BR112014028445B1 - Vidraça e método de projeção ou retroprojeção - Google Patents

Vidraça e método de projeção ou retroprojeção Download PDF

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Abstract

MÉTODO PARA PROJEÇÃO OU RETROPROJEÇÃO SOBRE VIDRO QUE COMPREENDE UM ELEMENTO EM CAMADAS TRANSPARENTE QUE TEM PROPRIEDADES DE REFLEXÃO DIFUSA. A presente invenção refere-se a um método de projeção ou retroprojeção, de acordo com o qual um revestimento vitrificado que compreende duas superfícies externas principais usadas como tela de projeção ou de retroprojeção e um projetor são disponíveis. O método consiste em projetar, em virtude do projetor, imagens visualizáveis por espectadores sobre um dos lados do revestimento vitrificado. O revestimento vitrificado compreende um elemento em camadas transparente que exibe propriedades de reflexão difusa.

Description

[0001] A invenção refere-se a um método de projeção ou retroprojeção em que uma vidraça que compreende um elemento em camadas transparente que tem propriedades de reflexão difusa é usado como tela de projeção ou retroprojeção. A invenção também se refere a uma vidraça particularmente muito adequado para o método de projeção ou retroprojeção da invenção.
[0002] As vidraças compreendem vidraças transparentes padrão, os quais ocasionam uma transmissão e reflexão especular de uma radiação incidente sobre a vidraça, e vidraças translúcidos, os quais ocasionam uma transmissão e reflexão difusa de uma radiação incidente sobre a vidraça.
[0003] Geralmente, acredita-se que a reflexão por uma vidraça seja difusa quando uma radiação incidente sobre a vidraça com um determinado ângulo de incidência é refletida pela vidraça em uma pluralidade de direções. Acredita-se que a reflexão por uma vidraça seja especular quando uma radiação incidente sobre a vidraça com um determinado ângulo de incidência é refletida pela vidraça com um ângulo de reflexão igual ao ângulo de incidência. Semelhantemente, acredita-se que a transmissão através de uma vidraça seja especular quando uma radiação incidente sobre a vidraça com um determinado ângulo de incidência é transmitida pela vidraça com um ângulo de transmissão igual ao ângulo de incidência.
[0004] Muitas tentativas foram feitas para conferir, em vidraças translúcidas ou transparentes padrão, propriedades adicionais que permitiram que os mesmos fossem usados como tela de projeção ou retroprojeção.
[0005] Uma tela de projeção compreende duas faces ou superfícies. Uma face principal sobre a qual é projetada a imagem que se origina a partir da fonte de luz posicionada na mesma região do espaço que a fonte de luz (projeção direta). Uma face oposta sobre a qual aparece opcionalmente, por transparência, a imagem projetada sobre a face principal.
[0006] As telas de retroprojeção têm disponível uma face principal e uma face oposta que tem as mesmas características que aquelas das telas de projeção mencionadas acima. Por outro lado, uma tela de retroprojeção se difere de uma tela de projeção pelo fato de que o usuário e a fonte de luz não estão situados na mesma região do espaço, mas se encontram em qualquer lado da tela. A retroprojeção envolve necessariamente o posicionamento do projetor atrás da vidraça e, desse modo, tem disponível uma câmara nesse ponto. Essa configuração é restritiva, desse modo, no ambiente que a mesma exige para seu uso.
[0007] O uso de vidraças transparentes padrão como tela de projeção não pode ser previsto. Isso se deve ao fato de que essas vidraças não exibem uma propriedade de reflexão difusa; desse modo, não tornam possível formar imagens em qualquer uma de suas faces e enviar de volta reflexões nítidas na forma de espelhos.
[0008] O uso de vidraças translúcidos padrão como tela de projeção também exibe desvantagens. Essas vidraças translúcidas não tornam possível manter uma visão clara através da vidraça.
[0009] Uma das soluções propostas para o aperfeiçoamento do desempenho de vidraças translúcidos padrão usados como tela de projeção consiste no uso de vidraças que podem comutados entre um estado transparente e um estado de difusão. Essas vidraças têm por base o uso de película funcional que compreende elementos ativos colocados entre dois suportes de transporte de eletrodo. Os elementos ativos, quando a película é colocada sob tensão, ficam orientados ao longo de um eixo geométrico favorecido, o qual permite a visualização através da película funcional. Sem tensão, na ausência de alinhamento dos elementos ativos, a película se torna difusora e impede a visualização.
[0010] Tais vidraças são atualmente usados, principalmente, como tela para a retroprojeção de imagens no estado de difusão, à medida que suas propriedades não permitem que os mesmos sejam adequadamente usados como tela de projeção. Isto se deve ao fato de que a projeção de imagem direta sobre uma vidraça comutável, por exemplo, uma vidraça de cristal líquido, é de qualidade média devido às propriedades ópticas inadequadas dessas vidraças, tais como a baixa reflexão difusa. Contudo, em particular, a luminosidade das imagens projetadas sobre essas vidraças geralmente diminui muito quando o ângulo de observação aumenta. O ângulo de visão em projeção, até no estado de difusão, é muito reduzido, tornando tais vidraças difíceis de usar como tela de projeção.
[0011] Outra solução, fornecida, em particular, no pedido de patente no. EP 0 823 653, consiste em uma vidraça que combina um sistema de transmissão/absorção de luz variável e um sistema de difusão de luz variável. Essa vidraça pode ser usada como tela de retroprojeção ou projeção. Contudo, é claramente indicado que esses sistemas são relativamente satisfatórios em retroprojeção, mas não funcionam corretamente em projeção. A projeção de imagem em reflexão é de qualidade mediana com, aqui novamente, uma baixa luminosidade e um baixo ângulo de visão. Finalmente, a projeção de imagem é somente possível no estado de difusão. No estado transparente, a projeção direta é impossível.
[0012] As vidraças serigrafadas, usados como tela de projeção e retroprojeção, também são conhecidos. Contudo, tais vidraças não exibem uma transparência suficiente. Os padrões de impressão de tela dessas vidraças são sempre visíveis.
[0013] Finalmente, as vidraças de projeção "holográfica", sobre os quais é possível projetar, em retroprojeção, as imagens a partir de um determinado ângulo, enquanto que se mantém a transparência da vidraça, são conhecidos. Contudo, essas vidraças são limitadas à retroprojeção, tornando necessário colocar o projetor em uma posição muito precisa. Adicionalmente, esses produtos têm um custo de fabricação extremamente alto.
[0014] A invenção é direcionada, desse modo, à superação das desvantagens das vidraças conhecidas da técnica mediante o fornecimento de uma vidraça que pode ser usado como tela de projeção ou retroprojeção, sendo que o dito vidraça torna possível, em particular, a projeção direta de imagens, visível com um grande ângulo de visão, enquanto que mantém a transparência da vidraça. A invenção também torna possível: - fortalecer a luminosidade da imagem projetada, - fortalecer ou aperfeiçoar o contraste da imagem projetada, - obter um excelente ângulo de visão, sendo que essa exibição é produzida sem defeitos ópticos, isto é, com uma excelente nitidez da imagem exibida, - ser capaz de contornar o fenômeno do ponto quente e minimizar o dano que pode ser ocasionado pela formação de imagens secundárias devido à reflexão e à transmissão da imagem projetada no ambiente de projeção.
[0015] A invenção refere-se, desse modo, a um método de projeção ou retroprojeção de acordo com o qual um vidraça 5 que compreende duas superfícies externas principais 10, 20, usadas como tela de projeção ou retroprojeção, e um projetor estão disponíveis, sendo que o dito método consiste em projetar, em virtude do projetor, imagens visíveis por espectadores em um dos lados da vidraça, caracterizado pelo fato de que a dita vidraça compreende um elemento em camadas transparente 1 que tem duas superfícies externas principais lisas 2A, 4A, caracterizado pelo fato de que o mesmo compreende: - duas camadas externas 2, 4, as quais formam, cada uma, uma dentre as duas superfícies externas principais 2A, 4A do elemento em camadas e que são compostas de materiais transparentes, de preferência, materiais dielétricos, que têm substancialmente o mesmo índice de refração (n2, n4), e - uma camada central 3 inserida entre as camadas externas, sendo que essa camada central 3 é formada por uma única camada que é uma camada transparente, de preferência, uma camada dielétrica, com um índice de refração (n3) diferente daquele das camadas externas, ou uma camada metálica, ou por uma pilha de camadas (31, 32, ..., 3k) que compreende pelo menos uma camada transparente, de preferência, uma camada dielétrica, com um índice de refração (n31, n32, . ou n3k) diferente daquele das camadas externas, ou uma camada metálica, onde cada superfície de contato (S0, S1, ., Sk) entre duas camadas adjacentes do elemento em camadas, das quais uma é transparente com um índice de refração (n2, n4, n3, n31, n32, . ou n3k) e a outra metálica ou ambas são camadas transparentes com diferentes índices de refração, é texturizada e paralela às outras superfícies de contato texturizadas entre duas camadas adjacentes, das quais uma é transparente com um índice de refração (n2, n4, n3, n31, n32, . ou n3k) e a outra metálica ou ambas são camadas transparentes com diferentes índices de refração.
[0016] No contexto da invenção, é feita uma distinção entre as camadas metálicas, por um lado, para quais o valor do índice de refração não é importante, e as camadas transparentes, por outro lado, de preferência, camadas dielétricas, com um índice de refração predeterminado, para quais a diferença em índice de refração em relação àquele das camadas externas deve ser levado em consideração.
[0017] De acordo com uma modalidade particularmente vantajosa, a vidraça compreende, adicionalmente, pelo menos um revestimento antirreflexo.
[0018] De acordo com outra modalidade particularmente vantajosa, a vidraça compreende, adicionalmente, um sistema de difusão de luz variável que compreende uma película funcional capaz de comutar entre um estado transparente e um estado de difusão. O sistema de difusão de luz variável é, de preferência, eletricamente controlável. Esse sistema pode compreender uma película funcional enquadrada por dois suportes de transporte de eletrodo, a qual é, de preferência, transparente. Os eletrodos ficam diretamente em contato com a película funcional. Os eletrodos compreendem, cada um, de preferência, pelo menos uma camada eletricamente condutora.
[0019] A modalidade preferida da invenção combina as modalidades vantajosas.
[0020] O elemento transparente que tem reflexão difusa torna possível obter uma vidraça transparente em transmissão e que exibe uma reflexão difusa. Essas propriedades contribuem para uma boa luminosidade das imagens projetadas que são obtidas. Esse elemento torna possível, desse modo, obter tanto a visualização clara através do elemento, enquanto que limita as reflexões especulares do tipo "espelho". A camada central promove a reflexão difusa, tornando possível, desse modo, a projeção direta de uma imagem sobre qualquer um dos lados da vidraça que incorpora o elemento em camadas transparente, sendo que a imagem é formada na camada central.
[0021] A adição de um revestimento antirreflexo torna possível reduzir as múltiplas reflexões dentro do elemento em camadas e, desse modo, aperfeiçoar a qualidade das imagens projetadas.
[0022] A combinação com um sistema de difusão de luz variável, quando esse sistema está em seu estado transparente, não modifica as propriedades da vidraça. Por outro lado, quando o sistema está em seu estado de difusão, a qualidade das imagens obtidas em projeção direta é aperfeiçoada à medida que a reflexão difusa do elemento em camadas é adicionada à reflexão difusa do sistema de difusão de luz variável. Essa interação sinérgica torna possível obter uma melhor luminosidade e um melhor contraste da imagem projetada. A presença de um sistema de difusão de luz variável, de preferência, eletricamente controlável, torna possível, desse modo, obter uma vidraça que pode comutar entre um estado transparente e um estado de difusão, mas no qual a projeção direta é possível com um bom ângulo de visão, tanto no estado transparente como no estado de difusão.
[0023] A vidraça de acordo com a invenção torna possível, desse modo, produzir a projeção direta de imagens. As imagens projetadas ficam disponíveis com um excelente ângulo de visão que pode variar até 180°. Isto se deve ao fato de que um observador localizado em um ângulo de aproximadamente -90° ou +90° é capaz de visualizar nitidamente uma imagem projetada ou de ler um texto projetado sobre a vidraça da invenção.
[0024] As propriedades da vidraça, em particular, o ângulo de visão muito grande, tornam possível não impor uma restrição particular sobre a posição do projetor. Por exemplo, o projetor pode ser colocado de modo que a reflexão especular e/ou a transmissão não difusa da lâmpada do projetor não seja visível para os observadores, sem afetar de forma prejudicial a qualidade da projeção. O fenômeno de ponto quente é, desse modo, evitado.
[0025] Essa mesma propriedade torna possível minimizar o dano que pode ser ocasionado pela formação de imagens secundárias. As imagens secundárias são devido a: - a reflexão especular da luz projetada sobre a vidraça, sendo que é possível que uma imagem seja, então, formada sobre outra superfície do ambiente de projeção, - a transmissão não difusa da luz light projetada através da vidraça, sendo que é possível que uma imagem seja, então, formada sobre outra superfície do ambiente de projeção.
[0026] Sendo que essa perturbação pode ser minimizada pelo posicionamento do projetor, de modo que essas imagens secundárias sejam formadas em um ponto não incômodo para o observador, por exemplo, sobre o chão.
[0027] A solução da invenção constitui um aperfeiçoamento para as vidraças existentes para uso como tela de projeção a partir de um ponto de vista técnico, mas também a partir de um ponto de vista econômico, devido ao baixo custo adicional gerado pela presença do elemento em camadas transparente que tem propriedades de reflexão difusa.
[0028] Por toda a descrição, a vidraça de acordo com a invenção é considerada como posicionado horizontalmente, com sua primeira face, direcionada para baixo, que define uma superfície externa principal inferior 10 e sua segunda face, oposta à primeira face, direcionada para cima, que define uma superfície externa principal superior 20; os significados das expressões "acima" e "abaixo" devem ser, desse modo, considerados em relação a sua orientação. Exceto onde especificamente estipulado, as expressões "acima" e "abaixo" não significam necessariamente que dois elementos, camadas, revestimentos e/ou sistemas estão posicionados em contato um com o outro. Os termos "inferior" e "superior" são usados no presente documento com referência a seu posicionamento.
[0029] A vidraça pode compreender, adicionalmente, pelo menos uma camada adicional posicionada acima ou abaixo do elemento em camadas e/ou, opcionalmente, do sistema de difusão de luz variável. A dita camada ou camadas adicionais da vidraça podem consistir em materiais transparentes, de preferência, materiais dielétricos, que têm substancialmente o mesmo índice de refração ou que têm diferentes índices de refração que os materiais transparentes, de preferência, materiais dielétricos, das camadas externas do elemento em camadas. Essas camadas adicionais são escolhidas, de preferência, a partir de: - substratos transparentes escolhidos a partir de polímeros, vidros ou cerâmicas que compreendem duas superfícies principais lisas, - materiais curáveis inicialmente em um estado pastoso viscoso ou líquido adequado para operações de conformação, - elementos de inserção feitos de plástico sensível à pressão ou termoformável.
[0030] A vidraça compreende duas superfícies externas principais inferior e superior 10, 20. As superfícies externas principais da vidraça podem ser coincidentes com as superfícies externas principais do elemento em camadas, por exemplo, se a vidraça não compreender uma camada adicional. Por outro lado, se a vidraça compreender: - pelo menos uma camada superior adicional, a superfície externa principal superior da vidraça será coincidente com a superfície externa principal superior da camada superior adicional, - pelo menos uma camada inferior adicional, a superfície externa principal inferior da vidraça será coincidente com a superfície externa principal inferior da camada inferior adicional.
[0031] Sob o propósito da invenção, o termo "índice" se refere ao índice de refração óptica, medido no comprimento de onda de 550 nm.
[0032] De acordo com a invenção, uma camada fina é uma camada com uma espessura menor do que 1 μm.
[0033] Dois materiais transparentes ou camadas transparentes, de preferência, camadas ou materiais dielétricos, têm substancialmente o mesmo índice de refração ou têm seus índices de refração substancialmente iguais quando os dois materiais transparentes, de preferência, materiais dielétricos, têm índices de refração para os quais o valor absoluto da diferença entre seus índices de refração em 550 nm é menor ou igual a 0,15. De acordo com a invenção, o valor absoluto da diferença em índice de refração em 550 nm entre os materiais transparentes constituintes, de preferência, materiais dielétricos, das duas camadas externas do elemento em camadas é, de preferência, em ordem crescente: menor ou igual a 0,05, menor ou igual a 0,02, menor ou igual a 0,018, menor ou igual a 0,015, menor ou igual a 0,01, menor ou igual a 0,005.
[0034] Dois materiais transparentes ou camadas transparentes, de preferência, camadas ou materiais dielétricos, têm diferentes índices de refração quando o valor absoluto da diferença entre seus índices de refração em 550 nm é estritamente maior do que 0,15. De acordo com uma característica vantajosa, o valor absoluto da diferença em índice de refração em 550 nm entre, por um lado, as camadas externas e, por outro lado, pelo menos uma camada transparente com um índice de refração (n3, n3i, n32, ..., n3k) da camada central é maior ou igual a 0,3, de preferência, maior ou igual a 0,5, com mais preferência, maior ou igual a 0,8.
[0035] Essa diferença relativamente grande em índice de refração ocorre em pelo menos uma superfície de contato texturizada interna ao elemento em camadas. Isso torna possível promover a reflexão de radiação sobre essa superfície de contato texturizada, isto é, uma reflexão difusa da radiação pelo elemento em camadas.
[0036] A superfície de contato entre as duas camadas adjacentes é a interface entre as duas camadas adjacentes.
[0037] Um elemento transparente é um elemento através do qual há transmissão de radiação, pelo menos nas faixas de comprimento de onda de uso para a aplicação direcionada do elemento. Preferencialmente, o elemento é transparente pelo menos na faixa de comprimento de onda visível.
[0038] De acordo com a invenção, os materiais transparentes ou as camadas transparentes se referem, em particular: - às camadas externas 2, 4 que consistem em materiais transparentes com o índice de refração (n2, n4), - à camada central 3 formada por uma camada transparente com o índice de refração (n3), - à pilha de camadas (3i, 32, ., 3k) que compreende pelo menos uma camada transparente com um índice de refração (n3i, n32, . ou n3k) diferente daquele das camadas externas.
[0039] Preferencialmente, os materiais transparentes ou camadas transparentes são de natureza orgânica ou inorgânica. Preferencialmente, os materiais transparentes ou camadas transparentes não são metálicos. Os materiais transparentes ou camadas transparentes inorgânicas podem ser escolhidos a partir de óxidos, nitretos ou haletos de um ou mais metais de transição, não-metais ou metais alcalinos terrosos. Os metais de transição, não-metais ou metais alcalinos terrosos são escolhidos, de preferência, a partir de silício, titânio, estanho, zinco, índio, alumínio, molibdênio, nióbio, zircônio ou magnésio. As camadas ou materiais dielétricos orgânicos são escolhidos a partir de polímeros.
[0040] Esses materiais transparentes ou camadas transparentes são, de preferência, dielétricos. Um material ou camada dielétrica é um material ou camada não-metálica. É considerado que um material ou camada dielétrica é um material ou uma camada de baixa condutividade elétrica, de preferência, de menos que 104 S/m e, opcionalmente, de menos que 100 S/m. Também pode ser considerado que um material ou camada dielétrica é um material ou uma camada que exibe uma resistividade maior do que aquelas dos metais. Os materiais ou camadas dielétricas da invenção exibem uma resistividade maior do que 1 ohm.centímetro (Q.cm), de preferência, maior do que 10 Q.cm e, opcionalmente, maior do que 104 Q.cm.
[0041] De acordo com uma modalidade específica da invenção, o elemento em camadas transparente é usado como suporte de transporte de eletrodo. Por exemplo, o elemento em camadas transparente pode constituir um dos suportes de transporte de eletrodo do sistema de difusão de luz variável. A camada externa inferior, então, executa o papel de suporte e a montagem composta da camada central e da camada externa superior executa o papel do eletrodo.
[0042] De acordo com essa modalidade, a camada central compreende, de preferência, pelo menos uma camada metálica. Quando as camadas localizadas acima dessa camada são camadas transparentes com um índice de refração n4, n3i, n32, ..., n3k, essas camadas têm que ser condutoras até determinado ponto. Os materiais transparentes ou camadas transparentes podem ser, desse modo, camadas eletricamente condutoras. Isso se deve ao fato de que esses materiais transparentes ou camadas transparentes têm que exibir uma resistividade que é suficientemente "baixa” para não tornar isolante o eletrodo composto dessa camada ou dessas camadas e da camada central do elemento em camadas. Essas camadas ou materiais têm, de preferência, uma resistividade menor do que 1 ohm.cm, de preferência, menor do que 10-2 ohm.cm.
[0043] Uma superfície texturizada ou áspera é uma superfície para qual as propriedades de superfície variam em uma escala maior do que o comprimento de onda da radiação incidente sobre a superfície. A radiação incidente é, então, transmitida e refletida em modo difuso pela superfície. Preferencialmente, uma superfície texturizada ou áspera, de acordo com a invenção, exibe um parâmetro de aspereza que corresponde ao desvio médio aritmético Ra de pelo menos 0,5 μm, em particular, entre 1 e 5 μm (que corresponde à média aritmética de todas as distâncias absolutas do perfil de aspereza R medido a partir de uma linha mediana do perfil ao longo de um comprimento de avaliação).
[0044] Uma superfície lisa é uma superfície para qual as irregularidades de superfície são de tal forma que a radiação não é defletida por essas irregularidades de superfície. A radiação incidente é, então, transmitida e refletida em modo especular pela superfície. Preferencialmente, uma superfície lisa é uma superfície para qual as irregularidades de superfície têm dimensões que são menores do que o comprimento de onda da radiação incidente sobre a superfície ou que são muito maiores (ondulações de grande escala).
[0045] Contudo, as camadas externas ou as camadas adicionais podem exibir algumas irregularidades de superfície, desde que essas camadas fiquem em contato com uma ou mais camadas adicionais que são compostas de materiais dielétricos que têm substancialmente o mesmo índice de refração e que exibem, sobre sua face oposta àquela em contato com a dita camada que exibe algumas irregularidades, uma superfície lisa conforme definida acima.
[0046] Preferencialmente, uma superfície lisa é uma superfície que exibe um parâmetro de aspereza que corresponde ao desvio médio aritmético Ra de menos que 0,1 μm, de preferência, de menos que 0,01 μm, ou coeficientes angulares de menos que 10°.
[0047] Uma vidraça compreende pelo menos um substrato orgânico ou inorgânico transparente.
[0048] O elemento em camadas pode ser rígido ou flexível. Pode ser, em particular, uma vidraça composta, por exemplo, à base de vidro ou polímero. Também pode ser uma película à base de polímero flexível, em particular, capaz de ser adicionada a uma superfície a fim de conferir propriedades de reflexão difusa na mesma, enquanto que retém suas propriedades de transmissão.
[0049] O requerente descobriu que as propriedades particularmente vantajosas do elemento em camadas da invenção são devido à concordância em índice entre as camadas externas, isto é, ao fato de que essas duas camadas têm substancialmente o mesmo índice de refração. De acordo com a invenção, a concordância em índice ou diferença em índice corresponde ao valor absoluto da diferença em índice de refração em 550 nm entre os materiais transparentes constituintes, de preferência, materiais dielétricos, das duas camadas externas do elemento em camadas. Quanto menor a diferença em índice, mais nítida a visualização através da vidraça. A nitidez extrema da visualização através do elemento em camadas é devido à concordância em índice mais personalizada possível.
[0050] Em virtude da invenção, uma transmissão especular e uma reflexão difusa de uma radiação incidente sobre o elemento em camadas é obtida. A transmissão especular garante uma visão nítida através do elemento em camadas. A reflexão difusa torna possível evitar reflexões nítidas sobre o elemento em camadas e os riscos de ofuscamento.
[0051] A reflexão difusa sobre o elemento em camadas se origina pelo fato de que cada superfície de contato entre as duas camadas adjacentes, das quais uma é transparente e a outra metálica ou são duas camadas transparentes com diferentes índices de refração, é texturizada. Desse modo, quando uma radiação incidente sobre o elemento em camadas alcança tal superfície de contato, a mesma é refletida pela camada metálica ou como consequência da diferença em índice de refração entre as duas camadas transparentes e, à medida que a superfície de contato é texturizada, a reflexão é difusa.
[0052] A transmissão especular se origina pelo fato de que as duas camadas externas do elemento em camadas têm superfícies externas principais lisas e são compostas de materiais que têm substancialmente o mesmo índice de refração e pelo fato de que cada superfície de contato texturizada entre as duas camadas adjacentes do elemento em camadas, das quais uma é transparente com um índice de refração (n2, n4, n3, n3i, n32, ... ou n3k) e a outra metálica ou são duas camadas transparentes com diferentes índices de refração, é paralela às outras superfícies de contato texturizadas entre duas camadas adjacentes, das quais uma é transparente com um índice de refração (n2, n4, n3, n3i, n32, . ou n3k) e a outra metálica ou são duas camadas transparentes com diferentes índices de refração.
[0053] As superfícies externas lisas do elemento em camadas tornam possível uma transmissão especular de radiação em cada interface de camada de ar/externa, isto é, torna possível a entrada de uma radiação a partir do ar para uma camada externa ou a saída de uma radiação a partir de uma camada externa para o ar, sem modificar a direção da radiação.
[0054] O paralelismo das superfícies de contato texturizadas implica que a camada constituinte ou cada camada constituinte da camada central, a qual é transparente com um índice de refração diferente daquele das camadas externas ou é metálica, exibe uma espessura uniforme perpendicular às superfícies de contato da camada central com as camadas externas.
[0055] Essa uniformidade na espessura pode ser universal sobre toda a extensão da textura ou local às seções da textura. Em particular, quando a textura exibe variações em coeficiente angular, a espessura entre duas superfícies de contato texturizadas consecutivas pode alterar, por seção, conforme uma função do coeficiente angular da textura, as superfícies de contato texturizadas restantes, contudo, sempre paralelas uma à outra. Esse caso exibe, em particular, uma camada depositada por pulverização catódica, onde a espessura da camada diminui à medida que o coeficiente angular da textura aumenta. Desse modo, localmente, em cada seção da textura que tem um determinado coeficiente angular, a espessura da camada permanece constante, mas a espessura da camada é diferente entre uma primeira seção da textura que tem um primeiro coeficiente angular e uma segunda seção da textura que tem um segundo coeficiente angular diferente do primeiro coeficiente angular.
[0056] Vantajosamente, com a finalidade de obter o paralelismo das superfícies de contato texturizadas dentro do elemento em camadas, a camada constituinte ou cada camada constituinte da camada central é uma camada depositada por pulverização catódica. Isso é devido ao fato de que a pulverização catódica, em particular, pulverização catódica assistida por campo magnético, garante que as superfícies que delimitam a camada sejam paralelas uma à outra, o qual não é o caso com outras técnicas de deposição, tal como deposição química por vapor ou evaporação (CVD), ou também o processo sol-gel. De fato, o paralelismo das superfícies de contato texturizadas dentro do elemento em camadas é essencial a fim de se obter uma transmissão especular através do elemento.
[0057] Uma radiação incidente sobre uma primeira camada externa do elemento em camadas atravessa essa primeira camada externa sem modificar sua direção. Como consequência da diferença de natureza, transparente com um índice de refração (n2, n4, n3, n3i, n32, ... ou n3k) ou metálica, ou da diferença em índice de refração entre a primeira camada externa e pelo menos uma camada da camada central, a radiação é subsequentemente refratada na camada central. À medida que, por um lado, as superfícies de contato texturizadas entre as duas camadas adjacentes do elemento em camadas, das quais uma é transparente e a outra metálica ou são duas camadas transparentes com diferentes índices de refração, são todas paralelas uma à outra e, por outro lado, a segunda camada externa tem substancialmente o mesmo índice de refração que a primeira camada externa, o ângulo de refração da radiação na segunda camada externa que começa a partir da camada central é igual ao ângulo de incidência da radiação sobre a camada central que começa a partir da primeira camada externa, de acordo com a lei de Snell- Descartes para a refração.
[0058] A radiação emerge, desse modo, a partir da segunda camada externa do elemento em camadas ao longo de uma direção que é igual a sua direção de incidência sobre a primeira camada externa do elemento. A transmissão da radiação pelo elemento em camadas, desse modo, é especular. Uma visão clara através do elemento em camadas, isto é, sem que o elemento em camadas seja translúcido, é obtida, desse modo, em virtude das propriedades de transmissão especular do elemento em camadas.
[0059] De acordo com um aspecto da invenção, obtém-se vantagem das propriedades de reflexão difusa do elemento em camadas para refletir uma grande parte da radiação, em uma pluralidade de direções, no lado de incidência da radiação. Essa reflexão difusa forte é obtida enquanto que se tem uma vista clara através do elemento em camadas, isto é, sem que o elemento em camadas seja translúcido, em virtude das propriedades de transmissão especular do elemento em camadas. Tal elemento em camadas transparente que tem reflexão difusa forte exibe um grau de interesse para aplicações, tais como telas de exibição ou projeção.
[0060] De acordo com um aspecto da invenção, pelo menos uma dentre as duas camadas externas do elemento em camadas é composta de materiais dielétricos e é escolhida a partir de: - substratos transparentes, dos quais uma das superfícies principais é texturizada e a outra superfície principal é lisa, de preferência, escolhidos a partir de polímeros, vidros ou cerâmicas, - uma camada de material transparente, de preferência, material dielétrico, escolhido a partir de óxidos, nitretos ou haletos de um ou mais metais de transição, não- metais ou metais alcalinos terrosos, - uma camada à base de materiais curáveis inicialmente em um estado pastoso viscoso ou líquido, adequado para as operações de conformação, que compreende: - materiais foto-reticuláveis e/ou fotopolimerizáveis, - camadas depositadas por um processo sol-gel, - camadas de esmalte, - elementos de inserção ou intercalados de plástico termoformável ou sensível à pressão que pode ser, de preferência, à base de polímeros escolhidos a partir de polivinil butirais (PVB), cloretos de polivinila (PVC), poliuretanos (PU), polietileno tereftalatos ou etileno/vinil acetatos (EVA).
[0061] A texturização de uma das superfícies principais dos substratos transparentes pode ser obtida por meio de qualquer processo de texturização conhecido, por exemplo, pela gofragem da superfície do substrato, aquecida anteriormente a uma temperatura na qual é possível deformar a mesma, em particular, por laminação por meio de um cilindro que tem, em sua superfície, uma texturização complementar à texturização a ser formada sobre o substrato; por abrasão por meio de superfícies ou partículas abrasivas, em particular, por jato de areia; por tratamento químico, em particular, tratamento com ácido no caso de um substrato de vidro; por moldagem, em particular, moldagem por injeção, no caso de um substrato feito de polímero termoplástico; ou por entalhe.
[0062] Quando o substrato transparente é feito de polímero, o mesmo pode ser rígido ou flexível. Os exemplos de polímeros adequados de acordo com a invenção compreendem, em particular: - poliésteres, tais como polietileno tereftalato (PET), polibutileno tereftalato (PBT) ou polietileno naftalato (PEN); - poliacrilatos, tais como metacrilato de polimetila (PMMA); - policarbonatos; - poliuretanos; - poliamidas; - poliimidas; - fluoropolímeros, tais como fluoroésteres, por exemplo, etileno-tetrafluoroetileno (ETFE), fluoreto de polivinilideno (PVDF), policlorotrifluoroetileno (PCTFE), etileno-clorotrifluoroetileno (ECTFE) ou copolímeros de etileno-propileno fluorado (FEP); - resinas foto-reticuláveis e/ou fotopolimerizáveis, tais como tioleno, poliuretano, uretano-acrilato ou resinas de poliéster-acrilato, e - politiouretanos.
[0063] Esses polímeros exibem geralmente uma faixa de índice de refração que varia a partir de 1,3 a 1,7.
[0064] Os exemplos de substratos de vidro pré-texturizados que podem ser usados diretamente como a camada externa do elemento em camadas compreendem: - substratos de vidro vendidos por Saint-Gobain Glass na variedade Satinovo®, os quais são pré-texturizados e exibem, em uma de suas superfícies principais, uma textura obtida por jato de areia ou ataque ácido; - substratos de vidro vendidos por Saint-Gobain Glass na variedade Albarino® S, P ou G ou na variedade Masterglass®, os quais exibem, em uma de suas superfícies principais, uma textura obtida por laminação; - substratos de vidro de alto índice que são texturizados por jato de areia, tais como vidro óptico, por exemplo, vendidos por Schott sob as referências SF6 (n=1,81), 7SF57 (n=1,85), N-SF66 (n=1,92) e P-SF68 (n=2,00).
[0065] Quando cada uma das duas camadas externas do elemento em camadas é formada por um substrato transparente, os dois substratos transparentes têm texturas que complementam uma à outra.
[0066] A camada externa texturizada do elemento em camadas pode ser composta simplesmente de uma camada de material transparente, de preferência, material dielétrico, escolhido a partir de óxidos, nitretos ou haletos de um ou mais metais de transição, não-metais ou metais alcalinos terrosos. Os metais de transição, não-metais ou metais alcalinos terrosos são escolhidos, de preferência, a partir de silício, titânio, estanho, zinco, alumínio, molibdênio, nióbio, zircônio ou magnésio. Essa camada fina de material dielétrico pode ser composta de materiais escolhidos a partir de materiais que têm um alto índice de refração, tais como Si3N4, AlN, NbN, SnO2, ZnO, SnZnO, Al2O3, MoO3, NbO, TiO2 ou ZrO2, e materiais que têm baixos índices de refração, tais como SiO2, MgF2 ou AlF3. Essa camada é usada, de preferência, como a camada externa superior do elemento em camadas e pode ser depositada por uma técnica de deposição por pulverização catódica, em particular, uma técnica de deposição por pulverização catódica assistida por campo magnético, por evaporação, por deposição química por vapor (CVD), sobre uma vidraça que já compreende uma camada externa inferior e uma camada central. Por outro lado, as deposições produzidas por pulverização catódica se conformam à superfície. A camada assim depositada tem que ser, subsequentemente, polida, para se obter uma superfície externa principal plana. Essas camadas dielétricas compreendem, desse modo, uma superfície texturizada que corresponde à aspereza de superfície da camada central e uma superfície externa principal oposta a esta superfície que é plana.
[0067] As camadas externas do elemento em camadas também podem ser à base de materiais curáveis, inicialmente em um estado viscoso pastoso ou líquido adequado para as operações de conformação. Preferencialmente, essas camadas são usadas como camadas externas superiores do elemento em camadas.
[0068] A camada inicialmente depositada em um estado viscoso pastoso ou líquido pode ser uma camada de material fotorreticulável e/ou fotopolimerizável. Preferencialmente, esse material fotorreticulável e/ou fotopolimerizável é fornecido na forma líquida em temperatura ambiente e gera, quando o mesmo tem sido irradiado e foto-reticulado e/ou fotopolimerizado, um sólido transparente desprovido de bolhas ou qualquer outra irregularidade. Pode ser, em particular, uma resina, tal como aquelas normalmente usadas como adesivos ou revestimentos de superfície. Essas resinas são geralmente à base de monômeros/comonômeros/pré-polímeros do tipo epóxi, epóxi silano, acrilato, metacrilato, ácido acrílico ou ácido metacrílico. Pode se mencionar, por exemplo, as resinas de tioleno, poliuretano, uretano-acrilato ou poliéster-acrilato. Em vez de uma resina, pode ser um gel aquoso fotorreticulável, tal como um gel de poliacrilamida. Os exemplos de resinas foto-reticuláveis e/ou fotopolimerizáveis que podem ser usadas na presente invenção compreendem os produtos vendidos por Norland Optics sob a marca NOA® Norland Optical Adhesives, tais como, por exemplo, os produtos NOA®65 e NOA®75.
[0069] Em uma forma alternativa, a camada externa inicialmente depositada em um estado viscoso pastoso ou líquido pode ser uma camada depositada por sol-gel por um processo sol-gel que compreende uma matriz à base sílica obtida de acordo com um processo sol-gel.
[0070] O processo sol-gel consiste, em uma primeira etapa, na preparação de uma solução mencionada como "solução de sol-gel" que compreende precursores que originam, na presença de água, reações de polimerização. Quando essa solução de sol-gel é depositada sobre uma superfície, devido à presença de água na solução de sol-gel ou em contato com a umidade ambiente, os precursores hidrolisam e condensam para formar uma rede na qual o solvente é retido. Essas reações de polimerização resultam na formação de entidades progressivamente condensadas, as quais conduzem a partículas coloidais que formam sois e, então, géis. A secagem e a densificação desses géis, em uma temperatura da ordem de algumas centenas de graus, resulta, na presença de precursor à base de sílica, em uma camada de sol-gel que corresponde a um vidro, cujas características são similares àquelas de um vidro convencional.
[0071] Preferencialmente, as camadas de sol-gel são usadas como camada externa superior do elemento em camadas. Como consequência de sua viscosidade, as soluções de sol-gel, na forma de uma solução coloidal ou de um gel, podem ser facilmente depositadas na superfície principal texturizada da camada central oposta à primeira camada externa, se conformando com a textura dessa superfície. A camada de sol-gel irá "preencher" a aspereza da camada central. Isso se deve ao fato de que essa camada compreende uma superfície que corresponde à superfície aspereza da camada central, a qual é, desse modo, texturizada, e uma superfície externa principal oposta a essa superfície que é plana. As camadas depositadas por um processo de sol-gel fornecem, desse modo, uma planarização da superfície do elemento em camadas.
[0072] As camadas de sol-gel podem compreender uma matriz à base de sílica e podem ser obtidas a partir de precursores, tais como alcóxidos de silício Si(OR)4. As camadas de sol-gel correspondem, então, a vidros de sílica. A deposição pode ser realizada de acordo com uma dentre as seguintes técnicas: - revestimento por imersão; - revestimento giratório; - revestimento por fluxo laminar ou revestimento de menisco; - revestimento por aspersão; - revestimento por remolhagem; - processamento de rolo a rolo; - revestimento por pintura; - serigrafia.
[0073] A deposição é realizada, de preferência, pela aspersão com atomização de ar. A temperatura para a secagem da camada de sol-gel pode variar a partir de 0 °C a 200 °C, de preferência, a partir de 100 °C a 150 °C e, com mais preferência, a partir de 120 °C a 170 °C.
[0074] As camadas depositadas por um processo sol-gel fornecem uma planarização da superfície do elemento em camadas. Contudo, quando é feito uso de tais camadas de planarização, a superfície externa principal da camada de solgel pode exibir determinadas irregularidades de superfície de grande escala. Com a finalidade de reestabelecer a natureza lisa da camada externa do elemento em camadas, é possível posicionar, desse modo, em contato com essa superfície que exibe determinadas irregularidades, várias camadas adicionais que têm substancialmente o mesmo índice de refração que a dita camada externa, tal como uma folha de plástico ou um substrato de vidro plano.
[0075] Outro exemplo de uma camada externa que pode ser obtida pela deposição de um esmalte à base de uma frita de vidro sobre um substrato de vidro, por exemplo, um substrato de vidro de cal soldada. Com a finalidade de obter o esmalte, uma formulação que compreende uma frita de vidro é e primeiro ligar preparada triturando-se o vidro até tamanhos de partícula de poucos mícrons (por exemplo, D50 = 2 mícrons), seguido da formação de uma pasta desse vidro triturado com o uso de uma matriz orgânica. Uma camada dessa composição é, então, depositada sobre o substrato de vidro por uma técnica de deposição por via líquida, tal como serigrafia ou revestimento por extrusão. Finalmente, essa camada é queimada em uma temperatura maior de pelo menos 100 °C em relação à temperatura de transição de vidro da frita de vidro usada na composição. A camada de esmalte corresponde a uma camada à base de materiais curáveis inicialmente em um estado pastoso ou líquido viscoso adequado para as operações de conformação.
[0076] A camada de esmalte pode ser subsequentemente tornada áspera ou texturizada pelo ataque em soluções com valores extremos de pH, isto é, fortemente ácido (pH<2) ou fortemente básico (pH>12). Nesse caso, considera-se que o substrato é uma camada adicional do elemento em camadas e a camada de esmalte constitui a camada externa do elemento em camadas.
[0077] A camada de esmalte também pode ser usada como camada externa superior. Nesse caso, a camada externa superior texturizada do elemento em camadas pode ser composta simplesmente de uma composição de esmalte à base de frita de vidro depositada por uma técnica de deposição por via líquida (tal como serigrafia ou revestimento por extrusão) em um suporte pré-revestido com uma camada externa inferior e com uma camada central. A camada de esmalte irá "preencher" a aspereza da camada central. Essa camada compreende uma superfície que corresponde à superfície aspereza da camada central, a qual é, desse modo, texturizada, e uma superfície externa principal oposta a essa superfície que é plana. Contudo, nesse caso, a partir do ponto de vista das altas temperaturas de queima, a fim de fundir a composição que compreende a frita de vidro, é necessário assegurar que os materiais empregados para as outras camadas do elemento em camadas, isto é, os materiais da camada externa revestida com a camada central, tenham capacidade de não deformar subsequentemente a esse estágio de queima. Por exemplo, se for feito uso de um suporte composto de um substrato de vidro que compreende um esmalte texturizado como a camada externa inferior, prefere-se que a composição de esmalte que compreende a frita de vidro destinada a formar a camada externa superior exiba uma temperatura de transição de vidro Tg que é menor do que a temperatura de transição de vidro da composição de frita usada para formar o esmalte da camada externa inferior. Desse modo, a camada externa inferior não é deformada durante o estágio de queima da camada externa superior.
[0078] A camada externa pode compreender uma camada à base de um elemento de inserção ou lâmina feita de plástico termoformável ou sensível à pressão texturizada por compressão e/ou aquecimento. Essa camada à base de material polimérico pode ser, em particular, uma camada à base de polivinil butiral (PVB), de etileno/vinil acetato (EVA), de poliuretano (PU), de polietileno tereftalato (PET) ou de cloreto de polivinila (PVC). Essa camada à base de material polimérico pode agir como um elemento de inserção de laminação que fornece uma conexão com uma camada adicional, tal como um substrato transparente com um índice de refração substancialmente igual àquele da primeira camada externa.
[0079] A espessura da camada externa é, de preferência, entre 0,2 μm e 6 mm, ainda melhor, entre 1 μm e 6 mm, e varia de acordo com a escolha do material.
[0080] Os substratos de vidro planos ou texturizados têm, de preferência, uma espessura entre 0,4 e 6 mm, de preferência, 0,7 e 4 mm.
[0081] Os substratos de polímero planos ou texturizados têm, de preferência, uma espessura entre 0,020 e 2 mm, de preferência, 0,025 e 0,25 mm.
[0082] As camadas externas compostas de uma camada de material transparente, de preferência, material dielétrico, escolhido a partir de óxidos, nitretos ou haletos de um ou mais metais de transição, não-metais ou metais alcalinos terrosos, de preferência, têm uma espessura entre 0,2 e 20 μm, de preferência, 0,5 e 2 μm.
[0083] As camadas à base de materiais curáveis inicialmente em um estado viscoso pastoso ou líquido, adequado para as operações de conformação, têm, de preferência, uma espessura entre 0,5 e 50 μm, de preferência, entre 0,5 e 20 μm. As camadas à base de materiais foto-reticuláveis e/ou fotopolimerizáveis têm, de preferência, uma espessura entre 0,5 e 20 μm, de preferência, 0,7 e 10 μm. As camadas depositadas por um processo sol-gel têm, de preferência, uma espessura entre 0,5 e 50 μm, de preferência, entre 10 e 15 μm. As camadas de esmalte à base de frita de vidro têm, de preferência, uma espessura entre 3 e 30 μm, de preferência, 5 e 20 μm.
[0084] As camadas à base de uma folha ou camada intercalar em material plástico têm, de preferência, uma espessura entre 10 μm e 2 mm, de preferência, entre 0,3 e 1 mm.
[0085] Os materiais transparentes ou camadas transparentes usadas como a camada externa podem ter um índice de refração entre 1,49 e 1,7, de preferência, entre 1,49 e 1,54 ou entre 1,51 e 1,53, por exemplo, no caso do uso de um vidro padrão.
[0086] A qualidade de uma tela composta de uma vidraça depende das propriedades de transmissão e reflexão da vidraça. Como norma geral, quanto menor a transmissão de luz, maior a reflexão de luz, e melhor a qualidade de uma tela usada em projeção direta. Contudo, de acordo com a invenção, a retenção de uma boa transparência em transmissão é desejada.
[0087] De acordo com uma modalidade, a camada central compreende pelo menos uma camada refletora que promove a reflexão de luz, isto é, uma camada que exibe uma alta reflexão de radiação visível. Essa propriedade, combinada com a estrutura específica do elemento em camadas, torna possível uma reflexão difusa da luz, resultando em excelentes propriedades para o uso como tela de projeção. Contudo, o uso de uma camada refletora é realizado em detrimento da transmissão de luz através da vidraça. Consequentemente, a escolha das propriedades de reflexão e transmissão da camada central tem que ser feita conforme uma função das expectativas entre uma boa transparência da vidraça e a realização de uma boa luminosidade da imagem projetada.
[0088] A camada ou a pilha de camadas da camada central do elemento em camadas pode compreender: - pelo menos uma camada adesiva feita de polímero transparente, - pelo menos uma camada fina composta de um material transparente, de preferência, um material dielétrico, escolhido a partir de óxidos, nitretos ou haletos de um ou mais metais de transição, não-metais ou metais alcalinos terrosos, - pelo menos uma camada metálica fina, em particular, uma camada fina de prata, ouro, cobre, titânio, nióbio, silício, alumínio, liga de níquel-cromo (NiCr), aço inoxidável ou suas ligas.
[0089] A camada fina composta de um material transparente, de preferência, um material dielétrico, pode ser escolhida a partir de: - pelo menos uma camada fina composta de um material transparente, de preferência, um material dielétrico, que tem um alto índice de refração diferente do índice de refração das camadas externas, tais como Si3N4, AlN, NbN, SnO2, ZnO, SnZnO, Al2O3, MoO3, NbO, TiO2 ou ZrO2, - pelo menos uma camada fina composta de um material transparente, de preferência, um material dielétrico, que tem um baixo índice de refração diferente do índice de refração das camadas externas, tais como SiO2, MgF2 ou AlF3.
[0090] Quando a camada central é uma camada adesiva feita de polímero transparente, as camadas externas são reunidas em conjunto por meio dessa camada central formada por uma camada de material dielétrico com um índice de refração diferente daquele das camadas externas.
[0091] A escolha da espessura da camada central depende de um determinado número de parâmetros. Geralmente, considera-se que a espessura total da camada central é menor do que 1 μm, de preferência, entre 5 e 200 nm, e a espessura de uma camada da camada central é entre 1 e 200 nm.
[0092] Quando a camada central compreende uma camada metálica, a espessura de uma camada é, de preferência, entre 5 e 40 nm, ainda melhor, entre 6 e 30 nm e muito melhor a partir de 6 a 20 nm. Preferencialmente, a camada central compreende uma camada metálica à base de prata, ouro, níquel, cromo ou liga de metal, por exemplo, feita de aço, de preferência, aço inoxidável.
[0093] Quando a camada central compreende uma camada dielétrica, por exemplo, de TiO2, a mesma exibe, de preferência, uma espessura entre 20 e 100 nm e melhor ainda 55 e 65 nm e/ou um índice de refração entre 2,2 e 2,4.
[0094] Vantajosamente, a composição da camada central do elemento em camadas pode ser ajustada, a fim de conferir propriedades adicionais no elemento em camadas, por exemplo, propriedades térmicas, do tipo controle solar e/ou baixa emissividade. Desse modo, em uma modalidade, a camada central do elemento em camadas é uma pilha transparente de camadas finas que compreende uma alternação de "n" camadas funcionais metálicas, em particular, de camadas funcionais à base de prata ou liga de metal que compreende prata, e de "(n + 1)" revestimentos antirreflexo, com n ^1, em que cada camada funcional metálica é posicionada entre dois revestimentos antirreflexo.
[0095] De uma maneira conhecida, tal pilha que tem uma camada funcional metálica exibe propriedades de reflexão na faixa de radiação solar e/ou na faixa de radiação de infravermelho de comprimento de onda longo. Em tal pilha, as camadas funcionais metálicas determinam essencialmente o desempenho térmico, enquanto que os revestimentos antirreflexo que enquadram as mesmas agem de forma interferente sobre o aspecto óptico. Isso se deve ao fato de que, embora as camadas funcionais metálicas tornem possível obter o desempenho térmico desejado até em uma espessura geométrica baixa, da ordem de 10 nm para cada camada funcional metálica, são, contudo, fortemente opostas à passagem de radiação na faixa de comprimentos de onda visíveis. Consequentemente, os revestimentos antirreflexo em cada lado de cada camada funcional metálica são necessários para assegurar a boa transmissão de luz na faixa visível. Em prática, é a pilha total da camada central, que compreende as camadas metálicas finas e os revestimentos antirreflexo, que é otimizada de maneira óptica. Vantajosamente, a otimização óptica pode ser realizada sobre a pilha total do elemento em camadas, isto é, incluindo as camadas externas posicionadas em cada lado da camada central.
[0096] O elemento em camadas obtido, então, combina as propriedades ópticas, ou seja, as propriedades de transmissão especular e reflexão difusa de uma radiação incidente sobre o elemento em camadas, e as propriedades térmicas, ou seja, as propriedades de controle solar e/ou baixa emissividade. A vidraça que compreende tal elemento compreende, adicionalmente à sua função de tela de projeção ou retroprojeção, uma função de proteção solar e/ou isolamento térmico de edifícios ou veículos.
[0097] Quando a camada central é uma camada adesiva feita de polímero transparente, as camadas externas são reunidas em conjunto por meio dessa camada central formada por uma camada de material dielétrico com um índice de refração diferente daquela das camadas externas.
[0098] De acordo com um aspecto da invenção, a textura de cada superfície de contato entre duas camadas adjacentes do elemento em camadas, das quais uma é transparente, de preferência, dielétrica, e a outra metálica ou são duas camadas transparentes com índices de refração diferentes, é formada por uma pluralidade de padrões rebaixados ou projetados em relação a um plano geral da superfície de contato. Preferencialmente, a altura média dos padrões de cada superfície de contato entre duas camadas adjacentes do elemento em camadas, das quais uma é transparente, de preferência, dielétrica, e a outra metálica ou são duas camadas transparentes com índices de refração diferentes, é entre 1 micrometro e 1 milímetro. Sob o propósito da invenção, a altura média dos padrões da superfície de contato é definida como a média aritmética das distâncias yi em valor absoluto, tirada entre o pico e o plano geral da superfície de contato para cada padrão da superfície de contato, igual a
[0099] Os padrões da textura de cada superfície de contato entre duas camadas adjacentes do elemento em camadas, das quais uma é transparente, de preferência, dielétrica, e a outra metálica ou são duas camadas transparentes com índices de refração diferentes, podem ser distribuídos de forma aleatória sobre a superfície de contato. Em uma forma alternativa, os padrões da textura de cada superfície de contato entre duas camadas adjacentes do elemento em camadas, das quais uma é transparente e a outra metálica ou são duas camadas transparentes com índices de refração diferentes, podem ser distribuídos de forma periódica sobre a superfície de contato. Esses padrões podem ser, em particular, cones, pirâmides, ranhuras, nervuras ou ondas pequenas.
[0100] De acordo com um aspecto da invenção, para cada camada da camada central que é enquadrada por camadas que tem uma natureza, dielétrica ou metálica, diferente de si mesmo ou que tem índices de refração diferentes de si mesmo, a espessura dessa camada, tomadas perpendicularmente às suas superfícies de contato com as camadas adjacentes, é baixa em relação à altura média dos padrões de cada uma das suas superfícies de contato com as camadas adjacentes. Tal espessura baixa torna possível aumentar a probabilidade que a interface de entrada de uma radiação nessa camada e a interface de saída da radiação para fora dessa camada sejam paralelas e, desse modo, aumentar a porcentagem de transmissão especular da radiação através do elemento em camadas. Vantajosamente, a espessura de cada camada da camada central que é inserida entre duas camadas que têm uma natureza, dielétrica ou metálica, diferentes de si mesmo ou que têm índices de refração diferentes de si mesmo, em que sua espessura é tomada perpendicularmente às suas superfícies de contato com as camadas adjacentes, é menor do que 1/4 da altura média dos padrões de cada uma das suas superfícies de contato com as camadas adjacentes.
[0101] A camada central é formada por uma única camada depositada de forma conformável sobre a superfície principal texturizada da primeira camada externa ou por uma pilha de camadas sucessivamente depositadas de maneira conformável sobre a superfície principal texturizada da primeira camada externa.
[0102] De acordo com a invenção, considera-se que a camada central é depositada de forma conformável sobre a superfície principal texturizada da primeira camada externa se, subsequente à deposição, a superfície superior da camada central for texturizada e paralela à superfície de contato texturizada da primeira camada externa. A deposição da camada central de forma conformável ou das camadas da camada central de forma conformável em sucessão sobre a superfície principal texturizada da primeira camada externa é realizada, de preferência, por meio de pulverização catódica, em particular, pulverização catódica assistida por campo magnético.
[0103] O elemento em camadas transparente pode se estender sobre toda a superfície da vidraça ou sobre pelo menos uma parte da vidraça, isto é, o elemento em camadas 1 pode ser formado ou estar presente levando em conta uma parte somente ou a totalidade das superfícies externas principais 10 e 20. A vidraça pode compreender, desse modo, o elemento em camadas sobre uma parte somente de sua superfície. Consequentemente, somente a parte da vidraça que compreende o elemento em camadas pode ser realmente usada como tela de projeção. A superfície da vidraça que pode realmente ser usada como tela de projeção corresponde a e é alinhada com a superfície que compreende o elemento em camadas. Deve-se compreender que o termo "uma parte da superfície" se refere a uma área de superfície suficiente para tornar possível a projeção de uma imagem visível por um observador. A título de exemplo, essa parte da superfície pode representar a partir de 10% a 90% da área de superfície total da vidraça.
[0104] Com a finalidade de se obter uma vidraça homogêneo em espessura, apesar da ausência do elemento em camadas, várias soluções são previstas. De acordo com uma modalidade, é feito o uso, como camada externa, de um substrato transparente que compreende uma superfície externa principal lisa e uma superfície interna principal que compreende pelo menos uma parte de sua superfície texturizada e pelo menos uma parte de sua superfície lisa. Uma camada central é subsequentemente depositada, por exemplo, por pulverização catódica, sobre a camada externa. Essa técnica de deposição é de acordo com a superfície. Consequentemente, é obtida uma camada central texturizada somente sobre as partes texturizadas da camada externa e uma camada lisa sobre as partes não texturizadas da camada externa. Finalmente, uma camada externa à base de materiais curáveis inicialmente em um estado viscoso pastoso ou líquido adequado para as operações de conformação, de preferência, uma camada de sol-gel, é depositada sobre a camada central. Essa camada irá preencher a aspereza quando a camada central é texturizada e irá planarizar, em todos os casos, a superfície externa principal superior dessa montagem.
[0105] Prosseguindo dessa forma, o elemento em camadas da invenção, que exibe, em particular, a característica de ter pelo menos duas superfícies de contato entre duas camadas adjacentes texturizadas e paralela, fica localizado somente sobre as partes da superfície da vidraça que correspondem às partes texturizadas da camada externa. As partes da superfície da vidraça que correspondem às partes lisas da camada externa não exibem uma superfície de contato entre duas camadas adjacentes texturizadas e paralelas e, consequentemente, não exibem uma propriedade de reflexão difusa. Uma vidraça que compreende o elemento em camadas somente sobre uma única parte da superfície da vidraça da invenção, desse modo, é de fato obtido.
[0106] A texturização parcial de um substrato pode ser obtida por qualquer processo de texturização conhecido, conforme descrito acima, por exemplo, por meio de gofragem da superfície do substrato, por abrasão, por jato de areia, por tratamento químico ou por entalhe, por exemplo, com o uso de máscaras para manter pelo menos uma parte da superfície do substrato não texturizada.
[0107] Essa modalidade é vantajosa à medida que, desse modo, é possível, por exemplo, obter o elemento em camadas somente sobre uma faixa da parte superior da vidraça, a fim de apresentar informações sobre a mesma. Somente a parte da vidraça que compreende o elemento em camadas pode ser realmente usada como tela de projeção. Isso é possível, em particular, em virtude do ângulo de visão muito alto oferecido por essa invenção, o qual torna possível orientar o projetor com um grande ângulo.
[0108] De acordo com uma modalidade, a vidraça compreende, adicionalmente, pelo menos um revestimento antirreflexo 6. A presença de um revestimento antirreflexo tem o efeito de refletir de forma favorável uma radiação incidente em cada superfície de contato texturizada do elemento em camadas, em vez de sobre as superfícies externas da vidraça, o qual corresponde a um modo de reflexão difusa em vez de um modo de reflexão especular. Uma reflexão difusa da radiação pelo elemento em camadas é favorecida, desse modo, em comparação com uma reflexão especular.
[0109] A presença de um ou mais revestimentos antirreflexo contribui para a realização de uma melhor definição da imagem projetada, em particular, para o aperfeiçoamento na nitidez da imagem e para o aumento no contraste da imagem principal que resulta a partir da projeção, em comparação com as imagens secundárias que se originam de múltiplas reflexões.
[0110] O revestimento antirreflexo é posicionado, de preferência, sobre a superfície externa principal da vidraça localizada no lado mais distante do projetor, se a tela for usada como tela de projeção ou tela de retroprojeção. Isso se deve ao fato de que, para a vidraça permanecer transparente, a maior parte da luz é transmitida através de, enquanto que a outra parte é refletida de maneira difusa a fim de formar essa imagem. Essa parte maior da luz transmitida pode ser, então, refletida pela superfície externa principal da vidraça localizada no lado oposto ao projetor e pode reformar uma imagem sobre a camada central que terá, então, um tamanho diferente, como consequência da distância mais longa percorrida pela luz. Essa imagem dupla danifica a nitidez da imagem.
[0111] O mesmo fenômeno ocorre na outra superfície externa principal da vidraça localizada no lado do projetor, mas começa somente a partir da fração da luz refletida de maneira difusa e, desse modo, uma imagem mais fraca.
[0112] A vidraça compreende, vantajosamente, pelo menos um revestimento antirreflexo em cada uma das suas superfícies externas principais.
[0113] Em ordem preferencialmente crescente, a vidraça da invenção compreende, desse modo:
[0114] - pelo menos um revestimento antirreflexo na interface entre o ar e o material constituinte da camada que forma a superfície externa principal do vidraça, de preferência, no lado oposto do vidraça em relação ao projetor,
[0115] - pelo menos um revestimento antirreflexo em cada uma das superfícies externas principais do vidraça.
[0116] Quando a vidraça compreende um substrato (ou contra-substrato), cuja superfície externa corresponde à superfície externa principal da vidraça, o revestimento antirreflexo pode se encontrar sobre a superfície externa e/ou sobre a superfície interna do substrato.
[0117] O revestimento antirreflexo fornecido em pelo menos uma das superfícies externas principais da vidraça pode ser de qualquer tipo que torna possível reduzir a reflexão de radiação na interface entre o ar e o suporte sobre o qual o mesmo é depositado, tal como um substrato de vidro ou a camada externa do elemento em camadas. Pode ser, em particular, uma camada com um índice de refração entre o índice de refração do ar e o índice de refração do suporte sobre o qual a mesma é depositada, tal como uma camada depositada por uma técnica a vácuo ou uma camada porosa do tipo sol-gel ou também, no caso em que a camada externa é feita de vidro, uma parte de superfície vazada da camada de vidro externa obtida por um tratamento de ácido do tipo água-forte. Em uma forma alternativa, o revestimento antirreflexo pode ser formado por uma pilha de camadas finas que têm, de maneira alternada, índices de refração maiores e menores que agem como um filtro de interferência na interface entre o ar e a camada externa ou por uma pilha de camadas finas que exibem um gradiente contínuo ou escalonado de índices de refração entre o índice de refração do ar e aquele da camada externa. As camadas adicionais são escolhidas, de preferência, a partir de: - substratos transparentes escolhidos a partir de polímeros, vidros ou cerâmicas, conforme definido acima, mas que compreendem duas superfícies principais lisas, - materiais curáveis inicialmente em um estado viscoso pastoso ou líquido adequado para as operações de conformação, conforme descrito acima, - elementos de inserção ou lâminas feitas de plástico termoformável ou sensível à pressão, conforme descrito acima.
[0118] Vantajosamente, as superfícies externas principais lisas do elemento em camadas e/ou as superfícies externas principais lisas da vidraça são planas ou curvadas; de preferência, essas superfícies externas principais lisas são paralelas uma à outra. Isso contribui para a limitação da dispersão de luz para uma radiação que atravessa o elemento em camadas e, desse modo, para o aperfeiçoamento da nitidez da visualização através do elemento em camadas ou da vidraça.
[0119] Outro assunto da invenção é um sistema de projeção que compreende uma vidraça usado como tela de projeção, conforme definido no presente pedido de patente, e um projetor fornecido para iluminar a vidraça na projeção.
[0120] Outro assunto da invenção é a vidraça usado como tela de projeção ou retroprojeção, de acordo com a invenção, que compreende duas superfícies externas principais 10, 20 que exibem as características descritas no presente pedido de patente em relação à vidraça.
[0121] A vidraça é usada, de preferência, como uma tela de projeção que opera em reflexão, isto é, os espectadores e o projetor ficam localizados no mesmo lado da vidraça usada como tela de projeção. A vidraça pode ser, contudo, usado como uma tela de retroprojeção que opera em transmissão, isto é, os espectadores e o projetor ficam localizados em cada lado da vidraça.
[0122] A dita vidraça compreende, de preferência, pelo menos um elemento em camadas transparente 1, conforme definido acima, e pelo menos um sistema de difusão variável.
[0123] De acordo com uma modalidade vantajosa da invenção, a vidraça compreende, adicionalmente, um sistema de difusão de luz variável eletricamente controlável. A película funcional compreende elementos ativos, cuja orientação é modificada pela aplicação de um campo elétrico ou magnético.
[0124] Esses sistemas de difusão de luz variável compreendem, por exemplo, sistemas de cristal líquido.
[0125] De acordo com a invenção, deve-se compreender que o termo "estado ligado" se refere ao estado transparente da película funcional quando a vidraça é suprida com eletricidade e o termo "estado desligado" se refere ao estado de difusão da película funcional quando a vidraça não é mais suprida com eletricidade. Os elementos ativos, quando a película é colocada sob tensão, se tornam orientados ao longo de um eixo geométrico favorecido, o qual torna possível que uma radiação seja transmitida e, desse modo, permite a visualização através da película funcional. Sem tensão, na ausência de alinhamento dos elementos ativos, a película se torna difusora e impede a visualização. A película funcional alterna de forma reversível entre um estado transparente e um estado translúcido mediante a aplicação de um campo elétrico.
[0126] A combinação de um elemento em camadas transparente que tem propriedades de reflexão difusa e de um sistema de difusão de luz variável torna possível comutar entre um estado transparente e um estado de difusão. A combinação das propriedades em reflexão do sistema de difusão de luz variável no estado de difusão e do elemento transparente que tem reflexão difusa torna possível obter uma tela de projeção que exibe uma excelente luminosidade, um alto contraste e um ângulo de visão maior, em comparação com uma vidraça que compreende um sistema de difusão de luz variável usado sozinho.
[0127] Finalmente, quando o sistema de difusão de luz variável está no estado transparente, devido à presença do elemento em camadas transparente que tem reflexão difusa, a vidraça pode, mesmo assim, agir como tela de projeção em projeção direta.
[0128] De acordo com a invenção, é possível projetar imagens com boas qualidades em ambientes iluminados, enquanto que isso foi difícil para as vidraças da técnica anterior que compreendem sistemas de difusão de luz variável. A qualidade das imagens projetadas é aperfeiçoada em grande medida, em particular, o contraste, sem prejudicar a transparência da vidraça quando a película funcional está no estado ligado.
[0129] Essa modalidade vantajosa torna possível, desse modo, em comparação com uma vidraça que compreende somente um sistema de difusão de luz variável, aumentar a luminosidade e o contraste, tanto na penumbra como em um ambiente iluminado, e obter excelentes ângulos de visão e, consequentemente, boa visualização e legibilidade da imagem, mesmo sob a observação da mesma com um ângulo de 180°.
[0130] Os sistemas de difusão de luz variável eletricamente controláveis que têm cristais líquidos compreendem uma película funcional que compreende cristais líquidos. Esses sistemas de cristal líquido se alternam de forma reversível, pela aplicação de um campo elétrico, de preferência, um campo elétrico alternado, entre um estado transparente e um estado não transparente. A película funcional compreende, de preferência, um material polimérico em que gotículas de cristais líquidos, em particular, cristais líquidos nemáticos com uma anisotropia dielétrica positiva, são dispersas.
[0131] Os cristais líquidos usados para as aplicações de vidraça, de preferência, são provenientes da família dos cristais líquidos calamíticos. Essa família de cristais líquidos é geralmente dividida em três grupos: nemático, colestérico e esmético.
[0132] Para aplicações de área de superfície grande, os termos usados são geralmente cristais líquidos dispersos (PDLC, cristais líquidos dispersos em polímero) e cristais líquidos encapsulados (NCAP, fase alinhada curvilínea nemática), em particular, aqueles usados em vidraças Priva-Lite®. Esses sistemas resultam a partir de cristais líquidos nemáticos encerrados em microcavidades. As películas NCAP são geralmente preparadas começando a partir de uma emulsão, enquanto que as películas PDLC geralmente resultam a partir de uma solução isotrópica que forma fases separadas durante a polimerização ou reticulação.
[0133] Também pode ser feito o uso, de acordo com a invenção, de cristais líquidos do tipo CLC ("cristal líquido colestérico") ou NPD-LCD ("visor de cristal líquido disperso em polímero não homogêneo").
[0134] Também pode ser feito o uso, por exemplo, de uma camada que compreende um gel à base de cristais líquidos colestéricos que compreendem uma pequena quantidade de polímero reticulado, tal como aqueles descritos na patente no. WO-92/19695, ou cristais líquidos que comutam com a variação em transmissão de luz LT. De forma mais ampla, a escolha pode ser feita, desse modo, de produtos de PSCT ("textura colestérica estabilizada em polímero").
[0135] Também pode ser feito o uso de cristais líquidos biestáveis, tais como descritos na patente no. EP 2 256 545, os quais comutam sob a aplicação de um campo elétrico alternado na forma pulsada e que permanecem no estado comutado até a aplicação de um novo pulso.
[0136] A película funcional que compreende os cristais líquidos tem, de preferência, uma espessura entre 3 e 100 μm, de preferência, 3 a 50 μm e melhor ainda de 3 a 30 μm.
[0137] A película funcional pode compreender uma película de polímero, na qual cristais líquidos são dispersos como elementos ativos ou uma camada de cristais líquidos. A película de polímero pode ser uma película de polímero reticulada ou uma emulsão de cristais líquidos em um meio. Os cristais líquidos conhecidos sob os termos de NCAP, PDLC, CLC e NPD-LCD podem ser usados.
[0138] A película funcional pode ser uma película de polímero que compreende, como elementos ativos, cristais líquidos dispersos na forma de gotículas em um meio apropriado. Os cristais líquidos podem ser cristais líquidos nemáticos que têm uma anisotropia dielétrica positiva, tais como, cristais líquidos do tipo NCAP ou PDLC. Os exemplos de película funcional de cristal líquido são descritos, em particular, nas patentes europeias nos EP-88 126, EP-268 877, EP-238 164, EP-357 234, EP-409 442 e EP-964 288 e nas patentes americanas nos US 4.435.047, US 4.806.922 e 4.732.456.
[0139] Essas películas de polímero podem ser obtidas através da evaporação da água presente em uma emulsão aquosa de cristais líquidos e de um meio que compreende um polímero solúvel em água.
[0140] O meio se baseia preferencialmente em um polímero da família dos látex do tipo poliuretano (PU) e/ou em um polímero do tipo álcool polivinílico (PVA) geralmente preparado na fase aquosa em uma proporção de polímeros de 15% a 50% em peso, em relação à água.
[0141] Como regra geral, a birrefringência dos cristais líquidos se encontra entre 0,1 e 0,2 e varia, em particular, como uma função do meio usado. Sua birrefringência é da ordem de 0,1, se o polímero do meio for do tipo poliuretano (PU) e da ordem de 0,2, se o mesmo for do tipo álcool polivinílico (PVA).
[0142] Os elementos ativos em relação à difusão de luz são vantajosamente na forma de gotículas que têm um diâmetro médio entre 0,5 e 3 μm, em particular, entre 1 e 2,5 μm, dispersas no meio. O tamanho das gotículas depende de um determinado número de parâmetros que incluem, em particular, a capacidade de emulsificação dos elementos ativos no meio mediante consideração. De preferência, essas gotículas representam entre 120% e 220% em peso do meio, em particular, entre 150% e 200% em peso, excluindo o solvente, geralmente aquoso do dito meio.
[0143] De maneira particularmente preferível, realiza-se a escolha de cristais líquidos na forma de gotículas que têm um diâmetro de aproximadamente 2,5 μm, quando o meio se baseia no látex de poliuretano (birrefringência de aproximadamente 0,1) e que têm um diâmetro de aproximadamente 1 μm, quando o meio, em vez disso, se baseia em álcool polivinílico (birrefringência de aproximadamente 0,2).
[0144] Uma película funcional que compreende uma emulsão líquida de cristais líquidos nemáticos compreende, de preferência, uma espessura de aproximadamente 10 a 30 μm, ainda mais preferencialmente, 20 a 25 μm.
[0145] Esse tipo de película, uma vez laminado e incorporado entre dois substratos, é disponível junto à Saint-Gobain Glass sob o nome comercial Priva- Lite®.
[0146] Uma película de polímero que compreende cristais líquidos pode ser obtida pela preparação de uma mistura que compreende cristais líquidos, monômeros e, de preferência, um iniciador de polimerização, seguida pela reticulação dos monômeros.
[0147] A película de polímero que compreende os cristais líquidos pode compreender compostos, tal como, o composto 4-((4-etil-2,6-difluorofenil)etinil)-4'- propilbifenil e 2-fluoro-4,4'-bis(trans-4-propilcicloexil)bifenil, por exemplo, disponível junto à Merck, sob a referência MDA-00-3506.
[0148] A película de polímero pode compreender os compostos conhecidos descritos no documento no US 5.691.795. Pode-se mencionar, como cristais líquidos adequados, de acordo com a invenção, do produto, disponível junto à Merck Co. Ltd comercializado sob o nome comercial "E-31 LV", que corresponde a uma mistura de diversos compostos de cristal líquido. De preferência, faz-se uso de uma mistura desse produto com uma substância quiral, por exemplo, 4-ciano-4'-(2- metilbutil)bifenil, um monômero, por exemplo, 4,4'-bisacriloilbifenil e um fotoiniciador UV, por exemplo, éter metílico de benzoína (CAS No 3524-62-7). Essa mistura é aplicada a forma de "camada" em contato com o eletrodo. Após curar a película de polímero que compreende os cristais líquidos através da irradiação por luz UV, forma-se uma rede polimérica na qual os cristais líquidos são incorporados.
[0149] Uma película de polímero que compreende uma rede polimérica na qual os cristais líquidos são incorporados pode ter uma espessura na faixa de 3 a 100 μm, de preferência, de 3 a 60 μm e, ainda mais preferencialmente, de 3 a 20 μm.
[0150] De acordo com outra modalidade, a camada de cristais líquidos compreende cristais líquidos e espaçadores. Os espaçadores podem ser feitos de vidro, tais como, esferas de vidro ou feitos de plástico rígido, por exemplo, feitos de metacrilato de polimetila (PMMA). Esses espaçadores são preferencialmente transparentes e exibem preferencialmente um índice óptico que é substancialmente igual ao índice óptico da matriz da camada de cristais líquidos. Os espaçadores são feitos de material não condutor.
[0151] A camada de cristais líquidos não necessariamente compreende o polímero que constitui um meio ou uma rede. Essa camada pode ser unicamente composta pelos cristais líquidos e espaçadores. Os cristais líquidos são aplicados (sem monômero adicional) ao longo de uma espessura de 3 a 60 μm, de preferência, de 3 a 20 μm, em contato com o eletrodo. Os compostos adequados para essa modalidade são descritos, por exemplo, no documento no US 3.963.324. De acordo com essa modalidade, a espessura da camada de cristais líquidos pode se encontrar entre 10 e 30 μm, de preferência, 10 e 20 μm.
[0152] O sistema de difusão de luz variável que compreende a película funcional pode se estender ao longo de toda a superfície da vidraça ou ao longo de pelo menos uma porção da vidraça. Quando o sistema de difusão de luz variável se estende ao longo de pelo menos uma porção da vidraça, essa porção da superfície corresponde e é alinhada à porção da superfície da vidraça que compreende o elemento em camadas. O sistema de difusão de luz variável, desse modo, pode ser formado presente levando-se em consideração apenas uma porção ou todas as superfícies externas principais 10, 20 da vidraça.
[0153] A película funcional é preferencialmente enquadrada por dois suportes de transporte de eletrodo, sendo que os eletrodos ficam em contato direto com a película funcional.
[0154] Cada um dos eletrodos compreende pelo menos uma camada eletricamente condutora. A camada eletricamente condutora pode compreender óxidos condutores transparentes (TCO), isto é, materiais que são tanto bons condutores como transparentes na região visível, tal como, óxido de índio dopado com estanho (ITO), óxido de estanho dopado com antimônio, óxido de estanho dopado com flúor (SnO2: F) ou óxido de estanho dopado com alumínio (ZnO: Al). Uma camada eletricamente condutora à base de ITO exibe uma resistência de aproximadamente 100 ohms por quadrado.
[0155] A camada eletricamente condutora também pode compreender polímeros condutores transparentes que são compostos orgânicos que compreendem ligações duplas conjugadas, a condutividade da mesma pode ser aprimorada por dopagem química ou eletroquímica.
[0156] Essas camadas eletricamente condutoras à base de óxidos condutores ou polímeros condutores são preferencialmente depositadas ao longo das espessuras da ordem de 50 a 100 nm, diretamente na película funcional ou em uma camada intermediária, através de um grande número de técnicas conhecidas, tais como, pulverização catódica assistida por campo magnético, evaporação, técnica de solgel e técnicas de deposição em fase de vapor (CVD).
[0157] A camada eletricamente condutora também pode ser uma camada metálica, de preferência, uma camada fina ou uma pilha de camadas finas, referida como TCC (Revestimento Condutor Transparente), por exemplo, feita de Ag, Al, Pd, Cu, Pd, Pt, In, Mo ou Au e tipicamente com uma espessura entre 2 e 50 nm.
[0158] Os eletrodos que compreendem uma camada eletricamente condutora são conectados a um fornecimento de energia. O fornecimento de energia pode ser uma alimentação elétrica que usa tensões entre 0 e 110 V. Dois fios elétricos, cada um compreendendo uma entrada de fiação, são conectados a uma conexão de eletrodo separada.
[0159] As camadas eletricamente condutoras dos eletrodos, então, podem ser diretamente depositadas em uma face de um suporte e, desse modo, formar os suportes de transporte de eletrodo.
[0160] Os suportes podem ser folhas de vidro, por exemplo, folhas de vidro flotado planas ou elementos de inserção de plástico. As folhas de plástico, em particular, podem ser folhas feitas de polímero termoplástico do tipo PVB (polivinil butiral) ou EVA (etileno/acetato de vinila), poliuretano (PU) ou folhas feitas de tereftalato de polietileno (PET).
[0161] As folhas de PET têm, por exemplo, uma espessura entre 50 μm e 1 mm, preferencialmente entre 100 e 500 μm, ainda mais preferencialmente, entre 150 e 200 μm, em particular, de aproximadamente 175 μm.
[0162] O sistema de difusão de luz variável pode compreender, desse modo, dois suportes de transporte de eletrodo, cada um composto por uma folha de PET coberta com uma camada de ITO eletricamente condutora que enquadra uma película funcional.
[0163] Um sistema de difusão de luz variável desse tipo é usado nos Priva-Lite® vidraças disponíveis junto à Saint-Gobain Glass.
[0164] De preferência, faz-se uso de uma folha de vidro que exibe uma espessura de pelo menos 3 mm, quando a espessura da película funcional for menor que 30 μm e uma folha de vidro que exibe uma espessura de pelo menos 2 mm, quando a espessura da película funcional for maior ou igual a 30 μm.
[0165] O sistema de difusão de luz variável, desse modo, pode compreender dois suportes de transporte de eletrodo que compreende uma folha de vidro flotado plana que compreende um eletrodo que compreende uma camada eletricamente condutora que enquadra uma película funcional.
[0166] O elemento em camadas pode ser uma vidraça rígida ou uma película flexível. Tal película flexível é vantajosamente proporcionada em uma de suas superfícies externas principais com uma camada adesiva coberta com uma tira protetora destinada a ser removida para a ligação adesiva da película. O elemento em camadas na forma de uma película flexível é, então, adequado para ser adicionado através da ligação adesiva a uma superfície existente, por exemplo, uma superfície de uma vidraça, a fim de conferir a essa superfície, propriedades de reflexão difusa, enquanto mantém as propriedades de transmissão especular.
[0167] Em uma modalidade preferida da invenção, a camada externa inferior é um substrato transparente. A camada central é formada por uma única camada conformavelmente depositada na superfície principal texturizada da primeira camada externa ou através de uma pilha de camadas conformavelmente depositada de maneira sucessiva na superfície principal texturizada da primeira camada externa. De preferência, a camada central é depositada por pulverização catódica, em particular, pulverização catódica assistida por campo magnético. A segunda camada externa ou camada externa superior compreende uma camada de sol-gel depositada na superfície principal texturizada da camada central oposta à primeira camada externa.
[0168] De acordo com outro aspecto da invenção, uma ou more camadas adicionais superiores podem ser usadas, tal como, um elemento de inserção ou folha feita de plástico termoformável ou sensível à pressão e/ou um substrato transparente ou a contra-substrato. A camada à base de um elemento de inserção ou folha de plástico, então, corresponde a um elemento de inserção de laminação que proporciona a conexão ou integralidade entre a camada externa superior do elemento em camadas que compreende, de preferência, a camada de sol-gel e a camada adicional que compreende, de preferência, o contra-substrato.
[0169] A vidraça da invenção compreende, de preferência, a seguinte pilha: - opcionalmente, pelo menos uma camada adicional inferior escolhida a partir de substratos transparentes, as duas superfícies principais dos mesmos são lisas, tais como, polímeros, vidros e elementos de inserção feitos de plástico termoformável ou sensível à pressão, - uma camada externa inferior escolhida a partir de substratos transparentes, tais como, polímeros, vidros e elementos de inserção feitos de plástico termoformável ou sensível à pressão, e materiais curáveis inicialmente em um estado viscoso líquido ou pastoso adequado para operações de formação, - uma camada central que compreende uma camada fina composta por um material transparente, de preferência, um material dielétrico ou uma camada metálica fina, - uma camada externa superior escolhida a partir de camadas de sol-gel, - opcionalmente, pelo menos uma camada adicional superior a partir de substratos transparentes, as duas superfícies principais dos mesmos são lisas, escolhidas a partir de polímeros, vidros e elementos de inserção feitos de plástico termoformável ou sensível à pressão.
[0170] Em uma forma alternativa da invenção, a vidraça da invenção compreende a seguinte pilha: - um elemento em camadas que compreende: - uma camada externa inferior escolhida a partir de substratos transparentes feitos de vidro áspero, - uma camada central que compreende, de preferência, uma camada fina, - uma camada externa superior escolhida a partir de materiais curáveis inicialmente em um estado viscoso líquido ou pastoso adequado para operações de formação, de preferência, uma camada de sol-gel, - um elemento de inserção feito de plástico termoformável ou sensível à pressão, - um substrato transparente feito de vidro plano que compreende, de preferência, pelo menos um revestimento antirreflexo.
[0171] Nessa modalidade, a vidraça compreende uma camada adicional superior escolhida a partir de elementos de inserção de material termoformável ou sensível à pressão, em que outra camada adicional superior escolhida a partir de substratos de vidro transparente é preferencialmente sobreposta.
[0172] Em outra forma alternativa da invenção, a vidraça da invenção compreende a seguinte pilha: - um elemento em camadas, - um elemento de inserção feito de plástico termoformável ou sensível à pressão, - um sistema de difusão de luz variável que compreende uma película funcional enquadrada por dois suportes de transporte de eletrodo, sendo que os ditos eletrodos ficam diretamente em contato com a película funcional, - um elemento de inserção feito de plástico termoformável ou sensível à pressão, - um substrato transparente feito de vidro plano que compreende, de preferência, pelo menos um revestimento antirreflexo.
[0173] Outra matéria da invenção é um processo para a fabricação de uma vidraça que compreende o elemento em camadas, conforme descrito acima, e um sistema de difusão de luz variável, que compreende os seguintes estágios:
A) o elemento em camadas é fabricado:
[0174] um substrato transparente, uma das superfícies principais do mesmo é texturizada e a outra superfície principal do mesmo é lisa, é proporcionado como a primeira camada externa ou camada externa inferior; uma camada central é depositada na superfície principal texturizada da camada externa inferior, quando a camada central é formada por uma única camada, que é uma camada transparente, de preferência, uma camada dielétrica, com um índice de refração diferente daquele da camada externa inferior, ou uma camada metálica, depositando-se a camada central conformavelmente na dita superfície principal texturizada ou quando a camada central é formada por uma pilha de camadas que compreende pelo menos uma camada transparente, de preferência, uma camada dielétrica, com um índice de refração diferente daquele da camada externa inferior ou uma camada metálica, depositando-se as camadas da camada central conformavelmente em sucessão na dita superfície principal texturizada; a segunda camada externa ou camada externa superior é formada na superfície principal texturizada da camada central oposta à camada externa inferior, onde as camadas externas inferiores e superiores são compostas por materiais transparentes, de preferência, materiais dielétricos que tem substancialmente o mesmo índice de refração, opcionalmente, pelo menos uma camada superior e/ou inferior adicional é formada na superfície ou superfícies externas principais lisas do elemento em camadas,
B) o elemento em camadas que compreende opcionalmente camadas adicionais e um sistema de difusão de luz variável são montados.
[0175] O sistema de difusão de luz variável e o elemento em camadas podem ser montados por quaisquer meios conhecidos, tais como, meios mecânicos ou químicos. Em particular, é possível montar os mesmos por laminação em virtude do uso do elemento de inserção de laminação.
[0176] De preferência, a deposição da camada central conformavelmente ou das camadas da camada central conformavelmente em sucessão na superfície principal texturizada da primeira camada externa é realizada por pulverização catódica, em particular, pulverização catódica assistida por campo magnético.
[0177] De acordo com um aspecto da invenção, a segunda camada externa é formada pela deposição na superfície principal texturizada da camada central oposta à primeira camada externa, uma camada que tem substancialmente o mesmo índice de refração que a primeira camada externa e que é inicialmente proporcionada em um estado viscoso adequado para operações de formação. A segunda camada externa, desse modo, pode ser formada, por exemplo, por um processo que compreende a deposição de uma camada de material fotorreticulável e/ou fotopolimerizável inicialmente na forma fluida, seguida pela irradiação dessa camada, ou através de um processo sol-gel.
[0178] De acordo com outro aspecto da invenção, a segunda camada externa é formada posicionando-se contra a superfície principal texturizada da camada central oposta à primeira camada externa, uma camada à base de material polimérico que tem substancialmente o mesmo índice de refração que a primeira camada externa e, então, conformando-se essa camada à base de material polimérico contra a superfície principal texturizada da camada central por compressão e/ou aquecimento pelo menos até a temperatura de transição vítrea do material polimérico.
[0179] As características e vantagens da invenção se tornarão aparentes na descrição a seguir das diversas modalidades de um elemento em camadas, fornecido unicamente por meio de exemplo e realizado com referência aos desenhos em anexo, em que:
[0180] A Figura 1 é um corte transversal diagramático de um sistema de projeção, de acordo com a invenção, que compreende um projetor e uma vidraça que compreende o elemento em camadas em conformidade com uma modalidade, de acordo com a invenção;
[0181] A Figura 2 é uma vista em uma escala maior do recurso I da Figura 1 para uma primeira forma alternativa do elemento em camadas;
[0182] A Figura 3 é uma vista em uma escala maior do recurso I da Figura 1 para uma segunda forma alternativa do elemento em camadas;
[0183] As Figuras 4 e 5 são dois cortes transversais diagramáticos dos sistemas de projeção, de acordo com a invenção, que compreendem um projetor e uma vidraça que compreende o elemento em camadas e um sistema de difusão de luz variável, em conformidade com as modalidades preferidas, de acordo com a invenção;
[0184] As Figuras 6 e 7 representam esquemas que mostram os estágios de um processo para a fabricação de uma vidraça, de acordo com a invenção; e
[0185] As Figuras 8 e 9 representam fotografias.
[0186] Para a clareza do desenho, as espessuras relativas das camadas diferentes nas Figuras não foram rigorosamente observadas. Além disso, a possível variação na espessura da camada constituinte ou cada camada constituinte da camada central como uma função do coeficiente angular da textura não foi representada nas Figuras, sendo compreendido que essa possível variação na espessura não tem um impacto no paralelismo das superfícies de contato texturizadas. Isso ocorre porque, para cada dado coeficiente angular da textura, as superfícies de contato texturizadas são paralelas umas às outras.
[0187] A Figura 1 representa um sistema de projeção destinado a operar em reflexão compreendendo um projetor P e uma vidraça 5 compreendendo um elemento em camadas 1. A vidraça é usada como tela de projeção, isto é, para um espectador situado no lado do projetor P, em vez da tela de retroprojeção, isto é, em que o projetor se situa atrás da vidraça, sendo que p espectador e o projetor são separados pela vidraça.
[0188] A vidraça compreende duas superfícies externas principais 10 e 20. A superfície externa principal 10 representa o lado da vidraça sobre o qual as imagens visualizáveis por espectadores são projetadas em virtude do projetor. A superfície externa principal 20 representa o lado oposto da vidraça em relação ao projetor. À medida que a vidraça é usada como uma tela de projeção que opera em reflexão, os espectadores e o projetor se situam no mesmo lado da vidraça.
[0189] O elemento em camadas 1 compreende duas camadas externas 2 e 4 que são compostas por materiais transparentes que tem substancialmente o mesmo índice de refração n2, n4. Cada camada externa 2 ou 4 exibe uma superfície principal lisa, respectivamente 2A ou 4A, voltada em direção à parte externa do elemento em camadas, e uma superfície principal texturizada, respectivamente 2B ou 4B, voltada em direção à parte interna do elemento em camadas.
[0190] As superfícies externas lisas 2A e 4A do elemento em camadas 1 tornam possível uma transmissão especular de radiação em cada superfície 2A e 4A, isto é, a entrada de uma radiação em uma camada externa ou a saída de uma radiação de uma camada externa sem modificar a direção da radiação.
[0191] As texturas das superfícies internas 2B e 4B são complementares umas às outras. Conforme claramente visível na Figura 1, as superfícies texturizadas 2B e 4B são posicionadas voltadas umas para as outras, em uma configuração onde suas texturas são estritamente paralelas umas às outras. O elemento em camadas 1 também compreende uma camada central 3 inserida em contato entre as superfícies texturizadas 2B e 4B.
[0192] Na forma alternativa mostrada na Figura 2, a camada central 3 é uma monocamada e é composta por um material transparente que é metálico ou transparente com um índice de refração n3 diferente daquele das camadas externas 2 e 4. Na forma alternativa mostrada na Figura 3, a camada central 3 é formada por uma pilha transparente de diversas camadas 3i, 32, ..., 3k, onde pelo menos uma das camadas 31 a 3k é uma camada metálica ou uma camada transparente, de preferência, uma camada dielétrica, com um índice de refração diferente daquele das camadas externas 2 e 4. De preferência, pelo menos cada uma das duas camadas 3i e 3k situada nas extremidades da pilha é uma camada metálica ou uma camada transparente com um índice de refração n3i ou n3k diferente daquele das camadas externas 2 e 4.
[0193] Nas Figuras i a 3, S0 marca a superfície de contato entre a camada externa 2 e a camada central 3 e Si marca a superfície de contato entre a camada central 3 e a camada externa 4. Além disso, na Figura 3, S2 a Sk marcam sucessivamente as superfícies internas de contato da camada central 3 começando a partir da superfície de contato mais próxima à superfície S0.
[0194] Na forma alternativa da Figura 2, como um resultado da disposição da camada central 3 em contato entre as superfícies texturizadas 2B e 4B que são paralelas umas às outras, a superfície de contato S0 entre a camada externa 2 e a camada central 3 é texturizada e paralela à superfície de contato Si entre a camada central 3 e a camada externa 4. Em outras palavras, a camada central 3 é uma camada texturizada que exibe ao longo de toda sua extensão, uma espessura uniforme e3 tomada perpendicularmente em relação às superfícies de contato S0 e S1.
[0195] Na forma alternativa da Figura 3, cada superfície de contato S2, ..., Sk entre duas camadas adjacentes da pilha constituinte da camada central 3 é texturizada e estritamente paralela às superfícies de contato S0 e S1 entre as camadas externas 2, 4 e a camada central 3. Desse modo, todas as superfícies de contato S0, S1, ., Sk entre as camadas adjacentes do elemento 1 que, por um lado, são de naturezas diferentes, transparentes com um índice de refração (n2, n4, n3, n31, n32, . ou n3k) ou metálicas ou, por outro lado, transparentes com índices de refração diferentes, são texturizadas e paralelas umas às outras. Em particular, cada camada 31, 32, ., 3k da pilha constituinte da camada central 3 exibe, pelo menos localmente, uma espessura uniforme e31, e32, ., e3k, tomada perpendicularmente em relação às superfícies de contato S0, S1, ., Sk.
[0196] Conforme mostrado na Figura 1, a textura de cada superfície de contato S0, S1 ou S0, S1, ., Sk do elemento em camadas 1 é formada por uma pluralidade de padrões rebaixados ou projetados em relação a um plano geral π da superfície de contato. De preferência, a altura média dos padrões de cada superfície de contato texturizada S0, S1 ou S0, S1, ., Sk se encontra entre 1 micrômetro e 1 milímetro. A altura média dos padrões de cada superfície de contato texturizada é definida como a média aritmética
Figure img0001
com yi a distância tomada entre o pico e o plano π para cada padrão da superfície, conforme diagramaticamente mostrado na Figura 1.
[0197] De acordo com um aspecto da invenção, a espessura e3 ou e31, e32, ., e3k da camada constituinte ou cada camada constituinte da camada central 3 é menor que a altura média dos padrões de cada superfície de contato texturizada S0, S1 ou S0, S1, ., Sk do elemento em camadas 1. Essa condição é importante para aumentar a probabilidade de que a interface de entrada de uma radiação em uma camada da camada central 3 e a interface de saída da radiação fora dessa camada sejam paralelas e, desse modo, aumentar a porcentagem de transmissão especular da radiação através do elemento em camadas 1. Por uma questão de visibilidade das camadas diferentes, essa condição não foi estritamente observada nas Figuras.
[0198] De preferência, a espessura e3 ou e3i, e32, ..., e3k da camada constituinte ou cada camada constituinte da camada central 3 é menor que 1/4 da altura média dos padrões de cada superfície de contato texturizada do elemento em camadas. Na prática, quando a camada central 3 é uma camada fina ou uma pilha de camadas finas, a espessura e3 ou e3i, e32, ., e3k de cada camada da camada central 3 é da ordem de, ou inferior a i/i0 da altura média dos padrões de cada superfície de contato texturizada do elemento em camadas.
[0199] A Figura i ilustra a rota de uma radiação que é incidente no elemento em camadas i no lado da camada externa 2. Os raios incidentes Ri chegam à camada externa 2 com um determinado ângulo de incidência θ. Conforme mostrado na Figura i, os raios incidentes Ri, quando os mesmo atingem a superfície de contato S0 entre a camada externa 2 e a camada central 3, são refletidos pela superfície metálica ou como um resultado da diferença no índice de refração nessa superfície de contato respectivamente entre a camada externa 2 e a camada central 3, na forma alternativa da Figura 2, e entre a camada externa 2 e a camada 3i, na forma alternativa da Figura 3. À medida que a superfície de contato S0 é texturizada, a reflexão ocorre em uma pluralidade de direções Rr. A reflexão da radiação através do elemento em camadas i, desse modo, é difusa.
[0200] Uma porção da radiação incidente também é refratada na camada central 3. Na forma alternativa da Figura 2, as superfícies de contato S0 e Si são paralelas umas às outras o que, de acordo com a lei de Snell-Descartes, implica que n2.sen(θ) = n4.sen(θ’), onde θ é o ângulo de incidência da radiação na camada central 3 que começa a partir da camada externa 2 e θ’ é o ângulo de refração da radiação na camada externa 4 que começa a partir da camada central 3. Na forma alternativa da Figura 3, à medida que as superfícies de contato S0, Si, ., Sk são paralelas umas às outras, a relação n2.sen(θ) = n4.sen(θ’) que resulta da lei de Snell-Descartes permanece confirmada. Consequentemente, em ambas as formas alternativas, à medida que os índices de refração n2 e n4 das duas camadas externas são substancialmente iguais uns aos outros, os raios Rt transmitidos pelo elemento em camadas são transmitidos com um ângulo de transmissão θ’ igual ao seu ângulo de incidência θ no elemento em camadas. A transmissão da radiação pelo elemento em camadas 1, desse modo, é especular.
[0201] De maneira similar, em ambas as formas alternativas, uma radiação incidente no elemento em camadas 1 no lado da camada externa 4 é refletida de forma difusa e transmitida de forma especular pelo elemento em camadas pelas mesmas razões acima.
[0202] Vantajosamente, o elemento em camadas 1 compreende um revestimento antirreflexo 6 em pelo menos uma de suas superfícies externas principais lisas da vidraça 10 e 20. A vidraça da Figura 1 não compreende uma camada adicional. Consequentemente, as superfícies externas principais da vidraça 10 e 20 são coincidentes com as superfícies externas principais do elemento em camadas 2A e 4A. De preferência, um revestimento antirreflexo 6 é proporcionado em cada superfície externa principal da vidraça que se destina a receber uma radiação. No exemplo da Figura 1, apenas a superfície 20 da vidraça é dotada de um revestimento antirreflexo 6, à medida que se refere à superfície da vidraça que é direcionada no lado oposto ao projetor.
[0203] Conforme mencionado acima, o revestimento antirreflexo 6 pode ser de qualquer tipo que torne possível reduzir a reflexão da radiação na interface entre o ar e a camada externa. Em particular, pode ser uma camada com um índice de refração entre o índice de refração do ar e o índice de refração da camada externa, uma pilha de camadas finas que atua como filtro de interferência ou também uma pilha de camadas finas que exibe um gradiente de índices de refração.
[0204] Nesse exemplo, a camada central depositada por magnétron no vidro acetinado proporciona a reflexão difusa que torna possível a projeção direta de uma imagem, considerando que a camada de planarização de sol-gel torne possível manter a transparência da vidraça na transmissão. A adição da placa de vidro traseira com tratamento antirreflexo torna possível reduzir as múltiplas reflexões dentro da vidraça e, desse modo, aprimorar a qualidade das imagens projetadas.
[0205] As Figuras 4 e 5 ilustram dois outros sistemas de projeção, de acordo com a invenção, a vidraça 5 que incorpora um sistema de difusão de luz variável eletricamente controlável 7 que pode alternar entre um estado transparente e um estado de difusão. No estado "DESLIGADO", obtém-se uma vidraça que compreende uma superfície externa principal de difusão que torna possível uma projeção direta aprimorada à medida que a reflexão difusa na camada de magnétron é adicionada à reflexão difusa na película de cristal líquido. No estado "LIGADO", obtém-se uma vidraça que compreende uma superfície externa principal transparente, o funcionamento do mesmo é igual a um sem sistema de difusão de luz variável.
[0206] A vidraça ilustrada na Figura 4 compreende a seguinte pilha: - um elemento em camadas que compreende: - uma camada externa inferior 2 que compreende um substrato feito de vidro áspero, - uma camada central 3 que compreende uma camada fina à base de prata ou aço inoxidável, - uma camada externa superior 4 composta por uma camada de sol-gel, - uma camada adicional 12a composta por um elemento de inserção feito de plástico termoformável ou sensível à pressão, - um sistema de difusão de luz variável 7 que compreende uma película funcional 16 enquadrada por dois suportes de transporte de eletrodo, um suporte de transporte de eletrodo inferior 9 e suporte de transporte de eletrodo superior 11, sendo que os ditos eletrodos ficam diretamente em contato com a película funcional 16, - uma camada adicional superior 12a composta por um elemento de inserção feito de plástico termoformável ou sensível à pressão, - outra camada adicional superior 12b composta por um substrato transparente feito de vidro plano que compreende um revestimento antirreflexo 6.
[0207] Os suportes de transporte de eletrodo são folhas feitas de plástico compostas por tereftalato de polietileno no qual os eletrodos foram depositados. O eletrodo pode ser uma camada eletricamente condutora com uma espessura de aproximadamente 20 a 400 nm feita de óxido de índio e estanho (ITO), por exemplo. As camadas ITO têm uma resistência elétrica superficial entre 5 Q/quadrado e 300 Q/quadrado. Em vez das camadas feitas de ITO, também é possível usar, para o mesmo propósito, outras camadas de óxido eletricamente condutor ou camadas de prata que têm uma resistência superficial comparável. Finalmente, a película funcional 16 é composta por uma camada de cristais líquidos.
[0208] Finalmente, a vidraça ilustrada na Figura 5 representa a modalidade, de acordo com a qual o elemento em camadas realiza o papel de suporte de transporte de eletrodo. A vidraça ilustrada na Figura 5 compreende a seguinte pilha: - um elemento em camadas 1 que compreende: - uma camada externa inferior 2 que compreende um substrato feito de vidro áspero, - uma camada central 3 que compreende uma camada fina, de preferência, uma camada metálica, - uma camada externa superior 4 composta por óxido de zinco e estanho que exibe uma resistividade inferior a 1 ohm.cm, - uma película funcional 16, - um suporte de transporte de eletrodo superior 11, - uma camada adicional superior 12a composta por um elemento de inserção feito de plástico termoformável ou sensível à pressão, - outra camada adicional superior 12b composta por um substrato transparente feito de vidro plano que compreende um revestimento antirreflexo 6.
[0209] A camada externa inferior 2 do elemento em camadas realiza o papel de suporte para a montagem composta da camada central e da camada externa superior, cuja montagem realiza em sua parte o papel do eletrodo. O elemento em camadas 1 constitui, desse modo, um suporte de transporte de eletrodo inferior.
[0210] O sistema de difusão de luz variável 7 compreende uma película funcional 16 enquadrada por dois suportes de transporte de eletrodo, um suporte de transporte de eletrodo inferior 9 composto do elemento em camadas 1 e suporte de transporte de eletrodo superior 11, sendo que os ditos eletrodos ficam diretamente em contato com a película funcional.
[0211] Um exemplo de um processo para a fabricação da vidraça da invenção é descrito abaixo com referência à Figura 6. De acordo com esse processo, a camada central 3 é conformavelmente depositada em uma superfície texturizada 2B de um substrato transparente rígido ou flexível que forma a camada externa 2 do elemento em camadas 1. A superfície principal 2A desse substrato oposta à superfície texturizada 2B é lisa. Esse substrato 2 pode ser, em particular, um substrato de vidro texturizado do tipo Satinovo®, Albarino® ou Masterglass®. Em uma forma alternativa, o substrato 2 pode ser um substrato à base de material polimérico que é rígido ou flexível, por exemplo, do tipo metacrilato de polimetila ou policarbonato.
[0212] A deposição por conformação da camada central 3, se a mesma for uma monocamada ou formada por uma pilha de diversas camadas, em particular, é preferencialmente realizada sob vácuo, por pulverização catódica assistida por campo magnético (pulverização "catódica de magnétron"). Essa técnica torna possível depositar na superfície texturizada 2B do substrato 2 a única camada de forma conformável ou diferentes camadas da pilha conformavelmente em sucessão. As mesmas podem ser, em particular, camadas transparentes finas, de preferência, camadas dielétricas, em particular, camadas de Si3N4, SnO2, ZnO, ZrO2, SnZnOx, AlN, NbO, NbN, TiO2, SiO2, Al2O3, MgF2 ou AlF3 ou camada metálicas finas, em particular, camadas de prata, ouro, titânio, nióbio, silício, alumínio, liga de níquel- cromo (NiCr) ou ligas desses metais.
[0213] No processo da Figura 6, a segunda camada externa 4 do elemento em camadas 1 pode ser formada cobrindo-se a camada central 3 com uma camada de sol-gel transparente que tem um índice de refração substancialmente igual àquele do substrato 2, que é inicialmente proporcionado em um estado viscoso adequado para operações de formação e que é curável. Essa camada, no estado viscoso líquido ou pastoso, irá corresponder à textura da superfície 3B da camada central 3 oposta ao substrato 2. Desse modo, garante-se que, no estado curado da camada 4, a superfície de contato S1 entre a camada central 3 e a camada externa 4 seja de fato texturizada e paralela à superfície de contato S0 entre a camada central 3 e a camada externa 2.
[0214] A camada externa 4 do elemento em camadas 1 da Figura 6 é uma camada de sol-gel depositada por um processo sol-gel na superfície texturizada da camada central 3.
[0215] Finalmente, uma ou mais camadas adicionais 12 podem ser formadas acima do elemento em camadas. Nesse caso, a camada adicional ou camadas são, de preferência, um substrato de vidro plano, um elemento de inserção de plástico ou uma sobreposição de um elemento de inserção e um substrato de vidro plano.
[0216] Quando a camada externa do elemento em camadas for obtida a partir de uma camada de sol-gel, determinadas irregularidades podem existir na superfície externa principal lisa dessa camada. A fim de compensar essas irregularidades, pode ser vantajoso formar uma camada adicional 12 nessa camada de sol-gel posicionando-se um elemento de inserção PVB ou EVA de laminação contra a superfície externa principal lisa do elemento em camadas. A camada adicional 12, nesse caso, tem substancialmente o mesmo índice de refração que a camada externa do elemento em camadas obtido a partir de um processo sol-gel.
[0217] A camada adicional também pode ser um substrato transparente, por exemplo, um vidro plano. Nesse caso, a camada adicional é usada como um contra- substrato. A camada de sol-gel, então, proporciona integralidade entre a camada externa inferior dotada da camada central e do contra-substrato.
[0218] O uso de um substrato transparente como a camada adicional superior é de uso particular quando a camada adicional diretamente abaixa da dita camada adicional superior é formada por um elemento de inserção de polímero de laminação.
[0219] Uma primeira camada adicional 12 formada por um elemento de inserção PVB ou EVA de laminação pode ser posicionada contra a superfície externa superior do elemento em camadas e uma segunda camada adicional 12 composta por um substrato de vidro plano pode ser posicionada acima do elemento de inserção.
[0220] Nessa configuração, as camadas adicionais são combinadas com o elemento em camadas através de um processo de laminação convencional. Nesse processo, o elemento de inserção de polímero de laminação e o substrato são sucessivamente posicionados, começando a partir da superfície externa principal superior do elemento em camadas e, então, a compressão e/ou aquecimento, pelo menos até a temperatura de transição vítrea do elemento de inserção de polímero de laminação, por exemplo, em uma prensa ou um forno é aplicado à estrutura laminada formada desse modo.
[0221] Durante esse processo de laminação, quando o elemento de inserção forma a camada adicional superior situada diretamente acima do elemento em camadas, a camada superior desse é uma camada de sol-gel, o mesmo se conforma tanto à superfície superior da camada de sol-gel como à superfície inferior do substrato de vidro plano.
[0222] No processo ilustrado na Figura 7, o elemento em camadas 1 é uma película flexível com uma espessura total da ordem de 200 a 300 μm. O elemento em camadas é formado pela sobreposição:
[0223] de uma camada adicional inferior 12 formada por uma película polimérica flexível,
[0224] de uma camada externa 2 feita de material que pode fotorreticular e/ou fotopolimerizar sob a ação de uma radiação UV aplicada contra uma das superfícies principais lisas da película flexível,
[0225] de uma camada central 3,
[0226] de uma camada de sol-gel que tem uma espessura de aproximadamente 15 μm, a fim de formar a segunda camada externa 4 do elemento em camadas 1.
[0227] A película flexível que forma a camada adicional inferior pode ser uma película de tereftalato de polietileno (PET) que tem uma espessura de 100 μm e a camada externa 2 pode ser uma camada de resina curável sob radiação UV do tipo KZ6661, disponível junto à JSR Corporation, que tem uma espessura de aproximadamente 10 μm. A película flexível e a camada 2 têm substancialmente o mesmo índice de refração da ordem de 1,65 a 550 nm. No estado curado, a camada de resina exibe uma boa adesão ao PET.
[0228] A camada de resina 2 é aplicada à película flexível com uma viscosidade que torna possível introduzir uma textura em sua superfície 2B oposta à película 12. Conforme ilustrado na Figura 7, a texturização da superfície 2B pode ser realizada usando um rolo 13 que tem em sua superfície uma texturização complementar àquela a ser formada na camada 2. Uma vez que a texturização foi formada, a película flexível e camada de resina sobrepostas 2 são irradiadas com uma radiação UV, conforme mostrado pela seta na Figura 7, que torna possível solidificar a camada de resina 2 com sua texturização e montar em conjunto a película flexível e a camada de resina 2.
[0229] A camada central 3 com um índice de refração diferente daquele da camada externa 2 é subsequentemente depositada de forma conformável na superfície texturizada 2B através da pulverização catódica de magnétron. Essa camada central pode ser uma monocamada ou formada por uma pilha de camadas, conforme descrito acima. Essa pode ser, por exemplo, uma camada de TiO2 que tem uma espessura entre 55 e 65 nm, isto é, da ordem de 60 nm e um índice de refração de 2,45 a 550 nm.
[0230] A camada de sol-gel é subsequentemente depositada na camada central 3, a fim de formar a segunda camada externa 4 do elemento em camadas 1. Essa segunda camada externa 4 se conforma à superfície texturizada 3B da camada central 3 oposta à camada externa 2.
[0231] Uma camada de adesivo 14 coberta com uma tira protetora (forro) 15 destinada a ser removida para a ligação adesiva pode ser adicionada à superfície externa 4A da camada 4 do elemento em camadas 1. O elemento em camadas 1, desse modo, é proporcionado na forma de uma película flexível pronta para ser adicionada por ligação adesiva a uma superfície, tal como, uma superfície de uma vidraça, a fim de conferir propriedades de reflexão difusa nessa superfície. No exemplo da Figura 7, a camada de adesivo 14 e a tira protetora 15 são adicionadas à superfície externa 4A da camada 4. A superfície externa 2A da camada 2 que se destina a receber uma radiação incidente, por sua vez, é dotada de um revestimento antirreflexo.
[0232] De maneira particularmente vantajosa, conforme sugerido na Figura 7, diferentes estágios do processo podem ser continuamente realizados em uma e na mesma linha de fabricação.
[0233] A introdução do revestimento ou revestimentos antirreflexo do elemento em camadas 1 não foi representada nas Figuras 6 e 7. Deve-se notar que, em cada um dos processos ilustrados nessas Figuras, o revestimento ou revestimentos antirreflexo podem ser introduzidos nas superfícies lisas 2A e/ou 4A das camadas externas antes ou após a montagem do elemento em camadas, sem distinção.
[0234] A invenção não se limita aos exemplos descritos e representados. Em particular, quando o elemento em camadas é uma película flexível, como no exemplo da Figura 7, a espessura de cada camada externa formada à base de uma película de polímero, por exemplo, à base de uma película de PET, pode ser maior que 10 μm, em particular, da ordem de 10 μm a 1 mm.
[0235] Além disso, a texturização da primeira camada externa 2 no exemplo da Figura 7 pode ser obtida sem recorrer a uma camada de resina curável depositada na película de polímero, porém, diretamente através de estampagem a quente de uma película de polímero, em particular, através de laminação usando um rolo texturizado ou por prensagem usando um perfurador.
[0236] As arquiteturas análogas também podem ser previstas para substratos de plástico em vez de substratos de vidro.
[0237] O uso da vidraça definida desse modo como a tela de projeção que opera em reflexão torna possível aprimorar o contraste e/ou a luminosidade e/ou o ângulo de visão.
[0238] A vidraça, de acordo com a invenção, pode ser usada, em particular, como divisória interna (entre dois ambientes ou em um espaço) em uma edificação. Mais particularmente, a vidraça da invenção é de uso particular como uma divisória interna de uma sala de reuniões para projetar apresentações. É possível alternar entre o estado transparente e o estado de difusão.
[0239] A vidraça, de acordo com a invenção, é capaz de ser usado para qualquer aplicação conhecida de vidraças, tais como, veículos, edificações, mobiliário urbano, mobiliário interno, iluminação, telas de exibição, e similares. A vidraça transparente da invenção, desse modo, pode ser usada como fachada, janela, divisória interna que podem ser usadas como tela de projeção para salas de reunião ou vitrines. A vidraça também pode ser usada para museografia ou publicidade em um ponto de vendas como suporte publicitário.
[0240] O mesmo também pode ser uma película à base de polímero flexível, em particular, capaz de ser adicionado a uma superfície, a fim de conferir propriedades de reflexão difusa no mesmo enquanto mantém suas propriedades de transmissão.
[0241] A vidraça que tem forte reflexão difusa da invenção pode ser usada em um sistema Head Up Display (HUD). De uma maneira conhecida, os sistemas HUD, que são usados, em particular, em cabines de aeronaves e trens, porém, atualmente também em veículos a motor de indivíduos privados (veículos a motor, caminhões e similares), tornam possível exibir as informações projetadas sobre uma vidraça, geralmente, o para-brisa do veículo que é refletido em direção ao motorista ou ao observador. Esses sistemas tornam possível informar o motorista do veículo, sem que ele se afaste do campo de visão à frente do veículo, o que torna possível um grande aumento na segurança.
[0242] De acordo com um aspecto da invenção, o elemento em camadas é incorporado em um sistema HUD como vidraça, sobre o qual informações são projetadas. De acordo com outro aspecto da invenção, o elemento em camadas é uma película flexível adicionada a uma superfície principal de uma vidraça de um sistema HUD, em particular, um para-brisa, sendo que as informações são projetadas sobre a vidraça no lado da película flexível. Em ambos os casos, uma reflexão difusa forte ocorre na primeira superfície de contato texturizada encontrada pela radiação no elemento em camadas, que torna possível a boa visualização da imagem virtual, enquanto a transmissão especular através da vidraça é mantida, o que garante a visualização nítida através da vidraça.
[0243] Nota-se que, nos sistemas HUD do estado da técnica, a imagem virtual é obtida projetando-se as informações sobre uma vidraça (em particular, um para- brisa) que tem uma estrutura laminada formada por duas folhas de vidro e um elemento de inserção de plástico. Uma desvantagem desses sistemas existentes consiste no fato de que o motorista, então, observa uma imagem dupla: uma primeira imagem refletida pela superfície da vidraça voltada em direção à parte interna do compartimento e uma segunda imagem através da reflexão da superfície externa da vidraça, sendo que essas duas imagens são ligeiramente deslocadas em relação uma à outra. Esse deslocamento pode atrapalhar a visualização das informações.
[0244] A invenção torna possível superar esse problema. Isso ocorre porque, quando o elemento em camadas é incorporado em um sistema HUD, como a vidraça ou como uma película flexível adicionada à superfície principal da vidraça que recebe a radiação da fonte de projeção, a reflexão difusa na primeira superfície de contato texturizada encontrada pela radiação no elemento em camadas pode ser consideravelmente maior que a reflexão nas superfícies externas em contato com o ar. Desse modo, a reflexão dupla é limitada ao favorecer a reflexão na primeira superfície de contato texturizada do elemento em camadas.
EXEMPLOS I. Materiais usados 1. Elemento em camadas
[0245] Esses testes foram realizados em um elemento em camadas que compreende a seguinte pilha: - Camada externa inferior: substrato de vidro Satinovo®, - Camada central: camada à base de prata ou aço inoxidável depositado por magnétron, - Camada externa superior: camada de sol-gel.
[0246] Os substratos usados como a camada externa inferior do elemento em camadas são substratos de acabamento acetinado de vidro áspero transparente Satinovo® disponíveis junto à Saint-Gobain. Esses substratos com uma espessura de 6 mm compreendem uma superfície principal texturizada obtida por ataque ácido. Esses substratos, desse modo, são usados como a camada externa inferior do elemento em camadas. A altura média dos padrões da texturização dessa camada externa inferior que corresponde à aspereza Ra da superfície texturizada do vidro Satinovo® se encontra entre 1 e 5 μm. Seu índice de refração é de 1,518 e seu PV (pico a vale) se encontra entre 12 e 17 μm.
[0247] A camada central é uma camada ou uma pilha de camadas depositada por deposição de magnétron conformavelmente na superfície texturizada do substrato Satinovo® que corresponde a: - uma pilha que compreende uma camada à base de prata chamada de KN 169, disponível junto à Saint-Gobain que exibe, quando depositada em um substrato de vidro plano com uma espessura de 6 mm, uma transmissão de luz LT de 69%, - uma pilha que compreende uma camada à base de aço inoxidável chamada de SS 132, disponível junto à Saint-Gobain que exibe, quando depositada em um substrato de vidro plano com uma espessura de 6 mm, uma transmissão de luz LT de 32%.
[0248] A camada de sol-gel compreende uma matriz à base de sílica na qual partículas de óxido de metal são dispersas. A mesma exibe um índice de refração de 1,51 e uma espessura de aproximadamente 15 μm.
2. Sistema de difusão variável (VSS)
[0249] O sistema de difusão variável (VSS1) compreende, como suportes de transporte de eletrodo, duas folhas de tereftalato de polietileno cobertas com uma camada ITO e que enquadram a película funcional, isto é, o meio que compreende as gotículas de cristais líquidos. Esse sistema de difusão variável é atualmente usado nas vidraças Priva-Lite®, disponíveis junto à Saint-Gobain Glass. A película funcional que compreende a emulsão líquida de cristais líquidos nemáticos tem uma espessura de aproximadamente 10 a 30 μm (de preferência, de 20 a 25 μm). As folhas de PET têm uma espessura de aproximadamente 175 μm. Os dois eletrodos são compostos por ITO (óxido de índio dopado com estanho) com uma resistência de aproximadamente 100 ohms por quadrado.
3. Outros substratos
[0250] Outros substratos (ou placa de vidro traseira) podem ser usados para formar a vidraça da invenção. Esses substratos podem ser laminados usando-se, por exemplo, um elemento de inserção feito de PVB ou EVA. Pode-se mencionar como substrato, vidros planos, tal como, um vidro Planilux® ou Diamant®.
[0251] Também é possível usar vidros planos que compreendem um ou mais revestimentos antirreflexos obtidos por deposição ou pulverização catódica a vácuo de camadas de óxidos de metal. O efeito antirreflexo é obtido pela deposição de uma camada em cada face externa do vidro. Tais vidros são, por exemplo, vendidos sob o nome Visionlite® junto à Saint-Gobain.
II. Influência da natureza da camada central
[0252] Esse teste compara duas vidraças, de acordo com a invenção, que diferem apenas na natureza da camada central. A fim de comparar as vidraças usadas como tela de projeção da invenção, um grupo de diversas pessoas avaliou visualmente a luminosidade e a transparência das vidraças quando uma imagem é projetada em projeção direta. A imagem projetada avaliada pelo grupo formou o objeto de estudo da fotografia Z na Figura 9. As imagens foram projetadas sobre o lado da vidraça que não compreende o revestimento antirreflexo. O grupo atribuiu a cada imagem projetada sobre uma vidraça, um indicador de avaliação escolhido a partir de: "--" insatisfatório, "-" moderado, "0" correto, "+" bom, "++" excelente.
Figure img0002
[0253] A fotografia Z ilustra respectivamente uma projeção sobre uma vidraça de reflexão difusa dotado de uma camada KN169 no lado esquerdo e uma camada SS132 no lado direito. A vidraça do exemplo 1 é mais transparente, porém, a luminosidade da imagem projetada é inferior. Em contrapartida, a vidraça do exemplo 2 é menos transparente, porém, a luminosidade da imagem projetada é maior. Para esses dois exemplos, o contraste e o ângulo de visão são bons.
[0254] Esse exemplo ilustra que a escolha da camada central e, mais particularmente, a escolha de suas propriedades de reflexão precisa ser ajustada como uma função da aplicação desejada e da renderização desejada. Para luz ambiente no ambiente de projeção, um meio-termo entre a transparência da vidraça e a luminosidade da imagem projetada pode ser obtido variando-se as propriedades da camada central.
III. Vidraças que compreendem um elemento transparente que tem uma propriedade difusa
[0255] Os exemplos da invenção foram realizados, em virtude dos elementos de inserção de laminação, através da laminação da seguinte pilha: elemento transparente avaliado que tem uma propriedade de reflexão difusa (camada de sol- gel)/sistema de difusão de luz variável/vidro Vision-lite®.
[0256] O exemplo comparativo foi realizado, em virtude dos elementos de inserção de laminação, através da laminação da seguinte pilha: substrato de vidro plano/sistema de difusão de luz variável/vidro Vision-lite®.
[0257] A fim de mostrar a qualidade superior das vidraças usadas como a tela de projeção da invenção, um grupo de diversas pessoas avaliou visualmente a luminosidade e o contraste das vidraças quando uma imagem é projetada em projeção direta, isto é, com os observadores e o projetor situados no mesmo lado da vidraça. Cada imagem projetada avaliada pelo grupo formou o objeto de estudo de uma fotografia. Essas fotografias foram combinadas na Figura 8. As imagens foram projetadas sobre o lado da vidraça que não compreende o revestimento antirreflexo.
Figure img0003
Figure img0004
[0258] O grupo atribuiu a cada imagem projetada sobre uma vidraça, um indicador de avaliação escolhido a partir de: "--" insatisfatório, "-" moderado, "0" correto, "+" bom, "++" excelente. As vidraças, condição de avaliação e avaliação do grupo e, também, a referência à fotografia correspondente, são resumidos na tabela abaixo.
Figure img0005
[0259] As fotografias A, B, C, D, E e F foram tomadas com o sistema de difusão de luz variável no estado LIGADO, isto é, estado transparente. Constatou-se que, no estado transparente, uma vidraça que compreende apenas um sistema de difusão de luz variável é inutilizável com ângulos de visão de 45° (fotografia D). A luminosidade da tela diminui fortemente quando o ângulo de observação aumenta. Em comparação, uma vidraça que compreende adicionalmente pelo menos o sistema de difusão de luz variável e, no caso dos exemplos, uma camada antirreflexo torna possível um aprimoramento acentuado na qualidade da imagem para ângulos de visão da ordem de 45° (fotografias E e F).
[0260] As fotografias G, H, I, J, K e L foram tomadas com o sistema de difusão de luz variável no estado DESLIGADO, isto é, o estado de difusão. Um aprimoramento na face de luminosidade é observado (fotografias G, H e I). Por outro lado, no estado de difusão, uma vidraça que compreende apenas um sistema de difusão de luz variável é de qualidade medíocre para ângulos de visão de 45° (fotografia J). O ângulo de visão de tais telas em projeção, mesmo no estado de difusão, é muito reduzido, tornando as mesmas inutilizáveis. Em comparação, uma vidraça que compreende adicionalmente pelo menos o sistema de difusão de luz variável e, no caso dos exemplos, uma camada antirreflexo, torna possível um aprimoramento acentuado na qualidade da imagem para ângulos de visão altos (fotografias K e L). Consequentemente, o ângulo de visão para a projeção direta é aprimorado na vidraça da invenção como um resultado de uma reflexão de difusão isotrópica da camada de magnétron no vidro Satinovo®.
[0261] Finalmente, os exemplos 3 e 4 diferem essencialmente na escolha da camada central. A mesma tendência que se refere à luminosidade e ao contraste é observada para exemplos 1 e 2, que exibem respectivamente as mesmas camadas centrais (KN 169 e SS132).
IV. Análise do contraste
[0262] As medições do contraste foram realizadas sob condições de iluminação específicas, a fim de testar as telas de projeção da invenção. Quando o ambiente de projeção não é iluminado (ambiente "DESLIGADO"), a iluminação média é de 1 lux e, quando o ambiente de projeção for iluminado (ambiente "LIGADO"), a iluminação média é de 195 lux.
[0263] A medição de luminância é realizada na superfície da vidraça com um medidor de luminância Konica-Minolta® LS-110. A projeção de imagem é realizada com um projetor de vídeo Canon® XEED SX80 (luminosidade, 3.000 lumens, contraste 900:1).
[0264] A disposição dos elementos é da seguinte maneira. O projetor de vídeo se situa a 1,5 m da tela. Os observadores e o aparelho fotográfico se situam a 2 m da tela.
[0265] Esse teste torna possível medir o contraste da vidraça como a tela de projeção. O contraste é definido como a razão entre a luminância medida quando o projetor exibe uma imagem branca (Lw) e a luminância medida quando o projetor exibe uma imagem escura (Lb).
[0266] As medições de luminância realizadas nas telas no estado de difusão (vidraça DESLIGADO) ou estado transparente (vidraça LIGADO) são fornecidas na tabela abaixo.
[0267] As medições do contraste em uma vidraça perfeitamente transparente têm o valor de 1.
Figure img0006
Figure img0007
[0268] Esses testes confirmam que, no estado transparente, uma vidraça que compreende apenas um sistema de difusão de luz variável é inutilizável com ângulos de visão de 45°. A presença do elemento em camadas torna possível um aumento no contraste superior a 35% em todos os casos para um ângulo de visão de 45°.
[0269] No estado de difusão, uma vidraça que compreende apenas um sistema de difusão de luz variável é de qualidade medíocre para ângulos de visão de 45° (contraste de 1,7). Em comparação, uma vidraça da invenção torna possível um aprimoramento acentuado na qualidade da imagem para ângulos de visão altos. O aprimoramento no contraste é, em particular, de 100% quando o ambiente estiver iluminado e de 214% quando o ambiente estiver escuro.

Claims (12)

1. Vidraça que compreende duas superfícies externas principais (10, 20), caracterizada pelo fato de que compreende: pelo menos um elemento em camadas transparente (1) que tem duas superfícies externas principais lisas (2A, 4A), que compreende: duas camadas externas (2, 4), em que cada uma forma uma das duas superfícies externas principais (2A, 4A) do elemento em camadas e que são compostas por materiais transparentes dielétricos, que têm o mesmo índice de refração (n2, n4), e uma camada central (3) inserida entre as camadas externas, sendo que essa camada central (3) é formada por: (i) uma única camada que é (i.a) uma camada transparente dielétrica, com um índice de refração (n3) diferente daquele das camadas externas, ou (i.b) uma camada metálica, ou por (ii) uma pilha de camadas (3i, 32, ..., 3k) que compreende pelo menos: (ii.a) uma camada transparente dielétrica, com um índice de refração (n31, n32, . ou n3k) diferente daquele das camadas externas, ou (ii.b) uma camada metálica, onde cada superfície de contato (S0, Si, ., Sk) entre duas camadas adjacentes do elemento em camadas, (a) uma das quais é transparente com um índice de refração (ni, n2, n3, n3i, n32, . ou n3k) e a outra metálica, ou que (b) são ambas camadas transparentes com índices de refração diferentes, é texturizada e paralela às outras superfícies de contato texturizadas entre duas camadas adjacentes, (a) uma das quais é transparente com um índice de refração (ni, n2, n3, n3i, n32, . ou n3k) e a outra metálica ou que (b) são ambas camadas transparentes com índices de refração diferentes, e pelo menos um sistema de difusão variável eletricamente controlável que compreende uma película funcional capaz de alternar entre um estado transparente e um estado de difusão, enquadrada por dois suportes de transporte de eletrodo, sendo que os ditos eletrodos ficam diretamente em contato com a película funcional.
2. Vidraça, de acordo com a reivindicação 1, caracterizada pelo fato de que compreende adicionalmente pelo menos um revestimento antirreflexo.
3. Vidraça, de acordo com a reivindicação 2, caracterizada pelo fato de que compreende pelo menos um revestimento antirreflexo na interface entre o ar e o material constituinte da camada que forma a superfície externa principal da vidraça, no lado oposto da vidraça em relação ao projetor.
4. Vidraça, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 3, caracterizada pelo fato de que o elemento em camadas transparente constitui um dos suportes de transporte de eletrodo do sistema de difusão de luz variável, a camada externa inferior realiza o papel de suporte e a montagem composta da camada central e da camada externa superior realiza o papel do eletrodo.
5. Vidraça, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 4, caracterizada pelo fato de que o sistema de difusão de luz variável é formado levando em consideração uma porção apenas das superfícies externas principais (10, 20) da vidraça.
6. Vidraça, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 5, caracterizada pelo fato de que o elemento em camadas é formado levando em consideração uma porção apenas das superfícies externas principais (10, 20) da vidraça.
7. Vidraça, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 6, caracterizada pelo fato de que o elemento em camadas é uma película flexível.
8. Vidraça, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 7, caracterizada pelo fato de que compreende, além disso, pelo menos uma camada adicional, posicionada acima ou abaixo do elemento em camadas e/ou do sistema de difusão de luz variável, escolhida a partir de: substratos transparentes escolhidos a partir de polímeros, vidros ou cerâmicas que compreendem duas superfícies principais lisas, materiais curáveis inicialmente em um estado viscoso líquido ou pastoso adequado para operações de formação, elementos de inserção feitos de plástico termoformável ou sensível à pressão.
9. Vidraça, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 8, caracterizada pelo fato de que compreende: um elemento em camadas que compreende: uma camada externa inferior escolhida a partir de substratos transparentes feitos de vidro áspero, uma camada central que compreende uma camada fina, uma camada externa superior escolhida a partir de materiais curáveis, inicialmente em um estado viscoso líquido ou pastoso adequado para operações de formação, um elemento de inserção feito de plástico termoformável ou sensível à pressão, um substrato transparente feito de vidro plano.
10. Vidraça, de acordo com a reivindicação 9, caracterizada pelo fato de que compreende: um elemento em camadas, um elemento de inserção feito de plástico termoformável ou sensível à pressão, um sistema de difusão de luz variável que compreende uma película funcional enquadrada por dois suportes de transporte de eletrodo, sendo que os ditos eletrodos ficam diretamente em contato com a película funcional, um elemento de inserção feito de plástico termoformável ou sensível à pressão, um substrato transparente feito de vidro plano.
11. Vidraça, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 10, caracterizada pelo fato de que é usada como uma tela de projeção que opera em reflexão, isto é, em que os espectadores e o projetor se situam no mesmo lado da vidraça usada como a tela de projeção.
12. Método de projeção ou retroprojeção de acordo com o qual uma vidraça, como definida em qualquer uma das reivindicações 1 a 11, compreendendo duas superfícies externas principais (10, 20), usadas como tela de projeção ou retroprojeção, e um projetor são disponíveis, o dito método caracterizado pelo fato de que consiste em projetar, em virtude do projetor, imagens visualizáveis por espectadores sobre um dos lados da vidraça, em que os espectadores e o projetor se situam no mesmo lado da vidraça usada como tela de projeção operando em reflexão.
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