de válvula além da posição de travamento é impedido durante o preenchimento por pressão.

[052]A presente descrição fornece em outro aspecto, um aparelho de preenchimento por pressão para uma válvula, compreendendo: uma fonte de fluido pressurizado; um bocal para ejetar o fluido pressurizado a partir da fonte de fluido pressurizado; e um mecanismo de engate para acoplar o bocal a um conector fornecido em uma haste de válvula da válvula.

[053]O mecanismo de engate pode compreender garras móveis entre uma posição fixa e uma posição não fixa.

[054]Vantajosamente, o aparelho de preenchimento por pressão e o conector da haste de válvula são adaptados, um ao outro, para assegurar que a válvula não se torna inadvertidamente travada durante o preenchimento por pressão.

[055]Vantajosamente, o aparelho de preenchimento por pressão permite o preenchimento simples e automatizado da válvula descrita acima.

[056]As garras podem ser configuradas para fixar um conector na forma de uma ranhura na haste de válvula. Alternativamente, as garras podem ser configuradas para fixar um conector na forma de um flange na haste de válvula.

[057]O mecanismo de engate pode compreender ainda uma face dianteira e as garras estão localizadas atrás da face dianteira.

[058]A presente descrição fornece em um aspecto adicional, uma válvula compreendendo um corpo de válvula definindo ao menos parcialmente uma câmara de fluido para conter um fluido; e uma haste de válvula que se estende para a câmara de fluido, a haste de válvula compreende uma porta de saída; onde a porta externa da haste de válvula compreende um conector configurado para conectar um aparelho de preenchimento por pressão à válvula.

[059]O conector pode ser uma ranhura na parte externa da haste de válvula. Alternativamente, o conector pode ser um flange na parte externa da haste de válvula.

[060]A presente descrição fornece em um aspecto adicional, um dispensador de propelente compreendendo um recipiente de propelente, onde o recipiente de propelente tem uma saída dosadora que é móvel entre uma posição fechada na qual o propelente não pode sair do recipiente, e uma posição aberta onde o propelente pode sair do recipiente; o dispensador de propelente adicionalmente compreende um mecanismo de trinco ou outro arranjo similar que impede a saída dosadora de se mover de volta para a posição fechada uma vez movida para a posição aberta.

[061]Preferencialmente, uma vez que a saída dosadora foi movida para a posição aberta, o volume inteiro de propelente no recipiente de propelente é descarregado através da saída dosadora. O recipiente de propelente pode ser configurado para conter um volume predeterminado de propelente suficiente para a entrega de uma dose de medicamento.

[062]O elemento de vedação da válvula da presente descrição pode ser formado a partir de qualquer material adequado tendo características de desempenho aceitáveis. Exemplos preferenciais incluem nitrilo, EPDM e outros elastômeros termoplásticos, butil e neoprene.

[063]Os componentes rígidos da válvula, tal como o corpo de válvula, e a haste de válvula podem ser formados, por exemplo, a partir de poliéster, náilon, acetal ou similar. Materiais alternativos para os componentes rígidos da válvula podem incluir aço inoxidável, cerâmica e vidro.

[064]O elemento de travamento da válvula pode ser formado a partir de um material plástico ou metálico. Preferencialmente, o material exibe um grau de elasticidade. Os materiais adequados podem incluir, mas não estão limitados a náilon, acetal, poliéster, e polietileno de alta densidade.

[065]O fluido a ser descarregado pela válvula pode ser um propelente volátil que está na fase gasosa em temperatura padrão e condições padrão (25° C e 1 atm). O propelente pode ser mantido sob condições pressurizadas dentro da válvula antes da descarga em uma forma liquefeita. Os propelentes adequados incluem hidrofluoroalcanos (HFAs). Exemplos desses incluem HFA134a, HFA227, HFA422d, HFA123, HFA245fa e HFA507c.

DESCRIÇÃO DOS DESENHOS

[066]As modalidades da presente descrição serão agora descritas, a título de exemplo somente, com relação aos desenhos em anexo, nos quais:

[067]A Figura 1 é uma vista lateral de uma primeira modalidade de válvula de acordo com a presente descrição.

[068]A Figura 2 é uma vista transversal da válvula da Figura 1 tomada na seção A-A, com a haste de válvula em uma posição de não dispensação.

[069]A Figura 3 mostra a válvula da Figura 2 com a haste de válvula em uma posição intermediária.

[070]A Figura 4 mostra a válvula da Figura 2 com a haste de válvula mais pressionada além da posição intermediária e logo antes de alcançar uma posição travada.

[071]A Figura 5 mostra a válvula da Figura 2 com a haste de válvula na posição travada.

[072]A Figura 6 é uma vista em perspectiva de um elemento de travamento da válvula da Figura 2.

[073]A Figura 7 é uma vista em perspectiva de um corpo de válvula da válvula da Figura 2.

[074]A Figura 8 mostra esquematicamente a válvula da Figura 2 montada como parte de uma seringa de medicamento.

[075]A Figura 9 mostra uma segunda modalidade de válvula de acordo com a presente descrição em uma posição de não dispensação.

[076]A Figura 10 mostra esquematicamente um aparelho de preenchimento por pressão para uso com as válvulas das Figuras 2 e 9.

[077]As Figuras 11a a 11c ilustram estágios no uso do aparelho de preenchimento por pressão da Figura 10.

[078]A Figura 12 mostra uma parte de extremidade de uma haste de válvula para uso nas válvulas da presente descrição.

DESCRIÇÃO DA INVENÇÃO

[079]Uma primeira modalidade de válvula 1 de acordo com a presente descrição é ilustrada nas Figuras 1 a 6. A válvula 1 compreende uma haste de válvula 2, um corpo de válvula 3, uma mola de compressão 4, um terminal 5, um elemento de vedação e um elemento de travamento 7.

[080]Na seguinte descrição da válvula 1, os termos relativos “superior” e “inferior”, “em cima” e “embaixo” e “acima” e “abaixo” e seus derivados são feitos com relação à orientação da válvula 1, como mostrado na Figura 2. Entretanto, será prontamente entendido que a válvula 1 pode adotar, e ser usada em qualquer orientação.

[081]Como mostrado nas Figuras 2 e 7, o corpo de válvula 3 compreende um recipiente em forma de copo 20 tendo uma parede inferior 21 e uma parede lateral anular 22 que é aberta em uma extremidade superior oposta à parede inferior 21 para receber a haste de válvula 2. Uma extremidade superior da parede lateral anular 22 é fornecida com um aro periférico 25. Um primeiro rebaixo 23 é formado próximo ao aro periférico 25 para definir uma base para o elemento de vedação 6. Um segundo rebaixo 24 é fornecido adjacente e imediatamente abaixo do primeiro rebaixo 23. O segundo rebaixo 24 tem um diâmetro menor do que o primeiro rebaixo 23 de modo que uma face interna da parede lateral anular 22 tem um perfil escalonado. O segundo rebaixo 24 define uma base para o elemento de travamento 7. O corpo de válvula 3 é fornecido com uma pluralidade de nervuras 28. As nervuras 28 se projetam para dentro a partir da face interna da parede lateral anular 22 e se estendem axialmente para cima a partir da parede inferior 21 até um ponto aproximadamente no meio ao longo do comprimento do recipiente em forma de copo 20. Como ilustrado, seis nervuras 28 são fornecidas espaçadas igualmente em torno da circunferência do recipiente em forma de copo 20. Uma extensão anular centralmente localizada 27 se estende para cima a partir de uma face interna da parede inferior 21 para definir uma zona anular entre a extensão anular centralmente localizada 27 e as nervuras 28. A zona anular define uma base inferior 26 para a mola de compressão 4.

[082]A haste de válvula 2 compreende um corpo alongado 10 que é fechado em uma extremidade inferior por um flange 11 que se estende através do corpo alongado 10 e se estende para fora desse terminando em uma borda externa afunilada 12. Uma face inferior do flange 11 define uma base de mola superior 13. Uma extremidade superior 18 do corpo alongado 10 é aberta para formar uma saída 16. Uma porta de saída 14 é formada no corpo alongado 10 uma distância curta acima da posição do flange 11. A porta de saída 14 fornece comunicação de fluido entre um exterior da haste de válvula 2 e um furo interno 15 formado dentro da haste de válvula 2. Uma ranhura anular 17 é fornecida em uma parte externa da haste de válvula 2 em direção à extremidade superior 18. A haste de válvula 2 pode ser formada com uma peça unitária. Alternativamente, se desejado, por exemplo, para simplificar a montagem, a haste de válvula 2 pode ser formada a partir de duas ou mais peças que são unidas para formar a haste de válvula 2.

[083]O elemento de vedação 6 é anular em forma com uma abertura central dimensionada para fornecer uma vedação dinâmica deslizante com a superfície externa do corpo alongado 10 da haste de válvula 2. O elemento de vedação 6 pode ser formado a partir de um elastômero termoplástico, por exemplo, EPDM.

[084]A mola de compressão 4 pode ser uma mola helicoidal. A mola de compressão 4 pode ter uma taxa de mola de 0,4 a 1,2 N/mm. Em um exemplo, a taxa de mola é 0,50 N/mm. Em outro exemplo, a taxa de mola é 1,0 N/mm.

[085]O terminal 5 compreende um componente de metal anular compreendendo uma abertura central 43, uma face dianteira 40 e uma parede lateral dependente 41 que se estende para baixo para terminar em uma seção crimpável 42.

[086]Como mostrado nas Figuras 2 e 6, o elemento de travamento 7 compreende um anel anular 30 com um furo central 34 e uma pluralidade de trincos 31 que dependem dele. O anel anular 30 é dimensionado para ser maior do que o diâmetro externo do flange 11 da haste de válvula 2. No exemplo ilustrado, quatro trincos 31 que são fornecidos são espaçados igualmente em torno da circunferência do anel anular 30. Cada trinco 31 se estende para baixo a partir de uma face inferior do anel anular 30 para terminar em uma extremidade distal 32. Cada trinco 31 é angulado de modo a ter uma face interna angulada 33 que, na montagem, fica voltada para a haste de válvula 2 e é configurada para fazer contato com a borda externa afunilada 12 do flange 11 da haste de válvula 2 durante o uso, como será descrito abaixo.

[087]A válvula 1 é montada primeiro inserindo-se a mola de compressão 4 no corpo de válvula 3 de modo que uma extremidade inferior da mola de compressão 4 seja recebida na base inferior 26. Separadamente, o elemento de vedação 6 é deslizado na haste de válvula 2 e localizado para estar em contato com a face superior do flange 11. Em seguida, o elemento de travamento 7 é inserido no recipiente em forma de copo 20 de modo que o anel anular 30 repouse no segundo rebaixo 24. O subconjunto da haste de válvula 2 e do elemento de vedação 6 é então inserido de modo que a extremidade inferior e o flange 11 da haste de válvula 2 passem através do furo central 34 do elemento de travamento 7 e o elemento de vedação 6 seja engatado no primeiro rebaixo 23. Finalmente, o terminal 5 é engatado sobre a haste de válvula 2 com o corpo alongado 10 da haste de válvula 2 se projetando através da abertura central 43. A face dianteira 40 do terminal se estende sobre e cobre o elemento de vedação 6 e o aro periférico 25. A parede lateral 41 do terminal 5 se estende para baixo em torno do aro periférico 25. A seção crimpável 42 é então crimpada na camada inferior formada na superfície externa do recipiente em forma de copo 20 abaixo do aro periférico 25. (Dever-se-ia notar que nas Figuras, com o propósito de clareza, o terminal 5 é mostrado não crimpado). O terminal crimpado 5 age para reter os componentes da válvula 1 juntos e aplicar uma força de compressão ao elemento de vedação 6.

[088]Na montagem, uma câmara de fluido 29 é delimitada pela combinação do recipiente em forma de copo 20 do corpo de válvula 3 e do limite formado pelo elemento de vedação 6 e da haste de válvula 2. Assim, um recipiente de propelente tendo uma saída valvulada é fornecido. Em uso, um fluido, tal como um propelente volátil liquefeito, é mantido na câmara de fluido 29. No exemplo ilustrado, a câmara de fluido 29 é fechada de modo que todo o fluido a ser descarregado em uso é mantido dentro da câmara de fluido 29 delimitada pelo corpo de válvula 3, o elemento de vedação 6 e a haste de válvula 2.

[089]Uma vez montada, a mola de compressão 4 é parcialmente comprimida e se estende entre a base inferior 26 do corpo de válvula 3 e a base de mola superior 13 da haste de válvula 2 para impulsionar a haste de válvula 2 para uma posição de não dispensação como mostrado na Figura 2 na qual o flange 11 é mantido em contato com o elemento de vedação 6. Na posição de não dispensação, a porta de saída 14 é posicionada acima ou dentro dos limites do elemento de vedação 6 de modo que não haja caminho de comunicação de fluido entre o furo interno 15 da haste de válvula 2 e a câmara de fluido 29. Consequentemente, a câmara de fluido 29 é vedada.

[090]As Figuras 2 a 5 ilustram a operação da válvula 1. Como notado acima, a Figura 2 ilustra a posição de não dispensação da válvula 1 quando a mesma está em repouso. A Figura 3 ilustra uma posição onde a haste de válvula 2 foi pressionada para baixo uma curta distância. Nesse ponto, a borda externa afunilada 12 contraiu as faces internas anguladas 33 dos trincos 31 e começou a flexionar os trincos 31 para fora. O interengate entre a borda externa afunilada 12 do flange 11 e as faces internas anguladas dos trincos 31 é de tal forma a permitir relativamente facilmente o movimento para baixo da haste de válvula 2 em relação ao elemento de travamento 7. Em outras palavras, o angulo das faces de interengate é de tal forma a promover a flexão externa dos trincos 31 para permitir a passagem através deles do flange 11.

[091]A Figura 4 ilustra a posição de operação onde o flange 11 da haste de válvula 2 está logo para se mover além das extremidades distais 32 dos trincos 31. Nessa posição mostrada, a porta de saída 14 da haste de válvula 2 está em comunicação com a câmara de fluido 29. Essa configuração da válvula 1 permite o preenchimento por pressão da válvula 1 como será descrito abaixo.

[092]A Figura 5 ilustra a posição da válvula 1 quando a mesma se tornou travada uma vez que a haste de válvula 2 foi pressionada para baixo de modo que o flange 11 foi movido além do elemento de travamento 7 e em particular, porque a borda externa afunilada 12 do flange 11 se tornou desengatada das faces internas anguladas 33 dos trincos 31. Em tal desengate, os trincos 31 voltam à sua forma prévia devido à natureza elástica do material do elemento de travamento 7. Uma vez que esse ponto foi alcançado, o retorno da haste de válvula 2 para cima para a posição de não dispensação da Figura 2 é impedido pelo interengate entre a face superior do flange 11 com as extremidades distais 32 dos trincos 31. Em particular, como as superfícies do flange 11 e trincos 31 que estão agora em contato não são favoravelmente afuniladas, uma à outra, a passagem da haste de válvula 2 de volta passada os trincos 31 é impedida. Assim, uma vez travada na posição de dispensação, a válvula 1 permanece na posição de dispensação assegurando que todo o fluido, tal como propelente volátil, contido na câmara de fluido 29 é descarregado via a porta de saída 14, o furo interno 15 e a saída 16.

[093]Como notado acima, é possível posicionar a haste de válvula 2 em uma configuração tal como a mostrada na Figura 4, onde a haste de válvula 2 não se tornou travada ainda, mas a porta de saída 14 está em comunicação de fluido com a câmara de fluido 29. Entretanto, na prática (que não quando preenchendo por pressão a válvula 1 como descrito abaixo), a operação da válvula 1 pode ser configurada para assegurar que o movimento da haste de válvula 2 a partir da posição de não dispensação da Figura 2 para a posição de dispensação travada da Figura 5 será alcançada em um único curso rápido que não será parado na posição intermediária da Figura 4. Por exemplo, isso pode ser alcançado configurando-se a haste de válvula 2 ou componentes auxiliares conectados à haste de válvula 2 para exigir que um impulso suficiente seja aplicado para iniciar o movimento da haste de válvula 2. O impulso assim aplicado à haste de válvula 2 age para rapidamente ‘atravessar’ a haste de válvula 2 para a posição travada da Figura 5.

[094]A válvula 1 da presente descrição pode ser utilizada de muitas formas. Um uso particular da válvula 1 é como um dispositivo para fornecer uma fonte de alimentação para atuar outro dispositivo. A Figura 8 ilustra esquematicamente um tal cenário onde a válvula 1 contém um propelente volátil liquefeito na câmara de fluido 29 e é usado como uma fonte de alimentação para atuar uma seringa 70. Outros dispositivos ou sistemas de entrega podem ser acionados pela válvula 1. A seringa 70 compreende um cilindro 71 tendo uma saída 72 em uma extremidade que, em uso, pode ser conectada a uma agulha. Uma extremidade oposta do cilindro 71 é aberta e recebe a haste de válvula 2 da válvula 1. A haste de válvula 2 é montada em engate de vedação com a seringa 70 por meio do anel de acoplamento 76 que engata na ranhura 17 da haste de válvula 2. O anel de acoplamento 76 pode também funcionar como uma vedação impermeável ao fluido. Alternativamente, uma vedação de fluido adicional, tal com um anel em O, pode ser fornecida se estendendo entre a haste de válvula 2 e o cilindro 71. A vedação de fluido pode ser fornecida acima ou atrás da localização da ranhura 17. A seringa 70 contém um tampão 73 que define, dentro do cilindro 71, uma primeira câmara 74 em cima do tampão 73 que está em comunicação com a saída 72 e uma segunda câmara 75 atrás do tampão 73 com a qual a saída 16 da haste de válvula 2 se comunica.

[095]A haste de válvula 2 pode ter uma extremidade distal afunilada como mostrada na Figura 12. A parte da haste de válvula 2 acima da ranhura 17 pode ser afunilada de modo a estreitar de um diâmetro externo de dmax imediatamente acima da ranhura 17 para um diâmetro de dmin na extremidade distal. Preferencialmente, a haste de válvula 2 pode ser afunilada nessa parte em um ângulo menor do que 6° inclusive, embora um ângulo maior de afunilamento possa ser usado. O afunilamento da haste de válvula 2 ajuda com o acoplamento da haste de válvula 2 com um dispositivo externo, tal como a seringa 70 mostrada na Figura 8. Em particular, o afunilamento pode ajudar a formar uma vedação impermeável ao fluido onde a haste de válvula 2 é inserida através de um dispositivo de vedação de abertura tal como um elemento de vedação, por exemplo, um anel em O.

[096]Em uso, a primeira câmara 74 contém um fluido a ser dispensado tal como um medicamento líquido. A segunda câmara 75 pode conter um gás ta como ar em pressão atmosférica. Para atuar a seringa 70, o corpo de válvula 3 da válvula 1 é pressionado em relação ao cilindro 71 que causa a depressão da haste de válvula 2 para sua posição travada como mostrado na Figura 5. Nessa posição, o propelente volátil liquefeito na câmara de fluido 29 ebuli rapidamente e o propelente gasoso resultante é descarregado da saída 16 na segunda câmara 75. Essa descarga pode também deslocar propelente que está ainda na fase líquida para a segunda câmara 75. Nesse caso, esse propelente líquido continua a ebulir para a fase gasosa dentro da segunda câmara 75. O aumento resultante na pressão dentro da segunda camara 75 age no tampão 73 e o impulsiona em direção à saída 72, dispensando assim o medicamento líquido para fora da seringa 70.

[097]Aprecia-se que o arranjo da Figura 8 é esquemático somente, para mostrar os princípios de operação. Na prática, características adicionais podem estar presentes. Por exemplo, um alojamento pode ser fornecido para acoplar seguramente a válvula 1 ao cilindro 71; um botão atuador que pode ser fornecido age no corpo de válvula 3 ao invés do corpo de válvula 3 entrar em contato diretamente com o dedo do usuário; etc.

[098]As Figuras 10 a 11c ilustram um aparelho de preenchimento por pressão 50 e método para preenchimento por pressão da válvula 1 com um fluido. O aparelho de preenchimento por pressão 50 é fornecido para permitir o preenchimento por pressão da câmara de fluido 29 sem travar a haste de válvula 2. O aparelho de preenchimento por pressão 50 compreende um bocal 53 tendo uma extremidade de saída 55 formada e configurada para ser capaz de engatar de forma vedante a saída 16 da haste de válvula 2 da válvula 1. O bocal 53 é ainda fornecido com um duto de fornecimento 54 conectando a extremidade de saída 55 a uma fonte a granel de fluido pressurizado (não mostrada). O aparelho de preenchimento por pressão 50 compreende ainda um par de garras 52. Cada garra 52 é articulável em torno de um pivô 56 em sua extremidade superior. Cada garra 52 compreende uma perna alongada 57 que se estende para baixo a partir do pivô 56 e termina em um pé 58 que se estende perpendicularmente a partir da perna alongada 57. O pé 58 de cada garra 52 compreende um dedo 59 em uma parte superior do pé 58 que se estende mais para longe da perna alongada 57 em relação ao restante do pé 58. Uma face mais inferior 60 de cada pé 58 é assim espaçada do dedo 59. O aparelho de preenchimento compreende ainda um aro 51 que pode ser cilíndrico. Aprecia-se que a ilustração do aparelho de preenchimento por pressão 50 é esquemática por natureza e outros componentes estariam presentes na prática para, por exemplo, montar as garras 52, o aro 51, e o bocal 53 e para reter e manipular a válvula 1. Esses foram omitidos das figuras a título de clareza.

[099]A Figura 10 ilustra o aparelho de preenchimento em uma configuração não engatada com uma válvula 1 exigindo preenchimento por pressão. Nesse ponto, a válvula 1 está na posição de não dispensação mostrada na Figura 2. Para preencher por pressão a válvula 1, a saída 16 da haste de válvula 2 é engatada com a extremidade de saída 55 do bocal 53 como mostrado na Figura 11a.

[0100]No próximo estágio mostrado na Figura 11b, o aro 51 é movido para baixo de modo a engatar e deslizar sobre o exterior das garras 52. O engate entre o aro 51 e as garras 52 faz com que as garras 52 articulem para dentro em torno dos pivôs 56 de modo que o dedo 59 de cada garra 52 engate na ranhura anular 17 da haste de válvula 2. O engate apropriado do dedo 59 na ranhura anular 17 é assegurado pela pré-configuração da forma e tamanho da extremidade de saída 55 do bocal 53 e do tamanho e espaçamento relativo das garras 52 e do dedo 59 à localização e posição da ranhura anular 17 da haste de válvula 2 na saída 16. Assim, o engate confiável dos dedos 59 na ranhura anular 17 pode ser alcançado simplesmente engatando a extremidade distal da haste de válvula 2 na extremidade de saída 55 do bocal 53.

[0101]Na posição intermediária da Figura 11b, nota-se que a face mais inferior 60 de cada pé 58 é espaçada por uma distância ‘d’ da face dianteira 40 do terminal 5 da válvula 1.

[0102]No próximo estágio, o aro 51 é movido mais para baixo levando-o a interengatar com as garras 52 e deslocar as garras 52 para baixo em relação à válvula 1. O aro 51 pode ser fornecido com um bordo (não mostrado) que engata com as garras 52 e com o bocal 53 para movê-los para baixo. As garras 52 são movidas para baixo por uma distância ‘d’ até que a face mais inferior 60 de cada pé 58 entre em contato com a face dianteira 40 do terminal 5. Nesse ponto como mostrado na Figura 11c, a válvula de dosagem 1 foi movida para a posição de preenchimento da Figura 4 onde a porta de saída 14 está em comunicação de fluido com a câmara de fluido 29, mas o flange 11 não foi movido completamente para fora de engate com os trincos 31 do elemento de travamento 7. O movimento para baixo adicional da haste de válvula 2, que faria com que o flange 11 da haste de válvula 2 se movesse além das extremidades distais 32 dos trincos 31 (e assim trava a haste de válvula 2 na posição de dispensação), é impedido pelo interengate entre a face mais inferior 60 de cada pé 58 e a face dianteira 40 do terminal 5.

[0103]O preenchimento por pressão da câmara de fluido 29 pode ser agora executado descarregando-se fluido através do duto de fornecimento 54 do bocal 53 e através do furo interno 15 da haste de válvula 2 e para a câmara de fluido 29 via a porta de saída 14. Para completar o preenchimento por pressão, o aro 51 e as garras 52 são movidos de volta para cima para mover a haste de válvula 2 para a posição de não dispensação para vedar a porta de saída 14 a partir da câmara de fluido 29 por meio do elemento de vedação 6.

[0104]A Figura 9 ilustra uma segunda modalidade de válvula 1 de acordo com a presente descrição. Componentes similares à primeira modalidade foram referenciados usando números de referência similares. Em seguida, somente as diferenças entre a primeira e a segunda modalidade serão discutidas, Em outros aspectos, a construção, características e utilização da válvula 1 são como descritas acima com relação à primeira modalidade.

[0105]A válvula 1 da Figura 9 difere em um número de aspectos.

[0106]Primeiramente, o corpo de válvula 3 compreende somente um primeiro rebaixo 23 que define uma base para o elemento de vedação 6.

[0107]Ademais, a haste de válvula 2 é formada de duas partes: uma parre de haste 10a e uma parte de soquete 10b. A parte de soquete 10b compreende o flange 11 e uma cavidade que recebe um plugue 9 formado em uma extremidade inferior da parte de haste 10a. A parte de haste 10a compreende a parte de saída 14, mas também um anel contínuo 112 em sua superfície externa. O anel 112 é fornecido com uma face afunilada que está voltada para baixo. Ao invés de um anel contínuo 112, uma pluralidade de ganchos de travamento pode ser fornecida.

[0108]O elemento de travamento 107 está localizado fora da câmara de fluido 29 e é formado por um componente separado que está acima e adjacente ao elemento de vedação 6. O elemento de travamento 107 compreende um anel anular 130 e um conjunto de pernas verticais que terminam, cada uma, em um trinco 131 que está voltado para dentro.

[0109]Um aro externo 120 pode cobre a haste de válvula 2 e as pernas verticais do elemento de travamento 107 antes do uso da válvula. O aro externo 120 funciona para impedir o movimento radialmente externo das pernas verticais e assim o movimento da haste de válvula 2 para a posição travada. Antes do uso, o aro externo 120 seria removido.

[0110]O terminal 5 é crimpado para reter o elemento de travamento 107, o elemento de vedação 6 e o corpo de válvula 3 juntos.

[0111]Em uso, o preenchimento por pressão e a operação da válvula 2 são executados como descrito acima, exceto que o método de travar a válvula na posição de dispensação difere. Na segunda modalidade, a haste de válvula 2 se torna travada quando o anel 112 da haste de válvula 2 é movido além da localização dos trincos 131. As faces inclinadas mutuamente voltadas umas para as outras dos trincos 131 e o anel 112 que interengatam em movimento descendente da haste de válvula 2 permitem a passagem do anel 112 passados os trincos 131 em movimento descendente da haste de válvula 2. Entretanto, a face do anel 112 e dos trincos 131 que entram em contato entre si quando a haste de válvula 2 então tenta se mover para cima impede o retorno da haste de válvula 2 para a posição de não dispensação.

Claims

1. Válvula (1) para descarregar um fluido, CARACTERIZADA por compreender: um corpo de válvula (3) definindo pelo menos parcialmente uma câmara de fluido (29); e uma haste de válvula (2) que se estende para a câmara de fluido (29), a haste de válvula (2) compreendendo uma porta de saída (14) para transferência, em uso, de fluido a partir da câmara de fluido (29) para a haste de válvula (2); a haste de válvula (2) sendo deslizantemente móvel em relação ao corpo de válvula (3) a partir de: (i) uma posição de não dispensação na qual a porta de saída (14) está fora de comunicação com a câmara de fluido (29); para (ii) uma posição de dispensação na qual a porta de saída (14) está em comunicação de fluido com a câmara de fluido (29) de modo a permitir a transferência do fluido da câmara de fluido (29) para a haste de válvula (14); em que a válvula (1) compreende adicionalmente um elemento de travamento (7) que é configurado para impedir o retorno da haste de válvula (2) para a posição de não dispensação uma vez que a haste de válvula (2) desliza além de uma posição de travamento por interengate entre a haste da válvula e o elemento de travamento.

2. Válvula (1), de acordo com a reivindicação 1, CARACTERIZADA por o elemento de travamento (7) ser localizado dentro do corpo de válvula (3).

3. Válvula (1), de acordo com a reivindicação 1 ou 2, CARACTERIZADA por o elemento de travamento (7) e a haste de válvula (2) compreenderem elementos de interengate, em que os elementos de interengate: (a) entram em contato entre si durante o movimento da haste de válvula (2) em direção à posição de dispensação e permitem o movimento da haste de válvula (2) para a posição de dispensação; e (b) entram em contato entre si durante a tentativa de movimento da haste de válvula (2) de além da posição de travamento de volta para a posição de dispensação e impedem o movimento da haste de válvula (2) de volta para a posição de não dispensação; e preferivelmente em que os elementos de interengate entram em contato entre si durante o movimento da haste de válvula (2) em direção à posição de dispensação e permitem o movimento da haste de válvula (2) para a posição de dispensação por flexão ou outra distorção de pelo menos um dos elementos de interengate.

4. Válvula (1), de acordo com a reivindicação 3, CARACTERIZADA por o elemento de interengate da haste de válvula compreender um flange; e preferivelmente em que uma borda distal do flange é angulada para promover a flexão do elemento de travamento durante o movimento da haste de válvula para a posição de dispensação.

5. Válvula (1), de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 4, CARACTERIZADA pelo fato de que, antes do movimento da haste de válvula (2) para além da posição de travamento, a haste de válvula (2) é deslizantemente movida em relação ao corpo de válvula (3) para: (111) uma posição de preenchimento na qual a porta de saída (14) está em comunicação de fluido com a câmara de fluido (29) para permitir o preenchimento por pressão da câmara de fluido (29) através da haste de válvula (2) e da porta de saída (14).

6. Válvula (1), de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 5, CARACTERIZADA por uma parte externa da haste de válvula (2) compreender uma ranhura (17).

7. Válvula (1), de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 6, CARACTERIZADA por a câmara de fluido (29) compreender uma câmara de fluido propelente contendo um fluido propelente.

8. Método para descarregar um fluido a partir de uma válvula (1), conforme definida na reivindicação 1, do tipo que compreende: um corpo de válvula (3) definindo pelo menos parcialmente uma câmara de fluido (39) contendo um fluido; e uma haste de válvula (2) que se estende para a câmara de fluido (29), a haste de válvula (2) compreendendo uma porta de saída (14); o método CARACTERIZADO por compreender as etapas de: (i) começar com a haste de válvula (2) em uma posição de não dispensação na qual a porta de saída (14) está fora de comunicação com a câmara de fluido (29); (ii) mover a haste de válvula (2) por um curso de deslizamento em relação ao corpo de válvula (3) para uma posição de dispensação na qual a porta de saída (14) está em comunicação de fluido com a câmara de fluido (29) para transferir assim o fluido da câmara de fluido (29) para a haste de válvula (2) através da porta de saída (14); (iii) descarregar o fluido a partir de uma extremidade aberta externa da haste de válvula (2); em que durante o curso de deslizamento da etapa (ii), a haste de válvula (2) é travada sendo movida para além de uma posição de travamento tal que o retorno da haste de válvula (2) para a posição de não dispensação é impedido e a haste de válvula (2) é mantida na posição de descarregamento para assegurar assim que o fluido contido na câmara de fluido (29) seja completamente descarregado.

9. Método, de acordo com a reivindicação 8, CARACTERIZADO por o retorno da haste de válvula (2) para a posição de não dispensação de além da posição de travamento ser impedido por interengate entre a haste de válvula (2) e um elemento de travamento (7); e preferencialmente em que o interengate entre a haste de válvula (2) e o elemento de travamento (7): (a) produz contato entre eles durante o movimento da haste de válvula (2) em direção à posição de dispensação e permite o movimento da haste de válvula (2) para a posição de dispensação; e (b) produz contato entre eles durante a tentativa de movimento da haste de válvula (2) de além da posição de travamento de volta para a posição de dispensação e impede o movimento da haste de válvula de volta (2) para a posição de não dispensação.

10. Método, de acordo com a reivindicação 8 ou 9, CARACTERIZADO por antes do movimento da haste de válvula (2) para além da posição de travamento, a haste de válvula (2) ser movida deslizantemente em relação ao corpo de válvula (3) para: (iii) uma posição de preenchimento na qual a porta de saída (14) está em comunicação de fluido com a câmara de fluido (29) para permitir o preenchimento por pressão da câmara de fluido (29) através da haste de válvula (2) e da porta de saída (14).

11. Uso de uma válvula (1), conforme definida em qualquer uma das reivindicações de 1 a 7, CARACTERIZADO por somente poder descarregar uma única quantidade de fluido propelente volátil em uma única operação de descarga durante sua vida útil, para acionar a atuação de um dispensador de medicamento; em que o dispensador de medicamento é preferencialmente uma seringa, um dispositivo de entrega oftálmica, um sistema nasal, um inalador oral, ou um dispositivo de entrega transdérmica; e/ou em que a válvula é preferencialmente do tipo que compreende: um corpo de válvula (3) definindo pelo menos parcialmente uma câmara de fluido propelente (29) contendo o fluido propelente; e uma haste de válvula (2) que se estende para a câmara de fluido propelente (29).

12. Seringa (70), CARACTERIZADA por compreender: um cilindro (71) tendo uma saída (72) em uma extremidade frontal; e um tampão (73) móvel axialmente no cilindro (71); a seringa (70) adicionalmente compreendendo uma válvula (1) conforme definida em qualquer uma das reivindicações 1 a 7.

13. Seringa (70), de acordo com a reivindicação 12, CARACTERIZADA por a válvula (1), na posição de não dispensação, compreender um propelente volátil dentro da câmara de fluido (29), em que a seringa (70) pode ser atuada para mover o tampão (73) no cilindro (71) movendo a haste de válvula (2) para a posição de dispensação; e preferencialmente em que o tampão (73) define e separa uma primeira câmara (74) e uma segunda câmara (75), a primeira câmara (74) estando axialmente à frente do tampão (73) e sendo configurada para conter um medicamento, e a segunda câmara (75) estando axialmente atrás do tampão (73) e sendo configurada para receber propelente a partir de uma saída da haste de válvula (2).