PT876277E - Enchimento de embalagens com material em particulas - Google Patents
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Description
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DESCRIÇÃO “ENCHIMENTO DE EMBALAGENS COM MATERIAL EM PARTÍCULAS” Área da Invenção
Esta invenção relaciona-se com um método e um aparelho para introduzir cada uma de uma pluralidade de doses de material em partículas num compartimento respectivo de uma embalagem. A invenção é particularmente aplicável ao carregamento de uma embalagem de compartimentos múltiplos com um medicamento em pó.
Antecedentes da Invenção O Pedido de Patente PCT copendente N° PCT/GB94/02716 (Publicação N° W095/16483) descreve um método de enchimento duma embalagem tal como pode ser usado num inalador para administrar medicação para problemas respiratórios. Nesse método, a embalagem, que tem a forma de uma chapa flexível, é assente sobre um leito poroso plano e um excesso de medicamento em pó é aplicado a uma das faces da chapa. É então usada pressão de gás para empurrar o medicamento para dentro de aberturas da chapa, que é então limpa de qualquer excesso de medicamento em pó e selada em faces opostas com folha laminada de maneira a que cada abertura da chapa mantenha uma respectiva dose de medicamento encapsulada individualmente.
Neste método, o volume de cada dose é determinado pela capacidade de cada abertura da chapa, e não pode, por conseguinte, ser alterado para uma dada embalagem. Além disso, vestígios residuais de material em partículas têm de ser removidos da superfície da face da chapa antes de a folha laminada ser aplicada, caso contrário a eficácia da vedação entre a folha e a chapa pode ficar comprometida. A EP-A-0 194 505 revela um aparelho de enchimento de pó para encher um material em pó em cápsulas duras, que compreende um disco medidor montado num eixo vertical ‘•^7 2
para rotação intermitente em volta do eixo vertical e passagem por uma pluralidade de posições de funcionamento situadas á volta do disco medidor.
Sumário da Invenção
De acordo com o primeiro aspecto da invenção, proporciona-se um método para introduzir cada uma de uma pluralidade de doses de material em partículas num compartimento respectivo de uma embalagem, incluindo os passos que consiste em: a) introduzir uma protuberância respectiva em cada compartimento de maneira a reduzir a sua capacidade b) encher cada compartimento com o referido material em partículas, com a respectiva protuberância introduzida no referido compartimento; e remover as referidas protuberâncias, em que o volume de cada dose de material é menor do que o do seu compartimento respectivo, caracterizado pelo facto de a embalagem incluir uma chapa tendo uma pluralidade de abertura, cada uma das quais constitui um compartimento respectivo, e as aberturas serem cheias mediante os passos que consistem em colocar a chapa num leito poroso com as aberturas em comunicação com um reservatório de material em partículas; aplicar pressão gasosa ao reservatório de maneira a transferir material em partículas do reservatório para as aberturas, sendo a porosidade do leito tal que permita a passagem de gás mas evite que o material em partículas passe através das aberturas e se escape da parte de baixo da chapa.
Deste modo, o método permite que uma embalagem, cujos compartimentos, até agora, teriam ficado completamente cheios, guarde doses mais pequenas de material em partículas. Isso é uma vantagem particularmente importante caso a embalagem se destine a ser usada como inalador, uma vez que embalagens com as mesmas dimensões básicas podem então ser usados para guardar doses de medicamento que diferem em volume.
Além disto, se cada compartimento estiver completamente cheio, com uma protuberância inserida, o volume da dose de material resultante será o volume líquido da diferença do volume total do compartimento e o volume ocupado pela protuberância e assim, para um dado tamanho de compartimento, o volume da dose pode ser controlado seleccionando uma protuberância de dimensões adequadas.
De preferência, cada protuberância compreende uma conduta que é inserida em parte no respectivo compartimento e através da qual o referido material em partículas é introduzido no referido compartimento.
De preferência, a distância em que cada conduta pode ser inserida no seu respectivo compartimento é determinada por meios de batente que encaixam com as porções da embalagem que estão à volta da entrada do compartimento, a fim de evitar uma inserção excessiva.
De forma conveniente, a embalagem pode compreender uma chapa tendo uma pluralidade de aberturas, cada uma das quais constitui um compartimento respectivo e neste caso as aberturas são cheias, de preferência, pelos passos que consistem e posicionar a chapa sobre um leito poroso com as aberturas em comunicação com um reservatório de material em partículas; aplicar pressão gasosa ao material do reservatório de maneira a transferir material em partículas do reservatório para as aberturas, sendo a porosidade do leito tal que permita a passagem de gás mas evite que o material em partículas passe através das aberturas e se escape pela parte de baixo da chapa. De preferência, o gás é passado através da leito porosa através do reservatório e das aberturas. O uso de gás proporciona controle adicional sobre a força com a qual o material em partículas é empurrado para dentro das aberturas, e, por conseguinte da densidade do material que está dentro destes. 4
De preferência, o leito compreende uma chapa de base perfurada e uma folha de material finamente poroso, por exemplo papel de filtro, interposta, quando em uso, entre a chapa de base e a embalagem.
As aberturas, uma vez cheias, são de preferência seladas de maneira a que cada dose fique individualmente encapsulada na sua abertura respectiva, e a referida selagem é . conseguida de forma conveniente ligando uma respectiva folha de material a cada face da chapa.
De preferência, isto é conseguido ligando uma folha de material à face superior da chapa enquanto a chapa está apoiada sobre um suporte para evitar fugas de material pelas aberturas, invertendo a chapa e o suporte, removendo o suporte para expor a face oposta da chapa, a qual passa então a ser a face superior, e ligando uma folha de material à referida face oposta.
De preferência, o suporte compreende o leito poroso.
Uma vez que o volume de cada dose é menor do que o do seu compartimento respectivo, este tende a não permanecer junto da superfície da chapa de maneira que a face superior pode ser mantida relativamente limpa de material em partículas, facilitando deste modo a ligação do material de folha. A mesma vantagem aplica-se à selagem da face oposta, uma vez que a inversão subsequente da chapa vai permitir que o material se afaste da face inferior.
De preferência, o material de folha que sela as aberturas compreende uma folha laminada que está ligada ao corpo sendo selado a este a quente. A folha laminada tende a resistir a qualquer tendência para que os fragmentos da folha se separem do resto da folha quando a selagem de um dado compartimento é quebrada para permitir que o material seja descarregado daquele compartimento. 5
A chapa pode ser flexível, caso em que o método inclui, de preferência, os passos de enrolar ou então enformar a chapa num cilindro uma vez que este tenha sido cheio. A embalagem pode ser mantida na sua configuração cilíndrica aplicando uma tampa anular à sua extremidade; tipicamente são usadas duas destas tampas, umà em cada extremidade. A chapa compreende de preferência um conjunto de cintas alongadas planas e substancialmente rígidas, cujos pares adjacentes são mutuamente dobráveis, de tal forma que as cintas ficam substancialmente paralelas ao eixo do cilindro na embalagem acabada. i
Altemativamente, a chapa pode constituir uma de um certo número de cintas que são colocadas conjuntamente para formar uma embalagem cilíndrica.
De preferência, o material em partículas é um medicamento em pó.
De acordo com. um segundo aspecto da invenção, proporciona-se um aparelho para introduzir uma dose respectiva de material em partículas em cada um de uma pluralidade de compartimentos da embalagem, compreendendo um reservatório para o referido material em partículas, meios de conduta para transportar material em partículas do reservatório para os compartimentos quando os últimos estão em alinhamento com os meios de conduta e uma pluralidade de protuberâncias, sendo cada temporariamente inserível num compartimento respectivo a fim de reduzir a capacidade do compartimento, de maneira que o volume de cada dose seja menor do que o do compartimento no qual está contida, caracterizado pelo facto de a embalagem compreender uma chapa tendo uma pluralidade de abertura, cada um dos quais constitui um compartimento respectivo, e o aparelho compreender meios para aplicar pressão gasosa ao reservatório de maneira a transferir material em partículas do reservatório para as aberturas e um leito poroso para apoiar a chapa durante a referida transferência, sendo a porosidade do leito tal que permita a passagem de gás ao mesmo tempo que 6
evita que material em partículas passe através dos aberturas e se escape da parte de baixo da chapa.
De preferência, as protuberâncias fazem parte dos meios de conduta e compreendem uma pluralidade de condutas, cada uma das quais é inserível em parte num compartimento respectivo.
De preferência, o aparelho é preparado para encher uma embalagem que compreende uma chapa, caso em que as condutas se projectam de preferência a partir de uma chapa de enchimento que, quando em uso, encaixa na embalagem para limitar a distância na qual as condutas podem ser inseridas nos compartimentos.
Breve Descrição dos Desenhos
Será agora descrito um método e um aparelho de acordo com a invenção, apenas a título de exemplo, fazendo referência aos desenhos anexos, nos quais: a Figura 1 é uma vista em planta do aparelho que tem oito posições, dispostas à volta de um carrossel, nas quais são efectuadas várias operações; a Figura 2 é um diagrama de uma vista em corte feito por um plano radial e a uma escala aumentada, ilustrando a actividade levada a cabo na primeira das referidas posições: a Figura 3 é um diagrama de uma vista em corte feito por um plano radial e a uma escala aumentada, ilustrando a actividade levada a cabo na segunda das referidas posições; a Figura 4 é uma vista lateral em corte explodida de dois componentes mostrados na Figura 3;
V
a Figura 5 é uma vista isométrica explodida de uma posição de enchimento, que é a terceira posição do dispositivo, mostrando também os componentes transferidos da segunda posição parà a posição de enchimento; a Figura 6 é uma vista em corte radial explodida da posição de enchimento; as Figuras 7 a 11 são vistas em corte radiais da posição de enchimento em vários estágios de funcionamento; as Figuras 12 a 14 são vistas em corte fragmentárias de pormenor de parte da posição de enchimento e de uma embalagem, e mostram a sequência de passos envolvidos no enchimento da embalagem; as Figuras 15 a 19 são vistas em corte radiais de partes da quarta posição em várias fases de um ciclo de operação; as Figuras 20 e 21 são vistas semelhantes ilustrando as operações levadas a cabo na quinta posição; a Figura 22 é uma vista semelhante da sexta posição; a Figura 23 mostra partes da sétima posição; a Figura 24 mostra, em secção radial, os elementos que são transportados da sétima posição para a oitava posição; e as Figuras 25 e 26 ilustram duas operações levadas a cabo na oitava posição;
Descrição Detalhada O aparelho representado nas figuras é operável para introduzir medicamento em pó nos compartimentos de uma embalagem semelhante à que é mostrada nas Figuras 15A a 15E da descrição publicada da PCT N° W095/16483. O aparelho também sela a 8
embalagem e enrola-a para obtenção de um cilindro para uso com um distribuidor do género do que é representado nas Figuras 3 a 11 de W095/16483 (ou semelhante). A embalagem compreende uma chapa formada a partir de um conjunto de cintas plásticas paralelas, cada uma das quais é ligada por dobradiças às cintas suas vizinhas e inclui uma linha de abertura. Quando a embalagem está enrolada na sua forma cilíndrica, todas as aberturas assentam sobre uma passagem helicoidal. O número de cintas e o número de abertura em cada cinta, dependem do número de doses de medicamento a ficar contidas na embalagem. A embalagem representada nas Figuras tem um total de catorze aberturas distribuídas por sete fitas, cada uma das quais tem duas aberturas. No entanto, o aparelho pode ser modificado de maneira a ser capaz de encher embalagens tendo números de aberturas diferentes.
Como referência à Figura 1, o aparelho compreende um carrossel 10 e oito posições numeradas 1 a 8 em volta da periferia deste. Quando em uso, o carrossel roda no sentido contrário ao dos ponteiros do relógio para transportar componentes que estão no carrossel para cada uma das posições de cada vez, como descrito abaixo. A Figura 4 representa uma embalagem 12 que se destina a ser enchida e selada pelo aparelho. Durante o enchimento e a selagem da embalagem 12, esta é mantido dentro do suporte 14, que é representado pormenorizadamente na Figura 5. O suporte 14 compreende uma moldura rectangular que tem uma forma tal que se prolonga à volta da periferia da embalagem 12, e que possui um canal que se prolonga ao longo da periferia interior de três dos quatro lados da moldura 12. O quarto lado, com a referência 16, incorpora uma abertura 18 através da qual a embalagem 12 pode ser inserida na moldura 14 ou retirada desta.
Quando a embalagem 12 está inserida na moldura 14, as suas margens são mantidas dentro do canal, de maneira a localizar e reter a embalagem 12 na moldura 14. 9
Fazendo referência à Figura 2, a moldura 14 e a embalagem 12 são transportadas no carrossel 10 através das posições 2-4 num bloco de suporte 19 que transporta um bloco de metal perfurado 20.
No entanto, antes de a moldura 14 e o embalagem serem colocados no suporte 19, na posição 8 aplica-se uma peça de papel de filtro 22 ao bloco 20 como é mostrado na Figura 2.
Para esta finalidade, a posição 8 inclui uma cabeça 30 que tem uma passagem central 32 que comunica com dois pés 34 e 36. A passagem 32 está ligada selectivamente a uma fonte de vácuo (não representada), e a cabeça 30 está montada sobre um êmbolo pneumático e o conjunto de cilindro 38 que é operável para levantar e baixar a cabeça 30. O êmbolo e o conjunto de cilindro 38 estão, por sua vez, suspensos de uma chapa superior 40 (Figura 1) através de meios de accionamento (não representados) operáveis para mover o conjunto 38 e deste modo a cabeça 30 radialmente em relação ao carrossel 10.
Uma bobina 42 de papel de filtro é instalada na extremidade radial externa da posição 8, que inclui um mecanismo de perfuração e cunho (não representado) para cortar o papelN de filtro à medida do comprimento. A cabeça 30, quando em uso, retira uma peça cortada de papel de filtro da extremidade radial externa da posição 8, sendo aplicado vácuo à passagem da cabeça para reter o corte 22 sobre os pés, transporta-a radialmente no sentido do interior para a posição mostrada na Figura 2, e depois baixa o papel de filtro 22 no bloco 20. O vácuo é então desligado de maneira que, quando a cabeça é levantada, o papel de filtro se mantenha sobre o bloco 20. O suporte é então transportado no carrossel 10 para a posição 1. A posição 1 tem um dispositivo de aperto pneumático que é montado sobre uma chapa superior 46 por meio de um êmbolo pneumático e de um conjunto de cilindro, que se pode mover ao longo da chapa 46.
Quando em uso, o dispositivo de aperto apanha uma embalagem, tal como a embalagem 12 que foi pré-carregada para uma moldura tal como a moldura 14, a partir de um depósito 52 na extremidade radial externa da posição 1, conduz a embalagem e a moldura para a posição representada na Figura 3 e coloca-as sobre o suporte 19 dé maneira que o papel de filtro 22 esteja em alinhamento com a embalagem 12. O dispositivo de aperto é então removido. O suporte 19, com a embalagem 12, moldura 14 e papel de filtro 22 sobre ele, é então transportado para a posição de enchimento 2 que é representada nas Figuras 5 a 11. A posição de enchimento 2 compreende um conjunto de cabeça de enchimento 59 que tem uma colecta de entrada rectangular 58 que comunica com um tubo 60 através do qual azoto pressurizado pode ser selectivamente fornecido ao colector. A tubagem 58 é vedada contra uma porção superior da moldura rectangular 62 por uma anilha tórica 64 assente num entalhe rectangular que se prolonga em à volta do topo da porção 62. A porção 62 inclui uma abertura central rectangular que acomoda um difusor 66 com a forma de bloco perfurado, uma porção de moldura rectangular periférica 67 rodeia a porção 62, e define, com a porção 62, uma abertura de saída que acomoda uma calha de entrada 70, ao longo da qual é fornecido medicamento em pó, quando em uso, a partir de um sem-fim 72 através de uma válvula 74. A porção da moldura 67 tem também uma abertura oposta à referida calha 70 para acomodar um sensor de nível ultra-sónico 76. A porção da moldura exterior 67 é vedada de encontro a uma porção inferior da moldura rectangular 68 por meio de uma anilha tórica 65 assente num entalhe periférico rectangular que se prolonga em volta do fundo da porção 67. A porção da moldura 68 inclui uma abertura num dos seus lados através da qual se prolonga estende uma haste 78. Ai extremidade da haste está ligada a uma chapa rectangular 79, cujo eixo alongado se prolonga de forma substancialmente perpendicular ao plano das Figuras 6 a 11.
Uma tremonha 80 é vedada de encontro à base da porção de moldura 68 por uma anilha tórica de vedação 82 assente num entalhe rectangular 84 no topo da tremonha 80. O fundo da tremonha 80 compreende uma chapa 81, que inclui um conjunto rectangular 11
oblíquo de catorze aberturas, uma das quais tem a referência 86, em posições das aberturas da embalagem 12. A superfície inferior da chapa 81 é formada por um conjunto de bocais cilíndricos que se prolongam na direcção descendente, por exemplo 88, 92 e 94 (Figuras 6 a 11), cada um dos quais está em alinhamento e comunica com uma respectiva abertura da chapa 81. A cabeça de enchimento 59 e a embalagem 12 podem ser baixados da posição mostrada na Figura 7 para a que é mostrada na Figura 8, na qual a chapa 81 está em contacto apertado com a embalagem 12, os furos da chapa 81 estão alinhados com as abertura da embalagem 12 e os bocais da chapa 81 prolongam-se em parte para dentro das aberturas da embalagem 12.
Medicamento pulverizado 90 pode ser introduzido na tremonha através da calha 70. O detector 74 é operável para detectar o nível do medicamento 90 na extremidade da tremonha oposta à calha 70 e, se esse nível for insuficiente, a haste 78 prolonga-se, fazendo com que a chapa 79 redistribua o medicamento 90 sobre os furos da chapa 81, como é mostrado na Figura 9. A embalagem 12 é cheia, introduzindo azoto sob pressão através do tubo 60. O azoto passa através do difusor 64 (que evita que a corrente de azoto afecte adversamente a distribuição do material em partículas 90) através do material 90, dos furos e bocais da chapa 81 e através das aberturas da embalagem 12 (Figura 10). O azoto que sai pelas aberturas da embalagem 12 passa pelo bloco 20 através do papel de filtro 22. Esta passagem de azoto empurra o medicamento em pó 90 através dos furos e bocais da chapa 81 e para dentro das aberturas da embalagem 12, enquanto o papel de filtro 22 evita que o medicamento em pó seja expelido através do fundo das aberturas de embalagem 12.
Nas Figuras 12 a 14 são ilustradas três fases durante o movimento do medicamento da tremonha 80 para a embalagem 12. O medicamento passa para dentro de cada abertura 12
da embalagem 12 de maneira a que todo o volume disponível da abertura, isto é, o volume total da abertura menos o volume do bocal que se encontra dentro dele, seja ocupado pelo pó, como mostrado na Figura 13. O fornecimento de azoto é então interrompido e a tremonha 80 e a cabeça de enchimento 59 são então levantadas. Quando a tremonha 80 não está pressurizada com azoto, o medicamento em pó que está nos bocais forma “pontes” através deles de maneira que, ao levantar a cabeça de enchimento 59, o nível de pó deixado nas aberturas da embalagem 12 é substancialmente o mesmo que o nível do fundo dos bocais, quando inseridos nas aberturas (Figura 14).
Deste modo, os bocais permitem que as aberturas da embalagem 50 contenham doses de medicamento que são de um volume menor do que o das aberturas. O volume de doses pode também ser facilmente ajustado substituindo a chapa 81 por outra chapa tendo bocais de altura diferente, ou aplicando um enchimento à parte de baixo da chapa 81 de maneira a que os bocais não se possam prolongar tanto para dentro das aberturas de uma embalagem. Além disto, a chapa 81 pode ser substituída por uma outra tendo bocais, alguns dos quais são mais altos do que os outros de maneira a prolongar-se mais para dentro da embalagem 12 do que os outros. Em tal caso, algumas aberturas da chapa 12 estariam providas de doses maiores do que outras.
Uma vez que a cabeça de enchimento 59 tenha sido levantada da embalagem 12, como mostrado na Figura 11, uma outra carga de medicamento em pó é despejada na tremonha para o próximo enchimento e, se necessário, o pó é nivelado pela chapa 79. A embalagem 12 cheia e o seu suporte 19 são então transportados pelo carrossel 10 para a posição 3 que inclui, na sua extremidade radial externa, uma bobina 100 de uma teia 102 de folha laminada (Figuras 15 - 17) e meios de alimentação (não mostrados) para alimentar folha da bobina para além de um perfurador 104 e de um cunho 106, o qual define uma abertura rectangular 105 (Figura 15). Uma cabeça de selagem 108 é posicionável de maneira a estar em alinhamento com a abertura definida pelo cunho 106 e está ligada a um êmbolo pneumático e um conjunto de cilindro (não mostrados) que é operável para levantar e baixar a cabeça 108. 13
A cabeça 108 inclui um aquecedor 110 e um certo número de pés, um dos quais está referenciado como 112, dispostos num conjunto rectangular oblíquo na parte de baixo da cabeça 108. Cada pé tem a forma de um curto cilindro oco, cujo interior comunica com uma passagem vertical respectiva, por exemplo 114. As passagens verticais, por sua vez, comunicam com uma passagem horizontal comum 116 que é selectivamente conectável a uma fonte de vácuo (não representada).
Fazendo referência à Figura 16, o perfurador 104 está também montado sobre um conjunto de cilindro de êmbolos pneumáticos (não representado) que é operável para levantar o perfurador 104, fazendo com que este corte do comprimento da folha 102 uma peça rectangular 118 que é deslocada para entrar em contacto com a cabeça 108. Quando isto acontece, a passagem 116 é ligada à fonte de vácuo, que faz com que os pés da cabeça 108 retenham a peça 118 aí presente. O rolo de folha 102 é mais largo do que a peça cortada 118 e, como resultado, quando o perfurador 104 é levado de novo para a posição representada na Figura 15, uma nova peça de folha pode ser puxada para uma posição por cima do perfurador 104 através de um conjunto de carreto (não representado) posicionado à direita dos componentes representados nas Figuras 15 e 16, que está no lado oposto destes componentes do carreto 100. O êmbolo e cilindro ligados à cabeça 108 é montado numa chapa superior 120 (Figura 15) por intermédio de um mecanismo de accionamento para mover a cabeça 108 em qualquer direcção radial. Deste modo, uma vez que o corte 118 foi ligado à cabeça 108, a última é levantada para a posição representada na Figura 17 e o meio de accionamento opera para mover a cabeça radialmente no sentido do interior para a posição representada na Figura 18, na qual é posicionada por cima da embalagem 12 que foi movida sobre o carrossel 10 para a porção interna radial da posição 3. A cabeça 108 é então baixada para cima da embalagem 12 como representado na Figura 19. A folha laminada do corte 118 tem uma camada superior (em contacto com os pés da cabeça 108) que não é substancialmente afectada pelo calor do aquecedor 110. No 14 entanto, a camada inferior do laminado é parcialmente fundida pelo calor do aquecedor 108, fazendo com que o corte 118 fique selado por calor na embalagem 12. A passagem 116 é então desligada do fornecimento de vácuo e a cabeça 108 é levantada e levada de novo para a posição representada na Figura 15, deixando a embalagem 12 com um vedante de folha laminada numa das faces.
Com referência à Figura 20, a embalagem 12 e o seu suporte 19 são então transportados para a posição 4 na qual a embalagem 12, o suporte 19 e o bloco 20 são removidos do carrossel 10 e um bloco de apoio 122 semelhante ao bloco 19 e uma chapa sólida 124, são então colocados em cima da embalagem 12 e da moldura 14. Os blocos de apoio 19 e 122 estão ligados a um mecanismo (não representado) que inverte os elementos representados na Figura 12 da maneira indicada pelas setas 126 da Figura 21 de forma que o bloco de apoio 19 e o bloco perfurado 20 passam então a ser os superiores. Os componentes representados na Figura 21 são então transportados para a posição 5 que inclui uma cabeça (não representada) que segura de forma livre o topo do bloco de apoio 19 e que tem um mecanismo de sucção que veda contra o bloco 20, para fazer com que o papel de filtro 22 fique seguro contra o bloco 20. A cabeça é então afastada da embalagem 12, levando os blocos 19 e 20 e papel 22 com ela, como é mostrado na Figura 22.
Os restantes elementos mostrados na Figura 22 são então transportados para a posição 6 que é semelhante em forma e função à posição 8, e que inclukpor conseguinte um rolo 126 de folha laminada que é alimentada a um conjunto de perfuração e cunho semelhante ao perfurador 104 e ao cunho 106. O perfurador e cunho cortam uma peça de folha laminada 130 (Figura 21), que é então aplicada a uma cabeça 128 do mesmo tipo que a cabeça 108. A cabeça 128 é montada na posição 8 por um sistema semelhante ao que é usado para montar a cabeça 108 na posição 3, de maneira que a cabeça 128 possa mover-se radialmente para a posição representada na Figura 23 na qual está directamente acima da embalagem 12. A cabeça é então baixada, selando a peça cortada de folha laminada 130 à embalagem 12.
A Figura 24 mostra a embalagem 12 na sua forma cheia e selada, ainda na sua moldura 14. Nesta forma, a embalagem 12 e a moldura 14 são alimentadas à posição 7 na qual a embalagem 12 é removida do suporte 14 e enrolada na forma de um cilindro de uma maneira semelhante ao método previamente descrito em WO 95/16483. A Figura 25 mostra a embalagem 12 e a moldura 14 depois de terem sido separadas (na posição 7) do bloco 122 e da chapa 124, e a Figura 26 representa a embalagem (cheia e selada) depois de ter sido removida da moldura 14.
Lisboa, _ 2 JUN. 2000
Américo da Silva Carvalho
Asenls OPtíú ita **&**!*>. industrial R. Castilho, 20! -i' £ - tvft LISBOA Telefs. 38513 39 - 3354613
Claims (17)
- REIVINDICAÇÕES 1. Método para a introdução cada uma de uma pluralidade de doses de material em partículas num compartimento respectivo de uma embalagem (12), incluindo os passos de: - inserir uma protuberância respectiva (92) em cada compartimento de maneira a reduzir a sua capacidade; - encher cada compartimento com o referido material em partículas, com a respectiva protuberância (92) inserida no referido compartimento e remover ás referidas protuberâncias (92), em que o volume de cada dose de material é menor do que o do seu respectivo compartimento, caracterizado pelo facto de a embalagem (12) incluir uma chapa (81) tendo uma pluralidade de aberturas (18), cada uma das quais constitui um compartimento respectivo e de as aberturas (18) serem cheias mediante os passos que consistem posicionar a chapa (81) sobre um leito poroso (22) com as aberturas (18) em comunicação com um reservatório (86) de material em partículas; aplicar pressão gasosa ao reservatório de maneira a transferir material em partículas do reservatório (86) para as aberturas (18) sendo a porosidade do leito tal que permita a passagem de gás mas evite que o material em partículas passe através das aberturas (18) e se escape da parte de baixo da chapa (81).
- 2. Método de acordo com a reivindicação 1, no qual cada protuberância (92) compreende uma conduta que é inserida em parte no respectivo compartimento e através da qual o referido material em partículas é introduzido no referido compartimento.
- 3. Método de acordo com a reivindicação 2, no qual a distância ao longo da qual cada conduta pode ser inserida no seu respectivo compartimento é determinada por meios de encosto que encaixam com as porções da embalagem (12) em volta da entrada para o compartimento a fim de evitar uma inserção excessiva. 2
- 4. Método de acordo com qualquer das reivindicações precedentes, no qual a aplicação de pressão gasosa envolve passar um gás através do reservatório (86), das aberturas (18) e do leito poroso (22).
- 5. Método de acordo com qualquer das reivindicações precedentes, no qual o leito compreende uma chapa de base perfurada e uma folha de material finamente poroso, por exemplo papel de filtro (22), interposta, quando em uso, entre a chapa de base e a embalagem (12).
- 6. Método de acordo com qualquer das reivindicações precedentes,. no qual as aberturas (18), uma vez cheias, são vedadas de maneira que cada dose fique encapsulada na sua respectiva abertura (18). t
- 7. Método de acordo com a reivindicação 6, no qual a referida vedação é conseguida ligando uma folha respectiva de material a cada face da chapa (81).
- 8. Método de acordo com a reivindicação 7, no qual a embalagem (12) é vedada ligando uma folha de matérial à face superior da chapa enquanto a chapa (81) é apoiada sobre um suporte para evitar a fuga de material das aberturas (18), invertendo a chapa, e o suporte, removendo o suporte para expor a face oposta da chapa (81), que passa então a ser a face superior e ligando uma folha de material à referida face oposta.
- 9. Método de acordo com a reivindicação 8, no qual o suporte compreende o leito poroso (22).
- 10. Método de acordo com qualquer das reivindicações 7 a 9, no qual o material de folha que veda as aberturas (18) compreende uma folha laminada que é ligada ao corpo sendo selada a este a quente.
- 11. Método de acordo com qualquer das reivindicações precedentes, no qual a chapa é flexível, e inclui os passos de enrolar ou de modo a conferir à chapa (81) a forma de cilindro uma vez que esta esteja cheia, de outra maneira.
- 12. Método de acordo com a reivindicação 11, no qual a embalagem (12) é retida na sua configuração cilíndrica aplicando uma tampa anular à extremidade deste.
- 13. Método de acordo com a reivindicação 11 com a reivindicação 12, no qual a chapa compreende um conjunto de cintas planas alongadas e substancialmente rígidas, cujos pares adjacentes são dobráveis mutuamente, de maneira a que as cintas estejam substancialmente paralelas ao eixo do cilindro da embalagem acabada (12).
- 14. Método de acordo com qualquer das reivindicações precedentes, no qual o material em partículas compreende um medicamento em pó (90).
- 15. Aparelho para introduzir uma dose respectiva de material em partículas em cada um de uma pluralidade de compartimentos de uma embalagem (12), compreendendo um reservatório (86) para o referido material em partículas, meios de conduta (81, 92, 94) para transportam o material em partículas do reservatório (86) para os compartimentos quando estes últimos estão em alinhamento com os meios de conduta (81, 92, 94) e uma pluralidade de protuberâncias (92), sendo cada uma inserível temporariamente num respectivo compartimento a fim de reduzir a capacidade disponível do compartimento, de maneira que o volume de cada dose seja menor do que o do compartimento no qual esta está contida, caracterizado pelo facto de a embalagem (12) compreender uma chapa (81) que tem uma pluralidade de aberturas (18) cada uma das quais constitui um compartimento respectivo e o aparelho compreender meios de aplicação de pressão gasosa ao reservatório (86) de maneira a transferir material em partículas do reservatório (86) para as aberturas (18) e um leito poroso (22) para suportar a chapa (81) durante a referida transferência, sendo a porosidade do leito tal que permita a passagem (116) de gás enquanto evita que material em partículas passe através das aberturas (18) e se escape da parte de baixo da chapa (81).
- 16. Aparelho de acordo com a reivindicação 15, no qual as protuberâncias (92) fazem parte dos meios de condução (81, 92, 94) e compreendem uma pluralidade de condutas, cada uma das quais é inserível em parte num compartimento respectivo. 4
- 17. Aparelho de acordo com a reivindicação 16, no qual o aparelho é preparado para encher uma embalagem (12) que compreende uma chapa (81), projectando-se as condutas a partir de uma chapa de enchimento que, quando em uso, encaixa na embalagem (12) para limitar a distância em que as condutas podem ser inseridas nos compartimentos. Lisboa, - 2 M, 2000Américo da Silva Carvalho Aoente Oficte! <fc Fr-s- >x,·.... .tf ijiria! Aoente Oficie! dç frvnu..· ró «siriaí K.Castiiiic, 2'Ji -s.* t. · i.íáSOA Telefs. 385 1339 - 3354613
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