BR0313653B1 - "preparação para ser fixada sobre um dente natural ou parte deste e método de fixação correspondente". - Google Patents

Description

Relatório Descritivo da Patente de Invenção para "PREPARA- ÇÃO PARA SER FIXADA SOBRE UM DENTE NATURAL OU PARTE DESTE E MÉTODO DE FIXAÇÃO CORRESPONDENTE". A invenção situa-se no campo da medicina dental e refere-se a uma preparação de acordo com o preâmbulo da primeira reivindicação inde- pendente da patente. A preparação de acordo com a invenção é adequada para ser fixada em um dente natural ou parte deste; em particular é adequa- da como uma substituição artificial de uma parte portadora de carga. A in- venção refere-se ainda a um método de acordo com o preâmbulo da reivin- dicação independente da patente correspondente, o dito método servindo para fixação da preparação em um dente natural ou parte deste, em particu- lar a substituição de uma parte de dente portadora de carga (por exemplo, restauração endodôntica), em que a preparação de acordo com a invenção é fixada em uma ainda existente parte de dente natural, ou é ancorada nela.

As restaurações que procedem de um dente que ainda está pelo menos parcialmente presente, isto é, de uma parte de dente natural e em que uma outra parte de dente natural é substituída por uma parte de dente artificial, são, por exemplo, o preenchimento de dentes perfurados, a inser- ção de blocos, a colocação de coroas, suportes (interface entre coroa a raiz), pontes, peças de construção para parte de próteses (interface entre a raiz e a prótese) em arnela de dente naturais ou raízes de dente, a fixação de pi- nos na raiz ou dispositivo similar para fixação, por exemplo, dentes artificiais, pontes, elementos de construção ou próteses de dente em raízes de dente naturais ou partes dela. Por outro lado é também conhecido fixar folheados, elementos de jóias ou elemento de fixação para arames de correção de den- tes em dentes naturais completos.

Para preencher dentes naturais perfurados, para colocar coroas sobre arnelas de dente natural e para fixar pinos de raiz em uma raiz de den- te natural de acordo com o estado da técnica, partes de metais, polímeros, materiais de cerâmica (corpo de preenchimento, coroa, pino de raiz) são fi- xados sobre ou no dente natural ou parte deste com a ajuda de cimentos poliméricos. Os cimentos são aplicados em uma condição viscosa e são en- tão curados in situ por exemplo com luz ultravioleta. Depois da cura comple- ta, esses cimentos podem satisfazer a demanda (da mesma forma que a parte fixada com a sua ajuda) as demandas da alta carga as quais os dentes são submetidos. A cura dos cimentos, no entanto, frequentemente vincula enru- gamento. Tal enrugamento com frequência causa fissuras entre a parte na- tural e a artificial do dente em cujas fissuras a umidade e bactérias pene- tram. Além do mais, o cimento pode intumescer devido à tal umidade avari- ando o dente irreversivelmente. A bactéria causa cáries na parte natural do dente. Além do mais, os cimentos curados são usualmente muito quebradi- ços e a tensão causa por enrugamento e/ou inchamento não pode ser redu- zida ou pode ser reduzida por formação de fissura somente. Devido ao, aci- ma mencionado, os fenômenos de preenchimentos de dente fixados com a ajuda de, por exemplo cimentos poliméricos, são menos tóxicos com respei- to a preenchimentos de amálgamas porém duram menos tempo. A fim de sintetizar o enrugamento do cimento tão pouco quanto possível, os cimentos são aplicados já parcialmente reticulados. Essa solu- ção do problema de enrugamento no entanto tem limitações muito grandes já que quanto mais reticulado é o cimento quando aplicado, mais viscoso ele é e, por conseguinte, mais difícil se torna com segurança colocar esse ci- mento de modo que ele encha completamente as cavidades a serem preen- chidas.

Na publicação US-5244933 é sugerido usar nos cimentos poli- méricos do campo dental que contém uma grande porção de partículas não orgânicas para aperfeiçoar suas propriedades mecânicas na condição cura- da. Esses cimentos são altamente viscosos e, por conseguinte, é sugerido introduzi-los em uma aperfeiçoada condição de circulação in situ pela aplica- ção de vibrações de alta frequência. Esse efeito é baseado nas propriedades tixotrópicas de tais cimentos e a correspondente liquefação não vincula de- senvolvimento de calor. No entanto, o problema de enrugamento não é solu- cionado de todo. O enrugamento não pode ser tolerado, por exemplo no caso de vedação de canal do dente. Por essa razão os cimentos acima mencionados não são usados para esse propósito porém em vez disso, por exemplo, são usados guta-percha ou outros polímeros termoplásticos com propriedades similares ao guta-percha. Para ser aplicado no canal da raiz, o polímero é aquecido para ser trazido em uma condição plástica e para re-solidificação é suficiente deixá-lo fresco. O enrugamento em tal caso é significantemente menor do que o enrugamento para cura por reticulação. Tais métodos para vedação de canais da raiz são por exemplo descritos nas publicações US- 3919775 e US-4525147. De acordo com essas publicações um plugue de guta-percha é introduzido no canal da raiz. Ele é então, na sua totalidade, introduzido em uma condição plástica por calor e/ou ultrassom e é pressio- nado no canal. Isso é possível sem excessiva carga térmica somente se o material tiver uma baixa temperatura de amolecimento (guta-percha: 70 a 100°C). A temperatura de amolecimento, por conseguinte limita a escolha de material. A função do plugue de guta-percha é a vedação do canal da raiz. O plugue não é totalmente carregado mecanicamente. Na verdade ele não se- ria capaz de ser mecanicamente carregado devido à resistência mecânica limitada do material, mesmo se ele fosse para conter fibras de carbono como sugerido em US 4525147. A descrição US-5803736 também descreve a produção de mol- des de canais de raiz, em que a produção de enrugamento não pode ser tolerada. É sugerido o uso de polímeros termoplásticos que são aplicados em uma condição aquecida e por conseguinte plástica. Para impedir avaria por calor à parte natural do dente, os polímeros a serem usados são limita- dos àqueles com uma temperatura de amolecimento de 50 a 70°C. Polica- prolactona é sugerida como sendo particularmente vantajosa já que ela tem uma temperatura de amolecimento de 55 a 65° e um módulo de elasticidade de aproximadamente 400 MPa. É claro que tal polímero não pode ser apli- cado para uma função portadora de carga no campo dental.

Muitos pinos de raiz conhecidos têm uma seção transversal re- donda e um eixo reto e são colocados em um orifício correspondente tendo uma seção transversal e um eixo reto cujo orifício é produzido na raiz do dente para colocar tal pino. Já que a raiz do dente nem tem uma seção transversal redonda nem um eixo reto, o orifício e o pino podem somente ter dimensões limitadas ainda, como pode ser o caso, uma parte significante da raiz deve ser removida pela produção do orifício. Isso determina estreitos limites na estabilidade do pino de raiz fixado.

Os objetivos da invenção são criar uma preparação para ser fi- xada em um dente natural ou parte deste , em particular para substituir uma parte de dente portadora de carga, e para criar um método para fixar a pre- paração no dente natural ou parte deste, em particular a fim de substituir uma parte de dente portadora de carga pela preparação de acordo com a invenção. A preparação e o método são para tornar possível evitar os pro- blemas de enrugamento acima delineados e limitações de extensão de vida devido a enrugamento ou a restauração do dente, respectivamente. A prepa- ração e o método de acordo com a invenção não necessitam mais esforço do que as preparações conhecidas e os métodos servem ao mesmo propósi- to, mas são ao contrário para trazer vantagens também com respeito pelo menos para aplicações específicas. A invenção é baseada no conhecimento em que é possível criar conexões de ajuste positivo e/ou de ajuste material entre as superfícies de dente natural ou parte deste (dentina e/ou esmalte) e um material com pro- priedades termoplásticas em uma condição líquida ou pelo menos plástica, cujas conexões são capazes de satisfazer as demandas mecânicas, quími- cas e biológicas no campo dental. Ela é ainda baseada no conhecimento de que existem materiais conhecidos com propriedades termoplásticas que são capazes de satisfazer as exigências de resistência de uma parte de dente portadora de carga, e que é possível criar as conexões mencionadas com tais materiais sem carga térmica excessiva da parte de dente a ser restaura- da se somente um mínimo do material com propriedades termoplásticas ne- cessárias para criar as conexões é liquefeita.

Para criar as mencionadas conexões de ajuste positivo e/ou de ajuste material cujo processo é derivado do processo de soldagem por osci- lação mecânica (por exemplo soldagem ultrassônica). Esses processos de soldagem são baseados essencialmente em oscilar um corpo de um termo- plástico ou de um corpo com regiões superficiais de um termoplástico com uma frequência, por exemplo, na faixa de ultrassom e com amplitudes na ordem de 1 a 200pm, e ao mesmo tempo trazendo o corpo de uma maneira em forma de ponto ou em pequenas regiões de superfície (diretores de e- nergia) em contato direto com uma superfície adicional. Nas regiões de con- tato aparecem concentrações de tensão no material de oscilação e devido a essas concentrações de tensão o material, mesmo que tenha uma tempera- tura de amolecimento relativamente alta, é introduzido para uma condição plástica ou líquida de modo que na condição de um material disposto em par (por exemplo, dois termoplásticos mixáveis) uma conexão de solda é obtida. A preparação de acordo com a invenção consiste, pelo menos parcialmente, em um material com propriedades termoplásticas e é projeta- do de uma maneira tal que ele amortece muito pouco as oscilações mecâni- cas de modo que o material é liquefeito por meio de oscilação mecânica so- mente em situações onde concentrações de tensão aparecem, como é o caso como soldagem por ultrassom. As situações das concentrações de ten- são são produzidas por diretores de energia também conhecidos de tecnolo- gia de soldagem por ultrassom, que são para serem fornecidas ou apresen- tadas em superfícies externas (também superfícies internas como pode ser o caso) da preparação, ou em superfícies da parte de dente natural em conta- to com a preparação. A superfície adicional à qual o material com propriedades termo- plásticas é para ser conectado é uma superfície de uma parte de dente natu- ral e consiste em dentina e/ou esmalte que são, ambos de forma não ade- quada para uma conexão de solda. Essas superfícies, no entanto, têm estru- turas (macroscópicas, microscópicas e/ou moleculares), ou são fornecidas com tais estruturas, com o que o material liquefeito por oscilação mecânica entra em tal contato intensivo que depois da solidificação ele forma uma co- nexão de ajuste positivo e/ou de ajuste material com essas estruturas.

Os materiais ou sistemas de material que podem ser usados na preparação de acordo com a invenção devem ter propriedades condutoras de som e um amortecimento suficientemente baixo de modo que a prepara- ção seja capaz de oscilar. Tipicamente isso necessita de um módulo de elas- ticidade de pelo menos cerca de 0,5 GPa. O fator de perda deve ser sufici- entemente alto para liquefação nas regiões de concentrações de tensão. Foi mostrado que para a restauração de dente de acordo com a invenção mate- riais termoplásticos com temperaturas de amolecimento de até aproximada- mente 350° são aplicáveis, em que as oscilações mecânicas são para serem aplicadas por aproximadamente 0,1 a 10 segundos. A quantidade de calor e o tempo de exposição permanecem tão pequenos que a avaria térmica da dentina ou do tecido vital circundante não é para ser esperado.

As condições mencionadas com respeito ao módulo de elastici- dade e de temperatura de amolecimento são satisfeitas através de muitos materiais com propriedades termoplásticas (termoplásticos ou material com- pósito com um componente termoplástico, no que se segue chamado mate- riais termoplásticos) cujos materiais não podem somente satisfazer as exi- gências mecânicas de uma parte portadora de carga ou de transmissão de carga mas são também usados em outras aplicações médicas.

Pelo menos uma parte da superfície da preparação de acordo com a invenção consiste em material termoplástico, em que em restauração, essa região de superfície esteja em contato ou seja capaz de entrar em con- tato com uma superfície da parte do dente a ser restaurado ou com um den- te. Além do mais, a preparação de acordo com a invenção pode compreen- der conformações adequadas como diretores de energia nas regiões de su- perfície do material termoplástico, isto é bordas, pontas, partes integralmente formadas ou rugosidades que projetam pelo menos 0,5pm além do resto da superfície. A função dos diretores de energia pode, no entanto, também ser assumida por conformação adequada da parte de dente a ser restaurada ou de uma outra parte da preparação.

As regiões da superfície de preparação via o que as oscilações são acopladas na preparação são para serem vantajosamente projetadas de modo que nenhuma concentração de tensão apareça aí.

Para restauração, a preparação é posicionada no dente natural ou parte deste a ser restaurado ou nessa parte de dente e é então feito osci- lar por dispositivo adequado, por exemplo por "sonotrodo" de um aparelho ultrassônico (possivelmente via uma peça de acoplamento), e ao mesmo tempo é comprimida contra o dente natural ou parte deste. Frequências a- dequadas estão entre 2 e 200 kHz (em particular 20 a 80 kHz), amplitudes de oscilação adequadas entre 1 e 200 pm. Experimentos têm mostrado que são alcançados bons resultados com uma força de oscilação de 0,2 a 20 W por milímetro quadrado de superfície ativa. O material termoplástico é local- mente (em particular na sua superfície em contato com a parte de dente na- tural ou próximo à essa superfície) liquefeito pelas oscilações transmitidas à preparação e é trazido em contato íntimo com a superfície do dente natural ou parte deste, por meio do que é produzida a conexão de ajuste positivo e/ou de ajuste material. A combinação ótima de amplitude e força para um tipo específico de preparação de acordo com a invenção é para ser determi- nada experimentalmente. Vantajosamente, amplitude, força e preparação devem ser combinadas uma à outra de uma maneira tal que exista uma transmissão ótima de força de som para a superfície da preparação.

As conexões entre a superfície da parte de dente natural e o ma- terial termoplástico, que são criadas de acordo com a invenção, são, em par- ticular, conexões de ajuste positivo produzidas pela pressão do material li- quefeito nos poros e na instabilidade da superfície, possivelmente entalhes da parte de dente natural. Podem, no entanto, ser também conexões de a- juste material que são causadas por forças de troca adesiva ou coesiva. Em todos os eventos, para criar as conexões íntimas é requerido um umedeci- mento das superfícies naturais com o material liquefeito, termoplástico.

Para aperfeiçoar tal umedecimento ou para aperfeiçoar as cone- xões a serem criadas respectivamente, as superfícies naturais referidas po- dem ser adequadamente preparadas. Por exemplo, uma superfície de es- malte ou uma superfície de dentina pode ser tornada áspera para obter um ajuste positivo (aspereza vantajosa: 0,5 a 500pm). Para obter conexões de ajuste positivo aperfeiçoadas alguém pode também criar estruturas de reten- ção nas superfícies de dentina ou de esmalte, por exemplo convoluções, sulcos rosqueados, recessos com profundidades de 0,1 a 2 mm e possivel- mente entalhes. Antes de posicionar a preparação de acordo com a inven- ção, as superfícies naturais podem ser delineadas e/ou pré-tratadas com um revestimento inicial (“primer”) adequado para aperfeiçoar a capacidade de umidificar das superfícies naturais pelo material termoplástico e/ou para ob- ter forças de troca adesivas aumentadas. Antes ou junto com tal pré- tratamento das superfícies de esmalte ou de dentina essas superfícies po- dem ser vedadas de maneira conhecida per se. Sistemas de revestimento inicial aplicáveis compreendem de uma maneira conhecida per se compo- nentes químicos reativos reagindo com o material de dente natural e/ou fun- cionalidades moleculares cooperando com funcionalidades correspondentes no lado do material termoplástico. Tais funcionalidades cooperantes são, por exemplo combinações de polaridades dos dois lados para aumentar forças de troca, interpenetrando oligômeros ou componentes reativos que ligam os dois lados quimicamente quando ativados pelas oscilações, por luz, por calor ou por ativação química.

Materiais termoplásticos adequados para as preparações de a- cordo com a invenção são, por exemplo, poliolefinas, poliacrilatos, polimeta- crilatos, poliuretanos, policarbonatos, poliamidas, poliésteres, poliuretanos, polissulfonas, poliaril cetonas, poliamidas, poli(sulfetos de fenilo), polímeros de cristal líquido (LCPs), poliacetais, polímeros halogenados, em particular poliolefinas halogenadas, poli(sulfetos de fenileno), polissulfonas ou poliéte- res. Misturas de copolímeros ou de polímeros correspondentes são também aplicáveis. Os termoplásticos mencionados podem também ser aplicados em uma condição carregada, (material compósito com um componente termo- plástico), isto é, contém fibras, pêlos ou partículas de gelo, materiais de ce- râmica, carbono ou polímeros, em que o preenchimento pode ser homogê- neo ou ter gradientes. Sistemas enchedores adequados são conhecidos no campo dental e de aplicações industriais. O sistema de revestimento inicial para uma preparação compre- endendo como o material termoplástico, por exemplo, uma poliamida alifáti- ca, é equipado por um lado por reamidação ou conexão com as cadeias ali- fáticas da poliamida como conhecido da tecnologia de adesivos, e por outro lado semelhante a um revestimento inicial dental clássico para uma conexão com a dentina ou o esmalte. O sistema de revestimento inicial pode compre- ender dois revestimentos iniciais compatíveis ou ambas as funções podem ser realizadas em uma molécula suporte, somente. O material com propriedades termoplásticas pode, de uma ma- neira conhecida per se, ser equipado com agentes atuando de maneira an- tisséptica ou de uma maneira de desnaturação, ou com adições absorvendo raios X, ou pode conter pigmentos. A preparação de acordo com a invenção tem, por exemplo, uma conformação de uma parte de dente (preenchimento de dente) para ser po- sicionada em um dente perfurado, de um elemento de construção, de uma coroa para ser posicionada em uma arnela de dente, de uma ponte, de uma parte ou de uma prótese completa, de um suporte, de um pino de raiz para ser inserido em uma raiz de dente natural sendo possivelmente pré- torneado, o pino da raiz servindo para fixar um dente artificial, uma ponte, um suporte, um elemento ou prótese de construção, ou tem a conformação de um elemento para ser colocado sobre um dente (por exemplo, folheado, capeamento, peça de joalheria, dispositivo de fixação). A preparação de a- cordo com a invenção é, por exemplo, de uma peça e consiste somente no material termoplástico, ou compreende pelo menos em regiões de superfície desse material e regiões adicionais consistem em um outro material que sa- tisfaz as demandas com respeito à resistência mecânica e capacidade de oscilação. Materiais metálicos ou cerâmicos, polímeros, ou materiais compó- sitos já usados em medicina dental são aplicáveis para esse propósito.

Uma preparação de acordo com a invenção que consiste em dois materiais diferentes, um deles tendo as propriedades termoplásticas, pode compreender de duas partes ou mais, em que uma parte de prepara- ção consistindo em material termoplástico é posicionada entre o dente natu- ral e parte deste e a parte de preparação consistindo, por exemplo, em ce- râmica ou metal.

As vantagens principais de preparação e método de acordo com a invenção com respeito ao acima mencionado, métodos conhecidos de res- tauração de dente são o enrugamento do material significantemente reduzi- do que deve ser plastificado ou liquefeito na restauração, a habilidade ine- rente a esse material para arrastar um tal alívio de tensão interna sem for- mação de fissura, e a inerente insensibilidade desse material para umidade.

Essas três propriedades levam a uma alta estabilidade e a uma alta expecta- tiva de vida dos dentes restaurados. Uma adicional vantagem é o fato de que o material termoplástico, no seu estado liquefeito ou plástico, é capaz de compensar incorreções entre a parte de dente natural e a preparação que é dificilmente possível usando preparações conhecidas. Isso significa que a precisão requerida de acordo com a invenção é menor do que a uma reque- rida para tais preparações conhecidas. O método de acordo com a invenção, em comparação ao méto- do conhecido acima mencionado, tem menos etapas do método (nenhuma etapa de cura), requer menos tempo e é mais econômico. Uma vantagem adicional das restaurações de acordo com a invenção encontra-se no fato de que o resfriamento que é a etapa necessária somente para solidificar o ma- terial termoplástico é reversível. Isso significa que deve ser possível repetir a aplicação da oscilação mecânica para conduzir, por exemplo, com fissuras entre as partes de dente natural e a artificial ou dentro da parte de dente arti- ficial para, por conseguinte, reverter a restauração de uma maneira muito simples. Deve ser possível também suplementar partes ausentes através de soldagem ultrassônica. Isso significa que a restauração de acordo com a invenção pode ser revisada ou reparada de uma maneira muito simples. O método de acordo com a invenção e modalidades exemplares da preparação de acordo com a invenção são descritos em detalhes em combinação com as Figuras que seguem. As observações descritas nas se- ções precedentes e adicionais características da preparação de acordo com a invenção são dessa maneira aplicáveis a todas as formas de modalidades. A Figura 1 mostra quatro modalidades exemplares de prepara- ções de acordo com a invenção, usadas para preencher um dente perfurado (corte longitudinal); A Figura 2 mostra um dente preenchido com uma preparação de acordo com a Figura 1 (corte longitudinal); A Figura 3 mostra a coroação de uma arnela de dente com a ajuda de uma preparação de acordo com a invenção (corte longitudinal); A Figura 4 mostra uma modalidade da preparação de acordo com a invenção, cuja preparação tem a forma de um pino de raiz (corte lon- gitudinal) a ser fixada em uma raiz de dente natural, preparada adequada- mente; A Figura 5 mostra adicionalmente, uma modalidade exemplar da preparação de acordo com a invenção, cuja preparação serve da mesma forma como um pino de raiz para fixar um dente artificial, uma ponte, um su- porte, um elemento de construção ou uma prótese em uma raiz de dente natural (corte longitudinal);

As Figuras 6 e 7 mostram duas modalidades exemplares das extremidades distais de uma preparação de acordo com a Figura 5; A Figura 8 mostra uma modalidade exemplar adicional da prepa- ração de acordo com a invenção na forma de um dente artificial colocado em uma raiz de dente natural (corte longitudinal); A Figura 9 mostra uma modalidade exemplar adicional da prepa- ração de acordo com a invenção na forma de um elemento de jóia para ser colocado em um dente. A Figura 1 mostra como um exemplo de uma pluralidade de ca- vidades de dente que podem ser preenchidas ou equipadas com um ele- mento de construção de acordo com a invenção, um dente 1 perfurado, por exemplo, por causa das cáries e, por conseguinte, tendo uma abertura 2 pa- ra ser preenchida. O dente 1 é mostrado seccionado ao longo do seu eixo longitudinal. Ele compreende uma raiz 4 desenvolvida no tecido de osso 3 da mandíbula e uma coroa 5 projetando-se além do osso da mandíbula e sendo coberta com esmalte 6. O elemento de suporte do dente é a dentina 7, que consiste em dentina porosa. Dentro da dentina 7 existe uma cavidade de dente preenchida com tecido (polpa) compreendendo vasculatura e ner- vos. A abertura 2 se estende através do esmalte 6 na dentina 7, isto é ela tem uma superfície acessível dentro da abertura 2 cuja abertura tem uma estrutura de poro aberto. Adicionalmente, a superfície de dentina, bem como a superfície de esmalte na abertura pode ser pré-tratada (por exemplo, por enrugamento, estruturação, delineamento ou tratamento de revestimentos inicial) para aperfeiçoar a conexão entre a parte de dente natural e a prepa- ração a ser aplicada.

Para a restauração de acordo com a invenção o dente perfurado 1 mostrado na Figura 1 a abertura 2 é preenchida com, por exemplo, uma das preparações 10,11, 12,13 mostradas acima do dente perfurado 1. A preparação 10 compreende um corpo 10.1 de um material de preenchimento de corpo conhecido e uma camada de contato 10.2 consis- tindo em material termoplástico e cobrindo completa ou parcialmente a su- perfície do corpo 10.1 . Por exemplo, um lado da preparação para facear em direção ao lado externo quando a preparação está posicionada na abertura 2 é isento de material termoplástico. A preparação 10 é dimensionada de uma maneira tal que ela pode ser posicionada pelo menos parcialmente na aber- tura 2 essencialmente sem usar força. A preparação 10 é posicionada na abertura 2 e é então excitada com oscilação mecânica usando-se um ressonador (não mostrado) de um dispositivo produzindo oscilação mecânica, por exemplo, usando um "sono- trodo" de um aparelho de ultrassom, e a preparação é simultaneamente pressionada na abertura 2. Entre o "sonotrodo" e a preparação de uma peça de acoplamento pode ser posicionada, cuja peça de acoplamento compre- ende no seu lado faceando a preparação de uma espécie de negativo da superfície de preparação e no seu lado faceando o "sonotrodo", uma face que é par e que com respeito ao tamanho é adaptada a um "sonotrodo" pa- drão. Desse modo, o material da camada de contato 10.2 é liquefeita pelo menos parcialmente e pela pressão aplicada é colocada em contato íntimo com o esmalte 6 e a dentina 7, que leva a uma conexão de ajuste positivo e adesiva. Como pode ser o caso, a preparação é simultaneamente pressio- nada ainda para a abertura 2. A excitação de oscilação é interrompida quan- do o corpo de preparação 10.1 foi suficientemente pressionado na abertura e não mais material termoplástico pode ser pressionado dentro de poros e da instabilidade (por exemplo, reconhecida pelo material que está sendo pres- sionado fora entre o esmalte e o corpo 10.1). Ao mesmo tempo a pressão de prensagem é vantajosamente mantida até o material termoplástico ter solidi- ficado outra vez. Depois da solidificação do material termoplástico o corpo 10.1 pode ser adaptado para a conformação do dente original usando tecno- logia dental conhecida. Ao mesmo tempo, se assim requerido, a camada de contato 10.2 pode ser removida do topo do corpo de preparação 10.1. A preparação 11 que é do mesmo modo adequada para preen- cher a abertura do dente 1, difere da preparação 10 somente em que no lu- gar de uma camada de contato fixada ao corpo ela compreende um filme de contato separado 11.2 que pode ser aplicado separadamente do corpo 11.1 e que consiste no material com propriedades termoplásticas. O filme de con- tato 11.2 é colocado na abertura antes de posicionar o corpo 11.1, ou simul- taneamente. A preparação 12 compreende um corpo de preparação 12.1 de material compósito altamente viscoso como conhecido em medicina dental (por exemplo, cimento curável através de, por exemplo luz, calor ou ultras- som, ou sistema semelhante a "ormocer"). O corpo de preparação 12.1 é envolvido por uma camada de contato 12.2 preferivelmente flexível do mate- rial termoplástico. O material do corpo de preparação 12.1 e da camada de contato 12.2 são combinados um com o outro de uma maneira tal que a co- nexão aparece entre eles (por exemplo, por sinalização, ativação da superfí- cie, polimerização de enxerto de grupos reativos no lado da camada de con- tato). A vantagem da preparação 12 com respeito às preparações 10 e 11 está no fato de que ela pode ser adaptada à conformação da abertura 2 para uma extensão maior do que as preparações previamente descritas. A desvantagem de enrugamento vinculada pelo material compósito é compos- ta pela conexão entre o material compósito curado e o material termoplástico que leva ao fato de que a tensão causada por enrugamento do cimento pode ser transmitida ao material termoplástico e pode ser aliviada por relaxação ou arrastamento. A camada de contato 12.2 pode também ser relativamente rígida e aberta para o topo, de modo que o dentista possa enchê-la com o cimento.

Nesse caso é vantajoso cobrir o cimento com um elemento de cobertura (por exemplo filme de Teflon, filme metálico, elemento metálico, etc.) para aplicar as oscilações.

As camadas de contato 10.2 ou 12.2 ou o filme de contato 11.2 têm, vantajosamente uma espessura de aproximadamente 0,01 a 1 mm. De forma alguma é necessário para a camada ou filme de contato ter a mesma espessura em todas as situações e cobrir todas as superfícies da prepara- ção que entram em contato com a parte natural do dente. Vantajosamente, compreende a uma superfície faceando a dentina, diretores de energia na forma de arestas, pirâmides, cones, hemisférios, etc. projetando pelo menos 1pm. A função dos diretores de energia pode também ser assumida pela superfície de dentina/esmalte. No caso de uma preparação 11 compreen- dendo um filme de contato 11.2 ela é também possível equipar a superfície do corpo de preparação 11.1 com diretores de energia. O material termoplástico das camadas de contato 10.2 ou 12.2 ou do filme de contato 11.2 como já mencionado acima, pode conter resinas reativas que reagem com o material de dente natural ou com um revestimen- to inicial depositado no mesmo para formar aglutinações químicas. A preparação 13, que é do mesmo modo adequada para preen- cher a abertura 2, não compreende um corpo de preparação de um material sem propriedades termoplásticas e sendo circundada pela camada ou filme de contato, mas consiste inteiramente em um material termoplástico, vanta- josamente de um termoplástico preenchido, em que a extensão de preen- chimento pode aumentar da periferia da preparação para seu centro. O ma- terial termoplástico pode adicionalmente conter pigmentos conhecidos na técnica de preenchimentos de dente. A preparação 13 é adaptável à confor- mação da abertura 2 para uma extensão melhor do que as preparações 10 e 11 já que a quantidade disponível de material termoplástico é maior. A preparação 13 é adequada, em particular, para fixar um ele- mento de construção, isto é, um elemento servindo como uma base para montar uma prótese. Para esse propósito ela compreende, por exemplo, por um lado que quando está sendo posicionada, situa um orifício na superfície do dente, em que o elemento de construção é vedado antes ou depois da fixação da preparação. A cavidade 2, como descrito acima, pode ser preenchida com uma das preparações 10 a 13. Pode ser também preenchida com uma plura- lidade de preparações iguais ou diferentes, em que uma primeira preparação é posicionada e uma oscilação mecânica aplicada a ela. Então uma segunda preparação é posicionada e a oscilação mecânica é aplicada a ela, e assim por diante.

Se a abertura não é acessível somente da face de extremidade como mostrado na Figura 2, mas também da lateral, é vantajoso usar um dispositivo auxiliar como conhecido do estado da técnica (por exemplo, luva) quando se está aplicando as preparações 10 a 13 e para removê-las poste- riormente. Esse dispositivo auxiliar tem uma superfície interna na qual o ma- terial termoplástico não está liquefeito ou da qual é facilmente separada. Na lateral aberta, a camada ou filme de contato é removida quando a prepara- ção está posicionada e fixada. A Figura 2 mostra o mesmo dente como na Figura 1 mas com a abertura 2 preenchida com a preparação 10 ou 11 e depois uma adaptação possivelmente necessária da superfície externa para a conformação original do dente. A Figura 2 mostra em uma larga escala a camada de contato 10.2 ou filme de contato 11.2 sendo conectado à dentina, isto é, depois de lique- fazer e pressionar o material termoplástico nos poros da dentina 7. A partir desse detalhe alguém pode reconhecer o ajuste positivo entre a parte do dente e a preparação que é produzido pela liquefação do material termoplás- tico e pressioná-lo nos poros ou na instabilidade da superfície de dentina e, como pode ser o caso, do esmalte. O ajuste positivo assegura uma ancora- gem muito estável da preparação. Como pode do mesmo modo ser reco- nhecido dos detalhes ampliados, é vantajoso projetar a superfície do corpo de preparação 10.1 ou 11.1 de uma maneira tal que aqui é possível também um ajuste positivo (ou também conexão adesiva) entre o material do corpo e o material termoplástico. Para isso, a superfície do corpo de preparação 10.1 ou 11.1 pode ser projetada adequadamente áspera (rugosidade de aproxi- madamente 0,5 a 50pm) ou pode ser fornecida com uma estrutura de super- fície adequada nas laterais em que é circundada por material termoplástico. É também concebível fabricar as superfícies correspondentes do corpo de preparação 10.1 ou 11.1 de um poro, por exemplo, material sinterizado (po- ros com tamanhos de 10 a 300pm, porosidade de 2 a 80%). A Figura 3 mostra uma modalidade adicional da preparação de acordo com a invenção, uma coroa artificial 14 para ser colocada sobre uma arnela de dente natural 20. A coroa 14 compreende um corpo de coroa 14.1 de um material conhecido para esse propósito (por exemplo ligas de dente, plásticos, compósitos, componentes de cerâmica). Entre a coroa e a dentina 7 está outra vez localizada uma camada de contato 14.1 consistindo em um material termoplástico e sendo projetada como um revestimento do corpo da coroa 14.1 (análogo à camada de contato 10.1 da preparação 10) ou como um filme de contato separado (análogo do filme de contato 11.2 de prepara- ção 11). A camada de contato 14.1 é conectada à dentina 7 da arnela do dente por meio de excitação por oscilação mecânica e pressão, e como po- de ser o caso, é também ancorada em uma estrutura de superfície corres- pondente do corpo da coroa 14.1 em uma forma similar como mostrado na Figura 2. A preparação 14 pode não somente ser uma coroa, mas do mesmo modo pode ser uma ponte, um suporte, um elemento de construção, uma prótese ou uma prótese de parte. A Figura 4 mostra uma modalidade adicional 15 da preparação de acordo com a invenção, que tem a conformação e função de um corpo fixador de uma coroa, ponte, suporte, elemento de construção ou prótese (por exemplo, pino de raiz) e que é posicionada e fixada em uma raiz de dente adequadamente preparada (perfurada) e para que um dente artificial, uma ponte, um suporte, um elemento de construção, uma prótese de parte ou uma prótese completa sejam fixados. A preparação compreende um cor- po de preparação 15.1 e uma camada de contato 15.2 ou filme de contato, mas pode também consistir completamente no material termoplástico. A preparação 15 é projetada da mesma maneira como os preenchimentos de dente 10, 11, ou 13 de acordo com as Figuras 1 e 2. A descrição dessas Fi- guras pode, por conseguinte, ser aplicada dessa maneira. Na sua extremi- dade proximal, a preparação é fornecida com dispositivo fixador, por exem- plo como mostrado com o orifício da cavidade com uma rosca interna. Tal dispositivo fixador pode, é claro, também ser criado depois da preparação ter sido posicionada e fixada na raiz do dente. A Figura 5 mostra um exemplo adicional 16 de uma preparação de acordo com a invenção. É outra vez uma preparação que serve para fixar uma adicional parte de dente artificial (pino de raiz) e para isso compreende um corpo fixador 16.1. O corpo fixador 16.1 consiste em um material ade- quado para a função de portador de carga, por exemplo titânio. Uma parte de raiz 16.2 montada no corpo fixador compreende um núcleo 16.3 (por e- xemplo fio de titânio) sendo com vantagem elástica ou plasticamente defor- mável e, por conseguinte adaptável a um canal de raiz específico e um re- vestimento 16.4 do material termoplástico envolvendo o núcleo 16.3. A parte de raiz 16.2 é pelo menos parcialmente posicionada na cavidade da raiz de dente natural adequadamente preparada (por exemplo, perfuração para a- comodar o corpo fixador) e adapta à conformação dessa cavidade. O corpo fixador 16.1 projetando-se além da raiz do dente 4 é então excitada com os- cilação mecânica e pressionada contra a raiz do dente 4 de modo que ela vem para ficar em uma sede 30 adequadamente preparada na superfície da raiz do dente 4, e a parte da raiz é pressionada tão profundo quanto possível no oco da raiz do dente. Ao mesmo tempo o material de revestimento é pelo menos parcialmente liquefeito e se adapta à conformação do canal e o mate- rial termoplástico é conectado à dentina. A preparação 16 pode também ser projetada com uma pluralida- de de partes de raiz 16.2 para ser fixada em uma raiz de molar. Para essa aplicação é particularmente vantajoso para o material termoplástico do re- vestimento 16.4 ser equipado com agentes de desnaturação ou antissepsia. A Figura 5 mostra a preparação 16 na sua condição fixada, que isto é depois do tratamento com oscilações mecânicas. O corpo fixador é situado na sua sede 30. O núcleo 16.3 da parte de raiz 16.2 é situado no oco da raiz do dente 4 circundado pelo revestimento 16.4, cujo material termo- plástico é, pelo menos parcialmente pressionado nos poros e na instabilida- de da superfície da dentina 7 e é, por conseguinte ancorado na raiz do dente natural. Para obter uma boa conexão entre o núcleo 16.3 e o revestimento 16.4 pode ser vantajoso equipar o núcleo 16.3 com uma estrutura de super- fície adequada (não mostrado).

Para a preparação de acordo com a Figura 5 é particularmente vantajoso equipar o material do revestimento 16.4 com agentes antibióticos e antissépticos para eliminar os efeitos negativos de resíduos de polpa no canal. O núcleo 16.3 e o revestimento 16.4 podem, ambos, consistir no material termoplástico, em que um preenchimento de reforço na região do núcleo pode ter uma porção maior do que na região do revestimento.

As Figuras 6 e 7 mostram duas variantes da extremidade distai da preparação 16 de acordo com a Figura 5 que são projetadas para impedir a parte de raiz 16.2 de ser capaz de avançar muito profundamente no oco da raiz, e/ou para impedir o material liquefeito de ser capaz de ser pressionado fora da cavidade da raiz. De acordo com a Figura 6, o núcleo 16.3 compre- ende um espessamento 16.5 que limita o avanço no canal da raiz e/ou serve como uma vedação e que também sintetiza a posição da parte de raiz 16.2 claramente visível em uma imagem em raios X. De acordo com a Figura 7 um plugue 16.6 de um material macio, por exemplo, de guta-percha, é dis- posto na extremidade distai da preparação. O plugue 16.6 onde apropriado é introduzido em uma condição plástica por meio de oscilação da preparação e pode, por conseguinte, vedar a abertura interna do canal da raiz. A Figura 8 mostra uma modalidade adicional 17 da preparação de acordo com a invenção. A preparação tem a conformação de um dente artificial para ser colocado sobre uma raiz de dente natural 4. A preparação 17 tem uma parte de coroa 17.1 e uma parte de conexão 17.2, em que a parte de coroa 17.1 consiste em um material adequado para um dente artifi- ciai e a parte de conexão 17.1 consiste pelo menos parcialmente no material termoplástico. A parte de conexão 17.2 que pode ser fixada na parte da co- roa 17.1 ou pode ser aplicada independentemente é, por exemplo, formada como uma chapa plana ou uma peça de filme ou ela compreende, como mostrado, um apêndice de raiz 17.3 que pelo menos parcialmente é posicio- nável no oco da raiz de dente 4 e que é integralmente formado em uma cha- pa de conexão 17.4 posicionável na superfície de raiz. A chapa de conexão 17.4 por sua parte é conectada à parte da coroa 17.1 através de um ajuste positivo realizado tanto pelo fabricante quanto pelo dentista na fixação da preparação na raiz de dente natural. A preparação 17 da Figura 8 é mostra- da no topo estando posicionada na raiz do dente 4 (isto é antes da aplicação das oscilações mecânicas) e abaixo na condição fixada (isto é depois da aplicação das oscilações mecânicas).

Para fixá-la em uma raiz de dente, a preparação 17 é posiciona- da na raiz do dente preparada 4 de uma maneira tal que o apêndice da raiz 17.3 está, pelo menos parcialmente, posicionado na cavidade da raiz. Uma oscilação é então aplicada à preparação, por exemplo, pelo sonotrodo 50 de um dispositivo ultrassônico. Se aplicável, uma peça de acoplamento 51 é posicionada entre o sonotrodo 50 e a parte de coroa 17.1, cuja peça de aco- plamento é adaptada por um lado ao sonotrodo 50 e por outro lado à parte da coroa 17.1. Para facilitar o posicionamento do elemento de acoplamento 51 e a parte de coroa 17.1 eles podem ser conectados de uma maneira re- versível, por exemplo por vácuo ou por um adesivo.

No caso de uma preparação de duas partes primeiramente am- bas as partes são posicionadas e então toda a coisa é feita oscilar, em que o material termoplástico do corpo de conexão 17.2 liquefaz localmente, em particular nas suas posições de contato com a dentina. Simultaneamente é pressionado adicionalmente no oco 4 da raiz do dente 4. Se assim projetado, o material termoplástico do corpo de conexão 17.2 é liquefeito também na sua superfície de contato com a parte da coroa 17.1 e é pressionado em es- truturas de superfície adequadamente fornecidas e isso foi descrito em com- binação com a Figura 2. É também possível primeiramente posicionar o cor- po de conexão 17.2, então conectá-lo à raiz do dente por aplicação de osci- lações e somente então posicionar a parte de coroa 17.1 e conectar isso ao corpo de conexão 17.2 uma vez mais usando oscilações.

De uma maneira análoga a uma mostrada e descrita na Figura 8, alguém pode não somente fixar uma parte de coroa a uma raiz de dente natural mas também uma outra parte de dente artificial sobre uma cavidade, especialmente criada para esse propósito, em uma parte de dente natural. A Figura 9 mostra um dente natural completo em que um ele- mento de jóia, por exemplo um diamante cortado é fixado, em que o lado traseiro do elemento de jóia dentro do contexto da invenção carrega uma camada de material com propriedades termoplásticas ou um filme adequado, é posicionado entre o dente e o elemento de jóia para a fixação. Da mesma maneira outros elementos tais como folheados, capeamentos e elementos de fixação podem ser fixados aos dentes, por exemplo elementos de fixação para fios como usados para correções de dente.

Claims (19)

1. Preparação (10, 11, 12, 13, 14, 15, 16, 17) para ser fixada sobre um dente natural ou parte deste, em particular para substituição de uma parte de dente portadora de carga, a dita preparação sendo posicioná- vel na parte de dente natural ou sobre o dente natural ou parte deste, em que a preparação é adaptada para ser presa ao dente natural ou parte deste através de uma vibração mecânica tendo uma frequência em uma faixa en- tre 2 kHz e 200 kHz, caracterizada pelo fato de que a preparação compreen- de pelo menos uma região (10.2, 12.2, 14.2, 15.2, 16.2, 17.2) ou uma parte (11.2) de um material com propriedades termoplásticas, em que esse mate- rial forma pelo menos uma parte da superfície de preparação ou é posicio- nável formando pelo menos uma parte da superfície de preparação, e que a preparação tem propriedades de oscilação com perdas de amortecimento que são tão pequenas que concentrações de tensão locais são requeridas para liquefazer o material por oscilação, em que a preparação é projetada para que as concentrações de tensão ocorram na região da superfície de preparação e em forma de ponto ou em pequenas regiões de superfície, em que o contato direto com uma superfície adicional ocorre, e em que o mate- rial com as propriedades termoplásticas tem um módulo de elasticidade que é maior do que 0,5 Gpa e uma temperatura de amolecimento de no máximo 350 °C.

2. Preparação (10, 11, 12, 13, 14, 15, 16, 17) de acordo com a reivindicação 1, caracterizada pelo fato de que o material com propriedades termoplásticas é um material termoplástico ou um material compósito com um componente termoplástico.

3. Preparação (10, 11, 12, 13, 14, 15, 16, 17) de acordo com a reivindicação 2, caracterizada pelo fato de que o material termoplástico ou o componente termoplástico é uma poliolefina, um poliacrilato, um polimetacri- lato, um poliuretano, um policarbonato, uma poliamida, um poliéster, uma polissulfona, uma poliaril cetona, uma poliamida, um poli(sulfeto de fenila), um polímero de cristal líquido, poliacetal, um polímero halogenado, em parti- cular uma poliolefina halogenada, um poli(sulfeto de fenileno), uma polissul- fona, um poliéter ou um copolímero correspondente ou mistura de pelo me- nos dois dos ditos polímeros.

4. Preparação de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 3, caracterizada pelo fato de que o material com propriedades termoplásti- cas é um termoplástico com misturas de fibras, whiskers, partículas, agentes atuando antissepticamente ou por desnaturação, ou constituintes absorve- dores de raios X.

5. Preparação de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 3, caracterizada pelo fato de que o material com propriedades termoplásti- cas compreende um componente ativo reagindo com a superfície da parte de dente natural ou com um revestimento inicial depositado nele.

6. Preparação (10, 11, 12, 13, 14, 15, 16, 17) de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 5, caracterizada pelo fato de que com- preende uma região adicional (10.1, 12.1, 14.1, 15.1, 16.1, 17.1) ou parte (11.1) de um material metálico ou cerâmico, de um polímero ou de um mate- rial compósito.

7. Preparação (10, 11, 12, 13, 41) de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 6, caracterizada pelo fato de que tem a conformação de um preenchimento de dente para ser fixada em uma abertura de dente (2), ou a conformação de um elemento (41) para ser fixado a um dente (40).

8. Preparação (10, 11, 12) de acordo com a reivindicação 6, ca- racterizada pelo fato de que compreende um corpo de preparação (10.1, 11.1, 12.1) e uma camada de contato (10.2, 12.2) disposta no corpo de pre- paração (10.1, 11.1, 12.1), ou um filme de contato (11.2) formando uma par- te de preparação separada.

9. Preparação (13) de acordo com qualquer uma das reivindica- ções 1 a 5, caracterizada pelo fato de que ela consiste completamente no material com propriedades termoplásticas.

10. Preparação (14) de acordo com qualquer uma das reivindi- cações 1 a 6, caracterizada pelo fato de que tem a conformação de uma co- roa, suporte, elemento de construção, ponte ou prótese para ser fixada em uma arnela de dente natural (20), e que o material com as propriedades ter- moplásticas forma uma superfície interna da coroa, suporte, elemento de construção, ponte ou prótese ou é posicionável na sua superfície interna.

11. Preparação (15, 16) de acordo com qualquer uma das rei- vindicações 1 a 6, caracterizada pelo fato de que compreende um corpo fi- xador (15.1, 16.1) para ser fixado em uma cavidade de uma parte de dente natural, o corpo fixador sendo equipado para a fixação de uma adicional par- te de dente artificial ao corpo fixador.

12. Preparação de acordo com a reivindicação 11, caracterizada pelo fato de que a adicional parte de dente artificial é uma coroa, um supor- te, um elemento de construção, uma ponte ou uma prótese.

13. Preparação (16) de acordo com a reivindicação 11 ou 12, caracterizada pelo fato de que compreende pelo menos uma parte de raiz (16.2) disposta no corpo fixador (16.1), a parte de raiz compreendendo nú- cleo elasticamente ou plasticamente deformável (16.3), e um revestimento (16.4) do material com propriedades termoplásticas dispostas em torno do núcleo (16.3).

14. Preparação (16) de acordo com a reivindicação 13, caracte- rizada pelo fato de que na extremidade distai do núcleo (16.3) está disposto um espessamento (16.5) do material de núcleo ou um plugue (16.6) de um termoplástico macio.

15. Preparação (17) de acordo com qualquer uma das reivindi- cações 1 a 6, caracterizada pelo fato de que compreende uma parte de co- roa (17.1) e um corpo de conexão (17.2), em que o corpo de conexão (17.2) consiste pelo menos parcialmente no material com propriedades termoplás- ticas e é projetado para que seja posicionável pelo menos parcialmente em uma cavidade de uma parte de dente natural.

16. Método para fixar uma preparação (10, 11, 12, 13, 14, 15, 16, 17) como definida em qualquer uma das reivindicações 1 a 16 sobre um dente natural ou parte deste, em particular para substituir uma parte de den- te portadora de carga através da preparação, caracterizado pelo fato de que em uma primeira etapa, um dente natural ou parte deste é preparado, em uma segunda etapa, a preparação (10, 11, 12, 13, 14, 15, 16, 17) é posicio- nada na região do dente natural preparado ou parte deste para que o mate- rial com propriedades termoplásticas esteja em contato ou possa entrar em contato com uma superfície de dentina e/ou uma superfície de esmalte do dente natural ou parte deste, e que em uma terceira etapa a preparação é excitada em oscilação mecânica e simultaneamente pressionada contra o dente ou parte deste, sendo que que na terceira etapa são usadas oscila- ções mecânicas com uma frequência na região entre 2 e 200kHz.

17. Método de acordo com a reivindicação 16, caracterizado pe- lo fato de que para excitar com oscilação mecânica e para pressionar, a pre- paração é pressionada contra o dente ou parte deste com a ajuda de um "sonotrodo" (50) de um aparelho de ultrassom ou com a ajuda de uma peça de acoplamento (51) sendo posicionada entre o "sonotrodo" (50) e o dente natural ou parte deste e o "sonotrodo".

18. Método de acordo com qualquer uma das reivindicações 16 ou 17, caracterizado pelo fato de que na primeira etapa as superfícies de dentina e/ou esmalte são enrugadas, são fornecidas com estruturas e/ou são pré-tratadas com um dispositivo de revestimento inicial e/ou de vedação.

19. Método de acordo com qualquer uma das reivindicações 16 a 18, caracterizado pelo fato de que uma preparação de duas partes (11) é usada e que na segunda etapa primeiramente uma primeira parte de prepa- ração (11.2) compreendendo o material com propriedades termoplásticas é posicionado e feito oscilar, e então uma segunda parte de preparação (12.1) é posicionada e feita oscilar.