PT2598503E - Derivados de cis-tetra-hidroespiro(ciclo-hexano-1,1¿- pirido[3,4-b]indole)-4-amina - Google Patents

Derivados de cis-tetra-hidroespiro(ciclo-hexano-1,1¿- pirido[3,4-b]indole)-4-amina Download PDF

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Description

ΕΡ 2 598 503/ΡΤ
DESCRIÇÃO "Derivados de cis-tetra-hidroespiro(ciclo-hexano-1,1' -pirido[3,4-b]indole)-4-amina" A presente invenção refere-se a compostos que actuam sobre o sistema receptor nociceptivo/ORL-1, bem como ao sistema do receptor -opióide e que de modo particular se distingue por actuar com uma eficácia selectiva no tratamento da dor crónica (incluindo entre outras a dor inflamatória, a dor visceral, a dor de cancro, de preferência a dor neuropática) sem simultaneamente deixar de exercer uma actividade marcante na dor nociceptiva aguda. Nos compostos no âmbito da presente invenção trata-se em concreto dos derivados do cis-tetra-hidroespiro(ciclo-hexano-1, 1' - pirido[3,4-b]indole)-4-amina. A dor crónica pode ser dividida em dois grandes grupos. A dor nociceptora fisiopatológica é causada por trauma do tecido pela excitação de nociceptores intactos. Aqui inclui-se em particular, a dor inflamatória crónica. A dor, no entanto, causada por danos e razoes de ordem mecânica, metabólica ou inflamatória para o nervo em si, são referidos como dor neuropática. 0 tratamento da dor crónica é um grande desafio médico, porque, embora as drogas no mercado sejam em parte altamente eficazes nos casos de dor aguda, no entanto nos casos da dor crónica e em particular nos casos de dor neuropática, em muitos casos não se encontra nenhum tratamento satisfatório da dor.
Os processos inflamatórios estão entre os mais importantes mecanismos de geração de dor. A dor inflamatória tipica induzida pela libertação de bradicinina, histamina e prostaglandinas com acidificação do tecido e pressão do exsudado sobre os nociceptores. Como resultado, muitas vezes, ocorrem fenómenos de sensibilização do sistema nervoso central, o que se manifesta no aumento da actividade espontânea neuronal e em respostas mais fortes para estimulação de neurónios centrais (Coderre et al., Pain 1993, 52, 259-285). Estas alterações no comportamento de resposta dos neurónios centrais podem contribuir para o aparecimento de dor espontânea e para hiperalgesia (aumento da 2 ΕΡ 2 598 503/ΡΤ sensibilidade á dor de um estimulo nocivo ou doloroso), que são tipicos de tecidos inflamados (Yaksh et al., PNAS 1999, 96, 7680-7686) .
Para o tratamento de dor inflamatória provaram-se particularmente drogas não-esteróides anti-inflamatórias (NSAIDs ou AINEs: anti-inflamatório, não esteróides), que em adição ao efeito analgésico têm também um componente anti-inflamatório (Dickensen, A., International Congress and Symposium Series - Royal Society of Medicine (2000), 246, 47-54) . A sua aplicação no caso de tratamento de longa duração da dor crónica é limitada no entanto em parte por alguns efeitos adversos consideráveis, tais como úlceras gastroenteral ou dano renal tóxico. Em casos de grave a muito forte dor inflamatória (por exemplo em áreas de pancreatite crónica) o uso de AINEs leva apenas e possivelmente a uma ligeira redução da dor, mas por causa do aumento do risco de sangramento podem conduzir a um risco demasiadamente elevado. O passo seguinte é geralmente o tratamento com -opióides, que no caso das pessoas interessadas pode fazer aumentar de forma alargada e generalizada a dependência de drogas (Vercauteren et al., Acta Anaesthesiologica Bélgica 1994, 45, 99-105). Existe, portanto, uma necessidade urgente de compostos que sejam muito eficazes no tratamento da dor inflamatória e que tenham um reduzido potencial de provocar dependência. A dor neuropática é provocada quando os nervos periféricos são danificados por processos mecânicos, metabólicos ou devido a razões de ordem inflamatórias. As sensações de dor que ocorrem são principalmente devido à ocorrência de dor espontânea, hiperalgesia e alodinia (a dor já está sendo desencadeada por estímulos não-nocivos) (ver Baron, Clin. J. Pain 2000;16 (2 Suppl), 12-20). As causas e manifestações e portanto as necessidades de tratamento da dor neuropática são portanto possivelmente várias. Elas surgem como um resultado de lesão ou doença do cérebro, espinal-medula ou dos nervos periféricos. Podem ser causadas por operações (são exemplos disso a dor fantasma após a amputação), lesões da medula espinhal, acidentes vasculares cerebrais, esclerose múltipla, abuso de álcool ou de drogas ou outras toxinas, doença cancerosa, bem como doenças 3 ΕΡ 2 598 503/ΡΤ metabólicas, como a diabetes, gota, insuficiência renal ou cirrose hepática bem como doenças infecciosas (como entre outras a herpes zoster (ou zona), febre glandular Pfeiffer (ou mononucleose infecciosa), erliquiose, febre tifoide, difteria, HIV, sífilis ou doença de Lyme). As experiências relacionadas com a dor apresentam muitos sinais e sintomas diferenciados (como por exemplo, sensação de formigueiro, de queimaduras, sensações lancinantes ou aflitivas semelhantes a descargas eléctricas ou de dor espontânea ou de dor irradiante), que podem mudar com o tempo, em número, tipo e intensidade.
Para o tratamento básico farmacológico de dor neuropática usam-se normalmente antidepressivos tricíclicos e anticonvulsivos, utilizados como monoterapia ou também em combinação com opióides. Estes medicamentos normalmente proporcionam apenas um certo alívio da dor, não proporcionando no entanto em muitos casos uma completa libertação da sensação de dor. Muitas vezes, a fim de se tentar e conseguir um alívio adequado dos níveis de dor, ajustam-se e aumentam-se os níveis de dosagem do medicamento, obtendo-se com isso muitas vezes um aumento em efeitos secundários. De facto, uma dosagem mais elevada de um opióide é muitas vezes necessário, como no caso de tratamento satisfatório de dores agudas e neuropáticas, onde os efeitos secundários no tratamento têm um significado ainda mais importante. Dadas estas condições, a dor neuropática é hoje de difícil tratamento. Ela é mesmo apenas parcialmente aliviada por meio de elevadas doses de opióides do nível 3 (Saudi Pharm. J. 2002, 10 (3), 73-85).
Os opióides, que são utilizados no tratamento de dor neuropática, actuam também normalmente ao mesmo tempo contra a dor aguda. Uma separação do tratamento da dor neuropática por um lado e da dor aguda por outro lado não é até ao momento possível. Dependendo da dose de opióides a usar qualquer dor do paciente pode ser suprimida, o que pode ser bastante inconveniente. A dor aguda cumpre pois uma função protectora do corpo, a qual é perdida quando a sensação de dor aguda é significativamente afectada ou suprimida. Existe portanto a necessidade de preservar a percepção geral de dor, ao mesmo tempo que se combate a dor neuropática. 4 ΕΡ 2 598 503/ΡΤ
Os derivados espirocíclicos de ciclo-hexano que actuam sobre o sistema receptor Nociceptina/ 0RL-1- e -opióides são conhecidos ao estado actual da técnica. Estes compostos caracterizam-se entre outros por uma extraordinariamente grande variabilidade estrutural e são úteis, entre outros para o tratamento de dor inflamatória e neuropática. Neste contexto, pode-se por exemplo, referir integral aos documentos WO 2004/043 967, WO 2005/063769, WO 2005/066183 e WO 2006/108565. Há pois uma necessidade de medicamentos que sejam eficientes para o tratamento de dores de doenças crónicas, nomeadamente de dores neuropáticas, e que simultaneamente afectem na mínima extensão possível a sensação de dor aguda. Sempre que possível, estes fármacos devem conter uma dose de ingredientes activos reduzida ao ponto tal de permitir dessa forma assegurar um tratamento satisfatório da dor, sem que exista a ocorrência de efeitos secundários intoleráveis. A presente invenção tem por objecto proporcionar novos compostos que sejam úteis e adequados como medicamentos e apresentem vantagens em relação aos medicamentos de acordo com o actual estado da técnica.
Este objectivo é alcançado por meio do objecto das presentes reivindicações. A presente invenção refere-se a compostos da fórmula geral (III)
em que, 5 ΕΡ 2 598 503/ΡΤ
Ri representa -Η ou CH3; R2 representa -H ou -halogéneo; R3 representa -H ou -halogéneo; R4 representa H, -halogéneo ou -OCi-3-alquilo; e R5 representa H, -halogéneo ou -OCi-3-alquilo; na forma de bases livres, ou seus sais fisiologicamente compatíveis.
Foi descoberto que os compostos da presente invenção actuam surpreendentemente sobre o sistema do receptor Nociceptina/ ORL-1- e do sistema -opióide e que são particularmente eficazes no tratamento da dor crónica, em particular da dor neuropática, sem que ao mesmo tempo permita a supressão da sensação de dor aguda. Além disso, estes compostos exibem apenas - quando tal possa ocorrer - efeitos secundários típicos de opióides surpreendentemente muito reduzidos e na gama das doses de efeito analgésico.
Os compostos no âmbito da presente invenção exibem uma eficácia analgésica muito elevada no tratamento de dor crónica, em particular da dor neuropática, de preferência como resultado de doenças poli- ou mono-neuropática.
Foi descoberto que os compostos em doses que conduzem na prática a uma supressão quase total de dor neuropática em modelos de mono- ou polineuropatia, em testes com animais saudáveis ou em tecidos saudáveis de animais mononeuropáticos, não têm surpreendentemente qualquer efeito sobre a nocicepção normal. Isto significa que estes compostos anulam o estado patológico (alodinia ou hiperalgesia), mas ao mesmo tempo - quando muito e no máximo - afectam apenas ligeiramente a sensação normal de dor. 0 efeito antinociceptivo dos compostos na dor aguda é, portanto insignificante.
Os compostos da presente invenção permitem assim uma actividade selectiva contra a dor crónica, de preferência contra a dor neuropática, ainda de preferência contra a dor mononeuropática/nevrálgica ou polineuropática, de preferência contra a dor na neuralgia pós-herpética ou polineuropatia diabética, de preferência com eficácia antinociceptiva 6 ΕΡ 2 598 503/ΡΤ insignificante na dor aguda. Esta propriedade invulgar dos compostos de acordo com a presente invenção é de importância fundamental para o completo quadro da terapia da dor.
Um primeiro aspecto da presente invenção refere-se a compostos da fórmula geral (III)
'5 onde R4 representa -H ou CH3; R2 representa -H ou -halogéneo, de preferência -H ou -F, ainda particularmente de preferência -H; R3 representa -H ou -halogéneo, de preferência um -halogéneo, particularmente de preferência -F; R4 representa H, halogéneo ou -OCi_3-alquilo, de preferência -H ou -OCH3; R5 representa H, -halogéneo ou -OCi-3-alquilo, de preferência -H ou -OCH3 e na forma de bases livres, ou de seus sais fisiologicamente compatíveis.
Tratam-se para os compostos de fórmula geral (III) de derivados de amida de ácido fenilacético.
Os compostos no âmbito da presente invenção proporcionam uma selecção dos compostos divulgados em WO 2004/043967, WO 2005/066183 e WO 2006/108565. Foi descoberto que as espiroaminas de acordo coma presente invenção, e que relativamente aos dois átomos de azoto presentes no anel de ciclo-hexano apresentam configuração cis (derivados de cis-tetra-hidroespiro-(ciclo-hexano-1,1' -pirido[3,4-b]indole)-4-amina), têm surpreendentemente vantagens sobre os outros heterociclos. 7 ΕΡ 2 598 503/ΡΤ
Assim as espiroamidas cis no âmbito da presente invenção e em contraste com os outros compostos de acordo com WO 2004/043967, WO 2005/066183 e WO 2006/108565 mostram em modelos de testes com animais uma excelente actividade contra a dor crónica, particularmente dor neuropática, de preferência no caso de dor por polineuropatia diabética, sem que no entanto no seu uso nas requeridas doses teurapeuticas apresentem um significativo efeito contra a dor aguda. Porque muitos efeitos colaterais dos analgésicos convencionais estão associados com o mecanismo contra a dor aguda, os derivados de ciclo-hexano espirocíclicos de substituição cis no âmbito da presente invenção registam devido ao seu perfil um comportamento particularmente favorável no campo dos efeitos colaterais, particularmente no que diz respeito aos efeitos colaterais adversos típicos de opiáceos.
Os compostos no âmbito da presente invenção são de preferência não quiral; o corpo de base da fórmula geral (III) não contém qualquer elemento de quiralidade (ao nível do centro, eixo ou plano).
Nos compostos de acordo com a presente invenção, tratam-se relativamente ao sistema espiro anelar, de isómeros nos quais o padrão de substituição no sistema espiro-anel ciclo-hexano (não no índole) é também referido como cis/ trans, Z/E ou sin/anti. Os "Isómeros cis-trans" são um subconjunto dos estereoisómeros (isómeros configuracionais).
Nos compostos no âmbito da presente invenção, cada um dos dois átomos de azoto da espiroamina são sin ou cis ou Z em relação ao outro:
Numa forma de concretização preferida, o excesso do assim designado isómero cis é de pelo menos 50%, preferivelmente de pelo menos 75%, mais preferencialmente de 8 ΕΡ 2 598 503/ΡΤ pelo menos 90%, mais preferencialmente ainda de pelo menos 95% e, em particular e pelo menos de 99%.
Os métodos apropriados para a separação dos isómeros (diastereómeros) são conhecidos dos especialistas e ao estado actual da técnica. Como exemplos podem ser mencionados e usados a cromatografia em coluna, HPLC preparativa e os processos de cristalização. Métodos de síntese específica, em que o isómero é produzido em excesso, são também eles conhecidos em princípio pelos especialistas da área.
As vantagens do isómero-cis são também particularmente surpreendentes, uma vez que para os éteres espiro estruturalmente relacionados, não é geralmente o isómero-cis, mas sim o isómero-trans que apresenta vantagens, do ponto de vista farmacológico (que no entanto são muitas vezes, de natureza diferente dos benefícios proporcionados pelas espiroaminas cis no âmbito da presente invenção):
Numa forma de concretização preferida, os compostos no âmbito da presente invenção apresentam-se na forma de bases livres.
Numa outra forma de concretização preferida, os compostos de acordo com a presente invenção estão na forma de sais fisiologicamente aceitáveis.
No âmbito da descrição, entende-se um "sal" como sendo qualquer forma de o composto no qual ele assume uma forma iónica ou está carregada com carga eléctrica e está acoplada ou se encontra em solução com um seu contra-ião (catião ou anião). Isto também compreende os complexos do composto com outras moléculas e iões, em particular complexos que estão associados através de interacções iónicas. Os sais preferidos são os fisiologicamente aceitáveis ou compatíveis, em particular sais fisiologicamente aceitáveis com aniões ou 9 ΕΡ 2 598 503/ΡΤ ácidos ou também com um sal formado com um ácido fisiologicamente tolerável.
Os sais fisiologicamente aceitáveis com aniões ou ácidos são os sais de cada um dos compostos com ácidos inorgânicos ou orgânicos que são fisiologicamente toleradas -especialmente quando utilizados em seres humanos e/ou mamíferos. Exemplos de sais fisiologicamente aceitáveis de ácidos específicos são os sais de: ácido clorídrico, ácido bromídrico, ácido sulfúrico, ácido metanossulfónico, ácido fórmico, ácido acético, ácido oxálico, ácido succinico, ácido málico, ácido tartárico, ácido mandélico, ácido fumárico, ácido láctico, ácido cítrico, ácido glutâmico, ácido sacárico, ácido monometilsebácido, 5-oxo-prolina, ácido hexano-l-sulfónico, ácido nicotínico, ácido 2-, 3- ou 4-aminobenzóico, ácido 2, 4, β-trimetil-benzóico, ácido -lipóico, acetilglicina, ácido acetilsalicílico, ácido hipúrico e/ou ácido aspártico. Preferencialmente são ainda, o cloridrato, o citrato e o hemicitrato.
Numa forma de concretização preferida, o composto da presente invenção apresenta-se sob a forma de composto livre ou como um seu sal fisiologicamente aceitável, mas, de preferência não como o sal de ácido benzenossulfónico ou como sal de ácido clorídrico ou um sal de ácido cítrico.
Para efeitos de melhor compreensão da presente descrição, o termo "halogéneo" é aqui preferencialmente usado para os casos de -F, -Cl, -Br ou I, de preferência, -F ou -Cl, especialmente -F.
Para efeitos da presente descrição "Ci-3-alquilo" representa independentemente em cada caso, compostos saturados ou mono- ou poli-insaturados, lineares ou ramificados. Assim "Ci_3-alquilo" inclui os radicais de hidrocarbonetos acíclicos saturados ou insaturados que podem ser lineares ou ramificados, isto é Ci-3-alcanilos, Ci-3-alcenilo e Ci-3-alcinilo.
Formas de concretização preferidas dos compostos de fórmula geral (III) são compostas de fórmula geral (III): 10 ΕΡ 2 598 503/ΡΤ
(III) sob a forma de bases livres ou dos seus sais fisiologicamente tolerados, em que R2 representa -H e/ou R3 representa -F.
De preferência, R4 e R5 em ambos os casos ou representam -H ou representam -OCH3.
Numa forma de concretização particularmente preferida, a presente invenção refere-se com o composto de fórmula geral (VI)
na forma de bases livres ou de seus sais fisiologicamente aceitáveis.
As bases livres do composto de fórmula geral (VI) podem ser referidas sistematicamente como (E)-2' ,3' ,4' ,9' -tetra-hidro-N,N-dimetil-4-(3-fluorofenil)-2' -(2-fenilvinl)carbonil-espiro-[ciclo-hexano-1,1' (1' H)-pirido[3,4-b]índole]-4-amina (diastereómero cis) ou então como (E)-1-((ls,4s)-4- (dimetilamino)-4-(3-fluorofenil)-3' ,4' -di-hidroespiro-[ciclo-hexano-1, 1' -pirido[3,4-b]indole]-2' (9' H)-il)-3-fenil-prop-2- 11 ΕΡ 2 598 503/ΡΤ en-l-ona. Preferencialmente, este composto existe como uma base livre, na forma de cloridrato, o citrato ou hemicitrato.
Os compostos particularmente preferidos no âmbito da presente invenção são seleccionados a partir do grupo que consiste de: (E)-2' ,3' ,4' ,9' -tetra-hidro-N,N-dimetil-4-fenil-f2ifenil-vinil)carbonil-espiro[ciclo-hexano-1,1' (1' H)-piritjõ,4-b]-índole]-4-amina-(diastereómero cis) ou (E)-1-((ls,4s)-4-(dimetilamino)-4-fenil-3' ,4' -di-Hio-espiro[ciclo-hexano-1,1' -pirido[3,4-b]índole]-2' (HJ-il)-3-fenil-prop-2-en-l-ona AMD—lcis (E)-2' ,3' ,4' ,9' -tetra-hidro-N,N-dimetil-4-(3-flfienél)-2' -(2 fenilvinil)carbonil-espiro-[ciclo-hexano-1,1' (1' HJ>±rido-[3,4-b]indole]-4-amina(diastereómero cis) ou (E)-1-((ls,4s)-4-(dimetilamino)-4-(3-fluorofenil)-3' ,4' -di-hidro-espiro[ciclo-hexano-1,1' -pirido-[3,4-b]indol#-2' (9' H)-il)-3-fenil-prop-2-en-l-ona AMD-5cis AMD-6cis (E)-2' ,3' ,4' ,9' -tetra-hidro-N,N-dimetil-6' -fluetfô-Sluoro-fenil)-2' -(2-fenil-vinil)-carbonil-espiro-[ciclo-hsano-1,1' (1' H)-pirido-[3,4-b]indole]-4-amina (diastereóme cis) ou (E)—1—((ls,4s)—4—(dimetilamino)-6' -fluoro-4-(3-fluoofenil)-3' ,4' -di-hidroespiro-[ciclo-hexano-1,1' -pirido-[3blindole]-2' (9' H)-il)-3-fenil-prop-2-en-l-ona AMD—8cis (E)-2' ,3' ,4' ,9' -tetra-hidro-N,N-dimetil-6' -fluofenil-2' -(2 fenilvinil)carbonil-espiro-[ciclo-hexano-1,1' (1' Hj)±rido- [3,4-b]indole]-4-amina (diastereómero cis) ou (E)-1-((ls,4s)-4-(dimetilamino)-6' -fluoro-4-fenil-3 ,4' -di- hidroespiro [ciclo-hexano-1, 1 ' -pirido-[3, 4-b] indole-]-2 ' (9' H)-il 3-fenil-prop-2-en-l-ona AMD-10cls (E)-2' ,3' ,4' ,9' -tetra-hidro-N,N-dimetil-4-(4-flfienól)-2' -(2 fenilvinil)-carbonil-espiro-[ciclo-hexano-1,1' (1' HJiirido-[3,4-b]indole]-4-amina (diastereómero cis) ou (E)-1-((ls,4s)-4-(dimetilamino)-4-(4-fluorofenil)-3' ,4' -di-hidroespiro- [ciclo-hexano-1, 1 ' -pirido-[3,4-b]indol#-2' (9' H)-il)-3-fenil-prop-2-en-l-ona AMD-12cls e os seus sais e/ou solvatos fisiologicamente aceitáveis, em particular as bases livres, cloridratos, citratos ou hemicitrato.
Um outro aspecto da presente invenção refere-se a compostos no âmbito da presente invenção para utilização como medicamento. 12 ΕΡ 2 598 503/ΡΤ
Um outro aspecto da presente invenção refere-se a compostos no âmbito da presente invenção para utilização no tratamento de dores neuropáticas e/ou crónica, em que de preferência a aplicação seja feita duas vezes por dia, ou uma vez por dia, ou menos frequentemente, de preferência, nas especificidades que requeiram aplicações não mais do que uma vez por dia.
Um outro objecto da presente invenção refere-se a compostos no âmbito da presente invenção para utilização no tratamento da dor crónica. De preferência, a dor crónica seleccionada de entre o grupo consistindo de dor inflamatória, dor visceral, dor devida a cancro e dor neuropática. A dor neuropática pode ser de origem nevrálgica/mononeuropática ou polineuropática.
Um outro objecto da presente invenção refere-se a compostos no âmbito da presente invenção para utilização no tratamento da dor associada com polineuropatia diabética.
Um outro objecto ainda da presente invenção refere-se a compostos no âmbito da presente invenção para uso no tratamento de dor devido a neuralgia pós-herpética.
Os compostos no âmbito da presente invenção são adequados para o tratamento de dor neuropática, de preferência de dor mononeuropática/ neuropática ou polineuropática. De preferência no caso da dor polineuropática periférica ou dor polineuropática central.
De preferência, a polineuropatia ou dor polineuropática aguda (até quatro semanas) , subaguda (de 4 a 8 semanas) ou crónica (mais doe que oito semanas).
Preferencialmente, no caso da polineuropatia são afectados o sistema nervoso central, ou o sistema motor, sensorial, autónomo, ou sensório-motor. Preferencialmente, os sintomas são distribuídos de forma simétrica ou assimétrica. A dor pode ser leve, moderada, moderadamente severa, grave ou muito grave. Como medida de resposta pode ser usada a escala de dor neuropática (NPS) (ver BS Galer et al. , Neurology 1997, 48, 332-8). 13 ΕΡ 2 598 503/ΡΤ
Exemplos de causas de dor neuropática periférica incluem a polineuropatia diabética, a neuralgia pós-herpética, a radiculopatia, a neuralgia pós-traumática, por meio de substâncias químicas, por exemplo a polineuropatia induzida por quimioterapia, dor do membro fantasma, síndrome regional complexa, polineuropatia sensorial induzida pelo VIH (ou HIV) e polineuropatia alcoólica. Exemplos de causas de dor polineuropática central são mielopatia compressiva devido ao canal estreitado, dor pós-traumática na coluna, dor devido a acidente vascular cerebral, mielopatia pós-isquémica, mielopatia induzida por radiação, mielopatia induzida por esclerose múltipla e mielopatia induzida pelo VIH.
Numa forma de concretização preferida, as neuropatias causadoras de dor neuropática estão associadas a uma doença seleccionada de entre o grupo consistindo de diabetes mellitus, vasculite, uremia, hipotiroidismo, abuso de álcool, a nevralgia pós-herpética, neuropatia idiopática, neuropatia desmielinizante inflamatória crónica, neuropatia motora multifocal, polineuropatia hereditária, síndrome de Guillain-Barré, intoxicação [por exemplo pelo álcool, metais pesados {especialmente nos casos de Pb, Hg, As}, hidrocarbonetos, após quimioterapia com citostáticos] , porfiria, doenças infecciosas, doenças cancerosas [por exemplo Mieloma, amilóide, leucemia, linfomas], anemia perniciosa, a deficiência de vitamina E, doença de Refsum, síndrome de Bassen - Kornzweig, doença de Fabry, vasculite e amiloidose. A polineuropatia diabética e a nevralgia pós-herpética, são particularmente preferidos. Tratando-se de uma doença infecciosa, de preferência é seleccionado de entre o grupo consistindo de mononucleose, erliquiose, tifo, difteria, lepra, VIH, sífilis e a doença de Lyme.
De preferência, tratam-se na dor polineuropática de dores as quais são causadas por uma polineuropatia, conforme é definido pela CID-10 (em inglês ICD-10) (Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde, edição da OMS, de preferência versão de 2008).
Um outro objecto da presente invenção refere-se a compostos no âmbito da presente invenção para utilização no 14 ΕΡ 2 598 503/ΡΤ tratamento de estados de ansiedade, do stress e de síndromas relacionados com o stress, depressão, epilepsia, doença de Alzheimer, demência senil, disfunções cognitivas gerais, distúrbios de memória e de aprendizagem (como um nootrópico), os sintomas de abstinência, abuso e/ou dependência de álcool e/ou drogas e/ou de medicamentos, disfunção sexual, doenças cardiovasculares, hipotensão, hipertensão, zumbido, prurido, enxaqueca, surdez, falta de motilidade intestinal, desordens alimentares, anorexia, obesidade, desordens locomotoras, diarreia, caquexia, incontinência urinária ou como relaxante muscular, anti-convulsivo ou anestesia ou para a co-administração de um tratamento com um analgésico opióide, ou com um anestésico, para a diurese ou anti-natriurese, ansiólise, para modular a actividade do movimento, para a modulação da libertação de neurotransmissores e tratamento de doenças neurodegenerativas associadas com os mesmos, para o tratamento de sintomas de abstinência e/ou para reduzir o potencial viciante dos opióides.
Os compostos no âmbito da presente invenção podem ser usadas em métodos de tratamento, em especial numa das indicações acima mencionadas, em casos de mamífero não-humano ou sendo humano que ou tenha necessidade de tratamento de dor crónica, de preferência dor neuropática, de preferência ainda de dor polineuropatia diabética ou nevralgia pós-herpética, por meio de uma dose diária individual requerida terapeuticamente de um composto no âmbito da presente invenção, ou por meio de uma forma de dosagem no âmbito da presente invenção, sendo que de preferência ao mesmo tempo, a sua administração não provoque supressão significativa da sensação de dor nociceptora aguda e/ou que não ocorram nenhuns efeitos colaterais significativos típico de opióides, em especial e essencialmente sem depressão respiratória e/ou não prisão de ventre e/ou não retenção urinária e/ou ausência de náusea e/ou sem vómitos e/ou sem hipotensão e/ou episódios de bradicardia e/ou nenhum efeito viciante e/ou nenhuma dependência e/ou nenhuma euforia e/ou nenhuma depressão e/ou nenhuma sedação e/ou nenhuma tontura.
Os compostos no âmbito da presente invenção podem também ser utilizados em métodos de tratamento, em especial numa das indicações acima mencionadas, em casos de mamífero 15 ΕΡ 2 598 503/ΡΤ não-humano ou humano, que necessite de tratamento da dor crónica, de preferência dor neuropática, de preferência dor por polineuropatia diabética ou nevralgia pós-herpética através da administração de uma dose diária X de um composto no âmbito da presente invenção, ou uma forma de dosagem no âmbito da presente invenção, em que de preferência e simultaneamente não exista supressão significativa de sensação de dor nociceptora aguda e/ou não ocorram nenhuns efeitos colaterais significativos típicos de opióides, não havendo em particular e essencialmente nenhuma depressão respiratória e/ou prisão de ventre e/ou retenção urinária e/ou ocorrência de náusea e/ou vómitos e/ou hipotensão e/ou episódios de bradicardia e/ou efeitos viciantes e/ou dependência e/ou euforia e/ou depressão e/ou sedação e/ou tontura; em que a dose diária X é seleccionada a partir do grupo que consiste dos valores: 0,001, 0,002, 0,003, 0,004, 0,005, 0,006, 0, 007, 0,008, 0,009, 0,01, 0, 02, 0, 03, 0, 04, 0,05, 0,06, 0,07, 0, 08, 0, 09, 0,1, 0,2, 0,3, 0, 4, 0,5, 0,6, 0,7, 0,8, 0, 9, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10 mg.
Um ulterior objecto da presente invenção refere-se a compostos de acordo com a presente invenção, com afinidade para o receptor -opióide e o receptor ORL-1, o qual • no tratamento de dor neuropática, de preferência no rato, preferido como dor mononeuropática no modelo de Chung, são caracterizadas por terem um significativo efeito quando se usa uma dose correspondente a metade do efeito máximo ED5on, e • no tratamento de dores agudas, preferencialmente nos ratos, preferido nos Tail-Flick-Test (testes de retirada da cauda), em doses que mesmo com um factor 5 vezes maior ao do ED50n, não apresenta substancialmente nenhum resultado significativamente eficaz.
Assim sendo, os compostos no âmbito da presente invenção quando administrados nestas doses de metade de eficácia máxima ED50n, a qual é definida em termos da eficácia do composto contra a dor neuropática, e até mesmo quando são administradas em doses com um factor 5 vezes maior do que ED5on, quando muito e no máximo apresentam um efeito antinociceptivo perfeitamente negligenciável em casos de dor 16 ΕΡ 2 598 503/ΡΤ aguda em, de preferência nos testes com ratos, preferencialmente ainda no Tail-Flick-Test.
Numa forma de concretização preferida, trata-se do caso em que a dor neuropática de dor mononeuropática ou dor nevrálgica é de preferência uma dor resultante da neuralgia pós-herpética. Numa outra forma de concretização preferida, trata-se do caso em que a dor poli-neuropática é de preferência dor associada à polineuropatia diabética.
De preferência os compostos no âmbito da presente invenção, mesmo quando usados em uma dosagem com factores de 10, 20, 30, 40 ou 50, mais preferencialmente ainda por factores de 75, 100, 125, 150 ou 175, ainda mais preferencialmente por factores de 200, 300, 400 ou 500, de preferência ainda por factores de 600, 700, 800 ou 900, e em particular, mesmo a um factor de 1000 vezes maior do que a dose de eficiência correspondente a metade da máxima ED50n, no tratamento de dor aguda ou nociceptiva, não apresenta substancialmente qualquer efeito significativo. A dose de eficiência ED5on correspondente a metade do máximo é conhecida dos especialistas e do estado actual da técnica. É de preferência definido como a dose para a qual 50% do efeito terapêutico máximo é alcançado no que diz respeito ao tratamento de dor neuropática. Por conseguinte, um valor de dose correspondente a metade desse máximo em eficiência ED50a pode ser definido como a dose para a qual 50% do efeito terapêutico máximo é alcançado no que diz respeito ao tratamento de dor aguda. Os compostos no âmbito da presente invenção são, no entanto definido pelos valores de ED50n mas não pelos de ED50a.
Os métodos apropriados para avaliar a eficácia de um fármaco no tratamento da dor neuropática e a determinação do valor de dose de eficiência correspondente a metade do máximo ED5on para o tratamento da dor neuropática são conhecidos dos especialistas e do estado actual da técnica. Isto também se aplica para o estudo da eficácia de um fármaco contra a dor aguda. 17 ΕΡ 2 598 503/ΡΤ A determinação de tais valores pode ser realizada, por exemplo, em modelos com animais (por exemplo, com ratinhos ou ratos), onde • a dor mononeuropática pode ser investigada de acordo com
Chung (S.H. Kim, J.M. Chung, Pain. 1992, 50(3), 355-63) e Bennett (G.J. Bennett, Y.K. Xie, Pain. 1988, 33(1), 87- 107) , • a dor por polineuropatia diabética pode ser realizada de acordo com diabetes induzida por estreptozotocina (STZ) (E.K. Joseph, J.D. Levine, Neuroscience. 2003;120(4):907-13) e • a dor aguda pode ser determinada de acordo com o chamado Tail-Flick-Test (teste de retirada da cauda) (D' Amour and Smith, J. Pharm. Exp. Ther. 72, 1941, 74-9)
De preferência, faz-se a determinação por meio de testes com animais, ou seja, no que respeita à eficácia contra a dor neuropática como eficácia contra a dor mononeuropática no rato de acordo com o modelo de Chung e no que diz respeito à sua eficácia contra a dor aguda em ratos de acordo com o teste de retirada da cauda, de preferência, respectivamente, como descrito na parte experimental.
Assim sendo, os compostos no âmbito da presente invenção têm de preferência uma afinidade para o receptor opióide e para o receptor ORL-1, que no rato • são significativamente eficazes no tratamento da dor mononeuropática de acordo com o modelo de Chung e são assim caracterizados por uma dose de eficiência correspondente a metade do máximo ED50n, e • não são significativamente eficazes no tratamento de dor aguda de acordo com o teste de retirada da cauda a uma dose que tem um factor 5 vezes maior do que ED50n. A avaliação dos resultados experimentais em termos de diferenças estatisticamente significativas entre os respectivos grupos de dosagem e os grupos de controlo de veiculos, realizou-se de preferência por análise de variância com repetição de medidas (ANOVA de medidas repetidas) conforme descrito em análise post hoc de acordo com 18 ΕΡ 2 598 503/ΡΤ
Bonferroni, de preferência conforme descrito na secção experimental. Aqui estabelece-se como nivel de significância p<0,05. As dimensões dos grupos são geralmente de n=10.
Em principio, podem também ser efectuadas medições comparativas de eficácia analgésica contra a dor neuropática e dor nociceptiva aguda nos seres humanos, o que, no entanto, entre outras coisas, por envolver considerações de ordem ética, são por isso menos preferidas. 0 estudo da eficácia contra a dor neuropática, ou seja, em pacientes que sofram de dor neuropática, pode então, ser efectuado de acordo com Hansson P, Backonja M, Bouhassira D. (2007), Usefulness and limitations of quantitative sensory testing: clinicai and research application in neuropathic pain States. Pain. 129(3): 256-9. O estudo da eficácia contra a dor aguda pode ser feito de acordo com Posner J, Telekes A, Crowley D, Phillipson R, Peck AW. (1985), Effects of an opiate on cold-induced pain and the CNS in healthy volunteers. Pain. 23(1):73-82.
Foi descoberto que os compostos no âmbito da presente invenção são caracterizados por um perfil de efeitos secundários surpreendentemente muito favorável quando em comparação com opióides convencionais de nivel 3. Assim, mesmo quando administrados em doses terapeuticamente eficazes, como especialmente exigido para o tratamento de dor neuropática, observou-se nenhum, ou no máximo apenas algum mas pouco pronunciado efeito colateral tipico de opiáceos, tais como por exemplo a depressão respiratória, prisão de ventre, retenção urinária, náuseas, vómitos, hipotensão, bradicardia, efeitos viciantes, efeitos de dependência, euforia, depressão, sedação e tonturas. Até à data foram demonstrados em modelos experimentais com animais valores de incidência bastante reduzida de efeitos colaterais tipicas de opiáceos como a depressão respiratória, prisão de ventre, hipotensão, bradicardia, prejuízo da capacidade de coordenação motora (como uma medida de efeitos secundários do sistema nervoso central), bem como a dependência física e psíquica.
Numa forma de concretização preferida, os compostos no âmbito da presente invenção quando administrados na dose 19 ΕΡ 2 598 503/ΡΤ equivalente a metade eficiência máxima ED50n, a qual é definida em termos da eficácia do composto contra a dor neuropática, e de preferência ainda, numa dose que é de factor 5 vezes maior do que ED5on, sem depressão respiratória siqnificativa como efeito secundário, de preferência no rato, mais preferencialmente no modelo de análise de gás no sangue. De preferência, os compostos no âmbito da presente invenção, mesmo a uma dose que é de um factor de 10, 20, 30, 40 ou 50, mais preferencialmente por um factor de 75, 100, 125, 150 ou 175, ainda mais de preferência por um factor de 200 vezes maior do que a dose correspondente a metade da eficiência máxima ED50n, não apresenta nenhuma depressão respiratória significativa como efeito colateral.
Os métodos apropriados para estudar uma depressão respiratória induzida por drogas ou substancias activas são bem conhecidos do especialista e do estado actual da técnica. De preferência, a análise é realizada num modelo analisador de gás do sangue no rato como uma alteração do O2 arterial e pressões parciais de CO2. A análise dos resultados experimentais obtidos no que diz respeito às diferenças estatisticamente significativas entre os respectivos grupos de dosagem e o grupo de controlo de veiculo é de preferência realizada utilizando a análise do factor de variância (ANOVA de uma via) bem como da análise post hoc de acordo com Dunnett, de preferência, tal como descrito na parte experimental. Aqui, o nivel de significância estabelecido é de p<0,05. As dimensões dos grupos são geralmente a partir de n=6. Mais detalhes sobre este modelo de testes com animais são também referidos na parte experimental.
Numa forma de realização preferida, os compostos no âmbito da presente invenção quando administrados ao nivel da dose correspondente a metade da eficiência máxima ED50n, a qual é definida em termos da eficácia do composto contra a dor neuropática, e de preferência ainda, numa dosagem que é de um factor 5 vezes maior do que ED50n, nenhum efeito significativa de prisão de ventre é observado como efeito secundário, de preferência no rato, mais preferencialmente no teste de passagem com carvão. De preferência os compostos no âmbito da presente invenção, mesmo numa dosagem de preferência por um factor de 10, 20, 30, 40 ou 50, mais 20 ΕΡ 2 598 503/ΡΤ preferencialmente por um factor de 75, 100, 125, 150 ou 175, ainda mais de preferência por um factor de 200, 300, 400 ou 500, de preferência ainda por um factor de 600 vezes maior do que a dose correspondente a metade da eficiência máxima ED50n não apresenta nenhuma prisão de ventre significativa como efeito secundário.
Os métodos apropriados para testar uma obstipação ou prisão de ventre induzida por substâncias activas, são conhecidas do especialista na matéria e do estado actual da técnica. De preferência, a análise é levada a cabo num modelo de passagem de carvão no teste com ratos, como a alteração na velocidade do trânsito gastrointestinal. A avaliação dos resultados experimentais obtidos no que diz respeito às diferenças estatisticamente significativas entre os respectivos grupos de dosagem e o grupo de controlo de veiculo é de preferência realizada utilizando a análise do factor de variância (ANOVA de uma via) bem como de uma análise post hoc de acordo com Dunnett, de preferência, tal como descrito na parte experimental. Aqui, o nivel de significância estabelecido é de p<0,05. As dimensões dos grupos são geralmente de n=10. Mais detalhes sobre este modelo com testes com animais são também referidos na parte experimental.
Numa forma de concretização preferida, os compostos no âmbito da presente invenção quando administrados na dose correspondente a metade da eficiência máxima ED5on, a qual é definida em termos da eficácia do composto contra a dor neuropática, e de preferência na dosagem com um factor 5 vezes maior do que ED50n, não apresenta nenhuma hipotensão significativa como efeito secundário, de preferência usando coelhos despertos, de preferência, no modelo de circuito em coelhos conscientes, por telemetria. De preferência, os compostos no âmbito da presente invenção, mesmo em doses com um factor de 10, 20, 30, 40 ou 50, mais preferencialmente por um factor de 75, 100, 125, 150 ou 175, mais preferencialmente ainda por um factor de 200 vezes maior do que o da dose correspondente a metade da eficiência máxima ED50n, não apresentam valores de hipotensão significativa como efeito colateral. 21 ΕΡ 2 598 503/ΡΤ
Os métodos adequados para a investigação da hipotensão induzida por substâncias activas são conhecidas do especialista na matéria e pelo estado actual da técnica. De preferência, a análise é realizada num modelo de circuito fechado com coelhos conscientes por telemetria, medindo a mudança na pressão arterial do sangue (sistólica, diastólica e média). A avaliação dos resultados experimentais obtidos no que diz respeito às diferenças estatisticamente significativas entre os respectivos grupos de dosagem e o grupo de controlo de veiculo é de preferência realizada utilizando a análise do factor de variância (ANOVA de uma via) bem como de uma análise post hoc de acordo com Dunnett, de preferência, tal como descrito na parte experimental. Aqui, o nivel de significância definindo é de p<0,05. As dimensões dos grupos estudados são geralmente de n=6. Mais detalhes sobre este modelo de testes com animais são também referidos na parte experimental.
Numa forma de concretização preferida, os compostos no âmbito da presente invenção quando administrados na dose correspondente a metade da eficiência máxima ED5on, a qual é definida em termos da eficácia do composto contra a dor neuropática, e de preferência, na dose que é de um factor 5 vezes maior do que ED50n, não apresenta nenhuma bradicardia significativa como efeito secundário, de preferência no coelho em estado de vigília, de preferência no modelo de circuito fechado de coelhos rastreados por telemetria. De preferência, os compostos no âmbito da presente invenção, mesmo a uma dose que é de um factor 10, 20, 30, 40 ou 50, mais preferencialmente por um factor de 75, 100, 125, 150 ou 175, mais ainda de preferência por um factor de 200 vezes maior do que o da dose relativa a metade da eficiência máxima ED5on, não apresenta nenhuma bradicardia significativa como efeito colateral.
Os métodos adequados para a investigação de uma bradicardia induzida por substâncias activas são conhecidas do especialista na matéria e do estado actual da técnica. De preferência, a análise é realizada num modelo de circuito fechado em coelho consciente rastreados por telemetria medindo as suas alterações na frequência cardíaca. A avaliação dos resultados experimentais obtidos no que diz 22 ΕΡ 2 598 503/ΡΤ respeito às diferenças estatisticamente significativas entre os respectivos grupos de dosagem e o grupo de controlo de veiculo é de preferência realizada utilizando por meio da análise do factor de variância (ANOVA de uma via) bem como de uma análise post hoc de acordo com Dunnett, de preferência, tal como descrito na parte experimental. Aqui, o nível de significância definido é de p<0,05. As dimensões dos grupos são geralmente de n=6 Mais detalhes sobre este modelo de testes com animais é também referida na parte experimental.
Numa forma de concretização preferida, os compostos no âmbito da presente invenção quando administrados na dose relativa a metade da eficiência máxima ED50n, a qual é definida em termos da eficácia do composto contra a dor neuropática, e de preferência em doses com um factor 5 vezes maior do que ED50n, não apresenta nenhum distúrbio significativo da capacidade de coordenação motora (como uma medida de efeitos secundários no sistema nervoso central), como efeito secundário, de preferência no rato, mais preferencialmente no teste de RotaRod. De preferência, os compostos no âmbito da presente invenção, mesmo em dosagens de preferência por factores de 10, 20, 30, 40 ou 50, mais preferencialmente por factores de 75, 100, 125, 150 ou 175, ainda mais preferencialmente por factores de 200, 300, 400 ou 500, de preferência ainda por factores de 600, 700, 800 ou 900, e em particular por um factor 1000 vezes superior à dose correspondente a metade da eficiência máxima ED50n, não apresenta nenhum distúrbio significativo da capacidade de coordenação motora (como uma medida de efeitos secundários no sistema nervoso central), como efeito colateral.
Os métodos apropriados para estudar um distúrbio da capacidade de coordenação motora induzida por substâncias activas são conhecidos dos especialistas na matéria e do estado actual da técnica. De preferência, a investigação tem lugar em um modelo RotaRod em ratinhos (análogo ao Kuribara H., Higuchi Y., Tadokoro S. (1977), Effects of central depressants on Rota-Rod and traction performance in mice. Japan. J. Pharmacol. 27, 117-126.) medindo as modificações na capacidade de caminhar sobre uma haste rotativa. A avaliação dos resultados experimentais obtidos no que diz respeito às diferenças estatisticamente significativas entre os 23 ΕΡ 2 598 503/ΡΤ respectivos grupos de dosagem e o grupo de controlo de veículo é de preferência realizada utilizando a análise do factor de variância (ANOVA de uma via) bem como uma análise post hoc de acordo com Dunnett, de preferência, tal como descrito na parte experimental. Aqui, o nivel de significância estabelecido é de p<0,05. As dimensões dos grupos são geralmente de n=10 Mais detalhes sobre este modelo de teste com animais são também referidos na parte experimental.
Numa forma de concretização preferida, os compostos no âmbito da presente invenção quando administrados na dose correspondente a metade da eficiência máxima ED5on, a qual é definida em termos da eficácia do composto contra a dor neuropática, e de preferência, em dosagens que é de um factor 5 vezes maior do que ED5on, não se verifica nenhuma dependência física significativa ou sintomas de abstinência, como efeitos secundários, de preferência no rato, mais de preferência nos testes de salto (Jumping tests). De preferência, os compostos no âmbito da presente invenção, mesmo quando em dosagens de preferência com factores de 10, 20, 30, 40 ou 50, mais preferencialmente factores de 75, 100, 125, 150 ou 175, ainda mais preferencialmente factores de 200, 300, 400 ou 500, e de preferência ainda por factores de 600, 700, 800 ou 900, e em particular por um factor de 1000 vezes mais elevada do que a dose correspondente a metade da eficiência máxima ED50n, não apresenta nenhuma dependência física significativa ou sintomas de abstinência como efeito colateral.
Os métodos apropriados para a investigação de uma dependência física induzida por substancia activas são conhecidos do especialista e do estado actual da técnica. De preferência a investigação é realizada de acordo com o modelo de ocorrência de saltos no rato (análogo ao Saelens JK, Arch Int Pharmacodyn 190: 213-218, 1971) como a retirada induzida por naloxona. A avaliação dos resultados experimentais em termos de diferenças estatisticamente significativas entre os respectivos grupos de dosagem e os grupos de controlo de veículo faz-se de preferência por meio do teste exacto de Fisher para o parâmetro: "número de animais com sintomas de abstinência", bem como por meio do teste de Kruskal-Wallis 24 ΕΡ 2 598 503/ΡΤ para ο parâmetro: "frequência de salto", de preferência como descrito na parte experimental. Nestes casos, o nível de significância estabelecido em cada um é de p<0,05. As dimensões dos grupos são geralmente de n=12. Mais detalhes sobre este modelo de testes com animais são também referidos na parte experimental.
Numa forma de concretização preferida, os compostos no âmbito da presente invenção quando administrados na dose correspondente à eficiência máxima ED50n, a qual é definida em termos da eficácia do composto contra a dor neuropática, e de preferência mesmo em uma dose que é de um factor 5 vezes maior do que ED50n, não apresenta dependência psicológica significativa ou efeito viciante como efeito colateral, de preferência no rato, de preferência por meio do teste de preferência de posição condicionada. De preferência, os compostos no âmbito da presente invenção, mesmo numa dosagem de preferência de um factor de 10, 20, 30, 40 ou 50, mais preferencialmente por um factor de 75, 100, 125, 150 ou 175, ainda mais de preferência por um factor de 200, 300, 400 ou 500, e ainda de preferência por um factor de 600, 700, 800 ou 900 e particularmente de preferência, por um factor de 1000 vezes mais elevada do que a dose correspondente à eficiência máxima ED5on, não apresenta nenhuma dependência psicológica ou dependência com efeitos viciantes significativa como efeito colateral.
Os métodos apropriados para a investigação de uma dependência psicológica ou dependência com efeitos viciantes induzida por substâncias activas são bem conhecidas do especialista e do estado actual da técnica. É dada preferência a uma análise utilizando uma posição de preferência condicionada em ratos, de preferência tal como descrito em Tzschentke, T.M, Bruckmann, W. e Friedrichs, F. (2002) Lack of sensitization during place conditioning in rats is consistent with the low abuse potential of tramadol. Neuroscience Letters 329, 25-28. A avaliação dos resultados experimentais obtidos no que diz respeito às diferenças estatisticamente significativas na preferência dos animais para o ingrediente activo ou para o veículo é de preferência realizada por meio do teste-t emparelhado. Aqui o nível de significância foi fixado em p<0,05. As dimensões dos grupos 25 ΕΡ 2 598 503/ΡΤ são geralmente de n=8 Mais detalhes sobre este modelo de testes com animais encontram-se publicados nos métodos descritos em Tzschentke, T.M., Bruckmann, W. e Friedrichs, F. (2002), Neuroscience Letters 329, 25-28.
Os compostos no âmbito da presente invenção são adequados para o tratamento de dor crónica, de preferência da dor neuropática, de preferência contra a dor mononeuropática/ nevrálgica ou dor polineuropática, mais de preferência ainda contra a dor na nevralgia pós-herpética ou polineuropatia diabética.
As definições das várias formas de dor crónica são do conhecimento do especialista nesta área. Neste contexto podem ser consultados, por exemplo, Merskey H., Bogduk N. Classification of chronic pain. Seattle: IASP Press 1994, Bennett G.J., Anesth Analg. 2003, 97, 619-20, bem como
Backonja M.M., Anesth Analg. 2003, 97, 785-90.
Para os fins da descrição a dor crónica é preferencialmente definida como sintomatologia dolorosa existente por um periodo prolongado de tempo (geralmente, pelo menos 3, 4, 5 ou 6 meses) que dura também para além dos tempos normais de cura e tratamento. Preferivelmente, a dor neuropática é definida como a dor ou fenómeno sensorial que é causada por lesão, doença ou disfunção do sistema nervoso central ou periférico. Para os fins da presente descrição, a dor aguda é de preferência definida como uma experiência sensorial e emocional desagradável associada a possiveis danos agudos ou potenciais dos tecidos ou descrita em termos de tais danos (ver Definition der International Association for the Study of Pain® (IASP)).
Os compostos no âmbito da presente invenção têm de preferência um valor de Ki no receptor -opióide de no máximo 1000 nm, mais preferivelmente no máximo 500 nm, ainda mais preferencialmente 100 nM, mais preferencialmente no máximo 50 nm, e em particular preferencialmente não mais de 25 nm.
Os métodos para a determinação do valor Ki no receptor -opióide são conhecidos dos especialistas na matéria. Preferencialmente, a determinação é efectuada através de uma 26 ΕΡ 2 598 503/ΡΤ abordagem homogénea em placas de microtitulação. Para esta finalidade, procede-se de preferência a uma série de diluições de cada uma das substâncias a serem testadas com uma preparação de membrana de receptor (15-40 yg de proteína por 250 μΐ de mistura de incubação) de células CHO-K1 que exprimem o receptor -opióide humano (preparação de membrana de receptor RB-HOM da firma NEN, Zaventem, Bélgica) na presença de 1 nmol/1 do ligando radioactivo [3 H]-naloxona (NET719, da firma NEN, Zaventem, Bélgica) bem como de 1 mg de esferas (ou beads) WGA-SPA (germe de trigo aglutinina de esferas SPA de Amersham/ Pharmacia, Freiburg, Alemanha) num volume total de 250 μΐ durante 90 minutos em incubação à temperatura ambiente. Como solução tampão de incubação usa-se de preferência 50 mmol/1 de Tris-HCl suplementado com 0,05% em peso de azida de sódio e 0,06% em peso de albumina de soro bovino. Para a determinação de ligação não específica efectuada é adicionada ainda e de preferência 25 pmol/l de naloxona. Após a conclusão do período de incubação de noventa minutos, as placas de microtitulação são preferencialmente centrifugadas durante 20 minutos a lOOOg e a radioactividade é medida num contador beta (Micro Beta Trilux, PerkinElmer Wallac, Freiburg, Alemanha). É assim determinado o deslocação percentual do ligando radioactivo da sua ligação ao receptor de -opiáceos humano a uma concentração de substâncias de ensaio de preferencialmente 1 ymol/l, e expressa como percentagem de inibição (% de inibição) da ligação específica. Com base na percentagem de deslocamento em diferentes concentrações dos compostos a serem testados podem ser calculadas as concentrações inibidoras IC50 que provocam uma deslocação de 50 por cento do ligando radioactivo. Por conversão utilizando a equação de Cheng-Prusoff podem ser calculados os valores de Ki para as substâncias em teste.
Os compostos no âmbito da presente invenção apresentam preferencialmente um valor de Ki no receptor ORL-1 de no máximo 500 nm, mais preferencialmente no máximo a 100 nm, mais preferencialmente no máximo 50 nm, e em particular de preferência no máximo a 10 nm.
Os métodos para a determinação do valor Ki no receptor ORL-1 são conhecidos dos especialistas e do estado actual da técnica. Preferencialmente, a determinação é realizada num 27 ΕΡ 2 598 503/ΡΤ ensaio de ligação ao receptor com 3H-nociceptina/ Orfanina FQ com membranas de células recombinantes CH0-0RL1. Este sistema de teste é de preferência realizado no âmbito do método proposto de acordo com Ardati et al. (Mol Pharmacol., 51, 1997, pp. 816-824). A concentração de 3H-nociceptina/orfanina FQ é de preferência nestas experiências de 0,5 nM. O ensaio de ligação é de preferência realizado em cada caso com 20 pg de proteina de membrana em cada caso num ensaio de 200 μΐ em 50 mM de Hepes, pH 7,4, 10 mM MgCl2 e 1 mM de EDTA. A ligação ao ORL1-Receptor será preferencialmente determinada com a utilização de em cada caso 1 mg WGA-SPA beads (Amersham-Pharmacia, Freiburg) , por meio de uma incubação de 1 hora em ensaios à temperatura ambiente e por fim medido em contador de cintilações Trilux (Wallac, Finnland).
Os métodos apropriados para a sintese dos compostos no âmbito da presente invenção são, em principio do conhecimento do perito na matéria. A seguir são descritas rotas ou percursos de sintese preferenciais: Síntese do elemento ou bloco constitutivo cetona E:
Fase 1 (para obtenção de B)
As estruturas da fórmula B podem ser preparadas por 28 ΕΡ 2 598 503/ΡΤ reacção de cetonas A com aminas e reagentes ácidos Z-H. Reagentes adequados de Z-H são por exemplo o cianeto de hidrogénio, 1,2,3-triazole, benzotriazole ou pirazole. Uma via particularmente preferida para compostos de estrutura B é a reacção de cetonas com cianetos de metal e a correspondente amina na presença de ácido, de preferência num álcool, a temperaturas de -40 a 60°C, de preferência à temperatura ambiente, com cianetos de metais alcalinos em metanol. Uma via ainda particularmente mais preferida para compostos de estrutura B é a reacção de cetonas com 1,2,3-triazole e a correspondente amina na presença de condições de desidratação, de preferência usando um destilador para separar a água a uma temperatura elevada num solvente inerte, ou usando um crivo molecular ou outro meio de exsicação. Analogamente podem-se introduzir estruturas análogas a B com benzotriazole ou pirazole em vez de grupos triazol.
Fase 1 (para obtenção de Q) A preparação das iminas de fórmula geral Q a partir de cetonas A obtém-se com base no actual estado da técnica.
Fase 2 (para obtenção de B)
De um modo geral os acetais C podem ser obtidos por substituição de grupos de partida adequados Z nas estruturas da fórmula B. Os grupos de partida adequados são de preferência grupos ciano; grupos 1,2,3-triazol-l-ilo. Outros grupos de partida adequados são grupos 1H-benzo[d] [ 1,2,3]triazole-l-ilo e grupos pirazole-l-ilo (Katritzky et al. Synthesis 1989, 66-69) . Uma via particularmente preferida para compostos da estrutura C é a reacção de aminonitrilos B (Z=CN) com os compostos organometálicos correspondentes, de preferência compostos de Grignard, de preferência, em éteres, de preferência à temperatura ambiente. Os compostos organometálicos são ou comercialmente disponíveis ou podem ser preparados de acordo com o actual estado geral da técnica de fabricação. Uma via particularmente preferida para compostos de estrutura C é a reacção de aminotriazoles B (Z=triazole) com os compostos organometálicos correspondentes, de preferência compostos de Grignard, de preferência, em éteres, de preferência à 29 ΕΡ 2 598 503/ΡΤ temperatura ambiente. Os compostos organometálicos são ou comercialmente disponíveis ou podem ser preparados geralmente de acordo com o actual estado da técnica.
Fase 2 (para obtenção de Q)
Os aminoacetais C, com um máximo de um substituinte no átomo de azoto, podem em princípio, de acordo com os métodos conhecidos pelos peritos na matéria, ser obtidos por adição de carbonos nucleófilos a iminas Q, de preferência compostos organometálicos, em solventes inertes, mais preferencialmente com reagentes de Grignard ou compostos de organo-lítio, de preferência em éteres, de preferência a temperaturas de 100°C a temperatura ambiente.
Fase 4/5:
Os compostos de fórmula E podem ser libertados por desprotecção por meio de ácidos a partir dos correspondentes acetais ou C ou dos seus sais D, por meio de um processo geralmente bem conhecido ao estado actual da técnica. Neste caso X é seleccionado a partir do grupo consistindo de alquilo, alquilo/ alcilideno, com alcilideno substituído por arilo ou alquilo (saturado/ insaturado).
Preparação de C (Ri * H) a partir de Ca (Ri =-H)
Os aminoacetais Ca com um máximo de um substituinte no átomo de azoto podem em princípio de acordo com processos bem conhecidos dos especialistas na matéria, como por exemplo por meio de por aminação redutiva, ser convertido nos amino- 30 ΕΡ 2 598 503/ΡΤ acetais C correspondentes com um ou dois outros substituintes sobre o átomo de azoto.
Percurso amino-nitrilo, percurso imina e percurso triazole 0 necessário intermediário cetona E pode ser preparado, por exemplo, pelas seguintes três vias diferentes: (1) via amino-nitrilo, (2) via de imina e (3) via triazol. (1) Via amino-nitrilo:
No percurso amino-nitrilo, tal como descrito no esquema de síntese seguinte, é sintetizado o amino-nitrilo Ba a partir de um precursor de cetonas A, o qual é posteriormente convertido nos blocos constitutivos C ou D e ulteriormente E, utilizando um nucleófilo MR3. Esta via de síntese foi já descrita e aplicada em WO 2004/043967.
(2) Via imina:
No percurso da imina tal como descrito no esquema seguinte, vem sintetizado a imina Q a partir de um precursor de cetonas A, a qual é posteriormente convertido nos blocos constitutivos C ou D e ulteriormente E utilizando um nucleófilo MR3. Os requeridos blocos constitutivos de imina Q podem ser preparados por um dos métodos conhecidos dos especialistas ao estado actual da técnica (Layer, Chem Rev., 1963, 8, 489-510). Para a adição dos compostos organo- 31 ΕΡ 2 598 503/ΡΤ metálicos MR3 na imina Q recorreu-se a processos conhecidos a partir dos métodos descritos na literatura (por exemplo, Maddox et al., J. Med. Chem., 1965, 8, 230-235. Kudzma et al., J. Med. Chem, 1989, 32, 2534-2542.). Fase 3, 4 e 5 têm um percurso análogo ao da via amino-nitrilo. 31 ΕΡ 2 598 503/ΡΤ
(3) Via triazol:
No percurso triazol, como descrito no esquema seguinte, vem sintetizado um triazole Bb a partir de um precursor de cetonas A, o qual é posteriormente convertido nos blocos constitutivos C ou D, e mais tarde E usando um nucleófilo MR3. As condições podem ser encontradas na literatura citada: (a) Katritzky et al. Synthesis, 1992, 1295-1298. (b) Prashad, et al., Tetrahedron Lett. 2005, 46, 5455-5458.
E D 32 ΕΡ 2 598 503/ΡΤ Síntese das espiroaminas (AMN) 32 ΕΡ 2 598 503/ΡΤ
As triptaminas do tipo H podem ser usadas em reacções do tipo da reacção de Pictet-Spengler, com cetonas E com a adição de pelo menos um reagente seleccionado de entre o grupo de ácidos, anidridos de ácidos, ésteres, sais fracamente ácidos ou ácidos de Lewis para formar produtos de fórmula AMN.
Prefere-se para serem utilizados, pelo menos um reagente do grupo de ácidos carboxílicos, ácidos fosfóricos ou ácidos sulfónicos ou os seus respectivos anidridos, éster trialquilsilil do acido carboxílico, sais reagentes ácidos, ácidos minerais ou ácidos de Lewis seleccionados do grupo constituído por trifluoreto de boro, cloreto de índio (III), tetracloreto de titânio, cloreto de alumínio (III), ou com a adição de pelo menos um sal de metal de transição, de preferência com a adição de pelo menos um triflato de metal de transição (trifluorometanossulfonatos de metal de transição), especialmente de preferência com a adição de pelo menos um trifluorometanosulfonato de metal de transição seleccionados a partir do grupo consistindo de trifluorometanossulfonato de escândio (III), trifluoro-metanossulfonato de itérbio (III), trifluorometanossulfonato de índio (III), opcionalmente com a adição de Celite com reagentes ligadas à fase sólida ou reagentes a temperatura elevada ou reduzida, com ou sem uso de irradiação de microondas, opcionalmente em um solvente adequado ou mistura de solventes, tais como por exemplo clorados ou não clorados, em seguida de preferência em hidrocarbonetos aromáticos, acetonitrilo; em solventes etéreos, de preferência, em éter dietílico ou THF, ou em nitrometano, em casos adequados, também em álcoois ou água. Particularmente são aqui preferidos para serem usados o para-toluenossulfonato de 33 ΕΡ 2 598 503/ΡΤ piridínio, ο pentóxido de fósforo na presença de celite, o eterato de trifluoreto de boro, ácido trifluoroacético, ácido ortotitânico do éster de tetraisopropilo com ácido trifluoro-acético, trifluorometanossulfónico éster de trimetilsililo, ácido trifluorometanossulfónico, ácido metanossulfónico, ácido trifluoroacético, ácido acético, ácido fosfórico, ácido polifosfórico, éster de polifosfato, ácido p-tolueno- sulfónico, ácido clorídrico HC1 gás, ácido sulfúrico, juntamente com solução tampão de acetato, tetracloreto de estanho.
Mais uma vez, são de preferência aplicadas as condições apresentadas nos exemplos seguintes.
Os compostos de fórmulas gerais H e E são ou comercialmente disponíveis ou a sua preparação pode ser proporcionada com base nos conhecimentos de acordo com o estado actual da técnica ou com base nos especialistas na matéria. Particularmente relevante para este fim são os seguintes trabalhos: Jirkovsky et al., J. Heterocycl. Chem., 12, 1975, 937-940; Beck et al., J. Chem. Soc. Perkin 1, 1992, 813-822; Shinada et al., Tetrahedron Lett., 39, 1996, 7099- 7102; Garden et al., Tetrahedron, 58, 2002, 8399-8412;
Lednicer et al., J. Med. Chem., 23, 1980, 424-430; Bandini et al. J. Org. Chem. 67, 15; 2002, 5386-5389; Davis et al., J.Med.Chem. 35, 1, 1992, 177-184; Yamagishi et al., J.Med.Chem. 35, 11, 1992, 2085-2094; Gleave et al.;
Bioorg.Med.Chem.Lett. 8, 10, 1998, 1231-1236; Sandmeyer,
Helv.Chim. Acta; 2; 1919; 239; Katz et al. ; J. Med. Chem. 31, 6, 1988; 1244-1250; Bac et al. Tetrahedron Lett. 1988, 29, 2819; Ma et al. J. Org. Chem. 2001, 66, 4525; Kato et al. J. Fluorine Chem. 99, 1, 1999, 5-8. Síntese de espiroamldas (AMD)
AMN AMD 34 ΕΡ 2 598 503/ΡΤ
Os compostos da fórmula geral AMN podem ser usados em reacções com ácidos carboxílicos, em pelo menos um solvente, de preferência seleccionado a partir do grupo que consiste em diclorometano, acetonitrilo, dimetilformamida, éter dietilico, dioxano e tetra-hidrofurano, com a adição de pelo menos um reagente de acoplamento, preferencialmente seleccionado a partir do grupo consistindo de carbonildiimidazole (CDI), iodeto de 2-cloro-l-metilpiridínio (reagente de Mukaiyama), N-(3-dimetilaminopropil)-N' -etilcarbodiimida (EDCI), o-(benzotriazole-l-il)-N,N,N' ,N' -tetrafluoroborato-tetrametilurónio (TBTU), N,N' -diciclo- hexilcarbodiimida (DCC) e hexafluorofosfato de 1-benzo-triazoliloxi-tris-(dimetilamino) fosfónio (BOP), opcionalmente na presença de pelo menos, uma base inorgânica, de preferência seleccionada a partir do grupo que consiste em carbonato de potássio e carbonato de césio, ou uma base orgânica, de preferência, seleccionado a partir do grupo que consiste em trietilamina, diisopropiletilamina e piridina, e opcionalmente com a adição de 4-(dimetilamino)-piridina ou 1-hidroxibenzotriazole a uma temperatura de preferência de 25°C a 150°C, opcionalmente sob irradiação de microondas, para dar origem a compostos da fórmula geral AMD.
Os compostos da fórmula geral AMN pode ser feitos reagir com anidridos ácidos e cloretos de ácidos carboxílicos em pelo menos um solvente, de preferência, seleccionado a partir do grupo que consiste em diclorometano, acetonitrilo, dimetilformamida, éter dietilico, dioxano e tetra-hidrofurano, opcionalmente na presença de pelo menos, uma base inorgânica, de preferência seleccionada de entre o grupo que consiste em carbonato de potássio, e carbonato de césio, ou uma base orgânica, de preferência, seleccionado a partir do grupo que consiste em trietilamina, diisopropiletilamina e piridina, e, opcionalmente, com a adição de 4-(dimetilamino)-piridina ou 1-hidroxibenzotriazole, a uma gama de temperaturas de preferência de 25°C a 150°C, opcionalmente sob efeito de irradiação com microondas, para dar origem a compostos da fórmula geral AMD.
Relativamente a ulteriores detalhes para a síntese dos compostos no âmbito da presente invenção, em particular no 35 ΕΡ 2 598 503/ΡΤ que diz respeito à síntese dos blocos constitutivos dos reagentes de partida adequados, podem-se obter mais pormenores nos documentos referenciados WO 2004/043967, WO 2005/063769, WO 2005/066183, WO 2006/018184, WO 2006/108565, WO 2007/124903 e WO 2008/009416. Um especialista na técnica irá reconhecer que os blocos constitutivos dos reagentes adequados para a síntese dos compostos no âmbito da presente invenção podem ser preparados de forma análoga aos métodos divulgados nestas referências e esquemas de síntese bem como as concretizações.
Os compostos no âmbito da presente invenção podem agir por exemplo sobre a causa de várias doenças relacionadas com receptores ORL1 e -opióide, de tal forma que são em s mesmas substância activa (medicamento) em composições farmacêuticas.
Um outro objecto da presente invenção refere-se a uma composição farmacêutica que contenha um veículo fisiologicamente aceitável e pelo menos um composto no âmbito da presente invenção.
De preferência, a composição no âmbito da presente invenção é • sólida, líquido ou em estado pastoso; e/ou • contém o composto no âmbito da presente invenção numa quantidade de 0,001 até 99% em peso, de preferência entre 1,0 e 70% em peso, com base no peso total da composição. A composição farmacêutica no âmbito da presente invenção pode conter, se necessário, aditivos e/ou auxiliares adequados e/ou opcionalmente outros ingredientes activos adicionais.
Exemplos de meios transportadores ou veículos fisiologicamente aceitáveis adequados, aditivos e/ou substâncias auxiliares são os agentes ou cargas de enchimento, solventes, diluentes, corantes e/ou aglutinantes. Estas substâncias são conhecidas do especialista na matéria e ao estado actual da técnica (ver HP Fiedler, Lexikon der Hilfsstoffe fur Pharmazie, Kosmetik und angrenzende Gebiete, Editio Cantor Aulendoff). 36 ΕΡ 2 598 503/ΡΤ
De preferência, a composição no âmbito da presente invenção contém o composto de acordo com a invenção numa quantidade de 0,001 a 99% em peso, mais preferencialmente de 0,1 a 90% em peso, mais preferivelmente de 0,5 a 80% em peso, mais preferencialmente de 1,0 a 70% em peso, e, especialmente 2,5 a 60% em peso, com base no peso total da composição.
De preferência, a composição no âmbito da presente invenção é confeccionada para administração sistémica, tópica ou local, de preferência, para administração oral.
Um outro objecto da presente invenção refere-se a uma forma de dosagem farmacêutica contendo a composição farmacêutica no âmbito da presente invenção.
Numa forma de concretização preferida, a forma de dosagem no âmbito da presente invenção é confeccionada por forma a ser administrada duas vezes ao dia, para administração uma vez por dia, ou para uma administração feita menos de uma vez por dia, sendo contudo de preferência para uma administração em mais de uma vez por dia.
De preferência, trata-se de uma administração sistémica, em particular por via oral.
Numa forma de concretização preferida, a forma de dosagem no âmbito da presente invenção, contem o composto de acordo com a invenção em uma dose tão pequena, que não é significativamente eficaz no tratamento de dor aguda. De preferência, esta dose está na gama de valores de 1,0 pg a 10 mg, com base no peso molecular da base livre.
De preferência a dose contem 0,001 mg±50%, 0,002 mg±50%, 0,003 mg±50%, 0,004 mg±50%, 0,005 mg±50%, 0,006 mg±50%, 0,007 mg±50%, 0,008 mg±50%, 0,009 mg±50%, 0,01 mg±50%, 0,02 mg±50%, 0,03 mg±50%, 0,04 mg±50%, 0,05 mg±50%, 0,06 mg±50%, 0,07 mg±50%, 0,08 mg±50%, 0,09 mg±50%, 0,1 mg±50%, 0,15 mg±50%, 0,2 mg±50%, 0,25 mg±50%, 0,3 mg±50%, 0,35 mg±50%, 0,4 mg±50%, 0,45 mg±50%, 0,5 mg±50%, 0,55 mg±50%, 0,6 mg±50%, 0,65 mg±50%, 0,7 mg±50%, 0,75 mg±50%, 0,8 mg±50%, 0,85 mg±50%, 0,9 mg±50%, 0,95 mg±50%, 1 mg±50%, 1,5 37 ΕΡ 2 598 503/ΡΤ mg±50%, 2 mg±50%, 2,5 mg±50%, 3 mg±50%, 3,5 mg±50%, 4 mg±50%, 4.5 mg±50%, 5 mg±50%, 5,5 mg±50%, 6 mg±50%, 6,5 mg±50%, 7 mg±50%, 7,5 mg±50%, 8 mg±50%, 8,5 mg±50%, 9 mg±50%, 9,5 mg±50%, ou 10 mg±50%, com base no peso molecular da base livre.
Mais preferencialmente, a dose contém 0,001 mg±25%, 0,002 mg±25%, 0,003 mg±25%, 0,004 mg±25%, 0,005 mg±25%, 0,006 mg±25%, 0,007 mg±25%, 0,008 mg±25%, 0,009 mg±25%, 0,01 mg±25%, 0,02 mg±25%, 0,03 mg±25%, 0,04 mg±25%, 0,05 mg±25%, 0,06 mg±25%, 0,07 mg±25%, 0,08 mg±25%, 0,09 mg±25%, 0,1 mg±25%, 0,15 mg±25%, 0,2 mg±25%, 0,25 mg±25%, 0,3 mg±25%, 0,35 mg±25%, 0,4 mg+25%, 0,45 mg+25%, 0,5 mg+25%, 0,55 mg±25%, 0,6 mg±25%, 0,65 mg±25%, 0,7 mg±25%, 0,75 mg±25%, 0,8 mg±25%, 0,85 mg±25%, 0,9 mg±25%, 0,95 mg±25%, 1 mg±25%, 1,5 mg±25%, 2 mg±25%, 2,5 mg±25%, 3 mg±25%, 3,5 mg±25%, 4 mg±25%, 4.5 mg±25%, 5 mg±25%, 5,5 mg±25%, 6 mg±25%, 6,5 mg±25%, 7 mg±25%, 7,5 mg±25%, 8 mg±25%, 8,5 mg±25%, 9 mg±25%, 9,5 mg±25% ou 10 mg±25%, com base no peso molecular da base livre.
Ainda particularmente de preferência, a dose é constituída 0,001 mg, 0,002 mg, 0,003 mg, 0,004 mg, 0,005 mg, 0, 006 mg, 0, 007 mg, 0, 008 mg, 0,009 mg, 0,01 mg, 0,02 mg, 0,03 mg, 0,04 mg, 0,05 mg, 0,06 mg, 0,07 mg, 0,08 mg, 0,09 mg, 0,1 mg, 0,15 mg, 0,2 mg, 0,25 mg, 0,3 mg, 0,35 mg, 0,4 mg, 0,45 mg, 0,5 mg, 0,55 mg, 0,6 mg, 0,65 mg, 0,7 mg, 0,75 mg, 0,8 mg, 0,85 mg, 0,9 mg, 0,95 mg, 1 mg, 1,5 mg, 2 mg, 2,5 mg, 3 mg, 3,5 mg, 4 mg, 4,5 mg, 5 mg, 5,5 mg, 6 mg, 6,5 mg, 7 mg, 7,5 mg, 8 mg, 8,5 mg, 9 mg, 9,5 mg ou 10 mg, com base no peso molecular da base livre.
Numa forma de concretização preferida, a forma de dosagem de acordo com a invenção contém o composto no âmbito da presente invenção numa quantidade de 10 pg±90%, mais preferencialmente 10 pg±75%, mais preferencialmente ainda 10 pg±50%, mais preferivelmente 10 pg±25%, e de forma particular mais preferivelmente de 10 pg±10%, com base no peso molecular da base livre.
Numa outra forma de concretização preferida, a forma de dosagem no âmbito da presente invenção o composto de acordo 38 ΕΡ 2 598 503/ΡΤ com a invenção, numa quantidade de 100 pg±90%, mais preferivelmente de 100 pg±75%, mais preferivelmente de 100 pg±50%, com maior preferência ainda de 100 pg±25% e mais preferivelmente de 100 pg±10%, com base no peso molecular da base livre.
Numa outra forma de concretização preferida, a forma de dosagem de acordo com a presente invenção, contem o composto de acordo com a invenção em uma quantidade de 250 pg±90%, mais preferencialmente de 250 pg±75%, mais preferencialmente de 250 yg±50%, com maior preferência de 250 yg±25%, e em particular preferencialmente de 250 pg±10%, com base no peso molecular da base livre.
Numa outra forma de concretização preferida, a forma de dosagem de acordo com o invento, contém o composto no âmbito da presente invenção numa quantidade de 500 pg±90%, mais preferivelmente de 500 pg±75%, mais preferivelmente de 500 pg±50%, com maior preferência de 500 pg±25% e mais preferivelmente 500 pg+10% com base no peso molecular da base livre.
Numa outra forma de concretização preferida, a forma de dosagem de acordo com o invento contém o composto no âmbito da presente invenção em uma quantidade de 750 yg±90%, mais preferencialmente de 750 pg±75%, mais preferencialmente de 750 pg±50%, mais preferencialmente de 750 pg±25% e em particular de preferência de 750 pg±10% com base no peso molecular da base livre.
Numa outra forma de concretização preferida, a forma de dosagem de acordo com o invento contém o composto no âmbito da presente invenção numa quantidade de 1000 pg±90%, mais preferencialmente 1000 pg±75%, mais preferencialmente 1000 pg±50%, e mais preferencialmente 1000 pg±25 % e em particular 1000 pg±10% com base no peso molecular da base livre. A forma de dosagem de acordo com a invenção pode por exemplo, ser administrada como uma forma de dosagem liquida, sob a forma de soluções para injecção, gotas ou sumos ou uma forma de dosagem semi-sólida, sob a forma de granulados, comprimidos, peletes, pensos, cápsulas, emplastros/ sprays 39 ΕΡ 2 598 503/ΡΤ curativos ou aerossóis. A escolha de aditivos e excipientes, etc, assim como as suas quantidades irão depender do facto da forma de dosagem administrada e como vai ser aplicada, se é por via oral, por via perorai, parentérica, intravenosa, intraperitoneal, intradérmica, intramuscular, intranasal, bucal, rectal ou de aplicação tópica, por exemplo na pele, membranas mucosas ou em olhos.
Para as formas de dosagem de administração por via oral são adequadas a forma de comprimidos, drageias, cápsulas, granulados, gotas, sumos e xaropes, para a via parentérica temos soluções tópicas e por inalação, suspensões, preparações secas facilmente reconstituídos e sprays. Os compostos no âmbito da presente invenção são adequadas para administração percutânea quando se apresentam na forma de um depósito, sob a forma dissolvida ou na forma de emplastro, opcionalmente com a adição de meios facilitadores da penetração na pele.
As formas de dosagem para administração oral ou percutâneas, podem permitir a libertação com efeito retardado dos compostos no âmbito da presente invenção. Os compostos de acordo com a invenção podem ser utilizados em formas de depósito de longo prazo para aplicações parentéricas, tais como em implantes ou bombas implantadas. Em princípio, as formas de dosagem de acordo com a invenção podem vir a conter outros ingredientes activos do conhecimento do especialista na matéria que venham a ser nesse processo adicionadas.
Numa forma de concretização preferida, os compostos no âmbito da presente invenção são libertados imediatamente a partir da forma de dosagem (libertação imediata, immediate release: IR), isto é de preferência estão sob condições in vitror de preferência de acordo com Ph. Eur. após 20 minutos pelo menos 80% do ingrediente activo contido inicialmente é libertada.
Foi descoberto que os compostos no âmbito da presente invenção são caracterizados por terem surpreendentemente um período de meia-vida (11/2) ou de período de duração da acção farmacodinâmica extraordinariamente longa, de modo que uma administração ou um uso relativamente menos frequente é em 40 ΕΡ 2 598 503/ΡΤ geral suficiente para alcançar uma actividade farmacológica comparativamente de maior duração e, portanto o alívio da dor.
As formas de dosagem com libertação retardada dos compostos no âmbito da presente invenção, não são obrigatórias, mesmo que com a libertação imediata (immediate release, IR) seja obtido um efeito de longa duração como consequência do mais longo período de meia-vida. Devido à propriedade de IR de tais formas de dosagem, apresentam estas então a vantagem adicional de que em mais longa e duradoura eficácia temos contudo uma rápida absorção do ingrediente activo (o inicio rápido, rapid onset) e assim, um rápido inicio da actividade farmacológica pode ser obtida logo após a primeira administração. Assim, as propriedades de formas farmacêuticas IR são combinadas com propriedades de formas de administração PR (PR: prolonged release: libertação prolongada, libertação retardada).
Numa forma de concretização preferida a forma de dosagem de acordo com a invenção é uma forma de dosagem com libertação imediata (IR), a qual é um composto no âmbito da presente invenção, de preferência da fórmula geral (V) ou (VI), como uma base livre ou um sal fisiologicamente aceitável, que contem de preferência um cloridrato, citrato ou hemicitrato e é confeccionado para uma toma não mais do que uma vez por dia, de preferência exactamente e apenas uma só vez por dia, de preferência para administração por via oral. Neste contexto, "libertação imediata do ingrediente activo" significa que sob condições in vitro e de preferência de acordo com a Farmacopeia Europeia, após 20 minutos são libertados pelo menos 80% do ingrediente activo contido originalmente. A quantidade a ser administrada ao paciente, dos compostos no âmbito da presente invenção, varia dependendo do peso do paciente, do modo de administração, da indicação e da gravidade da doença. Por norma e geralmente são administrados entre 0,00005 a 50 mg/kg, de preferência entre 0,001 e 0,5 mg/kg, de preferência ainda de 1 a 10 pg/kg de pelo menos um composto no âmbito da presente invenção. 41 ΕΡ 2 598 503/ΡΤ
Para todas as formas de concretização anteriores das formas de dosagem de acordo com a invenção, é particularmente preferido que a forma de dosagem para além de pelo menos um composto no âmbito da presente invenção também contenha um outro ingrediente activo. 0 receptor 0RL1 e do receptor -opióide estão associados, em particular, com a ocorrência da dor. Em correspondência os compostos no âmbito da presente invenção para o fabrico de um medicamento para o tratamento da dor crónica podem ser utilizados, de preferência para a dor neuropática, com maior preferência para a dor mononeuropática /nevrálgica ou dor poli-neuropática, ainda mais preferencialmente para a dor nevrálgica pós-herpética ou na polineuropatia diabética.
Os seguintes exemplos servem para ilustrar a presente invenção mas não devem ser entendidos como limitantes do mesmo:
Na seguinte nomenclatura da estereoquímica dos compostos usados como exemplo, o termo "(E)" refere-se à substituição de uma ligação dupla, por exemplo, de um derivado de ácido cinâmico, e o termo "cis" ou "trans" refere-se à substituição no anel de ciclo-hexilo. Síntese dos blocos constitutivos índole (H)
Bloco constitutivo H-l: 2-(lH-indole-3-il)etanamina (H-l)
De momento a síntese é comercialmente disponível a partir de Aldrich.
Bloco constitutivo H-2: 2-(5-Fluoro-lH-indole-3-il)etanamina (H-2)
No momento a síntese é comercialmente disponível a partir de Fluorochem. 42 ΕΡ 2 598 503/ΡΤ
Sintese dos blocos constitutivos de cetona (E)
Bloco constitutivo E-l:
Cloridrato de dimetil-(8-fenil-1,4-dioxaespiro[4,5]dec-8-il)amina (D—1) A uma solução de 1,82 M de cloreto de fenilmagnésio em THF (109 ml, 0,198 mol) é adicionado sob árgon e refrigeração com gelo num intervalo de tempo de 15 min, aminonitrilo B-l (21 g, 0,1 mol) dissolvido em THF (210 ml) e em seguida é tudo agitado à temperatura ambiente durante 16 h. Para tratamento da mistura de reacção, é adicionada uma solução de cloreto de amónio saturada sob arrefecimento com gelo (150 ml) e procede-se à extracção com éter dietilico (3x100 ml). A fase orgânica é então agitada e concentrada com água (100 ml) e solução saturada de NaCl (100 ml). Obtém-se então um óleo amarelo (25,2 g) . 0 produto em bruto é depois dissolvido em etilmetilcetona (280 ml) e em condições de arrefecimento com gelo é-lhe adicionado CISiMe3 (18,8 ml, 0,15 mol). Após um tempo de reacção de 6 h, o cloridrato D-l é então isolado como um sólido branco com um rendimento de 35% (10,5 g) . 4-dimetilamino-4-fenilciclo-hexanona (E-l) O cloridrato D-l (10,5 g, 35,2 mmol) é dissolvido em ácido clorídrico 7,5 N (36 ml) e agitado à temperatura ambiente durante 96 h. Após a conclusão da hidrólise, a mistura de reacção é extraída com éter dietilico (2x50 ml). A fase aquosa é passada a alcalina com uma solução de hidróxido de sódio 5N sob condições de arrefecimento com gelo, extraída e concentrada (50 ml) três vezes com diclorometano. A cetona 6 pode, assim, ser isolada sob a forma de um sólido amarelo com um ponto de fusão de 104-108°C e com um rendimento de 97% (7, 4 g) . 43 ΕΡ 2 598 503/ΡΤ
Bloco constitutivo Ε-2:
Variante 1:
Cloridrato de [8-(3-fluorofenil)-1,4-dioxaspiro[4, 5]dec-8-il]-dimetilamina (D-2) A uma solução do aminonitrilo B-l (19,8 g, 94 mmol) em THF (100 ml) é adicionado sob árgon e refrigeração com gelo num intervalo de tempo de 15 minutos uma solução 0,5 M de brometo de 3-fluorofenilmagnésio em THF (3, 750 ml, 375 mmol) e em seguida é tudo agitado durante 16h à temperatura ambiente. Para tratamento da mistura de reacção, são adicionadas uma solução de cloreto de amónio saturada (150 ml) e água (60 ml) sob condições de arrefecimento com gelo e é tudo extraido com éter dietilico (3x100 ml). A fase orgânica é então agitada e concentrada com água (50 ml) e solução saturada de NaCl (50 ml) . É obtido então um óleo castanho (26,5 g) , que para além do composto de fenilo 4, ainda contém o cetal 2. 0 produto em bruto é então dissolvido em etilmetilcetona (156 ml) e sob arrefecimento com gelo é-lhe adicionado CISiMe3 (17,8 ml, 141 mmol). Após um tempo de reacção de 6h, o cloridrato D-2 é isolado como um sólido branco com um ponto de fusão de 275-278°C e com um rendimento de 55% (16,3 g).
Variante 2:
Cloridrato de [8-(3-fluorofenil)-1,4-dioxa-espiro[4.5]dec-8-il]dimetilamina (D-2) A uma solução de l-bromo-3-fluorobenzeno (5,00 g, 28,6 mmol) em éter abs. (15 ml) é-lhe adicionada uma suspensão de magnésio (694 mg, 28,6 mmol) em éter abs. (10 ml) gota a gota de tal forma que permita a fervura do éter. Após a conclusão da adição, a mistura é agitada durante 10 min à temperatura ambiente, e o magnésio é então completamente dissolvido. A solução de reacção é depois arrefecida num banho de gelo e a 10°C é-lhe adicionada gota a gota o aminonitrilo B-l (3,00 g, 14,3 mmol) em THF abs. (30 ml) . A solução é então agitada à temperatura ambiente durante a noite, e a mistura de reacção submetida a arrefecimento com gelo sofre a adição de uma solução a 20% de NH4C1 (20 ml) e água (30 ml) e depois procede-se à extracção com éter (3x50ml). A fase orgânica é 44 ΕΡ 2 598 503/ΡΤ então lavada com água (50 ml) e em seguida com uma solução saturada de NaCl (50 ml), seca sobre Na2S04 e concentrada em vácuo. O produto em bruto é dissolvido em etilmetilcetona (25 ml), é-lhe adicionada CISiMe3 (3,2 ml, 25 mmol) sob condições de arrefecimento com gelo e agitado à temperatura ambiente durante 5 h. O precipitado resultante é depois filtrado e concentrado in vácuo.
Rendimento de D-2: 2,8 g (62 %) 1H-RMN (DMSO-de) : 1,91 (8H, m) ; 2,54 (6H, s); 3,91 (4H, d); 7,37 (1H, m); 7,61 (3H, m).
Variante 1: 4-dimetilamino-4-(3-fluoro-fenil)-ciclo-hexanona (E-2) O cloridrato D-2 (7,2 g, 22,75 mmol) é dissolvido em água (9,6 ml), é-lhe adicionada ácido clorídrico concentrado (14 ml, 455 mmol) e deixado sob agitação durante 4 dias à temperatura ambiente. Após a conclusão da hidrólise, a mistura de reacção é extraída com éter dietílico (2x50 ml), a fase aquosa é passada a alcalina com uma solução 5N de hidróxido de sódio sob condições de arrefecimento com gelo, dando-se nestas condições a precipitação do produto. A cetona E-2 é isolada como um sólido amarelo com um ponto de fusão de 83-88°C e um rendimento de 50% (6,05 g).
Variante 2: 4-dimetilamino-4-(3-fluoro-fenil)-ciclo-hexanona (E-2) O cloridrato D-2 (2,80 g, 8,86 mmol) é dissolvido em água (3,7 ml) e tem a adição de ácido clorídrico concentrado (5,5 ml), sendo depois agitado à temperatura ambiente durante 4 dias. Após a conclusão da hidrólise, a mistura de reacção é extraída com éter (2x10 ml), a solução aquosa, sob arrefecimento com gelo é passada a alcalina com uma solução de hidróxido de sódio 5N, a mistura de reacção é então extraída com diclorometano (3x50 ml), sendo a fase orgânica então seca sobre sulfato de sódio e concentrada em vácuo. O produto em bruto é depois purificado por cromatografia flash com CHCl3/MeOH (20:1).
Rendimento de E-2: 676 mg (32%), sólido incolor Ponto de fusão: 62-67°C 45 ΕΡ 2 598 503/ΡΤ 1H-RMN (DMSO-d6) : 2,02 (6Η, s); 2,12 (5H, m) ; 2,45 (3H, m) ; 7, 24 (3H, m); 7,43 (1H, m) .
Bloco constitutivo E-3:
Cloridrato de [8-(4-fluorofenil)-1,4-dioxaespiro[4,5]dec-8-il]dimetilamina (D-3) A uma solução de aminonitrilo B-l (10,5 g, 50 mmol) em THF (150 ml) sob árgon e refrigeração com gelo é adicionada num intervalo de tempo de 15 minutos uma solução 1M de brometo de 4-fluorofenil magnésio em THF (3,125 ml, 125 mmol) e em seguida agitada à temperatura ambiente durante 16h. Para tratamento da mistura de reacção, é adicionada uma solução de cloreto de amónio saturado (37 ml) e água (50 ml) sob arrefecimento com gelo e procede-se à extracção com éter dietílico (3xl00ml). A fase orgânica é submetida a agitação e concentração com água (50 ml) e uma solução saturada de NaCl (50 ml). Obtém-se então um óleo residual castanho (12,55 g) , que para além do composto de fenil C-3, contém ainda o cetal B-l. O produto em bruto é então dissolvido em etilmetil-cetona (75 ml) e é-lhe adicionado com arrefecimento em gelo CISiMe3 (9,5 ml, 75 mmol). Após um tempo de reacção de 6h, o cloridrato D-3 é isolado como um sólido branco com um rendimento de 47% (7,48 g). 4-dimetilamino-4-(4-fluorofenil)ciclo-hexanona (E-3) O cloridrato D-3 (7,2 g, 22,75 mmol) é dissolvido em água (9,6 ml), é-lhe adicionado ácido clorídrico concentrado (14 ml, 455 mmol) e agitado durante 4 dias à temperatura ambiente. Após a conclusão da hidrólise, a mistura de reacção é extraída com éter dietílico (2x50 ml), a fase aquosa é passada a alcalina com uma solução de hidróxido de sódio 5N e sob arrefecimento com gelo submetida a extracção e concentração com diclorometano (3x50 ml) . A cetona E-3 é isolada como um sólido amarelo com um ponto de fusão de 128-133°C e um rendimento de 76% (4,05 g). 46 ΕΡ 2 598 503/ΡΤ
Bloco constitutivo Ε-4:
Cloridrato de dimetil-(8-tiofen-2-il-l,4-dioxaespiro[4,5]dec-8-il)amina (D-4) 0 2-tiofeno de iodo (1,22,9 g, 109 mmol) é dissolvida sob árgon em THF (80 ml) e num intervalo de 30 min é-lhe vertido a 0°C uma solução 2M de cloreto de magnésio isopropílico em THF (2, 35,7 ml, 72 mmol). Após um tempo de reacção de 1 h a 3-5°C, o aminonitrilo B-l (10 g, 47,6 mmol) é dissolvido em tetra-hidrofurano adicionado (20 ml) e agitado durante 2Oh à temperatura ambiente. O tratamento da mistura prossegue pela adição de uma solução saturada de NH4C1 (85 ml) e extracção com éter dietilico (3x100 ml). A fase orgânica vem então agitada e concentrada com água (50 ml) e solução saturada de NaCl (50 ml) . Podem então ser obtido um óleo castanho escuro (21,3 g) , que para além do desejado cetal, também contém também aminonitrilo B-l e 2-tiofeno de iodo. O produto em bruto é depois dissolvido em etil metil cetona (140 ml) e tratado com CISiMe3 (9,1 ml, 71,4 mmol). Depois de um tempo de reacção de 6 h, é isolado o cloridrato D-4 como um composto cristalino branco, com um rendimento de 60% (8,74 g). 4-dimetilamino-4-tiofen-2-il-ciclo-hexanona (E-4) 0 cloridrato D-4 (8,68 g, 28,6 mmol) é dissolvido em ácido clorídrico 7,5 N (29 ml) e agitado durante 48 h à temperatura ambiente. Após a conclusão da hidrólise, a mistura de reacção é extraída com éter dietilico (2x50 ml). A fase aquosa é então passada a alcalina com uma solução de hidróxido de sódio 5N, sob arrefecimento com gelo e logo depois extraída e concentrada com diclorometano (3x50 ml). A cetona E-4 é então obtida como um sólido amarelo com um ponto de fusão de 108-110°C e com um rendimento de 89% (5,66 g) .
Bloco constitutivo E-5: N,N-dimetil-8-(tiofen-3-il)-1,4-dioxaespiro[4,5]decan-8-amina (E-5) O 3-tiofeno de iodo (1,5 g, 23,8 mmol) é dissolvido sob árgon em THF (18 ml) e durante um intervalo de tempo de 8 min 47 ΕΡ 2 598 503/ΡΤ é-lhe adicionado a 0°C uma solução 2M de cloreto de magnésio de isopropilo (2, 7,8 ml, 15,5 mmol) em THF. Após um tempo de reacção de lh a 3-5°C, é adicionado o aminonitrilo B-l (2,16 g, 10,3 mmol) dissolvido em tetra-hidrofurano (20 ml). Em seguida tudo é agitado à temperatura ambiente durante 20 horas. O tratamento da mistura em seguida é então efectuado pela adição de uma solução saturada de NH4C1 (20 ml) e extracção com éter dietilico (3x50 ml) . A fase orgânica é então agitada e concentrada com água (20 ml) e solução saturada de NaCl (20 ml) . Obtém-se assim um óleo castanho claro (3,95 g) . O produto em bruto é depois dissolvido em etil metil cetona (40 ml) e tratado com CISiMe3 (1,95 ml, 15,5 mmol). Após um tempo de reacção de 3 horas, o cloridrato desejado é isolado como um composto cristalino branco, com um rendimento de 60% (1,86 g) e um ponto de fusão de 250-251°C. 4-(dimetilamino)-4-(tiofen-3-il)ciclo-hexanona (E-5) O cloridrato D-5 (1,8 g, 5,9 mmol) é dissolvido em ácido clorídrico 7,5 N (7 ml) e agitado durante 48 h à temperatura ambiente. Após a conclusão da hidrólise, a mistura de reacção é extraída com éter dietilico (2x30 ml), sob arrefecimento com gelo, a fase aquosa é passada a alcalina com uma solução de hidróxido de sódio 5N e extraída e concentrada com diclorometano (3x30 ml) . A cetona E-5 é então isolado e obtido na forma de um sólido amarelo com um ponto de fusão de 147-150°C e um rendimento de 98% (1,27 g). Síntese de blocos constitutivos de espiroamina (AMNC1S/ AMNtrans)
Exemplo Comparativo AMN-1C2S: 2' ,3' ,4' ,9' -tetra-hidro-N,N-dimetil-4-(fenil)-espiro[ciclo-hexano-1,1' (1' H)-pirido[3,4-b]índole]-4-amina (diastereómero cis)
48 ΕΡ 2 598 503/ΡΤ
Nota: De acordo com esta disposição, é obtido principalmente o produto cis AMN-1C2S. 0 produto trans AMN-ltraí2S obtém-se apenas como um subproduto ou contaminação. A cetona de E-l (3,26 g, 15 mmol) e triptamina H-l (2,4 g, 15 mmol) são dissolvidos na ausência de oxigénio, em MeOH seco (100 ml) . A esta mistura é adicionado sulfato de sódio (3 g) . Após um tempo de reacção de 17 h, o solvente é removido por destilação num evaporador rotativo e o resíduo é recolhido em 1,2-dicloroetano (100 ml). A mistura de reacção é então tratada com ácido trifluoroacético (15 ml) e agitada à temperatura ambiente durante 1 h. 0 decurso da reacção é monitorado por TLC. Para tratamento subsequente, à mistura é adicionado H20 (40 ml) e esta é ajustada com NaOH (5 mol/1) a pH 11. Obtém-se então um precipitado sólido branco, que é filtrado sob condições de vácuo em uma frita. O sólido é então lavado com H20 (3x5 ml) e seco. O produto obtido trata-se então do produto cis AMN-1c:ís que é um sólido branco com um ponto de fusão de 214-218°C com um rendimento de 4 g (74 %). O licor mãe (fase aquosa) é extraído com 1,2-dicloroetano (3x25 ml) . A fase orgânica é seca com Na2SC>4 e concentrada. O resíduo sólido castanho foi recristalizado a partir de solução com MeOH (10 ml) para dar uma mistura de espiroaminas cis-AMN-lc:is e trans-AMN-ltraas (1:1). A mistura é obtida como um sólido branco com um rendimento de 940 mg (17%). ΤΗ RMN (600 MHz, DMSO-de) : 1,61 (m, 2H) 1,63 (m, 2H) 1,92 (s, 6H) 2,12 (m, 2H) 2,39 (m, 2H) 2,53 (t, J= 5,36 Hz, 2H) 2,99 (t, J = 5,35 Hz, 2H) 6,86 (m, 1H) 6,91 (m, 1H) 7,16 (d, J = 7,52 Hz, 1H) 7,28 (d, J= 7,52 Hz, 1H) 7,31 (m, 1H) 7,43 (m, 4H) 10,21 (s, 1H)
Exemplo Comparativo AMN-2C1S: 2' ,3' ,4' ,9' -tetra-hidro-N,N-dimetil-4-(3-fluorofenil)-espiro[ciclo-hexano-1,1' (1' H)pirido[3,4-b]índole]-4-amina (diastereómero cis) 49 ΕΡ 2 598 503/ΡΤ
A cetona Ε-2 (4,71 g, 20 mmol) e triptamina H-l (3,2 g, 20 mmol) são dissolvidas sob atmosfera de árgon, em MeOH seco (200 ml) . Após um tempo de reacção de 24 horas, o MeOH é removido por destilação e o residuo oleoso amarelo obtido é colocado em uma suspensão com 1,2-dicloroetano (200 ml). A mistura de reacção é então tratada com ácido trifluoroacético (20 ml) e agitada à temperatura ambiente durante 2 h. O decurso da reacção é monitorado por TLC. Para prosseguimento do processo a mistura foi diluída com H20 (100 ml) e ajustada ao pH 11 com uma solução de NaOH (5 mol/1). Após a adição de acetato de etilo (50 ml) obtém-se sob agitação, um sólido branco que é filtrado em condições de vácuo numa frita. O sólido é lavado com H20 (3x25 ml) e em seguida seco. Trata-se neste caso do diastereómero cis-AMN-2cls, o qual é obtido como um sólido branco com um ponto de fusão de 220-225°C num rendimento de 5,5 g (73%). 2H) 1,62 (m, (t, J = 5,56 6,92 (m, 1H) 1H) 7,25 (d, (m, 1H) 10,26 2H) 1,93 (s, Hz, 2H) 2,99 7,14 (m, 1H) J = 7,82 Hz, (s, 1H) ΤΗ RMN (600 MHz, DMSO-d6): 1,61 (m, 6H) 2,11 (m, 2H) 2,38 (m, 2H) 2,53 (t, J = 5,56 Hz, 2H) 6,87 (m, 1H) 7,17 (d, J= 8,34 Hz, 1H) 7,20 (m, 1H) 7,28 (d, J= 7,47 Hz, 1H) 7,47
Exemplo Comparativo AMN-2trariS: 2' ,3' ,4' ,9' -tetra-hidro-N,N-dimetil-4-(3-fluorofenil)-espiro[ciclo-hexano-1,1' (1' H)-pirido[3,4-b]índole]-4-amina (diastereómero trans)
50 ΕΡ 2 598 503/ΡΤ A triptamina Η-1 (2,03 g, 12,7 mmol) e a cetona E-2 (3,0 g, 12,7 mmol) são dissolvidas em metanol abs. (130 ml) e agitadas à temperatura ambiente durante 16 h sob atmosfera de árgon. A mistura de reacção é em seguida, concentrada. O residuo é depois dissolvido em 1,2-dicloroetano abs. (130 ml), é-lhe adicionado rapidamente ácido trifluoroacético (12,7 ml) e tudo agitado durante 2h à temperatura ambiente. Sob arrefecimento com gelo é adicionado água (120 ml) e solução de hidróxido de sódio 5N (40 ml) e tudo de novo agitado durante 1 h. Deste modo, o sólido incolor resultante é recolhido e separado por filtração e lavado com 1,2-dicloroetano (30 ml) e água (4x25 ml). A espiroamina cis AMN-2C1S é então obtida com um rendimento de 77% (3,7 g) com vestígios de espiroamina trans AMN-2trans. As fases do filtrado são então separadas. A fase orgânica é seca com sulfato de sódio, concentrada, tratada com metanol (3 ml) e agitada durante 1 h à temperatura ambiente. Um sólido branco precipita-se a qual é então separada por filtração e lavada com metanol (4x3 ml). A espiroamina trans AMN-2tra/3S é então obtida com um rendimento de 5% (250 mg) com vestígios de espiroamina cis AMN-2c:is. Após purificação cromatográf ica [sílica gel 60 (20 g) ; Metanol (200 ml)] é então obtido a espiroamina trans AMN-2traas (170 mg) com um ponto de fusão de 296-299 °C. ΧΗ RMN (600 MHz, DMSO-d6): 1,55 (m, 2H) 1,62 (m, 2H) 1,88 (s, 6H) 2,26 (m, 2H) 2,43 (m, 2H) 2,55 (t, J= 5,49 Hz, 2H) 2,96 (t, J = 5,25 Hz, 2H) 6,91 (m, 1H) 6,99 (m, 1H) 7,08 (m, 1H) 7,14 (m, 1H) 7,20 (d, J = 7,64 Hz, 1H) 7,32 (m, 2H) 7,40 (m, 1H) 10,63 (s, 1H)
Exemplo Comparativo AMN-3C2S: 6' -fluoro-2' ,3' ,4' ,9' -tetra-hidro-N,N-dimetil-4-(3-fluoro-fenil)-espiro[ciclo-hexano-1,1' (1' H)-pirido[3,4-b]índole]-4- amina (diastereómero cis)
51 ΕΡ 2 598 503/ΡΤ A cetona Ε-2 (9,6 g, 41,2 mmol) e fluor triptamina H-2 (7,3 g, 41,2 mmol) são dissolvidas em etanol (200 ml) e tudo é aquecido ao refluxo durante 12 horas. Em seguida, o etanol é removido por destilação e o produto em bruto é mantido em suspensão em 1,2-dicloroetano (100 ml). A mistura de reacção é depois tratada com ácido trifluoroacético (90 ml) e agitada à temperatura ambiente durante 12 h. O decurso da reacção é monitorado por TLC. Para tratamento seguinte, a mistura é ajustada ao pH alcalino com 500 ml de solução de NaOH 1 N e a uma temperatura 0°C e em seguida extraída com acetato de etilo 3x500 ml. As fases orgânicas combinadas são secas sobre sulfato de magnésio, e concentradas sob pressão reduzida. Após a adição de metanol (100 ml), e durante agitação precipita-se um sólido branco, que é filtrado em vácuo sobre uma frita. O sólido é lavado com metanol (2x25 ml) e em seguida seco. Trata-se neste caso do diastereómeros cis AMN-3CiS, o qual é obtido como um sólido branco com um rendimento de 3,6 g (22 %) . ΧΗ RMN (DMS0-d6, 400 MHz): 10,39 (s, 1H) , 7, 44-7, 49 (m, 1H), 7,11-7,24 (m, 4H), 7,00-7,04 (m, 1H), 6,72-6,78 (m, 1H), 2,95-2, 98 (t, 2H), 2, 48-2,50 (m, 1H) , 2,36-2,39 (d, 2H) , 1,98-2,11 (m, 2H), 1,91 (s, 6H), 1,51-1,67 (m, 5H) MS m/z (M+l): 396.4; Pureza (HPLC): 95.03%
Exemplo Comparativo AMN-4CI5: 6' -fluoro-2' ,3' ,4' ,9' -tetra-hidro-N,N-dimetil-4-(fenil)-espiro[ciclo-hexano-1,1' (1' H)pirido[3,4-b]índole]-4-amina (diastereómero cis)
A cetona E-l (8,4 g, 47 mmol) e fluor triptamina H-2 (10,2 g, 47 mmol) são dissolvidas em etanol (200 ml) e tudo é aquecido ao refluxo durante 12 horas. Em seguida, o etanol é removido por destilação e o produto em bruto é mantido em 52 ΕΡ 2 598 503/ΡΤ suspensão em 1,2-dicloroetano (120 ml). A mistura de reacção é então tratada com ácido trifluoroacético (100 ml) e agitada à temperatura ambiente durante 12 h. O decurso da reacção é monitorado por TLC. Para tratamento seguinte, a mistura é passada a pH alcalino com uma solução de NaOH 1 N a uma temperatura de 0°C e em seguida extraída por três vezes com 500 ml de acetato de etilo. As fases orgânicas combinadas são secas sobre sulfato de magnésio e concentrou-se sob pressão reduzida. Após a adição de metanol (100 ml), durante o processo de agitação, precipita um sólido branco que é filtrado em vácuo sobre uma frita. O sólido é então lavado com metanol (2x25 ml) e em seguida seco. Trata-se neste caso de diastereómero cis AMN-4C1S, o qual é obtido como um sólido branco com um rendimento de 4 g (28 %). ΤΗ RMN (DMSO-de, 400 MHz): 10,36 (s, 1H) , 7, 45-7, 42 (t, 4H), 7,32-7,29 (m, 1H), 7,14-7,10 (m, 1H), 7,03-7,00 (m, 1H), 6,76-6,71 (m, 1H) , 2, 99-2,96 (t, 2H) , 2,40-2,37 (d, 2H) , 2,13-2,04 (m, 2H), 1,91 (s, 6H), 1,88 (s, 1H), 1,65-1,54 (m, 4H), 1,23 (s, 1H).
Exemplo comparativo AMN-5C2S: 2' ,3' ,4' ,9' -tetra-hidro-N,N-dimetil-4-(4-fluorofenil)-espiro[ciclo-hexano-1,1' (1' H)-pirido[3,4-b]índole]-4-amina (diastereómero cis)
A cetona E-3 (2800 mg, 11,90 mmol) e triptamina (H-l, 1910 mg, 11,90 mmol) são dissolvidas sob atmosfera de árgon, em metanol seco (119 ml) e tudo é agitado durante 18 h. O metanol é então removido por destilação em vácuo e o resíduo é mantido em suspensão em 1,2-dicloroetano (119 ml). A mistura de reacção é então tratada com ácido trifluoroacético (11,9 ml) e agitada à temperatura ambiente durante 2 h. Em seguida, a mistura de reacção é diluída com 1,2-dicloroetano (119 ml) e com arrefecimento com gelo o seu pH é ajustado a 53 ΕΡ 2 598 503/ΡΤ ρΗ 11 com uma solução de hidróxido de sódio 1 N. Obtém-se um precipitado pálido. A mistura é agitada durante a noite à temperatura ambiente. 0 precipitado é filtrado, lavado com água e seco em vácuo. 0 diastereómero cis AMN-5CiS (ponto de fusão 249-250°C, por vezes mesmo 225-230°C) é isolado e obtido com um rendimento de 80% (3610 mg, 9,56 mmol) . As fases são então separadas. A fase orgânica é seca com sulfato de sódio, filtrada e os compostos voláteis são removidos em vácuo. O residuo de cor clara (diastereoisómero trans AMN-5traíls) é recolhido em metanol (5 ml) e agitado durante 48 h. O precipitado é depois filtrado e seco em vácuo. O diastereoisómero trans AMN-5trans (268-271°C) é por fim isolado com um rendimento de 6% (279 mg, 0,74 mmol). 13C {1H} -RMN (101 MHz, DMSO-D6) ppm: 22,8 (1 C) , 27,3 (2 C) , 32,6 (2 C), 37,8 (2 C), 38,6 (1 C), 51,2 (1 C), 60,5 (1 C) , 106,7 (1 C), 110,8 (1 C), 114,2 (2 C, d, J = 21 Hz), 117,2 (1 C), 117,9 (1 C), 120,0 (1 C), 126,9 (1 C), 129,7 (2 C, d, J = 8 Hz), 132,8 (1 C, d, J = 3 Hz), 135,4 (1 C) , 141,4 (1 C) , 160, 7 (1 C, d, J = 242 Hz)
Sintese de exemplos de espiroamida cis (AMDCis)
Exemplo AMD-lcig:
Metanossulfonato de (E)-2' ,3' ,4' ,9' -tetra-hidro-N,N-dimetil-4-fenil-2' -(2-fenilvinil)carbonil-espiro[ciclo-hexano-1,1' (1' H)-pirido[3,4-b]índole]-4-amina (1:1) (diastereómero cis)
O AMN-1C2S é dissolvido em THF (8 ml) . Seguidamente sao adicionados cloreto de cinamoílo ou ácido cinâmico (254 mg, 54 ΕΡ 2 598 503/ΡΤ 1,53 mmol) e diisopropiletilamina (216 mg, 1,67 mmol) e é tudo agitado durante 2 dias à temperatura ambiente. Após o fim da reacção, o sólido é removido por filtração e o filtrado é tratado com uma solução saturada de Na2CC>3. A fase aquosa é extraída por três vezes com 10 ml de acetato de etilo. Por fim a fase orgânica é seca sobre MgS04 e concentrada num evaporador rotativo. O produto em bruto é purificado por cromatografia em coluna [gel de sílica 60; DCM/ metanol (19:1, 570 ml)]. O produto é então obtido com um rendimento de 174 mg (26 %) . Para a preparação do metanossulfonato a espiroamida antes obtida (174 mg, 0,355 mmol) é mantida em suspensão em DCM (6 ml) e à temperatura ambiente sofre a adição de ácido metanossulfónico (23,7 μΐ, 0,355 mmol). Em seguida é adicionada acetona (0,8 ml) e tanto éter dietílico que a turbidez inicial aparente seja facilmente removida por agitação. Continua-se a agitação durante mais 30 min e o sólido resultante é em seguida filtrado por sucção com exclusão de ar, lavado com éter dietílico e seco em vácuo com bomba de óleo a 50°C durante 3h. O produto AMD-lCiS é obtido com um rendimento de 159 mg (76 %). ΤΗ RMN (6 0 0 MH; 2, DMSO -de) 1,65 (t, J = 13, 22 Hz, 2H) 2, , 20 (t J = 12,8' 4 Hz, 2H) 2, 51 (d, J = 4, 53 H: z, 9 H) 00 > co 1 3, 16 (m 4H) 4, 13 (br. s, 2H) 6, 92 (t, J = 7, 55 H: z, 1H) 6, 99 ( :t, J 7, 55 H z, 1H) 7 ,20 (d, J = 8,31 Hz, 1H) 7, 31 (d, J = 7 / , 55 Hz 1H) 7, 36- 7, 51 (m, 5H) 7, 56-7,69 (m, . 3H) 7, 74 (d, J = 7, , 55 Hz 2H) 7, 82 (d, J = 7,55 Hz , 2H) 9 ,62 (br, s, 1H) .
Exemplos comparativos AMD-2C1S 2' ,3' ,4' ,9' -tetra-hidro-N,N-dimetil-4-(3-fluoro-fenil)-2' clorobenzil)-carbonil-espiro-[ciclo-hexano-1,1' (1' H)-pirido[3,4-b]indole]-4-amina (diastereómero cis) 55 ΕΡ 2 598 503/ΡΤ
A espiroamina (AMN-2C2S, 396 mg, 1,05 mmol) é mantido em suspensão em DCM (15 ml) num recipiente adequado para condições de aquecimento em microondas, e depois é-lhe adicionado cloreto de 2-(4-clorofenil)acetilo (397 mg, 2,1 mmol) e diisopropiletilamina (269 mg, 2,1 mmol). A mistura reaccional é então mantida sob radiação em microondas a 120°C durante 10 min. (Initiator Eight, Firma Biotage). Após a conclusão da reacção (monitorização por TLC), a mistura de reacção é em primeiro lugar filtrada, aditivada e lavada com éter dietilico (15 ml) e de novo filtrada. É-lhe adicionada uma solução saturada de Na2C03 (8 ml) . Depois de separar as fases, a fase aquosa é lavada novamente com DCM. As fases orgânicas combinadas são então secas sobre MgS04 e concentradas num evaporador rotativo. O produto em bruto é purificado por cromatografia em coluna [gel de sílica 60; DCM/ metanol (19:1)] . O produto AMD-2c:is é então obtido com um rendimento de 91 mg (16%). ΤΗ RMN (600 MHz, DMSO-d6) d ppm 1,55 (t, J = 13,60 Hz, 2H) 1,79 (t, J= 12,84 Hz, 2H) 1,92 (br. s, 6H) 2,60-2,70 (m, 2H) 2,73-2,87 (m, 2H) 3,17 (d, J= 5,29 Hz, 2H) 3,89-4,01 (m, 4H) 6,90 (t, J= 7,55 Hz, 1H) 6,97 (t, J= 7,55 Hz, 1H) 7,08-7,16 (m, 1H) 7,18 (d, J= 8,31 Hz, 1H) 7,21-7,30 (m, 3H) 7,34 (q, J = 8,31 Hz, 4H) 7,46 (q, J= 7,30 Hz, 1H) 10,53 (s, 1H)
Exemplos comparativos AMD-3c:is 2' ,3' ,4' ,9' -tetra-hidro-N,N-dimetil-4-(3-fluorofenil)-2’ -(benzotiofeno-2-il)carbonil-espiro[ciclo-hexano-1,1' (1' H)-pirido[3,4-b]indole]-4-amina (diastereómero cis) 56 ΕΡ 2 598 503/ΡΤ
A espiroamina AMN-2CiS (264 mg, 0,7 mmol) é mantida em suspensão em DCM (7 ml) num recipiente adequado para condições de manutenção em microondas e é tratada com cloreto de benzo[b]tiofeno-2-carbonilo (239 mg, 1,21 mmol) e diisopropiletilamina (180 mg, 1,4 mmol). A mistura reaccional é então sujeita a radiação com microondas a 100°C durante 10 min. (Initiator Eight, Firma Biotage). Após a conclusão da reacção (monitorização por TLC), a mistura da reacção é diluída com DCM (15 ml) e filtrada. O licor mãe é tratado com uma solução saturada de Na2CC>3 (8 ml) . Após as fases serem separadas, a fase aquosa é lavada por duas vezes com DCM. As fases orgânicas combinadas são secas sobre MgS04 e concentradas num evaporador rotativo. O produto em bruto é purificado por cromatografia em coluna [gel de sílica 60; DCM/ metanol (19:1)] . O produto AMD-3CiS é então obtido com um rendimento de 125 mg (33 %). RMN (600 MHz, DMSO-de) d ppm 1,63-1, 79 (m, 2H) 1,83-1,93 (m, 2H) 1,95 (s, 6H) 2,60 (d, J= 13,60 Hz, 2H) 2,65 (t, J= 5,67 Hz, 2H) 2,78-2,94 (m, 2H) 4,08-4,22 (m, 2H) 6,92 (t, J= 7,55 Hz, 1H) 6,99 (t, J= 7,55 Hz, 1H) 7,16 (t, J= 8,31 Hz, 1H) 7,23 (d, J= 8,31 Hz, 1H) 7,26-7,36 (m, 3H) 7,44-7,54 (m, 3H) 7,95 (s, 1H) 8,03 (d, J= 7,55 Hz, 1H) 8,07 (d, J= 8,31
Hz, 1H) 10,66 (s, 1H)
Exemplos comparativos AMD-4C2S
Metanossulfonato de 2' ,3' ,4' ,9' -tetra-hidro-N,N-dimetil-4-(3-fluorofenil)-2' - (4-fluorobenzil)carbonil-espiro[ciio-hexano-1,1' (1' H)-pirido[3,4-b]índole]-4-amina (diastereómero cis) 57 ΕΡ 2 598 503/ΡΤ
A espiroamina (AMN-2C1S, 600 mg, 1,59 mmol) é mantida em suspensão em DCM (15 ml) num recipiente adequado para microondas e tratada com cloreto de 2-(4-fluorofenil)acetilo (548 mg, 3,18 mmol) e diisopropiletilamina (408 mg, 3,18 mmol). A mistura reaccional é então mantida sob radiação no microondas a 130°C durante 10 min. (Initiator Eight, Firma Biotage). Após a conclusão da reacção (monitorização por TLC) , a mistura de reacção é filtrada, o licor-mãe é diluído com DCM (45 ml) e tratado com uma solução saturada de Na2CC>3 (25 ml). Depois de separar as fases, a fase orgânica é lavada novamente com uma solução saturada de Na2CC>3. A fase orgânica é então seca sobre MgSCU e concentrada num evaporador rotativo. O produto em bruto é purificado por cromatografia em coluna [gel de sílica 60; DCM/ metanol (4:1)]. O produto é então obtido com um rendimento de 150 mg (18%) . Para a preparação do metanossulfonato a espiroamida (150 mg, 0,29 mmol) é dissolvida em DCM (1 ml) e tratada à temperatura ambiente com ácido metanossulfónico (18,9 μΐ, 0,29 mmol). A mistura é diluída com éter dietílico, de modo a obter e manter a mistura em estado de agitação. O sólido é filtrado por sucção com exclusão de ar, lavado com éter dietílico e seco a 50°C em uma bomba de vácuo de óleo. O produto AMD-4C2S é obtido com um rendimento de 148 mg (83%) . RMN (600 MHz, DMSO-de) d ppm 1,58 (t, J = 12,84 Hz, 2H) 2,16 (t, J = 12,09 Hz, 2H) 2,31 (s, 3H) 2,53-2,58 (m, 6H) 2,58-2,68 (m, 2H) 2, 83-3,03 (m, 4H) 3,98 (s, 2H) 3,99-4,06 (m, 2H) 6,92 (t, J = 7,18 Hz, 1H) 6,99 (t, J = 7,18 Hz, 1H) 7,14 (t, J= 8,31 Hz, 2H) 7,18 (d, J= 8,31 Hz, 1H) 7,29 (d, J = 7,55 Hz, 1H) 7,36 (t, J = 6,42 Hz, 2H) 7,45 (t, J = 7,93
Hz, 1H) 7,58-7,75 (m, 3H) 9,65 (br. s, 1H) 58 ΕΡ 2 598 503/ΡΤ
Exemplo AMD-5C2S (Ε)-2' ,3' ,4' ,9' -tetra-hidro-N,N-dimetil-4-(3 — fluorofenil)-2' -(2-fenilvinil)carbonil-espiro[ciclo-hexano-1,1' (1' H)-pirido[3,4-b]índole]-4-amina (diastereómero cis)
A espiroamina (AMN-2C2S, 378 mg, 1,0 mmol) é dissolvida em solvente aprótico anidro (6 ml), é tratada com cloreto de ácido cinâmico (183 mg, 1,1 mmol) e diisopropiletilamina (155 mg, 1,2 mmol) e agitada durante a noite à temperatura ambiente. Após a conclusão da reacção (monitorização por TLC), o solvente é removido, o resíduo é submetido a tratamento aquoso e extraído com solventes halogenados. As fases orgânicas combinadas são secas sobre Na2S04 e concentradas. O produto em bruto é purificado por cromatografia em coluna. Durante o processo de purificação, é gerado um precipitado sólido que é filtrado e em seguida, seco. 0 produto é obtido com um rendimento de 220 mg (43 %). RMN (600 MHz, DMSO-d6) d ppm 1,63 (t, J = 13,60 Hz, 2H) 1,84 (t, J = 13,22 Hz, 2H) 1,91 (s, 6H) 2,54-2,63 (m, 2H) 2,65 (t, J= 5,67 Hz, 2H) 2,82-3,02 (m, 2H) 3,17 (d, J= 5,29 Hz, 2H) 4,00-4,22 (m, 2H) 6,90 (t, J= 7,18 Hz, 1H) 6,97 (t, J= 7,55 Hz, 1H) 7,11-7,18 (m, 1H) 7,20 (d, J= 8,31 Hz, 1H) 7,23-7,33 (m, 3H) 7,35-7,54 (m, 5H) 7,72 (d, J = 6,80 Hz, 2H) 10,59 (s, 1H)
Exemplo AMD-6C2g;
Citrato de (E)-2' ,3' ,4' ,9' -tetra-hidro-N,N-dimetil-4-(3-fluorofenil)-2' -(2-fenilvinil)carbonil-espiro[ciclo-hexano- 59 ΕΡ 2 598 503/ΡΤ 1,1' (1' Η)-pirido[3,4-b]indole]-4-amina (diastereómero cis)
Para a preparação do sal, a amida AMD-5c:is (220 mg, 0,43 mmol) é dissolvido em solvente aprótico anidro (1,5 ml) e ácido cítrico (83 mg, 0,43 mmol), tratado então com dissolução na quantidade mínima de solvente próticos possível. É então adicionado gota a gota um solvente não polar a fim de provocar a precipitação do produto. Subsequentemente, o sólido é filtrado por sucção, com exclusão de ar e seco a 50°C em uma bomba de vácuo de óleo. O produto AMD-6C2S é obtido com um rendimento de 100 mg (33%).
Exemplos Comparativos AMD-7C2S 2' ,3' ,4' ,9' -tetra-hidro-N,N-dimetil-4-(3-fluoro-fenil)-2' -(3,4-dimetoxibenzil)-carbonil-espiro[ciclo-hexano-1,1' (1' H)- pirido[3,4-b]indole]-4-amina (diastereómero cis)
0 espiroamina AMN-2cis (200 mg, 0,54 mmol) é dissolvido em um solvente halogenado (5 ml) num recipiente adequado para 60 ΕΡ 2 598 503/ΡΤ microondas e tratado com cloreto de 2-(3,4-dimetoxifenil)-acetilo (230 mg, 1, 1 mmol) e diisopropiletilamina (138 mg, 1,1 mmol). A mistura de reacção é mantida sob radiação em microondas a 120°C durante 10 min. (Initiator Eight, Firma Biotage). Após a conclusão da reacção (monotorizado por TLC) a mistura de reacção é em primeiro lugar filtrada e em seguida o licor mãe é tratado com uma solução de NaOH (5N, 10 ml). Após a separação das fases a fase aguosa é extraída por três vezes com um solvente aprótico polar (de cada vez com 5 ml) . As fases orgânicas combinadas são secas sobre MgS04 e concentradas. O produto em bruto é purificado por cromatografia em coluna. O produto AMD-7C2S é obtido com um rendimento de 140 mg (47%). 1R RMN (600 MHz, DMSO-d6) d ppm 1,54 (t, J = 12,46 Hz, 2H) 1,79 (t, J= 13,22 Hz, 2H) 1,85-1,96 (m, 6H) 2,52-2,60 (m, 2H) 2,62-2,72 (m, 2H) 2,73-2,89 (m, 2H) 3,74 (s, 3H) 3,77 (s, 3H) 3,82 (br. s, 2H) 3,90 (br. s, 2H) 6,83-6,93 (m, 4H) 6,97 (t, J = 7,55 Hz, 1H) 7,13 (t, J= 7,18 Hz, 1H) 7,19 (d, J= 8,31 Hz, 1H) 7,20-7,32 (m, 3H) 7,41-7,54 (m, 1H) 10,53 (s, 1H)
Exemplo ΑΜΡ-δ015, (E)-2' ,3' ,4' ,9' -tetra-hidro-N,N-dimetil-6' -fluoro-4-(3-fluorofenil)-2' -(2-fenilvinil)carbonil-espiro[ciclo-hexano-1,1' (1' H)-pirido[3,4-b]índole]-4-amina (diastereómero cis)
Em um recipiente adeguado para microondas a espiroamina AMN-3c:is (0,197 g, 0,5 mmol, 1 eq.) é mantida em suspensão em 15 ml de DCM absoluto. A esta suspensão são adicionados sequencialmente um após outro etil-diisopropilamina (0,129 g, 1 mmol, 2 eq.) e cloreto de ácido cinâmico (0,166 g, 1 mmol, 61 ΕΡ 2 598 503/ΡΤ 2 eq.). Ο recipiente é então selado e submetido a radiação do microondas (Initiator Eight, Firma Biotage) 10 min a 120°C. Para subsequente tratamento a mistura de reacção recebe 4 ml de água e 4 ml de solução de hidróxido de sódio a IN. Esta mistura é agitada durante 2 h à temperatura ambiente. As fases são então separadas e a fase aquosa é extraída três vezes com DCM. As fases orgânicas combinadas são depois lavadas com água e secas sobre sulfato de sódio. Depois o solvente é removido sob pressão reduzida e o resíduo purificado por cromatografia de coluna (gel de sílica, acetato de etilo/ ciclo-hexano 1:2 1:0). Obtém-se assim 0, 087 g do produto AMD-8CiS (33%).
Análise por HPLC/ MS: Rt= 4,2 min; Pureza (UV 200-400 nm) 97%; m/z= 526,1
Exemplos comparativos AMD-9C2S 2' ,3' ,4' ,9' -tetra-hidro-N,N-dimetil-6' -fluoro-4-(3-fluoro-fenil)-2' -(benzil)-carbonil-espiro[ciclo-hexano-1,1' (1' H)-pirido[3,4-b]índole]-4-amina (diastereómero cis)
Em um recipiente adequado para microondas é mantido uma espiroamina AMN-3c:is (0,25 g, 0,63 mmol, 1 eq. ) em suspensão em 19 ml de DCM abs. A esta suspensão são adicionadas um após outro sucessivamente etildiisopropilamina (0,163 g; 1,26 mmol; 2 eq.) e cloreto de 2-fenilacetilo (0,195 g, 1,26 mmol; 2 eq.). O recipiente é então selado e submetido a radiações no microondas (Initiator Eight, Firma Biotage) com aquecimento durante 10 min a 120°C. Para ulterior processamento, a mistura de reacção é misturada com 5 ml de água e 5 ml de solução de hidróxido de sódio a IN. Esta mistura é então agitada durante 2 h à temperatura ambiente. 62 ΕΡ 2 598 503/ΡΤ
As fases são então separadas e a fase aquosa é extraída com DCM por 3 vezes. As fases orgânicas combinadas são lavadas com água e secas sobre sulfato de sódio. Após o solvente ter sido removido sob pressão reduzida, o resíduo é purificado por cromatografia em coluna (gel de sílica; acetato de etilo acetato de etilo/ metanol 9:1). São desta forma obtidos 0,145 g do produto AMD-9C2S (45%).
Análise por HPLC/ MS: Rt = 3,9 min; Pureza (UV 200-400 nm) 98%; m/z= 514,1
Exemplo AMD-10CJS (E)-2' ,3' ,4' ,9' -tetra-hidro-N,N-dimetil-6' -fluoro-4-fenil-2' (2-fenilvinil)carbonil-espiro[ciclo-hexano-1,1' (1' H)-pirido [3,4-b]indole]-4-amina (diastereómero cis)
A uma solução de cloreto de ácido cinâmico (0,198 g, 1,192 mmol; 3 eq.) em 4,5 ml de THF absoluto são adicionados, sob atmosfera de azoto, à temperatura ambiente, uma solução de espiroamina AMN-4c:is (0,15 g, 0,397 mmol, 1 eq.) em 9 ml de THF absoluto. Após 1 h de agitação à temperatura ambiente, a solução de reacção turva vem então tratada primeiro com 3 ml de água e sob arrefecimento com gelo, com mais 3 ml de solução IN de hidróxido de sódio. A mistura é depois agitada durante 1,5 h. Em seguida o solvente é removido sob pressão reduzida e o sólido precipitado é filtrado e lavado com água. 0 produto em bruto é então purificado por cromatografia de coluna (gel de sílica, acetato de etilo). Obtém-se desta forma 0, 043 g do produto AMD-10C1S (21%). 63 ΕΡ 2 598 503/ΡΤ
Análise por HPLC/ MS: Rt = 4,2 min; Pureza (UV 200-400 nm) 98%; m/z = 508,2
Exemplo Comparativo AMD-llc:is 2' ,3' ,4' ,9' -tetra-hidro-N,N-dimetil-4-(3-fluorofenil)-2' -benzilcarbonil-espiro[ciclo-hexano-1,1' (1' H)-pirido[3,4-b]índole]-4-amina (diastereómero cis)
A espiroamina cis AMN-2C2S (1,29 g, 3,4 mmol) é dissolvida em condições de ausência de oxigénio, em tetra-hidrofurano absoluto (20 ml) e diclorometano absoluto (120 ml), tratada com base de Hunig (1,167 ml, 6,8 mmol) e à temperatura ambiente com cloreto de 2-fenilacetilo (900 μΐ, 6,8 mmol) . Após um tempo de reacção de 30 min, a mistura é então tratada com uma solução de hidróxido de sódio 5N (100 ml) e agitada durante 2 h. A fase aquosa é depois separada e extraída com diclorometano (3x10 ml). As fases orgânicas combinadas são então secas sobre Na2SC>4 e depois concentradas. É assim isolado um produto em bruto que é submetido e separado por cromatografia [gel de sílica 60 (100 g); EtOAc (1000 ml)]. A amida cis AMD-11C1S é assim obtida com um rendimento de 82 0 mg (49 %) com um ponto de fusão de 95-100°C, como um sólido incolor. 13C-RMN (101 MHz, DMSO-De) ppm: 22, 1, 29, 1, 33, 0, 38,0, 40,8, 43,1, 60,0, 60,3, 105,5, 111,1, 113,7, 113,2, 114,5, 114,7, 117,3, 118,4, 120,5, 123,8, 126,2, 126,5, 128,2,129,0, 129,2, 129,3, 135,3, 136,5, 139,5, 140,6, 161,1, 163,5, 173,4 64 ΕΡ 2 598 503/ΡΤ
Exemplo AMD-12c:LS (Ε)-2' ,3' ,4' ,9' -tetra-hidro-N,N-dimetil-4-(4-fluorofenil)-2' (2-fenilvinil)carbonil-espiro[ciclo-hexano-1,1' (1' H)-pirido[3,4-b]índole]-4-amina (diastereómero cis)
A uma suspensão de espiroamina cis AMN-5CiS (500 mg, 1,32 mmol) em diclorometano absoluto (40 ml) são adicionados gota a gota sob atmosfera de árgon num intervalo de tempo de 10 minutos, um após o outro sucessivamente uma base de Hiinig (0,45 ml, 342 mg, 2,64 mmol) e cloreto de ácido cinâmico (440 mg, 2,64 mmol) dissolvido em diclorometano absoluto (12 ml). A mistura de reacção é então agitada à temperatura ambiente durante 1 h, em seguida tratada com água (30 ml) e solução de hidróxido de sódio IN (5 ml) e agitada durante 1,5 h. O diclorometano é então removido sob vácuo. Desta forma obtém-se um precipitado sólido de cor clara, que é separado por filtração e em seguida lavado com água (3x30 ml). Desta forma obtém-se um produto em bruto que é purificado por cromatografia [gel de sílica 60 (70 g) , acetato de etilo/ciclo-hexano 1:1 (500 ml), acetato de etilo (1000 ml), acetato de etilo/metanol 10:1 (330 ml), acetato de etilo/metanol a 4:1 (800 ml), metanol (300 ml)]. Para processamento do produto em bruto sobre a coluna tem de se dissolver este em acetato de etilo/ciclo-hexano 1:1 com um pouco de tetra-hidrofurano. A amida cis AMD-12CiS (ponto de fusão 145-155°C) é então obtida sob a forma de um sólido incolor com um rendimento de 31% (204 mg, 0,40 mmol). 13C{ΤΗ}-RMN (101 MHz, DMSO-D6) ppm: 22,5 (1 C) , 29,3 (2 C) , 32,6 (2 C), 37,8 (2 C) , 41,3 (1 C) , 59,5 (1 C) , 60,3 (1 C, 65 ΕΡ 2 598 503/ΡΤ br), 105,4 (1 C), 111,1 (1 C) , 114,3 (2 C, d, J = 20 Hz), 117,3 (1 C), 118,4 (1 C), 120,5 (1 C), 123,1 (1 C), 126,6 (1 C), 127,9 (2 C), 128,7 (2 C), 129,3 (2 C), 129,8 (2 C, d, J = 8 Hz), 132,4 (1 C, br) , 135,1 (1 C) , 135,4 (1 C) , 139,4 (1 C), 140,4 (1 C), 160,9 (1 C, d, J = 243 Hz), 170,3 (1 C) Síntese dos exemplos comparativos de espiroamidas trans (AMDtrans)
Exemplos comparativos AMD-3tra^s
Citrato de 2' ,3' ,4' ,9' -tetra-hidro-N,N-dimetil-4-(3—fluoro-fenil)-2' -(benzotiofen-2-il)carbonil-espiro[ ciclo-hexano-1,1' (1' H)-pirido[3,4-b]índole]-4-amina (1:1) (diastereómero trans)
2' ,3' ,4' ,9' -tetra-hidro-N,N-dimetil-4-(3-fluorofenil)-2' -(benzotiofen-2-il)carbonil-espiro[ciclo-hexano-1,1' (1' H)-pirido[3,4-b]índole]-4-amina (diastereoisómero trans) O cloreto de ácido benzo[b]tiofeno-2-carboxílico (728 mg, 3,96 mmol) sob atmosfera de árgon, é diluído em Tetra-hidrofurano abs. (30 ml) e tratado à temperatura ambiente com a espiroamina trans AMN-2traí3S (500 mg, 1,32 mmol) dissolvido em Tetra-hidrofurano abs. (60 ml) ao longo de 75 min. Aqui forma-se então um ligeiro precipitado. Após um tempo de reacção de 2h, a mistura de reacção é diluída com água (15 ml) e em arrefecimento com gelo é adicionada uma solução de hidróxido de sódio IN (15 ml) e agitada durante 2,5 h. O tetra-hidrofurano é então removido sob vácuo. Desta forma precipita-se um sólido que é separado por filtração e é lavado com água (3x20 ml). O produto em bruto (587 mg) é 66 ΕΡ 2 598 503/ΡΤ então separado por cromatografia [gel de sílica 60 (80 g) ; acetato de etilo/ciclo-hexano 1:1 (1L), acetato de etilo/metanol a 4:1 (500 ml)]. A amida trans é assim obtida como um sólido incolor, com um rendimento de 12% (82 mg) com um ponto de fusão de 219-221°C. 13C-RMN (101 MHz, CDC13) ppm: 22,4, 30,0, 30,9, 38,2, 46, 4, 58,3, 59,5, 106,2, 111,0, 113,5, 113, 7, 114, 4, 114, 7, 118,0, 119, 1, 121, 4, 122,5, 123, 1, 124, 7, 125, 5, 125, 8, 126,4, 128, 7, 136, 0, 138, 7, 140, 1, 140,4, 141,1, 142,1, 161,2, 163, 7, 167,1
Citrato de 2' ,3' ,4' ,9' -tetra-hidro-N,N-dimetil-4-(3—fluoro-fenil)-2' -(benzotiofen-2-il)carbonil-espiro[ciclo-hexano-1,1' (1' H)-pirido[3,4-b]índole]-4-amina (1:1) (diastereómero trans; AMD-3trans) A amida trans produzida até agora (82 mg, 0,152 mmol) é mantida em suspensão em etanol (8 ml) a 80°C e tratada com uma solução de etanol (3 ml) e de ácido cítrico (32 mg, 0,167 mmol). A partir da solução clara obtém-se um precipitado sólido quando sujeita a um arrefecimento até à temperatura ambiente. Após 1,5 h a mistura é concentrada até 2 ml, são adicionados então éter dietílico (20 ml) e tudo é agitado durante 20 min. Um sólido incolor é separado e removido por filtração e lavado com éter dietílico (2x3 ml) (64 mg). Após 3 dias, à temperatura ambiente, é removido do filtrado mais material sólido precipitado por meio de filtração com sucção sendo depois lavado com éter dietílico (2x2ml) (35 mg). Ambas as fracções são então combinadas. O citrato trans AMD-3traas é assim obtido com um rendimento de 81% (89 mg) com um ponto de fusão de 175-185°C.
Exemplos comparativos AMD-6traj]S
Citrato de (E)-2' ,3' ,4' ,9' -tetra-hidro-N,N-dimetil3-4fluoro-fenil)-2' -(2-fenilvinil)carbonil-espiro[ciclo-hexan-1, 1' (1' H)- pirido[3,4-b]índole]-4-amina (1:1) (diastereómero trans) 67 ΕΡ 2 598 503/ΡΤ
2' ,3' ,4' ,9' -tetra-hidro-N,N-dimetil-4-(3—fluorofenil)-2' -(2 fenilvinil)carbonil-espiro[ciclo-hexano-1,1' (1' H)-pirido-[3,4-b]índole]-4-amina (diastereómero trans) 0 cloreto de ácido cinâmico (1,32 g, 7,92 irunol) é diluído em Tetra-hidrofurano abs. (30 ml), sob atmosfera de árgon e à temperatura ambiente adicionada com espiroamina AMN-2C2S contaminada (1,0 g, 2,64 mmol, contendo cerca de 10% de diastereoisómero trans AMN-2traas) dissolvido em Tetra-hidrofurano abs. (60 ml) ao longo de 40 min. Após um tempo de reacção de 1 h, à solução de reacção turva é misturada água (20 ml) e sob arrefecimento com gelo, uma solução de hidróxido de sódio IN (20 ml), sendo tudo agitado durante l,5h. O tetra-hidrofurano é então removido sob vácuo. Nestas condições precipita-se um sólido o qual é separado por filtração e é lavado com água (3x25 ml) . O produto em bruto (1,16 g) é separado por cromatografia [sílica gel 60 (200 g); acetato de etilo/ciclo-hexano 1:1 (1,3 1), acetato de etilo (1,6 1)]. A amida cis é obtida como um sólido incolor, com um rendimento de 40% (540 mg) com um ponto de fusão de 155-158°C. A amida trans é obtida e isolada com um rendimento de 7% (93 mg) com um ponto de fusão de 151-155°C.
Citrato de 2' ,3' ,4' ,9' -tetra-hidro-N,N-dimetil-4-(3-fluoro fenil)-2' -(2-fenilvinil)carbonil-espiro[ciclo-hexano-1,1' (1' H)-pirido[3,4-b]indole]-4-amina (1:1) (diastereómero trans; AMD-6traas) A amida trans apenas obtida (188 mg, 0,37 mmol) é então dissolvida a 80°C em etanol (35 ml) e é-lhe adicionada uma solução etanólica (2 ml) de ácido cítrico (77 mg, 0,4 mmol). 68 ΕΡ 2 598 503/ΡΤ
Tudo é agitado à temperatura ambiente durante 2 h, que começa gradualmente depois de cristalização. A mistura é então mantida a 5°C durante 1,5 h, o sólido incolor resultante é recolhido e separado por filtração e lavado com éter dietilico (3x3 ml) (146 mg) . 0 filtrado é então concentrado, recolhido em etanol (1 ml) e tratado com éter dietilico (20 ml). Após 16 h mais sal incolor é então separado e lavado com éter dietilico (2x2 ml) (36 mg). Ambas as fracções são combinadas e o citrato trans AMD-6traíls é obtido com um rendimento de 71% (182 mg) com um ponto de fusão de 161-164°C. 13C-RMN (101 MHz, DMSO-D6) ppm: (Diastereómero trans) 22,4,
Exemplos Comparativos AMD-7traas 2' ,3' ,4' ,9' -tetra-hidro-N,N-dimetil-4-(3-fluorofenil)-2' -(3,4-dimetoxibenzil)-carbonil-espiro[ciclo-hexano-1,1' (1' H)- pirido[3,4-b]índole]-4-amina (diastereómero trans)
RAC
O O O ácido 3,4-dimetoxifenilacético (1 g, 5,1 mmol, 2,2 eq.) é mantido em suspensão em 25 ml de tolueno abs. e recebe o cloreto de tionilo (0,84 ml, 11,6 mmol, 5,0 eq.). Tudo é aquecido durante 2 horas sob refluxo e em seguida, remove-se o solvente. O resíduo é co-destilado juntamente com tolueno abs. (3x50 ml) e o produto em bruto dissolvido em dicloro-metano (37 ml) e transferido para um recipiente adequado para microondas. É-lhe introduzido então espiroamina AMN-2tra'ns 69 ΕΡ 2 598 503/ΡΤ (0,875 mg, 2,32 mmol) e base de Hiinig (0,78 ml, 580 mmol, 250 eq.), o recipiente é então selado e submetido a radiações no microondas (Initiator Eight, Firma Biotage) com aquecimento durante 20 min a 120°C. Para processamento, à mistura reaccional é adicionada 17 ml de água e 17 ml de solução de hidróxido de sódio a IN. Esta mistura é agitada durante 2h à temperatura ambiente. Em seguida as fases são separadas e a fase aquosa é extraída com 3x diclorometano. As fases orgânicas combinadas são depois lavadas com água e secas sobre sulfato de sódio. O solvente é depois removido sob pressão reduzida e o resíduo é purificado por cromatografia de coluna (gel de sílica, acetato de etilo/n-hexano 2:1). São desta forma obtidos 0,236 g do produto é AMD-7trar5S (18%) .
Análise por HPLC/MS: Rt= 5,45 min; Pureza (UV 200-400nm)>99%; m/z = 555,8 Síntese dos exemplos comparativos de espiroéteres cis (ETERcis)
Exemplo comparativo ETER-1C2S
Metanossulfonato de 6' -fluoro-4' ,9' -di-hidro-N,N-dimetil-4-(3-tienil)-espiro[ciclo-hexano-1,1' (3' H)-pirano[3,4-b]iade] -4-amina, (2:5) (diastereómero cis)
A cetona E-5 (446,6 mg, 2 mmol) é combinada com 5-Fluor triptofol (2,394,4 mg, 2 mmol) sendo tudo dissolvido em 1,2-dicloroetano absoluto (30 ml). A mistura é então tratada com ácido metano sulfónico (0,13 ml, 2 mmol) sendo que então a cor da solução reaccional passa de vermelho-castanha para cinza escura. Após 5 minutos temos a formação de um sólido de cor cinzento claro que começa a precipitar. A mistura é então agitada à temperatura ambiente durante 20 h. Em seguida, o metanossulfonato do espiroéter cis é filtrado por sucção e lavado com 1,2-dicloroetano (2x10 ml). O sólido cinzento 70 ΕΡ 2 598 503/ΡΤ claro é obtido com um rendimento de 76% (733 mg) e um ponto de fusão de 143-145°C (ETER-lc:is) . O filtrado é em seguida tratado com uma solução IN de NaOH (30 ml) e agitado à temperatura ambiente durante 2h. Desta forma precipita o espiroéter trans como um sólido incolor e é obtido após filtração com um rendimento de 8% (58,5 mg). RMN (600 MHz, DMSO-d6) : 1,67 (m, 2H) 1,94 (m, 2H) 2,24 (m, 2H) 2,44 (s, 8H) 2,53 (s, 3H) 2,54 (s, 3H) 2,66 (t, J= 5,27
Hz, 2H) 2,72 (m, 2H) 3,95 (t, J = 5,28 Hz, 2H) 6,84 (m, 1H) 7,14 (m, 1H) 7,19 (dd, J= 4,50/8, 70 Hz, 1H) 7,47 (d, J= 5,10
Hz, 1H) 7,83 (m, 1H) 8,07 (m, 1H) 9,67 (m, 1H) 10,80 (s, 1H)
Exemplo comparativo ETER-2C2S
Metanossulfonato de 4' ,9' -di-hidro-N,N-dimetil-4-(2-tienil)-espiro[ciclo-hexano-1,1' (3' H)-pirano[3,4-b]indole]-4-amina, (1:2 ) (diastereómero cis)
A cetona E-4 (223 mg, 1 mmol) é colocada em conjunto com triptofol (2,161 mg, 1 mmol) em diclorometano absoluto (40 ml). E seguida faz-se a adição de ácido metanossulfónico (0,071 ml, 1,1 mmol). A mistura é então agitada à temperatura ambiente durante 16 h, sendo que desta forma precipita o metanosulfonato do espiroéter. O sólido cinzento claro (ETER-2c:is) é assim separado por filtração, lavado com diclorometano (2x10 ml) e recuperado com um rendimento de 25% (117 mg) com um ponto de fusão de 132°C. O filtrado é depois tratado com uma solução IN de NaOH (20 ml) e agitado à temperatura ambiente durante 16 h. A fase orgânica é separada e a fase aquosa extraída com diclorometano (2x20 ml) . As fases orgânicas são combinadas, secas e concentradas. Neste caso obtém-se uma mistura de substâncias (2 74 mg) , a qual é submetido separação por a cromatografia [gel de sílica G (20 g); acetato de etilo/metanol 8:1]. O espiroéter trans é assim obtido com um rendimento de 54% (196 mg, ponto de fusão de 235-238°C) e o espiroéter cis com um rendimento de 10% (38 mg). 71 ΕΡ 2 598 503/ΡΤ RMN (600 ΜΗζ, DMSO-d6) 1,82 (m, 2Η) 1,98 (m, 2Η) 2,33 (m, 2H) 2,36 (s, 6H) 2,60 (s, 3H) 2,61 (s, 3H) 2,53 (m, 2H) 2,70 (t, J= 5,23 Hz, 2H) 3,96 (t, J= 5,23 Hz, 2H) 6,94 (m, 1H) 7,00 (m, 1H) 7,21 (d, J = 8,29 Hz, 1H) 7,34 (dd, J = 3,14/5,28 Hz, 1H) 7,37 (d, J= 7,37 Hz, 1H) 7,59 (d, J = 2,76
Hz, 1H) 7,95 (d, J= 5,32 Hz, 1H) 9,78 (m, 1H) 10,74 (s, 1H)
Dispositivos e métodos para análise HPLC-MS: HPLC: Waters Alliance 2795 com PDA Waters 996; MS: ZQ 2000 MassLynx Single Quadrupol MS Detector; Coluna: Waters Atlantis™ dC18, 3 pm, 2,1 x 30 mm; Temperatura da coluna: 40°C, Eluente A: água purificada + 0,1% de ácido fórmico; Eluente B: acetonitrilo (grau de gradiente) + 0,1% de ácido fórmico; Gradiente de 0% de B a 100% B em 8,8 min, 100% de B durante 0,4 min, 100% de B a 0% B em 0,01 min, 0% de B durante 0,8 min; Fluxo: 1,0 mL/ min; Ionização: ES+, 25 V; Make up: 100 μΐ/ min 70% de metanol + 0,2% de ácido fórmico; UV: 200-400 nm
Investigação das propriedades farmacológicas dos compostos dos exemplos A) Comparação da eficácia analgésica (como ED50 ou %MPE para uma determinada dosagem de teste) em modelos de dor aguda (teste da retirada da cauda, ratos/ ratinhos) e em modelos de dor mono-neuropática (Chung, ratos; Bennett, ratos) ou modelo de dor poli neuropática (Polineuropatia STZ, ratos).
De modo a descrever as surpreendentes propriedades farmacológicas dos compostos no âmbito da presente invenção, devem comparar-se em primeira linha um com o outro os resultados do modelo de dor mono neuropática de acordo com Chung em ratos e o modelo de dor aguda com retirada da ponta da cauda em rato. Aqui pode ser demonstrado que os compostos no âmbito da presente invenção, em uma dosagem múltipla da dosagem analgésica eficaz significativa de acordo com o modelo de Chung (por exemplo ED50n) , não apresentam qualquer efeito anti-nociceptivo significativo no modelo de retirada da cauda do rato. Os resultados de outros modelos de dor neuropática, como o do modelo Bennett em ratos ou polineuropatia STZ no rato, sublinham a geralmente muito boa eficácia dos compostos em diversas formas de dor neuropática. 72 ΕΡ 2 598 503/ΡΤ
Teste analgésico utilizando o teste de retirada da cauda em ratos
Animais em teste: Ratos do sexo feminino de acordo com Sprague Dawley (cri: CD (SD) não consanguíneos; criador: Charles River, Sulzfeld, Alemanha); Peso corporal: 130-190 g; os animais são mantidos em gaiolas-padrão (gaiolas Makrolon tipo IV, Fa. Ebeco, Castrop-Rauxel, Alemanha) contendo um máximo de 8 animais em cada uma, sob um ritmo de períodos de incidência de luz: ausência de luz de 12:12h com alimentos e água corrente de torneira ad libitum (à vontade).
Descrição do método: A actividade analgésica dos compostos de teste é investigada usando o método do foco térmico (no teste de retirada da cauda) em ratos de acordo com o método de D' Amour e Smith (J. Pharm. Exp. Ther. 72, 74, 79 (1941)). Os animais são colocados individualmente em gaiolas de teste especiais e expostos na base da cauda a um feixe térmico focalizado de radiação de uma lâmpada (retirada da cauda tipo 50/08/1.bc, Labtec, Dr. Hess). A intensidade da lâmpada é ajustada de modo a que o tempo desde que se liga a lâmpada até ao afastamento súbito da cauda (latência de retirada) em animais não tratados é de 2,5 a 5 segundos. Antes da administração de um composto de teste, os animais são pré-testados duas vezes num intervalo de tempo de 30 minutos e o valor médio destas medições é tomado como a média do pré-teste. A medição de dor é normalmente feita após 5, 20, 40, 60, 90, 120, 180 e 240 minutos após a administração intravenosa do composto de teste ou do seu veículo. O efeito antinociceptivo é determinado como o aumento em termos do tempo de latência de retirada segundo a seguinte fórmula: (%MPE) = [ (Ti-To) / (T2-T0) ] xlOO . Onde: T0: controle de tempo de latência antes da administração de substâncias, Ti: tempo de latência após a administração de substâncias, T2: tempo máximo de exposição do foco térmico (12 segundos), MPE (maximum possible effect): efeito máximo possível.
Em compostos de teste eficazes para os casos anti-nociceptivos são usadas para determinar a dependência da dose, 3 a 5 doses de dosagem crescente logaritmicamente, que incluiu os valores de dose limiar e de dose máxima efectiva. 73 ΕΡ 2 598 503/ΡΤ A dose eficiente correspondente a metade do máximo (ED50) com os correspondentes intervalos de confiança de 95% é determinada por análise de regressão semi-logaritmica, no momento de efeito máximo.
Análise estatística: As dimensões dos grupos são tipicamente n=10. Por meio da análise de variância com repetição de medidas (repeated measures: medidas repetidas ANOVA) , bem como com uma análise post hoc de acordo com Bonferroni são testadas as diferenças estatisticamente significativas nos valores de %MPE entre os respectivos grupos de dosagem e os grupos de controlo de veículo. 0 nível de significância estabelecido é de <0,05.
Teste de retirada da cauda com reduzida intensidade da radiação térmica no rato
Animais em teste: ratos de acordo com Sprague-Dawley (criador: Janvier, Le Genest St Isle, França); Peso corporal: 200-250 g; os animais são mantidos em gaiolas-padrão (gaiolas Makrolon tipo IV, Fa. Ebeco, Castrop-Rauxel, Alemanha) com um máximo de 5 animais por gaiola, com um ritmo de períodos de incidência de luz: ausência de luz de 12:12h com alimentos e água corrente ad libitum.
Descrição do método: A actividade moduladora de substâncias de teste para estímulos térmicos nocivos agudos é investigada no teste com foco térmico (teste de retirada da cauda) em ratos de teste de acordo com o método de D' Amour e Smith (J. Pharm. Exp. Ther. 72, 74 79 (1941)). Estes são assim utilizados. Os animais são colocados individualmente em compartimentos de teste especiais e a base da cauda é exposta a um feixe de radiação térmica centrada por um analgesímetro focal (modelo 2011, Rhema Labortechnik, Hofheim, Alemanha). A intensidade do feixe térmico focal é ajustada de modo a que o tempo que decorre entre o início da acção do feixe térmico até ao da retirada súbita da cauda (latência de retirada) em animais não tratados seja de cerca de 12-13 segundos. Antes da administração de uma substância no âmbito da presente invenção, duas vezes a latência de retirada é determinado com intervalos de tempo de cinco minutos e o valor médio de latência de retirada é definida como o de valor médio de 74 ΕΡ 2 598 503/ΡΤ controlo. A medição da latência de retirada da cauda é realizada pela primeira vez 10 minutos após a administração intravenosa do composto de ensaio ou seu veiculo. Após o efeito antinociceptivo ter diminuído (após 2-4 horas) os estudos e medições são então realizados em intervalos de 30 minutos até um máximo de 6,5 horas após a administração da substância de teste. O efeito anti- ou pro-nociceptivo é determinado como o aumento ou diminuição do tempo de latência de retirada de acordo com a seguinte fórmula: (%MPE) = ((1^-To) / (T2-T0) ] xlOO. Onde temos T0: tempo de latência de controlo, antes da administração de substâncias, Ti: tempo de latência após a administração de substâncias, T2: tempo máximo de exposição ao foco térmico (30 segundos), MPE: efeito máximo possível. Em compostos de teste de eficiência antinociceptiva é aplicada para determinar a dependência da dose, 3 a 5 doses de dosagem crescente logaritmicamente, que incluem a dose limiar e a dose máxima eficaz. A dose eficiente correspondente a metade do máximo (ED50) com os intervalos de confiança correspondentes de 95% é então determinada por análise de regressão semi-logaritmica, no momento de efeito máximo.
Análise estatística: As dimensões dos grupos são tipicamente n=10 Por meio da análise de variância com medições repetidas (medidas repetidas ANOVA) bem como análise post hoc de acordo com Bonferroni são testadas, para diferenças estatisticamente significativas, os dados de %MPE entre os respectivos grupos de dosagem e os grupos de controlo do veículo. O nível de significância estabelecido é de p<0,05.
Prova de analgésicos no teste de retirada da cauda em ratinhos
Animais em teste: ratos RMNI do sexo masculino (criador: Charles River, Sulzfeld, Alemanha); Peso corporal: 20-25 g; os animais são mantidos em gaiolas-padrão (gaiolas Makrolon tipo III, Fa. Ebeco, Castrop-Rauxel, Alemanha) com um máximo de 6 animais por gaiola, com um ritmo de períodos de incidência de luz: ausência de luz de 12:12h com alimentos e água da torneira ad libitum. 75 ΕΡ 2 598 503/ΡΤ
Descrição do método: A eficiência analgésica do composto de teste é examinada com o teste de foco térmico (retirada da cauda) em ratinhos de acordo com o método de D' Amour e Smith (J. Pharm. Exp. Ther. 72, 74 79 (1941). Os animais são colocados individualmente em gaiolas de teste especiais e a base da cauda focado com radiação térmica a partir de uma lâmpada eléctrica (teste de retirada da cauda tipo 55/12/10.fl, Labtec, Dr. Hess). A intensidade da lâmpada é ajustada de modo a que o tempo desde o acender da lâmpada até ao súbito afastamento da cauda (latência de retirada) em animais não tratados seja de 2,5-5 segundos. Antes da administração de um composto de teste, os animais são pré-testados no intervalo de tempo de 30 minutos, por duas vezes e a média destas medições é tomado como a média do pré-teste. A medição da dor é realizada tipicamente 20, 40 e 60 min após a administração intravenosa do composto de teste ou do seu veiculo. O efeito antinociceptivo é determinado como o aumento em tempo de latência de retirada de acordo com a seguinte fórmula: (%MPE) = [ (Ti-T0) / (T2-T0) ] xlOO . Onde T0: controle de tempo de latência antes da administração de substâncias, Ti: latência após a administração de substâncias, T2: tempo máximo de exposição ao foco térmico (12 segundos), MPE: efeito máximo possível. Em compostos de teste de eficiência antinociceptiva é aplicada para determinar a dependência da dose, 3 a 5 doses de dosagem crescente logaritmicamente, que incluem a dose limiar e a dose máxima eficaz. A dose eficiente correspondente a metade do máximo (ED50) com os intervalos de confiança correspondentes de 95% é então determinada por análise de regressão semi-logarítmica, no momento de efeito máximo.
Análise estatística: As dimensões dos grupos são tipicamente n=10 Por meio da análise de variância com medições repetidas (medidas repetidas ANOVA) bem como análise post hoc de acordo com Bonferroni são testadas, para diferenças estatisticamente significativas, os dados de %MPE entre os respectivos grupos de dosagem e os grupos de controlo do veículo. O nível de significância estabelecido é de p<0,05. 76 ΕΡ 2 598 503/ΡΤ
Modelo de Chung: Dor mononeuropática após ligação do nervo espinhal
Animais em teste: ratos Sprague Dawley do sexo masculino (RjHan: SD não consanguíneos; criador: Janvier, Genest St Isle, França); com um peso corporal: 140-160 g são mantidos em gaiolas-padrão (gaiolas Makrolon tipo IV, Fa. Ebeco, Castrop-Rauxel, Alemanha) com um máximo de 8 animais por gaiola, com um ritmo de períodos de incidência de luz: ausência de luz de 12:12h com alimentos e água da torneira ad libitum. Entre a entrega dos animais e a operação, é observada uma pausa de uma semana. Os animais são testados várias vezes depois da cirurgia durante um período de 4-5 semanas, onde é observado um período de limpeza de pelo menos uma semana.
Descrição do modelo: Sob anestesia com pentobarbital (Narcoren®, 60 mg/ kg i.p., Merial GmbH, Hallbergmoos, Alemanha) são expostos os nervos espinhais esguerdos L5, L6 nos quais é retirado um pedaço da musculatura para-vertebral e uma parte do processo espinal esquerdo do corpo vertebral lombar de L5. Os nervos espinhais L5 e L6 são cuidadosamente isolados e ligados com uma ligadura fixa (seda NC preta, USP 5/0, métrica 1, Braun, Melsungen, Alemanha) (Kim e Chung, 1992). Após a ligação, o músculo e tecidos adjacentes foram suturados e a ferida fechada com grampos metálicos. Após o período de recuperação de uma semana, os animais foram colocados para a medição da alodinia mecânica em gaiolas com um chão de arame. Os limiares de tempo de retirada são então determinado nas patas posterior ipsilateral e/ou contralateral, com o uso de um filamento electrónico de von Frey (Somedic AB, Malmõ, Suécia) . A média de cinco estimulação de acordo com este processo dá-nos um ponto determinado. Os animais são então testados 30 min antes e em vários momentos após a administração da substância de teste ou da solução veículo. Os dados são determinados como % máxima de efeito possível (%MPE) de pré-teste com animais individuais ( = 0% MPE) e os valores de teste de um grupo de controlo simulado independente (=100% MPE). Alternativamente, os limiares de retirada são representados em gramas. Em compostos de teste de efeito analgésico são usadas 3 a 5 doses de dosagem crescente logaritmicamente, para determinar 77 ΕΡ 2 598 503/ΡΤ a dependência da dose a administrar, que inclui o limiar e a dose efectiva máxima. A dose eficaz correspondente a metade do máximo (ED50) com os correspondentes intervalos de confiança de 95% é determinada por análise de regressão semi-logaritmica, no momento de efeito máximo.
Análise estatística: As dimensões dos grupos são tipicamente n=10 Por meio da análise de variância com medições repetidas (medidas repetidas ANOVA) bem como análise post hoc de acordo com Bonferroni são testadas, para diferenças estatisticamente significativas, os dados de %MPE entre os respectivos grupos de dosagem e os grupos de controlo do veículo. 0 nível de significância estabelecido é de p <0,05.
Referência: Kim, S.H. e Chung, J.M., An experimental model for peripheral neuropathy produced by segmentai spinal nerve ligation in the rat, Pain, 50 (1992) 355-363.
Modelo Bennett: Dor mononeuropática no rato
Animais em teste: ratos Sprague Dawley do sexo masculino (RjHan: SD não consanguíneos; criador: Janvier, Genest St Isle, França); com um peso corporal: 140-160 g são mantidos em gaiolas-padrão (gaiolas Makrolon tipo IV, Fa. Ebeco, Castrop-Rauxel, Alemanha) com um máximo de 8 animais por gaiola, com um ritmo de períodos de incidência de luz: ausência de luz de 12:12h com alimentos e água da torneira ad libitum. Entre a entrega dos animais e a operação, é observada uma pausa de uma semana. Os animais são testados várias vezes depois da cirurgia durante um período de 4-5 semanas, onde é observado um período de limpeza de pelo menos uma semana.
Descrição do método: A investigação da eficácia em dor neuropática foi realizada segundo o modelo de Bennett (chronic constriction injury; Bennett e Xie, 1988, Pain 33: 87-107). Os ratos são fornecidos sob anestesia Narcoren com quatro ligaduras soltas do nervo ciático direito. Os animais desenvolvem uma hipersensibilidade, que após um período de recuperação, é determinada de uma até cerca de quatro semanas, por meio de uma placa de metal fria a 4°C (alodinia 78 ΕΡ 2 598 503/ΡΤ fria) na pata inervada pelo nervo danificado. Os animais são observados por um período de 2 min. sobre esta placa e é medido o número reacções de retirada da pata lesionada.
Avaliação e estatísticas: Em relação ao valor preliminar antes da aplicação da substância, o efeito da substância em teste é determinado ao longo de um período de uma hora em quatro pontos temporais (por exemplo, 15, 30, 45, 60 minutos após a aplicação) e a área resultante sob a curva (AUC) bem como a inibição de alodinia fria nos pontos de medição individuais é expressa em percentagem de efeito em relação ao veículo de controlo (AUC) ou ao valor de início ou de partida (individual). A O dimensão do grupo é n=10, a significância de um efeito anti-alodínico (p<0,05) é determinado usando uma análise de variância de medidas repetidas e uma análise post hoc de Bonferroni.
Modelo STZ: Dor polineuropática no rato
Animais em teste: ratos Sprague Dawley do sexo masculino (criador: Janvier, Le Genest St. Isle, França); com um peso corporal: 140-160 g são mantidos em gaiolas-padrão (gaiolas Makrolon tipo IV, Fa. Ebeco, Castrop-Rauxel, Alemanha) com um máximo de 8 animais por gaiola, com um ritmo de períodos de incidência de luz: ausência de luz de 12:12h com alimentos e água da torneira ad libitum.
Descrição do método: Para a indução de diabetes foi injectada por via intraperitoneal estreptozotocina (STZ, 75 mg/kg) em ratos Sprague-Dawley do sexo masculino. Os ratos diabéticos apresentam então um nível de glicose no sangue de pelo menos 17 mM por semana após a injecção de STZ. Os animais de controlo são injectados com uma solução de veículo. A determinação do limiar de estímulo mecânico nociceptivo (em gramas) é realizada com um algesiómetro (instrumento para determinar a sensibilidade da pele a estímulos dolorosos) em teste de pressão sobre a pata de acordo com Randall e Selitto (1957). Neste caso, é aplicado um estimulo de pressão crescente à superfície dorsal da pata posterior e é então registrada a pressão exercida que conduz finalmente ao reflexo de retirada da pata ou a uma vocalização. Os testes são realizados três semanas após a 79 ΕΡ 2 598 503/ΡΤ indução do diabetes. 0 limiar mecânico nociceptivo é medido antes, bem como 15, 30, 45 e 60 minutos após a administração da substância em teste a animais diabéticos e em animais de controlo.
Referências: Randall LO, Selitto JJ. A method for measurement of analgesic activity on inflamed tissue. Arch. Int. Pharamcodyn. 1957; 111: 409-19. B) Comparação da gama de dose analgésica eficiente em modelos de dor mono-neuropática (Chung, ratos) com observação dos efeitos secundários típicos dos opióides nessa gama de dosagens.
De modo a descrever as propriedades farmacológicas surpreendentes dos compostos no âmbito da presente invenção, são em primeiro lugar comparados uns com os outros, os resultados do modelo de Chung em ratos (como exemplo para eficácia analgésica contra a dor neuropática) e modelo de análise de gás no sangue no rato (como por exemplo da depressão respiratória, como um efeito colateral típico de opióides muito grave, contudo bem guantificável). Nestes casos pode ser demonstrado que os compostos no âmbito da presente invenção, mesmo em dosagens múltiplas das do efeito analgésico significativamente eficientes do modelo de Chung (por exemplo ED50n) não provocam nenhuma depressão respiratória significativa em ratos. Os resultados de outros modelos de efeitos colaterais típicos de opióides, como parâmetros circulatórios em coelhos, passagem de carvão gastrointestinal em ratos, teste RotaRod em ratos, teste de saltos em ratos, bem como localização preferencial condicionada em ratos, enfatizam a falta geral ou muito reduzidos efeitos colaterais típico de opióides dos compostos no âmbito da presente invenção.
Gasometria arterial: Método para medição de pC02- arterial e p02- em ratos 0 efeito de depressão respiratória das substâncias de teste é examinado após a administração i.v. em ratos conscientes instrumentados. Parâmetro de teste é a alteração da pressão parcial de dióxido de carbono (pCC>2) e da pressão 80 ΕΡ 2 598 503/ΡΤ parcial de oxigénio (p02) no sangue arterial, após a administração da substância.
Animais em teste: ratos Sprague Dawley do sexo masculino (cri: CD (SD) não consanguíneos; criador: Charles River, Sulzfeld, Alemanha); com um peso corporal: 250-275g são mantidos em gaiolas-padrão (gaiolas Makrolon tipo II, Fa. Ebeco, Castrop-Rauxel, Alemanha) com um ritmo de períodos de incidência de luz: ausência de luz de 12:12h com alimentos e água da torneira ad libitum.
Descrição do método: Pelo menos 6 dias antes da aplicação da substancia em teste, aos ratos são implantados em cada um, sob anestesia com pentobarbital, um cateter de PP no interior da artéria femoral e na veia jugular. Os cateteres são cheios com solução de heparina (4000 IU) e selados com uma haste metálica. A aplicação da substância em teste ou do veículo é realizada através do cateter venoso. Antes da aplicação da substância ou do veículo e em pontos temporais definidos após a aplicação da substância ou do veículo, o cateter arterial é em cada caso aberto e lavado com 500 μΐ de uma solução de heparina. Em seguida, são retirados e registrados ca. 100 μΐ de sangue do cateter utilizando um capilar de vidro heparinizado. 0 cateter é então de novo lavado com a solução de heparina e outra vez fechado. O sangue arterial é imediatamente medido usando um analisador de gás no sangue (ABL 5, Radiometer GmbH, Willich, Alemanha). Depois de um tempo mínimo de recuperação de uma semana, os animais podem ser colocados de novo em ensaio.
Análise de dados de ensaio e estatísticas: O aparelho analisador de gases no sangue fornece automaticamente os valores para pC02 e p02 do sangue em mmHg. Os efeitos da substância sobre a pressão parcial no sangue são calculados como as variações percentuais em relação aos valores anteriores sem uso de substância ou de veículo. Para a análise estatística, os valores medidos após a administração da substância e os valores das medições simultâneas após a administração do veículo, são comparadas por meio de análise de variância de factor único (one-way ANOVA), bem como de uma análise post hoc de acordo com Dunnett. O nível de significância é estabelecido em p <0,05. As dimensões dos grupos são geralmente de n=6. 81 ΕΡ 2 598 503/ΡΤ
Parâmetros cardiovasculares: Método para a medição da pressão arterial e frequência cardíaca em coelhos conscientes. 0 efeito das substâncias de ensaio sobre o sistema cardiovascular é investigado após a administração i.v. em coelhos conscientes, monitorizados por transmissão à distância ou telemetria. Parâmetros de teste são a alteração da frequência cardíaca e da pressão arterial após a administração da substância.
Animais em teste: coelhas fêmeas (brancos da Nova Zelândia; criador: Charles River, Kisslegg, Alemanha); com um peso corporal: cerca de 3-5,5 kg; os animais são mantidos em gaiolas especiais individuais de coelhos (Largura(W)x (profundidade(D)x(altura(H)=885x775x600 mm; Fa. Ebeco, Castrop-Rauxel, Alemanha) com um ritmo de períodos de incidência de luz: ausência de luz de 12:12h com alimentos e água da torneira ad libitum.
Preparação do ensaio: Pelo menos 21 dias antes do início dos testes, a cada um dos animais sob anestesia geral (isoflurano 2-3%) é implantado uma unidade de telemetria (TL11M2-D70-PCT fabricado pela DSI, St. Paul, Minnesota, EUA), para a medição da pressão arterial e electrocardiograma (ECG). Neste caso o cateter de pressão da unidade de telemetria é inserido na artéria femoral e ambos os eléctrodos biopotenciais são fixados subcutaneamente na região do externo ou na região da parede torácica superior esquerda. A unidade de transmissão é suturada numa bolsa subcutânea na região do flanco esquerdo dos animais. A recepção e registo dos sinais telemétricos são feitos por via do receptor tipo RMC-1 (Firma DSI). Para a recepção de dados, seu armazenamento e processamento é usado o pacote de software Po-Ne-Mah (Firma DSI).
Procedimento experimental: A aplicação da substância ou do veículo é realizada através de um cateter venoso (V. auricular). Antes da aplicação da substância em teste ou do veículo e em momentos temporais definidos após aplicação da substância ou do veículo são medidos e electronicamente armazenados os valores da frequência cardíaca e pressão 82 ΕΡ 2 598 503/ΡΤ arterial (sistólica, diastólica e média) directamente transmitidos por meio do sistema de telemetria calibrado. Depois de um tempo mínimo de recuperação de uma semana, os animais podem ser colocados de volta em testes.
Análise de dados de ensaio e estatísticas: A partir dos valores medidos para a pressão arterial (em mmHg) e frequência cardíaca (em batimentos por minuto) , nos pontos temporais definidos é transmitido em cada caso o valor médio de 10, um após outro, batimentos cardíacos efectuados. Os efeitos da substância em ensaio sobre os parâmetros de teste são calculados como as variações percentuais em relação aos valores anteriores sem uso da substância ou do veículo. Para a análise estatística, os valores medidos após a administração da substância e os valores das medições simultâneas após a administração do veículo são comparados por meio de análise de variância de factor único (one-way ANOVA). Bem como da análise post hoc de acordo com Dunnett. O nível de significância é estabelecido em p<0,05. As dimensões dos grupos são geralmente de n=6
Teste de passagem de carvão: Método para medição da taxa de trânsito gastrointestinal em ratos
Animais em teste: ratos RMNI do sexo masculino (criador: Charles River, Sulzfeld, Alemanha); Peso corporal: 30-35 g; os animais são mantidos em gaiolas-padrão (gaiolas Makrolon tipo IV, Fa. Ebeco, Castrop-Rauxel, Alemanha) com um máximo de 18 animais por gaiola, com um ritmo de períodos de incidência de luz: ausência de luz de 12:12h com alimentos e água da torneira ad libitum.
Descrição do teste: Antes do ensaio, os animais são mantidos em jejum 20 a 24 h dentro das gaiolas de grade. Como substancia marcadora de trânsito de passagem intestinal é administrado aos animais por via oral uma suspensão de carvão activado (10% de carvão activado em solução CMC 0,5%, volume de aplicação: 0,1 ml/10 g de peso corporal). Após esse processo é administrada em cada caso a respectiva solução de substância de teste ou de veículo por via intravenosa. Duas horas após a administração da suspensão de carvão vegetal activado, os animais são sacrificados por fumigação de CO2. 83 ΕΡ 2 598 503/ΡΤ
Subsequentemente, ο tracto intestinal desde o estômago até ao inicio do intestino grosso ou ceco inclusive, é retirado e estendido sobre uma placa de vidro humedecida com uma solução 0,9% de NaCl. Em seguida e de imediato, é medido a distância piloro (canal de saida do estomago) ao ceco, bem como a rota de passagem da suspensão de carvão (o seu ponto mais distante).
Análise dos dados de ensaio: Para determinar a inibição relativa do trânsito gastrointestinal é calculado o quociente da rota de passagem da suspensão de carvão vegetal (em cm) / distância piloro-ceco (em cm). O resultado deve ser expresso em % de inibição. Para a análise estatística, os valores medidos após a administração da substância devem ser comparados com os valores das medições simultâneas após a administração do veículo por meio de análise de variância de factor único (one-way ANOVA) bem como de uma análise post hoc de acordo com Dunnett. O nível de significância é estabelecido em p<0,05. As dimensões dos grupos é geralmente de n=l0.
Teste do Rota-Rod: método para o estudo de coordenação motora em ratos
Animais em teste: Ratos do sexo masculino CD-I (criador: Charles River, Sulzfeld, Alemanha); Peso corporal: 18-25 g; os animais são mantidos em gaiolas-padrão (gaiolas Makrolon tipo IV, Fa. Ebeco, Castrop-Rauxel, Alemanha) contendo um máximo de 18 animais em cada uma, sob um ritmo de períodos de incidência de luz: ausência de luz de 12:12h com alimentos e água corrente de torneira ad libitum.
Descrição do método: Para descrever o método, veja: Kuribara H., Higuchi Y., Tadokoro S. (1977), Effects of central depressants on Rota-Rod and traction performance in mice. Japão. J. Pharmacol. 27, 117-126.
Análise estatística: Para a análise estatística, os valores medidos após a administração da substância e os valores das medições simultâneas após a administração do veículo, são comparadas por meio de análise de variância de factor único (one-way ANOVA), bem como de uma análise post 84 ΕΡ 2 598 503/ΡΤ hoc de acordo com Dunnett. 0 nível de significância é estabelecido em p <0,05. As dimensões dos grupos são geralmente de n=10.
Jumping test (Teste do salto): método para o estudo do potencial de dependência física no rato
Animais em teste: Ratos RMNI do sexo masculino (criador: Charles River, Sulzfeld, Alemanha); Peso corporal: 20-24 g; os animais são mantidos em gaiolas-padrão (gaiolas Makrolon tipo III, Fa. Ebeco, Castrop-Rauxel, Alemanha) com um máximo de 6 animais por gaiola, com um ritmo de períodos de incidência de luz: ausência de luz de 12:12h com alimentos e água da torneira ad libitum.
Descrição do método: As substâncias de ensaio são administradas num total de sete vezes em dois dias, por aplicação via intraperitoneal. No primeiro dia, ocorrem 5 aplicações: às 9:00h, 10:00h, ll:00h, 13:00h e 15:00h e no segundo dia às 9:00h e às ll:00h. As primeiras três aplicações são dadas em doses com dosagens crescentes (esquema de dosagem) e em seguida nas outras na dosagem igual à da terceira aplicação. A retirada é realizada de imediato 2 horas após a última aplicação da substancia com naloxona 30 mg/kg (i.p.). Ato continuo, os animais são observados individualmente em caixas transparentes de observação (altura 40 cm, diâmetro 15 cm) e são contadas as reacções salto durante 15 minutos em cada período de 5 minutos. É aplicada morfina em uma dosagem como comparação/padrão. A quantificação da retirada é realizada sobre o número de saltos entre 0 e 10 min. após a aplicação do Naloxon. É determinado o número de animais por grupo com mais de 10 saltos/10 min e é registrado como "% animais positivos". Além disso, é calculado no grupo a frequência média de salto.
Análise estatística: A análise dos resultados experimentais com relação às diferenças estatisticamente significativas entre cada grupo de dosagem e o grupo de controlo com veiculo é realizado preferencialmente por meio do teste exacto de Fisher "% animais positivos" bem como por meio do teste de Kruskal-Wallis para o parâmetro "frequência de saltos", de preferência tal como descrito na parte 85 ΕΡ 2 598 503/ΡΤ experimental. Neste caso, o nível de significância é fixada a p<0,05. As dimensões de grupo são geralmente n=12.
Referência: Saelens JK, Arch Int Pharmacodyn 190: 213-218, 1971
Preferência de posicionamento condicionado: método para estudar a possível indução de dependência psicológica/ viciação ou abstinência no rato
Descrição do método: Investigação do local preferencial ver: Tzschentke, T.M., Bruckmann, W. e Friedrichs, F. (2002) Lack of sensitization during place conditioning in rats is consistent with the low abuse potential of tramadol. Neuroscience Letters 329, 25-28.
Análise estatística: A análise dos resultados experimentais em termos de diferenças estatisticamente significativas na preferência dos animais por uma substância activa ou por veículo é realizada de preferência por meio de t-teste emparelhado, em que o nível de significância é definido em p <0,05. As dimensões dos grupos são geralmente n=8.
Quadro la: Resumo dos dados farmacológicos para exemplo AMD-6C2S
Sistema em teste Parâmetro medido Resultado1 Factor afastamento2 Ligação ao receptor ORL-1 Afinidade de ligação Ki = 0,030 μΜ — Ligação ao receptor p-Opióide Afinidade de ligação Ki = 0,138 μΜ — Ratos de acordo com Chung A inibição da dor neuropática em mono-neuropatia (separação de efeito anti-alodinico e anti-nociceptiva) ED50 = 9 μg/kg i.v.; até à dose mais elevada testada (21,5 μg/kg i.v.): Nenhum efeito anti-nociceptivo em tecidos saudáveis. — Ratos de acordo com Bennett Inibição da dor neuropática em situações de mononeuropatia ED50 = 7 pg/kg i.v. — Ratos em STZ Inibição da dor neuropática em polineuropatia diabética ED50 ca. 1 pg/kg i.v.; até à dose mais elevada testada (10 pg/kg i.v.): Nenhum efeito anti-nociceptivo em situações não controladas neuropaticamente. — 86 ΕΡ 2 598 503/ΡΤ
Sistema em teste Parâmetro medido Resultado1 Factor afastamento2 Teste de retirada da cauda em ratos Inibição da dor aguda (dor nociceptiva) NOEL: 1 mg/kg i.v. ou 4,64 mg/kg i.v. em situações de intensidade de foco térmico reduzida 220-lOOOx Análise de gás arterial em ratos Depressão respiratória, medida pelo aumento da pC02 arterial e diminuição da p02 arterial NOEL: 1 mg/kg i.v. 220x Análise cardiovascular em coelhos Pressão sanguínea arterial e frequência cardíaca NOEL: 1 mg/kg i.v. 220x Passagem com carvão em ratos Trânsito gastrointestinal NOEL: 3 mg/kg i.v. 660x Teste RotaRod em ratos Coordenação motora NOEL: >10 mg/kg i.v. >2200x Teste de salto (Jumping-Test) em ratos Sintomas de dependência física / abstinência NOEL: 10 mg/kg i.p. 2200x Posicionamento preferencial em ratos Dependência física NOEL: >13,8 mg/kg i.p. >3000x Ή NOEL ("= No Observed Effect Levei) indica a dose mais elevada isenta dê resultados (isto é, a dose sem efeito significativo) 2) Os factores de afastamento são calculados como a razão do NOEL e um valor ED5011 partir dos modelos de neuropatia (neste caso: 4,5 pg/kg) médio a 87 ΕΡ 2 598 503/ΡΤ
Quadro lb: Resumo dos dados farmacológicos para exemplo AMD-7CiS (Exemplo Comparativo)
Sistema em teste Parâmetro medido Resultado1 Factor afastamento2 Ligação ao receptor ORL-1 Afinidade de ligação Ki = 0,070 μΜ — Ligação ao receptor p-Opióide Afinidade de ligação Ki = 0,450 μΜ — Ratos de acordo com Chung A inibição da dor neuropática em mononeuropatia (separação de efeito anti-alodínico e anti-nociceptiva) ED50 = 88 μg/kg i.v.; Nenhum efeito anti-nociceptivo em tecidos saudáveis (dosagem do teste: 100 pg/kg i.v.) — Ratos em STZ Inibição da dor neuropática em polineuropatia diabética 68% MPE a 100 pg/kg i.p.; Nenhum efeito anti-nociceptivo em situações não controladas neuropaticarnente — Teste de retirada da cauda em ratos Inibição da dor aguda (dor nociceptiva) NOEL: >10 mg/kg i.v. >11 Ox Análise de gás arterial em ratos Depressão respiratória, medida pelo aumento da pC02 arterial e diminuição da p02 arterial NOEL: 1 mg/kg i.v. llx Análise cardiovascular em coelhos Pressão sanguínea arterial e frequência cardíaca NOEL: >3 mg/kg i.v. >34x Passagem com carvão em ratos Trânsito gastrointestinal NOEL: 1 mg/kg i.v. llx Teste RotaRod em ratos Coordenação motora NOEL: 10 mg/kg i.v. HOx Teste de salto (Jumping-Test) em ratos Sintomas de dependência física / abstinência NOEL: >10 mg/kg i.p. >11 Ox Posicionamento preferencial com ratos Dependência física NOEL: >20 mg/kg i.p. >22 0 x "*) MPE (= Maximum Possible Ef fect) indica ã dimensão dê efeito máximo possível; NOEL ("= No" Observed Effect Levei) indica a dose mais elevada isenta de resultados (isto é, a dose sem efeito significativo) 2) Os factores de afastamento são calculados como a razão do NOEL e um valor EDson médio a partir dos modelos de neuropatia (neste caso: 88 pg/kg)
Conclusão: Para ilustrar as propriedades farmacológicas surpreendentes dos compostos no âmbito da presente invenção, foi seleccionado exemplo de AMD-6C1S. Trata-se de um ligando receptor ORL-1 e receptor de -opiáceos de elevada afinidade e com uma razão de afinidade do receptor ORL-1 para o receptor -opióide de cerca de 5 ou 6. Os exemploÃMD-6c;LS e 88 ΕΡ 2 598 503/ΡΤ ligação AMD-7c:ls mostram que os compostos no âmbito da presente invenção têm um nível muito elevado de eficácia contra a dor neuropática (aqui: ED5on entre 1 e 10 pg/kg i.v. ou 88 pg/kg i.v.)· Em contraste, nenhum efeito antinociceptivo significativo é observado significativas no modelo de dor aguda, mesmo em doses que eram 100 a 1000 vezes mais elevadas do que a existente em dosagens eficientes em modelos neuropáticos. Da mesma forma, não se observam efeitos secundários típico típicos de opióides (tais como depressão respiratória, a redução da pressão sanguínea e da frequência cardíaca, a prisão de ventre, os efeitos do sistema nervoso central, dependência física, dependência psicológica/ e efeitos de abstinência) em modelos animais no estudo de efeitos secundários mesmo em doses desde 11 a mais de 3000 vezes superiores.
Tabela 2: Visão geral das características farmacológicas ou fármaco-cinéticas seleccionadas de outros exemplos
Composto Ki (ORLp [μΜ] Ki (μ) [μΜ] Ratos de acordo com Chung Teste de retirada da canda em ratos Análise de gás arterial em ratos Passagem com carvão em ratos Teste RotaRod em ratos ti/2, ratos, 100 pg/kg, i.v. // duração do efeito fármaco— dinâmico (Dose) AMD-6°” 0,030 0,138 EDS0 = 9 pg/kg i.v. NOEL2 = 1000 pg/kg i.v. NOEL = 1000 pg/kg i.v. NOEL = 3000 pg/kg i.v. NOEL : >10000 pg/kg i.v. 8 h // » 5 h (10 pg/kg i.v.) AMD-1°” 0,018 0,032 18%MPE a 100 pg/kg i.v. NOEL > 100 pg/kg i.v. NOEL =1000 pg/kg i.v. Não realizado Não realizado Não determinado // Não determinado AMD—2“** 0,017 0,05 35%MPE a 100 pg/kg i.v. NOEL > 1000 pg/kg i.v. Não realizado NOEL = 4600 pg/kg i.v. Não realizado Não determinado // ca. 3 h (100 pg/kg i.v.) AMD—3cis* 0,016 0,059 42%MPE a 100 pg/kg i.v. NOEL > 1000 pg/kg i.v. Não realizado NOEL = 3000 pg/kg i.v. NOEL : >10000 pg/kg i.v. Não determinado // ca. 3 h (100 pg/kg i.v.) AMD—4“s* 0,003 0,009 20%MPE a 100 pg/kg i.v. NOEL > 100 pg/kg i.v. NOEL = 300 pg/kg i.v. Não realizado Não realizado Não determinado // 1-3 h (100 pg/kg i.v.) AMD—7“s* 0,070 0,450 EDso = 88 pg/kg i.v. NOEL > 10000 pg/kg i.v. NOEL = 1000 pg/kg i.v. NOEL = 1000 pg/kg i.v. NOEL = 10000 pg/kg i.v. 3 h // ca. 3 h (100 pg/kg i.v. ) ) Relação de afinidade ORLl/μ- definida como 1/[K1(OHLi) /K1(p) ] 2) NOEL (= No Observed Effect Levei) indica a dose mais elevada isenta de resultados (isto é, a dose sem efeito significativo) *) Composto de referência
Conclusão: Os compostos no âmbito da presente invenção exibem uma eficácia muito boa contra a dor neuropática. Surpreendentemente, não são observados, no entanto, quaisquer efeitos anti-nociceptivos significativos em modelos de dor 89 ΕΡ 2 598 503/ΡΤ aguda, mesmo em doses de aproximadamente 10 vezes até a mais de 100 vezes superiores às dosagens eficazes em modelo neuropático. Do mesmo modo e também surpreendentemente não são observados também efeitos colaterais significativos típicos de opióides, em estudos de efeitos secundários em modelos com animais (por exemplo, gasometria, a passagem de carvão gastrointestinal e teste RotaRod) mesmo em dosagens de 10 a 300 vezes mais elevadas.
Tabela 3: Comparaçao de espiroaminas cis- e trans-
Composto Ki (ORLN [μΜ] Ki (μ) [μΜ] Ratos de acordo com Chung Teste de retirada da cauda em ratos Análise de gás arterial em ratos AMD-6cis 0,030 0,138 ED50 = 9 pg/kg i. V . NOEL2 = 1000 pg/kg i .V. NOEL = 1000 pg/kg i.v. AMD- 6trans* 0,002 0,008 NOEL > 100 pg/kg i.v. ED50 = 6 40 pg/kg i.v. NOEL = 300 pg/kg i.v. AMD-7cis* 0,070 0,450 ED50 = 88 pg/kg i.v. NOEL2 > 10000 pg/kg i.v. NOEL = 1000 pg/kg i.v. AMD- 7trans* 0,001 0,001 Não realizado 54%MPE a 31.6 pg/kg i.v. Não realizado AMN-2cis* 0,012 0,031 ED50 = 895 pg/kg NOEL =1000 pg/kg Não realizado AMN- 2trans* 0,0004 0,0005 27%MPE a 30 pg/kg i.v. 60%MPE a 100 pg/kg i .V. Não realizado O Relação de afinidade ORLl/μ- definida como 1/ [Kí(0rli) /Κι(μ) ] 2) NOEL ( = No Observed Effect Levei) indica a dose mais elevada isenta de resultados (isto éf a dose sem efeito significativo) *) Composto de referência
Conclusão: Surpreendentemente, apenas as espiroaminas cis no âmbito da presente invenção (neste caso exemplo AMD— 6C1S e composto AMN-2C1S) apresentam boa eficácia contra a dor neuropática, tendo ao mesmo tempo, falta de efeito antinociceptivo na dor aguda. Da mesma forma não são observados são observadas efeitos colaterais significativos típicos de opióides em modelos de efeitos secundários com animais (neste caso, como exemplo gasometria) mesmo em casos de dosagens varias vezes superiores. As espiroaminas trans relevantes (Nestes casos exemplos comparativos AMD-6trans e AMN-2trans) , não mostram no entanto, nenhum afastamento entre as dosagens que sejam eficientes contra a dor neuropática ou contra a dor aguda. Da mesma forma, não há afastamento para doses nas quais são observados os efeitos colaterais típicos de opióides (como exemplo, a análise dos gases no sangue). Aqui os AMD-5C1S ou AMD-6c1s na comparação geral mostram os 90 ΕΡ 2 598 503/ΡΤ maiores afastamentos em situações de maior efeito analgésico possível.
Tabela 4: Comparação de espiroaminas cis e espiroéteres cis (compostos de referência)
Composto Ki (ORLD [μΜ] Ki (μ) [μΜ] Ratos de acordo com Chung Teste de retirada da cauda em ratos ou ratinhos* AMN-2cis 0, 012 0, 031 ED50 = 895 pg/kg i. v. NOEL2 =1000 pg/kg i. v. Eter—2cis 0, 031 0, 092 17%MPE a 100 pg/kg i. V 78%MPE a 1000 pg/kg i.v.* Eter—lcis 0, 06 0, 12 28%MPE a 100 pg/kg i. V 33%MPE a 1000 pg/kg i.v. ) Relação de afinidade ORLl/μ- definida como 1/ [K1(ohli) /Κι(μ) ] 2) NOEL (= No Observed Effect Levei) indica a dose inais elevada isenta de resultados (isto é, a dose sem efeito significativo)
Conclusão: Surpreendentemente, apenas as espiroaminas cis, tais como os compostos no âmbito da presente invenção (neste caso o exemplo comparativo AMN-2C1S) apresentam boa eficiência contra a dor neuropática ao mesmo tempo sem efeito ant inocicept ivo em dor aguda. Do mesmo modo não são observadas efeitos secundários típicos dos opióides mesmo em administrações de dosagens varias vezes superiores em modelos de efeitos colaterais com animais (neste caso como exemplo análise de gás no sangue) . O espiroéter cis (neste caso exemplo comparativo Eter-2C1S e Eter-lcls) , não apresentam no entanto, nenhum afastamento significativo entre as dosagens eficazes contra a dor neuropática ou contra a dor aguda.
Tabela 5: Comparaçao da AMD-5C1S (base livre) e AMD-6C1S (sal de citrato)
Composto Ki (ORLD Ki (μ) Ratos de acordo com Teste de retirada da cauda [μΜ] [μΜ] Chung em ratos AMD-5“S 0, 030 0, 138 ED50 =17 pg/kg i.v. NOEL 2 = 30000 pg/kg i.p. AMD—6“s h--:-1-1 0, 020 0, 117 ED50 = 9 pg/kg i.v. NOEL > 10000 pg/kg i.v. ) Relação de afinidade ORLl/μ- definida como 1 / [Ki (orld /¾ <μ) ] 2) NOEL (= No Observed Effect Levei) indica a dose mais elevada isenta de resultados (isto é, a dose sem efeito significativo)
Conclusão: Uma comparação da AMD-5C1S (base livre) e AMD-6C1S (sal de citrato) não mostra quaisquer diferenças relevantes nas propriedades farmacológicas de base e sal. 91 ΕΡ 2 598 503/ΡΤ
Tabela 6: Comparação de afinidades para os diferentes receptores ORL-1 μ—Opióide k—Opióide d—Opióide Dor nos ratos Aguda (reacçao de retirada da cauda) Neuropática (SNL [Chung]) Ki * EC50 ** Ki ECso Ki ECso Ki ECso ED50 ratos [pg/kg] %MPE (@pg/kg) AMD—3cis§ 16 102/92% 59 1112/82% 160 874/42% 6, 7 41/92% 0% (1000) 106 73% (10000) AMD—3trans§ 14 16/81% 12 13/66% 49 - /55% 8 -/87% 0% (1000) 20% (100) AMD—5cis 30 76/106% 138 300/63% 768 1035/30% 38 463/78% 0% (1000) 9,2 58% (10000) AMD—6trans§ 3 47/104% 8 79/97% 19 59/88% 6 19/126% 640 400 AMD—7cis§ 70 50/90% 450 49/94% 542 1170/85% 791 2684/106% 0% (10000) 88 AMD—7trans§ 1 16/90% 1 3/88% 4 29/64% 1 5/82% 54 % (31,6) Não realizado * Teste de ligação Radio - Ki in nM Ensaio GTPgarrunaS - EC50 em nM e eficiência relativa em %
Ki [nM] EC50 [eff . %] §) Exemplo comparativo
Lisboa 2014-04-24

Claims (15)

  1. ΕΡ 2 598 503/ΡΤ 1/3 REIVINDICAÇÕES 1. Composto da fórmula geral (III):
    em que Ri representa -H ou CH3; r2 representa -H ou -halogéneo; r3 representa -H ou -halogéneo; R4 representa -H, -halogéneo ou -OC4-3-alquilo; r5 representa -H, -halogéneo ou -OC4-3-alquilo; na forma de bases livres, ou seus sais fisiologicamente compatíveis.
  2. 2. Composto de acordo com a reivindicação 1, em que R2 representa -H e/ou R3 representa -F.
  3. 3. Composto de acordo com a reivindicação 1 ou 2, em que R4 e R5 representam ambos -H ou ambos -OCH3.
  4. 4. Composto de acordo com quaisquer das reivindicações anteriores, que é seleccionado de entre o grupo consistindo de: • (E)-1-((ls,4s)-4-(dimetilamino)—4 —fenil —3' ,4' -di-hidro- espiro[ciclo-hexano-1,1' -pirido[3,4-b]índole]-2’ (9' H)-il)-3- fenilprop-2-en-l-ona; • (E)-1-((ls,4s)-4-(dimetilamino)-4-(3-fluorofenil)-3' ,4' -di-hidroespiro[ciclo-hexano-1,1' -pirido[3,4-b]indole]-2' {9H)-il)-3-fenilprop-2-en-l-ona; ΕΡ 2 598 503/ΡΤ 2/3 • (Ε)—1—((ls,4s)— 4—(dimetilamino) —6 ' -fluoro-4-(3-fluoro-fenil)-3' ,4' -di-hidroespiro[ciclo-hexano-1,1' -pirido[3,4-b] índole]-2' (9' H)-il)-3-fenilprop-2-en-l-ona; • (E)-1-((ls,4s)-4-(dimetilamino)-6' -fluoro-4-fenil-3' ,4' di-hidroespiro[ciclo-hexano-1,1' -pirido[3,4-b]índole]-2' (9H)-il)-3-fenilprop-2-en-l-ona; • (E)-1-((ls,4s)-4-(dimetilaminoetil)amino)-4-(4-fluoro-fenil)-3' ,4' -di-hidroespiro[ciclo-hexano-1,1' -pirido[3,4-b] indole]-2' (9' H)-il)-3-fenilprop-2-en-l-ona; na forma das suas bases livres ou seus sais fisiologicamente tolerados.
  5. 5. Composto de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 4, que tem a estrutura:
    / na forma das suas bases livres ou de seus sais fisiologicamente aceitáveis.
  6. 6. Composto de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 4 para utilização como medicamento.
  7. 7. Composição farmacêutica que compreende um veículo de transporte fisiologicamente aceitável e um composto de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 5.
  8. 8. Composição de acordo com a reivindicação 7, a qual Se apresenta na forma sólida, líquida ou pastosa; e/ou ΕΡ 2 598 503/ΡΤ 3/3 Contém ο composto de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 5 numa quantidade de 0,001 a 99% em peso, calculada com base no peso total da composição.
  9. 9. Forma de dosagem farmacêutica, a qual contém a composição farmacêutica de acordo com a reivindicação 7 ou 8.
  10. 10. Forma de dosagem de acordo com a reivindicação 9, que é formulada para uma administração de no máximo não mais do que uma vez por dia.
  11. 11. Forma de dosagem de acordo com a reivindicação 9 ou 10, que é formulada para uma administração sistémica.
  12. 12. Forma de dosagem de acordo com a reivindicação 11, que é formulada para administração oral.
  13. 13. Forma de dosagem de acordo com a reivindicação 12, que contém o composto de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 5, numa dose que varia de 1,0 pg até 10 mg, calculada com base no peso molecular da base livre.
  14. 14. Composto de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 5 para uso no tratamento de dor neuropática e/ou crónica.
  15. 15. Composto de acordo com a reivindicação 14, em que a administração é feita no máximo uma vez por dia. Lisboa, 2014-04-24
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