PT77204B - Process for preparing perfluorocarbon emulsions and their preparation and use in therapy - Google Patents

Process for preparing perfluorocarbon emulsions and their preparation and use in therapy Download PDF

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Description

Descrição pormenorizada
As dispersões sensibilizadoras
0 agente de sensibilização "do invento é uma dispersão aquosa de um composto perfluor transportando oxigénio e de um dispersante (surfactante ou emulsificador) que é eficaz na dispersão uniforme do composto perfluoro no meio aquoso. 0 dispersante torna-se necessário pelo facto dos compostos perfluoro serem relativamente hidrofóbicos pelo que tenderiam, de outro modo, a aglomerar-se nos fluídos do corpo, dos mamíferos através dos quais o composto tem de passar e que servem para transportá-lo até às células hipóxicas do tumor ou à sua rede vascular- Assim, embora o composto perfluoro do estado simples possa ser inicialmente injectado no corpo, em breve a sua tendencia para se aglomerar irá impedir a sua utilização como sensibilizador- 0 meio de dispersão aquosa permite também a adição de reagentes destinados a tornar a dispersão isotónica ou, de qualquer outro modo, fisiológica-
9mente aceitável em relação às células.
De um modo geral, os compostos perfluoro e as suas dispersões utilizados no presente invento são aqueles materiais identificados na patente e em outros textos da literatura técnica como substitutos sintéticos do sangue. Constituem exemplos representativos da literatura especializada que divulga estes substitutos do sangue as patentes americanas 5.641.167, 5.825.091, 5.911.138, 5.962.459, 3.993.581, 4.041.086 4.105.798 e 4.325.927 a menção das quais é aqui incorporada a título de referencia.
Tornar-se-á evidente através de uma análise das patentes atrás referidas e de outra literatura da especialidade que podem ser usados, para os fins que 0 presente invento tem em vista, uma grande variedade de compostos perfluorados sempre que adequadamente dispersos num meio aquoso.
Os compostos perfluoro incluem assim compostos alifáticos (acíclicos ou cíclicos) e aromáticos quer sejam apenas hidrocar bonetos perfluorados ou contenham também heteroátomos tais como oxigénio, enxofre e/ou azoto, podendo ser usados simples ou sob a forma de misturas de dois ou mais. A selecção de compostos perfluoro para usar em casos específicos de acordo com 0 inven-. to dependerá de uma variedade de factores que incluem o facto do tratamento ser feito conjuntamente com radioterapia, quimioterapia, ou ambas; o caracter e 0 local da hipoxia; o poder do composto perfluoro como sensibilizador; a toxicidade do composto perfluoro em relação às células normais e ao mamífero hospedeiro; a capacidade de formar dispersões de partículas de dimensão suficientemente pequena e dispersões suficientemente estáveis para se propagarem rapidamente para a região das células hipóxicas; o tempo de permanência no mamífero, incluindo a tendência para acumulação; e outras condições semelhantes que são familiares aos peritos das técnicas de sensibilização. Através das técnicas de substituição do sangue é possível obter-se uma orientação no que se refere a uma tal selecção, em partículas quanto à capacidade de transporte de oxigénio, dimensão e estabilidade das partículas de disper-
-10são, tempo de perman.en.cia no mamífero e citotoxicidade. Adicionalmente e com base nos estudos in vitro e in vivo referidos e analisados a seguir, será fornecida uma orientação quanto à selecção do composto perfluoro e dos parâmetros do tratamento em casos específicos de sensibilização.
0 "composto perfluoro" ou o "perfluoro carboneto" tal como é usado a seguir, refere-se a material essencialmente fluorado ou completamente fluorado que é geralmente, mas não necessariamente, constituído por um líquido à temperatura e pressão ambientes. 0 termo "essencialmente fluorado" tal como aqui é utilizado significa que a maioria dos átomos de hidrogénio de um composto foram substituídos por átomos de fluor, de tal modo que uma substituição adicional não aumenta suhstan.cialmen.te a capacidade de transporte de oxigénio do material. Julga-se que este nível é atingido quando pelo menos cerca de 80-90% dos átomos de hidrogénio foram substituídos por átomos de fluor. Oontudo, prefere-se que pelo menos 95% dos átomos de hidrogénio tenham sido substituídos e, melhor ainda 98% ou que, no caso ideal, se atinjam os 100%. Nas patentes americanas 5-911-158 e 4.105-798 atrás mencionadas a capacidade de transporte de oxigénio está relacionada com a solubilidade dos materiais de um gás tal como o oxigénio. Estas patentes sugerem que os materiais perfluorados vão absorver 10-100 cm de oxigénio por 100 cm de material a 25°0 e a 7&0 mililitros de mercúrio.
São representativos dos compostos perfluoro preferidos a serem utilizados neste invento os derivados perfluorados de compostos policíclicos O^-O^g 4uimicameirke inertes tais como os hiciclononatos (por ex. hiciclo/-5.5-l_7 nonano, 2,6-dimetilhiciclo 7-’3-5.1„7nonano, 3-metilhiciclo /“3.3.1_7nonano e trimetilbiciclo /”3-5-l_7nonano; o adamantano e os alquil (C^-Cg)adamantanos tais como o metil e dimetil. adamantano, etil e dietiladamantano, trimetiladamantano, etilmetiladamantano, etildimetiladamantano e trietiladamantano; metildiadamantano e trimetildiadamantano; metil e dimetilhiciclooctanos; tetrahidrohinor-S, pinano, canfano, decalina e alquildecalinas tal como 1-metildecalina; e 1,4,6,9-dimetano-
— — 26
decalina; biciclo/-2.2.1_7octano, triciclo/_5.2.1.0 ’ _7decano metiltriciclo/~5.2.1.o2>6_7decano e outros; ou quaisquer misturas destes compostos. Os compostos perfluoro com heteroátomos incluem F-tributil amina, F-tripropil amina e F-E,E-dimetiX ciclohexilmetil amina; os éteres perfluoro tais como o F-2-butiltetrahidrofurano, F-2-butilfurano, F-hidrofurano, o 1,2,2,
2-tetrafluorornetil éter do F-2,5,8-trimetil-3,6,9trioxa-l-dodecanol), F-H-metildecahidroquinolina, F-l-metiloctahidroquinolizina, F-octahidroquinolidina e F-E-ciclohexilpirrolidina. Os compostos aromáticos e alifáticos incluem o F-naftaleno, F-l-metil-naftaleno, F-n-metil-morfolino, F-n-heptano e 1,2-bis-nonilfluorobutiletileno.
Alguns dos átomos de fluor dos materiais precedentes podem ser substituídos por outros átomos de halogénio tal como o bromo. Estão incluídos nestes compostos, por exemplo, os compostos monobromados, tal como o 1-bromo-pentadecafluoro-4-isopropilciclohexano, 1-bromotridecafluoro-hexano,
1-bromo-pentadecafluorooctano e l-bromo-pentadecafluoro-3-isopropilciclopentano e perfluoro-l-bromobutilisopropil éter, ou os seus derivados polibromados.
Quando o bromo ou o iodo aparecem nos com-. postos perfluoro, os compostos tendem a ser radiopacos ao mesmo tempo que retêm também uma grande parte das suas capacidades transportadoras de oxigénio. A radiopacidade torna estes compostos úteis como agentes de radioimagem (RI) e por isso, em certos casos, estes compostos podem ser usados não apenas como agentes sensibilizadores, mas também como agente RI, quer sozinhos, quer combinados com outros sensibilizadores e/ou agentes RI.
Ê do conhecimento geral que a taxa de transpiração de hidrocarbonetos perflurados provenientes de mamíferos inferiores tem a seguinte ordem: triciclicos > biciclicos J alquil monocíclicos > parafínicos. Deste modo quando se prefere uma elevada taxa de transpiração, por exemplo, quando se prescreve apenas um curto periodo de irradiação,pre-
-12ferir-se-á um composto perfluoro tricíclico, a outros compostos perfluoro. Pelo contrário, se se cLeseja uma radioterapia ou quimioterapia prolongada, requerendo por isso um tempo de permanência do sensibilizador mais longo, poderá ser escolhido um composto perfluoro biciclico ou monocíclico.
Os compostos perfluoro que se preferem sobretudo para utilizar no invento devido à sua capacidade relativa de serem inertes (quimica e biologicamente), à boa dispersibilidade e ao tempo de permanência, são os perfluoro hidro carbonetos C^-C^g policíclicos da patente americana 4.105.798 e, em particular, o F-dimetiladamantano, F-trimetilbiciclononano, F-triciclo/’"5.2.1.0^’^_7decano, F-metiltriciclo /“5,2.1.0^7 decano, F-biciclo/"'5.2.0_7decano e F-metilbiciclo /~5-2.0_7deca no, incluindo qualquer um dos seus isómeros e misturas de tais compostos, por exemplo, misturas de F-dimetiladamantano e F-trimetil-biciclononano, variando de oerca de 90/10 a 10/90 em peso.
Os dispersantes preferidos para dispersar uniformemente os compostos, perfluoro num meio aquoso são os surfactantes não-iónicos. Em certas composições e sistemas do invento, em particular naqueles casos em que as dispersões são usadas não-sistemicamente, tal como em tratamentos tópicos ou' locais, podem usar-se surfactantes ionicos ouanfotéricos para dispersar os compostos perfluoro. Uma vez que os tratamentos sistémicos requerem uma atenção cuidadosa quanto à aceitabilidade fisiológica dos compostos, por exemplo, o seu carácter isotónico, os surfactantes ionicos são menos desejáveis, embora seja possível compensar ou moderar o seu carácter iónico formulando as dispersões com electrólitos ou outros aditivos.
Os surfactantes não ionicos adequados incluem os materiais alifáticos tais como cadeias copoliméricas de óxido de etileno e óxido de propileno compreendendo uma fracção bidrofóbica de óxido de propileno combinada com uma ou mais fraeções bidrofílicas de óxido de etileno, por exemplo, os surfactantes "Pluronic" (marca registada) produzidos por
-13BASF-Wyandotte, Inc. Também se podem usar tipos aromáticos menos adequados tal como os alquilfenoxipolietoxietanóis tendo grupos alquilo com cerca de 7 a 18 átomos de carbono e 1 a 60 ou mais unidades de oxietileno, por exemplo, heptilfenoxipolieto xietanóis, octilfenoxipolietoxietanóis, metiloctilfenoxipolietoxietanoís, nonilfenoxipolietoxietanóis, dodecilfenoxipoli. etoxietanóis e outros; derivados de polioxietanol de alquilfenóis ligados por metileno; análogos contendo enxofre dos produtos precedentes; derivados de óxido de etileno de ácidos carboxílicos de cadeia longa, tais como os ácidos laurico, miris tico, palmítico, oleico e outros e misturas de ácidos tal como se podem encontrar no óleo de sebo contendo 1 a 60 unidades de oxietileno por molécula; e condensados análogos de óxido de etileno de aminas de cadeia longa ou cadeia-ramifiçada, tal como a dodecilamina, hexadecilamina e octadecilamina contendo de 1 a 60 grupos de oxietileno.
Os emulsificantes ou seus derivados que ocorrem naturalmente são também úteis. Entre eles incluem-se os alginatos, os derivados de celulose, tal como a metil celulose e a carboximetil celulose, as gomas solúveis na água tais como a goma arábica ou a goma tragacanto, os fosfolípidos(tais como a lecitina e os .'fosfolípidos da gema) e os esteróis.
São particularmente preferidos surfactantes aniónicos tontendo fluor. Os ésteres alquilo fluorados constituem uma classe destes surfactantes e estão à venda no comércio, produzidos pela 3M Company, com as designações FO-93, FO-95 , EO-128, FG-14-3, FC-430 e FC-4-31.
Os surfactantes aniónicos, contendo fluor, que se preferem sobretudo devido à sua excepcional capacidade para formar dispersões mantendo uma gama de partículas de pequenas dimensões durante consideráveis periodos de tempo, da ordem das 35 semanas a um ano ou mais, mesmo à temperatura ambiente, sao os óxidos amidoamina fluorados descritos nas patentes americanas 3.828.085 por Price et al e 3.54-7.995 por Bartlett, a menção às quais se incorpora aqui a título de refe-
ο*»..
,14rencia. Estes compostos podem ser genericamente descritos através da fórmula geral (1):
R-COR-RQ
f f Ϊ
em que Rf significa um radical perfluoroalquilo com 4 a cerca de 25séomos de carbono ou um radical polifluoroalcoxialquilo em que o grupo alcoxi pode conter de 3 a cerca de 40 átomos de carbono de que, pelo menos a fracção maior, está perfluorada e em que o grupo alquilo pode conter de 2 a cerca de 40 átomos de carbono, fluorado ou não-fluorado; Y é hidrogénio ou alquilo com 1 a 6 átomos de carbono; R é um radical alquileno de fórmula:
em que z é um número inteiro de 1 a 6; e Q é um radical de óxido de amina alifática de fórmula:
-k-b6
0
em que R^ e Εθ são cada um radicais alquilo com 1 a 6 átomos de carbono ou radicais alquilo com terminação hidroxi com 2 a 6 átomos de carbono.. Em todos estes casos os grupos alcoxi, alquilo ou alquileno podem ser de cadeia linear ou ramificada.
Ás subclasses preferidas de surfactantes das patentes anteriores são as daé; fórmulas (2) e (3) a seguir indicadas
0 0
0^^0(^)^(0¾)^¾2
em que n é pelo menos 5 (de preferencia 3-10), x é pelo menosJ '; 2 (de preferencia 2-6), y é pelo menos 1 (de preferencia 2-6)' '
Ί p * '
e R e R independentemente um do outro são radicais alquilo cdntendo 1-6 átomos de carbono "·’
. em que n é pelo menos 3 '(de preferencia 3-1θ) , z é pelo menos Έ 2
1 (de preferencia 2-6) e Rx e R , independentemente um do .outro são radicais alquilo contendo 1-6 átomos de carbono.
I
Os óxidos amidoamiúa específicos no âmbito da fórmula atrás referida são os produtos( descritos nos Exemplos 1-6·da'patente americana 3·828.085, nomeadamente: ·
cf3(cf2)6cnh(ch2
>3«αφ2
(CF3)2CFO(CF2)3CNH(CH2)3N(CH3)2
0 0 <1
(cf3)2cfo(cf2)3cnh(ch2)3n(ch3)j
(cf3)2cfo(cf2)7cnh(CH2)3n(ch3)2
0 0 ' II
(cf3)2cfo(cf2)5cnh(CH2)3n(c2h5)2
0 0
II φ
(CF3)2CFO(CF2)8(CH2)10cmí(CH2)3N(c2K5)2
>7Α„
-16As dispersões aquosas de invento são preparadas por qualquer técnica de mistura que forneça uma mistura uniforme dos ingredientes e a sua preparação pode ser facilmente efectuada por um técnico qualificado.
Ao formular as dispersões do invento para administração sistémica, é importante não apenas adicionar electrolitos e outros materiais para tornar as dispersões fisio logicamente aceitáveis (por exemplo, isotónicas com células de mamíferos) mas também ajustar o pH como for necessário a fim de compensar a redução do pH no meio ambiente das células hipóxicas devido à produção de ácido láctico pelas células hipóxicas dos tumores. Uma variação adequada do pH poderá situar-se entre os 7,2 e 7,4. Entre os aditivos geralmente usados para tornar os fluídos fisiologicamente aceitáveis incluem-se as soluções tampão tais como o bicarbonato de sódio e as misturas tal como a Solução de Ringer. Outros materiais convencionalmente empregados nas preparações farmacêuticas e conhecidos dos técnicos qualificados poderão ser adicionados às dispersões Entre estes estão incluídos os modificadores da viscosidade, os estabilizadores (contra a degradação derivada da congelação ou contaminação, por exemplo), agentes anti-congelação, diluentes e outros agentes.
Podem mencionar-se entre estes aditivos a glicerina, o dimetilsulfóxido ("DHSO"), várias gelatinas tanto naturais como sintéticas e polióis tal como o sorbitol.
0 composto perfluoro e os componentes do surfactante podem ser misturados em água em quaisquer das proporções que possam dar origem a dispersões uniformes. As proporções são de cerca de 5 a 5θ% do composto perfluoro com base no Volume total de composição e cerca de 0,5 a 10% de surfactante com base no peso total de composição. As proporções preferidas são cerca de 10 a 30% em volume do composto perfluo ro e cerca de 2 a 5% em peso do surfactante, mas as proporções podem variar em determinados casos, conforme a dispersabilidade do OPE, a dimensão de particulas desejada e outras condições.
7*--
17De um modo geral as dispersões aquosas compreendem emulsões, de preferencia do tipo óleo-em-água, mas incluem também emulsões água-em-óleo. Em certos casos as emulsões têm uma dimensão de partículas muito reduzidas e, a olho nú, apresentam-se transparentes ou com o aspecto de soluções.
As microemulsões que podem ser formuladas com os dispersantes da patente americana Mo. 5.828.085 revelam estas caracteristicas e são as preferidas. As suspensões coloidais, embora a sua utilização não esteja excluída do presente invento, não são tão preferidas em particular para administração sistémica devido à maior gama de dimensões das suas partículas e a uma menor estabilidade. As patentes relativas a substitutos de sangue e surfactantes acima mencionados fornecem uma excelente orientação para a formulação das dispersões, e, por tal motivo, chama-se a atenção para essas patentes.
Tratamento de sensibilização
As dispersões aquosas contendo o composto / perfluoro que transportam oxigénio quando usadas como sensibili-.zadores, de acordo com o invento, podem ser administrados a mamíferos localmente ou de qualquer modo sistémico, quer seja intravenoso, subcutâneo, intramuscular, parenteral, intraperitonal ou oral. A administração será de preferencia sistémica e num local que permita à dispersão atravessar os pulmões e captar oxigénio, transportando esse oxigénio para as células hipóxicas dos tumores. As doses de dispersão serão pré-determinadas de acordo com o local e caracter da hipoxia, quer o tratamento seja ou não um suplemento ao tratamento com oxigénio hiperbárico,com a tolerância sistémica (toxicidade) do mamífero a essa formulação específica e com outros factores conhecidos do terapeuta.
χ
De um modo geral, as quantidades críticas de fluor (cur do GPF por 100 ml de sangue) do composto perfluoro deverão variar entre 5 e 10%, embora em circunstancias especiais quantidades críticas de fluor mais ou menos elevadas possam ser suficientes ou neces-
sárias. Se a administração for um suplemento ao tratamento com oxigénio hiperbárico ou a outra forma de infusão primária de oxigénio, a quantidade crítica de fluor não precisa de ultrapassar os 3,5% θ a pressão parcial de oxigénio no ar inspirado pode chegar atê cerca de 2 atmosferas com 100% de oxigénio. Na maioria dos casos, o máximo de administração de oxigénio hiperhárico seria 30 minutos a 2 atmosferas de pressão de oxigénio a 100%, sabende-se que estas condições se situam dentro dos limites tolerados. Contudo, em casos específicos , a duração, o teor e a pressão da oxigenação primária dependerá de novo de vários factores, tais como a saúde do mamífero ou paciente, o local da hipoxia, e outras condições conhecidas do radio- ou quimiot erapeut a.
0 contacto da dispersão do CEE pode fazer-se com as células hipóxicas ou com o sistema vascular das células do tumor, de tal modo que o oxigénio transportado pelo GPF possa ser transferido para a superficie do tumor/sistema vascular. Por outras palavras, enquanto a situação ideal e o contacto directo entre a dispersão do CPP e as células hipóxicas, isto pode não ser possível e, com efeito, não é necessário, uma vez que um excesso de oxigénio, sempre que presente na massa tumoral, tenderá a distribuir-se através dessa mesma massa e a atingir assim as células hipóxicas.
A dose de agente sensibilidador antes da radiação e/ou quimioterapia será também controlada por determinadas condições entre as quais se contam a taxa a que o composto perfluoro se dirige para as células hipóxicas do tumor, o grau de sensibilização desejado e o tempo de permanência para a semi-vida cardio vascular da dispersão no sistema cardiovascular e nos tecidos hipóxicos. Em determinados tratamentos (tais como breves tratamentos de radiação) uma semi-vida cardio. vascular (soro) aceitável pode ser tão breve como, por exemplo, cerca de 2 a 4 horas. Esta duração indica que o composto perfluoro se move rapidamente para as células hipóxicas do tumor e transfere o seu oxigénio para essas células. Neste contexto, uma das propriedades mais importantes das dispersões preferidas do invento é uma dimensão extremamente pequena das partículas,
-19dimensão essa que é mantida durante períodos bastante longos.
A pequena dimensão das partículas permite às dispersões atravessar rapidamente a rede vascular até ao local da hipoxia. Por exemplo, observou-se uma dimensão média de partículas de 0,05 a 0,2 micron que foi mantida durante vários meses e até um ano ou mais.
As dispersões podem ser oxigenadas antes da infusão no corpo do mamífero e isto pode ser oportuno quando a injecção é feita no local ou próximo do local da hipoxia em lugar de o ser ώο local onde a transferencia de oxigénio dos pulmões e artérias é antecipada. Uma pré-oxigenação deste tipo pode ser efectuada por processos tais como fazer passar um fluxo ou introduzir num recipiente contendo a dispersão oxigénio ou ar, ou fazer borbulhar oxigénio ou ar através da dispersão antes da administração. Quando o tratamento é um suplemento ao tratamento com oxigénio hiperbárico pode também ser efectuada a pré-oxigenação do modo atrás descrito. Em cada caso de pré-oxigenação pode, contudo, verificar-se uma perda de oxigénio antes da entrada da dispersão na região das células hipéxicas do tumor, isto é, durante a passagem da dispersão para as células; por este motivo, a pré-oxigenação não é de um modo geral preferida.
Os tipos, e modo de aplicação e os locais dos tratamentos por radiação são bem conhecidos e nao requerem uma descrição detalhada. No entanto, torna-se evidente que a irradiação pode ser feita externamente ou por colocação interna de fontes de radiação próximo de ou no local da hipóxia. Por consequência, a irradiação pode ser feita com raios-X, raios-gama, neutrons, etc , ou por meio da implantação de fontes de rádio, de irídio ou de césio. Pode utilizar-se a terapêutica convencional de radiação (200 rads por dia, cinco dias por semana durante seis a oito semanas) mas as doses e a duração total do tratamento podem ser ajustadas tal como for requerido pelas circunstancias particulares.
0 método de sensibilização do invento é eficaz para todos os tipos de células hipóxicas dos tumores,
PsÕSOO1
quer estas células estejam em suspensão (tal como na leucemia) ou na forma sólida, mas o invento é particularmente eficaz em
tumores sólidos. Uma vez que a distribuição sistémica das dispersões é rápida, devido sobretudo à dimensão extremamente reduzida e estável das partículas das dispersões preferidas do invento., a hipoxia pode ser sensibilizada em praticamente qualquer local de acordo com o presente invento.
Usa-se frequentemente a quimioterapia em combinação com a radioterapia para destruir ou controlar as células hipóxicas dos tumores e por isso as técnicas de sensibilização do invento podem ser aplicadas simultaneamente ou sequencialmente à quimioterapia e à radioterapia. Quando se utiliza a dupla terapia será seleccionada, em regra, uma dispersão sensibilizadora que tenha um tempo de permanênciacardie vascular capaz de cobrir o tempo de duração dos dois tratamentos ou, se o tempo de permanência for curto, a dose do sensibilizador pode ser aumentada ou ajustada adequadamente, Sabe-se que alguns agentes quimioterapeuticos são oxigeno-dependentes em termos de necessitarem de oxigénio para o transporte activo do medicamento QT para a célula, para o controlo do ciclo da célula ou para a intensificação QT. Deste modo, o oxigénio deverá ser fornecido na forma livre ou por meio de um veículo. Uma vez que os compostos perfluoro do presente invento e as suas dispersões são capazes de transferir grandes quantidades de oxigénio, é de esperar que a quimioterapia baseada em medicamentos que são dependentes do oxigénio ficará beneficiada se esses medicamentos forem formulados com um agente de RS do presente invento, ou se se administrar sequencialmente agentes RS e QT. 0 metotrexato constitui um exemplo de um medicamento QT que é suposto necessitar de oxigénio para o seu transporte activo para a célula. A Vinblastine e a Vincristine são drogas para o ciclo célular.
Também podem ser administrados medicamentos QT que não são oxigeno-dependentes em conjunção com as técnicas de sensibilização do invento. Entre estes medicamentos contam-se os androgénios, os estrogénios, os anti-estrogénios, as progestinas, os esteróides adrenais, a mostarda azotada, o cio-
-21rambucil, a mostarda de fenilalanina,g. ciclofosfamida, a Tio-TEPA, o busulfan, a 6-mercaptopurina, a 6-tioguanina, o 5-fluorouracil, a citosina arabinosida, a adriamicina, a dactinomicina, a daunomicina, a bleomicina, a mitramcicina, a mitomicina-C, BGNU, OCNU, a metil-CCNU, a DTIC, a bidroxiureia, o Cis-platina, (cis-dicloreto de diamino-platina II), a procarbazina, a hexametilmelamina, a L-asparginase e outros.
Tratamentos associados
Estes compostos perfluoro que são úteis como agentes de RS mas que revelam também propriedades de radiopacidade são particularmente valiosos para os objectivos do presente invento. Estes compostos incluem os perfluorohidrocarbonetos bromados, tal como o brometo P-perfluoroacetílico e os perfluoroéteres bromados, tal como o éter P-l-bromobutilisopropílico, o éter P-l-bromoetilisopropílico e outros éteres organo perfluoro bromados, referidos, por ezEaplo, na patente americana 3· 455·333· As propriedades de radioimagem de tais compostos permitem controlar os seus efeitos RS bem como a sua toxicidade no que se refere às células normais que os circundam e servir assim como agentes de diagnóstico bem como de agentes RS. Contudo, se os compostos perfluoro também não exibem radiopacidade, as dispersões contendo os compostos perfluoro podem ser formuladas com outros agentes de radiopacidade conhecidos de modo a fornecer uma oportunidade idêntica para controlar uma potencial radiossensibilização.
A radioimagem pode ser obtida tal como na radiografia convencional ou na tomografia por computador axial (TCA) ou através das novas técnicas de RMN. Os compostos bromados podem ser usados como agentes de RI quer na forma simples, quer em dispersão aquosa, por exemplo, como emulsões óleo-em-água ou água-em-óleo contendo cerca de 10-90% por volume de
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água e cerca de 0,5-10% em peso de um dispersante.
E também possível conseguir uma radioprotecção em conjunto com a radiossensibilização do invento. Os agentes radioprotectores são aqueles que, de preferencia, protegem os tecidos normais dos danos causados pelas radiações. Quando praticada juntamente com a radiossensibilização o seu objectivo é o de reduzir os danos verificados nos tecidos normais, danos estes que podem ocorrer quando os agentes de RS são usados na ausência dos agentes de EP. Os agentes contendo sulfidrilo são conhecidos, em regra, por constituírem materiais de SP eficazes; contam-se entre eles, por exemplo, o aminoetilisotiurónio ou os derivados do fosfotioato da heta-mercaptoetil amina analisada no artigo de J. H. Yuhas, denominado "On the Potential Application of Eadioprotective Drugs in Solid Tumor Eadiotherapy", publicado em "Radiation-Drug Interaction in the Treatment of Câncer", editado por G.H. Sokol e Ε. P. Maicket, John Wylie and Sons, Inc. (1980), páginas 113-135- Um outro agente de E? será o ácido S-2-(3-aminopropilamino)etilfósforotióico, também referido na literatura da especialidade como WR-2721. Este produto fornece protecção tanto no caso da radin terapia como no caso da quimioterapia tal como foi descrito no artigo de Yuhas et al. publicado nos "Câncer Clinicai Trials" (1980), 2 , 211-216.
Os exemplos que se seguem servem para melhor ilustrar o invento sem que de algum modo limitem o seu âmbito. Enquanto que os resultados experimentais dos Exemplos 2, 4 e 7 foram obtidos in vitro, a sensibilização demonstrada por estes exemplos não ficará restringida a sistemas não mamíferos uma vez que é sabido que os estudos sobre EMT esferóide multicelulares de tumores estãoamsLacionados com os padrões de resposta das células nos mamíferos. Especificamente, os EKT são conhecidos por responder de forma semelhante ao mesmo tumor quando criados, no organismo do mamífero.
V
-25Exemplo 1
Preparação de dispersões de CPE
mediante a dispersão seguinte surfactante se obter uma solução
(A) Preparou-se uma solução surfactante em água de uma quantidade suficiente do de óxido de amido-amina ("OAA”) a fim de de 2% em peso.
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À câmara de sonicação de um dispositivo de mistura "Sonicator" (marca registada), produzido pela Heat-Systems Ultrasonics, Inc., Modelo 550 ) adicionaram-se 27cm^ da solução surfactante a 2%, seguidos da adição lenta (durante um período de 5-4 minutos), sob um baixo poder de sonicação, de 5 cmJ (para se obter 20% em peso ou 10% em Volume) de um CPP constituido por uma mistura líquida de cerca de 80/20 em peso de P-l^-dimetiladamantano e P-trimetilbiciclo/-5.5«l_7 nonano, a fim de se obter um total de 50 cm^ da composição.
(A mistura CPE foi previamente saturada com C02 para se inibir a formação de iões de fluoreto). A fonte utilizada na sónica ção foi então ligada na sua máxima potência (para o valor 10 numa escala de 1-10) durante um minuto seguido de um período de arrefecimento. Este ciclo foi repetido cerca de 15 vezes ou até ao momento em que se obteve uma dispersão transparente e uniforme. A dispersão (a seguir identificada como "Dispersão A" foi então filtrada através de um filtro "Millipore" (marca registada) de 0,22 micron e mantida em refrigeração, à temperatura de 4°C, até ser utilizada.
(B) Preparou-se uma segunda dispersão essencialmente como em (A) atrás referido excepto no que se refere à utilização de um surfactante copolímerico de polioxi-
-24etileno-polioxipropileno não-iónico com um peso molecular de cerca de 8200 ("Pluronic" P-68) em lugar do surfactante OAA.
A dispersão será identificada a seguir como "Dispersão B".
(C) Preparou-se uma terceira dispersão essencialmente tal como em (A) excepto no facto do CPP ser a P-tributilamina ("PC-43", 3M Gompany) e o surfactante ser o "Pluronic P-68" de (B). As proporções foramas mesmas (10% vol. de GPP, 2}'ó peso do surfactante). Esta dispersão será identificada a seguir como "Dispersão C".
Exemplo 2
Badiossensibilização in vitro
Os esferóides multicelulares dos tumores ("ΞΜΤ") são produzidos colocando-se 10 células de tumor mamario"HCa-ll murine" em 10 ml de "Eagles Basal Médium" ("ΕΒΙΊΕ"), GrancL Island Biological Oo, catálogo No 420-1200, numa placa de I3etri que levou uma base de revestimento de 0,75% de agar nobre em ΞΒΜΞ. No espaço de 7-10 dias os agregados esféricos das células do tumor estão prontos para serem estudados. A dispersão do GPP a ser testada é ajustada para uma osmolaridade de 290 miliosmoles com tecido do meio de cultura pulverizado e ajustada para um pH de 7,2 a 7,4- com NaOH ou IiCl O,1N. Outros pormenores da preparação e utilização dos EMT são-nos fornecidos em J.Ii. luhas et al., 1977· "A Simplified .Method Por Production and Growth of Multicellular Tumor Spheroids", Câncer Research 37:5639-364-5; e J.M. Yuhas et al., 1978, "In Vitro Analysis Of the Response Of Iíulticellular Tumor Spheroids Exposed To Cheraotherapeutic Agents In Vitro Or In Vivo ", Câncer Research 38:5595-3598.
Quer o meio do tecido de cultura padrão
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-25(EBfSE) quer a dispersão do CPF são gaseificados com oxigénio a 100% durante um período de 15 minutos e depois transferidos juntamente com os esferóides para tubos capilares não heparinizados e selados. Com intervalos de 0 a 60 minutos os tubos são depois expostos a doses graduadas de raios-X 250 kVp, sendo removidos no período de 30 minutos que se segue, lavados com o meio, colocados individualmente em concavidades de 16 mm revesA ,
tidas a agar juntamente com 1,5 cm do meio usando um instrumento de dissecação com uma potência de 40 os esferóides são medidos três vezes por semana e o meio é mudado duas vezes por semana. Com base nas curvas de crescimento de cada grupo calcu la-se o número de dias necessário para cada esferóíde crescer 200 ou 150 jim (mícrons) em diâmetro para além’da dimensão no inicio da irradiação. 0 atraso da taxa de crescimento dos esferoides revelados pelos dados fornece, por isso, a medida da rçs posta de radiossensibilização segundo a qual, quanto maior for a diferença relativamente aos esferóides de controlo, tanto maior será 0 efeito de RS.
A toxicidade do CPF é avaliada em termos de atraso do crescimento, i.e. 0 atraso do crescimento dos esferóides após exposição ao CPF (sem irradiação) em relação ao que é observado nos esferóides não tratados. 0 Quadro I a seguir apresentado mostra os resultados das experiencias com as Dispersões A e B e 0 Quadro II mostra os resultados com a Dispersão C.
Deverá notar-se que as Dispersões A e B fornecem níveis semelhantes cie toxicidade e radiossensitividade. A toxicidade exibida pelas Dispersões A e B é considerada negli. gível e capaz de ser relativamente tolerável pelo sistema cardio vascular. A toxicidade exibida pela Dispersão C, embora mais elevada do que a das Dispersões A e B nao desqualifica a utilização da Dispersão C como sensibilizador nos mamíferos; uma tal toxicidade é relativa no que se refere a vários factores tais como 0 reagente de RS e a dose de radiação, 0 tipo de tumor e a sua localização e, por isso, a Dispersão C não deverá ser necessariamente excluida da avaliação clínica. Os dados dos Quadros
I e II não são directamente comparáveis; usaram-se esferóides
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de maiores dimensões nas experiencias referidas no Quadro I do que aqueles que foram usados nas experiencias no Quadro II. Contudo os esferóides de maiores dimensões apresentam também maiores inconvenientes (esses esferóides são mais dificeis de sensibilizar) e, por consequência, os resultados do Quadro I indicam uma sensibilização altamente favorável.
À primeira vista parece que a Dispersão C é um radiossensibilizador mais eficaz do que as dispersões A ou B. Há porém toda a probabilidade de que isto não seja verdade por duas razões. Os estudos com a Dispersão 0 foram preliminares e envolveram os EMT contendo uma fracção menor de células hipóxicas radioresistentes na altura do tratamento do que aconteceu nos estudos com as Dispersões A e B. Em segundo lugar, a Dispersão C era, em si mesma, inibidora do crescimento e é provável que esta propriedade intensificasse de certo modo a destruição das células do tumor.
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28Exémplo 5
Estudos in vivo (Tempos de permanência)
A taxa de desaparecimento das dispersões A e B do CPP da circulação foi calculada tanto em ratos Pisher $44 como em murganhos BALB/c (femeas em ambos os casos). As dispersões foram injectadas por via intravenosa com uma dose de CPP igual a um terço do volume de sangue em circulação, o que é igual a 6% do peso corporal. Trinta minutos após a injecção o animal regressa ao estado normavolémico^ o que é evidenciado pelo facto da quantidade critica de fluor ser igual a 5,1% em comparação com o cálculo teórico de 5,5% feito para estas Dispersões. Durante 8 horas após a injecção e a intervalos deter minados o sangue é retirado do sinus supraorbital para tubos microcapilares. Após uma centrifugação de 15 minutos a 12.000 vezes a aceleração de gravidade a quantidade critica de fluor (sendo o CPE ama percentagem do volume de sangue) e a quantidade crítica de sangue são determinados por meio de um microscópio. 0 CPP acumula-se sob a forma de um granulo no fundo dos tubos, seguido das células vermelhas do sangue e do plasma e formando assim camadas distintas. Todos os dados são normali-, zados em relação a uma leitura de centrifugação de 50 minutos" e a taxa de redução da quantidade crítica de fluor é calculada com base numa curva de padrão decaimento exponencial simples definida por :
% CPP restante = e V
T '2 = In 2
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Quando representados graficamente os resultados mostram que a Dispersão A é superior à Dispersão B (respectivamente, tempos de permanência de 566 minutos e 222 mi nutos), provavelmente pelo facto da Dispersão A ter uma menor dimensão de partículas do que a Dispersão B. Os resultados
para os ratos e para os murganhos foram, de um modo geral,
equivalentes. Os resultados indicam que o CPE, em ambas as
dispersões, desaparecerá rapidamente do sistema cardiovascular,
e portanto, as duas dispersões constituem bons elementos para
os estudos clínicos.
Exemplo 4
As experiencias com EDíT do Exemplo 2 foram repetidas em todos os seus factores essenciais com a Dispersão B, utilizando porém tipos de tumores humanos contendo células hipóxicas quando obtidas sob a forma de EMT. Tal como se pode ver no Quadro III abaixo apresentado, obtervou-se em todos os casos uma certa toxicidade embora os níveis sejam considerados como bastante toleráveis. É evidente uma radiossensibilização moderada para os dois tipos de células de neuroblastoma, tendo-se porém verificado uma radiossensibilização muito elevada relativamente ao tipo melanoma. Este último resultado é extremamente importante devido ao predomínio e aos·' elevados riscos decorrentes desta forma de células hipóxicas de tumor. Registou-se um efeito de RS muito reduzido para o tipo de células do osteosarcoma , mas estes são apenas resultados preliminares e a exposição foi feita com um nível reduzido de radiações.
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Exemplo 3
Toxicidade aguda
Efectuaram-se estudos destinados a confirmar a conveniência das emulsões de OPE para administrações intra vasculares e transporte de oxigénio. A emulsão testada foi a Dispersão B que foi mantida a 4°C ate ser utilizada. Imediatamente antes da utilização a osmolaridade foi ajustada para aproximadamente 300 miliosmoles com tecido do meio de cultura pulye. rizado (Eagles Basal Médium-"EBITE”) e 0 pH ajustado para 7,4com HC1 ou EaOII. No quadro IV a seguir apresentado resumem-se os resultados de um estudo sobre toxicidade aguda efectuado em ratos Eisher - >44 em que várias doses da emulsão foram injectadas nas veias de cauda dos ratos. Os ratos que se verificou terem resistido à injecção sobreviveram durante pelo menos 10 dias. As mortes, quando verificadas, ocorreram no espaço mediando entre as 4 e as 24 horas. Os resultados indicam que os animais podem tolerar grandes doses de CPE relativamente ao seu volume de sangue (cerca de 50 a 80 ml/kg) em comparação com as doses que seriam administradas para aferir a radiossensibilização in vivo, nomeadamente, 20 a 30 ml/kg. Em testes (I.V. de.-LD^q foi determinado que a dose letal era superior a 50 ml/kg para murganhos BALB/c e superior a 120 ml/kg para ratos Eisher->44 . As observações estão de acordo com aquelas que foram referidas por outros investigadores na medida em que a dispersão de CPE tem uma reduzida toxicidade aguda mesmo quando administrada hipervolemicamente em doses que excedem 0 volume normal do sangue do animal. As mortes que ocorreram com as doses elevadas foram devidas provavelmente a um- excesso de fluido em vez de serem devidas à toxicidade das dispersões de CPE.
QUADRO IV
TOXICIDADE AGUDA DA DISPERSÃO
VCI.EM1CAMENTE Dose (ml/kg)
20
40
60
80
100
120
B ADMINISTRADA HIPER(i.v.) EM RATOS
% de n.2de mortos/n^ injectados 0/11 0/3 0/3 0/3 0/2a 1/3
um animal morreu durante a injecção devido a má manipulação
Exemplo 6
Radiossensibilização in vivo
Estudou-se a radiossensibilização de tumores mamários 3M2N a desenvolver-se na pata posterior direita de ratos Fisher-344. Passados 10-14 dias após a transplantação subcutânea nos ratos os tumores tinham 6-8 num de diâmetro e encontravam-se aptos a serem tratados. Os animais de controle ou não receberam tratamento ou receberam várias doses de radiações. Os outros animais receberam infusões I.V. de 20 ml/kg da Dispersão B (20% peso/vol.) seguidas de 30 minutos de respiração de uma mistura gasosa de 95% 0^/ ZfáGOg (a 1 atm.) e depois por várias doses de radiações de raios-X. Antes do tratamento e três vezes por semana após o tratamento os dois diâmetros ortogonais dos tumores foram medidos in situ
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e feita a sua média. 0 Quadro V a seguir apresentado exprime os resultados do estudo como sendo o tempo requerido para os tumores crescerem 8 mm para além da sua dimensão no momento do tratamento. Os dados mostram que a intensificação produzida pela dispersão de C3?F aumenta com a dose de radiação e também que o atraso do crescimento por radiação é significativamente mais elevada no grupo tratado com GPF do que no grupo de controlo. 5 evidente que essa intensificação é devida à combinação da dispersão do OPP e à inalação da mistura gasosa através do Quadro VI a seguir apresentado pelo facto de nenhum dos tratamentos de controle ser capaz de produzir o atrazo de crescimento provocado por essa combinação.
-34QUADRO V
RADIOSSENSIBILIZAÇÃO COM DISPERSÃO B DE TUMORES 3M2N EM RATOS SUBMETIDOS A DIFERENTES DOSES DE RADIAÇÃO
Dias nec.pã.crescer até 8 mm
de radiação (rads) Animais de controlo Dispersão B + mistura rica em oxigénio
0 11.5 ± 0.8 11.5 ± 1.1
500 10.9 ± 0.9 12.0 i 0.9
1500 19.5 ± 0.9 24.9 ± 0.8
2500 25.2 ± 1.4 35.7 t 1.3
QUADRO VI
EFEITOS DOS VÁRIOS TRATAMENTOS DE CONTROLO SOBRE 0
CRESCIMENTO DE TUMORES 3M2M EM RATOS
Nenhum t \ 12.3 ± 1.4 ' í
Emulsão'* ? 12.9 ± 0.9 0.6
2.5OO rads 27.3 ± 2.4 15.0
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2.500 rads
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25.3 ± 3.1
24.4 ± 2.8
29.8 ± 3.1
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20 ml/kg da Dispersão-B ou igual volume de dose de soro.
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-55Exemplo 7
Quimiossensibilização in vitro
A potenciação por meio de dispersões de CPF de agentes quimioterapeuticos foi demonstrada através do efeito anti-tumor do metotrexato ("MTX") em esferóides multicelulares de tumores ("EHT") de neuroblastornas. ITeste estudo
, -6 os esferóides foram expostos de 0 a 5 X 10 molar de metotrexato no meio de controle e na Dispersão B equilibrada com uma mistura de 95"% 02/5% ΓΘ8υ·1ΐηάθΞ (ver Quadro VII) mostram
que a dispersão de OPP intensifica a eficácia do KTX, 0 que é evidenciado pelo atraso do crescimento verificado em relação aos esferóides tratados apenas com ΜΤΣ. Embora se possa alcançar uma certa sensibilização ao 1ΊΤΧ nestes esferóides pelo facto de se gaseificai* com a mistura gasosa apenas no meio, uma tal sensibilização requere 1 a 2 horas de pré-tratamento a contrapor a apenas 30 minutos no caso da dispersão do OPE, ficando assim claramente demonstrada a possibilidade do melhoramento do índice terapêutico deste importante medicamento anti-canceroso com 0 CPF.
36QUADBO VII
Efeitos da Dispersão B do OPP e oxigénio na resposta de NB-100 MTS a uma exposição de 24 horas de 5 pE MTX
Animais de controlo MTX Dispersão de CPP + MTX
dia 0 9.17 ± 0.31a 9.83 í 0.17 9.90 i 0.23
1 10.23 9.74 9.77
4 13.78 10.69 9.66
6 15.72 11.76 9.83
β 17.17 13.93 10.90
12 18.93 15.81
15 21.83 19.0
18 23.5
D8b 7.18 9.52 13.02
a - as dimensões dos EMT são dadas em unidadeõ microscópicas em que 1 unidade = 25 pm
b - D8 é o número de dias necessário para os EMT crescerem 8 unidades ou 200 pm para além do seu diâmetro original
'5
Exemplo 8
Quimiossensibilização in. vivo
0 uso combinado da dispersão do CPF (Dispersão B ) e a inalação de urna mistura rica em oxigénio para intensificação dos efeitos anti-tumor da ciclofosfamida ("CIO") foi estudado em relação ao tratamento do carcinoma mamário HCa-11 transplantado para a pata anterior direita de murganhos fêmea BÁBB/c. Deixaram-se os tumores desenvolver até atingirem 2 mm, altura em que os animais foram tratados tal como se descreve no Quadro VIII a seguir apresentado, em que a ciclofosfamida obtida comercialmente foi dissolvida em água destilada e injectada num volume perfazendo 0,01 ml/kg de peso corporal. Utilizaram-se no estudo três a seis animais por grupos de tratamento. No dia do tratamento, e três a cinco vezes por semana após o mesmo, os tumores foram medidos com uma craveira.
32 evidente, a partir dos resultados do teste (Quadro VIII) que o efeito anti-tumor (atraso do crescimento) produzido apenas pela ciclofosfamida (ausência de oxigénio e/ou dispersão de GPP ) não era intensificado de uma forma detectável pela inalação de oxigénio (mistura de 95%
0/ ) ou Pe-1-a injecção da dispersão do CPF seguida de
inalação de oxigénio, mas que o era efectivaraente através da administração da dispersão do CPP em conjugação oom a inalação de oxigénio.
-38- QUADRO VIII
Efeitos do CPF + oxigénio sobre a eficacia anti-tumor — -·/
da ciclof osf amida
_ a „ Dias nec.pâ. Atraso no
Tratamento® Ne.deMirganhos crescer 6 mmD crescimento
14 12.5 -
5 17.8 5.3
4 17.1 4.5
5 16.6 4.1
6 20.8 8.3
a - animais de controlo = nenhum tratamento ; ciclofosfa mida = administrada uma dose única de 75 mg/kg de ciclo fosfamida por via i.p. ; CPE = administrada uma dose única de 20 ml/kg de F-DMA/F-NONAN duas horas antes da administração da ciclofosfamida; e oxigénio = mantidos numa atmosfera de 95% de oxigénio.+ 5% de durante 2 horas antes e 2 horas depois da administração da ciclp fosfamida. No grupo de CPF + oxigénio combinados o CPF foi administrado imediatamente antes dos murganhos serem colocados na atmosfera de oxigénio a 95%·
b - os dias necessários para se verificar um crescimento de 6 mm foram interpolados a partir das curvas de crescimen to dos tumores traçadas a partir dos resultados do teste
Exemplo 9
Quimíoprotecção e quimiossensibilizaçao in vivo
A combinação da quimiossensibilização de tumores hipóxicos a agentes quimioterapeuticos com protecção dos tecidos normais é efectuada pelo processo descrito por Tubas et al., "Treatment of Tumors with the Oombination of V/S-2721 and Cis-diclorodiamino platinum (II) or Cyclophosphamide", Br. J. Câncer (1980), 42, 574-585 θ nas publicações aí referidas, com as modificações introduzidas pelo tratamento simultâneo com 20 ml/kg de uma dispersão de CPE, como por exemplo a Dispersão B, tal como se descreve no Exemplo 8 atrás referido, afim de se conjugar as doses mais reduzidas de agentes quimioterapeuticos (75 mg/kg ) a inalação de ar ambiente,a inalação de uma mistura rica em oxigénio (95% 0g/ 5%00g 00 coa·'
trolos e outras condições que forem julgadas apropriadas.
Exemplo 10
Radioprotecção e radiossensibilização in vivo
A sensibilização dos tumores hipóxicos à irradiação por tratamento com composições do CPE do invento combinada com a radioprotecção dos tecidos normais na região do tratamento é obtida pelo processo descrito por Yuhas et al. "The Role of UR-2721 in Radiotherapy and/or Chemothorapy", Câncer Clinicai Trials (1980), 211-216 e nas publicações
aí referidas, com as modificações descritas no Exemplo 6 atrás mencionado a fim de ser feita a infusão simultânea de 20 ml/kg de uma composição do CPE, por exemplo a Dispersão 3, inalação de uma mistura rica em oxigénio (95% °U a:L' am-bicnte,
os controlos e outras condições que forem julgadas apropriadas
-40libertação Ae medicamentos hipofílicos
No decorrer dos estudos de quimiossensibilização in vitro no sistema de esferóides do neuroblastoma humano LAN-1 realizados essencialmente tal como foi descrito no Exemplo 4 acima mencionado, excepto para o facto da Adriamícina ser o agente quimioterapeutico utilizado, notou-se que a actividade anti-tumor da Adriamicina era inibida pelo material do CPP (Dispersão B do CPP). Isto sugeriu que o GPP podia estar a ligar fisicamente a Adriamicina reduzindo deste modo a concentração que se achava disponível para ser absorvida pelos
esferóides. Isto foi testado dissolvendo-se em água um análogo 14
radio-marcado da Adriamicina, a 0 -Daunomicina, adicionando a Dispersão B (ou em experiencias separadas o componente CPP puro da Dispersão B ), misturando durante 30 minutos, separando a fase GPP da fase aquosa e determinando a distribuição do medicamento pelas fases. No Quadro IX a seguir apresentado podem ver-se os resultados da experiencia e de experiencias semelhantes com outros medicamentos. Deverá notar-se que a Daunomicina mais lipofílica, se distribuía pela fase GPP, enquanto os outros medicamentos, menos lipofílicos, preferiam a fase aquosa. Daqui se conclui que, embora o GPP possa exercer um efeito inibi—· dor sobre medicamentos menos lipófilicos, a libertação de medicamentos lipofílicos é intensificada pelo CPP.
QUADRO IX
ASSOCIAÇÃO DE QUATRO MEDICAMENTOS PARA 0 TRATAMENTO DO OANCRO POR MEIO DA DISPERSÃO
DE OPE
Medioamentos
índice de % Medicamento em Emulsão
Lipofilicidade* Medicamento em Pase Aquosa
Daunomicina
Misonidazole
Metotrexato
NR-2721
0,79
0,43
0,014
0,002
3,77
0,04
0,07
0,05
*0 índice de lipofilicidade é o coeficiente de partição do medi· camento entre octanol e água.
41A solubilidade preferencial dos medicamentos lipofílicos em CPE fornece não só um meio de intensificação da acção de tais medicamentos nos animais, como fornece também a oportunidade para se controlar o tempo de permanência do medicamento no animal, por exemplo, pelo facto de prolongar o período de libertação do medicamento do CPE circulando para o plasma e para os orgãos visados. Por outras palavras, atra· vés da selecção apropriada de um medicamento do ponto de vista da sua relativa lipofilicidade numa dispersão de CPE, torna-se possível com um sistema de libertação aquoso manter um baixo nível de libertação do medicamento durante um período prolongado.
Exemplo 11
Intensificação da quimioterapia
0 exemplo que se segue ilustra a intensificação do efeito anti-tumor da Vincristina, um medicamento lipofílico ao qual os tumores são normalmente resistentes,pelo menos, a doses não-letais desse mesmo medicamento. Pensa-se que a intensificação seja devida à solubilidade preferencial do medicamento no CPE.
A partição da Vincristina entre as fases CPE e aquosa da Dispersão B foi estudada primeiro em comparação com a Daunomicina tal como se pode ver a seguir no Quadro X, em que "CPE" significa a fase CPE da Dispersão B.
-42-
quadro X
Medicamento Octanol:Água Coeficiente da partição3 CPP/H20b
1 hora 3 horas
Daunomicina 0,79 1,25 3,80
Vincristina 682 2,69 9,10°
a - Quanto mais elevado for 0 coeficiente de divisão octanol:
:água, tanto mais lipofílico será o medicamento.
b - razão das concentrações na emulsão e nas fases aquosas.
c - determinado por meio de bio-ensaio no sistema de esferóides
do neuroblastoma DAN-1.
Em seguida, a quimiossensibilização in vivo foi conduzida no carcinoma mamário MCa-11 essencialmente tal como foi descrito no Exemplo 8 atrás referido excepto no seguinte:
0 carcinoma mamário MCa-11 foi transplantado para a coxa de um murganho BAlB/c e deixado desenvolver até a um diâmetro de 6 mm, altura em que os animais foram tratados. Os animais de controlo receberam nma injecção de soro fisiológico, ao passo que o tratamento com Vincristina consistia numa dose única de 1,5 mg/ kg de Vincristina Administrada por via intraperitonal. 0 tratamento com OPE consistia numa injecção i.v. de 20 ml/kg de Dispersão B, seguida de duas horas de inalação da carbogénio (95% ^2^0 θ°2 e
soro de Vincristina tal como anteriormente, seguida de mais duas horas de inalação de carbogénio. Observou-se que 0 tratamento canVincristina sozinho não tinha qualquer efeito sobre o crescimento do tumor. Do mesmo modo, a administração da emulsão do CPE sozinha não exercia nenhum efeito sobre 0 tumor, mas quando combinada com a injecção de Vincristina, 0 cresci-
-AJmento do tumor era atrasado de aproximadamente 5 dias. A inalação de oxigénio foi incluída na experiencia para garantir que qualquer estímulo do mecanismo activo de fluxo não se sobre_ pusesse a quaisquer benefícios potenciais adquiridos através de uma libertação mais vantajosa do medicamento. Os estudos in vitro que estão entretanto a ser efectuados indicam que os benefícios obtidos pela combinação GPE-Vincristina não são dependentes do oxigénio. Além disso, não foi possível detectar uma intensificação da toxicidade do hospedeiro da Vincristina quando combinada com a dispersão do CPP. Assim, pensa-se que as dispersões de CPE tem o potencial para libertar níveis reduzidos do medicamento durante períodos prolongados.
Ê também evidente que aliando material CPE e medicamentos baseados na sua lipofilicidade relativa, a eficácia dos iàedicamentos pode ser controlada numa grande variedade de tratamentos. Em alguns casos o efeito pode ser a intensificação da actividade. Em outros casos a diminuição da actividade ou o prolongamento da actividade pode ser o resul tado preferido. Estes benefícios podem ser alcançados quar o material CPE seja ou não utilizado também como agente transportador de oxigénio.

Claims (13)

  1. REIVINDICAÇÕES
    lã. - Processo de preparação de uma composj. ção farmacêutica aquosa, caracterizado por compreender um perfluoro carboneto emulsificado e um produto lipofílico, um agente quimioterapêutico, um agente protector quimioterapêutico ou um agente radioprotector ou uma mistura de dois ou mais destes agentes.
  2. 2ã. - Processo de preparação de uma composi ção farmacêuticamente aquosa de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por o referido composto de perfluorocarboneto ser um hidrocarboneto ciclico perfluorado.
  3. 3ã. _ Processo de preparação de uma composição farmacêutica aquosa de acordo com a reivindicação 2, caracterizado por o referido hidrocarboneto cíclico perfluorado ser não-aromatízavel, policíclico e conter pelo menos dois átomos de carbono em testa de ponte ligados por meio de uma ponte contendo pelo menos um átomo de carbono.
  4. 4&. - Processo de preparação de uma composição farmacêutica aquosa de acordo com qualquer das reivindi- .· cações precedentes, caracterizado por a dimensão média das par tículas do perfluorocarboneto emulsificado ser na ordem dos 0,05 a 0,2 microns.
  5. 5â. - Processo de preparação de uma composição farmacêutica aquosa de acordo com qualquer uma das rei vindicações precedentes, caracterizado por se encontrar presen te um agente quimioterapêutico e por o referido agente ser o mototrexato.
  6. 6ã. _ Processo de preparação de uma composição farmacêutica aquosa de acordo com qualquer uma das rei vindicações precedentes, caracterizado por se encontrar presen te um agente quimioterapêutico e 0 referido agente quimioterapêutico ser a ciclofosfamida.
    -457â. _ Processo de preparação de uma composição farmacêutica aquosa de acordo com qualquer uma das rei vindicações 1 a 5» caracterizado por compreender um produto li pofílico e o referido produto ser a Daunomicina.
  7. 8ã. - Processo de preparação de uma composição farmacêutica aquosa de acordo com qualquer uma das rei vindicações 1 a 5, caracterizado por compreender um produto li pofílico e por o referido produto ser a Vincristina.
  8. 9â. _ Processo de preparação de uma composição farmacêutica aquosa de acordo com qualquer uma das rei vindicações precedentes, caracterizado por conter ainda um dis persante.
  9. 10ã. - Processo de preparação de uma composição farmacêutica aquosa de acordo com a reividncação 7» caracterizado por o referido dispersante ser seleccionado entre os condensados de óxido de etileno e um aduto de óxido de propileno e propileno glicol e óxidos de amidoamino fluorados.
    llã. - Processo de preparação de uma composição farmacêutica aquosa de acordo com qualquer uma das rei vindicações precedentes, caracterizado por compreender ainda um agente radiopaco.
  10. 12ã. - Processo de preparação de uma emulsão aquosa de um perfluorocarboneto, caracterizado por ser uti lizado na intensificação da actividade dos produtos lipofílicos da quimioterapia ou do tratamento quimioterapêutieo ou radioterapêutico do câncro.
  11. 13â· - Processo de preparação de uma emulsão aquosa do perfluorocarboneto usado na composição de qual quer uma das reivindicações de 1 a 11, caracterizado por com preender um processo de dispersão em duas fases, em que o perfluorocarboneto é disperso primeiro numa solução aquosa do dis persante a fim de produzir uma emulsão oom partículas de 0,5 a
    -461 micron de dimensão e por a emulsão assim formada ser poste riormente submetida a uma outra fase de dispersão a fim de pro. duzir uma emulsão com partículas de 0,05 a 0,2 u de dimensão.
  12. 14ã. - Processo de acordo com a reivindica ção 15, caracterizado por o dispersante empregado ser seleccio. nado entre os condensados de óxido de etileno e um aduto de óxido de propileno e propileno glicol e óxidos de amidoamina fluorados.
  13. 15â. - Processo de acordo com qualquer uma das reivindicações 15 e 14, caracterizado por o perfluorocarbo. neto ser pré-saturado com dióxido de carbono.
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