PT97925A - Processo de vedacao das ligacoes entre ensecadeiras e ensecadeiras que permitem a sua realizacao - Google Patents

Description

UNIMETAL (société anonyme) e ARBED (société anonyme) "PROCESSO DE VEDAÇAO DAS LIGAÇÕES ENTRE ENSECADEIRAS E ENSE-CADEIRAS QUE PERMITEM A SUA REALIZAÇÃO" A presente invenção refere-se ao domínio da montagem de ensecadeiras metálicas, em especial de aço, destinadas a -formar, por exemplo, paredes que devem apresentar uma boa estanqueidade aos líquidos, tais como a água.

Sabe-se que os bordos das ensecadeiras são conformados de modo a permitir a fixação de uma ensecadeira numa outra segundo uma ligação que pode apresentar um grau de flexibilidade maior ou menor. Há diferentes tipos de conformação para os bordos das ensecadeiras, sendo esses bordos denominados "garras". Certos tipos de garras, em particular as das ensecadeiras designadas "ensecadeiras Larssen", apresentam uma superfície de apoio plana indo, quando da montagem (designada por "encaixe")λde duas ensecadeiras, que se faz por deslizamento de uma garra no interior da outra, as superfícies de apoio planas das suas garras respectivas colocar-se uma em frente da outra. Outros tipos de garras apresentam apenas superfícies curvas.

Pode pretender-se tornar estanques as ligações entre duas ensecadeiras, em particular no caso de elas se destinarem a fazer parte de uma parede parcialmente imersa num meio aquá^

tico, por exemplo numa obra portuária. São essencialmente usa^ dos vários processos de vedação. Em primeiro lugar, podem so_l_ dar-se as ensecadeiras depois da sua montagem. Este processo é de realização demorada e a soldadura deve ser feita antes da imersão do conjunto. Além disso, a ligação assim vedada fj_ ca perfeitamente rígida, enquanto pode ser desejada uma certa flexibilidade. Um segundo processo consiste em, depois do encaixe das ensecadeiras, injectar no espaço deixado livre entre as garras um material, por exemplo â base de poliuretano, no estado líquido e que endurece depois formando uma junta de estanqueidade elástica (ver a patente de invenção alemã N9 2 722 978). Este processo pressupõe que, no instante da injecção, as en-secadeirs tenham já tomado as suas posições definitivas e que uma das extremidades da sua ligação fique acessível. Um terceiro processo consiste, finalmente, em assentar na garra de uma das ensecadeiras do conjunto uma camada de um material or gânico que tenha uma certa elasticidade, tal como um poliuretano ou uma borracha, podendo igualmente apresentar a particularidade de inchar na presença de água. Um tal material está descrito, por exemplo, na patente de invenção europeia Ns 50 906. A estanqueidade da ligação é assegurada correctamente e conserva uma certa flexibilidade. Todavia, sucede muitas vezes que a camada de material orgânico seja arrancada ou danificada quando do encaixe das ensecadeiras, sob a acção dos atritos intensos que se estabelecem entre si e a garra de outra ense-cadeira. 0 material orgânico elástico não pode pois desempe- nhar eficazmente a sua função. 0 objectivo da presente invenção consiste em tornar fiável este último processo de vedação das ligações entre en-secadeiras.

Para isso, a presente invenção tem por objecto um pr£ cesso de vedação da ligação entre duas ensecadeiras, sendo esta ligação efectuada por meio de garras integradas nas referidas ensecadeiras, segundo o qual, antes do encaixe das referidas ensecadeiras, se faz aderir à garra de pelo menos . uma das ensecadeiras uma fita de enchimento das juntas de um material orgânico elástico compressível e/ou susceptível de i£ char pela humidade, caracterizado por se fixarem na superfície livre da referida fita folhas metálicas e por se proceder em seguida ao encaixe das ensecadeiras. A presente invenção tem também por objecto uma ense-cadeira que compreende, em pelo menos um dos seus bordos, uma garra que permite a sua ligação com uma outra ensecadeira, e_s tando pelo menos uma das referidas garras provida em pelo mer nos uma parte do seu comprimento de uma fita de um material orgânico elástico e/ou susceptível de inchar pela acção da humidade, caracterizada por a superfície exterior da referida fita ser revestida pelo menos parcialmente por folhas metálicas com ela solidárias.

De preferência, as folhas metálicas spo.de aço, com a espessura de cerca de 200 micrómetros.

Como se terá compreendido, a presente invenção consis te em recobrir a superfície exterior da fita de preenchimento da junta que serve para vedar a ligação entre duas enseca-deiras com folhas metálicas que evitam a deterioração da referida fita, favorecendo o deslizamento das garras uma no interior da outra quando do encaixe das ensecadeiras.

Compreender-se-á melhor a presente invenção através da leitura da descrição seguinte, feita com referência ao desenho anexo, cujas figuras representam: A figura 1, uma vista de frente e em corte de um bordo de uma ensecadeira Larssen, provido de uma fita elástica em cuja face superior se colocou, segundo a presente invenção, uma folha metálica; e A fig. 2, da mesma maneira os bordos de duas ensecadei ras encaixadas uma na outra e cuja ligação é vedada por meio da fita elástica e a folha metálica anteriores. A fig. 1 mostra um bordo de um ensecadeira (1) do tipo denominado "ensecadeira Larssen". Uma tal ensecadeira (1) com porta em cada um dos seus bordos uma garra (2) que garante a sua ligação com a ensecadeira (Γ) que fica a seguir na obra de que ambas fazem parte, como se representa na fig. 2. Esta garra (2) tem uma configuração idêntica em cada bordo de cada elemento e apresenta uma superfície de apoio plana {3), for mada numa parte cheia (4). Quando do encaixe das duas ensecadeiras, as suas superfícies de apoio planas vão colocar-se uma em frente da outra, enquanto a parte cheia (41) da garra (21) da segunda ensecadeira vai preencher o espaço interior (5) de i f-5-

% limitado pela garra (2) da primeira ensecadeira, com uma certa folga. E esta folga que, por meio do processo segundo a presente invenção, se deve preencher de modo a vedar a ligação entre a ensecadeira (1) e a ensecadeira vizinha (Γ).

De uma maneira clássica, a ensecadeira (1) comporta na superfície de apoio plana (3) da sua garra (2) uma fita (6) feita de um material elástico, tal como borracha. Esta fita (6) percorre a garra (2) no comprimento da ligação que se pre_ tende vedar. A sua largura varia segundo o tipo de ensecadeira, sendo da ordem de 15 a 20 mm. Segundo a presente invenção, a fita (6) é revestida na sua face exterior voltada para o esp_a ço (5) por uma folha metálica (7), por exemplo de aço com a espessura de cerca de 200 micrómetros. A espessura total do conjunto fita-folha deve ser tal que deixe entre a folha (7) e a superfície interior (8) da garra (2) que fica em frente um espaço insuficiente para que a parte cheia (41) da garra (21) da ensecadeira (Γ) possa aí alojar-se sem exercer um esforço de compressão na fita elástica (6), como se representa na fig. 2. Esta espessura total depende evidentemente das dimensões das garras utilizadas, sendo em geral da ordem de 5 a 8 mm. No decurso do encaixe das ensecadeiras (1) e (1'), a superfície de apoio plana (3‘) exerce uma pressão na folha (7) e na fita (6), que desaparece graças à sua elasticidade e permite assim a progressão da garra (2') no interior da garra (2). A presença da folha (17) permite realizar um deslizamento de aço sobre aço. Este deslizamento efectua-se com atritos bem menores do que se a fita elástica (6) estivesse nua, e os ri_s cos de deterioração da fita (6) quando do enganche das ense-cadeiras ficam consideravelmente diminuídos. Optativamente, pode fazer-se uma lubrificação da folha para diminuir ainda mais os atritos.

Em alternativa, é possível utilizar, para realizar a fita de material orgânico, um material susceptível de inchar pela humidade, isto é, apresentando a propriedade de aumentar de volume em contacto com um líquido.

Tais materiais, tais como resinas aminoplásticas ou certas bor rachas, são actualmente muitas vezes usados para este efeito, tendo a junção de uma folha metálica a uma tal fita orgânica os mesmo efeitos benéficos que a sua junção a uma fita elástica simples, como atrás se descreve. No caso da utilização de uma fita susceptível de inchar pela humidade, não é necessário que, a seco, o espaço entre a folha e a.superfície inte rior da garra que lhe fica em frente seja reduzido ao ponto de impor, quando do encaixe, uma compressão da fita. Uma tal compressão da fita pela garra da segunda ensecadeira não é iji dispensável senão quando, depois da absorção da humidade ambieji te, a fita inchou. Esta solução apresenta a vantagem, em relji ção à da fita puramente elástica, de deixar mais espaço no ini terior da garra da primeira ensecadeira e facilitar assim o . encaixe da segunda ensecadeira.

De preferência, a folha metálica tem a mesma largura que a fita orgânica, como está representado nas fig. 1 e 2.

Todavia, pode prever-se uma largura da folha inferior à da fita, mas com o risco de realizar quando do encaixe das ense-cadeiras, um atrito aço-material orgânico nas partes da fita não revestidas pela folha e obter assim condições de deslizamento menos favoráveis do que no caso anterior.

Optativamente, as garras das duas ensecadeiras podem estar providas de uma fita orgânica revestida com uma folha metálica segundo a presente invenção. É claro que a espessura das fitas deve ser calculada para que o espaço disponível entre as'garras de duas ensecadeiras fique suficiente para pernn tir o seu encaixe. 0 processo descrito permite encaixar ensecadeiras em comprimentos importantes (vários metros) sem deteriorar as juntas de estanqueidade. φ E aplicável a todos os tipos de garras de ensecadeiras, tanto às que, como as "Larssen", apresentam uma parte plana, como . nas que não apresentam senão superfícies curvas. Com efeito, as folha metálicas são suficientemente finas.para se casar com a superfície exterior da fita orgânica, qualquer que seja a sua forma. 0 processo é igualmente aplicável aos elementos de ligação providos de garras que permitem ligar duas ensecadeiras impondo-lhes orientações mútuas particulares.

Claims (3)

1. -8- REIVINDICAÇÕES 1. - Processo de vedação da ligação entre duas ensecadeiras, sendo essa ligação efectuada por meio de garras integradas nas referidas ensecadeiras, segundo o qual, previamente à ligação das referidas ensecadeiras, se faz aderir à garra de pelo menos uma das ensecadeiras uma fita de um material orgânico elástico compressível e/ou susceptível de inchar pela humidade, carac terizado por se fixar na superfície exterior da referida fita uma folha metálica e por se proceder em seguida â ligação das referidas ensecadeiras.
2. 2. - Ensecadeira do tipo que compreende em pelo menos -9- /

   um dos seus bordos uma garra que permite a sua ligação com uma ou tra ensecadeira, estando pelo menos uma das referidas garras provida de uma fita de um material orgânico e-lãstico compressível e/ /ou susceptível de inchar com a humidade, caracterizada por a superfície exterior da referida fita ser recoberta, pelo menos parcialmente, por uma folha metálica que lhe ê solidária.
3. 3.- Ensecadeira de acordo com a reivindicação 2, ca- racterizada por a referida folha metálica ser de aço com uma espessura de cerca de 200 micrômetros.