PT2035432E - 2-(amino substituído)-benzotiazole-sulfonamidas como inibidores de protease de hiv - Google Patents

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PT2035432E
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Tim Hugo Maria Jonckers
Paul Jozef Gabriel Maria Boonants
Stefaan Julien Last
Inge Dierynck
Judith Eva Baumeister
Gerben Albert Eleutherius Van T Klooster
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Tibotec Pharm Ltd
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Description

1
DESCRIÇÃO "2—(AMINO SUBSTITUÍDO)-BENZOTIAZOLE-SULFONAMIDAS COMO INIBIDORES DE PROTEASE DE HIV" A presente invenção refere-se a compostos e derivados de 2-(amino substituído)-benzotiazole-sulfonamida, à sua utilização como inibidores de protease, em particular como inibidores de protease de HIV de largo espetro, a processos para a sua preparação bem como a composições farmacêuticas e kits de diagnóstico compreendendo os mesmos. A presente invenção refere-se também a associações dos presentes compostos e derivados de 2-(amino substituído)-benzotiazole-sulfonamida com outro agente antirretroviral. Esta refere-se ainda à sua utilização em ensaios como compostos de referência ou como reagentes. 0 vírus que origina o síndrome da imunodeficiência adquirida (SIDA) é conhecido por vários nomes, incluindo vírus III de linfócitos T (HTLV-III) ou vírus associado a linfadenopatia (LAV) ou vírus relacionado com a SIDA (ARV) ou vírus da imunodeficiência humana (HIV). Até agora foram identificadas duas famílias distintas, isto é, HIV-1 e HIV-2. A seguir, HIV será utilizado para referir genericamente estes vírus.
Uma das vias críticas num ciclo de vida retroviral é o processamento de precursores poliproteicos pela protease aspártica. Por exemplo, a proteína virai gag-pol do HIV é processada pela protease de HIV. 0 processamento correto de poliproteínas precursoras pela protease aspártica é necessária para a formação de viriões infecciosos, tornando assim a protease aspártica um alvo atrativo para terapia 2 antiviral. Em particular, a protease de HIV é um alvo atrativo para tratamento do HIV.
Os inibidores de protease de HIV (Pis) são geralmente administrados a doentes com SIDA em associação com outros compostos anti-HIV tais como, por exemplo inibidores nucleosidicos da transcriptase inversa (NRTIs), inibidores não nucleosidicos da transcriptase inversa (NNRTIs), inibidores de fusão tal como o T-20 ou outros inibidores de protease. Apesar do facto de estes antirretrovirais serem muito úteis, eles têm uma limitação comum, nomeadamente, as enzimas alvo no HIV são capazes de mutar de tal forma que os fármacos conhecidos se tornam menos eficazes, ou até mesmo ineficazes contra estes vírus de HIV mutantes. Ou, por outras palavras, o HIV cria uma resistência cada vez maior contra os fármacos disponíveis. A resistência de retrovírus, e em particular HIV, contra inibidores é uma causa principal de insucesso terapêutico. Por exemplo, metade dos doentes que recebe terapia de associação anti-HIV não respondem completamente ao tratamento, principalmente devido à resistência do vírus a um ou mais dos fármacos utilizados. Além do mais foi demonstrado que o vírus resistente é transmitido a indivíduos recém-infetados, resultando em opções terapêuticas seriamente limitadas para estes doentes nunca tratados com fármaco. Por conseguinte, existe uma necessidade na técnica de novos compostos para a terapia de retrovírus, mais particularmente para a terapia da SIDA. A necessidade na técnica é particularmente intensa para compostos que sejam ativos não só no HIV de tipo selvagem, mas também nos HIV resistentes cada vez mais comuns.
Os antirretrovirais conhecidos, frequentemente administrados num regímen de terapia de associação, 3 originarão eventualmente resistência como especificado acima. Isto pode frequentemente forçar o médico a reforçar os níveis dos fármacos ativos no plasma para que os referidos antirretrovirais recuperem a eficácia contra o HIV mutado. A consequência da qual é um aumento extremamente indesejável na carga de comprimidos. 0 reforço dos níveis no plasma também pode levar a um maior risco de não adesão à terapia prescrita. Assim, não é só importante ter compostos que exibam atividade para uma grande gama de mutantes de HIV, também é importante que exista pouca ou nenhuma variação na relação entre a atividade contra o vírus HIV mutante e a atividade contra o vírus HIV de tipo selvagem (também definido como multiplicidade de resistência ou FR) para uma grande gama de estirpes de HIV mutantes. Como tal, um doente pode permanecer no mesmo regímen de terapia de associação por um intervalo de tempo mais longo uma vez que será aumentada a probabilidade de que um vírus HIV mutante seja sensível aos ingredientes ativos.
Encontrar compostos com um alta potência no tipo selvagem e numa grande variedade de mutantes também é importante, uma vez que a carga de comprimidos pode ser reduzida se os níveis terapêuticos forem mantidos no mínimo. Uma maneira de reduzir esta carga de comprimidos consiste em encontrar compostos anti-HIV com boa biodisponibilidade, isto é, um perfil farmacocinético e metabólico favorável, de tal forma que a dose diária pode ser minimizada e, consequentemente, também o número de comprimidos a serem tomados.
Outra característica importante de um bom composto anti-HIV é que a ligação do inibidor pela proteína do plasma tem um efeito mínimo, ou até mesmo nenhum, na sua potência. 4
Até agora vários inibidores de protease estão no mercado ou estão a ser desenvolvidos.
Embora os inibidores de protease no mercado possuam excelentes propriedades, existe uma necessidade médica alta constante de novos inibidores de protease que sejam capazes de combater um espetro largo de mutantes de HIV com pouca variação na multiplicidade de resistência, com uma boa biodisponibilidade, isto é, um perfil farmacocinético e metabólico favorável, e sofra pouco ou nenhum efeito na sua potência devido à ligação a proteínas do plasma e além disso exiba tão poucos efeitos secundários quanto possíveis em seres humanos. A WO 02/083657 descreve compostos inibidores de protéase de HIV de tipo 2-(amino substituído)-benzotiazole-sulfonamida de largo espetro que exibem atividade antiviral contra um painel mutante de estirpes de HIV diferentes.
Na WO 03/049746 é divulgado um método para melhorar a farmacocinética de inibidores de protease de HIV contendo hexa-hidrofuro(2,3-b)furanilo, o qual compreende administrar uma associação de uma quantidade terapeuticamente eficaz de um inibidor de protéase de HIV contendo hexa-hidrofuro(2,3-b)furanilo e uma quantidade terapeuticamente eficaz de um inibidor de citocromo P450 a um humano necessitado do mesmo.
No J.Med.Chem, 2005, 48, 1965-1973 são divulgadas benzotiazole e benzoxazole sulfonamidas incluindo as estruturas cristalinas e dados calorimétricos obtidos de complexos para um composto de cada uma destas classes permitindo a análise das interações na cavidade P2' da protéase de HIV-1. 5
Surpreendentemente, determinou-se que os compostos e derivados de 2-(amino substituído)-benzotiazole-sulfonamida da presente invenção têm um perfil farmacológico e farmacocinético favorável.
Além disso eles são ativos contra o HIV de tipo selvagem mas também exibem uma atividade de largo espetro contra vários HIV mutantes que exibem resistências contra inibidores de protease conhecidos.
Os compostos de acordo com a invenção não induzem as chamadas reações de hipersensibilidade como os distúrbios da pele por exemplo eritema e / ou edema. A presente invenção refere-se a compostos e derivados de 2-(amino substituído)-benzotiazole-sulfonamida como inibidores de protease possuindo a fórmula (I)
os seus sais, forma estereoisomérica ou misturas estereoisoméricas em que R é um anel de piperidina ou pirrolidina, o qual está opcionalmente substituído em um ou mais dos membros endocíclicos com alquilo Ci_6, cicloalquilo C3_7, alquil Ci_6-oxi-alquilo Ci-6, -C (=0)-alquil Ci-6-amino-alquilo Ci_6, -C (=0)-alquil Ci-6-Het1, -C (=0)-alquil Ci_6-Het2, benzilo, fenilo ou alquilo Ci-6 substituído com Het2 em que 6
Het1 é definido como um heterociclo monociclico saturado ou parcialmente insaturado de 6 membros endociclicos, o qual contém um ou mais membros endociclicos de tipo heteroátomo selecionados de azoto, oxigénio ou enxofre; e em que Het2 é definido como um heterociclo monociclico aromático possuindo 5 a 6 membros endociclicos, o qual contém um ou mais membros endociclicos de tipo heteroátomo selecionados de azoto, oxigénio ou enxofre.
Os compostos com interesse de acordo com a invenção são aqueles compostos em que R é um anel de piperidina substituído no átomo de N do anel com cicloalquilo C3-7 ·
Os compostos preferidos são aqueles em que o referido cicloalquilo C3-7 é cilcoalquilo-C5.
Muito preferido é o composto possuindo a fórmula (II)
Além disso, a presente invenção refere-se a uma composição farmacêutica e a um método de preparação da referida composição farmacêutica, compreendendo uma quantidade eficaz de pelo menos um dos compostos de fórmula (I) ou (II) além dos excipientes e auxiliares farmaceuticamente toleráveis habituais.
As preparações farmacêuticas contêm normalmente 0,1 a 90% em peso de um composto de fórmula (I ou II). As preparações 7 farmacêuticas podem ser preparadas de um modo conhecido per se para um especialista na técnica. Para este efeito, pelo menos um de um composto de fórmula (I ou II), em conjunto com um ou mais excipientes e/ou auxiliares farmacêuticos sólidos ou líquidos e, se desejado, em associação com outros compostos farmacêuticos ativos, são colocados numa forma de administração ou forma de dosagem adequada, a qual pode ser depois utilizada como um produto farmacêutico em medicina humana ou medicina veterinária.
Os produtos farmacêuticos, que contêm um composto de acordo com a invenção, podem ser administrados por via oral utilizando, por exemplo, incluindo suspensões, cápsulas, comprimidos, saquetas, soluções, suspensões, emulsões; por via parentérica utilizando por exemplo injeção subcutânea, intravenosa, intramuscular, intrasternal ou técnicas de infusão; por via retal utilizando por exemplo supositórios; por via intravaginal; por inalação, ou por via tópica. A administração preferida depende do caso particular, por exemplo, o curso particular do distúrbio a ser tratado. É preferida a administração oral. 0 especialista na técnica está familiarizado com base no seu conhecimento especializado com os auxiliares, que são adequados para a formulação farmacêutica desejada. Além dos solventes, também são úteis os agentes gelificantes, bases para supositórios, auxiliares para comprimidos e outros veículos de compostos ativos, antioxidantes, dispersantes, emulsionantes, antiespumantes, agentes corretores de aroma, conservantes, solubilizantes, agentes para conseguir um efeito de depósito, substâncias tampão ou corantes.
Para uma forma para administração oral, os compostos da presente invenção são misturados com aditivos adequados, tais como excipientes, estabilizantes ou diluentes inertes, e transformados por meio de métodos correntes em formas de administração adequadas, tais como comprimidos, comprimidos revestidos, cápsulas duras, soluções aquosas, alcoólicas ou oleosas. São exemplos de veículos inertes adequados a goma-arábica, magnésia, carbonato de magnésio, fosfato de potássio, lactose, glucose ou amido, em particular, amido de milho. Neste caso a preparação pode ser realizada como grânulos secos e grânulos húmidos. Os excipientes ou solventes oleosos adequados são óleos vegetais ou animais, tais como óleo de girassol ou óleo de fígado de bacalhau. Os solventes adequados para soluções aquosas ou alcoólicas são água, etanol, soluções de açúcar, ou misturas destes. Os polietileno glicóis e polipropileno glicóis também são úteis como auxiliares adicionais para outras formas de administração.
Para administração subcutânea ou intravenosa, os compostos ativos, se desejado com as substâncias habituais para esse fim tais como solubilizantes, emulsionantes ou outros auxiliares, são colocadas em solução, suspensão ou emulsão. Os compostos de fórmula (I) ou (II) também pode ser liofilizados e os liofilizados obtidos utilizados, por exemplo, para a produção de preparações para injeção ou infusão. Os solventes adequados são, por exemplo, água, soro fisiológico ou álcoois, por exemplo etanol, propanol, glicerol, além disso também soluções de açúcar tais como soluções de glucose ou manitol, ou alternativamente misturas do vários solventes mencionados.
As formulações farmacêuticas adequadas para serem administradas na forma de aerossoles ou líquidos pulverizados são, por exemplo, soluções, suspensões ou emulsões dos compostos de fórmula (I ou II) ou seus sais fisiologicamente toleráveis num solvente farmaceuticamente aceitável, tal como etanol ou água, ou uma mistura de tais 9 solventes. Se necessário, a formulação também pode conter adicionalmente outros auxiliares farmacêuticos tais como tensioativos, emulsionantes e estabilizantes bem como um propulsor. Uma tal preparação contém habitualmente o composto ativo numa concentração de aproximadamente 0,1 a 50%, em particular de aproximadamente 0,3 a 3% em peso.
Devido às suas propriedades farmacológicas favoráveis, em particular à sua atividade contra enzimas de tipo protease de HIV resistentes a múltiplos fármacos, os compostos da presente invenção são úteis no tratamento de indivíduos infetados por HIV e para a profilaxia destes indivíduos. O tratamento profilático pode ser vantajoso em casos em que um indivíduo tenha estado sujeito a um alto risco de exposição a um vírus, como pode ocorrer quando o indivíduo tenha estado em contacto com um indivíduo infetado onde existe um risco elevado de transmissão virai. Como um exemplo, a administração profilática dos referidos compostos seria vantajosa numa situação em que um prestador de cuidados de saúde tenha sido exposto a sangue de um indivíduo infetado por HIV ou noutras situações em que um indivíduo se envolveu em atividades de alto risco que potencialmente expuseram esse indivíduo ao HIV.
Em geral, os compostos da presente invenção podem ser úteis no tratamento de animais de sangue quente infetados com vírus cuja existência é mediada, ou depende, da enzima protease. As condições que podem ser prevenidas ou tratadas com os compostos da presente invenção incluem, mas se limitam a, tratamento de uma gama larga de estados de infeção por HIV: SIDA, ARC (complexo relacionado com Sida), sintomático e assintomático, e exposição efetiva ou potencial ao HIV. Os compostos desta invenção são úteis no tratamento de infeção por HIV após exposição suspeita 10 passada ao HIV, por exemplo, por transfusão de sangue, troca de fluidos corporais, picadas, picada de agulha acidental ou exposição ao sangue do doente durante cirurgia. O termo prevenção inclui profilaxia da infeção por HIV e profilaxia da evolução da infeção por HIV em SIDA.
Por conseguinte, os compostos da presente invenção, ou qualquer derivado deste, podem ser utilizados como medicamentos contras as condições supramencionadas. A referida utilização como um medicamento ou método de tratamento compreende a administração sistémica aos indivíduos infetados por HIV de uma quantidade eficaz para combater as condições associada ao HIV e outros retrovírus patogénicos, especialmente HIV-1. Consequentemente, os compostos da presente invenção podem ser utilizados no fabrico de um medicamento útil para o tratamento de condições associadas ao HIV e outros retrovírus patogénicos, em particular medicamentos úteis para o tratamento de doentes infetado com vírus HIV resistentes a múltiplos fármacos. A associação de um composto antirretroviral e um composto da presente invenção pode ser utilizada como um medicamento. Assim, a presente invenção também se refere a um produto ou composição contendo (a) um composto da presente invenção (de acordo com fórmula (I ou II)), e (b) outro composto antirretroviral, como uma preparação de associação para utilização simultânea, separada ou sequencial no tratamento de infeções retrovirais, em particular, no tratamento de infeções com retrovírus resistentes a múltiplos fármacos. Assim, para combater ou tratar infeções por HIV, ou a infeção e doença associadas a infeções por HIV, tal como a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (SIDA) ou Complexo Relacionado com a SIDA (ARC), 11 os compostos desta invenção podem ser coadministrados em associação com, por exemplo, inibidores de ligação, inibidores de fusão, inibidores de ligação de co-receptor, inibidores de RT, RTIs nucleosidicos, RTIs nucleotidicos, NNRTIs, inibidores de RNAse H, inibidores de TAT, inibidores de integrase, inibidores de protease ou inibidores de glicosilação.
Os compostos da presente invenção também podem ser administrados em associação com moduladores da metabolização após aplicação do fármaco a um indivíduo. Estes moduladores incluem compostos que interferem com a metabolização em citocromos, tal como o citocromo P450. Alguns moduladores inibem o citocromo P450. Sabe-se que existem várias isoenzimas do citocromo P450, uma das quais é o citocromo P450 3A4. 0 Ritonavir é um exemplo de um modulador de metabolização via citocromo P450. Os compostos com interesse possuindo um efeito no citocromo P450 incluem aqueles compostos contendo uma unidade tiazolilo, imidazolilo ou piridinilo. Uma tal terapia de associação em formulações diferentes pode ser administrada simultânea, separada ou sequencialmente. Alternativamente, essa associação pode ser administrada como uma formulação única, de acordo com o que os ingredientes ativos são libertados a partir da formulação simultânea ou separadamente.
Esse modulador pode ser administrado numa proporção igual ou diferente que o composto da presente invenção. Preferencialmente, a proporção em peso desse modulador em relação ao composto da presente invenção (modulador: composto da presente invenção) é de 1:1 ou mais baixa, mais preferencialmente a proporção é de 1:3 ou mais baixa, de um modo adequado a proporção é de 1:10 ou mais baixa, de um modo mais adequado a proporção é de 1:30 ou mais baixa. 12 A associação pode proporcionar um efeito sinérgico, de acordo com o que a infetividade virai e seus sintomas associados podem ser prevenidos, substancialmente reduzidos ou completamente eliminados. As associações dos compostos de fórmula (I ou II) com outro inibidor de protease de HIV, ou um chamado reforço tal como o Ritonavir, como inibidor do citocromo P45o podem atuar sinergicamente, de um modo aditivo ou antagonista. Isto pode ser avaliado numa montagem experimental onde é medida a potência de proporções diferentes dos dois inibidores de protease de HIV. Os resultados podem ser representados graficamente num isobolograma de acordo com o método descrito por Chou e Talalay (Adv. Enzyme Regul. 22: 27-55, 1984). Sinergismo entre dois inibidores significaria uma terapia de associação mais potente, mas sem aumento nos efeitos secundários indesejados.
Parte da invenção é a utilização de ritonavir ou um seu sal farmaceuticamente aceitável no fabrico de um medicamento para a inibição ou tratamento de uma infeção por HIV ou SIDA num humano em associação com compostos I ou II, de um modo composto preferido II, o qual é metabolizado pelo citocromo P450, em que a quantidade de ritonavir é suficiente para melhorar a farmacocinética dos referidos compostos I ou II num doente, relativamente à farmacocinética dos respetivos compostos I ou II quando administrados sozinhos.
Outro aspeto da presente invenção refere-se um kit ou recipiente compreendendo um composto de fórmula (I ou II) numa quantidade eficaz para ser utilizado como um padrão ou reagente num teste ou ensaio para determinar a aptidão de um produto farmacêutico potencial para inibir a protease de HIV, o crescimento de HIV ou ambos. Este aspeto da invenção 13 pode encontrar a sua utilização em programas de investigação farmacêutica.
Os compostos da presente invenção podem ser utilizados em ensaios de seguimento da resistência fenotípica, tais como ensaios de vírus recombinante conhecidos, na gestão clínica de doenças que desenvolvem resistência tal como o HIV. Um sistema de seguimento da resistência particularmente útil é um ensaio de vírus recombinante conhecido como o Antivirogram . 0 Antivirogram e um ensaio de vírus recombinante, de segunda geração, de alto débito, extremamente automatizado que pode medir a suscetibilidade, especialmente a suscetibilidade virai, aos compostos da presente invenção. (Hertogs K, de Bethune MP, Miller V et al. Antimicrob Agents Chemother, 1998; 42(2):269-276)
Sempre que é utilizado o termo "substituído" na definição dos compostos de fórmula (I ou II), ele pretende indicar que um ou mais hidrogénios do átomo indicado na expressão que utilizada "substituído" está substituído com uma seleção do grupo indicado, desde que não seja excedida a valência normal do átomo indicado e que a substituição resulte num composto quimicamente estável, isto é, um composto que é suficientemente robusto para sobreviver ao isolamento até um grau de pureza útil a partir da mistura reacional e formulação num agente terapêutico.
Como aqui utilizado, o termo "halo" ou "halogéneo" como um grupo ou parte de um grupo é genérico para fluoro, cloro, bromo ou iodo. 0 termo "alquil Ci-6n como um grupo ou parte de um grupo define radicais de hidrocarboneto saturado de cadeia linear e ramificada possuindo desde 1 a 6 átomos de carbono tais como metilo, etilo, propilo, butilo, 2-metil-propilo, 14 pentilo, hexilo, 2-metilbutilo, 3-metilpentilo e semelhantes. 0 termo "cicloalquilo C3-7" como um grupo ou parte de um grupo é genérico para ciclopropilo, ciclobutilo, ciclopentilo, ciclo-hexilo ou ciclo-heptilo.
Como aqui utilizado, o termo (=0) forma uma unidade carbonilo com o átomo de carbono ao qual está ligado.
Quando qualquer variável (por exemplo halogéneo ou alquilo C1-4) ocorre mais do que uma vez em qualquer constituinte, cada definição é independente.
Het1 é definido como um heterociclo monociclico saturado ou parcialmente insaturado de 6 membros endociclicos, o qual contém um ou mais membros endociclicos de tipo heteroátomo selecionados de azoto, oxigénio ou enxofre.
Het2 é definido como um heterociclo monociclico aromático possuindo 5 a 6 membros endociclicos, o qual contém um ou mais membros endociclicos de tipo heteroátomo selecionados de azoto, oxigénio ou enxofre. 0 termo "arilo" refere-se a qualquer grupo funcional ou substituinte derivado de um anel aromático simples. Existem termos mais específicos, tais como fenilo, para descrever grupos arilo não substituídos e subconjuntos de grupos arilo (bem como grupos arbitrariamente substituídos), mas "arilo" é utilizado por uma questão de abreviatura ou generalização.
Para utilização terapêutica, os sais de compostos de fórmula (I) ou (II) são aqueles em que o contra-ião é farmaceuticamente ou fisiologicamente aceitável. No 15 entanto, sais possuindo um contra-ião farmaceuticamente inaceitável também pode encontrar utilização, por exemplo, na preparação ou purificação de um composto farmaceuticamente aceitável de fórmula (I) ou (II). Todos os sais, quer farmaceuticamente aceitáveis ou não, estão incluídos dentro do âmbito da presente invenção.
As formas de sal de adição farmaceuticamente aceitáveis ou fisiologicamente toleráveis, que os compostos utilizados na presente invenção são capazes de formar, podem ser convenientemente preparadas utilizando os ácidos apropriados, tais como, por exemplo, ácidos inorgânicos tais como ácidos halídricos, por exemplo ácido clorídrico ou bromídrico; sulfúrico; hemissulfúrico, nítrico; ou ácido fosfórico; ou ácidos orgânicos tais como, por exemplo, ácido acético, aspártico, dodecilsulfúrico, heptanóico, hexanóico, nicotínico, propanóico, hidroxiacético, láctico, pirúvico, oxálico, malónico, succínico, maleico, fumárico, málico, tartárico, cítrico, metanossulfónico, etanossulfónico, benzenossulfónico, p-toluenossulfónico, ciclâmico, salicílico, p-amino-salicílico; ou pamóico.
Contrariamente, as referidas formas de sal de adição de ácido podem ser convertidas por tratamento com uma base apropriada numa forma de base livre.
Os compostos de fórmula (I) ou (II) contendo um protão ácido também podem ser convertidos na sua forma de sal de adição de metal ou amina não tóxica por tratamento com bases orgânicas e inorgânicas apropriadas. As formas de sal base apropriadas compreendem, por exemplo, os sais de amónio, os sais de metais alcalinos e alcalino-terrosos, por exemplo o lítio, sódio, potássio, magnésio ou cálcio, os sais com bases orgânicas, por exemplo os sais de 16 benzatina, N-metil, -D-glucamina, hidrabamina, e os sais com aminoácidos tais como, por exemplo, arginina ou lisina.
Contrariamente as referidas formas de sal de adição de base podem ser convertidas por tratamento com um ácido apropriado na forma de ácido livre. 0 termo "sais" também compreende os hidratos e as formas de adição de solvente que os compostos da presente invenção são capazes de formar. Exemplos de tais formas são, por exemplo, os hidratos, alcoolatos e semelhantes. hidrocarbonetos, por
Os presentes compostos utilizados na presente invenção também pode existir nas suas formas N-óxido de fórmula (I) ou (II) em que um ou vários átomos de azoto são oxidado ao chamado N-óx ido. Para obter os referidos iV-óxidos, os compostos de fórmula (I ou II) podem ser convertidos às correspondentes formas de N-óxido seguindo procedimentos técnicos conhecidos para converter um azoto trivalente na sua forma N-óxido. A referida reação de N-oxidação pode ser geralmente realizada fazendo reagir o material de partida de fórmula (I ou II) com um peróxido orgânico ou inorgânico apropriado. Os peróxidos inorgânicos apropriados compreendem, por exemplo, peróxido de hidrogénio, peróxidos de metal alcalino ou metal alcalinoterroso, por exemplo peróxido de sódio, peróxido de potássio; os peróxidos orgânicos apropriados podem compreender peroxiácidos tais como, por exemplo, ácido benzenocarboperoxóico ou ácido benzenocarboperoxóico substituído com halo, por exemplo ácido 3-cloro-benzenocarboperoxóico, ácidos peroxoalcanóicos, por exemplo ácido peroxoacético, alquil-hidroperóxidos, por exemplo terc-butil-hidroperóxido. Os solventes adequados são, por exemplo, água, alcanóis inferiores, por exemplo etanol, 17 exemplo tolueno, cetonas, por exemplo 2-butanona, hidrocarbonetos halogenados, por exemplo diclorometano, e misturas de tais solventes. 0 termo "composto ou compostos possuindo a fórmula (I) ou (II)" também pretende compreender quaisquer pró-fármacos que os compostos de fórmula (I) ou (II) possam formar. 0 termo "pró-fármaco" como aqui utilizado pretende compreender quaisquer derivados farmacologicamente aceitáveis tais como ésteres, amidas e fosfatos, de tal forma que o produto de biotransformação in vivo resultante do derivado é o fármaco ativo como definido nos compostos de fórmula (I) ou (II) . A referência de Goodman e Gilman (The Pharmacological Basis of Therapeutics, 8th ed, McGraw-Hill, Int. Ed. 1992, "Biotransformation of Drugs", p 13-15) que descreve pró-fármacos em termos gerais é aqui incorporada. Os pró-fármacos têm preferencialmente uma solubilidade aquosa excelente, biodisponibilidade aumentada e são prontamente metabolizados nos inibidores ativos in vivo. Os pró-fármacos de um composto da presente invenção podem ser preparados modificando grupos funcionais presentes no composto de tal forma que as modificações são dissociadas, por manipulação de rotina ou in vivo, no composto parental. São preferidos os pró-fármacos farmaceuticamente aceitáveis de tipo éster que são hidrolisáveis in vivo e são derivados dos compostos de fórmula (I) ou (II) que têm um grupo hidroxilo ou um grupo carboxilo. Um éster hidrolisável in vivo é um éster, que é hidrolisado no corpo humano ou animal para produzir o ácido ou álcool parental. Os ésteres farmaceuticamente aceitáveis adequados para carboxilo incluem ésteres de alcoxiCi_6-metilo por exemplo metoximetilo, ésteres de alcanoiloxi Ci-6-metilo por exemplo 18 pivaloiloximetilo, ésteres de ftalidilo, ésteres de cicloalcoxi C3-8-carboniloxialquilo Ci_6 por exemplo 1-ciclo-hexilcarboniloxietilo; ésteres de 1,3-dioxolen-2-onilmetilo por exemplo 5-metil-l,3-dioxolen-2-onil-metilo; e ésteres de alcoxi Ci_6-carboniloxietilo por exemplo 1-metoxicarbonil-oxietilo, os quais podem ser formados em qualquer grupo carboxilo dos compostos desta invenção.
Um éster hidrolisável in vivo de um composto da fórmula (I) ou (II) contendo um grupo hidroxilo inclui ésteres inorgânicos tais como ésteres de fosfato e éteres de oí-aciloxialquilo e compostos relacionados, os quais em consequência da hidrólise in vivo do éster dissociam para dar o grupo hidroxilo parental. Exemplos de éteres de a-aciloxialquilo incluem acetoximetoxilo e 2,2-dimetilpropioniloxi-metoxilo. Uma seleção de grupos que formam um éster hidrolisável in vivo para o hidroxilo incluem alcanoílo, benzoílo, fenilacetilo, e benzoilo e fenilacetilo substituído, alcoxicarbonilo (para dar ésteres de carbonato de alquilo), dialquilcarbamoílo e N-(dialquilaminoetil)-N-alquilcarbamoílo (para dar carbamatos), dialquilaminoacetilo e carboxiacetilo. Exemplos de substituintes no benzoílo incluem morfolino e piperazino ligado a partir de um átomo de azoto endocíclico via um grupo metileno à posição 3 ou 4 do anel benzoílo. Os ésteres de alcanoílo são, por exemplo, quaisquer ésteres de alcanoílo Ci_3o, em particular ésteres de alcanoílo C8-30 e mais em particular ésteres de alcanoílo C10-24, mais em particular ésteres de alcanoílo C16-20/ em que a parte de alquilo pode ter uma ou mais ligações duplas. São exemplos de ésteres de alcanoílo os decanoato, palmitato e estearato. 0 termo "composto ou compostos possuindo a fórmula (I) ou (II)" também pretende compreender quaisquer metabolitos que 19 são formados in vivo após administração do fármaco. Alguns exemplos de metabolitos de acordo com a invenção incluem, mas não se limitam a, (a) quando o composto de fórmula (I) ou (II) contém um grupo metilo, um derivado hidroximetilo deste; (b) quando o composto de fórmula (I) ou (II) contém um grupo alcoxilo, um derivado hidroxilo deste; (c) quando o composto de fórmula (I) ou (II) contém um grupo amino terciário, um derivado amino secundário deste; (d) quando o composto de fórmula (I) ou (II) contém um grupo amino secundário, um derivado primário deste; (e) quando o composto de fórmula (I) ou (II) contém uma unidade fenilo, um derivado fenol deste; e (f) quando o composto de fórmula (I) ou (II) contém um grupo amida, um derivado ácido carboxilico deste. A presente divulgação também pretende incluir quaisquer isótopos dos átomos presente nos compostos da invenção. Por exemplo, os isótopos de hidrogénio incluem tritio e deutério e os isótopos de carbono incluem C-13 e C-14.
Os presentes compostos utilizados na invenção também podem existir nas suas formas tautoméricas. Tais formas, embora não explicitamente indicadas na fórmula acima destinam-se a estarem incluidas no âmbito da presente invenção. 0 presente composto utilizado na atual invenção também pode existir na sua forma estereoquimicamente isomérica, definindo todos os compostos possíveis constituídos pelos mesmos átomos ligados pela mesma sequência de ligações mas possuindo diferentes estruturas tridimensionais, as quais não são intermutáveis. A menos que mencionado ou indicado de outro modo, a designação química dos compostos abrange a mistura de todas as formas estereoquimicamente isoméricas possíveis, que os referidos compostos possam ter. 20 A referida mistura pode conter todos os diastereómeros e/ou enantiómeros da estrutura molecular básica do referido composto. Todas as formas estereoquimicamente isoméricas dos compostos utilizados na presente invenção na forma pura ou misturadas umas com as outras destinam-se a estar incluídas no âmbito da presente invenção incluindo quaisquer misturas racémicas ou racematos.
As formas estereoisoméricas puras dos compostos e intermediários como aqui mencionados são definidas como isómeros substancialmente livres de outras formas enantioméricas ou diastereoméricas da mesma estrutura molecular básica dos referidos compostos ou intermediários. Em particular, o termo 'estereoisomericamente puro' refere-se a compostos ou intermediários possuindo um excesso estereoisomérico de pelo menos 80% (isto é, mínimo de 90% de um isómero e máximo de 10% do outro isómero possível) até um excesso estereoisomérico de 100% (isto é, 100% de um isómero e nenhum do outro), mais em particular, os compostos ou intermediários possuindo um excesso estereoisomérico de 90% até 100%, ainda mais em particular possuindo um excesso estereoisomérico de 94% até 100% e muito em particular possuindo um excesso estereoisomérico de 97% até 100%. Os termos 'enantiomericamente puro' e 'diastereomericamente puro' deve ser entendido de um modo semelhante, mas tendo então em consideração o excesso enantiomérico, respetivamente o excesso diastereomérico da mistura em questão.
As formas estereoisoméricas puras de compostos e intermediários utilizados nesta invenção podem ser obtidas pela aplicação de procedimentos técnicos conhecidos. Por exemplo, os enantiómeros podem ser separados um do outro por cristalização seletiva dos seus sais diastereoméricos com ácidos ou bases oticamente ativos. Exemplos destes são 21 o ácido tartárico, ácido dibenzoiltartárico, ácido ditoluoiltartárico e ácido caforsulfónico. Alternativamente, os enantiómeros podem ser separados por técnicas cromatográficas utilizando fases estacionárias quirais. As referidas formas estereoquimicamente isoméricas puras também podem ser derivadas das correspondentes formas estereoquimicamente isoméricas puras dos materiais de partida apropriados, desde que a reação ocorra estereoespecificamente. Preferencialmente, se for desejado um estereoisómero especifico, o referido composto será sintetizado por métodos de preparação estereoespecificos. Estes métodos utilizarão vantajosamente materiais de partida enantiomericamente puros.
Os racematos diastereoméricos de fórmula (I ou II) podem ser obtidos separadamente por métodos convencionais. Os métodos de separação física apropriados, que podem ser vantajosamente utilizados, são por exemplo cristalização seletiva e cromatografia, por exemplo cromatografia em coluna. É evidente para um especialista na técnica que os compostos de fórmula (I) ou (II) contém cinco centros assimétricos e podem, desse modo, existir como formas estereoisoméricas diferentes. Dois centros assimétricos são indicados com um asterisco (*) na figura abaixo para a fórmula (I)
NH-R
(I) 22 A configuração absoluta de cada centro assimétrico que pode estar presente nos compostos de fórmula (I) pode ser indicada pelos descritores estereoquimicos R e S, esta notação R e S correspondente às regras descritas em Pure Appl. Chem. 1976, 45, 11-30. O mesmo é aplicável à fórmula (II).
Secção de Exemplos Procedimentos experimentais gerais.
Os espetros de RMN foram registados num espetrómetro Bruker Avance 400, a funcionar a 400 MHz para ο ΤΗ com CDCI3 como solvente. Em todos os casos foi utilizado tetrametilsilano (TMS) como padrão interno. Os desvios químicos são dados em ppm e os valores de J em Hz. A multiplicidade é indicada utilizando as seguintes abreviaturas: d para dupleto, t para um tripleto, m para um multipleto, etc. Por uma questão de brevidade optou-se por caracterizar completamente (incluindo RMN) um exemplo representativo de cada subconjunto de compostos. Os espetros de massa de baixa resolução (LRMS) foram realizados num espetrómetro de massa de armadilha de iões (ThemoFinnigan LCQ Deca) ou de tempo de voo (Waters LCT) utilizando ionização por eletropulverização (ESI) no modo positivo. Todos os reagentes foram adquiridos de fontes comerciais (Acros, Aldrich, Fluorochem,...) e foram utilizados como recebidos. A cromatografia em coluna foi realizada sobre sílica gel 60 Á, 60-200 pm (ROCC) . A cromatograf ia em camada fina foi realizada sobre placas de sílica gel 60 F254 (Merck). A HPLC analítica foi efetuada num sistema Waters Alliance 2795 (bomba + amostrador automático) munido de um detetor de matriz de fotodíodos Waters 996 (sistema 1 e sistema 2). Para verificar a pureza dos produtos finais foram 23 utilizados dois sistemas cromatográficos. Sistema 1: coluna: Waters Xterra MS C18, (3,5 pm, 4,60 mm x 100 mm), fase móvel A: CH3COONH4 20 mM e 5% de CH3CN em H20, fase móvel B: CH3CN. As análises foram realizadas a 55°C utilizando um caudal de 1,5 mL/min aplicando o seguinte gradiente: 0 min: 95%A, 5,4 min: 5%A, 7,2 min: 5%A. Em todos os casos foram injetados 10 pL de uma solução 1 mM. O tempo de equilíbrio entre duas corridas foi de 1,8 minutos. Os picos eluídos foram detetados a um único comprimento de onda (Xmax) . Sistema 2: coluna: Waters SunFire C18, (3,5 pm, 4,60 mm x 100 mm), fase móvel A: HCOONH4 10 mM e 0,1% de HCOOH em H2O, fase móvel B: CH3CN. As análises foram realizadas a 55°C utilizando um caudal de 1,5 mL/min aplicando o seguinte gradiente: 0 min: 95%A, 5,4 min: 5%A, 7,2 min: 5%A. Os picos eluídos foram detetados a um único comprimento de onda (Xmax) . É dado o tempo de retenção para um exemplo representativo de cada subconjunto de compostos e é indicado em minutos. É completamente descrita a síntese de um exemplo representativo (composto 7 na classe A) . Os outros compostos (na classe A e B, C e D respetivamente) foram sintetizados da mesma maneira como já descrita.
Esquema 1. Síntese de derivados 5-25 de Éster de hexa-hidro-furo[2,3-b]furan-3-ilo do ácido {l-benzil-3-[(2- amino-benzotiazole-6-sulfonil)-isobutil-amino]-2-hidroxi-propil}-carbâmico. (i) RNH3+C1 , Et3N, THF/10% de Na2C03. O- Ui
1
5-25
NHR 24
Esquema 2. Síntese de cloreto de l-ciclopentil-piperidin-4-il-amónio (4).
(ii) Iodo-ciclopentano, K2CO3, CH3CN; (iii) HCl/i-PrOH, CH3OH.
Exemplo 1
Descrição das reações químicas para o esquema 2 Éster terc-butilico do ácido (l-ciclopentil-piperidin-4-il)-carbâmico (3)
Este composto foi sintetizado a partir do éster terc-butilico do ácido piperidin-4-il-carbâmico comercialmente disponível (2) (5 g, 25 mmol, 1 equiv), o qual foi dissolvido em acetonitrilo (150 mL) , seguido da adição de iodo-ciclopentano (9,79 g, 50 mmol, 2 equiv) e K2CO3 (3,45 g, 25 mmol, 1 equiv). A solução foi agitada à temperatura ambiente durante 48 horas. Devido à incompletude da reação foram adicionados iodociclo-pentano (1,70 g, 8,69 mmol, 0,35 equiv) e K2CO3 ( g, 7,25 mmol, 0,29 equiv) à solução. A solução foi agitada à temperatura ambiente durante várias horas. A solução foi filtrada sobre um leito de dicalite e o filtrado foi evaporado sob pressão reduzida para obter 3 (6,70 g, 25 mmol, quantitativo). LRMS(ES+): m/z 269.
Cloreto de l-ciclopentil-piperidin-4-il-amónio (4) O éster terc-butilico do ácido (l-ciclopentil-piperidin-4-il)-carbâmico (3) (6,70 g, 25 mmol, 1 equiv) foi dissolvido em metanol (30 mL) , seguido da adição de HC1 6 N em 25 isopropanol (10 mL) . A solução foi agitada à temperatura ambiente durante 24 horas. Devido à incompletude da reação foram adicionados HC1 6 N em isopropanol (10 mL) e metanol (50 mL) à solução. A solução foi agitada à temperatura ambiente durante mais 24 horas. A LC-MS indicou reação incompleta. Foram adicionados tetra-hidrofurano (20 mL), HC1 6 N em isopropanol (10 mL) e metanol (200 mL) à solução. A solução foi agitada à temperatura ambiente durante 5 horas, seguida da adição de HC1 6 N em isopropanol (10 mL) . A solução foi agitada à temperatura ambiente durante 72 horas. A solução foi evaporada sob pressão reduzida para obter 4 (4,20 g, 25 mmol, quantitativo). LRMS(ES+): m/z 169.
Exemplo 2
Descrição das reações químicas para o esquema 1
Preparação do composto éster de hexa-hidro-furo[2,3-b] furan-3-ilo do ácido (l-benzil-3-{[2-(1-ciclopentil- piperidin-4-ilamino)-benzotiazole-6-sulfonil]-isobutil-amino)-2-hidroxi-propil)-carbâmico (7) (classe A)
Éster de hexa-hidro-furo[2,3-b]furan-3-ilo do ácido {1-benzil-2-hidroxi-3-[isobutil-(2-metanossulfonil-benzotiazole-6-sulfonil)-amino]-propil}-carbâmico (1)1,2 (10 g, 15 mmol, 1 equiv), cloreto de 1-ciclopentil- 26 piperidin-4-il-amónio (4) (6,02 g, 25 mmol, 1,67 equiv) e trietilamina (6,10 g, 60 mmol, 4 equiv) foram dissolvidos em tetra-hidrofurano (200 mL) , seguidos da adição de Na2CC>3 a 10% em água (50 mL). A solução foi agitada à temperatura ambiente durante 48 horas. A camada orgânica foi separada e lavada com solução saturada de NaHC03. A camada orgânica foi seca sobre MgS04, filtrada e evaporada sob pressão reduzida. O produto em bruto foi purificado por cromatografia em coluna por eluição com diclorometano: amónia em metanol (7N) (100 a 95:5) para produzir o composto em epígrafe (4,45 g, 15 mmol, 39%).
LRMS(ES + ): m/z 756 [M+H]+; HPLC (sistema 1) (290 nm) tR 4,16 min, 97,11 %; RMN de ΤΗ (CDC13) 0,87 (d, 3H, J= 6,48, CH3), 0,92 (d, 3H, J= 6,50, CH3) , 1,33-1,51 (m, 4H, CH2 (2x) (ciclopentilo)) , 1,51-1,77 (m, 6H, CH2 (2x) (piperidina) e
CH2, H4) , 1, 77-1,96 (m, 5H, CH2 (2x) (ciclopentilo) e CH (isobutilo) ) , 2, 09-2,28 (m, 4H, CH2 (2x) (piperidina)),
2,43-2,59 (m, 1H, CH (ciclopentilo)), 2,72-2,85 (m, 1H, OH), 2,85-2, 92 (m, 1H, CH, H3a) , 2,92-3,12 (m, 5H, CH (piperidina) e CH2-N e CH2 (isobutilo)), 3,20 (dd, 2H, J= 8,63 e J= 15,16, CH2 de C6H5CH2) , 3,58-3, 79 (m, 3H, CH2, H5 e CH2, H2), 3,79-3,91 (m, 3H, CH2, H2 e CH-NH e CH-OH) , 4,90-5,10 (m, 2H, CH, H3 e NH), 5,42-5,59 (m, 1H, NH), 5,62 (d, 1H, J= 5,04, CH, H6a), 7,12-7,32 (m, 5H, C6H5) , 7,52 (d, 1H, J= 8,54, CH (benzotiazole)) , 7,67 (dd, 1H, J= 0,99
e J= 8,47, CH (benzotiazole) ) , 7, 95-8,02 (s 1, 1H, CH (benzotiazole)). 1 Surleraux, D. L. N. G. et al. Broad spectrum 2-(substituted-amino)-benzothiazolesulfonamide HIV protease inhibitors/ Pedido Internacional PCT 2002, WO2002083657. 2 Surleraux, D. L. N. G. et al. Design of HIV-1 Protease Inhibitors Active on Multidrug-Resistant Virus.; J. Med. Chem. 2005, 48, 1965-1973. 27
Preparação do composto Éster de hexa-hidro-furo[2,3-b]furan-3-ilo do ácido (l-benzil-3-{[2-(1-benzil-piperidin-4-ilamino)-benzotiazole-6-sulfonil]-isobutil-amino}-l-hidroxi-propil)-carbâmico (11) (classe B)
LRMS (ES + ) : m/ z 778 [M+H]+; HPLC (sistema 1) (296 nm) tR 4,92 min, 95,51 %; HPLC (sistema 2) (296 nm) tR 3,65 min, 95,41 %; RMN de XH (CDC13) δ 0,90 (d, 3H, J= 6,52, CH3) , 0,97 (d, 3H, J= 6,55, CH3) , 1,55-1,71 (m, 6H, CH2 (2x) (piperidina) e CH2, H4), 1,71-1,99 (m, 1H, CH (isobutilo)), 2,09-2,19 (m, 2H, CH2 (piperidina)), 2,19-2,35 (m, 2H, CH2 (piperidina)), 2,70-2,93 (m, 3H, CH (piperidina) e CH, H3a e OH), 2,93-3,12 (m, 4H, CH2-N e CH2 (isobutilo)), 3,12-3,29 (m, 2H, CH2 of C6H5CH2) , 3,58 (s, 2H, C6H5CH2) , 3,61- 3,81 (m, 3H, CH2, H5 e CH2, H2), 3,81-3,92 (m, 3H, CH2, H2 e CH-NH e CH-OH), 4,91-5,11 (m, 2H, CH, H3 e NH), 5,49-5,61 (m, 1H, NH), 5,62 (d, 1H, J= 5,15, CH, H6a), 7,08-7,41 (m, 10H, CgH5) , 7,55 (d, 1H, J= 8,55, CH (benzotiazole) ) , 7,67 (dd, 1H, J= 1,63 e J= 8,56, CH (benzotiazole)) , 7,92-8,10 (m, 1H, CH (benzotiazole)).
Preparação do composto Éster de hexa-hidro-furo[2,3-b]furan-3-ilo do ácido [l-benzil-2-hidroxi-3-(isobutil-{2-[1-(2-metoxi-etil)-pirrolidin-3-ilamino]-benzotiazole-6-sulfonil}-amino) -propil]-carbâmico (17) (classe C) 28
LRMS (ES +) : m/ z 732 [M+H]+; HPLC (sistema 1) (286 nm) tR 4,06 min, 89, 02%; HPLC (sistema 2) (286 nm) tR 3,42 min, 87,19 %; RMN de ^(CDCls) δ 0,89 (d, 3H, J= 6,49, CH3) , 0,95 (d, 3H, J= 6,56, CH3), 1,55-1, 72 (m, 2H, CH2, H4), 1,75-2,03 (m, 3H, CH (isobutilo) e CH2 (pirrolidina)), 2,31-2,50 (m, 6H, CH2 (2x) (pirrolidina) e CH2), 2, 75-2,87 (m, 1H, OH ) , 2,8 7-3,12 (m, 8H, ch2 -N e CH2 (isobuti lo) e CH, H3a e CH (pirrolidina) e ; CH2 ), 3 ,12 -3,27 (m, 2H, ch2 de C6H5CH2), 3, 38 (s, 3H, CH3) , 3, 60-3 , 75 (m, 3H, ch2, H5 e CH2, H2), 3, 81-4,05 (m, 3H, ch2, H2 e CH-NH e CH-OH) , 4 ,92 -5, 08 (m, 2H , CH, H3 e NH), 5,62 (d, 1H, , J= 5 ,15, CH, H6a ·) , 6,30-6,42 (m , 1H, NH), 7,12- 7,40 (m, 5H , c6h5 ), 7 ,57 (d, 1H, J= 8,54, CH (benzotiazole)) , 7, , 68 (dd , 1H, J= 1, 96 e J= 6,61, CH (benzotiazole)), 8 , 00 (d, 1H, J= 1, 57, CH (benz oti azole)).
Preparação do composto Éster de hexa-hidro-furo[2,3-b]furan-3-ilo do ácido (l-benzil-2-hidroxi-3-{isobutil-[2-(l-piridin-3-ilmetil-pirrolidin-3-ilamino)-benzotriazole-6-sulfonil]-amino}-propil)-carbâmico (21) (classe D)
29 LRMS(ES + ): m/ z 765 [M+H]+; HPLC (sistema 1) (286 nm) tR 4,28 min, 95,18 %; HPLC (sistema 2) (286 nm) tR 3,40 min, 94, 56 %; RMN de ^(CDCls) δ 0,88 (d, 3H, J= 6,34, CH3) , 0,90 (d, 3H, J= 6,38, CH3), 1,50-1,65 (m, 2H, CH2, H4) , 1,65-1,98 (m, 3H, CH (isobutilo) e CH2 (pirrolidina)), 2,20-2,52 (m, 4H, CH2 (2x) (pirrolidina)), 2,75-3,28 (m, 11H, CH, H3a e OH e CH2-N e CH2 (isobutilo) e CH (pirrolidina) e CH2 de C6H5CH2 e CH2) , 3,55-3, 75 (m, 3H, CH2, H5 e CH2, H2), 3,75- 4,05 (m, 3H, CH2, H2 e CH-NH e CH-OH) , 4,90-5,10 (m, 2H,
CH, H3 e NH), 5,65 (d, 1H, J= 4,50, CH, H6a), 6,18-6,49 (m, 1H, NH), 7,12-7,40 (m, 6H, C6H5 e CH (piridina)), 7,50-7,60 (m, 1H, CH (benzotiazole) ) , 7,60-7, 75 (m, 2H, CH (benzotiazole) e CH (piridina)), 7,91-8,08 (m, 1H, CH (benzotiazole)), 8,40-8,65 (m, 2H, CH (piridina)).
Os compostos preparados (n° 5-25) estão representados
abaixo no Quadro 1 e agrupados em classes A, B, C e D respetivamente.
30 Quadro 1 N2 Composto
Classe
FM LC-MS ES+
A
A
A
A
A
/
C36H51N507S2 C37H53N507S2 C38H53N507S2 C36H51N508S2 C37H52N608S2 730 744 756 746 773 10 11 12 13 14
A
B
B
B
B C39H54N609S2 816
N O
N—'
O C40H51N5O7S2 C39H50N6O7S2 C39H50N6O7S2 C39H50N6O7S2 778 779 779 779 31
32
Exemplo 3
Propriedades virológica dos compostos da presente invenção.
Os compostos foram testados em relação à atividade antiviral num ensaio celular utilizando as células MT4-LTR-EGFP. 0 ensaio demonstrou que estes compostos exibem atividade anti-HIV potente contra uma estirpe de HIV de tipo selvagem laboratorial (WT IIIB-2-001). Devido ao aparecimento crescente de estirpes de HIV resistentes a fármacos, os presentes compostos foram testados quanto à sua potência contra estirpes de HIV clinicamente isoladas que alojam várias mutações. Estas mutações estão associadas a resistência a inibidores de protease e resultam em vírus que mostram vários graus de resistência fenotípica cruzada aos fármacos atualmente disponíveis no mercado tais como, por exemplo, saquinavir, ritonavir, nelfinavir, indinavir e amprenavir. As estirpes virais codificadas como A, B, C e D contêm mutações como indicadas abaixo no Quadro 2.
Quadro 2
A V003I, L010I, V032T, L033M, E035D, S037Y, M046I, R057R/K, Q058E, L063P, K070T, A071V, I072V, 1084V, L089V B V003I, V032I, L035D, M036I, S037N, K043T, M046I, I047V, I050V, K055R, I057K, I062V, L063P, A071L, V082I, I085V, L090M, I093L D V003I L010I I013V G016A/G L019I L033F S037N M046I I050V F053L 1054V K055R L063P A071 V G073C V077I/V V082A L090M C V003I L010F I013V V032T S037N M046I I047V 1050V L063P A071V I084V L089V T091A Q092R 0 ensaio celular foi realizada de acordo com o seguinte procedimento. Células MT4-LTR-EGFP infetadas com HIV ou infetadas de modo simulado foram incubadas durante três dias na presença de várias concentrações dos compostos de acordo com a invenção. Após infeção, a proteína tat virai ativa o 33 repórter GFP. No final do período de incubação, mediu-se o sinal do GFP. Nas amostras de controlo de vírus (na ausência de qualquer inibidor) foi obtido o sinal fluorescente máximo. A atividade inibidora do composto foi seguida nas células infetadas com vírus e foi exprimida como EC5o· Estes valores representam a quantidade de composto necessária para proteger 50% das células de infeção pelo vírus. (Quadro 3).
Como se pode ver neste quadro, os presentes compostos são eficazes na inibição de uma gama larga de estirpes mutantes.
Quadro 3
Estirpe de vírus Nfi do Composto WT-IIIB-2-001 pEC50 A pEC50 B pEC50 C pEC50 D pEC50 5 7, 72 7, 89 7, 57 5,38 7, 86 6 8,31 7, 84 7, 58 5, 46 7, 86 7 7, 88 7,93 7, 70 5, 54 7, 87 8 7, 44 6,65 7, 00 5,25 NA 9 6,56 6,99 6,59 5, 00 6,99 10 6,53 6,84 6,52 5, 11 6,62 11 8,60 7,65 7, 47 5,24 7, 73 12 8,34 8,26 7, 71 5, 19 8,27 13 8,18 8,06 7,94 6,04 7,98 14 7, 85 7, 85 7, 78 5,90 7, 84 15 8,24 8,38 7, 71 5, 46 8,24 16 6,82 5,93 5, 89 5,90 NA 17 7, 73 7, 88 7, 77 5, 47 NA 18 7, 76 7,61 7,24 5,32 NA 19 8,42 7, 84 7,33 5,35 7, 75 20 8,27 8,23 7, 84 5,59 8,12 21 7,95 8,31 7, 84 5, 74 8,15 22 7, 71 NA 7, 77 6,19 NA 23 7,97 8,56 7,56 5,36 8,27 24 8,22 7,91 7, 70 5, 08 7, 89 25 5, 77 5,59 5, 04 <4, 49 5, 41 34
Exemplo 4
Biodisponibilidade
Ensaio de permeabilidade em Caco-2 para a absorção intestinal A permeabilidade de diferentes compostos foi avaliada de acordo com um protocolo de ensaio Caco-2 como descrito por Augustijns et al. (Augustijns et al. (1998). Int. J. of Pharm, 166, 45-54) de acordo com o qual células Caco-2 a um número de subcultura de células entre 32 e 45 foram cultivadas em placas de cultura de células de 24 poços durante 21 a 25 dias. A integridade da monocamada de células foi verificada medindo a resistência elétrica transepitelial (TEER) . 0 teste foi realizado a pH 7,4 e a uma concentração de composto doador de 100 μΜ.
Solubilidade aquosa a diferentes níveis de pH A solubilidade no equilíbrio em soluções gastrointestinais simuladas em condições termodinâmicas é uma boa medida do perfil de solubilidade do composto no estômago e nas diferentes partes do intestino. O fluido gástrico simulado (SGF) (sem pepsina) foi ajustado a um pH de 1,5. Os fluidos intestinais simulados (SIF) (sem sais biliares) foram ajustados a pH 5, pH 6,5, pH 7 e pH 7,5. O protocolo experimental utilizou microplacas de fundo plano de 96 poços nas quais é adicionado 1 mg de composto por poço (solução-mãe em metanol) e evaporado até à secura. Os compostos foram ressolubilizados em SGF e SIF e incubados de um dia para o outro num dispositivo de agitação horizontal a 37°C. Após filtração, as concentrações de composto foram determinadas por espetrofotometria de UV. 35
Análise de ligação a proteína:
Sabe-se que as proteínas do soro humano como a albumina (HSA) ou glicoproteína de ácido alfa-1 (AAG) ligam muitos fármacos, resultando numa possível diminuição da eficácia daqueles compostos. A fim de determinar se os presentes compostos seriam desfavoravelmente afetados por esta ligação, a atividade anti-HIV dos compostos foi medida na presença de soro humano, avaliando-se assim o efeito da ligação dos inibidores de protease àquelas proteínas.
Disponibilidade oral na ratazana
Os compostos foram formulados como uma solução ou suspensão a 20 mg/mL em DMSO, PEG400 ou ciclodextrina a 40% em água. Para a maior parte das experiências na ratazana (ratazanas machos e fêmeas) formaram-se três grupos de dosagem: 1/ dose intraperitoneal (IP) única a 20 mg/kg utilizando formulação em DMSO; 2/ dose oral única a 20 mg/kg utilizando formulação em PEG400 e 3/ dose oral única a 20 mg/kg utilizando formulação em PEG400. Foi colhido sangue em intervalos de tempo regulares após administração e as concentrações de fármaco no soro foram determinadas utilizando um método bioanalítico por LC-MS. As concentrações no soro foram exprimidas em ng/mg. Foram determinadas as concentrações nos soro aos 30 minutos (30') e às 3 horas (180') já que estes valores refletem o grau de absorção (30') e a velocidade de eliminação (180').
Reforçando a biodisponibilidade sistémica
Com o tipo de compostos descritos (inibidores de protease), sabe-se que a inibição dos processos de degradação metabólica pode aumentar acentuadamente a disponibilidade sistémica reduzindo o metabolismo de primeira passagem no fígado e a eliminação metabólica do plasma. Este princípio de 'reforço' pode ser aplicado num ensaio clínico à ação 36 farmacológica do fármaco. Este princípio também pode ser explorado na ratazana ou no cão por administração simultânea de um composto que inibe as enzimas metabólicas do Cyt-P450. Os bloqueadores conhecidos são, por exemplo, o ritonavir e cetoconazole. A administração de uma dose oral única de ritonavir a 5 mg/kg na ratazana e no cão pode resultar num aumento da disponibilidade sistémica.
Avaliação da hipersensibilidade dos compostos de acordo com a invenção
Foram realizados estudos para avaliar a ocorrência de eritema e edema em cães. 0 composto com a fórmula estrutural (II) foi administrado por via oral a cães Beagle numa formulação apropriada como uma conceção de estudo de dose única, dose crescente. A fim de se conseguir exposições sistémicas elevadas foi coadministrado um, assim chamado, composto de reforço (ritonavir, RTV). Foram colhidas amostras de sangue em intervalos de tempo regulares após a administraçao. Os sinais clínicos foram registados pelo menos uma vez por dia para o período de tratamento e seguimento (durante pelo menos 24 horas). Os sintomas foram classificados numa escala de 1-3, sendo 0 a ausência de sintomas, 1 suaves, 2, moderados, 3 graves, 4 muito graves. Foi dada especial atenção à ocorrência de eritema e edema. A concentração do composto possuindo a fórmula (II) no plasma do cão foi determinada utilizando um método de LC-MS/MS. Os dados em bruto foram utilizados para calcular os parâmetros de farmacocinética padrão (por exemplo AUC) como uma medida da exposição sistémica. A exposição sistémica para o composto possuindo a fórmula (II) foi comparada com a exposição de um composto de referência possuindo a 37 fórmula estrutural (III), em experiências de dose única semelhante em cães, na ausência de um reforço (ritonavir).
0 quadro abaixo proporciona a exposição comparativa do plasma ao composto possuindo a fórmula (II) e ao composto possuindo a fórmula (III) nestes cães, com as observações associadas relativas ao eritema e edema.
Surpreendentemente, determinou-se que os compostos possuindo a fórmula estrutural II não induzem eritema e / ou edema em experiências de dose única em cães, enquanto que o composto possuindo a fórmula (III) induz estes sinais clínicos.
Composto Dose (mg/kg) AUC (ng.h/mL) Eritema/edema Composto possuindo a 20 7747** Não fórmula (II) + RTV* 40 23016** Não 80 23016** Não Composto de referência 10 47-238 Não possuindo a fórmula (III) 40 3319-5088 Não 80 7366-15998 Sim 120 10204-27507 Sim * RTV: coadministração de ritonavir ('reforço') para aumentar a exposição do composto possuindo a fórmula (II) *AUC média calculada a partir de 4 animais 38
Comparação dos efeitos de eritema/edema do composto III com o perfil do composto II
Composto III:
Num estudo de tolerância toxicológica a doses repetidas durante cinco dias/aumento de dose única em cães beagle, um de dois machos e uma de duas fêmeas tratadas com composto III exibiu eritema geral ao nivel da dose alta de 80 mg/kg/dia após cinco dias consecutivos de tratamento.
Num estudo de toxicologia de 28 dias em cães beagle, a maioria dos animais tratados com composto III mostrou vermelhidão da pele suave a grave (eritema; geral ou em manchas) a todos os níveis de dose. Ao nível de dose baixo de 40 mg/kg/dia estes sintomas começaram a ocorrer na terceira semana do estudo; para os níveis de dose de 80 e 120 mg/kg/dia, estes efeitos estavam presentes desde o início do estudo. Na maioria dos casos o eritema foi acompanhado por tumefação (edema) na cabeça, beiços, olhos e/ou orelhas, e nalguns casos por tumefação nodular na cabeça, focinho, região cervical, abdómen, orelhas e/ou pernas. Estas observações ocorreram pouco depois da administração, foram de natureza transitória, máxima entre aproximadamente 1 a 2 horas após administração, desaparecendo depois disso. Houve uma grande variação interindividual nesta resposta, sem qualquer relação dose-resposta. Os estudos mecanísticos para clarificar a causa do eritema não foram indicativos de um mecanismo de ação à base de histaminas.
Num estudo de toxicologia oral em cães durante 3 meses com composto III em cães beagle foi observado eritema da pele suave a grave, acompanhado de tumefação, na maioria dos animais administrados a 120 mg/kg/dia, ao longo de todo o 39 intervalo de tratamento. Nalguns casos, estes sintomas começaram como eritema em manchas e/ou tumefação nodular e evoluíram para eritema e tumefação difusa/geral. Os sinais eram predominantemente visíveis em áreas com pêlo fino/escasso incluindo nas orelhas, região periorbital e abdómen. As observações foram transitórias, com gravidade máxima cerca de uma hora após administração e desapareceram ou diminuíram para uma menor gravidade cerca de 4 horas após administração. Após 5 semanas de tratamento, um dos quatro machos administrados a 40 mg/kg/dia exibiu eritema geral. Não foi observado qualquer eritema ou edema em quaisquer animais a um nível de dose de 10 mg/kg/dia.
Composto II:
Num estudo de toxicologia em cães de dose repetida durante 5 dias/aumento de dose única, cães beagle foram tratados com composto II de acordo com a presente invenção a níveis de dose de 40 até 144 mg/kg dia. Não foi observada qualquer evidência de edema ou eritema em qualquer dos animais no estudo.
Num estudo de toxicologia subsequente durante 1 mês com composto II a níveis de dose de 5, 20 e 40 mg/kg/dia em cães beagle, não foi observado eritema nem edema durante o período do estudo.
Assim, a administração oral do composto III produziu eritema e edema no cão beagle, como observado através de observações clínicas, em estudos de toxicologia com até 1 mês de duração. Embora a incidência destas observações pareça aumentar com o aumento da duração da administração e nível de dose, houve uma grande variação interindividual na gravidade dos efeitos. Em contraste, a administração oral do composto II não induziu eritema e/ou edema no cão beagle em estudos de toxicologia com até 1 mês de duração. 40
Farmacocinética do composto II e efeito de reforço do ritonavir em cães beagle machos alimentados após administração oral única de composto II a 10 ou 40 mg/kg. 0 presente estudo foi realizado para estudar a farmacocinética do composto II no plasma de cães beagle macho após doses de administração oral únicas de 10 e 40 mg/kg, e para avaliar o potencial do efeito de reforço do ritonavir, administrado a 10 mg/kg duas vezes por dia, na biodisponibilidade do composto II. Cães Beagle (7-11 kg de peso corporal) foram administrados após alimentação. Ambos, composto II e ritonavir, foram dados por introdução através de sonda de uma solução oral. Todos os animais receberam em primeiro lugar o composto II sozinho e, após um período de eliminação de um semana, a associação de ritonavir e composto II pela manhã. A administração de ritonavir foi repetida ao anoitecer e na manhã do dia seguinte. 0 plasma foi amostrado para medir as concentrações de composto II e ritonavir até 32 horas após a administração do composto II.
Os resultados do estudo mostram que o ritonavir é um intensificador farmacocinético potente para o composto II em cães. Tanto a exposição total no plasma (AUC) como as concentrações máximas no plasma (Cmax) do composto II aumentaram acentuadamente após coadministração com a dosagem duas vezes por dia de 10 mg/kg de ritonavir, como detalhado no Quadro 4 e Figura 1 que representa os gráficos da concentração média no plasma contra o tempo para o composto II com e sem a coadministração de ritonavir.
Quadro 4: Biodisponibilidade relativa (Frei) do composto II a 10 e 40 mg/kg em cães beagle, com e sem a coadministração de ritonavir 41
Tratamento 10 mg/kg composto II 40 mg/kg composto II sem Ritonavir com Ritonavir Proporção ou Frel (%) sem Ritonavir com Ritonavir Proporção ou Frel (%) Cmax (ng/ml) 123 879 7,1 1194 4223 3, 6 AUCo-i.nf (h.ng/ml) 330 4373 1378% 2293 23625 1083%
As AUCs aumentaram mais de 10 vezes, enquanto a Cmax aumentou 4 a 7 vezes. A última indica uma absorção e efeito de diminuição na primeira passagem melhorados para o composto II na presença de ritonavir. O aumento mais elevado na AUC indica que o efeito primário do ritonavir é na redução da velocidade de eliminação do composto II.
Comprimidos revestidos com película
Preparação do Núcleo de Comprimido
Uma mistura de 100 g de ingrediente ativo, in casu um composto de fórmula (I), 570 g de lactose e 200 g de amido é bem misturada e depois disso humidificada com uma solução de 5 g de dodecilsulf ato de sódio e 10 g de polivinilpirrolidona em cerca de 200 mL de água. A mistura em pó húmida é peneirada, seca e novamente peneirada. Em seguida é adicionado 100 g de celulose microcristalina e 15 g de óleo vegetal hidrogenado. A totalidade é bem misturada e prensada em comprimidos, dando 10 000 comprimidos, compreendendo cada 10 mg de ingrediente ativo.
Revestimento A uma solução de 10 g de metilcelulose em 75 mL de etanol desnaturado é adicionada uma solução de 5 g de etilcelulose em 150 mL de diclorometano. Em seguida, são adicionados 75 mL de diclorometano e 2,5 mL de 1,2,3-propanotriol. 10 g de polietileno glicol é fundido e dissolvido em 75 mL de 42 diclorometano. A última solução é adicionada à anterior e, em seguida, é adicionado 2,5 g de octadecanoato de magnésio, 5 g de polivinilpirrolidona e 30 mL de suspensão corante concentrada e a totalidade é homogeneizada. Os núcleos de comprimidos são revestidos com a mistura assim obtida num aparelho de revestimento.
Lisboa, 12 de Abril de 2012

Claims (11)

1 REIVINDICAÇÕES 1. Composto possuindo a fórmula (I)
um seu sal, forma estereoisomérica ou misturas estereoisoméricas em que R é um anel de piperidina ou pirrolidina, o qual está opcionalmente substituído em um ou mais dos membros endocíclicos com alquilo Ci_6, cicloalquilo C3_7, alquil Ci-6-oxi-alquilo Ci-6, -C (=0)-alquil Ci-6-amino-alquilo Ci-er -C (=0)-alquil Ci-6-Het1, -C (=0)-alquil Ci_6-Het2, benzilo, fenilo ou alquilo Ci-6 substituído com Het2 em que Het1 é definido como um heterociclo monocíclico saturado ou parcialmente insaturado de 6 membros endocíclicos o qual contém um ou mais membros endocíclicos de tipo heteroátomo selecionados de azoto, oxigénio ou enxofre; e em que Het2 é definido como um heterociclo monocíclico aromático possuindo 5 a 6 membros endocíclicos, o qual contém um ou mais membros endocíclicos de tipo heteroátomo selecionados de azoto, oxigénio ou enxofre. 2
2. Composto de acordo com a reivindicação 1 em que R é um anel de piperidina substituído no átomo de N do anel com cicloalquilo C3_7.
3. Composto de acordo com a reivindicação 2 em que cicloalquilo C3-7 é cilcoalquilo-C5.
4. Composto de acordo com a reivindicação 3 possuindo a fórmula (II)
5. Composto de acordo com a reivindicação 4 possuindo o nome químico éster de hexa-hidro-furo[2,3-b]furan-3-ilo do ácido (l-benzil-3-{[2-(1-ciclopentil-piperidin-4-ilamino)-benzotiazole-6-sulfonil]-isobutil-amino}-2-hidroxi-propil)-carbâmico.
6. Composição farmacêutica compreendendo uma quantidade eficaz de pelo menos um composto como reivindicado em qualquer uma das reivindicações 1-5 e um excipiente farmaceuticamente tolerável.
7. Composto como reivindicado em qualquer uma das reivindicações 1-5 para ser utilizado como um medicamento. 3
8. Utilização de um composto como reivindicado em qualquer uma das reivindicações 1 a 5 no fabrico de um medicamento para tratar ou combater uma infeção ou doença associada a infeção por retrovirus resistentes a múltiplos fármacos num mamifero.
9. Composição compreendendo pelo menos (a) um composto de fórmula (I) ou (II) como reivindicado nas reivindicações 1 a 5 e, (b) um segundo agente antirretroviral para a utilização simultânea, separada ou sequencial.
10. Composição de acordo com a reivindicação 9 em que o segundo agente é ritonavir.
11. Composição de acordo com a reivindicação 10 em que o composto de fórmula II é o éster de hexa-hidro-furo[2,3-b]furan-3-ilo do ácido (l-benzil-3-{[2-(l-ciclopentil-piperidin-4-ilamino)-benzotiazole-6- sulfonil]-isobutil-amino}-2-hidroxi-propil)-carbâmico. Lisboa, 12 de Abril de 2012
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