PT2266584E - Composição com estrôncio e vitamina d para a profilaxia/tratamento de patologias da cartilagem e/ou do osso - Google Patents

Composição com estrôncio e vitamina d para a profilaxia/tratamento de patologias da cartilagem e/ou do osso Download PDF

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PT2266584E
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vitamin
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Christian Hansen
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Osteologix As
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Description

1
DESCRIÇÃO
"COMPOSIÇÃO COM ESTRÔNCIO E VITAMINA D PARA A PROFILAXIA/TRATAMENTO DE PATOLOGIAS DA CARTILAGEM E/OU DO OSSO"
Campo da Invenção A presente invenção refere-se a um tratamento combinado, onde um composto contendo estrôncio, juntamente com uma ou mais substâncias ativas capazes de reduzir a incidência de fraturas ósseas e/ou de aumentar a densidade óssea e/ou de melhorar a consolidação de ossos fraturados são administrados no tratamento e/ou profilaxia de patologias da cartilagem e/ou do osso.
Antecedentes da Invenção A osteoporose é a causa mais comum de doença óssea metabólica em humanos. Consiste numa patologia que afeta um grande número de pessoas em todo o mundo, e à medida que o número de idosos, se prevê, venha a aumentar dramaticamente nas próximas décadas na maioria dos paises, a prevalência e o impacto da osteoporose também irão aumentar. Esta doença é caracterizada patologicamente pela diminuição absoluta da quantidade de massa óssea e da qualidade estrutural do osso, e clinicamente pelo aumento da suscetibilidade a fraturas. Na verdade, a osteoporose é a mais significativa causa básica de fraturas esqueléticas em mulheres de meia-idade avançada e idosas.
Em geral, existem dois tipos de osteoporose: primária e secundária. A osteoporose secundária é o resultado de um processo ou agente conhecido de doença. No entanto, aproximadamente 90% de todos os casos de osteoporose são casos de osteoporose primária idiopática. Estes casos de osteoporose primária incluem osteoporose pós-menopausa, 2 osteoporose associada à idade (afetando a maioria dos indivíduos com idades acima de 70 e 80) e osteoporose idiopática que afeta homens e mulheres de meia-idade e mais j ovens.
Crê-se que o mecanismo de perda óssea na osteoporose envolve um desequilíbrio no processo de remodelação óssea. A remodelação óssea ocorre durante a vida, renovando o esqueleto e mantendo a robustez do osso. Esta remodelação é mediada por células especializadas do tecido ósseo denominadas de "osteoclastos" e "osteoblastos". Os osteoclastos (células que dissolvem ou reabsorvem osso) são responsáveis pela reabsorção de uma porção de osso no interior da matriz óssea, durante o processo de reabsorção. Após a reabsorção, aos osteoclastos segue-se o aparecimento de osteoblastos (células produtoras de osso) que depois preenchem, a porção reabsorvida, com novo osso. A formação dos dois tipos de células, bem como a sua atividade no osso, é habitualmente fortemente acoplada e bem regulada, com vista a manter o balanço esquelético e a integridade estrutural dos ossos. No entanto, em pessoas com osteoporose é desenvolvido um desequilíbrio neste processo de remodelação, resultando em perda de osso a uma taxa mais rápida do que o acréscimo de osso. O fator de risco mais importante para a osteoporose é a deficiência de estrogénio que ocorre normalmente durante a menopausa. 0 declínio na produção de estrogénio endógeno leva a uma atividade metabólica elevada no tecido ósseo onde o aumento na reabsorção de osso mediada por osteoclastos supera o aumento mais modesto na formação de osso, resultando numa perda líquida de osso. O número efetivo de pessoas afetadas irá crescer a uma taxa maior do que a simples taxa de crescimento populacional, porque o 3 envelhecimento da população está a aumentar desproporcionalmente o segmento mais velho da população, enquanto que a idade para o aparecimento da menopausa tem permanecido constante. Nas últimas décadas tem havido também um avanço substancial na capacidade de prever e monitorizar a osteoporose, uma vez que os métodos para a quantificação da Densidade Mineral Óssea (DMO) melhoraram e novos marcadores bioquímicos específicos de reabsorção e formação óssea foram desenvolvidos e disponibilizados para uso clinico rotineiro. Novos agentes farmacêuticos para o tratamento e/ou prevenção da osteoporose foram também desenvolvidos. A maioria destes tratamentos baseiam-se ou na substituição do estrogénio endógeno perdido, na forma de terapia de substituição hormonal (TSH) ou de moduladores de recetores de estrogénio seletivos (MRES) , ou pertencem à classe de compostos chamada de bifosfonatos. Os MRES e especialmente a TSH estão associados a efeitos secundários significativos tal como o risco acrescido de cancro e doença cardiovascular, enquanto os bifosfonatos, em adição a um potente efeito anti-reabsortivo, diminuem na mesma medida a formação de osso, o que implica que percam o seu efeito terapêutico após alguns anos de tratamento. Assim, existe uma necessidade de agentes que sejam eficazes no tratamento e/ou profilaxia da osteoporose.
Sorbera et al, "Drugs of the future", Vol. 28, N°. 4, 01.04.2003 divulga uma combinação ranelato de estrôncio/Vitamina D.
Descrição da Invenção
Tal como permitido pela presente invenção, para o tratamento e/ou profilaxia de doenças da cartilagem e/ou osso e/ou patologias que resultem numa desregulação do metabolismo da cartilagem e/ou osso num mamifero, tal como, por exemplo, um humano adulto fêmea ou macho, adolescente 4 ou criança, tais como, por exemplo, osteoporose, osteoartrite, osteopetrose, osteopenia e doença de Paget, hipercalcemia de malignidade, doença periodontal, hiperparatiroidismo, erosões periarticulares em artrite reumatoide, osteodistrofia, miosite ossificans, doença de Bechterew, hipercalcemia maligna, lesões osteoliticas produzidas por metástases ósseas, dor óssea devido a metástases ósseas, perda óssea devido a deficiência de hormona sexual esteroide, anomalias ósseas devido a tratamento com hormona esteroide, anomalias ósseas causadas por terapêuticas oncológicas, osteomalacia, doença de Bechet, hiperosteose, doença óssea metastática, osteopenia ou osteoporose induzidas por imobilização, ou osteopenia ou osteoporose induzidas por glucocorticoides, sindrome de osteoporose-pseudoglioma, osteoporose juvenil idiopática, para a melhoria da consolidação óssea após fratura traumática ou atraumática, os presentes inventores descobriram que a administração de a) um composto contendo estrôncio e b) uma vitamina D capaz de reduzir a incidência de fraturas ósseas e/ou de aumentar a densidade mineral óssea e/ou melhorar a consolidação de osso fraturado tem valor profilático e/ou terapêutico quando um ou mais dos seguintes efeitos benéficos podem ser obtidos: i) melhoramento da biodisponibilidade de a) e/ou b) em comparação com a administração de apenas a) ou apenas b) nas mesmas doses, ii) melhoramento de um ou mais parâmetros farmacocinéticos de a) e/ou b) em comparação com a administração de apenas a) ou apenas b) nas mesmas doses, iii) obtenção de um efeito sinergético ou aditivo de a) e b) em comparação com a administração de apenas a) ou apenas b) nas mesmas doses. 5
Consequentemente, a presente invenção diz respeito a uma composição farmacêutica compreendendo a) um composto contendo estrôncio e b) uma vitamina D conjuntamente com um ou mais excipientes fisiologicamente aceitáveis, onde o composto contendo estrôncio é selecionado do grupo compreendendo succinato de estrôncio, L-aspartato de estrôncio, L-glutamato de estrôncio, piruvato de estrôncio, α-cetoglutarato de estrôncio, maleato de estrôncio e misturas deles derivadas. A presente invenção também diz respeito a um composto contendo estrôncio e uma vitamina D para o uso no tratamento e/ou profilaxia de doença de cartilagem e/ou osso e/ou patologias que levem a uma desregulação do metabolismo da cartilagem e/ou osso num mamífero em que o mamífero é um humano adulto fêmea ou macho, adolescente ou criança, e onde a doença de cartilagem e/ou osso e/ou patologias são selecionadas de osteoporose, osteoartrite, osteopetrose, osteopenia e doença de Paget, hipercalcemia de malignidade, doença periodontal, hiperparatiroidismo, erosões periarticulares em artrite reumatoide, osteodistrofia, miosite ossificans, doença de Bechterew, hipecalcemia maligna, lesões osteolíticas produzidas por metástases ósseas, dor óssea devido a metástases ósseas, perda óssea devido a deficiência de hormona sexual esteroide, anomalias ósseas devido a tratamento com hormona esteroide, anomalias ósseas causadas por terapêuticas oncológicas, osteomalacia, doença de Bechet, hiperostose, doença óssea metastática, osteopenia ou osteoporose induzidas por imobilização, ou osteopenia ou osteoporose induzidas por glucocorticoides, síndrome de osteoporose-pseudoglioma, osteoporose juvenil idiopática, para a melhoria da consolidação óssea após fratura traumática ou atraumática, e para a manutenção ou aumento de nível de energia, para aumentar ou reforçar tecidos musculares e 6 para ganho de peso, onde o composto contendo estrôncio é selecionado do grupo compreendendo succinato de estrôncio, L-aspartato de estrôncio, L-glutamato de estrôncio, piruvato de estrôncio, α-cetoglutarato de estrôncio, maleato de estrôncio e misturas deles derivadas.
No presente contexto, o termo "biodisponibilidade" é uma medida de quantidade de uma substância ativa individual que entra na circulação sistémica a partir de uma composição especifica administrada através de uma via de administração especifica. Na prática, a biodisponibilidade é determinada como a área abaixo da curva concentração plasmática versus tempo após a administração a um sujeito. No presente contexto, um melhoramento na biodisponibilidade significa que a biodisponibilidade (i.e. a área abaixo da curva) aumenta.
Num método de acordo com a invenção, a administração de a) e b) em combinação pode levar a um melhoramento da biodisponibilidade de a) e/ou b) de 10% ou mais, tal como, por exemplo 15% ou mais, 20% ou mais, 25% ou mais, 30% ou mais, 40% ou mais, 50% ou mais, 60% ou mais, 70% ou mais ou 80% ou mais, em comparação com a administração de apenas a) ou apenas b) nas mesmas doses.
No presente contexto, o termo "parâmetros farmacocinéticos" inclui parâmetros relevantes para a curva concentração versus tempo tal como, por exemplo, concentração no pico (Cmax) , absorção (por exemplo, taxa de absorção) , tempo para obter a concentração no pico (tmax) t distribuição (por exemplo, volume de distribuição ou distribuição por tecidos específicos), metabolismo (por exemplo, efeito de primeira passagem), eliminação (por exemplo, taxa de eliminação) e excreção. No presente contexto, um melhoramento em um ou mais parâmtetros farmacocinéticos significa qualquer 7 mudança que leve a um melhoramento da profilaxia e/ou do tratamento de um sujeito. Por exemplo, se para uma substância ativa especifica for desejado um efeito rápido e a taxa de absorção desta substância ativa for muito lenta (o que significa que o efeito é exercido num período de tempo relativamente longo após a toma da droga), então um melhoramento seria aumentar a taxa de absorção.
Num método permitido de acordo com a invenção, a administração de a) e b) em combinação pode levar a um melhoramento em pelo menos um parâmetro selecionado de um grupo composto por taxa de absorção, tempo para obter a concentração no pico (tmax) , concentração no pico (Cmax) , curva concentração versus tempo, volume de distribuição ou distribuição por tecidos específicos, taxa de metabolismo, taxa de eliminação e taxa de excreção.
No presente contexto, o termo "redução na frequência de efeitos secundários" significa que quaisquer efeitos secundários prejudiciais observados em ensaios clínicos utilizando o tratamento com os compostos a) e b) são menos frequentes do que se o tratamento fosse realizado utilizando apenas o composto a) ou b).
Um "efeito secundário prejudicial" é uma resposta a uma droga que é nociva e não intencional e que ocorre a doses normalmente utilizadas no homem para a profilaxia, diagnóstico ou terapia de doença ou para a modificação da função fisiológica.
No presente contexto, o termo "redução na magnitude dos efeitos secundários" significa que a magnitude medida e/ou frequência de qualquer efeito secundário mensurável é reduzida.
Como acima mencionado, a administração de a) e b) pode levar a um efeito aditivo ou sinergético. Um efeito aditivo verifica-se tipicamente se o efeito obtido corresponde à "soma" dos efeitos obtidos se a) e b) fossem administrados individualmente, enquanto que um efeito sinergético se verifica se o efeito obtido é maior do que a soma dos efeitos obtidos se a) e b) fossem administrados individualmente. Ambas as situações são vantajosas no sentido em que pode ser possível obter um efeito suficiente utilizando uma quantidade menor de a) e/ou b).
Consequentemente, num método descrito de acordo com a invenção, a administração de a) e b) em combinação pode levar a uma redução da dose diária de a) e/ou b) exigida para a obtenção de um efeito profilático ou terapêutico em comparação com as doses diárias de apenas a) ou apenas b) que são necessárias para a obtenção do mesmo ou de quase o mesmo efeito.
Mais especificamente, num método permitido de acordo com a invenção, a quantidade de a) e/ou b) administrados em combinação poderá ser reduzida em 10% ou mais, tal como, por exemplo 15% ou mais, 20% ou mais, 25% ou mais, 30% ou mais, 40% ou mais, 50% ou mais, 60% ou mais, ou 75% ou mais. O a) componente de estrôncio e as b) substâncias de vitamina D podem ser administrados utilizando qualquer regime adequado de dosagem ajustado às substâncias ativas utilizadas e à condição a ser prevenida e/ou tratada. A invenção também permite um método, em que a) e b) podem ser administrados como uma única composição. A invenção também diz respeito a outro método onde a) e b) podem ser administrados como composições separadas. Se mais do que 9 uma substância ativa b) forem administradas, estas poderão ser administradas como uma única composição ou como composições diferentes. A invenção permite ainda um método onde a administração de a) e b) acontece simultaneamente ou sequencialmente.
Embora o estrôncio e a outra ou outras substâncias ativas possam ser administrados sequencialmente, por exemplo dentro de um intervalo de tempo de várias horas, são considerados igualmente como sendo parte do mesmo tratamento.
Estrôncio
Estudos anteriores demonstraram que vários compostos de estrôncio modulam a perda óssea na osteoporose quando presentes a niveis superiores àqueles exigidos para uma fisiologia celular normal. Crê-se que o efeito se deve a um efeito estimulador do estrôncio na maturação, migração e atividade das células pré-osteoblásticas e a uma inibição direta ou mediada pela matriz da atividade osteoclástica pelo estrôncio (Reginster, JY, Curr pharm Des 2002:8 (21):1907-16). Por outras palavras, o estrôncio atua simultaneamente como um agente anti-absortivo e anabólico. Vários sais de estrôncio são conhecidos do estado da arte, tais como, por exemplo, ranelato de estrôncio (sal de diestrôncio de 2-[N,N-di(carboximetil)amino]-3-ciano-4-carboximetiltiofeno-5-ácido carboxilico) descrito em EP-B 0 415 850. É pouco provável que a parte do ranelato do composto de estrôncio, derivada de ácido ranélico, tenha por si só algum efeito terapêutico nas patologias de cartilagem e osso. Outros sais de estrôncio conhecidos são, por exemplo, o tartarato de estrôncio, o fosfato de estrôncio, o carbonato de estrôncio, o nitrato de 10 estrôncio, o sulfato de estrôncio, e o cloreto de estrôncio.
Os seguintes sais de estrôncio de ácidos orgânicos e inorgânicos podem ser utilizados num método tal como o descrito acima. Os sais podem estar na forma hidrato, anidro, solvato, polimorfo, amorfo, cristalino, microcristalino, ou poliméricos. Numa forma de realização da invenção apenas isótopos não-radioativos de estrôncio são utilizados.
Alguns dos sais de estrôncio conhecidos (por exemplo hidrocloreto de estrôncio) têm uma solubilidade em água muito grande. Independentemente da sua solubilidade em água, esses sais de estrôncio podem ser utilizados no tratamento de combinação da invenção. No entanto, numa forma de realização especifica da invenção, a solubilidade em água do sal de estrôncio é no seu máximo de cerca de 200 g/L tal como, por exemplo, no seu máximo de cerca de 150 g/L, no seu máximo de cerca de 100 g/L, no seu máximo de cerca de 75 g/L, no seu máximo de cerca de 50 g/L, no seu máximo de cerca de 25 g/L, no seu máximo de cerca de 10 g/L, no seu máximo de cerca de 5 g/L, no seu máximo de cerca de 2,5 g/L ou no seu máximo de cerca de 1 g/L à temperatura ambiente (20-25°C).
Nesses casos onde por exemplo um sal de estrôncio tendo uma solubilidade de no máximo 1 g/L, os presentes inventores mostraram que é possivel atrasar o surgimento do pico da concentração, i.e., a própria substância ativa poderá contribuir para a libertação retardada do ião de estrôncio. Isto poderá proporcionar uma intervenção terapêutica e/ou profilática numa doença metabólica do osso de acordo com a invenção, uma vez que proporcionará um efeito fisiológico sustentado. Especialmente no caso de o tratamento ser dado 11 à noite, poderá ser vantajoso haver uma libertação sustentada do ião de estrôncio ativo, uma vez que isto permitirá ao estrôncio exercer o seu efeito anti-absortivo ao longo da noite, que é quando a absorção óssea é mais ativa. Assim, é esperado que a libertação sustentada de iões de estrôncio durante a noite tenha o maior efeito fisiológico.
Além disso, numa forma de realização especifica da invenção, o sal de estrôncio para uso de acordo com a invenção poderá ser solúvel em água, tendo uma solubilidade em água de pelo menos 1 g/L, tais como, por exemplo, pelo menos 5 g/L, pelo menos 10 g/L, pelo menos 20 g/L, pelo menos 30 g/L, pelo menos 40 g/L, pelo menos 50 g/L, pelo menos 60 g/L, pelo menos 70 g/L, pelo menos 80 g/L, pelo menos 90 g/L ou pelo menos 100 g/L medidos à temperatura ambiente, i.e., à temperatura de 20-25 °C. Um sal de carboxilato de estrôncio mais solúvel em água pode resultar em importantes beneficios fisiológicos para uma utilização médica de acordo com a invenção. Em primeiro lugar, nós determinámos que tais sais, devido às propriedades intrínsecas de alcalinidade do ião de estrôncio, elevam o pH quando solubilizados em meio aquoso, como o suco gástrico do estômago. Assim, quando administrado em combinação com outros agentes medicinais de acordo com a presente invenção, tais como bifosfonatos, que se sabe estarem associados a eventos gastro-intestinais (GI) adversos, o sal de estrôncio irá ter um efeito benéfico e servir para a prevenção ou redução da ocorrência de eventos GI adversos. Em segundo lugar, uma solubilização mais rápida do ião de estrôncio poderá resultar numa maior disponibilidade do ião livre de estrôncio para captação pelo mecanismo de transporte ativo presente na parte superior do intestino. É sabido que o estrôncio é captado pelos mesmos dois tipos de mecanismo que o cálcio, um 12 mecanismo de transporte ativo no duodeno e no jejuno superior, que ocorre através das células epiteliais onde canais iónicos distintos medeiam a captação. A forma de transporte ativa é saturável e este mecanismo é dominante quando doses de estrôncio de 0,5 g ou menos são administradas a um sujeito humano adulto. Este processo envolve três grandes passos: entrada através da borda em escova mediada por uma estrutura molecular denominada de CaTl; difusão intracelular, largamente mediada pela proteina citosólica que liga ao cálcio calbindina D (ou CaBP); e extrusão para a circulação, mediada em grande parte pela ATPase de cálcio. O mecanismo de transporte ativo de cálcio é apenas capaz de captar estrôncio iónico na sua forma livre não complexada. O mecanismo passivo de transporte de estrôncio, que ocorre ao longo do trato digestivo, é para-celular. O mecanismo de transporte passivo é basicamente insaturável. Assim, a utilização de sais de estrôncio mais solúveis em água de acordo com a presente invenção poderá resultar numa biodisponibilidade de estrôncio mais alta uma vez que uma fração maior da forma iónica livre de estrôncio pode ser rapidamente captada se o sal se dissociar completamente já no estômago. O ácido orgânico para fazer o sal de estrôncio poderá ser selecionado do grupo compreendendo ácido maléico, ácido L-aspártico, ácido L-glutâmico, ácido alfa-cetoglutárico, ácido pirúvico, ácido sucinico.
Assim, exemplos específicos de sais de estrôncio para utilização de acordo com a invenção são o succinato de estrôncio, aspartato de estrôncio na forma L, glutamato de estrôncio na forma L, piruvato de estrôncio, maleato de estrôncio e misturas deles derivadas. Todos os outros sais de estrôncio aqui discutidos são apenas exemplos de referência. 13 Síntese de sais de estrôncio
Sais orgânicos de estrôncio de aniões de ácidos carboxilicos podem ser sintetizados de diferentes formas. Um método convencional para a preparação de tais sais de estrôncio consiste na utilização da reação entre um ácido orgânico e hidróxido de estrôncio em solução aquosa. Esta reação de neutralização de, por exemplo, ácido fumárico e hidróxido de estrôncio segue o seguinte esquema:
Sr2+ (aq) +20HT (aq) +HOOCCHCHCOOH (aq) -> Sr (OOCCHCHCOO) (aq) +2H20 (1) A suspensão de fumarato de estrôncio dissolvido pode ser então induzida a precipitar por sublimação da água e subsequente sobre-concentração do sal. Lentamente, ir-se-ão formar e precipitar cristais a partir da solução.
Uma estratégia alternativa consiste na utilização do sal de sódio ou potássio do anião de ácido carboxilico mais adequado e cloreto de estrôncio. Uma vez que todos os sais orgânicos de estrôncio serão menos solúveis do que o altamente solúvel sal de cloreto, o sal orgânico de estrôncio irá precipitar nestas condições, deixando NaCl e excesso de SrCl2 na solução. A equação abaixo exemplifica este esquema da reação utilizando a reação entre SrCl2 e fumarato de sódio como exemplo:
Sr*(aq) + 2CT (aq) + 2Na+(aq) + CSfit(aq)^ Sr(OOOCl]CHOOO) (aq) +C1 (aq) + Na+(aq)
Os presentes inventores descobriram que diferentes sais de estrôncio requerem diferentes vias de síntese e para alguns sais de estrôncio foram identificados procedimentos de síntese e fabrico otimizados. De particular relevância para a presente invenção foi a descoberta que a síntese de sais de estrôncio dos aminoácidos dicarboxílicos aspartato e glutamato (em qualquer uma das formas D- ou L-) é muito 14 difícil quando se segue estes caminhos de reação convencionais, e normalmente resultam em baixos rendimentos e pureza do sal cristalino obtido. De maneira a facilitar o fabrico em larga escala de sais de estrôncio de aminoácidos dicarboxílicos puros para realizar o uso farmacêutico de acordo com a presente invenção, os presentes inventores estudaram várias vias de síntese destes sais de estrôncio em particular. Assim, foi descoberto de forma surpreendente que a síntese de glutamato de estrôncio bem definido e puro, na sua forma hexa-hidratada, é mais convenientemente realizada com o ácido livre de glutamato e hidróxido de estrôncio e requer elevadas temperaturas, tais como temperaturas acima de 80°C, ou preferencialmente acima de 100°C ou até 120° ou preferencialmente acima de 130°C (ver exemplos 4-6) . Além disso, descobrimos que a adição de pequenos volumes de álcool pode acelerar a formação de cristais de sais orgânicos de estrôncio dissolvidos em soluções aquosas. Exemplos destes procedimentos de síntese para sais orgânicos de estrôncio relevantes para o tratamento e/ou profilaxia de doenças ósseas são fornecidos nos exemplos presentes. Cálcio
Um exemplo de uma outra substância ativa a ser administrada como parte da mesma profilaxia e/ou tratamento do estrôncio é o cálcio. O cálcio é o mineral mais abundante no corpo e um constituinte importante dos ossos e dentes como fosfato de cálcio e carbonato de cálcio. O cálcio é também essencial na troca intra- e extracelular de fluidos, na coagulação do sangue e na manutenção de um batimento cardíaco regular. É também importante na iniciação das funções neuromusculares e metabólicas. A maioria do cálcio no corpo está armazenado nos ossos. 15
Assim, o cálcio é um importante participante em muitos processos no corpo e a administração do cálcio poderá ter um efeito terapêutico e/ou profilático em muitas das doenças acima mencionadas.
Assim, a presente invenção diz respeito a um método onde uma quantidade de estrôncio e uma quantidade de cálcio podem ser administradas a um sujeito com necessidade delas e onde a relação de peso entre a quantidade de estrôncio e a quantidade de cálcio é desde cerca de 0,05 a cerca de 4, tal como, por exemplo, desde cerca de 0,06 a cerca de 2, desde cerca de 0,1 a cerca de 2, desde cerca de 0,15 a cerca de 1, desde cerca de 0,2 a cerca de 1, desde cerca de 0,3 a cerca de 1, desde cerca de 0,5 a cerca de 1 e desde cerca de 0,6 a cerca de 1. A dose diária de estrôncio poderá ser desde acerca de 0,01 g, tal como, por exemplo, pelo menos cerca de 0,025 g, pelo menos cerca de 0,050 g, pelo menos cerca de 0,075 g, pelo menos cerca de 0,1 g, pelo menos cerca de 0,2 g, pelo menos cerca de 0,3 g, pelo menos cerca de 0,4 g ou pelo menos cerca de 0,5 g ou desde cerca de 0,01 a cerca de 2 g tal como, por exemplo, desde cerca 0,1 a cerca de 2 g, desde cerca 0,1 a cerca de 1 g, desde cerca 0,15 a cerca de 0,5 g, desde cerca 0,3 a cerca de 2 g ou desde cerca 0,3 a cerca de 1 g. A dose diária de cálcio poderá ser desde acerca de 0,01 g, tal como, por exemplo, pelo menos cerca de 0, 025 g, pelo menos cerca de 0,050 g, pelo menos cerca de 0,075 g, pelo menos cerca de 0,1 g, pelo menos cerca de 0,2 g, pelo menos cerca de 0,3 g, pelo menos cerca de 0,4 g ou pelo menos cerca de 0,5 g ou desde cerca de 0,01 a cerca de 2 g tal como, por exemplo, desde cerca 0,1 a cerca de 2 g, desde 16 cerca 0,5 a cerca de 2 g, desde cerca 0,5 a cerca de 1 g ou desde cerca 1 a cerca de 1,5 g. A administração do componente de estrôncio e do cálcio poderão ter lugar simultaneamente, ou em forma de administração túnica ou em forma de administração separada para administração simultânea como descrito acima.
Em alternativa o componente de estrôncio e o cálcio poderão ser administrados sequencialmente.
Estudos mostraram que o cálcio é um agonista completo do recetor sensivel ao cálcio extracelular (CaR). Embora o papel do CaR na regulação das células ósseas não esteja totalmente investigado, é aparente que o estrôncio e o cálcio poderão exercer o seu efeito no metabolismo ósseo através do mesmo recetor. Além disso, é sabido que o estrôncio e o cálcio são captados do lúmen intestinal pelos mesmos mecanismos de transporte, dos quais o mecanismo de transporte ativo encontrado no duodeno e jejuno superior é o mais importante. Como este mecanismo de transporte é saturável e tem preferência pelo cálcio em relação ao estrôncio, a captação de estrôncio do lúmen intestinal será reduzida se o cálcio estiver presente ao mesmo tempo.
Assim, poderá ser benéfico não administrar o componente contendo estrôncio e o cálcio ao mesmo tempo.
Num aspeto da presente invenção, o cálcio poderá ser administrado após a administração do estrôncio, i.e. a invenção diz respeito a um método onde o cálcio é administrado pelo menos 0,5 h tal como, por exemplo, pelo menos 1 h, pelo menos 2 h, pelo menos 3 h, pelo menos 4 h, pelo menos 5 h, pelo menos 6 h, pelo menos 7 h, pelo menos 8 h, pelo menos 9 h, pelo menos 10 h, pelo menos 11 h ou 17 pelo menos 12 h após a administração do componente de estrôncio.
Num outro aspeto, o cálcio poderá ser administrado antes da administração do estrôncio, i.e. a invenção diz respeito a um método onde o cálcio é administrado pelo menos 0,5 h tal como, por exemplo, pelo menos 1 h, pelo menos 2 h, pelo menos 3 h, pelo menos 4 h, pelo menos 5 h, pelo menos 6 h, pelo menos 7 h, pelo menos 8 h, pelo menos 9 h, pelo menos 10 h, pelo menos 11 h ou pelo menos 12 h antes da administração do componente de estrôncio.
Vitamina D
Outro exemplo de uma substância ativa adicional a ser administrada como parte do mesmo tratamento e/ou profilaxia que o estrôncio é a vitamina D. A vitamina D tem um papel fundamental na absorção de cálcio uma vez que a vitamina D3 (1,25-dihidroxicolecalciferol) ativada e, até certo ponto, outras formas ativas de vitamina D, aumenta a absorção de cálcio do intestino delgado. A vitamina D3 aumenta a entrada de cálcio através da membrana plasmática nos enterócitos e é capaz de reduzir a excreção de cálcio para a urina através do aumento da reabsorção de cálcio nos rins. Muito provavelmente, a vitamina D tem o mesmo efeito na absorção do estrôncio como o que tem na absorção de cálcio. A vitamina D é ativada, por exemplo, no figado e nos rins. Altos niveis de cálcio têm um efeito redutor na ativação da vitamina D e altos niveis de estrôncio irão provavelmente ter o mesmo efeito que o cálcio na ativação da vitamina D.
Assim, a administração de uma quantidade de vitamina D em conjunto com um composto contendo estrôncio de acordo com 18 esta invenção irá provavelmente ter um efeito benéfico na captação de estrôncio.
Desta forma, a invenção diz respeito a um método de acordo com a invenção que compreende a administração de uma quantidade de estrôncio e de uma quantidade de vitamina D a um sujeito com necessidade destes compostos. A dose diária de estrôncio administrada poderá ser pelo menos 0,01 g, tal como, por exemplo, pelo menos cerca de 0,025 g, pelo menos cerca de 0,050 g, pelo menos cerca de 0,075 g, pelo menos cerca de 0,1 g, pelo menos cerca de 0,2 g, pelo menos cerca de 0,3 g, pelo menos cerca de 0,4 g ou pelo menos cerca de 0,5 g ou desde cerca de 0,01 até cerca de 2 g tal como, por exemplo, desde cerca de 0,1 até cerca de 2 g, desde cerca de 0,1 até cerca de 1 g, desde cerca de 0,15 até cerca de 0,5 g, desde cerca 0,3 g até cerca de 2 g ou desde cerca de 0,3 até cerca de 1 g.
Sabe-se que a vitamina D3 é ativa na profilaxia e/ou tratamento de patologias de cartilagem e/ou osso. Desta forma, num método de acordo com a invenção, a vitamina D é vitamina D3 e o rácio de peso entre a quantidade de estrôncio e a quantidade de vitamina D3 é de cerca de 200 até cerca de 2.000.000, tal como, por exemplo, desde cerca de 300 até cerca de 1.500.000, desde cerca de 400 até cerca de 1.000.000, desde cerca de 500 até cerca de 750.000, desde cerca de 500 até cerca de 500.000, desde cerca de 500 até cerca de 200.000, desde cerca de 1000 até cerca de 100.000, desde cerca de 2000 até cerca de 60.000, desde cerca de 3000 até cerca de 50.000, desde cerca de 5000 até cerca de 30.000, desde cerca de 7500 até cerca de 25.000, desde cerca de 10.000 até cerca de 20.000 ou desde cerca de 10.000 até cerca de 15.000. 19 A dose diária de vitamina D3 poderá ser de pelo menos cerca de 1 pg, tal como, por exemplo, pelo menos cerca de 1,25 pg, pelo menos cerca de 1,50 pg, pelo menos cerca de 2 pg, pelo menos cerca de 3 pg, pelo menos cerca de 4 pg, pelo menos cerca de 5 pg, pelo menos cerca de 10 pg, pelo menos cerca de 15 pg, pelo menos cerca de 20 pg, pelo menos cerca de 25 pg, pelo menos cerca de 30 pg, pelo menos cerca de 40 pg ou pelo menos cerca de 50 pg ou desde cerca de 1 pg até cerca de 50 pg, tal como, por exemplo, desde cerca de 1,50 pg até cerca de 40 pg, desde cerca de 2 pg até cerca de 30 pg, desde cerca de 3 pg até cerca de 30 pg, desde cerca de 4 pg até cerca de 30 pg, desde cerca de 5 pg até cerca de 30 pg, desde cerca de 10 pg até cerca de 30 pg, desde cerca de 10 pg até cerca de 20 pg, desde cerca de 15 pg até cerca de 25 pg.
Mais especificamente, a dose diária de vitamina D3 poderá ser de cerca de 5 pg até cerca de 30 pg, tal como, por exemplo, desde cerca de 10 pg até cerca de 20 pg.
Outra forma ativa da vitamina D a ser usada num método de acordo com a invenção é a vitamina D2. A dose diária de vitamina D2 poderá ser pelo menos 1 pg, por exemplo, pelo menos cerca de 1,50 pg, pelo menos cerca de 2 pg, pelo menos cerca de 3 pg, pelo menos cerca de 4 pg, pelo menos cerca de 5 pg, pelo menos cerca de 10 pg, pelo menos cerca de 15 pg, pelo menos cerca de 20 pg, pelo menos cerca de 25 pg, pelo menos cerca de 30 pg, pelo menos cerca de 40 pg, pelo menos cerca de 50 pg, pelo menos cerca de 60 pg, pelo menos cerca de 70 pg, pelo menos cerca de 80 pg, pelo menos cerca de 90 pg, pelo menos cerca de 100 pg, pelo menos cerca de 110 pg, pelo menos cerca de 120 pg ou pelo menos cerca de 125 pg ou de cerca de 1 pg até cerca de 125 pg, tais como, por exemplo, de cerca de 1,50 pg até cerca de 120 pg, de cerca de 2 pg até cerca de 110 pg, de cerca de 3 20 yg até cerca de 100 yg, de cerca de 4 yg até cerca de 90 yg, de cerca de 5 yg até cerca de 80 yg, de cerca de 5 yg até cerca de 125 yg, de cerca de 10 yg até cerca de 70 yg, de cerca de 10 yg até cerca de 60 yg, de cerca de 10 yg até cerca de 50 yg, de cerca de 10 yg até cerca de 40 yg, de cerca de 10 yg até cerca de 30 yg, de cerca de 10 yg até cerca de 20 yg, ou de cerca de 15 yg até cerca de 25 yg.
Mais especif icamente, a dose diária de vitamina D2 é de cerca de 5 yg até cerca de 125 yg, tal como, por exemplo, desde cerca de 10 yg até cerca de 20 yg.
Outros equivalentes funcionais da vitamina D3 e D2, tais como o alfacalcidol, calcitriol ou diidrotaquisterol, podem também ser administrados de acordo com a invenção. Alfa-calcidiol, Ια-hidroxi-colecalciferol, pode ser administrado em quantidades de 0,2-3 yg/dia, preferencialmente 0,25-2 yg/dia. Calcitriol, 1,25-dihidroxicholecalciferol, pode ser administrado em quantidades de 0,1-10 yg/dia, preferencialmente 0,125-2 yg/dia e diidrotaquisterol, o análogo da vitamna D2, pode ser administrado em quantidades de 0,1-3 yg/dia, preferencialmente 0,2-0,6 yg/dia.
Num método permitido de acordo com a invenção, a administração do componente estrôncio e do componente vitamina D pode ocorrer em simultâneo, numa única forma de administração ou em formas separadas de administração para administração simultânea. A invenção também diz respeito ao uso de um composto contendo estrôncio juntamente com uma ou mais substâncias de vitamina D capazes de reduzir a incidência de fratura óssea e/ou aumentar a densidade óssea e/ou melhorar a consolidação do osso fraturado e/ou melhorar a qualidade óssea, tal como descrito anteriormente, para o fabrico de 21 um medicamento para a profilaxia e/ou tratamento de doenças da cartilagem e/ou osso. 0 medicamento pode compreender uma concentração de a) e b) que seja efetiva em prevenir e/ou tratar uma doença da cartilagem/ou osso. A invenção também se relaciona com o uso de um composto contendo estrôncio, juntamente com uma ou mais substâncias adicionais descritas anteriormente, em que a profilaxia e/ou tratamento conduz a pelo menos um dos seguintes: i. melhoramento da biodisponibilidade de a) e/ou b) em comparação com a administração de apenas a) ou apenas b) nas mesmas doses, ii. melhoramento dos parâmetros de farmacocinética de a) e/ou b) em comparação com a administração de apenas a) ou apenas b) nas mesmas doses, iii. obtenção de um efeito aditivo ou sinergético de a) e b) em comparação com a administração de apenas a) ou apenas b) nas mesmas doses, 0 medicamento pode ser composto por um ou mais recipientes para a administração simultânea ou sequencial do composto contendo estrôncio, e de uma ou mais substâncias de vitamina D.
Tal como mencionado anteriormente, a utilização de uma composição ou kit de acordo com a invenção poderá levar a um melhoramento da consolidação do osso fraturado após um evento traumático ou atraumático, onde a fratura pode ser, por exemplo, uma das seguintes fraturas traumáticas ou atraumáticas: fratura do rádio distai, tais como, por exemplo, uma fratura de Colle ou uma fratura de Smiths, uma fratura do fémur, tal como, por exemplo, o fémur proximal, tal como, por exemplo, uma fratura cervical, uma fratura trocantérica ou uma fratura subtrocantérica. 22 0 melhoramento da consolidação do osso fraturado pode ser definido em termos de redução do tempo que um paciente irá necessitar de gesso, redução do tempo de consolidação como definido num raio X, redução do tempo para estabilizar a fratura, melhoramento da formação de calo como visualizado por raio X, redução do tempo antes do aparecimento da formação do calo como visualizado por raio X e/ou redução do tempo para recuperar a mobilidade total ou quase total ou um nivel de atividade fisica.
Outras formas de realização da invenção aparecem a partir das reivindicações anexas. Os detalhes e pormenores descritos acima ou abaixo e relacionados com os compostos e composições de acordo com a invenção aplicam-se, mutatis mutandis, aos outros aspetos da invenção.
Composições farmacêuticas A invenção também se relaciona com uma composição farmacêutica compreendendo a) um composto contendo estrôncio e b) uma ou mais substâncias ativas adicionais capazes de reduzir a incidência de fratura óssea e/ou aumento de densidade óssea e/ou melhoramento da consolidação de fraturas ósseas, juntamente com um ou mais excipientes fisiologicamente aceitáveis, em que o composto de estrôncio a) e as uma ou mais substâncias ativas b) podem ser selecionados de entre os compostos e substâncias mencionadas previamente.
Os excipientes fisiologicamente aceitáveis podem ser uma substância terapeuticamente inerte ou um veiculo. 0 veiculo pode ter uma grande variedade de formas dependendo da forma de dosagem desejada e da via de administração. 23
Os excipientes farmacologicamente aceitáveis podem também ser, por exemplo, enchimentos, ligantes, desintegrantes, diluentes, deslizantes, solventes, agentes emulsificantes, agentes de suspensão, estabilizadores, intensificadores, aromatizantes, cores, agentes reguladores de pH, agentes retardantes, humectantes, agentes tensioativos, conservantes, antioxidantes, etc. Detalhes podem ser encontrados em manuais farmacêuticos, como por exemplo o Remington's Pharmaceutical Science ou Pharmaceutical Excipient Handbook.
Foram mencionados previamente exemplos específicos de quantidades de compostos administrados. Contudo, será entendido que a quantidade dos compostos realmente administrada, será determinada por um médico face às circunstâncias, incluindo a patologia a ser tratada, a escolha dos compostos a serem administrados, a idade, o peso, e a resposta de cada paciente, a gravidade dos sintomas do paciente, e a via de administração escolhida. Apesar de os presentes compostos serem preferencialmente administrados oralmente, os compostos poderão também ser administrados por outra via adequada. A composição farmacêutica compreendendo um composto de acordo com a invenção pode estar na forma de uma composição sólida, semissólida ou fluida. A composição sólida pode estar na forma de comprimidos, tais como, por exemplo, comprimidos convencionais, comprimidos efervescentes, comprimidos revestidos, comprimidos que derretem ou comprimidos sublinguais, agregados, pós, grânulos, granulados, material particulado, dispersões sólidas ou soluções sólidas. 24
Numa forma de realização desta invenção, a composição química poderá ser na forma de comprimido. 0 comprimido pode ser revestido com um revestimento que permita a libertação de pelo menos parte do sal na região proximal do intestino delgado, tal como, por exemplo, o duodeno e/ou jejuno proximal, tais como, pelo menos 50% p/p, pelo menos 60% p/p, pelo menos 65% p/p, pelo menos 70% p/p, pelo menos 80% p/p ou pelo menos 90% p/p da quantidade total de sal contida no comprimido. O comprimido pode ter uma forma que seja conveniente e que facilite a deglutição por parte do paciente. O comprimido pode assim, por exemplo ter uma forma arredondada ou em forma de haste, sem arestas afiadas. Além disso, o comprimido pode ser desenhado para poder ser divido em duas ou mais partes. A composição semissólida pode ser uma pasta, gel ou hidrogel. A composição fluida pode ser uma solução, uma emulsão incluindo nano-emulsões, uma suspensão, uma dispersão, uma composição com lipossomas, um spray, uma mistura, um xarope ou um elixir.
Outras formas adequadas de dosagem das composições farmacêuticas de acordo com a invenção podem ser cápsulas, saquetas, pastilhas, dispositivos, etc.
As composições farmacêuticas podem ser preparadas por qualquer dos métodos conhecidos por uma pessoa com experiência em formulações farmacêuticas, por exemplo, com referência a um livro ou manual padrão na área farmacêutica, tais como Remington's Pharmaceutical Science ou Handbook of Pharmaceutical Excipients. 25
Legendas das figuras
Figura 1. Difratogramas da análise de raio-X de dois sais de estrôncio. 0 difratograma de cima mostra glutamato de estrôncio hexahidratado, sintetizado com hidróxido de estrôncio e ácido L-glutâmico a altas temperaturas, mas utilizando as condições da reação descrita no exemplo 2.
Exemplos Exemplo 1 Método geral para a preparação de sais cristalinos de estrôncio através da precipitação a partir de cloreto de estrôncio dissolvido e de sais de sódio dissolvidos de aniões carboxilicos apropriados
Num copo de vidro de 100 mL de volume, 5 g de sal de sódio do ácido carboxílico foram dissolvidos num pequeno volume de água ligeiramente aquecida a temperaturas não superiores a 30-50 °C. O volume final foi 25-50 mL. Noutro copo de vidro, 10 g de SrCl2 (SrCl2 hexahidratado, Sigma-Aldrich 43,966-5) foram dissolvidos em 100 mL de água. Esta última solução foi lentamente decantada na primeira solução de sal de sódio dissolvido. A transferência continuou até ser observada uma turvação inicial, resultando num volume total de 50-100 mL. A solução foi deixada a repousar à temperatura ambiente (22-24 °C) durante vários dias até aparecerem quantidades significativas de precipitados cristalizados do sal orgânico de estrôncio. A reação que procede é exemplificada pela reação entre os iões de estrôncio e o fumarato de sódio (esquemas da reação (a) e (b)) :
NaOOCCHCHCOONa (s) + H20(1) (a) ~OOCCHCHCOOH (aq) + 2Na+ (aq)+ OH~ (aq) (a) 26 -OOCCHCHCOOH (aq) +Sr2+ (aq) - Sr (OOCCHCHCOO) (cq) +H+ (aq> (b)
De modo a acelerar a cristalização, nós descobrimos que a adição de pequenos volumes de etanol, tais como de 5-10 % vol./vol. a 50-60 % vol./vol., induz uma aceleração significativa da precipitação do sal de estrôncio desejado. A adição do etanol é de especial importância na síntese de sais de estrôncio com uma solubilidade que exceda 2 g/L à temperatura ambiente (22-24 °C) , e irá assim proporcionar um benefício substancial para a síntese de sais de estrôncio de L-aspartato, L-glutamato e lactato. De modo a obter o produto desejado num curto período de tempo, foi essencial observar uma cristalização inicial ou um escurecimento inicial da solução, logo a partir da primeira fase.
Após a precipitação, a solução foi filtrada num funil de Buchner usando um frasco de sucção, tendo os cristais sido lavados em pequenos volumes de etanol. Os cristais de alguns dos sais mostraram ser bastante solúveis, e assim, de modo a melhorar o rendimento dos cristais, a solução foi deixada a repousar por um período mais longo, tal como pelo menos 30-60 min. A repetição da cristalização resultou em rendimentos de aproximadamente 50%. Os sais de L-aspartato e de lactato de estrôncio mostraram ser muito solúveis, com uma solubilidade a exceder 25 g/L em água, à temperatura ambiente.
Os sais de lactato e de L-glutamato de estrôncio foram precipitados a partir de soluções com excesso de cloreto de estrôncio, tendo sido obtidos cristais de grande tamanho do sal de lactato através da evaporação lenta do solvente. 27
Exemplo 2 Método geral para a preparação de sais cristalinos através da neutralização de ácidos carboxilicos com hidróxido de estrôncio
Uma pequena quantidade do ácido orgânico adequado (0,75 - 3 g, ver a tabela abaixo) foi dissolvida em água, por aquecimento a temperaturas entre 30 °C - 50 °C. De seguida, o hidróxido de estrôncio (Sigma Aldrich, Sr(OH)2*8H20, PM 265,71, CAS no. 1311-10-0, aprox. 10 g/L) foi adicionado lentamente. De seguida, um agitador magnético foi adicionado e a agitação e o aquecimento (i.e. 30 °C - 50 °C) da suspensão foram iniciados. Após algum tempo, a solução torna-se mais clara e todo o material sólido é dissolvido. O aquecimento foi mantido, e após três horas de incubação, a solução foi filtrada, ainda quente, num funil de Buchner. Quantidades muito reduzidas de impurezas foram retidas no filtro. O filtrado foi subsequentemente deixado a arrefecer à temperatura ambiente durante a noite, o que resultou no crescimento de finos pós de cristais do desejado sal de estrôncio. Subsequentes purificações dos sais podem ser realizadas através de repetidas cristalizações (tabela 1). 28
Tabela 1: Quantidades dos reagentes iniciais usados para a sintese de sais orgânicos de estrôncio e recuperações na sintese de oito sais de estrôncio específicos, seguindo o caminho de reação geral com formas de ácidos livres do anião e hidróxido de estrôncio.
Sais de estrôncio de (ácido livre usado): Sr (OH) 2 *8H20 Ácido livre Quanti dade obtida Recu pera ção* Ternp. de fusão Solubi lidade Estrutura do cristal Fumarato1 2,044 g 1,140 g 0,999 g 99 % >380°C Sim Não a- cetoglutarato2 2,017 g 1,441 g 0,828 g 72 % >380°C Sim Não Succinato 2,098 g 1,177 g 0,958 g 92 % 230°C Sim Sim L-Ascorbato3 2,094 g 1,805 g 2,005 g 15 % >380°C Sim Não L-Glutamato 2,017 g 1,453 g 0,175 g 15 % >380°C Sim Sim Citrato 2,057 g 1,918 g 1,123 g 48 % >380°C Sim Sim D-Aspartato 2,190 g 1,316 g 0,167 g 14 % >380°C Não Não Tartrato 2,070 g 1,502 g 2,005 g 129 % >380°C Sim Sim Notas *)Recuperação calculada em % de conteúdo de estrôncio em Sr(OH) 2*8H20. 1) Ácido fumárico é insolúvel em água e etanol é adicionado à suspensão até se obter completa solubilização. A síntese prossegue com este material. 2) Os sais estrôncio-ACG apresentam um aspeto ligeiramente acastanhado 3) Adicionalmente aos montantes indicados de hidróxidos de estrôncio e L-ascorbato, uma quantidade adicional de 4,087 g de SrCl2*6H20 foi solubilizada em água e adicionada mistura reacional.
Exemplo 3
Determinação da solubilidade de sais orgânicos de estrôncio Síntese de sais de estrôncio A grande maioria dos sais de estrôncio pode ser obtida através da reação do sal de sódio do ácido orgânico com cloreto de estrôncio, seguindo o método geral de sintese descrito no exemplo A. Contudo, para a investigação da solubilidade, o citrato de estrôncio, o tartarato de 29 estrôncio, o succinato de estrôncio e o α-cetoglutarato de estrôncio, foram obtidos através da sintese de ácido carboxilico na forma livre de ácido e de hidróxido de estrôncio, tal como descrito no exemplo 2. Glutamato de estrôncio foi obtido tal como descrito no exemplo 4, usando uma temperatura de incubação de 100 °C e usando cloreto de estrôncio e ácido L-glutâmico para a sintese de cristais hexahidratados puros e homogéneos de glutamato de estrôncio. Tal como descrito no exemplo 4, o sal de glutamato de estrôncio obtido através deste método é distinto de uma forma cristalina de L-glutamato de estrôncio, descrita anteriormente. Investigações detalhadas sobre a solubilidade foram levadas a cabo com os sais de estrôncio listados na tabela 2:
Tabela 2: Listagem dos sais de estrôncio usados na investigação da solubilidade. PM indica o peso molecular da forma cristalina homogénea do sal com a quantidade de água cristalina indicada e %Sr corresponde à percentagem molar de estrôncio que constitui esta forma cristalina.
Sal de estrôncio PM % Sr Sr-ranelato(*7H20) 639, 6 27,4 SrCl2(* 6H20) 266, 6 32,9 Sr-fumarato(*6H20) 309,7 28,3 Sr-L-glutamato(*6H20) 340,7 25,7 Sr-a-cetoglutarato (*6H20) 339,7 25, 8 Sr-aspartato (*3H20) 272,7 32,1 Sr-succinato (*6H20) 311,7 28,1 Sr-ascorbato (*6H20) 545, 8 16, 1 Sr-maleato (*6H20) 309,7 28,3 Sr-malonato (*1H20) 207,7 42,2 Sr-piruvato (*6H20) 369,7 23,7 Sr-tartrato (*6H20) 343,7 25,5 Sr-citrato (*6H20) 749, 1 35, 1 A solubilidade dos sais orgânicos de ácido carboxilico de estrôncio foi medida em água. A solubilidade destes sais 30 foi também medida em função da temperatura. Para tal, as soluções saturadas dos sais foram incubadas em incubadoras com temperatura controlada. Além disso, a solubilidade dos sais foi avaliada em água destilada pura, bem como em soluções tamponadas de carbonato de amónio a 0,05 M, com um pH fisiológico de 7,5.
As soluções tamponadas foram imersas num banho de água com temperatura controlada quer à temperatura ambiente (22-24 °C) , quer a 30 °C ou a 40 °C. Os tubos de ensaio foram agitados e as soluções subsequentemente incubadas numa incubadora com temperatura constante por 24 horas. De modo a eliminar qualquer influência remanescente do cloreto de estrôncio na determinação da solubilidade, todo o precipitado foi recolhido no fundo dos tubos de ensaio e as soluções acima do precipitado cuidadosamente removidas e substituídas por soluções novas. Após substituir as soluções, os tubos de ensaio foram agitados novamente e deixados a repousar por mais 24 horas. As proporções de sal de estrôncio foram recolhidas em volumes de 1 mL, à temperatura especificada, a partir destas soluções. As soluções foram diluídas até 50 mL antes de serem analisadas por Espetroscopia de Absorção Atómica de Chama (FAAS). Anteriormente às subsequentes séries de amostragem, as soluções foram equilibradas à temperatura seguinte durante 24 horas.
Análise do Estrôncio por Espetroscopia de Absorção Atómica de Chama (FASS)
Foram usados dois métodos para a quantificação de estrôncio em soluções: Espetroscopia de Absorção Atómica de Chama (FAAS), e o método mais sensível de espetrometria de massa de plasma por acoplagem indutiva (ICP-MS). Na maioria das 31 investigações, o método FAAS apresentou sensibilidade suficiente.
Previamente à análise dos sais orgânicos de estrôncio sintetizados, a solubilidade em água de sais de estrôncio disponíveis no mercado foi determinada pelo método FAAS de modo a verificar a precisão das medições e a comparar os resultados obtidos com os valores de referência para a solubilidade dos sais. Foram obtidos os seguintes sais de estrôncio: Sr-Oxalato (Aldrich 57,416-3) SrS04 (Aldrich 45,129-0) SrHP04 (Aldrich 48,042-2) e SrCl2 (Aldrich 43,966-5). As solubilidades foram investigadas tal como descrito anteriormente, e o conteúdo de estrôncio nas soluções saturadas determinado tal como descrito de seguida.
Alguns dos sais de estrôncio muito solúveis foram posteriormente diluídos antes de serem analisados por FAAS. As medições foram executadas com um Perkin-Elmer 2100 equipado com uma lâmpada de hidrogénio para correção do sinal de fundo. O estrôncio foi medido com uma largura de fenda de 0,2 nm, o comprimento de onda de 4 60,8 nm foi operado a uma energia de 58 e a uma corrente de 8 mA.
Soluções com um conteúdo muito reduzido de estrôncio (i.e. da análise da solubilidade do carbonato de estrôncio) foram analisadas pelo método espetrometria de massa de plasma por acoplagem indutiva (ICP-MS). Esta análise foi executada com um sistema Perkin Elmer Elan 5000 equipado com um nebulizador de fluxo cruzado. A potência foi estabelecida a 1000 W e o fluxo de gás de Árgon a 12 Umin e 0,8 Umin da tocha e gás plasma, respetivamente. A solubilidade determinada a partir dos sais de estrôncio disponíveis no mercado estava de acordo com os valores de 32 referência. Para a maioria das investigações, o método FAAS mostrou ter sensibilidade suficiente. A tabela 3 apresenta as solubilidades de cloreto, fosfato, carbonato, oxalato e sulfato de estrôncio em água a 22 °C. A semelhança dos valores determinados experimentalmente com os valores de referência estabelecidos para estes sais é aparente. 0 desvio maior entre os valores de referência e os experimentais foi obtido para o cloreto de estrôncio, tendo-se registado uma menor solubilidade e para o carbonato de estrôncio, tendo-se registado um aumento significativo da solubilidade. Uma vez que a solubilidade do carbonato de estrôncio é bastante baixa, foi necessário usar o ICP-MS para determinar o conteúdo de Sr nos sobrenadantes destas experiências. Além disso, a solubilidade deste sal será dependente da quantidade de dióxido de carbono no ar, a qual não foi controlada na experiência referida, fornecendo uma possível explicação para as discrepâncias entre a solubilidade determinada e o valor de referência.
Tabela 3: Solubilidade de sais de estrôncio disponíveis no mercado em água, à temperatura ambiente (22-24 °C) , determinada tal como descrito no exemplo 3. Os valores esperados referem-se aos valores citados em literatura científica ou material de referência, tal como o 'Compêndio Beilstein' .
Sal Método Valor medido g/L Valor esperado 18 °C (g/L) SrCl2 FAAS 240 538 SrHP03 FAAS LO O - SrS04 FAAS 0,1 0,1 SrC204 FAAS 0,05 0,05 SrC03 ICP-MS 0,00009 0,011 33
Influência da temperatura e do pH na solubilidade do sal orgânico de estrôncio
Para a maioria dos sais orgânicos de estrôncio listados na tabela 1, as mudanças de temperaturas no intervalo 20-40 °C tiveram pouca influência na solubilidade (tabela 4). Contudo, para o L-glutamato de estrôncio, foi observada uma influência significativa das temperaturas no intervalo de 20 °C a 40 °C na solubilidade. A solubilidade deste sal aumentou mais do que três vezes no intervalo investigado, em contraste com a maioria dos outros sais. É de notar que a solubilidade em condições fisiológicas (37 °C) é de relevância para o uso farmacêutico de substâncias, e assim sendo, o aumento surpreendente da solubilidade do glutamato de estrôncio a altas temperaturas, poderá ter potenciais implicações terapêuticas importantes. A solubilidade dos sais de estrôncio numa solução tamponada de carbonato de amónio a pH 7,5 foi geralmente mais elevada do que a solubilidade determinada em água pura (tabela 4). Contudo, algumas exceções notáveis foram observadas, tal como o maleato de estrôncio, o qual apresentou uma diminuição de solubilidade na solução tampão. Deste modo, foi considerado mais relevante comparar a solubilidade dos sais de estrôncio, comparando os valores obtidos em água, tal como demonstrado na tabela 4.
Solubilidade relativa
As solubilidades em água dos sais orgânicos de estrôncio a temperatura ambiente e a 40 °C encontram-se listadas na tabela 4. Os sais de L-aspartato e de lactato de estrôncio apresentaram solubilidades excedendo 50 g/L, dificultando a determinação exata da solubilidade com os procedimentos experimentais usados. 34
Os resultados correspondem a observações durante as sínteses, onde o citrato, fumarato e tartrato precipitaram instantaneamente quando sintetizados usando os procedimentos de produção descritos nos exemplos 1 e 2. Tal é indicativo de uma baixa solubilidade destes sais de estrôncio, evidente pela baixa solubilidade destes sais, quando comparado com os outros sais de estrôncio tanto a 22 °C como a 40 °C. O sal de glutamato mostrou uma solubilidade mais elevada do que os outros sais, especialmente à temperatura de 40 °C. Durante a síntese deste sal, foi necessário adicionar álcool à solução de modo a iniciar o crescimento dos cristais, o que é indicativo de uma elevada solubilidade em água. Os outros sais de estrôncio estudados apenas precipitaram após evaporação do solvente durante alguns dias à temperatura ambiente, mas a adição de álcool não foi necessária para iniciar a formação e precipitação dos cristais.
Tabela 4. Solubilidade relativa dos sais de estrôncio investigados, em soluções de água tamponada a pH 7,5, a 40 °C e à temperatura ambiente (22 - 24°C), determinada pelo método FAAS. SAL DE ESTRÔNCIO SOLUBILIDADE À TEMPERATURA AMBIENTE (22 - 24 °C) (mg/L) SOLUBILIDADE A 40 °C (mg/L) Anião Em água pH 7,5 Em água pH 7,5 Malonato** 1474 2816 1441 2127 L-glutamato** 2111 3022 7093 7195 L-aspartato** 4200 7900 Piruvato* 2204 1946 1929 1829 a-cetoglutarato** 1316 2252 3534 3809 Fumarato** 571 1215 444 977 Maleato** 3002 1680 2527 1457 Tartrato** 883 1831 1028 1400 Ranelato* * * * 760 890 1450 1970 Succinato** 1137 926 1116 2233 Citrato*** 107 388 147 430 *) ácido monocarboxílico **)ácido dicarboxílico ***) ácido tricarboxílico ****) ácido tetracarboxílico 35
Exemplo 4
Preparação de glutamato de estrôncio hexahidrato através de síntese a 100 °C
Inicialmente, uma suspensão de ácido glutâmico (com cor branca) é preparada através da adição de 100 mL de água millipore a 14,703 g (0,1 moles) de ácido L-glutâmico sólido (Sigma Aldrich, C5H9NO4, PM 187,14 g/mole, CAS n. 142-47-2, lote n. 426560/1, código 43003336) num copo de vidro de 250 mL. A esta suspensão foram adicionados 26,66 g (0,1 moles) de SrCl2 sólido (SrCl2 hexahidrato, Sigma-Aldrich 43,966-5, PM 266,6). De seguida, um agitador magnético foi adicionado e a agitação e o aquecimento foram iniciados até ao ponto de ebulição da suspensão. A suspensão final é também de cor branca e a agitação é continuada, mantendo uma taxa de rotação média do aparelho de agitação. De modo a prevenir a entrada de dióxido de carbono para a solução, o copo de vidro foi coberto com uma cobertura de vidro.
Após alguns minutos de ebulição e agitação, a solução tornou-se clara e todo o material sólido se dissolveu. A ebulição foi mantida, tendo sido adicionada água sempre que necessário, de modo a repor a água perdida pela ebulição. Após três horas de ebulição, a solução foi filtrada ainda em ebulição num funil de Bíichner. Pequenas quantidades de impurezas foram retidas no filtro. O filtrado foi subsequentemente deixado a arrefecer à temperatura ambiente, tendo resultado no crescimento de finos pós de
cristais de glutamato de estrôncio hexahidrato. A precipitação do produto final progrediu, no filtrado, no espaço de uma hora. O produto foi filtrado e seco num forno a 110 °C por hora, seguido por uma secagem num excicador com sílica laranja por 12 horas. Anteriormente à análise 36 por Cristalografia de raios X e por FAAS, os sais foram moidos em finos pós utilizando um almofariz. A análise de cristalografia de raio X (figura 1) revelou que a sintese de sal de glutamato de estrôncio era distinto do sal de L-glutamato de estrôncio hexahidrato descrito previamente (H. Schmidbaur, I. Bach, L. Wilkinson & G. Muller (1989), Chem Ber. 122; 1433-1438). Este sal, e o seu respetivo difratograma, corresponde ao sal de L-glutamato de estrôncio hexahidrato previamente descrito (H. Schmidbaur, I. Bach, L. Wilkinson & G. Muller (1989), Chem Ber. 122; 1433-1438). 0 traço inferior mostra o sal de glutamato de estrôncio hexahidrato sintetizado a partir do cloreto de estrôncio e do ácido L-glutâmico, tal como divulgado no presente exemplo. 0 rendimento total de glutamato de estrôncio hexahidrato foi de aproximadamente 92 % antes de ocorrer recristalização, sendo que a maioria das impurezas consistiram em reminiscências de reagentes e de carbonato de estrôncio. Este rendimento é consideravelmente mais elevado do que o rendimento obtido com a síntese em condições convencionais que foi de apenas 15 % (por favor ver exemplo 2) . Deste modo, o método de síntese a altas temperaturas, como divulgado nesta patente proporciona um aumento significativo no rendimento e uma redução do tempo de síntese, resultando num sal de glutamato de estrôncio com elevado grau de pureza. Além disso, o glutamato de estrôncio obtido através deste procedimento de síntese, era distinto do sal de L-glutamato de estrôncio hexahidrato previamente descrito (H. Schmidbaur, I. Bach, L. Wilkinson & G. Muller (1989), Chem Ber. 122; 1433-1438). 0 glutamato de estrôncio hexahidrato relatado previamente na literatura por Schmidbaur et al foi descrito como tendo muito baixa solubilidade (0,023 g/L), enquanto que o sal de glutamato 37 de estrôncio preparado pelo método divulgado no presente exemplo tinha uma solubilidade acima de 2 g/L. Este último parâmetro é muito importante para potenciais usos médicos do sal de estrôncio, tal como descrito na presente invenção.
Melhoramentos adicionais na síntese podem incluir desgasificação da água e de todas as soluções aquosas com nitrogénio ou árgon, o que previne o contacto com dióxido de carbono que eventualmente pode levar à formação de impurezas no carbonato de estrôncio. Segue-se que uma pessoa com conhecimentos na arte será facilmente capaz de adaptar o procedimento de modo a prosseguir com uma atmosfera com gás inerte.
Exemplo 5
Preparação de aspartato de estrôncio trihidrato através de síntese a 100 °C
Inicialmente, uma suspensão de ácido aspártico (com cor branca) é preparada através da adição de 100 mL de água millipore a 13,311 g (0,1 moles) de ácido L-aspártico sólido (Fluka, C5H9N04, PM 133,11 g/mole, CAS n. 55-84-8, lote n. 432866/1, código 52603495) num copo de vidro de 250 mL. A esta suspensão foram adicionados 26,571 g (0,1 moles) de hidróxido estrôncio sólido (Sigma-Aldrich, Sr (OH)2*8H20, PM 265,71, CAS n. 1311-10-0). De seguida, um agitador magnético foi adicionado e a agitação e o aquecimento foram iniciados até ao ponto de ebulição da suspensão. A suspensão final é também de cor branca e a agitação é continuada, mantendo uma taxa de rotação média do aparelho de agitação. De modo a prevenir a entrada de dióxido de carbono para a solução, o copo de vidro foi coberto com uma cobertura de vidro. 38
Após alguns minutos de ebulição e agitação, a solução tornou-se clara e todo o material sólido se dissolveu. A ebulição foi mantida, tendo sido adicionada água sempre que necessário, de modo a repor a água perdida pela ebulição. Após três horas de ebulição, a solução foi filtrada ainda em ebulição num funil de Biichner. Pequenas quantidades de impurezas foram retidas no filtro. 0 filtrado foi subsequentemente deixado a arrefecer à temperatura ambiente, tendo resultado no crescimento de finos pós de cristais de aspartato de estrôncio trihidrato. A precipitação do produto final progrediu, no filtrado, no espaço de uma hora. 0 produto foi filtrado e seco num forno a 110 °C por hora, seguido por uma secagem num excicador com silica laranja por 12 horas. Anteriormente à análise por Cristalografia de raios X e por FAAS, os sais foram moidos em finos pós utilizando um almofariz. O rendimento total de aspartato de estrôncio trihidrato foi de aproximadamente 98 % antes de ocorrer recristalização, sendo que a maioria das impurezas consistiam em reminiscências de reagentes e de carbonato de estrôncio. Este rendimento é consideravelmente mais elevado do que o rendimento obtido com a síntese em condições convencionais que foi de apenas 14 % (por favor ver exemplo B) . Deste modo, o método de síntese a altas temperaturas, como divulgado nesta patente, proporciona um aumento significativo no rendimento e uma redução do tempo de síntese, resultando num sal de aspartato de estrôncio com elevado grau de pureza. O produto foi inequivocamente identificado como aspartato de estrôncio trihidrato por cristalografia de raio X e comparando com resultados da base de dados Cambridge Crystalographic e informação de H. Schmidbaur, P. Mikulcik & G. Muller (1990), Chem Ber. 123; 1599-1602. 39
Melhoramentos adicionais na sintese podem incluir desgasificação da água e de todas as soluções aquosas com nitrogénio ou árgon, o qual previne o contacto com dióxido de carbono que eventualmente pode levar à formação de impurezas no carbonato de estrôncio. Segue-se que uma pessoa com conhecimentos na arte será facilmente capaz de adaptar o procedimento de modo a prosseguir com uma atmosfera com gás inerte.
Ref. Exemplo 6
Preparação de malonato de estrôncio monohidrato através de sintese a 100 °C
Inicialmente, uma suspensão de ácido malónico (com cor branca) é preparada através da adição de 100 mL de água millipore a 10,406 g (0,1 moles) de ácido malónico sólido (Fluka, PM 104,06 g/mole, CAS n. 141-82-2, lote n. 449503/1, código 44903076) num copo de vidro de 250 mL. A esta suspensão foram adicionados 26,571 g (0,1 moles) de hidróxido estrôncio sólido (Sigma-Aldrich, Sr(OH)2*8H20, PM 265,71, CAS n. 1311-10-0). De seguida, um agitador magnético foi adicionado e a agitação e o aquecimento foram iniciados até ao ponto de ebulição da suspensão. A suspensão final é também de cor branca e a agitação é continuada, mantendo uma taxa de rotação média do aparelho de agitação. De modo a prevenir a entrada de dióxido de carbono para a solução, o copo de vidro foi coberto com uma cobertura de vidro.
Após alguns minutos de ebulição e agitação, a solução tornou-se clara e todo o material sólido se dissolveu. A ebulição foi mantida, tendo sido adicionada água sempre que necessário, de modo a repor a água que foi perdida pela ebulição. Após três horas de ebulição, a solução foi filtrada ainda em ebulição num funil de Buchner. Pequenas 40 quantidades de impurezas foram retidas no filtro. O filtrado foi subsequentemente deixado a arrefecer à temperatura ambiente, tendo resultado no crescimento de finos pós de cristais de malonato de estrôncio. A precipitação do produto final progrediu rapidamente durante a filtragem, tendo sido a maioria do produto encontrado no filtro (não aquecido). Apenas em raros instantes, a precipitação ocorreu no filtrado. O produto foi filtrado e seco num forno a 110 °C por 1·$ hora, seguido por uma secagem num excicador com silica laranja por 12 horas. Anteriormente à análise por Cristalografia de raios X e por FAAS, os sais foram moidos em finos pós usando um almofariz. 0 rendimento total de malonato de estrôncio foi de aproximadamente 98% antes de ocorrer recristalização, sendo que a maioria das impurezas consistiu em reminiscências de reagentes e de carbonato de estrôncio. O produto foi inequivocamente identificado como malonato de estrôncio por cristalografia de raio X e comparando com resultados da base de dados Cambridge Crystalographic.
Melhoramentos adicionais na sintese podem incluir desgasificação da água e de todas as soluções aquosas com nitrogénio ou árgon, o qual previne o contacto com dióxido de carbono que eventualmente pode levar à formação de impurezas no carbonato de estrôncio . Segue-se que uma pessoa com conhecimentos na arte será facilmente capaz de adaptar o procedimento de modo a prosseguir com uma atmosfera com gás inerte.
Lisboa, 3 de Dezembro de 2012

Claims (22)

1 REIVINDICAÇÕES 1. Uma composição farmacêutica compreendendo a) um composto contendo estrôncio b) e uma vitamina D conjuntamente com um ou mais excipientes fisiologicamente aceitáveis, em que o composto contendo estrôncio é selecionado do grupo compreendendo succinato de estrôncio, L-aspartato de estrôncio, L-glutamato de estrôncio, piruvato de estrôncio, α-cetoglutarato de estrôncio, maleato de estrôncio e misturas deles derivadas.
2. Uma composição farmacêutica de acordo com a reivindicação 1, em que o sal de estrôncio é o succinato de estrôncio.
3. Uma composição farmacêutica de acordo com a reivindicação 1 ou 2, em que a vitamina D é selecionada da vitamina D3 ou vitamina D2.
4. Uma composição farmacêutica de acordo com qualquer uma das reivindicações 1-2, em que a vitamina D é o equivalente funcional da vitamina D3 ou vitamina D2 selecionado de alfacalcidol, calcitriol, diidrotaquisterol ou la-hidroxi-colecalciferol.
5. Uma composição farmacêutica de acordo com as reivindicações 1-4, em que a composição inclui adicionalmente cálcio.
6. Uma composição farmacêutica de acordo com as reivindicações 1-5, em que a quantidade de estrôncio é pelo menos 0,01 g, ou pelo menos 0,025 g, pelo menos 0, 050 g, pelo menos 0, 075 g, pelo menos 0,1 g, pelo menos 0,2 g, pelo menos 0,3 g, pelo menos 0,4 g ou pelo menos 0,5 g ou desde 0,01 a 2 g tal como, por exemplo, desde 0,1 a 2 g, 2 desde 0,1 a 1 g, desde 0,15 a 0,5 g, desde 0,3 a 2 g ou desde 0,3 a 1 g.
7. Uma composição farmacêutica de acordo com a reivindicação 3, em que a quantidade de vitamina D3 é de pelo menos 1 pg, ou pelo menos 1,25 pg, pelo menos 1,50 pg, pelo menos 2 pg, pelo menos 3 pg, pelo menos 4 pg, pelo menos 5 pg, pelo menos 10 pg, pelo menos 15 pg, pelo menos 20 pg, pelo menos 25 pg, pelo menos 30 pg, pelo menos 40 pg ou pelo menos 50 pg ou desde 1 pg até 50 pg, ou desde 1,50 pg até 40 pg, desde 2 pg até 30 pg, desde 3 pg até 30 pg, desde 4 pg até 30 pg, desde 5 pg até 30 pg, desde 10 pg até 30 pg, desde 10 pg até 20 pg, ou desde 15 pg até 25 pg.
8. Uma composição farmacêutica de acordo com a reivindicação 3, em que a quantidade de vitamina D2 é pelo menos 1 pg, ou pelo menos 1,50 pg, pelo menos 2 pg, pelo menos 3 pg, pelo menos 4 pg, pelo menos 5 pg, pelo menos 10 pg, pelo menos 15 pg, pelo menos 20 pg, pelo menos 25 pg, pelo menos 30 pg, pelo menos 40 pg, pelo menos 50 pg, pelo menos 60 pg, pelo menos 70 pg, pelo menos 80 pg, pelo menos 90 pg, pelo menos 100 pg, pelo menos 110 pg, pelo menos 120 pg ou pelo menos 125 pg ou desde 1 pg até 125 pg, ou desde 1,50 pg até 120 pg, desde 2 pg até 110 pg, desde 3 pg até 100 pg, desde 4 pg até 90 pg, desde 5 pg até 80 pg, desde 5 pg até 125 pg, desde 10 pg até 70 pg, desde 10 pg até 60 pg, desde 10 pg até 50 pg, desde 10 pg até 40 pg, desde 10 pg até 30 pg, desde 10 pg até 20 pg, ou desde 15 pg até 25 pg.
9. Uma composição farmacêutica de acordo com a reivindicação 5, em que a quantidade de cálcio é de pelo menos 0,01 g, ou pelo menos 0,025 g, pelo menos 0, 050 g, pelo menos 0, 075 g, pelo menos 0,1 g, pelo menos 0,2 g, pelo menos 0,3 g, pelo menos 0,4 g ou pelo menos 0,5 g ou 3 desde 0,01 a 2 g tal como, por exemplo, desde 0,1 a 2 g, desde 0,5 a 2 g, desde 0,5 a 1 g ou desde 1 a 1,5 g.
10. Uma composição farmacêutica de acordo com as reivindicações 1-9, em que a composição está numa composição sólida, semissólida ou fluida.
11. Uma composição farmacêutica de acordo com a reivindicação 10, na forma de comprimidos, selecionados de comprimidos convencionais, comprimidos efervescentes, comprimidos revestidos, comprimidos que derretem ou comprimidos sublinguais, agregados, pós, grânulos, granulados, material particulado, dispersões sólidas ou soluções sólidas, uma pasta, um gel ou um hidrogel, uma solução, uma emulsão incluindo nano-emulsões, uma suspensão, uma dispersão, uma composição lipossomal, um spray, uma mistura, um xarope ou um elixir, cápsulas, saquetas, pastilhas, dispositivos.
12. Um composto contendo estrôncio e uma vitamina D para uso no tratamento e/ou profilaxia de doenças da cartilagem e/ou osso e/ou patologias que resultem numa desregulação do metabolismo da cartilagem e/ou osso num mamífero, em que o mamífero selecionado a partir de um humano adulto fêmea ou macho, adolescente ou criança, e em que as doenças da cartilagem e/ou osso e/ou patologias compreendem osteoporose, osteoartrite, osteopetrose, osteopenia e doença de Paget, hipercalcemia de malignidade, doença periodontal, hiperparatiroidismo, erosões periarticulares em artrite reumatoide, osteodistrofia, miosite ossificans, doença de Bechterew, hipercalcemia maligna, lesões osteolíticas produzidas por metástases ósseas, dor óssea devido a metástases ósseas, perda óssea devido a deficiência de hormona sexual esteroide, anomalias ósseas devido a tratamento com hormona esteroide, anomalias ósseas 4 causadas por terapêuticas oncológicas, osteomalacia, doença de Bechet, hiperosteose, doença óssea metastática, osteopenia ou osteoporose induzidas por imobilização, ou osteopenia ou osteoporose induzidas por glucocorticoides, sindrome de osteoporose-pseudoglioma, osteoporose juvenil idiopática, para a melhoria da consolidação óssea após fratura traumática ou atraumática e para a manutenção ou aumento de nivel de energia, para aumentar ou reforçar tecidos musculares e para ganho de peso, em que o composto contendo estrôncio é selecionado do grupo compreendendo succinato de estrôncio, L-aspartato de estrôncio, glutamato de estrôncio, piruvato de estrôncio, cetoglutarato de estrôncio, maleato de estrôncio e misturas deles derivadas.
13. Um composto contendo estrôncio e uma vitamina D para uso de acordo com a reivindicação 12, em que o sal de estrôncio é o succinato de estrôncio.
14. Um composto contendo estrôncio e uma vitamina D para uso de acordo com as reivindicações 12-13, em que a vitamina D é selecionada da vitamina D3 ou D2.
15. Um composto contendo estrôncio e uma vitamina D para uso de acordo com qualquer uma das reivindicações 12-13, em que a vitamina D é o equivalente funcional da vitamina D3 ou vitamina D2 selecionado de alfacalcidol, calcitriol, diidrotaquisterol ou Ια-hidroxi-colecalciferol.
16. Um composto contendo estrôncio e uma vitamina D para uso de acordo com as reivindicações 12-15, em que a composição inclui adicionalmente cálcio.
17. Um composto contendo estrôncio e uma vitamina D para uso de acordo com as reivindicações 12-16, em que a dose 5 diária de estrôncio é pelo menos 0,01 g, ou pelo menos 0,025 g, pelo menos 0,050 g, pelo menos 0,075 g, pelo menos 0,1 g, pelo menos 0,2 g, pelo menos 0,3 g, pelo menos 0,4 g ou pelo menos 0,5 g ou desde 0,01 a 2 g tal como, por exemplo, desde 0,1 a 2 g, desde 0,1 a 1 g, desde 0,15 a 0,5 g, desde 0,3 a 2 g ou desde 0,3 a 1 g.
18. Um composto contendo estrôncio e uma vitamina D3 para uso de acordo com a reivindicação 14, em que a quantidade de vitamina D3 é de pelo menos 1 pg, ou pelo menos 1,25 pg, pelo menos 1,50 pg, pelo menos 2 pg, pelo menos 3 pg, pelo menos 4 pg, pelo menos 5 pg, pelo menos 10 pg, pelo menos 15 pg, pelo menos 20 pg, pelo menos 25 pg, pelo menos 30 pg, pelo menos 40 pg ou pelo menos 50 pg ou desde 1 pg até 50 pg, tal como por exemplo desde 1,50 pg até 40 pg, desde 2 pg até 30 pg, desde 3 pg até 30 pg, desde 4 pg até 30 pg, desde 5 pg até 30 pg, desde 10 pg até 30 pg, desde 10 pg até 20 pg, ou desde 15 pg até 25 pg.
19. Um composto contendo estrôncio e uma vitamina D2 para uso de acordo com a reivindicação 14, em que a quantidade de vitamina D2 é pelo menos 1 pg, ou pelo menos 1,50 pg, pelo menos 2 pg, pelo menos 3 pg, pelo menos 4 pg, pelo menos 5 pg, pelo menos 10 pg, pelo menos 15 pg, pelo menos 20 pg, pelo menos 25 pg, pelo menos 30 pg, pelo menos 40 pg, pelo menos 50 pg, pelo menos 60 pg, pelo menos 70 pg, pelo menos 80 pg, pelo menos 90 pg, pelo menos 100 pg, pelo menos 110 pg, pelo menos 120 pg ou pelo menos 125 pg ou desde 1 pg até 125 pg, ou desde 1,50 pg até 120 pg, desde 2 pg até 210 pg, desde 3 pg até 100 pg, desde 4 pg até 90 pg, desde 5 pg até 80 pg, desde 5 pg até 125 pg, desde 10 pg até 70 pg, desde 10 pg até 60 pg, desde 10 pg até 50 pg, desde 10 pg até 40 pg, desde 10 pg até 30 pg, desde 10 pg até 20 pg, ou desde 15 pg até 25 pg. 6
20. Um composto contendo estrôncio e uma vitamina D para uso de acordo com a reivindicação 16, em que a quantidade de cálcio é de pelo menos 0,01 g, ou pelo menos 0, 025 g, pelo menos 0,050 g, pelo menos 0,075 g, pelo menos 0,1 g, pelo menos 0,2 g, pelo menos 0,3 g, pelo menos 0,4 g ou pelo menos 0,5 g ou desde 0,01 a 2 g tal como, por exemplo, desde 0,1 a 2 g, desde 0,5 a 2 g, desde 0,5 a 1 g, ou desde 1 a 1,5 g.
21. Um composto contendo estrôncio e uma vitamina D para uso de acordo com as reivindicações 12-20, em que a administração do componente de estrôncio e do componente da vitamina D tem lugar simultaneamente, quer em forma de administração única ou em formas de administração separadas para administração simultânea.
22. Um composto contendo estrôncio e uma vitamina D para uso de acordo com a reivindicação 16 ou 20, em que a administração do componente de estrôncio e do cálcio tem lugar simultaneamente, quer em forma de administração única ou em formas de administração separadas para administração simultânea. succinato Lisboa, 3 de Dezembro de 2012
PT101858785T 2003-05-07 2004-05-06 Composição com estrôncio e vitamina d para a profilaxia/tratamento de patologias da cartilagem e/ou do osso PT2266584E (pt)

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