BR112018011923B1 - Banda de rodagem de pneumático para veículo de uso agrícola - Google Patents

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Abstract

BANDA DE RODAGEM DE PNEUMÁTICO PARA VEÍCULO DE USO AGRÍCOLA Pneumático (1) para veículo de uso agrícola e, em especial, sua banda de rodagem (2), que visa a melhorar o compromisso entre, por um lado, a capacidade de tração e a resistência ao avanço, em uso no campo, e, por outro lado, a duração de vida em desgaste e a resistência à rodagem, em uso na estrada. A banda de rodagem tendo uma espessura radial Hmax e compreendendo uma parte mediana (20) e duas partes laterais (21, 22), o perfil meridiano (PS) da superfície radialmente exterior (31, 32) de cada parte lateral (21, 22) é radialmente interior ao perfil meridiano (PC) da superfície radialmente exterior (30) da parte mediana (20) e a distância radial (d) entre o ponto médio (I1, I2) do perfil meridiano (PS) da superfície radialmente exterior (31, 32) de cada parte lateral (21, 22) e o perfil meridiano (PC) da superfície radialmente exterior (30) da parte mediana (20) é pelo menos igual a 0,5 vezes a espessura radial Hmax da banda de rodagem (2).

Description

[001] A presente invenção tem como objeto um pneumático para veículo agrícola, tal como um trator ou um veículo agroindustrial. Ela tem mais especialmente como objeto um pneumático agrícola, destinado a ser submetido a um torque, e se refere mais precisamente a sua banda de rodagem, destinada a entrar em contato com um solo por intermédio de uma superfície de rodagem.
[002] Um pneumático agrícola é destinado a rodar sobre diversos tipos de solos tais como a terra mais ou menos compacta dos campos, os caminhos não asfaltados de acesso aos campos e as superfícies asfaltadas das estradas. Considerando a diversidade de uso, no campo e na estrada, um pneumático agrícola, e em especial sua banda de rodagem, deve apresentar um compromisso de desempenhos variável de acordo com o uso. Por ocasião de um uso no campo, os desempenhos visados são essencialmente uma capacidade de tração eficaz, uma pouca compactação do solo e uma pouca resistência ao avanço. Por ocasião de um uso na estrada, os desempenhos visados são uma capacidade de velocidade eficaz, uma pouca resistência à rodagem e um bom comportamento de estrada.
[003] É conhecido que uma alavanca essencial de gestão do compromisso de desempenhos de um pneumático agrícola, submetido a uma carga dada, é sua pressão de inflação.
[004] No caso de um uso no campo, sobre um solo mais ou menos móvel, é recomendado inflar o pneumático com a pressão mais baixa possível sem prejudicar sua resistência. De fato, é conhecido que, quanto mais baixa for a pressão de inflação, menor é a compactação do solo na passagem do veículo agrícola, o que favorece o rendimento agronômico das culturas. Além disso, uma pressão de inflação baixa diminui a formação de rodeiras, o que é favorável à resistência ao avanço do veículo.
[005] No caso de um uso no caminho ou na estrada, sobre um solo duro, por ocasião dos deslocamentos do veículo agrícola fora de sua zona de trabalho, ou por ocasião do transporte de produtos que entram ou que saem da exploração agrícola, uma pressão mais alta é necessária para garantir, em especial, um bom comportamento de estrada e uma pouca resistência à rodagem.
[006] Em um plano normativo, o nível de pressão recomendado é definido, por exemplo, pelas normas da “European Technical Rim and Tyre Organization” (ETRTO) que definem curvas que exprimem a carga máxima e a pressão recomendada, aplicadas ao pneumático, em função da velocidade do veículo. A título de exemplos, para uma carga dada, certos pneumáticos agrícolas podem funcionar a pressões inferiores a 1 bar enquanto que outros pneumáticos de mesma dimensão funcionam acima de 1,6 bars. Essas diferenças de pontos de funcionamento são normatizadas de acordo com índices de sobrecarga (IF ou VF, de acordo com as normas ETRTO).
[007] Uma tendência atual forte na definição dos veículos agrícolas de tipo trator agrícola é a de integrar ao funcionamento desses tratores agrícolas um sistema dinâmico de gestão da pressão de inflação dos pneumáticos, chamado correntemente de sistema de teleinflação, que permite adaptar a pressão de inflação dos pneumáticos ao uso.
[008] Em um modo de funcionamento de pressão regulada no decorrer do uso, se alternará assim um funcionamento no campo, com baixa pressão, e um funcionamento na estrada, com pressão mais alta. É conhecido que com baixa pressão, a superfície de contato da banda de rodagem do pneumático com o solo é mais larga e que a carga aplicada ao pneumático é retomada essencialmente pelas bordas ou partes laterais da banda de rodagem, enquanto que com pressão mais alta, a superfície de contato da banda de rodagem do pneumático com o solo é mais estreita e que a carga aplicada ao pneumático é retomada essencialmente pelo centro ou parte mediana da banda de rodagem. Em outros termos, com baixa pressão, as pressões de contato são máximas nas partes laterais da banda de rodagem, enquanto que com pressão mais alta, as pressões de contato são máximas na parte mediana da banda de rodagem.
[009] No que se segue e por definição, as direções circunferencial, axial e radial designam respectivamente uma direção tangente à superfície de rodagem do pneumático e orientada de acordo com o sentido de rotação do pneumático, uma direção paralela ao eixo de rotação do pneumático e uma direção perpendicular ao eixo de rotação do pneumático. Por “radialmente interior”, respectivamente “radialmente exterior”, é entendido “mais próximo”, respectivamente “mais afastado do plano equatorial do pneumático” o plano equatorial do pneumático sendo o plano que passa pelo meio da superfície de rodagem do pneumático e que é perpendicular ao eixo de rotação do pneumático.
[0010] A banda de rodagem de um pneumático para trator agrícola compreende geralmente uma pluralidade de barrinhas. As barrinhas são elementos em relevo em relação a uma superfície de revolução em torno do eixo de rotação do pneumático, chamada de superfície de fundo.
[0011] Uma barrinha te geralmente uma forma globalmente paralelepipédica alongada, constituída por pelo menos uma porção retilínea ou curvilínea, e é separada das barrinhas adjacentes por ranhuras. Uma barrinha pode ser constituída por uma sucessão de porções retilíneas, tal como descrita, por exemplo, nos documentos US 3603370, US 4383567, EP 795427 ou ter uma forma curvilínea, tal como apresentada nos documentos US 4446902, EP 903249, EP 1831034.
[0012] Uma barrinha tem usualmente, mas não obrigatoriamente, um ângulo de inclinação médio em relação à direção circunferencial, próximo de 45°. De fato, esse ângulo de inclinação médio permite em especial um bom compromisso entre a tração no campo e o conforto vibratório. A tração no campo é ainda melhor quanto mais axial for a barrinha, quer dizer que seu ângulo de inclinação médio, em relação à direção circunferencial é próximo de 90°, enquanto que o conforto vibratório é ainda melhor quanto mais circunferencial for a barrinha, quer dizer que seu ângulo de inclinação médio, em relação à direção circunferencial, é próximo de 0°. É notório que a tração no campo é mais fortemente determinada pelo ângulo da barrinha ao nível do ombro, o que levou certos projetistas de pneumáticos a propor uma forma de barrinha bastante encurvada, que leva a uma barrinha substancialmente axial no ombro e substancialmente circunferencial no meio da banda de rodagem.
[0013] A banda de rodagem de um pneumático para trator agrícola compreende geralmente duas fileiras de barrinhas tais como precedentemente descritas e que apresentam uma simetria em relação ao plano equatorial do pneumático. Essa distribuição de barrinhas inclinadas em relação à direção circunferencial confere à banda de rodagem uma forma em V correntemente denominada motivos em chaveirões. Na maior parte das vezes existe uma decalagem circunferencial entre as duas fileiras de barrinhas, que resulta de uma rotação em torno do eixo do pneumático de uma metade da banda de rodagem em relação à outra metade da banda de rodagem. Por outro lado, as barrinhas podem ser contínuas ou descontínuas, e distribuídas circunferencialmente com um passo constante ou variável.
[0014] De modo geral, o profissional define a banda de rodagem de um pneumático com o auxílio de duas características de concepção importantes: a largura total e a taxa de entalhamento volúmico da banda de rodagem.
[0015] A largura total da banda de rodagem é a distância axial entre as extremidades axiais da superfície de rodagem, simétricas em relação ao plano equatorial do pneumático. Em um plano prático, uma extremidade axial da superfície de rodagem não corresponde necessariamente a um ponto claramente definido. Sabendo que a banda de rodagem é delimitada exteriormente, por um lado, pela superfície de rodagem e, por outro lado, por duas superfícies de conexão com dois flancos que ligam a dita banda de rodagem a dois talões destinados a assegurar a ligação com um aro de montagem, uma extremidade axial pode então ser definida matematicamente como a projeção ortogonal, sobre a banda de rodagem, de um ponto teórico de interseção entre a tangente à superfície de rodagem, na zona de extremidade axial da superfície de rodagem, e a tangente à superfície de conexão, na zona de extremidade radialmente exterior à superfície de conexão. A largura total da banda de rodagem corresponde substancialmente à largura axial da superfície de contato quando o pneumático é submetido às condições de carga e de pressão recomendadas.
[0016] A taxa de entalhamento volúmico da banda de rodagem é definida como a relação entre o volume total das ranhuras que separam os elementos em relevo e o volume total da banda de rodagem suposta não entalhada, radialmente compreendida entre a superfície de fundo e a superfície de rodagem. A superfície de fundo é definida como a superfície submetida a uma translação da superfície de rodagem, radialmente para o interior, em uma distância radial que corresponde à profundidade radial máxima das ranhuras, chamada de espessura radial Hmax da banda de rodagem. A taxa de entalhamento volúmico define assim implicitamente o volume de material elastomérico constitutivo da banda de rodagem destinado a ser gasto. Ela tem também uma incidência direta sobre a superfície de contato da banda de rodagem com o solo, e, por consequência, sobre as pressões de contato com o solo que condicionam o desgaste do pneumático.
[0017] As características de concepção das bandas de rodagem com barrinhas do estado da técnica não permitem hoje obter um compromisso satisfatório entre os desempenhos no uso no campo, tais como a capacidade de tração e a resistência ao avanço, e os desempenhos no uso na estrada, tais como a duração de vida em desgaste e a resistência à rodagem.
[0018] Os inventores se deram como objetivo melhorar o compromisso entre, por um lado, a capacidade de tração e a resistência ao avanço, no uso no campo, e, por outro lado, a duração de vida em desgaste e a resistência à rodagem, em uso na estrada.
[0019] Esse objetivo foi atingido de acordo com a invenção por um pneumático para veículo de uso agrícola que compreende uma banda de rodagem, destinada a entrar em contato com um solo por intermédio de uma superfície de rodagem: - a banda de rodagem compreendendo elementos em relevo separados pelo menos em parte uns dos outros por ranhuras e que se estendem radialmente para o exterior a partir de uma superfície de fundo até a superfície de rodagem em uma altura radial H pelo menos igual a 30 mm e no máximo igual à espessura radial H max da banda de rodagem, - a banda de rodagem tendo uma largura total WT medida entre duas extremidades axiais da superfície de rodagem, - a banda de rodagem compreendendo uma parte mediana, simétrica em relação a um plano equatorial e que tem uma parte mediana WC pelo menos igual a 5 % e no máximo igual a 25 % da largura total WT, e duas partes laterais que se estendem cada uma delas axialmente para o interior a partir de uma extremidade axial da superfície de rodagem e que têm cada uma delas uma largura lateral WS pelo menos igual a 5 % e no máximo igual a 20 % da largura total WT, - a parte mediana compreendendo uma superfície radialmente exterior que tem, em um plano meridiano, um perfil meridiano que tem um ponto médio e um raio de curvatura RC em seu ponto médio, e cada parte lateral compreendendo uma superfície radialmente exterior que tem um perfil meridiano que tem um ponto médio e um raio de curvatura RS em seu ponto médio, - o perfil meridiano da superfície radialmente exterior de cada parte lateral sendo radialmente interior ao perfil meridiano da superfície radialmente exterior da parte mediana - e a distância radial entre o ponto médio do perfil meridiano da superfície radialmente exterior de cada parte lateral e o perfil meridiano da superfície radialmente exterior da parte mediana sendo pelo menos igual a 0,5 vezes a espessura radial Hmax da banda de rodagem.
[0020] A parte mediana não está necessariamente em contato com cada parte lateral da qual ela pode ser separada por uma parte intermediária ou de transição. Por superfície radialmente exterior da parte mediana ou de cada parte lateral, é entendida uma superfície que envolve os elementos em relevo das partes em questão, sem levar em consideração as ranhuras que separam os ditos elementos em relevo. Por perfil meridiano de uma superfície radialmente exterior, é entendida a curva de interseção da dita superfície radialmente exterior com qualquer plano meridiano que contém o eixo de revolução do pneumático. O raio de curvatura em um ponto médio do perfil meridiano, que se estende axialmente entre um primeiro e um segundo ponto limite, de uma superfície radialmente exterior é o raio do círculo que passa pelo ponto médio e pelos dois pontos limites do perfil meridiano: ele é também chamado de raio de curvatura médio. Um perfil meridiano é um perfil meridiano inflado, definido em um pneumático montado em seu aro recomendado e inflado em sua pressão recomendada tal como definida, por exemplo, pela norma ETRTO ou a norma ISO 4251, o pneumático não estando esmagado, quer dizer submetido a nenhuma carga radial.
[0021] De acordo com uma primeira característica essencial da invenção, o perfil meridiano da superfície radialmente exterior de cada parte lateral é radialmente interior ao perfil meridiano da superfície radialmente exterior da parte mediana. Em outros termos, o perfil meridiano da superfície radialmente exterior de cada parte lateral é decalado radialmente para o interior, em relação ao perfil meridiano da superfície radialmente exterior da parte mediana: o que cria uma depressão de cada parte lateral em relação à parte mediana.
[0022] De acordo com uma segunda característica essencial da invenção, a distância radial entre o ponto médio do perfil meridiano da superfície radialmente exterior de cada parte lateral e o perfil meridiano da superfície radialmente exterior da parte mediana é pelo menos igual a 0,5 vezes a espessura radial Hmax da banda de rodagem. Essa distância radial qualifica a decalagem radial entre os perfis meridianos respectivos das superfícies radialmente exteriores da parte mediana e de cada parte lateral.
[0023] A combinação das características essenciais da invenção permite em especial otimizar o contato da banda de rodagem com um solo rígido de tipo estrada em alta e em baixa pressão.
[0024] Em alta pressão, quer dizer a uma pressão de inflação pelo menos igual a 2/3 da pressão recomendada, a superfície radialmente exterior da parte mediana está em contato total com o solo, enquanto que as superfícies radialmente exteriores das partes laterais não estão em contato com o solo, as superfícies radialmente exteriores das partes intermediárias entre cada parte lateral e a parte mediana estando em contato parcial com o solo. Em outros termos, a banda de rodagem está em contato parcial com o solo, por sua parte mediana essencialmente, e pelo menos parcialmente por suas partes intermediárias. A título de exemplo, para um pneumático do qual a pressão recomendada é igual a 2,4 bars, o contato parcial é obtido para uma pressão pelo menos igual a 1,6 bars.
[0025] Em baixa pressão, quer dizer a uma pressão de inflação no máximo igual a 1/2 da pressão recomendada, as superfícies radialmente exteriores respectivas da parte mediana, das partes intermediárias e das partes laterais estão em contato total com o solo. Em outros termos, a banda de rodagem está em contato total com o solo. A título de exemplo, para um pneumático do qual a pressão recomendada é igual a 2,4 bars, o contato total é obtido para uma pressão no máximo igual a 1,2 bars.
[0026] Por ocasião de um uso na estrada em alta pressão, em relação a um pneumático do estado da técnica que compreende uma banda de rodagem com barrinhas que têm um perfil meridiano clássico, sem depressão ao nível das partes laterais, o porte da carga é essencialmente assegurado pela parte mediana da banda de rodagem. Em especial no caso em que a parte mediana é quase contínua, a duração de vida em desgaste na estrada é aumentada e a resistência à rodagem é diminuída. Além disso o conforto na estrada é melhorado, em relação a uma banda de rodagem com barrinhas que induz vibrações por ocasião de cada entrada ou cada saída de uma barrinha na área de contato.
[0027] Por ocasião de um uso no campo em baixa pressão, em relação a um pneumático do estado da técnica, a capacidade de tração sobre solo agrícola móvel ou rígido é aumentada graças ao aumento da largura da banda de rodagem. Além disso, o aumento da largura da banda de rodagem permite uma diminuição da compressão dos solos agrícolas e, para um solo móvel, uma diminuição da resistência ao avanço.
[0028] Em um plano prático, a passagem automática de um funcionamento em alta pressão para um funcionamento em baixa pressão e reciprocamente pode ser vantajosamente realizada por um sistema de teleinflação embarcado no veículo agrícola que permite a gestão das pressões de inflação dos diversos pneumáticos que equipam o veículo.
[0029] Vantajosamente, a distância radial entre o ponto médio do perfil meridiano da superfície radialmente exterior de cada parte lateral e o perfil meridiano da superfície radialmente exterior da parte mediana é pelo menos igual a 0,7 vezes a espessura radial Hmax da banda de rodagem. Uma decalagem radial maior acentua os efeitos técnicos precedentemente descritos.
[0030] Também vantajosamente o raio de curvatura RC no ponto médio do perfil meridiano da superfície radialmente exterior da parte mediana é pelo menos igual ao raio de curvatura RS no ponto médio do perfil meridiano da superfície radialmente exterior de cada parte lateral. Tal razão entre esses raios de curvatura garante um perfil meridiano da superfície de rodagem plano, quer dizer com um raio de curvatura médio elevado, tipicamente pelo menos igual a 1000 mm, o que facilita a colocação no plano meridiana da banda de rodagem sobre um solo rígido ou móvel, daí um aumento da superfície de contato entre a banda de rodagem e o solo. Tal aumento da superfície de contato acarreta, em especial sobre um solo rígido, uma diminuição das pressões de contato e, portanto, um aumento da duração de vida em desgaste, e, sobre um solo móvel, um aumento da capacidade de tração.
[0031] Ainda mais vantajosamente o raio de curvatura RC no ponto médio do perfil meridiano da superfície radialmente exterior da parte mediana é pelo menos igual a 1,1 vezes, de preferência 1,2 vezes, o raio de curvatura RS no ponto médio do perfil meridiano da superfície radialmente exterior de cada parte lateral. Com um raio de curvatura médio do perfil meridiano da superfície de rodagem ainda maior, a colocação no plano meridiana da banda de rodagem é ainda mais facilitada.
[0032] De acordo com um primeiro modo de realização preferido, a parte mediana tendo uma taxa de entalhamento volúmico mediano TEC igual à relação entre o volume total das ranhuras que separam os elementos em relevo da parte mediana e o volume total da parte mediana radialmente compreendido entre a superfície de fundo e a superfície de rodagem, a taxa de entalhamento volúmico mediano TEC é no máximo igual a 30 %, de preferência no máximo igual a 20 %. Uma taxa de entalhamento volúmico mediana TEC implica a presença de um volume de matéria mínimo em contato com o solo ao nível da parte mediana, que garante desempenhos em desgaste e em comportamento na estrada satisfatórios. A duração de vida em relação ao desgaste é também aumentada devido à rigidez, e, portanto, à pouca mobilidade, dos elementos em relevo da parte mediana. A resistência à rodagem é diminuída graças à rigidez, e, portanto, à pouca mobilidade, dos elementos em relevo da parte mediana.
[0033] De acordo com uma variante do primeiro modo de realização preferido, cada parte lateral tendo uma taxa de entalhamento volúmico lateral TES igual à relação entre o volume total das ranhuras que separam os elementos em relevo da parte lateral e o volume total da parte lateral radialmente compreendido entre a superfície de fundo e a superfície de rodagem, a taxa de entalhamento volúmico lateral TES é pelo menos igual a 50 %, de preferência pelo menos igual a 60 %. Uma taxa de entalhamento volúmico mediana TES implica a presença de um volume de ranhuras mínimo ao nível das partes laterais, que garante, no uso no campo, o cisalhamento de um volume mínimo de terra mínimo, o que implica uma capacidade de tração no campo satisfatória.
[0034] De acordo com uma outra variante do primeiro modo de realização preferido, a banda de rodagem compreendendo duas partes intermediárias, cada parte intermediária sendo axialmente delimitada pela parte mediana e por uma parte lateral, cada parte intermediária tendo um entalhamento volúmico intermediário TEI igual à relação entre o volume total das ranhuras que separam os elementos em relevo da parte intermediária e o volume total da parte intermediária radialmente compreendido entre a superfície de fundo e a superfície de rodagem, a taxa de entalhamento volúmico intermediário TEI é pelo menos igual a 50 % e no máximo igual a 75 %. Tal taxa de entalhamento volúmico intermediário TEI implica a presença de um volume de ranhuras mínimo ao nível das partes intermediárias, que garante, em uso no campo, o cisalhamento de um volume mínimo de terra mínimo, o que implica uma capacidade de tração no campo satisfatória.
[0035] De acordo com um segundo modo de realização preferido, os elementos em relevo da parte mediana e de cada parte lateral que se estendem radialmente para o exterior a partir da superfície de fundo até a superfície de rodagem em uma altura radial H, todo elemento em relevo da parte mediana compreende uma primeira mistura elastomérica que se estende radialmente na direção do interior a partir da superfície radialmente exterior em uma distância radial pelo menos igual a 0,5 vezes e no máximo igual a 1 vez a altura radial H e todo elemento em relevo de cada parte lateral compreende uma segunda mistura elastomérica que se estende radialmente na direção do interior a partir da superfície radialmente exterior em uma distância radial pelo menos igual a 0,5 vezes e no máximo igual a 1 vez a altura radial H.
[0036] Esse segundo modo de realização preferido da invenção visa a obter uma diferenciação dos desempenhos da banda de rodagem entre a parte mediana constituída pelo menos em parte por uma primeira mistura elastomérica e destinada a resistir ao desgaste em uso na estrada, e as partes laterais, constituídas pelo menos em parte por uma segunda mistura elastomérica e destinadas a resistir às agressões em uso no campo. Por consequência, as primeira e segunda misturas elastoméricas são vantajosamente diferentes.
[0037] A parte mediana sendo a parte de banda de rodagem principalmente submetida ao desgaste, em uso na estrada em alta pressão, todo elemento em relevo da parte mediana compreende uma primeira mistura elastomérica que se estende radialmente na direção do interior a partir da superfície radialmente exterior em uma distância radial pelo menos igual a 0,5 vezes e no máximo igual a 1 vez a altura radial H, quer dizer que representa 50 % a 100 % da altura radial H do elemento em relevo, essa primeira mistura elastomérica sendo vantajosamente resistente ao desgaste.
[0038] As partes laterais sendo as partes de banda de rodagem principalmente submetidas às agressões, em uso no campo em baixa pressão, todo elemento em relevo de cada parte lateral compreende uma segunda mistura elastomérica que se estende radialmente na direção do interior a partir da superfície radialmente exterior em uma distância radial pelo menos igual a 0,5 vezes e no máximo igual a 1 vez a altura radial H, quer dizer que representa 50 % a 100 % do elemento em relevo, essa segunda mistura elastomérica sendo vantajosamente resistente às agressões em uso no campo.
[0039] Esse segundo modo de realização preferido da invenção foi descrito e reivindicado no pedido internacional WO 1015158871, para uma escultura com barrinhas de pneumático agrícola. Esse documento descreve em especial uma primeira e uma segunda misturas elastoméricas respectivamente de parte mediana e de partes laterais, por um lado, por seus módulos complexos respectivos de cisalhamento dinâmico Gi* e G2* a 50 % de deformação e a 60°C, e por seus fatores de perda respectivos tan (δ) e tan (δ), e por outro lado, por suas composições químicas respectivas.
[0040] No que diz respeito às partes intermediárias da banda de rodagem, essas últimas podem compreender sozinhas ou em combinação as primeira e segunda misturas elastoméricas precedentemente citadas, ou compreender uma terceira mistura elastomérica.
[0041] A presente invenção será melhor compreendida com o auxílio das figuras esquemáticas de acordo com a invenção representadas na escala, juntas em anexo: - figura 1: corte meridiano de uma banda de rodagem de um pneumático de acordo com a invenção - figura 2: vista de cima de uma banda de rodagem de um pneumático de acordo com a invenção - figura 3A: esquema do contato com um solo rígido de um pneumático de acordo com a invenção utilizado em alta pressão - figura 3B: esquema do contato com um solo rígido de um pneumático de acordo com a invenção utilizado em baixa pressão.
[0042] A figura 1 representa um corte meridiano, em um plano meridiano YZ, de um pneumático 1 para veículo de uso agrícola que compreende uma banda de rodagem 2, destinada a entrar em contato com um solo por intermédio de uma superfície de rodagem 3. A banda de rodagem 2 compreende elementos em relevo 4 separados pelo menos em parte uns dos outros por ranhuras 5 e que se estendem radialmente na direção do exterior a partir de uma superfície de fundo 6 até a superfície de rodagem 3 em uma altura radial H pelo menos igual a 30 mm e no máximo igual à espessura radial Hmax de banda de rodagem 2. A banda de rodagem 2 tem uma largura total WT medida entre duas extremidades axiais (E1, E2) da superfície de rodagem 3. A banda de rodagem 2 compreende uma parte mediana 20, simétrica em relação a um plano equatorial XZ e que tem uma largura mediana WC pelo menos igual a 5 % e no máximo igual a 25 % da largura total WT, e duas partes laterais (21, 22) que se estendem cada uma delas axialmente na direção do interior a partir de uma extremidade axial (E1, E2) da superfície de rodagem 3 e que têm cada uma delas uma largura lateral WS pelo menos igual a 5 % e no máximo igual a 20 % da largura total WT. A banda de rodagem compreende por outro lado duas partes intermediárias (23, 24), cada parte intermediária (23, 24) sendo axialmente delimitada pela parte mediana 20 e por uma parte lateral (21, 22). A parte mediana 20 compreende uma superfície radialmente exterior 30 que tem, em um plano meridiano YZ, um perfil meridiano PC que tem um ponto médio I e um raio de curvatura RC em seu ponto médio I. Cada parte lateral (21, 22) compreende uma superfície radialmente exterior (31, 32) que tem um perfil meridiano PS que tem um ponto médio (I1, I2) e um rádio de curvatura RS em seu ponto médio (I1, I2). De acordo com a invenção, o perfil meridiano PS da superfície radialmente exterior (31, 32) de cada parte lateral (21, 22) é radialmente interior ao perfil meridiano PC da superfície radialmente exterior 30 da parte mediana 20. Também de acordo com a invenção, a distância radial d entre o ponto médio (I1, I2) do perfil meridiano PS da superfície radialmente exterior (31, 32) de cada parte lateral (21, 22) e o perfil meridiano PC da superfície radialmente exterior (30) da parte mediana (20) é pelo menos igual a 0,5 vezes a espessura radial Hmax da banda de rodagem (2). Mais precisamente, essa distância radial d é medida entre o ponto médio (I1, I2) do perfil meridiano PS da superfície radialmente exterior (31, 32) de cada parte lateral (21, 22) e o ponto (J1, J2), interseção entre a reta radial de direção ZZ’ que passa pelo ponto médio (I1, I2) e pelo perfil meridiano PC da superfície radialmente exterior 30 da parte mediana 20.
[0043] A figura 2 representa uma vista de cima de uma banda de rodagem 2 de um pneumático de acordo com a invenção. A banda de rodagem 2, que tem uma largura total WT, compreende elementos em relevo 4 pelo menos em parte separados uns dos outros por sulcos 5. A banda de rodagem 2, que tem uma largura total WT, compreende uma parte mediana 20 que tem uma largura mediana WC pelo menos igual a 5 % e no máximo igual a 25 % da largura total WT, duas partes laterais (21, 22) que têm uma largura lateral WS pelo menos igual a 5 % e no máximo igual a 20 %, e duas partes intermediárias (23, 24) que têm uma largura lateral WI. No caso representado, a parte mediana 20 é quase contínua. As partes intermediárias (23, 24) são em parte ligadas à parte mediana 20 por ligações.
[0044] As figuras 3A e 3B representam esquematicamente o contato com um solo rígido de um pneumático de acordo com a invenção respectivamente utilizado em alta pressão e em baixa pressão. Na figura 3A, em uso em alta pressão, quer dizer a uma pressão de inflação pelo menos igual a 2/3 da pressão recomendada, a superfície radialmente exterior da parte mediana de largura mediana WC está em contato com o solo, enquanto que as superfícies radialmente exteriores das partes laterais de largura lateral WS não estão em contato com o solo, as superfícies radialmente exteriores das partes intermediárias entre cada parte lateral e a parte mediana de largura intermediária WI estando em contato parcial com o solo. Em outros termos, a banda de rodagem está em contato parcial com o solo, por sua parte mediana essencialmente, e pelo menos parcialmente por suas partes intermediárias. Na figura 3B, em uso em baixa pressão, quer dizer a uma pressão de inflação no máximo igual a 1/2 da pressão recomendada, as superfícies radialmente exteriores respectivas da parte mediana de largura mediana WC, das partes intermediárias de largura intermediária WI e das partes laterais de largura lateral WS estão em contato total com o solo. Em outros termos, a banda de rodagem está em contato total com o solo.
[0045] A invenção foi mais especialmente estudada para um pneumático agrícola de dimensão IF 710/70R42.
[0046] As características de concepção da banda de rodagem do pneumático de acordo com a invenção estudado são apresentadas na tabela 1 abaixo:
Figure img0001
Tabela 1
[0047] No que diz respeito aos desempenhos em uso na estrada medidos no pneumático de acordo com a invenção precedentemente descrito, em relação a aqueles de um pneumático do estado da técnica, a duração de vida em desgaste, que representa a quilometragem máxima percorrida, foi aumentada de 10 % e o consumo em carburante foi reduzido de cerca de 10 %, em razão da diminuição da resistência à rodagem.
[0048] No que diz respeito aos desempenhos em uso no campo medidos no pneumático de acordo com a invenção precedentemente descrito, em relação a aqueles de um pneumático do estado da técnica, a capacidade de tração, que representa a carga máxima que pode ser rebocada, para um nível de deslizamento dado do pneumático em relação ao solo, foi aumentada de 20 % e o consumo em carburante foi reduzido de cerca de 10 %, em razão da diminuição da resistência ao avanço.
[0049] A invenção pode ser facilmente extrapolada para um pneumático no qual, por exemplo e de maneira não exaustiva: - a banda de rodagem tem uma espessura radial Hmax inferior a 30 mm - a banda de rodagem compreende uma parte mediana não simétrica em relação ao plano equatorial e/ou partes intermediárias de larguras intermediárias WI diferentes e/ou partes laterais de larguras laterais WS diferentes.

Claims (7)

1. Pneumático (1) para veículo de uso agrícola que compreende uma banda de rodagem (2), destinada a entrar em contato com um solo por meio de uma superfície de banda de rodagem (3): - a banda de rodagem (2) compreendendo elementos em relevo (4) separados uns dos outros pelo menos em parte por ranhuras (5) que se estendem radialmente para o exterior a partir de uma superfície de fundo (6) até a superfície de banda de rodagem (3) por uma altura radial H pelo menos igual a 30 mm e no máximo igual à espessura radial Hmax da banda de rodagem (2), - a banda de rodagem (2) tendo uma largura total WT medida entre duas extremidades axiais (E1, E2) da superfície de banda de rodagem (3), - a banda de rodagem compreendendo uma parte mediana (20), simétrica em relação a um plano equatorial (XZ) e que tem uma largura mediana WC pelo menos igual a 5 % e no máximo igual a 25 % da largura total WT, e duas partes laterais (21, 22) que se estendem cada uma delas axialmente para o interior a partir de uma extremidade axial (E1, E2) da superfície de banda de rodagem (3) e que têm cada uma delas uma largura lateral WS pelo menos igual a 5 % e no máximo igual a 20 % da largura total WT, - a parte mediana (20) compreendendo uma superfície radialmente exterior (30) que tem, em um plano meridiano (YZ), um perfil meridiano (PC) que tem um ponto médio (I) e um raio de curvatura RC em seu ponto médio (I), e cada parte lateral (21, 22) compreendendo uma superfície radialmente exterior (31, 32) que tem um perfil meridiano (PS) que tem um ponto médio (I1, I2) e um raio de curvatura RS em seu ponto médio (I1, I2), caracterizado pelo fato de que o perfil meridiano (PS) da superfície radialmente exterior (31, 32) de cada parte lateral (21, 22) está radialmente no interior do perfil meridiano (PC) da superfície radialmente exterior (30) da parte mediana (20) e em que a distância radial (d) entre o ponto médio (I1, I2) do perfil meridiano (PS) da superfície radialmente exterior (31, 32) de cada parte lateral (21, 22) e o perfil meridiano (PC) da superfície radialmente exterior (30) da parte mediana (20) é pelo menos igual a 0,5 vezes a espessura radial Hmax da banda de rodagem (2).
2. Pneumático (1) de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que o raio de curvatura RC no ponto médio (I) do perfil meridiano (PC) da superfície radialmente exterior (30) da parte mediana (20) é pelo menos igual ao raio de curvatura RS no ponto médio (I) do perfil meridiano (PS) da superfície radialmente exterior (31, 32) de cada parte lateral (21, 22).
3. Pneumático (1) de acordo com a reivindicação 1 ou 2, caracterizado pelo fato de que o raio de curvatura RC no ponto médio (I) do perfil meridiano (PC) da superfície radialmente exterior (30) da parte mediana (20) é pelo menos igual a 1,1 vezes, de preferência 1,2 vezes, o raio de curvatura RS no ponto médio (I) do perfil meridiano (PS) da superfície radialmente exterior (31, 32) de cada parte lateral (21, 22).
4. Pneumático (1) de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 3 a parte mediana (20) tendo uma taxa de entalhamento volúmico mediano TEC igual à relação entre o volume total das ranhuras (5) que separam os elementos em relevo (4) da parte mediana (2) e o volume total da parte mediana (20) radialmente compreendido entre a superfície de fundo (6) e a superfície de banda de rodagem (3), caracterizado pelo fato de que a taxa de entalhamento volúmico mediano TEC é no máximo igual a 30 %, de preferência no máximo igual a 20 %.
5. Pneumático (1) de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 4, cada parte lateral (21, 22) tendo uma taxa de entalhamento volúmico lateral TES igual à relação entre o volume total das ranhuras (5) que separam os elementos em relevo (4) da parte lateral (21, 22) e o volume total da parte lateral (21, 22) radialmente compreendido entre a superfície de fundo (6) e a superfície de banda de rodagem (3), caracterizado pelo fato de que a taxa de entalhamento volúmico lateral TES é pelo menos igual a 50 %, de preferência pelo menos igual a 60 %.
6. Pneumático (1) de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 5, a banda de rodagem (2) compreendendo duas partes intermediárias (23, 24), cada parte intermediária (23, 24) sendo axialmente delimitada pela parte mediana (20) e por uma parte lateral (21, 22), cada parte intermediária (23, 24) tendo um entalhamento volúmico intermediário TEI igual à relação entre o volume total das ranhuras (5) que separam os elementos em relevo (4) da parte intermediária (23, 24) e o volume total da parte intermediária (23, 24) radialmente compreendido entre a superfície de fundo (6) e a superfície de banda de rodagem (3), caracterizado pelo fato de que a taxa de entalhamento volúmico intermediário TEI é pelo menos igual a 50 % e no máximo igual a 75 %.
7. Pneumático (1) de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 6, os elementos em relevo (4) da parte mediana (20) e de cada parte lateral (21, 22) se estendendo radialmente para o exterior a partir da superfície de fundo (6) até a superfície de banda de rodagem (3) por uma altura radial H, caracterizado pelo fato de que todo elemento em relevo (4) da parte mediana (20) compreende um primeiro composto elastomérico que se estende radialmente na direção do interior a partir da superfície radialmente exterior (30) por uma distância radial pelo menos igual a 0,5 vezes e no máximo igual a 1 vez a altura radial H, e em que todo elemento em relevo (4) de cada parte lateral (21, 22) compreende um segundo composto elastomérico que se estende radialmente na direção do interior a partir da superfície radialmente exterior (31, 32) por uma distância radial pelo menos igual a 0,5 vezes e no máximo igual a 1 vez a altura radial H.
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