BR122015021121B1 - artigo de calçado com uma parte superior elástica e uma estrutura de sola articulada - Google Patents

Abstract

resumo “artigo de calçado com uma parte superior elástica e uma estrutura de sola articulada” um artigo de calçado (10) é revelado que inclui pelo menos uma entre uma parte superior elástica (20) e uma estrutura de sola articulada (30). a parte superior pode incluir uma camada exterior (14) e uma camada interior (15). a camada exterior forma pelo menos uma porção de um exterior da parte superior, e a camada exterior inclui uma pluralidade de incisões (27a, 27b) que se estendem através da camada exterior. a camada interior fica localizada adjacente a uma superfície interna da ca-mada exterior, e a camada interior fica exposta através das incisões. a estrutura de sola pode incluir uma porção de conexão (40) e uma pluralidade de elementos de sola discretos (51). a porção de conexão é posicionada adjacente à parte superior e pode se estender ao longo de um comprimento longitudinal da parte superior. os elementos de sola se estendem da porção de conexão, e os elementos de sola são separados por uma pluralidade de cortes (52a-52l) que se estendem para cima na estrutura de sola.

Description

“ARTIGO DE CALÇADO COM UMA PARTE SUPERIOR ELÁSTICA E UMA ESTRUTURA DE SOLA ARTICULADA” Dividido do pedido de patente de invenção PI0414955-6, depositado em 08/10/2004.

ANTECEDENTES DA INVENÇÃO

Campo da Invenção [001 ]A presente invenção se refere ao campo de calçados. A invenção diz respeito a, mais particularmente, um artigo de calçado tendo uma parte superior elástica e uma estrutura de sola com uma pluralidade de incisões que concedem uma configuração articulada com flexibilidade em direções selecionadas.

Descrição da Técnica Antecedente [002] Artigos convencionais de calçado atlético incluem dois elementos primários, uma parte superior e uma estrutura de sola. A parte superior provê uma cobertura para o pé que recebe e posiciona com segurança o pé com relação à estrutura de sola. Além disso, a parte superior pode ter uma configuração que protege o pé e provê a ventilação, dessa maneira resfriando o pé e removendo a transpiração. A estrutura da sola é presa em uma superfície inferior da parte superior e é geralmente posicionada entre o pé e o solo. Além de atenuar as forças de reação do solo e absorver energia (isto é, conceder amortecimento), a estrutura de sola pode prover tração e controlar o movimento de pé potencialmente prejudicial, tal como pronação excessiva. Dessa maneira, a parte superior e a estrutura de sola operam cooperativamente para prover uma estrutura confortável que é adequada para uma ampla variedade de atividades variáveis, tais como caminhada e corrida. Gs aspectos gerais e a configuração da parte superior e da estrutura da sola são discutidos em maiores detalhes abaixo.

[003] A parte superior forma um vazio no interior do calçado para receber o pé. O vazio tem a forma geral do pé, e o acesso ao vazio é provido por uma abertura no tornozelo. Dessa maneira, a parte superior se estende sobre o peito do pé e áreas do dedo do pé, ao longo das faces medianas e laterais do pé, e ao redor da área de calcanhar do pé. Um sistema de cordões é freqüentemente incorporado na parte superior para aumentar seletivamente o tamanho da abertura do tornozelo e permitir que o usuário modifique certas dimensões da parte superior, particularmente a circunferência, para acomodar pés com proporções variadas. Além do que, a parte superior pode incluir uma lingüeta que se estende sob o sistema de cordões para melhorar o conforto do calçado, e a parte superior pode incluir um contraforte de calcanhar para limitar o movimento do calcanhar.

[004] Vários materiais podem ser utilizados na fabricação da parte superior. A parte superior de um artigo de calçado atlético, por exemplo, pode ser formada de múltiplas camadas de material que incluem uma camada exterior, uma camada intermediária e uma camada interior. Os materiais que formam a camada exterior da parte superior podem ser selecionados com base nas propriedades de resistência ao desgaste, flexibilidade e permeabilidade ao ar, por exemplo. Com relação à camada exterior, a área do dedo e a área do calcanhar podem ser formadas de couro, couro sintético ou um material de borracha para conceder um grau relativamente alto de resistência ao desgaste. Couro, couro sintético e materiais de borracha podem não exibir o grau desejado de flexibilidade e permeabilidade ao ar. Dessa maneira, várias outras áreas da camada exterior da parte superior podem ser formadas de um têxtil sintético. A camada exterior da parte superior pode ser formada, portanto, de numerosos elementos de material que concedem, cada um, propriedades diferentes para as áreas específicas da parte superior.

[005] Uma camada intermediária da parte superior pode ser formada de um material de espuma de polímero leve que provê o amortecimento e protege o pé de objetos que possam entrar em contato com a parte superior. Similarmente, uma camada interior da parte interior pode ser formada de um têxtil de escorrimento de umidade que remove a transpiração da área imediatamente circundando o pé. Em alguns artigos de calçado atlético, as várias camadas podem ser unidas com um adesivo, e pontos podem ser utilizados para unir os elementos dentro de uma única camada ou para reforçar áreas específicas da parte superior.

[006] A estrutura de sola geralmente incorpora camadas múltiplas que são convencionalmente citadas como uma palminha, uma sola intermediária e uma sola externa. A palmilha é um elemento de amortecimento fino localizado dentro da parte superior e adjacente à superfície plantar (inferior) do pé para melhorar o conforto do calçado. A sola intermediária, que é tradicionalmente presa na parte superior ao longo de todo o comprimento da parte superior, forma a camada intermediária da estrutura da sola e serve a uma variedade de finalidades que incluem controlar os movimentos do pé e prover o amortecimento. A sola externa forma o elemento de contato com o solo do calçado e é geralmente fabricada de um material permanente resistente ao desgaste que inclui textura para melhorar a tração.

[007] O elemento primário de uma sola intermediária convencional é um material de espuma de polímero resiliente, tais como poliuretano ou etilvinilacetato, que se estende por todo o comprimento do calçado. As propriedades do material de espuma de polímero na sola intermediária são primariamente dependentes de fatores que incluem a configuração dimensional da sola intermediária e as características específicas do material selecionado para a espuma de polímero, incluindo a densidade do material da espuma de polímero. Pela variação desses fatores por toda a sola intermediária, a dureza relativa, o grau da atenuação da força de reação no solo e as propriedades de absorção de energia podem ser alterados para satisfazer as exigências específicas da atividade para a qual o calçado é planejado de ser usado.

[008] Além dos materiais de espuma de polímero, solas intermediárias convencionais podem incluir, por exemplo, dispositivos de estabilidade que resistem à pronação excessiva e moderadores que distribuem as forças de reação no solo. O uso de materiais de espuma de polímero em solas intermediárias de calçado atlético, embora provendo proteção contra forças de reação no solo, podem introduzir a instabilidade que contribui para uma tendência para a pronação excessiva. Embora a pronaçâo seja normal, ela pode ser uma fonte potencial de machucado nos pés e pernas, particularmente se ela é excessiva. Dispositivos de estabilidade são frequentemente incorporados no material da espuma de polímero das solas intermediárias para controlar o grau de pronaçâo no pé. Exemplos de dispositivos de estabilidade são encontrados nas Patentes U.S. Números 4,255.877 para Bowerman; 4.287.675 para Norton e outros; 4.288,929 para Norton e outros; 4.354.318 para Frederíck e outros; 4.364.188 para Turner e outros; 4.364.189 para Bates e 5.247.742 para Kilgore e outros, Além dos dispositivos de estabilidade, solas intermediárias convencionais podem incluir bexigas cheias com fluido, como revelado nas Patentes U.S. Números 4.183.156 e 4.219.945 para Rudy, por exemplo.

SUMÁRIO DA INVENÇÃO

[009] A presente invenção é um artigo de calçado tendo pelo menos uma entre uma parte superior elástica e uma estrutura de sola articulada. Em um aspecto da invenção, a parte superior inclui uma camada exterior e uma camada interior, A camada exterior forma pelo menos uma porção de um exterior da parte superior, e a camada exterior inclui uma pluralidade de incisões que se estendem através da camada exterior. A camada interior fica localizada adjacente a pelo menos uma porção de uma superfície interna da camada exterior, e a camada interior fica exposta através de pelo menos uma porção das incisões, [010] As incisões podem incluir um primeiro grupo e um segundo grupo. O primeiro grupo pode ser orientado para prover o estiramento em uma direção que se estende entre uma face mediana e uma face lateral da parte superior, e o segundo grupo das incisões pode ser posicionado adjacente à face mediana e em uma região de pé dianteiro da parte superior.

[011] Em um outro aspecto da invenção, a estrutura de sola inclui uma porção de conexão e uma pluralidade de elementos de sola discretos. A porção de conexão é posicionada adjacente à parte superior e pode se estender ao longo de um comprimento longitudinal da parte superior. Os elementos de sola se estendem para baixo da porção de conexão, e os elementos de sola são separados por uma pluralidade de cortes que se estendem para cima para dentro da sola intermediária.

[012] A porção de conexão pode ser configurada para ter uma espessura variada. Dessa maneira, a porção de conexão pode exibir uma primeira espessura na região de pé dianteiro do calçado, uma segunda espessura em uma região de pé intermediário do calçado e uma terceira espessura na região do calcanhar do calçado, com a primeira e a terceira espessuras sendo menores do que a segunda espessura. Além disso, os cortes podem incluir um primeiro corte, um segundo corte e uma pluralidade de terceiros cortes. O primeiro corte pode ser orientado na direção longitudinal e pode se estender através do comprimento inteiro da sola intermediária. O segundo corte pode se estender na direção longitudinal e através de somente uma porção do comprimento da sola intermediária. Os terceiros cortes podem se estender lateralmente da face mediana para a face lateral da sola intermediária.

[013] As vantagens e aspectos da novidade que caracterizam a presente invenção são evidenciados com particularidade nas reivindicações anexas. Para obter um entendimento melhor das vantagens e aspectos da novidade, entretanto, deve ser feito referência à matéria descritiva seguinte e desenhos acompanhantes que descrevem e ilustram várias modalidades e conceitos relacionados com a invenção.

DESCRIÇÃO DOS DESENHOS

[014] 0 sumário precedente da invenção, bem como a descrição detalhada seguinte da invenção, serão melhor entendidos quando lidos em conjunto com os desenhos acompanhantes.

[015] A Figura 1 é uma vista em elevação lateral do calçado.

[016] A Figura 2 é uma vista em elevação mediana do calçado.

[017] A Figura 3 é uma vista plana superior do calçado.

[018] A Figura 4A é uma primeira vista transversal do calçado, como definida pela linha de corte 4A-4A na Figura 3.

[019] A Figura 4B é uma segunda vista transversal do calçado, como definida pela linha de corte 4B-4B na Figura 3.

[020] A Figura 5 é uma vista em elevação traseira do calçado.

[021 ]A Figura 6 é uma vista em elevação lateral que ilustra o calçado quando recebendo o pé.

[022] A Figura 7 é uma vista em elevação lateral parcial do calçado em uma configuração flexionada.

[023] A Figura 8 é uma vista plana inferior da estrutura da sola.

[024] A Figura 9A é uma primeira vista transversal da estrutura da sola, como definida pela linha de corte 9A-9A na Figura 8.

[025] A Figura 9B é uma segunda vista transversal da estrutura da sola, como definida pela linha de corte 9B-9B na Figura 8.

[026] A Figura 9C é uma terceira vista transversal da estrutura da sola, como definida pela linha de corte 9C-9C na Figura 8.

[027] A Figura 9D é uma quarta vista transversal da estrutura da sola, como definida pela linha de corte 9D-9D na Figura 8.

[028] A Figura 9E é uma quinta vista transversal da estrutura da sola, como definida pela linha de corte 9E-9E na Figura 8.

[029] A Figura 9F é uma sexta vista transversal da estrutura da sola, como definida pela linha de corte 9F-9F na Figura 8.

[030] A Figura 9G é uma sétima vista transversal da estrutura da sola, como definida pela linha de corte 9G-9G na Figura 8.

[031 ]A Figura 10A é uma vista transversal de uma modalidade alternada que corresponde com a localização da linha de corte 9A-9A na Figura 8, [032] A Figura 11 é uma vista plana inferior de uma porção de palmilha do calçado.

[033] A Figura 12 é uma vista plana interior de uma outra porção de palmilha do calçado.

DESCRIÇÃO DETALHADA DA INVENÇÃO

[034] A discussão seguinte e as figuras acompanhantes revelam um artigo de calçado 10 de acordo com a presente invenção. O calçado 10 é representado nas figuras e discutido abaixo como tendo uma configuração que é adequada para atividades atléticas» particularmente corrida. Os conceitos revelados com relação ao calçado 10 podem ser aplicados, entretanto, a estilos de calçado que são específicamente projetados para uma ampla faixa de outras atividades atléticas, incluindo basquete, beisebol, futebol americano, futebol, caminhada e longas caminhadas, por exemplo, e podem também ser aplicados a vários outros estilos de calçado nâo atlético. Dessa maneira, alguém versado na técnica relevante reconhecerá que os conceitos revelados aqui podem ser aplicados a uma ampla faixa de estilos de calçado e não são limitados às modalidades específicas discutidas abaixo e representadas nas figuras.

[035JO calçado 10 é representado nas Figuras 1 -7 e inclui uma parte superior 20 e uma estrutura de sola 30. A parte superior 20 é formada de vários elementos de material que são costurados ou adesivamente unidos para formar um vazio interior que confortavelmente recebe um pé e prende a posição do pé em relação à estrutura da sola 30. A estrutura de sola 30 é presa em uma porção inferior da parte superior 20 e provê um componente permanente resistente ao desgaste para atenuar as forças de reação no solo e absorver energia (isto é, prover o amortecimento) quando o calçado 10 bate no solo.

[036]Muitos artigos convencionais de calçado exibem uma configuração que controla o movimento do pé durante a corrida ou outras atividades. Uma estrutura de sola convencional, por exemplo, pode ter uma construção relativamente rígida ou inflexível que inibe o movimento natural do pé. A parte superior 20 e a estrutura de sola 30 têm uma estrutura que cooperativamente articulam, flexionam, esticam ou de outra forma se movem para prover um indivíduo com uma sensação de corrida descalço natural. Isto é, a parte superior 20 e a estrutura de sola 30 são configuradas para complementar o movimento natural do pé durante a corrida ou outras atividades. Em contraste com a corrida descalço, entretanto, a estrutura de sola 30 atenua as forças de reação no solo e absorve a energia para amortecer o pé e diminuir a tensão geral sobre o pé.

[037] Com finalidade de referência, o calçado 10 pode ser dividido em três regiões gerais: uma região de pé dianteiro 11, uma região de pé intermediário 12 e uma região de calcanhar 13, como definido nas Figuras 1 e 2. As regiões 11-13 não são planejadas para demarcar áreas precisas do calçado 10. Ao invés disso, as regiões 11-13 são planejadas para representar áreas gerais do calçado 10 que provê-em um quadro de referência durante a discussão seguinte. Embora as regiões 11-13 se apliquem geralmente ao calçado 10, as referências para as regiões 11-13 podem também se aplicar especificamente à parte superior 20, estrutura da sola 30 ou um componente individual ou porção dentro da parte superior 20 ou estrutura da sola 30.

[038] Os vários elementos de material que formam a parte superior 20, que serão descritos em maiores detalhes abaixo, combinam para prover uma estrutura tendo uma face lateral 21, uma face mediana oposta 22, uma lingüeta 23 e uma meia curta permanente 24 que formam o vazio dentro da parte superior 20. A face lateral 21 se estende através de cada uma das regiões 11-13 e é geralmente configurada para entrar em contato e cobrir uma superfície lateral do pé. Uma porção da face lateral 21 se estende sobre o peito do pé e sobrepõe uma face lateral da lingüe- ta 23. A face mediana 22 tem uma configuração similar que geralmente corresponde com uma superfície mediana do pé. Uma porção da face mediana 22 também se estende sobre o peito do pé e sobrepõe uma face mediana oposta da lingüeta 23. Além disso, a face lateral 21, face mediana 22 e lingüeta 23 cooperativamente formam uma abertura de tornozelo 25 na região do calcanhar 13 para prover o pé com acesso ao vazio dentro da parte superior 20.

[039] A lingüeta 23 se estende longitudinalmente ao longo da parte superior 20 e é posicionada para entrar em contato com a área do peito do pé. As porções laterais da lingüeta 23 são presas em uma superfície interior de cada uma da face lateral 21 e face mediana 22. Um cordão 26 se estende sobre a lingüeta 23 e através de aberturas formadas na face lateral 21 e face mediana 22. A lingüeta 23 se estende sob o cordão 26 para separar o cordão 26 da área do peito do pé. Pelo aumento da tensão no cordão 26, a tensão na face lateral 21 e face mediana 22 pode ser aumentada de modo a puxar a face lateral 21 e a face mediana 22 para contato com o pé. Similarmente, pela diminuição da tensão no cordão 26, a tensão na face lateral 21 e na face mediana 22 pode ser diminuída de modo a prover volume adicional para o pé dentro da parte superior 20. Essa configuração geral provê, portanto, um mecanismo para ajustar o aperto da parte superior 20 e acomodar várias dimensões de pé.

[040] Uma variedade de materiais é adequada para a parte superior 20, incluindo os materiais que são convencionalmente utilizados nas partes superiores de calçado. Dessa maneira, a parte superior 20 pode ser formada de combinações de couro, couro sintético, têxteis naturais ou sintéticos, folhas de polímero, espuma de polímero, têxteis em malha, feltros, polímeros não tecidos ou materiais de borracha, por exemplo. As porções expostas da parte superior 20 são formadas de duas camadas co-extensivas de material que são costuradas ou adesivamente unidas. Como representado nas Figuras 4A e 4B, as camadas incluem uma camada exterior 14 e uma camada interior adjacente 15. A camada exterior 14 é posicionada em um exterior da camada superior 20, e a camada interior 15 é posicionada em um interior da camada superior 20 de modo a formar uma superfície do vazio dentro da camada superior 20. A meia curta permanente 24 é presa em uma borda inferior das camadas 14 e 15 e se estende ao longo da superfície superior da estrutura de sola 30.

[041 ]Os materiais que formam as camadas 14 e 15 podem variar em áreas diferentes da camada superior 20, e somente uma ou mais das camadas 14 e 15 podem estar presentes em algumas áreas da parte superior 20. Com relação às áreas da face lateral 21 e face mediana 22 que se estendem através da região do pé dianteiro 11 e região do pé intermediário 12, por exemplo, materiais adequados para a camada exterior 14 são vários têxteis, quer tecidos ou não tecidos, couro, couro sintético ou uma malha de camada única, por exemplo, e a camada interior 15 pode ser formada de materiais similares. Os materiais que formam a lingüeta 23 e a área ao redor da abertura do tornozelo 26 podem ser diferentes dos materiais discutidos acima. Por exemplo, a camada exterior 14 pode ser formada de um material que inclui duas camadas de têxtil espaçadas interligadas por uma pluralidade de fibras de conexão. Uma ou ambas das camadas de têxtil podem ser um material de malha para melhorar a permeabilidade ao ar da parte superior 20 nessa área. Além disso, um material de espuma pode ser interposto entre a camada exterior 14 e a camada interior 15.

[042]Enquanto as camadas discutidas acima são formadas de ambas as camadas 14 e 15, uma porção da parte superior 20 pode incluir somente uma única camada. Com referência às Figuras 4B e 5, a área da parte superior 20 localizada dentro da região do calcanhar 13 e se estendendo ao redor da porção traseira da região do calcanhar 13 é formada somente da camada interior 15. Isto é, a camada exterior 14 fica ausente nessa porção da região do calcanhar 13 tal que a camada interior 15 forma ambos o exterior e o interior da parte superior 20. Em algumas mo- dalidades da invenção, entretanto, a porção da parte superior 20 na região do calcanhar 13 pode incorporar um contraforte de calcanhar convencional formado de um material de polímero semi-rígido, por exemplo, para garantir que o calcanhar permaneça apropriadamente posicionado com relação à parte superior 20. O contraforte de calcanhar pode ficar localizado em um exterior da parte superior 20 ou dentro de vários elementos de material que formam a parte superior 20. Como será discutido abaixo, entretanto, a configuração da parte superior 20 e estrutura de sola 30 não necessita da presença de um contraforte de calcanhar.

[043] Com base na discussão acima, as várias porções da parte superior 20 incluem combinações diferentes de materiais que formam as camadas 14 e 15. Por exemplo, os materiais que formam a camada exterior Mea camada interior 15 nas áreas da lingüeta 23 e ao redor da abertura do tornozelo 26 podem ser diferentes dos materiais que formam a camada exterior Mea camada interior 15 nas áreas da face lateral 21 e face mediana 22 que se estendem através da região de pé dianteiro 11 e região de pé intermediário 12. Como representado nas Figuras, entretanto, o material que forma a camada interior 15 é o mesmo por ambas essas áreas, e o mesmo material se estende ao redor da porção mais traseira da região do calcanhar 13. Dessa maneira, o mesmo material pode formar uma porção substancial da superfície interior da parte superior 20. Em modalidades adicionais, entretanto, materiais diferentes podem ser utilizados para as várias áreas da camada interior 15, ou parte superior 20 pode incluir mais do que duas camadas de material.

[044] A camada exterior 14 inclui uma pluralidade de incisões 27a e 27b que expõem porções subjacentes da camada interior 15. Expondo a camada interior 15, as propriedades de estiramento da parte superior 20 são seletivamente modificadas. Nas áreas onde nenhuma incisão 27a e 27b está presente, cada uma das camadas 14 e 15 contribui para a resistência ao estiramento da parte superior 20. Nas áreas onde as incisões 27a e 27b estão presentes, entretanto, as incisões 27a e 27b per- mitem que a camada exterior 14 estique para uma maior extensão. Dessa maneira, as incisões 27a e 27b são formadas na parte superior 20 para variar seletivamente o grau de estiramento nas porções específicas da parte superior 20. Além disso, as incisões 27a e 27b podem ser utilizadas para variar a permeabilidade ao ar, flexibilidade e estética geral (por exemplo, a cor) da parte superior 20.

[045] Com referência às Figuras 1 -3, as incisões 27a e 27b são representadas como estando distribuídas sobre as áreas da face lateral 21 e face mediana 22 que se estendem através da região do pé dianteiro 11 e região do pé intermediário 12. Em geral, as incisões 27a têm uma configuração linear e são orientadas para se estenderem longitudinalmente com relação ao calçado 10. Isto é, as incisões 27a são orientadas em uma direção que se estende entre a região do pé dianteiro 11 e a região do calcanhar 13. Em uma área da região do pé dianteiro 11 que corresponde com o dedão (isto é, o dedão do pé), entretanto, as incisões 27b são orientadas para se estenderem lateralmente.

[046] A orientação das incisões 27a e 27b tem um efeito sobre as direções de estiramento concedidas pelas incisões 27a e 27b. Em geral, as incisões 27a e 27b não aumentam o estiramento em uma direção que corresponde com a orientação linear das incisões 27a e 27b. Isto é, uma incisão particular 27a e 27b não aumenta o estiramento em uma direção que é paralela a essa incisão 27. As incisões 27a e 27b, entretanto, realmente aumentam o estiramento da parte superior 20 em uma direção que é perpendicular à orientação linear das incisões 27a e 27b.

[047] As incisões 27a são representadas como formando linhas de fendas que se estendem longitudinalmente, e as incisões 27a em linhas adjacentes são deslocadas uma da outra. Similarmente, as incisões 27b são representadas como formando linhas de fendas que se estendem lateralmente, e as incisões 27b em linhas adjacentes são deslocadas uma da outra. As várias incisões 27a e 27b, entretanto, podem ser adicionadas na parte superior 20 em outras disposições. Por exemplo, as incisões 27a e 27b podem ser deslocadas de modo a não formar linhas, ou as incisões 27a e 27b podem ser aleatoriamente colocadas com relação à parte superior 20.

[048] As incisões 27a, como discutido acima, são orientadas longitudinalmente com relação ao calçado 10. Quando um pé é colocado dentro da parte superior 20, como representado na Figura 6, e exerce uma força de estiramento sobre a parte superior 20, e particularmente sobre a camada exterior 14, as incisões 27a permitem que a parte superior 20 estique em uma maneira que aumenta a circunferência da parte superior 20. Isto é, as incisões 27a esticam em uma direção que é perpendicular à orientação longitudinal das incisões 27a. As incisões 27b esticam em uma maneira similar. Como discutido acima, entretanto, as incisões 27b são orientadas lateralmente. Dessa maneira, as incisões 27b esticam na direção longitudinal.

[049] As incisões 27a e 27b são representadas como sendo cortes lineares na camada exterior 14. Quando uma força de estiramento é exercida sobre a camada exterior 14 e em uma direção que é geralmente perpendicular a uma ou mais das incisões 27a e 27b, as bordas das incisões 27a e 27b se separam e formam uma forma geralmente elíptica com extremidades pontudas, como representado na Figura 6. As incisões 27a e 27b são representadas como tendo uma configuração relativamente linear e curta. Dentro do escopo da presente invenção, entretanto, as incisões 27a e 27b podem exibir uma configuração reta ou curvada, por exemplo, e o comprimento das várias incisões 27a e 27b pode ser modificado. Diferenças na forma e comprimento das incisões 27a e 27b podem ser utilizadas, por exemplo, para modificar o grau desejado de estiramento na parte superior 20, a permeabilidade ao ar da parte superior 20 e a flexibilidade e estética geral da parte superior 20. Fatores que podem também ser considerados quando determinando a forma e o comprimento das incisões 27a e 27b incluem os materiais utilizados dentro da parte superior 20, o grau de estiramento inerente nos materiais e as direções nas quais o estiramento é desejado, por exemplo.

[050]Os materiais que formam uma parte superior convencional são freqüen-temente alinhavados ou de outra forma costurados um no outro, e uma ligação adesiva pode ser utilizada para prender porções co-extensivas dos materiais entre si. Como com uma parte superior convencional, as camadas 14 e 15 são dispostas em uma maneira co-extensiva e podem ser unidas entre si. Em algumas modalidades, entretanto, as camadas 14 e 15 podem ser separadas sem união. Isto é, as camadas 14 e 15 podem ser posicionadas adjacentes uma a outra, mas não presas exceto nas bordas ou pontos de tensão, por exemplo, de modo que a camada interior 15 não fica presa na camada exterior 14 nas áreas que são próximas às incisões 27a e 27b. Uma vantagem dessa configuração é que a camada exterior 14 pode esticar e se mover independente da camada interior 15. Isto é, as incisões 27a e 27b podem permitir o estiramento na camada exterior 14 que não é significativamente atrapalhado através de uma adesão entre as camadas 14 e 15. Em geral, portanto, as camadas 14 e 15 não podem ser aderidas ou de outra forma presas nas áreas que incluem as incisões 27a e 27b.

[051 ]As incisões 27a e 27b são representadas como sendo formadas na camada exterior 14. Dentro do escopo da presente invenção, entretanto, as incisões 27a e 27b podem também ser formadas em uma ou ambas as camadas 14 e 15. Por exemplo, as incisões 27a e 27b podem ser formadas somente na camada exterior 14, em ambas a camada exterior 14 e camada interior 15 ou somente na camada interior 15. Em algumas modalidades onde ambas as camadas 14 e 15 incluem incisões 27a e 27b, as incisões 27a e 27b podem ser alinhadas ou deslocadas. Com base na discussão precedente, portanto, a configuração das incisões 27a e 27b pode variar consideravelmente dentro do escopo da presente invenção.

[052]As incisões 27a e 27b podem ser formadas através de uma variedade de métodos. Como um exemplo, as incisões 27a e 27b podem ser formadas com um instrumento de corte, tais como uma matriz, faca ou navalha. Além dos instrumentos de corte, um aparelho a laser pode ser utilizado para formar as incisões 27a e 27b e cortar a camada exterior 14 de um elemento de material mais largo. As incisões 27a e 27b podem ser formadas, portanto, direcionando o laser na camada exterior 14 para remover as porções da camada exterior 14 que correspondem com as incisões 27a e 27b. A largura das incisões 27a e 27b pode corresponder aproximadamente com a largura do laser. Alternadamente, múltiplas passagens do laser podem ser utilizadas para formar as incisões 27a e 27b com uma maior largura. O aparelho de laser pode ter a capacidade de produzir um feixe de laser de intensidade variável ajustando a energia do feixe de laser. Além de ajustar a energia, o foco do feixe de laser e a velocidade do feixe de laser em relação à camada exterior 14 podem ser variados. Um exemplo de um aparelho de laser adequado é qualquer um dos aparelhos de laser de CO2 ou Nd:YAG convencionais, como revelados nas Patentes U.S. Números 5.990.444 e 6.140.602 para Costin, que são aqui incorporadas por referência.

[053]Para materiais tais como couro sintético, couro, folhas de polímero e têxteis de polímero, que são freqüentemente incorporados nas partes superiores do calçado, a energia do feixe de laser que forma as incisões 27a e 27b fica geralmente em uma faixa de 0,25 a 25 watts, por exemplo. Se 0 feixe de laser tem um foco relativamente estreito, a energia do feixe de laser pode ser diminuída para considerar a maior energia por área unitária no feixe de laser. Similarmente, se 0 feixe de laser tem um foco relativamente amplo, a energia do feixe de laser pode ser aumentada para considerar a menor energia por área unitária no feixe de laser. Modificações na velocidade do feixe de laser podem também ser utilizadas para considerar 0 foco e a energia do feixe de laser. Enquanto que materiais tais como couro, couro sintético e têxteis de polímero podem exigir uma energia relativamente pequena para formar as incisões 27a e 27b, outros materiais tal como polímeros de alta densidade podem exigir maior energia para formar as incisões 27a e 27b para a mesma profundidade. Dessa maneira, muitos fatores são considerados na determinação da energia apropriada, foco e/ou velocidade do feixe de laser para formar as incisões 27a e 27b.

[054] O aparelho de laser pode incluir um emissor para o feixe de laser que se move adjacente à camada exterior 14 e forma incisões 27a e 27b na camada exterior 14. Isto é, a forma das várias incisões 27a e 27b pode ser controlada pelos movimentos do aparelho de laser em relação à camada exterior 14. Alternadamente, o feixe de laser pode refletir para fora de um ou mais espelhos móveis ou articulá-veis, e a forma das incisões 27a e 27b na camada exterior 14 pode ser controlada pelos movimentos dos espelhos.

[055] O feixe de laser aquece áreas selecionadas da camada exterior 14 e forma incisões 27a e 27b queimando ou incinerando as áreas selecionadas da camada exterior 14. De modo a impedir que outras áreas da camada exterior 14 queimem de modo não intencional, as incisões 27a e 27b podem ser formadas na presença de um fluido não combustível, tais como bióxido de carbono ou nitrogênio. Isto é, o aparelho de laser pode ser configurado para emitir um fluido não combustível quando o feixe de laser está formando as incisões 27a e 27b.

[056] Depois que as incisões 27a e 27b são formadas na camada exterior 14, os vários elementos da parte superior 20 são montados ao redor de uma fôrma que concede a forma geral de um pé para o vazio dentro da parte superior 20. Isto é, os vários elementos são montados ao redor da fôrma para formar a face lateral 21 e a face mediana 22 da parte superior 20, que se estendem da região do pé dianteiro 11 para a região do calcanhar 13. Além disso, a área do peito do pé é formada para incluir a lingüeta 23 e o cordão 26, por exemplo, e a abertura do tornozelo 25 é formada na região do calcanhar 13. A meia curta permanente 24 é também presa nas bordas inferiores da face lateral 21 e face mediana 22, e a meia curta permanente 24 se estende sob a fôrma para formar uma superfície inferior do vazio dentro da parte superior 20. Uma porção da estrutura da sola 30 é então permanentemente presa em uma área inferior da parte superior 20, que inclui a meia curta permanente 24. Na união da parte superior 20 e estrutura da sola 30, adesivos, costura ou uma combinação de adesivos e costura pode ser utilizada. Dessa maneira, a parte superior 20 é presa na estrutura da sola 30 através de um processo substancialmente convencional.

[057]A estrutura da sola 30 inclui uma palmilha 31 (representada em maiores detalhes abaixo), uma sola intermediária 32 e uma sola externa 33. A palmilha 30 é posicionada dentro da parte superior 20 e adjacente à superfície superior da meia curta permanente 24 de modo a entrar em contato com a superfície plantar (inferior) do pé e melhorar o conforto do calçado 10. A sola intermediária 32 é presa em uma porção inferior da parte superior 20, incluindo a meia curta permanente 24, e é posicionada para se estender sob o pé durante o uso. Entre outras finalidades, a sola intermediária 32 atenua as forças de reação no solo e absorve a energia (isto é, concede amortecimento) quando andando ou correndo, por exemplo. Materiais adequados para a sola intermediária 32 são qualquer uma das espumas de polímero convencionais que são utilizadas nas solas intermediárias de calçado, incluindo etil-vinilacetato e espuma de poliuretano. A sola intermediária 32 pode também ser formada de uma espuma de poliuretano relativamente leve tendo uma gravidade específica de aproximadamente 0,22, como fabricado por Bayer AG sob a marca comercial BAYFLEX. A sola externa 33 é presa em uma superfície inferior da sola intermediária 32 para prover resistência ao desgaste, e a sola externa 33 pode ser rebaixada dentro da sola intermediária 32. Embora a sola externa 33 possa se estender por toda a superfície inferior da sola intermediária 32, a sola externa 33 fica localizada dentro da porção de calcanhar 13 na modalidade particular representada nas figuras. Materiais adequados para a sola externa 33 incluem qualquer um dos materiais de borracha convencionais que são utilizados nas solas externas de calçados, tal como composto de borracha de negro de fumo.

[058] Uma sola intermediária de calçado convencional é uma estrutura de espuma de polímero unitária que se estende por todo o comprimento do pé e pode ter uma dureza ou inflexibilidade que inibe o movimento natural do pé. Em contraste com a sola intermediária de calçado convencional, a sola intermediária 32 tem uma estrutura articulada que concede flexibilidade e articulação relativamente elevadas. A estrutura flexível da sola intermediária 32 (em combinação com a estrutura da parte superior 20) é configurada para complementar o movimento natural do pé durante a corrida ou outras atividades, e pode conceder uma impressão ou sensação de corrida descalço. Em contraste com a corrida descalço, entretanto, a sola intermediária 32 atenua as forças de reação no solo e absorve energia para amortecer o pé e diminuir a tensão geral sobre o pé.

[059] A sola intermediária 32 inclui uma porção de conexão 40 e uma porção de gato 50. A porção de conexão 40 forma uma superfície superior 41 e uma superfície inferior oposta 42. A superfície superior 41 é posicionada adjacente à parte superior 20 e pode ser presa diretamente na parte superior 20, dessa maneira provendo suporte para o pé. A superfície superior 41 pode ser contornada, portanto, para se conformar com a forma anatômica natural do pé. Dessa maneira, a área da superfície superior 41 que está posicionada na região do calcanhar 13 pode ter uma maior elevação do que a área da superfície superior 41 na região do pé dianteiro 11. Além disso, a superfície superior 41 pode formar uma área de suporte em arco na região do pé intermediário 12, e áreas periféricas da superfície superior 41 podem ser geralmente elevadas para prover uma depressão para receber e acomodar o pé. Em modalidades adicionais, a superfície superior 41 pode ter uma configuração não contornada.

[060] A espessura da porção de conexão 40, que é definida como a dimensão que se estende entre a superfície superior 41 e a superfície inferior 42, pode variar ao longo do comprimento longitudinal da sola intermediária 32. A espessura é representada graficamente na Figura 9A como dimensões de espessura 43a-43c. A dimensão 43a, definida na região do pé dianteiro 11, pode ser aproximadamente 3 milímetros e pode variar de 1 a 5 milímetros, por exemplo. A dimensão 43b, definida na região do pé intermediário 12, pode ser aproximadamente 8 milímetros e pode variar de 1 a 11 milímetros, por exemplo. Similarmente, a dimensão 43c, definida na região do calcanhar 13, pode ser aproximadamente 6 milímetros e pode variar de 1 a 10 milímetros, por exemplo. A espessura da porção de conexão 40 pode aumentar, portanto, nas direções que se estendem da região do pé dianteiro 11 e região do calcanhar 13 para a região do pé intermediário 12. Alguém versado na técnica relevante reconhecerá, entretanto, que uma variedade de dimensões de espessura e variações serão adequadas para a porção de conexão 40.

[061 ]As áreas da porção de conexão 40 que exibem uma espessura relativamente fina possuirão, em geral, mais flexibilidade do que as áreas da porção de conexão 40 que exibem uma maior espessura. Variações na espessura da porção de conexão 40 podem ser, portanto, utilizadas para modificar a flexibilidade da estrutura da sola 30 em áreas específicas. Por exemplo, a região do pé dianteiro 11 pode ser configurada para ter flexibilidade relativamente alta formando a porção de conexão 40 com uma espessura menor. Uma flexibilidade relativamente baixa pode ser concedida para a região do pé intermediário 12 pela formação da porção de conexão 40 com uma maior espessura. Similarmente, uma flexibilidade intermediária pode ser concedida para a região do calcanhar 13 formando a porção de conexão 40 com uma espessura que fica entre as espessuras da região do pé dianteiro 11 e a região do pé intermediário 12.

[062]A porção do gato 50 forma uma pluralidade de elementos de sola separados individuais 51 que são separados por uma pluralidade de gatos 52a-52l. Elementos de sola 51 são porções discretas da sola intermediária 30 que se estendem para baixo da porção de conexão 40. Além disso, elementos de sola 51 são presos na porção de conexão 40 e podem ser formados integrais com a porção de conexão 40. A forma de cada elemento de sola 51 é determinada pelas posições dos vários gatos 52a-52l. Como representado na Figura 8, os gatos 52a e 52b se estendem em uma direção longitudinal ao longo da estrutura da sola 30, e os gatos 52c-52l se estendem em uma direção geralmente lateral. Esse posicionamento dos gatos 52a-52l forma uma maioria dos elementos de sola 51 para exibir uma forma geralmente quadrada, retangular ou trapezoidal. Os elementos de sola mais traseiros 51 têm uma forma de um quarto de círculo devido à curvatura da estrutura de sola 30 na região do calcanhar 13.

[063] A espessura da porção cortada 50, que é definida como a dimensão que se estende entre a superfície inferior 40 para uma superfície inferior da sola intermediária 32, pode variar ao longo do comprimento longitudinal da sola intermediária 32. A espessura é representada graficamente na Figura 9A como dimensões de espessura 53a e 53c. A dimensão 53a, definida na região do pé dianteiro 11, pode ser aproximadamente 7 milímetros e pode variar de 3 a 12 milímetros, por exemplo. Similarmente, a dimensão 53c, definida na região do calcanhar 13, pode ser aproximadamente 12 milímetros e pode variar de 8 a 20 milímetros, por exemplo. A espessura da porção cortada 50 pode aumentar, portanto, em uma direção que se estende da região do pé dianteiro 11 para a região do calcanhar 13. Alguém versado na técnica relevante reconhecerá, entretanto, que uma variedade de dimensões de espessura e variações serão adequadas para a porção cortada 50.

[064] A combinação da dimensão 43a e 53a forma a espessura geral da sola intermediária 32 na região do pé dianteiro 11. Similarmente, a combinação das dimensões 43c e 53c forma a espessura geral da sola intermediária 32 na região do calcanhar 13. Embora a configuração do calçado 10 seja substancialmente similar para o calçado que é planejado para homens e mulheres, a análise experimental determinou que os homens geralmente preferem um diferencial de espessura geral menor do que as mulheres. Dessa maneira, o calçado 10 que é projetado para homens pode ter uma espessura geral na região do pé dianteiro 11 que é de 10 milímetros e uma espessura geral na região do calcanhar 13 que é de 18 milímetros, dessa maneira provendo um diferencial de 8 milímetros. O calçado 10 que é projetado para mulheres, entretanto, pode ter uma espessura geral na região do pé dianteiro 11 que é também de 10 milímetros e uma espessura geral na região do calcanhar 13 que é de 22 milímetros, dessa maneira provendo um diferencial de 12 milímetros. O calçado 10 que é projetado para mulheres pode exibir, portanto, um diferencial de espessura geral entre a região do pé dianteiro 11 e a região do calcanhar 13 que é maior do que o diferencial de espessura para homens. O maior diferencial de espessura pode ser concedido para o calçado 10 aumentando a espessura dos elementos de sola 51 que estão localizados na região do calcanhar 13, por exemplo.

[065] A forma de cada elemento de sola 51, como discutido acima, é determinada pelas posições das vários cortes 52a-52l, que são incisões ou espaços que se estendem para cima para dentro da sola intermediária 32 e se estendem entre os elementos de sola 51. Os cortes 52a-52l também aumentam a flexibilidade da estrutura da sola 30 formando uma configuração articulada na sola intermediária 32. Desde que a sola intermediária do calçado convencional é um elemento unitário de espuma de polímero, os cortes 52a-52l formam linhas de flexão da estrutura da sola 30 e, portanto, têm um efeito sobre as direções da flexão na sola intermediária 32. A maneira na qual a estrutura da sola 30 pode flexionar ou articular como um resultado dos cortes 52a-52l é graficamente representada na Figura 7.

[066] A flexibilidade lateral da estrutura da sola 30 (isto é, flexibilidade em uma direção que se estende entre uma face lateral e uma face mediana) é provida por cortes 52a e 52b. O corte 52a se estende longitudinalmente através de todas as três regiões 11-13. Embora o corte 52a possa ter uma configuração reta ou linear, o corte 52a é representado como tendo uma configuração geralmente curvada ou em formato de s. Na região do pé dianteiro 11 e região do pé intermediário 12, o corte 52a é espaçado para dentro da face lateral da estrutura da sola 30, e o corte 52a é centralmente localizado na região do calcanhar 13. O corte 52b, que é somente localizado na região do pé dianteiro 11 e uma porção da região do pé intermediário 12, é centralmente localizado e se estende em uma direção que é geralmente paralela ao corte 52a. Em geral, a profundidade dos cortes 52a e 52b aumenta à medida que os cortes 52a e 52b se estendem da região do pé dianteiro 11 para a região do calcanhar 13.

[067] A flexibilidade longitudinal da estrutura da sola 30 (isto é, flexibilidade em uma direção que se estende entre as regiões 11 e 13) é provida por cortes 52c-52I. Os cortes 52c-52f são posicionados na região do pé dianteiro 11, o corte 52g geralmente se estende ao longo da interface entre a região do pé dianteiro 11 e a região do pé intermediário 12, os cortes 52h e 52i são posicionados na região do pé intermediário 12, o corte 52j geralmente se estende ao longo da interface entre a região do pé intermediário 12 e a região do calcanhar 13, e os cortes 52k e 52I são posicionados na região do calcanhar 13. Com referência à Figura 8, os cortes 52Í-52I são geralmente paralelos e se estendem em uma direção mediana-lateral. Embora os cortes 52c-52h também tenham uma configuração geralmente paralela e se estendam na direção mediana-lateral, os cortes 52c-52h são um pouco inclinados com relação aos cortes 52Í-52I.

[068] As posições e as orientações dos cortes 52a-52l são selecionadas para complementar o movimento natural do pé durante o ciclo de corrida. Em geral, o movimento do pé durante a corrida prossegue como segue: inicialmente, o calcanhar bate no solo, seguido pela bola do pé. À medida que o calcanhar deixa o solo, o pé rola para frente de modo que os dedos fazem contato, e finalmente todo o pé deixa o solo para começar um outro ciclo. Durante o tempo que o pé está em contato com o solo, o pé tipicamente rola da face exterior ou lateral para a face interior ou mediana, um processo chamado pronação. Isto é, normalmente, o exterior do calcanhar bate primeiro e os dedos no interior do pé deixam o solo por último. Os cortes 52c-52l garantem que o pé permaneça em uma posição de batida de pés neutra e complementam a rolagem para frente neutra do pé quando ele fica em contato com o solo. Os cortes 52a e 52b provêem flexibilidade lateral de modo a permitir que o pé execute a pronação naturalmente durante o ciclo de corrida. Similarmente, a configuração inclinada dos cortes 52c-52h, como discutido acima, provê flexibilidade adicional que também melhora o movimento natural do pé.

[069] O corte 52e tem uma largura que é maior do que os outros cortes 52a-52d e 52f-53l de modo a permitir a flexão inversa na região do pé dianteiro 11. Em geral, os cortes 52a-52l permitem a flexão para cima da estrutura da sola 30, como representado na Figura 7. De modo a prover tração adicional no fim do ciclo de corrida (isto é, antes de quando os dedos deixam o solo), um indivíduo pode flexionar no plantar os dedos ou de outra maneira pressionar os dedos no solo. O aspecto mais amplo para o corte 52e facilita a flexão plantar, dessa maneira encorajando o movimento natural do pé durante a corrida. Isto é, o corte 52e forma uma ranhura de flexão inversa na sola intermediária 32. A análise experimental determinou que os homens têm uma tendência a flexionar o plantar na área do pé dianteiro em um menor grau do que as mulheres. De modo a facilitar a maior tendência para flexão plantar nas mulheres, o calçado 10 que é projetado para mulheres pode incluir um corte 52e com uma largura até mesmo maior, ou o corte 52d pode ter também largura adicional. Dessa maneira, ambos os cortes 52d e 52e podem ter largura maior no calçado 10 que é projetado para mulheres, como representado na seção transversal da Figura 10A.

[070] A sola externa 33 inclui uma pluralidade de elementos de sola externa que são presos em uma superfície inferior dos elementos de sola selecionados 51, e um entalhe é formado na superfície inferior dos elementos de sola selecionados 51 para receber os elementos da sola externa. Como representado nas figuras, a sola externa 33 é limitada à região do calcanhar 13. Em algumas modalidades, entretanto, cada elemento de sola 51 pode ser associado com um elemento de sola externa, ou a sola externa 33 pode se estender por toda a superfície inferior da sola intermediária 32.

[071]Uma pluralidade de métodos de fabricação é adequada para a formação da sola intermediária 32. Por exemplo, a sola intermediária 32 pode ser formada como um elemento unitário, com cortes 52a-52l sendo subseqüentemente formados através de um processo de incisão. A sola intermediária 32 pode também ser moldada tal que os cortes 52a-52l são formados durante o processo de moldagem. Métodos de moldagem adequados para a sola intermediária 32 incluem moldagem a injeção, derramamento ou moldagem a compressão, por exemplo. Em cada um dos métodos de moldagem, uma resina de polímero soprada é colocada dentro de um molde tendo a forma e a configuração gerais da sola intermediária 32. O molde inclui lâminas finas que correspondem com as posições dos cortes 52a-52l. A resina de polímero é colocada dentro do molde e ao redor de cada uma das lâminas. Com a solidificação, a sola intermediária 32 é removida do molde, com os cortes 52a-52l sendo formados durante o processo de moldagem. A largura dos cortes 52a-52l pode ser controlada através de modificações nas espessuras da lâmina dentro do molde. Dessa maneira, as propriedades de flexão inversa do corte 52e, por exemplo, podem ser ajustadas através da espessura da lâmina que forma o corte 52e, e o grau para o qual os outros cortes 52a-52d e 52f-52l flexionam na direção inversa pode ser controlado através da espessura das lâminas correspondentes. Uma faixa de largura adequada para as lâminas que formam os cortes 52a-52d e 52f-52l é 0,20,3 milímetros, que provê um grau relativamente pequeno de flexão inversa. Similarmente, uma faixa de largura adequada para a porção do molde que forma o corte 52e é 3-5 milímetros, por exemplo, que provê um maior grau de flexão inversa.

[072] A parte superior 20 e a estrutura da sola 30 têm uma estrutura que cooperativamente flexionam, esticam ou de outra forma se movem para prover um indivíduo com uma sensação de corrida descalço natural. Isto é, a parte superior 20 e a estrutura da sola 30 são configuradas para complementar o movimento natural do pé durante a corrida ou outras atividades. Como discutido acima, a camada exterior 14 inclui uma pluralidade de incisões 27a e 27b que melhoram as propriedades de estiramento da parte superior 20 em áreas específicas e em direções específicas. Visto que as incisões 27a podem ser orientadas para permitir o estiramento na circunferência da parte superior 20, por exemplo, as incisões 27b podem facilitar o movimento do dedão e flexão plantar. As incisões 27a e 27b também provêem uma estrutura geralmente mais flexível para a parte superior 20 que complementa a flexibilidade da estrutura da sola 30. Como discutido acima, a sola intermediária 32 inclui uma pluralidade de cortes 52a-52l que melhora as propriedades de flexão da estrutura de sola 30. As posições, orientações e profundidades dos cortes 52a-52l são selecionados para prover graus específicos de flexibilidade em áreas e direções selecionadas. Isto é, os cortes 52a-52l podem ser utilizados para prover o indivíduo com uma sensação de corrida descalço natural. Em contraste com a corrida descalço, entretanto, a estrutura de sola 30 atenua as forças de reação no solo e absorve a energia para amortecer o pé e diminuir a tensão geral sobre o pé.

[073] A estrutura de sola convencional, como discutido acima, pode ter uma construção relativamente rígida ou inflexível que inibe o movimento natural do pé. Por exemplo, o pé pode tentar flexionar durante o estágio do ciclo da corrida quando o calcanhar deixa o solo. A combinação da construção de sola intermediária inflexível e um contraforte de calcanhar convencional opera para resistir a flexão no pé. Em contraste, o calçado 10 flexiona com o pé, e pode ter uma configuração que não incorpora um contraforte de calcanhar convencional.

[074] A flexibilidade geral da estrutura de sola 30 pode ser melhorada através da configuração da palmilha 31. Com referência à Figura 11, uma superfície inferior da palmilha 31 é representada como tendo uma pluralidade de linhas de flexão 34a-34I que geralmente correspondem com as posições e configuração dos cortes 52a-52I. Mais especificamente, a linha de flexão 34a se estende longitudinalmente através de substancialmente todo o comprimento da palmilha 31 e corresponde geralmente com a posição do corte 52a. A linha de flexão 34b se estende longitudinalmente através de somente uma porção do comprimento da palmilha 31 e geralmente corresponde com a posição do corte 52b. Similarmente, as linhas de flexão 34c-34l se estendem lateralmente de uma face mediana para uma face lateral da palmilha 31 e correspondem geralmente com as posições dos cortes 52c-52l. Essa configuração provê flexibilidade adicional para a estrutura da sola 30 e melhora a configuração articulada concedida pelos cortes 52a-52l. Uma configuração similar é representada na Figura 12, onde uma palmilha 31’ inclui uma pluralidade de linhas de flexão 34a’-34l’ e duas almofadas de amortecimento 35a’ e 35b’ formadas de uma espuma de polímero compressível.

[075] A discussão acima detalha a estrutura e a configuração do calçado 10, como representado nas figuras. Várias modificações podem ser feitas ao calçado 10 sem se afastar do escopo planejado da presente invenção. Por exemplo, as incisões 27a e 27b podem ser formadas em qualquer uma das camadas 14 ou 15, ou em ambas as camadas 14 e 15. As incisões 27a e 27b podem também ser formadas em orientações ou posições diferentes para prover características de estiramento diferentes, ou um contraforte de calcanhar convencional pode ser incorporado na parte superior 20. Com relação à estrutura da sola 30, a espessura da porção de conexão 40 ou a espessura geral da sola intermediária 32 pode variar consideravelmente. Além disso, a profundidade, orientação e posições dos cortes 52a-52l podem ser modificados.

[076]A presente invenção é revelada acima e nos desenhos acompanhantes com referência a uma variedade de modalidades. A finalidade servida pela revelação, entretanto, é prover um exemplo dos vários aspectos e conceitos relacionados com a invenção, não para limitar o escopo da invenção. Alguém versado na técnica relevante reconhecerá que numerosas variações e modificações podem ser feitas nas modalidades descritas acima sem se afastar do escopo da presente invenção, como definido pelas reivindicações anexas.

REIVINDICAÇÕES

Claims (10)

1. Artigo de calçado (10) tendo uma parte superior (20) e uma estrutura de sola (30) presa na parte superior, a estrutura de sola compreendendo uma pluralidade de elementos de sola discretos (51) se estendendo para baixo de uma porção de conexão (40), os elementos de sola sendo separados por uma pluralidade de cortes (52a-521) que se estendem para cima para a estrutura de sola, a porção de conexão e os elementos de sola sendo formados de construção unitária a partir de um material de espuma de polímero, o artigo de calçado sendo CARACTERIZADO pelo fato de que a pluralidade de cortes inclui: um primeiro corte (52a) orientado em uma direção longitudinal com relação ao calçado, o primeiro corte se estendendo através de todo um comprimento da estrutura de sola, o primeiro corte sendo espaçado para dentro de uma face lateral da estrutura de sola em pelo menos uma região de pé dianteiro (11) do calçado, e o primeiro corte sendo aproximadamente centralizado entre a face lateral e uma face mediana da estrutura de sola em uma região de calcanhar (13) do calçado, em que o primeiro corte (52a) é reto; um segundo corte (52b) que se estende na direção longitudinal, o segundo corte se estendendo através de somente uma porção do comprimento da estrutura de sola; e uma pluralidade de terceiros cortes (52c-521) que se estendem lateralmente da face mediana para a face lateral da estrutura de sola.

2. Artigo de calçado, de acordo com a reivindica- ção 1, CARACTERIZADO pelo fato de que o primeiro corte é posicionado mais próximo a uma face lateral do artigo de calçado do que uma face mediana do artigo de calçado em uma região de pé dianteiro e o segundo corte é posicionado ente o primeiro corte e a face mediana.

3. Artigo de calçado, de acordo com a reivindicação 1 ou 2, CARACTERIZADO pelo fato de que a porção de conexão tem uma primeira espessura (43a) na região de pé dianteiro, uma segunda espessura (43b) em uma região de pé intermediário (12), e uma terceira espessura (43c) na região de calcanhar, a primeira e a terceira espessuras sendo menores do que a segunda espessura.

4. Artigo de calçado, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 3, CARACTERIZADO pelo fato de que a porção de conexão e os elementos de sola são parte de uma sola intermediária (32) tendo uma superfície superior e uma superfície inferior, em que a superfície superior é posicionada adjacente à parte superior (20), e em que os cortes se estendem para cima a partir da superfície inferior através de pelo menos metade da distância entre a superfície inferior e a superfície superior.

5. Artigo de calçado, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 4, CARACTERIZADO pelo fato de que o segundo corte se estende apenas através de uma região de pé dianteiro da estrutura de sola.

6. Artigo de calçado, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 5, CARACTERIZADO pelo fato de que os terceiros cortes se estendem de modo substancialmente reto entre a face mediana do artigo de calçado e a face lateral do artigo de calçado, em gue uma primeira porção dos terceiros cortes (52c-52g) é posicionada na região de pé dianteiro e uma segunda porção dos terceiros cortes (52j-521) é posicionada na região de calcanhar, a primeira porção dos terceiros cortes se estendendo em direções não paralelas às direções em gue a segunda porção dos terceiros cortes se estendem, e em gue uma espessura da porção de conexão varia entre a região de pé dianteiro e a região de calcanhar.

7. Artigo de calçado, de acordo com gualguer uma das reivindicações 1 a 6, CARACTERIZADO pelo fato de que uma espessura de um dos terceiros cortes (52e) na região de pé dianteiro é maior do que uma espessura nos outros terceiros cortes e forma uma linha de flexão inversa na estrutura de sola.

8. Artigo de calçado, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 7, CARACTERIZADO pelo fato de que a estrutura de sola compreende uma palmilha (31) tendo uma pluralidade de linhas de flexão (34a-341) que correspondem a posições de pelo menos uma porção dos cortes.

9. Artigo de calçado, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 8, CARACTERIZADO pelo fato de que a estrutura de sola compreende pelo menos um elemento de sola externa (33) fixado a uma superfície inferior de pelo menos um dos elementos de sola.

10. Artigo de calçado, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 9, CARACTERIZADO pelo fato de que a parte superior compreende uma camada exterior (14) formando pelo menos uma porção de um exterior da parte superior, a camada exterior incluindo uma pluralidade de incisões (27a, 2 7b) que se estendem através da camada exterior em que a parte superior compreende ainda uma camada interior (15) localizada adjacente a pelo menos uma parte de uma superfície interna da camada exterior, a camada inferior sendo exposta através de pelo menos uma porção dos incisões, em que uma primeira porção das incisões (27a)é orientada para fornecer estiramento em uma direção que se estende entre uma face mediana e uma face lateral da parte superior, e uma sequnda porção das incisões (27b) é posicionada adjacente à face mediana e em uma reqião de pé dianteiro da parte superior.