BR112014006216B1

BR112014006216B1 - aparelho de instrumento cirúrgico com apoio preenchível por fluido

Info

Publication number: BR112014006216B1
Application number: BR112014006216-1A
Authority: BR
Inventors: Chad P. Boudreaux; Stephen J. Balek; Matthew D. Holcomb; Edward A. Rhad; Donald F. Wlison, Jr.
Original assignee: Ethicon Endo-Surgery, Inc
Priority date: 2011-09-14
Filing date: 2012-09-10
Publication date: 2021-06-08
Also published as: CN103917170A; EP2755560B1; JP6203729B2; EP2755560A1; BR112014006216A2; RU2014114525A; RU2610199C2; MX358403B; US20130062391A1; US9999408B2; WO2013039820A1; MX2014002976A; JP2014531240A

Abstract

INSTRUMENTO CIRÚRGICO COM APOIO PREENCHÍVEL POR FLUIDO.Trata-se de um aparelho que compreende um instrumento cirúrgico e um apoio configurado para reter um adesivo fluido. Em algumas versões, o apoio contém um adesivo fluido de duas partes em que os dois materiais fluidos formam um adesivo fluido quando combinados. Em algumas versões, o apoio é configurado para ser comprimido pelo instrumento cirúrgico, pressurizando, assim, uma porção do apoio. Depois disso, o apoio pode ser separado e a região pressurizada pode ser operável para impulsionar o adesivo fluido para um local do tecido.

Description

ANTECEDENTES

[001] Em alguns contextos, os instrumentos cirúrgicos endoscó-picos podem ser preferidos aos dispositivos para cirurgias abertas tra-dicionais, já que uma incisão menor pode reduzir o tempo de recuperação e as complicações no período pós-operatório. Consequentemente, alguns instrumentos cirúrgicos endoscópicos podem ser adequados para a colocação de um atuador de extremidade distal em um sítio cirúrgico desejado por meio da cânula de um trocarte. Esses atuadores de extremidade distal podem prender o tecido de várias formas, para obter um efeito diagnóstico ou terapêutico (por exemplo, endo- cortador, garra, cortador, grampeador, aplicador de presilhas, dispositivo de acesso, dispositivo de aplicação de fármaco/terapia gênica e dispositivo para aplicação de energia com o uso de ultrassom, RF, laser, etc.). Os instrumentos cirúrgicos endoscópicos podem compreender uma haste entre o atuador de extremidade e uma porção de cabo, a qual é manipulada pelo médico. Essa haste pode permitir a inserção até a profundidade desejada e a rotação em torno do eixo longitudinal da própria haste, facilitando, assim, o posicionamento do atuador de extremidade no paciente. O posicionamento de um atuador de extremidade pode ser facilitado também pela inclusão de um ou mais recursos ou juntas articuladas, permitindo que o atuador de extremidade seja articulado seletivamente ou mesmo desviado em relação ao eixo longitudinal da haste.

[002] Exemplos de instrumentos cirúrgicos endoscópicos incluemos grampeadores cirúrgicos. Alguns desses grampeadores podem ser operados para grampear camadas de tecido, cortar camadas de tecido grampeadas e impelir os grampos através das camadas de tecido para unir com firmeza as camadas separadas de tecido próximas às extremidades separadas das camadas de tecido. Os grampeadores cirúrgicos meramente exemplificadores são apresentados na patente US n° 4.805.823, intitulada "Pocket Configuration for Internal Organ Staplers", concedida em 21 de fevereiro 1989; na patente US n° 5.415.334, intitulada "Surgical Stapler and Staple Cartridge", concedida em 16 de maio de 1995; na patente US n° 5.465.895, intitulada "Surgical Stapler Instrument", concedida em 14 de novembro de 1995; na patente US n° 5.597.107, intitulada "Surgical Stapler Instrument", concedida em 28 de janeiro de 1997; na patente US n° 5.632.432, intitulada "Surgical Instrument", concedida em 27 de maio de 1997; na patente US n° 5.673.840, intitulada "Surgical Instrument", concedida em 07 de outubro de 1997; na patente US n° 5.704.534, intitulada "Articulation Assembly for Surgical Instruments", concedida em 06 de janeiro de 1998; na patente US n° 5.814.055, intitulada "Surgical Clamping Mechanism", concedida em 29 de setembro de 1998; na patente US n° 6.978.921, intitulada "Surgical Stapling Instrument Incorporating an EBeam Firing Mechanism", concedida em 27 de dezembro de 2005; na patente US n° 7.000.818, intitulada "Surgical Stapling Instrument Having Separate Distinct Closing and Firing Systems", concedida em 21 de fevereiro de 2006; na patente US n° 7.143.923, intitulada "Surgical Stapling Instrument Having a Firing Lockout for an Unclosed Anvil", concedida em 05 de dezembro de 2006; na patente US n° 7.303.108, intitulada "Surgical Stapling Instrument Incorporating a Multi-Stroke Firing Mechanism with a Flexible Rack", concedida em 04 de dezembro de 2007; na patente US n° 7.367.485, intitulada "Surgical Stapling Instrument Incorporating a Multistroke Firing Mechanism Having a Rotary Transmission", publicada em 06 de maio de 2008; na patente US n° 7.380.695, intitulada "Surgical Stapling Instrument Having a Single Lockout Mechanism for Prevention of Firing", concedida em 03 de ju- nho de 2008; na patente US n° 7.380.696, intitulada "Articulating Surgical Stapling Instrument Incorporating a Two-Piece E-Beam Firing Mechanism", concedida em 03 de junho de 2008; na patente US n° 7.404.508, intitulada "Surgical Stapling and Cutting Device", concedida em 29 de julho de 2008; na patente US n° 7.434.715, intitulada "Surgical Stapling Instrument Having Multistroke Firing with Opening Lockout", concedida em 14 de outubro de 2008; e na patente US n° 7.721.930, intitulada "Disposable Cartridge with Adhesive for Use with a Stapling Device", concedida em 25 de maio de 2010. A descrição de cada uma das patentes US citadas acima está incorporada na presente invenção a título de referência. Embora os grampeadores cirúrgicos acima mencionados sejam descritos como usados em procedimentos endoscópicos, deve-se compreender que esses grampeadores cirúrgicos podem também ser usados em procedimentos abertos e/ou outros procedimentos não endoscópicos.

[003] Embora vários tipos de instrumentos de grampeamento cirúrgico e de componentes associados tenham sido fabricados e usados, acredita-se que ninguém antes do(s) inventor(es) tenha fabricado ou usado a invenção descrita nas concretizações.

BREVE DESCRIÇÃO DOS DESENHOS

[004] Os desenhos em anexo, que estão incorporados a este relatório descritivo e que constituem parte do mesmo, ilustram modalidades da invenção e, juntamente com a descrição geral fornecida acima e a descrição detalhada das modalidades fornecida abaixo, servem para explicar os princípios da presente invenção.

[005] A FIG. 1A representa uma vista em perspectiva de um instrumento cirúrgico de articulação com um atuador de extremidade em uma posição não articulada;

[006] A FIG. 1B representa uma vista em perspectiva do instrumento cirúrgico da FIG. 1A com um atuador de extremidade em uma posição articulada;

[007] A FIG. 2 representa uma vista em perspectiva de um atua-dor de extremidade aberto do instrumento cirúrgico das FIGS. 1A a 1B;

[008] A FIG. 3A representa uma vista em seção transversal lateral do atuador de extremidade da FIG. 2, tomada ao longo da linha 3-3 da FIG. 2, com a barra de disparo em uma posição proximal;

[009] A FIG. 3B representa uma vista em seção transversal lateral do atuador de extremidade da FIG. 2, tomada ao longo da linha 3-3 da FIG. 2, mas mostrando a barra de disparo em posição distal;

[0010] A FIG. 4 representa uma vista em seção transversal a partirda extremidade do atuador de extremidade da FIG. 2, tomada ao longo da linha 4-4 da FIG. 2;

[0011] A FIG. 5 representa uma vista em perspectiva explodida doatuador de extremidade da FIG. 2;

[0012] A FIG. 6 representa uma vista em perspectiva do atuadorde extremidade da FIG. 2, posicionado em um tecido e tendo sido acionado uma vez no tecido;

[0013] A FIG. 7 representa uma vista em perspectiva de uma tampa de retentor com o atuador de extremidade da FIG. 2;

[0014] A FIG. 8 representa uma vista do lado inferior em perspectiva da tampa de retentor da FIG. 7;

[0015] A FIG. 9 representa uma vista lateral da tampa de retentorcom o atuador de extremidade da FIG. 7;

[0016] A FIG. 10 representa uma vista lateral de um atuador deextremidade exemplificadora com um apoio;

[0017] A FIG. 11A representa uma vista anterior do apoio da FIG.10 em um estado não comprimido;

[0018] A FIG. 11B representa uma vista anterior do apoio da FIG.10 com uma bigorna e uma garra inferior grampeado ao redor do apoio;

[0019] A FIG. 11C representa uma vista lateral do apoio da FIG.10 após ser separado com um líquido sendo é impelido a partir do apoio;

[0020] A FIG. 12A representa uma vista de corte transversal efrontal do apoio da FIG. 10 sendo comprimido;

[0021] A FIG. 12B representa uma vista de corte transversal efrontal do apoio da FIG. 10 após ser separado;

[0022] A FIG. 13 representa uma vista em perspectiva de um instrumento cirúrgico com o apoio da FIG. 10 com um líquido tendo sido impelido a partir do apoio;

[0023] A FIG. 14 representa uma vista em perspectiva de um atu-ador de extremidade exemplificador com uma versão alternativa exemplificadora de um apoio;

[0024] A FIG. 15 representa uma vista em corte transversal doatuador de extremidade exemplificador da FIG. 14 que pinça o tecido com um par de apoios;

[0025] A FIG. 16 representa uma vista em corte transversal do parde apoios da FIG. 14 após serem cortados por um gume cortante;

[0026] A FIG. 17 representa uma vista em corte transversal de umapoio alternativo exemplificador que tem uma pluralidade de regiões adesivas;

[0027] A FIG. 18 representa uma vista em corte transversal de umapoio alternativo exemplificador que tem uma pluralidade de cápsulas adesivas; e

[0028] A FIG. 19 representa uma vista em corte transversal deuma cápsula exemplificadora que forma uma câmara para formar a pluralidade de cápsulas adesivas da FIG. 18.

[0029] Os desenhos não se destinam a serem limitadores de modoalgum, e contempla-se que várias modalidades da invenção possam ser executadas em uma variedade de outras maneiras, incluindo aque- las não necessariamente representadas nos desenhos. Os desenhos em anexo incorporados e que formam uma parte do relatório descritivo ilustram vários aspectos da presente invenção, e junto com a descrição servem para explicar os princípios da invenção; entende-se, entretanto, que esta invenção não é limitada às disposições mostradas.

DESCRIÇÃO DETALHADA

[0030] A descrição a seguir de exemplos específicos da invençãonão deve ser usada para limitar o escopo da presente invenção. Outros exemplos, recursos, aspectos, modalidades e vantagens da invenção se tornarão evidentes aos versados na técnica a partir da descrição a seguir, que é, à guisa de ilustração, um dos melhores modos contemplados para executar a invenção. Conforme será compreendido, a invenção pode ter outros aspectos diferentes e óbvios, todos sem se afastar da invenção. Consequentemente, os desenhos e descrições devem ser considerados como de natureza ilustrativa, e não restritiva.Grampeador cirúrgico exemplificador

[0031] As FIGS. 1 a 6 representam um instrumento cirúrgico degrampeamento e separação 10 exemplificador que é dimensionado para a inserção em estado não articulado, como representado na FIG. 1A, através do conduto da cânula de um trocarte, até um sítio cirúrgico em um paciente submetido a um procedimento cirúrgico. O instrumento cirúrgico de grampeamento e separação 10 inclui uma porção de cabo 20 conectada a uma porção de implemento 22, sendo que esta última compreende, ainda, uma haste 23 que termina distalmente em um mecanismo de articulação 11 conectado distalmente ao atuador de extremidade 12. Quando o mecanismo de articulação 11 e o atuador de extremidade distal 12 são inseridos por meio do conduto da cânula de um trocarte, o mecanismo de articulação 11 pode ser articulado remotamente, como representado na FIG. 1B, pelo controle de articu- lação 13. Assim, o atuador de extremidade 12 pode alcançar atrás de um órgão ou abordar um tecido com um ângulo desejado ou por outros motivos. Deve-se compreender que termos como "proximal" e "distal" são usados na presente invenção com referência à porção de cabo 20 do instrumento 10 manipulada pelo médico. Dessa forma, o atuador de extremidade 12 está distal com respeito à porção de cabo 20 mais proximal. Será reconhecido ainda que, para conveniência e clareza, os termos espaciais como "vertical" e "horizontal" são usados na presente invenção em relação aos desenhos. Entretanto, os instrumentos cirúrgicos podem ser usados em muitas orientações e posições, e não se pretende que esses termos sejam limitadores e absolutos.

[0032] O atuador de extremidade 12 do presente exemplo incluiuma garra inferior 16 e uma bigorna articulada 18. A porção de cabo 20 inclui uma empunhadura de pistola 24, contra a qual um gatilho de fechamento 26 é pressionado de forma articulada pelo médico a fim de ocasionar pinçamento ou fechamento da bigorna 18 contra a garra inferior 16 do atuador de extremidade 12. Esse fechamento da bigorna 18 é obtido por meio de uma luva de fechamento externa 32, que se desloca longitudinalmente em relação à porção de cabo 20 em resposta ao acionamento articulado do gatilho de fechamento 26 contra a empunhadura de pistola 24. Um anel de fechamento distal 33 da luva de fechamento 32 é sustentado indiretamente pela estrutura 34 da porção de implemento 22. No mecanismo de articulação 11, um tubo de fechamento proximal 35 da luva de fechamento 32 comunica-se com a porção distal (anel de fechamento) 33. A estrutura 34 está conectada de modo flexível à garra inferior 16 através do mecanismo de articulação 11, que permite a articulação em um único plano. A estrutura 34 também suporta, de modo longitudinal e corrediço, um membro direcionador do disparo (não mostrado), que se estende através da haste 23 e transmite um movimento de disparo do gatilho de disparo 28 para a barra de disparo 14. O gatilho de disparo 28 está mais distante do gatilho de fechamento 26, sendo pressionado de forma articulada pelo médico para grampear e separar o tecido grampeado no atuador de extremidade 12, conforme será descrito com mais detalhes abaixo. Depois, o botão de liberação 30 é solto para liberar o tecido do atuador de extremidade 12.

[0033] As FIGS. 2 a 5 representam o atuador de extremidade 12que emprega uma barra de disparo de feixe eletrônico 14 para realizar uma variedade de funções. Conforme melhor observado nas FIGS. 3A e 3B, a barra de disparo 14 inclui um pino superior orientado transversalmente 38, uma tampa da barra de disparo 44, um pino médio orientado transversalmente 46 e uma borda cortante em posição distal 48. O pino superior 38 está posicionado e pode se deslocar no interior de um bolso de bigorna 40 da bigorna 18. A tampa da barra de disparo 44 engata de maneira deslizante a superfície inferior da garra inferior 16, fazendo a barra de disparo 14 estender-se através da fenda da canale- ta 45 (mostrada na FIG. 3B) que é formada através da garra inferior 16. O pino médio 46 engata de maneira deslizante a superfície de topo da garra inferior 16, cooperando com a tampa da barra de disparo 44. Dessa forma, a barra de disparo 14 espaça afirmativamente o atuador de extremidade 12 durante o disparo, evitando apertos mecânicos que podem ocorrer entre a bigorna 18 e a garra inferior 16 com uma quantidade mínima de tecido grampeado e evitando a má-formação de grampos quando uma quantidade excessiva de tecido é grampeada.

[0034] A FIG. 2 mostra a barra de disparo 14 posicionada de maneira proximal e a bigorna 18 articulada em posição aberta, o que permite que um cartucho de grampos não consumido37 seja instalado na canaleta da garra inferior 16 de modo removível. Conforme melhor observado nas FIGS. 4 e 5, o cartucho de grampos 37 deste exemplo inclui o corpo do cartucho 70, que contém uma plataforma superior 72, e é acoplado a uma bandeja de cartucho inferior 74. Conforme se pode observar melhor na FIG. 2, uma fenda vertical 49 é formada através de parte do cartucho de grampos 37. Também, como se pode observar melhor na FIG. 2, três linhas de aberturas de grampos 51 são formadas através da plataforma superior 70 em um lado da fenda vertical 49, com outro conjunto de três linhas de aberturas de grampos 51 formadas através da plataforma superior 70 no outro lado da fenda vertical 49. Voltando às FIGS. 3 a 5, um suporte deslizante em forma de cunha 41 e uma pluralidade de acionadores de grampo 43 são capturados entre o corpo do cartucho 70 e a bandeja 74, com o suporte des-lizante em forma de cunha 41 com localização proximal aos acionado- res de grampos 43. O suporte deslizante em forma de cunha 41 é móvel longitudinalmente no interior do cartucho de grampos 37; ao passo que os acionadores de grampos 43 são móveis verticalmente no interior do cartucho de grampos 37. Os grampos 47 também ficam posicionados no interior do corpo do cartucho 70, acima dos acionadores de grampos correspondentes 43. Em particular, cada grampo 47 é impelido verticalmente no interior do corpo do cartucho 70 por um acionador de grampos 43, de forma a impelir o grampo 47 através de uma abertura de grampo associada 51. Conforme se pode observar melhor nas FIGS. 3A e 3B e 5, o suporte deslizante em forma de cunha 41 apresenta superfícies de came inclinadas que empurram os acionadores de grampos 43 para cima, conforme o suporte deslizante em forma de cunha 41 é impelido distalmente através do cartucho de grampos 37.

[0035] Com o atuador de extremidade 12 fechado, como representado na FIG. 3A, a barra de disparo 14 é avançada engatada com a bigorna 18, pela entrada do pino superior 38 em uma fenda longitudinal da bigorna 42. Um bloco propulsor 80 está situado na extremidade distal da barra de disparo 14 e está configurado para engataro suporte deslizante em forma de cunha 41 de forma que o suporte deslizante em forma de cunha 41 seja empurrado distalmente pelo bloco propulsor 80 conforme a barra de disparo 14 é avançada distalmente através de um cartucho de grampos 37. Durante esse disparo, a borda cortante 48 da barra de disparo 14 entra na fenda vertical 49 do cartucho de grampos 37, separando o tecido grampeado entre o cartucho de grampos 37 e a bigorna 18. Conforme mostrado nas FIGS. 3A e 3B, o pino médio 46 e o bloco propulsor 80, em conjunto, acionam o cartucho de grampos 37 que entra em uma fenda de disparo no interior do cartucho de grampos 37, o que leva o suporte deslizante em forma de cunha 41 ao contato ascendente de cames com os acionadores de grampos 43, que, por sua vez, impele os grampos 47, através das aberturas de grampos 51 e ao contato conformador com as cavidades de formação dos grampos 53 na superfície interna da bigorna 18. A FIG. 3B representa a barra de disparo 14 completamente deslocada distalmente depois que a separação e o grampeamento do tecido foram concluídos.

[0036] A FIG. 6 mostra o atuador de extremidade 12 acionado porum movimento único através do tecido 90. Conforme mostrado, a borda cortante 48 cortou o tecido 90, enquanto os acionadores de grampos 43 impeliram três filas alternadas de grampos 47 através do tecido 90 em ambos os lados da linha de corte produzida pela borda cortante 48. Os grampos 47 estão todos orientados substancialmente em paralelo à linha de corte neste exemplo, embora deva ser compreendido que os grampos 47 podem estar posicionados em quaisquer orientações adequadas. No presente exemplo, o atuador de extremidade 12 é retirado do trocarte depois que o primeiro curso é concluído, o cartucho de grampos consumidos 37 é substituído por um novo cartucho de grampos e o atuador de extremidade 12 é inserido novamente através do trocarte para alcançar o sítio de grampeamento para cortes e grampeamento adicionais. Esse processo pode ser repetido até que a quantidade desejada de cortes e grampos 47 tenha sido aplicada. Pode ser necessário fechar a bigorna 18 para facilitar a inserção e a retirada através do trocarte, e pode ser necessário abrir a bigorna 18 para facilitar a substituição do cartucho de grampos 37.

[0037] Deve-se compreender que a borda cortante 48 pode separar tecidos substancialmente ao mesmo tempo em que os grampos 47 são impelidos através do tecido durante cada curso de acionamento. No presente exemplo, a aresta cortante 48 acompanha de perto a inserção dos grampos 47, de forma que um grampo 47 seja impelido através do tecido pouco antes de a aresta cortante 48 passar pela mesma região do tecido, embora deva ser compreendido que essa ordem possa ser invertida ou que a aresta cortante 48 possa ser diretamente sincronizada com os grampos adjacentes. Embora a FIG. 6 mostre o atuador de extremidade 12 sendo acionado em duas camadas 92, 94 de tecido 90, deve-se compreender que o atuador de extremidade 12 pode ser acionado através de uma única camada de tecido 90 ou de mais de duas camadas 92, 94 de tecido. Também deve ser compreendido que a formação e o posicionamento dos grampos 47 em posição adjacente à linha de corte produzida pela aresta cortante 48 pode unir substancialmente o tecido na linha de corte, reduzindo, desse modo, ou impedindo o sangramento e/ou vazamento de outros fluidos corporais na linha de corte. Várias configurações e procedimentos adequados nos quais o instrumento 10 pode ser usado serão aparentes para os versados na técnica tendo em vista os ensinamentos aqui contidos.

[0038] Deve-se compreender que o instrumento 10 pode ser configurado e é operável de acordo com quaisquer outros ensinamentos da patente US n° 4.805.823; patente US n° 5.415.334; patente US n° 5.465.895; patente US n° 5.597.107; patente US n° 5.632.432; patente US n° 5.673.840; patente US n° 5.704.534; patente US n° 5.814.055; patente US n° 6.978.921; patente US n° 7.000.818; patente US n° 7.143.923; patente US n° 7.303.108; patente US n° 7.367.485; patente US n° 7.380.695; patente US n° 7.380.696; patente US n° 7.404.508; patente US n° 7.434.715; e/ou patente US n° 7.721.930. Como observado acima, as descrições de cada uma dessas patentes estão incorporadas a título de referência na presente invenção. Modificações adicionais exemplificadoras que possam ser feitas no instrumento 10 serão descritas com mais detalhes abaixo. Várias maneiras adequadas em que os ensinamentos abaixo podem ser incorporados ao instru-mento 10 serão aparentes para os versados na técnica. De modo similar, várias maneiras em que os ensinamentos abaixo podem ser combinados com vários ensinamentos das patentes aqui citadas serão aparentes aos versados na técnica. Deve-se entender também que os ensinamentos abaixo não estão limitados ao instrumento 10 ou aos dispositivos ensinados nas patentes aqui citadas. Os ensinamentos abaixo podem ser prontamente aplicados a vários outros tipos de instrumentos, incluindo instrumentos que não seriam classificados como grampeadores cirúrgicos. Vários outros dispositivos e configurações adequados em que os ensinamentos abaixo podem ser aplicados serão aparentes aos versados na técnica em vista dos ensinamentos aqui contidos.

Cobertura exemplificadora

[0039] As FIGS. 7 a 9 mostram uma tampa de retentor 180 de cartucho de grampos 37 exemplificadora, que pode ser fixada ao cartucho de grampos 37. Deve-se compreender que a tampa de retentor 180 pode ser configurada e operada de acordo com quaisquer dos ensinamentos do Pedido de Patente US n° de série 12/894,369, intitulado "Implantable Fastener Cartridge Comprising a Support Retainer", depositado em 30 de Setembro de 2010, cuja descrição está integralmente incorporada a título de referência no presente documento. A tampa de retentor 180 tem por finalidade impedir, ou ao menos inibir, que o polegar de um médico, por exemplo, entre em contato com as pontas dos grampos 47 posicionadas dentro do cartucho de grampos 37 no momento em que o cartucho de grampos 37 é inserido no interior da garra inferior 16 do atuador de extremidade 12. Além disso, ou alternativamente, a mesma pode impedir que os grampos 47 caiam do cartucho inadvertidamente. Agora com referência às FIGS. 7 e 8, a tampa de retentor 180 do presente exemplo inclui a superfície de fundo 181 e a superfície de topo 182, que podem fornecer uma superfície de impulsionamento para o clínico aplicar uma força descendente à mesma, por exemplo. Em um uso meramente exemplificador, o clínico pode pegar a porção de cabo 184 da tampa de retentor 180, alinhar a porção de sustentação 110 do cartucho de grampos 37 com a garra inferior 16 do atuador de extremidade 12 e inserir, ao menos parcialmente, o cartucho de grampos 37 dentro da garra inferior 16 do atua- dor de extremidade 12. Depois disso, o clínico pode assentar completamente o cartucho de grampos 37 na garra inferior 16 do atuador de extremidade 12 aplicando força descendente à superfície de topo 182 da tampa de retentor 180 que pode transmitir a força descendente diretamente à porção de sustentação 110. No presente exemplo, a tampa de retentor 180 compreende sustentações proximais 187 que se estendem para baixo e entram em contato com a superfície de plataforma 111 da porção de sustentação. A tampa de retentor 180 compreende, ainda, a porção de sustentação distal 183 que fica contígua ao nariz 103. No momento em que uma força descendente é aplicada à tampa de retentor 180, a força descendente pode ser transmitida através de sustentações proximais 187 e/ou da porção de sustentação distal 183. Em algumas versões exemplificadoras, ao menos parte das sustentações pode não estar em contato com o topo da porção de sustentação 110 depois da força descendente ser aplicada à tampa de retentor 180; Porém, em algumas versões, a tampa de retentor 180 pode ser operável para flexionar, ou se mover, para baixo até que a tampa de retentor 180 toque no topo da porção de sustentação 110. Em tal ponto, a flexão descendente, ou o movimento, da tampa de retentor 180 pode ser impedida ou ao menos substancialmente impedida de flexionar mais.

[0040] Conforme descrito acima, a tampa de retentor 180 pode serfixada ao cartucho de grampos 37 e pode ser usada para manipular a posição do cartucho de grampos 37. Em algumas versões, a tampa de retentor 180 pode compreender qualquer número adequado de membros de preensão que possam ser operáveis para segurar de modo liberável a tampa de retentor 180 à porção de sustentação 110 do cartucho de grampos 37, por exemplo. Por exemplo, no presente exemplo, a tampa de retentor 180 compreende braços de travamento 188, 189. Os braços de travamento 189 se estendem ao redor dos lados do nariz 103 e engatam a superfície de fundo 109 (FIG. 7) do nariz 103. De modo similar, os braços de travamento 188 se estendem ao redor dos lados das projeções de trava 108 que se estendem a partir da porção de sustentação 110 e engatam as superfícies de fundo das projeções de trava 108. Esses braços de travamento 188 são operáveis para posicionar a tampa de retentor 180 na zona ou região na qual os grampos 47 são armazenados dentro da porção de sustentação 110. Em qualquer evento, uma vez que o cartucho de grampos 37 tenha sido adequadamente posicionado, a tampa de retentor 180 pode ser destacada do cartucho de grampos 37. Naturalmente, quaisquer outros componentes ou recursos adequados podem ser usados para fornecer o acoplamento liberável da tampa de retentor 180 em relação ao cartucho de grampos 37. Em algumas versões, o médico pode aplicar uma força de levantamento ascendente ao cabo 184 a fim de destacar a extremidade distal da tampa de retentor 180 da extremidade distal 102 do cartucho de grampos 37. Em ao menos uma tal modalidade, os braços de travamento 188, 189 podem flexionar para fora conforme o cabo 184 é levantado para cima de modo que os braços de travamen- to 188, 189 possam ser flexionados ao redor das projeções de trava 108 e do nariz 103, respectivamente. Depois disso, a extremidade proximal da tampa de retentor 180 pode ser levantada na direção contrária da extremidade proximal 101 do cartucho de grampos 37 e a tampa de retentor 180 pode ser movida na direção contrária do cartucho de grampos 37. Com a tampa de retentor 180 removida e com o cartucho de grampos 37 vedado de maneira adequada na garra inferior 16 do atuador de extremidade 12, o instrumento 10 pode, então, ser usado em um procedimento cirúrgico.

Apoio preenchível exemplificador

[0041] Um apoio 200, conforme mostrado nas FIGS. 10 a 13, podeser usado com a porção de atuador de extremidade do cortador cirúrgico exemplificador mostrada nas FIGS. 1 a 6. Será observado que o uso do apoio 200, conforme será descrito abaixo, pode facilitar a recuperação mais rápida do sítio cirúrgico onde o tecido foi separado e grampeado, por exemplo, estabilizando as áreas onde os grampos 47 foram aplicados. Em algumas versões exemplificadoras, o apoio 200 pode ser usado com a tampa de retentor 180 descrita acima, ou alternativamente, o apoio 200 pode ser usado diretamente com o instrumento de separação e grampeamento cirúrgico 10 descrito acima sem o uso da tampa de retentor 180.

[0042] A FIG. 10 mostra que o apoio 200 compreende um primeiromembro que pode ser preenchido por fluido 202 ou bexiga e um segundo membro que pode ser preenchido por fluido 204 ou bexiga. Em algumas versões exemplificadoras, o primeiro membro preenchível por fluido 202 pode ser fixado à bigorna 18 por meio de um adesivo e o segundo membro preenchível por fluido 204 pode ser fixado à plata- forma superior 72 do cartucho de grampos 37 posicionado na garra inferior 16. Em outras versões exemplificadoras, o primeiro membro preenchível por fluido 202 e o segundo membro preenchível por fluido 204 podem ser aderidos um ao outro e aderidos à bigorna 18. Em outras versões exemplificadoras, o primeiro membro preenchível por fluido 202 e o segundo membro preenchível por fluido 204 podem ser aderidos um ao outro e aderidos à plataforma superior 72 do cartucho de grampos 37. Em algumas versões exemplificadoras, em vez de usar um adesivo para fixar o primeiro membro preenchível por fluido 202 ou o segundo membro preenchível por fluido 204 à bigorna 18 e/ou à garra inferior 16, um clipe ou outro sistema mecânico ou de fixação por líquido adequado pode ser usado conforme seria aparente para o versado na técnica em vista dos ensinamentos no presente documento. O presente exemplo da FIG. 10 mostra o apoio 200 como se o mesmo estivesse prestes a ser posicionado entre a bigorna 18 e a garra inferior 16.

[0043] O primeiro membro preenchível por fluido 202 e o segundomembro preenchível por fluido 204 contêm um líquido de duas partes 220 de modo que quando as duas partes do líquido 220 entram em contato uma com a outra, como será descrito abaixo, as mesmas formam uma coagulante que apoia o sítio cirúrgico afetado pelo instrumento de grampeamento e separação cirúrgico 10 mostrado nas FIGS. 1 a 6. Em algumas versões exemplificadoras, o primeiro membro preenchível por fluido 202 é preenchido com fibrina enquanto o segundo membro preenchível por fluido 204 é preenchido com trombi- na, mas deve-se compreender que qualquer material adequado pode ser usado. Em algumas versões, tanto o primeiro membro preenchível por fluido 202 quanto o segundo membro preenchível por fluido 204 podem compreender o líquido 220 que pode ser operável para o apoio de um sítio cirúrgico, sem necessariamente combinar com um outro composto. Em ainda outras versões exemplificadoras, em vez de dois membros preenchíveis por fluido, qualquer número adequado de membros preenchíveis por fluido pode ser usado, conforme seria aparente para um indivíduo de conhecimento comum na técnica em vista dos ensinamentos no presente documento. Por exemplo, três ou mais membros preenchíveis por fluido podem ser usados ou um único membro preenchível por fluido pode ser usado. Ademais, o apoio 200 pode ser pré-preenchido com o líquido 220 ou, alternativamente, o usuário ou médico pode preencher o apoio 200 com o líquido 220 antes do uso do instrumento de grampeamento e separação cirúrgico 10. Em algumas outras versões exemplificadoras, o líquido 220 pode compreender um agente hemostático, uma cola biologicamente segura ou qualquer outro material adesivo adequado como seria aparente para um indivíduo de conhecimento comum na técnica em vista dos ensinamentos no presente documento.

[0044] Na versão exemplificadora, o apoio 200 tem um formatogenericamente plano e retangular configurado para encaixar entre a bigorna 18 e a garra inferior 16. O apoio 200 tem um tamanho ao menos ligeiramente maior que a largura da bigorna 18 ou a garra inferior 16. Em algumas versões exemplificadoras, o apoio 200 pode ter um tamanho significativamente maior que a bigorna 18 ou a garra inferior 16. Porém, qualquer formato ou tamanho adequado para o apoio 200 pode ser usado, conforme seria aparente para um indivíduo de conhecimento comum na técnica em vista dos ensinamentos no presente documento. Ademais, o apoio 200 compreende uma estrutura semiau- tossustentável de modo que o apoio 200 possa manter seu formato genericamente plano no momento em que o apoio 200 não está sendo comprimido, como será discutido abaixo.

[0045] As FIGS. 11A a C mostram uma vista lateral do apoio 200que mostra como o líquido 220 contido dentro da primeira porção pre- enchida por fluido 202 e da segunda porção preenchida por fluido 204, pode ser impulsionado para fora do apoio 200. Na versão exemplifica- dora, o apoio 200 pode ser posicionado entre a bigorna 18 e a garra inferior 16, sendo que o apoio 200 permanece predominantemente plano conforme mostrado na FIG. 11A. Conforme visto também na FIG. 11A, o líquido 220 permanece em um estado substancialmente não pressurizado. Em algumas versões exemplificadoras, o apoio 200 pode ser pré-carregado para ser posicionado entre a bigorna 18 e a garra inferior 16, de modo que o apoio 200 adira ao cartucho de grampos (não mostrado) contido na garra inferior 16. Em outras versões exemplificadoras, o usuário ou o médico pode carregar o apoio 200 entre a bigorna 18 e a garra inferior 16 antes do uso em um ambiente cirúrgico. Por exemplo, em algumas versões exemplificadoras, o usuário pode remover a tampa retentora 180 descrita acima nas FIGS. 7 a 9 e repor a tampa retentora 180 com o apoio 200 antes de grampear a bigorna 18 e a garra inferior 16 ao redor do tecido do sítio cirúrgico. Em outras versões meramente exemplificadoras, o apoio 200 pode ser acoplado à tampa retentora 180, sendo que a tampa retentora 180 é removida antes do uso, deixando apenas o apoio 200 entre a bigorna 18 e a garra inferior 16. Outras configurações para o apoio 200 e a tampa retentora 180 podem ser usadas conforme seria aparente para um indivíduo de conhecimento comum na técnica em vista dos ensi-namentos no presente documento.

[0046] A FIG. 11B mostra o apoio 200 conforme o mesmo apareceria quando grampeado pela bigorna 18 e pela garra inferior 16 resultando em uma região comprimida 206 e uma região pressurizada 208. Na região pressurizada 208, o líquido 220 é forçado sob pressão. Conforme visto na FIG. 11B, a bigorna 18 e a garra inferior 16 foram grampeadas com força ao redor do apoio 200 antes do apoio 200 ser separado ou grampeado.

[0047] Conforme visto nas FIGS. 11C, as linhas imaginárias 210mostram o contorno do apoio 200 anterior à bigorna 18 e a garra inferior 16 comprimirem o apoio 200. A bigorna 18 e a garra inferior 16 podem ser grampeadas para imprensarem o apoio 200. O líquido 220 contido dentro do apoio 200 permanece pressurizado na região pressurizada 208. Embora as FIGS. 11B a 11C mostrem a região pressurizada 208 em um lado da região comprimida 206, será observado que uma região pressurizada oposta 208 poderia ser formada em um lado oposto da comprimida 206. O apoio 200 compreende um material geralmente elástico configurado para expandir de modo que a região pressurizada 208 possa ser preenchida com todo ou quase todo fluido no apoio 208, sem quebrar ou estourar sob pressão. A região pressurizada 208, consequentemente, se expande além da região definida pelas linhas imaginárias 210 para acomodar o aumento na pressão e no líquido da região pressurizada 208.

[0048] Como a aresta cortante 48 discutida acima em referênciaàs FIGS. 1 a 6, separa o tecido 90, a aresta cortante 48 também separa o apoio 200, o que resulta no apoio 200 ser separado, conforme mostrado na FIG. 11C. Quase simultaneamente, o apoio 200 também é grampeado e o apoio 200 é, dessa forma, rompido pelos grampos 47, permitindo, desse modo, que o apoio 200 comece a liberação de líquido 220. Mediante a separação do apoio 200, o líquido 220 é impulsionado para fora da região pressurizada 208 do apoio 200 e para o interior do tecido da área cirúrgica, ajudando, desse modo, no apoio do tecido 90 quando o tecido 90 for separado e grampeado. Ademais, são instalados grampos 47 que, conforme declarado anteriormente acima, rompem adicionalmente o apoio 200, permitindo, desse modo, que o líquido 220 seja comprimido para fora através das regiões do apoio 200 rompidas pelos grampos 47 também. Em algumas versões exem- plificadoras, o apoio 200 pode compreender um material dissolvível de modo que o apoio 200 possa ser deixado no tecido 90 sem fazer mal ao paciente. Em outras versões exemplificadoras, o apoio 200 pode ser removido do sítio cirúrgico quando o líquido 220 for liberado do apoio 200.

[0049] As FIGS. 12A a B mostram uma vista em seção transversalfrontal do apoio 200 conforme o mesmo é comprimido entre as duas camadas do tecido 290. Em algumas versões exemplificadoras, o apoio 200 pode ser imprensado entre o tecido 290 ou, em algumas versões alternativas, o apoio 200 pode ser pressionado tanto contra a superfície de topo quanto contra a superfície de fundo do tecido 290. Em algumas versões exemplificadoras, a superfície externa do apoio 200 pode compreender um revestimento adesivo para permitir ao apoio 200 aderir ao tecido 290 antes da liberação do líquido 220. A FIG. 12B mostra o apoio 200 após ser separado e grampeado pelos grampos 247, sendo que a região pressurizada 208 que contém o líquido 220 impulsiona o líquido 220 através da região comprimida 206 no interior do tecido circundante 290. Em algumas versões, o líquido 220 também pode ser impulsionado através das rupturas causadas pelos grampos 247.

[0050] A FIG. 13 mostra o instrumento de separação e grampea-mento cirúrgico 10 conforme o mesmo é usado para separar e grampear o tecido 90. Como pode ser visto no presente exemplo, o apoio 200 foi separado entre a bigorna 18 e a garra inferior 16. Ademais, o líquido 220 foi impulsionado do apoio 200 no interior do tecido circundante 90. Embora o líquido 220 possa compreender qualquer líquido adequado, no presente exemplo, o líquido 220 compreende um coagu- lante, como, por exemplo, fibrina e trombina. O líquido 220, quando impulsionado do apoio 200, tem por finalidade ajudar na coagulação das porções do tecido 90 onde os grampos 47 foram inseridos no interior do tecido 90.

Apoio exemplificador com região preenchível

[0051] As FIGS. 14 a 16 mostram um apoio 300 que pode serusado com o atuador de extremidade 12 do instrumento 10 mostrado nas FIGS. 1 a 6. O apoio 300 compreende uma porção de barreira 302 e uma região adesiva 304. A porção de barreira 302 se estende ao redor do perímetro externo da região adesiva 304 definindo, desse modo, uma primeira metade 306 e uma segunda metade 308 do apoio 300. A primeira metade 306 e a segunda metade 308 são posicionadas de modo que a fenda vertical 49 seja posicionada aproximadamente entre a primeira metade 306 e a segunda metade 308. Uma linha de corte 314 se estende entre a primeira metade 306 e a segunda metade 308 conforme visto na FIG. 15 de modo que a aresta cortante 48 possa cortar a porção de barreira 302 ao longo da linha de corte 314. Naturalmente, a linha de corte 314 pode ser omitida. Por exemplo, o apoio 300 pode ser fornecido em pedaços distintos em cada lado da fenda vertical 49. Ademais, será apreciado que o apoio 300 pode ser configurado como uma única unidade sem o uso de metades separadas 306, 308. De modo similar, embora um único apoio 300 seja usado no presente exemplo, deve-se compreender que dois ou mais apoios 300 podem ser usados, como seria aparente para um indivíduo de conhecimento comum na técnica em vista dos ensinamentos no presente documento. Por exemplo, a FIG. 15 mostra uma vista em corte transversal do tecido 90 que é grampeado entre os dois apoios 300 - um apoio 300 na plataforma 72 do cartucho 37 e um apoio 300 no lado inferior da bigorna 18.

[0052] O apoio 300 do presente exemplo é construído de um material de espuma, embora deva ser compreendido que quaisquer materiais adequados podem ser usados. Somente a título de exemplo, o apoio 300 pode compreender um tecido bioabsorvível. A região adesiva 304 compreende um adesivo 310 mantido dentro de uma membra- na de camada adesiva 312. O adesivo 310 pode compreender qualquer material adesivo adequado, como seria aparente para um indivíduo de conhecimento comum na técnica em vista dos ensinamentos no presente documento. Por exemplo, o adesivo 310 pode compreender cianoarilatos, agentes antimicrobianos e/ou agentes de cura. Em ainda outras versões exemplificadoras, as regiões adesivas 304 das metades 306, 308 podem compreender dois ou mais agentes de modo que as propriedades adesivas só sejam ativadas quando os agentes forem combinados após as metades 306, 308 serem puncionadas. Outros materiais adequados para adesivo 310 serão aparentes para um indivíduo de conhecimento comum na técnica, em vista dos ensinamentos no presente documento. A membrana 312 conectada à porção de barreira 302 forma uma bolha configurada para reter um adesivo fluido 310. Por exemplo, a FIG. 15 mostra a membrana 312 que confina o adesivo 310. A membrana 312 pode ser construída de um material bioabsorvível e/ou outro material bioabsorvível. A membrana 312 pode ser construída, ainda, de qualquer material adequado, como seria aparente para um indivíduo de conhecimento comum na técnica em vista dos ensinamentos no presente documento.

[0053] Conforme observado acima, a porção de barreira 302 formaum rebordo ao redor da região adesiva 304 de modo que quaisquer fluidos na região adesiva 304 sejam mantidos dentro do perímetro definido pela porção de barreira 302. Por exemplo, conforme mostrado nas FIGS. 15 a 16, o tecido 90 que é grampeado entre dois apoios 300 é posicionado de modo que as regiões adesivas 304 se voltem em direção ao tecido 90. A bigorna 18 é grampeada contra a garra inferior 16 de modo que os apoios 300 apertem o tecido 90, formando, desse modo, uma vedação entre a porção de barreira 302 e o tecido 90. Conforme visto na FIG. 15, os grampos 47 perfuram através da membrana 312 da região adesiva 304. Como resultado, a região adesiva 304 se rompe e o adesivo 310 flui para fora. A porção de barreira 302 tem um formato similar a bojo, configurada para segurar o adesivo 310 contra o tecido 90 após o adesivo 310 deixar a região adesiva 304, enquanto substancialmente impede o adesivo 310 de fluir para fora do apoio 300 para o tecido circundante. A FIG. 16 mostra o adesivo 310 após o mesmo ter fluído para fora a partir da região adesiva 304 e ter formado uma camada adesiva 316. Além disso, na FIG. 16, o gume cortante 48 cortou ao longo da linha de corte 314 que separa o tecido 90. Será apreciado que os grampos 47 seguram de modo operacional os apoios 300 pressionados contra o tecido 90.

[0054] A FIG. 17 mostra uma versão alternativa exemplificadora doapoio 400 que tem uma pluralidade de regiões adesivas 404 separadas dentro da porção de barreira 402. As regiões adesivas 404 compreendem os módulos plásticos operáveis para romperem quando puncionados e/ou quando suficientemente comprimidos. Cada uma das regiões adesivas 404 tem um adesivo 410 contido na mesma. Será apreciado que todas as regiões adesivas 404 não precisam conter necessariamente os mesmos adesivos 410. Por exemplo, algumas regiões adesivas 404 podem compreender um tipo de adesivo 410 e/ou material terapêutico enquanto que as outras regiões adesivas 404 podem compreender um tipo diferente de adesivo 410 e/ou material terapêutico. Naturalmente, quaisquer outros fluidos médicos adequados podem estar incluídos nas regiões 404 em adição a ou em vez dos adesivos.

[0055] A FIG. 18 mostra ainda uma outra versão exemplificadorado apoio 500 que tem uma região de espuma 504, com as cápsulas adesivas 510 embutidas e/ou situadas no interior da região de espuma 504. A região de espuma 504 está contida dentro da porção de barreira 502. A região de espuma 504 pode impedir substancialmente as cápsulas adesivas 510 de inadvertidamente deixarem o apoio 500 an- tes do apoio 500 ser instalado em um sítio cirúrgico. A região de espuma 504 também pode substancialmente impedir que o adesivo liberado das cápsulas 510 escape do sítio cirúrgico depois do apoio 500 ser instalado no sítio cirúrgico. Ademais, a região de espuma 504 pode impedir substancialmente que o adesivo 510 das cápsulas 510 cole na bigorna 18 e/ou no cartucho 18, antes e/ou depois do apoio 500 ser instalado no sítio cirúrgico.

[0056] As cápsulas adesivas 510 podem ser construídas a partirde qualquer método adequado, conforme seria aparente para um indivíduo de conhecimento comum na técnica em vista dos ensinamentos no presente documento. A FIG. 19 mostra uma maneira exemplificado- ra de produzir as cápsulas adesivas 510 com o uso de uma cápsula de formação de câmara 550. A câmara 550 compreende uma dosador 552 e meio de revestimento 556. Será apreciado que qualquer gás não reativo pode estar contido no interior da câmara 550. O aplicador 552 dispensa o material adesivo 554, o qual cai conforme o adesivo pinga antes de entrar no meio de revestimento 556. O meio de revestimento 556 pode compreender um plástico, mas qualquer material adequado pode ser usado, conforme seria aparente para um indivíduo de conhecimento comum na técnica em vista dos ensinamentos no presente documento. O material adesivo 554 entra em contato com o meio de revestimento 556 e se torna coberto com um revestimento, formando, desse modo, as cápsulas adesivas 510 no fundo do meio de revestimento 556. Depois disso, as cápsulas adesivas 510 podem ser removidas da câmara 550 e podem ser posicionadas no interior da região de espuma 504, conforme mostrado na FIG. 18. Naturalmente, as cápsulas adesivas 510 podem ser formadas a partir de qualquer outro método adequado, como seria aparente para um indivíduo de conhecimento comum na técnica em vista dos ensinamentos no presente documento.

[0057] Deve-se compreender que qualquer um ou mais dos ensinamentos, expressões, modalidades, exemplos, etc. descritos no presente documento podem ser combinados com qualquer um ou mais dos outros ensinamentos, expressões, modalidades, exemplos, etc. que são descritos no presente documento. Os ensinamentos, expressões, modalidades, exemplos, etc. descritos a seguir não devem ser vistos isoladamente em relação um ao outro. Várias maneiras adequadas, pelas quais os ensinamentos da presente invenção podem ser combinados, serão prontamente aparentes aos indivíduos versados na técnica tendo em vista os ensinamentos da presente invenção. Essas modificações e variações são destinadas a estarem incluídas no esco-po das concretizações.

[0058] Versões dos dispositivos descritos acima podem ter aplicação em tratamentos médicos convencionais e procedimentos conduzidos por um profissional médico, assim como aplicação em tratamentos e procedimentos médicos assistidos por robótica.

[0059] Versões do que foi descrito acima podem ser projetadaspara haver descarte após um único uso ou as mesmas podem ser projetadas para serem usadas múltiplas vezes. As versões podem, em qualquer um ou em ambos os casos, ser recondicionadas para reutilização após pelo menos um uso. O recondicionamento pode incluir qualquer combinação das etapas de desmontagem do dispositivo, seguido de limpeza ou substituição de peças particulares e remontagem subsequente. Em particular, algumas versões do dispositivo podem ser desmontadas, em qualquer número de peças particulares ou partes do dispositivo podem ser seletivamente substituídas ou removidas em qualquer combinação. Com a limpeza e/ou substituição de partes particulares, algumas versões do dispositivo podem ser remontadas para uso subsequente em uma instalação de recondicionamento ou por um usuário imediatamente antes de um procedimento cirúrgico. Aqueles versados na técnica entenderão que o recondicionamento de um dispositivo pode utilizar uma variedade de técnicas para desmontagem, limpeza/substituição e remontagem. O uso de tais técnicas e o dispositivo recondicionado resultante estão todos dentro do escopo do presente pedido.

[0060] Apenas a título de exemplo, as versões aqui descritas podem ser esterilizadas antes e/ou depois de um procedimento. Em uma técnica de esterilização, o dispositivo é colocado em um recipiente fechado e vedado, como um saco plástico ou de TYVEK. O recipiente e o dispositivo podem então ser colocados em um campo de radiação, como radiação gama, raios X ou elétrons de alta energia, que pode penetrar no recipiente. A radiação pode exterminar bactérias no dispositivo e no recipiente. O dispositivo esterilizado pode então ser guardado em um recipiente estéril para uso posterior. O dispositivo pode também ser esterilizado com o uso de qualquer outra técnica conhecida, incluindo, mas não se limitando a, radiação beta ou gama, óxido de etileno ou vapor d'água.

[0061] Diante da apresentação e descrição de várias versões napresente invenção, podem ser realizadas adaptações adicionais dos métodos e sistemas descritos no presente documento através de modificações adequadas feitas por um elemento versado na técnica, sem que se afaste do escopo da presente invenção. Várias dessas possíveis modificações foram mencionadas e outras estarão evidentes aos elementos versados na técnica. Por exemplo, os exemplos, as versões, a geometria, os materiais, as dimensões, as proporções, as etapas e similares discutidos acima são apenas ilustrativos e não são obrigatórios. Consequentemente, o escopo da presente invenção deve ser considerado de acordo com os termos das concretizações e entende-se que ele não está limitado aos detalhes da estrutura e operação mostrados e descritos no relatório descritivo e nos desenhos.

Claims

1. Aparelho compreendendo:(a) um cortador cirúrgico (10) compreendendo uma extremidade distal (12) e uma extremidade proximal, sendo que a extremidade proximal compreende um cabo (20), sendo que a extremidade distal (12) compreende uma bigorna (18) e uma garra inferior (16), sendo que a bigorna (18) e a garra inferior (16) são configuradas para grampear tecido, sendo que o cortador cirúrgico (10) é configurado para separar um tecido grampeado pela bigorna (18) e pela garra inferior (16); e(b) um apoio (200) preenchido com um líquido, sendo que o apoio (200) compreende dois membros preenchidos por fluido (202, 204) com formatos similares, sendo que o primeiro membro preenchido por fluido (202) é configurado para ser posicionado entre a bigorna (18) e a garra inferior (16) e o segundo membro preenchido por fluido (204) é configurado para ser posicionado entre o primeiro membro preenchido por fluido (202) e a garra inferior (16), sendo que cada membro preenchido por fluido (202, 204) compreende uma porção compressiva (206) e uma porção de pressão (208), sendo que a porção compressiva (206) é configurada para ser comprimida pela extremidade distal (12) do cortador cirúrgico (10) pela bigorna (18) e a garra inferior (16) grampeando a porção compressiva (206), sendo que a porção de pressão (208) é configurada para ser pressurizada com o líquido em resposta ao grampeamento na porção compressiva (206), sendo que o apoio (200) é configurado para ser separado e grampeado pelo cortador cirúrgico (10) de modo simultâneo ao momento em que o cortador cirúrgico (10) separa tecido, sendo que a porção de pressão (208) é configurada para impulsionar o líquido através da porção compressiva (206), uma vez que o apoio (200) é separado;caracterizado pelo fato de que que cada membro preen- chido por fluido (202, 204) compreende um material elástico configurado para expandir de modo que a porção de pressão (208) seja preenchida com a maior parte do fluido ou todo o fluido no membro preenchido por fluido (202, 204) sem quebrar ou estourar sob pressão.

2. Aparelho, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que o líquido compreende um adesivo de duas partes configurado para ter propriedades adesivas somente uma vez que as duas partes do adesivo de duas partes sejam combinadas, sendo que o primeiro membro preenchido por fluido (202) compreende uma parte do adesivo de duas partes e o segundo membro preenchido por fluido (204) compreende a outra parte.

3. Aparelho, de acordo com a reivindicação 2, caracterizado pelo fato de que uma parte do adesivo de duas partes compreende fibrina, e a outra parte compreende trombina.

4. Aparelho, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 3, caracterizado pelo fato de que a bigorna (18) define uma largura de bigorna, sendo que o apoio (200) define uma largura de apoio que é maior do que a largura de bigorna.

5. Aparelho, de acordo com a reivindicação 4, caracterizado pelo fato de que o apoio (200) faz a garra inferior (16) se abrir, de tal modo que uma porção igual do apoio (200) se estenda para fora da garra inferior (16).

6. Aparelho, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 5, caracterizado pelo fato de que o apoio (200) tem um formato retangular.

7. Aparelho, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 6, caracterizado pelo fato de que compreende adicionalmente um grampeador cirúrgico em comunicação com o cortador cirúrgico (10), sendo que o grampeador cirúrgico compreende um ou mais grampos (47, 247), sendo que o grampeador cirúrgico é configu- rado para grampear uma porção do tecido, sendo que os um ou mais grampos (47, 247) são configurados para romper o apoio (200).

8. Aparelho, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 7, caracterizado pelo fato de que o apoio (200) compreende um material dissolvível.

9. Aparelho, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 8, caracterizado pelo fato de que o apoio (200) compreende um adesivo no exterior do apoio (200) operável para aderir o apoio (200) a uma porção do cortador cirúrgico (10).