PT2617911T - Processo e sistema para a construção de um edifício - Google Patents

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PT2617911T
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PT131522773T
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Malakauskas Giedrius
Baltramiejunas Marius
Dieter Müller Harald
Roger Andersson Erik
Hattig Thomas
Torben Sodemann Steen
Müller Philip
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Vastint Hospitality B V
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Description

DESCRIÇÃO
"PROCESSO E SISTEMA PARA A CONSTRUÇÃO DE UM EDIFÍCIO" CAMPO TÉCNICO A presente invenção refere-se a sistemas de construção, e em particular a processos para a construção de edifícios por meio de elementos pré-fabricados; em particular edifícios com múltiplos quartos como hotéis, casas de estudantes, hospitais, etc.
ANTECEDENTES É hoje um procedimento conhecido utilizar diferentes tipos de elementos pré-fabricados quando se constrói um complexo de edifícios. Já na década de 1960, e talvez mesmo antes disso, foi utilizado o conceito de construção de módulos pré-fabricados. Os módulos podiam, por exemplo, incluir uma casa de banho, uma cozinha ou semelhantes. Este módulo era, então, compatível para ser instalado num complexo de edifícios; cf., por exemplo, os documentos GB-A-1213009 e NL-A-6903809 O documento EP-A-462790 divulga um sistema de construção que compreende quartos formados a partir de unidades de quartos pré-fabricadas, em que as unidades incluem paredes e um tecto. As unidades de quarto são dispostas em filas, em que cada fila tem pares de unidades de quarto adjacentes e em que cada par de unidades é uma imaqem de espelho estrutural um em relação ao outro. Apesar de os elementos serem pré-fabricados ainda existe uma grande quantidade de trabalho a ser feito com o interior antes do edifício estar pronto para ser utilizado como, por exemplo, um hotel. 0 trabalho no local da construção é demorado e caro uma vez que devem ser contratados muitos trabalhadores para terminar os interiores. Assim, este sistema conhecido envolve altos custos que provavelmente são a principal razão pela qual não foi posto em prática. Um sistema de construção de tipo semelhante é conhecido a partir do documento WO-A-2005/088021. 0 documento US-A-2005/0108957 descreve um módulo pré-fabricado que se destina a ser utilizado num edifício de vários pisos. Os módulos podem conter uma casa de banho, uma cozinha, uma escada, ou uma combinação dos elementos mencionados anterioremte e podem ser empilhados uns em cima dos outros e, em seguida, instalados em simultâneo com a estrutura circundante. Um módulo pode ser configurado para ter uma disposição de quarto duplo, o que significa que o módulo irá incluir, por exemplo, duas casas de banho que são uma imagem de espelho uma da outra. Além disso, cada módulo tem um poço vertical que inclui acessórios tais como abastecimento de água, esgoto de resíduos e poço de ventilação. Este sistema conhecido é complicado e sofre do mesmo problema do sistema dispendioso acima descrito.
No que se refere à técnica anterior, o documento WO-A-2006/13653 também pode ser mencionado uma vez que divulga uma unidade modular de serviço pré-fabricada. No entanto, esta publicação não propõe a pré-fabricação de baixo custo baseada em estruturas não complexas. Assim, as unidades modulares de serviços propostas não são adequadas para projectos de construção do tipo que o mercado hoje exige.
Elementos pré-fabricados para edifícios incluem não só os elementos modulares de serviços e similares, mas também vários tipos de elementos de parede e painéis. Um exemplo de um tal elemento é divulgado no documento EP-A-565842. No entanto, este elemento conhecido constitui apenas uma parte de um edifício e a publicação não sugere qualquer solução global para o problema de como construir um edifício inteiro que obedeça às actuais exigências de projectos de construção de baixo custo a serem realizados sob pressão do tempo. A escolha do processo de construção depende, normalmente, do tipo de casa a ser construído e para que finalidade. Embora os processos conhecidos de construção possam variar de muitas maneiras, a maioria deles são demorados. Como o tempo de construção é um factor crucial para a eficiência do custo do edifício, há sempre a necessidade de melhorar os processos de montagem, especialmente para edifícios grandes e complexos, tais como edifícios de múltiplos residentes ou similares. 0 documento WO-A-2008/102152 descreve um processo de construção de um edifício com módulos pré-fabricados, em que cada módulo define um quarto com, por exemplo, uma área de casa de banho. Os módulos podem ser iquais ou de dois tipos diferentes, e que são configurados para serem empilhados uns sobre os outros para formarem um edifício de vários pisos. 0 documento WO-A-OO/34593 divulga um processo de construção que utiliza dois tipos diferentes de módulos, isto é, um módulo em forma de U e um módulo em forma de L. Os módulos são combinados no local para formar a estrutura de suporte de um edifício de vários pisos. Uma vez que os módulos não são pré-fabricados há muitos desafios parciais com este processo de construção. Particularmente, o processo de construção proposto é desvantajoso uma vez que todas as diferentes peças dos módulos parciais devem ser fabricadas com elevada precisão para se ajustarem umas com as outras. Mais peças e módulos parciais irão aumentar o risco de cometer um erro na produção ou na montagem. Muitas peças de diferentes tamanhos e formas também se transforma num problema quando as transportamos para o local da montagem. 0 espaço do transporte não pode então ser optimizado para as peças embaladas no mesmo. 0 processo proposto não é, portanto, muito flexível, pois as diferentes formas dos módulos exigem recursos logísticos especialmente adaptados.
Um outro exemplo de um processo de construção é descrito no documento CA-A-2046217. Neste documento é proposta uma solução que envolve uma unidade de construção que compreende pelo menos quatro unidades de habitação que se supõem serem liqadas umas às outras, horizontalmente ou verticalmente. As unidades de habitação compreendem módulos que incluem diferentes tipos de interior, dependendo da sua localização e finalidade.
Tendo em conta os processos de construção anteriormente apresentados ainda existe uma necessidade para um processo melhorado, que permita um tempo de montagem reduzido.
SUMARIO
Um objectivo da presente invenção é o de proporcionar uma nova técnica para a construção de edifícios que é melhorada em relação à técnica anterior.
Um objectivo particular é o de proporcionar um processo de construção que é de baixo custo em comparação com os processos de construção da técnica anterior.
Um objectivo adicional é o de proporcionar um processo de construção que permite uma redução do tempo de montagem no local.
Ainda um outro objectivo é o de proporcionar um processo de construção versátil que pode ser utilizado para proporcionar uma vasta gama de tipos de edifícios e aplicações. É também um objectivo da presente invenção ultrapassar ou pelo menos mitigar as desvantagens acima mencionadas ao proporcionar um processo de construção melhorado que torna a montagem no local mais eficiente.
Um outro objectivo da presente invenção é o de proporcionar um processo de construção que permite uma menor necessidade de pessoal no local da construção.
Ainda um outro objectivo da presente invenção é o de proporcionar um processo de construção que permite uma melhor qualidade do edifício.
Um objectivo adicional é o de proporcionar um processo de construção que é optimizado em relação à logística e, portanto, permite uma maior eficiência do transporte.
Estes objectivos foram agora atingidos por uma técnica que tem as características definidas nas reivindicações independentes anexas. Modelos de realização preferidos são definidos nas reivindicações dependentes.
Conceito geral
Uma ideia do conceito inventivo geral é combinar de uma maneira nova os benefícios das técnicas de construção modular com os benefícios das técnicas de construção à base de painéis, a fim de proporcionar um processo de construção que é altamente vantajoso em relação aos processos conhecidos da técnica anterior.
Outra ideia é proporcionar módulos pré-fabricados produzidos de acordo com processos de produção industrial e utilizar esses módulos na construção de diferentes tipos de edifícios. Assim, os módulos, bem como os painéis e as lajes, podem ser fabricados numa linha de produção utilzando um elevado grau de automatização.
Ainda uma outra ideia consiste em proporcionar um processo de construção que é particularmente vantajoso para edifícios de múltiplos residentes. De preferência, o processo de construção é aplicado aos edifícios com múltiplos quartos, em que cada residente ocupa um dos quartos, tais como hotéis, casas de estudantes, hospitais, etc.
De acordo com um primeiro aspecto, é proporcionado um processo para proporcionar, pelo menos, uma parte de um edifício, que compreende as fases: (a) de pré-fabricar um módulo: (i) montando quatro paredes que se estendem entre um pavimento e um tecto para formar uma forma cubóide rectangular, sendo o referido módulo construído como uma estrutura de suporte de carga (ii) proporcionando, pelo menos, um compartimento no interior da referida forma cubóide, (iii) criando uma zona húmida no interior do referido módulo ao proporcionar camadas impermeáveis nos lados interiores das paredes e do pavimento do referido compartimento, (iv) providenciando instalações técnicas no interior da referida forma cubóide; (v) proporcionando equipamento interior na referida forma cubóide, (vi) proporcionando o módulo pré-fabricado com meios de engate pré-montados para o posterior engate com painéis pré-fabricados ou lajes pré-fabricadas ou outros módulos pré-fabricados por meio de dispositivos de ligação e (vii) proporcionando um espaço de serviço no topo ou no fundo do módulo através da montagem das referidas quatro paredes que se estendem entre o referido pavimento e o referido tecto de tal modo que os bordos superiores das referidas quatro paredes se estendem para além da superfície exterior do tecto, ou de tal modo que os bordos inferiores das referidas quatro paredes se estendem para além da superfície exterior do pavimento, o referido espaço de serviços proporciona acesso a uma extremidade dos meios de acoplamento de, pelo menos, uma instalação técnica; (b) de pré-fabricar uma pluralidade de painéis e lajes, sendo cada um dos mesmos construído como uma estrutura de suporte de carga proporcionada com um elemento de núcleo de madeira (i) proporcionando cada painel pré-fabricado e laje pré-fabricada com meios de engate pré-montados para o posterior engate com um módulo pré-fabricado ou com outro painel ou laje por meio de dispositivos de ligação; e (c) de ligar a referida pluralidade de painéis e lajes a uma face lateral do referido módulo - por meio dos referidos meios de engate e dispositivos de ligação - para proporcionar a referida parte de um edifício de tal modo que a referida face lateral do referido módulo com a referida pluralidade de painéis pré-fabricados e lajes pré-fabricadas formam uma nova forma cubóide rectangular. 0 espaço de serviço é vantajoso uma vez que pode ser utilizado para armazenar e permite o acesso a partes das instalações técnicas. A extremidade dos meios de acoplamento de, pelo menos, uma instalação técnica é acessível na área formada por cima do tecto do módulo, isto é, o espaço de serviço por cima do módulo, ou na área formada por baixo do pavimento do referido módulo, isto é, o espaço de serviço por baixo do módulo.
Ao ter meios de engate pré-montados no módulo, bem como nos painéis e nas lajes, a construção pode ser feita de forma muito precisa, aumentando assim a qualidade do edifício e facilitando o trabalho de construção,
As camadas impermeáveis podem ser proporcionadas em partes das paredee interiores e das superfícies do pavimento do compartimento no interior do módulo, ou em todas as paredes interiores e em todas as superfícies do pavimento do compartimento. Opcionalmente, também a superfície interior do tecto do módulo pode, pelo menos, em parte, ser coberta por camadas impermeáveis. A fase de proporcionar camadas impermeáveis para criar a zona húmida no interior do módulo pode ser realizada cobrindo uma parte dos lados interiores das paredes e lajes com as camadas interiores impermeáveis. Assim, não são necessárias estruturas adicionais para proporcionar a zona húmida, o que reduz o custo e complexidade quando se fabrica o módulo. Além disso, as camadas interiores impermeáveis são proporciondas apenas onde elas são realmente necessárias.
Além disso, a fase de proporcionar camadas interiores impermeáveis para criar a zona húmida no interior do módulo pode, por outro lado, ser realizada cobrindo totalmente os lados interiores das paredes e das lajes com as camadas interiores impermeáveis. A fase de proporcionar camadas interiores impermeáveis é preferencialmente realizada através da aplicação de camadas sólidas ou camadas líquidas.
De preferência, a fase de proporcionar camadas impermeáveis para criar a zona húmida no interior do módulo é realizada cobrindo a totalidade, ou uma parte, dos lados interiores das paredes e das lajes através da aplicação de camadas impermeáveis interiores sólidas ou líquidas. A forma cubóide rectangular adicional acima mencionada forma um quarto para um residente, por exemplo, um estudante de uma casa de estudantes ou um hóspede de um hotel, etc. A fase de pré-fabricar o módulo pode ainda compreender proporcionar paredes divisórias interiores para formar, pelo menos, dois compartimentos no interior da forma cubóide. A fase de proporcionar paredes divisórias interiores pode ser realizada de tal modo que são formados dois compartimentos separados, e em que cada um dos referidos compartimentos está pronto para ser ocupada pelo seu próprio residente. Isto é vantajoso na medida em que um único módulo pode compreender as zonas húmidas necessárias para dois quartos, sendo cada um dos quartos proporcionado para o seu próprio residente.
Os interiores dos dois compartimentos separados podem ser simétricos ao longo de uma linha central do referido módulo. Assim, o custo de fabrico de todo o módulo é reduzido. 0 módulo pode ser formado com dimensões de aproximadamente 6,5 - 7,0 m de comprimento, cerca de 2,5 m de profundidade, e cerca de 3,0 m de altura. Estas dimensões são particularmente vantajosas devido a razões logísticas, uma vez que as dimensões correspondem à capacidade de carga normal de um reboque. Assim, um camião pode transportar um número de módulos colocados num reboque atrelado desde do local de fabrico até o local da construção com um mínimo da capacidade de carga não utilizada. De preferência, os módulos são desenhados de tal maneira que dois módulos podem ser transportados num reboque standard. O processo compreende a fase de proporcionar as quatro paredes do módulo providenciando um núcleo de madeira plana adjacente a pelo menos uma camada de isolamento, que também pode ser proporcionada para o tecto e para o pavimento. Para a construção de edifícios de múltiplos residentes, a escolha de madeira, e em particular a madeira laminada cruzada, tem provado ser preferida devido às características dos materiais e à eficácia do custo. O processo pode ainda compreender a fase de proporcionar a referida camada de isolamento como uma estrutura multicamada que compreende uma camada interior de material de amortecimento acústico e/ou de material resistente ao fogo, opcionalmente de material de isolamento térmico, e uma camada exterior, preferencialmente de placa de gesso. Assim, é proporcionada uma construção muito robusta e segura. A fase de montagem das quatro paredes que se estendem entre um pavimento e uma tecto pode ainda compreender proporcionar, pelo menos, uma abertura na parede que forma uma parte da outra forma cubóide rectangular, e, pelo menos, uma abertura na parede oposta do referido módulo, sendo as referidas aberturas opcionalmente proprocionadas com portas. Assim, o acesso do residente ao interior do módulo é feito de uma maneira fácil. A fase de providenciar instalações técnicas no interior da referida forma cubóide compreende providenciar, pelo menos, uma conduta de ventilação, pelo menos um cabo da rede eléctrica, pelo menos um cabo eléctrico de baixa tensão, opcionalmente ligado a, pelo menos, um quadro de distribuição, pelo menos um tubo de abastecimento de água e, pelo menos, um tubo de esgoto de água; de preferência, também um sistema de aquecimento à base de água, um sistema de arrefecimento, e/ou um sistema extintor por água pulverizada ("sprinkler system") no interior do referido módulo. Isto é vantajoso na medida em que todas as necessárias instalações que podem possivelmente ser necessárias já estão previstas no módulo, o que torna o módulo completamente acabado e pronto para ser montado e ligado aos painéis e às lajes. A fase de proporcionar, pelo menos, um compartimento pode ser realizada de tal modo que dois grandes compartimentos são formados, e pelo menos um poço é formado para as referidas instalações técnicas. Deste modo, as instalações técnicas estão localizadas em áreas dedicadas, pelo que o interior dos compartimentos principais, que irá ser ocupado por residentes, pode ser desenhado de uma forma muito atraente, sem quaisquer condutas perturbadoras, poços, ou similares.
Pelo menos uma conduta de ventilação pode estender-se no interior de um primeiro poço, e de preferência, pelo menos um cabo da rede eléctrica, pelo menos um cabo eléctrico de baixa tensão, incluindo o quadro de distribuição opcional, pelo menos um tubo de abastecimento de água, e pelo menos um tubo de esgoto de água podem estender-se no interior de um segundo poço. Tal disposição das instalações técnicas é muito eficiente e pode proporcionar acesso fácil para serviço e manutenção das instalações técnicas. Num modelo de realização, os referidos primeiro e segundo poços podem ser formados num espaço comum o que facilita, por exemplo, a inspecção e a manutenção. A fase de proporcionar equipamento interior no interior da referida forma cubóide pode compreender a instalação de uma casa de banho e, opcionalmente, uma kitchenette no referido módulo. Além disso, a fase de proporcionar equipamento interior no interior da referida forma cubóide pode compreender a instalação de mobiliário e/ou de acessórios no módulo. Por ter tal equipamento pré-instalado, a qualidade das instalações do equipamento pode ser extremamente elevada, uma vez que é feita numa fábrica fora do local. Além disso, o tempo de construção no local de construção é bastante reduzido. Em modelos de realização alternativos, alguns acessórios e/ou peças de mobiliário são pré-instalados numa fábrica fora do local e outros acessórios/mobiliário podem ser instalados no local após a construção do edifício. A fase de pré-fabricar uma pluralidade de painéis e lajes pode ser realizada providenciando um núcleo de madeira plana adjacente a, pelo menos, uma camada de isolamento para cada um dos referidos painéis e lajes. Assim, os painéis e as lajes podem ser feitos no mesmo material que as paredes do módulo o que reduz a quantidade de equipamento diferente necessário para o fabrico das partes necessárias. Além disso, os painéis e as lajes podem ser fabricados, de preferência, na mesma instalação de fabrico do módulo, pelo que toda a logística do processo de construção pode ser optimizada.
Quanto às paredes dos módulos, o núcleo de madeira plana pode ser formado por madeira laminada cruzada, de preferência colada ou pregada. Em certas circunstâncias, pode ser utilizada a chamada soldadura de madeira para a obtenção de madeira laminada cruzada adequada. 0 processo pode ainda compreender a fase de proporcionar pelo menos uma das referidas camadas de isolamento como uma estrutura multicamada que compreende uma camada interior de material de amortecimento acústico e/ou de material resistente ao fogo, opcionalmente de material de isolamento térmico, e uma camada exterior, de preferência, de placa de gesso.
Além disso, o processo pode compreender a fase de proporcionar guias ocas para cabos eléctricos, no interior dos referidos painéis e/ou lajes. Assim, os painéis e lajes são preparados para serem montados nos módulos pré-fabricados, e proporcionarão uma maneira muito eficiente de organizar as instalações necessárias ao quarto formado pelos referidos painéis. Os cabos eléctricos, bem como outras instalações técnicas necessárias nos painéis/lajes, também podem ser pré-instalados na fábrica antes da entrega no local da montagem. A fase de ligar a referida pluralidade de painéis e lajes a uma face lateral do referido módulo pode ser realizada ligando uma primeira parede a um bordo lateral do referido módulo, uma segunda parede a outro bordo lateral do referido módulo, uma terceira parede à porção central do referido módulo, uma primeira laje de pavimento à primeira e terceira parede, respectivamente, uma segunda laje de pavimento à segunda e terceira parede, respectivamente, uma quarta parede à porção de bordo lateral livre da primeira e da terceira parede, respectivamente, uma quinta parede à porção de bordo lateral livre da segunda e da terceira parede, respectivamente, uma primeira laje de tecto às porções do bordo superior livres da primeira e da terceira parede, respectivamente, e uma segunda laje de tecto às porções do bordo superior livres da segunda e da terceira parede, respectivamente. Assim, é proporcionada uma parte de dois quartos de um edifício, pelo que o módulo é dividido em duas zonas húmidas separadas. A referida quarta parede e a referida quinta parede podem ser formadas como uma peça única, ou a referida quarta parede e/ou a referida quinta parede pode ser formada como uma peça única com uma parede disposta alinhada verticalmente com a referida quarta ou quinta parede. Isto é vantajoso em casos em que o transporte e a logística permitem painéis maiores. A fase de ligar a referida pluralidade de painéis e lajes a uma face lateral do referido módulo pode compreender proporciar, pelo menos, um conector estático e, pelo menos, um conector dinâmico para ligar, pelo menos, um dos referidos painéis e/ou lajes ao referido módulo. Esta combinação de um conector estático e um dinâmico tem provado ser muito eficiente e proporciona uma ligação muito robusta e, ao mesmo tempo, proporciona uma fácil manipulação. Neste caso, por ligação estática entende-se, de uma forma geral, a interligação de dois ou mais elementos de construção por um tipo de engate mecanicamente estático. Por ligação dinâmica entende-se, neste caso e de uma forma geral, a interligação de dois ou mais elementos de construção que são puxados em conjunto, de modo que os elementos são pressionados uns contra os outros numa ligação apertada. 0 processo pode ainda compreender a fase de ligar, pelo menos, dois módulos pré-fabricados um ao outro na direcção do comprimento dos módulos e/ou a fase de ligar, pelo menos, dois módulos pré-fabricados um ao outro na direcção da altura dos módulos. Assim, os módulos são proporcionados como uma espinha dorsal de um edifício alongado, o que é altamente vantajoso uma vez que os módulos incluem as zonas húmidas e as instalações técnicas. Ao ter todas as instalações técnicas alinhadas, as tubagens e condutas necessárias podem ser proporcionadas de uma forma confiável e eficiente. 0 processo pode ainda compreender a fase de alinhamento vertical de um primeiro módulo com um módulo adjacente por meio de reentrâncias de alinhamento proporcionadas na porção do bordo superior do referido primeiro módulo e por correspondentes saliências de alinhamento na porção do bordo inefrior do referido módulo adjacente. Ao ter essas saliências e reentrâncias de alinhamento preparadas nos módulos pode ser conseguido um alinhamento muito preciso. A disposição das saliências e das reentrâncias pode também ser trocada entre si, de tal modo que as saliências de alinhamento são proporcionadas na porção do bordo superior do primeiro módulo, e as reentrâncias de alinhamento são proporcionadas na porção do bordo inferior do módulo adjacente.
Os meios de alinhamento, isto é, as saliências e as correspondentes reentrâncias, também servem como meios de ancoragem estabilizadores que contribuem para a estabilização de todo o edifício em caso de ventos fortes, pequenos sismos, etc.
Num modelo de realização é proporcionado um processo para a construção de um edifício de múltiplos quartos. 0 processo compreende as fases de: proporcionar uma primeira parte de um edifício de acordo com o primeiro aspecto acima descrito, proporcionar um corredor que se estende ao longo de uma face lateral da referida primeira parte; e proporcionar uma segunda parte de um edifício de acordo com o primeiro aspecto, em que a referida segunda parte do referido edifício está disposta no lado oposto do referido corredor.
Este processo de construção de múltiplos quartos pode ainda compreender a fase de estender o referido edifício de múltiplos quartos numa direcção vertical de modo a que cada parte do edifício, proporcionada de acordo com o processo do primeiro aspecto, de um piso específico está alinhada verticalmente com a parte subjacente do edifício. 0 processo de construção de múltiplos quartos pode ainda compreender a fase de estender o referido efifício de múltiplos quartos numa direcção horizontal, de tal modo que cada parte do edifício, proporcionada de acordo com o processo do primeiro aspecto, de um primeiro lado do corredor está alinhada com uma correspondente parte do edifício no lado oposto do corredor.
De acordo com um segundo aspecto, é proporcionado um edifício que compreende, pelo menos, uma parte do edifício construída por um processo de acordo com o primeiro aspecto acima descrito. 0 edifício de múltiplos quartos pode compreender um corredor que se estende horizontalmente, pelo menos, uma primeira parte de um edifício disposta num primeiro lado do referido corredor, e uma segunda parte de um edifício disposta no lado oposto do referido corredor, em que a segunda parte do edifício está alinhada com a primeira parte do edifício. 0 edifício de múltiplos quartos pode ainda compreender partes adicionais de um edifício dispostas no topo das partes já proporcionadas do edifício, de modo que uma parte do edifício de um piso específico está verticalmente alinhada com a parte subjacente do edifício. 0 processo de construção de um edifício de múltiplos quartos pode compreender as fases de proporcionar módulos pré-fabricados prontos a utilizar com zonas húmidas interiores, guias de cabos eléctricos pré-instaladas, condutas de abastecimento de água e de esgoto, e condutas de ventilação; de proporcionar painéis de parede pré-fabricados com guias de cabos eléctricos pré-instaladas; de providenciar os módulos alinhados; e de formar quartos construídos por painéis rectangulares com ligação aos módulos, uma parede de um módulo define um lado de cada quarto e três painéis pré-fabricados definem os três lados restantes do quarto, de tal modo que os referidos módulos e quartos construídos por painéis formam, pelo menos, um piso do referido edifício. 0 processo de construção de múltiplos quartos pode ainda compreender a fase de dispor módulos pré-fabricados adicionais uns em cima dos outros para formar um edifício de vários pisos com quartos construídos por painéis que se estendem perpendicularmente a partir dos módulos alinhados.
Os processos anteriormente mencionados podem ainda compreender a fase de proporcionar revestimento da fachada na superfície exterior do referido módulo e/ou painéis.
Montagem no local
Uma ideia da montagem no local consiste em proporcionar um processo de construção que faz uso de uma série de módulos pré-fabricados, e de uma série de painéis pré-fabricados e lajes pré-fabricadas. Os módulos, cada um compreendendo as zonas húmidas de pelo menos um quarto ou apartamento associado, estão alinhados horizontalmente e/ou verticalmente para estender o edifício de múltiplos residentes. 0 processo de construção é realizado estendendo a(s) fila(s) do módulo em diferentes direcções ao mesmo tempo, enquanto os painéis e as lajes são ligados aos módulos à medida que são ligados à(s) fila(s). Assim, o edifício pode ser construído muito rapidamente uma vez que vários trabalhadores da construção civil podem trabalhar em diferentes quartos ao mesmo tempo. A montagem no local compreende a fase de pré-fabricar uma pluralidade de módulos, cada um dos quais pela montagem de quatro paredes que se estendem entre um pavimento e o tecto, para formar uma forma cubóide rectangular, proporcionando, pelo menos, um compartimento no interior da referida forma cubóide, proporcionando camadas impermeáveis nas paredes interiores e no pavimento do referido compartimento para a criação de uma zona húmida no interior do referido módulo, providenciando instalações técnicas no interior da dita forma cubóide, e proporcionando equipamento interior no interior da referida forma cubóide. Além disso, a montagem no local compreende as fases de pré-fabricar uma pluralidade de painéis e lajes; de distribuir pelo menos uma parte da referida pluralidade de módulos numa fila horizontal de tal modo que, pelo menos, uma primeira parede de um módulo está disposta muito próxima de uma primeira parede de um módulo adjacente; e para cada módulo ligar, pelo menos, uma parte da referida pluralidade de painéis e de lajes a uma extremidade lateral do referido módulo para proporcionar uma parte de um edifício de modo a que uma das paredes de cada módulo em conjunto com os referidos painéis pré-fabricados e lajes pré-fabricadas formam uma nova forma cubóide retangular. A fase de distribuir os referidos módulos pode ser realizada dispondo um primeiro módulo numa posição central, e estendendo subsequentemente a fila horizontal em pelo menos uma direcção a partir do referido primeiro módulo. Assim, o edifício pode ser construído em paralelo em várias posições no local de montagem, reduzindo assim o tempo de construção exigido no local. A montagem no local pode ainda compreender dispor um segundo módulo em paralelo ao referido primeiro módulo, a uma distância predeterminada, e estendendo uma linha horizontal em, pelo menos, uma direcção a partir do referido segundo módulo de maneira que as referidas filas horizontais estão alinhadas umas com as outras. Assim, é proporcionado um corredor entre as duas filas horizontais dos módulos. Isto significa que o edifício pode ser construído em quatro direcções ao mesmo tempo. Para isso, a fase de estender a fila horizontal de módulos pode ser realizada em pelo menos duas direcções simultaneamente. A descrição acima feita pode compreender ainda a fase de distribuir uma outra série de módulos numa fila vertical a partir do referido primeiro e/ou segundo módulo de maneira que a referida fila vertical corresponde a vários pisos do edifício de múltiplos residentes. Assim, o edifício estende-se verticalmente como um edifício de vários pisos. A fase de distribuir uma nova série de módulos numa fila vertical pode, assim, ser realizada antes, simultaneamente ou após a fase de distribuir, pelo menos, uma parte da referida pluralidade de módulos numa fila horizontal. A fase de distribuir, pelo menos, uma parte da referida pluralidade de módulos num fila horizontal pode ser realizada por vários pisos simultaneamente. A fase de ligar, pelo menos, uma parte da referida pluralidade de painéis e de lajes a uma face lateral de cada módulo pode ser realizada por, pelo menos, dois módulos simultaneamente. Por isso, os quartos são selados de forma rápida, permitindo assim a diminuição do tempo de construção no local. A fase de ligar, pelo menos, uma parte da referida pluralidade de painéis e de lajes a uma face lateral de cada módulo pode ser realizada simultaneamente nas referidas pelo menos duas direcções da fila horizontal. A fase de ligar, pelo menos, uma parte da referida pluralidade de painéis e de lajes a uma face lateral de cada módulo pode ainda ser realizada simultaneamente por pelo menos dois módulos da linha vertical. A montagem no local pode ainda compreender a fase de proprocionar revestimanto de fachadas na superfície exterior do referido módulo e/ou painéis.
Além disso, isso pode ainda compreender a fase de alinhar um módulo adicional em relação ao primeiro ou segundo módulo, por meio de saliências e das correspondentes reentrâncias proporcionadas no módulo adicional e no primeiro ou no segundo módulo, respectivamente.
Na montagem no local, os módulos pré-fabricados, painéis e lajes são, de preferência, ligados por uma série de conectores estáticos e/ou conetcores dinâmicos ou unidades de ligação formando combinações de conectores estáticos e dinâmicos.
Um kit de componentes de construção utilizados para o presente conceito pode compreender, pelo menos, um módulo pré-fabricado, uma série de painéis pré-fabricados e lajes pré-fabricadas, e uma série de dispositivos de ligação para ligar os componentes de construção.
Neste contexto, um edifício é, de preferência, um edifício de múltiplos guartos para vários residentes. Tais edifícios podem, por exemplo, ser um edifício gue inclui uma grande quantidade de apartamentos de estudantes, um hotel, um hospital, ou outros tipos similares de edifícios. Além disso, uma parte de um edifício deve, portanto, ser entendida como uma parte do tal edifício de múltiplos residentes, parte essa que corresponde a um apartamento, a um quarto de hotel, a um quarto de hospital, etc.
Pela expressão forma cubóide rectangular entende-se uma estrutura do tipo caixa de tipo geral.
BREVE DESCRIÇÃO DOS DESENHOS
Modelos de realização da presente invenção serão descritos a seguir com referência aos desenhos esquemáticos anexos, que ilustram exemplos não limitativos do conceito da invenção. A Fig. 1 mostra um módulo pré-fabricado (a chamada caixa húmida) colocado sobre uma fundação, numa fase inicial da construção de um edifício. A Fig. 2 mostra como duas filas de módulos estão alinhadas sobre a fundação e espaçadas por um corredor. A Fig. 3 mostra como as lajes de pavimento são colocadas sobre a fundação formando assim o pavimento do corredor, bem como dos quartos a serem construídos do lado de fora dos módulos alinhados. A Fig. 4 mostra como painéis de parede pré-fabricados são montados verticalmente e ligados à linha esquerda dos módulos. A Fig. 5 mostra como mais painéis de parede são montados verticalmente e ligados à linha direita de módulos, enquanto que painéis de fachada pré-fabricados são montados em sequência nos painéis de parede do lado esquerdo do edifício em construção. A Fig. 6 mostra como lajes superiores são montadas nos painéis de parede verticais no lado esquerdo do edifício formando assim um grupo de quartos, enquanto que painéis de fachada são montados nos painéis de parede no lado direito do edifício. A Fig. 7 mostra um piso térreo completo do edifício e como um primeiro piso é iniciado por módulos que são colocados no topo dos módulos inferiores. A Fig. 8 mostra o edifício com um piso térreo completo e um primeiro piso completo construído por módulos e painéis. A Fig. 9 é uma vista explodida da Fig. 8, onde os elementos são ilustrados separadamente a título de ilustração.
As Figs 10A-10B mostram como um edifício do tipo mostrado nas Figs 1-9 pode ser montado em duas direcções opostas.
As Figs 11A-11E mostram o processo de construção de um edifício de vários pisos do tipo mostrado na Fig. 10. A Fig. 12 é uma vista lateral de um edifício de vários pisos do tipo mostrado na Fig. 11. A Fig. 13 é um corte ao longo da linha de corte 13-13 na Fig. 12.
As Figs 14A-14G são vistas de topo de configurações alternativas de edifícios construídos de acordo com os princípios do conceito da invenção. A Fig. 15 mostra como os elementos pré-fabricados são produzidos e transportados para o local onde o edifício vai ser construído. A Fig. 16 mostra dois módulos do sistema obliquamente a partir de cima. A Fig. 17 mostra, numa escala maior, um corte horizontal de um módulo da Fig. 16 em ligação com um corredor. A Fig. 18 mostra um corte vertical parcial do lado esquerdo do edifício ilustrado na Fig. 8. A Fig. 19 mostra um módulo da Fig. 16 a partir de um lado da frente. A Fig. 20 mostra, obliquamente a partir de baixo, um módulo superior a ser montado num módulo inferior. A Fig. 21 mostra, a partir de cima, o módulo inferior no qual o módulo da Fig. 20 vai ser colocado. A Fig. 22 mostra, numa escala maior, meios de ancoragem e meios de guiamento utilizados quando empilhamos módulos uns sobre os outros na vertical. A Fig. 23 mostra, numa escala maior, meios de guiamento e meios de ancoragem utilizados quando empilhamos módulos uns sobre os outros na vertical. A Fig. 24 mostra um painel de parede pré-fabricado a partir de um lado frontal. A Fig. 25 mostra o painel de parede da Fig. 24 com certas porções cortadas. A Fig. 26A mostra, num corte horizontal, como um painel das Figs 24-25 é unido aos painéis de fachada (cf. Fig. 6). A Fig. 26B mostra, num corte vertical, como os painéis de parede das Figs 24-25 são unidos às lajes (cf. Fig. 9) . A Fig. 27 mostra um painel de fachada pré-fabricado com duas janelas. A Fig. 28 mostra três painéis e uma laje utilizados para a formação de um quarto. A Fig. 29 mostra, num corte vertical parcial, um dispositivo de ligação estática antes de ligar um painel de parede a um módulo. A Fig. 30 mostra o conector estático da Fig. 29 a ser montado. A Fig. 31 mostra o conector estático das Figs 29-30 na sua posição montada (cf. Fig. 5). A Fig. 32 mostra um corte horizontal do conector estático mostrado nas Figs 29-31 (linha de corte 32-32 na
Figura 31; cf. também Fig. 5). A Fig. 33 mostra um corte vertical de um primeiro dispositivo de ligação dinâmica para ligar um painel a um módulo (cf. Fig. 18). A Fig. 34 mostra um corte horizontal do primeiro conector dinâmico da Fig. 33 (linha de corte 34-34 na Fig. 33) . A Fig. 35 mostra um corte horizontal de um segundo tipo de conector dinâmico para ligar uma placa a um módulo (cf. Fig. 18). A Fig. 36 mostra um corte vertical do segundo conector dinâmico da Fig. 35 numa união entre uma laje e um módulo (linha de corte 36-36 na Fig. 35). A Fig. 37 mostra um corte vertical que ilustra um exemplo de como o revestimento de fachadas é ligado a um painel da fachada. A Fig. 38 mostra a ligação dos tubos de abastecimento de água. A Fig. 39 mostra a ligação dos tubos de esgoto. A Fig. 40 mostra a ligação das condutas de ventilação. A Fig. 41 mostra um corte horizontal de um edifício com um corredor central que tem módulos e quartos alinhados de cada lado. A Fig. 42 mostra um corte horizontal de um edifício com um corredor que tem módulos e quartos alinhados apenas de um lado. A Fig. 43A mostra a partir de cima dois quartos de estudantes de um edifício de acordo com um modelo de realização do conceito da invenção. A Fig. 43B mostra a partir de cima dois quartos de hotel de um edifício de acordo com um modelo de realização do conceito da invenção. A Fig. 43C mostra a partir de cima um quarto de família de um edifício de acordo com um modelo de realização do conceito da invenção. A Fig. 43D mostra a partir de cima um espaço para uma pessoa com deficiência incluído num edifício de acordo com um modelo de realização do conceito da invenção. A Fig. 44 mostra, numa vista lateral, como um edifício de acordo com um modelo de realização do conceito da invenção pode ter quartos de tamanhos diferentes, dependendo do tamanho dos painéis de parede utilizados.
DESCRIÇÃO DETALHADA DE MODELOS DE REALIZAÇÃO
Um exemplo ilustrativo de como a invenção pode ser levada a cabo é mostrado nas vistas esquemáticas das Figs 1-8.
Um edifício B de acordo com um modelo de realização da presente invenção é formado por uma série de elementos normalizados (ver Fig. 9). Os principais elementos são módulos tipo caixa pré-fabricados 2, painéis pré-fabricados 4, 6 e lajes pré-fabricadas 8. Cada módulo 2 compreende, pelo menos, uma área de casa de banho e uma área de serviço. Existem duas formas gerais de painéis 4, 6, em que os primeiros painéis 4 servem para formar paredes interiores e os segundos painéis 6 servem para formar paredes exteriores. Os painéis 4 para formar as paredes interiores estão ligados aos módulos 2 e os painéis 6 que formam as paredes exteriores estão ligados aos painéis 4 que formam as paredes interiores. As lajes 8 servem para formar pavimentos e tectos dos quartos tipo caixa construídos por painéis R. As lajes 8 podem ter um comprimento variável. De preferência, o comprimento de uma laje 8 é igual a metade do comprimento de um módulo 2. No entanto, o comprimento de uma laje 8 também pode ser igual ao comprimento de um módulo, ou múltiplos de tal comprimento.
Na construção de um edifício B, de acordo com este conceito, começa-se com um primeiro módulo 2 de tal modo que uma face lateral do primeiro módulo 2 está em estreita proximidade com uma face lateral de um módulo adjacente 2. Os dois módulos alinhados não devem estar necessariamente ligados um ao outro por acessórios rígidos, mas podem simplesmente ser colocados na estreita proximidade um do outro e fixados na posição correcta por meio de meios de alinhamento proporcionados no lado inferior do módulo virado para o chão ou fundação F, a qual, opcionalmente, pode ter estruturas de suporte, por exemplo de aço ou de betão (não mostradas) . No exemplo mostrado, os módulos 2 são colocados em duas filas espaçadas entre si, formando um corredor C entre as duas filas de módulos 2. A fim de fazer benefício do corredor C, os módulos são proporcionados com, pelo menos, uma abertura de porta virada para o corredor C (ver Figuras 16-17).
Numa fase seguinte as lajes 8 são ligadas aos módulos 2 para formar pavimentos no corredor C e nos quartos R a serem formados. Posteriormente os painéis 4 são ligados aos módulos 2 para formar as paredes interiores dos quartos R. Os painéis 4 são ligados ao lado de cada módulo 2 oposto ao corredor C. Na fase seguinte os painéis 6 para formar as paredes exteriores são ligados às porções dos bordos livres dos painéis 4 que formam as paredes interiores, opostas aos módulos 2. 0 revestimento de fachadas 7 é então ligado aos painéis exteriores 6 que formam as paredes exteriores (ver Figs 15 e 37) . Como o revestimento de fachadas 7 é proporcionado sobre os painéis exteriores 6, estes painéis 6 serão daqui em diante também referidos como painéis de fachada 6. A fase de ligar as lajes 8 e os painéis 4, 6 pode ser realizada em diferentes módulos 2 em paralelo. Assim, o primeiro módulo pode ser ligado aos painéis e lajes ao mesmo tempo que os módulos adjacentes são dispostos numa fila, ou linha. Como os módulos a serem dispostos adjacentes ao primeiro módulo (ou módulo central) estão fixados na sua respectiva posição, mais módulos são dispostos nestes módulos, ao mesmo tempo que os painéis e lajes são ligados aos módulos já dispostos. A primeira e a segunda linha podem ser construídas de acordo com a maneira descrita, isto é, uma extensão paralela das filas ou linhas.
Se o edifício B é para ter mais pisos, as fases acima referidas são repetidas, em que os módulos 2 de um piso superior são ligados aos módulos 2 do piso abaixo. Tal como indicado nas Figs 10A e 10B começando com um módulo 2, outros módulos 2 podem ser ligados em qualquer direcção longitudinal do edifício B e em cima dos outros módulos 2. Uma vez que o edifício B é construído desta maneira, o trabalho é muito eficiente. Uma equipa de trabalhadores da construção civil pode concentrar-se em alinhar e empilhar módulos 2 usando gruas (não mostradas), enquanto outra equipa de trabalhadores da construção civil pode concentrar-se em colocar lajes 8 e montar painéis 4, 6 para formar os quartos R. 0 trabalho de construção move-se de um ponto de partida (o plano vertical V nas Figuras 10A- 10B) em duas direcções horizontais opostas, e ao mesmo tempo na direcção vertical, como é mostrado pelas setas.
Este conceito de montar no local um edifício economiza tempo e, assim, reduz os custos. Por vezes, pode ser preferido construir gradualmente o edifício apenas numa direcção, mas também neste caso o trabalho é eficiente visto que o empilhamento dos módulos 2 pode ser realizado para cima no ponto de partida, enquanto que os quartos construídos por painéis R são formados, em sequência, na direcção horizontal.
Nas Figs 11A-11E é mostrada a formação de um lado de um edifício de seis pisos. Começando com a Fig. 11A, um módulo 2 é fixado a uma fundação (não mostrada) e painéis 4, 6 e lajes 8 são ligados ao módulo 2 para criarem um quarto. Além disso é proporcionado revestimento de fachadas 7. Continuando para a Fig. 11B uma fila horizontal de módulos 2 é formada e são proprocionados quartos na face lateral de cada módulo 2. Tal como é ilustrado na Fig. 11B, a fila horizontal estende-se em ambas as direcções a partir do primeiro módulo 2 de tal modo que os trabalhadores de construção civil podem trabalhar em ambas as extremidades da fila. Na Fig. 11C é mostrada uma extensão vertical da fila, em que um módulo 2 está disposto no topo do primeiro módulo 2 no piso térreo. A extensão vertical é, de preferência, feita quando o piso térreo está terminado, embora pisos adicionais possam ser construídos em simultâneo com o piso térreo. Esta última situação é mostrada na Fig. 11D, onde o trabalho de construção e montagem é realizado em vários pisos simultaneamente. 0 edifício acabado de um lado é mostrado na Fig. 11E.
Para finalizar o edifício B são adicionadas mais partes, tais como uma entrada principal, elevadores e escadas, mas estas partes são opcionais e não serão aqui descritas em detalhe. Nas Figs 12 e 13 mostra-se um exemplo de um edifício de seis pisos B construído por meio do processo inventivo geral. Uma extremidade do edifício B pode ter uma área de recepção RA e um elevador ou poço de elevador LS. Deve ser entendido que estas áreas RA e LS podem ser de tipo diferente dependendo do tipo de edifício. Num modelo de realização alternativo, a área de recepção RA e o poço do elevador LS podem ser integrados no edifício B. Para além disto, as faces laterais do edifício B podem ser cobertas por elementos de revestimento de fachadas vulgarmente utilizados para melhorar a qualidade e resistência da própria construção.
Nas Figs 14A-14G são indicadas várias formas de combinar os elementos normalizados para formar diferentes tipos de edifícios. Todas estas variantes são baseadas na mesma ideia de alinhar e empilhar módulos com a forma das chamadas caixas húmidas 2 em duas filas paralelas espaçadas por um corredor C. Os quartos construídos por painéis R são formados no exterior de cada fila de caixas húmidas 2. Entende-se que muitas outras configurações são possíveis além das mostradas na Fig. 14.
Como mostrado na Fig. 15 e de acordo com o conceito dos módulos 2, os painéis de parede 4 e 6, bem como o revestimento de fachadas 7 e as lajes 8 são pré-fabricados numa unidade de produção especializada PS e, em seguida, transportados para o local de construção ou edificação ES. Os tamanhos dos elementos pré-fabricados são tais que eles podem ser transportados em camiões standard T.
De preferência, as dimensões externas dos módulos 2 são adaptadas aos tamanhos standard dos camiões. Por exemplo, um módulo 2 do tipo mostrado na Fig. 16 pode ter um comprimento de 6,5 - 7,0 m, uma profundidade de 2,5 m e uma altura de 3,0 m. Assim, dois módulos 2 podem ser transportados num camião standard T. O tamanho do módulo pode, naturalmente, ser modificado, a fim de se adaptar aos tamanhos de camiões de diferentes tipos em vários estados. De modo semelhante, as dimensões dos painéis 4, 6, 7 e das lajes 8 estão adaptadas para corresponderem ao tamanho de um camião standard T. Isto significa que a produção, o transporte e a distribuição podem ser optimizados de modo a que os custos sejam mantidos baixos. Devido à normalização, o planeamento de um projeto de construção é facilitado e, além disso, é fácil calcular os custos de construção para vários projetos. Deve ser mencionado que as dimensões e tamanhos dos elementos pré-fabricados podem variar de acordo com as normas nacionais e exigências especificas de cada estado. No entanto, o conceito da invenção é flexível a este respeito e fácil de se adaptar a critérios específicos.
Na Fig. 16 estão ilustrados dois módulos 2, cada um dos quais define uma forma cubóide rectangular. Os módulos 2 podem ter acessórios um pouco diferentes, dependendo do uso pretendido, mas uma espécie de casa de banho 10 está presente em todos os módulos 2. Se os módulos 2 são, por exemplo, destinados a ser utilizados em casas de repouso, a casa de banho pode ter outros tipos de acessórios para além dos de uma casa de banho comum 10. Em alguns módulos 2 há uma parte da cozinha 12 e noutros módulos 2 a parte de cozinha 12 pode ser substituída, por exemplo, por roupeiros e/ou cabides 214 (ver Fig. 43B). Uma característica comum dos módulos 2 é que eles têm uma zona húmida pronta a ser utilizada com camadas impermeáveis nas paredes interiores e no pavimento e opcionalmente no tecto.
Em cada um dos módulos 2 existe pelo menos uma conduta de ventilação na vertical 16, (ver Fig. 17) . No topo de cada módulo 2 existe um espaço 18 para os diferentes tipos de tubos, cabos, etc (ver Fig. 18) . Cada módulo 2 tem, pelo menos, uma porta 20 que se abre para o corredor C. De preferência, também existe um chamado poço ou porta de serviço 21 que se abre para o corredor C a fim de proporcionar o acesso a unidades de abastecimento (água, electricidade, etc.) num espaço S (ver Fig. 17) . Opcionalmente, pode haver também uma porta 22 que se abre para o quarto R, no lado oposto do módulo 2 em relação ao corredor C.
Os módulos 2 podem ser concluídos na fábrica com todos os acessórios necessários para o uso pretendido do módulo 2 no edifício acabado B. 0 termo acessórios também inclui acabamentos completos, dispositivos, montagens, etc. Assim, uma casa de banho 10 completa, incluindo uma porta de casa de banho 24, uma parte de cozinha completa 12 opcional, possíveis roupeiros completos 214 e todas as portas adicionais 20, 21, 22 são instalados nos módulos 2 já no local de produção PS. Todos os cabos são pré-instalados, tais como os de abastecimento da rede eléctrica e os de baixa tensão, contadores do quadro de disribuição, ligações de internet, etc. Além disso, todos os tipos de condutas de água - tais como tubos para água aquecida e água corrente, bem como para sistemas de arrefecimento e de extinção por água pulverizada - são instalados na fábrica do local de produção PS. O mesmo se aplica a todas as condutas de ventilação e ao sistema de canalização de esgoto. Estes conjuntos também são instalados nos módulos 2 no local de produção PS. Em resumo, todos os chamados conjuntos de poço e instalações técnicas são pré-instalados no módulo 2.
Devido à normalização e pré-instalação dos acessórios e dos abastecimentos, os módulos 2 estão, basicamente, prontos a serem utilizados quando chegam, por camião, ao local de montagem ES. Além disso, a disposição bem planeada de cabos e condutas faz com que seja fácil ligar todos os abastecimentos quando os módulos 2 são alinhados e empilhados no local de montagem ES. A montagem do edifício B pode ser realizada por pessoal treinado principalmente em trabalhos de construção civil, enquanto que a exigência de pessoal altamente qualificado, tais como electricistas e canalizadores, pode ser mantida num nível muito baixo, o que reduz o tempo de construção de forma significativa. 0 corte vertical da Fig. 18 mostra como dois módulos empilhados 2 podem ser ligados aos quartos construídos por painéis R, cada um dos quais define uma outra forma cubóide rectangular para além das formas cubóides definidas pelos módulos 2. As ligações mostradas esquematicamente na Fig. 18 serão descritas mais tarde. A Fig. 19 é uma vista de frente de um módulo 2 que ilustra duas portas do corredor 20 e uma porta de serviço 21 entre os dois compartimentos do módulo 2.
Como se mostra melhor na Fig. 20, cada módulo 2 tem uma série de hastes 26 relativamente compridas e uma série de hastes curtas 28 dirigidas para baixo a partir de um lado inferior do módulo 2. No modelo de realização mostrado, as hastes 26 e 28, que se projectam para baixo, têm secção transversal circular e o diâmetro das hastes curtas 28 é maior do que o diâmetro das hastes compridas 26. Cada canto do lado inferior do módulo 2 tem uma haste comprida 26, e tanto as hastes compridas 26 como as hastes curtas 28 são colocadas nos bordos exteriores do lado inferior do módulo 2.
Como pode ser visto na Fig. 21, o módulo 2 tem aberturas superiores 30, 32 que correspondem e estão configuradas para receber as hastes compridas e curtas 26 e 2 8 de um módulo 2 que é empilhado em cima do módulo inferior 2. Quando o módulo superior 2 é descido, as hastes curtas 28 são inseridas nas aberturas 32 do módulo inferior 2 adaptadas para receberem as hastes curtas 28.
Portanto, quando se empilham módulos 2 no topo uns dos outros, as hastes 26, 28 são inseridas nas aberturas correspondentes 30, 32, respectivamente, como é mostrado em detalhe nas Figs 22-23. Isto significa que as hastes 26, 28 servem como meios de guiamento e de alinhamento que facilitem o processo de empilhamento, que é realizado por meio de gruas (não mostradas). Quando o empilhamento de dois módulos 2 em cima um do outro está concluído, as hastes 26, 28 servem como meios de ancoragem que fixam os módulos 2 uns aos outros em todas as direcções. Por este meio, a pilha de módulos alinhados é estável quando as operações de construção no local continuam com a formação dos quartos construídos por painéis R em ambos os lados do corredor C. As hastes 26 e 28 também contribuem para a estabilidade global do edifício completo B no que diz respeito a forças que podem ocorrer, tais como o vento, pequenos sismos, etc.
As Figs 20-21 ilustram que cada módulo 2 tem geralmente quatro paredes exteriores 34a-34d, uma laje de pavimento 36 e uma laje de tecto 38. Também é mostrado que o módulo 2 pode ter, pelo menos, uma parede divisória interior 35. As instalações técnicas do módulo 2, bem como o seu equipamento, serão ainda descritas a seguir.
Como ilustrado nas Figs 24-25, 26A e 26B, cada painel 4 para formar as paredes do quarto tem, normalmente, um núcleo ou parede de suporte de madeira 41, placas de gesso 43, molduras da placa de gesso, isolamento acústico e de fogo 45 e, opcionalmente, isolamento térmico (não mostrado), cablagem eléctrica e de baixa tensão pré-instalada 47 e tomadas e interruptores pré-intalados 49. Os painéis 4 são pré-fabricados na fábrica tal como indicado acima. Nos bordos superior e inferior de cada painel 4 está disposta uma travessa de madeira 44a e 44b, presa à parede de suporte de madeira do painel 4. Cada travessa 44a, 44b projecta-se para fora do painel 4 sobre os lados opostos do painel 4. Assim, em corte transversal, a forma do painel 4 vai ter uma forma em I (ver Fig. 26B). A Fig. 26A mostra, num corte vertical, que a porção do bordo frontal livre do painel de parede 4 tem uma projecção lateral 53 correspondente a uma reentrância 51 dos painéis de fachada 6 para facilitar a junção e formar uma união por ajuste apertado. A Fig. 26B ilustra duas lajes 8 que formam pavimentos. Cada laje pré-fabricada 8 tem um elemento de núcleo de madeira 46 no topo do qual é colocada uma camada seca 48. A laje 8 também tem uma camada de isolamento 50 e uma camada inferior 52. As camadas superiores terminam pouco antes do bordo do elemento de núcleo de madeira 46, pelo que é formada uma reentrância 54 na união entre duas lajes 8 ao montar o pavimento. Na reentrância 54, entre as lajes 8, é recebida a travessa 44a de um painel 4. Cada painel 4 é fixado a uma laje 8 por meio de parafusos de fixação 56, 58 que atravessam as travessas 44a, 44b do painel 4 e para dentro do elemento de núcleo de madeira 46 da laje 8.
Um painel de fachada 6' com duas janelas é mostrado na Fig. 27. O painel de fachada 6' é, de preferência, de estrutura semelhante à dos painéis de parede 4. Assim, tem um núcleo de madeira 41, uma placa de gesso 43 e isolamento 45. Os painéis de fachada 6' são fixados às porções do bordo vertical livres dos painéis de parede 4, por exemplo, por meio de parafusos relativamente compridos (não mostrados) ou outros meios de fixação, que são empurrados para as porções do bordo do painel da parede a partir do exterior do painel de fachada.
Este tipo de painel de fachada 6' pode ter o comprimento de dois quartos, o qual inclui, assim, duas janelas, uma para cada quarto. Normalmente, um grande painel da fachada 6' deste tipo não é proporcionado com nenhuma cablagem eléctrica e de baixa tensão ou com tomadas e interruptores instalados, mas noutro modelo de realização pode ser. 0 painel 6' pode ser fixado aos painéis 4 e à laje 8 de acordo com o procedimento de fixação acima mencionado.
De preferência, os núcleos de madeira 41 e 46 acima descritos são feitos de madeira laminada cruzada (CLT, que é o acrónimo do termo inglês Cross-Laminated Timber)), mas outras estruturas de madeira são naturalmente viáveis. No entanto, os núcleos em CLT deram resultados muito bons para painéis pré-fabricados e lajes pré-fabricadas deste tipo. A resistência é excelente e é fácil de manipular. 0 módulo 2 é construído como uma estrutura de suporte de carga que suporta o peso do edifício. Além disso, as paredes e os painéis também podem ser construídos como estruturas de suporte de carga, reduzindo assim a necessidade de novos componentes estruturais necessários para assegurar a robustez do edifício. A Fig. 28 mostra um painel de fachada standard com uma janela 6 na sua posição entre dois painéis interiores 4. 0 painel 6 tem uma janela W pré-instalada (mostrada esquematicamente na Fig. 28) que pode ser substituída por uma porta de varanda, dependendo se o edifício será construído com varandas ou não (cf. Fig. 44) . Os revestimentos da fachada 7 são ligados ao lado de fora dos painéis de fachada 6 pela disposição mostrada na Fig. 37. Basicamente, o revestimento da fachada 7 é pendurado nos painéis de fachada 6. 0 revestimento da fachada 7 pode ser de qualquer cor e material, dependendo do tipo de edifício e do orçamento do projeto de construção. A fachada formada pelo revestimento da fachada 7 é facilmente montado no lado de fora do painel 6 no local da construção ou no local de produção, sem qualquer necessidade de pessoal especialmente treinado
Nas Figuras 29-32 mostra-se um dispositivo de ligação estática 60, 70 com três partes principais: um primeiro elemnto conector 60, um segundo elemento conector 70 e um elemento de ancoragem em forma de uma haste 65. O primeiro elemento conector 60 compreende uma placa de base 62 e uma flange 64 que se projecta da mesma (Fig. 32) . A placa de base 62 é normalmente ligada ao painel de parede 4 por meio de, pelo menos, um pino 66 inserido, com um ajuste apertado, num furo correspondente 68 no painel de parede 4, ou por meio de parafusos ou fixadores semelhantes (não mostrados). A flange 64 está disposta num entalhe 61 no painel 4, e tem uma abertura 63 para receber a haste 65. O segundo elemento conector 70 compreende uma placa de base 72 e uma flange 74 que se projecta da mesma (Fig. 32). A placa de base 72 é ligada ao módulo 2 por meio de, pelo menos, um pino 76 inserido num furo correspondente 78 no módulo 2. A flange 74 do segundo elemento conector 70 projecta-se do módulo 2 e tem uma abertura 73 para receber a haste 65.
Os furos 68, 78 dos respectivos dispositivos de ligação 60, 70 bem como a reentrância ou entalhe 61 podem formar meios de engate integrados no painel de parede 4 ou no módulo 2, respectivamente. Os meios de engate contribuem para a ligação e utilização do dispositivo de ligação estática 60, 70.
Ao montar o painel de parede 4 no módulo 2, o painel 4 é movido em direcção ao módulo 2, o qual está instalado no chão ou numa fundação F ou empilhado sobre outro módulo, na direcção da seta A na Fig. 29 até que a flange 74 do segundo elemento conector 70 é recebida no entalhe 61 do painel 4 (Fig. 30). Nesta posição, a haste 65 é empurrada através das aberturas alinhadas 63 e 73 das duas flanges 64 e 74 e a ligação estática fica estabelecida; mostrado na Fig. 31. No corte horizontal da Fig. 32, o dispositivo de ligação estática 60, 70 é mostrado em detalhe. A ideia subjacente aos conectores estáticos 60, 70 é que eles devem encaixar-se em meios de engate integrados (entalhes, meios de ancoragem, etc) dos elementos a serem ligados.
Para além dos dispositivos de ligação estática 60,70 podem ser utilizados outros tipos de conectores, ou seja, os chamados conectores dinâmicos. Este tipo de dispositivo de ligação dinâmica 80 é proporcionado para diminuir ou eliminar as pequenas folgas entre elementos de construção que podem ser deixadas depois de ligar os conectores estáticos 60, 70. As Figs 33-36 mostram esses
conectores dinâmicos 80, 80' que são utilizados na montagem dos painéis 4 ao módulo 2 e das lajes 8 ao módulo 2. O conector dinâmico 80 também pode ser utilizado aquando da montagem dos dois painéis diferentes 4, 6 em conjunto. O tipo de conector dinâmico 80 mostrado nas Figs 33-34 consiste em duas barras 82, 84 que têm roscas externas e que são unidas por uma manga 86 que tem roscas internas. Em uso, a primeira barra 82 é inserida num furo da parede do módulo 2 e fixada, por exemplo por colagem. A manga 86 está "escondida" dentro da parede do módulo 2. O painel 4 é movido para se encostar à parede do módulo 2 e a extremidade livre da segunda barra 84 é enroscada dentro da manga 86. A fim de concluir a ligação dinâmica, são utilizados meios de contraposição sob a forma de uma montagem de porca e anilha 88 recebida num entalhe 89 do painel 4 . O furo da parede do módulo, bem como a reentrância ou entalhe 89, pode formar meios de engate integrados na parede do módulo 2 e no painel, respectivamente. Os meios de engate contribuem para a fixação e utilização do dispositivo de ligação dinâmica 80. O aperto do conector 80 é realizado por uma chave standard (não mostrada) que engata na porca do conjunto de porca e anilha 88 .
Um tipo semelhante de conector dinâmico 80' pode ser utilizado para a ligação módulo-laje como é mostrado nas Figuras 35-36. A estrutura deste conector 80' é basicamente a mesmo do que a do conector 80 acima descrito, mas o entalhe 89' tem uma forma ligeiramente diferente. O furo que recebe a barra 82 ' na parede do módulo e a reentrância ou entalhe 89' pode ser considerado como um meio de engate integrado do tipo acima descrito. O aperto é realizado na mesma maneira como acima descrito. A ideia subjacente à operação de ligação dinâmica é que os elementos a ligar devem ter meios pré-fabricados de modo a que o aperto possa ser realizado rapidamente no local de montagem. Os entalhes rebaixados 89, 89' e as barras de fixação pré-instaladas 82, 82' e as mangas de ligação 86, 86' tornam, possível alcançar um aperto rápido pela utlização de ferramentas que são fáceis de manipular.
Num modelo de realização preferido, um único conector pode ser utilizado, que actua quer como um conectro estático quer como um conetcto dinâmico. Assim, os conectores 60, 80 ou 70, 80 podem ser substituídos por um único conector que forma uma unidade de ligação combinada.
De preferência, fitas de vedação com fitas de borracha (não mostradas) são inseridas nas juntas entre os elementos de madeira do edifício. A Fig. 37 mostra um exemplo de um dispositivo para ligar um revestimento de fachadas 7 a um painel de fachada 6. Este dispositivo, que basicamente é uma disposição de gancho, inclui um primeiro elemento de gancho 90, um segundo elemento de gancho 92 e parafusos 94a-94c. 0 primeiro elemento de gancho 90 é ligado ao painel 6 por meio de um parafuso 94a na sua parte inferior. É formado um espaço entre a parte superior do primeiro elemento de gancho 90 e o painel 6. O segundo elemento de gancho 92 é ligado ao revestimento de fachadas 7 por meio de um parafuso 94b na sua parte inferior. A sua parte superior tem a forma de um U invertido a qual agarra a parte superior do primeiro elemento de gancho 90 que se estende desde o espaço entre o painel 6 e o primeiro elemento de gancho 90 e ao redor da parte superior do primeiro elemento de gancho 90. Um parafuso adicional 94c é proporcionado para garantir que os primeiro e segundo elementos de gancho 90, 92 são firmemente fixados um ao outro. A disposição de gancho mostrada na Fig. 37 faz com que seja possível montar o revestimento de fachadas 7 nos painéis de fachada 6 de uma maneira muito eficiente. Os elementos de gancho 90, 92 são, de preferência, perfis alongados, mas também podem ser perfis mais curtos ou colchetes (não mostrados). Devido ao desenho do gancho, é possível substituir facilmente os revestimentos da fachada 7 por outros tipos de painéis ou elementos externos se isso for desejado.
Tal como mostrado nas Figs 38-40, o módulo 2 inclui ainda três conjuntos de abastecimento diferentes. A
Fig. 38 mostra um tubo de água 96 que se estende a partir de um módulo superior 2 e é ligado a um tubo de água 98 de um módulo inferior 2 por meio de um elemento tubular deslizante 97. Ao ligar os dois tubos de água alinhados verticalmente 96, 98, o elemento tubular 97 é puxado na direcção da seta, a partir do tubo de água inferior 98 para o tubo de água superior 96. Quando o elemento tubular 97 preenche o espaço entre os dois tubos de água 96, 98 a extremidade superior e inferior do elemento tubular 97 serão crimpadas no seu lugar por meio de uma ferramenta manual (não mostrada). A ligação da água entre dois módulos 2 empilhados um sobre o outro foi assim estabelecida. Os tubos 96, 98, bem como o elemento de ligação 97 podem ser de metal, de preferência aço inoxidável.
Uma técnica semelhante é utilizada para ligar dois tubos de drenagem 100, 102 entre os dois módulos 2, como é mostrado na Fig. 39. No entanto, neste caso os tubos 100, 102, bem como o elemento de ligação 103 são de plástico, o que significa que a crimpagem do elemento tubular de ligação 103 é realizada por meio de electricidade. Quando o elemento de ligação 103 preenche o espaço entre os tubos de drenagem alinhados 100, 102, é aplicada uma corrente eléctrica ao elemento 103 por meio de duas tomadas 103a, 103b por meio da qual o diâmetro do elemento de tubo 103 é diminuído de modo que é crimpado e soldado às porções de extremidade alinhadas dos tubos de drenagem 100, 102. A ligação de água de drenagem foi estabelecida entre dois módulos 2 empilhados verticalmente. A Fig. 40 mostra duas condutas de ventilação alinhadas verticalmente 106, 108 que se estendem entre dois módulos 2 e em que a conduta de ventilação inferior 106 é proporcionada com um elemento flexível 107 que pode ser puxado para cima em direcção à conduta de ventilação superior 108, onde irá ser ligada por meio de parafusos ou outros meios de fixação adequados (não mostrados). Assim, o espaço entre as duas condutas de ventilação 106, 108 é eliminada pelo elemento flexível 107 e a ligação da ventilação é estabelecida entre os dois módulos empilhados 2 .
As disposiões de abastecimento mostradas nas Figs 38-40 podem ser montadas num poço de serviço do módulo 2, nomeadamente no espaço S e no poço de ventilação 16 mostrados na Fig. 17. O fácil acesso ao espaço S é proporcionado pela abertura para o corredor C. Outras instalações podem ser dispostas neste poço de serviço, tais como contadores, painéis de controle, etc.
O edifício B pode ser construído de muitas maneiras diferentes, e duas alternativas são mostradas nas Figs 41-42. A Fig. 41 mostra uma disposição com um corredor C no centro e um conjunto de quartos semelhantes R em ambos os lados do corredor C. Em ambos os lados do corredor C, os módulos 2 formam uma fila em que os módulos 2 do lado oposto do corredor C estão virados uns para os outros. Os módulos 2 são dispostos de tal maneira que as casas de banho 10 das duas filas estão viradas uma para a outra. O edifício continua, então, pelos quartos R que se estendem numa direcção para fora a partir do corredor C. A Fiq. 42 mostra uma disposição alternativa em que há apenas uma fila de quartos R próxima do corredor C. Em vez de uma outra fila de quartos R é proporcionada uma barreira de som SB. Isto é uma vantagem quando o edifício está situado perto de uma área ruidosa, por exemplo, uma auto-estrada.
Assim como existem diferentes disposições gerais do edifício B, também existem diferentes disposições dos quartos R, especialmente dos módulos 2. A Fig. 43A mostra dois quartos semelhantes 111 configurados para serem utilizados como casas de estudantes. Cada quarto 111 tem um compartimento de zona húmida que inclui uma casa de banho 110 e uma kitchenette 112. A casa de banho 110 está totalmente equipada com uma retrete 150, um lavatório 152, uma cabine de duche 154, etc. As superfícies da casa de banho 110 cumprem os requisitos de impermeabilidade e similares. O mesmo vale para a kitchnette 12, que está equipada com um lava-louças 156, equipamento de cozinha, tais como fogões 158, guarda-louças 160, etc. A chamada zona húmida está pronta para ser utilizada desde o início. Todas as instalações do módulo 2 relacionadas com os requisitos da zona húmida são feitas no local da pré-fabricação, o que torna mais fácil garantir o controle de qualidade, etc. A parte construída por painéis da casa do estudante pode ser totalmente mobiliada com móveis após a construção, por exemplo, uma mesa 162, cadeiras 164, uma cama 166, etc. A fim de manter os custos baixos, os móveis podem ser normalizados. A Fig. 43B mostra dois quartos 211 ligeiramente diferentes configurados para serem utilizados num hotel. Cada quarto tem uma casa de banho 210 que pode ser semelhante à casa de banho 110 da casa de estudante, isto é, com uma retrete 250, um lavatório 252, uma cabine de duche 254, etc. No entanto, a kitchenette foi substituída por cabides e/ou roupeiros 214. Um quarto de hotel pode, por exemplo, ser mobilado com uma grande cama 216, uma mesa 262 e cadeiras 264, bem como outras instalações de luz, ar condicionado, sistemas de extinção por água pulverizada, etc (não mostrados).
Na Fig. 43C mostra-se um terceiro tipo de quarto 311 desenhado como um quarto familiar que é duas vezes maior do que os quartos de estudantes e quartos de hotel 111, 211 acima descritos. A principal diferença é que há uma porta 380 que dá acesso mútuo a ambos os compartimentos 312a e 312b da quarto. A casa de banho 310 é maior, mas contém o mesmo equipamento básico, nomeadamente uma retrete 350, um lavatório 352 e uma cabine de duche 356. A kitchenette é expandida para uma cozinha maior 312 com uma área de refeições, mas o equipamento de cozinha permanece basicamente o mesmo (lava-louças 356, os meios de cozinhar 358 e guarda-louças 370) . O mobiliário da parte construída por painéis do quarto familiar 311 pode incluir, pelo menos, uma mesa 362, cadeiras 364 e, pelo menos, uma cama 366. Dependendo do número de hóspedes do quarto de família 311, pode haver uma cama adicional 368 num dos compartimentos.
Um quarto exemplo de um quarto 411 é mostrado na Fig. 43D o qual está configurado para dar espaço suficiente para uma pessoa com deficiência. Semelhante ao quarto de família 311, o módulo 2 foi modificado para que o quarto 411 seja duas vezes maior do que um quarto de estudante 111 ou um quarto de hotel 211. A área do módulo 2 contém agora uma grande casa de banho 410 e uma grande área de cozinha 412. Uma porta 480 permite o acesso entre os dois compartimentos 412a, 412b do quarto 411. A casa de banho 410 deste tipo de quarto 411 está adaptada para uma pessoa com deficiência e compreende equipamento especial 490, 492 para esse efeito. Do mesmo modo, a área de cozinha 412 pode incluir certos equipamentos especiais não descritos em detalhe aqui. Outras modificações foram feitas a fim de facilitar a uma pessoa com deficiência mover uma cadeira de rodas dentro do quarto. Assim, as dobradiças de porta foram trocadas e num modelo de realização aqui não mostrado, também é possível que as aberturas de portas sejam feitas um pouco mais largas a fim de dar espaço para os movimentos da cadeira de rodas. A Fig. 44 é uma vista lateral esquemática de um edifício alternativo em que os quartos R de forma cubóide rectangular têm tamanhos diferentes dependendo do local onde o edifício está localizado. Os quartos maiores RI estão no piso térreo e há medida que nos movemos para cima os quartos R2-R5 são mais pequenos. Os quartos R2-R5 no primeiro piso ou acima têm varandas 500 montadas no tecto do piso de baixo. A disposição das caixas húmidas 2, cada uma das quais tem uma forma cubóide rectangular, e do corredor C, que se estende entre as mesmas, é a mesma para este tipo de edifício como para os edifícios B mostrados nas Figs 1-13. A diferença reside no tamanho dos quartos construídos por painéis R1-R5, cujo tamanho pode ser facilmente modificado utilizando painéis de parede 6 de comprimento diferente. Claro que lajes 8 de dimensões correspondentes necessitam ser utilizadas. No entanto, os painéis de fachada 6 e o revestimento de fachadas 7 podem ser os mesmos do que nos edifícios anteriormente descritos. Deve também ser mencionado que os mesmos dispositivos de ligação dinâmica e estática podem ser utilizados na construção de um edifício do tipo mostrado na Fig. 44. É para ser apreciado que o conceito da invenção não está por nenhum meio limitado aos modelos de realização aqui descritos, e várias modificações são viáveis dentro do âmbito da invenção definido nas reivindicações anexas. Além disso, outros meios de ligação podem ser utilizados, desde que seja conseguida uma ligação fiável dos elementos.
Lisboa, 22 de Junho de 2016

Claims (19)

REIVINDICAÇÕES
1. Um processo para proporcionar, pelo menos, uma parte de um edifício, que compreende as fases: (a) de pré-fabricar um módulo (2): (i) montando quatro paredes (34) que se estendem entre um pavimento (36) e um tecto (38) para formar uma forma cubóide rectangular, sendo o referido módulo (2) construído como uma estrutura de suporte de carga que tem as referidas quatro paredes (34) proporcionadas com um elemento de núcleo de madeira plana adjacente a, pelo menos, uma camada de isolamento, (ii) proporcionando pelo menos um compartimento (10) no interior da referida forma cubóide, (iii) criando uma zona húmida no interior do referido módulo (2) ao proporcionar camadas impermeáveis nos lados interiores das paredes e do pavimento do referido compartimento, (iv) providenciando instalações técnicas (16, S) no interior da referida forma cubóide; (v) proporcionando equipamento interior (150, 152) da referida forma cubóide, (vi) proporcionando o módulo pré-fabricado (2) com meios de engate pré-montados para o posterior engate com painéis pré-fabricados ou lajes pré-fabricadas ou outros módulos pré-fabricados por meio de dispositivos de ligação e (vii) proporcionando um espaço de serviço (18) no topo ou no fundo do módulo (2) através da montagem das referidas quatro paredes que se estendem entre o referido pavimento e o referido tecto de tal modo que os bordos superiores das referidas quatro paredes se estendem para além da superfície exterior do tecto, ou de tal modo que os bordos inferiores das referidas quatro paredes se estendem para além da superfície exterior do pavimento, o referido espaço de serviços (18) proporciona acesso a uma extremidade de meios de acoplamento de, pelo menos, uma instalação técnica; (b) de pré-fabricar uma pluralidade de painéis (4, 6) e lajes (8), sendo cada um dos mesmos construído como uma estrutura de suporte de carga proporcionada com um elemento de núcleo de madeira adjacente a, pelo menos, uma camada de isolamento, (i) proporcionando cada painel pré-fabricado (4, 6) e laje pré-fabricada (8) com meios de engate pré- montados para o posterior engate com um módulo pré-fabricado ou com outro painel ou laje por meio de dispositivos de ligação; e (c) de ligar a referida pluralidade de painéis (4, 6) e lajes (8) a uma face lateral do referido módulo (2) - por meio dos referidos meios de engate e dispositivos de ligação - para proporcionar a referida parte de um edifício (B) de tal modo que a referida face lateral do referido módulo (2) em conjunto com a referida pluralidade de painéis pré-fabricados (4, 6) e lajes pré-fabricadas (8) formam uma nova forma cubóide rectangular.
2. 0 processo de acordo com a reivindicação 1, em que o módulo (2) é pré-f abricado com dimensões de aproximadament 6,5 - 7,0 m de comprimento, cerca de 2,5 m de profundidade, e cerca de 3,0 m de altura.
3. O processo de acordo com a reivindicação 1 ou 2, em que as paredes (34) do referido módulo (2), bem como a pluralidade de painéis (4, 6) e lajes (8), são pré-fabricadas com um núcleo de madeira plana (41, 46) adjacente a, pelo menos, uma camada de isolamento (45, 50) para cada um dos referidos painéis (4, 6) e lajes (8) .
4. O processo de acordo com a reivindicação 3, em que o núcleo de madeira plana (41, 46) é formado por madeira laminada cruzada.
5. O processo de acordo com a reivindicação 3 ou 4, que compreende ainda a fase de proporcionar a referida camada de isolamento (45, 50) como uma estrutura multicamada que compreende uma camada interior de material de amortecimento acústico (45) e/ou de material resistente ao fogo, opcionalmente de material de isolamento térmico, e uma camada exterior, de preferência de placa de gesso (43).
6. 0 processo de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, em que a fase de providenciar o módulo de instalações técnicas (16, S) no interior da referida forma cubóide compreende providenciar, pelo menos, uma conduta de ventilação (16), pelo menos um cabo da rede eléctrica, pelo menos um cabo eléctrico de baixa tensão, opcionalmente ligado a, pelo menos, um quadro de distribuição, pelo menos um tubo de abastecimento de água (96-98), e pelo menos um tubo de esgoto de água (100, 102) no interior do referido módulo (2) de tal modo que uma extremidade de, pelo menos, uma instalação técnica (16, S) é ac essivel na área formada por cima do tecto (38) do referido módulo (2) ou na área formada por baixo do pavimento (36) do referido módulo (2).
7. O processo de acordo com a reivindicação 6, em que a referida disposição das instalações técnicas compreende ainda providenciar um sistema de aquecimento à base de água, um sistema de arrefecimento, e/ou um sistema de extinção por água pulverizada ("sprinkler system").
8. O processo de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, em que a fase de proporcionar o módulo com, pelo menos, um compartimento é realizada de tal modo que dois grandes compartimentos (10) são formados, e pelo menos um poço é formado para as referidas instalações técnicas.
9. O processo de acordo com as reivindicações 6 e 8, em que a referida pelo menos uma conduta de ventilação (16) estende-se no interior de um primeiro poço para instalações técnicas.
10. O processo de acordo com a reivindicação 9, em que o referido cabo da rede eléctrica, o referido cabo eléctrico de baixa tensão, o referido tubo de abastecimento de água e o referido tubo de esgoto de água se estendem no interior de um segundo poço para instalações técnicas.
11. O processo de acordo com a reivindicação 10, em que os referidos primeiro e segundo poços são formados como um espaço comum.
12. O processo de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, em que a fase de proporcionar o módulo com equipamento interior no interior da referida forma cubóide compreende a instalação de uma casa de banho (110) e, opcionalmente, uma kitchenette (112) no módulo.
13. O processo de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, em que a fase de proporcionar o módulo com equipamento interior no interior da referida forma cubóide compreende instalar mobiliário e/ou acessórios no módulo.
14. O processo de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, em que a fase de montagem do módulo com as quatro paredes (34) que se estendem do pavimento (36) e do tecto (38) compreende ainda proporcionar, pelo menos, uma abertura na parede que forma uma parte da referida outra forma cubóide rectangular, e, pelo menos, uma abertura na parede oposta do referido módulo, a referida abertura é opcionalmente proprocionada com portas (20, 22).
15. 0 processo de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, que compreende ainda a fase de ligar, pelo menos, dois módulos pré-fabricados um ao outro na direcção do comprimento dos módulos.
16. O processo de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, que compreende ainda a fase de ligar, pelo menos, dois módulos pré-fabricados um ao outro na direcção da altura dos módulos.
17. Um processo para a construção de um edifício de múltiplos quartos, que compreende as fases de: (a) proporcionar uma primeira parte de um edifício de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 16; (b) proporcionar um corredor que se estende ao longo de uma face lateral da referida primeira parte; e (c) proporcionar uma segunda parte de um edifício de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 16, em que a referida segunda parte do referido edifício está disposta no lado oposto do referido corredor.
18. 0 processo de acordo com a reivindicação 17, que compreende ainda a fase de estender o referido edifício de múltiplos quartos numa direcção vertical de tal modo que cada parte do edifício, proporcionada de acordo com o processo de qualquer uma das reivindicações 1 a 16, de um piso específico está verticalmente alinhada com a parte subjacente do edifício.
19. 0 processo de acordo com a reivindicação 17 ou 18, que compreende ainda a fase de estender o referido edifício de múltiplos quartos numa direcção horizontal de tal modo que cada parte do edifício, proporcionada de acordo com o processo de qualquer uma das reivindicações 1 a 16, de um primeiro lado do corredor está alinhada com uma correspondente parte do edifício no lado oposto do corredor. Lisboa, 22 de Junho de 2016
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