BRPI0618356A2 - estrutura de ligação para fixar componentes de equipamentos internos de uma cabine de passageiros de uma aeronave - Google Patents
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Abstract
ESTRUTURA DE LIGAçãO PARA FIXAR COMPONENTES DE EQUIPAMENTOS INTERNOS DE UMA CABINE DE PASSAGEIROS DE UMA AERONAVE. O presente pedido descreve uma estrutura de liga- ção por meio da qual componentes de equipamentos internos (9) de uma cabine de passageiros de aeronave podem ser fixados com facilidade. A estrutura de ligação compreende pelo menos um suporte do sistema (1) que se estende sobre o piso da cabine (12) pelo menos ao longo do espaçamento de dois elementos estruturais (12) . O suporte do sistema (1) possui uma extensão longitudinal ao longo da qual ele compreende vários meios de ligação (19), uniformemente afastados uns dos outros, para fixar componentes de equipamentos internos (9), em que o espaçamento dos meios de ligação (9) é menor do que o espaçamento dos elementos estruturais (5).
Description
"ESTRUTURA DE LIGAÇÃO PARA FIXAR COMPONENTES DEEQUIPAMENTOS INTERNOS DE UMA CABINE DE PASSAGEIROS DE UMAAERONAVE"
Este pedido reivindica o benefício da data de de-pósito do Pedido de Patente Alemão No. 10 2005 054 890.3 de-positado em 17 de novembro de 2005, cuja revelação é incor-porada ao presente documento a título de referência.
Campo Técnico
Em geral, a presente invenção refere-se ao campotécnico de instalação de equipamentos em aeronaves. Em par-ticular, a invenção refere-se a uma estrutura.de ligação pormeio da qual componentes de equipamentos internos de uma ca-bine de passageiros de aeronave podem ser fixados. Ademais,a invenção refere-se a uma aeronave cuja estrutura de fuse-lagem compreende uma cabine de passageiros munida de tal es-trutura de ligação.
ANTECEDENTES DA INVENÇÃO
Falando de modo geral, os componentes de equipa-mentos internos em cabines de passageiros de aeronaves sãofixados na extremidade inferior no chão da cabine, e/ou naextremidade superior na região do teto da cabine de passa-geiros. Tais componentes de equipamentos internos incluem,por exemplo, bagageiros, cozinhas de bordo, locais para car-ga, estações de trabalho do comissário de bordo principal,centros de controle de entretenimento ou divisores de cias-,se, que conjuntamente, dentro do contexto da presente inven-ção, são designados pelo termo "componentes de equipamentosinternos".Geralmente, para a ligação desses componentes deequipamentos internos na extremidade inferior, conexões apa-rafusadas relacionadas a componentes e posições tais como,por exemplo, trilhos de assento, são usadas, as quais possu-em até mesmo espaçamento para ligação na direção longitudi-nal da aeronave. Em contrapartida, para a ligação dos compo-nentes de equipamentos internos na extremidade superior, porvia de regra, utilizam-se componentes da armação que, na es-trutura de fuselagem superior da aeronave, são individual-mente projetados em relação aos respectivos componentes deequipamentos internos e suas posições de instalação, bem co-mo estruturas especialmente usinadas. Essas estruturas in-troduzem, na fuselagem, cargas que compreendem elementos es-truturais, longarinas e um revestimento externo, cargas es-tas geradas pelos componentes de equipamentos internos.
No caso de tal ligação convencional de componentesde equipamentos internos com o uso de componentes de armaçãoe estruturas usinadas especialmente projetados para ligar oscomponentes de equipamentos internos à extremidade superior,a ligação deve ser individualmente associada à configuraçãode cabine desejada. Sendo assim, as vantagens proporcionadaspelo espaçamento regular dos orifícios ou pelo espaçamentode ligação nos trilhos de assento no chão da cabine, ou pro-porcionadas pela estruturas semelhantes na parte da fusela-gem, não podem ser usadas para componentes de equipamentosinternos que devem ser ligados à extremidade superior.
Dessa forma, a ligação convencional de componentesde equipamentos internos resulta em configurações de cabinerelativamente inflexíveis, que podem ser convertidas somentecom muito empenho na construção. Portanto, qualquer altera-ção na configuração da cabine, por motivos de ligação estru-tural dos componentes de equipamentos internos com uso decomponentes de armação especialmente projetados e estruturasusinadas correspondentes separadas, resulta em um grande nú-mero de componentes que precisam ser especialmente substitu-ídos. Ademais, tais alterações extensivas na configuração dacabine devem ser realizadas somente por empresas de desen-volvimento especialmente certificadas com a participação deimportantes autoridades de aprovação, o que, no caso de re-configuração da cabine, acarreta despesas financeiras consi-deráveis devido a longos períodos de inatividade.
SUMÁRIO DA INVENÇÃO
Tendo em vista a maneira conhecida de se ligarcomponentes de equipamentos internos em cabines de passagei-ros descrita acima, que resulta em uma configuração de cabi-ne relativamente inflexível, um dos objetivos da presenteinvenção é o de propor uma implementação por meio da qual oscomponentes de equipamentos internos possam ser ligados demodo relativamente flexível em uma cabine de passageiros, aocontrário da maneira conhecida de se ligar componentes deequipamentos internos.
Esse objetivo é atingido por uma estrutura de Ii-gação, disposta para fixar os componentes de equipamentosinternos em uma cabine de passageiros de uma estrutura defuselagem, que compreende, entre outras coisas, elementosestruturais afastados uns dos outros na direção longitudinalda fuselagem. Nesta disposição, a estrutura de ligação com-preende pelo menos um suporte do sistema que se estende, so-bre o piso da cabine, pelo menos ao longo da distância dedois elementos estruturais. De modo a tornar possível umafixação menos rígida e mais flexível dos componentes de e-quipamentos internos para o suporte do sistema, o referidosuporte do sistema tem uma extensão longitudinal ao longo daqual compreende vários meios de ligação, uniformemente sepa-rados uns dos outros, para fixar componentes de equipamentosinternos, onde o espaçamento dos meios de ligação é menor doque o espaçamento dos elementos estruturais.
Qualquer noção, neste documento, relacionada aosuporte do sistema estender-se sobre o piso da cabine podesignificar que o referido suporte do sistema estende-se naregião superior da cabine de passageiros, ou no outro ladodo revestimento do teto da cabine de passageiros, na direçãolongitudinal da estrutura de fuselagem, no topo da referidaestrutura de fuselagem. Embora a ligação flexível dos compo-nentes de equipamentos internos já possa ser alcançada se osuporte do sistema estender-se apenas a partir de um elemen-to estrutural para o próximo, obviamente, a flexibilidade deligação pode ser aperfeiçoada se o suporte do sistema esten-der-se por mais que dois elementos estruturais, por exemplo,na direção longitudinal ao longo de todo o comprimento dacabine de passageiros. Com o uso dos elementos de ligação,elementos de ligação estes dispostos em espaçamento regularjuntos ao longo da extensão longitudinal do suporte do sis-tema, é possível assegurar a ligação flexível dos componen-tes de equipamentos internos na extremidade superior em umacabine de passageiros. Visto que os elementos de ligação es-tão, por exemplo, afastados uns dos outros em uma polegada(2,54 cm), os componentes de equipamentos internos podem serfixados em qualquer posição desejada ao espaçamento de umapolegada na direção longitudinal da cabine de passageiros,sendo assim possível assegurar uma configuração de cabineindividual e facilmente reconfigurável. Os suportes de sis-tema em si podem ser, por exemplo, perfis simples retangula-res ou em forma de I, U ou T, vistos em seção transversal,por exemplo, feitos de aço plano, perfis estes ao longo dosquais são dispostos os supramencionados elementos de ligaçãoem espaçamentos regulares, elementos de ligação estes que,num caso simples, pode ser simples orifícios.
Com o intuito de tornar possível a ligação simplese flexível de componentes de equipamentos internos, por e-xemplo, bagageiros na região média da cabine de passageiros,pelo menos um suporte do sistema é disposto na região supe-rior da estrutura da aeronave, onde a direção longitudinaldo referido suporte do sistema estende-se de forma longitu-dinal em relação à fuselagem. Nesta disposição, o suporte dosistema pode ser suspenso a partir da estrutura de fuselagempor meio de componentes adequados, de modo a estender-sedentro do topo da estrutura de fuselagem.
Embora, a princípio, seja possível ligar o pelomenos um suporte do sistema em qualquer posição desejada so-bre o piso da cabine, indiretamente à estrutura da aeronave,a ligação eficiente, à extremidade superior, dos componentesde equipamentos interiores podem, no entanto, ser obtidas demodo que o suporte do sistema seja disposto sobre os assen-tos da aeronave na região do teto da cabine de passageirosou, até mesmo, do outro lado do revestimento do teto da ca- bine de passageiros. Conforme já indicado, os suportes dosistema podem ser ligados indiretamente à estrutura da aero-nave, por exemplo, às longarinas ou aos elementos estrutu-rais; todavia, também é perfeitamente possível ligar os su-portes do sistema diretamente às longarinas ou aos elementos estruturais, de modo que se estendam diretamente ao longo daestrutura da aeronave na direção longitudinal da aeronave.
De modo a permitir a ligação indireta dos suportesdo sistema à estrutura da aeronave, a estrutura de ligaçãopode ainda compreender um dispositivo de suspensão, por e- xemplo, na forma de uma montagem de encaixe ou de haste pro-jetada para ligar o suporte do sistema acima do piso da ca-bine à estrutura da aeronave, por exemplo, aos elementos es-truturais ou à longarina. Por meio de tal dispositivo desuspensão, os suportes do sistema podem ser dispostos em qualquer altura desejada na cabine de passageiros, o que po-de ser particularmente conveniente para a ligação dos baga-geiros.
A suspensão ordenada e estruturada dos suportes dosistema pode ser obtida, visto que os dispositivos de sus-pensão são dispostos de modo que se estendam em planos defi-nidos pelos elementos estruturais, em que os referidos dis-positivos de suspensão são ligados pelo menos indiretamenteaos elementos estruturais e de modo que uma extremidade li-vre se estenda na direção da cabine de passageiros, extremi-dade livre esta em que o suporte do sistema pode ser ligado.Assim, o suporte do sistema se estende de elemento estrutu-ral em elemento estrutural, de dispositivo de suspensão emdispositivo de suspensão, de modo que os respectivos camposde elementos estruturais fiquem essencialmente livres dequaisquer elementos de ligação, dessa forma liberando o es-paço para outras instalações.
Com o intuito de proporcionar rigidez espacial àestrutura de ligação, a estrutura de ligação pode compreen-der ainda uma barra de reforço projetada para reforçar odispositivo de suspensão na direção longitudinal da fusela-gem. Para tanto, um componente direcional das barras de re-forço pode estender-se na direção longitudinal da fuselagem.
Nesta disposição, uma extremidade da respectiva barra de re-forço é conectada à região da extremidade livre do disposi-tivo de suspensão, ao passo que a outra extremidade é conec-tada a um elemento estrutural, de modo que a referida barrade reforço estenda-se em uma inclinação em relação à fusela-gem, obtendo assim o efeito de reforço desejado.
Como ficou claro nas explicações anteriores, a es-trutura de ligação de acordo com a invenção torna possível aligação flexível dos componentes de equipamentos internos10, pois esses componentes podem ser ligados ao suporte dosistema em qualquer posição desejada na direção longitudinalda cabine de passageiros da aeronave. Em particular, talflexibilidade é atingida pela grade que é criada pelos meiosde ligação uniformemente afastados uns dos outros no suportedo sistema.
Com o intuito de ser capaz, com a estrutura de li-gação de acordo com uma concretização exemplificativa da in-venção, de ligar componentes de equipamentos internos em umacabine de passageiros não apenas na extremidade superior,mas também na extremidade inferior, a estrutura de ligaçãocompreende ainda pelo menos um trilho de ligação situado nopiso da cabine de passageiros. Esse trilho de ligação pode,por exemplo, ser um trilho de assento que se estende parale-lo ao suporte do sistema, com vários elementos de ligaçãouniformemente afastados uns dos outros, para fixar os compo-nentes de equipamentos internos, sendo dispostos no trilhode ligação. Para evitar quaisquer limitações em relação àflexibilidade da estrutura de ligação de acordo com a inven-ção como resultado do trilho de ligação situado no piso dacabine, o espaçamento dos elementos de ligação do trilho deligação é selecionado de modo a corresponder ao espaçamentodos meios de ligação do suporte do sistema. Desse modo, aflexibilidade, proporcionada pelo suporte do sistema, podeser mantida até mesmo no caso de ligação na extremidade in-ferior, por meio de um trilho de ligação.
A ligação segura, simples e fácil de instalar dossuportes do sistema aos dispositivos de suspensão, e/ou aligação dos dispositivos de suspensão e/ou das barras de re-forço à estrutura da aeronave pode ser implementada por meiode uma conexão de cinta de cisalhamento duplo. Nesse caso,cintas adequadas são aparafusadas, rebitadas ou soldadas,por exemplo, aos elementos estruturais, em que os dispositi-vos de suspensão ou as barras de reforço são ligadas a taiscintas por meio de uma conexão de cinta de cisalhamento du-plo tipo forquilha. De modo correspondente, a extremidadelivre do dispositivo de suspensão pode compreender uma cintacorrespondente, à qual o suporte do sistema pode ser conec-tado por meio de uma conexão de forquilha de placa de cisa-lhamento duplo.
A fim de tornar possível o ajuste da estrutura deligação, a conexão supramencionada pode compreender um meca-nismo de articulação que permite a inclinação ou rotação daconexão de cinta em um eixo geométrico que se estende para-lelo em relação à extensão longitudinal do suporte do sistema.
Embora possa ser adequado fixar um componente deequipamento interno na extremidade superior com uso de umsuporte do sistema, por via de regra, para fixar com segu-rança componentes de equipamentos internos, pelo menos doissuportes do sistema são dispostos em paralelo na direçãolongitudinal da fuselagem. Eles podem, por exemplo, ser sus-pensos a partir da estrutura de fuselagem na parte superiorda fuselagem, conforme mencionado acima, ou podem ser liga-dos a seções laterais da fuselagem, seja indireta ou indire-tamente, às longarinas ou elementos estruturais.
De acordo com um aspecto adicional da presente in-venção, é proposta uma aeronave com estrutura de fuselagemformada, entre outros, por elementos estruturais separadosuns dos outros na direção longitudinal da fuselagem, em quea estrutura de fuselagem compreende uma cabine de passagei-ros na qual é disposta uma estrutura de ligação conformedescrito nos parágrafos acima.
DESCRIÇÃO RESUMIDA DOS DESENHOS
A seguir, a invenção é explicada de maneira exem-plificativa com referência aos desenhos em anexo. Deve-seobservar que as concretizações da invenção ilustradas nasfiguras explicam a invenção a titulo meramente exemplifica-tivo, e, em particular, não devem ser interpretadas de qual-quer maneira que limite o âmbito de proteção da invenção.Nos desenhos:
A Fig. 1 ilustra uma vista diagramática em seçãotransversal da estrutura de ligação de acordo com a inven-ção, vista na direção longitudinal de uma fuselagem;
A Fig. 2 ilustra outra vista diagramática em seçãotransversal da estrutura de ligação de acordo com a inven-ção, vista na direção longitudinal de uma fuselagem;
A Fig. 3 ilustra uma vista lateral das estruturasde ligação ilustradas nas Figs 1 e 2;
A Fig. 4 ilustra uma vista diagramática em seçãotransversal adicional de outra concretização da estrutura deligação de acordo com a invenção, vista na direção longitu-dinal de uma fuselagem;
A Fig. 5 ilustra ainda outra vista diagramática emseção transversal da estrutura de ligação de acordo com ainvenção, vista na direção longitudinal de uma fuselagem; e
A Fig. 6 ilustra uma vista lateral das estruturasde ligação ilustradas nas Figs 4 e 5.
Em todas as figuras, elementos idênticos ou seme-lhantes têm os números de referência iguais ou corresponden-tes. Os diagramas não são necessariamente proporcionais àsdimensões reais, mas são apropriados para reproduzir rela-ções de tamanho qualitativas.
DESCRIÇÃO DAS CONCRETIZAÇÕES EXEMPLIFICATIVAS DAINVENÇÃO
A Fig. 1 ilustra uma seção transversal de um com-ponente de equipamento interno 9, que, no diagrama, é um ba-gageiro central em uma cabine de passageiros de aeronave. De
forma correspondente, a Fig. 2 ilustra uma seção transversalde outro componente de equipamento interno 9, que pode, porexemplo, ser uma cozinha de bordo. Tanto o bagageiro 9 ilus-trado na Fig. 1 quanto a cozinha de bordo 9 ilustrada naFig. 2 são ligados a uma estrutura de aeronave 5,6,7 com ouso da estrutura de ligação de acordo com a invenção, que,no exemplo ilustrado, compreende elementos estruturais 5,dispostos de modo a serem afastados uns dos outros na dire-ção longitudinal de uma fuselagem; longarinas 6, começandona direção longitudinal da estrutura de fuselagem; bem comoum revestimento externo 7 (vide também a Fig. 3).
A estrutura de ligação de acordo com uma concreti-zação exemplificativa da invenção, estrutura de ligação estailustrada nas Figs 1 a 3, compreende essencialmente dois su-portes do sistema 1, que se estendem em paralelo à estruturade fuselagem, em cada caso, dois dispositivos de suspensão2, ligados como um par ao elemento estrutural 5, bem comobarras de reforço 3 que se estendem na direção longitudinalda fuselagem, barras de reforço 3 estas que, de um lado, sãoconectadas às extremidades livres dos dispositivos de sus-pensão 2 e, do outro lado, são conectadas à estrutura de fu-selagem, em especial aos elementos estruturais 5.
Os dispositivos de suspensão 2 são encaixes que seabrem para fora de maneira similar a uma forquilha, encaixesestes que se estendem nos planos definidos pelos elementosestruturais 5 e são ligados, ao menos indiretamente, aos e-lementos estruturais 5. Em contraposição a isto, em suas ex-tremidades livres, pelas quais os dispositivos de suspensãose projetam para dentro da cabine de passageiros, os dispo-sitivos de suspensão 2 são conectados, por meio de elementosde ligação apropriados, aos respectivos componentes de equi-pamentos internos 9. Nas concretizações das Figuras 1 e 2,os dispositivos de suspensão 2 são encaixes que se abrem pa-ra fora de maneira similar a uma forquilha; no entanto, tam-bém é perfeitamente possível projetar as respectivas pernasdos dispositivos de suspensão 2 como braçadeiras, que, em umponto compartilhado na região do suporte do sistema 1, sãoconectadas ao referido suporte do sistema. 0 projeto tipoforquilha de pelo menos um dispositivo de suspensão 2 pro-porciona a rigidez necessária à estrutura de ligação na di-reção através da fuselagem. Com o intuito de reforçar a es-trutura de ligação de forma correspondente também na direçãolongitudinal da fuselagem, as extremidades livres dos dispo-sitivos de suspensão 2 são conectadas à fuselagem por meiodas barras de reforço 3 supramencionadas, conforme ilustradona Fig. 3. Nesta disposição, as barras de reforço estendem-se em uma inclinação para a horizontal, de modo que, com pe-lo menos um componente direcional, possam estender-se na di-reção longitudinal. Desse modo, as barras de reforço 3 su-portam aos dispositivos de suspensão 2 na direção longitudi-nal da fuselagem, os quais são dispostos, por exemplo, a ca-da três elementos estruturais, proporcionando assim, à es- trutura de ligação, a rigidez necessária nessa direção.
Conforme ilustrado na Fig. 3, um suporte do siste-ma estende-se entre cada dois dispositivos de suspensão 2adjacentes, sendo também perfeitamente possível permitir queum único suporte do sistema estenda-se ao longo de váriosdispositivos de suspensão 2, quase como um suporte-passante.
Conforme ilustrado na Fig. 3, os suportes do sis-tema 1 são suportes de perfil alongado com uma direção lon-gitudinal ao longo da qual compreendem vários meios de liga-ção 10 uniformemente afastados uns dos outros para fixar componentes de equipamentos internos 9. Conforme ilustradopelas dimensões na Fig. 3, os meios de ligação 10 podem, porexemplo, ser dispostos a um espaçamento regular de uma pole-gada uns dos outros, sendo também perfeitamente possível es-colher seus múltiplos ou espaçamentos completamente diferen-tes. Conforme será explicado abaixo, um espaçamento de umapolegada é vantajoso, pois assegura que os componentes deequipamentos internos 9 possam ser ligados tanto à extremi-dade superior quanto à extremidade inferior em quase qual-quer posição desejada na direção longitudinal de uma estru- tura de fuselagem.
Conforme ilustrado mais claramente na Fig. 3, umbagageiro de teto 9, bem como um bagageiro de teto menor es-pecial 9, pode ser ligado por meio de encaixes compatíveis13 na extremidade superior aos suportes do sistema 1, porexemplo, por meio de conexões com parafusos nos meios de li-gação 10, meios de ligação 10 estes que podem ser simplesorifícios. De forma análoga, por meio de encaixes correspon-dentes, a cozinha de bordo 9 também é ligada ao suporte dosistema 1 na extremidade superior.
Conforme diagramaticamente ilustrado na Fig. 3, aolongo do piso da cabine 12, um trilho de assento 11 estende-se na direção longitudinal da estrutura de fuselagem, trilhode assento 11 este que também compreende meios de ligaçãoadequados em incrementos de uma polegada. Embora esses tri-lhos de assento 11 sejam geralmente usados para ligar as fi-leiras de assentos individuais, os referidos trilhos 11,junto com os suportes de sistema 1 na extremidade superior,também podem ser usados, por exemplo, para ligar componentesde equipamentos internos 9 de grande altura, como cozinhasde bordo, também pela sua extremidade inferior. Ao instalaros suportes de sistema 1 supramencionados na extremidade su-perior ao longo da fuselagem de modo a complementar os tri-lhos de assento 11, a flexibilidade, que é proporcionada dequalquer maneira pelos trilhos de assento 13, também podeser usada para a instalação de componentes de equipamentosinternos 9 de grande altura. Ao ligar os componentes de e-quipamentos internos 9 aos suportes do sistema 1, na extre-midade superior, e aos trilhos de assento 11, na extremidadeinferior, que compreende meios de ligação 10 que correspon-dem ao seu espaçamento, torna-se então possível ligar compo-nentes de equipamentos internos 9 em qualquer posição dese-jada na direção longitudinal de uma fuselagem, de modo apossibilitar configurações de cabine bem flexíveis.
A fim de tornar possível a simples instalação doscomponentes de equipamentos internos 9 que são instalados emuma cabine de passageiros com o uso da estrutura de ligaçãode acordo com a invenção, é possível projetar os suportes dosistema 1 nos dispositivos de suspensão 2, e/ou a ligaçãodos dispositivos de suspensão 2, bem como da barra de refor-ço, 3 na estrutura da aeronave 5, 6 por meio de uma conexãode cinta de cisalhamento duplo 8, conforme descrito em par-ticular posteriormente com referência à Fig. 6. Essa conexãode cinta 8 compreende um mecanismo de articulação que permi-te a inclinação da conexão de cinta 8 em um eixo geométricoque se estende paralelo à extensão longitudinal do suportedo sistema 1, de modo que a conexão de cinta 8 possa ser a-justada com facilidade durante a instalação dos componentesde equipamentos internos.
A seguir, com referência às Figs 4 a 6, é descritauma concretização adicional da estrutura de ligação de acor-do com a invenção, concretização esta em que os suportes dosistema 1 repousam diretamente nos elementos estruturais 5,conforme ilustrado nas Figs 4 e 5. Embora seja possível, deacordo com as Figs 4 e 5, ligar os suportes do sistema dire-tamente a um elemento estrutural 5, por exemplo, por meio deconexões de solda, tal ligação permanente dos suportes dosistema 1 aos elementos estruturais 5 nem sempre é vantajo-sa, e é por isso que os suportes do sistema 1 são mais umavez ligados por meio de dispositivos de suspensão 2 que, porsua vez, são conectados aos elementos estruturais 5, por e-xemplo, por meio de aparafusamento, soldagem ou rebitagem,dessa forma, com os referidos suportes do sistema 1 se es-tendendo a partir de um elemento estrutural 5 ao respectivoelemento estrutural 5 adjacente, ou aos dispositivos de sus-pensão 2 ligados a ele. Também nesta concretização, os dis-positivos de suspensão 2 foram reforçados por meio das bar-ras de reforço 3 em um ângulo inclinado em direção à fusela-gem, de modo que a estrutura de ligação, quando vista na di-reção longitudinal da aeronave, proporcione a rigidez neces-sária .
Ainda que não ilustrado na Fig. 6, na estrutura deligação ilustrada nela, os trilhos de assento corresponden-tes estendem-se no piso da cabine, de modo que na estruturade ligação ilustrada na Fig. 6, também, a variabilidade per-mitida pelos incrementos nos trilhos de assento nos suportesdo sistema 1 possa ser usada de forma vantajosa. Sendo as-sim, os componentes de equipamentos internos 9 podem ser li-gados na direção longitudinal da estrutura da aeronave empraticamente qualquer posição desejada, tanto aos trilhos deassento, na extremidade inferior, quanto aos suportes dosistema 1, que se estendem paralelamente aos trilhos de as-sento, na extremidade superior. Já que os incrementos dosmeios de ligação 10 nos suportes de sistema 1 estão de acor-do com os acréscimos dos meios de ligação 10 nos trilhos deassento, um componente de equipamento interno 9 também podeser ligado à extremidade superior e/ou lateralmente, ao me-nos de forma indireta, à fuselagem, em praticamente qualquerposição na qual ele possa ser ligado na extremidade inferi-or. Sendo assim, com a estrutura de ligação de acordo com ainvenção, a variabilidade que os trilhos de assento oferecemem relação a várias configurações de cabine pode ser utili-zada em sua totalidade.
Enfim, com referência às duas vistas em seçãotransversal na Fig. 6, vistas estas que ilustram duas cone-xões de cinta de cisalhamento duplo 8, ligação dos componen-tes 1,2,3 da estrutura de ligação de acordo com a invençãoentre si, bem como à fuselagem 5,6 é discutida. A vista emseção transversal esquerda de uma conexão de dois componen-tes ilustra uma conexão de cinta normal que é assegurada porum prisioneiro 15. Embora todos os componentes 1, 2, 3, 4 daestrutura de ligação de acordo com a invenção, estrutura deligação esta que compreende tal conexão de cinta de cisalha-mento duplo, possam ser conectados uns aos outros, tal cone-xão de cinta de cisalhamento duplo é, no entanto, muito rí-gida, em especial instalações de refeições, e requer umacorrespondência bastante precisa dos componentes individuaisentre si.
Contudo, com o intuito de permitir uma leve rota-ção ou inclinação dos componentes de equipamentos internos 9durante a instalação da estrutura de ligação ou quando a es-trutura de ligação é sujeita a cargas, os respectivos compo-nentes 1,2,3,4 da estrutura de ligação (suportes do sistema,dispositivos de suspensão, barras de reforço, cintas) podemser interconectados a uma conexão de cinta de cisalhamentoduplo, conforme ilustrado na vista em seção transversal di-reita da Fig. 6. Nessa conexão de cinta, o componente quecompreende uma forquilha possui uma distância interna deforquilha que é um pouco maior do que a espessura da cintaacomodada pela forquilha. A cinta é munida de um orifíciopassante 16, no qual é inserido um corpo de encaixe 17, cor-po de encaixe 17 este que, por sua vez, possui um cilindrode inclinação 18 que pode girar em torno de seu eixo longi-tudinal no corpo de encaixe 17. O cilindro de inclinação 18compreende uma abertura passante através da qual se estendeum prisioneiro 15, de modo a conectar a cinta ao componentetipo forquilha. A capacidade do corpo de encaixe 17 em girarem relação ao cilindro de inclinação 18 assegura que a cintapossa inclinar-se levemente na forquilha do corpo tipo for-quilha, de modo que os componentes conectados a tal conexãode cinta possam ser levemente inclinados em relação um aooutro, o que pode ser particularmente vantajoso, entre outracoisas, durante a instalação.
Visto que os componentes individuais da estruturade ligação de acordo com a invenção são equipados com talconexão de cinta inclinável, é possível assegurar a simplesinstalação dos componentes de equipamentos internos 9. Ade-mais, os componentes de equipamentos internos 9 ligados des-sa forma podem mover-se ligeiramente em seu estado instala-do, de modo que não ocorra nenhuma tensão forçada.
Além disso, deve-se observar que "compreender" nãoexclui outros elementos ou etapas e "um" ou "uma" não exclu-em o plural. Ademais, deve-se observar que as característi-cas ou etapas que foram descritas com referência a uma dasconcretizações exemplificativas podem também ser usadas jun-to com outras características ou etapas de outras concreti-zações exemplificativas descritas acima. Os números de refe-rência nas reivindicações não devem ser interpretados comorestrições.
Claims (13)
1. Estrutura de ligação para fixar componentes deequipamentos internos (9) em uma cabine de passageiros deaeronave de uma estrutura de fuselagem, estrutura de ligaçãoesta que, entre outras coisas, é formada por elementos es-truturais (5) dispostos de modo a serem afastados uns dosoutros na direção longitudinal da fuselagem, a estrutura deligação sendo CARACTERIZADA por compreender:pelo menos um suporte do sistema (1) que se esten-de sobre o piso da cabine (12) ao longo de um primeiro espa-çamento entre mais do que dois elementos estruturais (5);em que o suporte do sistema (1) possui uma exten-são longitudinal ao longo da qual ele compreende uma plura-lidade de elementos de ligação (10), uniformemente afastadosuns dos outros, para fixar componentes de equipamentos in-ternos (9), em que o segundo espaçamento dos elementos deligação (10) é menor do que o primeiro espaçamento dos ele-mentos estruturais (5).
2. Estrutura de ligação, de acordo com a reivindi-cação 1, CARACTERIZADA pelo fato de que pelo o menos um su-porte do sistema (1) é disposto na região superior da estru-tura de fuselagem, em que a direção longitudinal do referidosuporte do sistema estende-se de forma longitudinal em rela-ção à fuselagem.
3. Estrutura de ligação, de acordo com as reivin-dicações 1 ou 2, CARACTERIZADA pelo fato de que o suporte dosistema (1) estende-se ao longo de todo o comprimento da ca-bine de passageiros.
4. Estrutura de ligação, de acordo com qualqueruma das reivindicações precedentes, CARACTERIZADA pelo fatode que o pelo menos um suporte do sistema (1) sobre o pisoda cabine (12) é ligado pelo menos indiretamente à estruturada aeronave (5, 6).
5. Estrutura de ligação, de acordo com qualqueruma das reivindicações precedentes, CARACTERIZADA por adi-cionalmente compreender pelo menos um dispositivo de suspen-são (2) que é disposto para ligar o pelo menos um suporte dosistema (1) sobre o piso da cabine (12) à estrutura da aero-nave (5, 6) .
6. Estrutura de ligação, de acordo com a reivindi-cação 5, CARACTERIZADA pelo fato de que o pelo menos um dis-positivo de suspensão (2) estende-se em planos definidos pe-los elementos estruturais (5), em que os referidos disposi-tivos de suspensão são ligados, pelo menos indiretamente,aos elementos estruturais (5) e de modo que uma extremidadelivre estenda-se na direção da cabine de passageiros, extre-midade livre esta na qual o suporte do sistema (1) pode serligado.
7. Estrutura de ligação, de acordo com a reivindi-cação 5 ou 6, CARACTERIZADA por adicionalmente compreender:pelo menos uma barra de reforço (3) disposta parareforçar o dispositivo de suspensão (2) na direção longitu-dinal da fuselagem.
8. Estrutura de ligação, de acordo com a reivindi-cação 7, CARACTERIZADA pelo fato de que pelo menos um compo-nente direcional da pelo menos uma barra de reforço (3) es-tende-se na direção longitudinal da fuselagem, em que umaextremidade da pelo menos uma barra de reforço (3) é conec-tada à região da extremidade livre do dispositivo de suspen-são (2), ao passo que a outra extremidade é conectada a umelemento estrutural (5).
9. Estrutura de ligação, de acordo com qualqueruma das reivindicações precedentes, CARACTERIZADA por adi-cionalmente compreender: pelo menos um trilho de ligação(11) adaptado para ser disposto no piso (12) da cabine depassageiros;em que o comprimento do trilho de ligação (11) es-tende-se paralelamente ao suporte do sistema (1), com umapluralidade de elementos de ligação (10), uniformemente a-fastados uns dos outros, para fixar os componentes de equi-pamentos internos (9), sendo proporcionados no trilho de li-gação (11) , em que o espaçamento dos elementos de ligação(10) corresponde ao espaçamento dos elementos de ligação(10) do pelo menos um suporte do sistema (1).
10. Estrutura de ligação, de acordo com qualqueruma das reivindicações precedentes, CARACTERIZADA pelo fatode que a ligação do suporte do sistema (1) aos dispositivosde suspensão (2), e/ou a ligação dos dispositivos de suspen-são (2) e da barra de reforço (3) à estrutura da aeronave sedá por meio de uma conexão de cinta de cisalhamento duplo.
11. Estrutura de ligação, de acordo com a reivin-dicação 10, CARACTERIZADA pelo fato de que a conexão de cin-ta compreende um mecanismo de articulação (16, 17, 18) per-mitindo pelo menos uma dentre a inclinação e a rotação daconexão de cinta em um eixo geométrico que se estende para-lelamente em relação à extensão longitudinal do suporte dosistema (1).
12. Estrutura de ligação, de acordo com qualqueruma das reivindicações 1 a 11, CARACTERIZADA pelo fato deque para fixar um componente de equipamento interno (9), emcada caso, pelo menos dois suportes de sistema (1) estendem-se paralelamente na direção longitudinal da fuselagem.
13. Aeronave com uma estrutura de fuselagem que,entre outras, é formada por elementos estruturais (5) afas-tados uns dos outros na direção longitudinal da fuselagem,CARACTERIZADA pelo fato de que a estrutura de fuselagem com-preende uma cabine de passageiros na qual é proporcionadauma estrutura de ligação de acordo com qualquer uma das rei-vindicações 1 a 11.
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