BR112018011489B1 - Banda de rodagem de pneumático para veículo pesado de tipo de engenharia civil - Google Patents

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Abstract

banda de rodagem de pneumático para veículo pesado de tipo de engenharia civil. pneumático (1) para veículo pesado de tipo de engenharia civil, e mais especialmente, sua banda de rodagem (2), e visa melhorar sua aderência, garantindo para isso um compromisso satisfatório com o desgaste e a resistência térmica. a banda de rodagem (2) compreende recortes (3, 4, 5) distribuídos, de acordo com uma direção circunferencial (xx') do pneumático, em sulcos circunferenciais (3) e, de acordo com uma direção axial (yy') do pneumático, em incisões transversais (4) e em ranhuras transversais (5), os recortes (3, 4, 5) delimitando elementos em relevo (6), cada recorte (3, 4, 5) sendo delimitado por duas faces confrontantes e cada face cortando a superfície de rodagem (21) de acordo com uma aresta (311, 321; 411, 421; 511, 521). de acordo com a invenção, a banda de rodagem (2) tendo uma taxa de arestas longitudinal tax, igual à relação lx/s entre a soma lx das projeções, na direção circunferencial (xx'), dos comprimentos de arestas eficazes, contidos em uma porção elementar de superfície de rodagem que tem uma superfície s, e a superfície s, e uma taxa de arestas transversal tay, igual à relação ly/s entre a soma ly das projeções, na direção axial (yy'), dos comprimentos de arestas eficazes, contidos em uma porção elementar de superfície de rodagem que tem uma superfície s, e a superfície s, a taxa de arestas longitudinal tax é pelo menos igual a 4 m-1 e a taxa de arestas transversal tay é pelo menos igual a 6 m-1.

Description

[001] A presente invenção tem como objeto um pneumático para veículo pesado de tipo de engenharia civil, destinado a levar cargas pesadas e a rodar sobre solos irregulares tais como aqueles das minas. Essa invenção se refere mais especialmente à banda de rodagem de tal pneumático.
[002] No presente documento, são designados por: - direção radial: uma direção perpendicular ao eixo de rotação do pneumático, que corresponde à direção da espessura da banda de rodagem. - direção axial ou transversal: uma direção paralela ao eixo de rotação do pneumático. - direção circunferencial ou longitudinal: uma direção tangente à circunferência do pneumático, perpendicular ao mesmo tempo à direção axial e a uma direção radial. - plano equatorial: um plano perpendicular ao eixo de rotação do pneumático que divide a banda de rodagem em sua largura em duas metades de iguais larguras.
[003] A banda de rodagem é a parte de pneumático que compreende pelo menos um material elastomérico, destinada a entrar em contato com um solo por intermédio de uma superfície de rodagem e a ser gasta.
[004] Para assegurar um desempenho satisfatório em aderência longitudinal, em motricidade e em frenagem, e transversal, é necessário formar na banda de rodagem um sistema mais ou menos complexo de recortes que separam elementos em relevo, chamado escultura.
[005] No presente documento, um recorte designa, de maneira genérica, ou uma ranhura ou uma incisão e corresponde ao espaço delimitado por paredes de matéria que são confrontantes e distantes uma da outra de uma distância dita “largura do recorte”. O que diferencia uma incisão de uma ranhura é precisamente essa distância. No caso de uma incisão, essa distância é apropriada para permitir a colocação em contato pelo menos parcial das paredes opostas que delimitam a dita incisão pelo menos por ocasião da passagem da banda de rodagem no contato com o solo, quando o pneumático é submetido a condições de carga e de pressão nominais. No caso de uma ranhura, as paredes dessa ranhura não podem entrar em contato uma contra a outra em condições normais de rodagem.
[006] Por definição, um elemento em relevo formado na banda de rodagem, que se estende na direção circunferencial em toda a circunferência do pneumático, é chamado de nervura ou rib. Uma nervura compreende duas paredes laterais e uma face de conato, a face de contato sendo uma parte da superfície de rodagem destinada a entrar em contato com o solo durante a rodagem. Uma nervura é delimitada por dois recortes circunferenciais ou sulcos circunferenciais, exceto se a dita nervura é uma porção axialmente exterior da banda de rodagem, delimitada, nesse caso, de um só lado por um sulco circunferencial.
[007] A banda de rodagem compreende assim geralmente recortes distribuídos em sulcos circunferenciais (ou longitudinais), em ranhuras transversais (ou axiais) e em incisões transversais (ou axiais). Por sulco circunferencial, é entendido um sulco do qual o perfil médio forma, com a direção circunferencial, um ângulo no máximo igual a 45°: é um sulco do qual o perfil médio tem uma direção globalmente circunferencial, quer dizer do qual a inclinação média é mais próxima da direção circunferencial do que axial. Por ranhura ou incisão transversal é entendido um recorte do qual o perfil médio forma, com a direção circunferencial, um ângulo pelo menos igual a 45°: é um recorte do qual o perfil médio tem uma direção globalmente axial, quer dizer do qual a inclinação média é mais próxima da direção axial do que circunferencial. Assim um recorte transversal pode ser estritamente transversal, quer dizer seu perfil médio forma, com a direção circunferencial, um ângulo igual a 90°, ou substancialmente oblíquo, quer dizer seu perfil médio forma, com a direção circunferencial, um anulo estritamente inferior a 90°.
[008] A banda de rodagem é geralmente caracterizada geometricamente por uma largura axial WT e uma espessura radial HT. A largura axial WT é definida como a largura axial da superfície de contato da banda de rodagem do pneumático novo com um solo liso, o pneumático estando submetido a condições de pressão e de carga tais como recomendadas, por exemplo, pela norma E.T.R.T.O. (European Tyre and Rim Technical Organization). A espessura radial HT é definida, por convenção, como a profundidade radial máxima medida nos recortes, na maior parte das vezes nos sulcos circunferenciais. No caso de um pneumático para veículo pesado de tipo de engenharia civil, e a título de exemplo, a largura axial WT é pelo menos igual a 600 mm e a espessura radial HT é pelo menos igual a 70 mm.
[009] Na maior parte das vezes, a banda de rodagem compreende pelo menos dois sulcos circunferenciais, posicionados axialmente de um lado e de outro do plano equatorial. Cada sulco circunferencial se estende axialmente entre duas faces substancialmente circunferenciais, radialmente na direção do interior a partir da superfície de rodagem até uma face de fundo e circunferencialmente em toda a circunferência do pneumático. Cada sulco circunferencial, axialmente posicionado, em relação ao plano equatorial, a uma distância axial L, tem uma profundidade radial H, valor médio em toda a periferia do pneumático medido entre a superfície de rodagem e a face de fundo, a profundidade radial H sendo pelo menos igual a 70 % da espessura radial HT e no máximo igual à espessura radial HT. Cada sulco circunferencial tem também uma largura axial W, valor médio na profundidade radial H da distância medida entre as duas faces substancialmente circunferenciais do sulco circunferencial.
[0010] A banda de rodagem pode ser dividida em uma porção mediana que tem uma largura axial WC pelo menos igual a 50 % e no máximo igual a 80 % da largura total WT, geralmente mas não necessariamente delimitada axialmente pelos dois sulcos circunferenciais que são axialmente os mais exteriores, e duas porções laterais posicionadas respectivamente de um lado e de outro da porção mediana e que têm cada uma delas uma largura axial WS pelo menos igual a 10 % e no máximo igual a 25 % da largura total WT. De fato, a porção mediana e as porções laterais são submetidas a solicitações mecânicas substancialmente diferentes que podem implicar escolhas de concepção diferentes de uma porção para a outra, notadamente devido a uma grande variação da carga aplicada ao pneumático por ocasião da utilização, de acordo com que o veículo está vazio ou com carga.
[0011] As condições usuais de rodagem, em termos de pressão, de carga e de velocidade, de um pneumático para veículo pesado de tipo de engenharia civil, tal como, por exemplo, um caminhão basculante destinado ao transporte de materiais extraídos de pedreiras ou de minas de superfície, são especialmente severas. A título de exemplo, nos sítios de extração de materiais tais como minério ou carvão, a utilização de um veículo de tipo caminhão basculante consiste, de maneira simplificada, em uma alternância de ciclos de ida com carga e de ciclos de volta vaio. Por ocasião de um ciclo de ida com carga, o veículo carregado transporta, principalmente na subida, os materiais extraídos a partir de zonas de carregamento no fundo da mina, ou fundo do “pit”, até zonas de descarregamento: o que necessita de uma boa aderência em motricidade dos pneumáticos. Por ocasião de um ciclo de volta vazio, o veículo vazio volta, principalmente na descida, para as zonas de carregamento no fundo da mina: o que necessita de uma boa aderência em frenagem dos pneumáticos. As pistas na maior parte das vezes em inclinação têm também com frequência muitas curvas, o que necessita de uma boa aderência transversal dos pneumáticos. Por outro lado, as pistas sobre as quais rodam os veículos são constituídas de materiais em geral provenientes da mina, por exemplo, rochas trituradas, compactadas e regularmente regadas para garantir a resistência da camada de desgaste da pista por ocasião da passagem de veículos e estão com frequência recobertas de lama e de água: o que necessita de uma evacuação dessa mistura de lama e de água pela banda de rodagem, para garantir uma aderência satisfatória sobre solo lamacento.
[0012] É conhecido que a aderência de um pneumático depende, em especial, do número de recortes da banda de rodagem e, mais especialmente, do comprimento cumulado das arestas eficazes desses recortes na superfície de contato da banda de rodagem com o solo. Todo recorte compreende duas arestas, uma aresta sendo a interseção de uma face de recorte com a superfície de rodagem. Por aresta eficaz, é entendida uma aresta que tem um efeito de indentação significativo em relação ao solo. A título de exemplo, no que diz respeito aos recortes transversais, uma só aresta é verdadeiramente eficaz em relação à aderência longitudinal: a aresta dita de ataque, que entra primeiro na superfície de contato, em relação à aderência longitudinal em motricidade, e a aresta dita de fuga, que entra por último na superfície de contato, em relação à aderência longitudinal em frenagem. Assim, a metade das arestas é eficaz em função do tipo de solicitação da banda de rodagem, por exemplo longitudinalmente, sob torque motor ou frenador, ou transversalmente. Em consequência disso o comprimento cumulado das arestas eficazes é igual ao meio comprimento cumulado do conjunto das arestas ou ao comprimento cumulado das fibras médias dos recortes.
[0013] Assim dois tipos de características da banda de rodagem são com frequência utilizados: as taxas de entalhamento volúmico respectivamente global TEG, longitudinal TEX e transversal TEY e as taxas de arestas respectivamente longitudinal TAX e transversal TAY.
[0014] Por definição, a taxa de entalhamento volúmico global TEG da banda de rodagem é igual à relação entre o volume total VD dos recortes, medida no pneumático livre quer dizer não montado e não inflado, e a soma do volume total VD dos recortes e do volume total VR dos elementos em relevo delimitados por esses recortes. A soma VD + VR corresponde ao volume compreendido radialmente entre a superfície de rodagem e uma superfície de fundo, submetida a uma translação da superfície de rodagem radialmente para o interior de uma distância radial igual à espessura radial HT da banda de rodagem. Essa taxa de entalhamento volúmico global TEG, expressa em %, condiciona o desempenho em desgaste, pelo volume de goma a desgastar disponível, e o desempenho em aderência longitudinal e transversal, pela presença de arestas respectivamente transversais e longitudinais e de recortes que têm a capacidade de estocar ou de evacuar a água ou a lama.
[0015] A taxa de entalhamento volúmico global TEG pode ser decomposta na soma de uma taxa de entalhamento volúmico longitudinal TEX e de uma taxa de entalhamento volúmico transversal TEY. A taxa de entalhamento volúmico longitudinal TEX é igual à relação entre o volume total VDX dos recortes longitudinais, de tipo sulcos circunferenciais, e a soma do volume total VD dos recortes e do volume total VR dos elementos em relevo delimitados por esses recortes: ela condiciona os desempenhos em desgaste, em térmica e em aderência transversal. A taxa de entalhamento volúmico transversal TEY é igual à relação entre o volume total VDY dos recortes transversais, de tipos incisões e ranhuras, e a soma do volume total VD dos recortes e do volume total VR dos elementos em relevo delimitados por esses recortes: ela condiciona os desempenhos em desgaste, em térmica e em aderência longitudinal.
[0016] Uma taxa de entalhamento volúmico pode também ser determinada para uma porção da banda de rodagem para avaliar a contribuição dessa porção no desempenho em desgaste e em aderência. Assim é possível definir, para a porção mediana da banda de rodagem, uma taxa de entalhamento volúmico mediano TEC, igual à relação entre o volume total VDC dos recortes da porção mediana e a soma do volume total VDC dos recortes da porção mediana e do volume total VRC dos elementos em relevo da porção mediana delimitados por esses recortes. A soma VDC + VRC corresponde ao volume da porção mediana compreendido radialmente entre a superfície de rodagem e uma superfície de fundo, submetida a uma translação da superfície de rodagem radialmente para o interior de uma distância radial igual à espessura radial HT da banda de rodagem. De modo análogo, é possível definir, para cada porção lateral, uma taxa de entalhamento volúmico lateral TES, igual à relação entre o volume total VDS dos recortes da porção lateral e a soma do volume total VDS dos recortes da porção lateral e do volume total VRS dos elementos em relevo da porção lateral delimitados por esses recortes. A soma VDS + VRS corresponde ao volume da porção lateral compreendido radialmente entre a superfície de rodagem e uma superfície de fundo, submetida a uma translação da superfície de rodagem radialmente para o interior de uma distância radial igual à espessura radial HT da banda de rodagem. Deve ser notado que o volume de um sulco circunferencial que delimita a porção mediana e uma porção lateral é levado em consideração por metade no cálculo da taxa de entalhamento volúmico mediano TEC e por metade no cálculo da taxa de entalhamento volúmico lateral TES.
[0017] No que diz respeito às taxas de arestas, a taxa de arestas longitudinal TAX é a relação LX/S, entre a soma LX das projeções, na direção circunferencial XX’, dos comprimentos de arestas eficazes, contidos em uma porção elementar de superfície de rodagem não entalhada que tem uma superfície S, e a superfície S. A taxa de arestas longitudinal TAX não leva em consideração as arestas das extremidades axiais da banda de rodagem. A porção elementar de superfície de rodagem corresponde classicamente a um motivo elementar do qual a repetição de acordo com a direção circunferencial constitui a superfície de rodagem. A taxa de arestas longitudinal TAX, expressa em m-1, condiciona a aderência transversal, que é tanto melhor quanto mais elevada for a taxa de arestas longitudinal TAX. De modo análogo, a taxa de arestas transversal TAY é a relação LY/S, entre a soma LY das projeções, na direção axial YY’, dos comprimentos de arestas eficazes, contidos em uma porção de superfície de rodagem que tem uma superfície S, e a superfície S. A taxa de arestas transversal TAY, expressa em m-1, condiciona a aderência longitudinal, em frenagem e em motricidade, que é tanto melhor quanto mais elevada for a taxa de arestas transversal TAY.
[0018] Os inventores se deram como objetivo projetar uma banda de rodagem de um pneumático para veículo pesado de tipo de engenharia civil, que permite melhorar a aderência longitudinal, ao mesmo tempo em motricidade e em frenagem, e a aderência transversal, por ocasião da utilização em pistas que podem estar recobertas de água e de lama, garantindo assim um compromisso satisfatório com os desempenhos em desgaste e em resistência térmica.
[0019] Esse objetivo foi atingido por um pneumático para veículo pesado de tipo de engenharia civil que compreende uma banda de rodagem, destinada a entrar em contato com um solo por intermédio de uma superfície de rodagem: - a banda de rodagem tendo uma largura axial WT e tendo uma espessura radial HT pelo menos igual a 70 mm, - a banda de rodagem compreendendo recortes distribuídos, de acordo com uma direção circunferencial do pneumático, em sulcos circunferências e, de acordo com uma direção axial do pneumático, em incisões transversais e em ranhuras transversais, - os recortes delimitando elementos em relevo, - cada recorte sendo delimitado por duas faces confrontantes e cada face cortando a superfície de rodagem de acordo com uma aresta, - a banda de rodagem tendo uma taxa de arestas longitudinal TAX e uma taxa de arestas transversal TAY, - a taxa de arestas longitudinal TAX sendo igual à relação LX/S entre a soma LX das projeções, na direção circunferencial, dos comprimentos de arestas eficazes, contidos em uma porção elementar de superfície de rodagem que tem uma superfície S, e a superfície S, - a taxa de arestas transversal TAY sendo igual à relação LY/S entre a soma LY das projeções, na direção axial, dos comprimentos de arestas eficazes, contidos em uma porção elementar de superfície de rodagem que tem uma superfície S, e a superfície S, - a taxa de arestas longitudinal TAX sendo pelo menos igual a 4 m-1 e a taxa de arestas transversal TAY sendo pelo menos igual a 6 m-1.
[0020] Em outros termos, de acordo com a invenção, uma porção de superfície de rodagem de 1 m2 compreende 4 m de comprimento cumulado de arestas eficazes de acordo com a direção circunferencial, e 6 m de comprimento cumulado de arestas eficazes de acordo com a direção axial. A combinação de tais taxas de arestas longitudinal TAX, respectivamente transversal TAY, garante uma boa aderência transversal e longitudinal sobre um solo molhado ou sobre um solo recoberto de lama líquida ou de uma mistura de neve e de gelo.
[0021] Vantajosamente, a taxa de arestas transversal TAY é pelo menos igual a 8 m-1, de preferência pelo menos igual a 10 m-1.
[0022] Ainda vantajosamente a soma da taxa de arestas longitudinal TAX e da taxa de arestas transversal TAY é pelo menos igual a 12 m-1, de preferência pelo menos igual a 14 m-1.
[0023] Vantajosamente, a taxa de entalhamento volúmico global TEG é pelo menos igual a 8 % e no máximo igual a 17 %, de preferência no máximo igual a 15 %, a taxa de entalhamento volúmico longitudinal TEX é pelo menos igual a 0.25 vezes e no máximo igual a 0.50 vezes a taxa de entalhamento volúmico global TEG e a taxa de entalhamento volúmico transversal TEY é pelo menos igual a 0.50 vezes e no máximo igual a 0.75 vezes a taxa de entalhamento volúmico global TEG.
[0024] A taxa de entalhamento volúmico global TEG deve ter um valor mínimo, para garantir a presença de um mínimo de arestas e de vazios em relação à aderência, e deve ter um valor máximo, para garantir rigidezes transversal e longitudinal da banda de rodagem suficientes para a transmissão ao solo dos esforços transversais e longitudinais e para garantir um volume suficiente de matéria a desgastar. Os inventores também mostraram que a taxa de entalhamento volúmico global TEG deve vantajosamente se decompor entre uma taxa de entalhamento volúmico longitudinal TEX, de acordo com a direção circunferencial XX’, compreendida entre um quarto e a metade da taxa de entalhamento volúmico global TEG, e uma taxa de entalhamento volúmico transversal TEY, de acordo com a direção axial YY’, compreendida entre a metade e os três quartos da taxa de entalhamento volúmico global TEG.
[0025] A banda de rodagem compreende uma porção mediana que tem uma largura axial WC pelo menos igual a 50 % e no máximo igual a 80 % da largura total WT e duas porções laterais axialmente posicionadas respectivamente de um lado e de outro da porção mediana e que têm cada uma delas uma largura axial WS pelo menos igual a 10 % e no máximo igual a 25 % da largura total WT. A porção mediana e cada porção lateral têm respectivamente uma taxa de entalhamento volúmico mediano TEC e uma taxa de entalhamento volúmico lateral TES. A taxa de entalhamento volúmico mediano TEC é igual à relação entre o volume total VDC dos recortes da porção mediana e a soma do volume total VDC dos recortes da porção mediana e do volume total VRC dos elementos em relevo da porção mediana delimitados por esses recortes. A taxa de entalhamento volúmico lateral TES é igual à relação entre o volume total VDS dos recortes da porção lateral e a soma do volume total VDS dos recortes da porção lateral e do volume total VRS dos elementos em relevo da porção lateral delimitados por esses recortes. Deve ser notado que o volume de um sulco circunferencial que delimita a porção mediana e uma porção lateral elevado em consideração por metade no cálculo da taxa de entalhamento volúmico mediano TEC e por metade no cálculo da taxa de entalhamento volúmico lateral TES. Ainda vantajosamente, a taxa de entalhamento volúmico mediano TEC é pelo menos igual a 8 % e no máximo igual a 13 % e a taxa de entalhamento volúmico lateral TES é pelo menos igual a 19 % e no máximo igual a 25 %.
[0026] Essas características traduzem, em especial, o fato de que o volume dos recortes é maior nas partes laterais do que na parte mediana. Isso permite favorecer a evacuação da lama pelas partes laterais, e, portanto, a aderência sobre solo lamacento. Isso garante também a presença de um máximo de matéria no centro, o que é favorável à resistência ao desgaste.
[0027] De acordo com um primeiro modo de realização preferido, a banda de rodagem que compreende pelo menos dois sulcos circunferenciais, posicionados axialmente de um lado e de outro do plano equatorial que passa pelo meio da banda de rodagem e que é perpendicular ao eixo de rotação do pneumático, cada sulco circunferencial se estendendo axialmente entre duas faces substancialmente circunferenciais, radialmente na direção do interior a partir da superfície de rodagem até uma face de fundo e circunferencialmente em toda a circunferência do pneumático, cada sulco circunferencial sendo axialmente posicionado em relação ao plano equatorial, a uma distância axial L, que tem uma largura axial W, medida entre as duas faces substancialmente circunferenciais, e uma profundidade radial H, medida entre a superfície de rodagem e a face de fundo, a profundidade radial H sendo pelo menos igual a 70 % da espessura radial HT e no máximo igual à espessura radial HT, cada sulco circunferencial tem uma largura axial W e uma profundidade radial H, de tal modo que a relação W/H é pelo menos igual a 0.06, a distância axial C entre dois sulcos circunferenciais consecutivos é pelo menos igual a 12 % e no máximo igual a 21 % da largura axial WT da banda de rodagem e cada um dos sulcos circunferenciais que são axialmente os mais exteriores sendo posicionado axialmente, em relação ao plano equatorial, a uma distância axial LE pelo menos igual a 25 % da largura axial WT da banda de rodagem.
[0028] A primeira característica de acordo com a qual cada sulco circunferencial tem uma largura axial W e uma profundidade radial H, de tal modo que a relação W/H é pelo menos igual a 0.06, traduz o fato de que cada sulco circunferencial deve ser suficientemente largo para poder ter uma ação significativa sobre o resfriamento da porção de topo na vertical do sulco circunferencial. A largura axial W é o valor médio das distâncias entre as faces substancialmente circunferenciais do sulco circunferencial, calculado na profundidade radial H do sulco circunferencial. A profundidade radial H é o valor médio das distâncias entre a face de fundo do sulco circunferencial e a superfície de rodagem, calculado em toda a circunferência do pneumático. O volume de matéria acima do ponto quente é assim minimizado e o volume do sulco garante uma ventilação eficaz e melhores trocas térmicas entre o topo do pneumático e o ar exterior.
[0029] A segunda característica essencial de acordo com a qual a distância axial C entre dois sulcos circunferenciais consecutivos é pelo menos igual a 12 % e no máximo igual a 21 % da largura axial WT da banda de rodagem significa que deve haver aí um número suficiente de sulcos circunferenciais para garantir o resfriamento do topo, mas um número não grande demais para não prejudicar o volume de matéria a desgastar. A distância axial C entre dois sulcos circunferenciais consecutivos, também chamada de passo axial dos sulcos circunferenciais, é medida entre as superfícies médias respectivas dos sulcos circunferenciais.
[0030] Finalmente, a terceira característica de acordo com a qual cada um dos sulcos circunferenciais que são axialmente os mais exteriores é posicionado axialmente, em relação ao plano equatorial, a uma distância axial LE pelo menos igual a 25 % da largura axial WT da banda de rodagem implica que os sulcos circunferenciais que são axialmente os mais exteriores são axialmente posicionados substancialmente na vertical das extremidades das camadas de trabalho. Essas zonas são de fato pontos quentes especialmente sensíveis dos quais podem partir fissuras suscetíveis de provocar a degradação mecânica do topo.
[0031] Em resumo, o princípio desse primeiro modo de realização preferido é o de ter um número suficiente de sulcos circunferenciais suficientemente largos e axialmente posicionados na vertical dos pontos quentes do topo, para diminuir as temperaturas ao nível desses pontos quentes.
[0032] Vantajosamente, nesse primeiro modo de realização, a relação W/H é no máximo igual a 0.15. Esse valor máximo da relação W/H garante um volume de matéria a desgastar suficiente. Além disso, ele permite ainda o fechamento do sulco circunferencial na passagem na superfície de contato, o que garante uma banda de rodagem suficientemente compacta e rígida para a retomada dos esforços transversais aplicados sobre o pneumático.
[0033] Ainda vantajosamente, nesse primeiro modo de realização, a distância axial LE é pelo menos igual a 30 %, de preferência pelo menos igual a 35 % da largura axial WT da banda de rodagem. Essa distância mínima garante o posicionamento axial dos sulcos circunferenciais que são axialmente os mais exteriores na vertical das extremidades das camadas de trabalho, que são pontos quentes do topo do pneumático.
[0034] É também vantajoso que, nesse primeiro modo de realização, a distância axial LE seja no máximo igual a 40 % da largura axial WT da banda de rodagem. Essa distância máxima garante a presença de uma porção lateral de banda de rodagem suficientemente larga, e portanto suficientemente resistente aos arrancamentos.
[0035] Finalmente, nesse primeiro modo de realização, a distância axial C entre dois sulcos circunferenciais consecutivos é vantajosamente pelo menos igual a 150 % e no máximo igual a 200 % da espessura radial HT. Essa característica traduz o fato de que o número de sulcos circunferenciais depende também da profundidade dos ditos sulcos circunferenciais. Assim, o número de sulcos deve ser suficiente para garantir o resfriamento, mas não grande demais para que se tenha uma rigidez suficiente dos elementos em relevo delimitados por dois sulcos circunferenciais consecutivos.
[0036] De acordo com uma variante de realização vantajosa da invenção, a banda de rodagem compreende vantajosamente pelo menos quatro sulcos circunferenciais, de preferência pelo menos cinco sulcos circunferenciais. Esse número mínimo de sulcos circunferenciais permite um compromisso satisfatório entre um resfriamento eficaz e um volume de matéria a desgastar suficiente.
[0037] De acordo com uma outra variante de realização vantajosa da invenção, a banda de rodagem compreende ainda mais vantajosamente no máximo oito sulcos circunferenciais. Acima de oito sulcos circunferenciais, a banda de rodagem é recortada demais, e, portanto, mais frágil mecanicamente e insuficiente em termo de volume de matéria a desgastar.
[0038] De acordo com um segundo modo de realização preferido, a banda de rodagem compreendendo uma porção mediana que tem uma largura axial WC pelo menos igual a 50 % e no máximo igual a 80 % da largura axial WT e duas porções laterais axialmente posicionadas respectivamente de um lado e de outro da porção mediana e que têm cada uma delas uma largura axial WS pelo menos igual a 10 % e no máximo igual a 25 % da largura axial WT,a banda de rodagem é tal que a porção mediana compreende incisões transversais que desembocam nos sulcos circunferenciais, essas incisões transversais tendo uma profundidade radial H1 pelo menos igual a 70 % da espessura radial HT e delimitando elementos em relevo de altura igual à profundidade radial H1 das ditas incisões e de comprimento circunferencial B1 igual à distância média entre duas incisões transversais consecutivas, para todos os elementos em relevo delimitados por duas incisões transversais consecutivas da porção mediana, a relação H1/B1 é pelo menos igual a 0.5 e no máximo igual a 2.5.
[0039] Por convenção, a porção mediana tem uma largura axial WC pelo menos igual a 50 % e no máximo igual a 80 % da largura axial WT e é geralmente, mas não necessariamente delimitada axialmente pelos dois sulcos circunferenciais que são axialmente os mais exteriores. As nervuras circunferenciais da dita porção mediana são assim incisadas em toda a circunferência do pneumático. Duas incisões consecutivas delimitam um elemento em relevo que tem uma altura radial H1, que corresponde à profundidade radial H1 das incisões, e um comprimento circunferencial B1 que corresponde à distância circunferencial ou passo circunferencial entre duas incisões consecutivas.
[0040] A localização dessas incisões na porção mediana da banda de rodagem é justificada pelo fato de que essa porção mediana suporta a quase totalidade da carga aplicada sobre o pneumático, quando o veículo sobre o qual ele está montado roda vazio. Esse princípio de incisão da porção mediana permite assim diminuir o desgaste do pneumático, em especial por ocasião das fases de rodagem do veículo vazio. Por outro lado, as arestas dessas incisões transversais, quer dizer a interseção das faces das incisões com a superfície de rodagem, contribuem para uma melhor aderência longitudinal do pneumático, tanto em motricidade quando em frenagem.
[0041] De acordo com um terceiro modo de realização preferido, a banda de rodagem compreendendo uma porção mediana que tem uma largura axial WC pelo menos igual a 50 % e no máximo igual a 80 % da largura axial WT e duas porções laterais axialmente posicionadas respectivamente de um lado e de outro da porção mediana e que têm cada uma delas uma largura axial WS pelo menos igual a 10 % e no máximo igual a 25 % da largura axial WT, a banda de rodagem sendo tal que pelo menos uma porção lateral compreende recortes transversais, de tipos incisão transversal ou ranhura transversal, que desembocam de um lado em um sulco circunferencial e do outro em uma extremidade axial da banda de rodagem. Esses recortes transversais tendo uma profundidade radial H2 pelo menos igual a 70 % da espessura radial HT e delimitando elementos em relevo de altura igual à profundidade radial H2 dos ditos recortes transversais e de comprimento circunferencial B2 igual à distância média entre dois recortes transversais consecutivos, para todos os elementos em relevo delimitados por dois recortes transversais consecutivos de pelo menos uma porção lateral, a relação H2/B2 é pelo menos igual a 0.5 e no máximo igual a 2.5.
[0042] Nesse terceiro modo de realização preferido, o princípio dos recortes transversais com um passo compreendido em um intervalo dado é aplicado a pelo menos uma porção lateral, na maior parte das vezes às duas porções laterais da banda de rodagem, posicionadas axialmente de um lado e de outro da porção mediana. Cada porção lateral tem uma largura axial WS pelo menos igual a 10 % e no máximo igual a 25 % da largura axial WT, essa largura axial WS não sendo necessariamente idêntica para cada uma das porções laterais. De fato, as porções laterais participam no porte da carga, com a porção mediana, quando o veículo roda com carga. Graças aos recortes transversais de tipo incisão transversal, essa variante permite, portanto, diminuir o desgaste das partes laterais da banda de rodagem, por ocasião das fases de rodagem com carga do veículo. Por outro lado, as arestas dessas incisões transversais, quer dizer a interseção das faces das incisões com a superfície de rodagem, contribuem para uma melhor aderência longitudinal do pneumático, tanto em motricidade quando em frenagem. Graças aos recortes transversais de tipo ranhura transversal, essa variante permite diminuir a temperatura de partes laterais da banda de rodagem e, portanto, melhorar a resistência térmica do topo, por ocasião das fases de rodagem com carga do veículo.
[0043] De acordo com uma variante do terceiro modo de realização preferido, pelo menos uma porção lateral compreende uma alternância de incisões transversais e de ranhuras transversais de tal modo que todo elemento em relevo é delimitado por uma incisão transversal e uma ranhura transversal consecutivas. Preferencialmente, cada porção lateral compreende uma alternância de incisões transversais e de ranhuras transversais.
[0044] As características da invenção estão ilustradas pelas figuras 1A, 1B, 1C, 2A, 2B, 3A, 3B, 3C, 4A, 4B e 4C esquemáticas e não representadas na escala: - figura 1A: vista de cima de uma banda de rodagem de um pneumático de acordo com a invenção, - figura 1B: corte meridiano, de acordo com um plano meridiano AA, de uma banda de rodagem de um pneumático de acordo com a invenção, - figura 1C: corte circunferencial, de acordo com um plano circunferencial BB, de uma banda de rodagem de um pneumático de acordo com a invenção, - figura 2A: vista de cima de uma banda de rodagem de um pneumático de acordo com um modo de realização preferido dos sulcos circunferenciais, - figura 2B: corte meridiano, de acordo com um plano meridiano YZ, de uma banda de rodagem de um pneumático de acordo com um modo de realização preferido dos sulcos circunferenciais, - figura 3A: vista de cima de uma banda de rodagem de um pneumático de acordo com um modo de realização preferido dos recortes transversais, - figura 3B: corte circunferencial, de acordo com um plano circunferencial AA, de uma parte mediana de banda de rodagem de um pneumático de acordo com um modo de realização preferido dos recortes transversais, - figura 3C: corte circunferencial, de acordo com um plano circunferencial BB, de uma parte lateral de banda de rodagem de um pneumático de acordo com um modo de realização preferido dos recortes transversais, - figura 4A: faixa de taxas de arestas respectivamente longitudinal TAX e transversal TAY para uma banda de rodagem de acordo com a invenção, - figura 4B: faixa de taxas de entalhamento volúmico respectivamente longitudinal TEX e transversal TEY para uma banda de rodagem de acordo com a invenção, - figura 4C: faixa de taxas de entalhamento volúmico respectivamente mediano TEC e lateral TES para uma banda de rodagem de acordo com a invenção.
[0045] A figura 1A é uma vista de cima de uma banda de rodagem 2 de um pneumático 1 de acordo com a invenção. A banda de rodagem 2, destinada a entrar em contato com um solo por intermédio de uma superfície de rodagem 21, tem uma largura axial WT e uma espessura radial HT (não representada) pelo menos igual a 70 mm. A banda de rodagem 2 compreende recortes (3, 4, 5) distribuídos, de acordo com uma direção circunferencial XX’ do pneumático, em 5 sulcos circunferenciais 3, no caso representado, e, de acordo com uma direção axial YY’ do pneumático, em incisões transversais 4 e em ranhuras transversais 5. Os recortes (3, 4, 5) delimitam elementos em relevo 6. A banda de rodagem 2 tem uma taxa de arestas longitudinal TAX igual à relação LX/S, entre a soma LX das projeções, na direção circunferencial XX’, dos comprimentos de arestas eficazes, contidos em uma porção elementar de superfície de rodagem que tem uma superfície S, e a superfície S, e uma taxa de arestas transversal TAY igual à relação LY/S, entre a soma LY das projeções, na direção axial YY’, dos comprimentos de arestas eficazes, contidos em uma porção de superfície de rodagem que tem uma superfície S, e a superfície S. É usualmente admitido que, para um recorte dado que compreende duas arestas, uma só aresta é eficaz de acordo com a solicitação considerada. Assim a metade do número de arestas é levada em consideração para a determinação da soma dos comprimentos das arestas eficazes, em projeção na direção circunferencial XX’ ou na direção axial YY’. De acordo com a invenção, a taxa de arestas longitudinal TAX é pelo menos igual a 4 m-1 e a taxa de arestas transversal TAY é pelo menos igual a 6 m-1.
[0046] A figura 1B é um corte meridiano, de acordo com um plano meridiano AA, de uma banda de rodagem 2 de um pneumático 1 de acordo com a invenção, que tem uma largura axial WT e uma espessura radial HT. Ela representa em especial os perfis meridiano dos recortes de tipo sulcos circunferenciais 3. Cada sulco circunferencial 3 é delimitado por duas faces (31, 32) confrontantes. Cada face (31, 32) corta a superfície de rodagem (21) de acordo com uma aresta (311, 312).
[0047] A figura 1C é um corte circunferencial, de acordo com um plano circunferencial BB, de uma banda de rodagem 2 de um pneumático 1 de acordo com a invenção. Ela representa em especial, em corte circunferencial, os perfis circunferenciais dos recortes transversais de tipos incisão transversal 4 e ranhura transversal 5. Cada incisão transversal 4 é delimitada por duas faces (41, 42) em frente uma à outra, cada face (41, 42) cortando a superfície de rodagem (21) de acordo com uma aresta (411, 421). No caso apresentado, as incisões transversais 4 têm um perfil complexo de tipo ondulado, de acordo com direção radial ZZ’, que favorece o fechamento das incisões, na passagem da banda de rodagem na área de contato, por um efeito autobloqueador. Cada ranhura transversal 5 é delimitada por duas faces (51, 52) em frente uma à outra, cada face (51, 52) cortando a superfície de rodagem (21) de acordo com uma aresta (511, 521). No caso apresentado, as ranhuras transversais 5 têm um perfil retilíneo, de acordo com direção radial ZZ’, cuja largura garante a ausência de fechamento da ranhura 5, quer dizer da entrada em contato de suas faces (511, 521), na passagem da banda de rodagem na área de contato.
[0048] A figura 2A é uma vista de cima de uma banda de rodagem 2 de um pneumático 1 de acordo com um modo de realização preferido dos sulcos circunferenciais. A banda de rodagem 2, destinada a entrar em contato com um solo por intermédio de uma superfície de rodagem 21, tem uma largura axial WT e uma espessura radial HT (não representada) pelo menos igual a 70 mm. A banda de rodagem 2, no caso representado, compreende 5 sulcos circunferenciais 3, posicionados axialmente de um lado e de outro de um plano equatorial XZ que passa pelo meio da banda de rodagem e que é perpendicular ao eixo de rotação YY’ do pneumático. Cada sulco circunferencial 3 é axialmente posicionado em relação ao plano equatorial XZ a uma distância axial L e tem uma largura axial W, de acordo com o eixo YY’, e uma profundidade radial H (não representada), de acordo com o eixo ZZ’, a profundidade radial H sendo pelo menos igual a 70 % da espessura radial HT e no máximo igual à espessura radial HT. De acordo com esse primeiro modo de realização da invenção, cada sulco circunferencial 3 tem uma largura axial W e uma profundidade radial H, de tal modo que a relação W/H é pelo menos igual a 0.06, a distância axial C entre dois sulcos circunferenciais 3 consecutivos é pelo menos igual a 12 % e no máximo igual a 21 % da largura axial WT da banda de rodagem e cada um dos sulcos circunferenciais 3 que são axialmente os mais exteriores é posicionado axialmente, em relação ao plano equatorial XZ, a uma distância axial LE pelo menos igual a 25 % da largura axial WT da banda de rodagem.
[0049] A figura 2B é um corte meridiano, em um plano meridiano YZ, de uma banda de rodagem 2 de um pneumático 1 de acordo com um modo de realização preferido dos sulcos circunferenciais. Essa figura 2B representa em especial os sulcos circunferenciais 3 em corte meridiano, ou seja, 5 sulcos circunferenciais no caso apresentado. De modo geral um sulco circunferencial 3 se estende axialmente entre duas faces substancialmente circunferenciais (31, 32), radialmente na direção do interior a partir da superfície de rodagem 21 até uma face de fundo 33 e circunferencialmente em toda a circunferência do pneumático. Um sulco circunferencial 3, axialmente posicionado em relação ao plano equatorial a uma distância axial L, tem uma largura axial W, medida entre as duas faces substancialmente circunferenciais (31, 32), e uma profundidade radial H, medida entre a superfície de rodagem 21 e a face de fundo 33. A profundidade radial H de um sulco circunferencial 3 é pelo menos igual a 70 % e no máximo igual a 100 % da espessura radial HT. A espessura radial HT da banda de rodagem 2 é definida como a profundidade radial máxima medida nos recortes, quer dizer, no caso presente, entre a superfície de rodagem 21 e a face de fundo 33 do sulco circunferencial 3 que é axialmente o mais exterior que é aqui o recorte mais profundo. A espessura radial HT é pelo menos igual a 70 mm.
[0050] A figura 3A representa uma vista de cima de uma banda de rodagem de um pneumático de acordo com um modo de realização preferido dos recortes transversais, no qual a banda de rodagem 2 compreende uma porção mediana 22 que tem uma largura axial WC pelo menos igual a 50 % e no máximo igual a 80 % da largura axial WT, delimitada axialmente pelos dois sulcos circunferenciais 3 que são axialmente os mais exteriores, e duas porções laterais (23, 24) axialmente posicionadas respectivamente de um lado e de outro da porção mediana 22 e que têm cada uma delas uma largura axial WS pelo menos igual a 10 % e no máximo igual a 25 % da largura axial WT.A banda de rodagem 2 é tal que a porção mediana 22 compreende incisões transversais 4 que desembocam nos sulcos circunferenciais 3. Como o mostra a figura 3B, de acordo com um corte circunferencial CC, essas incisões transversais 4 da porção mediana 22 têm uma profundidade radial H1 pelo menos igual a 70 % da espessura radial HT e delimitam elementos em relevo 6 de altura igual à profundidade radial H1 das ditas incisões transversais e de comprimento circunferencial B1 igual à distância média entre duas incisões transversais 4 consecutivas. Para todos os elementos em relevo 6 delimitados por duas incisões transversais 42 consecutivas da porção mediana 22, a relação H1/B1 é pelo menos igual a 0.5 e no máximo igual a 2.5.
[0051] No modo de realização representado na figura 3A, a banda de rodagem 2 é tal que cada porção lateral (23, 24) compreende uma alternância de incisões transversais 4 e de ranhuras transversais 5 que desembocam de um lado em um sulco circunferencial (3) e do outro em uma extremidade axial da banda de rodagem 2. Como o mostra a figura 3C, de acordo com um corte circunferencial BB, uma incisão transversal 4 e uma ranhura transversal 5 consecutivas têm ambas uma profundidade radial H2 pelo menos igual a 70 % da espessura radial HT e delimitam um elemento em relevo 6 de altura igual à profundidade radial H2 das ditas incisão e ranhura transversais (4, 5) e de comprimento circunferencial B2 igual à distância média entre uma incisão transversal 4 e uma ranhura transversal 5 consecutivas. Para todos os elementos em relevo 6 delimitados por uma incisão transversal 4 e uma ranhura transversal 5 consecutivas de cada porção lateral (23, 24), a relação H2/B2 é pelo menos igual a 0.5 e no máximo igual a 2.5.
[0052] A figura 4 a representa a faixa de taxa de arestas longitudinal TAX em função da taxa de arestas transversal TAY para uma banda de rodagem de acordo com a invenção, caracterizada por uma taxa de arestas TAX pelo menos igual a 4 m- 1 e uma taxa de arestas transversal TAY pelo menos igual a 6 m-1. De acordo com um primeiro modo de realização preferido, a taxa de arestas transversal TAY é pelo menos igual a 8 m-1, de preferência pelo menos igual a 10 m-1. De acordo com um segundo modo de realização preferido, a soma da taxa de arestas longitudinal TAX e da taxa de arestas transversal TAY é pelo menos igual a 12 m-1.
[0053] A figura 4B representa a faixa da relação entre a taxa de entalhamento longitudinal TEX e a taxa de entalhamento volúmico global TEG em função da taxa de entalhamento volúmico global TEG, para um pneumático I de acordo com a invenção e para 3 pneumáticos R1, R2 e R3 do estado da técnica tomados como referência. Uma banda de rodagem de acordo com a invenção é caracterizada por uma taxa de entalhamento volúmico longitudinal TEX pelo menos igual a 0.25 vezes e no máximo igual a 0.50 vezes a taxa de entalhamento volúmico global TEG e uma taxa de entalhamento volúmico global TEG pelo menos igual a 8 % e no máximo igual a 15 %. Para mera informação a taxa de entalhamento volúmico global TEG é a soma da taxa de entalhamento volúmico TEX, de acordo com a direção circunferencial XX, e da taxa de entalhamento volúmico transversal TEY, de acordo com a direção axial YY’.
[0054] A figura 4C representa a faixa da taxa de entalhamento volúmico mediano TEC em função da taxa de entalhamento volúmico lateral TES para uma banda de rodagem de acordo com a invenção, caracterizado por uma taxa de entalhamento volúmico mediano TEC pelo menos igual a 8 % e no máximo igual a 13 % e uma taxa de entalhamento volúmico lateral TES pelo menos igual a 19 % e no máximo igual a 25 %.
[0055] Os inventores estudaram mais especialmente essa invenção para um pneumático para caminhão basculante nas dimensões 40.00R57 e 59/80R63.
[0056] As características de banda de rodagem para esses pneumáticos de acordo com a invenção, assim como para um pneumático do estado da técnica tomado como referência, são apresentadas na tabela 1 abaixo:Tabela 1
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Claims (15)

1. Pneumático (1) para veículo pesado de tipo de engenharia civil que compreende uma banda de rodagem (2), destinada a entrar em contato com um solo por intermédio de uma superfície de rodagem (21): - a banda de rodagem (2) tendo uma largura axial WT e tendo uma espessura radial HT pelo menos igual a 70 mm, - a banda de rodagem (2) compreendendo recortes (3, 4, 5) distribuídos, de acordo com uma direção circunferencial (XX’) do pneumático, em sulcos circunferências (3) e, de acordo com uma direção axial (YY’) do pneumático, em incisões transversais (4) e em ranhuras transversais (5), - os recortes (3, 4, 5) delimitando elementos em relevo, - cada recorte (3, 4, 5) sendo delimitado por duas faces (31, 32; 41, 42; 51, 52) confrontantes e cada face (31, 32; 41, 42; 51, 52) cortando a superfície de rodagem (21) de acordo com uma aresta (311, 321; 411, 421; 511, 521), para cada corte (3, 4, 5) delimitado, na superfície de rodagem (21), por duas arestas (311, 321; 411, 421; 511, 521), apenas uma das duas arestas é uma aresta eficaz, ou seja, com um efeito de indentação significativo em relação ao solo em termos de aderência, para um tipo determinado de solicitação da banda de rodagem, - a banda de rodagem (2) tendo uma taxa de arestas longitudinal TAX e uma taxa de arestas transversal TAY, - a taxa de arestas longitudinal TAX sendo igual à relação LX/S entre a soma LX das projeções, na direção circunferencial (XX’), dos comprimentos de arestas eficazes, contidos em uma porção elementar de superfície de rodagem que tem uma superfície S, e a superfície S, - a taxa de arestas transversal TAY sendo igual à relação LY/S entre a soma LY das projeções, na direção axial (YY’), dos comprimentos de arestas eficazes, contidos em uma porção elementar de superfície de rodagem que tem uma superfície S, e a superfície S, caracterizado pelo fato de que a taxa de arestas longitudinal TAX é pelo menos igual a 4 m-1 e pelo fato de que a taxa de arestas transversal TAY é pelo menos igual a 6 m-1.
2. Pneumático (1) para veículo pesado de tipo de engenharia civil de acordo com a reivindicação 1 caracterizado pelo fato de que a taxa de arestas transversal TAY é pelo menos igual a 8 m-1, de preferência pelo menos igual a 10 m- 1 .
3. Pneumático (1) para veículo pesado de tipo de engenharia civil de acordo com a reivindicação 1 caracterizado pelo fato de que a soma da taxa de arestas longitudinal TAX e da taxa de arestas transversal TAY é pelo menos igual a 12 m-1, de preferência pelo menos igual a 14 m-1.
4. Pneumático (1) para veículo pesado de tipo de engenharia civil de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 3, caracterizado pelo fato de que: - a banda de rodagem (2) tendo uma taxa de entalhamento volúmico global TEG da banda de rodagem é igual à relação entre o volume total VD dos recortes (3, 4, 5) e a soma do volume total VD dos recortes (3, 4, 5) e do volume total VR dos elementos em relevo (6) delimitados por esses recortes, - a taxa de entalhamento volúmico global TEG sendo igual à soma de uma taxa de entalhamento volúmico longitudinal TEX e de uma taxa de entalhamento volúmico transversal TEY, - a taxa de entalhamento volúmico longitudinal TEX é igual à relação entre o volume total VDX dos recortes longitudinais, de tipo sulcos circunferenciais (3), e a soma do volume total VD dos recortes (3, 4, 5) e do volume total VR dos elementos em relevo (6) delimitados por esses recortes, - a taxa de entalhamento volúmico transversal TEY é igual à relação entre o volume total VDY dos recortes transversais, de tipos incisões (4) e ranhuras (5), e a soma do volume total VD dos recortes (3, 4, 5) e do volume total VR dos elementos em relevo (6) delimitados por esses recortes, pelo fato de que a taxa de entalhamento volúmico global TEG é pelo menos igual a 8 % e no máximo igual a 17 %, de preferência no máximo igual a 15 %, pelo fato de que a taxa de entalhamento volúmico longitudinal TEX é pelo menos igual a 0.25 vezes e no máximo igual a 0.50 vezes a taxa de entalhamento volúmico global TEG e pelo fato de que a taxa de entalhamento volúmico transversal TEY é pelo menos igual a 0.50 vezes e no máximo igual a 0.75 vezes a taxa de entalhamento volúmico global TEG.
5. Pneumático (1) para veículo pesado de tipo de engenharia civil de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 4, caracterizado pelo fato de que: - a banda de rodagem (2) compreendendo uma porção mediana (22) que tem uma largura axial WC pelo menos igual a 50 % e no máximo igual a 80 % da largura total WT e duas porções laterais (23, 24) axialmente posicionadas respectivamente de um lado e de outro da porção mediana (22) e que têm cada uma delas uma largura axial WS pelo menos igual a 10 % e no máximo igual a 25 % da largura total WT, - a porção mediana (22) e cada porção lateral (23, 24) tendo respectivamente uma taxa de entalhamento volúmico mediano TEC e uma taxa de entalhamento volúmico lateral TES, - a taxa de entalhamento volúmico mediano TEC sendo igual à relação entre o volume total VDC dos recortes (3, 4, 5) da porção mediana (22) e a soma do volume total VDC dos recortes (3, 4, 5) da porção mediana (22) e do volume total VRC dos elementos em relevo (6) da porção mediana (22) delimitados por esses recortes, - a taxa de entalhamento volúmico lateral TES sendo igual à relação entre o volume total VDS dos recortes (3, 4, 5) da porção lateral (23, 24) e a soma do volume total VDS dos recortes (3, 4, 5) da porção lateral (23, 24) e do volume total VRS dos elementos em relevo (6) da porção lateral (23, 24) delimitados por esses recortes, pelo fato de que a taxa de entalhamento volúmico mediano TEC é pelo menos igual a 8 % e no máximo igual a 13 % e pelo fato de que a taxa de entalhamento volúmico lateral TES é pelo menos igual a 19 % e no máximo igual a 25 %.
6. Pneumático (1) para veículo pesado de tipo de engenharia civil de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 5, caracterizado pelo fato de que: - a banda de rodagem (2) compreendendo pelo menos dois sulcos circunferenciais (3), posicionados axialmente de um lado e de outro de um plano equatorial (XZ) que passa pelo meio da banda de rodagem e que é perpendicular ao eixo de rotação (YY’) do pneumático, - cada sulco circunferencial (3) se estendendo axialmente entre duas faces substancialmente circunferenciais (31, 32), radialmente na direção do interior a partir da superfície de rodagem (21) até uma face de fundo (33) e circunferencialmente em toda a circunferência do pneumático, - cada sulco circunferencial (3) sendo axialmente posicionado em relação ao plano equatorial (XZ), a uma distância axial L, tendo uma largura axial W, medida entre as duas faces substancialmente circunferenciais (31, 32), e uma profundidade radial H, medida entre a superfície de rodagem (21) e a face de fundo (33), a profundidade radial H sendo pelo menos igual a 70 % da espessura radial HT e no máximo igual à espessura radial HT, pelo fato de que cada sulco circunferencial (3) tem também uma largura axial W e uma profundidade radial H, de tal modo que a relação W/H é pelo menos igual a 0.06, pelo fato de que a distância axial c entre dois sulcos circunferenciais (3) consecutivos é pelo menos igual a 12 % e no máximo igual a 21 % da largura axial WT da banda de rodagem e pelo fato de que cada um dos sulcos circunferenciais (3) que são axialmente os mais exteriores é posicionado axialmente, em relação ao plano equatorial (XZ), a uma distância axial LE pelo menos igual a 25 % da largura axial WT da banda de rodagem.
7. Pneumático (1) para veículo pesado de tipo de engenharia civil de acordo com a reivindicação 6 caracterizado pelo fato de que a relação W/H é no máximo igual a 0.15.
8. Pneumático (1) para veículo pesado de tipo de engenharia civil de acordo com qualquer uma das reivindicações 6 ou 7 caracterizado pelo fato de que a distância axial LE é pelo menos igual a 30 %, de preferência pelo menos igual a 35 % da largura axial WT da banda de rodagem.
9. Pneumático (1) para veículo pesado de tipo de engenharia civil de acordo com qualquer uma das reivindicações 6 a 8 caracterizado pelo fato de que a distância axial LE é no máximo igual a 40 % da largura axial WT da banda de rodagem.
10. Pneumático (1) para veículo pesado de tipo de engenharia civil de acordo com qualquer uma das reivindicações 6 a 9, caracterizado pelo fato de que a distância axial C entre dois sulcos circunferenciais (3) consecutivos é pelo menos igual a 150 % e no máximo igual a 200 % da espessura radial HT.
11. Pneumático (1) para veículo pesado de tipo de engenharia civil de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 10, caracterizado pelo fato de que a banda de rodagem (2) compreende pelo menos quatro sulcos circunferenciais (3), de preferência pelo menos cinco sulcos circunferenciais (3).
12. Pneumático (1) para veículo pesado de tipo de engenharia civil de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 11, caracterizado pelo fato de que a banda de rodagem (2) compreende no máximo oito sulcos circunferenciais (3).
13. Pneumático (1) para veículo pesado de tipo de engenharia civil de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 12, caracterizado pelo fato de que: - a banda de rodagem (2) compreendendo uma porção mediana (22) que tem uma largura axial WC pelo menos igual a 50 % e no máximo igual a 80 % da largura axial WT e duas porções laterais (23, 24) axialmente posicionadas respectivamente de um lado e de outro da porção mediana (22) e que têm cada uma delas uma largura axial WS pelo menos igual a 10 % e no máximo igual a 25 % da largura axial WT, - a banda de rodagem (2) sendo tal que a porção mediana (22) compreende incisões transversais (4) que desembocam nos sulcos circunferenciais (3), - essas incisões transversais (4) tendo uma profundidade radial H1 elo menos igual a 70 % da espessura radial HT e delimitando elementos em relevo (6) de altura igual à profundidade radial H1 das ditas incisões transversais e de comprimento circunferencial B1 igual à distância média entre duas incisões transversais (4) consecutivas, pelo fato de que, para todos os elementos em relevo (6) delimitados por duas incisões transversais (4) consecutivas da porção mediana (22) a relação H1/B1 é pelo menos igual a 0.5 e no máximo igual a 2.5.
14. Pneumático (1) para veículo pesado de tipo de engenharia civil de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 13, caracterizado pelo fato de que: - a banda de rodagem (2) compreendendo uma porção mediana (22) que tem uma largura axial WC pelo menos igual a 50 % e no máximo igual a 80 % da largura axial WT e duas porções laterais (23, 24) axialmente posicionadas respectivamente de um lado e de outro da porção mediana (22) e que têm cada uma delas uma largura axial WS pelo menos igual a 10 % e no máximo igual a 25 % da largura axial WT, - a banda de rodagem (2) sendo tal que pelo menos uma porção lateral (23, 24) compreende recortes transversais (4, 5), de tipos incisão transversal (4) ou ranhura transversal (5), que desembocam de um lado em um sulco circunferencial (3) e do outro em uma extremidade axial da banda de rodagem (2), - esses recortes transversais (4, 5) tendo uma profundidade radial H2 pelo menos igual a 70 % da espessura radial HT e delimitando elementos em relevo (6) de altura igual à profundidade radial H2 dos ditos recortes transversais e de comprimento circunferencial B2 igual à distância média entre dois recortes transversais (4) consecutivos, pelo fato de que, para todos os elementos em relevo (6) delimitados por dois recortes transversais (4, 5) consecutivos de pelo menos uma porção lateral (23, 24), a relação H2/B2 é pelo menos igual a 0.5 e no máximo igual a 2.5.
15. Pneumático (1) para veículo pesado de tipo de engenharia civil de acordo com a reivindicação 14, caracterizado pelo fato de que pelo menos uma porção lateral (23, 24) compreende uma alternância de incisões transversais (4) e de ranhuras transversais (5) de tal modo que todo elemento em relevo (6) é delimitado por uma incisão transversal (4) e uma ranhura transversal (5) consecutivas.
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